SlideShare uma empresa Scribd logo
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Algodão
Fabiano Andrei Bender da Cruz
                         Pesquisador Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral de Plantas
                         fabianobender@fundacaochapadao.com.br
                         www.fundacaochapadao.com.br
                         Rod. MS 306, km 105. Cx.P. 39. CEP 79560-000.
                         Chapadão do Sul, MS.




              Tecnologia Kimberlit na cultura de algodão.
                           Experimento científico em parceria com Kimberlit.


Objetivos
     Avaliar os componentes de produção, estado nutricional de plantas e o
rendimento de algodão em caroço em função de diferentes tecnologias
Kimberlit®.


Material e Métodos
              O experimento foi conduzido no Município de Chapadão do Sul
(MS), na área experimental da Fundação Chapadão, cujas coordenadas
geográficas são 18º46’78’’ latitude Sul e 52º38’68’’ longitude Oeste, com
altitude de 815 m. O clima da Região é classificado como Awa (Köppen,
1948), e o solo como LATOSSOLO VERMELHO Distrófico (EMBRAPA, 1999),
cujos atributos químicos e físicos são apresentados no Quadro 1. A área
experimental recebeu calagem em superfície através da aplicação de 0,3 t/ha
de calcário (109,7% PN; 90,88% RE e 99,7% PRNT) e 0,4 t/ha de gesso. Os
tratamentos (Quadro 2) foram caracterizados por diferentes fontes e níveis
de nitrogênio e fósforo, tratamento de sementes e tratamento foliar na
cultura de algodão. Sementes do cultivar Delta Opal tratadas com 0,6 L +
0,2 kg + 0,2 L + 0,6 kg.100 kg-1 de sementes com Gaucho, Euparen, Baytan
e Monceren, respectivamente, foram semeadas em 11/01/06 utilizando-se
como adubação de semeadura as fontes e doses descritas no Quadro 2.
Como adubação de cobertura aplicaram-se também as fontes de nitrogênio
(Quadro 2) e duas vezes com 130 kg.ha-1 de KCl aos 25 e 45 dias após a
emergência. As parcelas foram constituídas por 4 linhas de semeadura com 6
m de comprimento, espaçadas em 0,9 m, compreendendo uma área de 21,6
  m2, considerando-se como área útil apenas 4,0 m centrais das duas linhas
  internas. O delineamento estatístico utilizado foi o blocos casualizados,
  composto por 7 tratamentos (Tabela 2) e 5 repetições. No estádio de pleno
  florescimento amostras de folhas foram coletadas para fins de avaliação do
  estado      nutricional            de      plantas.    Avaliaram-se             por   ocasião             da      colheita
  (01/08/06) a alturas de plantas (m), número de capulhos por planta, massa
  de 10 capulhos do terço médio da planta (g) e o rendimento de algodão em
  caroço (kg e @.ha-1). Os dados obtidos foram submetidos às análises de
  variância e as médias submetidas ao Teste de Skott Knott (5%).

                       550
                       500
                       450
                       400
                       350
                       300
                  mm




                                                                                                            PP
                       250
                       200
                       150
                       100
                        50
                         0
                              Nov          Dez   Jan   Fev     Mar    Abr   Mai     Jun       Jul
                                                         2005/2006



  Figura 1. Precipitação pluviométrica no período de Nov./05 a Jul./06
                 (Fundação Chapadão, 2006).


  Quadro 1. Atributos químicos e físicos na profundidade de 0 a 20 cm (Agosto
                 2005).
Ident.       pH          MO          P-res.      S       K           Ca     Mg         Al           H+Al           SB       CTCe
            CaCl2       g.dm-3           mg.dm-3                                    mmolc.dm-3
0-20 cm      4,9          48           7         5       1,5       17        6         1             40           24,5       25,5
            CTC           V            m         B       Cu        Fe       Mn        Zn            Areia         Silte     Argila
          mmolc.dm-3             %                               mg.dm-3                                         g.kg-1 3
0-20 cm     64,5         38            4         0,4     0,3       37       6,5         1,8         410            100       490
Quadro 2. Descrição dos tratamentos utilizados no experimento, safra
          2005/2006.




Resultados e Discussão


         As variáveis analisadas e apresentadas no Quadro 3 não foram
influenciadas significativamente pelos tratamentos, exceto para os teores
foliares de K, Mg, S, B, Cu e Mn. Obtiveram-se valores médios de 1,22, 7,94,
53,51 e 3423,00 para as variáveis altura de plantas (m), número de
capulhos.planta-1, massa de 10 capulhos e rendimento de algodão em
caroço, respectivamente. A variável altura de plantas variou de 1,18 m (T4 e
T6) a 1,24 m (T5), porém sem significância estatística. Já para o número
capulhos.planta-1 obteve-se média de 7,94 variando entre 6,20 e 9,60. Para
a massa de 10 capulhos do terço médio da planta os valores obtidos
situaram-se no intervalo de 51,4 g (Tratamento 3) e 55,17 g para o
tratamento 4. Os teores dos macronutrientes N, P, Ca e dos micronutrientes
Fe   e    Zn   também   não    foram   influenciados    significativamente    pelos
tratamentos.     Para   os    nutrientes   N,   P   e   B   os   teores      obtidos
independentemente dos tratamentos foram considerados como “baixo”,
segundo SILVA et al. (1995). Os teores de Mg nos tratamentos 1, 2 e 7
classificaram-se              como        “baixo”         sendo         para       os      demais          tratamentos
considerados como “adequado”. Os teores de K, Ca, Fe e Mn obtidos em
todos os tratamentos foram considerados como adequados. O rendimento de
algodão em caroço não foi influenciado pelos tratamentos Kimberlit, ou seja,
a redução de 50% no fornecimento de nitrogênio e fósforo não provocou
redução no rendimento de algodão em caroço, o qual se manteve na média
de 3423,00 kg.ha-1 (228,20 @.ha-1). O maior incremento de produtividade
(3,64%, 9,03 @.ha-1) se obteve quando do uso do tratamento 3, apesar de
não ser este estatisticamente significativo.


Quadro          2.     Tratamentos,             altura        de      plantas         (AP,      m),       número           de
                       capulhos.planta-1 (NC), peso de 10 capulhos do terço médio da
                       planta (P10C, g) e rendimento de algodão em caroço (kg e
                       @.ha-1).

    Tratamento             AP           NC.Planta-1             M10C                    Rendimento
                           m                                      g             kg.ha-1     @.ha-1                    ∆
          1              1,24 a             8,20 a1            53,09 a         3191,55 a    212,77                   100
          2              1,25 a             7,40 a             54,65 a         3378,30 a    225,22                   106
          3              1,23 a             9,20 a             51,40 a         3471,60 a    231,44                   109
          4              1,18 a             7,60 a             55,17 a         3388,35 a    225,89                   106
          5              1,24 a             9,60 a             52,22 a         3495,00 a    233,00                   109
          6              1,18 a             7,40 a             54,96 a         3581,70 a    238,78                   112
          7              1,20 a             6,20 a             53,09 a         3454,95 a    230,33                   108
          x               1,22                7,94              53,51           3423,00     228,20                   108
      CV (%)             11,24               14,17              9,85                  8,54
1
    Dados apresentados como originais e transformados em           x + 0,5 quando submetidos para análise estatística.
Obs.: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si estatisticamente pelo Teste de Skott Knott ao nível de 5%
de probabilidade.
Quadro 4. Teores de macronutrientes em tecido foliar de algodoeiro para os
                    diferentes tratamentos.

Tratamento                N                 P                 K              Ca                    Mg                 S
                                                                     g.kg-1
         1            33,96 a           2,06 a            22,24 a         21,04 a               2,50 b             3,06 b
         2            33,70 a           2,06 a            22,78 a         20,32 a               2,48 b             2,78 b
         3            32,86 a           2,04 a            20,72 a         22,08 a               3,22 a             3,52 a
         4            32,22 a           2,00 a            17,54 b         21,58 a               3,08 a             3,84 a
         5            34,08 a           1,94 a            17,96 b         20,74 a               3,24 a             3,74 a
         6            32,74 a           1,96 a            19,32 b         22,34 a               3,16 a             4,04 a
         7            31,82 a           2,02 a            19,68 b         21,62 a               2,88 a             3,90 a
         x             33,05             2,01              20,03           21,38                 2,93               3,55
     CV (%)             5,99             4,45              11,80            5,62                13,99               8,06
Obs.: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si estatisticamente pelo Teste de Skott Knott ao nível de 5%
de probabilidade.




Quadro 5. Teores de micronutrientes em tecido foliar de algodoeiro para os
                    diferentes tratamentos.

Tratamento                    B                   Cu                   Fe                     Mn                    Zn
                                                                    mg.kg-1
         1               16,74 b                5,20 a              107,00 a               43,00 a              25,80 a
         2               20,12 a                5,10 a              102,00 a               38,00 b              27,40 a
         3               16,42 b                4,30 b              135,00 a               38,00 b              23,90 a
         4               16,68 b                4,30 b              101,00 a               38,00 b              24,40 a
         5               14,98 b                4,50 b              107,00 a               38,00 b              24,40 a
         6               15,86 b                4,40 b              99,00 a                37,00 b              25,90 a
         7               18,66 a                5,50 a              99,00 a                43,00 a              24,50 a
         x                17,06                  4,76                107,14                 39,28                25,18
     CV (%)               9,50                   8,40                 29,79                 10,05                8,19
1
    Dados apresentados como originais e transformados em          x + 0,5 quando submetidos para análise estatística.
Obs.: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si estatisticamente pelo Teste de Skott Knott ao nível de 5%
de probabilidade.




Conclusão
             A redução de 50% no fornecimento de nitrogênio e fósforo para a
cultura de algodão não influenciou o rendimento de algodão em caroço,
tampouco os teores desses nutrientes em tecido foliar nas condições em que
se realizou tal estudo. Há necessidade de novos estudos para se avaliar a
disponibilidade de fósforo existente no solo após o uso adubação reduzida
em anos sucessivos.

Mais conteúdo relacionado

PDF
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
PDF
Soja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da soja
PDF
Soja 2004 - Aminoácidos na cultura da soja
PDF
CNA - VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO CRESCE 9,4% EM 2011
PDF
Cna 2011 vpb
PDF
Milho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milho
PDF
10 flavio-processamento de grãos - 24-04-12
PDF
[Palestra] Prof Flavio Portela - Processamento de grãos e aditivos para bovin...
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
Soja 2004 - Aminoácidos e micronutrientes na cultura da soja
Soja 2004 - Aminoácidos na cultura da soja
CNA - VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO CRESCE 9,4% EM 2011
Cna 2011 vpb
Milho 2004 - Micronutrientes e aminoácidos na cultura do milho
10 flavio-processamento de grãos - 24-04-12
[Palestra] Prof Flavio Portela - Processamento de grãos e aditivos para bovin...

Destaque (6)

PPTX
A cultura da manga
PPT
PPT
Aula de nutrição mineral
PDF
Manual de Práticas para o Melhor Manejo Pós-Colheita da Manga
PDF
Adubação de Frutos Tropicais
PDF
Diagnóstico Visual do Estado Nutricional de Plantas
A cultura da manga
Aula de nutrição mineral
Manual de Práticas para o Melhor Manejo Pós-Colheita da Manga
Adubação de Frutos Tropicais
Diagnóstico Visual do Estado Nutricional de Plantas
Anúncio

Semelhante a Algodão (20)

PDF
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
PDF
Algodão 2004 - Adubação foliar na cultura do algodão
PPT
(2) 01. avaliação da fertilidade do solo fernando freire
PDF
Interpretacao analise-solo-modelo-massa
PDF
PDF
121023 07-wbeef-engorda-a-pasto-flávio-resende
PDF
Palestra armindo
PDF
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...
PDF
Jose mario jorge balanço do consumo de nutrientes pelas principais culturas b...
PDF
Teores foliares de macro e micronutrientes na sob diferentes doses de adubaçã...
PPT
Adubação racional econômica do cafeeiro josé braz matiello – fundação procafé
PDF
Palestra celito 2
PPT
Analise granulométrica
PDF
Efeitos da suplementação mineral em sistemas de alto Desempenho
PDF
Mitos e Verdades da Nutrição Mineral do Cafeeiro - Prof. Dr. José Laércio Fav...
PPT
Adubação cafeeiro )
PPT
Analise granulométricas
PPTX
Indicadores ambientais
PDF
Soja 2004 - Produtividade de soja em função do programa nutricional kimberlit
PDF
cana-de-açúcar
Algodão 2006 - Tecnologia kimberlit na cultura de algodão
Algodão 2004 - Adubação foliar na cultura do algodão
(2) 01. avaliação da fertilidade do solo fernando freire
Interpretacao analise-solo-modelo-massa
121023 07-wbeef-engorda-a-pasto-flávio-resende
Palestra armindo
Seminário ANCP 2022 - Incrementos na produtividade pecuária de corte com o us...
Jose mario jorge balanço do consumo de nutrientes pelas principais culturas b...
Teores foliares de macro e micronutrientes na sob diferentes doses de adubaçã...
Adubação racional econômica do cafeeiro josé braz matiello – fundação procafé
Palestra celito 2
Analise granulométrica
Efeitos da suplementação mineral em sistemas de alto Desempenho
Mitos e Verdades da Nutrição Mineral do Cafeeiro - Prof. Dr. José Laércio Fav...
Adubação cafeeiro )
Analise granulométricas
Indicadores ambientais
Soja 2004 - Produtividade de soja em função do programa nutricional kimberlit
cana-de-açúcar
Anúncio

Mais de kimberlit (20)

PDF
Soja
PDF
Milho
PDF
Cítrus
PDF
Kimcoat N
PDF
22,4
PDF
Cana-de-Açúcar
PDF
Pó. completo
PDF
Imagem
PDF
Anti dusting completo
PDF
Curva
PPT
Resultados adx organizado em 2012 (1)
PPT
Resultados adx organizado em 2012 (1)
PPT
Resultados kimcoat organizado em 2012
PPT
Resultados kimcoat organizado em 2012
PPT
Resultados adx organizado em 2012
PDF
Soja 2006 - Produção de soja em função de programas nutricionais
PDF
Algodão 2003 - Produtividade do algodão em função do programa nutricional kim...
PDF
Soja 2008 - Resposta da soja à aplicação de micronutrientes, aminoácidos e fi...
PDF
Soja 2008 - Resposta da soja à aplicação de micronutrientes, aminoácidos e fi...
PDF
Soja 2006 - Produção de soja em função de programas nutricionais
Soja
Milho
Cítrus
Kimcoat N
22,4
Cana-de-Açúcar
Pó. completo
Imagem
Anti dusting completo
Curva
Resultados adx organizado em 2012 (1)
Resultados adx organizado em 2012 (1)
Resultados kimcoat organizado em 2012
Resultados kimcoat organizado em 2012
Resultados adx organizado em 2012
Soja 2006 - Produção de soja em função de programas nutricionais
Algodão 2003 - Produtividade do algodão em função do programa nutricional kim...
Soja 2008 - Resposta da soja à aplicação de micronutrientes, aminoácidos e fi...
Soja 2008 - Resposta da soja à aplicação de micronutrientes, aminoácidos e fi...
Soja 2006 - Produção de soja em função de programas nutricionais

Algodão

  • 15. Fabiano Andrei Bender da Cruz Pesquisador Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral de Plantas fabianobender@fundacaochapadao.com.br www.fundacaochapadao.com.br Rod. MS 306, km 105. Cx.P. 39. CEP 79560-000. Chapadão do Sul, MS. Tecnologia Kimberlit na cultura de algodão. Experimento científico em parceria com Kimberlit. Objetivos Avaliar os componentes de produção, estado nutricional de plantas e o rendimento de algodão em caroço em função de diferentes tecnologias Kimberlit®. Material e Métodos O experimento foi conduzido no Município de Chapadão do Sul (MS), na área experimental da Fundação Chapadão, cujas coordenadas geográficas são 18º46’78’’ latitude Sul e 52º38’68’’ longitude Oeste, com altitude de 815 m. O clima da Região é classificado como Awa (Köppen, 1948), e o solo como LATOSSOLO VERMELHO Distrófico (EMBRAPA, 1999), cujos atributos químicos e físicos são apresentados no Quadro 1. A área experimental recebeu calagem em superfície através da aplicação de 0,3 t/ha de calcário (109,7% PN; 90,88% RE e 99,7% PRNT) e 0,4 t/ha de gesso. Os tratamentos (Quadro 2) foram caracterizados por diferentes fontes e níveis de nitrogênio e fósforo, tratamento de sementes e tratamento foliar na cultura de algodão. Sementes do cultivar Delta Opal tratadas com 0,6 L + 0,2 kg + 0,2 L + 0,6 kg.100 kg-1 de sementes com Gaucho, Euparen, Baytan e Monceren, respectivamente, foram semeadas em 11/01/06 utilizando-se como adubação de semeadura as fontes e doses descritas no Quadro 2. Como adubação de cobertura aplicaram-se também as fontes de nitrogênio (Quadro 2) e duas vezes com 130 kg.ha-1 de KCl aos 25 e 45 dias após a emergência. As parcelas foram constituídas por 4 linhas de semeadura com 6
  • 16. m de comprimento, espaçadas em 0,9 m, compreendendo uma área de 21,6 m2, considerando-se como área útil apenas 4,0 m centrais das duas linhas internas. O delineamento estatístico utilizado foi o blocos casualizados, composto por 7 tratamentos (Tabela 2) e 5 repetições. No estádio de pleno florescimento amostras de folhas foram coletadas para fins de avaliação do estado nutricional de plantas. Avaliaram-se por ocasião da colheita (01/08/06) a alturas de plantas (m), número de capulhos por planta, massa de 10 capulhos do terço médio da planta (g) e o rendimento de algodão em caroço (kg e @.ha-1). Os dados obtidos foram submetidos às análises de variância e as médias submetidas ao Teste de Skott Knott (5%). 550 500 450 400 350 300 mm PP 250 200 150 100 50 0 Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul 2005/2006 Figura 1. Precipitação pluviométrica no período de Nov./05 a Jul./06 (Fundação Chapadão, 2006). Quadro 1. Atributos químicos e físicos na profundidade de 0 a 20 cm (Agosto 2005). Ident. pH MO P-res. S K Ca Mg Al H+Al SB CTCe CaCl2 g.dm-3 mg.dm-3 mmolc.dm-3 0-20 cm 4,9 48 7 5 1,5 17 6 1 40 24,5 25,5 CTC V m B Cu Fe Mn Zn Areia Silte Argila mmolc.dm-3 % mg.dm-3 g.kg-1 3 0-20 cm 64,5 38 4 0,4 0,3 37 6,5 1,8 410 100 490
  • 17. Quadro 2. Descrição dos tratamentos utilizados no experimento, safra 2005/2006. Resultados e Discussão As variáveis analisadas e apresentadas no Quadro 3 não foram influenciadas significativamente pelos tratamentos, exceto para os teores foliares de K, Mg, S, B, Cu e Mn. Obtiveram-se valores médios de 1,22, 7,94, 53,51 e 3423,00 para as variáveis altura de plantas (m), número de capulhos.planta-1, massa de 10 capulhos e rendimento de algodão em caroço, respectivamente. A variável altura de plantas variou de 1,18 m (T4 e T6) a 1,24 m (T5), porém sem significância estatística. Já para o número capulhos.planta-1 obteve-se média de 7,94 variando entre 6,20 e 9,60. Para a massa de 10 capulhos do terço médio da planta os valores obtidos situaram-se no intervalo de 51,4 g (Tratamento 3) e 55,17 g para o tratamento 4. Os teores dos macronutrientes N, P, Ca e dos micronutrientes Fe e Zn também não foram influenciados significativamente pelos tratamentos. Para os nutrientes N, P e B os teores obtidos independentemente dos tratamentos foram considerados como “baixo”, segundo SILVA et al. (1995). Os teores de Mg nos tratamentos 1, 2 e 7
  • 18. classificaram-se como “baixo” sendo para os demais tratamentos considerados como “adequado”. Os teores de K, Ca, Fe e Mn obtidos em todos os tratamentos foram considerados como adequados. O rendimento de algodão em caroço não foi influenciado pelos tratamentos Kimberlit, ou seja, a redução de 50% no fornecimento de nitrogênio e fósforo não provocou redução no rendimento de algodão em caroço, o qual se manteve na média de 3423,00 kg.ha-1 (228,20 @.ha-1). O maior incremento de produtividade (3,64%, 9,03 @.ha-1) se obteve quando do uso do tratamento 3, apesar de não ser este estatisticamente significativo. Quadro 2. Tratamentos, altura de plantas (AP, m), número de capulhos.planta-1 (NC), peso de 10 capulhos do terço médio da planta (P10C, g) e rendimento de algodão em caroço (kg e @.ha-1). Tratamento AP NC.Planta-1 M10C Rendimento m g kg.ha-1 @.ha-1 ∆ 1 1,24 a 8,20 a1 53,09 a 3191,55 a 212,77 100 2 1,25 a 7,40 a 54,65 a 3378,30 a 225,22 106 3 1,23 a 9,20 a 51,40 a 3471,60 a 231,44 109 4 1,18 a 7,60 a 55,17 a 3388,35 a 225,89 106 5 1,24 a 9,60 a 52,22 a 3495,00 a 233,00 109 6 1,18 a 7,40 a 54,96 a 3581,70 a 238,78 112 7 1,20 a 6,20 a 53,09 a 3454,95 a 230,33 108 x 1,22 7,94 53,51 3423,00 228,20 108 CV (%) 11,24 14,17 9,85 8,54 1 Dados apresentados como originais e transformados em x + 0,5 quando submetidos para análise estatística. Obs.: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si estatisticamente pelo Teste de Skott Knott ao nível de 5% de probabilidade.
  • 19. Quadro 4. Teores de macronutrientes em tecido foliar de algodoeiro para os diferentes tratamentos. Tratamento N P K Ca Mg S g.kg-1 1 33,96 a 2,06 a 22,24 a 21,04 a 2,50 b 3,06 b 2 33,70 a 2,06 a 22,78 a 20,32 a 2,48 b 2,78 b 3 32,86 a 2,04 a 20,72 a 22,08 a 3,22 a 3,52 a 4 32,22 a 2,00 a 17,54 b 21,58 a 3,08 a 3,84 a 5 34,08 a 1,94 a 17,96 b 20,74 a 3,24 a 3,74 a 6 32,74 a 1,96 a 19,32 b 22,34 a 3,16 a 4,04 a 7 31,82 a 2,02 a 19,68 b 21,62 a 2,88 a 3,90 a x 33,05 2,01 20,03 21,38 2,93 3,55 CV (%) 5,99 4,45 11,80 5,62 13,99 8,06 Obs.: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si estatisticamente pelo Teste de Skott Knott ao nível de 5% de probabilidade. Quadro 5. Teores de micronutrientes em tecido foliar de algodoeiro para os diferentes tratamentos. Tratamento B Cu Fe Mn Zn mg.kg-1 1 16,74 b 5,20 a 107,00 a 43,00 a 25,80 a 2 20,12 a 5,10 a 102,00 a 38,00 b 27,40 a 3 16,42 b 4,30 b 135,00 a 38,00 b 23,90 a 4 16,68 b 4,30 b 101,00 a 38,00 b 24,40 a 5 14,98 b 4,50 b 107,00 a 38,00 b 24,40 a 6 15,86 b 4,40 b 99,00 a 37,00 b 25,90 a 7 18,66 a 5,50 a 99,00 a 43,00 a 24,50 a x 17,06 4,76 107,14 39,28 25,18 CV (%) 9,50 8,40 29,79 10,05 8,19 1 Dados apresentados como originais e transformados em x + 0,5 quando submetidos para análise estatística. Obs.: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si estatisticamente pelo Teste de Skott Knott ao nível de 5% de probabilidade. Conclusão A redução de 50% no fornecimento de nitrogênio e fósforo para a cultura de algodão não influenciou o rendimento de algodão em caroço, tampouco os teores desses nutrientes em tecido foliar nas condições em que se realizou tal estudo. Há necessidade de novos estudos para se avaliar a disponibilidade de fósforo existente no solo após o uso adubação reduzida em anos sucessivos.