[PT] O que são ISOs e RTOs? O cérebro do sistema elétrico dos EUA
Entenda o papel dos operadores independentes e como eles se comparam com o ONS e a CCEE no Brasil.
🔹 1. Um sistema coordenado… por muitos cérebros
Se no Brasil temos o ONS operando o sistema interligado nacional, nos EUA essa função é dividida entre diversos operadores regionais, chamados de ISOs (Independent System Operators) e RTOs (Regional Transmission Organizations).
Essas entidades são o “cérebro” do sistema em tempo real, operando a rede de transmissão, despachando as usinas e coordenando o mercado de energia em suas regiões. E, diferente do Brasil, elas atuam em ambientes altamente concorrenciais, organizando leilões diários e acessos à rede com base em regras da FERC e NERC.
🔹 2. O que são ISOs e RTOs?
Tanto os ISOs quanto os RTOs são:
A diferença principal entre eles está no grau de exigência regulatória. RTOs seguem critérios mais amplos definidos pela FERC, como:
🔹 3. Principais ISOs e RTOs nos EUA
💡 Curiosidade: o ERCOT é um caso único – apesar de operar como RTO, ele não está sob regulação da FERC e responde à autoridade estadual (PUCT).
🔹 4. Comparação com o Brasil
Enquanto o Brasil centraliza em duas grandes instituições (ONS e CCEE), os EUA adotam um modelo descentralizado e competitivo, com vários operadores independentes entre si, mas interconectados.
🔹 5. Por que isso é relevante?
Conhecer os ISOs e RTOs é essencial para entender:
Além disso, mostra que, embora os objetivos sejam semelhantes (confiabilidade, eficiência e concorrência), os caminhos institucionais são muito diferentes.
No próximo artigo da série, vamos comparar dois modelos em campo: o Texas (desverticalizado, competitivo e com ERCOT) e a Geórgia (verticalizada, regulada e com uma só empresa operando tudo).
🔎 Você acredita que o Brasil poderia adotar algo semelhante aos RTOs?
💬 Como seria um “ONS regional” no contexto brasileiro?
Se você quer entender as regras do jogo no setor elétrico americano, acompanhe os próximos posts e compartilhe com colegas do setor!