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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ
DEPARTAMENTO DE QUIMICA E BIOLOGIA
CURSO DE CIENCIAS BIOLOGICAS

ACADEMICAS: ANDREIA GOMES
VIVIANE TOMAZ

Viviane
Viviane
Introdução
 A

dengue tem se destacado entre as
enfermidades reemergentes e é considerada a
mais importante das doenças virais transmitidas
por artrópodes, sendo também a mais comum e
distribuída arbovirose no mundo.

 A dengue é transmitida por mosquitos do gênero

Aedes, sendo o Aedes aegypti seu principal
vetor.
O
Aedes
aegypti
é
encontrado,
principalmente,
no
meio
urbano,
colonizado
em
depósitos
de
armazenamento de água e pequenas coleções
Viviane
temporárias
Introdução

 Por

muito tempo, a dengue e a febre
hemorrágica de dengue constituíram problemas
restritos aos países do Sudeste Asiático e da
Oceania. Somente a partir da década de 1980, a
doença disseminou-se pelas Américas.

Viviane
Dengue nas Américas e no
Brasil
 No ano de 2003, foram notificados cerca de 483

mil casos de dengue nas Américas, dos
quais, aproximadamente, dez mil eram de
dengue hemorrágica.
 Mais de 250 mil casos foram provenientes do

continente Sul-americano, onde, apesar de a
Região Andina notificar um número em torno de
50 mil casos, nela se concentram 80% dos casos
de dengue hemorrágica
Viviane
Dengue nas Américas e no
Brasil
 Na segunda metade do século XX, a partir de

1986,
a
dengue
adquiriu
importância
epidemiológica, quando irrompeu a epidemia no
Estado do Rio de Janeiro e a circulação do
sorotipo 1, que logo alcançou a Região Nordeste.
 No período entre 1986 e 1990, as epidemias de

dengue se restringiram a alguns Estados das
Regiões Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e
Minas
Gerais)
e
Nordeste
(Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia)
Viviane
Dengue nas Américas e no
Brasil
 Em 1990, a introdução de um novo sorotipo –

DEN-2 –, também no Rio de Janeiro, agravou a
situação da doença no Estado.
Em 2001

sorotipo DEN-3 foi introduzido no Rio de Janeiro
 Atualmente, o DEN-3 circula em 25 das 27

unidades federadas
Viviane
Dengue nas Américas e no
Brasil
 A

primeira,
no
período
de
1986
a
1987, apresentou incidências de 35,2 (1986) a
65,1 (1987) casos por 100 mil habitantes.
três ondas epidêmicas
 A segunda, no biênio 1990-1991, ofereceu
maiores riscos às populações dos Estados do
Ceará (249,1 casos/100.000 hab.) e do Rio de
Janeiro (613,8 casos/100.000 hab.).
 A partir de 1994, verificou-se rápida dispersão do
vetor em grande extensão territorial, o que
propiciou a circulação viral em maior número de
Estados e Municípios e provocou uma rápida
ascensão da doença, culminando em uma
terceira onda epidêmica, em 1997-1998.
Viviane
Dengue nas Américas e no
Brasil
Em 2002

800 mil casos de dengue no Brasil
 o que corresponde a 80% dos casos de toda a

América no mesmo ano, com 150 óbitos por
FHD.

Viviane
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 O combate ao Ae. aegypti foi institucionalizado

no Brasil, de forma sistematizada, a partir do
século XX.
 Diversas epidemias de febre amarela urbana

ocorriam no País, levando à morte milhares de
pessoas. Uma primeira campanha pública contra
a FAU, iniciada por Oswaldo Cruz no Rio de
Janeiro (1902-1907), instituiu as brigadas
sanitárias, cuja função era detectar casos de
febre amarela e eliminar os focos de Ae. aegypti.
Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 Com o incentivo da Fundação Rockefeller, nas

décadas de 1930 e 1940, foram executadas
intensas campanhas de erradicação de Ae.
aegypti nas Américas.
 Em 1947, a Organização Pan-Americana da

Saúde e a Organização Mundial da Saúde
decidiram coordenar a erradicação do Ae. aegypti
no continente, por intermédio do Programa de
Erradicação do Aedes aegypti no Hemisfério
Oeste.
Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 Essa espécie foi eliminada em quase toda a

América, com exceção dos Estados Unidos da
América, Suriname, Venezuela, Cuba, Jamaica,
Haiti, República Dominicana e uma pequena
parte da Colômbia.
 O Brasil participou da campanha de erradicação

continental do Ae. aegypti e teve êxito na
primeira eliminação desse vetor em 1955.
Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 Em 1956, foi criado o Departamento Nacional de

Endemias Rurais (DENERu);
 Em 1958, na XV Conferência Sanitária PanAmericana, em Porto Rico, foi oficialmente
declarado que o País conseguira erradicar o
vetor;
 Em 1967, criou-se a Superintendência de
Campanhas de Saúde Pública (Sucam);
 Em abril de 1990, a Fundação Nacional de
Saúde (Funasa) foi criada;
Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 Em 1996, o Ministério da Saúde elaborou o Plano

de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa);
 foi dividido em nove áreas de atuação;
1) Entomologia;
2) Operações de campo de combate ao vetor;
3) Vigilância de portos, aeroportos e fronteiras;
4) Saneamento;

Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti

5) Informação, educação e comunicação social;
6) Vigilância epidemiológica e sistema de
informações;
7) Laboratório;
8) Desenvolvimento de recursos humanos;
9) Legislação de suporte.

Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 O aumento do número de casos de dengue e o

avanço da infestação vetorial demonstravam que
a implementação do PEAa não havia alcançado
o êxito esperado.
 Em

julho de 2001, a Funasa abandonou
oficialmente a meta de erradicar Ae. aegypti do
País e passou a trabalhar com o objetivo de
controlar o vetor.

Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 Foi implantado o Plano de Intensificação das

Ações de Controle da Dengue (PIACD), que
focalizou as ações em Municípios com maior
transmissão
da
doença,
considerados
prioritários, escolhidos entre aqueles com
infestação por Ae. aegypti e registro de
transmissão de dengue nos anos de 2000-2001.

Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 características eletivas para atuação do Plano:

a) ser capital de Estado, incluindo sua região
metropolitana;

b) contar com população igual ou superior a
50.000 habitantes;
c) ser receptivo à introdução de novos sorotipos de
dengue. (Municípios de fronteiras, portos, núcleos
de turismo etc.)
Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 Em 2002, foi implantado o Programa Nacional de

Controle da Dengue (PNCD), que dá
continuidade a algumas propostas do PIACD e
enfatiza a necessidade de mudanças nos
modelos anteriores, inclusive em alguns aspectos
essenciais, como:
1) a elaboração de programas permanentes;
2) o desenvolvimento de campanhas de
informação e de mobilização da população;
3) o fortalecimento da vigilância epidemiológica e
entomológica;
Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
4) a melhoria da qualidade do trabalho de campo
no combate ao vetor;
5) a integração das ações de controle da dengue
na atenção básica, com a mobilização do
Programa de Agentes Comunitários de Saúde
(PACS) e do Programa Saúde da Família (PSF);
6) a utilização de instrumentos legais que facilitem
o trabalho do poder público na eliminação de
criadouros em imóveis comerciais, casas
abandonadas etc.;
Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
7) a atuação multissetorial, no fomento à
destinação adequada de resíduos sólidos e à
utilização
de
recipientes
seguros
para
armazenagem de água;
8) o desenvolvimento de instrumentos mais
eficazes de acompanhamento e supervisão das
ações
desenvolvidas
pelo
Ministério
da
Saúde, Estados e Municípios
Andreia
Histórico das políticas e dos
programas de controle de Aedes
aegypti
 Discussões recentes sobre o controle da dengue

apontam para a necessidade de maiores
investimentos em metodologias adequadas, para
sensibilizar a população sobre a necessidade de
mudanças de comportamento que objetivem o
controle
do
vetor;
e
no
manejo
ambiental, incluindo a ampliação do foco das
ações de controle racional de vetores, para
minimizar a utilização de inseticidas e, dessa
forma, garantir maior sustentabilidade às ações.

Andreia
Referencia
 BRAGA, I. A. et al. Aedes aegypti: histórico

do controle no Brasil. Epidemiologia e Serviços
de Saúde, 2007.

Andreia
Andreia

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dengue

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ DEPARTAMENTO DE QUIMICA E BIOLOGIA CURSO DE CIENCIAS BIOLOGICAS ACADEMICAS: ANDREIA GOMES VIVIANE TOMAZ Viviane
  • 3. Introdução  A dengue tem se destacado entre as enfermidades reemergentes e é considerada a mais importante das doenças virais transmitidas por artrópodes, sendo também a mais comum e distribuída arbovirose no mundo.  A dengue é transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti seu principal vetor. O Aedes aegypti é encontrado, principalmente, no meio urbano, colonizado em depósitos de armazenamento de água e pequenas coleções Viviane temporárias
  • 4. Introdução  Por muito tempo, a dengue e a febre hemorrágica de dengue constituíram problemas restritos aos países do Sudeste Asiático e da Oceania. Somente a partir da década de 1980, a doença disseminou-se pelas Américas. Viviane
  • 5. Dengue nas Américas e no Brasil  No ano de 2003, foram notificados cerca de 483 mil casos de dengue nas Américas, dos quais, aproximadamente, dez mil eram de dengue hemorrágica.  Mais de 250 mil casos foram provenientes do continente Sul-americano, onde, apesar de a Região Andina notificar um número em torno de 50 mil casos, nela se concentram 80% dos casos de dengue hemorrágica Viviane
  • 6. Dengue nas Américas e no Brasil  Na segunda metade do século XX, a partir de 1986, a dengue adquiriu importância epidemiológica, quando irrompeu a epidemia no Estado do Rio de Janeiro e a circulação do sorotipo 1, que logo alcançou a Região Nordeste.  No período entre 1986 e 1990, as epidemias de dengue se restringiram a alguns Estados das Regiões Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia) Viviane
  • 7. Dengue nas Américas e no Brasil  Em 1990, a introdução de um novo sorotipo – DEN-2 –, também no Rio de Janeiro, agravou a situação da doença no Estado. Em 2001 sorotipo DEN-3 foi introduzido no Rio de Janeiro  Atualmente, o DEN-3 circula em 25 das 27 unidades federadas Viviane
  • 8. Dengue nas Américas e no Brasil  A primeira, no período de 1986 a 1987, apresentou incidências de 35,2 (1986) a 65,1 (1987) casos por 100 mil habitantes. três ondas epidêmicas  A segunda, no biênio 1990-1991, ofereceu maiores riscos às populações dos Estados do Ceará (249,1 casos/100.000 hab.) e do Rio de Janeiro (613,8 casos/100.000 hab.).  A partir de 1994, verificou-se rápida dispersão do vetor em grande extensão territorial, o que propiciou a circulação viral em maior número de Estados e Municípios e provocou uma rápida ascensão da doença, culminando em uma terceira onda epidêmica, em 1997-1998. Viviane
  • 9. Dengue nas Américas e no Brasil Em 2002 800 mil casos de dengue no Brasil  o que corresponde a 80% dos casos de toda a América no mesmo ano, com 150 óbitos por FHD. Viviane
  • 10. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  O combate ao Ae. aegypti foi institucionalizado no Brasil, de forma sistematizada, a partir do século XX.  Diversas epidemias de febre amarela urbana ocorriam no País, levando à morte milhares de pessoas. Uma primeira campanha pública contra a FAU, iniciada por Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro (1902-1907), instituiu as brigadas sanitárias, cuja função era detectar casos de febre amarela e eliminar os focos de Ae. aegypti. Andreia
  • 11. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  Com o incentivo da Fundação Rockefeller, nas décadas de 1930 e 1940, foram executadas intensas campanhas de erradicação de Ae. aegypti nas Américas.  Em 1947, a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde decidiram coordenar a erradicação do Ae. aegypti no continente, por intermédio do Programa de Erradicação do Aedes aegypti no Hemisfério Oeste. Andreia
  • 12. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  Essa espécie foi eliminada em quase toda a América, com exceção dos Estados Unidos da América, Suriname, Venezuela, Cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana e uma pequena parte da Colômbia.  O Brasil participou da campanha de erradicação continental do Ae. aegypti e teve êxito na primeira eliminação desse vetor em 1955. Andreia
  • 13. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  Em 1956, foi criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DENERu);  Em 1958, na XV Conferência Sanitária PanAmericana, em Porto Rico, foi oficialmente declarado que o País conseguira erradicar o vetor;  Em 1967, criou-se a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam);  Em abril de 1990, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi criada; Andreia
  • 14. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  Em 1996, o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa);  foi dividido em nove áreas de atuação; 1) Entomologia; 2) Operações de campo de combate ao vetor; 3) Vigilância de portos, aeroportos e fronteiras; 4) Saneamento; Andreia
  • 15. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti 5) Informação, educação e comunicação social; 6) Vigilância epidemiológica e sistema de informações; 7) Laboratório; 8) Desenvolvimento de recursos humanos; 9) Legislação de suporte. Andreia
  • 16. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  O aumento do número de casos de dengue e o avanço da infestação vetorial demonstravam que a implementação do PEAa não havia alcançado o êxito esperado.  Em julho de 2001, a Funasa abandonou oficialmente a meta de erradicar Ae. aegypti do País e passou a trabalhar com o objetivo de controlar o vetor. Andreia
  • 17. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  Foi implantado o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue (PIACD), que focalizou as ações em Municípios com maior transmissão da doença, considerados prioritários, escolhidos entre aqueles com infestação por Ae. aegypti e registro de transmissão de dengue nos anos de 2000-2001. Andreia
  • 18. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  características eletivas para atuação do Plano: a) ser capital de Estado, incluindo sua região metropolitana; b) contar com população igual ou superior a 50.000 habitantes; c) ser receptivo à introdução de novos sorotipos de dengue. (Municípios de fronteiras, portos, núcleos de turismo etc.) Andreia
  • 19. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  Em 2002, foi implantado o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), que dá continuidade a algumas propostas do PIACD e enfatiza a necessidade de mudanças nos modelos anteriores, inclusive em alguns aspectos essenciais, como: 1) a elaboração de programas permanentes; 2) o desenvolvimento de campanhas de informação e de mobilização da população; 3) o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica; Andreia
  • 20. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti 4) a melhoria da qualidade do trabalho de campo no combate ao vetor; 5) a integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e do Programa Saúde da Família (PSF); 6) a utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas etc.; Andreia
  • 21. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti 7) a atuação multissetorial, no fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e à utilização de recipientes seguros para armazenagem de água; 8) o desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios Andreia
  • 22. Histórico das políticas e dos programas de controle de Aedes aegypti  Discussões recentes sobre o controle da dengue apontam para a necessidade de maiores investimentos em metodologias adequadas, para sensibilizar a população sobre a necessidade de mudanças de comportamento que objetivem o controle do vetor; e no manejo ambiental, incluindo a ampliação do foco das ações de controle racional de vetores, para minimizar a utilização de inseticidas e, dessa forma, garantir maior sustentabilidade às ações. Andreia
  • 23. Referencia  BRAGA, I. A. et al. Aedes aegypti: histórico do controle no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2007. Andreia