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WEB COMO UMA NOVA MÍDIA Janaina Nunes Facom / UFJF
- processo iniciado pela comunicação em rede - fortalecido pela ampliação do acesso ao ciberespaço - consolidado com o surgimento de um crescente número de usuários capazes de interagir, trocar conhecimento e modificar a própria plataforma de navegação da Internet WEB COMO UMA NOVA MÍDIA
Tim O’Reilly - Web 2.0 - segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, desencadeada pelos  próprios usuários e desenvolvedores de softwares - programadores de softwares passam a desenvolver programas com “código aberto”, que vão se aperfeiçoando na medida em que são utilizados pelos usuários - a Web 2.0 não seria bem uma evolução técnica, apenas um novo entendimento da Internet como plataforma para desenvolvimento de aplicativos que possam aproveitar os efeitos da rede e se aperfeiçoar cada vez mais, explorando as potencialidades da inteligência coletiva (REILLY, 2005).
Características da Web 2.0 - novas possibilidades de escrever, compartilhar, comunicar e interagir - crescimento da transmissão de imagens, vídeos e músicas através da banda larga - formação potencial de uma inteligência coletiva com a soma de todo conhecimento disponível em rede
Jornalismo com "código aberto" - Nos sites de notícia em que o leitor avalia a matéria, ele também acaba colaborando para que os produtores possam elencar os fatos mais importantes do dia e oferecer uma lista das mais lidas e mais pontuadas.  - Ao usuário é dada maior possibilidade de participação, organizando e gerando conteúdos, ou enriquecendo-os com comentários, avaliação e personalização.
Advento do “prosumidor" - leitor-usuário-pesquisador-escritor-programador (para unir assim todas as suas funções) - conhece as várias mídias e não se conforma com o que lhe dá apenas um veículo, procurando informações adicionais (principalmente em sites de busca) e forçando as empresas de comunicação a serem criativas para conquistar a audiência deste público, cada vez mais exigente.
Jornalismo 2.0 A principal lição tirada do sucesso de sites como YouTube e Wikipédia é a confirmação da existência de muitas pessoas que sabem produzir e publicar conteúdos on-line e estão interessadas em se informar por novas fontes. Para alcançar essas pessoas, os jornais devem formatar seus conteúdos para todo tipo de plataforma, buscando a audiência onde quer que ela esteja. (Francis Pisani, 2006)
E como fica o mercado? - produtores alternativos e independentes começam a se destacar, “roubando” a audiência e acirrando a concorrência entre os meios - alguns blogs acabam pautando a grande impressa, com informações confiáveis, publicadas em primeira mão - tradicionais empresas de comunicação tem se esforçado para acompanhar essas mudanças
O medo de inovar Apesar do avanço de experiências inovadoras, os mais tradicionais sites de notícia, geralmente ligados a grandes empresas de comunicação, preferem a parcimônia à ousadia e ainda caminham lentamente em direção ao desenvolvimento de uma linguagem própria para a prática profissional do webjornalismo. - A maior dificuldade é a mudança de hábitos para apreensão de novas formas de fazer contato, novas formas de apuração, de redação, de linguagem e de publicação de conteúdos. (Mark Briggs, 2007)
JORNALISMO E INTERNET - jornalismo eletrônico: prática profissional que utiliza equipamentos e recursos eletrônicos em geral - jornalismo digital ou multimídia: emprega tecnologia digital e implica no tratamento de dados em forma de bits. - ciberjornalismo: praticado no ciberespaço com o auxílio de possibilidades tecnológicas oferecidas pela cibernética - jornalismo on-line: se desenvolve a partir da transmissão de dados em rede e em tempo real - webjornalismo: trabalha com uma parte específica da Internet, a Web, disponibilizando interfaces gráficas de forma amigável (MIELNICZUK, 2003: 44)
Estágios de desenvolvimento  Fase 1: recodificação do material produzido pelo impresso para disponibilização no ambiente Web, predominando o aspecto de transposição. A periodicidade neste estágio também costuma ser a mesma do impresso, em geral diária, mantendo os mesmos critérios de pauta, apuração e redação utilizados na mídia tradicional Fase 2: produção efetiva em rede, com utilização de hipertexto, publicação de notícias em tempo real, interatividade e multimídia, personalização de informações, com apresentação de alguns conteúdos originais e edição de outros para adequação ao meio. Fase 3: realização de projetos editorais especificamente para Internet, com o reconhecimento da Web como um novo meio de comunicação. O aspecto mais importante dessa fase é a experimentação de narrativas imersivas, permitindo ao leitor navegar através da informação em multimídia (PAVLIK, 2001)
Características multimidialidade : expressa na convergência dos formatos de mídias tradicionais (imagem, texto e som), na narração do fato jornalístico e na disponibilização em múltiplas plataformas e suportes interatividade : inicialmente possibilitada pela troca de e-mails entre leitores e jornalistas e pelas novas formas de leitura através da navegação por links hipertextualidade : acontece quando o conteúdo aponta para textos complementares, sites ou materiais de arquivo que possam auxiliar na contextualização da informação e na produção de significados. personalização  ou customização de conteúdo: possibilita aos usuários configurar produtos jornalísticos de acordo com seus interesses e escolher o formato de apresentação visual  memória : viabilizada pela acumulação de informações hiperligadas instantaneidade  do acesso ou atualização contínua: proporcionada pela facilidade de produção e disponibilização da informação digital, que possibilita o acompanhamento contínuo dos assuntos jornalísticos de maior interesse.
Potencialidades - as características do jornalismo na Web, na verdade, podem ser vistas mais como continuidades e potencialidades do que como rupturas em relação ao jornalismo praticado em suportes anteriores - cada site pode desenvolver mais uma das características do que outras - os três estágios de desenvolvimento também não se tratam de categorias excludentes, pois numa mesma fase é possível verificar publicações jornalísticas para a Web que se enquadram em diferentes gerações e, até mesmo, encontrar aspectos que remetem às diferentes fases em uma mesma publicação.  - principal mudança: dissolução dos limites de espaço para disponibilização do material noticioso
Linguagem do webjornalismo - ainda não foi desenvolvida plenamente uma linguagem específica para o jornalismo na Web - Pensar no usuário, receptor e produtor de conteúdos no ciberespaço deve ser a grande preocupação quando a questão é o desenvolvimento dessa linguagem
Criação colaborativa - Mark Briggs (2007) afirma que tem se tornado cada vez mais comum, em empresas jornalísticas norte-americanas, o desenvolvimento de bancos de dados e a adoção de métodos de reportagem com a participação do público.
Formação interdisciplinar - necessidade de uma formação técnica que capacite o profissional para tarefas como tratamento de imagem, criação de animação vetorial, edição de vídeo, som e HTML. - Ao adquirir esses conhecimentos técnicos, o profissional estará mais apto a surpreender seu público, com criatividade e design gráfico convidativo, sabendo dispor uma agradável composição visual utilizando tipos de letras, cores, corte e edição de fotos, áudio e vídeo
- o texto para a Web deva se colocar entre a transmissão para a televisão e o impresso – mais objetivo e vigoroso do que o texto impresso, porém, mais bem escrito e detalhado do que o texto para televisão. - A questão a se levar em conta ao escrever para os diversos meios vem a ser o público. É preciso entender como o internauta lê.  Um bom texto
- Os primeiros estudos afirmavam que o texto na Internet deveria ser curto e direto, pois as pessoas não teriam paciência para ler na tela textos longos que exigissem grandes elucubrações. No entanto, parece que este paradigma vem sendo quebrado. - Investigações recentes do Poynter Institute revelaram que a postura do leitor de notícias on-line não é tão dispersa como se pensava. Segundo a pesquisa EyeTrack07  – realizada em março de 2007 –, o leitor on-line costuma ler 77% do conteúdo por ele escolhido, ao passo que em um periódico de formato standard este percentual é de 62%, e, em tablóides, 57%. A pesquisa revela ainda que 66% dos que lêem notícias na Internet a lêem por completo, o que abre uma nova perspectiva para o mercado da informação. Poynter Institute - EyeTrack07
Busque escrever um texto com energia, use verbos e substantivos fortes. Escreva de um modo diferenciado para ajudar a identificar seu texto entre os múltiplos conteúdos da Internet. Use humor. Tente escrever num estilo leve, mas com firmeza. Estilo coloquial funciona muito bem na Web. O público on-line aceita mais os estilos não convencionais de escrever (DUBE, 2003 apud BRIGGS, 2007: 65).

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1 web nova midia

  • 1. WEB COMO UMA NOVA MÍDIA Janaina Nunes Facom / UFJF
  • 2. - processo iniciado pela comunicação em rede - fortalecido pela ampliação do acesso ao ciberespaço - consolidado com o surgimento de um crescente número de usuários capazes de interagir, trocar conhecimento e modificar a própria plataforma de navegação da Internet WEB COMO UMA NOVA MÍDIA
  • 3. Tim O’Reilly - Web 2.0 - segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, desencadeada pelos próprios usuários e desenvolvedores de softwares - programadores de softwares passam a desenvolver programas com “código aberto”, que vão se aperfeiçoando na medida em que são utilizados pelos usuários - a Web 2.0 não seria bem uma evolução técnica, apenas um novo entendimento da Internet como plataforma para desenvolvimento de aplicativos que possam aproveitar os efeitos da rede e se aperfeiçoar cada vez mais, explorando as potencialidades da inteligência coletiva (REILLY, 2005).
  • 4. Características da Web 2.0 - novas possibilidades de escrever, compartilhar, comunicar e interagir - crescimento da transmissão de imagens, vídeos e músicas através da banda larga - formação potencial de uma inteligência coletiva com a soma de todo conhecimento disponível em rede
  • 5. Jornalismo com "código aberto" - Nos sites de notícia em que o leitor avalia a matéria, ele também acaba colaborando para que os produtores possam elencar os fatos mais importantes do dia e oferecer uma lista das mais lidas e mais pontuadas. - Ao usuário é dada maior possibilidade de participação, organizando e gerando conteúdos, ou enriquecendo-os com comentários, avaliação e personalização.
  • 6. Advento do “prosumidor" - leitor-usuário-pesquisador-escritor-programador (para unir assim todas as suas funções) - conhece as várias mídias e não se conforma com o que lhe dá apenas um veículo, procurando informações adicionais (principalmente em sites de busca) e forçando as empresas de comunicação a serem criativas para conquistar a audiência deste público, cada vez mais exigente.
  • 7. Jornalismo 2.0 A principal lição tirada do sucesso de sites como YouTube e Wikipédia é a confirmação da existência de muitas pessoas que sabem produzir e publicar conteúdos on-line e estão interessadas em se informar por novas fontes. Para alcançar essas pessoas, os jornais devem formatar seus conteúdos para todo tipo de plataforma, buscando a audiência onde quer que ela esteja. (Francis Pisani, 2006)
  • 8. E como fica o mercado? - produtores alternativos e independentes começam a se destacar, “roubando” a audiência e acirrando a concorrência entre os meios - alguns blogs acabam pautando a grande impressa, com informações confiáveis, publicadas em primeira mão - tradicionais empresas de comunicação tem se esforçado para acompanhar essas mudanças
  • 9. O medo de inovar Apesar do avanço de experiências inovadoras, os mais tradicionais sites de notícia, geralmente ligados a grandes empresas de comunicação, preferem a parcimônia à ousadia e ainda caminham lentamente em direção ao desenvolvimento de uma linguagem própria para a prática profissional do webjornalismo. - A maior dificuldade é a mudança de hábitos para apreensão de novas formas de fazer contato, novas formas de apuração, de redação, de linguagem e de publicação de conteúdos. (Mark Briggs, 2007)
  • 10. JORNALISMO E INTERNET - jornalismo eletrônico: prática profissional que utiliza equipamentos e recursos eletrônicos em geral - jornalismo digital ou multimídia: emprega tecnologia digital e implica no tratamento de dados em forma de bits. - ciberjornalismo: praticado no ciberespaço com o auxílio de possibilidades tecnológicas oferecidas pela cibernética - jornalismo on-line: se desenvolve a partir da transmissão de dados em rede e em tempo real - webjornalismo: trabalha com uma parte específica da Internet, a Web, disponibilizando interfaces gráficas de forma amigável (MIELNICZUK, 2003: 44)
  • 11. Estágios de desenvolvimento Fase 1: recodificação do material produzido pelo impresso para disponibilização no ambiente Web, predominando o aspecto de transposição. A periodicidade neste estágio também costuma ser a mesma do impresso, em geral diária, mantendo os mesmos critérios de pauta, apuração e redação utilizados na mídia tradicional Fase 2: produção efetiva em rede, com utilização de hipertexto, publicação de notícias em tempo real, interatividade e multimídia, personalização de informações, com apresentação de alguns conteúdos originais e edição de outros para adequação ao meio. Fase 3: realização de projetos editorais especificamente para Internet, com o reconhecimento da Web como um novo meio de comunicação. O aspecto mais importante dessa fase é a experimentação de narrativas imersivas, permitindo ao leitor navegar através da informação em multimídia (PAVLIK, 2001)
  • 12. Características multimidialidade : expressa na convergência dos formatos de mídias tradicionais (imagem, texto e som), na narração do fato jornalístico e na disponibilização em múltiplas plataformas e suportes interatividade : inicialmente possibilitada pela troca de e-mails entre leitores e jornalistas e pelas novas formas de leitura através da navegação por links hipertextualidade : acontece quando o conteúdo aponta para textos complementares, sites ou materiais de arquivo que possam auxiliar na contextualização da informação e na produção de significados. personalização ou customização de conteúdo: possibilita aos usuários configurar produtos jornalísticos de acordo com seus interesses e escolher o formato de apresentação visual memória : viabilizada pela acumulação de informações hiperligadas instantaneidade do acesso ou atualização contínua: proporcionada pela facilidade de produção e disponibilização da informação digital, que possibilita o acompanhamento contínuo dos assuntos jornalísticos de maior interesse.
  • 13. Potencialidades - as características do jornalismo na Web, na verdade, podem ser vistas mais como continuidades e potencialidades do que como rupturas em relação ao jornalismo praticado em suportes anteriores - cada site pode desenvolver mais uma das características do que outras - os três estágios de desenvolvimento também não se tratam de categorias excludentes, pois numa mesma fase é possível verificar publicações jornalísticas para a Web que se enquadram em diferentes gerações e, até mesmo, encontrar aspectos que remetem às diferentes fases em uma mesma publicação. - principal mudança: dissolução dos limites de espaço para disponibilização do material noticioso
  • 14. Linguagem do webjornalismo - ainda não foi desenvolvida plenamente uma linguagem específica para o jornalismo na Web - Pensar no usuário, receptor e produtor de conteúdos no ciberespaço deve ser a grande preocupação quando a questão é o desenvolvimento dessa linguagem
  • 15. Criação colaborativa - Mark Briggs (2007) afirma que tem se tornado cada vez mais comum, em empresas jornalísticas norte-americanas, o desenvolvimento de bancos de dados e a adoção de métodos de reportagem com a participação do público.
  • 16. Formação interdisciplinar - necessidade de uma formação técnica que capacite o profissional para tarefas como tratamento de imagem, criação de animação vetorial, edição de vídeo, som e HTML. - Ao adquirir esses conhecimentos técnicos, o profissional estará mais apto a surpreender seu público, com criatividade e design gráfico convidativo, sabendo dispor uma agradável composição visual utilizando tipos de letras, cores, corte e edição de fotos, áudio e vídeo
  • 17. - o texto para a Web deva se colocar entre a transmissão para a televisão e o impresso – mais objetivo e vigoroso do que o texto impresso, porém, mais bem escrito e detalhado do que o texto para televisão. - A questão a se levar em conta ao escrever para os diversos meios vem a ser o público. É preciso entender como o internauta lê. Um bom texto
  • 18. - Os primeiros estudos afirmavam que o texto na Internet deveria ser curto e direto, pois as pessoas não teriam paciência para ler na tela textos longos que exigissem grandes elucubrações. No entanto, parece que este paradigma vem sendo quebrado. - Investigações recentes do Poynter Institute revelaram que a postura do leitor de notícias on-line não é tão dispersa como se pensava. Segundo a pesquisa EyeTrack07 – realizada em março de 2007 –, o leitor on-line costuma ler 77% do conteúdo por ele escolhido, ao passo que em um periódico de formato standard este percentual é de 62%, e, em tablóides, 57%. A pesquisa revela ainda que 66% dos que lêem notícias na Internet a lêem por completo, o que abre uma nova perspectiva para o mercado da informação. Poynter Institute - EyeTrack07
  • 19. Busque escrever um texto com energia, use verbos e substantivos fortes. Escreva de um modo diferenciado para ajudar a identificar seu texto entre os múltiplos conteúdos da Internet. Use humor. Tente escrever num estilo leve, mas com firmeza. Estilo coloquial funciona muito bem na Web. O público on-line aceita mais os estilos não convencionais de escrever (DUBE, 2003 apud BRIGGS, 2007: 65).