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SISTEMÁTICA


MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
Porquê classificar??
2


       Devido à existência de milhões de seres vivos, o homem sentiu a
        necessidade de os classificar e agrupar segundo diferentes critérios, a
        fim de consultar, transmitir e estudar mais facilmente dados sobre os
        diferentes seres.
Porquê classificar??
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       A Sistemática utiliza todos os conhecimentos sobre os seres vivos para
        compreender as suas relações de parentesco e a sua história evolutiva e
        assim desenvolver sistemas de classificação que refletem essas
        relações.

       A taxonomia é o ramo da Biologia que se ocupa da classificação dos
        seres vivos e da nomenclatura dos grupos formados.
Evolução dos sistemas de classificação
4
Evolução dos sistemas de classificação
5


       Sistemas de Classificação Práticos

         São os mais primitivos.
         São de natureza empírica.
         Utilizam critérios arbitrários e subjetivos.
         Têm em conta a satisfação das necessidades básicas do homem, sem
          considerar quaisquer fundamentos científicos.
         Exemplo: animais perigosos/não perigosos, comestíveis/não
          comestíveis; plantas comestíveis/não comestíveis, medicinais,
          daninhas…
Evolução dos sistemas de classificação
6

       Ao longo da História foram surgindo novas classificações:
         Com uma base racional.
         Mais objetivas que as práticas.
         Utilizando critérios intrínsecos aos seres vivos (Exemplo: cor do
          sangue, tipo de ovos, estrutura do coração, tipo de respiração,
          reprodução, …).



                        Classificações Racionais
Evolução dos sistemas de classificação
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       Classificações Racionais
         As primeiras classificações racionais tinham por base um número
          restrito de características, escolhidas arbitrariamente,
         Reuniam no mesmo grupo indivíduos muito diferentes (Exemplo: se
          agrupar os animais pela capacidade de voar, inclui no mesmo grupo
          aves, insectos e alguns mamíferos).


                             Classificações Artificiais
       Com o tempo o homem sentiu necessidade de usar o maior número
        possível de características para classificar os seres vivos, formando
        grupos que englobam seres semelhantes.


                              Classificações Naturais
Evolução dos sistemas de classificação
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       As classificações artificiais e as naturais:
         Privilegiam apenas características estruturais
         Não consideram o fator tempo, são estáticas      são fixistas



                      Classificações Horizontais ou Fenéticas
Evolução dos sistemas de classificação
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       Após Darwin e consequentemente após a implantação das ideias
        evolucionistas:
         as classificações passaram a ter em consideração o fator tempo –
          carácter dinâmico da transformação dos organismos.
         as semelhanças entre os seres vivos são interpretadas como
          consequência da existência de um ancestral comum a partir do qual
          os grupos divergiram, há mais ou menos tempo.
         o grau de semelhança reflete o tempo em que se deu a divergência.


                             Classificações Verticais
                          (Filogenéticas ou Cladísticas)

    Tentam reproduzir a história evolutiva dos seres vivos através de árvores
    filogenéticas e de cladogramas.
Evolução dos sistemas de classificação
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Evolução dos sistemas de classificação
11
Evolução dos sistemas de classificação
12


        Classificações horizontais




                                          Dendograma relaciona algumas espécies de
                                           acordo com o grau de semelhança morfológica
                                           entre elas.

        Privilegiam as caraterísticas estruturais.
        Não consideram o fator tempo.
Evolução dos sistemas de classificação
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        Classificações verticais




                                       Cladograma


         Árvore filogenética
Evolução dos sistemas de classificação
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    Classificações verticais


                           Árvore filogenética é uma representação
                            gráfica, em forma de uma árvore, das
                            relações evolutivas entre várias espécies ou
                            outras entidades que possam ter um
                            ancestral comum.
                           Cada nó com descendentes representa o
                            mais recente antepassado comum.
Evolução dos sistemas de classificação
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    Classificações verticais
                                   Cladograma é um diagrama que
                                    mostra as relações ancestrais
                                    entre organismos.
                                   Representa o padrão das relações
                                    entre os nós da árvore.
                                   Os pontos correspondem ao mais
                                    recente antepassado comum.
                                   Depois de cada ponto de
                                    ramificação surge uma
                                    característica derivada (ou
                                    “evoluída”).
Evolução dos sistemas de classificação
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    Classificações verticais
      Cladograma

                             A, B, C e D representam espécies.
                             Números a preto representam características
                              ancestrais, partilhadas pelas diferentes
                              espécies devido a terem um ancestral comum.
                             Números coloridos representam
                              características derivadas ou “evoluídas”
                              presentes nos indivíduos de um grupo e que não
                              existem no ancestral, revelando que houve
                              separação de um novo ramo – evolução.
Evolução dos sistemas de classificação
17
Evolução dos sistemas de classificação
18
Evolução dos sistemas de classificação
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    Classificação fenética e filogenética de lapa, craca e caranguejo.

                                   As lapas e as cracas, através de uma
                                    evolução convergente, desenvolveram
                                    conchas cónicas semelhantes, o que
                                    as liga em termos fenéticos.


                                 Em termos evolutivos, as cracas e os
                                  caranguejos (ambos crustáceos) estão
                                  mais relacionados um com o outro do que
                                  qualquer deles com a lapa, que é um
                                  molusco.
Evolução dos sistemas de classificação
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    Classificação fenética e filogenética de aves e crocodilos
Evolução dos sistemas de classificação
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    O ato de classificar é artificial, estabelecido pelo Homem.

    Qualquer sistema de classificação reflete, em cada época, o
     grau de conhecimento científico, não havendo nenhuma
     classificação definitiva.

    Como serão as classificações biológicas no futuro?
Grupos taxonómicos
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    Os grupos hierárquicos (taxa) estabelecidos por Lineu no seu sistema de
     classificação - Systema Naturae – ainda hoje são usados.
    Consideram-se 7 grupos taxonómicos principais:
     Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie.




                                                          São consideradas
                                                           categorias intermédias
                                                           entre os taxa principais
                                                           (subfilo, superclasse,
                                                           etc.).
Grupos taxonómicos
23




                       No sentido ascendente:
                         o número de espécies vai aumentando,
                         cada grupo é mais abrangente,
                         aumenta a variabilidade.


                       Quando considerarmos, por
                        exemplo, dois seres vivos, eles são tanto
                        mais próximos quanto maior for o número
                        de taxa comuns a que pertencem, isto
                        é, quanto mais restrito for o nível do
                        taxon em que ambos estão incluídos.
Grupos taxonómicos
24




                       A espécie é o único grupo taxonómico
                        natural.
                       Espécie – grupo de indivíduos que
                        partilham o mesmo fundo genético e têm
                        capacidade de se cruzar entre si,
                        originando descendentes férteis (estão
                        isolados de outras espécies ao nível
                        reprodutivo).
Nomenclatura
25



        A designação dos taxa é feita em latim, pois sendo uma língua morta,
         mantém-se imutável, não está sujeita a uma evolução.
        Os cientistas de todo o mundo utilizam a língua latina para designar os
         grupos taxonómicos.
Nomenclatura
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      Espécie
          Lineu desenvolveu um sistema de nomenclatura binominal para
           designar as espécies.




          O nome da espécie consta sempre de duas palavras latinas ou latinizadas:
               a primeira é um substantivo escrito com inicial maiúscula e
                corresponde ao nome do género a que a espécie pertence;
               a segunda palavra, escrita com inicial minúscula, designa-se por
                epíteto específico ou restritivo específico, sendo geralmente um
                adjetivo.
Nomenclatura
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      Espécie

        Quando uma espécie tem subespécies, utiliza-se uma nomenclatura
         trinominal para as designar, isto é, escreve-se o nome da espécie
         seguido de um terceiro termo designado por restritivo ou epíteto
         subespecífico.
Nomenclatura
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      Espécie




        Os nomes do género, da espécie e da subespécie devem ser escritos
         em itálico ou, quando escrito à mão, sublinhado.
        À frente da designação da espécie pode escrever-se, em letra do
         texto, o nome ou a abreviatura do nome do taxonomista que, pela
         primeira vez, atribuiu aquele nome científico à espécie
         considerada.
        Pode citar-se a data da publicação do nome da espécie, sendo essa
         data colocada a seguir ao nome do autor, separada por uma vírgula.
Nomenclatura
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      Taxa superiores à espécie
          A designação dos grupos superiores à espécie é uninominal, isto é,
           consta de uma única palavra, que é um substantivo, escrita com inicial
           maiúscula.
          O nome da família dos animais obtém-se acrescentando a terminação
           –idæ à raiz do nome de um dos géneros.
          Nas plantas, geralmente, a terminação que caracteriza a:
              família –aceæ,
              ordem –ales,
              classe –ae.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao
   longo dos tempos.

                          A classificação em dois reinos utilizada por Lineu
                           (1707-1778), incluía no:
                              Reino Animal os seres vivos sem clorofila e
                               com locomoção, e
                              Reino Planta, os seres vivos com clorofila e
                               sem locomoção (plantas, bactérias, fungos, …).
                          Esta classificação não conseguia incluir os seres
                           fotossintéticos e com locomoção, bem como os
                           não fotossintéticos e fixos.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao
   longo dos tempos.

                          A classificação, proposta por Haeckel (1834-
                           1919), em três reinos: Reino Animal, Reino Planta
                           e Reino Protista.
                          O Reino Protista incluía os seres pouco
                           diferenciados, isto é, de classificação duvidosa,
                           com características de animais e de plantas
                           (como bactérias, protozoários e fungos).
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao
   longo dos tempos.

                              Com o desenvolvimento do microscópio
                               eletrónico, Copeland criou um quarto reino
                               (1956), o Reino Monera, que incluía os seres
                               procariontes.
                              O Reino Protista incluía eucariontes
                               unicelulares e fungos.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao
   longo dos tempos.

                              Em 1969, Whittaker propôs a classificação
                               em cinco reinos, criando o Reino dos Fungos.
                              Baseou-se nos seguintes critérios:
                                nível de organização estrutural,
                                tipo de nutrição,
                                interações nos ecossistemas.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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                                        Whittaker, 1969
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao
   longo dos tempos.

          Devido ao avanço da Ciência e da Tecnologia, em 1979, Whittaker
           apresentou modificações ao seu sistema de classificação.
          As algas multicelulares, devido ao seu baixo grau de diferenciação,
           passaram a fazer parte do reino protista
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao
   longo dos tempos.




                                                      Whittaker, 1979
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  Classificação de Whittaker
         Reino Monera - seres procariontes (como as bactérias e as
          cianofíceas), autotróficos fotossintéticos ou quimiossintéticos, ou
          heterotróficos por absorção (microconsumidores).
         Reino Protista - seres eucariontes, unicelulares ou multicelulares com
          pouca diferenciação de tecidos.
           Inclui três grupos:
            Protozoários - seres unicelulares heterotróficos por ingestão e
             macroconsumidores.
            Algas - seres fotossintéticos unicelulares e multicelulares sem
             diferenciação tecidular
            Mixomicetos – seres unicelulares heterotróficos por
             absorção, microconsumidores e, geralmente, multinucleados
             (semelhantes a fungos).
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  Classificação de Whittaker
         Reino Fungi - seres eucariontes geralmente multicelulares,
          multinucleados, heterotróficos por absorção (microconsumidores).

         Reino Plantae - seres eucariontes multicelulares fotossintéticos.

         Reino Animalia - seres eucariontes multicelulares heterotróficos por
          ingestão e macroconsumidores.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros
   sistemas de classificação.
         Lynn Margulis e Karlene Schwartz (1980) baseando-se principalmente
          em dados morfológicos e moleculares consideram 2 super-reinos:
           Prokarya engloba o reino Bacteria (sub-reinos Archaebacteria e Eubacteria).
           Eukarya engloba os reinos Protista, Fungi, Animalia e Plantae.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros
   sistemas de classificação.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros
   sistemas de classificação.
         Carl Woese (1990) baseando-se fundamentalmente na comparação de
          sequências nucleotíticas de RNA ribossómico propõem um sistema de
          três grandes domínios:
              Eubacteria
              Archaebacteria
              Eukariota
               (engloba os reinos Protista, Fungi,
                 Animalia e Plantae)
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros
   sistemas de classificação.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros
   sistemas de classificação.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
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      Nota - Arqueobactérias
         As arqueobactérias são capazes de sobreviver em ambientes muito
          extremos.
         As condições extremas de sobrevivência das arqueobactérias são
          semelhantes às que terão existido na Terra primitiva, facto que levou a
          que fossem consideradas os seres mais primitivos (daí a designação de
          arqueobactérias).
         Distinguem-se vários grupos de arqueobactérias:
           termófilas vivem em águas quentes sulfurosas, como nas proximidades
            de fontes termais;
           halobactérias, que vivem somente em ambientes salgados, como em
            salinas e salmouras;
           metanógenas, produzem metano, em anaerobiose, a partir do dióxido
            de carbono e do hidrogénio; vivem no fundo dos pântanos e no interior
            do aparelho digestivo de alguns animais;
           termoacidófilas, vivem em águas quentes e ácidas.
Evolução da classificação dos seres vivos
     em Reinos
45


      Nota - Arqueobactérias
         No que diz respeito à composição química, as arqueobactérias diferem
          bastante das eubactérias
             não possuem glicopeptídeos na parede celular,
             o DNA está associado a histonas,
             possuem vários tipos de RNA polimerases…),



                                atualmente, são consideradas
                mas próximas filogeneticamente dos seres do domínio Eukaria
                    do que das restantes bactérias (domínio Eubacteria).

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12 sistemática

  • 2. Porquê classificar?? 2  Devido à existência de milhões de seres vivos, o homem sentiu a necessidade de os classificar e agrupar segundo diferentes critérios, a fim de consultar, transmitir e estudar mais facilmente dados sobre os diferentes seres.
  • 3. Porquê classificar?? 3  A Sistemática utiliza todos os conhecimentos sobre os seres vivos para compreender as suas relações de parentesco e a sua história evolutiva e assim desenvolver sistemas de classificação que refletem essas relações.  A taxonomia é o ramo da Biologia que se ocupa da classificação dos seres vivos e da nomenclatura dos grupos formados.
  • 4. Evolução dos sistemas de classificação 4
  • 5. Evolução dos sistemas de classificação 5  Sistemas de Classificação Práticos  São os mais primitivos.  São de natureza empírica.  Utilizam critérios arbitrários e subjetivos.  Têm em conta a satisfação das necessidades básicas do homem, sem considerar quaisquer fundamentos científicos.  Exemplo: animais perigosos/não perigosos, comestíveis/não comestíveis; plantas comestíveis/não comestíveis, medicinais, daninhas…
  • 6. Evolução dos sistemas de classificação 6  Ao longo da História foram surgindo novas classificações:  Com uma base racional.  Mais objetivas que as práticas.  Utilizando critérios intrínsecos aos seres vivos (Exemplo: cor do sangue, tipo de ovos, estrutura do coração, tipo de respiração, reprodução, …). Classificações Racionais
  • 7. Evolução dos sistemas de classificação 7  Classificações Racionais  As primeiras classificações racionais tinham por base um número restrito de características, escolhidas arbitrariamente,  Reuniam no mesmo grupo indivíduos muito diferentes (Exemplo: se agrupar os animais pela capacidade de voar, inclui no mesmo grupo aves, insectos e alguns mamíferos). Classificações Artificiais  Com o tempo o homem sentiu necessidade de usar o maior número possível de características para classificar os seres vivos, formando grupos que englobam seres semelhantes. Classificações Naturais
  • 8. Evolução dos sistemas de classificação 8  As classificações artificiais e as naturais:  Privilegiam apenas características estruturais  Não consideram o fator tempo, são estáticas são fixistas Classificações Horizontais ou Fenéticas
  • 9. Evolução dos sistemas de classificação 9  Após Darwin e consequentemente após a implantação das ideias evolucionistas:  as classificações passaram a ter em consideração o fator tempo – carácter dinâmico da transformação dos organismos.  as semelhanças entre os seres vivos são interpretadas como consequência da existência de um ancestral comum a partir do qual os grupos divergiram, há mais ou menos tempo.  o grau de semelhança reflete o tempo em que se deu a divergência. Classificações Verticais (Filogenéticas ou Cladísticas) Tentam reproduzir a história evolutiva dos seres vivos através de árvores filogenéticas e de cladogramas.
  • 10. Evolução dos sistemas de classificação 10
  • 11. Evolução dos sistemas de classificação 11
  • 12. Evolução dos sistemas de classificação 12  Classificações horizontais  Dendograma relaciona algumas espécies de acordo com o grau de semelhança morfológica entre elas.  Privilegiam as caraterísticas estruturais.  Não consideram o fator tempo.
  • 13. Evolução dos sistemas de classificação 13  Classificações verticais  Cladograma  Árvore filogenética
  • 14. Evolução dos sistemas de classificação 14  Classificações verticais  Árvore filogenética é uma representação gráfica, em forma de uma árvore, das relações evolutivas entre várias espécies ou outras entidades que possam ter um ancestral comum.  Cada nó com descendentes representa o mais recente antepassado comum.
  • 15. Evolução dos sistemas de classificação 15  Classificações verticais  Cladograma é um diagrama que mostra as relações ancestrais entre organismos.  Representa o padrão das relações entre os nós da árvore.  Os pontos correspondem ao mais recente antepassado comum.  Depois de cada ponto de ramificação surge uma característica derivada (ou “evoluída”).
  • 16. Evolução dos sistemas de classificação 16  Classificações verticais  Cladograma  A, B, C e D representam espécies.  Números a preto representam características ancestrais, partilhadas pelas diferentes espécies devido a terem um ancestral comum.  Números coloridos representam características derivadas ou “evoluídas” presentes nos indivíduos de um grupo e que não existem no ancestral, revelando que houve separação de um novo ramo – evolução.
  • 17. Evolução dos sistemas de classificação 17
  • 18. Evolução dos sistemas de classificação 18
  • 19. Evolução dos sistemas de classificação 19  Classificação fenética e filogenética de lapa, craca e caranguejo.  As lapas e as cracas, através de uma evolução convergente, desenvolveram conchas cónicas semelhantes, o que as liga em termos fenéticos.  Em termos evolutivos, as cracas e os caranguejos (ambos crustáceos) estão mais relacionados um com o outro do que qualquer deles com a lapa, que é um molusco.
  • 20. Evolução dos sistemas de classificação 20  Classificação fenética e filogenética de aves e crocodilos
  • 21. Evolução dos sistemas de classificação 21  O ato de classificar é artificial, estabelecido pelo Homem.  Qualquer sistema de classificação reflete, em cada época, o grau de conhecimento científico, não havendo nenhuma classificação definitiva.  Como serão as classificações biológicas no futuro?
  • 22. Grupos taxonómicos 22  Os grupos hierárquicos (taxa) estabelecidos por Lineu no seu sistema de classificação - Systema Naturae – ainda hoje são usados.  Consideram-se 7 grupos taxonómicos principais: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie.  São consideradas categorias intermédias entre os taxa principais (subfilo, superclasse, etc.).
  • 23. Grupos taxonómicos 23  No sentido ascendente:  o número de espécies vai aumentando,  cada grupo é mais abrangente,  aumenta a variabilidade.  Quando considerarmos, por exemplo, dois seres vivos, eles são tanto mais próximos quanto maior for o número de taxa comuns a que pertencem, isto é, quanto mais restrito for o nível do taxon em que ambos estão incluídos.
  • 24. Grupos taxonómicos 24  A espécie é o único grupo taxonómico natural.  Espécie – grupo de indivíduos que partilham o mesmo fundo genético e têm capacidade de se cruzar entre si, originando descendentes férteis (estão isolados de outras espécies ao nível reprodutivo).
  • 25. Nomenclatura 25  A designação dos taxa é feita em latim, pois sendo uma língua morta, mantém-se imutável, não está sujeita a uma evolução.  Os cientistas de todo o mundo utilizam a língua latina para designar os grupos taxonómicos.
  • 26. Nomenclatura 26  Espécie  Lineu desenvolveu um sistema de nomenclatura binominal para designar as espécies.  O nome da espécie consta sempre de duas palavras latinas ou latinizadas:  a primeira é um substantivo escrito com inicial maiúscula e corresponde ao nome do género a que a espécie pertence;  a segunda palavra, escrita com inicial minúscula, designa-se por epíteto específico ou restritivo específico, sendo geralmente um adjetivo.
  • 27. Nomenclatura 27  Espécie  Quando uma espécie tem subespécies, utiliza-se uma nomenclatura trinominal para as designar, isto é, escreve-se o nome da espécie seguido de um terceiro termo designado por restritivo ou epíteto subespecífico.
  • 28. Nomenclatura 28  Espécie  Os nomes do género, da espécie e da subespécie devem ser escritos em itálico ou, quando escrito à mão, sublinhado.  À frente da designação da espécie pode escrever-se, em letra do texto, o nome ou a abreviatura do nome do taxonomista que, pela primeira vez, atribuiu aquele nome científico à espécie considerada.  Pode citar-se a data da publicação do nome da espécie, sendo essa data colocada a seguir ao nome do autor, separada por uma vírgula.
  • 29. Nomenclatura 29  Taxa superiores à espécie  A designação dos grupos superiores à espécie é uninominal, isto é, consta de uma única palavra, que é um substantivo, escrita com inicial maiúscula.  O nome da família dos animais obtém-se acrescentando a terminação –idæ à raiz do nome de um dos géneros.  Nas plantas, geralmente, a terminação que caracteriza a:  família –aceæ,  ordem –ales,  classe –ae.
  • 30. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 30  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao longo dos tempos.  A classificação em dois reinos utilizada por Lineu (1707-1778), incluía no:  Reino Animal os seres vivos sem clorofila e com locomoção, e  Reino Planta, os seres vivos com clorofila e sem locomoção (plantas, bactérias, fungos, …).  Esta classificação não conseguia incluir os seres fotossintéticos e com locomoção, bem como os não fotossintéticos e fixos.
  • 31. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 31  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao longo dos tempos.  A classificação, proposta por Haeckel (1834- 1919), em três reinos: Reino Animal, Reino Planta e Reino Protista.  O Reino Protista incluía os seres pouco diferenciados, isto é, de classificação duvidosa, com características de animais e de plantas (como bactérias, protozoários e fungos).
  • 32. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 32  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao longo dos tempos.  Com o desenvolvimento do microscópio eletrónico, Copeland criou um quarto reino (1956), o Reino Monera, que incluía os seres procariontes.  O Reino Protista incluía eucariontes unicelulares e fungos.
  • 33. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 33  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao longo dos tempos.  Em 1969, Whittaker propôs a classificação em cinco reinos, criando o Reino dos Fungos.  Baseou-se nos seguintes critérios:  nível de organização estrutural,  tipo de nutrição,  interações nos ecossistemas.
  • 34. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 34 Whittaker, 1969
  • 35. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 35  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao longo dos tempos.  Devido ao avanço da Ciência e da Tecnologia, em 1979, Whittaker apresentou modificações ao seu sistema de classificação.  As algas multicelulares, devido ao seu baixo grau de diferenciação, passaram a fazer parte do reino protista
  • 36. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 36  A divisão dos seres vivos em reinos tem variado continuamente, ao longo dos tempos. Whittaker, 1979
  • 37. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 37  Classificação de Whittaker  Reino Monera - seres procariontes (como as bactérias e as cianofíceas), autotróficos fotossintéticos ou quimiossintéticos, ou heterotróficos por absorção (microconsumidores).  Reino Protista - seres eucariontes, unicelulares ou multicelulares com pouca diferenciação de tecidos. Inclui três grupos:  Protozoários - seres unicelulares heterotróficos por ingestão e macroconsumidores.  Algas - seres fotossintéticos unicelulares e multicelulares sem diferenciação tecidular  Mixomicetos – seres unicelulares heterotróficos por absorção, microconsumidores e, geralmente, multinucleados (semelhantes a fungos).
  • 38. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 38  Classificação de Whittaker  Reino Fungi - seres eucariontes geralmente multicelulares, multinucleados, heterotróficos por absorção (microconsumidores).  Reino Plantae - seres eucariontes multicelulares fotossintéticos.  Reino Animalia - seres eucariontes multicelulares heterotróficos por ingestão e macroconsumidores.
  • 39. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 39  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros sistemas de classificação.  Lynn Margulis e Karlene Schwartz (1980) baseando-se principalmente em dados morfológicos e moleculares consideram 2 super-reinos:  Prokarya engloba o reino Bacteria (sub-reinos Archaebacteria e Eubacteria).  Eukarya engloba os reinos Protista, Fungi, Animalia e Plantae.
  • 40. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 40  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros sistemas de classificação.
  • 41. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 41  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros sistemas de classificação.  Carl Woese (1990) baseando-se fundamentalmente na comparação de sequências nucleotíticas de RNA ribossómico propõem um sistema de três grandes domínios:  Eubacteria  Archaebacteria  Eukariota (engloba os reinos Protista, Fungi, Animalia e Plantae)
  • 42. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 42  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros sistemas de classificação.
  • 43. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 43  Atualmente, alguns sistematas têm proposto outros sistemas de classificação.
  • 44. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 44  Nota - Arqueobactérias  As arqueobactérias são capazes de sobreviver em ambientes muito extremos.  As condições extremas de sobrevivência das arqueobactérias são semelhantes às que terão existido na Terra primitiva, facto que levou a que fossem consideradas os seres mais primitivos (daí a designação de arqueobactérias).  Distinguem-se vários grupos de arqueobactérias:  termófilas vivem em águas quentes sulfurosas, como nas proximidades de fontes termais;  halobactérias, que vivem somente em ambientes salgados, como em salinas e salmouras;  metanógenas, produzem metano, em anaerobiose, a partir do dióxido de carbono e do hidrogénio; vivem no fundo dos pântanos e no interior do aparelho digestivo de alguns animais;  termoacidófilas, vivem em águas quentes e ácidas.
  • 45. Evolução da classificação dos seres vivos em Reinos 45  Nota - Arqueobactérias  No que diz respeito à composição química, as arqueobactérias diferem bastante das eubactérias  não possuem glicopeptídeos na parede celular,  o DNA está associado a histonas,  possuem vários tipos de RNA polimerases…), atualmente, são consideradas mas próximas filogeneticamente dos seres do domínio Eukaria do que das restantes bactérias (domínio Eubacteria).