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Prof. MSc. Elizonete Peres de Farias
INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA
DE ALIMENTOS
PROCESSAMENTO
DE FRUTAS E HORTALIÇAS
Elizonete Peres de Farias 2
Processamento de Frutas
e Hortaliças
 Conservas vegetais (Picles);
 Hortaliças minimamente processadas;
 Sucos;
 Polpa de frutas;
 Frutas desidratadas e cristalizadas;
 Doces em calda ou compotas;
 Geléias;
 Doces em massa ou cremosos.
Elizonete Peres de Farias 3
Picles
São legumes, hortaliças e não raro, algumas
frutas conservadas em salmora ou em vinagre, com
ou sem fermentação
em salmora fermentados
e não fermentados
em vinagre ácidos,
doces ou
aromatizados
Imersão das hortaliças em solução de vinagre
condimentos, tendo como tratamento preliminar o
branqueamento (mais utilizado)
Elizonete Peres de Farias 4
Picles
Fig. 1. Arranjo das hortaliças nos vidros
F ig. 2 - Exaustão dos potes
Fluxograma de Processo
Elizonete Peres de Farias 5
Processamento de picles
 Recepção e seleção Inspeção e pesagem das matérias
primas, as quais devem selecionadas e classificadas por tamanho,
eliminação dos pendúculos, folhas e sujidades diversas. A pesagem
é importante na determinação do custo do produto final.
 Lavagem Usar água potável
 Sanitização Solução clorada (5-10 ppm / 5-10 min)
concentração de cloro residual e o tempo são determinadas em função do
teor de sujidades presentes.
Elizonete Peres de Farias 6
Processamento de picles
 Descascamento Raspagem e corte em pedaços
dependendo da hortaliça e do produto final desejado. Deverão ser
eliminadas as hortaliças defeituosas, murchas, podres ou
excessivamente maduras.
 Branqueamento Inativa as enzimas presentes nos vegetais
e inibe a ocorrência de reações bioquímicas . Imersão da matéria-
prima em áqua fervente por 3 a 5 min e posterior resfriamento
 Envase Arranjo das hortaliças uma a uma preenchendo
todos os espaços vazios
Elizonete Peres de Farias 7
Processamento de picles
 Adição de salmora  normalmente adicionada fervente
com as hortaliças dentro do frasco. Bolhas de ar devem ser
retiradas, com ajuda de uma faca de mesa ou espátula. A salmora
deve ficar 1 cm acima das hortaliças e 1cm abaixo da borda do
vidro.
Salmora Básica
 50 % de água;
 50 % de vinagre de álcool;
 3 % de sal;
 2% de açúcar
 Condimentos (louro, pimenta preta em grãos, alho, mostarda em
grãos, coentro, etc.).
Elizonete Peres de Farias 8
Processamento de picles
 Exaustão  Imersão dos potes de produto em água fervente
com a tampa sobreposta sem rosquear, por aproximadamente 10
minutos. Industrialmente utilizam-se túneis de exaustão.
 Tratamento térmico após a exaustão  Fecham-se
hermeticamente os vidros e faz-se a imesão em água fervente por um
tempo variável.
Tamanho dos vidros Tempo de fervura
(ml) (min)
500 15
1000 30
2000 60
Elizonete Peres de Farias 9
Processamento de picles
 Resfriamento  Com água a temperatura ambiente, para que
os produtos não cozinhem em demasia. Realizado de forma
gradativa para evitar choque térmico.
 Armazenamento  Em ambiente seco e ventilado para evitar
manchas no rótulo e amolecimento das caixas de papelão.
 Rotulagem  Depois de frias e secas, de forma a apresentar as
informações fundamentais ( ingredientes, data de fabricação,
prazo de validade, etc.
Elizonete Peres de Farias 10
Hortaliças minimamente
processadas
O processamento mínimo de hortaliças é a transformação
"in natura" desses produtos vegetais, obtendo-se hortaliças
frescas e convenientes, ou seja, produtos com características
do "in natura", mas que não precisam de preparo antes de ser
consumidos.
 Rápido crescimento 
França: 400 T ((1980) para
35.000 T (1989)
 Brasil  1990 (início)
Elizonete Peres de Farias 11
Processamento de picles
 Quarentena  Espera de 10 a 15 dias antes de
liberar os produtos para a venda e/ou consumo
(verificar a existência de fermentações
indesejáveis, turvamento da salmora e para que
as hortaliças retenham o sabor da salmora).
Elizonete Peres de Farias 12
Hortaliças minimamente
processadas
O processamento mínimo de hortaliças é a transformação
"in natura" desses produtos vegetais, obtendo-se hortaliças
frescas e convenientes, ou seja, produtos com características
do "in natura", mas que não precisam de preparo antes de ser
consumidos.
 Rápido crescimento 
França: 400 T ((1980) para
35.000 T (1989)
 Brasil  1990 (início)
Elizonete Peres de Farias 13
Fluxograma de Produção
Seleção e classificação
. Lavagem das hortaliças
recepção da matéria prima
pré-seleção
Lavagem/sanitização
descascamento e/ou corte
enxágüe
Centrifugação
Seleção
embalagem
Água corrente
4o C
Imersão em água
gelada e
clorada150-200
ppm de cloro
ativo/5-10'
pH  6,5 - 7,5
pH > 8,0 -
sanitizaão reduzida
pH < 6,5 - corrosão
Centrífugas
industriais 3 a 10 rpm
PVC- (polivinilcloreto)
PP
polipropileno)
P.E.
polietileno
E.V.A
etilenovinilacetato
Elizonete Peres de Farias 14
SUCOS
É a bebida não fermentada, não concentrada e não diluída, destinada ao consumo,
obtida da fruta madura e sã, ou parte do vegetal de origem, por processamento
tecnológico adequado, submetida a tratamento que assegure a sua apresentação e
conservação até o momento do consumo
 O suco não poderá conter substâncias estranhas à fruta ou parte do vegetal de sua
origem, excetuadas as previstas na legislação específica.
 O suco que for parcialmente desidratado deverá ser denominado de "suco
desidratado".
 Ao suco poderá ser adicionado açúcar na quantidade máxima fixada para cada tipo
de suco, através de ato administrativo, observado o percentual máximo de 10% (dez
por cento) em peso, calculado em base de sólidos solúveis naturais do suco.
 É proibida a adição, em sucos, de aromas e corantes artificiais.
 os sucos concentrado e desidratado adoçado, quando reconstituídos, deverão
conservar os teores de sólidos solúveis mínimo estabelecido nos respectivos padrões
de identidade e qualidade para cada tipo de suco, excetuado o percentual de
açúcares adicionados, observado o disposto no inciso III deste artigo.
Elizonete Peres de Farias 15
SUCOS
 Suco desidratado é o suco sob o estado sólido, obtido pela desidratação do
suco integral , devendo conter a expressão "suco desidratado".
 A designação "integral" será privativa do suco sem adição de açúcar e na sua
concentração natural, sendo vedada o uso de tal designação para o suco
reconstituído.
 Suco misto é o suco obtido pela mistura de duas ou mais frutas e das partes
comestíveis de dois ou mais vegetais, ou de seus respectivos sucos, sendo a
denominação constituída da palavra suco, seguida da relação de frutas e
vegetais utilizados, em ordem decrescente das quantidades presentes na mistura.
Elizonete Peres de Farias 16
PRODUTO FUNÇÃO CÓDIGO CONCENTRAÇÃO MÁXIIMA
(g/L)
Dióxido de enxofre Conservante P.V 0,2
Ácido benzóico e seus sais Conservante P.I 1,0*
Ácido sórbico e seus sais Conservante P.IV 1,0*
* A soma dos dois pode ser, no máximo, igual a 1,0.
Sucos
ADITIVOS USADOS
As frutas utilizadas para a elaboração de sucos são, com freqüência, as
desprezadas para o consumo 'in natura', em virtude dos elevados padrões
de qualidade que este exige, mas também se cultivam frutas
especificamente destinadas a produção de suco.
Elizonete Peres de Farias 17
Seleção Lavagem/Sanitização Extração Clarificação
Desaeração
Pasteurização
Envase
Fluxograma de produção
(suco de laranja)
Extração do suco de laranja
Óleos essenciais amargos
Suco: 50 % do
peso da fruta
Filtração da polpa
suspensa
Tratamento
enzimático
Centrifugação
Elizonete Peres de Farias 18
Subprodutos do suco de
laranja
óleos essenciais :
 voláteis retirados da casca das frutas citricas, por meio de jatos de água.
 Aplicação nas indústrias alimentícias e farmacêuticas.
d'limonene:.
 Provem da prensagem do resíduo úmido da laranja após a extração do
suco.
 Fração oleosa , fontes de terpeno monocíclico, aplicado como solvente
industrial, componente aromático sabores artificiais de menta e hortelã),
etc.
Elizonete Peres de Farias 19
Subprodutos do suco de laranja
Farelo de polpa cítrica:
 obtido por meio do tratamento de resíduos sólidos e líquidos
remanescentes da extração do suco.
 Este material equivale a 50 % do peso de cada fruta e tem
uma umidade de aproximadamente 82 %.
 Polpa é triturada e seca até chegar a 12 % de umidade, o produto é
peletizado. É usado como complemento para a ração animal.
Maiores produtores de
laranja:
Brasil
Estados Unidos
México
China
Africa do Sul
São Paulo (70 % laranjas)
98 % suco
Elizonete Peres de Farias 20
Polpa de frutas
Produto obtido por esmagamento das partes comestíveis de frutas carnosas,
por processos tecnológicos adequados. O produto será designado por
"polpa" seguido do nome da fruta de origem
recepção seleção lavagem
descascamento/corte
desistegração
acondicionamento
congelamento
armazenamento
Fluxograma de produção
(-18 - -32o C)
Elizonete Peres de Farias 21
Polpa de frutas
 Equipamentos necessários:
Tanque para lavagem, mesa de seleção e preparo, mesa para colocação da polpa
embalada, balança, desintegrador ou liqüidificador industrial, prensa,
despolpadeira, dosadora, termo seladora, armário para congelamento, freezer,
baldes, facas, caixas plásticas, etc.
 Preservação química:
Benzoato de sódio - pH 3,5 a 4,0 = 0,06% a 0,10%
pH > 4,0 0,3%. Mais ativo contra leveduras e bactérias.
sorbato de potássio - 0,1%. Mais ativo contra leveduras e bolores.
dióxido de enxofre (SO2) - altera a cor vermelha das frutas como
morangos e cerejas, corrói as latas (0,02 % de SO2 no produto final).
Elizonete Peres de Farias 22
Frutas desidratadas e
cristalizadas
Vantagens:  conservação do produto à temperatura ambiente sem a
necessidade de recursos adicionais, redução de peso e volume, custo de
produção relativamente baixo pois não necessita-se de outra matéria-prima
além da fruta/hortaliça, valor alimentício do produto aumentado em função da
concentração dos nutrientes.
Desvantagens:  perda de alguns nutrientes, como as vitaminas A e C.
Umidade fruta fresca 85-90% Umidade fruta seca 20-25%
Elizonete Peres de Farias 23
Frutas desidratadas e
cristalizadas
Vantagens:  conservação do produto à temperatura ambiente sem a
necessidade de recursos adicionais, redução de peso e volume, custo de
produção relativamente baixo pois não necessita-se de outra matéria-prima
além da fruta/hortaliça, valor alimentício do produto aumentado em função da
concentração dos nutrientes.
Desvantagens:  perda de alguns nutrientes, como as vitaminas A e C.
Umidade fruta fresca 85-90% Umidade fruta seca 20-25%
Elizonete Peres de Farias 24
Frutas desidratadas
Secagem natural
Desidratação
Secagem pelo calor produzido artificialmente em
condições de temperatura, umidade e corrente de ar cuidadosamente
controlados.
,
.
volume maior de produção Boas condições higiênicas
custo elevado
Baixo custo Boa aparência 4 a 5 dias
Predisposição a deterioração Sucetibilidade ao clima
Condições higiênicas
precárias
Esse sistema exige a exposição do alimento ao sol nos
primeiros dois dias e, depois, na sombra e em local ventilado.
Para a utilização desse sistema, o clima deve ser seco, com
pouca precipitação pluviométrica, temperatura relativamente alta
o ano todo, quantidade de horas de sol efetiva
Elizonete Peres de Farias 25
Desidratação ao sol
maçã, figo, uva,
abacaxi, ameixa.
Ervas e temperos - perda
de sabor, cor e óleos aromáticos
banana, melão, abacate,
morango, mamão
Frutas
Favoráveis Desfavoráveis
Vegetais a luz solar costuma
provocar queimaduras.
Pimentão, ervilha,
vagem, soja.
Elizonete Peres de Farias 26
Fluxograma de Produção
Frutas desidratadas
Fig. 7 - Recepção e seleção das
frutas
Figura 8 - Lavagem das frutas
Fig 9 - Descascamento
das frutas
Elizonete Peres de Farias 27
Frutas desidratadas
:
Solução antioxidante
• Imersão das frutas que tendem a escurecer,em uma solução ácida (ácido
ascórbico, cítrico, ou uma mistura de ambos na proporção de uma colher
de sopa rasa/ l de água.
• Sucos de limão, laranja, abacaxi são alternativas naturais que também
evitam a oxidação.
Sulfuração ou enxofração:
• Queima do enxofre e posterior ventilação do anidrido sulfuroso (SO2)
resultante num espaço fechado no qual deverão estar expostas as
frutas.
• 1 ½ sopa rasa/10 Kg de fruta fresca/20-30' (fruta brilhante e com uma
leve camada de sumo na superfície).
Pré-tratamento
Elizonete Peres de Farias 28
Branqueamento
 1º lavar e cortar as frutas;
 2º submetê-las a uma solução fraca de bissulfito de sódio
e/ou ácido cítrico, ascórbico;
 3º xarope 500 ml de água, 1 copo de açúcar refinado, 1 copo de
glicose/Kg de fruta fresca. Cozinhar 10', quando levantar fervura
retirar do fogo, mantendo as frutas no xarope quente 30-45'.
Enxaguar em água corrente, escorrer e desidratar.
Tratamento do produto por cocção numa solução chamada
xarope branqueador para manter a cor da fruta, dar sabor
adocicado, textura suave.
Elizonete Peres de Farias 29
Adaptabilidade de algumas frutas à
desidratação
Frutas
Umidade in natura
(%)
Adaptabilidade à
desidratação
Tempo de armazenagem (meses
(25º C)).
Abacaxi 86 Excelente 6 a 8
Ameixa 81 a 87 Boa 6 a 8
Banana 75 Boa 5 a 8
Caqui 79 Razoável a boa 4 a 6
Cereja 80 a 84 Excelente 8 a 12
Coco 51 Excelente 2 a 4
Damasco 85 Excelente 6 a 8
Figo 78 Excelente 4 a 6
Frutas
cítricas
80 a 90 Pobre 6 a 8
Maçã 84 Excelente 4 a 6
Manga 77 a 84 Boa 6 a 8
Melão 85 a 95 Pobre 1 a 2
Morango 85 a 90 Razoável a boa 4 a 6
Nectarina 82 Excelente 4 a 6
Papaia 88 a 90 Boa 4 a 6
Pêra 82 a 85 Excelente 4 a 6
Pêssego 82 a 92 Excelente 4 a 6
Tâmara 23 Excelente 6 a 8
Uva 85 a 90 Excelente 6 a 8
Elizonete Peres de Farias 30
Geléias
 Produto obtido pela cocção das frutas inteiras ou
em pedaços, polpa ou suco de frutas, com açúcar e
água, concentrado até a consistência gelatinosa.
 Pode-se adicionar glicose ou açúcar invertido; não
poderá ser colorida e nem aromatizada
artificialmente.
 Tolera-se a adição de acidulantes e de pectina.
Elizonete Peres de Farias 31
Geléias
Geleiada geléia com pedaços de frutas
em suspensão.
 Comum preparada numa proporção de 40 partes de
fruta fresca ou seu equivalente para 60 partes de açúcar.
 Extra preparada numa proporção de 50 partes de
frutas frescas, ou seu equivalente, para 50 partes de açúcar
Elizonete Peres de Farias 32
Elementos básicos
 Frutas
 Açúcares
 Pectinas
 Ácidos
Elizonete Peres de Farias 33
Frutas
 Devem estar no ponto ótimo de maturação e devem ter bom
aroma.
 Muito maduras têm mais dificuldades para formar o gel,
enquanto as muito verdes, apesar de terem maior
rendimento em pectina, podem provocar o aparecimento de
coloração castanha no produto final.
 Procedimento bastante comum é a mistura de parte das
frutas levemente verdes com as frutas maduras.
Elizonete Peres de Farias 34
Frutas
 Ricas em pectina e acidez  laranja-baía, laranja-pêra, limão
siciliano,
limão cidra, groselha, manga;
 Ricas em pectina e médias em acidez  goiaba, marmelo, maçã;
 Médias em pectina e ricas em acidez  pitanga, nêspera, uva Isabel,
uva niágara, jabuticaba;
 Médias em pectina e pobres em acidez  banana-nanina, maçã
Argentina;
 Pobres em pectina e ricas em acidez  abacaxi, uva;
 Pobres em pectina e médias em acidez  caju, morango, carambola;
 Pobres em pectina e pobres em acidez  caqui, figo maduro, mamão,
pêssego maduro, pêra d'água madura.
Elizonete Peres de Farias 35
Preparo da pectina caseira
 1 copo de albedo (parte branca, logo abaixo da casca) de
laranja;
 3 copos de água;
 2 colheres de suco de limão
Descasque as laranjas, separando o albedo e colocando num
copo até obter o volume necessário. Moa esse material em
máquina de moer carne ou liqüidificador e leve ao fogo com a
água e o suco de limão e deixe ferver até diminuir o volume a um
terço do inicial. Coe e guarde em um vidro esterilizado.
Elizonete Peres de Farias 36
Teste do álcool
Suco da fruta
(5 ml)
Álcool
(5 ml)
Gel não
muito firme
50% suco
50% açúcar
Gel firme
Pequenos
grumos
3 partes açúcar
p/4 partes suco
1 parte açúcar
2 partes suco
Elizonete Peres de Farias 37
Açúcares
 Sacarose (açúcar da cana) > 65o Brix
cristalização
 Açúcar invertido;
 Glicose
Elizonete Peres de Farias 38
Ácidos
 Cítrico;
 Málico;
Tartárico.
Para alcançar pH necessário a geleificação
Realçam o sabor natural da fruta
Elizonete Peres de Farias 39
Pectinas
É um ácido poligalacturônico parcialmente esterificado
com grupos metoxilas.
Pectinas BTM
(Baixo Teor de Metoxilas)
Pectinas ATM
Alto Teor de Metoxilas
Geléias diet
(Formam géis com CaCl2 ao invés
de açúcar)
Normalmente presente nas
frutas
Elizonete Peres de Farias 40
Diagrama de Rauch para a
consistência das geléias
Elizonete Peres de Farias 41
Tacho aberto para a cocção
das geléias
Doces em massa ou
cremosos
Resulta do processamento adequado das
partes comestíveis desintegradas de vegetais
com açúcares com ou sem adição de água,
pectina, ajustador de pH e outros aditivos e
ingredientes permitidos por estes padrões até
uma consistência apropriada, sendo finalmente
acondicionado de forma a segurar sua perfeita
conservação.
Classificação
 Quanto ao vegetal empregado
simples - quando preparado com uma única espécie
vegetal
misto - quando preparado com mais de uma espécie
vegetal
cremoso - quando a pasta for homogênea e de
consistência mole, não oferecendo nem resistência
nem possibilidade de corte.
em massa - quando a pasta for homogênea e de
consistência que possibilite o corte.
 Quanto a consistência
Denominação
São designados pelo nome da fruta acrescido do
sufixo Ada, quando se tratar de doce em massa
elaborado com uma única espécie de fruta. Pela
palavra 'doce' seguida do nome da espécie ou
espécies de vegetais empregados e da palavra
'cremoso' quando se tratar de doce em massa de
consistência cremosa.
Doces cremosos
 Processo de fabricação semelhante ao da geléia;
 não necessita de pectina nem ácidos.
 percentual de açúcar (40%) e de fruta (60%).
Ponto final - 62 - 63 º Brix (refratômetro),
101-102 º C (termômetro)
Doces de corte
 A proporção de fruta/açúcar fica em 70-80%.
 Geralmente não se adiciona água.
 Com relação à pectina e aos acidulantes,
procede-se da mesma maneira feita nas
geléias.
 Derramar depois de pronto, em caixinhas
forradas com celofane ou plástico.
 Depois de frio retirar das fôrmas, fechar e
etiquetar.
Doces de corte
Ponto final - 75-76 º Brix (caixetas),
72-73 º Brix (latas) (refratômetro),
108-109 º C (termômetro).
Quando a massa soltar da lateral e do
fundo da panela. Com uma faca molhada,
espetar o doce, quando sair limpa,
o doce está pronto.
Fluxograma de produção
Cristalização de açúcares
Problemas durante o
processamento
 Doces com alto teor de sólidos solúveis
 Pode-se evitada substituindo parte do açúcar
por xarope de glicose ou por açúcar invertido
Deterioração microbiana
 Baixa temperatura de enchimento;
 Ausência de vácuo;
 Falhas no fechamento das embalagens;
 Armazenamento inadequado
 Geralmente mofos para doces embalados
em papel celofone ou filmes plásticos
Amolecimento do produto
Ocorre nos doces em tabletes e se
deve principalmente, à estocagem
em ambientes úmidos e quentes.
Legislação
 Nos doces cremosos, o teor de sólidos solúveis do
produto final não deve ser inferior a 55% ;
 Nos doces de corte, a 65%.;
 Quando participar mais de um vegetal na composição
do produto, a proporção mínima de cada ingrediente
vegetal será de 20% sobre o total dos ingredientes
vegetais;
 Como aditivo incidental, a tolerância máxima
de dióxidos de enxofre no produto é de 100 mg/kg.

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  • 1. Prof. MSc. Elizonete Peres de Farias INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA DE ALIMENTOS PROCESSAMENTO DE FRUTAS E HORTALIÇAS
  • 2. Elizonete Peres de Farias 2 Processamento de Frutas e Hortaliças  Conservas vegetais (Picles);  Hortaliças minimamente processadas;  Sucos;  Polpa de frutas;  Frutas desidratadas e cristalizadas;  Doces em calda ou compotas;  Geléias;  Doces em massa ou cremosos.
  • 3. Elizonete Peres de Farias 3 Picles São legumes, hortaliças e não raro, algumas frutas conservadas em salmora ou em vinagre, com ou sem fermentação em salmora fermentados e não fermentados em vinagre ácidos, doces ou aromatizados Imersão das hortaliças em solução de vinagre condimentos, tendo como tratamento preliminar o branqueamento (mais utilizado)
  • 4. Elizonete Peres de Farias 4 Picles Fig. 1. Arranjo das hortaliças nos vidros F ig. 2 - Exaustão dos potes Fluxograma de Processo
  • 5. Elizonete Peres de Farias 5 Processamento de picles  Recepção e seleção Inspeção e pesagem das matérias primas, as quais devem selecionadas e classificadas por tamanho, eliminação dos pendúculos, folhas e sujidades diversas. A pesagem é importante na determinação do custo do produto final.  Lavagem Usar água potável  Sanitização Solução clorada (5-10 ppm / 5-10 min) concentração de cloro residual e o tempo são determinadas em função do teor de sujidades presentes.
  • 6. Elizonete Peres de Farias 6 Processamento de picles  Descascamento Raspagem e corte em pedaços dependendo da hortaliça e do produto final desejado. Deverão ser eliminadas as hortaliças defeituosas, murchas, podres ou excessivamente maduras.  Branqueamento Inativa as enzimas presentes nos vegetais e inibe a ocorrência de reações bioquímicas . Imersão da matéria- prima em áqua fervente por 3 a 5 min e posterior resfriamento  Envase Arranjo das hortaliças uma a uma preenchendo todos os espaços vazios
  • 7. Elizonete Peres de Farias 7 Processamento de picles  Adição de salmora  normalmente adicionada fervente com as hortaliças dentro do frasco. Bolhas de ar devem ser retiradas, com ajuda de uma faca de mesa ou espátula. A salmora deve ficar 1 cm acima das hortaliças e 1cm abaixo da borda do vidro. Salmora Básica  50 % de água;  50 % de vinagre de álcool;  3 % de sal;  2% de açúcar  Condimentos (louro, pimenta preta em grãos, alho, mostarda em grãos, coentro, etc.).
  • 8. Elizonete Peres de Farias 8 Processamento de picles  Exaustão  Imersão dos potes de produto em água fervente com a tampa sobreposta sem rosquear, por aproximadamente 10 minutos. Industrialmente utilizam-se túneis de exaustão.  Tratamento térmico após a exaustão  Fecham-se hermeticamente os vidros e faz-se a imesão em água fervente por um tempo variável. Tamanho dos vidros Tempo de fervura (ml) (min) 500 15 1000 30 2000 60
  • 9. Elizonete Peres de Farias 9 Processamento de picles  Resfriamento  Com água a temperatura ambiente, para que os produtos não cozinhem em demasia. Realizado de forma gradativa para evitar choque térmico.  Armazenamento  Em ambiente seco e ventilado para evitar manchas no rótulo e amolecimento das caixas de papelão.  Rotulagem  Depois de frias e secas, de forma a apresentar as informações fundamentais ( ingredientes, data de fabricação, prazo de validade, etc.
  • 10. Elizonete Peres de Farias 10 Hortaliças minimamente processadas O processamento mínimo de hortaliças é a transformação "in natura" desses produtos vegetais, obtendo-se hortaliças frescas e convenientes, ou seja, produtos com características do "in natura", mas que não precisam de preparo antes de ser consumidos.  Rápido crescimento  França: 400 T ((1980) para 35.000 T (1989)  Brasil  1990 (início)
  • 11. Elizonete Peres de Farias 11 Processamento de picles  Quarentena  Espera de 10 a 15 dias antes de liberar os produtos para a venda e/ou consumo (verificar a existência de fermentações indesejáveis, turvamento da salmora e para que as hortaliças retenham o sabor da salmora).
  • 12. Elizonete Peres de Farias 12 Hortaliças minimamente processadas O processamento mínimo de hortaliças é a transformação "in natura" desses produtos vegetais, obtendo-se hortaliças frescas e convenientes, ou seja, produtos com características do "in natura", mas que não precisam de preparo antes de ser consumidos.  Rápido crescimento  França: 400 T ((1980) para 35.000 T (1989)  Brasil  1990 (início)
  • 13. Elizonete Peres de Farias 13 Fluxograma de Produção Seleção e classificação . Lavagem das hortaliças recepção da matéria prima pré-seleção Lavagem/sanitização descascamento e/ou corte enxágüe Centrifugação Seleção embalagem Água corrente 4o C Imersão em água gelada e clorada150-200 ppm de cloro ativo/5-10' pH  6,5 - 7,5 pH > 8,0 - sanitizaão reduzida pH < 6,5 - corrosão Centrífugas industriais 3 a 10 rpm PVC- (polivinilcloreto) PP polipropileno) P.E. polietileno E.V.A etilenovinilacetato
  • 14. Elizonete Peres de Farias 14 SUCOS É a bebida não fermentada, não concentrada e não diluída, destinada ao consumo, obtida da fruta madura e sã, ou parte do vegetal de origem, por processamento tecnológico adequado, submetida a tratamento que assegure a sua apresentação e conservação até o momento do consumo  O suco não poderá conter substâncias estranhas à fruta ou parte do vegetal de sua origem, excetuadas as previstas na legislação específica.  O suco que for parcialmente desidratado deverá ser denominado de "suco desidratado".  Ao suco poderá ser adicionado açúcar na quantidade máxima fixada para cada tipo de suco, através de ato administrativo, observado o percentual máximo de 10% (dez por cento) em peso, calculado em base de sólidos solúveis naturais do suco.  É proibida a adição, em sucos, de aromas e corantes artificiais.  os sucos concentrado e desidratado adoçado, quando reconstituídos, deverão conservar os teores de sólidos solúveis mínimo estabelecido nos respectivos padrões de identidade e qualidade para cada tipo de suco, excetuado o percentual de açúcares adicionados, observado o disposto no inciso III deste artigo.
  • 15. Elizonete Peres de Farias 15 SUCOS  Suco desidratado é o suco sob o estado sólido, obtido pela desidratação do suco integral , devendo conter a expressão "suco desidratado".  A designação "integral" será privativa do suco sem adição de açúcar e na sua concentração natural, sendo vedada o uso de tal designação para o suco reconstituído.  Suco misto é o suco obtido pela mistura de duas ou mais frutas e das partes comestíveis de dois ou mais vegetais, ou de seus respectivos sucos, sendo a denominação constituída da palavra suco, seguida da relação de frutas e vegetais utilizados, em ordem decrescente das quantidades presentes na mistura.
  • 16. Elizonete Peres de Farias 16 PRODUTO FUNÇÃO CÓDIGO CONCENTRAÇÃO MÁXIIMA (g/L) Dióxido de enxofre Conservante P.V 0,2 Ácido benzóico e seus sais Conservante P.I 1,0* Ácido sórbico e seus sais Conservante P.IV 1,0* * A soma dos dois pode ser, no máximo, igual a 1,0. Sucos ADITIVOS USADOS As frutas utilizadas para a elaboração de sucos são, com freqüência, as desprezadas para o consumo 'in natura', em virtude dos elevados padrões de qualidade que este exige, mas também se cultivam frutas especificamente destinadas a produção de suco.
  • 17. Elizonete Peres de Farias 17 Seleção Lavagem/Sanitização Extração Clarificação Desaeração Pasteurização Envase Fluxograma de produção (suco de laranja) Extração do suco de laranja Óleos essenciais amargos Suco: 50 % do peso da fruta Filtração da polpa suspensa Tratamento enzimático Centrifugação
  • 18. Elizonete Peres de Farias 18 Subprodutos do suco de laranja óleos essenciais :  voláteis retirados da casca das frutas citricas, por meio de jatos de água.  Aplicação nas indústrias alimentícias e farmacêuticas. d'limonene:.  Provem da prensagem do resíduo úmido da laranja após a extração do suco.  Fração oleosa , fontes de terpeno monocíclico, aplicado como solvente industrial, componente aromático sabores artificiais de menta e hortelã), etc.
  • 19. Elizonete Peres de Farias 19 Subprodutos do suco de laranja Farelo de polpa cítrica:  obtido por meio do tratamento de resíduos sólidos e líquidos remanescentes da extração do suco.  Este material equivale a 50 % do peso de cada fruta e tem uma umidade de aproximadamente 82 %.  Polpa é triturada e seca até chegar a 12 % de umidade, o produto é peletizado. É usado como complemento para a ração animal. Maiores produtores de laranja: Brasil Estados Unidos México China Africa do Sul São Paulo (70 % laranjas) 98 % suco
  • 20. Elizonete Peres de Farias 20 Polpa de frutas Produto obtido por esmagamento das partes comestíveis de frutas carnosas, por processos tecnológicos adequados. O produto será designado por "polpa" seguido do nome da fruta de origem recepção seleção lavagem descascamento/corte desistegração acondicionamento congelamento armazenamento Fluxograma de produção (-18 - -32o C)
  • 21. Elizonete Peres de Farias 21 Polpa de frutas  Equipamentos necessários: Tanque para lavagem, mesa de seleção e preparo, mesa para colocação da polpa embalada, balança, desintegrador ou liqüidificador industrial, prensa, despolpadeira, dosadora, termo seladora, armário para congelamento, freezer, baldes, facas, caixas plásticas, etc.  Preservação química: Benzoato de sódio - pH 3,5 a 4,0 = 0,06% a 0,10% pH > 4,0 0,3%. Mais ativo contra leveduras e bactérias. sorbato de potássio - 0,1%. Mais ativo contra leveduras e bolores. dióxido de enxofre (SO2) - altera a cor vermelha das frutas como morangos e cerejas, corrói as latas (0,02 % de SO2 no produto final).
  • 22. Elizonete Peres de Farias 22 Frutas desidratadas e cristalizadas Vantagens:  conservação do produto à temperatura ambiente sem a necessidade de recursos adicionais, redução de peso e volume, custo de produção relativamente baixo pois não necessita-se de outra matéria-prima além da fruta/hortaliça, valor alimentício do produto aumentado em função da concentração dos nutrientes. Desvantagens:  perda de alguns nutrientes, como as vitaminas A e C. Umidade fruta fresca 85-90% Umidade fruta seca 20-25%
  • 23. Elizonete Peres de Farias 23 Frutas desidratadas e cristalizadas Vantagens:  conservação do produto à temperatura ambiente sem a necessidade de recursos adicionais, redução de peso e volume, custo de produção relativamente baixo pois não necessita-se de outra matéria-prima além da fruta/hortaliça, valor alimentício do produto aumentado em função da concentração dos nutrientes. Desvantagens:  perda de alguns nutrientes, como as vitaminas A e C. Umidade fruta fresca 85-90% Umidade fruta seca 20-25%
  • 24. Elizonete Peres de Farias 24 Frutas desidratadas Secagem natural Desidratação Secagem pelo calor produzido artificialmente em condições de temperatura, umidade e corrente de ar cuidadosamente controlados. , . volume maior de produção Boas condições higiênicas custo elevado Baixo custo Boa aparência 4 a 5 dias Predisposição a deterioração Sucetibilidade ao clima Condições higiênicas precárias Esse sistema exige a exposição do alimento ao sol nos primeiros dois dias e, depois, na sombra e em local ventilado. Para a utilização desse sistema, o clima deve ser seco, com pouca precipitação pluviométrica, temperatura relativamente alta o ano todo, quantidade de horas de sol efetiva
  • 25. Elizonete Peres de Farias 25 Desidratação ao sol maçã, figo, uva, abacaxi, ameixa. Ervas e temperos - perda de sabor, cor e óleos aromáticos banana, melão, abacate, morango, mamão Frutas Favoráveis Desfavoráveis Vegetais a luz solar costuma provocar queimaduras. Pimentão, ervilha, vagem, soja.
  • 26. Elizonete Peres de Farias 26 Fluxograma de Produção Frutas desidratadas Fig. 7 - Recepção e seleção das frutas Figura 8 - Lavagem das frutas Fig 9 - Descascamento das frutas
  • 27. Elizonete Peres de Farias 27 Frutas desidratadas : Solução antioxidante • Imersão das frutas que tendem a escurecer,em uma solução ácida (ácido ascórbico, cítrico, ou uma mistura de ambos na proporção de uma colher de sopa rasa/ l de água. • Sucos de limão, laranja, abacaxi são alternativas naturais que também evitam a oxidação. Sulfuração ou enxofração: • Queima do enxofre e posterior ventilação do anidrido sulfuroso (SO2) resultante num espaço fechado no qual deverão estar expostas as frutas. • 1 ½ sopa rasa/10 Kg de fruta fresca/20-30' (fruta brilhante e com uma leve camada de sumo na superfície). Pré-tratamento
  • 28. Elizonete Peres de Farias 28 Branqueamento  1º lavar e cortar as frutas;  2º submetê-las a uma solução fraca de bissulfito de sódio e/ou ácido cítrico, ascórbico;  3º xarope 500 ml de água, 1 copo de açúcar refinado, 1 copo de glicose/Kg de fruta fresca. Cozinhar 10', quando levantar fervura retirar do fogo, mantendo as frutas no xarope quente 30-45'. Enxaguar em água corrente, escorrer e desidratar. Tratamento do produto por cocção numa solução chamada xarope branqueador para manter a cor da fruta, dar sabor adocicado, textura suave.
  • 29. Elizonete Peres de Farias 29 Adaptabilidade de algumas frutas à desidratação Frutas Umidade in natura (%) Adaptabilidade à desidratação Tempo de armazenagem (meses (25º C)). Abacaxi 86 Excelente 6 a 8 Ameixa 81 a 87 Boa 6 a 8 Banana 75 Boa 5 a 8 Caqui 79 Razoável a boa 4 a 6 Cereja 80 a 84 Excelente 8 a 12 Coco 51 Excelente 2 a 4 Damasco 85 Excelente 6 a 8 Figo 78 Excelente 4 a 6 Frutas cítricas 80 a 90 Pobre 6 a 8 Maçã 84 Excelente 4 a 6 Manga 77 a 84 Boa 6 a 8 Melão 85 a 95 Pobre 1 a 2 Morango 85 a 90 Razoável a boa 4 a 6 Nectarina 82 Excelente 4 a 6 Papaia 88 a 90 Boa 4 a 6 Pêra 82 a 85 Excelente 4 a 6 Pêssego 82 a 92 Excelente 4 a 6 Tâmara 23 Excelente 6 a 8 Uva 85 a 90 Excelente 6 a 8
  • 30. Elizonete Peres de Farias 30 Geléias  Produto obtido pela cocção das frutas inteiras ou em pedaços, polpa ou suco de frutas, com açúcar e água, concentrado até a consistência gelatinosa.  Pode-se adicionar glicose ou açúcar invertido; não poderá ser colorida e nem aromatizada artificialmente.  Tolera-se a adição de acidulantes e de pectina.
  • 31. Elizonete Peres de Farias 31 Geléias Geleiada geléia com pedaços de frutas em suspensão.  Comum preparada numa proporção de 40 partes de fruta fresca ou seu equivalente para 60 partes de açúcar.  Extra preparada numa proporção de 50 partes de frutas frescas, ou seu equivalente, para 50 partes de açúcar
  • 32. Elizonete Peres de Farias 32 Elementos básicos  Frutas  Açúcares  Pectinas  Ácidos
  • 33. Elizonete Peres de Farias 33 Frutas  Devem estar no ponto ótimo de maturação e devem ter bom aroma.  Muito maduras têm mais dificuldades para formar o gel, enquanto as muito verdes, apesar de terem maior rendimento em pectina, podem provocar o aparecimento de coloração castanha no produto final.  Procedimento bastante comum é a mistura de parte das frutas levemente verdes com as frutas maduras.
  • 34. Elizonete Peres de Farias 34 Frutas  Ricas em pectina e acidez  laranja-baía, laranja-pêra, limão siciliano, limão cidra, groselha, manga;  Ricas em pectina e médias em acidez  goiaba, marmelo, maçã;  Médias em pectina e ricas em acidez  pitanga, nêspera, uva Isabel, uva niágara, jabuticaba;  Médias em pectina e pobres em acidez  banana-nanina, maçã Argentina;  Pobres em pectina e ricas em acidez  abacaxi, uva;  Pobres em pectina e médias em acidez  caju, morango, carambola;  Pobres em pectina e pobres em acidez  caqui, figo maduro, mamão, pêssego maduro, pêra d'água madura.
  • 35. Elizonete Peres de Farias 35 Preparo da pectina caseira  1 copo de albedo (parte branca, logo abaixo da casca) de laranja;  3 copos de água;  2 colheres de suco de limão Descasque as laranjas, separando o albedo e colocando num copo até obter o volume necessário. Moa esse material em máquina de moer carne ou liqüidificador e leve ao fogo com a água e o suco de limão e deixe ferver até diminuir o volume a um terço do inicial. Coe e guarde em um vidro esterilizado.
  • 36. Elizonete Peres de Farias 36 Teste do álcool Suco da fruta (5 ml) Álcool (5 ml) Gel não muito firme 50% suco 50% açúcar Gel firme Pequenos grumos 3 partes açúcar p/4 partes suco 1 parte açúcar 2 partes suco
  • 37. Elizonete Peres de Farias 37 Açúcares  Sacarose (açúcar da cana) > 65o Brix cristalização  Açúcar invertido;  Glicose
  • 38. Elizonete Peres de Farias 38 Ácidos  Cítrico;  Málico; Tartárico. Para alcançar pH necessário a geleificação Realçam o sabor natural da fruta
  • 39. Elizonete Peres de Farias 39 Pectinas É um ácido poligalacturônico parcialmente esterificado com grupos metoxilas. Pectinas BTM (Baixo Teor de Metoxilas) Pectinas ATM Alto Teor de Metoxilas Geléias diet (Formam géis com CaCl2 ao invés de açúcar) Normalmente presente nas frutas
  • 40. Elizonete Peres de Farias 40 Diagrama de Rauch para a consistência das geléias
  • 41. Elizonete Peres de Farias 41 Tacho aberto para a cocção das geléias
  • 42. Doces em massa ou cremosos Resulta do processamento adequado das partes comestíveis desintegradas de vegetais com açúcares com ou sem adição de água, pectina, ajustador de pH e outros aditivos e ingredientes permitidos por estes padrões até uma consistência apropriada, sendo finalmente acondicionado de forma a segurar sua perfeita conservação.
  • 43. Classificação  Quanto ao vegetal empregado simples - quando preparado com uma única espécie vegetal misto - quando preparado com mais de uma espécie vegetal cremoso - quando a pasta for homogênea e de consistência mole, não oferecendo nem resistência nem possibilidade de corte. em massa - quando a pasta for homogênea e de consistência que possibilite o corte.  Quanto a consistência
  • 44. Denominação São designados pelo nome da fruta acrescido do sufixo Ada, quando se tratar de doce em massa elaborado com uma única espécie de fruta. Pela palavra 'doce' seguida do nome da espécie ou espécies de vegetais empregados e da palavra 'cremoso' quando se tratar de doce em massa de consistência cremosa.
  • 45. Doces cremosos  Processo de fabricação semelhante ao da geléia;  não necessita de pectina nem ácidos.  percentual de açúcar (40%) e de fruta (60%). Ponto final - 62 - 63 º Brix (refratômetro), 101-102 º C (termômetro)
  • 46. Doces de corte  A proporção de fruta/açúcar fica em 70-80%.  Geralmente não se adiciona água.  Com relação à pectina e aos acidulantes, procede-se da mesma maneira feita nas geléias.  Derramar depois de pronto, em caixinhas forradas com celofane ou plástico.  Depois de frio retirar das fôrmas, fechar e etiquetar.
  • 47. Doces de corte Ponto final - 75-76 º Brix (caixetas), 72-73 º Brix (latas) (refratômetro), 108-109 º C (termômetro). Quando a massa soltar da lateral e do fundo da panela. Com uma faca molhada, espetar o doce, quando sair limpa, o doce está pronto.
  • 49. Cristalização de açúcares Problemas durante o processamento  Doces com alto teor de sólidos solúveis  Pode-se evitada substituindo parte do açúcar por xarope de glicose ou por açúcar invertido
  • 50. Deterioração microbiana  Baixa temperatura de enchimento;  Ausência de vácuo;  Falhas no fechamento das embalagens;  Armazenamento inadequado  Geralmente mofos para doces embalados em papel celofone ou filmes plásticos
  • 51. Amolecimento do produto Ocorre nos doces em tabletes e se deve principalmente, à estocagem em ambientes úmidos e quentes.
  • 52. Legislação  Nos doces cremosos, o teor de sólidos solúveis do produto final não deve ser inferior a 55% ;  Nos doces de corte, a 65%.;  Quando participar mais de um vegetal na composição do produto, a proporção mínima de cada ingrediente vegetal será de 20% sobre o total dos ingredientes vegetais;  Como aditivo incidental, a tolerância máxima de dióxidos de enxofre no produto é de 100 mg/kg.