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Descrição de chapéu Distrito Federal violência

PM prende homem que teria ameaçado explodir bomba em frente a ministério em Brasília

Polícia encontrou artefatos explosivos com o homem, que estava com uma mulher e duas crianças enquanto fazia ameaças; Polícia o prendeu após isolar o local e esvaziar ministério

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Brasília

Agentes da PM (Polícia Militar) do Distrito Federal foram mobilizados na tarde desta quinta-feira (22) por causa de um homem que ameaçou explodir uma bomba em frente ao Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, em Brasília. Ele estava com uma mulher e duas crianças.

O prédio do ministério foi esvaziado e os policiais cercaram o local. A polícia chegou pouco antes das 16h e, por volta das 17h30, a polícia prendeu o homem, ainda não identificado, e liberou a mulher e as crianças.

A imagem mostra um homem segurando uma criança no colo, com uma expressão de preocupação. Ao fundo, há uma mulher e um soldado em uniforme militar, que está olhando para o celular. A cena parece ocorrer em um ambiente urbano, possivelmente próximo a um edifício. O homem e a criança estão em primeiro plano, enquanto o soldado está mais afastado, em foco secundário.
Um homem ameaça explodir uma bomba em frente ao ministério do Desenvolvimento Social. - Pedro Ladeira/Folhapress

O homem portava um pacote suspeito e recusava se afastar, "levantando indícios de potencial ameaça". O objeto foi tratado conforme o protocolo de ameaça com potencial explosivo.

Mais tarde, a polícia confirmou que ele portava uma bomba artesanal. Os policiais explodiram o artefato posteriormente, como parte do protocolo de segurança.

Por volta das 15h30, ele já havia estourado uma bomba, segundo testemunhas. A polícia afirma que tratava-se de um artefato semelhante a "bombinhas de São João", de menor impacto.

"Eu trabalho no 8º andar e foi um susto muito grande, ele gritava muito e dava para escutar", disse Mateus Melo, estagiário do Ministério de Desenvolvimento Social.

Já na mochila do suspeito havia aproximadamente 20 pequenas bombas, e a Polícia Militar acredita que uma delas tenha sido usada antes da chegada da equipe ao local.

A imagem mostra uma equipe de resgate composta por bombeiros e militares. Os bombeiros estão vestidos com uniformes laranjas e capacetes, enquanto os militares usam uniformes camuflados. Um dos bombeiros está segurando uma pessoa, que parece estar sendo assistida. O ambiente é urbano, com uma faixa de segurança visível no chão.
Momento em que homem é preso em frente a ministério em Brasília. - Pedro Ladeira/Folhapress

Segunda a Polícia Militar, tanto homem quanto a mulher envolvidos na ocorrência foram encaminhados ao Hospital Regional da Asa Norte. Após o atendimento médico, ele foi conduzido à Delegacia de Polícia no complexo da Polícia Civil do Distrito Federal.

A ocorrência foi atendido por agentes do Batalhão de Operações Especiais, que estabeleceu comunicação com o suspeito. Ele apresentava falas desconexas, segundo a polícia.

O homem disse ter solicitado asilo a embaixadas estrangeiras, sem obter retorno, e também mencionou ter procurado a Polícia Federal, segundo a PM —que, durante a tarde, ainda tentava entender o que realmente o homem solicitou. O Corpo de Bombeiros também acompanhou o caso.

"Não houve ameaças diretas, mas pelo comportamento, pela presença do pacote suspeito e pelo uso de uma criança como escudo, foi necessário aplicar o protocolo padrão para ameaças explosivas", afirmou o porta-voz da PMDF, major Raphael Brooke.

O pacote havia sido deixado em uma mureta próxima a um jardim, em frente ao local onde o homem estava. A polícia informou que havia a suspeita que ele estaria com um possível dispositivo de acionamento.

O episódio foi motivo de comentários no STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Flávio Dino citou o caso, ameaças aos magistrados e à corte e afirmou que o momento histórico é de ódios.

"No intervalo, a eminente ministra Cármen Lúcia narrava uma situação de um tiro que atingiu a sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. É claro que sua excelência, que preside o Tribunal Superior Eleitoral, ainda vai apurar as circunstâncias, o fato que pode não ter sido dirigido à sede do TRE do Paraná, mas atingiu. Nesse instante, nós estamos com uma crise de segurança na esplanada, em um dos ministérios aqui", afirmou.

O ministro Alexandre de Moraes complementou. "No Ministério do Desenvolvimento Social. Uma pessoa com um carrinho cheio de explosivos, fogos de artifícios, estourando tudo", disse.

Dino continuou e acrescentou ameaças contra ele.

"Está lá esta crise, pequena, média ou grande, mas está. No caso do Supremo, eu recebi, hoje, vindo da ouvidoria do Supremo, uma postagem muito gentil de um cidadão, que ele diz assim, 'ladrão, esse bandido, estava nas ruas pedindo anistia para ladrão de banco, assassinos'. Aí cita Gilberto Gil, Caetano Veloso, Dilma Rousseff e outros. E que eu estava em 1979 pedindo anistia nas ruas. Eu tinha 11 anos", disse.

Segundo o ministro, o homem avança em declarações de ameaças. "'Um cara como você tem que apanhar de murro por cima da cara, arrancar dente por dente da tua boca. É na porrada, meu!'", relata.

"Por que que eu leio isto que tem um sabor anedótico? Para ilustrar o espírito do tempo. O espírito do tempo é de cultivo, de ódios e desvarios, numa escala criminosa, delituosa, porque isso ganha materialidade. Infelizmente, é péssimo, é horroroso, os limites com os quais nós e nossas famílias temos que lidar por conta dessas pessoas. Não sei se esse senhor ou outro resolvem invadir aqui, como já aconteceu", disse Dino.

O ministro fez referência tanto ao caso desta tarde quanto ao atentado sofrido pela corte em novembro passado, quando um homem morreu ao se explodir em frente da estátua da Justiça, após a detonação de bombas em dois locais da praça dos Três Poderes, em Brasília.

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