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A
CONSTRUÇÃO
DO SOCIAL
Área de Integração
A DIMENSÃO SOCIOLÓGICA
DO SER HUMANO
Área de Integração
O ser humano, ao contrário dos restantes
animais, é um animal social, que procura sempre ter
uma vida em grupo. Viver em grupo implica o
estabelecimento de relações pessoais com outros
elementos desse grupo, relações essas
caracterizadas pelo espírito de cooperação
solidariedade, entreajuda. Assim, só afirmamos o
nosso comportamento como seres humanos se
estabelecermos relações com outros humanos.
Este aspeto social da vida humana está presente desde os tempos mais remotos, em que
surgiram as primeiras comunidades que evoluiram dos grupos de caçadores até às primeiras
civilizações.
Comunidade é assim um grupo que partilha as mesmas crenças, costumes e ideias, tendo
em comum um mesmo passado, um mesmo presente e uma mesma expectativa de futuro.
É a evolução da comunidade que conduz à sociedade.
Esta sociedade pressupõe um sistema de relações entre indivíduos, estruturadas segundo
interesses comuns, partilhando as mesmas regras (normas), cultura e instituições.
A constr do social
Ao se perspetivar como um ser social, o Homem torna-se também um ser cultural e, como
tal, possui ainda uma dimensão histórica – é um sujeito histórico (tem consciência do seu
passado coletivo).
Neste sentido, o ser humano transmite a sua cultura,
os seus valores… aos seus pares provocando o que
chamamos de Reprodução social. Opera-se assim uma
transformação coletiva que se torna permanente e
facilmente identificável no tempo e na História. Essa
transformação não é mais do que uma Mudança
social (por exemplo, a Revolução do 25 de Abril).
Ser social por definição, o Homem foi construindo o seu espaço no mundo e na sua
sociedade. Em resultado dessa evolução, surge a estratificação social, que conduz a uma
hierarquização da sociedade.
Os critérios que determinam a posição social de um indivíduo na hierarquia social variam
com a sociedade mas podem ser em função de:
• Riqueza;
• Rendimento;
• Poder;
• Profissão;
• Grau de instrução;
• Prestígio;
• Religião;
• Etnia;
• Ascendência social…
Qualquer pessoa pode mudar ou ver mudada a sua posição na hierarquia social por via, dos
seus méritos, episódio da vida ou qualquer outra razão. A este fenómeno chama-se
mobilidade social. A mobilidade social pode ser:
• Vertical, quando o indivíduo muda de estrato social.
• Horizontal - quando o indivíduo muda de estatuto mas não muda de estrato (mudança
de emprego ou de profissão, por exemplo).
Existem sociedades onde esta mudança não é fácil.
Por exemplo, na Índia mantém-se o Sistema de Castas.
Se hoje em dia a nossa sociedade está aberta a estas mudanças, nem sempre assim foi.
Vejamos o exemplo da Grécia antiga:
Cidadãos
13%
Metecos
32%
Escravos
35%
Homens livres com mais de 20 anos, filhos
de pai e mãe ateniense. Eram ricos, donos
de terras e escravos. Eram os únicos com
direitos políticos.
Homens livres comerciantes e artesãos,
naturais de outra pólis. Não possuíam
quaisquer direitos, mas estavam sujeitos ao
serviço militar e pagavam impostos.
Escravos, trabalhavam para sustentar a
pólia. Eram geralmente bem tratados e
podiam ser prisioneiros de guerra, vítimas
de pirataria…
Os restantes 20% correspondiam às mulheres e filhos dos cidadãos.
Roma:
Idade Média:
A sociedade senhorial
Dirigir
Combater
Orar
Trabalhar
Privilegiados
Não
Privilegiados
Podemos considerar que o momento de viragem se deu com o Iluminismo, período da
história que rompe com os princípios de uma Idade Média, das trevas e a quem traz a luz:
Liberdade de pensamento
Tolerância
Primado da Razão
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Crítica à Religião
Procura da Felicidade
 Separação de
poderes.
Montesquieu
 Igualdade perante
a lei.
 Soberania popular.
Rousseau
 Liberdade de
expressão.
 Tolerância religiosa.
 Direito de
propriedade.
Voltaire
Em resumo: Ideias iluministas
O Iluminismo abriu caminho para a Revolução Francesa e o seu ideário de Liberdade,
Igualdade e Fraternidade. É esta a época da verdadeira revolução / mudança social com a
assinatura da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão:
Nos finais do séc. XVIII, enquanto os franceses se debatiam com a Revolução Francesa, em
Inglaterra dava-se um outro acontecimento extremamente importante para a compreensão
das sociedades europeias atuais: a Revolução Industrial, conjunto de mudanças tecnológicas
que mudaram profundamente o processo produtivo e a organização económica e social das
sociedades europeias.
As grandes marcas da Revolução Industrial foram:
• Um forte progresso tecnológico que permitiu a passagem da manufatura à industrialização, permitindo
um grande aumento da produção;
• Profunda alteração da organização social, com o surgimento de duas novas classes sociais que se
encontram em situação de grande desigualdade – os capitalistas (proprietários do capital) e o
proletariado (que possuindo apenas a sua força de trabalho a vendem aos capitalistas);
• Radical alteração do carácter do trabalho, que passou a ser, na sua grande trabalho assalariado. Estes
salários eram, contudo, cada vez mais baixos, as condições de trabalho eram degradantes. As condições
de vida eram igualmente absolutamente miseráveis, o trabalho infantil generalizou-se (era normal as
crianças começarem a trabalhar aos 6 anos de idade) e não havia qualquer tipo de proteção social em
caso de acidente, doença ou morte, não havendo inclusive, nenhuma pensão ou reforma.

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A constr do social

  • 2. A DIMENSÃO SOCIOLÓGICA DO SER HUMANO Área de Integração
  • 3. O ser humano, ao contrário dos restantes animais, é um animal social, que procura sempre ter uma vida em grupo. Viver em grupo implica o estabelecimento de relações pessoais com outros elementos desse grupo, relações essas caracterizadas pelo espírito de cooperação solidariedade, entreajuda. Assim, só afirmamos o nosso comportamento como seres humanos se estabelecermos relações com outros humanos.
  • 4. Este aspeto social da vida humana está presente desde os tempos mais remotos, em que surgiram as primeiras comunidades que evoluiram dos grupos de caçadores até às primeiras civilizações. Comunidade é assim um grupo que partilha as mesmas crenças, costumes e ideias, tendo em comum um mesmo passado, um mesmo presente e uma mesma expectativa de futuro. É a evolução da comunidade que conduz à sociedade. Esta sociedade pressupõe um sistema de relações entre indivíduos, estruturadas segundo interesses comuns, partilhando as mesmas regras (normas), cultura e instituições.
  • 6. Ao se perspetivar como um ser social, o Homem torna-se também um ser cultural e, como tal, possui ainda uma dimensão histórica – é um sujeito histórico (tem consciência do seu passado coletivo). Neste sentido, o ser humano transmite a sua cultura, os seus valores… aos seus pares provocando o que chamamos de Reprodução social. Opera-se assim uma transformação coletiva que se torna permanente e facilmente identificável no tempo e na História. Essa transformação não é mais do que uma Mudança social (por exemplo, a Revolução do 25 de Abril).
  • 7. Ser social por definição, o Homem foi construindo o seu espaço no mundo e na sua sociedade. Em resultado dessa evolução, surge a estratificação social, que conduz a uma hierarquização da sociedade.
  • 8. Os critérios que determinam a posição social de um indivíduo na hierarquia social variam com a sociedade mas podem ser em função de: • Riqueza; • Rendimento; • Poder; • Profissão; • Grau de instrução; • Prestígio; • Religião; • Etnia; • Ascendência social…
  • 9. Qualquer pessoa pode mudar ou ver mudada a sua posição na hierarquia social por via, dos seus méritos, episódio da vida ou qualquer outra razão. A este fenómeno chama-se mobilidade social. A mobilidade social pode ser: • Vertical, quando o indivíduo muda de estrato social. • Horizontal - quando o indivíduo muda de estatuto mas não muda de estrato (mudança de emprego ou de profissão, por exemplo). Existem sociedades onde esta mudança não é fácil. Por exemplo, na Índia mantém-se o Sistema de Castas.
  • 10. Se hoje em dia a nossa sociedade está aberta a estas mudanças, nem sempre assim foi. Vejamos o exemplo da Grécia antiga: Cidadãos 13% Metecos 32% Escravos 35% Homens livres com mais de 20 anos, filhos de pai e mãe ateniense. Eram ricos, donos de terras e escravos. Eram os únicos com direitos políticos. Homens livres comerciantes e artesãos, naturais de outra pólis. Não possuíam quaisquer direitos, mas estavam sujeitos ao serviço militar e pagavam impostos. Escravos, trabalhavam para sustentar a pólia. Eram geralmente bem tratados e podiam ser prisioneiros de guerra, vítimas de pirataria… Os restantes 20% correspondiam às mulheres e filhos dos cidadãos.
  • 11. Roma:
  • 12. Idade Média: A sociedade senhorial Dirigir Combater Orar Trabalhar Privilegiados Não Privilegiados
  • 13. Podemos considerar que o momento de viragem se deu com o Iluminismo, período da história que rompe com os princípios de uma Idade Média, das trevas e a quem traz a luz: Liberdade de pensamento Tolerância Primado da Razão Crença no Progresso Crítica à Religião Procura da Felicidade
  • 14.  Separação de poderes. Montesquieu  Igualdade perante a lei.  Soberania popular. Rousseau  Liberdade de expressão.  Tolerância religiosa.  Direito de propriedade. Voltaire Em resumo: Ideias iluministas
  • 15. O Iluminismo abriu caminho para a Revolução Francesa e o seu ideário de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. É esta a época da verdadeira revolução / mudança social com a assinatura da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão:
  • 16. Nos finais do séc. XVIII, enquanto os franceses se debatiam com a Revolução Francesa, em Inglaterra dava-se um outro acontecimento extremamente importante para a compreensão das sociedades europeias atuais: a Revolução Industrial, conjunto de mudanças tecnológicas que mudaram profundamente o processo produtivo e a organização económica e social das sociedades europeias.
  • 17. As grandes marcas da Revolução Industrial foram: • Um forte progresso tecnológico que permitiu a passagem da manufatura à industrialização, permitindo um grande aumento da produção; • Profunda alteração da organização social, com o surgimento de duas novas classes sociais que se encontram em situação de grande desigualdade – os capitalistas (proprietários do capital) e o proletariado (que possuindo apenas a sua força de trabalho a vendem aos capitalistas); • Radical alteração do carácter do trabalho, que passou a ser, na sua grande trabalho assalariado. Estes salários eram, contudo, cada vez mais baixos, as condições de trabalho eram degradantes. As condições de vida eram igualmente absolutamente miseráveis, o trabalho infantil generalizou-se (era normal as crianças começarem a trabalhar aos 6 anos de idade) e não havia qualquer tipo de proteção social em caso de acidente, doença ou morte, não havendo inclusive, nenhuma pensão ou reforma.