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Para gestores municipais de serviços de saúde




Auditoria,
Controle e
Programação
de Serviços
de Saúde
Gilson Caleman

Marizélia Leão Moreira

Maria Cecília Sanchez
AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO
       DE SERVIÇOS DE SAÚDE
PARA GESTORES MUNICIPAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE




 AUDITORIA, CONTROLE
 E PROGRAMAÇÃO DE
 SERVIÇOS DE SAÚDE




                           Gilson Caleman
                           Marizélia Leão Moreira
                           Maria Cecília Sanchez




   INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SAÚDE – IDS
NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR – NAMH/FSP – USP
                       BANCO ITAÚ




                       SÃO PAULO
                          1998
Copyright © 1998 by Faculdade de Saúde Pública
                      da Universidade de São Paulo
                       Coordenação do Projeto
             Gonzalo Vecina Neto, Valéria Terra, Raul Cutait
                e Luiz Eduardo C. Junqueira Machado
                       Produção editorial e gráfica



                    Editora Fundação Peirópolis Ltda.
                    Rua Girassol, 128 – Vila Madalena
                        São Paulo – SP 05433-000
                Tel: (011) 816-0699 e Fax: (011) 816-6718
                  e-mail: peiropol@sysnetway.com.br
                 Projeto gráfico e editoração eletrônica
                          AGWM Artes Gráficas


     Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
             (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Caleman, Gilson
    Auditoria, Controle e Programação de Serviços de Saúde, volume 5 / Gilson
Caleman, Maria Cecília Sanchez, Marizélia Leão Moreira. – – São Paulo : Faculdade
de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. – – (Série Saúde & Cidadania)

    Realizadores: “Instituto para o Desenvolvimento da Saúde – IDS, Núcleo de
Assistência Médico-Hospitalar – NAMH/FSP – USP, Banco Itaú”.

    1. Municípios – Governo e administração – Brasil 2. Serviços de saúde –
Administração – Brasil 3. Serviços de saúde – Auditoria 4. Sistema Único de
Saúde (Brasil) I. Sanchez, Maria Cecília. II. Moreira, Marizélia Leão. III. Título.
IV. Série.

 98 – 4496                                                       CDD – 362.1068
                   Índices para catálogo sistemático:
1. Auditoria : Serviços de saúde : Administração : Bem-estar social 362.1068
2. Serviços de saúde : Auditoria : Administração : Bem-estar social 362.1068


                                 Tiragem
                             3.000 exemplares
                É autorizada a reprodução total ou parcial
                   deste livro, desde que citada a fonte.
                         Distribuição gratuita
                 IDS – Rua Barata Ribeiro, 483 – 6º andar
                       01308-000 – São Paulo – SP
                      e-mail: ids-saude@uol.com.br
   FSP – Av. Dr. Arnaldo, 715 – 1º andar – Administração Hospitalar
                      01246-904 – São Paulo – SP
              Tel: (011) 852-4322 e Fax: (011) 282-9659
                     e-mail: admhosp@edu.usp.br
        Banco Itaú – PROAC – Programa de Apoio Comunitário
                Rua Boa Vista, 176 – 2º andar – Corpo I
                      01014-919 – São Paulo – SP
                         Fax: (011) 237-2109
REALIZAÇÃO

INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO
DA SAÚDE
Presidente: Prof. Dr. Raul Cutait


FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – FSP/USP
Diretor: Prof. Dr. Jair Lício Ferreira

NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA
MÉDICO-HOSPITALAR – NAMH/FSP
Coordenador: Prof. Gonzalo Vecina Neto


BANCO ITAÚ S.A.
Diretor Presidente: Dr. Roberto Egydio Setubal
APOIO


CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS
MUNICIPAIS DE SAÚDE




MINISTÉRIO DA SAÚDE




ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE




FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA – UNICEF
AGRADECIMENTOS

Agradecemos às equipes das secretarias da Saúde os cin-
co municípios que participaram dos módulos de treina-
mento, que, através da troca de experiências e sugestões
– incorporadas neste manual –, enriqueceram sobre-
maneira o seu conteúdo:

DIADEMA
Cacilda Maria de Santana Faria
Clóvis Silveira Junior
Walter de Campos Antonio

FORTALEZA
Silvia Maria Bonfim Silva

VOLTA REDONDA
Rosa Maria Lages Dias

FOZ DO IGUAÇU
Cassio Roberto Vieira Tahan
Cecilia Marques dos Santos
Guaracy Lopes Anesi
Iara Rute Corrêa Duarte
Maria de Lourdes Mazzotti

BETIM
Maria Leonor de Barros Ribeiro
PREFÁCIO




E       ste conjunto de manuais para o projeto Saúde &
Cidadania se insere no trabalho iniciado há cinco anos
pelo Banco Itaú com a criação do Programa de Apoio
Comunitário (PROAC). Voltado desde a origem para
programas de educação básica e saúde, o PROAC tem
desenvolvido dezenas de projetos de sucesso. Um dos
melhores exemplos é o Raízes e Asas, elaborado em
parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Edu-
cação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Com ini-
ciativas como essa, o Programa de Apoio Comunitário
tem recebido diversas manifestações de reconhecimento
e premiações.
   Os resultados positivos obtidos com os programas já
implantados levam agora o Itaú a viabilizar este projeto
dirigido às necessidades detectadas na área de saúde. O
projeto Saúde & Cidadania resulta da honrosa parceria
do Banco Itaú, do Instituto para o Desenvolvimento da
Saúde (IDS) e do Núcleo de Assistência Médico-Hospitalar
da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
Paulo (NAMH/FSP – USP). A meta agora é divulgar para
os municípios brasileiros o conhecimento e as expe-
riências acumuladas por especialistas na área da saúde
pública, que participaram da elaboração destes manuais,
bem como os resultados advindos da sua utilização na
fase de teste em cinco municípios. Por meio deles pre-
tende-se aperfeiçoar a atuação dos gestores municipais
X
    de serviços de saúde para a melhoria da qualidade de
    vida das comunidades a partir de noções básicas de
    gestão da saúde. Nos manuais, os gestores da saúde
    encontrarão fundamentos sobre planejamento em
    saúde, qualidade na gestão local de saúde pública, vigi-
    lância sanitária, gestão financeira, gerenciamento de
    equipamentos hospitalares, gestão de medicamentos e
    materiais, entre outros.
       O trabalho de divulgação do que pode ser conside-
    rado um dos pilares da saúde pública – a viabilização
    da otimização dos recursos disponíveis com o objetivo
    de melhorar a qualidade do atendimento prestado à
    população – contará com o apoio da rede de agências
    do Itaú que, sempre sintonizadas com as necessidades
    locais, poderão ajudar a divulgar o material elaborado
    pelo projeto.
       A intenção deste programa, vale frisar, será sempre
    aumentar a eficácia da ação dos gestores municipais da
    saúde quanto às melhores maneiras de aproveitar ao
    máximo todos os recursos que estiverem efetivamente
    ao seu alcance, por mais limitados que possam parecer.
    Os beneficiários deste trabalho serão as populações das
    cidades mais carentes, e o Brasil em última análise, por
    meio da disseminação de técnicas e experiências de
    última geração.
       O Banco Itaú, no seu papel de empresa-cidadã e
    socialmente responsável, acredita que assim estará con-
    tribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços de
    saúde e para a construção de uma sociedade mais justa.




                                       ROBERTO EGYDIO SETUBAL
                                               Diretor Presidente


                                              Banco Itaú S.A.
APRESENTAÇÃO




O             setor da saúde no Brasil vive hoje um
momento peculiar. O Sistema Único de Saúde (SUS)
constitui um moderno modelo de organização dos
serviços de saúde que tem como uma de suas caracte-
rísticas primordiais valorizar o nível municipal. Contudo,
apesar de seu alcance social, não tem sido possível
implantá-lo da maneira desejada, em decorrência de
sérias dificuldades relacionadas tanto com seu finan-
ciamento quanto com a eficiência administrativa de
sua operação. Essa situação fez com que fossem
ampliados, nos últimos anos, os debates sobre o
aumento do financiamento do setor público da saúde
e a melhor utilização dos limitados recursos existentes.
Sem dúvida, as alternativas passam por novas pro-
postas de modelos de gestão aplicáveis ao setor e que
pretendem redundar, em última análise, em menos
desperdício e melhoria da qualidade dos serviços
oferecidos.
   Os Manuais para Gestores Municipais de Serviço de
Saúde foram elaborados com a finalidade de servir
como ferramenta para a modernização das práticas
administrativas e gerenciais do SUS, em especial para
municípios. Redigidos por profissionais experientes,
foram posteriormente avaliados em programas de
treinamento oferecidos pela Faculdade de Saúde Públi-
ca da USP aos participantes das cidades-piloto.
   Este material é colocado agora à disposição dos
responsáveis pelos serviços de saúde em nível municipal.
XII
      Daqui para a frente, esforços conjuntos deverão ser mul-
      tiplicados para que os municípios interessados tenham
      acesso não apenas aos manuais, mas também à sua
      metodologia de implantação. Mais ainda, a proposta é
      que os resultados deste projeto possam ser avaliados de
      maneira a, no futuro, nortear decisões técnicas e políticas
      relativas ao SUS.
         A criação destes manuais faz parte do projeto Saúde
      & Cidadania e é fruto dos esforços de três instituições
      que têm em comum a crença de que a melhoria das
      condições sociais do país passa pela participação ativa
      da sociedade civil: o Instituto para o Desenvolvimento
      da Saúde (IDS), que é uma organização não-governa-
      mental, de caráter apartidário, e que congrega indivíduos
      não só da área da saúde, mas também ligados a outras
      atividades, que se propõem a dar sua contribuição para
      a saúde; o Núcleo de Assistência Médico-Hospitalar da
      Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
      Paulo (NAMH/FSP – USP), que conta com a participação
      de experiente grupo da academia ligado à gestão e
      administração; e o Banco Itaú, que, ao acreditar que a
      vocação social faz parte da vocação empresarial, apóia
      programas de ampla repercussão social. O apoio ofere-
      cido pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais
      de Saúde (CONASEMS), pelo Ministério da Saúde e pela
      Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) reforça a
      possibilidade de êxito dessa proposta.
         O sentimento dos que até o momento participaram
      deste projeto é de entusiasmo, acoplado à satisfação
      profissional e ao espírito de participação social, num legí-
      timo exercício de cidadania. A todos os nossos profundos
      agradecimentos, extensivos à Editora Fundação Peirópolis,
      que se mostrou uma digna parceira deste projeto.




                                                        RAUL CUTAIT
                                                            Presidente
                                              Instituto para o
                                              Desenvolvimento da Saúde
NOTAS EXPLICATIVAS




      UM    POUCO DE HISTÓRIA
       As duas últimas décadas foram marcadas por inten-
sas transformações no sistema de saúde brasileiro, intima-
mente relacionadas com as mudanças ocorridas no âmbito
político-institucional. Simultaneamente ao processo de
redemocratização iniciado nos anos 80, o país passou por
grave crise na área econômico-financeira.
   No início da década de 80, procurou-se consolidar o
processo de expansão da cobertura assistencial iniciado
na segunda metade dos anos 70, em atendimento às
proposições formuladas pela OMS na Conferência de
Alma-Ata (1978), que preconizava “Saúde para Todos no
Ano 2000”, principalmente por meio da Atenção Primária
à Saúde.
   Nessa mesma época, começa o Movimento da Refor-
ma Sanitária Brasileira, constituído inicialmente por uma
parcela da intelectualidade universitária e dos profis-
sionais da área da saúde. Posteriormente, incorporaram-
se ao movimento outros segmentos da sociedade, como
centrais sindicais, movimentos populares de saúde e
alguns parlamentares.
   As proposições desse movimento, iniciado em pleno
regime autoritário da ditadura militar, eram dirigidas
basicamente à construção de uma nova política de
saúde efetivamente democrática, considerando a
descentralização, universalização e unificação como
elementos essenciais para a reforma do setor.
   Várias foram as propostas de implantação de uma
rede de serviços voltada para a atenção primária à saúde,
XIV
      com hierarquização, descentralização e universalização,
      iniciando-se já a partir do Programa de Interiorização das
      Ações de Saúde e Saneamento (PIASS), em 1976. Em
      1980, foi criado o Programa Nacional de Serviços Básicos
      de Saúde (PREV-SAÚDE) – que, na realidade, nunca saiu
      do papel –, logo seguido pelo plano do Conselho
      Nacional de Administração da Saúde Previdenciária
      (CONASP), em 1982, a partir do qual foi implementada a
      política de Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983.
      Estas constituíram uma estratégia de extrema importân-
      cia para o processo de descentralização da saúde.
         A 8ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em
      março de 1986, considerada um marco histórico, con-
      sagra os princípios preconizados pelo Movimento da
      Reforma Sanitária.
         Em 1987 é implementado o Sistema Unificado e
      Descentralizado de Saúde (SUDS), como uma consoli-
      dação das AIS, que adota como diretrizes a universaliza-
      ção e a eqüidade no acesso aos serviços, a integralidade
      dos cuidados, a regionalização dos serviços de saúde e
      implementação de distritos sanitários, a descentraliza-
      ção das ações de saúde, o desenvolvimento de institui-
      ções colegiadas gestoras e o desenvolvimento de uma
      política de recursos humanos.
         O capítulo dedicado à saúde na nova Constituição
      Federal, promulgada em outubro de 1988, retrata o
      resultado de todo o processo desenvolvido ao longo
      dessas duas décadas, criando o Sistema Único de Saúde
      (SUS) e determinando que “a saúde é direito de todos e
      dever do Estado” (art. 196).
         Entre outros, a Constituição prevê o acesso universal
      e igualitário às ações e serviços de saúde, com regionali-
      zação e hierarquização, descentralização com direção
      única em cada esfera de governo, participação da comu-
      nidade e atendimento integral, com prioridade para as
      atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assis-
      tenciais. A Lei nº 8.080, promulgada em 1990, opera-
      cionaliza as disposições constitucionais. São atribuições
      do SUS em seus três níveis de governo, além de outras,
      “ordenar a formação de recursos humanos na área de
      saúde” (CF, art. 200, inciso III).
         No entanto, um conjunto de fatores – como problemas
      ligados ao financiamento, ao clientelismo, à mudança do
      padrão epidemiológico e demográfico da população, aos
XV
     crescentes custos do processo de atenção, ao corpora-
     tivismo dos profissionais da saúde, entre muitos outros –
     tem se constituído em obstáculos expressivos para
     avanços maiores e mais consistentes. Tudo isso redunda
     em uma sensação de inviabilidade do SUS, apesar de o
     caminho ser unanimemente considerado como correto.
        Existe um consenso nacional de que uma política
     substantiva de descentralização tendo como foco o
     município, que venha acompanhada de abertura de
     espaço para o controle social e a montagem de um sis-
     tema de informação que permita ao Estado exercer seu
     papel regulatório, em particular para gerar ações com
     capacidade de discriminação positiva, é o caminho para
     superar as causas que colocam o SUS em xeque.
        Assim, é necessário desenhar estratégias para superar
     o desafio da transformação a ser realizada, e uma delas
     diz respeito ao gerenciamento do setor da saúde. É pre-
     ciso criar um novo espaço para a gerência, comprometi-
     da com o aumento da eficiência do sistema e com a ge-
     ração de eqüidade.
        Dessa forma, entre outras ações, torna-se imprescin-
     dível repensar o tipo de gerente de saúde adequado para
     essa nova realidade e como deve ser a sua formação.
        Esse novo profissional deve dominar uma gama de
     conhecimentos e habilidades das áreas de saúde e de
     administração, assim como ter uma visão geral do con-
     texto em que elas estão inseridas e um forte compro-
     misso social.
        Sob essa lógica, deve-se pensar também na necessi-
     dade de as organizações de saúde (tanto públicas como
     privadas) adaptarem-se a um mercado que vem se tor-
     nando mais competitivo e às necessidades de um país
     em transformação, em que a noção de cidadania vem se
     ampliando dia a dia.
        Nesse contexto, as organizações de saúde e as pessoas
     que nelas trabalham precisam desenvolver uma dinâmi-
     ca de aprendizagem e inovação, cujo primeiro passo
     deve ser a capacidade crescente de adaptação às
     mudanças observadas no mundo atual. Devem-se procu-
     rar os conhecimentos e habilidades necessários e a me-
     lhor maneira de transmiti-los para formar esse novo
     profissional, ajustado à realidade atual e preparado para
     acompanhar as transformações futuras.
        É esse um dos grandes desafios a serem enfrentados.
XVI
            O   PROJETO    SAÚDE & CIDADANIA
             A partir da constatação da necessidade de formar
      gerentes para o nível municipal, um conjunto de institui-
      ções articulou-se para desenvolver uma estratégia que
      pudesse dar uma resposta ao desafio.
         Assim, o Instituto para o Desenvolvimento da Saúde
      (IDS) e o Núcleo de Assistência Médico-Hospitalar da
      Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
      Paulo (NAMH/FSP – USP), com o apoio político do Con-
      selho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
      (CONASEMS), da Organização Pan-Americana da Saúde
      (OPAS) e do Ministério da Saúde, com o apoio finan-
      ceiro do Banco Itaú, desenvolveram este projeto com os
      seguintes objetivos:
        • Apoiar, com fundamento em ações, a implantação
          do Sistema Único de Saúde (SUS).
        • Criar uma metodologia e organizar um conjunto de
          conhecimentos que possam ser aplicados ampla-
          mente no desenvolvimento de capacitação geren-
          cial em gestão de ações e serviços de saúde presta-
          dos em municípios com mais de 50.000 habitantes.
        • Colocar à disposição dos municípios brasileiros um
          conjunto de manuais dedicados à gestão local de
          serviços de saúde, tanto em forma de livros como em
          meio magnético e ainda por intermédio da Internet.
        • Gerar a formação de massa crítica de recursos
          humanos com capacidade para interpretar, analisar
          e promover mudanças organizacionais em favor de
          uma maior eficiência do setor da saúde.
         Mediante a organização e consolidação de um con-
      junto de conhecimentos já disponíveis, o projeto desen-
      volveu uma série de doze manuais que privilegia a área
      gerencial e que, além de reunir os conhecimentos exis-
      tentes de cada tema específico, articula as experiências
      práticas de seus autores, gerando um produto final
      capaz de oferecer ao usuário um caminho para seu
      aprendizado de forma clara e acessível. Portanto, não se
      trata de um simples agrupamento de manuais e sim de
      um projeto educativo e de capacitação em serviço não
      tradicional, destinado a criar e fortalecer habilidades e
      conhecimentos gerenciais nos funcionários que ocupam
      postos de responsabilidade administrativa nos serviços
      locais de saúde.
XVII
         Os manuais que compõem o projeto e seus respecti-
       vos autores são os seguintes:
         1. Distritos Sanitários: Concepção e Organização –
            Eurivaldo Sampaio de Almeida, Cláudio Gastão
            Junqueira de Castro e Carlos Alberto Lisboa.
         2. Planejamento em Saúde – Francisco Bernardini
            Tancredi, Susana Rosa Lopez Barrios e José
            Henrique Germann Ferreira.
         3. Qualidade na Gestão Local de Serviços e Ações de
            Saúde – Ana Maria Malik e Laura Maria Cesar
            Schiesari.
         4. Gestão da Mudança Organizacional – Marcos
            Kisil. Colaboração de Tânia Regina G. B. Pupo.
         5. Auditoria, Controle e Programação de Serviços de
            Saúde – Gilson Caleman, Marizélia Leão Moreira e
            Maria Cecília Sanchez.
         6. Sistemas de Informação em Saúde para Municí-
            pios – André de Oliveira Carvalho e Maria
            Bernadete de Paula Eduardo.
         7. Vigilância em Saúde Pública – Eliseu Alves
            Waldman. Colaboração de Tereza Etsuko da Costa
            Rosa.
         8. Vigilância Sanitária – Maria Bernadete de Paula
            Eduardo. Colaboração de Isaura Cristina Soares de
            Miranda.
         9. Gestão de Recursos Humanos – Ana Maria Malik e
            José Carlos da Silva.
        10. Gestão de Recursos Financeiros – Bernard François
            Couttolenc e Paola Zucchi.
        11. Gerenciamento de Manutenção de Equipamentos
            Hospitalares – Saide Jorge Calil e Marilda Solon
            Teixeira.
        12. Gestão de Recursos Materiais e Medicamentos –
            Gonzalo Vecina Neto e Wilson Reinhardt Filho.

             A   METODOLOGIA UTILIZADA
              Após a elaboração da primeira versão dos manuais,
       realizaram-se três módulos de treinamento com os cinco
       municípios indicados pelo CONASEMS (Diadema-SP,
       Betim-MG, Foz do Iguaçu-PR, Fortaleza-CE e Volta Redon-
       da-RJ) com o objetivo de testá-los e expô-los à crítica.
XVIII
           A proposta de aplicação desenvolveu-se da seguinte
        forma:
          • Módulo 1: apresentação pelo docente do material
            produzido e discussões em sala de aula, com a
            proposição de sua aplicação ao retornar para o
            campo.
          • Módulo 2 (seis semanas após o primeiro): apresen-
            tação pelos alunos das dificuldades encontradas no
            campo e transformação da sala de aula em um
            espaço de consultoria e troca de experiências.
          • Módulo 3 (seis semanas após o segundo): avaliação
            dos avanços obtidos, das limitações, dos conteúdos
            dos manuais e do processo como um todo.
           Cada módulo de treinamento dos manuais 1, 2, 3 e 4
        prolongou-se por quatro dias, contando com cerca de cin-
        co participantes de cada município, de preferência do ní-
        vel político-administrativo. Para os manuais operacionais
        (de 5 a 12), os treinamentos desenvolveram-se em módu-
        los de três dias, com três participantes por município.
           Na avaliação final, ficou claro que todo o processo foi
        extremamente positivo tanto para os participantes como
        para os autores, que puderam enriquecer os conteúdos
        dos manuais mediante a troca de experiências e a cola-
        boração dos mais de cem profissionais que participaram
        dos seminários.
           Também ficou evidenciado que, para o desenvolvi-
        mento futuro do projeto, o primeiro módulo (didático) é
        dispensável para o processo de aprendizado. Entretan-
        to, é fundamental um momento de esclarecimento de
        dúvidas e de proposição de soluções para as dificul-
        dades encontradas, principalmente se isso ocorrer em
        um espaço que permita troca de idéias com outras pes-
        soas com experiências semelhantes.
           O projeto Saúde & Cidadania propõe que, paralela-
        mente ao uso dos manuais, seja utilizado o projeto
        GERUS – Desenvolvimento Gerencial de Unidades Bási-
        cas de Saúde, para a capacitação de gerentes de
        unidades de baixa complexidade. O GERUS é um proje-
        to desenvolvido conjuntamente pelo Ministério da
        Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde que
        pretende institucionalizar mudanças nos padrões de
        organização dos serviços, com o objetivo de adequá-los
XIX
      à realidade de cada localidade ou região, e já está em
      uso em vários municípios do país.

            A   IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
             O material resultante do processo relatado pode
      ser utilizado diretamente pelas secretarias municipais da
      Saúde para a capacitação dos profissionais que ocupam
      postos de responsabilidade administrativa.
         Eventualmente, a simples leitura dos manuais e a dis-
      cussão entre seus pares poderão ser consideradas pelos
      gerentes como insuficientes para um melhor desempenho
      das atividades descritas, ou talvez haja a necessidade de
      um maior aprofundamento das questões levantadas.
      Nesse caso, o gestor municipal poderá solicitar ao
      Núcleo de Saúde Pública ligado à universidade mais
      próxima de seu município ou, se houver, à escola de for-
      mação da secretaria da Saúde de seu Estado, a realiza-
      ção de um período de treinamento (nos moldes do
      descrito no módulo 2), tendo como base o material ofe-
      recido pelo projeto Saúde & Cidadania. Como já foi
      mencionado, esse processo torna-se muito mais
      proveitoso quando possibilita a troca de experiências
      entre profissionais de diferentes municípios.
         Uma outra proposta, ainda em fase de desenvolvi-
      mento, é a transformação dos manuais em hipertexto,
      tornando-os disponíveis em CD-ROM e em site na Internet,
      este último possibilitando inclusive a criação de chats
      para discussão de temas específicos e um diálogo direto
      com os autores.
         Nesse entretempo, o Núcleo de Assistência Médico-
      Hospitalar da Faculdade de Saúde Pública deverá realizar
      reuniões com os núcleos de Saúde Coletiva que estiverem
      dispostos a formar monitores para o processo. Também
      poderá realizar treinamentos em municípios que os soli-
      citarem. Para isso, devem entrar em contato com a Facul-
      dade de Saúde Pública, por meio de carta, fax ou e-mail.

            PERSPECTIVAS
             A cultura organizacional do setor público brasi-
      leiro, em geral, não estimula a iniciativa e a criatividade
      de seus trabalhadores. Entretanto, deve-se lembrar que
      todo processo de mudança implica a necessidade de
      profissionais não apenas com boa capacitação técnica,
      mas com liberdade de criação e autonomia de ação.
XX
       O projeto Saúde & Cidadania oferece aos municípios
     um instrumental testado de formação de gerentes. O
     desafio agora é utilizá-lo, tendo sempre presente a pers-
     pectiva de que a transformação está em marcha e ainda
     há um longo caminho a ser percorrido no processo de
     implementação e viabilização do SUS.
                                           GONZALO VECINA NETO
                                                   RAUL CUTAIT
                                                  VALÉRIA TERRA
                                            Coordenadores do Projeto
SUMÁRIO

          Siglas e abreviaturas         ..........................................................................................    1

          Introdução   ............................................................................................................   3

          Auditoria operacional             ......................................................................................    5

          Processos administrativos               ................................................................................ 25

          Auditoria analítica       .............................................................................................. 39

          Relatórios de supervisão              .................................................................................. 53

            Ações básicas de saúde                  .............................................................................. 55

            Ambulatório de especialidades                         ................................................................ 71

            Atendimento imediato – Pronto-Socorro (PS)                                      ...................................... 83

            Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico – SADT                                                  .................. 93

            Atendimento hospitalar                ................................................................................ 105

          Programação de serviços de saúde                          .............................................................. 125

          Referências bibliográficas              ................................................................................ 147

          Os autores   ............................................................................................................ 149
SIGLAS E ABREVIATURAS

AIH ............................ Autorização de Internação Hospitalar
AIS ............................ Ações Integradas de Saúde
APAC ...................... Autorização de Procedimento de Alta Complexidade
CONASEMS ........ Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
DATASUS .............. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
FCA .......................... Ficha de Cadastro Ambulatorial
FCH .......................... Ficha de Cadastro Hospitalar
FCOE ...................... Ficha de Cadastro de Órgão Emissor
FCT ............................ Ficha de Cadastro de Terceiros
FIDEPS ...................... Fator de Incentivo de Desenvolvimento ao Ensino e Pesquisa Universitária
FMP .......................... Ficha Cadastral de Mantenedora/Profissional
FPO .......................... Ficha de Programação Físico-Orçamentária
INAMPS .................. Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
IVE ............................ Índice de Valorização de Emergência
MS .............................. Ministério da Saúde
NOB.......................... Norma Operacional Básica
OPM ........................Órtese, Prótese e Medicamento
PIES .......................... Programa de Integração Ensino-Serviço
SADT ........................ Serviço de Apoio a Diagnose e Terapia
SCI ............................ Sistema de Controle de Internação
SCV .......................... Sistema de Central de Vagas
SES ............................ Secretaria de Estado da Saúde
SIA ............................ Sistema de Informação Ambulatorial
SIH ............................ Sistema de Informação Hospitalar
SUS ............................ Sistema Único de Saúde
TAB / SIA .................. Tabulações do SIA
UBS .......................... Unidade Básica de Saúde
UTI .......................... Unidade de Terapia Intensiva
VAL / SIA ................ Valores do SIA
VISA .......................... Vigilância Sanitária
3
                   AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




                                                   INTRODUÇÃO




N      os últimos anos, apesar de não ter sido efetivada a descentralização da
       gestão do sistema de saúde no Brasil, alguns movimentos, desde as AIS,
       SUDS e SUS, e legislação especificada nas leis 8.080/90, 8.142/90, até as
Normas Operacionais Básicas 01/91, 01/93 e 01/96, fizeram com que os muni-
cípios assumissem cada vez mais as ações de auditoria e supervisão de serviços
de saúde, como podemos verificar no manual que trata do modelo assistencial.
   Os modelos de gestão timidamente incorporados pela maioria dos municí-
pios são os gerados pelo extinto INAMPS e pelas secretarias de Estado da Saú-
de. Evidentemente, não se podem descartar totalmente tais modelos; porém,
sua operação é discutivel, pois ela sempre ocorre de forma centralizada, fazen-
do com que sua eficiência e eficácia deixem muito a desejar. Historicamente, a
gestão centralizada tem sido dominada pela burocracia e pelas necessidades
dos prestadores de serviço e não pelas necessidades da população.
   Até o momento, as diretrizes do Sistema Único de Saúde não foram implan-
tadas em sua totalidade e, dentre elas, a descentralização é a estratégia funda-
mental para redefinir o papel do Estado nas funções públicas de normatizar,
regular e garantir o acesso da população e controlar os serviços de saúde que
permanecem sob sua gestão.
   Para que efetivamente possamos contribuir com uma gerência competente,
estamos apresentando a rotina de Auditoria Operacional, contemplando meca-
nismos e instrumentos de regulação, dentre eles a Central de Regulação, Ações
de Controle, Roteiros de Supervisão de Serviços e Auditoria Analítica.
   Os roteiros de supervisão de serviços encontram-se anexos e foram orga-
nizados pelo grau de complexidade das ações de saúde desenvolvidas em
unidades de ações básicas de saúde, atendimento ambulatorial especializado
e atendimento hospitalar, abrangendo as principais diretrizes propostas pelo
modelo assistencial do SUS, sem descartar a obrigatoriedade prevista na nor-
ma técnica para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
4
    AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




       No tema Auditoria Analítica propomos rotinas de identificação de indicado-
    res quantitativos, que alertam da existência de distorções no acesso ao serviço
    de saúde ou no desenvolvimento de suas ações, complementado pela descri-
    ção das principais atividades da equipe técnica de assistência do gestor.
       Finalmente, devemos ressaltar que o manual foi elaborado a partir de experiên-
    cias e trabalhos desenvolvidos nos diversos níveis do Sistema Único de Saúde.

          AUDITORIA
           O conceito de auditoria (audit) foi proposto por Lambeck em 1956 e tem
    como premissa a “avaliação da qualidade da atenção com base na observação
    direta, registro e história clínica do cliente”.
       As atividades da auditoria concentram-se nos processos e resultados da
    prestação de serviços e pressupõem o desenvolvimento de um modelo de
    atenção adequado em relação às normas de acesso, diagnóstico, tratamento e
    reabilitação. Consistem em controlar e avaliar o grau de atenção efetivamente
    prestada pelo sistema, comparando-a a um modelo definido.
       A auditoria é um conjunto de atividades desenvolvidas tanto para controle –
    auditoria operacional – quanto para avaliação de aspectos específicos e do sis-
    tema – auditoria analítica.
    Auditoria operacional
    Consiste na realização de atividades voltadas para controle das ações desen-
    volvidas pela rede de serviços do Distrito Sanitário.
      Concentra-se nas condições da rede física, nos mecanismos de regulação e
    no desenvolvimento das ações de saúde.
    Auditoria analítica
    Baseia-se no desenvolvimento de atividades que têm por objetivo aprofundar
    as análises de aspectos específicos do sistema de saúde do Distrito Sanitário, ou
    seja, é voltada para a avaliação quantitativa, inferindo, em algumas situações, a
    qualidade das ações de saúde do Distrito Sanitário.
5
                   AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




                            AUDITORIA OPERACIONAL




      LOCUS     DE AÇÃO
       O Sistema Nacional de Auditoria foi criado pela Lei nº 8.689 de 7 de março
de 1993, artigo 6º, e regulamentado pelo Decreto-Lei nº 1.651 de 28 de setembro
1995. Tanto a lei como o decreto tiveram um processo de discussão intensa entre
as três esferas de governo, a fim de preservar ao máximo os preceitos contidos
nas leis 8.080/90 e 8.142/90 e na Constituição Federal.
   A operação do sistema de auditoria deve ocorrer descentralizadamente, com
definição das competências de cada esfera de governo.
   O Decreto nº 1.651/94 definiu que as atividades de auditoria ficam a cargo
do Departamento de Controle, Avaliação e Auditoria, subordinado à Secretaria
de Assistência à Saúde, do Ministério da Saúde.
   O sistema é integrado por uma Comissão Corregedora Tripartite, composta pela
direção nacional do SUS, representantes do Conselho Nacional de Secretários
Estaduais da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários Municipais da Saúde.
   Cabe a cada nível de governo as seguintes competências, para atividades de
auditoria:
Nível federal
      a. aplicação dos recursos transferidos aos estados e municípios, median-
         te análise dos relatórios de gestão;
      b. as ações e serviços de saúde de abrangência nacional;
      c. os serviços de saúde sob sua gestão;
      d. os sistemas estaduais de saúde;
      e. as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão estadual
         de controle, avaliação e auditoria.
6
    AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




    Nível estadual
          a. aplicação dos recursos estaduais repassados aos municípios;
          b. as ações e serviços previstos no plano estadual de saúde;
          c. os serviços de saúde sob sua gestão;
          d. os serviços municipais e os consórcios intermunicipais de saúde;
          e. as ações, métodos e instrumentos implementados pelos órgãos muni-
             cipais de controle, avaliação e auditoria.

    Nível municipal
          a. as ações e serviços estabelecidos no plano municipal de saúde;
          b. os serviços de saúde sob sua gestão (públicos e privados);
          c. as ações e serviços desenvolvidos por consórcio intermunicipal ao
             qual o município esteja associado.

    À Comissão Corregedora Tripartite caberá:
          a. zelar pelo funcionamento harmônico e ordenado do Sistema Nacional
             de Auditoria;
          b. identificar distorções;
          c. resolver impasses;
          d. requerer aos órgãos competentes providências para a apuração de
             denúncias e irregularidades;
          e. aprovar a realização de atividades de controle, avaliação e auditoria
             pelo nível federal ou estadual, em estados e municípios.

       É fundamental, no desenvolvimento das ações de auditoria por nível de
    gestão, a colaboração estreita entre os níveis.
       O gestor do Distrito Sanitário e o gestor municipal são os principais respon-
    sáveis pela realização das atividades de auditoria, visto que a maior parte é
    dirigida aos serviços de saúde. Nesse sentido, há atuação em parceria com os
    níveis do Sistema Nacional de Auditoria Estadual e Federal.
       A participação dos níveis estadual e federal nas auditorias de serviço no
    Distrito Sanitário e município somente poderá ocorrer por solicitação do
    gestor local, a não ser que alguma situação excepcional justifique tal ação,
    desde que autorizada pela Comissão Corregedora, como determina o Decre-
    to nº 1.651/95.
7
                                                          AUDITORIA   OPERACIONAL




      I – MECANISMOS            E INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO
       Com a descentralização da gestão dos serviços de saúde, torna-se imper-
ativo o estabelecimento de instrumentos gerenciais e técnico-científicos, entre
os quais a Central de Regulação e Protocolos, que permitam responder ade-
quadamente às necessidades de saúde da população, gerindo a oferta de
serviços e agilizando o acesso da clientela, contribuindo assim com a organiza-
ção do sistema e a implantação efetiva da sua regionalização e hierarquização.
A. Central de Regulação
A regulação da oferta de serviços é um desses instrumentos, pois permite a uti-
lização racional dos serviços, fazendo com que os distritos assumam seu papel
de gestor no sistema.
   A abrangência da Central de Regulação deve contemplar:
      • ações e serviços existentes no distrito;
      • ações e serviços existentes em outros distritos.
  A complexidade das ações que devem estar sob o controle da central é
decisão do gestor do distrito, e deve ter como princípios:
      a. se a oferta de serviços é menor que a demanda da clientela, é
         necessário o controle, a fim de garantir o acesso do cliente de maneira
         racional, bloqueando-se a utilização inadequada dos serviços;
      b. se a oferta de serviços é maior que a necessidade da clientela, é
         necessário controle, a fim de não haver excesso de utilização das
         ações de saúde (como se sabe, a oferta excessiva, principalmente de
         procedimentos de alta complexidade, gera superutilização dos recur-
         sos diagnósticos e terapêuticos).

Funções
A Central de Regulação tem as seguintes funções:
      a. orientar o encaminhamento dos pacientes da área de abrangência do
         Distrito Sanitário para consulta de especialidades, serviços de apoio
         diagnóstico e terapêutico e internações hospitalares;
      b. controlar o encaminhamento de pacientes para serviços fora da área de
         abrangência do distrito, que constem da Programação Pactuada Integrada;
      c. controlar e disponibilizar os leitos vagos (públicos e conveniados/contrata-
         dos) para internações referenciadas de urgência, emergência e eletivas;
      d. agendar, através de controle próprio, consultas de especialidades e
         SADT para as unidades requisitantes;
      e. elaborar relatórios para acompanhamento gerencial dos gestores;
8
    AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




          f. atualizar os dados cadastrais da unidade prestadora e subsidiar o
             gestor nas alterações de oferta de serviços, quando necessário.

    Operacionalização
    A partir do cadastro de serviços e da Programação Pactuada Integrada estabe-
    lecida pela NOB 01/96, o gestor do Sistema Único de Saúde ou grupo de
    gestores, devem estabelecer com os prestadores de serviços de saúde a quan-
    tidade de leitos, o número de consultas de especialidades, tipo de serviços de
    apoio diagnóstico e terapêutico que estarão sob o controle da Central de Re-
    gulação, e os protocolos que serão utilizados para referência dos pacientes.
       Para efeito de controle dos encaminhamentos, as unidades devem ser divi-
    didas em:
    1. Unidades requisitantes:
    São consideradas unidades requisitantes junto à Central de Regulação:
          • unidades básicas de saúde da área de referência;
          • ambulatórios de especialidades da área de referência;
          • centrais de regulação de outros municípios e regiões (autorizados);
          • hospitais públicos e privados de menor complexidade.
      As unidades requisitantes deverão ter senha de acesso à central, fornecida
    pelo gestor. O acesso à central deve ser feito por telefone.
    2. Unidades prestadoras:
    São consideradas unidades prestadoras todos os serviços públicos e privados
    localizados dentro e fora da área de abrangência que mantenham vínculo for-
    mal com o SUS e que prestem serviços na área de consultas de especialidades,
    serviço de apoio diagnóstico e terapêutico e internações hospitalares.
       As consultas de especialidades devem estar sob o controle da central (vide
    fluxo página 11).
       A avaliação do grau de utilização das consultas (falta de paciente, consultas
    não agendadas, motivo de encaminhamento) deve ser realizada de maneira
    periódica, a fim de retroalimentar o sistema.
       A unidade requisitante, ao acionar a Central de Regulação para internação
    hospitalar, deve informar:
          • código de acesso da unidade;
          • caracterização da internação:   especialidade
                                            faixa etária
                                            sexo
                                            nome completo do paciente
                                            endereço
                                            nome do médico e CRM;
9
                                                           AUDITORIA   OPERACIONAL




      • tempo provável de deslocamento do paciente;
      • hipótese diagnóstica.
   A solicitação da internação deve ser feita obrigatoriamente por profissional
de nível superior (médico, enfermeira ou assistente social, com preferência
para o primeiro), com dados clínicos os mais completos possíveis.
   Ao encaminhar o paciente ao hospital indicado pela central, deverá ser
preenchido o laudo de solicitação de internação (anexo), devidamente
preenchido, com descrição detalhada do quadro clínico, evolução e conduta
dispensada, assinada e carimbada pelo médico solicitante, principalmente nos
casos de emergência médica.
   Nos casos de internação em UTI, o médico da unidade requisitante, em
havendo vaga disponibilizada pela Central de Regulação, deve entrar em con-
tato com o médico da unidade prestadora.
   Nas internações eletivas, a unidade requisitante deve informar a patologia, o tipo
de cirurgia a ser realizada e o dia programado para a sua realização.
   Se houver suspensão do encaminhamento, a unidade requisitante deve
informar imediatamente a Central de Regulação, esclarecendo o motivo.
   Se a unidade prestadora recusar a internação, a central deve comunicar imedi-
atamente o fato ao gestor (Secretaria Municipal da Saúde) da sede do prestador.
   As unidades prestadoras devem encaminhar diariamente relatórios de alta
dos pacientes, contendo nome do paciente, número do leito, data da alta e
motivo da alta. Esse relatório alimentará o programa da central, contabilizando
os leitos ocupados e disponíveis.
   No caso de mudança de procedimento, a unidade deve informar a central,
que autorizará ou não tal mudança.
   A partir do cadastro da Programação Pactuada Integrada e das portarias do
Ministério da Saúde que normatizam os exames de alta complexidade, o gestor
deve estabelecer os serviços que serão oferecidos pelas unidades prestadoras da
área de abrangência e os serviços a serem utilizados de outra região de saúde,
ou seja, é necessário o estabelecimento de negociação entre os gestores para
definir o tipo e a quantidade de exames/terapias oferecidos.
   O agendamento prévio deve se restringir aos procedimentos que exigem
preparo anterior e/ou de alta complexidade, entre eles:
      • Imagenologia: Raio X contrastado
                      Exames especializados
                      Ultra-som
                      Tomografia computadorizada
                      Radiologia digital
                      Ressonância magnética
                      Densitometria
                      Mamografia
                      Neurorradiologia
10
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




           • Medicina Nuclear in vitro e in vivo
           • Métodos gráficos: EEG
                               Ergometria
                               Holter
                               Espirometria
           • Endoscopia: Digestiva (per oral)
                         Broncoscópica
                         Urológica
           • Hemodinâmica
           • Ecocardiografia
           • Audiometria
           • Radioterapia
           • Quimioterapia
           • Histocompatibilidade
           • Genética médica
           • Fisioterapia
           • Órtese/prótese
           • Medicamentos excepcionais
        É importante definir que as unidades requisitantes serão autorizadas a solici-
     tar os procedimentos citados acima.
        O gestor deve estabelecer as quantidades oferecidas para cada tipo de
     serviço de diagnóstico ou terapêutico.
        O funcionamento da central deverá ocorrer mediante os fluxos estabelecidos
     (a seguir) para as diversas ações de saúde.
11
                                                                AUDITORIA      OPERACIONAL




Fluxo para agendamento de consultas de especialidades




                                  Paciente




                             Procura as unidades
                              básicas de saúde
                              Consulta médica

                                                             Médico da
          O serviço                                      UBS solicita consulta
          resolve o                                       com especialista e
          problema                                        preenche guia de
                                                              referência




                                             Recepção da UBS aciona Central de Regulação


    Encaminha agenda à
   unidade prestadora com                     Central indica o local, dia e hora da consulta
  48 horas de antecedência


                                                      Unidade informa o paciente


      Unidade prestadora
       contra-referencia à                                Consulta é realizada
      unidade requisitante




                                                           Paciente permanece
                                                          na unidade prestadora
                                                                e informa
                                                           unidade requisitante
12
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Fluxo de internações eletivas




                                           Paciente




                                     Procura os serviços de
                                       saúde vinculados
                                     (unidade requisitante)

                                       Consulta médica

                                                                     Médico da
                                                                  unidade de saúde
                    O serviço                                     vinculado ao SUS
                    resolve o                                    indica internação e
                    problema                                       preenche laudo
                                                                    de solicitação




                                                                Chefia da unidade ou
                                                              gestor autoriza e aciona a
                                                                Central de Regulação




                                                                   Central indica
                                                                   hospital e leito




                                           Hospital tem
                  Auditoria avalia
                                          48 horas para              O cliente é
                    e valida a
                                        encaminhar laudo             internado
                  emissão de AIH
                                        de emissão da AIH
13
                                                                  AUDITORIA     OPERACIONAL




Fluxo para internação de urgência e emergência




                                    Paciente




                               Procura os serviços
                                cadastrados para
                                 atendimento de
                                   URGÊNCIA
                                Consulta médica
                                                                      Médico
          Resolve o                                                   indica e
          problema                                                preenche laudo
                                                                   de internação




                                                             Unidade de saúde solicita
                                                             vaga à central, que indica
                                                                o hospital e o leito
     Hospital informa a Central de Regulação,                      a ser utilizado
         que autoriza (provisoriamente)
            e envia laudo em 48 horas
            para autorização definitiva
                                                            Hospital realiza a internação
                                                              e encaminha laudo em
                                                              48 horas para o gestor




                                  Gestor analiza e audita
                                          in loco



           Não
        autoriza e                                                         Autoriza
        comunica                                                          a emissão
        ao hospital                                                        de AIH
14
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Fluxo para Serviço de Apoio a Diagnose e Terapia




                                                    Paciente




                                            Procura as unidades
                                             básicas de saúde
                                                 Consulta médica

                                                                                   Médico
                        Resolve o                                              solicita exames
                        problema                                                  através de
                                                                                 requisição
                                                                                   própria




                   Patologia clínica                               Procedimentos diagnósticos e
                  Raio X simples ECG                                 terapêuticos sob controle

              Recepção indica a unidade                            Unidade aciona (por telefone)
           prestadora que realizará o exame                           Central de Regulação



               Unidade prestadora realiza
             o procedimento e encaminha o
           resultado para unidade requisitante




           Diagnose/terapia (sob autorização prévia):                Diagnose e terapia (sem
                 chefia da unidade autoriza e                      autorização prévia): unidade
                aciona Central de Regulação                        aciona Central de Regulação




             Resultado/laudo                      Paciente                   Central de Regulação
            Retorno à unidade                     realiza o               indica unidade prestadora,
                prestadora                         exame                    dia, horário e preparo
15
                                                         AUDITORIA   OPERACIONAL




Estrutura
O tamanho da Central de Regulação precisa estar adequado à realidade do dis-
trito. Os recursos materiais e humanos apresentados devem ser considerados
como ponto de referência. O gestor tem de adequar a central aos recursos
disponíveis no distrito:
1. Recursos materiais:
      • Área física compatível com as atividades desenvolvidas
      • PABX, modelo CPC44
      • Linhas telefônicas
      • Fax simples
      • Microcomputadores interligados em rede ou não
      • Impressoras
2. Recursos humanos:
Os recursos humanos utilizados devem ser capacitados de acordo com o mo-
delo assistencial e para a operação do sistema.
      • Médicos: 40 horas semanais
      • Oficiais administrativos

Principais atribuições
1. Oficial administrativo (com responsabilidade administrativa):
      • atende às solicitações das unidades requisitantes;
      • agenda as consultas de especialidades e SADT;
      • disponibiliza leitos para as internações solicitadas (eletivas);
      • aciona supervisor quando das internações de urgência/emergência;
      • notifica o supervisor a respeito de dúvidas ou de eventuais intercorrências.
2. Supervisor :
      • coordena a Central de Regulação;
      • estabelece contato com as unidades prestadoras e requisitantes para
        superação de dificuldades;
      • elabora relatórios gerenciais para os gestores;
      • aciona gestor quando ocorre negativa da unidade prestadora ou
        demanda reprimida;
      • aciona auditoria operacional;
      • avalia qualidade de funcionamento do sistema.
16
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Horário de funcionamento
     Idealmente, a Central de Regulação deve funcionar 24 horas por dia devido à
     possibilidade da ocorrência de internações de urgência/emergência, que atual-
     mente constitui nó crítico do sistema.
        No entanto, o funcionamento pode variar de 8 a 24 horas, de acordo com os
     recursos disponíveis. Quando o funcionamento for parcial, de 8 a 12 horas, é
     necessário estabelecer parceria com a unidade prestadora, a fim de que ela atue
     no controle dos quantitativos de ações disponíveis, retornando a informação à
     central para atualização dos dados.

     B. Protocolo técnico (clínico)
     O protocolo técnico é instrumento normativo do processo de atenção à saúde
     e tem como funções:
           • a promoção da qualidade técnica da atenção nos diversos níveis do
             sistema;
           • a utilização racional dos recursos de diagnose e terapia disponíveis;
           • a sistematização dos mecanismos de referência e contra-referência da
             clientela.
        Os protocolos devem ser utilizados para a tomada de decisões e indicar pas-
     sos adequados para o diagnóstico, terapia específica e prevenção de compli-
     cações de enfermidades ou anomalias específicas, ou seja, devem proporcionar
     um plano detalhado para o acompanhamento dos pacientes com diagnósticos
     específicos: processos, prazos, responsabilidades desde a admissão do
     paciente até a alta. Os aspectos a serem levados em conta na elaboração e apli-
     cação são tempo, custo e recursos disponíveis.
        Existem várias publicações que contêm protocolos das diversas áreas de
     atenção. O mais utilizado e completo é da Agency of Health Care Policy and
     Research (AHCPR); as versões mais utilizadas são o “Clinical Practice Guideline”
     e “Quick Reference Guide for Clinicals”. O endereço na Internet da AHCPR é
     http://www.ahcpr.gov.

           II – AÇÕES      DE CONTROLE

     Atividades básicas
           • Analisar e auditar in loco as solicitações de internações.
           • Autorizar a emissão da AIH.
           • Autorizar, previamente, a realização de cirurgias eletivas.
           • Autorizar realização de exames de alta complexidade (APAC).
           • Analisar os relatórios de saída do sistema ambulatorial e de internação
             (SIA e SIH/SUS).
17
                                                      AUDITORIA   OPERACIONAL




      • Vistoriar os serviços em conjunto com a Vigilância Sanitária.
      • Controlar o cumprimento das normas sobre as atividades de prestação
        de serviços pelas unidades de saúde, emanadas do MS, SES e Secretaria
        Municipal da Saúde.
      • Acolher denúncias de usuários, prestadores, gestores ou profissionais
        de saúde.
      • Analisar e auditar os atendimentos individuais de ambulatório e SADT.
      • Acionar a realização de auditoria analítica a partir da detecção de dis-
        torções ou problemas específicos.

Instrumentos para auditoria operacional
      • Programação Pactuada Integrada do Distrito Sanitário.
      • Contratos e convênios com a rede prestadora de serviços.
      • Manuais do SIH e SIA/SUS e de auditoria do MS e secretarias estadual e
        municipal da Saúde.
      • Portarias ministeriais, da Secretaria de Estado da Saúde e da Secretaria
        Municipal da Saúde, que regulam a prestação de serviços.
      • Prontuários dos pacientes.
      • Sistema de Informação em Saúde.

Roteiro da auditoria operacional
Objetivo
O roteiro de auditoria operacional tem como objetivo sistematizar as ações de
controle dos atendimentos realizados pelas unidades prestadoras.
Ambulatório e SADT
As atividades de auditoria operacional devem ser alimentadas pelo Sistema de
Informações Ambulatoriais e seus aplicativos, dentre os quais:
      • Relatórios do SIA/SUS;
      • Ficha de atendimento ambulatorial;
      • TAB/SIA;
      • VAL/SIA;
      • Requisições e laudos de exames especializados;
      • APAC (Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade).
18
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




       Dentre os relatórios emitidos pelo sistema, devem ser utilizados mais fre-
     qüentemente:
          a. Relatório da situação cadastral da unidade:
             • Possibilita a avaliação da compatibilidade entre capacidade opera-
               cional e programação físico/orçamentária, estabelecida para as
               unidades.
           b. Boletim de produção ambulatorial e relatório da situação de produção:
             • Registra todos os procedimentos realizados pela unidade.
             • O relatório da situação de produção indica os procedimentos
               rejeitados.
           c. Relatório de créditos bancários:
             • Indica os valores creditados na conta corrente de cada prestador.
           d. TAB/SIA:
             • Apura as quantidades e valores de procedimentos apresentados
               pelos prestadores.
             • Pode ser agregado por município, estado ou regiões de saúde.
           e. VAL/SIA:
             • Informa os valores creditados aos prestadores por item de progra-
               mação e tipo de prestador, além da pesquisa de dados cadastrais.

        A auditoria operacional em ambulatório deve concentrar-se nos procedi-
     mentos que mais ocorreram no sistema, entre eles os de alto custo e alta com-
     plexidade, a fim de ajustar sua capacidade de oferta às necessidades da clien-
     tela do Distrito Sanitário. Eis alguns deles:
           • Urgência /emergência
           • Cirurgias ambulatoriais
           • Medicina Nuclear in vitro e in vivo
           • Diálise
           • Tomografia
           • Hemoterapia
           • Radioterapia
           • Quimioterapia
19
                                                      AUDITORIA   OPERACIONAL




      • Órtese e prótese
      • Medicamentos de uso contínuo (alto custo)
      • Internação hospitalar
  As análises devem ser feitas in loco e, se possível, de todas as internações
hospitalares ou no mínimo 50% delas.

Análise de prontuário
Segundo orientação do Conselho Federal de Medicina, o prontuário não pode
ser retirado da unidade.
Documentos
 1. Laudo de solicitação da AIH:
      • Confrontar o procedimento solicitado e o procedimento autorizado
        com o procedimento realizado. Em caso de mudança de procedimen-
        to, verificar se ele foi autorizado.
 2. História clínica.
 3. Avaliar a compatibilidade entre o procedimento realizado e a anamnese,
 exame físico e SADT constantes do prontuário.
 4. Prescrição médica:
      • Medicamentos prescritos devem ser compatíveis com o diagnóstico.
 5. Evolução:
      • Deve ser diária.
 6. Evolução de enfermagem:
      • Analisar cuidados de enfermagem e anotações correspondentes no
        prontuário.
 7. Descrição cirúrgica:
      • Analisar compatibilidade da descrição com o procedimento solicita-
        do/autorizado/realizado.
 8. Ficha de anestesia:
      • Analisar o tempo de duração do ato.
 9. Ficha obstétrica:
      • Analisar informação sobre o tipo de parto e indicações.
10. Procedimentos especiais e órteses/próteses:
      • Analisar se o realizado está compatível com o procedimento autorizado.
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     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Supervisão in loco de serviços de saúde
     Supervisão, do inglês “supervision”, significa “orientar, inspecionar”, quer dizer
     “observar com grande atenção”.
        As atividades de supervisão são indicadas quando houver cadastramento de
     serviços novos, frente a análises operacionais de rotina ou mesmo às de con-
     teúdo analítico que apontem distorções de ordem técnico-administrativas,
     frente a denúncias, ou mesmo quando fazem parte da rotina da equipe técnica
     de auditoria.
        As visitas de supervisão buscam dar maior conhecimento da realidade insti-
     tucional que se analisa, subsidiando mais concretamente a tomada de
     decisões pelo gestor.
        É possível encontrar vários formatos de relatórios e protocolos que subsi-
     diam uma supervisão de equipamentos de saúde, sejam eles quais forem.
     Porém, ou são muito complexos ou mais simples e nem sempre conseguem
     reunir sucintamente, e no mesmo formato, os vários aspectos que um gestor
     precisa acessar. Os cinco relatórios aqui apresentados tentam dar conta dessas
     questões levantadas.

     Relatórios de supervisão
           • Serviços de ações básicas de saúde
           • Ambulatórios de especialidades
           • Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico
           • Pronto -socorro
           • Atendimento hospitalar
       A depender da complexidade do sistema de saúde existente, todos ou ape-
     nas um módulo poderá ser utilizado. Para melhor desempenho das atividades
     de avaliação, controle e auditoria de unidades de saúde, sejam de gerência
     própria e/ou conveniadas e contratadas, indicamos a seqüência de atividades
     abaixo relacionadas:
     1. Compilar e analisar as informações conhecidas ou previamente solicitadas à
     visita de supervisão. É interessante estabelecer comparações entre relatórios e
     resultados de supervisões anteriores.
     2. Antes da visita, definir claramente o papel e a divisão de tarefas entre os
     componentes da equipe. Recomenda-se que haja um coordenador que repre-
     sente institucionalmente o gestor.
     3. Sempre que possível, compor equipes com pelo menos um médico e profis-
     sionais das áreas de planejamento, auditoria e controle, vigilância sanitária e
     finanças.
21
                                                         AUDITORIA   OPERACIONAL




4. É interessante que o grupo apresente-se previamente à direção da unidade
ou instituição e solicite a indicação de um profissional gabaritado para acom-
panhar a visita.
5. É recomendável a utilização de planta física para verificação de flu-
xos/localizações e mapear a cargo de quem estão as responsabilidades geren-
ciais dos setores, tanto administrativa quanto tecnicamente.
6. É interessante que a equipe de supervisão observe a dinâmica e o funciona-
mento habituais e não aqueles “acertados” para recebê-los.
7. Se possível, anexar a impressão dos usuários relativa ao atendimento recebido.
   Os roteiros visam fornecer um diagnóstico da unidade supervisionada, re-
lativos à:
1. Estrutura física: distribuição e destinação dos espaços físicos internos, flu-
xos e condições das instalações. Se não forem adequadas e interferirem nos
resultados das atividades executadas, a equipe deverá recomendar reformas,
adaptações, ampliações ou até mesmo mudança de local. Este item baseia-se,
fundamentalmente, na Portaria MS 1.884/94.
2. Recursos humanos: quantidade disponível para comparação com parâmetros
existentes; qualificação profissional; existência de rotinas, protocolos que nor-
matizem as atividades como facilitadores e difusores das tarefas a serem execu-
tadas; distribuição das atividades e compreensão da inserção do trabalho indi-
vidual no conjunto, e o papel desempenhado pela unidade. Se inadequadas,
essas condições interferem diretamente no resultado esperado. A equipe de
supervisão deverá apontá-las, propondo contratações, treinamentos, remaneja-
mentos e redistribuição de atividades.
3. Equipamentos: listagem por setor, condições de uso e manutenção relaciona-
dos às atividades-fim (diretamente ao paciente, como raio X, ultra-som, EEG,
ECG, etc.) ou atividades-meio (equipamentos de lavanderia, nutrição e dietética,
etc.). A equipe apontará os equipamentos que necessitam de manutenção, de
remanejamento, quando subutilizados, ou a compra de novos equipamentos.
4. Produção e inserção do serviço no sistema de referência e contra-referência:
quantidades disponibilizadas ao SUS de consultas, exames subsidiários e inter-
nações. Indicadores gerais, como cobertura vacinal, desempenho hospitalar,
perfil de patologias atendidas, atividades realizadas pelos diversos profissionais,
procedência dos pacientes. Busca-se traçar um perfil da demanda atendida, do
serviço ofertado, patologias mais freqüentes que, eventualmente, mereçam um
programa diferenciado para, com os demais itens, compor uma melhor qualifi-
cação do serviço avaliado.
5. Qualidade do atendimento: através da avaliação indireta de prontuários e,
diretamente, através do questionamento aos usuários.
22
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




        Os relatórios centram-se mais em atividades-fim, relacionadas diretamente
     aos pacientes, apontando apenas estrangulamentos em atividades-meio que
     possam comprometer os resultados da primeira.
        O perfil dado para ordenar as questões dos relatórios foi o de possibilitar
     uma seqüência que “explorasse” os diversos aspectos de um mesmo setor ana-
     lisado, na idéia de um mix que forneça um retrato dinâmico do observado pela
     equipe de supervisão.
        Como esses relatórios pretendem subsidiar a tomada de decisões frente ao
     diagnóstico da unidade, sugerimos que seja formado um relatório-síntese que
     aponte:
     1. Os problemas encontrados priorizados.
     2. Que a seleção de priorizações se dê de acordo com o risco que causam aos
     usuários e funcionários, se não resolvidos.
     3. Unidades sob gerência do gestor:
           • problemas cuja solução não tenha custos ou apresente um baixo custo;
           • problemas cuja solução envolva maiores montantes de recursos
             financeiros.
     4. Unidades conveniadas/contratadas:
           • indicar ajustes que possibilitem a modificação dos problemas aponta-
             dos e que, portanto, mantenham o credenciamento no SUS;
           • os problemas detectados são de difícil solução ou insolúveis, colocan-
             do em risco os usuários e funcionários, e, portanto, aponta-se o des-
             credenciamento do SUS.
23
                                                AUDITORIA   OPERACIONAL




                      MODELO DE RELATÓRIO – SÍNTESE

  ᮀ Serviços de gerência própria
  ᮀ Serviços conveniados/contratados
         PROBLEMAS             OPERAÇÕES              CUSTOS
        PRIORIZADOS            PROPOSTAS                R$


Estrutura física




Recursos humanos




Equipamentos




Produção
Sistema de referência e
contra-referência




Qualidade
do atendimento
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                          AUDITORIA,       CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




                        PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 1
                                                                   Doraci Maganha Cardoso




        FORMAS DE PROCEDIMENTOS
        APURATÓRIOS DE RESPONSABILIDADE

Sindicância e processo administrativo
Instaura-se sindicância ou processo administrativo a fim de apurar ação ou
omissão de pessoa física ou jurídica (por seus representantes), puníveis disci-
plinarmente pela inexecução total ou parcial do contrato, o não-cumprimento
de cláusulas contratuais, o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, a
lentidão do seu cumprimento, o desatendimento das determinações regulares
das autoridades do SUS, dentre outras causas.
   O processo administrativo é de compulsória realização quando, dada a gravi-
dade do ilícito imputado, a pessoa física ou jurídica for passível de descadas-
tramento ou rescisão contratual, independentemente de eventuais incursões
nos Códigos de Ética e Penal, cujos feitos deverão correr igualmente no con-
selho respectivo e na esfera policial.
   Já a sindicância, sendo também um procedimento de apuração de responsa-
bilidade, é, todavia, menos formal, pois será instaurada quando não houver ele-
mentos suficientes para se concluir pela existência da falta ou de sua autoria.
   Portanto, o objetivo básico da sindicância é apontar a materialidade de um
fato considerado delituoso e identificar o seu agente.
   É essencial consignar que a solução de sindicância seja encarada como for-
ma completa de apuração de atos e de autoria, seja de arquivamento pela ine-
xistência de delito e de autores, seja de conseqüente aplicação de penalidade,
se for o caso.


1. Esclarecimento: este trabalho decorre dos estudos do Direito Disciplinar e da experiência adquirida nas áreas
de assessoramento técnico-administrativo, jurídico, e da colaboração às autoridades de diversas instâncias,
como servidora da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
26
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Ação pelo critério da verdade sabida
     É dispensável a sindicância quando a autoridade competente para a imposição
     de penalidades puder agir pelo critério da verdade sabida, nos casos em que o
     servidor ou pessoa jurídica (por seus representantes) for apanhado em fla-
     grante na prática de irregularidades.
        Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto de falta por
     parte da autoridade competente para aplicar a pena.
        Nas hipóteses aqui previstas, a autoridade que flagra deverá lavrar auto cir-
     cunstanciado acerca da ocorrência, assinado por duas testemunhas, tomando a
     termo, na mesma oportunidade, o depoimento pessoal do acusado, que valerá
     não só como depoimento pessoal do acusado em audiência, mas também
     como autêntica e verdadeira transcrição de defesa oral.
        Esse ato dará por cumprido o princípio de que ninguém pode ser acusado
     sem ser ouvido, nem ser condenado sem defender-se.

           PROCEDIMENTOS
     1. Recebida a denúncia escrita, veiculada pela imprensa, ou tendo tomado
     conhecimento da ocorrência, a autoridade manda lavrar o respectivo termo.
     Esse documento (denúncia, recorte de jornal, ou termo) constituirá a peça ini-
     cial do feito, que deverá ser autuada e protocolada.

     2. A autoridade designará, por escrito, no próprio expediente, comissão de
     funcionários (um, dois ou três), sendo que o presidente será de categoria nun-
     ca inferior à do acusado, quando se tratar de servidor, mediante despacho:



                    Designo os Srs. (...) e (...) para, sob presidência do
              primeiro, constituírem a Comissão encarregada da apuração
              dos fatos relatados na inicial do presente,


                                          [data]

                                       [assinatura]
27
                                                       PROCESSOS    ADMINISTRATIVOS




3. A comissão, recebendo o processo, lavrará o termo de início:



                                Termo de início


                A presente Comissão, instituída pelo (diretor, chefe,
         secretário, etc.) do (nome do órgão), dá início, através deste,
         ao processo nº (...), onde se acha indiciado o Sr. (...), RG (...),
         (cargo), desta unidade, decidindo, preliminarmente, agendar
         as oitivas das pessoas tais, ou efetuar tais diligências (...)


               Do que, para os devidos efeitos, principalmente para
         o da contagem de prazos, foi lavrado o presente termo, que
         vai devidamente assinado pelos componentes da comissão.

                                  [localidade/data]

           [assinatura]         [assinatura]            [assinatura]
           [nome]               [nome]                  [nome]
           presidente           membro                  membro
28
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     4. Em seguida, o presidente da comissão expedirá notificação ao denunciante,
     ao acusado e às testemunhas para se apresentarem para depoimento:



                                             Notificação


               Ilmo. Sr.
               (...)
               [Localidade]


                      Com a presente notificamos que no dia (...), às (...)
               horas, deverá Vossa Senhoria comparecer ao centro de (...),
               para depor perante a Comissão de Sindicância, a fim de apu-
               rar fatos constantes do processo nº (...)


                                          [assinatura]
                                            [nome]
                            Presidente da Comissão de Sindicância


               Ciente
               [data]

               [assinatura]
               [nome]


           Nota: elaborar em duas vias – a primeira é entregue ao notificado e a segunda, depois
                 de assinado o recebimento, é colocada no processo.
29
                                                     PROCESSOS   ADMINISTRATIVOS




5. No dia e hora aprazados serão os notificados ouvidos (primeiro, o denun-
ciante; segundo, o acusado; terceiro, testemunhas da comissão, e, quarto, teste-
munhas do acusado), e no ato, será lavrado o termo de depoimento:



                           Termo de depoimento



               Aos (...) dias do mês de (...) do ano de um mil, nove-
         centos e (...), compareceu ao (sede da comissão), convoca-
         do que foi o Sr. (...), (qualificação), para depor perante a
         comissão que apura os fatos constantes do processo nº (...),
         que disse o seguinte: (respostas às perguntas do presidente
         da comissão) (............), nada mais disse e nem lhe foi per-
         guntado; lido e achado conforme foi assinado por todos os
         presentes.


         [assinatura]    [assinatura]     [assinatura]      [assinatura]
         [nome]          [nome]           [nome]            [nome]
         depoente        presidente       membro            membro


6. Durante os depoimentos poderão surgir novas testemunhas e, se for o caso,
poderá o presidente notificá-las para depor (vide modelo no item 4).

7. Poderá o presidente da comissão efetuar juntada de provas documentais ou
solicitar apresentação de cópias para esse efeito.
30
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     8. Ainda, para elucidação de contraditórios, poderá a comissão efetuar
     acareação entre acusado e denunciante ou entre esses e testemunhas, da qual
     também se lavrará o respectivo termo:
       Acareação é a ação de acarear. Acarear: “Pôr cara a cara; pôr em presença
     umas das outras (testemunhas), cujos depoimentos ou declarações não são
     concordes”.



                               Notificação para acareação


              Ilmo. Sr.
              (...)
              [Localidade]

                    Tendo sido notada divergência entre o depoimento
              de Vossa Senhoria e o do Sr. (...), nos autos do processo
              instaurado, de (data do depoimento) e de (data do depoi-
              mento), respectivamente, constante do processo nº (...),
              convido-o, de ordem do Sr. Presidente da Comissão de
              Sindicância, para as (...) horas do dia (...), comparecer ao
              (sede da comissão), a fim de ser acareado com o depoente
              mencionado.

                                        [localidade/data]

                                         [assinatura]
                                           [nome]
                           Secretário da Comissão de Sindicância


              Ciente
              [data]

              [assinatura]
              [nome]

          Nota: duas vias, sendo a primeira para o citado e a segunda, após assinada, para o
                processo.
31
                                                   PROCESSOS   ADMINISTRATIVOS




9. Esgotados os depoimentos e juntadas de documentos, o presidente da
comissão abre vistas do processo ao indiciado, para apresentação de defesa,
mediante termo:



                            Termo final de vista


                Nesta data, abre-se vista de todo o conteúdo do
         processo n° (...), em que se acha indiciado o Sr. (...), para
         que o mesmo apresente, dentro do prazo de 10 (dez) dias,
         a partir do ciente, a sua defesa final e escrita.

                              [Localidade/data]

                                  [assinatura]
                                    [nome]
                    Presidente da Comissão de Sindicância


         Ciente
         [data]

         [assinatura]
         [nome]


10. Findo o prazo de defesa, a comissão apresentará seu relatório, do qual
constarão, em relação ao indiciado, as irregularidades de que foi acusado, as
provas colhidas e as razões de defesa, propondo, então, a absolvição ou a
punição e indicando, neste caso, a pena que couber. Deverá, a comissão, tam-
bém sugerir quaisquer outras providências que lhe parecerem de interesse do
serviço público.
32
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




                                        Relatório

                   A Comissão de Sindicância designada por Vossa
             Senhoria para apurar os fatos relatados no processo nº (...)
             vem por este instrumento apresentar o respectivo relatório,
             após ouvir testemunhas, acarear as partes e juntar os docu-
             mentos de fls. (...).
             continuação da página anterior
                    Do que foi possível a esta comissão apurar, verifica-se:
             - que (...)
             - que (...)
             - que (...)
                   De todo o exposto, esta comissão conclui pela pro-
             cedência da denúncia feita contra o (...), uma vez que o
             mesmo infringiu o disposto nos artigos (...), cabendo a apli-
             cação da pena de (...), prevista no artigo (...).
             ou:
                   ...esta comissão conclui pela improcedência de
             denúncia feita contra (...), uma vez que não ficou consubs-
             tanciada qualquer infração aos dispositivos legais, podendo
             os autos serem arquivados.
             ou:
                    ...esta comissão conclui pela procedência de denún-
             cia feita contra (...), uma vez que ficou configurada a
             infração dos artigos (...), cabendo a aplicação da pena de
             (advertência, multa, suspensão, descadastramento,
             rescisão contratual, etc.) prevista no artigo (...), cuja com-
             petência é de (...) (se a autoridade instauradora não for
             competente), devendo os autos serem alteados para
             prosseguimento.
                                   [localidade/data]
                                      [assinatura]
                                        [nome]
                                      presidente
             [assinatura]                              [assinatura]
             [nome]                                    [nome]
             membro                                    membro
33
                                                 PROCESSOS   ADMINISTRATIVOS




11. Recebendo o relatório da comissão, acompanhado do processo, a autori-
dade que houver determinado a sua instauração deverá proferir o julgamento
e determinar as diligências eventualmente sugeridas:


                                Julgamento


               Diante do apurado e sugerido pela Comissão de
        Sindicância, aplico ao interessado a pena de (...), prevista
        no artigo (...), por infringência dos artigos (...) da mesma
        citada lei.

              Lavre-se a respectiva portaria e encaminhe-se para
        publicação ou ciência ou providências complementares.


                             [localidade/data]
                                [assinatura]
                                  [nome]

        ou:

              Considerando que a Comissão de Sindicância con-
        cluiu pela improcedência da denúncia feita contra (...) e
        nada mais havendo a providenciar, arquive-se o presente.

                             [localidade/data]
                                [assinatura]
                                  [nome]
34
     AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     12. No caso de aplicação de pena disciplinar, dentro da competência da
     unidade, deverá ser lavrada a respectiva portaria e, juntamente com o proces-
     so, será encaminhada à publicação. E, quando a pena a ser aplicada extravasar
     os limites de competência da unidade, os autos deverão ser encaminhados ao
     nível hierárquico a que corresponder a referida aplicação, através dos canais
     competentes.


                                               Portaria


                         O (diretor, chefe, secretário), no uso das suas
                 atribuições legais, tendo em vista o que consta do processo
                 nº (...), resolve PUNIR o (a) (...), com a pena de (advertên-
                 cia, multa, suspensão, descadastramento, rescisão contra-
                 tual), nos termos dos artigos (...) por haver infringido as dis-
                 posições dos artigos (...), do supramencionado diploma
                 legal.

                                      [localidade/data]
                                         [assinatura]
                                 [nome e cargo da autoridade]

           Nota: os modelos apresentados deverão ser adaptados conforme o assunto em questão.


           PRAZOS
     1. Início da sindicância ou processo administrativo imediatamente após a de-
     signação da comissão, salvo se houver outra determinação.
     2. A sindicância deverá ser ultimada dentro de 30 dias, prorrogáveis por igual
     prazo, mediante requerimento à autoridade que a houver instaurado.
     3. Prazo para vistas e apresentar defesa: dez dias.
     4. Findo o prazo de defesa, a comissão apresentará seu relatório dentro de
     dez dias.
     5. Recebendo o relatório da comissão, a autoridade que houver determinado a
     sua instauração deverá proferir julgamento dentro do prazo de 30 dias, pror-
     rogável por igual período.
35
                                                  PROCESSOS   ADMINISTRATIVOS




      RESUMO
      Aqui apresentamos, em linhas gerais e sucintas, as fases do processo ou
sindicância:
 1. Denúncia
 2. Documentação que acompanha denúncia
 3. Despacho de instauração e designação de comissão
 4. Extrato e publicação
 5. Termo de início
 6. Requisição de documentos
 7. Qualificação do sindicado
 8. Portaria de enquadramento
 9. Citação
10. Notificação das testemunhas arroladas pela comissão
11. Oitiva do denunciante
12. Oitiva do sindicado
13. Oitiva das testemunhas arroladas pela comissão
14. Notificação das testemunhas arroladas pelo sindicado
15. Notificação ao sindicado sobre oitiva de suas testemunhas
16. Oitiva das testemunhas arroladas pelo sindicado
17. Notificação ao sindicado sobre diligências indicadas pela própria comissão
    ou deferidas ao sindicado
18. Termos e/ou relatórios das diligências
19. Instrução (encerramento da fase de provas e abertura para vistas e apre-
    sentação de defesa)
20. Citação do sindicado para vistas e apresentação de defesa
21. Defesas
22. Designação de dativo, se correr à revelia
23. Defesa do dativo
24. Despacho de indeferimento de diligências requeridas pelo sindicado
25. Notificação ao sindicado para acompanhar diligências, se deferidas
26. Termos e/ou relatórios de diligências
27. Citação para vistas e apresentação de novas defesas
28. Novas defesas
29. Relatório da comissão
30. Termo de encerramento e remessa
31. Julgamento
32. Portarias apenatórias
36
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




           EFEITOS
          O ato decisório do processo administrativo ou sindicância – punitivo –
     começa a surtir seus efeitos legais a partir da publicação oficial pelo órgão de
     imprensa competente.
     Quando o punido for funcionário ou servidor público
           • perde seu direito a certas vantagens funcionais, dependendo da pena-
             lidade que lhe for aplicada;
           • deixa de ser primário, porque, se praticar qualquer outra falta discipli-
             nar, automaticamente será considerado reincidente;
           • o punido, querendo, poderá exercitar o direito de petição, interpondo
             recursos cabíveis dentro do prazo legal.
           Nota: verificar, em cada caso, as disposições estatutárias ou regula-
                 mentares do órgão.

     Quando o punido for pessoa jurídica
           • a infração praticada por seus empregados ou servidores, ou, ainda, a
             inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as
             conseqüências contratuais e as previstas em lei ou regulamento, bem
             como a aplicação das penas de advertência, multa, suspensão tem-
             porária de participação em licitação e impedimento de contratar com a
             administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos e a declaração
             de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração.
     A lei garante ao contratado a prévia defesa no prazo de cinco dias úteis.
           Nota: verificar a Lei nº 8.666/93, com a redação dada pela Lei 8.883/94,
                 artigos 77 a 88.

           OUTRAS      PROVIDÊNCIAS
            Quando a falta, transgressão, inexecução, etc., praticadas, quer por fun-
     cionário ou servidor, quer por pessoa jurídica, também se constituírem em
     crime previsto na lei penal, a autoridade que determinou instauração de
     processo administrativo ou sindicância providenciará para que se instaure,
     simultaneamente, o inquérito policial.
        Outrossim, nos casos de suposta infração ético-profissional, tal autoridade
     também providenciará comunicação do fato ao conselho, comissão ou enti-
     dade de classe competente, inclusive encaminhando cópia das peças essen-
     ciais do processo.
37
                                                          PROCESSOS     ADMINISTRATIVOS




BIBLIOGRAFIA

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BONFIM, Alberto. O Processo Administrativo, Ed. Freitas Bastos, 1967.
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Código de Processo Civil Brasileiro
Código Penal Brasileiro
Código de Processo Penal Brasileiro
Código Sanitário do Estado de São Paulo
Constituição Federal de 1988
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CRETELLA JR., José. Prática de Processo Administrativo, Revista dos Tribunais, 1988.
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo
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MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros, 1995.
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MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Eficácia nas Licitações e Contratos, Del Rey, 1994.
MUKAI, Hoshio. Contratos Públicos, Forense Universitária, 1995.
OLIVEIRA, Juarez de. CLT, São Paulo, Saraiva, 1995.
ROCHA, Cármem Lúcia Antunes. Princípios Constitucionais da Administração Pública, Del
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SUNDFELD, Carlos Ari. Licitação e Contrato Administrativo. Malheiros, 1994.
39
                   AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




                                    AUDITORIA ANALÍTICA




      OBJETIVO
       A auditoria analítica é, no processo geral de auditoria, o conjunto de ati-
vidades desenvolvidas preferencialmente por equipe multidisciplinar, visando
aprofundar as análises no sistema de atenção à saúde, a partir de situações
encontradas na auditoria operacional ou decorrentes do impacto diferente do
estabelecido no processo de planejamento.
   Dada a implantação da Norma Operacional Básica (NOB) 1/96, as ativida-
des de auditoria analítica devem apontar para uma reordenação do modelo
de atenção à saúde, valorizando os resultados advindos de programação com
critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade, encaminhando para
a superação dos mecanismos tradicionais, centrados no faturamento de servi-
ços produzidos.

      PRODUTOS
      A auditoria analítica, visando um impacto positivo nas condições de saú-
de da população, permite:
      • subsidiar o processo de programação pactuada e integrada em sua ela-
        boração ou reprogramação;
      • alterar o processo de gerenciamento da rede de serviços;
      • implantar novas rotinas de controle e/ou auditoria operacional;
      • modificar as normas de regulação e/ou protocolos do sistema de saúde;
      • alimentar o processo de decisão do gestor a partir da identificação de
        situações que comprometam o bom andamento da prestação de serviços.
40
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




           LOCUS     DE AÇÃO
            Na proposta de auditoria analítica do Distrito Sanitário, consideramos um
     modelo gerencial descentralizado, no qual os gerentes de unidades próprias
     tenham a responsabilidade de otimizar a utilização dos recursos, físicos e
     humanos, como também a busca de fatores externos à unidade e necessários
     ao bom desenvolvimento das ações de saúde planejadas para o seu território.
        Ainda na gerência da unidade própria, consideramos a responsabilidade de
     avaliar e controlar unidades conveniadas e contratadas existentes no mesmo
     espaço geográfico de abrangência e também o encaminhamento a serviços de
     saúde fora de seu território, conforme encontra-se previsto na NOB 1/96, bus-
     cando a melhor relação custo/benefício.
        Dada a dificuldade de implantação de um sistema de custos, propomos
     trabalhar com indicadores quantitativos que permitam inferir a relação cus-
     to/benefício. Entre estes, adotamos a concentração de atendimento para a
     resolução do problema apresentado pelo cliente, verificada através da repe-
     tição de atendimento na mesma ou em diversas unidades de saúde. Esse
     indicador está estreitamente relacionado à taxa de cobertura da unidade e ao
     percentual de encaminhamento a outras unidades de maior complexidade
     e/ou resolubilidade.
        Em seguida, consideramos que o gestor conta com um nível intermediário de
     auditoria e avaliação, composto por equipe técnica designada pelo gestor, com
     a função de monitorar a prestação de ações de saúde no território e retroali-
     mentar o processo de planejamento, principalmente quanto às ações a serem
     programadas, visando a reorganização do modelo assistencial, expressada pelo
     sistema de referência e contra-referência de clientes.
        A auditoria analítica tem como ponto culminante subsidiar as atividades de
     avaliação dos conselhos de saúde do Distrito Sanitário.
        Ainda como premissa, consideramos a existência de um sistema de informa-
     ções hierarquizados, que permita a elaboração de indicadores nos diversos
     níveis de abrangência, ao mesmo tempo que garanta o acesso a dados e infor-
     mações menos agregadas, atendendo a necessidades de aprofundamento das
     ações de auditorias, ou seja, informações disponíveis tanto ao gerente de uma
     unidade de saúde quanto aos membros dos conselhos de saúde.
        Considerando que o impacto de algumas ações de saúde dependem do tem-
     po em que são operadas, torna-se necessário que a auditoria analítica tenha
     acesso direto a alguns sistemas de informações. Por exemplo: ações visando a
     diminuição de óbitos de crianças desnutridas obterão melhores resultados se o
     sistema de informação contar com busca ativa e não depender de sistemas ofi-
     ciais, cujo tempo de disponibilização de dados torna ineficazes as ações de
     intervenção.
        As premissas acima expostas permitem identificar locus hierarquizados de
     desenvolvimento das atividades de auditoria analítica.
41
                                                               AUDITORIA   ANALÍTICA




Detalhamento dos níveis de auditoria
analítica no Distrito Sanitário




                                                Conselho de Saúde


                                                      Gestor


                                          Equipe técnica de planejamento
                                            Equipe técnica de auditoria


     Conselhos locais                              Gerente da
        de saúde                                unidade de saúde




      PRINCIPAIS        INSTRUMENTOS DA          AUDITORIA ANALÍTICA
      • Plano de saúde do Distrito Sanitário
      • Programação Pactuada Integrada (PPI)
      • Relatório de auditoria operacional
      • Cadastro da rede de serviços
      • Banco de dados dos atendimentos ambulatorial e hospitalar
      • Banco de dados de mortalidade, vigilância epidemiológica e ambiental
      • Prontuários dos pacientes
      • Entrevistas com usuários

      OPERACIONALIZAÇÃO
      A partir dos instrumentos mencionados no item anterior, podem-se ela-
borar indicadores quantitativos que, agregados à caracterização da população
quanto a sua composição por faixa etária e sexo, dependência do Sistema
Único de Saúde, perfil sócio-econômico e existência de mecanismos que
tornem possível o controle social, permitem monitorar e identificar distorções
que impliquem a reprogramação de ações e/ou reorganização dos serviços.
   Em análise comparativa, a auditoria analítica considera:
      • os indicadores no período de análise e em relação a uma série histórica;
      • os indicadores do distrito com os de outros distritos da região ou com os
        de mesmo porte;
42
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




           • os indicadores do Distrito Sanitário com os parâmetros preestabeleci-
             dos na programação.
        A seguir, relacionamos os indicadores mais utilizados para avaliação e con-
     trole do sistema de saúde, englobando os modelos assistencial e gerencial.

           INDICADORES        DE SERVIÇOS DE SAÚDE
            A utilização de indicadores de prestação de serviços como alerta para
     identificação de distorções que necessitem instaurar auditorias, rever o plane-
     jamento de ações de saúde ou a organização dos serviços, tem sido crescente,
     pois permite que essa atividade não tenha caráter policialesco, verificando não
     apenas a ação isolada e sim o impacto de um conjunto de ações nas condições
     de saúde da população e no financiamento do setor.
        A metodologia de utilização de indicadores quantitativos para inferir a qua-
     lidade das ações e seu impacto nas condições de saúde possibilita diferentes
     graus de detalhamento e deve ser dinâmica, conforme o resultado das ações de
     auditoria e/ou de reorganização dos modelos assistencial e gerencial.
        Para aplicação dessa metodologia é fundamental conhecer:
           • os conceitos definidos pelo sistema de informação do distrito;
           • a formulação de indicadores e suas diferentes aplicações.
     Os indicadores mais utilizados são apresentados sob as seguintes formas:
     I – Taxas percentuais:
           • de grupos de procedimentos em relação a outro grupo de procedi-
             mentos. Por exemplo: taxa de solicitação de exame “A” nas consultas
             médicas;
           • de grau de alcance da meta estabelecida no processo de planejamen-
             to ou por instituições que claramente trabalham a questão da qualida-
             de das ações de saúde.
     II – Número de atividades em determinados grupos de procedimentos ou de
     clientes expostos ao procedimento. Por exemplo: número de consultas médi-
     cas prestadas às gestantes da unidade “A”.

     A formulação de indicadores quantitativos deve passar pelas seguintes etapas:
     I. A seleção da abrangência territorial, que consiste em determinar o espaço
     geográfico em que o indicador será elaborado. Essa seleção pode variar entre
     a definição de uma única unidade ou do conjunto de unidades com caracterís-
     ticas territoriais, por:
           • área de ocorrência – utilizando os dados das unidades localizadas no
             espaço geográfico e sob responsabilidade do Distrito Sanitário. Como
43
                                                          AUDITORIA   ANALÍTICA




        área de ocorrência, o gestor pode optar por avaliar uma única unida-
        de, um conjunto de unidades com características semelhantes, tais
        como hospital geral ou unidades filantrópicas, ou ainda todas as uni-
        dades da área de ocorrência;
      • área de residência – utilizando os dados de prestação dos serviços de
        saúde a clientes sob sua responsabilidade, calculando o indicador refe-
        rente à população residente no Distrito Sanitário. Nesse caso, o gestor
        poderá agregar os dados conforme a organização dos serviços, ava-
        liando desde um único bairro até o distrito como um todo.
II – A seleção do tipo de prestador, que consiste em determinar o agrupamento
de unidades a serem consideradas no cálculo do indicador:
      • unidades próprias
      • unidades filantrópicas
      • unidades universitárias
      • unidades hospitalares em psiquiatria
      • maternidades
      • outras
III – A seleção de período, que determina a data inicial e final de produção em
que os dados serão consolidados para o cálculo do indicador selecionado. A
avaliação em períodos seqüenciais dá ao gestor a série histórica, considerada
fundamental nas análises de taxas de incrementos e de tendência da evolução:
      • determinado mês
      • trimestre
      • semestre
      • ano
IV – Seleção de grupo de procedimentos, que consiste em definir os códigos de
procedimentos dos sistemas de informação ambulatorial e hospitalar que serão
considerados na elaboração do indicador.
   Exemplo de formação de grupo de procedimentos, a partir da tabela do Sis-
tema de Informação Ambulatorial do SUS:
44
     AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Grupo       Subgrupo          Descrição do grupo           Cód. inicial*          Cód. final*
     01              00           Consultas médicas                  040.0                042.6
     01              00           Consultas médicas                  045.0                049.3
     01              01           Consultas de pré-natal             047.7                047.7

     02              00           Fisioterapia                       500.5                710.2
     02              01           Fisioterapia – neurológicas        700.5                700.5
     02              02           Fisioterapia – vasc. periféricas   702.1                702.1
     02              03           Fisioterapia – respiratórias       704.8                704.8
     02              04           Fisioterapia – reumáticas          706.4                706.4
     02              05           Fisioterapia – ortopédicas         708.0                708.0
     02              06           Fisioterapia – reab. cardíaca      710.2                710.2

     03              00           Patologia Clínica                  500.2                   92.4
     * Códigos vigentes no Sistema de Informação Ambulatorial/SUS, em março de 1998.

     V – Seleção de indicadores, que determina o alvo da avaliação e controle. Deve
     estar sempre relacionado com as atividades previstas no processo de planeja-
     mento, independentemente de gerar ou não auditorias operacionais. O gestor
     poderá optar por trabalhar com indicadores gerados a partir de procedimentos
     individuais; porém, propomos que a análise tenha início com indicadores de
     grupo de procedimentos e, quando necessário, aumente o grau de detalhamen-
     to até identificar melhor a ocorrência de distorções.

     Indicadores mais utilizados na auditoria analítica
     I – Gasto “per capita”: refere-se ao gasto médio por usuário potencial, poden-
     do ser geral ou em grupos específicos.
                           valor total gasto, plano “X”, área “A”, período “99”
                     nº total de usuários inscritos no mesmo plano, área e período

     II – Média de permanência de internação: número de dias que, em média, os
     usuários ficam hospitalizados.
                  total de dias de internação no prestador “X”, área “A”, período “99”
                      total de pacientes saídos do mesmo prestador, área e período

     III – Taxa de abandono: proporção de usuários que não receberam a quanti-
     dade total de atendimentos previsto em um programa.
     total de 1º atendimento – total de atendimento no prestador “X”, área “A”, período “99”
                                                                                             x 100
                         total de atendimento no mesmo prestador, área e período

     IV – Taxa de alcance de meta: proporção de procedimentos realizados em
     relação ao total de procedimentos programados.
                  nº de procedimentos produzidos, área “A”, período “99”
                                                                                     x 100
                 nº de procedimentos programados na mesma área e período
45
                                                                   AUDITORIA        ANALÍTICA




V – Taxa de cesárea: proporção de partos pelo procedimento cesariano em
relação ao total de partos.
          nº de cesáreas, no prestador “X”, na área “A”, período “99”
                                                                            x 100
             nº total de partos no mesmo prestador, área e período

VI – Taxa de cobertura: taxa de usuários, em geral ou de grupos de atendimen-
tos específicos, atendidos em determinada ação ou programa de saúde.

                  nº de 1º atendimento na área “A”, período “99”
                                                                  x 100
               nº de usuários potenciais, na mesma área e período

VII – Taxa de concentração: quantidade de procedimentos prestados aos usuá-
rios em geral ou em grupos de usuários com atendimentos específicos.
                 nº de procedimento, programa “X”, área “A”, período “99”
        nº de 1º atendimento no procedimento no mesmo programa, área e período

VIII – Taxa de divergência: entre procedimento autorizado e cobrado, detecta-
da mediante a comparação do procedimento registrado por ocasião da autori-
zação do procedimento e o registrado na cobrança.
  nº de guias c/ procedimento divergente no prestador “X”, área “A”, período “99”
                                                                                      x 100
            nº de guias apresentadas pelo mesmo prestador, área e período


IX – Taxa de encaminhamento: proporção de usuários que não recebem alta
ambulatorial após o atendimento e são encaminhados para serviços de apoio à
diagnose ou terapia em unidades de atendimentos mais ou menos complexos.
            nº de usuários encaminhados da unidade “X”, área “A”, período “99”
                                                                               x 100
              nº de atendimentos na mesma unidade, área e período

X – Taxa de evasão: atendimento de usuários em local diferente da sua área de
residência.
           nº de atendimento em outras áreas da área “A”, período “99”
                                                                       x 100
                 nº total de atendimento na mesma área e período

XI – Taxa de incremento: proporção de acréscimo ou decréscimo da produção
ou pagamento de um procedimento, de um período em relação a outro anterior.
      • incremento físico
nº de proced. no 2º período – nº de proced. no 1º período na área “A”, período “99”
                                                                                        x 100
              nº de procedimentos no 1º período na mesma área e período

      • incremento financeiro
   valor pago no 2º período – valor pago no 1º período na área “A”, período “99”
                                                                                 x 100
               valor pago no 1º período na mesma área e período
46
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     XII – Taxa de internação: proporção de usuários que foram internados em rela-
     ção ao número de usuários potenciais para esse tipo de atendimento.
                           nº de pacientes saídos na área “A”, período “99”         x 100
                       nº total de usuários potenciais na mesma área e período


     XIII – Taxa de invasão de serviço: atendimento de usuários residentes fora do
     local de ocorrência.
               nº de atendimentos de outras áreas na área “A”, período “99” x 100
                      nº total de atendimentos na mesma área e período


     XIV – Taxa de mortalidade hospitalar: proporção de óbitos em atendimento
     hospitalar.
                      nº de óbitos hospitalares na área “A”, período “99”
                                                                            x 100
                     nº total de pacientes saídos da mesma área e período

     XV – Taxa de solicitação de diagnose ou terapia: proporção de procedimentos
     solicitados sobre o grupo de consultas médicas.
           • taxa de solicitação de patologia clínica nas consultas médicas
                  nº de exames de patologia clínica na área “A”, período “99”
                                                                              x 100
                      nº de consultas médicas na mesma área e período

           • taxa de solicitação de radiologia clínica nas consultas médicas
               nº de exames de radiologia clínica na área “A”, período “99”
                                                                            x 100
                   nº de consultas médicas na mesma área e período

           • taxa de solicitação de fisioterapia nas consultas médicas
                    nº de exames de fisioterapia na área “A”, período “99”
                                                                           x 100
                     nº de consultas médicas na mesma área e período

           • taxa de solicitação de quimioterapia nas consultas médicas
                   nº de exames de quimioterapia na área “A”, período “99”
                                                                           x 100
                      nº de consultas médicas na mesma área e período

           • taxa de solicitação de radioterapia nas consultas médicas
                    nº de exames de radioterapia na área “A”, período “99”
                                                                           x 100
                      nº de consultas médicas na mesma área e período

           • taxa de solicitação de SADT nas consultas médicas
                          nº de exames de SADT na área “A”, período “99”         x 100
                          nº de consultas médicas na mesma área e período
47
                                                                                    AUDITORIA       ANALÍTICA




XVI – Taxa de solicitação da UTI: proporção de utilização da unidade de tera-
pia intensiva no total de internações e diárias pagas.
         • nas internações
       nº de internações com uso de UTI no prestador “X”, área “A”, período “99”
                                                                                 x 100
                nº total de internações no mesmo prestador, área e período

         • nas diárias
               nº de diárias de UTI no prestador “X”, área “A”, período “99”
                                                                             x 100
                   nº total de diárias no mesmo prestador, área e período

XVII – Taxa de repetição de atendimento: atendimento ao mesmo usuário,
mesmo que não seja no mesmo procedimento, em espaço de tempo de 90 dias.
nº de guias p/ usuários com atendimentos repetidos no prestador “X”, área “A”, período “99”
                                                                                            x 100
             nº de guias apresentadas no mesmo prestador, área e período

XVIII – Taxa de resolubilidade: proporção de casos resolvidos em relação ao
total de casos atendidos.
            nº de usuários com alta no programa “X”, área “A”, período “99”
                                                                                              x 100
                 nº de 1ª consulta no mesmo programa, área e período

XIX – Taxa de utilização: proporção de uso da capacidade potencial física ou
de recursos humanos destinados à determinada atividade.
         • capacidade física (por exemplo, de consultório médico)
                total de procedimentos produzidos na unidade “A”, no período “99” x 100
              total de procedimentos do potencial físico na mesma unidade e período


         • capacidade de recursos humanos (por exemplo, de médico)
             total de procedimentos produzidos na unidade “A”, período “99”            x 100
    total de procedimentos do potencial de recursos humanos na mesma unidade e período


         • capacidade potencial física no mês
nº de consultórios médicos da especialidade “A” x nº de horas de funcionamento x parâmetros x 22 dias/mês

         • capacidade potencial de recursos humanos no mês
nº de médicos contratados na especialidade “A” x nº de horas de atendimento por dia x parâmetros/hora x 22 dias/mês
48
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Exemplos de indicadores na auditoria analítica
     Sistema de saúde
     Mortalidade:
          • mortalidade infantil e seus componentes neonatal e infantil tardia;
          • causas de mortalidade infantil;
          • índice de natimortalidade;
          • taxa de mortalidade perinatal;
          • taxa de mortalidade materna;
          • incidência de óbitos por doenças preveníveis;
          • incidência de óbitos por causas violentas em relação a outros municí-
            pios do mesmo porte;
          • incidência de óbitos por sintomas e estados mórbidos mal definidos e
            a existência de serviço de verificação de óbitos.

     Meio ambiente:
          • níveis de cloro e flúor na água;
          • relação entre as condições de ambientes de trabalho e o nível de saú-
            de da população.

     Financiamento:
          • taxa de aplicação do orçamento municipal no setor da saúde;
          • perfil dos gastos no setor com despesas de custeio e investimento;
          • custo médio do atendimento, por procedimento e grau de complexi-
            dade da unidade;
          • participação de cada esfera de governo no financiamento do atendi-
            mento ambulatorial;
          • fontes de financiamento do atendimento hospitalar.

     Atendimento ambulatorial
     Acompanhamento da agenda e produtividade:
          • taxa de alcance da agenda;
          • taxa de atendimento em pronto atendimento;
          • concentração de atendimento/hora trabalhada e hora contratada.
49
                                                          AUDITORIA   ANALÍTICA




Concentração de atendimento:
     • procedimento médico por habitante/ano (considerar taxas de inva-
       são/evasão);
     • procedimento odontológico por habitante/ano;
     • atendimento médico por alta de paciente;
     • atendimento básico por procedimento médico;
     • procedimento médico em atividades programáticas (crianças, gestan-
       tes, hipertensos, etc.).
Cobertura:
     • da unidade na população da área de abrangência;
     • da unidade na população do município;
     • do setor público na população do município;
     • da atividade programática na população alvo (crianças, vacinação, ges-
       tantes, hipertensos, etc.);
     • taxa de abandono em atividades programáticas.

Grau de alcance de metas:
     • procedimentos programados (físico e orçamentário);
     • rendimento por hora de profissional cadastrado (médico, odontólogo,
       nível médio, etc.);
     • utilização da rede física (consultório médico, consultório odontológi-
       co, sala de pequena cirurgia, sala de cirurgia ambulatorial e leito de
       observação);
     • atividades programáticas – citologia oncótica, ações coletivas, etc.

Sistema de referência do atendimento ambulatorial:
     • inserção das unidades no modelo assistencial do Distrito Sanitário;
     • inserção do município no modelo assistencial da região.

Perfil da produção:
Analisar separadamente os exames realizados em decorrência de atendimentos
internos da unidade dos solicitados por outras unidades.
     • taxa de solicitação de exames de patologia clínica (proporção de pro-
       cedimentos);
50
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




          • taxa de exames radiológicos;
          • taxa de Serviços de Apoio à Diagnose e Terapia;
          • procedimentos realizados e a estrutura física da unidade (consulta
            médica com observação em unidade desprovida de leitos);
          • procedimentos realizados e os recursos humanos cadastrados na unida-
            de (consulta de enfermeiro onde não há cadastro desse profissional);
          • proporção entre os procedimentos de um mesmo grupo (ortopedia:
            provisórios, tratamento e revisões);
          • taxa de incremento dos procedimentos;
          • participação por tipo de prestador nos grupos de procedimentos médi-
            cos, básicos, odontológicos e de SADT.

     Perfil do atendimento:
          • causas de atendimento hospitalar e as atividades programáticas das
            unidades básicas;
          • incidência de gestantes de alto risco;
          • incidência de gestantes adolescentes;
          • incidência de crianças com peso ao nascer inferior a 2.499 gramas;
          • índice de mutilação odontológica;
          • índice de atividade odontológica preventiva;
          • índice de tratamento completado.

     Morbidade:
          • relação entre as principais causas de atendimentos e os programas
            implantados;
          • casos confirmados de doença de notificação compulsória.

     Resolubilidade do atendimento médico:
          • índice de repetição de atendimento na unidade;
          • índice de repetição nas unidades do município;
          • índice de altas em atendimentos médicos e odontológicos;
          • taxas de encaminhamentos para outros serviços – SADT, ambulatorial
            especializado ou internação.
51
                                                         AUDITORIA    ANALÍTICA




Atendimento hospitalar
Unidade hospitalar :
     • taxa da população internada;
     • taxa de ocupação;
     • média de permanência;
     • índice de mortalidade;
     • taxa de cesárea;
     • índice de substituição de leito;
     • relação de população internada e taxa de ocupação dos hospitais do
       Distrito Sanitário.

Perfil de atendimento:
     • principais causas de internação no hospital;
     • principais causas de internação na população (com correção de resi-
       dência e incidência por 10.000 habitantes);
     • participação das causas externas no total de internações.

Sistema de referência para o atendimento hospitalar :
     • inserção do hospital no modelo assistencial do município;
     • inserção do hospital no modelo assistencial da região;
     • inserção do município no modelo assistencial da região.

Resolubilidade:
     • taxa de pacientes saídos por alta;
     • taxa de pacientes saídos por transferência a outro hospital.

Principais fatores que alteram os indicadores de serviços de saúde:
     • dados não fidedignos utilizados na elaboração do indicador;
     • divergência conceitual entre o sistema de informação e o conhecimen-
       to do profissional que registra o dado;
     • pacientes homônimos, que elevam taxa de repetição de atendimento;
     • incorporação tecnológica em análise de série histórica;
52
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




          • a especificidade do serviço quanto à complexidade das ações;
          • a especificidade do serviço quanto ao protocolo adotado;
          • programa de atendimento à clientela diferenciada, como gestantes de
            alto risco, pacientes crônicos e outros;
          • invasão populacional em decorrência de atividades econômicas, como,
            por exemplo: colheita, corte de cana, evento cultural ou turístico;
          • evasão populacional em decorrência de alterações do meio ambiente
            ou desemprego;
          • atualização do cadastro do paciente em unidade de saúde do território
            analisado, decorrente de mudança ou transferência;
          • atualização do cadastro da unidade de saúde conseqüente à inclusão
            ou exclusão em sistema de autorização de atendimento em procedi-
            mentos de alta complexidade;
          • taxa de clientes efetivamente dependentes ou usuários do sistema de
            saúde do Distrito Sanitário;
          • alteração no fluxo de atendimento do paciente descrito no sistema de
            referência.
53
                AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




               RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO DE
                        SERVIÇOS DE SAÚDE




Ações básicas de saúde

Ambulatório de especialidades

Atendimento imediato – Pronto-Socorro (PS)

Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico – SADT

Atendimento hospitalar
RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

                          AÇÕES BÁSICAS DE SAÚDE




MUNICÍPIO: _______________________________________________       DATA: ___/___/___

IDENTIFICAÇÃO   DA UNIDADE

Nome: ______________________________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________________________
CGC: _______________________________________________________________________________
Bairro: __________________________________ Telefone: _______________________________
Responsável pela unidade (formação): ___________________________________________

TIPO   DE UNIDADE INTEGRANTE DO    SUS: _____________________________________________

TURNO
        ᮀ Atendimento somente pela manhã
        ᮀ Atendimento somente à tarde
        ᮀ Atendimento nos turnos da manhã e tarde
        ᮀ Atendimento nos turnos da manhã, tarde e noite
        ᮀ Atendimento com turnos intermitentes
        ᮀ Atendimento contínuo, 24 horas/dia (plantão inclusive aos sábados,
           domingos e feriados).

FLUXO   DA CLIENTELA

        ᮀ Atendimento de clientela referenciada (quando a unidade atende
           somente clientes encaminhados).
        ᮀ Atendimento de procura direta (quando o cliente procura direta-
           mente a unidade).
        ᮀ Atendimento de procura direta e de clientela referenciada.
56
     AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     1. IMUNIZAÇÕES

     INSTALAÇÕES
     Sala exclusiva para vacinação:
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Condições físicas de higiene e conservação (descrição sucinta: ventilação, ilu-
     minação, paredes, tetos, eletricidade, pia e bancada).




     Geladeira(s), freezer(s), med-nic(s):
        QUANTIDADE / ESTADO DE                                             TOTAL
           CONSERVAÇÃO                BOM      REGULAR        RUIM      (Quantidade)

      Geladeira
      Freezer
      Med-nic

     Uso exclusivo para imunobiológicos?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     O acondicionamento interno para imunobiológicos é feito segundo orienta-
     ções ou normas vigentes?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Problemas encontrados:




     Os imunobiológicos estão identificados com nome, lote e validade?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Há termômetro de máxima e mínima em todos os equipamentos?
           ᮀ Sim ᮀ Não
57
                                                    RELATÓRIOS    DE SUPERVISÃO




Há controle de temperatura, registrado pelo menos duas vezes ao dia, para
cada equipamento?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Estão sendo utilizados apenas material e seringas descartáveis?
        ᮀ Sim ᮀ Não
A forma de descarte do material pérfuro-cortante e demais é feita segundo as
normas vigentes?
        ᮀ Sim ᮀ Não

VACINADORES (AS)
Quantidade e qualificação profissional:




Proceder à observação de aplicação de vacinas: via e técnica de aplicação
para cada imunobiológico.




Todos os vacinadores conhecem o calendário e as normas de vacinação?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Utilizam algum material para consulta?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Qual?



Há supervisão sistemática?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Por quem?
58
     AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Qual a cobertura vacinal no primeiro ano de vida das crianças,
     por tipo de vacina, dose e faixa etária, da área de atendimento da unidade,
     no período de ________________________ ?

      VACINA                        Nº CRIANÇAS        POPULAÇÃO       COBERTURA

      3ª dose de poliomielite
      3ª dose de DPT
      Sarampo
      Tuberculose

     Há controle das crianças faltosas?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Como é feito?



     Há notificação e controle de reações adversas a vacinas? Para quais e em que
     percentual?



     2. ATIVIDADES DE ENFERMAGEM
        CATEGORIA PROFISSIONAL            QUANTIDADE               ATRIBUIÇÕES

      Enfermeira



      Auxiliar de enfermagem



      Atendente



      Técnico de enfermagem



      Outros
59
                                                     RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




PRODUÇÃO
 ATIVIDADES                                   SIM    NÃO     QUANTIDADE / MÊS

 Curativos
 Inalações
 Nebulizações
 Injeções
 Retirada de pontos
 Terapia de reidratação oral
 Coleta de Papanicolau
 Pré-consulta
 Coleta de material p/ exames laboratoriais
 Medida de pressão arterial
 Consulta de enfermagem
 Outro

Há protocolos e/ou normatizações para a realização das atividades acima?
      ᮀ Sim ᮀ Não
As salas e os fluxos para execução dessas tarefas estão de acordo com as nor-
mas vigentes?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Se não, quais problemas foram encontrados?




ESTERILIZAÇÃO
O espaço é exclusivo para as atividades de esterilização?
      ᮀ Sim ᮀ Não
A localização está em área de circulação restrita?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Equipamentos existentes e estado de conservação:
60
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Há separação, segundo as normas vigentes, para:
     Recepção e lavagem?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Preparo e acondicionamento de materiais?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Esterilização e estocagem?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Há controle da data de esterilização do material estocado?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Há controle de qualidade do material, após a realização da esterilização?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Observação do fluxo do espaço físico:




     Como é feito o recebimento do material a ser esterilizado?




     Como é feita a distribuição do material esterilizado?




     Há normas/rotinas/protocolos sobre procedimentos de esterilização?
           ᮀ Sim ᮀ Não
61
                                                                          RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




RECURSOS      HUMANOS

 CATEGORIA PROFISSIONAL                             QUANTIDADE                    ATRIBUIÇÕES




3. ATIVIDADES MÉDICO–ODONTOLÓGICAS E DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO
PROFISSIONAIS (PREENCHER              POR PROFISSIONAL)

                                                           DISPONÍVEL AO SUS**
   CATEGORIA                   ATIVIDADE                                                  TOTAL***
  PROFISSIONAL *                                    QUANTIDADE            HORAS




* Utilizar tabela de atividade profissional - cadastro.
** Horas disponíveis ao SUS = as de fato trabalhadas.
*** Total da quantidade = total de profissionais existentes na unidade.


O número de consultórios médicos, odontológicos e para as demais atividades
desenvolvidas é suficiente?
         ᮀ Sim ᮀ Não
Nº de consultórios médicos : ________________________
Nº de consultórios odontológicos : ________________________
Nº de consultórios para as demais atividades: ________________________

Se não, por quê?



Observar as condições físicas e fluxos dos consultórios médico s, odontológi-
cos e das demais salas para desenvolvimento dessas atividades.
62
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Listar equipamentos médico-odontológicos existentes na unidade:

                                                            EM CONDIÇÕES DE USO
                  EQUIPAMENTO
                                                      SIM                   NÃO




     Qual é o tempo de agendamento para as diferentes atividades ofertadas?




     Há previsão de agenda para atender casos eventuais?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Relacionar por atividade os casos faltosos e o percentual.

             ATIVIDADE               Nº DE FALTOSOS                 PERCENTUAL (%)




     Há explicações para a ocorrência de faltosos?




     Quem define a forma de agendamento?




     Avaliação de uma amostra de prontuários quanto:
           • atos médicos: anamnese, exame físico, exames subsidiários e prescrição
           • atos odontológicos
           • se houver atendimento e anotações de enfermagem e outros profissio-
             nais, tais como psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, etc.
63
                                                     RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Verificar se há continuidade no seguimento do paciente, se há suficiência com
relação a exames solicitados, etc.




Há desenvolvimento de atividades programáticas?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Quais?


Quando necessário, há referências formais para:
Quais ambulatórios?



Quais hospitais?



Quais serviços de apoio diagnóstico e terapêutica?



Quem solicita o encaminhamento para outros serviços?



Há algum contato prévio com o serviço que receberá o paciente?
De que forma?
64
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     4. ATIVIDADES DE APOIO
     FARMÁCIA / UNIDADE   DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

     Verificar:
     Forma de armazenamento conforme normas da Vigilância Sanitária:




     Há geladeira para medicamentos que precisam ser conservados refrigerados:
     Com termômetro de máxima e mínima?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Há controle de data de validade?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Há padronização dos medicamentos dispensados?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     A dispensação é feita para:
           ᮀ Pacientes internos      ᮀ Pacientes externos
     Se não há padronização de medicamentos, é feito algum controle/avaliação
     para quem e o que é dispensado?




     Há controle sobre psicotrópicos? As Portarias 27/28 MS são cumpridas?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     O controle/responsabilidade desse setor está a cargo de que profissional?
65
                                                     RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




SERVIÇO   DE   ARQUIVO MÉDICO E ESTATÍSTICA – SAME
Organização
Prontuário médico
      ᮀ Familiar          ᮀ Individual
Sistema de arquivo
      ᮀ Fichas manuais            ᮀ Informatizado
Elabora relatórios / boletins de produção?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Qual a utilização dessas informações pela equipe da unidade?




SERVIÇO   DE RECEPÇÃO

Como funciona?




Está integrada com o restante da unidade?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Faz triagem médica de paciente?
      ᮀ Sim ᮀ Não
5. DEMAIS SERVIÇOS DE APOIO (limpeza, serviços gerais, etc.)

 CATEGORIA PROFISSIONAL             QUANTIDADE               ATRIBUIÇÕES
66
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Os funcionários conhecem as regras/normas de suas funções?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Essas tarefas são desempenhadas de forma que:
     Não haja contaminação/risco do próprio funcionário?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Obtenha-se resultado satisfatório da tarefa desempenhada?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Observações:




     6. ATIVIDADES DE SAÚDE COLETIVA
     Quais ações de Vigilância Epidemiológica são realizadas:
     Notificação de doenças compulsórias?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Realiza ações de controle dessas doenças?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Há busca ativa de casos?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Se há busca ativa de casos, quem as realiza?


     Com que periodicidade?


     Essas atividades são realizadas em conjunto com outros profissionais da unidade?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Quais?
67
                                                         RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Profissional(is) responsável(is) por essas atividades?




Recebeu(ram) treinamento para desempenho dessa função?




Utilizam material para consulta?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Quais?



Outras atividades:




Quais ações de Vigilância Sanitária são realizadas?




Essas atividades são realizadas em conjunto com outros profissionais da unidade?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Equipe para desempenhar essas atividades:

  CATEGORIA PROFISSIONAL           QUANTIDADE                   ATRIBUIÇÕES
68
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Receberam treinamento para desempenho dessas atividades?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Utilizam material para consulta?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Quais?


     Se não realizam atividades de Vigilância Sanitária, quem as realiza?


     7. GERAIS
     São feitas visitas domiciliares?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Em que situações?




     Há reuniões da equipe técnica?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Com que periodicidade? _________________________________________________________

     ANOTAR   A PRODUÇÃO DA UNIDADE


              GRUPO DE PROCEDIMENTOS                         PRODUÇÃO
69
                                                        RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Existe conselho gestor da unidade?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Se existe, qual a composição?




Há reuniões periódicas?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Descrever sucintamente os temas e como são discutidos nas reuniões:




Observações gerais:




Identificação da equipe participante da supervisão na unidade de saúde:
Nome                                       Assinatura
______________________________________     _____________________________________
______________________________________     _____________________________________
______________________________________     _____________________________________
______________________________________     _____________________________________

Identificação do profissional do serviço que acompanhou a visita / supervisão:
Nome: _____________________________________________________________________________
Função: ____________________________________________________________________________
Formação: _________________________________________________________________________
RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
                       AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADES




MUNICÍPIO:_______________________________________________       DATA: ___ /___ /___

IDENTIFICAÇÃO   DA UNIDADE:

Nome: _____________________________________________________________________________
CGC: ______________________________________________________________________________
Endereço: _________________________________________________________________________
Bairro: _________________________________________________ Telefone: ________________
Responsável pela unidade (formação): __________________________________________

TURNO
        ٗ Atendimento somente pela manhã
        ٗ Atendimento somente à tarde
        ٗ Atendimento nos turnos da manhã e tarde
        ٗ Atendimento nos turnos da manhã, tarde e noite
        ٗ Atendimento com turnos intermitentes
        ٗ Atendimento contínuo, 24 horas/dia (plantão inclusive aos sábados,
          domingos e feriados).

FLUXO   DA CLIENTELA

        ٗ Atendimento de clientela referenciada (quando a unidade atende
          somente clientes encaminhados)
        ٗ Atendimento de procura direta (quando o cliente procura direta-
          mente a unidade)
        ٗ Atendimento de procura direta e de clientela referenciada
72
     AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     1. ATIVIDADES DE ENFERMAGEM
        CATEGORIA PROFISSIONAL           QUANTIDADE            ATRIBUIÇÕES

      Enfermeira



      Técnico de enfermagem



      Auxiliar de enfermagem



      Atendente



      Outros




     PRODUÇÃO      DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

                      ATIVIDADES                       QUANTIDADE / MÊS




     Há protocolos e/ou normatizações para a realização das atividades acima?
           ٗ Sim ٗ Não
     As salas e os fluxos para execução dessas tarefas estão de acordo com as nor-
     mas vigentes?

           ٗ Sim ٗ Não
     Se não, quais os problemas?
73
                                                                   RELATÓRIOS     DE SUPERVISÃO




ESTERILIZAÇÃO
O espaço é exclusivo para as atividades de esterilização?
        ٗ Sim ٗ Não
A localização é em área de circulação restrita?
        ٗ Sim ٗ Não
Equipamentos existentes e estado de conservação:
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Há separação, segundo as normas vigentes, para:
Recepção e lavagem?
        ٗ Sim ٗ Não
Preparo e acondicionamento de materiais?
        ٗ Sim ٗ Não
Esterilização e estocagem?
        ٗ Sim ٗ Não
Há controle da data de esterilização do material estocado?
        ٗ Sim ٗ Não
Há controle de qualidade do material após a realização da esterilização?
        ٗ Sim ٗ Não

Qual o sistema utilizado?
____________________________________________________________________________________________________

Observação do fluxo do espaço físico:
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

Como é feito o recebimento do material a ser esterilizado?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
74
     AUDITORIA,       CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Como é feita a distribuição do material esterilizado?



     Há normas/rotinas/protocolos sobre procedimentos de esterilização?
                 ٗ Sim ٗ Não
     RECURSOS      HUMANOS

              CATEGORIA PROFISSIONAL                           QUANTIDADE                   ATRIBUIÇÕES




     2. ATIVIDADES MÉDICO-ODONTOLÓGICAS E DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO
     PROFISSIONAIS (PREENCHER             POR PROFISSIONAL)

              CATEGORIA                  ATIVIDADE                 DISPONÍVEL AO SUS**          TOTAL***
             PROFISSIONAL *                                 QUANTIDADE           HORAS




     * Utilizar tabela de atividade profissional – cadastro.
     ** Horas disponíveis ao SUS = as de fato trabalhadas.
     *** Total da quantidade = total de profissionais existentes na unidade.


     PRODUÇÃO        MENSAL

        ATIVIDADES NAS                 CONSULTAS                 CONSULTAS               OUTRAS ATIVIDADES
        ESPECIALIDADES                  MÉDICAS              OUTROS PROFISSIONAIS          DESENVOLVIDAS
75
                                                           RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




PROCEDÊNCIA DOS    PACIENTES

         PROCEDÊNCIA                       ESPECIALIDADE             PERCENTUAL (%)




O número de consultórios médicos, odontológicos e para as demais atividades
desenvolvidas é suficiente?
      ٗ Sim      ٗ Não

Nº de consultórios médicos: _____________________________________________________
Nº de consultórios odontológicos: _______________________________________________
Nº de consultórios para as demais atividades: ________________________________________

Se não, por quê?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

Observar as condições físicas e fluxos dos consultórios médicos, odontológi-
cos e das demais salas para o desenvolvimento dessas atividades.
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

Qual é o tempo de agendamento para as diferentes atividades ofertadas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Relacionar, por atividade, os casos faltosos e qual o percentual.
          ATIVIDADE                     Nº DE FALTOSOS             PERCENTUAL (%)
76
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Há explicações para a ocorrência de faltosos?
     ___________________________________________________________________________
     ___________________________________________________________________________
     ___________________________________________________________________________

     Quem define a forma de agendamento?
     ___________________________________________________________________________
     ___________________________________________________________________________
     ___________________________________________________________________________

     Avaliação de uma amostra de prontuários quanto:
           • atos médicos: anamnese, exame físico, exames subsidiários e prescrição.
           • atos odontológicos.
           • se houver atendimento e anotações de enfermagem e outros profissio-
             nais, tais como psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, etc.
           • verificar se há continuidade no seguimento do paciente e suficiência
             com relação a exames solicitados, etc.




     Há desenvolvimento de atividades programáticas?
           ٗ Sim      ٗ Não
     Quais?



     Quando necessário, há referências formais para:
     Quais hospitais?
     ______________________________________________________________________________________
     ______________________________________________________________________________________
     ______________________________________________________________________________________
     ______________________________________________________________________________________
77
                                                         RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Quais serviços de apoio diagnóstico?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________

É feita a contra-referência?
      ٗ Sim      ٗ Não

Como funciona (via telefônica, guia de encaminhamento, etc.)? Descrever:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Descrever a porcentagem de casos que são contra-referenciados para a rede
básica por especialidade:
          ESPECIALIDADE                  Nº DE CASOS              PERCENTUAL (%)




Quem solicita o encaminhamento para outros serviços?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Há algum contato prévio com o serviço que receberá o paciente e de que for-
ma é feito?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Há desenvolvimento de atividades cirúrgicas?
      ٗ Sim      ٗ Não

Se sim, de que porte?
78
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Dependendo do porte, verificar:
     Há anestesista?
           ٗ Sim       ٗ Não

     Há sala exclusiva para procedimentos cirúrgicos?
           ٗ Sim       ٗ Não

     Há condições de higienização, fluxo da sala para procedimentos cirúrgicos?
           ٗ Sim       ٗ Não

     Há local para desenvolver atividades pré e pós-anestésicas?
           ٗ Sim       ٗ Não

     Há acompanhamento pelo anestesista de todo o procedimento?
           ٗ Sim       ٗ Não

     Há carrinho de emergência?
           ٗ Sim       ٗ Não

     Quais medicações?




     Dentro do prazo de validade?
           ٗ Sim       ٗ Não

     Equipamentos existentes?




     Em condições de uso?
           ٗ Sim       ٗ Não
79
                                                      RELATÓRIOS     DE SUPERVISÃO




3. EQUIPAMENTOS DE APOIO À ASSISTÊNCIA

                CONDIÇÕES CONDIÇÕES PROFISSIONAL OBS. REGRAS         PRODUÇÃO
 EQUIPAMENTOS       DE       DE USO  QUE OPERA        DE
                INSTALAÇÃO SEGURANÇA             SEGURANÇA     SUS    OUTRO     TOTAL




4. ATIVIDADES DE APOIO

FARMÁCIA / UNIDADE   DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Verificar forma de armazenamento conforme normas da Vigilância Sanitária:




Há geladeira para medicamentos que precisam ser guardados refrigerados?
      ٗ Sim     ٗ Não

Com termômetro de máxima e mínima?
      ٗ Sim     ٗ Não

Há controle de data de validade?
      ٗ Sim     ٗ Não

A dispensação é feita para:
      ٗ Pacientes internos       ٗ Pacientes externos

Há padronização dos medicamentos dispensados?
      ٗ Sim     ٗ Não

Se não há padronização de medicamentos, é feito algum outro tipo de avalia-
ção / controle dos medicamentos dispensados?
80
     AUDITORIA,     CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Há controle sobre psicotrópicos?
           ٗ Sim        ٗ Não

     As Portarias 27/28 MS são cumpridas?
           ٗ Sim        ٗ Não

     O controle/responsabilidade desse setor está a cargo de que profissional?




     SERVIÇO   DE   ARQUIVO MÉDICO E ESTATÍSTICA – SAME
     Organização
     Prontuário médico
           ٗ Familiar               ٗ Individual

     Sistema de arquivo
           ٗ Fichas manuais         ٗ Informatizado

     Elabora relatórios/boletins de produção?
           ٗ Sim        ٗ Não

     Qual a utilização dessas informações?




     5. DEMAIS SERVIÇOS DE APOIO (limpeza, serviços gerais, etc.)

          CATEGORIA PROFISSIONAL          QUANTIDADE          ATRIBUIÇÕES
81
                                                        RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Os funcionários conhecem as regras/normas de suas funções?
      ٗ Sim      ٗ Não

Essas tarefas são desempenhadas de forma que:
Não haja contaminação/risco do próprio funcionário?
      ٗ Sim      ٗ Não

Obtenha-se resultado satisfatório da tarefa desempenhada?
      ٗ Sim      ٗ Não

Observações gerais:




Identificação da equipe participante da supervisão na unidade de saúde:

Nome                                       Assinatura
________________________________________   _________________________________________
________________________________________   _________________________________________
________________________________________   _________________________________________

Identificação do profissional que acompanhou visita / supervisão:

Nome: _____________________________________________________________________________
Função: ____________________________________________________________________________
Formação: _________________________________________________________________________
RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

             ATENDIMENTO IMEDIATO – PRONTO - SOCORRO (PS)




MUNICÍPIO: _______________________________________________      DATA: ___ /___ /___

IDENTIFICAÇÃO    DA UNIDADE

Nome: ______________________________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________________________
CGC: _______________________________________________________________________________
Bairro: __________________________________ Telefone: _______________________________
Responsável pela unidade (formação): ___________________________________________

TIPO   DE PRESTADOR

        ᮀ Vinculado ao Ministério da Saúde
        ᮀ Privado
        ᮀ Federal
        ᮀ Estadual
        ᮀ Municipal
        ᮀ Filantrópico
        ᮀ Universitário
        ᮀ Consórcio intermunicipal
TIPO   DE   UNIDADE
        ᮀ Pronto - socorro geral
        ᮀ Pronto - socorro especializado
Recebe Índice de Valorização Hospitalar de Emergência (IVHE)?
        ᮀ Sim ᮀ Não
É uma unidade isolada ou está acoplada a alguma estrutura hospitalar?
84
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     A área destinada ao pronto - socorro é exclusiva?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     ATIVIDADES   MÉDICAS

     Número de consultórios: _________________________________________________________
     Quantos em uso? _________________________________________________________________

     Localização adequada?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Condições de higiene e instalação adequadas?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Mobiliário encontra-se em bom estado?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Material/equipamentos existentes em bom estado?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Há sala de urgência/emergência exclusiva?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Descrever mobiliário e condições de uso:
85
                                                      RELATÓRIOS     DE SUPERVISÃO




MATERIAL   PERMANENTE/EQUIPAMENTOS E CONDIÇÕES DE USO          (DISCRIMINAR   ENTRE
ADULTO E INFANTIL):


          MATERIAL                               SIM
            E/OU                           CONDIÇÕES DE USO                NÃO
        EQUIPAMENTOS               BOM         REGULAR        RUIM
 Laringoscópio
 Lâminas
 Sonda orotraqueal
 Ambu
 ECG
 Fonte de oxigênio
 Fonte de ar comprimido
 Desfibrilador
 Cardioscópio
 Respirador para adulto
 Respirador para criança
 Aspirador
 Material descartável
 Outros




                                                              DENTRO DA VALIDADE
    MEDICAMENTOS DE EMERGÊNCIA       SIM          NÃO
                                                               SIM         NÃO
 Adrenalina
 Dopamina
 NaCl
 KCl
 Aminofilina
 Expansores de volume plasmático
 Hidrocortisona
 Outros
86
     AUDITORIA,     CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




                                                                          ADEQUAÇÃO
               SALAS / LEITOS           SIM          NÃO          Nº       A NORMAS
                                                                           VIGENTES
      Curativos
      Gesso
      Inalação
      Leitos de observação
      Pequena cirurgia
      Outros




                                                  FUNCIONAMENTO         PROFISSIONAL
           SADT            PRÓPRIO   TERCEIRO        24 HORAS           RESPONSÁVEL
                                                  SIM       NÃO         (FORMAÇÃO)

      Radiologia
      Laboratório de
      Análises Clínicas
      Hemoterapia
      Outros




     CENTRO CIRÚRGICO
     Há centro cirúrgico?
            ᮀ Sim ᮀ Não
     Número total de salas: ____________________________________________________________
     Em atividade? _____________________________________________________________________
     Do próprio pronto - socorro?
            ᮀ Sim ᮀ Não
87
                                                       RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Do hospital?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Conta com serviço de anestesiologia?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Paciente referenciado para outro serviço?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Qual?


Distância:


Como é feita a referência?



UNIDADE   DE   TERAPIA INTENSIVA
Unidade de Terapia Intensiva do próprio pronto - socorro?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Nº de leitos:
Adulto __________________ Infantil __________________ Neonatal __________________

Do hospital?
        ᮀ Sim ᮀ Não
De outro serviço?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Distância: _______________________ Onde? _________________________________________

Como é feita a referência?



TRANSFERÊNCIAS    DE PACIENTES (AMBULÂNCIAS)

Quantas em condição de uso? ___________________________________________________
De que tipo? ______________________________________________________________________
88
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Havendo ambulância para UTI:
     Como estão equipadas? Os equipamentos estão funcionando?



     RECURSOS   HUMANOS

     Médicos
                   ESPECIALIDADE                    ESCALA DE TRABALHO




     Outros profissionais de nível superior
         CATEGORIA PROFISSIONAL       ATRIBUIÇÕES         ESCALA DE TRABALHO
89
                                                                    RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




DEMAIS    PROFISSIONAIS

    CATEGORIA PROFISSIONAL                    ATRIBUIÇÕES                ESCALA DE TRABALHO




Se o pronto - socorro for uma unidade isolada verificar *:
        • serviço de arquivo/prontuários médicos
        • serviço de esterilização
        • serviço de farmácia
        • serviço de lavanderia
        • serviço de limpeza
* Pode-se utilizar o roteiro de serviço de ambulatório especializado.


PRODUÇÃO
                                                                        PROCEDÊNCIA
 PROCEDIMENTOS: ENFERMAGEM / MÉDICOS               Nº
                                                            BAIRRO/MUNICÍPIO          OUTROS




Fonte: Fatura ambulatorial mensal – SIA/SUS
90
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     Há normatizações / protocolos de ações / atividades?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Se sim, para quais atividades?



     Este pronto - socorro está formalmente inserido em algum sistema de referên-
     cia e contra - referência?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Se sim, quem (municípios, PS, hospitais) se dirige para esse serviço?



     Para onde encaminha os pacientes atendidos?



     Há Central de Regulação (leitos/vagas)?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Vinculada a que instituição?


     Como funciona?




     Observações gerais:
91
                                                        RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Identificação da equipe participante:

Nome                                       Assinatura
______________________________________     _____________________________________
______________________________________     _____________________________________
______________________________________     _____________________________________

Identificação do profissional que acompanhou a supervisão / visita:
Nome: _____________________________________________________________________________
Função: ____________________________________________________________________________
Formação: _________________________________________________________________________
RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

        SERVIÇOS DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO – SADT




MUNICÍPIO:_______________________________________________          DATA: ___/___/___

IDENTIFICAÇÃO   DA UNIDADE

Nome: ______________________________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________________________
CGC: _______________________________________________________________________________
Bairro: __________________________________ Telefone: _______________________________

TIPO   DE UNIDADE:   ___________________________________________________________________

TIPO   DE PRESTADOR

        ᮀ Federal
        ᮀ Universitário
        ᮀ Estadual
        ᮀ Filantrópico
        ᮀ Municipal
        ᮀ Privado

TURNO    DE ATENDIMENTO

        ᮀ Atendimento somente pela manhã
        ᮀ Atendimento somente à tarde
        ᮀ Atendimento nos turnos da manhã e tarde
        ᮀ Atendimento nos turnos da manhã, tarde e noite
        ᮀ Atendimento com turnos intermitentes
94
     AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




                                        CONDIÇÕES DE USO DO       HÁ BARREIRAS DE
           SERVIÇOS          PRODUÇÃO                          PROTEÇÃO INDIVIDUAL E
                                           EQUIPAMENTO              AMBIENTAL?
                                        BOM   REGULAR   RUIM      SIM        NÃO
     Raio X
     Raio X contrastado
     Ultra - sonografia
     Mamografia
     Tomografia
     Angiografia
     Neurorradiologia

     Endoscopia:
       Pulmonar
       Digestiva
       Urinária

     Eletrocardiograma
     Teste ergométrico
     Holter
     Hemodinâmica
     Eletroencefalograma
     Eletromiografia
     Ressonância magnética

     Fisioterapia:
        Eletroterapia
        Hidroterapia
        Massoterapia
        Mecanoterapia

     Audiometria

     Medicina Nuclear:
       Radioimunoensaio
       Cintilografia

     Radioterapia:
       Betaterapia
       Cesioterapia
       Roentgenterapia
       Acelerador linear
       Cobaltoterapia
       Eletronterapia
95
                                                   RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Se detectados problemas com relação aos equipamentos existentes, bem
como às formas de proteção individual e ambiental, anotar (observados em
relação à legislação e normas vigentes):




LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS, ANATOMOPATOLOGIA E
SERVIÇOS DE SANGUE

Unidade isolada
       ᮀ Sim ᮀ Não
Se não, está vinculada a que serviço de saúde?


Listagem dos exames processados por essa unidade:

       EXAMES          PRODUÇÃO MENSAL SUS       EQUIPAMENTOS AUTOMATIZADOS


 Urinálise:
 –
 –
 –

 Bioquímica:
 –
 –
 –

 Hematologia:
 –
 –
 –

 Coprologia:
 –
 –
 –
96
     AUDITORIA,     CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




             EXAMES             PRODUÇÃO MENSAL SUS   EQUIPAMENTOS AUTOMATIZADOS


      Microbiologia:
      –
      –
      –

      Imunologia:
      –
      –
      –

      Hormônios:
      –
      –
      –

      Citologia:
      –
      –
      –

      Biópsias:
      –
      –
      –

      Outros:
      –
      –
      –



     A coleta desses exames segue protocolos/normas específicas para obtenção de
     resultados fidedignos?
            ᮀ Sim ᮀ Não
     Se não, quais os problemas encontrados?
97
                                                       RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




RECEPÇÃO   E DISTRIBUIÇÃO INTERNA DAS AMOSTRAS A SEREM PROCESSADAS

São corretamente processadas?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Ficam devidamente armazenadas até o processamento?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Seguem rotinas preestabelecidas?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Os reagentes utilizados são armazenados conforme especificações dos fabricantes?
      ᮀ Sim ᮀ Não
São observados os prazos de validade dos reagentes utilizados?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Há controle interno de qualidade?
      ᮀ Sim ᮀ Não
HEMOTERAPIA
O posto de coleta é exclusivo para sua finalidade?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Há programa de captação de doadores?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Há procedimentos padronizados relativos ao doador quanto à triagem epi-
demiológica?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Realizada por qual profissional? _________________________________________________

Exame clínico?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Durante a doação é utilizada cadeira reclinável?
      ᮀ Sim ᮀ Não
98
     AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




     É fornecida alguma alimentação após a doação?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Como é fornecido o resultado das sorologias ao doador?




     Após o término da doação, as bolsas de sangue e a amostra para exames são
     devidamente identificadas?
           ᮀ Sim ᮀ Não
     Qual o fluxo dessas bolsas? (descrever)




     Os exames realizados e os equipamentos utilizados na fase de pré-processa-
     mento do sangue podem ser descritos na tabela anterior, nos itens “hema-
     tologia”, “sorologia”, “imunologia” e outros.

     PROCESSAMENTO   DOS HEMOCOMPONENTES

     Equipamentos:




     Descrever como é feita a conservação/armazenamento dos componentes
     (identificação e datas):



     Quais serviços internos e/ou externos à unidade utilizam esses componentes
     e de que forma?



     Por quem e como são liberados os componentes hemoterápicos após a solicitação?
99
                                                        RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




          DOADORES                     QUANTIDADE                 PERCENTUAL (%)

 sangue utilizado
 sangue bloqueado / reprovado
          TOTAL


CAUSAS   DE DOADORES REPROVADOS

      • Triagem epidemiológica / clínica
      • Triagem sorológica

DISTRIBUIÇÃO   DOS HEMOCOMPONENTES POR MÊS


    SERVIÇO          SANGUE     CONCENTRADO       CONCENTRADO      CRIOPRECIPITADOS
                      TOTAL       HEMÁCEAS         PLAQUETAS




DIÁLISE

NÚMERO    DE SALAS

Hbs Ag + : destinada a pacientes com sorologia para hepatite B: ______________
Hbs Ag–: destinada a pacientes imunizados contra o vírus da hepatite B: _______
DPI – Diálise Peritonial Intermitente: ___________________________________________
DPAC – Diálise Peritonial Ambulatorial Constante: ____________________________

NÚMERO    DE MÁQUINAS

Proporção: _________________________________________________________________________
Outras: _____________________________________________________________________________

TRATAMENTO    DE ÁGUA

      ᮀ Osmose reversa
      ᮀ Deionização
      ᮀ Sistema misto
100
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      PACIENTES
      Número de pacientes Hbs Ag + : ______________
      Número de pacientes Hbs Ag – : ______________
      Número de sessões de hemodiálise por semana: ______________

      Número e diagnóstico de pacientes que freqüentavam o serviço e foram a
      óbito no último ano:




      Procedência dos pacientes:




      SERVIÇOS   DE REFERÊNCIA / MANUTENÇÃO


      Hospital para transplante
      Nome: _____________________________________________________________________________
      Município: _________________________________________________________________________

      Laboratório para histocompatibilidade
      Nome: _____________________________________________________________________________
      Município: _________________________________________________________________________

      Hospital geral
      Nome: _____________________________________________________________________________
      Município: _________________________________________________________________________

      Patologia Clínica
      Nome: _____________________________________________________________________________
      Município: _________________________________________________________________________

      Manutenção de equipamentos de diálise
      Nome: _____________________________________________________________________________
      Município: _________________________________________________________________________

      Manutenção de equipamentos de tratamento da água
      Nome: _____________________________________________________________________________
      Município: _________________________________________________________________________
101
                                                        RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Laboratório para análise da água
Nome: _____________________________________________________________________________
Município: ________________________________________________________________________

Nefrologista responsável
Nome: _____________________________________________________________________________
CRM: ______________________________________________________________________________

Demais quesitos, utilizar Portaria MS 2042/96

RECURSOS   HUMANOS

Para todos os serviços, nível médio e universitário (especificar por serviço/setor):

   QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL           QUANTIDADE            ATIVIDADE / HORÁRIO




Há treinamentos/reciclagens para conhecer equipamentos e saber manuseá-los:
      ᮀ Sim ᮀ Não
Com que periodicidade?


GERAL
Onde são realizados os exames invasivos ou com utilização de contraste há
material e medicamentos para emergência? (vide relatório urgência/emergência)
      ᮀ Sim ᮀ Não
Há alvará de funcionamento expedido por autoridade sanitária?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Serviços de radioterapia têm também autorização do CNEN?
      ᮀ Sim ᮀ Não
102
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Funcionários que operam equipamentos radiológicos utilizam dosímetro per-
      sonalizado?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Os laudos dos exames são feitos por profissionais habilitados para tal? Especi-
      ficar conforme o tipo de SADT:




      Os exames são agendados de que forma:
      Por telefone? ______________________________________________________________________
      Pessoalmente? _____________________________________________________________________
      Pelo serviço que encaminha? ____________________________________________________

      Há alguma Central de Regulação a que esses serviços estejam vinculados?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Qual o tempo para realizar o exame solicitado? ________________________________

      Em quanto tempo é devolvido o resultado? _____________________________________

      Verificar se há normas de segurança para manuseio de:
      Secreções, sangue, fluidos orgânicos?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Radiológico, radioterápico?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Observar utilização de material descartável




      A manutenção dos equipamentos é periódica?
            ᮀ Sim ᮀ Não
103
                                               RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Qual o destino dos resíduos gerados?




PARA SERVIÇOS   DE REABILITAÇÃO


  SERVIÇOS QUE ENCAMINHAM         PATOLOGIAS          FAIXA ETÁRIA




Faixa etária:
      ᮀ Até 5 anos
      ᮀ De 6 a 19 anos
      ᮀ De 20 a 49 anos
      ᮀ 50 anos e mais
Observações gerais:
104
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Identificação da equipe participante da supervisão na unidade de saúde:

      Nome                                       Assinatura
      ______________________________________     _____________________________________
      ______________________________________     _____________________________________
      ______________________________________     _____________________________________
      ______________________________________     _____________________________________

      Identificação do profissional do serviço que acompanhou a visita / supervisão
      na unidade:
      Nome: _____________________________________________________________________________
      Função: ____________________________________________________________________________
      Formação: _________________________________________________________________________
RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

                           ATENDIMENTO HOSPITALAR




MUNICÍPIO: _______________________________________________         DATA: ___/___/___

IDENTIFICAÇÃO   DA UNIDADE

Nome: ______________________________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________________________
CGC: _______________________________________________________________________________
Bairro: __________________________________ Telefone: _______________________________
Diretor clínico: _____________________________________ CRM: _______________________
Diretor administrativo: ____________________________________________________________
Responsável pelo faturamento: ___________________________________________________

TIPO   DE UNIDADE:   __________________________________________________________________

INDICADORES   GERAIS DO HOSPITAL

Procedência dos pacientes (média dos últimos 6 meses)
Próprio município: _____________________ %
Outros municípios da região de saúde: ______________________ %
Outros municípios do Estado: ______________________ %
Taxa de ocupação: _______________________ %
Taxa de infecção hospitalar: ______________________ %
Taxa de partos normais: ______________________ %
Taxa de cesárea: _______________________ %
Taxa de mortalidade: _______________________ %
Média de permanência: _______________________ dias
Fontes pagadoras:
   SUS: _______________________ %           Total de AIH / mês: ______________________
   Outros convênios: _______________________ %
   Particulares: _______________________ %
106
      AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      TIPO   DE PRESTADOR

               ᮀ Federal         ᮀ Universitário
               ᮀ Estadual        ᮀ Filantrópico
               ᮀ Municipal       ᮀ Privado
               ᮀ Consórcio intermunicipal
      CARACTERIZAÇÃO     DA UNIDADE

      FIDEPS
               ᮀ Sim ᮀ Não
      Quanto? ______________________ %
      Amigo da criança?
               ᮀ Sim ᮀ Não
      FLUXO    DA CLIENTELA

               ᮀ Atendimento de clientela referenciada (só atende clientes encaminhados)
               ᮀ Atendimento de procura direta
               ᮀ Atendimento de clientela referenciada e de procura direta
      LEITOS   DE INTERNAÇÃO

      Operacionais (total): ______________________
      Disponíveis ao SUS: ______________________
      Desativados: ______________________________
      Centro cirúrgico: __________________________________________________________________
      (quantidade existente e em funcionamento)
      Centro obstétrico: ________________________________________________________________
      (quantidade existente e em funcionamento)

      Alojamento conjunto:
               ᮀ Sim ᮀ Não
      Quantos? _____________________________________

      Serviço de Controle de Infecção Hospitalar:
      (ver as atas das últimas reuniões)
               ᮀ Sim ᮀ Não
      Comissão de Ética Médica?
      (ver as atas das últimas reuniões)
               ᮀ Sim ᮀ Não
107
                                           RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




LEITOS   HOSPITALARES


                            LEITOS SUS           LEITOS TOTAIS
         ESPECIALIDADE
                         MASC.      FEM.       TOTAL OPERACIONAL
 Clínica médica:


 Clínica cirúrgica:


 Clínica pediátrica:


 Clínica obstétrica:


 Clínica ginecológica:


 Clínica psiquiátrica:
 Tisiologia
 Reabilitação
 FPT crônico
 Queimados
 AIDS
 Outros
 Total
 UTI adulto geral
 UTI cardiologia
 UTI infantil
 UTI neonatal
 Total UTI
 Semi-intensiva :
   adulto
   infantil
 Berçário:
  normal
  patológico
  externo
108
      AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      SERVIÇOS   TERCEIRIZADOS

      1.Tipo de serviço: _________________________________________________________________
      Nome / razão social: _______________________________________________________________
      Endereço: __________________________________________________________________________
      Responsável técnico: _____________________________________________________________
      Situação:   ᮀ Dentro da unidade            ᮀ Fora da unidade
      2.Tipo de serviço: _________________________________________________________________
      Nome / razão social: _______________________________________________________________
      Endereço: __________________________________________________________________________
      Responsável técnico: _____________________________________________________________
      Situação:   ᮀ Dentro da unidade            ᮀ Fora da unidade
      3.Tipo de serviço: _________________________________________________________________
      Nome / razão social: _______________________________________________________________
      Endereço: __________________________________________________________________________
      Responsável técnico: _____________________________________________________________
      Situação:   ᮀ Dentro da unidade            ᮀ Fora da unidade
      4.Tipo de serviço: _________________________________________________________________
      Nome / razão social: _______________________________________________________________
      Endereço: __________________________________________________________________________
      Responsável técnico: _____________________________________________________________
      Situação:   ᮀ Dentro da unidade            ᮀ Fora da unidade
      ENFERMARIAS
      Clínica
      Avaliação setorial por clínica, inclusive maternidade e UTI
      Nº de quartos: ________________________________
      Nº de leitos por quarto: ________________________________
      Nº de leitos de alojamento conjunto:________________________________

      Localização e atividades do posto de enfermagem:
109
                                                           RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Outras instalações existentes no espaço físico dessa enfermaria:




As instalações, estrutura, fluxo dessa enfermaria atendem às exigências legais,
particularmente as da Portaria MS 1884/94?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Se não, o que se encontra em desacordo?




O padrão de edificação das enfermarias SUS são muito diferentes das demais
existentes?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Listar e verificar condições de uso dos equipamentos existentes nas
enfermarias / maternidade /UTI:
           EQUIPAMENTOS                                  EM CONDIÇÕES DE USO
             (POR LEITO)                           SIM                     NÃO




Tem pontos de distribuição de oxigênio?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Qual a relação por leito?
______________________________________________________________________________________

Há pontos de distribuição de ar comprimido?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Qual a relação por leito?
110
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Médicos diaristas e plantonistas

             ESPECIALIDADE               QUANTIDADE                ESCALA




      Enfermagem

        QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL         QUANTIDADE           ESCALA POR TURNO




      De que forma é feita a distribuição dos pacientes pela equipe médica?




      O paciente sabe identificar o seu médico?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Há visitas médicas diárias a todos os leitos?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      São realizadas as prescrições médicas diariamente?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Se houver intercorrências, a quem a enfermagem comunica?
111
                                                      RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Exames / avaliações de outras especialidades são realizados quando indicados?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Se não, por quê?



Há atividades diferenciadas de enfermagem de acordo com o grau de
dependência do paciente?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Se sim, descrevê-las:


Verificar alguns prontuários com relação a:
– anotações médicas e de enfermagem
– coerência entre história clínica, diagnóstico e terapêutica




  PATOLOGIAS MAIS FREQÜENTES            Nº DE AIHs                 VALOR




Selecionar alguns prontuários de pacientes que já tiveram alta hospitalar. Sele-
cioná-los por patologia, ou por valor pago, ou qualquer outra variável de inte-
resse. Anotar nome, endereço e motivo da internação para proceder à visita
domiciliar. A visita domiciliar visa verificar a concordância ou não dos registros
hospitalares, atual evolução clínica do paciente e a necessidade de continuidade
do tratamento de saúde.
112
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      CENTRO CIRÚRGICO
      Número de salas em funcionamento: __________________________________

         MEDICAMENTOS / MATERIAL /        CONDIÇÕES DE USO           DENTRO DA
         EQUIPAMENTOS EXISTENTES                                      VALIDADE




      CENTRO OBSTÉTRICO
      Número de salas em funcionamento: _________________________________

          MEDICAMENTOS / MATERIAL /                                  DENTRO DA
                                          CONDIÇÕES DE USO
          EQUIPAMENTOS EXISTENTES                                     VALIDADE




      Instalações físicas e fluxos obedecem às normas vigentes?
            ᮀ Sim ᮀ Não
113
                                                RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Se não, por quê?




Enfermagem exclusiva?
     ᮀ Sim ᮀ Não
Se não, descrever como funciona:




ENFERMAGEM

   QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL       QUANTIDADE            ATIVIDADES
114
      AUDITORIA,       CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Utilização das salas

                  CIRURGIAS                  Nº / DIA                PORTE

       Eletivas




       Urgência / emergência




       Cesárea



       Parto normal



       Curetagem




      Serviço / profissional responsável pela programação do CC / CO:



      SERVIÇO     DE   ANESTESIOLOGIA

      Visitas pré-anestésicas?
             ᮀ Sim ᮀ Não
      Monitoramento pelo médico anestesista durante todo o procedimento cirúrgico?
      (checagem da escala cirúrgica)
             ᮀ Sim ᮀ Não
      Sala de recuperação anestésica pós-cirúrgica?
             ᮀ Sim ᮀ Não
      Se não, como procede?
115
                                                    RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Atende às especificações das normas vigentes?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Se não, por quê?




               ANESTESISTAS                        ESCALA DE PLANTÃO




Serviço de Anestesiologia funciona com médico 24 horas?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Se não, como funciona?




CENTRAL   DE ESTERILIZAÇÃO

Espaço exclusivo para as atividades de esterilização?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Localizada em área de circulação restrita?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Equipamentos existentes e estado de conservação:
116
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Há separação, segundo as normas vigentes para:
      Recepção e lavagem?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Preparo e acondicionamento de materiais?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Esterilização e estocagem?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Há controle da data de esterilização do material estocado?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Há controle de qualidade do material após a realização da esterilização?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Qual o sistema utilizado?


      Observação do fluxo do espaço físico:




      Como é feito o recebimento do material a ser esterilizado?




      Como é feita a distribuição do material esterilizado?
117
                                                          RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Há normas / rotinas / protocolos sobre procedimentos de esterilização?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Recursos humanos

 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL         QUANTIDADE                     ATIVIDADES




SERVIÇO   DE   NUTRIÇÃO E DIETÉTICA – SND

Estrutura e fluxos de acordo com a Portaria MS 1884/94?
      ᮀ Sim ᮀ Não

                                                      EM CONDIÇÕES DE USO
           EQUIPAMENTOS
                                                SIM                     NÃO




São cumpridas as normas de higiene para:
Limpeza de pisos / paredes / bancadas?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Pessoal adequadamente uniformizado?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Pias com sabão?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Observadas normas / protocolos de saúde dos funcionários?
      ᮀ Sim ᮀ Não
118
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Existem normas / protocolos para:
      Recepção dos gêneros alimentícios?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Preparo dos alimentos?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Técnicas de conservação de alimentos?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      O serviço oferece dietas diferenciadas em função das patologias dos pacientes?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Quais?




      Como é distribuída / servida a alimentação aos pacientes?




      Recursos humanos

        QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL         QUANTIDADE              ESCALA DE TRABALHO
119
                                                    RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




FARMÁCIA
Verificar forma de armazenamento segundo normas da Vigilância Sanitária:




Há geladeira para medicamentos que precisam ser conservados refrigerados,
com controle de temperatura?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Há controle de data de validade?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Há padronização dos medicamentos dispensados?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Há controle sobre psicotrópicos (as Portarias MS 27/28 são cumpridas)?
      ᮀ Sim ᮀ Não
O controle / responsabilidade desse setor está a cargo de que profissional?




LAVANDERIA
Há possibilidade de troca de roupas diariamente e sempre que necessário?
      ᮀ Sim ᮀ Não
Como é feito o transporte de roupa suja para a lavanderia?




O processamento de roupas na lavanderia utiliza o sistema de barreira de con-
taminação?
      ᮀ Sim ᮀ Não
120
      AUDITORIA,    CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Se não, como é o processo de circulação da roupa (fluxo)?




                                                       EM CONDIÇÕES DE USO
                 EQUIPAMENTOS
                                                 SIM                     NÃO




      Há protocolos / rotinas de trabalho?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Os funcionários estão uniformizados?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Há Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os funcionários?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Recursos humanos


                QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL                   QUANTIDADE




      LIMPEZA
121
                                                       RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




        ᮀ Serviço próprio
        ᮀ Serviço contratado
Os funcionários são treinados quanto a higiene hospitalar, técnica de varrer,
desinfecção de superfícies, manuseio do lixo hospitalar?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Os funcionários são uniformizados?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Qual a freqüência da limpeza?


Os insumos de limpeza são padronizados e/ou checados?
        ᮀ Sim ᮀ Não
As dependências do hospital estão limpas?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Se não, quais e por quê?




Qual o destino dos resíduos hospitalares?




GERAL
SAME – como está organizado?




Este hospital está inserido dentro de um sistema de referência e contra-referência?
        ᮀ Sim ᮀ Não
Há Central de Regulação?
122
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




            ᮀ Sim ᮀ Não
      Descrever como ocorre o fluxo de pacientes para a rede básica ou para os
      serviços mais complexos:




      Há utilização de dados gerados no próprio serviço para análise e planeja-
      mento técnico-administrativo?
            ᮀ Sim ᮀ Não
      Utilizando-se da planta física, estabelecer a cargo de quem se encontram os
      comandos técnico-administrativos das diversas áreas.




      Checar relações interinstitucionais de mando: diretor administrativo, diretor
      clínico, mesa diretora, etc.




      Checar balancete do hospital. Opera com saldo positivo ou negativo? Se ne-
      gativo, qual a possibilidade de recuperação?




      Checar processo de compras:




      Outras informações pertinentes:
123
                                                        RELATÓRIOS   DE SUPERVISÃO




Para registro sobre SADT, utilizar o relatório próprio.

Observações:




Identificação da equipe participante da supervisão na unidade de saúde:
Nome                                       Assinatura
______________________________________     _____________________________________
______________________________________     _____________________________________
______________________________________     _____________________________________
______________________________________     _____________________________________

Identificação do profissional do serviço que acompanhou a visita / supervisão:
Nome: _____________________________________________________________________________
Função: ____________________________________________________________________________
Formação: _________________________________________________________________________
125
                   AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




                     PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS
                                   DE SAÚDE
                                                    Marizélia Leão Moreira




      O   QUE PROGRAMAR
       Para desenvolver essa atividade, o gestor terá como principal produto a
visualização da operação do sistema de saúde sob sua responsabilidade. Por-
tanto, engloba a totalidade das ações e serviços de atenção à saúde, executa-
dos por unidades de saúde organizadas de forma regionalizada e hierarquiza-
da no sistema de saúde. Nesse contexto, programar significa listar a quantida-
de e os locais de execução dos procedimentos necessários para garantir um
impacto positivo em situações que apresentem prioridades de intervenções,
identificadas no processo de planejamento.
   Para alcançar um impacto positivo, é importante agregar metodologias e ins-
trumentos de acompanhamento e avaliações de serviços, que são tratados nos
manuais de Qualidade, de Vigilância Sanitária e de Vigilância em Saúde Pública.
   Considerando que o gestor é a direção única do sistema de saúde do distri-
to, destacamos que a programação é composta de duas linhas de ação:
1. Ações destinadas aos clientes de seu território, ou seja, para a população sob
sua responsabilidade, independentemente da vinculação institucional da uni-
dade de saúde responsável pela execução das atividades e de sua localização
dentro ou fora da área de abrangência do gestor.
2. Ações executadas em unidades de saúde localizadas em seu território, refe-
renciadas por gestores de outros distritos, conforme a regionalização e hierar-
quização do sistema de saúde.
   As duas linhas de ações devem contemplar as diretrizes do planejamento
que permitem à programação atuar como instrumento de garantia da eqüidade
e reverter a óptica de programar serviços de acordo com a oferta do mercado.
   Nessa linha de atuação, a programação contempla:
126
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




            • o atendimento às necessidades reais da população;
            • a resolubilidade das unidades de saúde envolvidas;
            • a disponibilidade de recursos;
            • os protocolos de atuação;
            • a incorporação tecnológica.

            INSTRUMENTO         DE   PROGRAMAÇÃO
             O gestor do sistema de saúde do distrito conta com normas estabelecidas
      pelo Ministério da Saúde, que, independentemente de serem complementadas
      por normas definidas em nível estadual, norteiam as atividades de programa-
      ção de serviços de saúde e atualmente têm como principal instrumento a pro-
      gramação pactuada entre gestores e integrada entre as esferas de governo
      (PPI), da qual podemos destacar que:
            • formaliza as relações entre os gestores de distritos e as diferentes ins-
              tâncias de gestão governamental, traduzindo suas responsabilidades,
              objetivos, metas, referências entre os territórios, recursos e tetos orça-
              mentários e financeiros, em todos os níveis de gestão;
            • permite ao gestor garantir o acesso da população aos serviços de saú-
              de, seja em seu próprio território ou referenciando a serviços de outros
              territórios através da relação entre gestores de distritos;
            • busca a integralidade das ações, envolvendo as atividades de assistên-
              cia ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e epidemiológica;
            • é um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e
              da gestão do sistema de saúde, de alocação dos recursos e de explici-
              tação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo;
            • sua elaboração observa critérios e parâmetros definidos pelas comissões
              de intergestores e aprovados pelos respectivos conselhos de saúde;
            • seu processo contempla:
               a. procedimentos a serem executados no próprio distrito;
               b. procedimentos a serem referenciados para execução em outros
                  distritos;
            • esse processo se repete na instância de gestão superior para incorpo-
              ração dos encaminhamentos de outros distritos, finalizando com o
              estabelecimento das metas físicas e de recursos financeiros por área de
              abrangência e de ocorrência, que constituem os tetos das duas linhas
              de ação a serem gerenciadas pelo gestor do distrito.
127
                                            PROGRAMAÇÃO   DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      PROGRAMAÇÃO               PROGRAMAÇÃO DO
                                                             PROGRAMAÇÃO
       PACTUADA E                 DISTRITO “A”
                         =                            +     REFERENCIADA DE
      INTEGRADA DO            EXECUTADA OU NÃO NO
                                                            OUTROS DISTRITOS
       DISTRITO “A”             PRÓPRIO   DISTRITO



   É fundamental, ao estabelecer o teto financeiro das ações programadas, rela-
cionar procedimento e unidade de saúde em que ele será executado, dado que
valores pagos variam, notadamente em hospitais universitários de pesquisa,
onde o procedimento pode ser valorizado em até 75%, pela incidência do Fator
de Incentivo de Desenvolvimento ao Ensino e Pesquisa Universitária (FIDEPS).
   A implantação do processo de programação, considerado como o estabele-
cimento físico e orçamentário das ações de saúde, passa pelas seguintes fases:

Níveis de programação por complexidade
As ações de saúde, quando organizadas por nível de complexidade, permitem
ao gestor visualizar melhor a resolubilidade em seu território e a necessidade
de encaminhamentos a serviços mais complexos, localizados fora de sua área.
Os principais níveis de programação são:

      • ações de atenção básica: imunização, atendimentos clínicos e cirúrgicos
        nas especialidades básicas, odontologia preventiva, dentística, cirúrgica
        básica e procedimentos de profissionais de nível médio e/ou superior;
      • ações de Vigilância Sanitária: inspeção sanitária, coleta de amostras,
        investigações de agravos, controle de qualidade da água e educação;
      • ações de Vigilância Epidemiológica: procedimentos de controle de
        doenças transmitidas por vetores e endemias;
      • programas especiais: Programa de Saúde da Família (PSF) ou Progra-
        ma de Agentes Comunitários de Saúde (PACS);
      • atendimento ambulatorial especializado de média complexidade:
        atendimentos clínicos e cirúrgicos especializados, procedimentos
        especializados em odontologia, órtese e prótese e serviços de apoio de
        diagnose e terapia de média complexidade;
      • atendimento ambulatorial especializado de alta complexidade:
        hemodinâmica, terapia renal substitutiva, radioterapia, quimioterapia,
        hemoterapia e ressonância magnética;
      • internações.
128
      AUDITORIA,      CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Itens de programação
      A definição do grau de detalhamento das ações de saúde em procedimentos a
      serem executados deve estar voltada para garantir o alcance do impacto plane-
      jado, seja na área de abrangência do próprio distrito ou com encaminhamentos
      para outros, e não apenas de acordo com o custo das ações, que em geral per-
      mite apenas controlar financeiramente o sistema de saúde. Visando à sua moni-
      toração, convém que o detalhamento trabalhado permita a compatibilização
      com o sistema de produção 1. A seguir, descrevemos um rol de itens de progra-
      mação que pode atender à proposição acima.
      1. Ações de atenção básica
              • vacinação, por ser responsável por um impacto específico em grupo
                de atendimento facilmente identificável e quantificável, a partir do pro-
                grama de imunizações e da população do distrito por faixa etária;
              • ações de profissionais de nível médio específicas de programas de saú-
                de, cuja clientela, a exemplo do item anterior, é possível conhecer. Por
                exemplo: busca ativa de comunicantes de doenças transmissíveis, ações
                nos programas de controle de hipertensão arterial, desnutrição e outros.

      2. Atendimento médico
              • consultas nas especialidades básicas ou ainda com inclusão de algu-
                mas especialidades, mas todas com operação na área de abrangência
                do distrito;
              • consultas nas demais especialidades em que o gestor necessita enca-
                minhar para serviços fora de seu território. Por exemplo: cardiologia e
                otorrino para o distrito A, enquanto psiquiatria e neurologia terão aten-
                dimento no distrito B.

      3. Procedimento médico
      Pode seguir a proposta de desmembramento do item anterior, considerando
      sempre o grau de dependência externa ao distrito para o atendimento;
              • procedimentos ortopédicos, de acordo com a especificidade da rede
                física necessária à sua execução.

      4. Atendimentos odontológicos
      São reunidos em grupos de atendimento ou especialidade:
              • odontológico coletivo;
              • odontológico individual e preventivo;

      1. Sistema de Informações Ambulatorial e Hospitalar – SUS
129
                                            PROGRAMAÇÃO   DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      • dentística;
      • periodontia;
      • ortodontia;
      • endodontia;
      • odontologia cirúrgica básica;
      • odontologia cirúrgica especializada;
      • traumatologia buco-maxilo-facial;
      • implantodontia.

5. Patologia Clínica
Poderá ser desmembrada para garantir ações específicas de programas de saú-
de, como por exemplo: exames de sífilis no programa de gestantes ou segun-
do a capacidade instalada para bioquímica, hematologia ou outros subgrupos
da patologia clínica.

6. Radiodiagnósticos
São agrupados de acordo com a rede física necessária à sua execução:
      • radiodiagnóstico simples;
      • radiodiagnóstico contrastado.

7. Exames ultra-sonográficos

8. Medicina Nuclear

9. Outros exames de imagenologia
      • tomografia simples;
      • tomografia computadorizada;
      • ressonância magnética.

10. Exames hemodinâmicos

11. Outros exames especializados
Podem ser desmembrados segundo as necessidades específicas de diagnose
para grupos de atendimento, como gestante de alto risco e outros.

12. Terapia renal substitutiva

13. Radioterapia
130
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      14. Quimioterapia

      15. Fisioterapia

      16. Hemoterapia

      17. Outras terapias especializadas
      Podem ser desmembradas segundo as necessidades específicas de diagnose
      para grupos de atendimento.

      18. Prótese e órtese

      19. Medicamentos
      Podem ser desmembrados em função de necessidades específicas de diagnose
      para grupos de atendimento, como transplantados e outros.

      20. Internações
      Podem ser efetuados com procedimentos organizados em grandes grupos,
      como os descritos abaixo, ou em nível mais detalhado, como o proposto no
      anexo Grupos de procedimentos.
            • tratamento clínico;
            • obstetrícia;
            • cirurgia geral;
            • psiquiatria;
            • alta complexidade:
              cardiologia
              epilepsia
              lábio -palatal
              oncologia
              ortopedia
              transplantes de órgãos;
            • domiciliar;
            • UTI:
              geral
              neonatal.

        A relação acima proposta representa apenas um indicativo dos itens de pro-
      cedimentos a serem programados, mas é fundamental que o gestor do distrito
      garanta, nesse processo, as especificações necessárias para o atendimento da
      demanda. Citamos como exemplos:
131
                                          PROGRAMAÇÃO     DE SERVIÇOS DE SAÚDE




1. O distrito que não possui hospital pode programar internações como um
todo, enquanto o que dispõe de unidade hospitalar de baixa complexidade
deverá programar os procedimentos que serão desenvolvidos no distrito e
aqueles que deverão ser encaminhados.
2. O gestor precisa programar ações para grupo específico. Programar procedi-
mentos de quimioterapia pode não garantir o atendimento a crianças e, portan-
to, torna-se necessário detalhar o grupo de atendimento a que se destina a ação,
permitindo que ela tenha o impacto esperado.

      PROGRAMAÇÃO           E A DEMANDA ESPONTÂNEA
       Definir as unidades de saúde ambulatoriais ou hospitalares para execu-
ção dos procedimentos programados não é tarefa fácil, pois, se por um lado
há toda uma discussão teórica de organização do sistema da saúde em função
da gestão descentralizada, regionalização e hierarquização dos serviços, por
outro há uma “organização” espontânea que ocorre de acordo com a credibi-
lidade da unidade de saúde e acesso geográfico, nem sempre conhecida
pelos gestores.
   Tendo em vista essas divergências entre o teórico e o prático, além da ampla
discussão nos conselhos locais de saúde, é necessária a implementação de cen-
trais de regulação, item discutido no capítulo de auditoria operacional deste
manual, e a monitoração da demanda espontânea. Alguns distritos utilizam
câmaras de compensação para monitorar a invasão no atendimento. Essa estra-
tégia tem se mostrado eficiente quando os distritos da região encontram-se no
mesmo modelo de gestão, e mesmo assim não tem sido possível incluir na
câmara de compensação as unidades de referência estaduais e nacional, que
em geral prestam atendimentos de custos mais elevados.
   Uma outra forma de monitorar a demanda espontânea e os usuários encami-
nhados por outros distritos é a pesquisa nas bases de dados disponíveis pelo
Sistema Único de Saúde. Com a rápida expansão dos recursos de informática,
os gestores dos distritos têm acesso à rede BBS – Bulletin Board System, do
Ministério da Saúde, onde se encontram disponíveis periodicamente arquivos
com dados de atendimento ocorridos em qualquer unidade vinculada ao Siste-
ma Único de Saúde, que em vários distritos aproximam-se de cem por cento
dos atendimentos prestados à população.
   Com esses arquivos e aplicativo Tabwin, também disponível na BBS, o ges-
tor terá o conhecimento de:
      • quanto e qual o perfil da evasão, em que serviço e distrito ocorre e o
        valor pago por esses atendimentos;
      • quanto e qual o perfil de invasão, em que serviço ocorre e o valor pago
        por esses atendimentos.
132
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




         O recurso acima citado, por permitir conhecer o modelo assistencial informal,
      possibilita a constante atividade de reprogramação dos atendimentos necessá-
      rios e a reorganização, regionalização e hierarquização dos serviços de saúde.
         As bases de dados nacionais são instrumentos básicos da programação, mas
      infelizmente só são disponíveis, com informação de residência do cliente, os dados
      referentes a internações hospitalares. Alguns estudos mostraram que a inva-
      são/evasão dos atendimentos ambulatoriais de alta e média complexidade seguem
      o padrão do atendimento hospitalar, mas essa tendência pode ser característica da
      região, de acordo com a capacidade instalada, ou seja, dos serviços disponíveis.
         Por outro lado, invasão e evasão de serviços se alteram lentamente, pois
      dependem de investimentos na reorganização e credibilidade dos serviços.
      Dessa forma, é suficiente conhecer seu perfil a partir de análises anuais ou
      semestrais, desenvolvidas em processos de amostragens.
         Ao conhecer e monitorar as taxas de invasão e evasão dos atendimentos
      ambulatoriais e hospitalares, o gestor do distrito pode otimizar a utilização dos
      recursos financeiros disponíveis. Tem sido razoavelmente comum encontrar
      atendimentos de baixa ou média complexidade em hospitais universitários, que
      no modelo assistencial em geral devem responder por atendimentos de maior
      complexidade, com custo até 75% maior em decorrência de eles receberem o
      Fator de Incentivo de Desenvolvimento ao Ensino e Pesquisa Universitária.

            TERMINOLOGIA          BÁSICA PARA A PROGRAMAÇÃO

      1. Área de Abrangência
      Corresponde ao espaço geográfico em que a responsabilidade sobre a resolu-
      bilidade da questão da saúde, definida pelo modelo assistencial, está delegada
      a determinado distrito.
         Por exemplo: os serviços de saúde do distrito A têm sob sua responsabilida-
      de os prestadores de serviços aos usuários dos distritos A, B, C e D, e no perío-
      do “99” atendeu usuários dos distritos A, C, G e H. A área de abrangência do
      distrito A corresponde aos distritos A, B, C e D.
         Um distrito pode ter diferentes áreas de abrangência para diferentes serviços.
      Por exemplo: em patologia clínica, pode ter como área de abrangência só o
      próprio distrito, enquanto para radioterapia a abrangência pode ser um núme-
      ro maior de distritos.

      2. Área de Influência
      Corresponde ao espaço geográfico de residência dos usuários atendidos no
      distrito.
         Por exemplo: os serviços de saúde do distrito A têm sob sua responsabilida-
      de os usuários dos distritos A, B, C e D e no período “99” atendeu usuários dos
      distritos A, C, G e H. A área de influência do distrito A corresponde aos distri-
      tos A, C, G e H.
133
                                          PROGRAMAÇÃO     DE SERVIÇOS DE SAÚDE




   Há uma tendência de serviços de maior custo/complexidade ter uma área de
influência maior que um serviço de menor custo/complexidade.

3. Área de Ocorrência
Refere-se ao espaço geográfico em que a ação de saúde ocorre. Como espaço
geográfico podem ser classificados os distritos, microrregião, região e unidade
federada.
   Por exemplo: usuário residente no distrito A, atendido no hospital X, locali-
zado no distrito B, temos o distrito B como área de ocorrência.

4. Área de Residência
Refere-se ao espaço geográfico de residência do usuário, atendido na rede pró-
pria, referenciada ou contratada, e que pode ter a mesma classificação que a
área de ocorrência.
   Por exemplo: usuário residente no distrito A, atendido no hospital X, locali-
zado no distrito B, temos o distrito A como área de residência.

5. Cobertura
É a taxa de acesso de usuários potenciais ao serviço de saúde ou a programas
específicos, com oferta sistematizada, proporcionada de forma contínua e em
lugares geograficamente acessíveis.

6. Dados de coleta contínua
Devem ser os dados utilizados para gerar indicadores quantitativos. Por exem-
plo: para calcular a concentração de consultas por usuário no semestre, neces-
sita-se do registro de todas as consultas realizadas no período. Porém, é possí-
vel estimar um indicador quantitativo a partir de um registro efetivo de dados.
   Por exemplo: tendo o número de consultas médicas do primeiro semestre,
podemos estimar o número de consultas médicas do ano e, conseqüentemen-
te, o indicador anual.

7. Dados de coleta não-contínua
São os dados coletados com o objetivo de traçar o perfil do atendimento ou de
pesquisa de situações específicas e podem ser:
      • periódicos, que são os dados coletados em intervalos de tempo iguais;
      • ocasionais, que são os dados resultantes de experimentos, pesquisas ou
        investigações, sem a preocupação de continuidade ou periodicidade.
   Por exemplo: perfil de morbidade ou taxa de invasão. Nesses casos, a
mudança no indicador depende de fatores que em geral envolvem mudanças
organizacionais ou de comportamento e que, portanto, só ocorrem após um
determinado período em que as ações de mudança foram desencadeadas.
   Utilizando o exemplo citado nos conceitos de área de abrangência e de
influência, os usuários do distrito A só deixam de recorrer aos serviços do dis-
134
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      trito B quando uma unidade do distrito A passa a ter a resolubilidade de seu
      problema ou, por reorganização do modelo assistencial, muda-se a referência
      do distrito A para outro que não o B. Nesse exemplo, temos mudança organi-
      zacional da atenção prestada e do comportamento do usuário.

      8. Incidência
      É o número de casos novos de doenças ou de outros fatos que ocorrem na
      população de determinada área de abrangência, dando uma idéia dinâmica do
      desenvolvimento do fenômeno.

      9. Indicadores de avaliação de serviço ou epidemiológico
      Terão como base a data de atendimento do usuário. Nos casos de internações,
      será considerada a data de alta hospitalar.

      10. Indicadores de avaliação ou acompanhamento financeiro
      Terão como base a data de pagamento do serviço prestado.

      11. Estrutura
      Disponibilidade e distribuição dos recursos humanos, físicos, financeiros e orga-
      nizacionais estáveis para operação do processo de prestação de ações de saúde.
         Consideramos incluídos nesse item o sistema de referência e contra-referên-
      cia enquanto rede física necessária à resolubilidade dos problemas de saúde
      apresentados pelos usuários, ou seja, a estrutura que influi no processo e con-
      seqüentemente no resultado, mesmo não sendo possível afirmar que há rela-
      ção direta entre boas condições e resultado.

      12. Processo
      As atividades desenvolvidas na relação entre profissionais e usuários, relaciona-
      das com a adequação das ações ao conhecimento técnico-científico vigente e/ou
      constantes nos protocolos de atendimentos adotados pela unidade de saúde.
         Também consideramos incluídos nesse item o sistema de referência e con-
      tra-referência enquanto processo para atingir a resolubilidade ou resultado.

      13. Resultado
      A conseqüência e/ou impacto sobre as condições de vida e saúde dos usuários,
      incluindo o produto, que é o resultado material do processo, a ser verificado
      mediante análises das mudanças:
            • no estado de saúde dos usuários, atribuídas a cuidados prévios, ou
              seja, o efeito das ações e práticas de saúde implantadas;
            • relacionadas a conhecimentos e comportamentos tanto dos usuários
             como dos profissionais responsáveis pelo processo ou do modelo pro-
             posto, como no caso do sistema de referência e contra-referência;
            • satisfação do usuário decorrente do cuidado prestado.
135
                                                     PROGRAMAÇÃO   DE SERVIÇOS DE SAÚDE




14. Unidade porta de entrada
É a unidade de saúde com atendimento nas especialidades médicas básicas – clí-
nica médica, cirúrgica, gineco-obstétrica e pediátrica, responsável pelo primeiro
atendimento do usuário no sistema de saúde e por sua entrada nesse sistema.

15. Sistema de referência
É a estratégia de encaminhar usuários para serviços de maior complexidade, pre-
viamente acordados, visando complementar a resolubilidade da unidade de saúde.

16. Sistema de contra-referência
É o ato formal de encaminhamento do usuário à unidade de saúde que o refe-
riu, após resolução da causa da referência. A contra-referência deve sempre ser
acompanhada das informações necessárias ao seguimento do usuário na uni-
dade de origem.

       CONSTRUÇÃO                DE PARÂMETROS
       Na atividade de programação, o gestor do distrito pode recorrer à análi-
se de parâmetros de serviços prestados, devendo para tanto emitir um juízo,
elaborado a partir da comparação entre a situação encontrada e a situação pro-
vavelmente ideal, sendo a situação ideal variável em decorrência do perfil de
morbidade do usuário e da inserção da unidade no modelo assistencial, que
pode ser retratada pela complexidade dos casos que atende.
   A seguir, apresentamos uma proposta de elaboração de parâmetros que per-
mite a comparação de taxas entre as unidades da área de abrangência, identifi-
cação de alertas, acontecimento não esperado pelo modelo implantado e defi-
nição de interferência no processo, quando necessário.
Gráfico para elaboração de parâmetro
Taxa de solicitação de patologia clínica, atendimento
ambulatorial, período “99”
                                             Média



    unidade D
                                Alerta 1

    unidade C

                                                                      Alerta 2


    unidade B




    unidade A
                                                                                 Seqüência 1

                0        20       40        60       80   100   120        140


Fonte: Sistema de Informações do distrito
136
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




         Por ocasião da análise de indicadores realizada para elaboração de parâ-
      metros a serem utilizados na programação, o técnico deve identificar a taxa mé-
      dia do indicador em um conjunto de unidades que possuem condições seme-
      lhantes de atuação no modelo assistencial do distrito. Em seguida, identificar os
      dois pontos mais distantes da média a serem questionados.
         No caso utilizado como exemplo – taxa de solicitação de exames de patolo-
      gia clínica em atendimento ambulatorial, por unidade requisitante – identifica-
      mos as unidades B e C como os dois pontos de alerta. A taxa de 126% da uni-
      dade C permite inferir que há solicitações desnecessárias ou superfaturamento
      do exame e os 15% da unidade B estão muito abaixo da média e podem signi-
      ficar uma má qualidade no atendimento e /ou baixa resolubilidade.
         Utilizando a proposta acima, o gestor do distrito poderá constatar situações
      semelhantes a:
            • a unidade B é identificada para atender os casos de pronto atendimen-
              to, urgência ou emergência, no período noturno, sábados, domingos e
              feriados, quando as outras unidades de saúde do distrito não estão aten-
              dendo. Em casos mais graves, o paciente é internado e todo atendimen-
              to é registrado na internação e não no ambulatório. Em casos não urgen-
              tes, o paciente recebe um pronto atendimento e é contra-referenciado
              para a unidade básica de saúde, que solicita os exames necessários.
         Portanto, por sua inserção no modelo assistencial do distrito, está correta a
      taxa de solicitação de exames e 15% torna-se o parâmetro dessa unidade, e a
      alteração dessa taxa será um alerta a ser verificado.
            • a unidade C é identificada como uma unidade de maior complexidade
              do distrito, vinculada a uma faculdade de medicina e contando com a
              participação de alunos no acompanhamento dos atendimentos. Essa
              pode ser a primeira explicação para a alta taxa de solicitação de exames.
              Porém, o aprofundamento da análise poderá constatar, entre outras
              causas, que há sub-registro nas consultas médicas, o que eleva o indi-
              cador, e também solicitação desnecessária de exames, dado o atraso na
              entrega do resultado. O paciente retorna para a consulta, o resultado do
              exame não está no prontuário e o profissional solicita novos exames.
         Efetuadas as devidas correções, a taxa de solicitação de patologia clínica da uni-
      dade C pode ser recalculada em, por exemplo, 70%. Essa nova taxa passa a ser
      parâmetro desse indicador na unidade, caracterizando-se como ponto de alerta
      qualquer taxa muito acima ou muito abaixo de 70 exames a cada 100 consultas.
         A correção da taxa da unidade C implica a correção da taxa média do distri-
      to, que de 62% passa para 49% e permite identificar parâmetros de necessida-
      des de serviços a serem programados.
         A metodologia de comparação de taxas acima descrita deve ser desenvolvi-
      da entre unidades em condições semelhantes de capacidade instalada e inser-
137
                                           PROGRAMAÇÃO     DE SERVIÇOS DE SAÚDE




ção no modelo assistencial, no mesmo período, e pode contar com a série his-
tórica da própria unidade para ampliar a análise.
   A freqüência desse tipo de análise permite construir indicadores específicos
para o prestador.

       ONDE      PROGRAMAR
        A prioridade é sempre programar em unidades próprias e para tanto é
necessário basicamente estabelecer sua capacidade potencial, vinculada ao
perfil de atendimento, principalmente quanto às atividades programadas, que
podem contemplar parâmetros específicos e diferentes dos atendimentos não-
programáticos. Os indicadores utilizados nessa atividade foram descritos ante-
riormente neste manual.
   Após a utilização da capacidade potencial das unidades próprias, o gestor do
distrito, mediante rotinas descritas no manual Gestão de Recursos Materiais e
Medicamentos, passa a programar a execução de procedimentos em serviços
conveniados e/ou contratados, tendo como instrumentos:
      • a ficha de programação físico-financeira que é parte integrante do contra-
        to e onde constam detalhadamente os procedimentos a serem executa-
        dos, podendo inclusive definir o grupo de clientes que terá acesso ao ser-
        viço. Por exemplo: quimioterapia em criança ou exame X em gestantes;
      • o cadastro da unidade no sistema de informação de acompanhamento
        dos procedimentos realizados e onde consta o nível de complexidade
        que o serviço está autorizado a executar.

   A programação estabelece a quantidade de procedimentos que a unidade de
saúde irá executar, estando cadastrada para tanto e não o contrário, quando
uma unidade cadastrada para procedimentos de alta complexidade se sente no
direito de executar tais procedimentos.
   O gestor do distrito, sempre que necessário, poderá ampliar os dados cadas-
trais visando à monitorização da programação, utilizando, por exemplo, os
roteiros descritos neste manual. Em geral, essa ampliação se torna necessária
para procedimentos de alto custo e para clientes de grupos específicos. Atual-
mente, o Ministério da Saúde ampliou o cadastro para clientes em terapia renal
substitutiva.
   A execução da programação pode estar vinculada à prévia autorização do
procedimento e, no caso de não ser centralizada em uma única Central de
Regulação do distrito, torna-se necessário o cadastro das unidades e/ou profis-
sionais responsáveis pela autorização e para os quais há de se ter rotinas siste-
matizadas de atualização dos procedimentos programados e unidades de saú-
de autorizadas para a execução.
   Em resumo, a programação representa a necessidade de procedimentos para
causar um impacto positivo nas condições de saúde da população do distrito e
138
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      deve estar vinculada ao contrato com a unidade de saúde e aos sistemas de
      informações que processam os dados de produção.

            MONITORIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E
            A REPROGRAMAÇÃO
            A monitorização da programação deve ser uma atividade contínua e sis-
      tematizada, visando à reprogramação dos serviços prestados, e garantir o resul-
      tado almejado por grupos de procedimentos programados, podendo ocorrer
      através de:
            • Central de Regulação ou outras instâncias de autorização dos procedi-
              mentos programados;
            • análise do banco de dados do sistema de informação local do distrito;

            • pesquisas periódicas de invasão e evasão ambulatorial;
            • análise de bancos de dados nacionais, através de aplicativos de domí-
              nio público, tais como o Epi-Info ou Tabwin;
            • análise complementar de sistemas de informações referentes às condi-
              ções sócio-econômicas e do meio ambiente.
139
                                                 PROGRAMAÇÃO         DE SERVIÇOS DE SAÚDE




Visualização das interfaces do processo de programação

                             Processo de Planejamento

                                                               Reprogramação

                                  Programação                  Reprogramação




        Convênios
        Contratos                  Cadastros
                                         Conveniados
                            Próprios
                                         Contratados
                                                                       Central
                                                                    de Regulação




                                    Atendimentos

     Tabwin
                     Hospitalar        Ambulatorial    Domiciliar




                                  Indicadores
                                  Quantitativos
      Perfil
     Municipal

                                                                         Eventos
                                                                         a serem
                                                                        monitorados
       Meio                       Indicadores
      Ambiente                    Qualitativos




         Perfil                                                          Auditoria
   Sócio-Econômico                                                      Operacional




                              Processo de Planejamento
140
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      ANEXO

      Grupos de procedimentos
      Afecções das vias aéreas superiores
      Afecções do aparelho digestivo – AIDS
      Afecções do sistema nervoso – AIDS
      Afecções do sistema respiratório – AIDS
      Afecções osteoarticulares
      Afecções otológicas
      Afecções pulmonares
      Afecções respiratórias da criança
      Anemia aplástica e agranulocitose
      Anemias carenciais
      Anemias hemolíticas
      Anestesia
      Angina instável
      Anomalias congênitas do aparelho digestivo
      Anomalias congênitas do aparelho respiratório
      Anomalias congênitas do recém-nascido
      Atendimento de pacientes fora de possibilidade terapêutica
      Biópsias cirúrgicas
      Choque anafilático
      Cirurgia oncológica com ressecção de tumor ósseo
      (com utilização de prótese)
      Cirurgia de cardiopatia congênita com uso de extracorpórea
      Cirurgia de cardiopatia congênita sem uso de extracorpórea
      Cirurgia da bexiga
      Cirurgia da boca e face
      Cirurgia da bolsa escrotal
      Cirurgia da faringe
      Cirurgia da mama
      Cirurgia da paratireóide
      Cirurgia da parede torácica
      Cirurgia da pele e tecido subcutâneo
      Cirurgia da próstata e vesículas seminais
      Cirurgia da supra-renal
      Cirurgia da tireóide
      Cirurgia da traquéia
      Cirurgia da uretra
      Cirurgia da vagina
      Cirurgia da vulva
      Cirurgia das artérias e veias
      Cirurgia das trompas
141
                                          PROGRAMAÇÃO   DE SERVIÇOS DE SAÚDE




Cirurgia do abdome
Cirurgia do ânus
Cirurgia do coração e pericárdio
Cirurgia do cordão espermático
Cirurgia do esôfago
Cirurgia do estômago
Cirurgia do fígado e vias biliares
Cirurgia do mediastino
Cirurgia do nariz
Cirurgia do olho
Cirurgia do ouvido
Cirurgia do ovário
Cirurgia do pâncreas
Cirurgia do pâncreas e baço
Cirurgia do pavilhão auricular
Cirurgia do pênis
Cirurgia do rim e bacinete
Cirurgia do sistema linfático
Cirurgia do sistema simpático
Cirurgia do testículo
Cirurgia do timo
Cirurgia do tórax
Cirurgia do ureter
Cirurgia do útero
Cirurgia dos intestinos
Cirurgia múltipla
Cirurgia na cintura escapular
Cirurgia obstétrica
Cirurgia oncológica
Cirurgia ortopédica e traumatológica da face
Cirurgia urológica por endoscopia
Colagenoses
Cólica nefrética
Concussão – contusão cerebral
Crise asmática
Crise de hipóxia em cardiopatia congênita
Desnutrição protéico-calórica de segundo grau
Desnutrição protéico-calórica de terceiro grau
Diabetes
Diagnóstico de tumores malignos
Diagnóstico e/ou primeiro atendimento
Disfunção tireoidiana
Disfunções supra-renal, hipofisária e da paratireóide
142
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Doença reumática ativa sem cardite
      Doenças bacterianas específicas
      Doenças degenerativas e hereditárias do SNC
      Doenças disseminadas – AIDS
      Doenças dos histiócitos e plasmócitos
      Doenças virais específicas
      Emergência hipertensiva
      Encefalites e mielites
      Endocardite bacteriana
      Endoscopias: biópsias, excisão, corpo estranho
      Enterocolopatias não-infecciosas
      Enteroinfecções abaixo de 1 ano
      Enteroinfecções acima de 1 ano
      Enucleação bilateral para transplante
      Enxerto ósseo vascularizado
      Epilepsias
      Esclerose múltipla e outras doenças desmielinizantes
      Estimulação cardíaca provisória
      Estudo eletrofisiológico
      Hemofilias e outros defeitos de coagulação
      Hemorragia da gestação, parto e puerpério
      Hemorragias digestivas
      Hipertensão da gestação, parto e puerpério
      Hipertensão intracraniana a esclarecer
      Implante dentário osteointegrado
      Implante osteointegrado extra-oral
      Infarto agudo do miocárdio
      Infecções causadas por espiroquetas
      Infecções do aparelho geniturinário
      Infecções do parto e puerpério
      Infecções parasitárias específicas
      Infecções por clostrídios
      Infecções por protozoários
      Infecções sistêmicas
      Insuficiência cardíaca
      Insuficiência hepática com ou sem hipertensão portal
      Insuficiência respiratória
      Intercorrência pós-transplante
      Internação em psiquiatria
      Intoxicações exógenas e envenenamentos
      Leucose linfoblástica
      Leucose não-linfoblástica
      Lumbago
143
                                      PROGRAMAÇÃO   DE SERVIÇOS DE SAÚDE




Marcapassos – instalação
Marcapassos – troca de gerador
Meningite
Miocardites e pericardites
Miopatias
Nefropatias agudas
Nefropatias crônicas
Nefroureterectomia bilateral para transplante
Nefroureterectomia unilateral para transplante
Neurocirurgia
Neurocirurgia da coluna vertebral
Neuropatias periféricas
Obstrução intestinal
Orquite e epididimite
Outras afecções do período neonatal
Outras afecções pleuropulmonares e do mediastino
Outras doenças do sangue e órgãos hematopoiéticos
Politraumatismo
Prematuridade
Procedimentos diversos
Processos inflamatórios abdominais
Punções: biópsias, esvaziamento
Púrpura e outros distúrbios plaquetários
Queimados
Radioterapia cirúrgica
Redução incruenta de fraturas e luxações
Reimplante
Reparação de lesão do plexo braquial
Retalho microcirúrgico
Retirada de corpo estranho
Retirada de múltiplos órgãos e enucleação bilateral
Retirada de prótese
Retransplante de coração
Retransplante de fígado
Retransplante de pulmão
Revisão de coto amputado
Revisão e/ou reconstrução de joelho
Revisão e/ou reconstrução de quadril
RN com múltiplas malformações e/ou aberrações crônicas
Transplante de coração
Transplante de fígado
Transplante de medula óssea
Transplante de pulmão
144
      AUDITORIA,   CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE




      Transplante renal
      Transplante renal – equipe nefrológica
      Transplante renal receptor
      Transtornos cardíacos do ritmo e da condução
      Transtornos do esôfago, estômago e duodeno
      Transtornos do metabolismo
      Transtornos hidroeletrolíticos e ácido-básicos
      Tratamento cirúrgico da articulação escápulo-umeral
      Tratamento cirúrgico de fraturas no tórax
      Tratamento cirúrgico do fêmur
      Tratamento cirúrgico da articulação coxofemoral
      Tratamento cirúrgico da articulação do joelho
      Tratamento cirúrgico da articulação do tornozelo
      Tratamento cirúrgico da articulação escápulo-umeral
      Tratamento cirúrgico da cintura pélvica
      Tratamento cirúrgico da coluna vertebral
      Tratamento cirúrgico da mão
      Tratamento cirúrgico da perna
      Tratamento cirúrgico do antebraço
      Tratamento cirúrgico do braço e úmero
      Tratamento cirúrgico do cotovelo
      Tratamento cirúrgico do pé
      Tratamento cirúrgico do punho
      Tratamento cirúrgico dos músculos
      Tratamento cirúrgico dos músculos e tendões
      Tratamento clínico de fraturas
      Tratamento clínico de traumatismo raquimedular
      Tratamento clínico de tumores malignos
      Tratamento clínico em obstetrícia
      Tratamento com quimioterapia antiblástica para tumores
      Tratamento conservador de fraturas
      Tratamento conservador de osteomielite e artrite
      Tratamento conservador em serviço de neurocirurgia
      Tratamento da AIDS
      Tratamento da AIDS – fase terminal
      Tratamento da AIDS em hospital-dia
      Tratamento da tuberculose
      Tratamento de epilepsia
      Tratamento em psiquiatria em hospital-dia
      Tratamento em reabilitação
      Tratamento ortodôntico em lesões labiopalatais
      Traumatismo crânio-encefálico
      Traumatismo interno com lesão visceral
145
                                        PROGRAMAÇÃO   DE SERVIÇOS DE SAÚDE




Traumatismo raquimedular
Tumores ósseos
Uropatias obstrutivas
Valvoplastia e angioplastia cardíacas
Vasculopatias agudas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CALEMAN,G.; L. Ducci e M.L. Moreira. Informações, Controle e Avaliação do Atendimento
   Hospitalar SUS, Brasília, OPAS/OMS, 1995 (série Desenvolvimento de Serviços de
   Saúde nº 14).
CASTELAR,R.M.; P. Mordelet e V. Grabois. Gestão Hospitalar - Um Desafio para o Hospital
   Brasileiro, Editions ENSP, 1995.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Controle, Avaliação e Auditoria: Atos Normativos, [organizado por
   Deildes de Prado et al.] Brasília, 1996.
Guia para el Diagnóstico de Farmacias y Servicios Farmaceuticos en las Unidades de Salud,
   OPS, 1992.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instrumento de Avaliação para Centros e Postos de Saúde, Brasília,
   1985 (série Normas e Manuais Técnicos).
MALIK, Ana Maria. Manual de Acreditação Hospitalar, São Paulo (mimeografado)
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Manual de Apresentação do Sistema
   de Central de Vagas, versão 1:00, Marília, 1997 (mimeografado).
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ. Manual de Funcionamento das Cen-
   trais de Leito e Informações Complementares, Curitiba, março de 1997 (mimeografado).
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Manual de Preenchimento da Ficha
   Cadastral de Estabelecimentos de Saúde, São Paulo, 1997 (mimeografado).
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Sistema de Informação Ambulatorial, Brasília, 1996
   (mimeografado).
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Sistema de Informação Hospitalar, Brasília, 1996
   (mimeografado).
Manuais Operativos Paltex, Washington, OPS, 1996, volume II D.C.
NETO, Benedito Rodrigues Rosa. Instrumento de Avaliação Hospitalar. São Paulo, 1987
   (mimeografado).
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de
   Saúde, Brasília, 1994 (série Saúde & Tecnologia).
NOVAES, H.M. e PAGANINI, J.M. Padrões e Indicadores de qualidade para hospitais, Brasília,
   OPS/MAS, 1994
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Roteiro de Visita Ambulatorial, Brasília, (mimeografado).
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Roteiro de Visita Hospitalar, Brasília, (mimeografado).
OS AUTORES

GILSON CALEMAN
Médico sanitarista, especialista em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde pelo Pro-
grama de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde da Fun-
dação Getúlio Vargas (PROAHSA – FGV), professor da Faculdade de Medicina de Marília,
diretor-geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília.
e-mail: gilson@famema.br

MARIZÉLIA LEÃO MOREIRA
Socióloga, pesquisadora e consultora técnica das áreas de Informação e Avaliação de Serviços
da Saúde, diretora do Centro Técnico Normativo do Grupo Técnico Normativo de Auditoria
e Controle da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
e-mail: mmoreira@saude.sp.gov.br

MARIA CECÍLIA SANCHEZ
Médica sanitarista, mestranda em Saúde Pública na Faculdade de Saúde Pública da Universi-
dade de São Paulo (FSP – USP), assistente técnica de coordenação da Coordenadoria de
Saúde do Interior da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Endereço para correspondência: Av. Dr. Arnaldo, 351 – 5º andar – sala 501 – São Paulo/SP –
CEP 01246-904

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Auditoria, Controle e Programação dos Serviços de Saúde

  • 1. Para gestores municipais de serviços de saúde Auditoria, Controle e Programação de Serviços de Saúde Gilson Caleman Marizélia Leão Moreira Maria Cecília Sanchez
  • 2. AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
  • 3. PARA GESTORES MUNICIPAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Gilson Caleman Marizélia Leão Moreira Maria Cecília Sanchez INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SAÚDE – IDS NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR – NAMH/FSP – USP BANCO ITAÚ SÃO PAULO 1998
  • 4. Copyright © 1998 by Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo Coordenação do Projeto Gonzalo Vecina Neto, Valéria Terra, Raul Cutait e Luiz Eduardo C. Junqueira Machado Produção editorial e gráfica Editora Fundação Peirópolis Ltda. Rua Girassol, 128 – Vila Madalena São Paulo – SP 05433-000 Tel: (011) 816-0699 e Fax: (011) 816-6718 e-mail: peiropol@sysnetway.com.br Projeto gráfico e editoração eletrônica AGWM Artes Gráficas Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Caleman, Gilson Auditoria, Controle e Programação de Serviços de Saúde, volume 5 / Gilson Caleman, Maria Cecília Sanchez, Marizélia Leão Moreira. – – São Paulo : Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. – – (Série Saúde & Cidadania) Realizadores: “Instituto para o Desenvolvimento da Saúde – IDS, Núcleo de Assistência Médico-Hospitalar – NAMH/FSP – USP, Banco Itaú”. 1. Municípios – Governo e administração – Brasil 2. Serviços de saúde – Administração – Brasil 3. Serviços de saúde – Auditoria 4. Sistema Único de Saúde (Brasil) I. Sanchez, Maria Cecília. II. Moreira, Marizélia Leão. III. Título. IV. Série. 98 – 4496 CDD – 362.1068 Índices para catálogo sistemático: 1. Auditoria : Serviços de saúde : Administração : Bem-estar social 362.1068 2. Serviços de saúde : Auditoria : Administração : Bem-estar social 362.1068 Tiragem 3.000 exemplares É autorizada a reprodução total ou parcial deste livro, desde que citada a fonte. Distribuição gratuita IDS – Rua Barata Ribeiro, 483 – 6º andar 01308-000 – São Paulo – SP e-mail: ids-saude@uol.com.br FSP – Av. Dr. Arnaldo, 715 – 1º andar – Administração Hospitalar 01246-904 – São Paulo – SP Tel: (011) 852-4322 e Fax: (011) 282-9659 e-mail: admhosp@edu.usp.br Banco Itaú – PROAC – Programa de Apoio Comunitário Rua Boa Vista, 176 – 2º andar – Corpo I 01014-919 – São Paulo – SP Fax: (011) 237-2109
  • 5. REALIZAÇÃO INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SAÚDE Presidente: Prof. Dr. Raul Cutait FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – FSP/USP Diretor: Prof. Dr. Jair Lício Ferreira NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR – NAMH/FSP Coordenador: Prof. Gonzalo Vecina Neto BANCO ITAÚ S.A. Diretor Presidente: Dr. Roberto Egydio Setubal
  • 6. APOIO CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE MINISTÉRIO DA SAÚDE ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA – UNICEF
  • 7. AGRADECIMENTOS Agradecemos às equipes das secretarias da Saúde os cin- co municípios que participaram dos módulos de treina- mento, que, através da troca de experiências e sugestões – incorporadas neste manual –, enriqueceram sobre- maneira o seu conteúdo: DIADEMA Cacilda Maria de Santana Faria Clóvis Silveira Junior Walter de Campos Antonio FORTALEZA Silvia Maria Bonfim Silva VOLTA REDONDA Rosa Maria Lages Dias FOZ DO IGUAÇU Cassio Roberto Vieira Tahan Cecilia Marques dos Santos Guaracy Lopes Anesi Iara Rute Corrêa Duarte Maria de Lourdes Mazzotti BETIM Maria Leonor de Barros Ribeiro
  • 8. PREFÁCIO E ste conjunto de manuais para o projeto Saúde & Cidadania se insere no trabalho iniciado há cinco anos pelo Banco Itaú com a criação do Programa de Apoio Comunitário (PROAC). Voltado desde a origem para programas de educação básica e saúde, o PROAC tem desenvolvido dezenas de projetos de sucesso. Um dos melhores exemplos é o Raízes e Asas, elaborado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Edu- cação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Com ini- ciativas como essa, o Programa de Apoio Comunitário tem recebido diversas manifestações de reconhecimento e premiações. Os resultados positivos obtidos com os programas já implantados levam agora o Itaú a viabilizar este projeto dirigido às necessidades detectadas na área de saúde. O projeto Saúde & Cidadania resulta da honrosa parceria do Banco Itaú, do Instituto para o Desenvolvimento da Saúde (IDS) e do Núcleo de Assistência Médico-Hospitalar da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (NAMH/FSP – USP). A meta agora é divulgar para os municípios brasileiros o conhecimento e as expe- riências acumuladas por especialistas na área da saúde pública, que participaram da elaboração destes manuais, bem como os resultados advindos da sua utilização na fase de teste em cinco municípios. Por meio deles pre- tende-se aperfeiçoar a atuação dos gestores municipais
  • 9. X de serviços de saúde para a melhoria da qualidade de vida das comunidades a partir de noções básicas de gestão da saúde. Nos manuais, os gestores da saúde encontrarão fundamentos sobre planejamento em saúde, qualidade na gestão local de saúde pública, vigi- lância sanitária, gestão financeira, gerenciamento de equipamentos hospitalares, gestão de medicamentos e materiais, entre outros. O trabalho de divulgação do que pode ser conside- rado um dos pilares da saúde pública – a viabilização da otimização dos recursos disponíveis com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento prestado à população – contará com o apoio da rede de agências do Itaú que, sempre sintonizadas com as necessidades locais, poderão ajudar a divulgar o material elaborado pelo projeto. A intenção deste programa, vale frisar, será sempre aumentar a eficácia da ação dos gestores municipais da saúde quanto às melhores maneiras de aproveitar ao máximo todos os recursos que estiverem efetivamente ao seu alcance, por mais limitados que possam parecer. Os beneficiários deste trabalho serão as populações das cidades mais carentes, e o Brasil em última análise, por meio da disseminação de técnicas e experiências de última geração. O Banco Itaú, no seu papel de empresa-cidadã e socialmente responsável, acredita que assim estará con- tribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde e para a construção de uma sociedade mais justa. ROBERTO EGYDIO SETUBAL Diretor Presidente Banco Itaú S.A.
  • 10. APRESENTAÇÃO O setor da saúde no Brasil vive hoje um momento peculiar. O Sistema Único de Saúde (SUS) constitui um moderno modelo de organização dos serviços de saúde que tem como uma de suas caracte- rísticas primordiais valorizar o nível municipal. Contudo, apesar de seu alcance social, não tem sido possível implantá-lo da maneira desejada, em decorrência de sérias dificuldades relacionadas tanto com seu finan- ciamento quanto com a eficiência administrativa de sua operação. Essa situação fez com que fossem ampliados, nos últimos anos, os debates sobre o aumento do financiamento do setor público da saúde e a melhor utilização dos limitados recursos existentes. Sem dúvida, as alternativas passam por novas pro- postas de modelos de gestão aplicáveis ao setor e que pretendem redundar, em última análise, em menos desperdício e melhoria da qualidade dos serviços oferecidos. Os Manuais para Gestores Municipais de Serviço de Saúde foram elaborados com a finalidade de servir como ferramenta para a modernização das práticas administrativas e gerenciais do SUS, em especial para municípios. Redigidos por profissionais experientes, foram posteriormente avaliados em programas de treinamento oferecidos pela Faculdade de Saúde Públi- ca da USP aos participantes das cidades-piloto. Este material é colocado agora à disposição dos responsáveis pelos serviços de saúde em nível municipal.
  • 11. XII Daqui para a frente, esforços conjuntos deverão ser mul- tiplicados para que os municípios interessados tenham acesso não apenas aos manuais, mas também à sua metodologia de implantação. Mais ainda, a proposta é que os resultados deste projeto possam ser avaliados de maneira a, no futuro, nortear decisões técnicas e políticas relativas ao SUS. A criação destes manuais faz parte do projeto Saúde & Cidadania e é fruto dos esforços de três instituições que têm em comum a crença de que a melhoria das condições sociais do país passa pela participação ativa da sociedade civil: o Instituto para o Desenvolvimento da Saúde (IDS), que é uma organização não-governa- mental, de caráter apartidário, e que congrega indivíduos não só da área da saúde, mas também ligados a outras atividades, que se propõem a dar sua contribuição para a saúde; o Núcleo de Assistência Médico-Hospitalar da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (NAMH/FSP – USP), que conta com a participação de experiente grupo da academia ligado à gestão e administração; e o Banco Itaú, que, ao acreditar que a vocação social faz parte da vocação empresarial, apóia programas de ampla repercussão social. O apoio ofere- cido pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) reforça a possibilidade de êxito dessa proposta. O sentimento dos que até o momento participaram deste projeto é de entusiasmo, acoplado à satisfação profissional e ao espírito de participação social, num legí- timo exercício de cidadania. A todos os nossos profundos agradecimentos, extensivos à Editora Fundação Peirópolis, que se mostrou uma digna parceira deste projeto. RAUL CUTAIT Presidente Instituto para o Desenvolvimento da Saúde
  • 12. NOTAS EXPLICATIVAS UM POUCO DE HISTÓRIA As duas últimas décadas foram marcadas por inten- sas transformações no sistema de saúde brasileiro, intima- mente relacionadas com as mudanças ocorridas no âmbito político-institucional. Simultaneamente ao processo de redemocratização iniciado nos anos 80, o país passou por grave crise na área econômico-financeira. No início da década de 80, procurou-se consolidar o processo de expansão da cobertura assistencial iniciado na segunda metade dos anos 70, em atendimento às proposições formuladas pela OMS na Conferência de Alma-Ata (1978), que preconizava “Saúde para Todos no Ano 2000”, principalmente por meio da Atenção Primária à Saúde. Nessa mesma época, começa o Movimento da Refor- ma Sanitária Brasileira, constituído inicialmente por uma parcela da intelectualidade universitária e dos profis- sionais da área da saúde. Posteriormente, incorporaram- se ao movimento outros segmentos da sociedade, como centrais sindicais, movimentos populares de saúde e alguns parlamentares. As proposições desse movimento, iniciado em pleno regime autoritário da ditadura militar, eram dirigidas basicamente à construção de uma nova política de saúde efetivamente democrática, considerando a descentralização, universalização e unificação como elementos essenciais para a reforma do setor. Várias foram as propostas de implantação de uma rede de serviços voltada para a atenção primária à saúde,
  • 13. XIV com hierarquização, descentralização e universalização, iniciando-se já a partir do Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS), em 1976. Em 1980, foi criado o Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (PREV-SAÚDE) – que, na realidade, nunca saiu do papel –, logo seguido pelo plano do Conselho Nacional de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP), em 1982, a partir do qual foi implementada a política de Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983. Estas constituíram uma estratégia de extrema importân- cia para o processo de descentralização da saúde. A 8ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em março de 1986, considerada um marco histórico, con- sagra os princípios preconizados pelo Movimento da Reforma Sanitária. Em 1987 é implementado o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), como uma consoli- dação das AIS, que adota como diretrizes a universaliza- ção e a eqüidade no acesso aos serviços, a integralidade dos cuidados, a regionalização dos serviços de saúde e implementação de distritos sanitários, a descentraliza- ção das ações de saúde, o desenvolvimento de institui- ções colegiadas gestoras e o desenvolvimento de uma política de recursos humanos. O capítulo dedicado à saúde na nova Constituição Federal, promulgada em outubro de 1988, retrata o resultado de todo o processo desenvolvido ao longo dessas duas décadas, criando o Sistema Único de Saúde (SUS) e determinando que “a saúde é direito de todos e dever do Estado” (art. 196). Entre outros, a Constituição prevê o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, com regionali- zação e hierarquização, descentralização com direção única em cada esfera de governo, participação da comu- nidade e atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assis- tenciais. A Lei nº 8.080, promulgada em 1990, opera- cionaliza as disposições constitucionais. São atribuições do SUS em seus três níveis de governo, além de outras, “ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde” (CF, art. 200, inciso III). No entanto, um conjunto de fatores – como problemas ligados ao financiamento, ao clientelismo, à mudança do padrão epidemiológico e demográfico da população, aos
  • 14. XV crescentes custos do processo de atenção, ao corpora- tivismo dos profissionais da saúde, entre muitos outros – tem se constituído em obstáculos expressivos para avanços maiores e mais consistentes. Tudo isso redunda em uma sensação de inviabilidade do SUS, apesar de o caminho ser unanimemente considerado como correto. Existe um consenso nacional de que uma política substantiva de descentralização tendo como foco o município, que venha acompanhada de abertura de espaço para o controle social e a montagem de um sis- tema de informação que permita ao Estado exercer seu papel regulatório, em particular para gerar ações com capacidade de discriminação positiva, é o caminho para superar as causas que colocam o SUS em xeque. Assim, é necessário desenhar estratégias para superar o desafio da transformação a ser realizada, e uma delas diz respeito ao gerenciamento do setor da saúde. É pre- ciso criar um novo espaço para a gerência, comprometi- da com o aumento da eficiência do sistema e com a ge- ração de eqüidade. Dessa forma, entre outras ações, torna-se imprescin- dível repensar o tipo de gerente de saúde adequado para essa nova realidade e como deve ser a sua formação. Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e habilidades das áreas de saúde e de administração, assim como ter uma visão geral do con- texto em que elas estão inseridas e um forte compro- misso social. Sob essa lógica, deve-se pensar também na necessi- dade de as organizações de saúde (tanto públicas como privadas) adaptarem-se a um mercado que vem se tor- nando mais competitivo e às necessidades de um país em transformação, em que a noção de cidadania vem se ampliando dia a dia. Nesse contexto, as organizações de saúde e as pessoas que nelas trabalham precisam desenvolver uma dinâmi- ca de aprendizagem e inovação, cujo primeiro passo deve ser a capacidade crescente de adaptação às mudanças observadas no mundo atual. Devem-se procu- rar os conhecimentos e habilidades necessários e a me- lhor maneira de transmiti-los para formar esse novo profissional, ajustado à realidade atual e preparado para acompanhar as transformações futuras. É esse um dos grandes desafios a serem enfrentados.
  • 15. XVI O PROJETO SAÚDE & CIDADANIA A partir da constatação da necessidade de formar gerentes para o nível municipal, um conjunto de institui- ções articulou-se para desenvolver uma estratégia que pudesse dar uma resposta ao desafio. Assim, o Instituto para o Desenvolvimento da Saúde (IDS) e o Núcleo de Assistência Médico-Hospitalar da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (NAMH/FSP – USP), com o apoio político do Con- selho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde, com o apoio finan- ceiro do Banco Itaú, desenvolveram este projeto com os seguintes objetivos: • Apoiar, com fundamento em ações, a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). • Criar uma metodologia e organizar um conjunto de conhecimentos que possam ser aplicados ampla- mente no desenvolvimento de capacitação geren- cial em gestão de ações e serviços de saúde presta- dos em municípios com mais de 50.000 habitantes. • Colocar à disposição dos municípios brasileiros um conjunto de manuais dedicados à gestão local de serviços de saúde, tanto em forma de livros como em meio magnético e ainda por intermédio da Internet. • Gerar a formação de massa crítica de recursos humanos com capacidade para interpretar, analisar e promover mudanças organizacionais em favor de uma maior eficiência do setor da saúde. Mediante a organização e consolidação de um con- junto de conhecimentos já disponíveis, o projeto desen- volveu uma série de doze manuais que privilegia a área gerencial e que, além de reunir os conhecimentos exis- tentes de cada tema específico, articula as experiências práticas de seus autores, gerando um produto final capaz de oferecer ao usuário um caminho para seu aprendizado de forma clara e acessível. Portanto, não se trata de um simples agrupamento de manuais e sim de um projeto educativo e de capacitação em serviço não tradicional, destinado a criar e fortalecer habilidades e conhecimentos gerenciais nos funcionários que ocupam postos de responsabilidade administrativa nos serviços locais de saúde.
  • 16. XVII Os manuais que compõem o projeto e seus respecti- vos autores são os seguintes: 1. Distritos Sanitários: Concepção e Organização – Eurivaldo Sampaio de Almeida, Cláudio Gastão Junqueira de Castro e Carlos Alberto Lisboa. 2. Planejamento em Saúde – Francisco Bernardini Tancredi, Susana Rosa Lopez Barrios e José Henrique Germann Ferreira. 3. Qualidade na Gestão Local de Serviços e Ações de Saúde – Ana Maria Malik e Laura Maria Cesar Schiesari. 4. Gestão da Mudança Organizacional – Marcos Kisil. Colaboração de Tânia Regina G. B. Pupo. 5. Auditoria, Controle e Programação de Serviços de Saúde – Gilson Caleman, Marizélia Leão Moreira e Maria Cecília Sanchez. 6. Sistemas de Informação em Saúde para Municí- pios – André de Oliveira Carvalho e Maria Bernadete de Paula Eduardo. 7. Vigilância em Saúde Pública – Eliseu Alves Waldman. Colaboração de Tereza Etsuko da Costa Rosa. 8. Vigilância Sanitária – Maria Bernadete de Paula Eduardo. Colaboração de Isaura Cristina Soares de Miranda. 9. Gestão de Recursos Humanos – Ana Maria Malik e José Carlos da Silva. 10. Gestão de Recursos Financeiros – Bernard François Couttolenc e Paola Zucchi. 11. Gerenciamento de Manutenção de Equipamentos Hospitalares – Saide Jorge Calil e Marilda Solon Teixeira. 12. Gestão de Recursos Materiais e Medicamentos – Gonzalo Vecina Neto e Wilson Reinhardt Filho. A METODOLOGIA UTILIZADA Após a elaboração da primeira versão dos manuais, realizaram-se três módulos de treinamento com os cinco municípios indicados pelo CONASEMS (Diadema-SP, Betim-MG, Foz do Iguaçu-PR, Fortaleza-CE e Volta Redon- da-RJ) com o objetivo de testá-los e expô-los à crítica.
  • 17. XVIII A proposta de aplicação desenvolveu-se da seguinte forma: • Módulo 1: apresentação pelo docente do material produzido e discussões em sala de aula, com a proposição de sua aplicação ao retornar para o campo. • Módulo 2 (seis semanas após o primeiro): apresen- tação pelos alunos das dificuldades encontradas no campo e transformação da sala de aula em um espaço de consultoria e troca de experiências. • Módulo 3 (seis semanas após o segundo): avaliação dos avanços obtidos, das limitações, dos conteúdos dos manuais e do processo como um todo. Cada módulo de treinamento dos manuais 1, 2, 3 e 4 prolongou-se por quatro dias, contando com cerca de cin- co participantes de cada município, de preferência do ní- vel político-administrativo. Para os manuais operacionais (de 5 a 12), os treinamentos desenvolveram-se em módu- los de três dias, com três participantes por município. Na avaliação final, ficou claro que todo o processo foi extremamente positivo tanto para os participantes como para os autores, que puderam enriquecer os conteúdos dos manuais mediante a troca de experiências e a cola- boração dos mais de cem profissionais que participaram dos seminários. Também ficou evidenciado que, para o desenvolvi- mento futuro do projeto, o primeiro módulo (didático) é dispensável para o processo de aprendizado. Entretan- to, é fundamental um momento de esclarecimento de dúvidas e de proposição de soluções para as dificul- dades encontradas, principalmente se isso ocorrer em um espaço que permita troca de idéias com outras pes- soas com experiências semelhantes. O projeto Saúde & Cidadania propõe que, paralela- mente ao uso dos manuais, seja utilizado o projeto GERUS – Desenvolvimento Gerencial de Unidades Bási- cas de Saúde, para a capacitação de gerentes de unidades de baixa complexidade. O GERUS é um proje- to desenvolvido conjuntamente pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde que pretende institucionalizar mudanças nos padrões de organização dos serviços, com o objetivo de adequá-los
  • 18. XIX à realidade de cada localidade ou região, e já está em uso em vários municípios do país. A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO O material resultante do processo relatado pode ser utilizado diretamente pelas secretarias municipais da Saúde para a capacitação dos profissionais que ocupam postos de responsabilidade administrativa. Eventualmente, a simples leitura dos manuais e a dis- cussão entre seus pares poderão ser consideradas pelos gerentes como insuficientes para um melhor desempenho das atividades descritas, ou talvez haja a necessidade de um maior aprofundamento das questões levantadas. Nesse caso, o gestor municipal poderá solicitar ao Núcleo de Saúde Pública ligado à universidade mais próxima de seu município ou, se houver, à escola de for- mação da secretaria da Saúde de seu Estado, a realiza- ção de um período de treinamento (nos moldes do descrito no módulo 2), tendo como base o material ofe- recido pelo projeto Saúde & Cidadania. Como já foi mencionado, esse processo torna-se muito mais proveitoso quando possibilita a troca de experiências entre profissionais de diferentes municípios. Uma outra proposta, ainda em fase de desenvolvi- mento, é a transformação dos manuais em hipertexto, tornando-os disponíveis em CD-ROM e em site na Internet, este último possibilitando inclusive a criação de chats para discussão de temas específicos e um diálogo direto com os autores. Nesse entretempo, o Núcleo de Assistência Médico- Hospitalar da Faculdade de Saúde Pública deverá realizar reuniões com os núcleos de Saúde Coletiva que estiverem dispostos a formar monitores para o processo. Também poderá realizar treinamentos em municípios que os soli- citarem. Para isso, devem entrar em contato com a Facul- dade de Saúde Pública, por meio de carta, fax ou e-mail. PERSPECTIVAS A cultura organizacional do setor público brasi- leiro, em geral, não estimula a iniciativa e a criatividade de seus trabalhadores. Entretanto, deve-se lembrar que todo processo de mudança implica a necessidade de profissionais não apenas com boa capacitação técnica, mas com liberdade de criação e autonomia de ação.
  • 19. XX O projeto Saúde & Cidadania oferece aos municípios um instrumental testado de formação de gerentes. O desafio agora é utilizá-lo, tendo sempre presente a pers- pectiva de que a transformação está em marcha e ainda há um longo caminho a ser percorrido no processo de implementação e viabilização do SUS. GONZALO VECINA NETO RAUL CUTAIT VALÉRIA TERRA Coordenadores do Projeto
  • 20. SUMÁRIO Siglas e abreviaturas .......................................................................................... 1 Introdução ............................................................................................................ 3 Auditoria operacional ...................................................................................... 5 Processos administrativos ................................................................................ 25 Auditoria analítica .............................................................................................. 39 Relatórios de supervisão .................................................................................. 53 Ações básicas de saúde .............................................................................. 55 Ambulatório de especialidades ................................................................ 71 Atendimento imediato – Pronto-Socorro (PS) ...................................... 83 Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico – SADT .................. 93 Atendimento hospitalar ................................................................................ 105 Programação de serviços de saúde .............................................................. 125 Referências bibliográficas ................................................................................ 147 Os autores ............................................................................................................ 149
  • 21. SIGLAS E ABREVIATURAS AIH ............................ Autorização de Internação Hospitalar AIS ............................ Ações Integradas de Saúde APAC ...................... Autorização de Procedimento de Alta Complexidade CONASEMS ........ Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde DATASUS .............. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde FCA .......................... Ficha de Cadastro Ambulatorial FCH .......................... Ficha de Cadastro Hospitalar FCOE ...................... Ficha de Cadastro de Órgão Emissor FCT ............................ Ficha de Cadastro de Terceiros FIDEPS ...................... Fator de Incentivo de Desenvolvimento ao Ensino e Pesquisa Universitária FMP .......................... Ficha Cadastral de Mantenedora/Profissional FPO .......................... Ficha de Programação Físico-Orçamentária INAMPS .................. Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social IVE ............................ Índice de Valorização de Emergência MS .............................. Ministério da Saúde NOB.......................... Norma Operacional Básica OPM ........................Órtese, Prótese e Medicamento PIES .......................... Programa de Integração Ensino-Serviço SADT ........................ Serviço de Apoio a Diagnose e Terapia SCI ............................ Sistema de Controle de Internação SCV .......................... Sistema de Central de Vagas SES ............................ Secretaria de Estado da Saúde SIA ............................ Sistema de Informação Ambulatorial SIH ............................ Sistema de Informação Hospitalar SUS ............................ Sistema Único de Saúde TAB / SIA .................. Tabulações do SIA UBS .......................... Unidade Básica de Saúde UTI .......................... Unidade de Terapia Intensiva VAL / SIA ................ Valores do SIA VISA .......................... Vigilância Sanitária
  • 22. 3 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE INTRODUÇÃO N os últimos anos, apesar de não ter sido efetivada a descentralização da gestão do sistema de saúde no Brasil, alguns movimentos, desde as AIS, SUDS e SUS, e legislação especificada nas leis 8.080/90, 8.142/90, até as Normas Operacionais Básicas 01/91, 01/93 e 01/96, fizeram com que os muni- cípios assumissem cada vez mais as ações de auditoria e supervisão de serviços de saúde, como podemos verificar no manual que trata do modelo assistencial. Os modelos de gestão timidamente incorporados pela maioria dos municí- pios são os gerados pelo extinto INAMPS e pelas secretarias de Estado da Saú- de. Evidentemente, não se podem descartar totalmente tais modelos; porém, sua operação é discutivel, pois ela sempre ocorre de forma centralizada, fazen- do com que sua eficiência e eficácia deixem muito a desejar. Historicamente, a gestão centralizada tem sido dominada pela burocracia e pelas necessidades dos prestadores de serviço e não pelas necessidades da população. Até o momento, as diretrizes do Sistema Único de Saúde não foram implan- tadas em sua totalidade e, dentre elas, a descentralização é a estratégia funda- mental para redefinir o papel do Estado nas funções públicas de normatizar, regular e garantir o acesso da população e controlar os serviços de saúde que permanecem sob sua gestão. Para que efetivamente possamos contribuir com uma gerência competente, estamos apresentando a rotina de Auditoria Operacional, contemplando meca- nismos e instrumentos de regulação, dentre eles a Central de Regulação, Ações de Controle, Roteiros de Supervisão de Serviços e Auditoria Analítica. Os roteiros de supervisão de serviços encontram-se anexos e foram orga- nizados pelo grau de complexidade das ações de saúde desenvolvidas em unidades de ações básicas de saúde, atendimento ambulatorial especializado e atendimento hospitalar, abrangendo as principais diretrizes propostas pelo modelo assistencial do SUS, sem descartar a obrigatoriedade prevista na nor- ma técnica para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
  • 23. 4 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE No tema Auditoria Analítica propomos rotinas de identificação de indicado- res quantitativos, que alertam da existência de distorções no acesso ao serviço de saúde ou no desenvolvimento de suas ações, complementado pela descri- ção das principais atividades da equipe técnica de assistência do gestor. Finalmente, devemos ressaltar que o manual foi elaborado a partir de experiên- cias e trabalhos desenvolvidos nos diversos níveis do Sistema Único de Saúde. AUDITORIA O conceito de auditoria (audit) foi proposto por Lambeck em 1956 e tem como premissa a “avaliação da qualidade da atenção com base na observação direta, registro e história clínica do cliente”. As atividades da auditoria concentram-se nos processos e resultados da prestação de serviços e pressupõem o desenvolvimento de um modelo de atenção adequado em relação às normas de acesso, diagnóstico, tratamento e reabilitação. Consistem em controlar e avaliar o grau de atenção efetivamente prestada pelo sistema, comparando-a a um modelo definido. A auditoria é um conjunto de atividades desenvolvidas tanto para controle – auditoria operacional – quanto para avaliação de aspectos específicos e do sis- tema – auditoria analítica. Auditoria operacional Consiste na realização de atividades voltadas para controle das ações desen- volvidas pela rede de serviços do Distrito Sanitário. Concentra-se nas condições da rede física, nos mecanismos de regulação e no desenvolvimento das ações de saúde. Auditoria analítica Baseia-se no desenvolvimento de atividades que têm por objetivo aprofundar as análises de aspectos específicos do sistema de saúde do Distrito Sanitário, ou seja, é voltada para a avaliação quantitativa, inferindo, em algumas situações, a qualidade das ações de saúde do Distrito Sanitário.
  • 24. 5 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE AUDITORIA OPERACIONAL LOCUS DE AÇÃO O Sistema Nacional de Auditoria foi criado pela Lei nº 8.689 de 7 de março de 1993, artigo 6º, e regulamentado pelo Decreto-Lei nº 1.651 de 28 de setembro 1995. Tanto a lei como o decreto tiveram um processo de discussão intensa entre as três esferas de governo, a fim de preservar ao máximo os preceitos contidos nas leis 8.080/90 e 8.142/90 e na Constituição Federal. A operação do sistema de auditoria deve ocorrer descentralizadamente, com definição das competências de cada esfera de governo. O Decreto nº 1.651/94 definiu que as atividades de auditoria ficam a cargo do Departamento de Controle, Avaliação e Auditoria, subordinado à Secretaria de Assistência à Saúde, do Ministério da Saúde. O sistema é integrado por uma Comissão Corregedora Tripartite, composta pela direção nacional do SUS, representantes do Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários Municipais da Saúde. Cabe a cada nível de governo as seguintes competências, para atividades de auditoria: Nível federal a. aplicação dos recursos transferidos aos estados e municípios, median- te análise dos relatórios de gestão; b. as ações e serviços de saúde de abrangência nacional; c. os serviços de saúde sob sua gestão; d. os sistemas estaduais de saúde; e. as ações, métodos e instrumentos implementados pelo órgão estadual de controle, avaliação e auditoria.
  • 25. 6 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Nível estadual a. aplicação dos recursos estaduais repassados aos municípios; b. as ações e serviços previstos no plano estadual de saúde; c. os serviços de saúde sob sua gestão; d. os serviços municipais e os consórcios intermunicipais de saúde; e. as ações, métodos e instrumentos implementados pelos órgãos muni- cipais de controle, avaliação e auditoria. Nível municipal a. as ações e serviços estabelecidos no plano municipal de saúde; b. os serviços de saúde sob sua gestão (públicos e privados); c. as ações e serviços desenvolvidos por consórcio intermunicipal ao qual o município esteja associado. À Comissão Corregedora Tripartite caberá: a. zelar pelo funcionamento harmônico e ordenado do Sistema Nacional de Auditoria; b. identificar distorções; c. resolver impasses; d. requerer aos órgãos competentes providências para a apuração de denúncias e irregularidades; e. aprovar a realização de atividades de controle, avaliação e auditoria pelo nível federal ou estadual, em estados e municípios. É fundamental, no desenvolvimento das ações de auditoria por nível de gestão, a colaboração estreita entre os níveis. O gestor do Distrito Sanitário e o gestor municipal são os principais respon- sáveis pela realização das atividades de auditoria, visto que a maior parte é dirigida aos serviços de saúde. Nesse sentido, há atuação em parceria com os níveis do Sistema Nacional de Auditoria Estadual e Federal. A participação dos níveis estadual e federal nas auditorias de serviço no Distrito Sanitário e município somente poderá ocorrer por solicitação do gestor local, a não ser que alguma situação excepcional justifique tal ação, desde que autorizada pela Comissão Corregedora, como determina o Decre- to nº 1.651/95.
  • 26. 7 AUDITORIA OPERACIONAL I – MECANISMOS E INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO Com a descentralização da gestão dos serviços de saúde, torna-se imper- ativo o estabelecimento de instrumentos gerenciais e técnico-científicos, entre os quais a Central de Regulação e Protocolos, que permitam responder ade- quadamente às necessidades de saúde da população, gerindo a oferta de serviços e agilizando o acesso da clientela, contribuindo assim com a organiza- ção do sistema e a implantação efetiva da sua regionalização e hierarquização. A. Central de Regulação A regulação da oferta de serviços é um desses instrumentos, pois permite a uti- lização racional dos serviços, fazendo com que os distritos assumam seu papel de gestor no sistema. A abrangência da Central de Regulação deve contemplar: • ações e serviços existentes no distrito; • ações e serviços existentes em outros distritos. A complexidade das ações que devem estar sob o controle da central é decisão do gestor do distrito, e deve ter como princípios: a. se a oferta de serviços é menor que a demanda da clientela, é necessário o controle, a fim de garantir o acesso do cliente de maneira racional, bloqueando-se a utilização inadequada dos serviços; b. se a oferta de serviços é maior que a necessidade da clientela, é necessário controle, a fim de não haver excesso de utilização das ações de saúde (como se sabe, a oferta excessiva, principalmente de procedimentos de alta complexidade, gera superutilização dos recur- sos diagnósticos e terapêuticos). Funções A Central de Regulação tem as seguintes funções: a. orientar o encaminhamento dos pacientes da área de abrangência do Distrito Sanitário para consulta de especialidades, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico e internações hospitalares; b. controlar o encaminhamento de pacientes para serviços fora da área de abrangência do distrito, que constem da Programação Pactuada Integrada; c. controlar e disponibilizar os leitos vagos (públicos e conveniados/contrata- dos) para internações referenciadas de urgência, emergência e eletivas; d. agendar, através de controle próprio, consultas de especialidades e SADT para as unidades requisitantes; e. elaborar relatórios para acompanhamento gerencial dos gestores;
  • 27. 8 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE f. atualizar os dados cadastrais da unidade prestadora e subsidiar o gestor nas alterações de oferta de serviços, quando necessário. Operacionalização A partir do cadastro de serviços e da Programação Pactuada Integrada estabe- lecida pela NOB 01/96, o gestor do Sistema Único de Saúde ou grupo de gestores, devem estabelecer com os prestadores de serviços de saúde a quan- tidade de leitos, o número de consultas de especialidades, tipo de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico que estarão sob o controle da Central de Re- gulação, e os protocolos que serão utilizados para referência dos pacientes. Para efeito de controle dos encaminhamentos, as unidades devem ser divi- didas em: 1. Unidades requisitantes: São consideradas unidades requisitantes junto à Central de Regulação: • unidades básicas de saúde da área de referência; • ambulatórios de especialidades da área de referência; • centrais de regulação de outros municípios e regiões (autorizados); • hospitais públicos e privados de menor complexidade. As unidades requisitantes deverão ter senha de acesso à central, fornecida pelo gestor. O acesso à central deve ser feito por telefone. 2. Unidades prestadoras: São consideradas unidades prestadoras todos os serviços públicos e privados localizados dentro e fora da área de abrangência que mantenham vínculo for- mal com o SUS e que prestem serviços na área de consultas de especialidades, serviço de apoio diagnóstico e terapêutico e internações hospitalares. As consultas de especialidades devem estar sob o controle da central (vide fluxo página 11). A avaliação do grau de utilização das consultas (falta de paciente, consultas não agendadas, motivo de encaminhamento) deve ser realizada de maneira periódica, a fim de retroalimentar o sistema. A unidade requisitante, ao acionar a Central de Regulação para internação hospitalar, deve informar: • código de acesso da unidade; • caracterização da internação: especialidade faixa etária sexo nome completo do paciente endereço nome do médico e CRM;
  • 28. 9 AUDITORIA OPERACIONAL • tempo provável de deslocamento do paciente; • hipótese diagnóstica. A solicitação da internação deve ser feita obrigatoriamente por profissional de nível superior (médico, enfermeira ou assistente social, com preferência para o primeiro), com dados clínicos os mais completos possíveis. Ao encaminhar o paciente ao hospital indicado pela central, deverá ser preenchido o laudo de solicitação de internação (anexo), devidamente preenchido, com descrição detalhada do quadro clínico, evolução e conduta dispensada, assinada e carimbada pelo médico solicitante, principalmente nos casos de emergência médica. Nos casos de internação em UTI, o médico da unidade requisitante, em havendo vaga disponibilizada pela Central de Regulação, deve entrar em con- tato com o médico da unidade prestadora. Nas internações eletivas, a unidade requisitante deve informar a patologia, o tipo de cirurgia a ser realizada e o dia programado para a sua realização. Se houver suspensão do encaminhamento, a unidade requisitante deve informar imediatamente a Central de Regulação, esclarecendo o motivo. Se a unidade prestadora recusar a internação, a central deve comunicar imedi- atamente o fato ao gestor (Secretaria Municipal da Saúde) da sede do prestador. As unidades prestadoras devem encaminhar diariamente relatórios de alta dos pacientes, contendo nome do paciente, número do leito, data da alta e motivo da alta. Esse relatório alimentará o programa da central, contabilizando os leitos ocupados e disponíveis. No caso de mudança de procedimento, a unidade deve informar a central, que autorizará ou não tal mudança. A partir do cadastro da Programação Pactuada Integrada e das portarias do Ministério da Saúde que normatizam os exames de alta complexidade, o gestor deve estabelecer os serviços que serão oferecidos pelas unidades prestadoras da área de abrangência e os serviços a serem utilizados de outra região de saúde, ou seja, é necessário o estabelecimento de negociação entre os gestores para definir o tipo e a quantidade de exames/terapias oferecidos. O agendamento prévio deve se restringir aos procedimentos que exigem preparo anterior e/ou de alta complexidade, entre eles: • Imagenologia: Raio X contrastado Exames especializados Ultra-som Tomografia computadorizada Radiologia digital Ressonância magnética Densitometria Mamografia Neurorradiologia
  • 29. 10 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE • Medicina Nuclear in vitro e in vivo • Métodos gráficos: EEG Ergometria Holter Espirometria • Endoscopia: Digestiva (per oral) Broncoscópica Urológica • Hemodinâmica • Ecocardiografia • Audiometria • Radioterapia • Quimioterapia • Histocompatibilidade • Genética médica • Fisioterapia • Órtese/prótese • Medicamentos excepcionais É importante definir que as unidades requisitantes serão autorizadas a solici- tar os procedimentos citados acima. O gestor deve estabelecer as quantidades oferecidas para cada tipo de serviço de diagnóstico ou terapêutico. O funcionamento da central deverá ocorrer mediante os fluxos estabelecidos (a seguir) para as diversas ações de saúde.
  • 30. 11 AUDITORIA OPERACIONAL Fluxo para agendamento de consultas de especialidades Paciente Procura as unidades básicas de saúde Consulta médica Médico da O serviço UBS solicita consulta resolve o com especialista e problema preenche guia de referência Recepção da UBS aciona Central de Regulação Encaminha agenda à unidade prestadora com Central indica o local, dia e hora da consulta 48 horas de antecedência Unidade informa o paciente Unidade prestadora contra-referencia à Consulta é realizada unidade requisitante Paciente permanece na unidade prestadora e informa unidade requisitante
  • 31. 12 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Fluxo de internações eletivas Paciente Procura os serviços de saúde vinculados (unidade requisitante) Consulta médica Médico da unidade de saúde O serviço vinculado ao SUS resolve o indica internação e problema preenche laudo de solicitação Chefia da unidade ou gestor autoriza e aciona a Central de Regulação Central indica hospital e leito Hospital tem Auditoria avalia 48 horas para O cliente é e valida a encaminhar laudo internado emissão de AIH de emissão da AIH
  • 32. 13 AUDITORIA OPERACIONAL Fluxo para internação de urgência e emergência Paciente Procura os serviços cadastrados para atendimento de URGÊNCIA Consulta médica Médico Resolve o indica e problema preenche laudo de internação Unidade de saúde solicita vaga à central, que indica o hospital e o leito Hospital informa a Central de Regulação, a ser utilizado que autoriza (provisoriamente) e envia laudo em 48 horas para autorização definitiva Hospital realiza a internação e encaminha laudo em 48 horas para o gestor Gestor analiza e audita in loco Não autoriza e Autoriza comunica a emissão ao hospital de AIH
  • 33. 14 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Fluxo para Serviço de Apoio a Diagnose e Terapia Paciente Procura as unidades básicas de saúde Consulta médica Médico Resolve o solicita exames problema através de requisição própria Patologia clínica Procedimentos diagnósticos e Raio X simples ECG terapêuticos sob controle Recepção indica a unidade Unidade aciona (por telefone) prestadora que realizará o exame Central de Regulação Unidade prestadora realiza o procedimento e encaminha o resultado para unidade requisitante Diagnose/terapia (sob autorização prévia): Diagnose e terapia (sem chefia da unidade autoriza e autorização prévia): unidade aciona Central de Regulação aciona Central de Regulação Resultado/laudo Paciente Central de Regulação Retorno à unidade realiza o indica unidade prestadora, prestadora exame dia, horário e preparo
  • 34. 15 AUDITORIA OPERACIONAL Estrutura O tamanho da Central de Regulação precisa estar adequado à realidade do dis- trito. Os recursos materiais e humanos apresentados devem ser considerados como ponto de referência. O gestor tem de adequar a central aos recursos disponíveis no distrito: 1. Recursos materiais: • Área física compatível com as atividades desenvolvidas • PABX, modelo CPC44 • Linhas telefônicas • Fax simples • Microcomputadores interligados em rede ou não • Impressoras 2. Recursos humanos: Os recursos humanos utilizados devem ser capacitados de acordo com o mo- delo assistencial e para a operação do sistema. • Médicos: 40 horas semanais • Oficiais administrativos Principais atribuições 1. Oficial administrativo (com responsabilidade administrativa): • atende às solicitações das unidades requisitantes; • agenda as consultas de especialidades e SADT; • disponibiliza leitos para as internações solicitadas (eletivas); • aciona supervisor quando das internações de urgência/emergência; • notifica o supervisor a respeito de dúvidas ou de eventuais intercorrências. 2. Supervisor : • coordena a Central de Regulação; • estabelece contato com as unidades prestadoras e requisitantes para superação de dificuldades; • elabora relatórios gerenciais para os gestores; • aciona gestor quando ocorre negativa da unidade prestadora ou demanda reprimida; • aciona auditoria operacional; • avalia qualidade de funcionamento do sistema.
  • 35. 16 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Horário de funcionamento Idealmente, a Central de Regulação deve funcionar 24 horas por dia devido à possibilidade da ocorrência de internações de urgência/emergência, que atual- mente constitui nó crítico do sistema. No entanto, o funcionamento pode variar de 8 a 24 horas, de acordo com os recursos disponíveis. Quando o funcionamento for parcial, de 8 a 12 horas, é necessário estabelecer parceria com a unidade prestadora, a fim de que ela atue no controle dos quantitativos de ações disponíveis, retornando a informação à central para atualização dos dados. B. Protocolo técnico (clínico) O protocolo técnico é instrumento normativo do processo de atenção à saúde e tem como funções: • a promoção da qualidade técnica da atenção nos diversos níveis do sistema; • a utilização racional dos recursos de diagnose e terapia disponíveis; • a sistematização dos mecanismos de referência e contra-referência da clientela. Os protocolos devem ser utilizados para a tomada de decisões e indicar pas- sos adequados para o diagnóstico, terapia específica e prevenção de compli- cações de enfermidades ou anomalias específicas, ou seja, devem proporcionar um plano detalhado para o acompanhamento dos pacientes com diagnósticos específicos: processos, prazos, responsabilidades desde a admissão do paciente até a alta. Os aspectos a serem levados em conta na elaboração e apli- cação são tempo, custo e recursos disponíveis. Existem várias publicações que contêm protocolos das diversas áreas de atenção. O mais utilizado e completo é da Agency of Health Care Policy and Research (AHCPR); as versões mais utilizadas são o “Clinical Practice Guideline” e “Quick Reference Guide for Clinicals”. O endereço na Internet da AHCPR é http://www.ahcpr.gov. II – AÇÕES DE CONTROLE Atividades básicas • Analisar e auditar in loco as solicitações de internações. • Autorizar a emissão da AIH. • Autorizar, previamente, a realização de cirurgias eletivas. • Autorizar realização de exames de alta complexidade (APAC). • Analisar os relatórios de saída do sistema ambulatorial e de internação (SIA e SIH/SUS).
  • 36. 17 AUDITORIA OPERACIONAL • Vistoriar os serviços em conjunto com a Vigilância Sanitária. • Controlar o cumprimento das normas sobre as atividades de prestação de serviços pelas unidades de saúde, emanadas do MS, SES e Secretaria Municipal da Saúde. • Acolher denúncias de usuários, prestadores, gestores ou profissionais de saúde. • Analisar e auditar os atendimentos individuais de ambulatório e SADT. • Acionar a realização de auditoria analítica a partir da detecção de dis- torções ou problemas específicos. Instrumentos para auditoria operacional • Programação Pactuada Integrada do Distrito Sanitário. • Contratos e convênios com a rede prestadora de serviços. • Manuais do SIH e SIA/SUS e de auditoria do MS e secretarias estadual e municipal da Saúde. • Portarias ministeriais, da Secretaria de Estado da Saúde e da Secretaria Municipal da Saúde, que regulam a prestação de serviços. • Prontuários dos pacientes. • Sistema de Informação em Saúde. Roteiro da auditoria operacional Objetivo O roteiro de auditoria operacional tem como objetivo sistematizar as ações de controle dos atendimentos realizados pelas unidades prestadoras. Ambulatório e SADT As atividades de auditoria operacional devem ser alimentadas pelo Sistema de Informações Ambulatoriais e seus aplicativos, dentre os quais: • Relatórios do SIA/SUS; • Ficha de atendimento ambulatorial; • TAB/SIA; • VAL/SIA; • Requisições e laudos de exames especializados; • APAC (Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade).
  • 37. 18 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Dentre os relatórios emitidos pelo sistema, devem ser utilizados mais fre- qüentemente: a. Relatório da situação cadastral da unidade: • Possibilita a avaliação da compatibilidade entre capacidade opera- cional e programação físico/orçamentária, estabelecida para as unidades. b. Boletim de produção ambulatorial e relatório da situação de produção: • Registra todos os procedimentos realizados pela unidade. • O relatório da situação de produção indica os procedimentos rejeitados. c. Relatório de créditos bancários: • Indica os valores creditados na conta corrente de cada prestador. d. TAB/SIA: • Apura as quantidades e valores de procedimentos apresentados pelos prestadores. • Pode ser agregado por município, estado ou regiões de saúde. e. VAL/SIA: • Informa os valores creditados aos prestadores por item de progra- mação e tipo de prestador, além da pesquisa de dados cadastrais. A auditoria operacional em ambulatório deve concentrar-se nos procedi- mentos que mais ocorreram no sistema, entre eles os de alto custo e alta com- plexidade, a fim de ajustar sua capacidade de oferta às necessidades da clien- tela do Distrito Sanitário. Eis alguns deles: • Urgência /emergência • Cirurgias ambulatoriais • Medicina Nuclear in vitro e in vivo • Diálise • Tomografia • Hemoterapia • Radioterapia • Quimioterapia
  • 38. 19 AUDITORIA OPERACIONAL • Órtese e prótese • Medicamentos de uso contínuo (alto custo) • Internação hospitalar As análises devem ser feitas in loco e, se possível, de todas as internações hospitalares ou no mínimo 50% delas. Análise de prontuário Segundo orientação do Conselho Federal de Medicina, o prontuário não pode ser retirado da unidade. Documentos 1. Laudo de solicitação da AIH: • Confrontar o procedimento solicitado e o procedimento autorizado com o procedimento realizado. Em caso de mudança de procedimen- to, verificar se ele foi autorizado. 2. História clínica. 3. Avaliar a compatibilidade entre o procedimento realizado e a anamnese, exame físico e SADT constantes do prontuário. 4. Prescrição médica: • Medicamentos prescritos devem ser compatíveis com o diagnóstico. 5. Evolução: • Deve ser diária. 6. Evolução de enfermagem: • Analisar cuidados de enfermagem e anotações correspondentes no prontuário. 7. Descrição cirúrgica: • Analisar compatibilidade da descrição com o procedimento solicita- do/autorizado/realizado. 8. Ficha de anestesia: • Analisar o tempo de duração do ato. 9. Ficha obstétrica: • Analisar informação sobre o tipo de parto e indicações. 10. Procedimentos especiais e órteses/próteses: • Analisar se o realizado está compatível com o procedimento autorizado.
  • 39. 20 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Supervisão in loco de serviços de saúde Supervisão, do inglês “supervision”, significa “orientar, inspecionar”, quer dizer “observar com grande atenção”. As atividades de supervisão são indicadas quando houver cadastramento de serviços novos, frente a análises operacionais de rotina ou mesmo às de con- teúdo analítico que apontem distorções de ordem técnico-administrativas, frente a denúncias, ou mesmo quando fazem parte da rotina da equipe técnica de auditoria. As visitas de supervisão buscam dar maior conhecimento da realidade insti- tucional que se analisa, subsidiando mais concretamente a tomada de decisões pelo gestor. É possível encontrar vários formatos de relatórios e protocolos que subsi- diam uma supervisão de equipamentos de saúde, sejam eles quais forem. Porém, ou são muito complexos ou mais simples e nem sempre conseguem reunir sucintamente, e no mesmo formato, os vários aspectos que um gestor precisa acessar. Os cinco relatórios aqui apresentados tentam dar conta dessas questões levantadas. Relatórios de supervisão • Serviços de ações básicas de saúde • Ambulatórios de especialidades • Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico • Pronto -socorro • Atendimento hospitalar A depender da complexidade do sistema de saúde existente, todos ou ape- nas um módulo poderá ser utilizado. Para melhor desempenho das atividades de avaliação, controle e auditoria de unidades de saúde, sejam de gerência própria e/ou conveniadas e contratadas, indicamos a seqüência de atividades abaixo relacionadas: 1. Compilar e analisar as informações conhecidas ou previamente solicitadas à visita de supervisão. É interessante estabelecer comparações entre relatórios e resultados de supervisões anteriores. 2. Antes da visita, definir claramente o papel e a divisão de tarefas entre os componentes da equipe. Recomenda-se que haja um coordenador que repre- sente institucionalmente o gestor. 3. Sempre que possível, compor equipes com pelo menos um médico e profis- sionais das áreas de planejamento, auditoria e controle, vigilância sanitária e finanças.
  • 40. 21 AUDITORIA OPERACIONAL 4. É interessante que o grupo apresente-se previamente à direção da unidade ou instituição e solicite a indicação de um profissional gabaritado para acom- panhar a visita. 5. É recomendável a utilização de planta física para verificação de flu- xos/localizações e mapear a cargo de quem estão as responsabilidades geren- ciais dos setores, tanto administrativa quanto tecnicamente. 6. É interessante que a equipe de supervisão observe a dinâmica e o funciona- mento habituais e não aqueles “acertados” para recebê-los. 7. Se possível, anexar a impressão dos usuários relativa ao atendimento recebido. Os roteiros visam fornecer um diagnóstico da unidade supervisionada, re- lativos à: 1. Estrutura física: distribuição e destinação dos espaços físicos internos, flu- xos e condições das instalações. Se não forem adequadas e interferirem nos resultados das atividades executadas, a equipe deverá recomendar reformas, adaptações, ampliações ou até mesmo mudança de local. Este item baseia-se, fundamentalmente, na Portaria MS 1.884/94. 2. Recursos humanos: quantidade disponível para comparação com parâmetros existentes; qualificação profissional; existência de rotinas, protocolos que nor- matizem as atividades como facilitadores e difusores das tarefas a serem execu- tadas; distribuição das atividades e compreensão da inserção do trabalho indi- vidual no conjunto, e o papel desempenhado pela unidade. Se inadequadas, essas condições interferem diretamente no resultado esperado. A equipe de supervisão deverá apontá-las, propondo contratações, treinamentos, remaneja- mentos e redistribuição de atividades. 3. Equipamentos: listagem por setor, condições de uso e manutenção relaciona- dos às atividades-fim (diretamente ao paciente, como raio X, ultra-som, EEG, ECG, etc.) ou atividades-meio (equipamentos de lavanderia, nutrição e dietética, etc.). A equipe apontará os equipamentos que necessitam de manutenção, de remanejamento, quando subutilizados, ou a compra de novos equipamentos. 4. Produção e inserção do serviço no sistema de referência e contra-referência: quantidades disponibilizadas ao SUS de consultas, exames subsidiários e inter- nações. Indicadores gerais, como cobertura vacinal, desempenho hospitalar, perfil de patologias atendidas, atividades realizadas pelos diversos profissionais, procedência dos pacientes. Busca-se traçar um perfil da demanda atendida, do serviço ofertado, patologias mais freqüentes que, eventualmente, mereçam um programa diferenciado para, com os demais itens, compor uma melhor qualifi- cação do serviço avaliado. 5. Qualidade do atendimento: através da avaliação indireta de prontuários e, diretamente, através do questionamento aos usuários.
  • 41. 22 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Os relatórios centram-se mais em atividades-fim, relacionadas diretamente aos pacientes, apontando apenas estrangulamentos em atividades-meio que possam comprometer os resultados da primeira. O perfil dado para ordenar as questões dos relatórios foi o de possibilitar uma seqüência que “explorasse” os diversos aspectos de um mesmo setor ana- lisado, na idéia de um mix que forneça um retrato dinâmico do observado pela equipe de supervisão. Como esses relatórios pretendem subsidiar a tomada de decisões frente ao diagnóstico da unidade, sugerimos que seja formado um relatório-síntese que aponte: 1. Os problemas encontrados priorizados. 2. Que a seleção de priorizações se dê de acordo com o risco que causam aos usuários e funcionários, se não resolvidos. 3. Unidades sob gerência do gestor: • problemas cuja solução não tenha custos ou apresente um baixo custo; • problemas cuja solução envolva maiores montantes de recursos financeiros. 4. Unidades conveniadas/contratadas: • indicar ajustes que possibilitem a modificação dos problemas aponta- dos e que, portanto, mantenham o credenciamento no SUS; • os problemas detectados são de difícil solução ou insolúveis, colocan- do em risco os usuários e funcionários, e, portanto, aponta-se o des- credenciamento do SUS.
  • 42. 23 AUDITORIA OPERACIONAL MODELO DE RELATÓRIO – SÍNTESE ᮀ Serviços de gerência própria ᮀ Serviços conveniados/contratados PROBLEMAS OPERAÇÕES CUSTOS PRIORIZADOS PROPOSTAS R$ Estrutura física Recursos humanos Equipamentos Produção Sistema de referência e contra-referência Qualidade do atendimento
  • 43. 25 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 1 Doraci Maganha Cardoso FORMAS DE PROCEDIMENTOS APURATÓRIOS DE RESPONSABILIDADE Sindicância e processo administrativo Instaura-se sindicância ou processo administrativo a fim de apurar ação ou omissão de pessoa física ou jurídica (por seus representantes), puníveis disci- plinarmente pela inexecução total ou parcial do contrato, o não-cumprimento de cláusulas contratuais, o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, a lentidão do seu cumprimento, o desatendimento das determinações regulares das autoridades do SUS, dentre outras causas. O processo administrativo é de compulsória realização quando, dada a gravi- dade do ilícito imputado, a pessoa física ou jurídica for passível de descadas- tramento ou rescisão contratual, independentemente de eventuais incursões nos Códigos de Ética e Penal, cujos feitos deverão correr igualmente no con- selho respectivo e na esfera policial. Já a sindicância, sendo também um procedimento de apuração de responsa- bilidade, é, todavia, menos formal, pois será instaurada quando não houver ele- mentos suficientes para se concluir pela existência da falta ou de sua autoria. Portanto, o objetivo básico da sindicância é apontar a materialidade de um fato considerado delituoso e identificar o seu agente. É essencial consignar que a solução de sindicância seja encarada como for- ma completa de apuração de atos e de autoria, seja de arquivamento pela ine- xistência de delito e de autores, seja de conseqüente aplicação de penalidade, se for o caso. 1. Esclarecimento: este trabalho decorre dos estudos do Direito Disciplinar e da experiência adquirida nas áreas de assessoramento técnico-administrativo, jurídico, e da colaboração às autoridades de diversas instâncias, como servidora da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
  • 44. 26 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Ação pelo critério da verdade sabida É dispensável a sindicância quando a autoridade competente para a imposição de penalidades puder agir pelo critério da verdade sabida, nos casos em que o servidor ou pessoa jurídica (por seus representantes) for apanhado em fla- grante na prática de irregularidades. Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto de falta por parte da autoridade competente para aplicar a pena. Nas hipóteses aqui previstas, a autoridade que flagra deverá lavrar auto cir- cunstanciado acerca da ocorrência, assinado por duas testemunhas, tomando a termo, na mesma oportunidade, o depoimento pessoal do acusado, que valerá não só como depoimento pessoal do acusado em audiência, mas também como autêntica e verdadeira transcrição de defesa oral. Esse ato dará por cumprido o princípio de que ninguém pode ser acusado sem ser ouvido, nem ser condenado sem defender-se. PROCEDIMENTOS 1. Recebida a denúncia escrita, veiculada pela imprensa, ou tendo tomado conhecimento da ocorrência, a autoridade manda lavrar o respectivo termo. Esse documento (denúncia, recorte de jornal, ou termo) constituirá a peça ini- cial do feito, que deverá ser autuada e protocolada. 2. A autoridade designará, por escrito, no próprio expediente, comissão de funcionários (um, dois ou três), sendo que o presidente será de categoria nun- ca inferior à do acusado, quando se tratar de servidor, mediante despacho: Designo os Srs. (...) e (...) para, sob presidência do primeiro, constituírem a Comissão encarregada da apuração dos fatos relatados na inicial do presente, [data] [assinatura]
  • 45. 27 PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 3. A comissão, recebendo o processo, lavrará o termo de início: Termo de início A presente Comissão, instituída pelo (diretor, chefe, secretário, etc.) do (nome do órgão), dá início, através deste, ao processo nº (...), onde se acha indiciado o Sr. (...), RG (...), (cargo), desta unidade, decidindo, preliminarmente, agendar as oitivas das pessoas tais, ou efetuar tais diligências (...) Do que, para os devidos efeitos, principalmente para o da contagem de prazos, foi lavrado o presente termo, que vai devidamente assinado pelos componentes da comissão. [localidade/data] [assinatura] [assinatura] [assinatura] [nome] [nome] [nome] presidente membro membro
  • 46. 28 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 4. Em seguida, o presidente da comissão expedirá notificação ao denunciante, ao acusado e às testemunhas para se apresentarem para depoimento: Notificação Ilmo. Sr. (...) [Localidade] Com a presente notificamos que no dia (...), às (...) horas, deverá Vossa Senhoria comparecer ao centro de (...), para depor perante a Comissão de Sindicância, a fim de apu- rar fatos constantes do processo nº (...) [assinatura] [nome] Presidente da Comissão de Sindicância Ciente [data] [assinatura] [nome] Nota: elaborar em duas vias – a primeira é entregue ao notificado e a segunda, depois de assinado o recebimento, é colocada no processo.
  • 47. 29 PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 5. No dia e hora aprazados serão os notificados ouvidos (primeiro, o denun- ciante; segundo, o acusado; terceiro, testemunhas da comissão, e, quarto, teste- munhas do acusado), e no ato, será lavrado o termo de depoimento: Termo de depoimento Aos (...) dias do mês de (...) do ano de um mil, nove- centos e (...), compareceu ao (sede da comissão), convoca- do que foi o Sr. (...), (qualificação), para depor perante a comissão que apura os fatos constantes do processo nº (...), que disse o seguinte: (respostas às perguntas do presidente da comissão) (............), nada mais disse e nem lhe foi per- guntado; lido e achado conforme foi assinado por todos os presentes. [assinatura] [assinatura] [assinatura] [assinatura] [nome] [nome] [nome] [nome] depoente presidente membro membro 6. Durante os depoimentos poderão surgir novas testemunhas e, se for o caso, poderá o presidente notificá-las para depor (vide modelo no item 4). 7. Poderá o presidente da comissão efetuar juntada de provas documentais ou solicitar apresentação de cópias para esse efeito.
  • 48. 30 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 8. Ainda, para elucidação de contraditórios, poderá a comissão efetuar acareação entre acusado e denunciante ou entre esses e testemunhas, da qual também se lavrará o respectivo termo: Acareação é a ação de acarear. Acarear: “Pôr cara a cara; pôr em presença umas das outras (testemunhas), cujos depoimentos ou declarações não são concordes”. Notificação para acareação Ilmo. Sr. (...) [Localidade] Tendo sido notada divergência entre o depoimento de Vossa Senhoria e o do Sr. (...), nos autos do processo instaurado, de (data do depoimento) e de (data do depoi- mento), respectivamente, constante do processo nº (...), convido-o, de ordem do Sr. Presidente da Comissão de Sindicância, para as (...) horas do dia (...), comparecer ao (sede da comissão), a fim de ser acareado com o depoente mencionado. [localidade/data] [assinatura] [nome] Secretário da Comissão de Sindicância Ciente [data] [assinatura] [nome] Nota: duas vias, sendo a primeira para o citado e a segunda, após assinada, para o processo.
  • 49. 31 PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 9. Esgotados os depoimentos e juntadas de documentos, o presidente da comissão abre vistas do processo ao indiciado, para apresentação de defesa, mediante termo: Termo final de vista Nesta data, abre-se vista de todo o conteúdo do processo n° (...), em que se acha indiciado o Sr. (...), para que o mesmo apresente, dentro do prazo de 10 (dez) dias, a partir do ciente, a sua defesa final e escrita. [Localidade/data] [assinatura] [nome] Presidente da Comissão de Sindicância Ciente [data] [assinatura] [nome] 10. Findo o prazo de defesa, a comissão apresentará seu relatório, do qual constarão, em relação ao indiciado, as irregularidades de que foi acusado, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo, então, a absolvição ou a punição e indicando, neste caso, a pena que couber. Deverá, a comissão, tam- bém sugerir quaisquer outras providências que lhe parecerem de interesse do serviço público.
  • 50. 32 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Relatório A Comissão de Sindicância designada por Vossa Senhoria para apurar os fatos relatados no processo nº (...) vem por este instrumento apresentar o respectivo relatório, após ouvir testemunhas, acarear as partes e juntar os docu- mentos de fls. (...). continuação da página anterior Do que foi possível a esta comissão apurar, verifica-se: - que (...) - que (...) - que (...) De todo o exposto, esta comissão conclui pela pro- cedência da denúncia feita contra o (...), uma vez que o mesmo infringiu o disposto nos artigos (...), cabendo a apli- cação da pena de (...), prevista no artigo (...). ou: ...esta comissão conclui pela improcedência de denúncia feita contra (...), uma vez que não ficou consubs- tanciada qualquer infração aos dispositivos legais, podendo os autos serem arquivados. ou: ...esta comissão conclui pela procedência de denún- cia feita contra (...), uma vez que ficou configurada a infração dos artigos (...), cabendo a aplicação da pena de (advertência, multa, suspensão, descadastramento, rescisão contratual, etc.) prevista no artigo (...), cuja com- petência é de (...) (se a autoridade instauradora não for competente), devendo os autos serem alteados para prosseguimento. [localidade/data] [assinatura] [nome] presidente [assinatura] [assinatura] [nome] [nome] membro membro
  • 51. 33 PROCESSOS ADMINISTRATIVOS 11. Recebendo o relatório da comissão, acompanhado do processo, a autori- dade que houver determinado a sua instauração deverá proferir o julgamento e determinar as diligências eventualmente sugeridas: Julgamento Diante do apurado e sugerido pela Comissão de Sindicância, aplico ao interessado a pena de (...), prevista no artigo (...), por infringência dos artigos (...) da mesma citada lei. Lavre-se a respectiva portaria e encaminhe-se para publicação ou ciência ou providências complementares. [localidade/data] [assinatura] [nome] ou: Considerando que a Comissão de Sindicância con- cluiu pela improcedência da denúncia feita contra (...) e nada mais havendo a providenciar, arquive-se o presente. [localidade/data] [assinatura] [nome]
  • 52. 34 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 12. No caso de aplicação de pena disciplinar, dentro da competência da unidade, deverá ser lavrada a respectiva portaria e, juntamente com o proces- so, será encaminhada à publicação. E, quando a pena a ser aplicada extravasar os limites de competência da unidade, os autos deverão ser encaminhados ao nível hierárquico a que corresponder a referida aplicação, através dos canais competentes. Portaria O (diretor, chefe, secretário), no uso das suas atribuições legais, tendo em vista o que consta do processo nº (...), resolve PUNIR o (a) (...), com a pena de (advertên- cia, multa, suspensão, descadastramento, rescisão contra- tual), nos termos dos artigos (...) por haver infringido as dis- posições dos artigos (...), do supramencionado diploma legal. [localidade/data] [assinatura] [nome e cargo da autoridade] Nota: os modelos apresentados deverão ser adaptados conforme o assunto em questão. PRAZOS 1. Início da sindicância ou processo administrativo imediatamente após a de- signação da comissão, salvo se houver outra determinação. 2. A sindicância deverá ser ultimada dentro de 30 dias, prorrogáveis por igual prazo, mediante requerimento à autoridade que a houver instaurado. 3. Prazo para vistas e apresentar defesa: dez dias. 4. Findo o prazo de defesa, a comissão apresentará seu relatório dentro de dez dias. 5. Recebendo o relatório da comissão, a autoridade que houver determinado a sua instauração deverá proferir julgamento dentro do prazo de 30 dias, pror- rogável por igual período.
  • 53. 35 PROCESSOS ADMINISTRATIVOS RESUMO Aqui apresentamos, em linhas gerais e sucintas, as fases do processo ou sindicância: 1. Denúncia 2. Documentação que acompanha denúncia 3. Despacho de instauração e designação de comissão 4. Extrato e publicação 5. Termo de início 6. Requisição de documentos 7. Qualificação do sindicado 8. Portaria de enquadramento 9. Citação 10. Notificação das testemunhas arroladas pela comissão 11. Oitiva do denunciante 12. Oitiva do sindicado 13. Oitiva das testemunhas arroladas pela comissão 14. Notificação das testemunhas arroladas pelo sindicado 15. Notificação ao sindicado sobre oitiva de suas testemunhas 16. Oitiva das testemunhas arroladas pelo sindicado 17. Notificação ao sindicado sobre diligências indicadas pela própria comissão ou deferidas ao sindicado 18. Termos e/ou relatórios das diligências 19. Instrução (encerramento da fase de provas e abertura para vistas e apre- sentação de defesa) 20. Citação do sindicado para vistas e apresentação de defesa 21. Defesas 22. Designação de dativo, se correr à revelia 23. Defesa do dativo 24. Despacho de indeferimento de diligências requeridas pelo sindicado 25. Notificação ao sindicado para acompanhar diligências, se deferidas 26. Termos e/ou relatórios de diligências 27. Citação para vistas e apresentação de novas defesas 28. Novas defesas 29. Relatório da comissão 30. Termo de encerramento e remessa 31. Julgamento 32. Portarias apenatórias
  • 54. 36 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE EFEITOS O ato decisório do processo administrativo ou sindicância – punitivo – começa a surtir seus efeitos legais a partir da publicação oficial pelo órgão de imprensa competente. Quando o punido for funcionário ou servidor público • perde seu direito a certas vantagens funcionais, dependendo da pena- lidade que lhe for aplicada; • deixa de ser primário, porque, se praticar qualquer outra falta discipli- nar, automaticamente será considerado reincidente; • o punido, querendo, poderá exercitar o direito de petição, interpondo recursos cabíveis dentro do prazo legal. Nota: verificar, em cada caso, as disposições estatutárias ou regula- mentares do órgão. Quando o punido for pessoa jurídica • a infração praticada por seus empregados ou servidores, ou, ainda, a inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as previstas em lei ou regulamento, bem como a aplicação das penas de advertência, multa, suspensão tem- porária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos e a declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração. A lei garante ao contratado a prévia defesa no prazo de cinco dias úteis. Nota: verificar a Lei nº 8.666/93, com a redação dada pela Lei 8.883/94, artigos 77 a 88. OUTRAS PROVIDÊNCIAS Quando a falta, transgressão, inexecução, etc., praticadas, quer por fun- cionário ou servidor, quer por pessoa jurídica, também se constituírem em crime previsto na lei penal, a autoridade que determinou instauração de processo administrativo ou sindicância providenciará para que se instaure, simultaneamente, o inquérito policial. Outrossim, nos casos de suposta infração ético-profissional, tal autoridade também providenciará comunicação do fato ao conselho, comissão ou enti- dade de classe competente, inclusive encaminhando cópia das peças essen- ciais do processo.
  • 55. 37 PROCESSOS ADMINISTRATIVOS BIBLIOGRAFIA AZEVEDO, Sylvio Ximenes de. Direto Administrativo Disciplinar, Editora Trabalhistas, 1987. BONFIM, Alberto. O Processo Administrativo, Ed. Freitas Bastos, 1967. CAVALCANTI, Themístocles. Curso de Direito Administrativo. Editora Freitas Bastos, 1967. CARVALHO, Guido Ivan de; Lenir Santos. Sistema Único de Saúde, São Paulo, Hucitec, 1992. Código Civil Brasileiro Código de Processo Civil Brasileiro Código Penal Brasileiro Código de Processo Penal Brasileiro Código Sanitário do Estado de São Paulo Constituição Federal de 1988 COSTA, José Armando da. Teoria e Prática do Direito Disciplinar, São Paulo, Forense, 1981. CRETELLA JR., José. Prática de Processo Administrativo, Revista dos Tribunais, 1988. Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo LIMA, J. B. de Menezes, Sindicância e Verdade Sabida, São Paulo, Saraiva, 1994. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros, 1995. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, Malheiros, 1995. MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Eficácia nas Licitações e Contratos, Del Rey, 1994. MUKAI, Hoshio. Contratos Públicos, Forense Universitária, 1995. OLIVEIRA, Juarez de. CLT, São Paulo, Saraiva, 1995. ROCHA, Cármem Lúcia Antunes. Princípios Constitucionais da Administração Pública, Del Rey, 1994. SUNDFELD, Carlos Ari. Licitação e Contrato Administrativo. Malheiros, 1994.
  • 56. 39 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE AUDITORIA ANALÍTICA OBJETIVO A auditoria analítica é, no processo geral de auditoria, o conjunto de ati- vidades desenvolvidas preferencialmente por equipe multidisciplinar, visando aprofundar as análises no sistema de atenção à saúde, a partir de situações encontradas na auditoria operacional ou decorrentes do impacto diferente do estabelecido no processo de planejamento. Dada a implantação da Norma Operacional Básica (NOB) 1/96, as ativida- des de auditoria analítica devem apontar para uma reordenação do modelo de atenção à saúde, valorizando os resultados advindos de programação com critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade, encaminhando para a superação dos mecanismos tradicionais, centrados no faturamento de servi- ços produzidos. PRODUTOS A auditoria analítica, visando um impacto positivo nas condições de saú- de da população, permite: • subsidiar o processo de programação pactuada e integrada em sua ela- boração ou reprogramação; • alterar o processo de gerenciamento da rede de serviços; • implantar novas rotinas de controle e/ou auditoria operacional; • modificar as normas de regulação e/ou protocolos do sistema de saúde; • alimentar o processo de decisão do gestor a partir da identificação de situações que comprometam o bom andamento da prestação de serviços.
  • 57. 40 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE LOCUS DE AÇÃO Na proposta de auditoria analítica do Distrito Sanitário, consideramos um modelo gerencial descentralizado, no qual os gerentes de unidades próprias tenham a responsabilidade de otimizar a utilização dos recursos, físicos e humanos, como também a busca de fatores externos à unidade e necessários ao bom desenvolvimento das ações de saúde planejadas para o seu território. Ainda na gerência da unidade própria, consideramos a responsabilidade de avaliar e controlar unidades conveniadas e contratadas existentes no mesmo espaço geográfico de abrangência e também o encaminhamento a serviços de saúde fora de seu território, conforme encontra-se previsto na NOB 1/96, bus- cando a melhor relação custo/benefício. Dada a dificuldade de implantação de um sistema de custos, propomos trabalhar com indicadores quantitativos que permitam inferir a relação cus- to/benefício. Entre estes, adotamos a concentração de atendimento para a resolução do problema apresentado pelo cliente, verificada através da repe- tição de atendimento na mesma ou em diversas unidades de saúde. Esse indicador está estreitamente relacionado à taxa de cobertura da unidade e ao percentual de encaminhamento a outras unidades de maior complexidade e/ou resolubilidade. Em seguida, consideramos que o gestor conta com um nível intermediário de auditoria e avaliação, composto por equipe técnica designada pelo gestor, com a função de monitorar a prestação de ações de saúde no território e retroali- mentar o processo de planejamento, principalmente quanto às ações a serem programadas, visando a reorganização do modelo assistencial, expressada pelo sistema de referência e contra-referência de clientes. A auditoria analítica tem como ponto culminante subsidiar as atividades de avaliação dos conselhos de saúde do Distrito Sanitário. Ainda como premissa, consideramos a existência de um sistema de informa- ções hierarquizados, que permita a elaboração de indicadores nos diversos níveis de abrangência, ao mesmo tempo que garanta o acesso a dados e infor- mações menos agregadas, atendendo a necessidades de aprofundamento das ações de auditorias, ou seja, informações disponíveis tanto ao gerente de uma unidade de saúde quanto aos membros dos conselhos de saúde. Considerando que o impacto de algumas ações de saúde dependem do tem- po em que são operadas, torna-se necessário que a auditoria analítica tenha acesso direto a alguns sistemas de informações. Por exemplo: ações visando a diminuição de óbitos de crianças desnutridas obterão melhores resultados se o sistema de informação contar com busca ativa e não depender de sistemas ofi- ciais, cujo tempo de disponibilização de dados torna ineficazes as ações de intervenção. As premissas acima expostas permitem identificar locus hierarquizados de desenvolvimento das atividades de auditoria analítica.
  • 58. 41 AUDITORIA ANALÍTICA Detalhamento dos níveis de auditoria analítica no Distrito Sanitário Conselho de Saúde Gestor Equipe técnica de planejamento Equipe técnica de auditoria Conselhos locais Gerente da de saúde unidade de saúde PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DA AUDITORIA ANALÍTICA • Plano de saúde do Distrito Sanitário • Programação Pactuada Integrada (PPI) • Relatório de auditoria operacional • Cadastro da rede de serviços • Banco de dados dos atendimentos ambulatorial e hospitalar • Banco de dados de mortalidade, vigilância epidemiológica e ambiental • Prontuários dos pacientes • Entrevistas com usuários OPERACIONALIZAÇÃO A partir dos instrumentos mencionados no item anterior, podem-se ela- borar indicadores quantitativos que, agregados à caracterização da população quanto a sua composição por faixa etária e sexo, dependência do Sistema Único de Saúde, perfil sócio-econômico e existência de mecanismos que tornem possível o controle social, permitem monitorar e identificar distorções que impliquem a reprogramação de ações e/ou reorganização dos serviços. Em análise comparativa, a auditoria analítica considera: • os indicadores no período de análise e em relação a uma série histórica; • os indicadores do distrito com os de outros distritos da região ou com os de mesmo porte;
  • 59. 42 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE • os indicadores do Distrito Sanitário com os parâmetros preestabeleci- dos na programação. A seguir, relacionamos os indicadores mais utilizados para avaliação e con- trole do sistema de saúde, englobando os modelos assistencial e gerencial. INDICADORES DE SERVIÇOS DE SAÚDE A utilização de indicadores de prestação de serviços como alerta para identificação de distorções que necessitem instaurar auditorias, rever o plane- jamento de ações de saúde ou a organização dos serviços, tem sido crescente, pois permite que essa atividade não tenha caráter policialesco, verificando não apenas a ação isolada e sim o impacto de um conjunto de ações nas condições de saúde da população e no financiamento do setor. A metodologia de utilização de indicadores quantitativos para inferir a qua- lidade das ações e seu impacto nas condições de saúde possibilita diferentes graus de detalhamento e deve ser dinâmica, conforme o resultado das ações de auditoria e/ou de reorganização dos modelos assistencial e gerencial. Para aplicação dessa metodologia é fundamental conhecer: • os conceitos definidos pelo sistema de informação do distrito; • a formulação de indicadores e suas diferentes aplicações. Os indicadores mais utilizados são apresentados sob as seguintes formas: I – Taxas percentuais: • de grupos de procedimentos em relação a outro grupo de procedi- mentos. Por exemplo: taxa de solicitação de exame “A” nas consultas médicas; • de grau de alcance da meta estabelecida no processo de planejamen- to ou por instituições que claramente trabalham a questão da qualida- de das ações de saúde. II – Número de atividades em determinados grupos de procedimentos ou de clientes expostos ao procedimento. Por exemplo: número de consultas médi- cas prestadas às gestantes da unidade “A”. A formulação de indicadores quantitativos deve passar pelas seguintes etapas: I. A seleção da abrangência territorial, que consiste em determinar o espaço geográfico em que o indicador será elaborado. Essa seleção pode variar entre a definição de uma única unidade ou do conjunto de unidades com caracterís- ticas territoriais, por: • área de ocorrência – utilizando os dados das unidades localizadas no espaço geográfico e sob responsabilidade do Distrito Sanitário. Como
  • 60. 43 AUDITORIA ANALÍTICA área de ocorrência, o gestor pode optar por avaliar uma única unida- de, um conjunto de unidades com características semelhantes, tais como hospital geral ou unidades filantrópicas, ou ainda todas as uni- dades da área de ocorrência; • área de residência – utilizando os dados de prestação dos serviços de saúde a clientes sob sua responsabilidade, calculando o indicador refe- rente à população residente no Distrito Sanitário. Nesse caso, o gestor poderá agregar os dados conforme a organização dos serviços, ava- liando desde um único bairro até o distrito como um todo. II – A seleção do tipo de prestador, que consiste em determinar o agrupamento de unidades a serem consideradas no cálculo do indicador: • unidades próprias • unidades filantrópicas • unidades universitárias • unidades hospitalares em psiquiatria • maternidades • outras III – A seleção de período, que determina a data inicial e final de produção em que os dados serão consolidados para o cálculo do indicador selecionado. A avaliação em períodos seqüenciais dá ao gestor a série histórica, considerada fundamental nas análises de taxas de incrementos e de tendência da evolução: • determinado mês • trimestre • semestre • ano IV – Seleção de grupo de procedimentos, que consiste em definir os códigos de procedimentos dos sistemas de informação ambulatorial e hospitalar que serão considerados na elaboração do indicador. Exemplo de formação de grupo de procedimentos, a partir da tabela do Sis- tema de Informação Ambulatorial do SUS:
  • 61. 44 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Grupo Subgrupo Descrição do grupo Cód. inicial* Cód. final* 01 00 Consultas médicas 040.0 042.6 01 00 Consultas médicas 045.0 049.3 01 01 Consultas de pré-natal 047.7 047.7 02 00 Fisioterapia 500.5 710.2 02 01 Fisioterapia – neurológicas 700.5 700.5 02 02 Fisioterapia – vasc. periféricas 702.1 702.1 02 03 Fisioterapia – respiratórias 704.8 704.8 02 04 Fisioterapia – reumáticas 706.4 706.4 02 05 Fisioterapia – ortopédicas 708.0 708.0 02 06 Fisioterapia – reab. cardíaca 710.2 710.2 03 00 Patologia Clínica 500.2 92.4 * Códigos vigentes no Sistema de Informação Ambulatorial/SUS, em março de 1998. V – Seleção de indicadores, que determina o alvo da avaliação e controle. Deve estar sempre relacionado com as atividades previstas no processo de planeja- mento, independentemente de gerar ou não auditorias operacionais. O gestor poderá optar por trabalhar com indicadores gerados a partir de procedimentos individuais; porém, propomos que a análise tenha início com indicadores de grupo de procedimentos e, quando necessário, aumente o grau de detalhamen- to até identificar melhor a ocorrência de distorções. Indicadores mais utilizados na auditoria analítica I – Gasto “per capita”: refere-se ao gasto médio por usuário potencial, poden- do ser geral ou em grupos específicos. valor total gasto, plano “X”, área “A”, período “99” nº total de usuários inscritos no mesmo plano, área e período II – Média de permanência de internação: número de dias que, em média, os usuários ficam hospitalizados. total de dias de internação no prestador “X”, área “A”, período “99” total de pacientes saídos do mesmo prestador, área e período III – Taxa de abandono: proporção de usuários que não receberam a quanti- dade total de atendimentos previsto em um programa. total de 1º atendimento – total de atendimento no prestador “X”, área “A”, período “99” x 100 total de atendimento no mesmo prestador, área e período IV – Taxa de alcance de meta: proporção de procedimentos realizados em relação ao total de procedimentos programados. nº de procedimentos produzidos, área “A”, período “99” x 100 nº de procedimentos programados na mesma área e período
  • 62. 45 AUDITORIA ANALÍTICA V – Taxa de cesárea: proporção de partos pelo procedimento cesariano em relação ao total de partos. nº de cesáreas, no prestador “X”, na área “A”, período “99” x 100 nº total de partos no mesmo prestador, área e período VI – Taxa de cobertura: taxa de usuários, em geral ou de grupos de atendimen- tos específicos, atendidos em determinada ação ou programa de saúde. nº de 1º atendimento na área “A”, período “99” x 100 nº de usuários potenciais, na mesma área e período VII – Taxa de concentração: quantidade de procedimentos prestados aos usuá- rios em geral ou em grupos de usuários com atendimentos específicos. nº de procedimento, programa “X”, área “A”, período “99” nº de 1º atendimento no procedimento no mesmo programa, área e período VIII – Taxa de divergência: entre procedimento autorizado e cobrado, detecta- da mediante a comparação do procedimento registrado por ocasião da autori- zação do procedimento e o registrado na cobrança. nº de guias c/ procedimento divergente no prestador “X”, área “A”, período “99” x 100 nº de guias apresentadas pelo mesmo prestador, área e período IX – Taxa de encaminhamento: proporção de usuários que não recebem alta ambulatorial após o atendimento e são encaminhados para serviços de apoio à diagnose ou terapia em unidades de atendimentos mais ou menos complexos. nº de usuários encaminhados da unidade “X”, área “A”, período “99” x 100 nº de atendimentos na mesma unidade, área e período X – Taxa de evasão: atendimento de usuários em local diferente da sua área de residência. nº de atendimento em outras áreas da área “A”, período “99” x 100 nº total de atendimento na mesma área e período XI – Taxa de incremento: proporção de acréscimo ou decréscimo da produção ou pagamento de um procedimento, de um período em relação a outro anterior. • incremento físico nº de proced. no 2º período – nº de proced. no 1º período na área “A”, período “99” x 100 nº de procedimentos no 1º período na mesma área e período • incremento financeiro valor pago no 2º período – valor pago no 1º período na área “A”, período “99” x 100 valor pago no 1º período na mesma área e período
  • 63. 46 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE XII – Taxa de internação: proporção de usuários que foram internados em rela- ção ao número de usuários potenciais para esse tipo de atendimento. nº de pacientes saídos na área “A”, período “99” x 100 nº total de usuários potenciais na mesma área e período XIII – Taxa de invasão de serviço: atendimento de usuários residentes fora do local de ocorrência. nº de atendimentos de outras áreas na área “A”, período “99” x 100 nº total de atendimentos na mesma área e período XIV – Taxa de mortalidade hospitalar: proporção de óbitos em atendimento hospitalar. nº de óbitos hospitalares na área “A”, período “99” x 100 nº total de pacientes saídos da mesma área e período XV – Taxa de solicitação de diagnose ou terapia: proporção de procedimentos solicitados sobre o grupo de consultas médicas. • taxa de solicitação de patologia clínica nas consultas médicas nº de exames de patologia clínica na área “A”, período “99” x 100 nº de consultas médicas na mesma área e período • taxa de solicitação de radiologia clínica nas consultas médicas nº de exames de radiologia clínica na área “A”, período “99” x 100 nº de consultas médicas na mesma área e período • taxa de solicitação de fisioterapia nas consultas médicas nº de exames de fisioterapia na área “A”, período “99” x 100 nº de consultas médicas na mesma área e período • taxa de solicitação de quimioterapia nas consultas médicas nº de exames de quimioterapia na área “A”, período “99” x 100 nº de consultas médicas na mesma área e período • taxa de solicitação de radioterapia nas consultas médicas nº de exames de radioterapia na área “A”, período “99” x 100 nº de consultas médicas na mesma área e período • taxa de solicitação de SADT nas consultas médicas nº de exames de SADT na área “A”, período “99” x 100 nº de consultas médicas na mesma área e período
  • 64. 47 AUDITORIA ANALÍTICA XVI – Taxa de solicitação da UTI: proporção de utilização da unidade de tera- pia intensiva no total de internações e diárias pagas. • nas internações nº de internações com uso de UTI no prestador “X”, área “A”, período “99” x 100 nº total de internações no mesmo prestador, área e período • nas diárias nº de diárias de UTI no prestador “X”, área “A”, período “99” x 100 nº total de diárias no mesmo prestador, área e período XVII – Taxa de repetição de atendimento: atendimento ao mesmo usuário, mesmo que não seja no mesmo procedimento, em espaço de tempo de 90 dias. nº de guias p/ usuários com atendimentos repetidos no prestador “X”, área “A”, período “99” x 100 nº de guias apresentadas no mesmo prestador, área e período XVIII – Taxa de resolubilidade: proporção de casos resolvidos em relação ao total de casos atendidos. nº de usuários com alta no programa “X”, área “A”, período “99” x 100 nº de 1ª consulta no mesmo programa, área e período XIX – Taxa de utilização: proporção de uso da capacidade potencial física ou de recursos humanos destinados à determinada atividade. • capacidade física (por exemplo, de consultório médico) total de procedimentos produzidos na unidade “A”, no período “99” x 100 total de procedimentos do potencial físico na mesma unidade e período • capacidade de recursos humanos (por exemplo, de médico) total de procedimentos produzidos na unidade “A”, período “99” x 100 total de procedimentos do potencial de recursos humanos na mesma unidade e período • capacidade potencial física no mês nº de consultórios médicos da especialidade “A” x nº de horas de funcionamento x parâmetros x 22 dias/mês • capacidade potencial de recursos humanos no mês nº de médicos contratados na especialidade “A” x nº de horas de atendimento por dia x parâmetros/hora x 22 dias/mês
  • 65. 48 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Exemplos de indicadores na auditoria analítica Sistema de saúde Mortalidade: • mortalidade infantil e seus componentes neonatal e infantil tardia; • causas de mortalidade infantil; • índice de natimortalidade; • taxa de mortalidade perinatal; • taxa de mortalidade materna; • incidência de óbitos por doenças preveníveis; • incidência de óbitos por causas violentas em relação a outros municí- pios do mesmo porte; • incidência de óbitos por sintomas e estados mórbidos mal definidos e a existência de serviço de verificação de óbitos. Meio ambiente: • níveis de cloro e flúor na água; • relação entre as condições de ambientes de trabalho e o nível de saú- de da população. Financiamento: • taxa de aplicação do orçamento municipal no setor da saúde; • perfil dos gastos no setor com despesas de custeio e investimento; • custo médio do atendimento, por procedimento e grau de complexi- dade da unidade; • participação de cada esfera de governo no financiamento do atendi- mento ambulatorial; • fontes de financiamento do atendimento hospitalar. Atendimento ambulatorial Acompanhamento da agenda e produtividade: • taxa de alcance da agenda; • taxa de atendimento em pronto atendimento; • concentração de atendimento/hora trabalhada e hora contratada.
  • 66. 49 AUDITORIA ANALÍTICA Concentração de atendimento: • procedimento médico por habitante/ano (considerar taxas de inva- são/evasão); • procedimento odontológico por habitante/ano; • atendimento médico por alta de paciente; • atendimento básico por procedimento médico; • procedimento médico em atividades programáticas (crianças, gestan- tes, hipertensos, etc.). Cobertura: • da unidade na população da área de abrangência; • da unidade na população do município; • do setor público na população do município; • da atividade programática na população alvo (crianças, vacinação, ges- tantes, hipertensos, etc.); • taxa de abandono em atividades programáticas. Grau de alcance de metas: • procedimentos programados (físico e orçamentário); • rendimento por hora de profissional cadastrado (médico, odontólogo, nível médio, etc.); • utilização da rede física (consultório médico, consultório odontológi- co, sala de pequena cirurgia, sala de cirurgia ambulatorial e leito de observação); • atividades programáticas – citologia oncótica, ações coletivas, etc. Sistema de referência do atendimento ambulatorial: • inserção das unidades no modelo assistencial do Distrito Sanitário; • inserção do município no modelo assistencial da região. Perfil da produção: Analisar separadamente os exames realizados em decorrência de atendimentos internos da unidade dos solicitados por outras unidades. • taxa de solicitação de exames de patologia clínica (proporção de pro- cedimentos);
  • 67. 50 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE • taxa de exames radiológicos; • taxa de Serviços de Apoio à Diagnose e Terapia; • procedimentos realizados e a estrutura física da unidade (consulta médica com observação em unidade desprovida de leitos); • procedimentos realizados e os recursos humanos cadastrados na unida- de (consulta de enfermeiro onde não há cadastro desse profissional); • proporção entre os procedimentos de um mesmo grupo (ortopedia: provisórios, tratamento e revisões); • taxa de incremento dos procedimentos; • participação por tipo de prestador nos grupos de procedimentos médi- cos, básicos, odontológicos e de SADT. Perfil do atendimento: • causas de atendimento hospitalar e as atividades programáticas das unidades básicas; • incidência de gestantes de alto risco; • incidência de gestantes adolescentes; • incidência de crianças com peso ao nascer inferior a 2.499 gramas; • índice de mutilação odontológica; • índice de atividade odontológica preventiva; • índice de tratamento completado. Morbidade: • relação entre as principais causas de atendimentos e os programas implantados; • casos confirmados de doença de notificação compulsória. Resolubilidade do atendimento médico: • índice de repetição de atendimento na unidade; • índice de repetição nas unidades do município; • índice de altas em atendimentos médicos e odontológicos; • taxas de encaminhamentos para outros serviços – SADT, ambulatorial especializado ou internação.
  • 68. 51 AUDITORIA ANALÍTICA Atendimento hospitalar Unidade hospitalar : • taxa da população internada; • taxa de ocupação; • média de permanência; • índice de mortalidade; • taxa de cesárea; • índice de substituição de leito; • relação de população internada e taxa de ocupação dos hospitais do Distrito Sanitário. Perfil de atendimento: • principais causas de internação no hospital; • principais causas de internação na população (com correção de resi- dência e incidência por 10.000 habitantes); • participação das causas externas no total de internações. Sistema de referência para o atendimento hospitalar : • inserção do hospital no modelo assistencial do município; • inserção do hospital no modelo assistencial da região; • inserção do município no modelo assistencial da região. Resolubilidade: • taxa de pacientes saídos por alta; • taxa de pacientes saídos por transferência a outro hospital. Principais fatores que alteram os indicadores de serviços de saúde: • dados não fidedignos utilizados na elaboração do indicador; • divergência conceitual entre o sistema de informação e o conhecimen- to do profissional que registra o dado; • pacientes homônimos, que elevam taxa de repetição de atendimento; • incorporação tecnológica em análise de série histórica;
  • 69. 52 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE • a especificidade do serviço quanto à complexidade das ações; • a especificidade do serviço quanto ao protocolo adotado; • programa de atendimento à clientela diferenciada, como gestantes de alto risco, pacientes crônicos e outros; • invasão populacional em decorrência de atividades econômicas, como, por exemplo: colheita, corte de cana, evento cultural ou turístico; • evasão populacional em decorrência de alterações do meio ambiente ou desemprego; • atualização do cadastro do paciente em unidade de saúde do território analisado, decorrente de mudança ou transferência; • atualização do cadastro da unidade de saúde conseqüente à inclusão ou exclusão em sistema de autorização de atendimento em procedi- mentos de alta complexidade; • taxa de clientes efetivamente dependentes ou usuários do sistema de saúde do Distrito Sanitário; • alteração no fluxo de atendimento do paciente descrito no sistema de referência.
  • 70. 53 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Ações básicas de saúde Ambulatório de especialidades Atendimento imediato – Pronto-Socorro (PS) Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico – SADT Atendimento hospitalar
  • 71. RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE AÇÕES BÁSICAS DE SAÚDE MUNICÍPIO: _______________________________________________ DATA: ___/___/___ IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE Nome: ______________________________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________________ CGC: _______________________________________________________________________________ Bairro: __________________________________ Telefone: _______________________________ Responsável pela unidade (formação): ___________________________________________ TIPO DE UNIDADE INTEGRANTE DO SUS: _____________________________________________ TURNO ᮀ Atendimento somente pela manhã ᮀ Atendimento somente à tarde ᮀ Atendimento nos turnos da manhã e tarde ᮀ Atendimento nos turnos da manhã, tarde e noite ᮀ Atendimento com turnos intermitentes ᮀ Atendimento contínuo, 24 horas/dia (plantão inclusive aos sábados, domingos e feriados). FLUXO DA CLIENTELA ᮀ Atendimento de clientela referenciada (quando a unidade atende somente clientes encaminhados). ᮀ Atendimento de procura direta (quando o cliente procura direta- mente a unidade). ᮀ Atendimento de procura direta e de clientela referenciada.
  • 72. 56 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 1. IMUNIZAÇÕES INSTALAÇÕES Sala exclusiva para vacinação: ᮀ Sim ᮀ Não Condições físicas de higiene e conservação (descrição sucinta: ventilação, ilu- minação, paredes, tetos, eletricidade, pia e bancada). Geladeira(s), freezer(s), med-nic(s): QUANTIDADE / ESTADO DE TOTAL CONSERVAÇÃO BOM REGULAR RUIM (Quantidade) Geladeira Freezer Med-nic Uso exclusivo para imunobiológicos? ᮀ Sim ᮀ Não O acondicionamento interno para imunobiológicos é feito segundo orienta- ções ou normas vigentes? ᮀ Sim ᮀ Não Problemas encontrados: Os imunobiológicos estão identificados com nome, lote e validade? ᮀ Sim ᮀ Não Há termômetro de máxima e mínima em todos os equipamentos? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 73. 57 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Há controle de temperatura, registrado pelo menos duas vezes ao dia, para cada equipamento? ᮀ Sim ᮀ Não Estão sendo utilizados apenas material e seringas descartáveis? ᮀ Sim ᮀ Não A forma de descarte do material pérfuro-cortante e demais é feita segundo as normas vigentes? ᮀ Sim ᮀ Não VACINADORES (AS) Quantidade e qualificação profissional: Proceder à observação de aplicação de vacinas: via e técnica de aplicação para cada imunobiológico. Todos os vacinadores conhecem o calendário e as normas de vacinação? ᮀ Sim ᮀ Não Utilizam algum material para consulta? ᮀ Sim ᮀ Não Qual? Há supervisão sistemática? ᮀ Sim ᮀ Não Por quem?
  • 74. 58 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Qual a cobertura vacinal no primeiro ano de vida das crianças, por tipo de vacina, dose e faixa etária, da área de atendimento da unidade, no período de ________________________ ? VACINA Nº CRIANÇAS POPULAÇÃO COBERTURA 3ª dose de poliomielite 3ª dose de DPT Sarampo Tuberculose Há controle das crianças faltosas? ᮀ Sim ᮀ Não Como é feito? Há notificação e controle de reações adversas a vacinas? Para quais e em que percentual? 2. ATIVIDADES DE ENFERMAGEM CATEGORIA PROFISSIONAL QUANTIDADE ATRIBUIÇÕES Enfermeira Auxiliar de enfermagem Atendente Técnico de enfermagem Outros
  • 75. 59 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO PRODUÇÃO ATIVIDADES SIM NÃO QUANTIDADE / MÊS Curativos Inalações Nebulizações Injeções Retirada de pontos Terapia de reidratação oral Coleta de Papanicolau Pré-consulta Coleta de material p/ exames laboratoriais Medida de pressão arterial Consulta de enfermagem Outro Há protocolos e/ou normatizações para a realização das atividades acima? ᮀ Sim ᮀ Não As salas e os fluxos para execução dessas tarefas estão de acordo com as nor- mas vigentes? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, quais problemas foram encontrados? ESTERILIZAÇÃO O espaço é exclusivo para as atividades de esterilização? ᮀ Sim ᮀ Não A localização está em área de circulação restrita? ᮀ Sim ᮀ Não Equipamentos existentes e estado de conservação:
  • 76. 60 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Há separação, segundo as normas vigentes, para: Recepção e lavagem? ᮀ Sim ᮀ Não Preparo e acondicionamento de materiais? ᮀ Sim ᮀ Não Esterilização e estocagem? ᮀ Sim ᮀ Não Há controle da data de esterilização do material estocado? ᮀ Sim ᮀ Não Há controle de qualidade do material, após a realização da esterilização? ᮀ Sim ᮀ Não Observação do fluxo do espaço físico: Como é feito o recebimento do material a ser esterilizado? Como é feita a distribuição do material esterilizado? Há normas/rotinas/protocolos sobre procedimentos de esterilização? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 77. 61 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO RECURSOS HUMANOS CATEGORIA PROFISSIONAL QUANTIDADE ATRIBUIÇÕES 3. ATIVIDADES MÉDICO–ODONTOLÓGICAS E DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO PROFISSIONAIS (PREENCHER POR PROFISSIONAL) DISPONÍVEL AO SUS** CATEGORIA ATIVIDADE TOTAL*** PROFISSIONAL * QUANTIDADE HORAS * Utilizar tabela de atividade profissional - cadastro. ** Horas disponíveis ao SUS = as de fato trabalhadas. *** Total da quantidade = total de profissionais existentes na unidade. O número de consultórios médicos, odontológicos e para as demais atividades desenvolvidas é suficiente? ᮀ Sim ᮀ Não Nº de consultórios médicos : ________________________ Nº de consultórios odontológicos : ________________________ Nº de consultórios para as demais atividades: ________________________ Se não, por quê? Observar as condições físicas e fluxos dos consultórios médico s, odontológi- cos e das demais salas para desenvolvimento dessas atividades.
  • 78. 62 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Listar equipamentos médico-odontológicos existentes na unidade: EM CONDIÇÕES DE USO EQUIPAMENTO SIM NÃO Qual é o tempo de agendamento para as diferentes atividades ofertadas? Há previsão de agenda para atender casos eventuais? ᮀ Sim ᮀ Não Relacionar por atividade os casos faltosos e o percentual. ATIVIDADE Nº DE FALTOSOS PERCENTUAL (%) Há explicações para a ocorrência de faltosos? Quem define a forma de agendamento? Avaliação de uma amostra de prontuários quanto: • atos médicos: anamnese, exame físico, exames subsidiários e prescrição • atos odontológicos • se houver atendimento e anotações de enfermagem e outros profissio- nais, tais como psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, etc.
  • 79. 63 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Verificar se há continuidade no seguimento do paciente, se há suficiência com relação a exames solicitados, etc. Há desenvolvimento de atividades programáticas? ᮀ Sim ᮀ Não Quais? Quando necessário, há referências formais para: Quais ambulatórios? Quais hospitais? Quais serviços de apoio diagnóstico e terapêutica? Quem solicita o encaminhamento para outros serviços? Há algum contato prévio com o serviço que receberá o paciente? De que forma?
  • 80. 64 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 4. ATIVIDADES DE APOIO FARMÁCIA / UNIDADE DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS Verificar: Forma de armazenamento conforme normas da Vigilância Sanitária: Há geladeira para medicamentos que precisam ser conservados refrigerados: Com termômetro de máxima e mínima? ᮀ Sim ᮀ Não Há controle de data de validade? ᮀ Sim ᮀ Não Há padronização dos medicamentos dispensados? ᮀ Sim ᮀ Não A dispensação é feita para: ᮀ Pacientes internos ᮀ Pacientes externos Se não há padronização de medicamentos, é feito algum controle/avaliação para quem e o que é dispensado? Há controle sobre psicotrópicos? As Portarias 27/28 MS são cumpridas? ᮀ Sim ᮀ Não O controle/responsabilidade desse setor está a cargo de que profissional?
  • 81. 65 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO SERVIÇO DE ARQUIVO MÉDICO E ESTATÍSTICA – SAME Organização Prontuário médico ᮀ Familiar ᮀ Individual Sistema de arquivo ᮀ Fichas manuais ᮀ Informatizado Elabora relatórios / boletins de produção? ᮀ Sim ᮀ Não Qual a utilização dessas informações pela equipe da unidade? SERVIÇO DE RECEPÇÃO Como funciona? Está integrada com o restante da unidade? ᮀ Sim ᮀ Não Faz triagem médica de paciente? ᮀ Sim ᮀ Não 5. DEMAIS SERVIÇOS DE APOIO (limpeza, serviços gerais, etc.) CATEGORIA PROFISSIONAL QUANTIDADE ATRIBUIÇÕES
  • 82. 66 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Os funcionários conhecem as regras/normas de suas funções? ᮀ Sim ᮀ Não Essas tarefas são desempenhadas de forma que: Não haja contaminação/risco do próprio funcionário? ᮀ Sim ᮀ Não Obtenha-se resultado satisfatório da tarefa desempenhada? ᮀ Sim ᮀ Não Observações: 6. ATIVIDADES DE SAÚDE COLETIVA Quais ações de Vigilância Epidemiológica são realizadas: Notificação de doenças compulsórias? ᮀ Sim ᮀ Não Realiza ações de controle dessas doenças? ᮀ Sim ᮀ Não Há busca ativa de casos? ᮀ Sim ᮀ Não Se há busca ativa de casos, quem as realiza? Com que periodicidade? Essas atividades são realizadas em conjunto com outros profissionais da unidade? ᮀ Sim ᮀ Não Quais?
  • 83. 67 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Profissional(is) responsável(is) por essas atividades? Recebeu(ram) treinamento para desempenho dessa função? Utilizam material para consulta? ᮀ Sim ᮀ Não Quais? Outras atividades: Quais ações de Vigilância Sanitária são realizadas? Essas atividades são realizadas em conjunto com outros profissionais da unidade? ᮀ Sim ᮀ Não Equipe para desempenhar essas atividades: CATEGORIA PROFISSIONAL QUANTIDADE ATRIBUIÇÕES
  • 84. 68 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Receberam treinamento para desempenho dessas atividades? ᮀ Sim ᮀ Não Utilizam material para consulta? ᮀ Sim ᮀ Não Quais? Se não realizam atividades de Vigilância Sanitária, quem as realiza? 7. GERAIS São feitas visitas domiciliares? ᮀ Sim ᮀ Não Em que situações? Há reuniões da equipe técnica? ᮀ Sim ᮀ Não Com que periodicidade? _________________________________________________________ ANOTAR A PRODUÇÃO DA UNIDADE GRUPO DE PROCEDIMENTOS PRODUÇÃO
  • 85. 69 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Existe conselho gestor da unidade? ᮀ Sim ᮀ Não Se existe, qual a composição? Há reuniões periódicas? ᮀ Sim ᮀ Não Descrever sucintamente os temas e como são discutidos nas reuniões: Observações gerais: Identificação da equipe participante da supervisão na unidade de saúde: Nome Assinatura ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ Identificação do profissional do serviço que acompanhou a visita / supervisão: Nome: _____________________________________________________________________________ Função: ____________________________________________________________________________ Formação: _________________________________________________________________________
  • 86. RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADES MUNICÍPIO:_______________________________________________ DATA: ___ /___ /___ IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE: Nome: _____________________________________________________________________________ CGC: ______________________________________________________________________________ Endereço: _________________________________________________________________________ Bairro: _________________________________________________ Telefone: ________________ Responsável pela unidade (formação): __________________________________________ TURNO ٗ Atendimento somente pela manhã ٗ Atendimento somente à tarde ٗ Atendimento nos turnos da manhã e tarde ٗ Atendimento nos turnos da manhã, tarde e noite ٗ Atendimento com turnos intermitentes ٗ Atendimento contínuo, 24 horas/dia (plantão inclusive aos sábados, domingos e feriados). FLUXO DA CLIENTELA ٗ Atendimento de clientela referenciada (quando a unidade atende somente clientes encaminhados) ٗ Atendimento de procura direta (quando o cliente procura direta- mente a unidade) ٗ Atendimento de procura direta e de clientela referenciada
  • 87. 72 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 1. ATIVIDADES DE ENFERMAGEM CATEGORIA PROFISSIONAL QUANTIDADE ATRIBUIÇÕES Enfermeira Técnico de enfermagem Auxiliar de enfermagem Atendente Outros PRODUÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ATIVIDADES QUANTIDADE / MÊS Há protocolos e/ou normatizações para a realização das atividades acima? ٗ Sim ٗ Não As salas e os fluxos para execução dessas tarefas estão de acordo com as nor- mas vigentes? ٗ Sim ٗ Não Se não, quais os problemas?
  • 88. 73 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO ESTERILIZAÇÃO O espaço é exclusivo para as atividades de esterilização? ٗ Sim ٗ Não A localização é em área de circulação restrita? ٗ Sim ٗ Não Equipamentos existentes e estado de conservação: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Há separação, segundo as normas vigentes, para: Recepção e lavagem? ٗ Sim ٗ Não Preparo e acondicionamento de materiais? ٗ Sim ٗ Não Esterilização e estocagem? ٗ Sim ٗ Não Há controle da data de esterilização do material estocado? ٗ Sim ٗ Não Há controle de qualidade do material após a realização da esterilização? ٗ Sim ٗ Não Qual o sistema utilizado? ____________________________________________________________________________________________________ Observação do fluxo do espaço físico: ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ Como é feito o recebimento do material a ser esterilizado? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________
  • 89. 74 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Como é feita a distribuição do material esterilizado? Há normas/rotinas/protocolos sobre procedimentos de esterilização? ٗ Sim ٗ Não RECURSOS HUMANOS CATEGORIA PROFISSIONAL QUANTIDADE ATRIBUIÇÕES 2. ATIVIDADES MÉDICO-ODONTOLÓGICAS E DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO PROFISSIONAIS (PREENCHER POR PROFISSIONAL) CATEGORIA ATIVIDADE DISPONÍVEL AO SUS** TOTAL*** PROFISSIONAL * QUANTIDADE HORAS * Utilizar tabela de atividade profissional – cadastro. ** Horas disponíveis ao SUS = as de fato trabalhadas. *** Total da quantidade = total de profissionais existentes na unidade. PRODUÇÃO MENSAL ATIVIDADES NAS CONSULTAS CONSULTAS OUTRAS ATIVIDADES ESPECIALIDADES MÉDICAS OUTROS PROFISSIONAIS DESENVOLVIDAS
  • 90. 75 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO PROCEDÊNCIA DOS PACIENTES PROCEDÊNCIA ESPECIALIDADE PERCENTUAL (%) O número de consultórios médicos, odontológicos e para as demais atividades desenvolvidas é suficiente? ٗ Sim ٗ Não Nº de consultórios médicos: _____________________________________________________ Nº de consultórios odontológicos: _______________________________________________ Nº de consultórios para as demais atividades: ________________________________________ Se não, por quê? ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ Observar as condições físicas e fluxos dos consultórios médicos, odontológi- cos e das demais salas para o desenvolvimento dessas atividades. ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ Qual é o tempo de agendamento para as diferentes atividades ofertadas? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Relacionar, por atividade, os casos faltosos e qual o percentual. ATIVIDADE Nº DE FALTOSOS PERCENTUAL (%)
  • 91. 76 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Há explicações para a ocorrência de faltosos? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Quem define a forma de agendamento? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Avaliação de uma amostra de prontuários quanto: • atos médicos: anamnese, exame físico, exames subsidiários e prescrição. • atos odontológicos. • se houver atendimento e anotações de enfermagem e outros profissio- nais, tais como psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, etc. • verificar se há continuidade no seguimento do paciente e suficiência com relação a exames solicitados, etc. Há desenvolvimento de atividades programáticas? ٗ Sim ٗ Não Quais? Quando necessário, há referências formais para: Quais hospitais? ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
  • 92. 77 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Quais serviços de apoio diagnóstico? ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ É feita a contra-referência? ٗ Sim ٗ Não Como funciona (via telefônica, guia de encaminhamento, etc.)? Descrever: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Descrever a porcentagem de casos que são contra-referenciados para a rede básica por especialidade: ESPECIALIDADE Nº DE CASOS PERCENTUAL (%) Quem solicita o encaminhamento para outros serviços? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Há algum contato prévio com o serviço que receberá o paciente e de que for- ma é feito? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Há desenvolvimento de atividades cirúrgicas? ٗ Sim ٗ Não Se sim, de que porte?
  • 93. 78 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Dependendo do porte, verificar: Há anestesista? ٗ Sim ٗ Não Há sala exclusiva para procedimentos cirúrgicos? ٗ Sim ٗ Não Há condições de higienização, fluxo da sala para procedimentos cirúrgicos? ٗ Sim ٗ Não Há local para desenvolver atividades pré e pós-anestésicas? ٗ Sim ٗ Não Há acompanhamento pelo anestesista de todo o procedimento? ٗ Sim ٗ Não Há carrinho de emergência? ٗ Sim ٗ Não Quais medicações? Dentro do prazo de validade? ٗ Sim ٗ Não Equipamentos existentes? Em condições de uso? ٗ Sim ٗ Não
  • 94. 79 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO 3. EQUIPAMENTOS DE APOIO À ASSISTÊNCIA CONDIÇÕES CONDIÇÕES PROFISSIONAL OBS. REGRAS PRODUÇÃO EQUIPAMENTOS DE DE USO QUE OPERA DE INSTALAÇÃO SEGURANÇA SEGURANÇA SUS OUTRO TOTAL 4. ATIVIDADES DE APOIO FARMÁCIA / UNIDADE DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS Verificar forma de armazenamento conforme normas da Vigilância Sanitária: Há geladeira para medicamentos que precisam ser guardados refrigerados? ٗ Sim ٗ Não Com termômetro de máxima e mínima? ٗ Sim ٗ Não Há controle de data de validade? ٗ Sim ٗ Não A dispensação é feita para: ٗ Pacientes internos ٗ Pacientes externos Há padronização dos medicamentos dispensados? ٗ Sim ٗ Não Se não há padronização de medicamentos, é feito algum outro tipo de avalia- ção / controle dos medicamentos dispensados?
  • 95. 80 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Há controle sobre psicotrópicos? ٗ Sim ٗ Não As Portarias 27/28 MS são cumpridas? ٗ Sim ٗ Não O controle/responsabilidade desse setor está a cargo de que profissional? SERVIÇO DE ARQUIVO MÉDICO E ESTATÍSTICA – SAME Organização Prontuário médico ٗ Familiar ٗ Individual Sistema de arquivo ٗ Fichas manuais ٗ Informatizado Elabora relatórios/boletins de produção? ٗ Sim ٗ Não Qual a utilização dessas informações? 5. DEMAIS SERVIÇOS DE APOIO (limpeza, serviços gerais, etc.) CATEGORIA PROFISSIONAL QUANTIDADE ATRIBUIÇÕES
  • 96. 81 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Os funcionários conhecem as regras/normas de suas funções? ٗ Sim ٗ Não Essas tarefas são desempenhadas de forma que: Não haja contaminação/risco do próprio funcionário? ٗ Sim ٗ Não Obtenha-se resultado satisfatório da tarefa desempenhada? ٗ Sim ٗ Não Observações gerais: Identificação da equipe participante da supervisão na unidade de saúde: Nome Assinatura ________________________________________ _________________________________________ ________________________________________ _________________________________________ ________________________________________ _________________________________________ Identificação do profissional que acompanhou visita / supervisão: Nome: _____________________________________________________________________________ Função: ____________________________________________________________________________ Formação: _________________________________________________________________________
  • 97. RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE ATENDIMENTO IMEDIATO – PRONTO - SOCORRO (PS) MUNICÍPIO: _______________________________________________ DATA: ___ /___ /___ IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE Nome: ______________________________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________________ CGC: _______________________________________________________________________________ Bairro: __________________________________ Telefone: _______________________________ Responsável pela unidade (formação): ___________________________________________ TIPO DE PRESTADOR ᮀ Vinculado ao Ministério da Saúde ᮀ Privado ᮀ Federal ᮀ Estadual ᮀ Municipal ᮀ Filantrópico ᮀ Universitário ᮀ Consórcio intermunicipal TIPO DE UNIDADE ᮀ Pronto - socorro geral ᮀ Pronto - socorro especializado Recebe Índice de Valorização Hospitalar de Emergência (IVHE)? ᮀ Sim ᮀ Não É uma unidade isolada ou está acoplada a alguma estrutura hospitalar?
  • 98. 84 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE A área destinada ao pronto - socorro é exclusiva? ᮀ Sim ᮀ Não ATIVIDADES MÉDICAS Número de consultórios: _________________________________________________________ Quantos em uso? _________________________________________________________________ Localização adequada? ᮀ Sim ᮀ Não Condições de higiene e instalação adequadas? ᮀ Sim ᮀ Não Mobiliário encontra-se em bom estado? ᮀ Sim ᮀ Não Material/equipamentos existentes em bom estado? ᮀ Sim ᮀ Não Há sala de urgência/emergência exclusiva? ᮀ Sim ᮀ Não Descrever mobiliário e condições de uso:
  • 99. 85 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO MATERIAL PERMANENTE/EQUIPAMENTOS E CONDIÇÕES DE USO (DISCRIMINAR ENTRE ADULTO E INFANTIL): MATERIAL SIM E/OU CONDIÇÕES DE USO NÃO EQUIPAMENTOS BOM REGULAR RUIM Laringoscópio Lâminas Sonda orotraqueal Ambu ECG Fonte de oxigênio Fonte de ar comprimido Desfibrilador Cardioscópio Respirador para adulto Respirador para criança Aspirador Material descartável Outros DENTRO DA VALIDADE MEDICAMENTOS DE EMERGÊNCIA SIM NÃO SIM NÃO Adrenalina Dopamina NaCl KCl Aminofilina Expansores de volume plasmático Hidrocortisona Outros
  • 100. 86 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE ADEQUAÇÃO SALAS / LEITOS SIM NÃO Nº A NORMAS VIGENTES Curativos Gesso Inalação Leitos de observação Pequena cirurgia Outros FUNCIONAMENTO PROFISSIONAL SADT PRÓPRIO TERCEIRO 24 HORAS RESPONSÁVEL SIM NÃO (FORMAÇÃO) Radiologia Laboratório de Análises Clínicas Hemoterapia Outros CENTRO CIRÚRGICO Há centro cirúrgico? ᮀ Sim ᮀ Não Número total de salas: ____________________________________________________________ Em atividade? _____________________________________________________________________ Do próprio pronto - socorro? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 101. 87 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Do hospital? ᮀ Sim ᮀ Não Conta com serviço de anestesiologia? ᮀ Sim ᮀ Não Paciente referenciado para outro serviço? ᮀ Sim ᮀ Não Qual? Distância: Como é feita a referência? UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Unidade de Terapia Intensiva do próprio pronto - socorro? ᮀ Sim ᮀ Não Nº de leitos: Adulto __________________ Infantil __________________ Neonatal __________________ Do hospital? ᮀ Sim ᮀ Não De outro serviço? ᮀ Sim ᮀ Não Distância: _______________________ Onde? _________________________________________ Como é feita a referência? TRANSFERÊNCIAS DE PACIENTES (AMBULÂNCIAS) Quantas em condição de uso? ___________________________________________________ De que tipo? ______________________________________________________________________
  • 102. 88 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Havendo ambulância para UTI: Como estão equipadas? Os equipamentos estão funcionando? RECURSOS HUMANOS Médicos ESPECIALIDADE ESCALA DE TRABALHO Outros profissionais de nível superior CATEGORIA PROFISSIONAL ATRIBUIÇÕES ESCALA DE TRABALHO
  • 103. 89 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO DEMAIS PROFISSIONAIS CATEGORIA PROFISSIONAL ATRIBUIÇÕES ESCALA DE TRABALHO Se o pronto - socorro for uma unidade isolada verificar *: • serviço de arquivo/prontuários médicos • serviço de esterilização • serviço de farmácia • serviço de lavanderia • serviço de limpeza * Pode-se utilizar o roteiro de serviço de ambulatório especializado. PRODUÇÃO PROCEDÊNCIA PROCEDIMENTOS: ENFERMAGEM / MÉDICOS Nº BAIRRO/MUNICÍPIO OUTROS Fonte: Fatura ambulatorial mensal – SIA/SUS
  • 104. 90 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Há normatizações / protocolos de ações / atividades? ᮀ Sim ᮀ Não Se sim, para quais atividades? Este pronto - socorro está formalmente inserido em algum sistema de referên- cia e contra - referência? ᮀ Sim ᮀ Não Se sim, quem (municípios, PS, hospitais) se dirige para esse serviço? Para onde encaminha os pacientes atendidos? Há Central de Regulação (leitos/vagas)? ᮀ Sim ᮀ Não Vinculada a que instituição? Como funciona? Observações gerais:
  • 105. 91 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Identificação da equipe participante: Nome Assinatura ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ Identificação do profissional que acompanhou a supervisão / visita: Nome: _____________________________________________________________________________ Função: ____________________________________________________________________________ Formação: _________________________________________________________________________
  • 106. RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE SERVIÇOS DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO – SADT MUNICÍPIO:_______________________________________________ DATA: ___/___/___ IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE Nome: ______________________________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________________ CGC: _______________________________________________________________________________ Bairro: __________________________________ Telefone: _______________________________ TIPO DE UNIDADE: ___________________________________________________________________ TIPO DE PRESTADOR ᮀ Federal ᮀ Universitário ᮀ Estadual ᮀ Filantrópico ᮀ Municipal ᮀ Privado TURNO DE ATENDIMENTO ᮀ Atendimento somente pela manhã ᮀ Atendimento somente à tarde ᮀ Atendimento nos turnos da manhã e tarde ᮀ Atendimento nos turnos da manhã, tarde e noite ᮀ Atendimento com turnos intermitentes
  • 107. 94 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE CONDIÇÕES DE USO DO HÁ BARREIRAS DE SERVIÇOS PRODUÇÃO PROTEÇÃO INDIVIDUAL E EQUIPAMENTO AMBIENTAL? BOM REGULAR RUIM SIM NÃO Raio X Raio X contrastado Ultra - sonografia Mamografia Tomografia Angiografia Neurorradiologia Endoscopia: Pulmonar Digestiva Urinária Eletrocardiograma Teste ergométrico Holter Hemodinâmica Eletroencefalograma Eletromiografia Ressonância magnética Fisioterapia: Eletroterapia Hidroterapia Massoterapia Mecanoterapia Audiometria Medicina Nuclear: Radioimunoensaio Cintilografia Radioterapia: Betaterapia Cesioterapia Roentgenterapia Acelerador linear Cobaltoterapia Eletronterapia
  • 108. 95 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Se detectados problemas com relação aos equipamentos existentes, bem como às formas de proteção individual e ambiental, anotar (observados em relação à legislação e normas vigentes): LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS, ANATOMOPATOLOGIA E SERVIÇOS DE SANGUE Unidade isolada ᮀ Sim ᮀ Não Se não, está vinculada a que serviço de saúde? Listagem dos exames processados por essa unidade: EXAMES PRODUÇÃO MENSAL SUS EQUIPAMENTOS AUTOMATIZADOS Urinálise: – – – Bioquímica: – – – Hematologia: – – – Coprologia: – – –
  • 109. 96 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE EXAMES PRODUÇÃO MENSAL SUS EQUIPAMENTOS AUTOMATIZADOS Microbiologia: – – – Imunologia: – – – Hormônios: – – – Citologia: – – – Biópsias: – – – Outros: – – – A coleta desses exames segue protocolos/normas específicas para obtenção de resultados fidedignos? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, quais os problemas encontrados?
  • 110. 97 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO RECEPÇÃO E DISTRIBUIÇÃO INTERNA DAS AMOSTRAS A SEREM PROCESSADAS São corretamente processadas? ᮀ Sim ᮀ Não Ficam devidamente armazenadas até o processamento? ᮀ Sim ᮀ Não Seguem rotinas preestabelecidas? ᮀ Sim ᮀ Não Os reagentes utilizados são armazenados conforme especificações dos fabricantes? ᮀ Sim ᮀ Não São observados os prazos de validade dos reagentes utilizados? ᮀ Sim ᮀ Não Há controle interno de qualidade? ᮀ Sim ᮀ Não HEMOTERAPIA O posto de coleta é exclusivo para sua finalidade? ᮀ Sim ᮀ Não Há programa de captação de doadores? ᮀ Sim ᮀ Não Há procedimentos padronizados relativos ao doador quanto à triagem epi- demiológica? ᮀ Sim ᮀ Não Realizada por qual profissional? _________________________________________________ Exame clínico? ᮀ Sim ᮀ Não Durante a doação é utilizada cadeira reclinável? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 111. 98 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE É fornecida alguma alimentação após a doação? ᮀ Sim ᮀ Não Como é fornecido o resultado das sorologias ao doador? Após o término da doação, as bolsas de sangue e a amostra para exames são devidamente identificadas? ᮀ Sim ᮀ Não Qual o fluxo dessas bolsas? (descrever) Os exames realizados e os equipamentos utilizados na fase de pré-processa- mento do sangue podem ser descritos na tabela anterior, nos itens “hema- tologia”, “sorologia”, “imunologia” e outros. PROCESSAMENTO DOS HEMOCOMPONENTES Equipamentos: Descrever como é feita a conservação/armazenamento dos componentes (identificação e datas): Quais serviços internos e/ou externos à unidade utilizam esses componentes e de que forma? Por quem e como são liberados os componentes hemoterápicos após a solicitação?
  • 112. 99 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO DOADORES QUANTIDADE PERCENTUAL (%) sangue utilizado sangue bloqueado / reprovado TOTAL CAUSAS DE DOADORES REPROVADOS • Triagem epidemiológica / clínica • Triagem sorológica DISTRIBUIÇÃO DOS HEMOCOMPONENTES POR MÊS SERVIÇO SANGUE CONCENTRADO CONCENTRADO CRIOPRECIPITADOS TOTAL HEMÁCEAS PLAQUETAS DIÁLISE NÚMERO DE SALAS Hbs Ag + : destinada a pacientes com sorologia para hepatite B: ______________ Hbs Ag–: destinada a pacientes imunizados contra o vírus da hepatite B: _______ DPI – Diálise Peritonial Intermitente: ___________________________________________ DPAC – Diálise Peritonial Ambulatorial Constante: ____________________________ NÚMERO DE MÁQUINAS Proporção: _________________________________________________________________________ Outras: _____________________________________________________________________________ TRATAMENTO DE ÁGUA ᮀ Osmose reversa ᮀ Deionização ᮀ Sistema misto
  • 113. 100 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE PACIENTES Número de pacientes Hbs Ag + : ______________ Número de pacientes Hbs Ag – : ______________ Número de sessões de hemodiálise por semana: ______________ Número e diagnóstico de pacientes que freqüentavam o serviço e foram a óbito no último ano: Procedência dos pacientes: SERVIÇOS DE REFERÊNCIA / MANUTENÇÃO Hospital para transplante Nome: _____________________________________________________________________________ Município: _________________________________________________________________________ Laboratório para histocompatibilidade Nome: _____________________________________________________________________________ Município: _________________________________________________________________________ Hospital geral Nome: _____________________________________________________________________________ Município: _________________________________________________________________________ Patologia Clínica Nome: _____________________________________________________________________________ Município: _________________________________________________________________________ Manutenção de equipamentos de diálise Nome: _____________________________________________________________________________ Município: _________________________________________________________________________ Manutenção de equipamentos de tratamento da água Nome: _____________________________________________________________________________ Município: _________________________________________________________________________
  • 114. 101 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Laboratório para análise da água Nome: _____________________________________________________________________________ Município: ________________________________________________________________________ Nefrologista responsável Nome: _____________________________________________________________________________ CRM: ______________________________________________________________________________ Demais quesitos, utilizar Portaria MS 2042/96 RECURSOS HUMANOS Para todos os serviços, nível médio e universitário (especificar por serviço/setor): QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL QUANTIDADE ATIVIDADE / HORÁRIO Há treinamentos/reciclagens para conhecer equipamentos e saber manuseá-los: ᮀ Sim ᮀ Não Com que periodicidade? GERAL Onde são realizados os exames invasivos ou com utilização de contraste há material e medicamentos para emergência? (vide relatório urgência/emergência) ᮀ Sim ᮀ Não Há alvará de funcionamento expedido por autoridade sanitária? ᮀ Sim ᮀ Não Serviços de radioterapia têm também autorização do CNEN? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 115. 102 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Funcionários que operam equipamentos radiológicos utilizam dosímetro per- sonalizado? ᮀ Sim ᮀ Não Os laudos dos exames são feitos por profissionais habilitados para tal? Especi- ficar conforme o tipo de SADT: Os exames são agendados de que forma: Por telefone? ______________________________________________________________________ Pessoalmente? _____________________________________________________________________ Pelo serviço que encaminha? ____________________________________________________ Há alguma Central de Regulação a que esses serviços estejam vinculados? ᮀ Sim ᮀ Não Qual o tempo para realizar o exame solicitado? ________________________________ Em quanto tempo é devolvido o resultado? _____________________________________ Verificar se há normas de segurança para manuseio de: Secreções, sangue, fluidos orgânicos? ᮀ Sim ᮀ Não Radiológico, radioterápico? ᮀ Sim ᮀ Não Observar utilização de material descartável A manutenção dos equipamentos é periódica? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 116. 103 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Qual o destino dos resíduos gerados? PARA SERVIÇOS DE REABILITAÇÃO SERVIÇOS QUE ENCAMINHAM PATOLOGIAS FAIXA ETÁRIA Faixa etária: ᮀ Até 5 anos ᮀ De 6 a 19 anos ᮀ De 20 a 49 anos ᮀ 50 anos e mais Observações gerais:
  • 117. 104 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Identificação da equipe participante da supervisão na unidade de saúde: Nome Assinatura ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ Identificação do profissional do serviço que acompanhou a visita / supervisão na unidade: Nome: _____________________________________________________________________________ Função: ____________________________________________________________________________ Formação: _________________________________________________________________________
  • 118. RELATÓRIO DE SUPERVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE ATENDIMENTO HOSPITALAR MUNICÍPIO: _______________________________________________ DATA: ___/___/___ IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE Nome: ______________________________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________________ CGC: _______________________________________________________________________________ Bairro: __________________________________ Telefone: _______________________________ Diretor clínico: _____________________________________ CRM: _______________________ Diretor administrativo: ____________________________________________________________ Responsável pelo faturamento: ___________________________________________________ TIPO DE UNIDADE: __________________________________________________________________ INDICADORES GERAIS DO HOSPITAL Procedência dos pacientes (média dos últimos 6 meses) Próprio município: _____________________ % Outros municípios da região de saúde: ______________________ % Outros municípios do Estado: ______________________ % Taxa de ocupação: _______________________ % Taxa de infecção hospitalar: ______________________ % Taxa de partos normais: ______________________ % Taxa de cesárea: _______________________ % Taxa de mortalidade: _______________________ % Média de permanência: _______________________ dias Fontes pagadoras: SUS: _______________________ % Total de AIH / mês: ______________________ Outros convênios: _______________________ % Particulares: _______________________ %
  • 119. 106 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE TIPO DE PRESTADOR ᮀ Federal ᮀ Universitário ᮀ Estadual ᮀ Filantrópico ᮀ Municipal ᮀ Privado ᮀ Consórcio intermunicipal CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE FIDEPS ᮀ Sim ᮀ Não Quanto? ______________________ % Amigo da criança? ᮀ Sim ᮀ Não FLUXO DA CLIENTELA ᮀ Atendimento de clientela referenciada (só atende clientes encaminhados) ᮀ Atendimento de procura direta ᮀ Atendimento de clientela referenciada e de procura direta LEITOS DE INTERNAÇÃO Operacionais (total): ______________________ Disponíveis ao SUS: ______________________ Desativados: ______________________________ Centro cirúrgico: __________________________________________________________________ (quantidade existente e em funcionamento) Centro obstétrico: ________________________________________________________________ (quantidade existente e em funcionamento) Alojamento conjunto: ᮀ Sim ᮀ Não Quantos? _____________________________________ Serviço de Controle de Infecção Hospitalar: (ver as atas das últimas reuniões) ᮀ Sim ᮀ Não Comissão de Ética Médica? (ver as atas das últimas reuniões) ᮀ Sim ᮀ Não
  • 120. 107 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO LEITOS HOSPITALARES LEITOS SUS LEITOS TOTAIS ESPECIALIDADE MASC. FEM. TOTAL OPERACIONAL Clínica médica: Clínica cirúrgica: Clínica pediátrica: Clínica obstétrica: Clínica ginecológica: Clínica psiquiátrica: Tisiologia Reabilitação FPT crônico Queimados AIDS Outros Total UTI adulto geral UTI cardiologia UTI infantil UTI neonatal Total UTI Semi-intensiva : adulto infantil Berçário: normal patológico externo
  • 121. 108 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS 1.Tipo de serviço: _________________________________________________________________ Nome / razão social: _______________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________________ Responsável técnico: _____________________________________________________________ Situação: ᮀ Dentro da unidade ᮀ Fora da unidade 2.Tipo de serviço: _________________________________________________________________ Nome / razão social: _______________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________________ Responsável técnico: _____________________________________________________________ Situação: ᮀ Dentro da unidade ᮀ Fora da unidade 3.Tipo de serviço: _________________________________________________________________ Nome / razão social: _______________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________________ Responsável técnico: _____________________________________________________________ Situação: ᮀ Dentro da unidade ᮀ Fora da unidade 4.Tipo de serviço: _________________________________________________________________ Nome / razão social: _______________________________________________________________ Endereço: __________________________________________________________________________ Responsável técnico: _____________________________________________________________ Situação: ᮀ Dentro da unidade ᮀ Fora da unidade ENFERMARIAS Clínica Avaliação setorial por clínica, inclusive maternidade e UTI Nº de quartos: ________________________________ Nº de leitos por quarto: ________________________________ Nº de leitos de alojamento conjunto:________________________________ Localização e atividades do posto de enfermagem:
  • 122. 109 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Outras instalações existentes no espaço físico dessa enfermaria: As instalações, estrutura, fluxo dessa enfermaria atendem às exigências legais, particularmente as da Portaria MS 1884/94? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, o que se encontra em desacordo? O padrão de edificação das enfermarias SUS são muito diferentes das demais existentes? ᮀ Sim ᮀ Não Listar e verificar condições de uso dos equipamentos existentes nas enfermarias / maternidade /UTI: EQUIPAMENTOS EM CONDIÇÕES DE USO (POR LEITO) SIM NÃO Tem pontos de distribuição de oxigênio? ᮀ Sim ᮀ Não Qual a relação por leito? ______________________________________________________________________________________ Há pontos de distribuição de ar comprimido? ᮀ Sim ᮀ Não Qual a relação por leito?
  • 123. 110 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Médicos diaristas e plantonistas ESPECIALIDADE QUANTIDADE ESCALA Enfermagem QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL QUANTIDADE ESCALA POR TURNO De que forma é feita a distribuição dos pacientes pela equipe médica? O paciente sabe identificar o seu médico? ᮀ Sim ᮀ Não Há visitas médicas diárias a todos os leitos? ᮀ Sim ᮀ Não São realizadas as prescrições médicas diariamente? ᮀ Sim ᮀ Não Se houver intercorrências, a quem a enfermagem comunica?
  • 124. 111 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Exames / avaliações de outras especialidades são realizados quando indicados? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, por quê? Há atividades diferenciadas de enfermagem de acordo com o grau de dependência do paciente? ᮀ Sim ᮀ Não Se sim, descrevê-las: Verificar alguns prontuários com relação a: – anotações médicas e de enfermagem – coerência entre história clínica, diagnóstico e terapêutica PATOLOGIAS MAIS FREQÜENTES Nº DE AIHs VALOR Selecionar alguns prontuários de pacientes que já tiveram alta hospitalar. Sele- cioná-los por patologia, ou por valor pago, ou qualquer outra variável de inte- resse. Anotar nome, endereço e motivo da internação para proceder à visita domiciliar. A visita domiciliar visa verificar a concordância ou não dos registros hospitalares, atual evolução clínica do paciente e a necessidade de continuidade do tratamento de saúde.
  • 125. 112 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE CENTRO CIRÚRGICO Número de salas em funcionamento: __________________________________ MEDICAMENTOS / MATERIAL / CONDIÇÕES DE USO DENTRO DA EQUIPAMENTOS EXISTENTES VALIDADE CENTRO OBSTÉTRICO Número de salas em funcionamento: _________________________________ MEDICAMENTOS / MATERIAL / DENTRO DA CONDIÇÕES DE USO EQUIPAMENTOS EXISTENTES VALIDADE Instalações físicas e fluxos obedecem às normas vigentes? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 126. 113 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Se não, por quê? Enfermagem exclusiva? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, descrever como funciona: ENFERMAGEM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL QUANTIDADE ATIVIDADES
  • 127. 114 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Utilização das salas CIRURGIAS Nº / DIA PORTE Eletivas Urgência / emergência Cesárea Parto normal Curetagem Serviço / profissional responsável pela programação do CC / CO: SERVIÇO DE ANESTESIOLOGIA Visitas pré-anestésicas? ᮀ Sim ᮀ Não Monitoramento pelo médico anestesista durante todo o procedimento cirúrgico? (checagem da escala cirúrgica) ᮀ Sim ᮀ Não Sala de recuperação anestésica pós-cirúrgica? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, como procede?
  • 128. 115 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Atende às especificações das normas vigentes? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, por quê? ANESTESISTAS ESCALA DE PLANTÃO Serviço de Anestesiologia funciona com médico 24 horas? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, como funciona? CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO Espaço exclusivo para as atividades de esterilização? ᮀ Sim ᮀ Não Localizada em área de circulação restrita? ᮀ Sim ᮀ Não Equipamentos existentes e estado de conservação:
  • 129. 116 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Há separação, segundo as normas vigentes para: Recepção e lavagem? ᮀ Sim ᮀ Não Preparo e acondicionamento de materiais? ᮀ Sim ᮀ Não Esterilização e estocagem? ᮀ Sim ᮀ Não Há controle da data de esterilização do material estocado? ᮀ Sim ᮀ Não Há controle de qualidade do material após a realização da esterilização? ᮀ Sim ᮀ Não Qual o sistema utilizado? Observação do fluxo do espaço físico: Como é feito o recebimento do material a ser esterilizado? Como é feita a distribuição do material esterilizado?
  • 130. 117 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Há normas / rotinas / protocolos sobre procedimentos de esterilização? ᮀ Sim ᮀ Não Recursos humanos QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL QUANTIDADE ATIVIDADES SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA – SND Estrutura e fluxos de acordo com a Portaria MS 1884/94? ᮀ Sim ᮀ Não EM CONDIÇÕES DE USO EQUIPAMENTOS SIM NÃO São cumpridas as normas de higiene para: Limpeza de pisos / paredes / bancadas? ᮀ Sim ᮀ Não Pessoal adequadamente uniformizado? ᮀ Sim ᮀ Não Pias com sabão? ᮀ Sim ᮀ Não Observadas normas / protocolos de saúde dos funcionários? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 131. 118 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Existem normas / protocolos para: Recepção dos gêneros alimentícios? ᮀ Sim ᮀ Não Preparo dos alimentos? ᮀ Sim ᮀ Não Técnicas de conservação de alimentos? ᮀ Sim ᮀ Não O serviço oferece dietas diferenciadas em função das patologias dos pacientes? ᮀ Sim ᮀ Não Quais? Como é distribuída / servida a alimentação aos pacientes? Recursos humanos QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL QUANTIDADE ESCALA DE TRABALHO
  • 132. 119 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO FARMÁCIA Verificar forma de armazenamento segundo normas da Vigilância Sanitária: Há geladeira para medicamentos que precisam ser conservados refrigerados, com controle de temperatura? ᮀ Sim ᮀ Não Há controle de data de validade? ᮀ Sim ᮀ Não Há padronização dos medicamentos dispensados? ᮀ Sim ᮀ Não Há controle sobre psicotrópicos (as Portarias MS 27/28 são cumpridas)? ᮀ Sim ᮀ Não O controle / responsabilidade desse setor está a cargo de que profissional? LAVANDERIA Há possibilidade de troca de roupas diariamente e sempre que necessário? ᮀ Sim ᮀ Não Como é feito o transporte de roupa suja para a lavanderia? O processamento de roupas na lavanderia utiliza o sistema de barreira de con- taminação? ᮀ Sim ᮀ Não
  • 133. 120 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Se não, como é o processo de circulação da roupa (fluxo)? EM CONDIÇÕES DE USO EQUIPAMENTOS SIM NÃO Há protocolos / rotinas de trabalho? ᮀ Sim ᮀ Não Os funcionários estão uniformizados? ᮀ Sim ᮀ Não Há Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os funcionários? ᮀ Sim ᮀ Não Recursos humanos QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL QUANTIDADE LIMPEZA
  • 134. 121 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO ᮀ Serviço próprio ᮀ Serviço contratado Os funcionários são treinados quanto a higiene hospitalar, técnica de varrer, desinfecção de superfícies, manuseio do lixo hospitalar? ᮀ Sim ᮀ Não Os funcionários são uniformizados? ᮀ Sim ᮀ Não Qual a freqüência da limpeza? Os insumos de limpeza são padronizados e/ou checados? ᮀ Sim ᮀ Não As dependências do hospital estão limpas? ᮀ Sim ᮀ Não Se não, quais e por quê? Qual o destino dos resíduos hospitalares? GERAL SAME – como está organizado? Este hospital está inserido dentro de um sistema de referência e contra-referência? ᮀ Sim ᮀ Não Há Central de Regulação?
  • 135. 122 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE ᮀ Sim ᮀ Não Descrever como ocorre o fluxo de pacientes para a rede básica ou para os serviços mais complexos: Há utilização de dados gerados no próprio serviço para análise e planeja- mento técnico-administrativo? ᮀ Sim ᮀ Não Utilizando-se da planta física, estabelecer a cargo de quem se encontram os comandos técnico-administrativos das diversas áreas. Checar relações interinstitucionais de mando: diretor administrativo, diretor clínico, mesa diretora, etc. Checar balancete do hospital. Opera com saldo positivo ou negativo? Se ne- gativo, qual a possibilidade de recuperação? Checar processo de compras: Outras informações pertinentes:
  • 136. 123 RELATÓRIOS DE SUPERVISÃO Para registro sobre SADT, utilizar o relatório próprio. Observações: Identificação da equipe participante da supervisão na unidade de saúde: Nome Assinatura ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ ______________________________________ _____________________________________ Identificação do profissional do serviço que acompanhou a visita / supervisão: Nome: _____________________________________________________________________________ Função: ____________________________________________________________________________ Formação: _________________________________________________________________________
  • 137. 125 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Marizélia Leão Moreira O QUE PROGRAMAR Para desenvolver essa atividade, o gestor terá como principal produto a visualização da operação do sistema de saúde sob sua responsabilidade. Por- tanto, engloba a totalidade das ações e serviços de atenção à saúde, executa- dos por unidades de saúde organizadas de forma regionalizada e hierarquiza- da no sistema de saúde. Nesse contexto, programar significa listar a quantida- de e os locais de execução dos procedimentos necessários para garantir um impacto positivo em situações que apresentem prioridades de intervenções, identificadas no processo de planejamento. Para alcançar um impacto positivo, é importante agregar metodologias e ins- trumentos de acompanhamento e avaliações de serviços, que são tratados nos manuais de Qualidade, de Vigilância Sanitária e de Vigilância em Saúde Pública. Considerando que o gestor é a direção única do sistema de saúde do distri- to, destacamos que a programação é composta de duas linhas de ação: 1. Ações destinadas aos clientes de seu território, ou seja, para a população sob sua responsabilidade, independentemente da vinculação institucional da uni- dade de saúde responsável pela execução das atividades e de sua localização dentro ou fora da área de abrangência do gestor. 2. Ações executadas em unidades de saúde localizadas em seu território, refe- renciadas por gestores de outros distritos, conforme a regionalização e hierar- quização do sistema de saúde. As duas linhas de ações devem contemplar as diretrizes do planejamento que permitem à programação atuar como instrumento de garantia da eqüidade e reverter a óptica de programar serviços de acordo com a oferta do mercado. Nessa linha de atuação, a programação contempla:
  • 138. 126 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE • o atendimento às necessidades reais da população; • a resolubilidade das unidades de saúde envolvidas; • a disponibilidade de recursos; • os protocolos de atuação; • a incorporação tecnológica. INSTRUMENTO DE PROGRAMAÇÃO O gestor do sistema de saúde do distrito conta com normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, que, independentemente de serem complementadas por normas definidas em nível estadual, norteiam as atividades de programa- ção de serviços de saúde e atualmente têm como principal instrumento a pro- gramação pactuada entre gestores e integrada entre as esferas de governo (PPI), da qual podemos destacar que: • formaliza as relações entre os gestores de distritos e as diferentes ins- tâncias de gestão governamental, traduzindo suas responsabilidades, objetivos, metas, referências entre os territórios, recursos e tetos orça- mentários e financeiros, em todos os níveis de gestão; • permite ao gestor garantir o acesso da população aos serviços de saú- de, seja em seu próprio território ou referenciando a serviços de outros territórios através da relação entre gestores de distritos; • busca a integralidade das ações, envolvendo as atividades de assistên- cia ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e epidemiológica; • é um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do sistema de saúde, de alocação dos recursos e de explici- tação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo; • sua elaboração observa critérios e parâmetros definidos pelas comissões de intergestores e aprovados pelos respectivos conselhos de saúde; • seu processo contempla: a. procedimentos a serem executados no próprio distrito; b. procedimentos a serem referenciados para execução em outros distritos; • esse processo se repete na instância de gestão superior para incorpo- ração dos encaminhamentos de outros distritos, finalizando com o estabelecimento das metas físicas e de recursos financeiros por área de abrangência e de ocorrência, que constituem os tetos das duas linhas de ação a serem gerenciadas pelo gestor do distrito.
  • 139. 127 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE PROGRAMAÇÃO PROGRAMAÇÃO DO PROGRAMAÇÃO PACTUADA E DISTRITO “A” = + REFERENCIADA DE INTEGRADA DO EXECUTADA OU NÃO NO OUTROS DISTRITOS DISTRITO “A” PRÓPRIO DISTRITO É fundamental, ao estabelecer o teto financeiro das ações programadas, rela- cionar procedimento e unidade de saúde em que ele será executado, dado que valores pagos variam, notadamente em hospitais universitários de pesquisa, onde o procedimento pode ser valorizado em até 75%, pela incidência do Fator de Incentivo de Desenvolvimento ao Ensino e Pesquisa Universitária (FIDEPS). A implantação do processo de programação, considerado como o estabele- cimento físico e orçamentário das ações de saúde, passa pelas seguintes fases: Níveis de programação por complexidade As ações de saúde, quando organizadas por nível de complexidade, permitem ao gestor visualizar melhor a resolubilidade em seu território e a necessidade de encaminhamentos a serviços mais complexos, localizados fora de sua área. Os principais níveis de programação são: • ações de atenção básica: imunização, atendimentos clínicos e cirúrgicos nas especialidades básicas, odontologia preventiva, dentística, cirúrgica básica e procedimentos de profissionais de nível médio e/ou superior; • ações de Vigilância Sanitária: inspeção sanitária, coleta de amostras, investigações de agravos, controle de qualidade da água e educação; • ações de Vigilância Epidemiológica: procedimentos de controle de doenças transmitidas por vetores e endemias; • programas especiais: Programa de Saúde da Família (PSF) ou Progra- ma de Agentes Comunitários de Saúde (PACS); • atendimento ambulatorial especializado de média complexidade: atendimentos clínicos e cirúrgicos especializados, procedimentos especializados em odontologia, órtese e prótese e serviços de apoio de diagnose e terapia de média complexidade; • atendimento ambulatorial especializado de alta complexidade: hemodinâmica, terapia renal substitutiva, radioterapia, quimioterapia, hemoterapia e ressonância magnética; • internações.
  • 140. 128 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Itens de programação A definição do grau de detalhamento das ações de saúde em procedimentos a serem executados deve estar voltada para garantir o alcance do impacto plane- jado, seja na área de abrangência do próprio distrito ou com encaminhamentos para outros, e não apenas de acordo com o custo das ações, que em geral per- mite apenas controlar financeiramente o sistema de saúde. Visando à sua moni- toração, convém que o detalhamento trabalhado permita a compatibilização com o sistema de produção 1. A seguir, descrevemos um rol de itens de progra- mação que pode atender à proposição acima. 1. Ações de atenção básica • vacinação, por ser responsável por um impacto específico em grupo de atendimento facilmente identificável e quantificável, a partir do pro- grama de imunizações e da população do distrito por faixa etária; • ações de profissionais de nível médio específicas de programas de saú- de, cuja clientela, a exemplo do item anterior, é possível conhecer. Por exemplo: busca ativa de comunicantes de doenças transmissíveis, ações nos programas de controle de hipertensão arterial, desnutrição e outros. 2. Atendimento médico • consultas nas especialidades básicas ou ainda com inclusão de algu- mas especialidades, mas todas com operação na área de abrangência do distrito; • consultas nas demais especialidades em que o gestor necessita enca- minhar para serviços fora de seu território. Por exemplo: cardiologia e otorrino para o distrito A, enquanto psiquiatria e neurologia terão aten- dimento no distrito B. 3. Procedimento médico Pode seguir a proposta de desmembramento do item anterior, considerando sempre o grau de dependência externa ao distrito para o atendimento; • procedimentos ortopédicos, de acordo com a especificidade da rede física necessária à sua execução. 4. Atendimentos odontológicos São reunidos em grupos de atendimento ou especialidade: • odontológico coletivo; • odontológico individual e preventivo; 1. Sistema de Informações Ambulatorial e Hospitalar – SUS
  • 141. 129 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE • dentística; • periodontia; • ortodontia; • endodontia; • odontologia cirúrgica básica; • odontologia cirúrgica especializada; • traumatologia buco-maxilo-facial; • implantodontia. 5. Patologia Clínica Poderá ser desmembrada para garantir ações específicas de programas de saú- de, como por exemplo: exames de sífilis no programa de gestantes ou segun- do a capacidade instalada para bioquímica, hematologia ou outros subgrupos da patologia clínica. 6. Radiodiagnósticos São agrupados de acordo com a rede física necessária à sua execução: • radiodiagnóstico simples; • radiodiagnóstico contrastado. 7. Exames ultra-sonográficos 8. Medicina Nuclear 9. Outros exames de imagenologia • tomografia simples; • tomografia computadorizada; • ressonância magnética. 10. Exames hemodinâmicos 11. Outros exames especializados Podem ser desmembrados segundo as necessidades específicas de diagnose para grupos de atendimento, como gestante de alto risco e outros. 12. Terapia renal substitutiva 13. Radioterapia
  • 142. 130 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 14. Quimioterapia 15. Fisioterapia 16. Hemoterapia 17. Outras terapias especializadas Podem ser desmembradas segundo as necessidades específicas de diagnose para grupos de atendimento. 18. Prótese e órtese 19. Medicamentos Podem ser desmembrados em função de necessidades específicas de diagnose para grupos de atendimento, como transplantados e outros. 20. Internações Podem ser efetuados com procedimentos organizados em grandes grupos, como os descritos abaixo, ou em nível mais detalhado, como o proposto no anexo Grupos de procedimentos. • tratamento clínico; • obstetrícia; • cirurgia geral; • psiquiatria; • alta complexidade: cardiologia epilepsia lábio -palatal oncologia ortopedia transplantes de órgãos; • domiciliar; • UTI: geral neonatal. A relação acima proposta representa apenas um indicativo dos itens de pro- cedimentos a serem programados, mas é fundamental que o gestor do distrito garanta, nesse processo, as especificações necessárias para o atendimento da demanda. Citamos como exemplos:
  • 143. 131 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 1. O distrito que não possui hospital pode programar internações como um todo, enquanto o que dispõe de unidade hospitalar de baixa complexidade deverá programar os procedimentos que serão desenvolvidos no distrito e aqueles que deverão ser encaminhados. 2. O gestor precisa programar ações para grupo específico. Programar procedi- mentos de quimioterapia pode não garantir o atendimento a crianças e, portan- to, torna-se necessário detalhar o grupo de atendimento a que se destina a ação, permitindo que ela tenha o impacto esperado. PROGRAMAÇÃO E A DEMANDA ESPONTÂNEA Definir as unidades de saúde ambulatoriais ou hospitalares para execu- ção dos procedimentos programados não é tarefa fácil, pois, se por um lado há toda uma discussão teórica de organização do sistema da saúde em função da gestão descentralizada, regionalização e hierarquização dos serviços, por outro há uma “organização” espontânea que ocorre de acordo com a credibi- lidade da unidade de saúde e acesso geográfico, nem sempre conhecida pelos gestores. Tendo em vista essas divergências entre o teórico e o prático, além da ampla discussão nos conselhos locais de saúde, é necessária a implementação de cen- trais de regulação, item discutido no capítulo de auditoria operacional deste manual, e a monitoração da demanda espontânea. Alguns distritos utilizam câmaras de compensação para monitorar a invasão no atendimento. Essa estra- tégia tem se mostrado eficiente quando os distritos da região encontram-se no mesmo modelo de gestão, e mesmo assim não tem sido possível incluir na câmara de compensação as unidades de referência estaduais e nacional, que em geral prestam atendimentos de custos mais elevados. Uma outra forma de monitorar a demanda espontânea e os usuários encami- nhados por outros distritos é a pesquisa nas bases de dados disponíveis pelo Sistema Único de Saúde. Com a rápida expansão dos recursos de informática, os gestores dos distritos têm acesso à rede BBS – Bulletin Board System, do Ministério da Saúde, onde se encontram disponíveis periodicamente arquivos com dados de atendimento ocorridos em qualquer unidade vinculada ao Siste- ma Único de Saúde, que em vários distritos aproximam-se de cem por cento dos atendimentos prestados à população. Com esses arquivos e aplicativo Tabwin, também disponível na BBS, o ges- tor terá o conhecimento de: • quanto e qual o perfil da evasão, em que serviço e distrito ocorre e o valor pago por esses atendimentos; • quanto e qual o perfil de invasão, em que serviço ocorre e o valor pago por esses atendimentos.
  • 144. 132 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE O recurso acima citado, por permitir conhecer o modelo assistencial informal, possibilita a constante atividade de reprogramação dos atendimentos necessá- rios e a reorganização, regionalização e hierarquização dos serviços de saúde. As bases de dados nacionais são instrumentos básicos da programação, mas infelizmente só são disponíveis, com informação de residência do cliente, os dados referentes a internações hospitalares. Alguns estudos mostraram que a inva- são/evasão dos atendimentos ambulatoriais de alta e média complexidade seguem o padrão do atendimento hospitalar, mas essa tendência pode ser característica da região, de acordo com a capacidade instalada, ou seja, dos serviços disponíveis. Por outro lado, invasão e evasão de serviços se alteram lentamente, pois dependem de investimentos na reorganização e credibilidade dos serviços. Dessa forma, é suficiente conhecer seu perfil a partir de análises anuais ou semestrais, desenvolvidas em processos de amostragens. Ao conhecer e monitorar as taxas de invasão e evasão dos atendimentos ambulatoriais e hospitalares, o gestor do distrito pode otimizar a utilização dos recursos financeiros disponíveis. Tem sido razoavelmente comum encontrar atendimentos de baixa ou média complexidade em hospitais universitários, que no modelo assistencial em geral devem responder por atendimentos de maior complexidade, com custo até 75% maior em decorrência de eles receberem o Fator de Incentivo de Desenvolvimento ao Ensino e Pesquisa Universitária. TERMINOLOGIA BÁSICA PARA A PROGRAMAÇÃO 1. Área de Abrangência Corresponde ao espaço geográfico em que a responsabilidade sobre a resolu- bilidade da questão da saúde, definida pelo modelo assistencial, está delegada a determinado distrito. Por exemplo: os serviços de saúde do distrito A têm sob sua responsabilida- de os prestadores de serviços aos usuários dos distritos A, B, C e D, e no perío- do “99” atendeu usuários dos distritos A, C, G e H. A área de abrangência do distrito A corresponde aos distritos A, B, C e D. Um distrito pode ter diferentes áreas de abrangência para diferentes serviços. Por exemplo: em patologia clínica, pode ter como área de abrangência só o próprio distrito, enquanto para radioterapia a abrangência pode ser um núme- ro maior de distritos. 2. Área de Influência Corresponde ao espaço geográfico de residência dos usuários atendidos no distrito. Por exemplo: os serviços de saúde do distrito A têm sob sua responsabilida- de os usuários dos distritos A, B, C e D e no período “99” atendeu usuários dos distritos A, C, G e H. A área de influência do distrito A corresponde aos distri- tos A, C, G e H.
  • 145. 133 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Há uma tendência de serviços de maior custo/complexidade ter uma área de influência maior que um serviço de menor custo/complexidade. 3. Área de Ocorrência Refere-se ao espaço geográfico em que a ação de saúde ocorre. Como espaço geográfico podem ser classificados os distritos, microrregião, região e unidade federada. Por exemplo: usuário residente no distrito A, atendido no hospital X, locali- zado no distrito B, temos o distrito B como área de ocorrência. 4. Área de Residência Refere-se ao espaço geográfico de residência do usuário, atendido na rede pró- pria, referenciada ou contratada, e que pode ter a mesma classificação que a área de ocorrência. Por exemplo: usuário residente no distrito A, atendido no hospital X, locali- zado no distrito B, temos o distrito A como área de residência. 5. Cobertura É a taxa de acesso de usuários potenciais ao serviço de saúde ou a programas específicos, com oferta sistematizada, proporcionada de forma contínua e em lugares geograficamente acessíveis. 6. Dados de coleta contínua Devem ser os dados utilizados para gerar indicadores quantitativos. Por exem- plo: para calcular a concentração de consultas por usuário no semestre, neces- sita-se do registro de todas as consultas realizadas no período. Porém, é possí- vel estimar um indicador quantitativo a partir de um registro efetivo de dados. Por exemplo: tendo o número de consultas médicas do primeiro semestre, podemos estimar o número de consultas médicas do ano e, conseqüentemen- te, o indicador anual. 7. Dados de coleta não-contínua São os dados coletados com o objetivo de traçar o perfil do atendimento ou de pesquisa de situações específicas e podem ser: • periódicos, que são os dados coletados em intervalos de tempo iguais; • ocasionais, que são os dados resultantes de experimentos, pesquisas ou investigações, sem a preocupação de continuidade ou periodicidade. Por exemplo: perfil de morbidade ou taxa de invasão. Nesses casos, a mudança no indicador depende de fatores que em geral envolvem mudanças organizacionais ou de comportamento e que, portanto, só ocorrem após um determinado período em que as ações de mudança foram desencadeadas. Utilizando o exemplo citado nos conceitos de área de abrangência e de influência, os usuários do distrito A só deixam de recorrer aos serviços do dis-
  • 146. 134 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE trito B quando uma unidade do distrito A passa a ter a resolubilidade de seu problema ou, por reorganização do modelo assistencial, muda-se a referência do distrito A para outro que não o B. Nesse exemplo, temos mudança organi- zacional da atenção prestada e do comportamento do usuário. 8. Incidência É o número de casos novos de doenças ou de outros fatos que ocorrem na população de determinada área de abrangência, dando uma idéia dinâmica do desenvolvimento do fenômeno. 9. Indicadores de avaliação de serviço ou epidemiológico Terão como base a data de atendimento do usuário. Nos casos de internações, será considerada a data de alta hospitalar. 10. Indicadores de avaliação ou acompanhamento financeiro Terão como base a data de pagamento do serviço prestado. 11. Estrutura Disponibilidade e distribuição dos recursos humanos, físicos, financeiros e orga- nizacionais estáveis para operação do processo de prestação de ações de saúde. Consideramos incluídos nesse item o sistema de referência e contra-referên- cia enquanto rede física necessária à resolubilidade dos problemas de saúde apresentados pelos usuários, ou seja, a estrutura que influi no processo e con- seqüentemente no resultado, mesmo não sendo possível afirmar que há rela- ção direta entre boas condições e resultado. 12. Processo As atividades desenvolvidas na relação entre profissionais e usuários, relaciona- das com a adequação das ações ao conhecimento técnico-científico vigente e/ou constantes nos protocolos de atendimentos adotados pela unidade de saúde. Também consideramos incluídos nesse item o sistema de referência e con- tra-referência enquanto processo para atingir a resolubilidade ou resultado. 13. Resultado A conseqüência e/ou impacto sobre as condições de vida e saúde dos usuários, incluindo o produto, que é o resultado material do processo, a ser verificado mediante análises das mudanças: • no estado de saúde dos usuários, atribuídas a cuidados prévios, ou seja, o efeito das ações e práticas de saúde implantadas; • relacionadas a conhecimentos e comportamentos tanto dos usuários como dos profissionais responsáveis pelo processo ou do modelo pro- posto, como no caso do sistema de referência e contra-referência; • satisfação do usuário decorrente do cuidado prestado.
  • 147. 135 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 14. Unidade porta de entrada É a unidade de saúde com atendimento nas especialidades médicas básicas – clí- nica médica, cirúrgica, gineco-obstétrica e pediátrica, responsável pelo primeiro atendimento do usuário no sistema de saúde e por sua entrada nesse sistema. 15. Sistema de referência É a estratégia de encaminhar usuários para serviços de maior complexidade, pre- viamente acordados, visando complementar a resolubilidade da unidade de saúde. 16. Sistema de contra-referência É o ato formal de encaminhamento do usuário à unidade de saúde que o refe- riu, após resolução da causa da referência. A contra-referência deve sempre ser acompanhada das informações necessárias ao seguimento do usuário na uni- dade de origem. CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS Na atividade de programação, o gestor do distrito pode recorrer à análi- se de parâmetros de serviços prestados, devendo para tanto emitir um juízo, elaborado a partir da comparação entre a situação encontrada e a situação pro- vavelmente ideal, sendo a situação ideal variável em decorrência do perfil de morbidade do usuário e da inserção da unidade no modelo assistencial, que pode ser retratada pela complexidade dos casos que atende. A seguir, apresentamos uma proposta de elaboração de parâmetros que per- mite a comparação de taxas entre as unidades da área de abrangência, identifi- cação de alertas, acontecimento não esperado pelo modelo implantado e defi- nição de interferência no processo, quando necessário. Gráfico para elaboração de parâmetro Taxa de solicitação de patologia clínica, atendimento ambulatorial, período “99” Média unidade D Alerta 1 unidade C Alerta 2 unidade B unidade A Seqüência 1 0 20 40 60 80 100 120 140 Fonte: Sistema de Informações do distrito
  • 148. 136 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Por ocasião da análise de indicadores realizada para elaboração de parâ- metros a serem utilizados na programação, o técnico deve identificar a taxa mé- dia do indicador em um conjunto de unidades que possuem condições seme- lhantes de atuação no modelo assistencial do distrito. Em seguida, identificar os dois pontos mais distantes da média a serem questionados. No caso utilizado como exemplo – taxa de solicitação de exames de patolo- gia clínica em atendimento ambulatorial, por unidade requisitante – identifica- mos as unidades B e C como os dois pontos de alerta. A taxa de 126% da uni- dade C permite inferir que há solicitações desnecessárias ou superfaturamento do exame e os 15% da unidade B estão muito abaixo da média e podem signi- ficar uma má qualidade no atendimento e /ou baixa resolubilidade. Utilizando a proposta acima, o gestor do distrito poderá constatar situações semelhantes a: • a unidade B é identificada para atender os casos de pronto atendimen- to, urgência ou emergência, no período noturno, sábados, domingos e feriados, quando as outras unidades de saúde do distrito não estão aten- dendo. Em casos mais graves, o paciente é internado e todo atendimen- to é registrado na internação e não no ambulatório. Em casos não urgen- tes, o paciente recebe um pronto atendimento e é contra-referenciado para a unidade básica de saúde, que solicita os exames necessários. Portanto, por sua inserção no modelo assistencial do distrito, está correta a taxa de solicitação de exames e 15% torna-se o parâmetro dessa unidade, e a alteração dessa taxa será um alerta a ser verificado. • a unidade C é identificada como uma unidade de maior complexidade do distrito, vinculada a uma faculdade de medicina e contando com a participação de alunos no acompanhamento dos atendimentos. Essa pode ser a primeira explicação para a alta taxa de solicitação de exames. Porém, o aprofundamento da análise poderá constatar, entre outras causas, que há sub-registro nas consultas médicas, o que eleva o indi- cador, e também solicitação desnecessária de exames, dado o atraso na entrega do resultado. O paciente retorna para a consulta, o resultado do exame não está no prontuário e o profissional solicita novos exames. Efetuadas as devidas correções, a taxa de solicitação de patologia clínica da uni- dade C pode ser recalculada em, por exemplo, 70%. Essa nova taxa passa a ser parâmetro desse indicador na unidade, caracterizando-se como ponto de alerta qualquer taxa muito acima ou muito abaixo de 70 exames a cada 100 consultas. A correção da taxa da unidade C implica a correção da taxa média do distri- to, que de 62% passa para 49% e permite identificar parâmetros de necessida- des de serviços a serem programados. A metodologia de comparação de taxas acima descrita deve ser desenvolvi- da entre unidades em condições semelhantes de capacidade instalada e inser-
  • 149. 137 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE ção no modelo assistencial, no mesmo período, e pode contar com a série his- tórica da própria unidade para ampliar a análise. A freqüência desse tipo de análise permite construir indicadores específicos para o prestador. ONDE PROGRAMAR A prioridade é sempre programar em unidades próprias e para tanto é necessário basicamente estabelecer sua capacidade potencial, vinculada ao perfil de atendimento, principalmente quanto às atividades programadas, que podem contemplar parâmetros específicos e diferentes dos atendimentos não- programáticos. Os indicadores utilizados nessa atividade foram descritos ante- riormente neste manual. Após a utilização da capacidade potencial das unidades próprias, o gestor do distrito, mediante rotinas descritas no manual Gestão de Recursos Materiais e Medicamentos, passa a programar a execução de procedimentos em serviços conveniados e/ou contratados, tendo como instrumentos: • a ficha de programação físico-financeira que é parte integrante do contra- to e onde constam detalhadamente os procedimentos a serem executa- dos, podendo inclusive definir o grupo de clientes que terá acesso ao ser- viço. Por exemplo: quimioterapia em criança ou exame X em gestantes; • o cadastro da unidade no sistema de informação de acompanhamento dos procedimentos realizados e onde consta o nível de complexidade que o serviço está autorizado a executar. A programação estabelece a quantidade de procedimentos que a unidade de saúde irá executar, estando cadastrada para tanto e não o contrário, quando uma unidade cadastrada para procedimentos de alta complexidade se sente no direito de executar tais procedimentos. O gestor do distrito, sempre que necessário, poderá ampliar os dados cadas- trais visando à monitorização da programação, utilizando, por exemplo, os roteiros descritos neste manual. Em geral, essa ampliação se torna necessária para procedimentos de alto custo e para clientes de grupos específicos. Atual- mente, o Ministério da Saúde ampliou o cadastro para clientes em terapia renal substitutiva. A execução da programação pode estar vinculada à prévia autorização do procedimento e, no caso de não ser centralizada em uma única Central de Regulação do distrito, torna-se necessário o cadastro das unidades e/ou profis- sionais responsáveis pela autorização e para os quais há de se ter rotinas siste- matizadas de atualização dos procedimentos programados e unidades de saú- de autorizadas para a execução. Em resumo, a programação representa a necessidade de procedimentos para causar um impacto positivo nas condições de saúde da população do distrito e
  • 150. 138 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE deve estar vinculada ao contrato com a unidade de saúde e aos sistemas de informações que processam os dados de produção. MONITORIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E A REPROGRAMAÇÃO A monitorização da programação deve ser uma atividade contínua e sis- tematizada, visando à reprogramação dos serviços prestados, e garantir o resul- tado almejado por grupos de procedimentos programados, podendo ocorrer através de: • Central de Regulação ou outras instâncias de autorização dos procedi- mentos programados; • análise do banco de dados do sistema de informação local do distrito; • pesquisas periódicas de invasão e evasão ambulatorial; • análise de bancos de dados nacionais, através de aplicativos de domí- nio público, tais como o Epi-Info ou Tabwin; • análise complementar de sistemas de informações referentes às condi- ções sócio-econômicas e do meio ambiente.
  • 151. 139 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Visualização das interfaces do processo de programação Processo de Planejamento Reprogramação Programação Reprogramação Convênios Contratos Cadastros Conveniados Próprios Contratados Central de Regulação Atendimentos Tabwin Hospitalar Ambulatorial Domiciliar Indicadores Quantitativos Perfil Municipal Eventos a serem monitorados Meio Indicadores Ambiente Qualitativos Perfil Auditoria Sócio-Econômico Operacional Processo de Planejamento
  • 152. 140 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE ANEXO Grupos de procedimentos Afecções das vias aéreas superiores Afecções do aparelho digestivo – AIDS Afecções do sistema nervoso – AIDS Afecções do sistema respiratório – AIDS Afecções osteoarticulares Afecções otológicas Afecções pulmonares Afecções respiratórias da criança Anemia aplástica e agranulocitose Anemias carenciais Anemias hemolíticas Anestesia Angina instável Anomalias congênitas do aparelho digestivo Anomalias congênitas do aparelho respiratório Anomalias congênitas do recém-nascido Atendimento de pacientes fora de possibilidade terapêutica Biópsias cirúrgicas Choque anafilático Cirurgia oncológica com ressecção de tumor ósseo (com utilização de prótese) Cirurgia de cardiopatia congênita com uso de extracorpórea Cirurgia de cardiopatia congênita sem uso de extracorpórea Cirurgia da bexiga Cirurgia da boca e face Cirurgia da bolsa escrotal Cirurgia da faringe Cirurgia da mama Cirurgia da paratireóide Cirurgia da parede torácica Cirurgia da pele e tecido subcutâneo Cirurgia da próstata e vesículas seminais Cirurgia da supra-renal Cirurgia da tireóide Cirurgia da traquéia Cirurgia da uretra Cirurgia da vagina Cirurgia da vulva Cirurgia das artérias e veias Cirurgia das trompas
  • 153. 141 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Cirurgia do abdome Cirurgia do ânus Cirurgia do coração e pericárdio Cirurgia do cordão espermático Cirurgia do esôfago Cirurgia do estômago Cirurgia do fígado e vias biliares Cirurgia do mediastino Cirurgia do nariz Cirurgia do olho Cirurgia do ouvido Cirurgia do ovário Cirurgia do pâncreas Cirurgia do pâncreas e baço Cirurgia do pavilhão auricular Cirurgia do pênis Cirurgia do rim e bacinete Cirurgia do sistema linfático Cirurgia do sistema simpático Cirurgia do testículo Cirurgia do timo Cirurgia do tórax Cirurgia do ureter Cirurgia do útero Cirurgia dos intestinos Cirurgia múltipla Cirurgia na cintura escapular Cirurgia obstétrica Cirurgia oncológica Cirurgia ortopédica e traumatológica da face Cirurgia urológica por endoscopia Colagenoses Cólica nefrética Concussão – contusão cerebral Crise asmática Crise de hipóxia em cardiopatia congênita Desnutrição protéico-calórica de segundo grau Desnutrição protéico-calórica de terceiro grau Diabetes Diagnóstico de tumores malignos Diagnóstico e/ou primeiro atendimento Disfunção tireoidiana Disfunções supra-renal, hipofisária e da paratireóide
  • 154. 142 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Doença reumática ativa sem cardite Doenças bacterianas específicas Doenças degenerativas e hereditárias do SNC Doenças disseminadas – AIDS Doenças dos histiócitos e plasmócitos Doenças virais específicas Emergência hipertensiva Encefalites e mielites Endocardite bacteriana Endoscopias: biópsias, excisão, corpo estranho Enterocolopatias não-infecciosas Enteroinfecções abaixo de 1 ano Enteroinfecções acima de 1 ano Enucleação bilateral para transplante Enxerto ósseo vascularizado Epilepsias Esclerose múltipla e outras doenças desmielinizantes Estimulação cardíaca provisória Estudo eletrofisiológico Hemofilias e outros defeitos de coagulação Hemorragia da gestação, parto e puerpério Hemorragias digestivas Hipertensão da gestação, parto e puerpério Hipertensão intracraniana a esclarecer Implante dentário osteointegrado Implante osteointegrado extra-oral Infarto agudo do miocárdio Infecções causadas por espiroquetas Infecções do aparelho geniturinário Infecções do parto e puerpério Infecções parasitárias específicas Infecções por clostrídios Infecções por protozoários Infecções sistêmicas Insuficiência cardíaca Insuficiência hepática com ou sem hipertensão portal Insuficiência respiratória Intercorrência pós-transplante Internação em psiquiatria Intoxicações exógenas e envenenamentos Leucose linfoblástica Leucose não-linfoblástica Lumbago
  • 155. 143 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Marcapassos – instalação Marcapassos – troca de gerador Meningite Miocardites e pericardites Miopatias Nefropatias agudas Nefropatias crônicas Nefroureterectomia bilateral para transplante Nefroureterectomia unilateral para transplante Neurocirurgia Neurocirurgia da coluna vertebral Neuropatias periféricas Obstrução intestinal Orquite e epididimite Outras afecções do período neonatal Outras afecções pleuropulmonares e do mediastino Outras doenças do sangue e órgãos hematopoiéticos Politraumatismo Prematuridade Procedimentos diversos Processos inflamatórios abdominais Punções: biópsias, esvaziamento Púrpura e outros distúrbios plaquetários Queimados Radioterapia cirúrgica Redução incruenta de fraturas e luxações Reimplante Reparação de lesão do plexo braquial Retalho microcirúrgico Retirada de corpo estranho Retirada de múltiplos órgãos e enucleação bilateral Retirada de prótese Retransplante de coração Retransplante de fígado Retransplante de pulmão Revisão de coto amputado Revisão e/ou reconstrução de joelho Revisão e/ou reconstrução de quadril RN com múltiplas malformações e/ou aberrações crônicas Transplante de coração Transplante de fígado Transplante de medula óssea Transplante de pulmão
  • 156. 144 AUDITORIA, CONTROLE E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Transplante renal Transplante renal – equipe nefrológica Transplante renal receptor Transtornos cardíacos do ritmo e da condução Transtornos do esôfago, estômago e duodeno Transtornos do metabolismo Transtornos hidroeletrolíticos e ácido-básicos Tratamento cirúrgico da articulação escápulo-umeral Tratamento cirúrgico de fraturas no tórax Tratamento cirúrgico do fêmur Tratamento cirúrgico da articulação coxofemoral Tratamento cirúrgico da articulação do joelho Tratamento cirúrgico da articulação do tornozelo Tratamento cirúrgico da articulação escápulo-umeral Tratamento cirúrgico da cintura pélvica Tratamento cirúrgico da coluna vertebral Tratamento cirúrgico da mão Tratamento cirúrgico da perna Tratamento cirúrgico do antebraço Tratamento cirúrgico do braço e úmero Tratamento cirúrgico do cotovelo Tratamento cirúrgico do pé Tratamento cirúrgico do punho Tratamento cirúrgico dos músculos Tratamento cirúrgico dos músculos e tendões Tratamento clínico de fraturas Tratamento clínico de traumatismo raquimedular Tratamento clínico de tumores malignos Tratamento clínico em obstetrícia Tratamento com quimioterapia antiblástica para tumores Tratamento conservador de fraturas Tratamento conservador de osteomielite e artrite Tratamento conservador em serviço de neurocirurgia Tratamento da AIDS Tratamento da AIDS – fase terminal Tratamento da AIDS em hospital-dia Tratamento da tuberculose Tratamento de epilepsia Tratamento em psiquiatria em hospital-dia Tratamento em reabilitação Tratamento ortodôntico em lesões labiopalatais Traumatismo crânio-encefálico Traumatismo interno com lesão visceral
  • 157. 145 PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Traumatismo raquimedular Tumores ósseos Uropatias obstrutivas Valvoplastia e angioplastia cardíacas Vasculopatias agudas
  • 158. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALEMAN,G.; L. Ducci e M.L. Moreira. Informações, Controle e Avaliação do Atendimento Hospitalar SUS, Brasília, OPAS/OMS, 1995 (série Desenvolvimento de Serviços de Saúde nº 14). CASTELAR,R.M.; P. Mordelet e V. Grabois. Gestão Hospitalar - Um Desafio para o Hospital Brasileiro, Editions ENSP, 1995. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Controle, Avaliação e Auditoria: Atos Normativos, [organizado por Deildes de Prado et al.] Brasília, 1996. Guia para el Diagnóstico de Farmacias y Servicios Farmaceuticos en las Unidades de Salud, OPS, 1992. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instrumento de Avaliação para Centros e Postos de Saúde, Brasília, 1985 (série Normas e Manuais Técnicos). MALIK, Ana Maria. Manual de Acreditação Hospitalar, São Paulo (mimeografado) SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Manual de Apresentação do Sistema de Central de Vagas, versão 1:00, Marília, 1997 (mimeografado). SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ. Manual de Funcionamento das Cen- trais de Leito e Informações Complementares, Curitiba, março de 1997 (mimeografado). SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Manual de Preenchimento da Ficha Cadastral de Estabelecimentos de Saúde, São Paulo, 1997 (mimeografado). MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Sistema de Informação Ambulatorial, Brasília, 1996 (mimeografado). MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Sistema de Informação Hospitalar, Brasília, 1996 (mimeografado). Manuais Operativos Paltex, Washington, OPS, 1996, volume II D.C. NETO, Benedito Rodrigues Rosa. Instrumento de Avaliação Hospitalar. São Paulo, 1987 (mimeografado). MINISTÉRIO DA SAÚDE. Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, Brasília, 1994 (série Saúde & Tecnologia). NOVAES, H.M. e PAGANINI, J.M. Padrões e Indicadores de qualidade para hospitais, Brasília, OPS/MAS, 1994 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Roteiro de Visita Ambulatorial, Brasília, (mimeografado). MINISTÉRIO DA SAÚDE. Roteiro de Visita Hospitalar, Brasília, (mimeografado).
  • 159. OS AUTORES GILSON CALEMAN Médico sanitarista, especialista em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde pelo Pro- grama de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde da Fun- dação Getúlio Vargas (PROAHSA – FGV), professor da Faculdade de Medicina de Marília, diretor-geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília. e-mail: gilson@famema.br MARIZÉLIA LEÃO MOREIRA Socióloga, pesquisadora e consultora técnica das áreas de Informação e Avaliação de Serviços da Saúde, diretora do Centro Técnico Normativo do Grupo Técnico Normativo de Auditoria e Controle da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. e-mail: mmoreira@saude.sp.gov.br MARIA CECÍLIA SANCHEZ Médica sanitarista, mestranda em Saúde Pública na Faculdade de Saúde Pública da Universi- dade de São Paulo (FSP – USP), assistente técnica de coordenação da Coordenadoria de Saúde do Interior da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Endereço para correspondência: Av. Dr. Arnaldo, 351 – 5º andar – sala 501 – São Paulo/SP – CEP 01246-904