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Miradouro
do
Sabugueiro
Do miradouro ( figura 79 ) avista-se a
Central Hidroeléctrica do Sabugueiro e uma pe-
quena barragem sobre o rio Alva cuja água é
aqui aproveitada para accionar outra central hi-
droeléctrica que se situa a um nível mais baixo
( C entral da Sra. do Desterro ).
Em frente do miradouro o rio corre num
vale que se apresenta rectilíneo, segundo a di-
recção N55ºE ( figura 80-A ) , denunciando,
neste sector do seu curso, o aproveitamento de uma linha de fractura. A cerca de 30 metros
do miradouro, ao descer para o Sabugueiro, no talude da estrada, pode verificar-se a continui-
dade desta fractura que apresenta sensivelmente a mesma direc-
ção do vale e onde o granito mostra uma tonalidade avermelhada
e um forte esmagamento, aspecto particularmente denunciado pe-
la extrema fracturação dos fenocristais de feldspato.
A partir do miradouro junto de um meandro do rio observa-se,
num afloramento granítico ( f igura 80-B, C e D ) , um sistema de
fracturas com direcção N35º a 40ºE deformadas em “ S ” ,isto é,
apresenta superfícies curvas devidas à acção de falhas cisalhan-
tes, mais recentes, com direcção N55ºE.
LIG 2
Fig.79
Fig.80-A
Fig.80-B
Fig.80-C Fig80-D
191
LIG 2Esta área, do ponto de vista litológico, enquadra-se na fácies
granítica do designado Granito de Seia. Contudo, do lado oposto da es-
trada ( figura 81 ) , relativamente à localização do miradouro, podem
observar-se corpos arredondados de rocha magmática de grão fino
com fenocristais de feldspato ( figura 82 ) ,
observando-se, ainda, restitos relativamente
assimilados com origem na rocha encaixante
( f igura 83 ) .
Do mesmo lado da estrada, subindo
um pouco, observam-se epissienitos resultan-
tes da acção de alterações hidrotermais que
levaram à remoção do quartzo e à hematitiza-
ção dos feldspatos dando, assim, origem ao
aspecto avermelhado característico ( figura
84 ) .
Fig.83
Fig.82
Restito
Fig.81
Fig.84
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Lig 2 sabugueiro

  • 1. Miradouro do Sabugueiro Do miradouro ( figura 79 ) avista-se a Central Hidroeléctrica do Sabugueiro e uma pe- quena barragem sobre o rio Alva cuja água é aqui aproveitada para accionar outra central hi- droeléctrica que se situa a um nível mais baixo ( C entral da Sra. do Desterro ). Em frente do miradouro o rio corre num vale que se apresenta rectilíneo, segundo a di- recção N55ºE ( figura 80-A ) , denunciando, neste sector do seu curso, o aproveitamento de uma linha de fractura. A cerca de 30 metros do miradouro, ao descer para o Sabugueiro, no talude da estrada, pode verificar-se a continui- dade desta fractura que apresenta sensivelmente a mesma direc- ção do vale e onde o granito mostra uma tonalidade avermelhada e um forte esmagamento, aspecto particularmente denunciado pe- la extrema fracturação dos fenocristais de feldspato. A partir do miradouro junto de um meandro do rio observa-se, num afloramento granítico ( f igura 80-B, C e D ) , um sistema de fracturas com direcção N35º a 40ºE deformadas em “ S ” ,isto é, apresenta superfícies curvas devidas à acção de falhas cisalhan- tes, mais recentes, com direcção N55ºE. LIG 2 Fig.79 Fig.80-A Fig.80-B Fig.80-C Fig80-D 191
  • 2. LIG 2Esta área, do ponto de vista litológico, enquadra-se na fácies granítica do designado Granito de Seia. Contudo, do lado oposto da es- trada ( figura 81 ) , relativamente à localização do miradouro, podem observar-se corpos arredondados de rocha magmática de grão fino com fenocristais de feldspato ( figura 82 ) , observando-se, ainda, restitos relativamente assimilados com origem na rocha encaixante ( f igura 83 ) . Do mesmo lado da estrada, subindo um pouco, observam-se epissienitos resultan- tes da acção de alterações hidrotermais que levaram à remoção do quartzo e à hematitiza- ção dos feldspatos dando, assim, origem ao aspecto avermelhado característico ( figura 84 ) . Fig.83 Fig.82 Restito Fig.81 Fig.84 193