SlideShare uma empresa Scribd logo
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 1 www.anzo.com.br
CLP – Controlador Lógico Programável
O primeiro controlador Lógico Programável nasceu na General Motors Americana
em 1968, em função da dificuldade de se alterar a lógica dos circuitos em painéis
de relés baseados em lógicas combinacionais.
Primeira geração de controladores:
- hardware com relés montado numa back-plane (placa traseira) dotada de
terminais;
- lógica feita conectando-se os terminais com cabos elétricos;
- Transítores substituíram os relés
- Com o surgimento dos CI’s (Circuitos Integrados), os controladores passaram
a ter mais velocidade e recursos: portas lógicas, flip-flops, contadores, etc..
- A capacidade de processamento ainda era limitada
- Construção robusta para resistir ao ambiente industrial
Segunda Geração de controladores:
- Circuitos Microprocessados
- Programação feita via software (EPROM*)
- Linguagem utilizada: linguagem de máquina ou Assembly
* Erasable Programmable Read Only Memory (Chip de Memória programável
que pode ser lido por inúmeras vezes e apagando somente por forte luz
ultravioleta)
Terceira Geração:
- Programação de alto nível
- PC’s convencionais para programar o CLP
Nota: o termo PLC (Programmable Logic Control) também é bastante utilizado
Vantagens dos CLP’s em relação aos Comandos Elétricos:
- versatilidade (programação)
- ocupam pouco espaço
- consomem menos energia elétrica
- maior confiabilidade (a lógica de CLP não apresenta “mau contato”)
- fácil manutenção (os CLP’s são modulares)
- diagnose de defeitos mais simples, através de aplicativos de software que
rodam em PC’s (Personal Computers), on-line com o CLP;
- possuem interface de comunicação com IHM’s (Interface Homem-Máquina)
- conectividade (redes: ethernet, profibus, modbus, devicenet, etc...)
- maior rapidez na elaboração de projetos;
- menor custo
- fácil utilização
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 2 www.anzo.com.br
Variáveis
de
Entrada
Variáveis
de
Saída
Estrutura de um CLP:
O processamento do programa é feito em tempo real, ou seja, as entradas são
lidas e processadas e as saídas acionadas de forma simultânea ao processo.
sensores
chaves
botões
pressostatos
termostatos
termopares
tensões
correntes
encoderes
MÓDULO
DE
ENTRADA
C P U
MÓDULO
DE
SAÍDA
Relés
Contatores
Solenóides
MÁQUINA
OU
PROCESSO
CONTROLADO
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 3 www.anzo.com.br
DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA UNIDADE CENTRAL
CONFIGURAÇÃO DOS CLP’s
Principais Módulos:
1. Módulo CPU
2. Módulos de entradas e saídas digitais
3. Módulos de entradas e saídas analógicas
4. Módulo fonte de alimentação
5. Módulos especiais
UNIDADE CENTRAL
Memória
de
Dados
Unidade de
Controle
U.L.A
Unidade Lógica
e Aritmética
Módulos de Entrada
Memória
De
Programa
Módulos de Saída
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 4 www.anzo.com.br
1. Módulo CPU
Pontos importantes:
1.1. Tempo de Varredura (Scan Rate)
È o tempo de execução completa do programa, que compreende a
leitura das entradas, a execução da lógica programável e a atualização
das saídas
O Scan Rate se torna crítico quando os programas são muito extensos ou quando as
entradas são muito rápidas.
1.2. WDT (Watch Dog Timer)
o O WDT monitora,via hardware, o tempo de varredura do CLP e tem a
função de aumentar a segurança do sistema; se o tempo de
varredura de um programa for maior que o tempo estabelecido do
WDT, a CPU será automaticamente resetada, um sinal de erro será
ativado e todas as saídas serão desligadas.
o O alarme de WDT pode ser causado por uma falha de hardware ou
então no programa do usuário (lógicas muito extensas, loops
infinitos, etc..)
1.3. Canais de Comunicação Serial
Os canais seriais são utilizados para se conectar vários periféricos, entre
eles:
o PC (Personal Computer, utilizado para transferência de programa,
configuração do CLP, diagnose e backup)
o IHM (Interface Homem-Máquina, utilizada para incrementar os
recursos de operação, preparação e manutenção).
o Impressoras
Padrões usuais: RS232 e RS485 (este último para se comunicar a distâncias
maiores que 100m, limitado a 1000m)
Leitura das ENTRADAS
Execução da lógica
Atualização das SAÍDAS
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 5 www.anzo.com.br
2. MÓDULOS DE ENTRADAS E SAÍDAS DIGITAIS
Os padrões adotados para o ambiente industrial são 24Vcc para corrente
contínua e 110 ou 220Vca para corrente alternada.
Esses valores apresentam boa relação sinal/ruído para o ambiente
industrial , sendo o padrão 110V ou 22V mais adequado para comandos a longas
distâncias , como é o caso de usinas hidrelétricas, por exemplo, onde a distância
entre sensores e módulos de entrada é grande (até 500m)
Entenda-se por entrada/saída digital como sendo aquela que pode ter dois
estados possíveis: ligado ou desligado.
Se estivermos falando de comando a 24Vcc, “ligado” significa a presença
de 24V na entrada correspondente do módulo de entrada ou saída, enquanto
que “desligado” significa a ausência deste.
Em 110 ou 220Vca, “ligado” significa a presença da tensão alternada na
entrada/saída correspondente do módulo de entrada ou saída, enquanto que
“desligado” significa a ausência desta tensão.
Costuma-se atribuir à condição “ligado” o nível lógico “1” e à condição
“desligado” o nível lógico “0”.
IMPORTANTE: NÃO CONFUNDIR módulos de entradas/saídas DIGITAIS em CA
(Corrente Alternada) com módulos de entradas/saídas ANALÓGICOS.
2.1. MÓDULOS DE ENTRADAS DIGITAIS
Convertem os níveis de tensão presentes nas entradas em sinais com níveis
lógicos compatíveis com o Bus de dados do CLP
2.1.1. MÓDULOS DE ENTRADAS DIGITAIS EM CORRENTE
CONTÍNUA
Esses módulos detectam a presença de 24Vcc em sua entrada; isto pode ser
feito de duas formas:
o Chaveando-se o negativo (0Vcc) e adotando o positivo (+24Vcc) como
comum – módulo tipo N
o Chaveando-se o positivo (+24Vcc) e adotando o negativo (0Vcc) como
comum – módulo tipo P
o Toda entrada digital tem um Led indicador de status (entrada chaveada =
nível lógico “1” = LED aceso)
o O acoplador óptico isola eletricamente o sinal de entrada do circuito lógico do
CLP; isto é feito por dois motivos:
proteger os circuitos e componentes internos do CLP no caso de
se aplicar níveis elevados de tensão na entrada, por exemplo;
neste caso, a entrada correspondente será danificada
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 6 www.anzo.com.br
(provavelmente o LED do acoplador óptico será danificado), mas
o restante do CLP será poupado.
Aumentar a imunidade a ruídos: também conhecido como
interferência, o ruído elétrico pode prejudicar o funcionamento de
qualquer sistema microprocessado; o fato de separar o 0V das
entradas externas do 0V lógico interno do CLP contribui para
aumentar a imunidade a ruídos.
o A função dos resistores R3 e R4 e do capacitor C é formar um filtro passa-
baixas, evitando que eventuais ruídos presentes na alimentação do sinal de
entrada façam com que a entrada seja acionada indevidamente; é comum
que este filtro seja dimensionado de forma que as entradas digitais não
respondam à freqüências superiores a 1KHz, com exceção de entradas
especiais (exemplo: entradas rápidas, muito ulitilizadas para leitura de
encoderes, por exemplo).
2.1.1.1. MÓDULOS DE ENTRADAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA,
TIPO N
o Os sensores de entrada devem chavear 0Vcc; se estivermos falando de
sensores de proximidade, por exemplo, estes deverão ser do tipo NPN
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 7 www.anzo.com.br
2.1.1.2. MÓDULOS DE ENTRADAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA,
TIPO P
o Os sensores de entrada devem chavear +24Vcc; se estivermos falando de
sensores de proximidade, por exemplo, estes deverão ser do tipo PNP.
2.1.2. MÓDULOS DE E NTRADAS DIGITAIS EM CORRENTE
ALTERNADA
o A presença de tensão alternada (entrada externa) será detectada pela porta
de entrada e lida pela CPU do CLP
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 8 www.anzo.com.br
2.2. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS
Têm a função de converter os sinais lógicos presente no BUS de dados do CLP em
sinais capazes de acionar atuadores, como por exemplo: contatores, solenóides,
lâmpadas.
Os módulos de saída podem ser do tipo cc (corrente contínua), ca (corrente
alternada) ou a relé.
2.2.1. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA
As saídas digitais em cc pode ser de dois tipos:
o Tipo N: chaveia-se o negativo (0Vcc) e adota-se o positivo (+24Vcc) como
comum da carga.
o Tipo P: chaveia-se o positivo (+24Vcc) e adota-se o negativo (0Vcc) como
comum da carga.
o Toda saída digital tem um LED indicador de status (saída chaveada = nível
lógico “1” = LED aceso)
o O acoplador óptico isola eletricamente o sinal do circuito lógico do CLP da
saída externa.
2.2.1.1. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA TIPO
N
o O comum da carga é ligado a +24Vcc, enquanto o módulo de saída chaveia
0Vcc
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 9 www.anzo.com.br
2.2.1.2. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA TIPO
P
o O comum da carga é ligado a +0Vcc, enquanto o módulo de saída chaveia
24Vcc
2.2.2. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS EM CORRENTE ALTERNADA
o O componente que chaveia a saída é um TRIAC
o A função do varistor V1 é proteger a saída contra um surto de tensão
o O circuito R4,C tem a função de evitar disparos indevidos
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 10 www.anzo.com.br
2.2.3. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS A RELÉ
o Esta saída pode acionar tanto cargas em cc quanto em ca
o A carga é ligada em série com o contato do relé
o Quando os dois pólos do contato do relé estão disponíveis ao usuário, a saída
é chamada de saída a “contato seco”
o Quando várias saídas são agrupadas, apenas um dos pólos do contato do relé
está individualmente disponível ao usuário; o outro pólo de cada contato está
interligado internamente ao módulo de saída, podendo o usuário decidir se
vai chavear o positivo ou negativo, bastando para isso conectar o comum dos
contatos à massa ou ao pólo positivo da fonte de alimentação externa.
3. MÓDULOS DE ENTRADAS E SAÍDAS ANALÓGICAS
Os módulos de entrada/saída analógicos são projetados para tratar sinais que
assumem infinitos valores ao longo do tempo; como todo sistema microprocessado,
o CLP trata internamente esses sinais como palavras binárias.
A interface entre o CLP e as entradas analógicas são conversores A/D
(Analógico/Digital), ao passo que a interface entre o CLP e as saídas analógicas são
conversores D/A (Digital/ Analógico).
A resolução dos valores tratados pelo CLP depende, portanto, do número de
bits que os conversores A/D ou D/A utilizam; por exemplo, um conversor de 12 bits
pode apresentar 4096 valores distintos (212
= 4096).
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 11 www.anzo.com.br
Os sinais analógicos tratados por esses módulos são sinais elétricos de tensão
ou corrente, sendo adotado o padrão de 0 a 10Vcc para tensão e 4 a 20mA para
corrente; também é possível encontrar módulos para tratar sinais de tensão de –
10Vcc a +10Vcc , ou então corrente de 0 a 20mA , por exemplo.
Para um sinal de tensão de 0 a 10Vcc tratado por um conversor de 12 bits,
teríamos:
Sinal
elétrico
Valor no CLP
0 V 0000
5 V 2048
10 V 4095
Assim, para um conversor com resolução de 12 bits e um sinal elétrico
variando de 0 a 10Vcc, a sensibilidade é de 2,5mV (10V / 4095)
Dessa forma é possível ler diversas grandezas físicas (inclusive elétricas)
através de transdutores, que convertem essas diversas grandezas no padrão 0 a
10Vcc ou 4 a 20mA.
Dentre essas grandezas, podemos ter: transdutores de pressão (não
confundir com o pressostato que só tem dois estados possíveis, ligado ou desligado
e é lido por uma entrada digital), vazão, força, potência elétrica, corrente elétrica,
rotação, velocidade, aceleração, entre outros.
Também é possível através das saídas analógicas exercer o controle sobre
sistemas como: acionamentos CA/CC, inversores de freqüência, válvulas
proporcionais, entre outros.
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 12 www.anzo.com.br
3.1. MÓDULOS DE ENTRADAS ANALÓGICAS
3.2. MÓDULOS DE SAÍDAS ANALÓGICAS
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 13 www.anzo.com.br
MÓDULO FONTE DE ALIMENTAÇÃO
As fontes de alimentação dos CLP’s normalmente são do tipo chaveadas e
fornecem as tensões de trabalho da CPU e dos módulos de entrada/saída.
Deve-se observar que a fonte do CLP não deve ser utilizada para alimentar as
cargas conectadas aos módulos de saída, já que a mesma não foi dimensionada
para isso; nesse caso uma fonte externa deve ser utilizada (os módulos de saída
possuem bornes para ligação de uma fonte externa).
Alguns CLP’s de baixo custo possuem a fonte incorporada ao módulo CPU.
4. MÓDULOS ESPECIAIS
Os CLP´s permitem acoplar diversos módulos especiais de entrada ou saída, como
por exemplo:
o Módulo de entrada para medição de temperatura através da leitura do sinal
elétrico fornecido por termopares (sinais da ordem de milivolts e que
obedecem a uma curva característica)
o Módulo de entrada para medição de temperatura através de
termoresistências, como por exemplo do tipo PT100 (apresenta 100OHM a
0ºC e também tem uma curva característica de variação da resistência em
função da temperatura); os valores de variação da resistência são tão baixos,
que são utilizados sistemas a 3 ou 4 fios para se compensar a resistência dos
próprios cabos utilizados na interligação da termoresistência;
o Módulos de entradas rápidas, utilizadas normalmente para leitura de sinais
enviados por encoderes, por exemplo; são entradas digitais tratadas
especialmente por hardware e têm prioridade de leitura em relação às
entradas digitais normais;
o Módulos de saída para controle de motor de passo; são saídas que têm
resposta rápida, uma vez que uma saída digital normal não atenderia esse
quesito;
o Módulos para medição de grandezas elétricas (tensão, corrente, potência
ativa, potência reativa)
o Módulos para comunicação com rede (ethernet, profibus, ASI, MPI, etc..)
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 14 www.anzo.com.br
Comandos elétricos x CLP’s
o a linha pontilhada no comando elétrico acima (à esquerda) separa os
componentes de entrada/saída dos componentes utilizados para
intertravamento (ou “interlock”);
o á direita temos um circuito equivalente utilizando CLP; observe que apenas os
componentes de entrada (botões) e saída (contator principal K1, lâmpada
sinalizadora e solenóide da válvula Y1) são representados no esquema
elétrico; o intertravamento será feito pela lógica programável, também
conhecida como programa CLP
o Obviamente estamos falando de entradas/saídas digitais (apenas dois estados
possíveis: ligadas ou desligadas)
NOTA: O exemplo acima é apenas ilustrativo, pois é apenas parte de um circuito
maior; entender seu funcionamento não é relevante, pois faltam informações como
por exemplo de que K1 é um contator principal (trifásico, no caso); falta também
informação sobre o contato K5 – essas informações estariam no restante do
esquema elétrico -
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 15 www.anzo.com.br
TEMPO DE RESPOSTA DO CLP
É o tempo decorrido entre a leitura das entradas, execução do programa e
atualização das saídas; cada uma dessas atividades leva um tempo para ser
executada, como segue:
Efeitos do Tempo de Resposta sobre a Leitura das Entradas:
Suponha três entradas (1), (2) e (3) acionadas em três instantes diferentes,
conforme diagrama acima; neste caso teremos a seguinte situação:
o A entrada (1) não será lida no primeiro ciclo de varredura (Scan1), visto que
quando vai a “1” (ON) a leitura das entradas já havia sido feita; esta entrada
somente será lida no segundo ciclo de varredura (Scan2), pois ainda está em
nível lógico 1 durante a leitura das entradas do Scan2;
o A entrada (2) só é lida no terceiro ciclo de varredura (scan3)
o A entrada 3 não é lida; para o CLP é como se não tivesse sido acionada
Se montarmos uma tabela identificando com um “X” em qual ciclo de varredura
cada entrada é lida, teremos o seguinte:
Entrada
1 2 3
Scan
1
Scan
2
X
Scan
3
X
Input Response Time
+
Program Execution Time
+
Output Response Time
= Total Response Time
_____________________________________________________________________________________
Prof. Lázaro Anzolini 16 www.anzo.com.br
Para assegurar a leitura de uma entrada, recomenda-se que a mesma esteja
acionada por pelo menos 1 tempo de leitura + 1 tempo de varredura:
Entradas rápidas: são entradas especiais, que são lidas por rotinas executadas por
interrupção da varredura normal do programa:
Quando a entrada é acionada, o CLP interrompe a execução normal do programa,
executa uma rotina própria para leitura de entradas rápidas e em seguida volta a
executar o processo normal de varredura.
Tempo de resposta da saída:
Admitindo-se que a entrada não tivesse sido lida no primeiro ciclo de varredura,
teríamos a saída atualizada somente no segundo ciclo; o atraso máximo é,
portanto, de dois ciclos de varredura.

Mais conteúdo relacionado

PDF
Minicurso Arduino com Projetos Praticos - Jotacisio Oliveira
PPTX
Arduino Hack Day Corumbá
PDF
Catalogo Anzo Controles Elétricos
PDF
Central v250
PPTX
Palestra arduino
PDF
Oficina Arduino - Jornada de Tecnologia 2014 (E-poti) - Part II
PDF
Sestinfo 2013 - Arduino
PPT
Introdução ao arduino palestra
Minicurso Arduino com Projetos Praticos - Jotacisio Oliveira
Arduino Hack Day Corumbá
Catalogo Anzo Controles Elétricos
Central v250
Palestra arduino
Oficina Arduino - Jornada de Tecnologia 2014 (E-poti) - Part II
Sestinfo 2013 - Arduino
Introdução ao arduino palestra

Mais procurados (19)

PPTX
1 aula do curso de automação - Arduino
PDF
Arduino introdução - 10 projectos
PPTX
Arduino day-2015-v1
PDF
Programação em-arduino-módulo-básico
PDF
Curso de arduino
PPT
Arduino - Desenvolvendo com hardware livre
PPTX
Guia AC mod 5
PPTX
Arduino - iniciação à linguagem C: LCD 1602
PDF
Arduino - Hardware Livre e Robótica
PDF
Documentação Plataforma Ton
PPT
Arduino Hack Day por Vinicius Senger
PDF
Material Auxiliar Para Curso BáSico Msp430 55 A 98
PDF
Introdução ao Arduino e robótica
PDF
Treinamento prog clp básico cx one_rev_fy16
PPTX
Introdução a arduino, oficina para iniciantes
PDF
Guia 01 12_site
PDF
Manual anm 2004_2008_mf_01_12_site
PDF
Android e Arduino para automação residencial
PDF
Arduino vers o_cores
1 aula do curso de automação - Arduino
Arduino introdução - 10 projectos
Arduino day-2015-v1
Programação em-arduino-módulo-básico
Curso de arduino
Arduino - Desenvolvendo com hardware livre
Guia AC mod 5
Arduino - iniciação à linguagem C: LCD 1602
Arduino - Hardware Livre e Robótica
Documentação Plataforma Ton
Arduino Hack Day por Vinicius Senger
Material Auxiliar Para Curso BáSico Msp430 55 A 98
Introdução ao Arduino e robótica
Treinamento prog clp básico cx one_rev_fy16
Introdução a arduino, oficina para iniciantes
Guia 01 12_site
Manual anm 2004_2008_mf_01_12_site
Android e Arduino para automação residencial
Arduino vers o_cores
Anúncio

Destaque (20)

PDF
FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...
PPTX
Automatos
PPTX
Redes can e isobus
PPT
Clp Conceito
PDF
Introdução a Automação.
PDF
Apostila sensores
PPT
Curso basico automatos programaveis dia 1
PPT
PPT
Automacao
PPTX
Instrumentos de medida e exemplos de aplicação
DOC
Apostila clp - blocos funcionais
PPTX
Clp – controlador lógico programável
PPT
Entradas E Saídas Digitais AnalóGicas
PPT
Linguagens De ProgramaçãO Clp
PPT
Sensores
PDF
Acionamentos eletricos neo
PDF
Apostila de instrumentação_industrial_-_senai
PDF
Apostila plc - siemens step 7
PDF
Apostila de automação com clp em linguagem ladder
FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...
Automatos
Redes can e isobus
Clp Conceito
Introdução a Automação.
Apostila sensores
Curso basico automatos programaveis dia 1
Automacao
Instrumentos de medida e exemplos de aplicação
Apostila clp - blocos funcionais
Clp – controlador lógico programável
Entradas E Saídas Digitais AnalóGicas
Linguagens De ProgramaçãO Clp
Sensores
Acionamentos eletricos neo
Apostila de instrumentação_industrial_-_senai
Apostila plc - siemens step 7
Apostila de automação com clp em linguagem ladder
Anúncio

Semelhante a Controladores Lógicos Programáveis parte-1 (20)

PPT
PPT
PPT
PPT
PDF
Apostila plc - siemens step 7
DOCX
Trabalho final
DOC
Barramento de entrada e saída de clp
PPTX
AULA DE MECANICA - CURSO DE ELETROMECÂNICA
PPTX
PLC3.pptx
PDF
Apostila controladores ladder (1)
PDF
Apostila controladores ladder
PDF
Apostila controladores ladder
PDF
PDF
Aula - CLP & Linguagem Ladder
PPTX
AULA controlador lógico programavel CLIC 02 WEG.pptx
PDF
Curso clp siemens
PDF
Curso clp siemens
PDF
15507933 apostila-de-cl ps-ladder
PPTX
AULA DE MECANICA - CURSO DE ELETROMECÂNICA
PPT
Curso CLP 1.ppt
Apostila plc - siemens step 7
Trabalho final
Barramento de entrada e saída de clp
AULA DE MECANICA - CURSO DE ELETROMECÂNICA
PLC3.pptx
Apostila controladores ladder (1)
Apostila controladores ladder
Apostila controladores ladder
Aula - CLP & Linguagem Ladder
AULA controlador lógico programavel CLIC 02 WEG.pptx
Curso clp siemens
Curso clp siemens
15507933 apostila-de-cl ps-ladder
AULA DE MECANICA - CURSO DE ELETROMECÂNICA
Curso CLP 1.ppt

Mais de andydurdem (20)

PDF
Material de-apoio-lide
PDF
Calça conica
PDF
Apostila auto cad 2000 2d
PDF
Refrigeracao i
PDF
29 mec mf auto cad 2d e 3d
PDF
10 mec mb 1 auto cad 2000 dimensionamento
PDF
04 manutenção em refrigeração domiciliar
PDF
09 manutenção do ar condicionado de janela guia completo
PDF
11 perguntas e respostas sobre ar condicionado split
PDF
10 manutenção preventiva para o ar condicionado split
PDF
09 manutenção do ar condicionado de janela guia completo
PDF
06 componentes eletricos do refrigerador (manual tecumseh)
PDF
07 como instalar um ar condicionado split passo a passo
PDF
08 erros na instalação do ar condicionado, aprenda como reparar
PDF
02 mecânico de refrigeração domiciliar i
PDF
Ar condicionado e refrigeração
PDF
03 mecânico de refrigeração domiciliar ii
PDF
Refrigeração comercial sem split system
PDF
Sistemas e equipamentos de climatizacao
PDF
Manual de boas práticas em refrigeracao
Material de-apoio-lide
Calça conica
Apostila auto cad 2000 2d
Refrigeracao i
29 mec mf auto cad 2d e 3d
10 mec mb 1 auto cad 2000 dimensionamento
04 manutenção em refrigeração domiciliar
09 manutenção do ar condicionado de janela guia completo
11 perguntas e respostas sobre ar condicionado split
10 manutenção preventiva para o ar condicionado split
09 manutenção do ar condicionado de janela guia completo
06 componentes eletricos do refrigerador (manual tecumseh)
07 como instalar um ar condicionado split passo a passo
08 erros na instalação do ar condicionado, aprenda como reparar
02 mecânico de refrigeração domiciliar i
Ar condicionado e refrigeração
03 mecânico de refrigeração domiciliar ii
Refrigeração comercial sem split system
Sistemas e equipamentos de climatizacao
Manual de boas práticas em refrigeracao

Último (20)

PDF
A provisão de jojuador (ramadã) islamismo
PPTX
ACIDOS NUCLEICOS - REPLICAÇÃO DO DNA - E.M.
PDF
Fiqh da adoração (islamismo)
PPTX
NR11 - Treinamento Direcao Defensiva - 2023.pptx
PDF
Ementa 2 semestre PEI Orientação de estudo
PPTX
O Romantismo e a identidade brasileira..
PPTX
disciplulado curso preparatorio para novos
PPTX
Reino Monera e Protista: representantes e caracteristicas.pptx
PDF
Uma Introdução às Ciências do Alcorão (Islam)
PPTX
Biologia celular: citologia, é o estudo da célula, a unidade básica da vida.
PDF
manual-orientacao-asb_5a8d6d8d87160aa636f63a5d0.pdf
PDF
O retorno a origem (islã Islamismo)
PDF
embriologia_animal_aula_share_2026_semestre
PPTX
QuestõesENEMVESTIBULARPARAESTUDOSEAPRENDIZADO.pptx
PPTX
Revolução Industrial - Aula Expositiva - 3U4.pptx
PPTX
Ocupação e transformação dos territórios.pptx
PDF
A Revolução Francesa de 1789 slides história
PDF
COMO OS CONTOS DE FADAS REFLETEM ARQUÉTIPOS_MEDOS E DESEJOS DO INCONSCIENTE H...
PPTX
ELEMENTOS E FUNÇÕES DE LINGUAGEM (EMOTIVA, REFERENCIAL, CONATIVA, POÉTICA, FÁ...
PDF
Combate a Incêndio - Estratégias e Táticas de Combate a Incêndio por Francis...
A provisão de jojuador (ramadã) islamismo
ACIDOS NUCLEICOS - REPLICAÇÃO DO DNA - E.M.
Fiqh da adoração (islamismo)
NR11 - Treinamento Direcao Defensiva - 2023.pptx
Ementa 2 semestre PEI Orientação de estudo
O Romantismo e a identidade brasileira..
disciplulado curso preparatorio para novos
Reino Monera e Protista: representantes e caracteristicas.pptx
Uma Introdução às Ciências do Alcorão (Islam)
Biologia celular: citologia, é o estudo da célula, a unidade básica da vida.
manual-orientacao-asb_5a8d6d8d87160aa636f63a5d0.pdf
O retorno a origem (islã Islamismo)
embriologia_animal_aula_share_2026_semestre
QuestõesENEMVESTIBULARPARAESTUDOSEAPRENDIZADO.pptx
Revolução Industrial - Aula Expositiva - 3U4.pptx
Ocupação e transformação dos territórios.pptx
A Revolução Francesa de 1789 slides história
COMO OS CONTOS DE FADAS REFLETEM ARQUÉTIPOS_MEDOS E DESEJOS DO INCONSCIENTE H...
ELEMENTOS E FUNÇÕES DE LINGUAGEM (EMOTIVA, REFERENCIAL, CONATIVA, POÉTICA, FÁ...
Combate a Incêndio - Estratégias e Táticas de Combate a Incêndio por Francis...

Controladores Lógicos Programáveis parte-1

  • 1. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 1 www.anzo.com.br CLP – Controlador Lógico Programável O primeiro controlador Lógico Programável nasceu na General Motors Americana em 1968, em função da dificuldade de se alterar a lógica dos circuitos em painéis de relés baseados em lógicas combinacionais. Primeira geração de controladores: - hardware com relés montado numa back-plane (placa traseira) dotada de terminais; - lógica feita conectando-se os terminais com cabos elétricos; - Transítores substituíram os relés - Com o surgimento dos CI’s (Circuitos Integrados), os controladores passaram a ter mais velocidade e recursos: portas lógicas, flip-flops, contadores, etc.. - A capacidade de processamento ainda era limitada - Construção robusta para resistir ao ambiente industrial Segunda Geração de controladores: - Circuitos Microprocessados - Programação feita via software (EPROM*) - Linguagem utilizada: linguagem de máquina ou Assembly * Erasable Programmable Read Only Memory (Chip de Memória programável que pode ser lido por inúmeras vezes e apagando somente por forte luz ultravioleta) Terceira Geração: - Programação de alto nível - PC’s convencionais para programar o CLP Nota: o termo PLC (Programmable Logic Control) também é bastante utilizado Vantagens dos CLP’s em relação aos Comandos Elétricos: - versatilidade (programação) - ocupam pouco espaço - consomem menos energia elétrica - maior confiabilidade (a lógica de CLP não apresenta “mau contato”) - fácil manutenção (os CLP’s são modulares) - diagnose de defeitos mais simples, através de aplicativos de software que rodam em PC’s (Personal Computers), on-line com o CLP; - possuem interface de comunicação com IHM’s (Interface Homem-Máquina) - conectividade (redes: ethernet, profibus, modbus, devicenet, etc...) - maior rapidez na elaboração de projetos; - menor custo - fácil utilização
  • 2. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 2 www.anzo.com.br Variáveis de Entrada Variáveis de Saída Estrutura de um CLP: O processamento do programa é feito em tempo real, ou seja, as entradas são lidas e processadas e as saídas acionadas de forma simultânea ao processo. sensores chaves botões pressostatos termostatos termopares tensões correntes encoderes MÓDULO DE ENTRADA C P U MÓDULO DE SAÍDA Relés Contatores Solenóides MÁQUINA OU PROCESSO CONTROLADO
  • 3. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 3 www.anzo.com.br DIAGRAMA DE BLOCOS DE UMA UNIDADE CENTRAL CONFIGURAÇÃO DOS CLP’s Principais Módulos: 1. Módulo CPU 2. Módulos de entradas e saídas digitais 3. Módulos de entradas e saídas analógicas 4. Módulo fonte de alimentação 5. Módulos especiais UNIDADE CENTRAL Memória de Dados Unidade de Controle U.L.A Unidade Lógica e Aritmética Módulos de Entrada Memória De Programa Módulos de Saída
  • 4. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 4 www.anzo.com.br 1. Módulo CPU Pontos importantes: 1.1. Tempo de Varredura (Scan Rate) È o tempo de execução completa do programa, que compreende a leitura das entradas, a execução da lógica programável e a atualização das saídas O Scan Rate se torna crítico quando os programas são muito extensos ou quando as entradas são muito rápidas. 1.2. WDT (Watch Dog Timer) o O WDT monitora,via hardware, o tempo de varredura do CLP e tem a função de aumentar a segurança do sistema; se o tempo de varredura de um programa for maior que o tempo estabelecido do WDT, a CPU será automaticamente resetada, um sinal de erro será ativado e todas as saídas serão desligadas. o O alarme de WDT pode ser causado por uma falha de hardware ou então no programa do usuário (lógicas muito extensas, loops infinitos, etc..) 1.3. Canais de Comunicação Serial Os canais seriais são utilizados para se conectar vários periféricos, entre eles: o PC (Personal Computer, utilizado para transferência de programa, configuração do CLP, diagnose e backup) o IHM (Interface Homem-Máquina, utilizada para incrementar os recursos de operação, preparação e manutenção). o Impressoras Padrões usuais: RS232 e RS485 (este último para se comunicar a distâncias maiores que 100m, limitado a 1000m) Leitura das ENTRADAS Execução da lógica Atualização das SAÍDAS
  • 5. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 5 www.anzo.com.br 2. MÓDULOS DE ENTRADAS E SAÍDAS DIGITAIS Os padrões adotados para o ambiente industrial são 24Vcc para corrente contínua e 110 ou 220Vca para corrente alternada. Esses valores apresentam boa relação sinal/ruído para o ambiente industrial , sendo o padrão 110V ou 22V mais adequado para comandos a longas distâncias , como é o caso de usinas hidrelétricas, por exemplo, onde a distância entre sensores e módulos de entrada é grande (até 500m) Entenda-se por entrada/saída digital como sendo aquela que pode ter dois estados possíveis: ligado ou desligado. Se estivermos falando de comando a 24Vcc, “ligado” significa a presença de 24V na entrada correspondente do módulo de entrada ou saída, enquanto que “desligado” significa a ausência deste. Em 110 ou 220Vca, “ligado” significa a presença da tensão alternada na entrada/saída correspondente do módulo de entrada ou saída, enquanto que “desligado” significa a ausência desta tensão. Costuma-se atribuir à condição “ligado” o nível lógico “1” e à condição “desligado” o nível lógico “0”. IMPORTANTE: NÃO CONFUNDIR módulos de entradas/saídas DIGITAIS em CA (Corrente Alternada) com módulos de entradas/saídas ANALÓGICOS. 2.1. MÓDULOS DE ENTRADAS DIGITAIS Convertem os níveis de tensão presentes nas entradas em sinais com níveis lógicos compatíveis com o Bus de dados do CLP 2.1.1. MÓDULOS DE ENTRADAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA Esses módulos detectam a presença de 24Vcc em sua entrada; isto pode ser feito de duas formas: o Chaveando-se o negativo (0Vcc) e adotando o positivo (+24Vcc) como comum – módulo tipo N o Chaveando-se o positivo (+24Vcc) e adotando o negativo (0Vcc) como comum – módulo tipo P o Toda entrada digital tem um Led indicador de status (entrada chaveada = nível lógico “1” = LED aceso) o O acoplador óptico isola eletricamente o sinal de entrada do circuito lógico do CLP; isto é feito por dois motivos: proteger os circuitos e componentes internos do CLP no caso de se aplicar níveis elevados de tensão na entrada, por exemplo; neste caso, a entrada correspondente será danificada
  • 6. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 6 www.anzo.com.br (provavelmente o LED do acoplador óptico será danificado), mas o restante do CLP será poupado. Aumentar a imunidade a ruídos: também conhecido como interferência, o ruído elétrico pode prejudicar o funcionamento de qualquer sistema microprocessado; o fato de separar o 0V das entradas externas do 0V lógico interno do CLP contribui para aumentar a imunidade a ruídos. o A função dos resistores R3 e R4 e do capacitor C é formar um filtro passa- baixas, evitando que eventuais ruídos presentes na alimentação do sinal de entrada façam com que a entrada seja acionada indevidamente; é comum que este filtro seja dimensionado de forma que as entradas digitais não respondam à freqüências superiores a 1KHz, com exceção de entradas especiais (exemplo: entradas rápidas, muito ulitilizadas para leitura de encoderes, por exemplo). 2.1.1.1. MÓDULOS DE ENTRADAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA, TIPO N o Os sensores de entrada devem chavear 0Vcc; se estivermos falando de sensores de proximidade, por exemplo, estes deverão ser do tipo NPN
  • 7. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 7 www.anzo.com.br 2.1.1.2. MÓDULOS DE ENTRADAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA, TIPO P o Os sensores de entrada devem chavear +24Vcc; se estivermos falando de sensores de proximidade, por exemplo, estes deverão ser do tipo PNP. 2.1.2. MÓDULOS DE E NTRADAS DIGITAIS EM CORRENTE ALTERNADA o A presença de tensão alternada (entrada externa) será detectada pela porta de entrada e lida pela CPU do CLP
  • 8. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 8 www.anzo.com.br 2.2. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS Têm a função de converter os sinais lógicos presente no BUS de dados do CLP em sinais capazes de acionar atuadores, como por exemplo: contatores, solenóides, lâmpadas. Os módulos de saída podem ser do tipo cc (corrente contínua), ca (corrente alternada) ou a relé. 2.2.1. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA As saídas digitais em cc pode ser de dois tipos: o Tipo N: chaveia-se o negativo (0Vcc) e adota-se o positivo (+24Vcc) como comum da carga. o Tipo P: chaveia-se o positivo (+24Vcc) e adota-se o negativo (0Vcc) como comum da carga. o Toda saída digital tem um LED indicador de status (saída chaveada = nível lógico “1” = LED aceso) o O acoplador óptico isola eletricamente o sinal do circuito lógico do CLP da saída externa. 2.2.1.1. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA TIPO N o O comum da carga é ligado a +24Vcc, enquanto o módulo de saída chaveia 0Vcc
  • 9. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 9 www.anzo.com.br 2.2.1.2. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS EM CORRENTE CONTÍNUA TIPO P o O comum da carga é ligado a +0Vcc, enquanto o módulo de saída chaveia 24Vcc 2.2.2. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS EM CORRENTE ALTERNADA o O componente que chaveia a saída é um TRIAC o A função do varistor V1 é proteger a saída contra um surto de tensão o O circuito R4,C tem a função de evitar disparos indevidos
  • 10. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 10 www.anzo.com.br 2.2.3. MÓDULOS DE SAÍDAS DIGITAIS A RELÉ o Esta saída pode acionar tanto cargas em cc quanto em ca o A carga é ligada em série com o contato do relé o Quando os dois pólos do contato do relé estão disponíveis ao usuário, a saída é chamada de saída a “contato seco” o Quando várias saídas são agrupadas, apenas um dos pólos do contato do relé está individualmente disponível ao usuário; o outro pólo de cada contato está interligado internamente ao módulo de saída, podendo o usuário decidir se vai chavear o positivo ou negativo, bastando para isso conectar o comum dos contatos à massa ou ao pólo positivo da fonte de alimentação externa. 3. MÓDULOS DE ENTRADAS E SAÍDAS ANALÓGICAS Os módulos de entrada/saída analógicos são projetados para tratar sinais que assumem infinitos valores ao longo do tempo; como todo sistema microprocessado, o CLP trata internamente esses sinais como palavras binárias. A interface entre o CLP e as entradas analógicas são conversores A/D (Analógico/Digital), ao passo que a interface entre o CLP e as saídas analógicas são conversores D/A (Digital/ Analógico). A resolução dos valores tratados pelo CLP depende, portanto, do número de bits que os conversores A/D ou D/A utilizam; por exemplo, um conversor de 12 bits pode apresentar 4096 valores distintos (212 = 4096).
  • 11. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 11 www.anzo.com.br Os sinais analógicos tratados por esses módulos são sinais elétricos de tensão ou corrente, sendo adotado o padrão de 0 a 10Vcc para tensão e 4 a 20mA para corrente; também é possível encontrar módulos para tratar sinais de tensão de – 10Vcc a +10Vcc , ou então corrente de 0 a 20mA , por exemplo. Para um sinal de tensão de 0 a 10Vcc tratado por um conversor de 12 bits, teríamos: Sinal elétrico Valor no CLP 0 V 0000 5 V 2048 10 V 4095 Assim, para um conversor com resolução de 12 bits e um sinal elétrico variando de 0 a 10Vcc, a sensibilidade é de 2,5mV (10V / 4095) Dessa forma é possível ler diversas grandezas físicas (inclusive elétricas) através de transdutores, que convertem essas diversas grandezas no padrão 0 a 10Vcc ou 4 a 20mA. Dentre essas grandezas, podemos ter: transdutores de pressão (não confundir com o pressostato que só tem dois estados possíveis, ligado ou desligado e é lido por uma entrada digital), vazão, força, potência elétrica, corrente elétrica, rotação, velocidade, aceleração, entre outros. Também é possível através das saídas analógicas exercer o controle sobre sistemas como: acionamentos CA/CC, inversores de freqüência, válvulas proporcionais, entre outros.
  • 12. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 12 www.anzo.com.br 3.1. MÓDULOS DE ENTRADAS ANALÓGICAS 3.2. MÓDULOS DE SAÍDAS ANALÓGICAS
  • 13. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 13 www.anzo.com.br MÓDULO FONTE DE ALIMENTAÇÃO As fontes de alimentação dos CLP’s normalmente são do tipo chaveadas e fornecem as tensões de trabalho da CPU e dos módulos de entrada/saída. Deve-se observar que a fonte do CLP não deve ser utilizada para alimentar as cargas conectadas aos módulos de saída, já que a mesma não foi dimensionada para isso; nesse caso uma fonte externa deve ser utilizada (os módulos de saída possuem bornes para ligação de uma fonte externa). Alguns CLP’s de baixo custo possuem a fonte incorporada ao módulo CPU. 4. MÓDULOS ESPECIAIS Os CLP´s permitem acoplar diversos módulos especiais de entrada ou saída, como por exemplo: o Módulo de entrada para medição de temperatura através da leitura do sinal elétrico fornecido por termopares (sinais da ordem de milivolts e que obedecem a uma curva característica) o Módulo de entrada para medição de temperatura através de termoresistências, como por exemplo do tipo PT100 (apresenta 100OHM a 0ºC e também tem uma curva característica de variação da resistência em função da temperatura); os valores de variação da resistência são tão baixos, que são utilizados sistemas a 3 ou 4 fios para se compensar a resistência dos próprios cabos utilizados na interligação da termoresistência; o Módulos de entradas rápidas, utilizadas normalmente para leitura de sinais enviados por encoderes, por exemplo; são entradas digitais tratadas especialmente por hardware e têm prioridade de leitura em relação às entradas digitais normais; o Módulos de saída para controle de motor de passo; são saídas que têm resposta rápida, uma vez que uma saída digital normal não atenderia esse quesito; o Módulos para medição de grandezas elétricas (tensão, corrente, potência ativa, potência reativa) o Módulos para comunicação com rede (ethernet, profibus, ASI, MPI, etc..)
  • 14. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 14 www.anzo.com.br Comandos elétricos x CLP’s o a linha pontilhada no comando elétrico acima (à esquerda) separa os componentes de entrada/saída dos componentes utilizados para intertravamento (ou “interlock”); o á direita temos um circuito equivalente utilizando CLP; observe que apenas os componentes de entrada (botões) e saída (contator principal K1, lâmpada sinalizadora e solenóide da válvula Y1) são representados no esquema elétrico; o intertravamento será feito pela lógica programável, também conhecida como programa CLP o Obviamente estamos falando de entradas/saídas digitais (apenas dois estados possíveis: ligadas ou desligadas) NOTA: O exemplo acima é apenas ilustrativo, pois é apenas parte de um circuito maior; entender seu funcionamento não é relevante, pois faltam informações como por exemplo de que K1 é um contator principal (trifásico, no caso); falta também informação sobre o contato K5 – essas informações estariam no restante do esquema elétrico -
  • 15. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 15 www.anzo.com.br TEMPO DE RESPOSTA DO CLP É o tempo decorrido entre a leitura das entradas, execução do programa e atualização das saídas; cada uma dessas atividades leva um tempo para ser executada, como segue: Efeitos do Tempo de Resposta sobre a Leitura das Entradas: Suponha três entradas (1), (2) e (3) acionadas em três instantes diferentes, conforme diagrama acima; neste caso teremos a seguinte situação: o A entrada (1) não será lida no primeiro ciclo de varredura (Scan1), visto que quando vai a “1” (ON) a leitura das entradas já havia sido feita; esta entrada somente será lida no segundo ciclo de varredura (Scan2), pois ainda está em nível lógico 1 durante a leitura das entradas do Scan2; o A entrada (2) só é lida no terceiro ciclo de varredura (scan3) o A entrada 3 não é lida; para o CLP é como se não tivesse sido acionada Se montarmos uma tabela identificando com um “X” em qual ciclo de varredura cada entrada é lida, teremos o seguinte: Entrada 1 2 3 Scan 1 Scan 2 X Scan 3 X Input Response Time + Program Execution Time + Output Response Time = Total Response Time
  • 16. _____________________________________________________________________________________ Prof. Lázaro Anzolini 16 www.anzo.com.br Para assegurar a leitura de uma entrada, recomenda-se que a mesma esteja acionada por pelo menos 1 tempo de leitura + 1 tempo de varredura: Entradas rápidas: são entradas especiais, que são lidas por rotinas executadas por interrupção da varredura normal do programa: Quando a entrada é acionada, o CLP interrompe a execução normal do programa, executa uma rotina própria para leitura de entradas rápidas e em seguida volta a executar o processo normal de varredura. Tempo de resposta da saída: Admitindo-se que a entrada não tivesse sido lida no primeiro ciclo de varredura, teríamos a saída atualizada somente no segundo ciclo; o atraso máximo é, portanto, de dois ciclos de varredura.