Fósseis
Fósseis
O que é um fóssil?
Fósseis
Dente fossilizado
Os dentes fossilizados
permitem saber o tipo
de alimentação que o
animal tinha.
Garra fossilizada
As garras fossilizadas permitem
perceber, por exemplo, que o
dinossauro usava os membros para
prender os animais de que se
alimentava.
Gastrólitos
Em alguns dinossauros fossilizados
encontram-se gastrólitos, pequenas
pedras que estes animais ingeriam
para ajudar a digerir os alimentos.
Osso fossilizado
Os ossos fossilizados permitem
reconstituir o esqueleto e conhecer
a forma do corpo do animal.
Ovo fossilizado
Alguns ovos de
dinossauro foram
descobertos em
ninhos fossilizados.
Coprólitos
Os coprólitos, excrementos
fossilizados, fornecem
informações sobre a
alimentação do animal.
Pegadas fossilizadas
As pegadas fossilizadas dão
indicações sobre a dimensão
do animal, a sua velocidade
e o seu tipo de locomoção.
1
2
3
4 5
6
7
Fig.1 – Restos do corpo e vestígios da atividade de um dinossauro fossilizados.
Fósseis
O que são fósseis?
• Somatofósseis – restos integrantes do organismo, como, por
exemplo, dentes, ossos, carapaças ou folhas.
• Icnofósseis – vestígios de atividade de organismos do
passado, como, por exemplo, excrementos, ovos e pegadas.
Somatofóssil Icnofóssil
Exercício pág. 49
Fósseis
Fósseis
O que é um fóssil?
Os fósseis são restos de antigos
organismos ou vestígios da sua
atividade que foram preservados de
forma natural em rochas ou em outros
materiais.
O ramo da Geologia que se ocupa do
estudo dos fósseis chama-se
Paleontologia.
O processo de formação de um fóssil é
longo e designa-se fossilização. Os
principais tipos de fossilização são a
conservação, a moldagem e a
mineralização.
Fig.2 – Fóssil de Archaeopteryx.
Fósseis
Principais tipos de fossilização
Conservação
Na fossilização por conservação, os materiais originais que constituem o organismo conservam-se em
substâncias tais como o alcatrão, o gelo ou o âmbar, o que impede a sua decomposição.
A conservação pode ser total (a totalidade do corpo do organismo ficou preservada) ou parcial (apenas uma
parte do organismo ficou preservada).
Fig.3 – Mamute conservado no gelo. Fig.4 – Inseto conservado em âmbar (resina fossilizada).
Fósseis
Principais tipos de fossilização
Moldagem
A moldagem ocorre, normalmente, em meio aquático. Neste tipo de fossilização, as partes duras do
organismo vão desaparecendo progressivamente e originam, por norma, um molde com a forma do
organismo nos materiais (sedimentos) envolventes. Existem, essencialmente, dois tipos de moldagem:
Fig.5 – Moldes externo e interno de uma concha de bivalve.
• Molde externo – os sedimentos envolvem o
organismo e adquirem a forma externa dos seus
constituintes, consolidando de seguida.
• Molde interno – os sedimentos ocupam o interior do
organismo e adquirem a sua forma interna,
consolidando de seguida.
Por vezes, origina-se apenas uma impressão (uma
forma em baixo relevo, por exemplo) do organismo na
rocha.
Organismo original
A Molde externo B Molde interno
Fósseis
Principais tipos de fossilização
Mineralização
Na fossilização por mineralização, os materiais originais que constituem o organismo (matéria orgânica) são
substituídos, muito lentamente, por matéria mineral proveniente dos sedimentos que existem no ambiente
onde o organismo morreu.
Neste tipo de fossilização, são normalmente as partes duras dos organismos (os dentes e ossos, por
exemplo) que mineralizam.
Fig.6 – Concha de amonite mineralizada. Fig.7 – Dente de tubarão mineralizado.
Fósseis
Tipos de fossilização
Conservação
Os materiais originais que
constituem o organismo
conservam-se em substâncias
tais como o alcatrão, o gelo ou
o âmbar, que impede a sua
decomposição.
Moldagem
As partes duras do organismo
vão desaparecendo
progressivamente e originam,
por norma, um molde com a
forma do organismo nos
materiais (sedimentos)
envolventes.
Por vezes, origina-se apenas
uma impressão (uma forma em
baixo relevo, por exemplo) do
organismo na rocha.
Mineralização
Os materiais que constituem o
organismo (matéria orgânica)
são substituídos, muito
lentamente, por matéria
mineral que provém dos
sedimentos que ocorrem no
ambiente onde o organismo
morreu. Normalmente são as
partes duras dos organismos,
como por exemplo, os dentes
e os ossos, que mineralizam.
Conservação
total
A totalidade
do organismo
fica
preservada.
Conservação
parcial
Parte do
organismo
fica
preservada. Molde interno
Os sedimentos ocupam o interior do organismo e
adquirem a sua forma interna, consolidando de seguida.
pode ser
pode originar
Molde externo
Os sedimentos envolvem o organismo e adquirem a
forma externa dos seus constituintes, consolidando de
seguida.
Exercício pág. 51
Fossilização:
condições necessárias
e principais etapas
Fósseis
Um dinossauro morre.
Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro.
Quais são as principais etapas da formação de um fóssil?
Fósseis
Uma parte do corpo do animal é
consumida por predadores e os
restantes tecidos moles
decompõem-se. As partes mais
duras do dinossauro (ossos e
dentes) resistem à decomposição.
Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro.
Quais são as principais etapas da formação de um fóssil?
Fósseis
O nível da água sobe e os
sedimentos cobrem os restos do
dinossauro.
Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro.
Quais são as principais etapas da formação de um fóssil?
Fósseis
Quais são as principais etapas da formação de um fóssil?
Os sedimentos continuam a
acumular-se sobre os ossos. Muito
lentamente, a matéria orgânica é
substituída por matéria mineral
proveniente dos sedimentos.
Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro.
Fósseis
A erosão das camadas rochosas
expõe à superfície terrestre o
estrato que contém os ossos
fossilizados.
Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro.
Quais são as principais etapas da formação de um fóssil?
Animação – Etapas de formação de um fóssil Exercício pág. 53
Fósseis
Fósseis
Que condições são necessárias para ocorrer fossilização?
A fossilização é um processo natural longo, pois pode durar vários milhões de anos, raro e complexo,
porque requer um conjunto de condições biológicas, físicas e químicas para ocorrer.
As condições necessárias para ocorrer fossilização são:
• Corpo com partes duras
• Rápida cobertura do organismo por sedimentos -
• Sedimentos finos
• Ambiente pobre em oxigénio
• Temperatura ambiental baixa
• Ambiente com muitos seres vivos
• Ambiente com poucos predadores
Fósseis
Quais são as condições necessárias à fossilização?
Existência de partes duras, tais como ossos, dentes e conchas. A
fossilização torna-se tanto mais provável, quanto mais rico em
substâncias minerais for o organismo.
Condições biológicas
Fósseis
Quais são as condições necessárias à fossilização?
Após a morte do organismo é necessário que ocorra o seu
soterramento rápido por sedimentos ou materiais vulcânicos finos
(cinzas) o que impede que o organismo fique exposto à ação da água, do
oxigénio e dos seres vivos e que sofra decomposição.
Condições físicas e químicas do ambiente
Fósseis
Que condições são necessárias para ocorrer fossilização?
Corpo com partes duras
Os seres vivos que possuem partes duras, ricas em
substâncias minerais, como, por exemplo, ossos, carapaças,
conchas e dentes têm maior probabilidade de fossilizar do
que os seres vivos de corpo mole.
Rápida cobertura do organismo por sedimentos
Após a morte dos organismos, os seus restos devem ser
rapidamente cobertos por sedimentos, para os proteger dos
predadores e de ambientes ricos em oxigénio.
Sedimentos finos
Os sedimentos que recobrem o
organismo devem ser finos, como
por exemplo, as argilas. Os fósseis
que resultam de ambientes com
sedimentos finos, como, por
exemplo, o fundo dos oceanos ou
de lagos e os pântanos, preservam
com maior detalhe a forma e outras
características dos organismos. Os
sedimentos com maiores
dimensões e mais angulosos
promovem a destruição do
Ambiente com muitos
seres vivos
Quanto maior for o
número de seres vivos
num determinado
ambiente, maior é a
probabilidade de alguns
desses organismos
fossilizarem. Ambiente com poucos predadores
Os predadores matam e alimentam-se
de outros seres vivos. A existência de
poucos predadores num determinado
ambiente aumenta a probabilidade de
os restos dos organismos ficarem
preservados e fossilizarem.
Temperatura ambiental
baixa
As temperaturas baixas
ajudam a preservar os
restos dos organismos.
Pelo contrário, as
temperaturas altas
contribuem para a sua
decomposição.
Ambiente pobre em oxigénio
Os ambientes pobres em oxigénio são
favoráveis à fossilização. A presença
de grandes quantidades de oxigénio no
meio promove transformações que
degradam os organismos e possibilita
a existência de seres que os
decompõem.
Exercício pág. 55
Contributo dos fósseis
para a reconstituição da
história da vida na Terra
Fósseis
Como se estudam os fósseis?
A Paleontologia é a ciência que estuda os fósseis e procura compreender:
• o modo de vida dos organismos do passado;
• as condições do ambiente no qual os seres vivos do passado se desenvolveram;
• o modo como evoluíram os seres vivos do passado;
• as causas da sua morte ou da sua extinção.
O estudo dos fósseis requer muitas vezes trabalho de campo.
Fósseis
Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da
história da vida na Terra?
Os fósseis permitem reconstituir espécies extintas
O estudo dos fósseis permite conhecer as características dos seres vivos que os originaram. Esse estudo
permite reconstituir seres vivos de espécies que entretanto foram extintos, ou seja, de espécies que já não
existem atualmente.
Fig.1 – Fóssil de amonite (A) e reconstituição do animal (B).
A B
Fósseis
Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da
história da vida na Terra?
Os fósseis permitem datar rochas
Ao longo da história da Terra existiram seres vivos que:
• viveram num curto intervalo de tempo geológico (poucos milhões de anos);
• se distribuíram por várias regiões diferentes (ampla distribuição geográfica);
• existiram em abundância (em grande número).
Esses seres vivos originaram fósseis de idade, os quais permitem determinar a idade relativa das rochas
que os contêm.
Fósseis
Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da
história da vida na Terra?
Os fósseis permitem reconstituir o comportamento dos animais do passado
Fig.2 – O estudo das pegadas de
dinossauro permite perceber que
espécies se deslocavam em manada,
por exemplo.
O estudo dos fósseis de diferentes espécies,
encontrados nas mesmas rochas, permite
determinar as relações que existiam entre os
vários organismos (por exemplo, que animais
caçavam – predadores, que animais eram
caçados – presas) e as relações entre estes e o
ambiente.
Fósseis
Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da
história da vida na Terra?
Os fósseis permitem conhecer como evoluíram as espécies até às formas
mais recentes
Os fósseis possibilitam o estudo dos seres vivos e da sua evolução até às formas mais recentes. Por
exemplo, atualmente sabe-se que as aves evoluíram a partir de um grupo de dinossauros bípedes, os
terópodes.
Fig.3 – O Lourinhanosaurus
antunesi é um dinossauro terópode.
Fósseis
Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da
história da vida na Terra?
Os fósseis permitem reconstituir os ambientes do passado
Alguns fósseis permitem caracterizar o ambiente em que viveram os seres vivos que os originaram
(paleoambiente). Estes fósseis que permitem reconstituir os ambientes do passado denominam-se fósseis
de ambiente.
Fig.4 – Reconstituição do paleoambiente
da Bacia Lusitaniana. O conjunto de
fósseis de dinossauros atualmente
encontrado na região Oeste de Portugal
permite saber que esta era uma região
onde existia um delta de um rio que
desaguava na Bacia Lusitaniana,
rodeada por território elevado. O atual
arquipélago das Berlengas é um vestígio
dessa cadeia montanhosa do passado.
Animação fósseis de idade e de ambiente
Fósseis
Exercícios de final de capitulo da pág. 66 até 69

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1 - Fósseis_tipos de fosseis_processo_fossilização e

  • 2. Fósseis O que é um fóssil?
  • 3. Fósseis Dente fossilizado Os dentes fossilizados permitem saber o tipo de alimentação que o animal tinha. Garra fossilizada As garras fossilizadas permitem perceber, por exemplo, que o dinossauro usava os membros para prender os animais de que se alimentava. Gastrólitos Em alguns dinossauros fossilizados encontram-se gastrólitos, pequenas pedras que estes animais ingeriam para ajudar a digerir os alimentos. Osso fossilizado Os ossos fossilizados permitem reconstituir o esqueleto e conhecer a forma do corpo do animal. Ovo fossilizado Alguns ovos de dinossauro foram descobertos em ninhos fossilizados. Coprólitos Os coprólitos, excrementos fossilizados, fornecem informações sobre a alimentação do animal. Pegadas fossilizadas As pegadas fossilizadas dão indicações sobre a dimensão do animal, a sua velocidade e o seu tipo de locomoção. 1 2 3 4 5 6 7 Fig.1 – Restos do corpo e vestígios da atividade de um dinossauro fossilizados.
  • 4. Fósseis O que são fósseis? • Somatofósseis – restos integrantes do organismo, como, por exemplo, dentes, ossos, carapaças ou folhas. • Icnofósseis – vestígios de atividade de organismos do passado, como, por exemplo, excrementos, ovos e pegadas. Somatofóssil Icnofóssil Exercício pág. 49
  • 6. Fósseis O que é um fóssil? Os fósseis são restos de antigos organismos ou vestígios da sua atividade que foram preservados de forma natural em rochas ou em outros materiais. O ramo da Geologia que se ocupa do estudo dos fósseis chama-se Paleontologia. O processo de formação de um fóssil é longo e designa-se fossilização. Os principais tipos de fossilização são a conservação, a moldagem e a mineralização. Fig.2 – Fóssil de Archaeopteryx.
  • 7. Fósseis Principais tipos de fossilização Conservação Na fossilização por conservação, os materiais originais que constituem o organismo conservam-se em substâncias tais como o alcatrão, o gelo ou o âmbar, o que impede a sua decomposição. A conservação pode ser total (a totalidade do corpo do organismo ficou preservada) ou parcial (apenas uma parte do organismo ficou preservada). Fig.3 – Mamute conservado no gelo. Fig.4 – Inseto conservado em âmbar (resina fossilizada).
  • 8. Fósseis Principais tipos de fossilização Moldagem A moldagem ocorre, normalmente, em meio aquático. Neste tipo de fossilização, as partes duras do organismo vão desaparecendo progressivamente e originam, por norma, um molde com a forma do organismo nos materiais (sedimentos) envolventes. Existem, essencialmente, dois tipos de moldagem: Fig.5 – Moldes externo e interno de uma concha de bivalve. • Molde externo – os sedimentos envolvem o organismo e adquirem a forma externa dos seus constituintes, consolidando de seguida. • Molde interno – os sedimentos ocupam o interior do organismo e adquirem a sua forma interna, consolidando de seguida. Por vezes, origina-se apenas uma impressão (uma forma em baixo relevo, por exemplo) do organismo na rocha. Organismo original A Molde externo B Molde interno
  • 9. Fósseis Principais tipos de fossilização Mineralização Na fossilização por mineralização, os materiais originais que constituem o organismo (matéria orgânica) são substituídos, muito lentamente, por matéria mineral proveniente dos sedimentos que existem no ambiente onde o organismo morreu. Neste tipo de fossilização, são normalmente as partes duras dos organismos (os dentes e ossos, por exemplo) que mineralizam. Fig.6 – Concha de amonite mineralizada. Fig.7 – Dente de tubarão mineralizado.
  • 10. Fósseis Tipos de fossilização Conservação Os materiais originais que constituem o organismo conservam-se em substâncias tais como o alcatrão, o gelo ou o âmbar, que impede a sua decomposição. Moldagem As partes duras do organismo vão desaparecendo progressivamente e originam, por norma, um molde com a forma do organismo nos materiais (sedimentos) envolventes. Por vezes, origina-se apenas uma impressão (uma forma em baixo relevo, por exemplo) do organismo na rocha. Mineralização Os materiais que constituem o organismo (matéria orgânica) são substituídos, muito lentamente, por matéria mineral que provém dos sedimentos que ocorrem no ambiente onde o organismo morreu. Normalmente são as partes duras dos organismos, como por exemplo, os dentes e os ossos, que mineralizam. Conservação total A totalidade do organismo fica preservada. Conservação parcial Parte do organismo fica preservada. Molde interno Os sedimentos ocupam o interior do organismo e adquirem a sua forma interna, consolidando de seguida. pode ser pode originar Molde externo Os sedimentos envolvem o organismo e adquirem a forma externa dos seus constituintes, consolidando de seguida. Exercício pág. 51
  • 12. Fósseis Um dinossauro morre. Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro. Quais são as principais etapas da formação de um fóssil?
  • 13. Fósseis Uma parte do corpo do animal é consumida por predadores e os restantes tecidos moles decompõem-se. As partes mais duras do dinossauro (ossos e dentes) resistem à decomposição. Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro. Quais são as principais etapas da formação de um fóssil?
  • 14. Fósseis O nível da água sobe e os sedimentos cobrem os restos do dinossauro. Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro. Quais são as principais etapas da formação de um fóssil?
  • 15. Fósseis Quais são as principais etapas da formação de um fóssil? Os sedimentos continuam a acumular-se sobre os ossos. Muito lentamente, a matéria orgânica é substituída por matéria mineral proveniente dos sedimentos. Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro.
  • 16. Fósseis A erosão das camadas rochosas expõe à superfície terrestre o estrato que contém os ossos fossilizados. Fig.1 – Representação do processo de fossilização, por mineralização, de restos de um dinossauro. Quais são as principais etapas da formação de um fóssil? Animação – Etapas de formação de um fóssil Exercício pág. 53
  • 18. Fósseis Que condições são necessárias para ocorrer fossilização? A fossilização é um processo natural longo, pois pode durar vários milhões de anos, raro e complexo, porque requer um conjunto de condições biológicas, físicas e químicas para ocorrer. As condições necessárias para ocorrer fossilização são: • Corpo com partes duras • Rápida cobertura do organismo por sedimentos - • Sedimentos finos • Ambiente pobre em oxigénio • Temperatura ambiental baixa • Ambiente com muitos seres vivos • Ambiente com poucos predadores
  • 19. Fósseis Quais são as condições necessárias à fossilização? Existência de partes duras, tais como ossos, dentes e conchas. A fossilização torna-se tanto mais provável, quanto mais rico em substâncias minerais for o organismo. Condições biológicas
  • 20. Fósseis Quais são as condições necessárias à fossilização? Após a morte do organismo é necessário que ocorra o seu soterramento rápido por sedimentos ou materiais vulcânicos finos (cinzas) o que impede que o organismo fique exposto à ação da água, do oxigénio e dos seres vivos e que sofra decomposição. Condições físicas e químicas do ambiente
  • 21. Fósseis Que condições são necessárias para ocorrer fossilização? Corpo com partes duras Os seres vivos que possuem partes duras, ricas em substâncias minerais, como, por exemplo, ossos, carapaças, conchas e dentes têm maior probabilidade de fossilizar do que os seres vivos de corpo mole. Rápida cobertura do organismo por sedimentos Após a morte dos organismos, os seus restos devem ser rapidamente cobertos por sedimentos, para os proteger dos predadores e de ambientes ricos em oxigénio. Sedimentos finos Os sedimentos que recobrem o organismo devem ser finos, como por exemplo, as argilas. Os fósseis que resultam de ambientes com sedimentos finos, como, por exemplo, o fundo dos oceanos ou de lagos e os pântanos, preservam com maior detalhe a forma e outras características dos organismos. Os sedimentos com maiores dimensões e mais angulosos promovem a destruição do Ambiente com muitos seres vivos Quanto maior for o número de seres vivos num determinado ambiente, maior é a probabilidade de alguns desses organismos fossilizarem. Ambiente com poucos predadores Os predadores matam e alimentam-se de outros seres vivos. A existência de poucos predadores num determinado ambiente aumenta a probabilidade de os restos dos organismos ficarem preservados e fossilizarem. Temperatura ambiental baixa As temperaturas baixas ajudam a preservar os restos dos organismos. Pelo contrário, as temperaturas altas contribuem para a sua decomposição. Ambiente pobre em oxigénio Os ambientes pobres em oxigénio são favoráveis à fossilização. A presença de grandes quantidades de oxigénio no meio promove transformações que degradam os organismos e possibilita a existência de seres que os decompõem. Exercício pág. 55
  • 22. Contributo dos fósseis para a reconstituição da história da vida na Terra
  • 23. Fósseis Como se estudam os fósseis? A Paleontologia é a ciência que estuda os fósseis e procura compreender: • o modo de vida dos organismos do passado; • as condições do ambiente no qual os seres vivos do passado se desenvolveram; • o modo como evoluíram os seres vivos do passado; • as causas da sua morte ou da sua extinção. O estudo dos fósseis requer muitas vezes trabalho de campo.
  • 24. Fósseis Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da história da vida na Terra? Os fósseis permitem reconstituir espécies extintas O estudo dos fósseis permite conhecer as características dos seres vivos que os originaram. Esse estudo permite reconstituir seres vivos de espécies que entretanto foram extintos, ou seja, de espécies que já não existem atualmente. Fig.1 – Fóssil de amonite (A) e reconstituição do animal (B). A B
  • 25. Fósseis Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da história da vida na Terra? Os fósseis permitem datar rochas Ao longo da história da Terra existiram seres vivos que: • viveram num curto intervalo de tempo geológico (poucos milhões de anos); • se distribuíram por várias regiões diferentes (ampla distribuição geográfica); • existiram em abundância (em grande número). Esses seres vivos originaram fósseis de idade, os quais permitem determinar a idade relativa das rochas que os contêm.
  • 26. Fósseis Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da história da vida na Terra? Os fósseis permitem reconstituir o comportamento dos animais do passado Fig.2 – O estudo das pegadas de dinossauro permite perceber que espécies se deslocavam em manada, por exemplo. O estudo dos fósseis de diferentes espécies, encontrados nas mesmas rochas, permite determinar as relações que existiam entre os vários organismos (por exemplo, que animais caçavam – predadores, que animais eram caçados – presas) e as relações entre estes e o ambiente.
  • 27. Fósseis Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da história da vida na Terra? Os fósseis permitem conhecer como evoluíram as espécies até às formas mais recentes Os fósseis possibilitam o estudo dos seres vivos e da sua evolução até às formas mais recentes. Por exemplo, atualmente sabe-se que as aves evoluíram a partir de um grupo de dinossauros bípedes, os terópodes. Fig.3 – O Lourinhanosaurus antunesi é um dinossauro terópode.
  • 28. Fósseis Quais são os contributos do estudo dos fósseis para a reconstituição da história da vida na Terra? Os fósseis permitem reconstituir os ambientes do passado Alguns fósseis permitem caracterizar o ambiente em que viveram os seres vivos que os originaram (paleoambiente). Estes fósseis que permitem reconstituir os ambientes do passado denominam-se fósseis de ambiente. Fig.4 – Reconstituição do paleoambiente da Bacia Lusitaniana. O conjunto de fósseis de dinossauros atualmente encontrado na região Oeste de Portugal permite saber que esta era uma região onde existia um delta de um rio que desaguava na Bacia Lusitaniana, rodeada por território elevado. O atual arquipélago das Berlengas é um vestígio dessa cadeia montanhosa do passado. Animação fósseis de idade e de ambiente
  • 29. Fósseis Exercícios de final de capitulo da pág. 66 até 69