ACONSELHAMENTO Elias Marcelino da Rocha Mestre em Ciências da Saúde
O que é aconselhamento? Aconselhamento não é dar conselhos! É um diálogo baseado em uma relação de confiança que visa proporcionar à pessoa condições para que avalie seus próprios riscos, tome decisões e encontre maneiras realistas de enfrentar seus problemas relacionados às DST/HIV/Aids.  O aconselhamento difere da orientação preventiva porque busca fazer uma avaliação de riscos individuais.
O papel do profissional  no aconselhamento •  ouvir as preocupações do indivíduo; •  propor questões que facilitem a reflexão e a superação de dificuldades; •  prover informação, apoio emocional e auxiliar na tomada de decisão para adoção de medidas preventivas na busca de uma melhor qualidade de vida.
Como fazer o aconselhamento Poderá ser desenvolvido em vários momentos, não se reduzindo a um único encontro entre duas pessoas, podendo ser estendido aos grupos.  Transcende o âmbito da testagem, contribui para a qualidade das ações educativas em saúde, fundamenta-se em prerrogativas éticas que reforçam e estimulam a adoção de medidas de prevenção das DST/AIDS e que orientam os indivíduos no caminho da cidadania e na plena utilização dos seus direitos.
A importância do teste anti-HIV e do  aconselhamento nas Unidades  Básicas de Saúde •  A AIDS atinge todos os segmentos da população.  •  As pessoas realizam o teste para o diagnóstico do HIV, em média, cinco anos após terem se infectado. •  Milhares de pessoas desconhecem sua condição sorológica. •  Conhecer a sorologia e ter acesso ao tratamento é um direito do cidadão.
Ampliar o acesso e a oferta do teste anti-HIV e do aconselhamento é uma importante estratégia para a prevenção do HIV.  Mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV se forem orientadas corretamente a seguirem o tratamento durante o pré-natal.  O diagnóstico precoce também possibilita uma assistência adequada ao portador do vírus, controlando o desenvolvimento da doença, a AIDS.
O aconselhamento nas  Unidades Básicas de Saúde A atenção básica é um campo propício para o desenvolvimento do aconselhamento em DST/HIV/AIDS.  O aconselhamento é o momento onde emerge a responsabilidade individual com a prevenção e a sua abordagem reforça o compromisso coletivo e o ideal de solidariedade, ingredientes indispensáveis na luta contra a AIDS. A inserção do aconselhamento e do diagnóstico do HIV na rotina dos serviços da rede básica de saúde implica em uma reorganização do processo de trabalho da equipe e do serviço como um todo.
Estimular mudanças de valores e práticas exige uma preparação da equipe/serviço para acolher a subjetividade dos usuários. É parte essencial dessa  prática conhecer as principais vulnerabilidades para a infecção do HIV, as necessidades particulares dos usuários, suas características e estilos de vida e desenvolver uma abordagem sobre os riscos, respeitando as suas especificidades.
Há populações que são fortemente estigmatizadas e historicamente excluídas dos serviços, como, por exemplo, travestis, profissionais do sexo masculino e feminino, usuários de drogas, homossexuais, jovens em situação de rua.  É importante uma ação articulada entre os agentes comunitários de saúde e os profissionais presentes na unidade.
Principais vulnerabilidades para  a infecção do HIV Práticas sexuais sem preservativos No Brasil, as ações desenvolvidas para a prevenção das DST/AIDS e a promoção da saúde primam pela recomendação do uso do preservativo em todas as relações sexuais.  Abordagens que recomendam a diminuição do número de parceiros, a abstinência e a fidelidade não têm tido impacto entre as pessoas sexualmente ativas.
Abordar as diversas práticas sexuais (anal, vaginal, oral ), destacando as diferenças vulnerabilidades masculinas e femininas (biológica e de gênero) Destaca-se a vulnerabilidade das mulheres, que se encontram em situação de submissão na relação com os homens para negociar o uso do preservativo, principalmente com seus parceiros fixos.
Principais vulnerabilidades para  a infecção do HIV Uso de Drogas O uso ,  o abuso e a dependência de substâncias psicoativas sempre estiveram atrelados ao julgamento moral. Por isso, é necessário reforçar o acolhimento no serviço das pessoas que usam drogas e considerar sua escolha um direito de cidadania.
Orientação para a abstinência das drogas, no primeiro contato com o usuário de drogas, não tem se mostrado efetiva, um vez que esta prática, quando revelada, vem acompanhada de grande receio de denúncias à polícia e a família.  Quando se sente acolhido, o usuário acaba solicitando orientação para o tratamento da dependência de drogas. Este momento é fundamental para encaminhá-lo a um serviço especializado.
Na maioria das vezes, a pessoa não revela seus hábitos sobre drogas e é preciso perguntar objetivamente sobre isso, independente da idade.  Deve-se abordar o efeito de substâncias relacionado às práticas sexuais inseguras.  O compartilhamento de agulhas, seringas e recipientes para a diluição da droga (cocaína) são práticas de altíssimo risco para a infecção do HIV.
Deve-se recomendar a utilização de equipamentos individuais e o sexo seguro, pois observa-se que embora os usuários de drogas sejam capazes de mudar seu comportamento em relação ao uso de drogas (não compartilhar por exemplo), isto não ocorre na mesma proporção em relação às práticas sexuais.
Para o público que faz uso de drogas, a solicitação do teste de hepatites B e C, bem como as orientações sobre vacinas e prevenção são fundamentais. No caso dos usuários de drogas soropositivos, com indicação para tratamento com anti-retrovirais, reforçar a necessidade de adesão ao tratamento e esclarecer sobre a não interferência no efeito destes medicamentos.
Outras Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST É importante o diagnóstico e informações sobre as outras DST e orientar sobre a relação com o HIV/AIDS.  Ter tido uma DST significa que a pessoa não está usando a camisinha e, portanto, está se expondo ao HIV.  É necessário avaliar o histórico de repetições de DST, a necessidade do tratamento do(a) parceiro (a) e a orientação do uso do preservativo em todas as relações sexuais. No caso das mulheres, em especial, é preciso alertar para a prevenção e tratamento da sífilis e as conseqüências no caso de uma gravidez.
JOVENS É importante estar atento à precocidade na iniciação sexual e uso de drogas lícitas ou ilícitas na população brasileira, conforme apontam vários estudos. Na abordagem sobre relacionamentos estáveis/fixos, lembrar que os jovens consideram como estável, uma relação de semanas. É importante, discutir e recomendar o uso do preservativo em todas as relações sexuais.
Orientar sobre sexo seguro inclui abordar a prevenção da gravidez precoce e não programada, como uma prática a ser assumida por ambos os sexos, uma vez que tal ocorrência tem conseqüências para os homens e mulheres. Perguntar sobre o consumo de álcool e outras drogas deve fazer parte da rotina dos profissionais de saúde.
PRECONCEITO No Brasil ainda existe muito preconceito com as pessoas que vivem com AIDS. Os profissionais de saúde devem lutar pela garantia dos direitos humanos dos usuários do serviço.  Devem refletir e combater toda e qualquer forma de preconceito e discriminação associada ao exercício da sexualidade.
Questões – ou preconceitos – relacionadas à orientação sexual, às condições de vida, ao exercício do sexo comercial, ao número de parcerias sexuais, à homossexualidade, ao uso indevido de drogas e à sorologia não devem ser trabalhadas com base em julgamentos morais pelo/a profissional de saúde.  Deve possibilitar o esclarecimento de dúvidas e também a identificação de fatores que trazem maior vulnerabilidade à infecção do HIV/Aids.
Componentes do Processo  de Aconselhamento Educativo: •  troca de informações sobre DST/HIV/AIDS; formas de transmissão, prevenção e tratamento.  •  esclarecimento de dúvidas
Apoio emocional   A busca de um serviço implica em que o usuário se encontra em uma situação de fragilidade, exigindo de toda a equipe sensibilidade para o acolher em suas necessidades.  Prestar apoio emocional implica em estabelecer uma relação de confiança com o usuário .
Avaliação de riscos Conversar sobre estilo de vida, exposições a situações de risco para as infecções relacionadas às práticas sexuais e uso de drogas auxilia o usuário a perceber melhor seus comportamentos e possibilidades de exposição ao HIV.  É melhor trabalhada em um atendimento individual e  o profissional de saúde necessita estar atento aos seus preconceitos e possibilitar que o usuário se expresse abertamente sem juízos de valor.
Conteúdos do processo de aconselhamento Foram sistematizados procedimentos  chamados de pré e pós teste com conteúdos bem definidos e que auxiliam o profissional/serviço a incorporar uma concepção de trabalho e a lógica da promoção e prevenção das DST/HIV/AIDS.
No momento da ação educativa •  Reafirmar o caráter confidencial e o sigilo das informações; •  Trocar informações sobre DST/HIV e AIDS, diferença entre HIV e AIDS, suas formas de transmissão, prevenção e tratamento, com ênfase para as situações de risco sexual e de uso de drogas;
Identificar barreiras (por exemplo: não conhecer ou não saber usar preservativo, dificuldade de negociação sobre o uso com o parceiro, compartilhamento de seringas e outros) para a adoção de práticas mais seguras, segundo o perfil dos usuários que freqüentam o serviço;
•  Explicar o uso correto do preservativo e demonstrá-lo; •  Explorar hábitos sobre uso de drogas, lembrando que o consumo de álcool e outras drogas lícitas ou ilícitas, pode alterar a percepção de risco e resultar no relaxamento do uso do preservativo. •  Explicar os benefícios do uso exclusivo de equipamentos para o consumo de drogas injetáveis;
•  Informar sobre a disponibilizarão dos insumos de prevenção no serviço (preservativos masculino, feminino, gel lubrificante e kit de redução de danos para usuários de drogas)  • Estimular a realização do teste e do aconselhamento pré- teste e pós-teste para os usuários que se perceberem em situação de risco; • Trocar informações sobre o teste e orientar sobre a necessidade de repetir o teste no caso do usuário estar no período de janela imunológica.
Janela imunológica é o período de 90 dias, após a última exposição de risco, onde não é possível detectar a infecção pelo HIV no exame de sangue. O teste só deve ser solicitado a partir do consentimento da pessoa. Consentir não significa apenas concordar em realizar o teste, mas também compreender o significado dos resultados positivo e negativo.  A decisão informada é aquela tomada livremente e sem pressão.
No momento do pré-teste Reafirmar o caráter confidencial e o sigilo das informações; •  Trocar informações sobre o significado dos possíveis resultados do teste e o impacto na vida de cada usuário; •  Considerar as possíveis reações emocionais que venham a ocorrer durante o período de espera do resultado do teste e reforçar medidas de prevenção neste período;
Reforçar a necessidade de tratamento do(s) parceiro(s) sexual(is); •  Enfatizar a relação entre DST e HIV/AIDS; •  Explorar qual o apoio emocional e social disponível (família, parceiros, amigos, trabalho e outros); •  Avaliação de riscos: explorar as situações de risco de cada usuário e medidas de prevenção específicas
No momento do pós-teste •  Reafirmar o caráter confidencial e o sigilo das informações. Diante de Resultado Negativo: •  Lembrar que um resultado negativo não significa imunidade; •  Lembrar que um resultado negativo significa que a pessoa (1) não está infectada ou (2) está infectada tão recentemente que não produziu anticorpos para a detecção pelo teste;  •  Avaliar a possibilidade de o usuário estar em janela imunológica e a necessidade de re-testagem;
Rever a adesão ao preservativo e não compartilhamento de agulhas e seringas no caso de usuários de drogas injetáveis; •  Definir um plano viável de redução de riscos que leve em consideração as questões de gênero, vulnerabilidades para o HIV, diversidade sexual, uso de drogas e planejamento familiar.
Diante de Resultado  Positivo: •  Permitir ao usuário o tempo necessário para assimilar o impacto do diagnóstico e expressar seus sentimentos, prestando o apoio emocional necessário; •  Lembrar que um resultado positivo não significa morte, ressaltando que a infecção é tratável; •  Reforçar a necessidade do uso do preservativo e não compartilhamento de agulhas e seringas no caso de usuários de drogas injetáveis, lembrando a necessidade de redução de riscos de reinfecção e transmissão para outros; •  Enfatizar a necessidade de o resultado ser   comunicado ao(s) parceiro(s) sexual(is);
•  Reforçar a necessidade do uso do preservativo e não compartilhamento de agulhas e seringas no caso de usuários de drogas injetáveis, lembrando a necessidade de redução de riscos de reinfecção e transmissão para outros; •  Enfatizar a necessidade de o resultado ser comunicado ao(s) parceiro(s) sexual(is);
Orientar quanto à necessidade de o(s) parceiro(s) sexual(is) realizarem teste anti-HIV; • Contribuir para um plano viável de redução de riscos que leve em conta as questões de gênero, vulnerabilidade, planejamento familiar, diversidade sexual e uso de drogas;   • Referenciar o usuário para os serviços de assistência necessários, incluindo grupos comunitários de apoio, enfatizando a importância de acompanhamento médico, psicossocial periódico, para a qualidade de vida;  • Agendar retorno.
Diante de Resultado Indeterminado: •  Lembrar que um resultado indeterminado significa que deve ser coletada uma nova amostra após 30 dias da emissão do resultado da primeira amostra; •  Reforçar a adoção de práticas seguras para a redução de riscos de infecção pelo HIV e por outras DST; •  Considerar com o usuário possíveis reações emocionais que venham a ocorrer durante mais este período de espera do resultado de teste.
ESCUTE QUANDO EU LHE PEÇO QUE ME ESCUTE E VOCÊ COMEÇA A ME DAR CONSELHOS VOCÊ JÁ NÃO FEZ O QUE EU LHE PEDÍ. QUANDO EU LHE PEÇO QUE ME ESCUTE E VOCÊ COMEÇA A ME DIZER “PORQUE EU NÃO DEVO ME SENTIR DAQUELA MANEIRA, OU COISA PARECIDA”, VOCÊ NÃO ESTÁ ENTENDENDO O MEU PEDIDO. QUANDO EU LHE PEÇO QUE VOCÊ ME ESCUTE E VOCÊ SENTE QUE “TEM DE FAZER ALGO PARA RESOLVER OS MEUS PROBLEMAS” VOCÊ CONTINUA SEM ENTENDER MEUS SENTIMENTOS. ESCUTE. TUDO O QUE PEDÍ FOI PARA VOCÊ ME ESCUTAR, NÃO FALAR OU FAZER NADA; SÓ ME OUVIR. QUANDO VOCÊ FAZ POR MIM UMA COISA QUE EU POSSO E PRECISO FAZER, VOCÊ CONTRIBUI PARA O MEU MEDO E A MINHA FRAQUEZA. MAS QUANDO VOCÊ ACEITA O FATO DE QUE “EU SINTO O QUE SINTO”, MESMO QUE PARA VOCÊ SEJA ALGO ABSURDO É BOM. AÍ, EU DESISTO DE TENTAR ENTENDER O QUE ESTÁ POR TRÁS DESTE MEU “SENTIMENTO ABSURDO”, POIS “SENTIMENTOS ABSURDOS” FAZEM SENTIDO QUANDO ENTENDEMOS O QUE SIGNIFICAM. POR ISSO, POR FAVOR, ESCUTE E SÓ ME OUÇA. E, SE VOCÊ QUISER FALAR, ESPERE UM MINUTO PELA SUA VEZ: E EU ESCUTAREI VOCÊ

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Aconselhamento[1]

  • 1. ACONSELHAMENTO Elias Marcelino da Rocha Mestre em Ciências da Saúde
  • 2. O que é aconselhamento? Aconselhamento não é dar conselhos! É um diálogo baseado em uma relação de confiança que visa proporcionar à pessoa condições para que avalie seus próprios riscos, tome decisões e encontre maneiras realistas de enfrentar seus problemas relacionados às DST/HIV/Aids. O aconselhamento difere da orientação preventiva porque busca fazer uma avaliação de riscos individuais.
  • 3. O papel do profissional no aconselhamento • ouvir as preocupações do indivíduo; • propor questões que facilitem a reflexão e a superação de dificuldades; • prover informação, apoio emocional e auxiliar na tomada de decisão para adoção de medidas preventivas na busca de uma melhor qualidade de vida.
  • 4. Como fazer o aconselhamento Poderá ser desenvolvido em vários momentos, não se reduzindo a um único encontro entre duas pessoas, podendo ser estendido aos grupos. Transcende o âmbito da testagem, contribui para a qualidade das ações educativas em saúde, fundamenta-se em prerrogativas éticas que reforçam e estimulam a adoção de medidas de prevenção das DST/AIDS e que orientam os indivíduos no caminho da cidadania e na plena utilização dos seus direitos.
  • 5. A importância do teste anti-HIV e do aconselhamento nas Unidades Básicas de Saúde • A AIDS atinge todos os segmentos da população. • As pessoas realizam o teste para o diagnóstico do HIV, em média, cinco anos após terem se infectado. • Milhares de pessoas desconhecem sua condição sorológica. • Conhecer a sorologia e ter acesso ao tratamento é um direito do cidadão.
  • 6. Ampliar o acesso e a oferta do teste anti-HIV e do aconselhamento é uma importante estratégia para a prevenção do HIV. Mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV se forem orientadas corretamente a seguirem o tratamento durante o pré-natal. O diagnóstico precoce também possibilita uma assistência adequada ao portador do vírus, controlando o desenvolvimento da doença, a AIDS.
  • 7. O aconselhamento nas Unidades Básicas de Saúde A atenção básica é um campo propício para o desenvolvimento do aconselhamento em DST/HIV/AIDS. O aconselhamento é o momento onde emerge a responsabilidade individual com a prevenção e a sua abordagem reforça o compromisso coletivo e o ideal de solidariedade, ingredientes indispensáveis na luta contra a AIDS. A inserção do aconselhamento e do diagnóstico do HIV na rotina dos serviços da rede básica de saúde implica em uma reorganização do processo de trabalho da equipe e do serviço como um todo.
  • 8. Estimular mudanças de valores e práticas exige uma preparação da equipe/serviço para acolher a subjetividade dos usuários. É parte essencial dessa prática conhecer as principais vulnerabilidades para a infecção do HIV, as necessidades particulares dos usuários, suas características e estilos de vida e desenvolver uma abordagem sobre os riscos, respeitando as suas especificidades.
  • 9. Há populações que são fortemente estigmatizadas e historicamente excluídas dos serviços, como, por exemplo, travestis, profissionais do sexo masculino e feminino, usuários de drogas, homossexuais, jovens em situação de rua. É importante uma ação articulada entre os agentes comunitários de saúde e os profissionais presentes na unidade.
  • 10. Principais vulnerabilidades para a infecção do HIV Práticas sexuais sem preservativos No Brasil, as ações desenvolvidas para a prevenção das DST/AIDS e a promoção da saúde primam pela recomendação do uso do preservativo em todas as relações sexuais. Abordagens que recomendam a diminuição do número de parceiros, a abstinência e a fidelidade não têm tido impacto entre as pessoas sexualmente ativas.
  • 11. Abordar as diversas práticas sexuais (anal, vaginal, oral ), destacando as diferenças vulnerabilidades masculinas e femininas (biológica e de gênero) Destaca-se a vulnerabilidade das mulheres, que se encontram em situação de submissão na relação com os homens para negociar o uso do preservativo, principalmente com seus parceiros fixos.
  • 12. Principais vulnerabilidades para a infecção do HIV Uso de Drogas O uso , o abuso e a dependência de substâncias psicoativas sempre estiveram atrelados ao julgamento moral. Por isso, é necessário reforçar o acolhimento no serviço das pessoas que usam drogas e considerar sua escolha um direito de cidadania.
  • 13. Orientação para a abstinência das drogas, no primeiro contato com o usuário de drogas, não tem se mostrado efetiva, um vez que esta prática, quando revelada, vem acompanhada de grande receio de denúncias à polícia e a família. Quando se sente acolhido, o usuário acaba solicitando orientação para o tratamento da dependência de drogas. Este momento é fundamental para encaminhá-lo a um serviço especializado.
  • 14. Na maioria das vezes, a pessoa não revela seus hábitos sobre drogas e é preciso perguntar objetivamente sobre isso, independente da idade. Deve-se abordar o efeito de substâncias relacionado às práticas sexuais inseguras. O compartilhamento de agulhas, seringas e recipientes para a diluição da droga (cocaína) são práticas de altíssimo risco para a infecção do HIV.
  • 15. Deve-se recomendar a utilização de equipamentos individuais e o sexo seguro, pois observa-se que embora os usuários de drogas sejam capazes de mudar seu comportamento em relação ao uso de drogas (não compartilhar por exemplo), isto não ocorre na mesma proporção em relação às práticas sexuais.
  • 16. Para o público que faz uso de drogas, a solicitação do teste de hepatites B e C, bem como as orientações sobre vacinas e prevenção são fundamentais. No caso dos usuários de drogas soropositivos, com indicação para tratamento com anti-retrovirais, reforçar a necessidade de adesão ao tratamento e esclarecer sobre a não interferência no efeito destes medicamentos.
  • 17. Outras Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST É importante o diagnóstico e informações sobre as outras DST e orientar sobre a relação com o HIV/AIDS. Ter tido uma DST significa que a pessoa não está usando a camisinha e, portanto, está se expondo ao HIV. É necessário avaliar o histórico de repetições de DST, a necessidade do tratamento do(a) parceiro (a) e a orientação do uso do preservativo em todas as relações sexuais. No caso das mulheres, em especial, é preciso alertar para a prevenção e tratamento da sífilis e as conseqüências no caso de uma gravidez.
  • 18. JOVENS É importante estar atento à precocidade na iniciação sexual e uso de drogas lícitas ou ilícitas na população brasileira, conforme apontam vários estudos. Na abordagem sobre relacionamentos estáveis/fixos, lembrar que os jovens consideram como estável, uma relação de semanas. É importante, discutir e recomendar o uso do preservativo em todas as relações sexuais.
  • 19. Orientar sobre sexo seguro inclui abordar a prevenção da gravidez precoce e não programada, como uma prática a ser assumida por ambos os sexos, uma vez que tal ocorrência tem conseqüências para os homens e mulheres. Perguntar sobre o consumo de álcool e outras drogas deve fazer parte da rotina dos profissionais de saúde.
  • 20. PRECONCEITO No Brasil ainda existe muito preconceito com as pessoas que vivem com AIDS. Os profissionais de saúde devem lutar pela garantia dos direitos humanos dos usuários do serviço. Devem refletir e combater toda e qualquer forma de preconceito e discriminação associada ao exercício da sexualidade.
  • 21. Questões – ou preconceitos – relacionadas à orientação sexual, às condições de vida, ao exercício do sexo comercial, ao número de parcerias sexuais, à homossexualidade, ao uso indevido de drogas e à sorologia não devem ser trabalhadas com base em julgamentos morais pelo/a profissional de saúde. Deve possibilitar o esclarecimento de dúvidas e também a identificação de fatores que trazem maior vulnerabilidade à infecção do HIV/Aids.
  • 22. Componentes do Processo de Aconselhamento Educativo: • troca de informações sobre DST/HIV/AIDS; formas de transmissão, prevenção e tratamento. • esclarecimento de dúvidas
  • 23. Apoio emocional A busca de um serviço implica em que o usuário se encontra em uma situação de fragilidade, exigindo de toda a equipe sensibilidade para o acolher em suas necessidades. Prestar apoio emocional implica em estabelecer uma relação de confiança com o usuário .
  • 24. Avaliação de riscos Conversar sobre estilo de vida, exposições a situações de risco para as infecções relacionadas às práticas sexuais e uso de drogas auxilia o usuário a perceber melhor seus comportamentos e possibilidades de exposição ao HIV. É melhor trabalhada em um atendimento individual e o profissional de saúde necessita estar atento aos seus preconceitos e possibilitar que o usuário se expresse abertamente sem juízos de valor.
  • 25. Conteúdos do processo de aconselhamento Foram sistematizados procedimentos chamados de pré e pós teste com conteúdos bem definidos e que auxiliam o profissional/serviço a incorporar uma concepção de trabalho e a lógica da promoção e prevenção das DST/HIV/AIDS.
  • 26. No momento da ação educativa • Reafirmar o caráter confidencial e o sigilo das informações; • Trocar informações sobre DST/HIV e AIDS, diferença entre HIV e AIDS, suas formas de transmissão, prevenção e tratamento, com ênfase para as situações de risco sexual e de uso de drogas;
  • 27. Identificar barreiras (por exemplo: não conhecer ou não saber usar preservativo, dificuldade de negociação sobre o uso com o parceiro, compartilhamento de seringas e outros) para a adoção de práticas mais seguras, segundo o perfil dos usuários que freqüentam o serviço;
  • 28. • Explicar o uso correto do preservativo e demonstrá-lo; • Explorar hábitos sobre uso de drogas, lembrando que o consumo de álcool e outras drogas lícitas ou ilícitas, pode alterar a percepção de risco e resultar no relaxamento do uso do preservativo. • Explicar os benefícios do uso exclusivo de equipamentos para o consumo de drogas injetáveis;
  • 29. • Informar sobre a disponibilizarão dos insumos de prevenção no serviço (preservativos masculino, feminino, gel lubrificante e kit de redução de danos para usuários de drogas) • Estimular a realização do teste e do aconselhamento pré- teste e pós-teste para os usuários que se perceberem em situação de risco; • Trocar informações sobre o teste e orientar sobre a necessidade de repetir o teste no caso do usuário estar no período de janela imunológica.
  • 30. Janela imunológica é o período de 90 dias, após a última exposição de risco, onde não é possível detectar a infecção pelo HIV no exame de sangue. O teste só deve ser solicitado a partir do consentimento da pessoa. Consentir não significa apenas concordar em realizar o teste, mas também compreender o significado dos resultados positivo e negativo. A decisão informada é aquela tomada livremente e sem pressão.
  • 31. No momento do pré-teste Reafirmar o caráter confidencial e o sigilo das informações; • Trocar informações sobre o significado dos possíveis resultados do teste e o impacto na vida de cada usuário; • Considerar as possíveis reações emocionais que venham a ocorrer durante o período de espera do resultado do teste e reforçar medidas de prevenção neste período;
  • 32. Reforçar a necessidade de tratamento do(s) parceiro(s) sexual(is); • Enfatizar a relação entre DST e HIV/AIDS; • Explorar qual o apoio emocional e social disponível (família, parceiros, amigos, trabalho e outros); • Avaliação de riscos: explorar as situações de risco de cada usuário e medidas de prevenção específicas
  • 33. No momento do pós-teste • Reafirmar o caráter confidencial e o sigilo das informações. Diante de Resultado Negativo: • Lembrar que um resultado negativo não significa imunidade; • Lembrar que um resultado negativo significa que a pessoa (1) não está infectada ou (2) está infectada tão recentemente que não produziu anticorpos para a detecção pelo teste; • Avaliar a possibilidade de o usuário estar em janela imunológica e a necessidade de re-testagem;
  • 34. Rever a adesão ao preservativo e não compartilhamento de agulhas e seringas no caso de usuários de drogas injetáveis; • Definir um plano viável de redução de riscos que leve em consideração as questões de gênero, vulnerabilidades para o HIV, diversidade sexual, uso de drogas e planejamento familiar.
  • 35. Diante de Resultado Positivo: • Permitir ao usuário o tempo necessário para assimilar o impacto do diagnóstico e expressar seus sentimentos, prestando o apoio emocional necessário; • Lembrar que um resultado positivo não significa morte, ressaltando que a infecção é tratável; • Reforçar a necessidade do uso do preservativo e não compartilhamento de agulhas e seringas no caso de usuários de drogas injetáveis, lembrando a necessidade de redução de riscos de reinfecção e transmissão para outros; • Enfatizar a necessidade de o resultado ser comunicado ao(s) parceiro(s) sexual(is);
  • 36. • Reforçar a necessidade do uso do preservativo e não compartilhamento de agulhas e seringas no caso de usuários de drogas injetáveis, lembrando a necessidade de redução de riscos de reinfecção e transmissão para outros; • Enfatizar a necessidade de o resultado ser comunicado ao(s) parceiro(s) sexual(is);
  • 37. Orientar quanto à necessidade de o(s) parceiro(s) sexual(is) realizarem teste anti-HIV; • Contribuir para um plano viável de redução de riscos que leve em conta as questões de gênero, vulnerabilidade, planejamento familiar, diversidade sexual e uso de drogas; • Referenciar o usuário para os serviços de assistência necessários, incluindo grupos comunitários de apoio, enfatizando a importância de acompanhamento médico, psicossocial periódico, para a qualidade de vida; • Agendar retorno.
  • 38. Diante de Resultado Indeterminado: • Lembrar que um resultado indeterminado significa que deve ser coletada uma nova amostra após 30 dias da emissão do resultado da primeira amostra; • Reforçar a adoção de práticas seguras para a redução de riscos de infecção pelo HIV e por outras DST; • Considerar com o usuário possíveis reações emocionais que venham a ocorrer durante mais este período de espera do resultado de teste.
  • 39. ESCUTE QUANDO EU LHE PEÇO QUE ME ESCUTE E VOCÊ COMEÇA A ME DAR CONSELHOS VOCÊ JÁ NÃO FEZ O QUE EU LHE PEDÍ. QUANDO EU LHE PEÇO QUE ME ESCUTE E VOCÊ COMEÇA A ME DIZER “PORQUE EU NÃO DEVO ME SENTIR DAQUELA MANEIRA, OU COISA PARECIDA”, VOCÊ NÃO ESTÁ ENTENDENDO O MEU PEDIDO. QUANDO EU LHE PEÇO QUE VOCÊ ME ESCUTE E VOCÊ SENTE QUE “TEM DE FAZER ALGO PARA RESOLVER OS MEUS PROBLEMAS” VOCÊ CONTINUA SEM ENTENDER MEUS SENTIMENTOS. ESCUTE. TUDO O QUE PEDÍ FOI PARA VOCÊ ME ESCUTAR, NÃO FALAR OU FAZER NADA; SÓ ME OUVIR. QUANDO VOCÊ FAZ POR MIM UMA COISA QUE EU POSSO E PRECISO FAZER, VOCÊ CONTRIBUI PARA O MEU MEDO E A MINHA FRAQUEZA. MAS QUANDO VOCÊ ACEITA O FATO DE QUE “EU SINTO O QUE SINTO”, MESMO QUE PARA VOCÊ SEJA ALGO ABSURDO É BOM. AÍ, EU DESISTO DE TENTAR ENTENDER O QUE ESTÁ POR TRÁS DESTE MEU “SENTIMENTO ABSURDO”, POIS “SENTIMENTOS ABSURDOS” FAZEM SENTIDO QUANDO ENTENDEMOS O QUE SIGNIFICAM. POR ISSO, POR FAVOR, ESCUTE E SÓ ME OUÇA. E, SE VOCÊ QUISER FALAR, ESPERE UM MINUTO PELA SUA VEZ: E EU ESCUTAREI VOCÊ