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Eco das manifestações no Twitter:
#vemprarua e #OGiganteAcordou
Carolina Lima Outubro/2013
Resumo: O presente artigo busca entender o comportamento de
usuários das hastags #vemprarua e #OGiganteAcordou, que
tiveram bastante ibope no Twitter no período das manifestações,
que ocorreram em junho no Brasil. Queremos observar, quatro
meses após os movimentos, como está o comportamento dos que
ainda mantém a utilização das mesmas, buscando mapear quais
são os temas majoritariamente associados a elas. Buscamos
perceber se houve uma mudança no eixo temático das
discussões, que de início giravam em torno de pautas pontuais
como acesso a direitos garantidos por lei (saúde, educação,
transporte) e denúncias de gastos com a Copa.
Nos interessa ainda, perceber se por meio dos tweets, há espaço
para o debate e a livre argumentação o que justifica nossa
hipótese de que nas redes sociais teríamos uma revitalização da
esfera pública, termo conceituado pelo filósofo Habermas.
Marco teórico:
Partimos da noção de que com o surgimento da web 2.0, a produção
de conteúdos digitais foi democratizada, possibilitando que cada
usuário pudesse criar seu próprio conteúdo através de redes sociais
como Twitter. E não somente criar conteúdos, mas interagir com outros
atores sociais através de RT e menções, o que possibilita a criação do
que chamamos de “esfera pública”. Autores como Castells e Pierre
Levý são pioneiros nos estudos de cibercultura e sociedades em rede.
Outros autores como André Parente, Alex Primo, André Lemos
problematizaram a compreensão do campo virtual/hipermidiático,
além de Raquel Recuero com o estudo de redes sociais. Para falar de
esfera pública, o autor utilizado será Jürgen Habermas.
Pergunta:
Dentro dessas duas hastags podemos
encontrar canais de diálogo
entre atores sociais a respeito de
temas de interesse público/política?
Método:

Será utilizada a ferramenta demonstrada em aula para quantificar os
tweets relacionados às hastags #vemprarua e #OgiganteAcordou e
através da Análise de Conteúdo, sistematizada por Laurence Bardin
vamos categorizar esses tweets. Nossas categorias terão como
principal foco analisar se nos tweets encontramos argumentos a
respeito de temas relacionados ao assunto, o que pressupõe-se que
exista um diálogo, portanto um debate. A partir desses dados
coletados teremos uma amostra quali-quantitativa que nos dará
base para a verificação da hipótese.
Eco das manifestações no Twitter
Eco das manifestações no Twitter
Resultado: Acreditamos que encontraremos nesses tweets
uma mudança da abordagem inicial relacionada às hastags se
tormarmos como base o começo das manifestações, em junho de
2013. Se, naquele momento as hastags reuniam atores sociais
entusiasmados com o primeiro momento das manifestações com
mensagens de apoio e de reivindicações, agora, provavelmente é
possível que encontremos uma mudança no eixo temático das
hastags, com muitas menções aos rumos que o movimento
tomou, como por exemplo, o surgimento dos black blocks. Por
isso, os tweets serão categorizados e analisados quanto ao
conteúdo da mensagem. Porém, acreditamos que ainda assim, é
possível encontrar um espaço de discussão acerca de rumos do
movimento e tweets que contenham argumentos.
Conclusão e Discussão: A partir de nossa interrogação
sobre a existência de um modelo de esfera pública no Twitter,
compreendemos como possível na medida em que a Sociedade de
Informação que vivemos, propiciada pela Internet, nos oferece
inúmeras ferramentas de comunicação como a interatividade, a
convergência midiática e a construção textual hipermidiática.
Portanto, temos à nossa disposição a possibilidade da construção
de uma rede social que estimula, promove e sobrevive de
interações sociais, o seu elemento principal.
Conclusão e Discussão: A partir de nossa interrogação
sobre a existência de um modelo de esfera pública no Twitter,
compreendemos como possível na medida em que a Sociedade de
Informação que vivemos, propiciada pela Internet, nos oferece
inúmeras ferramentas de comunicação como a interatividade, a
convergência midiática e a construção textual hipermidiática.
Portanto, temos à nossa disposição a possibilidade da construção
de uma rede social que estimula, promove e sobrevive de
interações sociais, o seu elemento principal.

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Eco das manifestações no Twitter

  • 1. Eco das manifestações no Twitter: #vemprarua e #OGiganteAcordou Carolina Lima Outubro/2013
  • 2. Resumo: O presente artigo busca entender o comportamento de usuários das hastags #vemprarua e #OGiganteAcordou, que tiveram bastante ibope no Twitter no período das manifestações, que ocorreram em junho no Brasil. Queremos observar, quatro meses após os movimentos, como está o comportamento dos que ainda mantém a utilização das mesmas, buscando mapear quais são os temas majoritariamente associados a elas. Buscamos perceber se houve uma mudança no eixo temático das discussões, que de início giravam em torno de pautas pontuais como acesso a direitos garantidos por lei (saúde, educação, transporte) e denúncias de gastos com a Copa. Nos interessa ainda, perceber se por meio dos tweets, há espaço para o debate e a livre argumentação o que justifica nossa hipótese de que nas redes sociais teríamos uma revitalização da esfera pública, termo conceituado pelo filósofo Habermas.
  • 3. Marco teórico: Partimos da noção de que com o surgimento da web 2.0, a produção de conteúdos digitais foi democratizada, possibilitando que cada usuário pudesse criar seu próprio conteúdo através de redes sociais como Twitter. E não somente criar conteúdos, mas interagir com outros atores sociais através de RT e menções, o que possibilita a criação do que chamamos de “esfera pública”. Autores como Castells e Pierre Levý são pioneiros nos estudos de cibercultura e sociedades em rede. Outros autores como André Parente, Alex Primo, André Lemos problematizaram a compreensão do campo virtual/hipermidiático, além de Raquel Recuero com o estudo de redes sociais. Para falar de esfera pública, o autor utilizado será Jürgen Habermas.
  • 4. Pergunta: Dentro dessas duas hastags podemos encontrar canais de diálogo entre atores sociais a respeito de temas de interesse público/política?
  • 5. Método: Será utilizada a ferramenta demonstrada em aula para quantificar os tweets relacionados às hastags #vemprarua e #OgiganteAcordou e através da Análise de Conteúdo, sistematizada por Laurence Bardin vamos categorizar esses tweets. Nossas categorias terão como principal foco analisar se nos tweets encontramos argumentos a respeito de temas relacionados ao assunto, o que pressupõe-se que exista um diálogo, portanto um debate. A partir desses dados coletados teremos uma amostra quali-quantitativa que nos dará base para a verificação da hipótese.
  • 8. Resultado: Acreditamos que encontraremos nesses tweets uma mudança da abordagem inicial relacionada às hastags se tormarmos como base o começo das manifestações, em junho de 2013. Se, naquele momento as hastags reuniam atores sociais entusiasmados com o primeiro momento das manifestações com mensagens de apoio e de reivindicações, agora, provavelmente é possível que encontremos uma mudança no eixo temático das hastags, com muitas menções aos rumos que o movimento tomou, como por exemplo, o surgimento dos black blocks. Por isso, os tweets serão categorizados e analisados quanto ao conteúdo da mensagem. Porém, acreditamos que ainda assim, é possível encontrar um espaço de discussão acerca de rumos do movimento e tweets que contenham argumentos.
  • 9. Conclusão e Discussão: A partir de nossa interrogação sobre a existência de um modelo de esfera pública no Twitter, compreendemos como possível na medida em que a Sociedade de Informação que vivemos, propiciada pela Internet, nos oferece inúmeras ferramentas de comunicação como a interatividade, a convergência midiática e a construção textual hipermidiática. Portanto, temos à nossa disposição a possibilidade da construção de uma rede social que estimula, promove e sobrevive de interações sociais, o seu elemento principal.
  • 10. Conclusão e Discussão: A partir de nossa interrogação sobre a existência de um modelo de esfera pública no Twitter, compreendemos como possível na medida em que a Sociedade de Informação que vivemos, propiciada pela Internet, nos oferece inúmeras ferramentas de comunicação como a interatividade, a convergência midiática e a construção textual hipermidiática. Portanto, temos à nossa disposição a possibilidade da construção de uma rede social que estimula, promove e sobrevive de interações sociais, o seu elemento principal.

Notas do Editor