Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP

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Descrição de chapéu alimentação

Mais alimentos saem do campo de pressão inflacionária em agosto

Entre as cinco maiores altas do índice, nenhuma delas é do setor de alimentação

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Os alimentos mantiveram tendência de queda nesta primeira quinzena de agosto, e os preços médios dos últimos 30 dias recuaram 0,42% em São Paulo. Pela tendência atual, este mês será marcado pela ausência de produtos de alimentação entre as cinco maiores pressões inflacionárias do índice, o que não ocorre há vários meses.

A imagem mostra uma mistura de grãos, incluindo feijões e arroz. Os feijões são de cor marrom claro e têm formas variadas, enquanto o arroz é de grão longo e branco, espalhado entre os feijões.
Grãos de feijao e arroz - Keiny Andrade/Folhapress

Desde a segunda quadrissemana de julho que o grupo dos alimentos vem registrando deflação em São Paulo, conforme dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). A fundação faz um acompanhamento quadrissemanal dos preços, que é a média das últimas quatro semanas, em relação às quatro imediatamente anteriores. Ao entrar uma nova semana, é eliminada a última da lista.

Entre as principais quedas da segunda quadrissemana deste mês, estão batata, arroz, feijão, frango e café. Este último ficou 3,1% mais barato nos supermercados de São Paulo, após um longo período de alta, quando acumulou 75% em 12 meses. A queda da bebida acompanha pressão menor dos preços no campo. Nas duas últimas semanas, no entanto, preocupações com a oferta de café no Brasil provocaram nova alta da saca do produto. O conilon subiu 20%, e o arábica, 9%, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

As carnes também mantêm retração. A bovina acentuou a queda nesta quadrissemana, e acumula 2% de retração. Esses preços não refletem ainda uma mudança de rumo da arroba de boi gordo, que vem aumentando 4% neste mês. Entre os cortes pesquisados pela Fipe, contrafilé e patinho caem 3%, mas a picanha sobe 2%.

Embora a demanda interna e externa esteja aquecida, a produção nacional de carnes está em patamar recorde, abastecendo bem o mercado, conforme os dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No primeiro semestre deste ano, a oferta de carne bovina, de frango e suína subiu para 14,9 milhões de toneladas, 3% a mais do que de janeiro a junho de 2024.

Nos cálculos da Fipe, o quilo de frango ficou 1,5% mais barato para os consumidores paulistanos na última quadrissemana, enquanto o de carne suína caiu 0,1%. O preço dos pescados recuaram 0,7%, puxados pela retração de pescada e camarão.

O arroz está 2,7% mais barato no varejo, atingindo redução de 17% no ano. No campo, a saca mantém tendência de queda no Rio Grande do Sul, com retração de 1% neste mês. Os produtos "in natura", puxados pelas quedas de verduras e de tubérculos (batata e cebola), recuaram 0,7%, segundo a Fipe.

Livro O mundo do trabalho rural é apresentado em uma coletânea organizada por Nicole Rennó Castro, do Cepea, Junior Ruiz Garcia, da Universidade Federal do Paraná, e Zander Navarro, da Embrapa. A publicação apresenta a trajetória rural de 19 estados brasileiros, um capítulo específico sobre o Matopiba e cinco outros dedicados à análise da economia e do trabalho em algumas das principais atividades agropecuárias do Brasil.

Livro 2 Com o título "Dinâmica Econômica e o Mundo do Trabalho no Brasil Rural", o livro reúne 61 autores de 27 instituições de pesquisa de todo o país. A publicação, que tem o apoio do Cepea, está disponível na versão PDF para download gratuito neste site. A versão impressa pode ser adquirida no site da Editora Baraúna.

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