SéC XIX

JORNALISMO DE MODA Disciplina: Indumentária Aula 4 Século XIX

Feminino Até 1920 Trajes para climas tropicais Paixão por xales Período em que as mulheres usavam menor quantidade de roupas até este momento da história

1814 – Abdicação de Napoleão Cessam as hostilidades entre Inglaterra e França Muitas mulheres inglesas viajam para Paris e começam a usar a moda parisiense

Entre as francesas as cores claras, especialmente o branco ainda predominava, assim como na Inglaterra As saias abriam-se ligeiramente e tinham babados na barra

1822 Cinturas voltam à posição normal e, consequentemente, afinam Espartilho volta a fazer parte do guarda-roupa feminino As saias se tornam mais amplas e fofas, com o objetivo de aumentar o efeito cintura fina

Romantismo estava em alta Tecidos com estampas florais e em xadrez Mangas bufantes sobrepostas de rendas ou gazes

Mangas totalmente opacas recebiam o nome de “pernil de carneiro” e eram muito populares

1837 - Mudança A moda romântica começa a mudar Mangas menos amplas As cores vivas dão lugar a cores discretas

1840 Delicadeza era a qualidade mais admirada numa mulher Aparência saudável era considerada vulgar As bochechas rosadas foram abandonadas A maquiagem tinha que reforçar a palidez

Os maridos esperavam que as mulheres tivessem muitas virtudes domésticas, e que elas não fizessem nada A ociosidade da mulher era a marca do status do marido

As roupas cobriam todo o corpo da mulher As saias possuíam um grande número de anáguas, impedindo que as mulheres realizassem qualquer atividade Os decotes só eram vistos nos trajes de noite

Lionne Na França houve uma rebelião feita por mulheres que não concordavam com as imposições da sociedade burguesa Esta rebelião teve como símbolo a figura da lionne

“ Uma mulher rica, casada, bonita, e coquete que sabe manejar o chicote e a pistola, bem como seu marido, cavalga como um lanceiro, fuma como um soldado da cavalaria e bebe qualquer quantidade de champanhe gelada.” – Definição da lionne por um autor desconhecido da época

Havia uma paixão das mulheres por equitação no início da década de 1840 Os Fashion Plates da época mostravam trajes de montaria Esses trajes eram masculinizados só até a cintura O traje consistia em cartola com um véu preso, colarinho, gravata, paletó e colete masculinos e uma saia extremamente volumosa

1850 Período de prosperidade + roupas mais elaboradas “ A criada agora se veste melhor – de maneiera mais fina, em todo caso – do que sua senhora se vestia há vinte anos e é quase impossível reconhecer os trabalhadores quando estão usando suas roupas de domingo” – R. S. Surtees em Ask Mamma - 1853

As saias ficaram mais rodadas, esse feito era obtido com o uso de muitas anáguas O peso das anáguas cabou se tornando intolerável, e elas acabaram sendo substituídas por uma anágua feita de arcos, a “crinolina de armação”

A crinolina serviu como um instrumento de liberação das mulheres Dentro da “gaiola”, as mulheres podiam movimentar suas pernas livremente No entanto, as pernas ainda não podiam ser vistas, e era costume usar pantalonas compridas de linho por baixo das saias

As botas entraram a moda, com o objetivo de esconder os tornozelos www.museudocalcado.com.br

1860 Cinturas muito finas, corpetes bem justos Chapéus muito pequenos, que agora eram usados afastados da testa com o objetivo de mostrar os cabelos A aparência geral das mulheres era a de um triângulo de base bem larga

1868 - Mudança A armação da saia se desloca totalmente para trás, formado uma meia “crinolina” Havia um amontoado de tecido atrás, terminando em cauda

1870 Invenção da máquina de costura e descoberta da anilina mudam contribuíram para a elaboração nas roupas femininas e para o fim do uso de cores pálidas Era moda fazer o corpete de cor diferente da cor da saia e misturar tecidos lisos com tecidos estampados

1874 Surge o corpete cuirasse, que era muito apertado e comprido As saias ainda eram cheias atrás, porém mais embaixo e usava-se drapeados para dar impressão de cintura ainda mais fina Mesmo os vestidos de dia possuíam caudas extremamente longas

1890 As anquinhas e os drapeados desapareceram As saias eram compridas e em forma de sino, tendo em geral uma cauda Os vestidos de dia tinham gola alta com babados de renda ou laços de tule Usava-se grande quantidade de rendas, e alguns vestidos de noite eram feitos todos de renda

As mangas adquiriram proporções enormes e eram armadas com almofadas Elas eram essenciais em roupas de gala

Cabelos e Chapéus Até1835 Durante o dia usava-se boinas de tecido amarradas sob o queixo Os chapéus eram mais usados de noite e tinham abas muito largas

Normalmente eram feitos de palha, mas também podiam ser de seda ou cetim

Os cabelos eram penteados de forma elaborada, com cachos caindo sobre o rosto

O guarda-sol era essencial no look da mulher elegante daquela época

1840 O chapéu boneca evitava que os rostos fossem vistos

1850 Os chapéus tipo boneca cedem lugar para os muito pequenos, usados sobre um penteado alto de tranças ou cachos Muitas vezes era necessário usar cabelos falsos para complementar o penteado

Masculino Ao contrário das mulheres, os homens franceses passam a aceitar o traje inglês como uma lei Habilidade dos alfaiates de Londres para trabalhar com casimira (tecido estruturado) Roupas ajustadas, essência do dandismo

Dandismo Criador: Beau Brummel Roupas discretas Casacos sem bordados, feitos de tecidos lisos As cores primárias eram as mais usadas Era comum usar casacos, coletes e calças de cores diferentes Calças ajustadas até os tornozelos

Golas bem altas na nuca Coletes curtos e de corte quadrado Botões superiores dos coletes eram usados abertos, para mostar o babado da camisa

Os dândis eram conhecidos por usar calções apertados, pelo apuro do corte das roupas e, principalmente, pelo apuro do arranjo em seu pescoço

O colarinho da camisa era virado para cima e firmado por um lenço em forma de plastrom ou stock O uso do stock dificultava o movimento do pescoço, fortalecendo a fama de arrogantes dos dândis Usavam cabelos curtos e cartolas

1819 – Partida de Brummel As roupas dos dândis começam a apresentar extravagâncias A cartolas crescem e a copa fica mais larga que a aba O colarinho da camisa chega quase até os olhos Os stocks ou plastrons ficaram ainda mais apertados

Monstruosidades – Cruikshank (1822)

O plastrom diminuiu O xadrez escocês era pouplar no inverno, e o brim branco no verão Cinturas marcadas e ombreiras foram abandonadas Usava-se fraques de dia e de noite, sendo os da noite sempre pretos 1837 - Mudança

As roupas ficam mais sóbrias As camisas com babados desapareceram A cartola era usada em todas as camadas sociais As calças eram bastante apertadas e presas sob o arco do pé Fim da extravagância e da cor nas roupas masculinas No lugar dos dândis, a figura dominante passa a ser a do inglês respeitável

1880 O fraque era usado somente de noite Para o dia, os homens usavam a sobrecasaca Entre os jovens, a jaqueta curta ficava cada vez mais popular O tecido predominante era a lã, e as cores eram preto, marrom, cinza ou azul

A calças eram folgadas em cima e afuniladas na pernas Os jovens elegantes usavam calças com bainhas dobradas

As gravatas e os laços podiam ser ajustados de diversas formas e às vezes já vinham prontos O colarinho era usado bem alto

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