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http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/a-distribuicao-populacao-mundial.htm http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t131.asp http://www.slideshare.net/rogeriosil/fluxos-migratrios-na-atualidade-150243 http://clientes.netvisao.pt/carlhenr/9ano4.htm http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89101997000200014&script=sci_arttext Objetivos: Levar o aluno a identificar aspectos importantes da dinâmica demográfica, relacionando dados, informações e taxas relativas a essa dinâmica. Conceituar os diferentes indicadores demográficos e caracterizar regiões e países populosos e povoados. Identificar os diferentes aspectos e fatores que determinam a mobilidade da população e seus diferentes tipos. Reconhecer as principais teorias demográficas e seu momento histórico. Entender as principais consequências dos problemas populacionais como desemprego, trabalho infantil etc. Analisar as diferentes características dos principais gráficos demográficos, dentre eles a  pirâmide   populacional .
Conceitos fundamentais Demografia  é o estudo da dinâmica da população humana. O termo se origina das palavras gregas  demo  = povo e  grafia  = descrição. População relativa ,  densidade populacional  ou  densidade demográfica  é a relação entre o número de habitantes e a área do território que ocupam, geralmente expressa em habitantes por quilômetro quadrado (hab/km 2 ). Uma área é  superpovoada  quando as necessidades da população excedem ou ameaçam a capacidade de suporte do meio ambiente, considerando, por exemplo, a disponibilidades de recursos naturais. População absoluta  é o número total de habitantes de um lugar (país, cidade etc.). Superpovoamento  é o descompasso entre as condições sócio-econômicas da população e a área que ela ocupa. Ele não depende só da densidade demográfica mas, principalmente, das condições de vida da população. Alguns países com grande densidade demográfica podem não ser considerados superpovoados, enquanto outros com baixa densidade sim. O termo  populoso  considera a população absoluta, número total de habitantes, já o termo  povoado  leva em conta também como as pessoas se distribuem no território, pois, os fatores naturais são muito importantes para a ocupação humana.
Populoso ou povoado? Na lista dos países mais populosos, o  Brasil  aparece em quinto lugar, atrás da  China ,  Índia ,  Estados Unidos  e  Indonésia , porque a população absoluta do Brasil é bastante elevada. Quando se diz que um país é muito povoado isso significa que ele tem muitos habitantes por quilômetro quadrado. No  Brasil  a população não está bem distribuída por seu território, algumas regiões concentram muito mais gente que outras regiões. Por isso o Brasil não está nem entre os dez países mais povoados do mundo. Essa lista é liderada por  Bangladesh ,  Taiwan , Coréia do Sul,  Holanda  e  Japão . Na China, pessoas disputam um lugar em praia de Qingdao, na região leste do país
A coleta das informações Recenseamento  ou censo : corresponde á coleta periódica de dados estatísticos dos habitantes de um determinado local. No Brasil os recenseamentos são feitos de 10 em 10 anos, o último foi feito em 2002 pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão estatal. Sua página na Internet é  www.ibge.gov.br . Taxa de natalidade : corresponde a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado em geral é expresso por mil. N.º de nascimentos X 1000 / população absoluta = taxa de natalidade A natalidade é ligada a vários fatores como por exemplo qualidade de vida da população, ou ao fato de ser uma população rural ou urbana.  Taxa de mortalidade : corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado é expresso por mil. N.º de óbitos X 1000  = taxa de mortalidade População absoluta
Indicadores  demográficos   Taxa de fecundidade  é a média de filhos por mulher na idade de reprodução (se inicia aos 15 anos). Em países como o Brasil é comum meninas abaixo dessa idade terem filhos, o que distorce esse indicador. Na década de 70 a taxa de fecundidade no Brasil era de 5,8 filhos por mulher, em 1999 esse número caiu para 2,3. Isso reflete a mudança que vem ocorrendo no Brasil em especial com a urbanização e com a entrada da mulher no mercado de trabalho, o que tem contribuído com a redução significativa da taxa de natalidade e por conseqüência da  taxa de fecundidade  (vídeo). Taxa de mortalidade infantil  corresponde ao número de crianças de 0 a 1 ano que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas. No Brasil vem ocorrendo uma redução gradativa dessa taxa, apesar de ela ainda ser muito elevada se comparada a países desenvolvidos. Em 1999 ela era de 34,6 por mil ou 3,46%. As regiões brasileiras apresentam realidades diferentes. O Nordeste apresenta as maiores taxas de mortalidade infantil, sendo em 1999 de 53 por mil ou 5,3%, ou seja acima da média nacional. Expectativa de vida  corresponde a quantidade de anos que vive em média a população de uma região ou país. Este é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos países. No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado, em 1999 as mulheres viviam em média 72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento na expectativa também se deve a melhorias na qualidade médico sanitária da população em virtude do processo de urbanização.
O crescimento da população Crescimento demográfico ou populacional é a variação do número de indivíduos de uma população, em certo período de tempo. Pode ser expresso em números absolutos, sob a forma de índice ou percentagem.  O crescimento populacional contém um componente vegetativo ou natural (diferença entre nascimentos e óbitos) e um componente migratório (diferença entre a entrada e a saída de pessoas de um território). Se há redução da população, pode-se dizer também que houve crescimento negativo (taxas de crescimento negativas). As taxas de crescimento podem ser declinantes, embora positivas. Isto significa que a população está crescendo menos (não está diminuindo). Fertilidade  é o número de mulheres que podem ter filhos dentro de uma determinada área.  Fecundidade  é o número de filhos por mulher.  As populações podem ser estudadas por diversas ciências e sob múltiplos aspectos (dinâmica populacional, distribuição por sexo e faixa etária, nível de instrução, comportamento reprodutivo, mortalidade etc.) e com diversas finalidades.
A concentração da população no mundo  Esse total se encontra disperso de forma irregular, isso quer dizer que em determinados lugares há uma enorme concentração populacional enquanto outros são pouco povoados. O continente mais populoso é a Ásia que responde por cerca de 60% do total da população mundial, somente a China, a Índia e a Indonésia representam um elevado contingente, cerca de 2,6 bilhões de habitantes, quase a metade da população do planeta. Por outro lado, a Oceania tem apenas 0,5% da população mundial.  De acordo com o relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em agosto de 2008, a população mundial em julho desse ano alcançou a marca de 6,7 bilhões de pessoas.  Europa
Os quinze países mais populosos do mundo País  N o  de Habitantes(2007) República Popular da China  1.321.852.000 Índia   1.129.866.673  Estados Unidos   301.139.947 Indonésia  234.693.997  Brasil 190.010.647  Paquistão 164.741.924  Bangladesh 150.448.339  Rússia 141.377.752  Nigéria 135.031.164  Japão 127.433.494  México 108.700.891  Filipinas   91.077.287  Vietnã    85.262.356  Alemanha    82.400.996  Egito    80.335.036
As migrações A mobilidade é uma característica de praticamente todo ser vivo. As migrações são movimentos horizontais (deslocamentos) que tendem ao equilíbrio demográfico. Há uma interdependência entre estes movimentos e os movimentos verticais (crescimento natural - condicionados pela natalidade e mortalidade), sendo que, à medida que se acentuam os desequilíbrios demográficos regionais, maior é a tendência para que as populações efetuem movimentos migratórios. Migração diária ou pendular é o tipo de migração das grandes cidades em que milhões de trabalhadores saem todas as manhãs de sua casa em direção ao trabalho e retornam ao final do dia. Os momentos de maior aglomeração de pessoas são chamados de  rush.  Isso se dá em virtude da  periferização  dos trabalhadores que muitas vezes moram a vários quilômetros de distância de seu trabalho, em alguns casos até mesmo em outras cidades que passam a ser chamadas de cidades dormitório. Nesse tipo de migração está incluído o  commuting , movimentação diária de pessoas que moram em um país e trabalham  ou vão buscar serviços em outro, os chamados transfronteiriços ou  commuters .
Correntes migratórias
Novos fluxos migratórios Os países europeus encontravam-se destruídos pelo conflito e procuravam a sua reconstrução e dinamizar sua economia. Porém, havia obstáculos; os fluxos migratórios anteriores tinham "esvaziado" a Europa de jovens e adultos. Por outro lado, as duas guerras mundiais destruíram muitas vidas humanas, adultos e jovens, por isso a população europeia, além de reduzida, estava envelhecida. Deste modo, a falta de mão-de-obra era o maior obstáculo à reconstrução. Nessa época (cerca de 1950), muitos países mediterrâneos, ou que não entraram diretamente nos conflitos, possuíam uma economia pouco desenvolvida,  sobretudo agrícola e, portanto, incapaz de absorver essa mão-de-obra toda, originando nesses países, muito desemprego e salários reduzidos.  Após o fim da II Guerra Mundial, houve uma retomada dos fluxos migratórios,  mas com outra direção.
Formas das migrações  MIGRAÇÕES  Duração Espaço temporárias Controle clandestinas êxodo rural êxodo urbano intracontinentais intercontinentais internas externas definitivas legais voluntárias forçadas Forma
Causas ou motivos das migrações         Econômicas:  As principais causas de migração. Resultam normalmente da diferença de desenvolvimento socioeconômico entre países. Migra-se para assegurar noutros locais melhor nível de vida, melhores salários e condições de trabalho menos pesadas. Naturais:  de modo geral este motivo leva a migrações forçadas por causas naturais como cheias, terremotos, secas, vulcões etc.  Turísticas : Envolvem pessoas em determinadas épocas (ou estações) do ano. Uma forma de migração sazonal que acontece em férias de Verão, Natal, Páscoa etc.  Laborais : Acontecem por motivos profissionais e podem ser sazonais e temporárias.  Políticas : Migrações externas devidas a mudanças nos governos de países que forçam alguns habitantes a saírem de seu país. Exemplo, quando da independência de países africanos (Angola, Moçambique, Guiné), muitos portugueses tiveram de migrar; os franceses em Marrocos, Argélia, Indochina ou os ingleses na  ex-Rodésia  (Zimbabue).  Étnicas:  muitas vezes confundidas com racismo têm mais a ver com diferenças entre culturas e povos. Recentemente, na ex-Iugoslávia, muitos povos se viram forçados a emigrar por pertencerem a outra cultura.  Religiosas : há migrações cujo objetivo é um determinado centro de fé, conforme a religião de cada indivíduo. Exemplos, as peregrinações a Fátima, Santiago de Compostela (Espanha), Lourdes (França) e Meca (Arábia). A religião muçulmana obriga seus crentes a ir a Meca, ao menos uma vez, ao túmulo do Profeta.  Culturais : poucos consideram este motivo uma causa de migração, mas, há muitas pessoas que vão a outros países com o objetivo de adquirir conhecimento. Para um curso de pós graduação ou doutoramento.
As Teorias Demográficas A Lei de Malthus ou Malthusianismo No fim do século XVIII o pastor anglicano  Thomas  Malthus   lançou sua teoria que dizia que a existência da miséria e das enfermidades sociais seria consequência do descompasso entre a capacidade de produção de alimentos, que se daria numa  progressão aritmética , e o crescimento populacional, que se daria numa  progressão geométrica . Malthus  chegou a propor que só deveriam ter filhos os que pudessem criar, e que os pobres, em decorrência disso, não deveriam tê-los. Além disso, defendia a tese de que o estado não deveria dar assistência a saúde das populações pobres. Para ele, se não acontecessem " obstáculos positivos ", como guerras, epidemias , que causassem grande mortandade, o desequilíbrio entre a produção de alimentos e o crescimento populacional, geraria o caos total. Malthus  errou, pois a tecnologia possibilitou um aumento exponencial na produção de alimentos que hoje são produzidos a taxas superiores às do crescimento populacional. Além disso, temos verificado uma tendência à  estabilização do crescimento populacional  nos países desenvolvidos, além de uma desaceleração do crescimento em grande parte dos países subdesenvolvidos, especialmente nas últimas décadas. Com isso, podemos concluir que, se há fome no mundo e no Brasil hoje, isso não se deve a falta de alimentos ou ao excesso de pessoas, mas a má distribuição e destinação dos mesmos.
Neomalthusianismo Após a 2ª Guerra Mundial, o crescimento populacional acelerado nos países subdesenvolvidos, fez despertarem os adeptos de Malthus, os chamados de  neomalthusianos. Segundo eles, a pobreza e o subdesenvolvimento seriam gerados pelo grande crescimento populacional e, em virtude disso, seriam necessárias drásticas políticas de controle de natalidade que se dariam por meio do planejamento familiar. Muitos países subdesenvolvidos adotaram essas políticas antinatalistas, mas, com exceção da China onde a natalidade caiu pela metade em quarenta anos, nos outros praticamente não surtiu efeito. Hoje em dia existem também os chamados  ecomalthusianos,  que defendem a tese de que o rápido crescimento populacional geraria enorme pressão sobre os recursos naturais e, em conseqüência, sérios riscos para o futuro.  No Brasil nunca aconteceu um controle de natalidade rígido por parte do Estado, mas, a partir da década de 70, o governo brasileiro passou a apoiar programas desenvolvidos por entidades nacionais e estrangeiras, como a  Fundação Ford , que visavam o controle de natalidade no país.
Os reformistas ou marxistas Diferentemente do que defendiam os neomalthusianos, os demógrafos marxistas consideram que é a própria miséria a responsável pelo acelerado crescimento populacional. Por isso defendem reformas sócio-econômicas que possibilitem a melhoria do padrão de vida das populações dos países menos desenvolvidos. Isso acarretaria o planejamento familiar espontâneo e, assim, a redução das taxas de natalidade e do crescimento vegetativo, como ocorreu em vários países hoje desenvolvidos.
Estrutura ocupacional Com base na estrutura ocupacional a população de um país pode ser dividida em dois grupos: População economicamente ativa (PEA ) : são as pessoas que trabalham em um dos setores formais da economia ou que estão a procura de emprego. Subdivide-se em, desempregados e população ocupada. População economicamente inativa (PEI): é a parcela da população que não está empregada como crianças, velhos, deficientes, estudantes etc., ou que não exercem atividades remuneradas como donas de casa. Esse camada da sociedade demanda investimentos sociais e é bancada pela população ativa.
Desemprego e subemprego Hoje um grande problema enfrentado pela maioria dos países é o desemprego. Ele acontece não só em países em desenvolvimento mas também em países muito desenvolvidos. O desemprego se divide em dois tipos fundamentais: Desemprego conjuntural é o decorrente de crises econômicas, nas quais a oferta de empregos e os postos de trabalho diminuem. Desemprego estrutural ou tecnológico é o que está ligado a estrutura produtiva e aos  avanços tecnológicos  introduzidos na produção, em substituição da mão de obra humana, como o que é gerado pela  robótica . Além do desemprego, é comum hoje a existência dos chamados subempregos, onde o trabalhador além de trabalhar na maioria das vezes em condições precárias, ganha baixíssimos salários e não tem nenhuma garantia legal. Esse tipo de atividade é muito comum hoje em países subdesenvolvidos como o Brasil, onde o número de  subempregados  é enorme, e grande parte da população depende do trabalho dessas pessoas.
Trabalho infantil Além do fato de a juventude ser a mais afetada pelo desemprego, existe nos países subdesenvolvidos o problema do trabalho infantil, resultado dos problemas econômicos e sociais enfrentados por esses países, onde crianças precisam trabalhar para ajudar na renda familiar. Geralmente, as condições de trabalho em que se encontram essas crianças é de completa insalubridade. Além disso, há o abandono dos estudos gerado por esse tipo de problema.  No Brasil o número de crianças que trabalham é grande. Isso se deve ao fato de grande parte dos chefes de famílias brasileiras não terem condições de arcar sozinhos com os gastos familiares. É comum alguns adultos se aproveitarem das crianças, fazendo com que elas trabalhem enquanto eles próprios não o fazem.
A mulher e o mercado de trabalho. Apesar de crescente, a participação das mulheres no mercado de trabalho não tem produzido, ainda, melhorias das condições de vida. Pesquisas mostram que com o aumento de lares liderados por mulheres, houve uma redução na renda familiar. Em razão do fato de as mulheres, em média, ganharem salários mais baixos que os homens para desempenharem as mesmas funções. As causas que estão por trás deste fato são: a herança patriarcal de nossa sociedade; o machismo ainda presente no nosso dia-a-dia; a desvalorização do trabalho doméstico; o preconceito que coloca a mulher como sexo frágil. Além dos menores salários, do preconceito e do machismo, as mulheres ainda tem que enfrentar as jornadas duplas ( trabalho e casa ) ou triplas ( casa, trabalho e estudos ). Também é a mulher a maior vítima da  violência doméstica , em geral praticada por maridos violentos. Mesmo com essas dificuldades, as mulheres vem avançando em seus direitos, por exemplo, o fato de a maioria dos universitários brasileiros serem mulheres.
A pirâmide etária Gráfico populacional que considera a estrutura sexual da população ( homens e mulheres ) e as faixas etárias - 0 à 19 anos jovens, 20 à 59 adultos, e 60 ou + anos idosos. Na base há uma escala que mede as quantidades de pessoas, verticalmente, outra escala onde se sucedem as faixas etárias de 0 a 80 ou mais anos. A estrutura da pirâmide é a seguinte: As faixas etárias da base da pirâmide corresponde às crianças e  jovens; As do meio da pirâmide corresponde aos adultos, e O topo ou ápice: corresponde aos idosos. A análise das pirâmides nos permite verificar a situação de desenvolvimento ou subdesenvolvimento dos países representados. Exemplo: uma pirâmide de base larga indica grande crescimento vegetativo; o topo estreito, indica baixa expectativa de vida, o que nos faz concluir que essa seja de um país subdesenvolvido. Por outro lado, uma base mais estreita, indica pequeno crescimento vegetativo; um topo mais largo, indica grande expectativa de vida, o que nos leva a concluir que seja um país desenvolvido. A análise das pirâmides etárias é de fundamental importância para os estudos das populaçôes. No Brasil, temos verificado uma mudança na pirâmide etária. Esta tem se alargado no topo e estreitado na base. Essas mudanças decorrem, principalmente, da urbanização, que mudou significativamente o modo de vida de grande parte dos brasileiros, mormente, com relação aos filhos, e também garantiu avanços fundamentais nas condições médico-sanitárias da população.
Diferentes perfis demográficos 34 .                                                                                                                                                            Análise de pirâmides etárias: Na análise de uma pirâmide etária deve fazer-se sempre: Uma  introdução  que refira à escala de análise (país, região, estado etc), à fonte e ao ano da informação; Uma análise geral  que apresente as principais características: a)      análise da base (estreita, larga, se tem diminuído ou aumentado); b)      análise do topo ( se comparativamente com a base é largo ou estreito); c)      as diferenças entre os sexos. Uma analise pormenorizada  que explique as características da pirâmide em relação à : a) natalidade; b) mortalidade; c) esperança média de vida; d) acidentes demográficos (guerras migrações, epidemias etc).   Finalmente, uma  conclusão  que classifique a população em: a)      jovem; b)      jovem com tendência para envelhecer; c)      adulta; d)      envelhecida; e)      envelhecida com tendência para rejuvenescer.
DINÂMICA DEMOGRÁFICA BRASILEIRA   (1970-2000) Existem quatro tipos de pirâmides etárias, classificadas quanto à sua forma:   - Pirâmide jovem ou crescente:  Base larga e topo estreito, país pouco desenvolvido com TN elevada e baixa EMV. - Pirâmide adulta ou em transição:  Zona central tão larga quanto a base, país em desenvolvimento com uma ligeira quebra na TN.  -Pirâmide idosa ou decrescente:  Base estreita e Topo largo, país desenvolvido, baixa TN e elevada EMV. -Pirâmide em rejuvenescimento:  Idêntica à Idosa com ligeiro aumento na largura da base, fruto das políticas de natalidade.
A EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA ETÁRIA
A evolução de alguns indicadores brasileiros Note-se, a partir da década de 60 a curva declinante da mortalidade, do crescimento vegetativo e da fecundidade (esta bem acentuada), enquanto a expectativa média de vida e a proporção de idosos entra em ascensão.
Indicadores socioeconômicos, trabalho e distribuição de renda brasileiros  (2006) Indicadores socioeconômicos gerais PEA – População Economicamente Ativa 46,9% (87,3 milhões de habitantes) PEA - setor primário (agronegócio e extrativismo) 21% PEA - setor secundário (indústria) 19% PEA - setor terciário (serviços, comércio, sistema financeiro etc) 60% Renda  per capita  (em reais) 9.743 Renda  per capita  (em dólares PPP – paridade de poder de compra) 8 020 Renda  per capita  (em dólares) 3 300 Índice de desemprego (PEA brasileira)   9% Índice de desemprego (PEA da Região Metropolitana de São Paulo) 16,9% Trabalhadores com carteira assinada 32,9% Trabalhadores sem carteira assinada 24,1% Trabalhadores por conta própria 21,8% Participação dos salários no PIB 37%

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Aula1.8a

  • 1. http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/a-distribuicao-populacao-mundial.htm http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t131.asp http://www.slideshare.net/rogeriosil/fluxos-migratrios-na-atualidade-150243 http://clientes.netvisao.pt/carlhenr/9ano4.htm http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89101997000200014&script=sci_arttext Objetivos: Levar o aluno a identificar aspectos importantes da dinâmica demográfica, relacionando dados, informações e taxas relativas a essa dinâmica. Conceituar os diferentes indicadores demográficos e caracterizar regiões e países populosos e povoados. Identificar os diferentes aspectos e fatores que determinam a mobilidade da população e seus diferentes tipos. Reconhecer as principais teorias demográficas e seu momento histórico. Entender as principais consequências dos problemas populacionais como desemprego, trabalho infantil etc. Analisar as diferentes características dos principais gráficos demográficos, dentre eles a pirâmide populacional .
  • 2. Conceitos fundamentais Demografia é o estudo da dinâmica da população humana. O termo se origina das palavras gregas demo = povo e grafia = descrição. População relativa , densidade populacional ou densidade demográfica é a relação entre o número de habitantes e a área do território que ocupam, geralmente expressa em habitantes por quilômetro quadrado (hab/km 2 ). Uma área é superpovoada quando as necessidades da população excedem ou ameaçam a capacidade de suporte do meio ambiente, considerando, por exemplo, a disponibilidades de recursos naturais. População absoluta é o número total de habitantes de um lugar (país, cidade etc.). Superpovoamento é o descompasso entre as condições sócio-econômicas da população e a área que ela ocupa. Ele não depende só da densidade demográfica mas, principalmente, das condições de vida da população. Alguns países com grande densidade demográfica podem não ser considerados superpovoados, enquanto outros com baixa densidade sim. O termo populoso considera a população absoluta, número total de habitantes, já o termo povoado leva em conta também como as pessoas se distribuem no território, pois, os fatores naturais são muito importantes para a ocupação humana.
  • 3. Populoso ou povoado? Na lista dos países mais populosos, o Brasil aparece em quinto lugar, atrás da China , Índia , Estados Unidos e Indonésia , porque a população absoluta do Brasil é bastante elevada. Quando se diz que um país é muito povoado isso significa que ele tem muitos habitantes por quilômetro quadrado. No Brasil a população não está bem distribuída por seu território, algumas regiões concentram muito mais gente que outras regiões. Por isso o Brasil não está nem entre os dez países mais povoados do mundo. Essa lista é liderada por Bangladesh , Taiwan , Coréia do Sul, Holanda e Japão . Na China, pessoas disputam um lugar em praia de Qingdao, na região leste do país
  • 4. A coleta das informações Recenseamento ou censo : corresponde á coleta periódica de dados estatísticos dos habitantes de um determinado local. No Brasil os recenseamentos são feitos de 10 em 10 anos, o último foi feito em 2002 pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão estatal. Sua página na Internet é www.ibge.gov.br . Taxa de natalidade : corresponde a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado em geral é expresso por mil. N.º de nascimentos X 1000 / população absoluta = taxa de natalidade A natalidade é ligada a vários fatores como por exemplo qualidade de vida da população, ou ao fato de ser uma população rural ou urbana. Taxa de mortalidade : corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado é expresso por mil. N.º de óbitos X 1000 = taxa de mortalidade População absoluta
  • 5. Indicadores demográficos Taxa de fecundidade é a média de filhos por mulher na idade de reprodução (se inicia aos 15 anos). Em países como o Brasil é comum meninas abaixo dessa idade terem filhos, o que distorce esse indicador. Na década de 70 a taxa de fecundidade no Brasil era de 5,8 filhos por mulher, em 1999 esse número caiu para 2,3. Isso reflete a mudança que vem ocorrendo no Brasil em especial com a urbanização e com a entrada da mulher no mercado de trabalho, o que tem contribuído com a redução significativa da taxa de natalidade e por conseqüência da taxa de fecundidade (vídeo). Taxa de mortalidade infantil corresponde ao número de crianças de 0 a 1 ano que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas. No Brasil vem ocorrendo uma redução gradativa dessa taxa, apesar de ela ainda ser muito elevada se comparada a países desenvolvidos. Em 1999 ela era de 34,6 por mil ou 3,46%. As regiões brasileiras apresentam realidades diferentes. O Nordeste apresenta as maiores taxas de mortalidade infantil, sendo em 1999 de 53 por mil ou 5,3%, ou seja acima da média nacional. Expectativa de vida corresponde a quantidade de anos que vive em média a população de uma região ou país. Este é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos países. No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado, em 1999 as mulheres viviam em média 72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento na expectativa também se deve a melhorias na qualidade médico sanitária da população em virtude do processo de urbanização.
  • 6. O crescimento da população Crescimento demográfico ou populacional é a variação do número de indivíduos de uma população, em certo período de tempo. Pode ser expresso em números absolutos, sob a forma de índice ou percentagem. O crescimento populacional contém um componente vegetativo ou natural (diferença entre nascimentos e óbitos) e um componente migratório (diferença entre a entrada e a saída de pessoas de um território). Se há redução da população, pode-se dizer também que houve crescimento negativo (taxas de crescimento negativas). As taxas de crescimento podem ser declinantes, embora positivas. Isto significa que a população está crescendo menos (não está diminuindo). Fertilidade é o número de mulheres que podem ter filhos dentro de uma determinada área. Fecundidade é o número de filhos por mulher. As populações podem ser estudadas por diversas ciências e sob múltiplos aspectos (dinâmica populacional, distribuição por sexo e faixa etária, nível de instrução, comportamento reprodutivo, mortalidade etc.) e com diversas finalidades.
  • 7. A concentração da população no mundo Esse total se encontra disperso de forma irregular, isso quer dizer que em determinados lugares há uma enorme concentração populacional enquanto outros são pouco povoados. O continente mais populoso é a Ásia que responde por cerca de 60% do total da população mundial, somente a China, a Índia e a Indonésia representam um elevado contingente, cerca de 2,6 bilhões de habitantes, quase a metade da população do planeta. Por outro lado, a Oceania tem apenas 0,5% da população mundial. De acordo com o relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em agosto de 2008, a população mundial em julho desse ano alcançou a marca de 6,7 bilhões de pessoas. Europa
  • 8. Os quinze países mais populosos do mundo País N o de Habitantes(2007) República Popular da China 1.321.852.000 Índia 1.129.866.673 Estados Unidos 301.139.947 Indonésia 234.693.997 Brasil 190.010.647 Paquistão 164.741.924 Bangladesh 150.448.339 Rússia 141.377.752 Nigéria 135.031.164 Japão 127.433.494 México 108.700.891 Filipinas 91.077.287 Vietnã 85.262.356 Alemanha 82.400.996 Egito 80.335.036
  • 9. As migrações A mobilidade é uma característica de praticamente todo ser vivo. As migrações são movimentos horizontais (deslocamentos) que tendem ao equilíbrio demográfico. Há uma interdependência entre estes movimentos e os movimentos verticais (crescimento natural - condicionados pela natalidade e mortalidade), sendo que, à medida que se acentuam os desequilíbrios demográficos regionais, maior é a tendência para que as populações efetuem movimentos migratórios. Migração diária ou pendular é o tipo de migração das grandes cidades em que milhões de trabalhadores saem todas as manhãs de sua casa em direção ao trabalho e retornam ao final do dia. Os momentos de maior aglomeração de pessoas são chamados de rush. Isso se dá em virtude da periferização dos trabalhadores que muitas vezes moram a vários quilômetros de distância de seu trabalho, em alguns casos até mesmo em outras cidades que passam a ser chamadas de cidades dormitório. Nesse tipo de migração está incluído o commuting , movimentação diária de pessoas que moram em um país e trabalham ou vão buscar serviços em outro, os chamados transfronteiriços ou commuters .
  • 11. Novos fluxos migratórios Os países europeus encontravam-se destruídos pelo conflito e procuravam a sua reconstrução e dinamizar sua economia. Porém, havia obstáculos; os fluxos migratórios anteriores tinham "esvaziado" a Europa de jovens e adultos. Por outro lado, as duas guerras mundiais destruíram muitas vidas humanas, adultos e jovens, por isso a população europeia, além de reduzida, estava envelhecida. Deste modo, a falta de mão-de-obra era o maior obstáculo à reconstrução. Nessa época (cerca de 1950), muitos países mediterrâneos, ou que não entraram diretamente nos conflitos, possuíam uma economia pouco desenvolvida, sobretudo agrícola e, portanto, incapaz de absorver essa mão-de-obra toda, originando nesses países, muito desemprego e salários reduzidos. Após o fim da II Guerra Mundial, houve uma retomada dos fluxos migratórios, mas com outra direção.
  • 12. Formas das migrações MIGRAÇÕES Duração Espaço temporárias Controle clandestinas êxodo rural êxodo urbano intracontinentais intercontinentais internas externas definitivas legais voluntárias forçadas Forma
  • 13. Causas ou motivos das migrações         Econômicas: As principais causas de migração. Resultam normalmente da diferença de desenvolvimento socioeconômico entre países. Migra-se para assegurar noutros locais melhor nível de vida, melhores salários e condições de trabalho menos pesadas. Naturais: de modo geral este motivo leva a migrações forçadas por causas naturais como cheias, terremotos, secas, vulcões etc. Turísticas : Envolvem pessoas em determinadas épocas (ou estações) do ano. Uma forma de migração sazonal que acontece em férias de Verão, Natal, Páscoa etc. Laborais : Acontecem por motivos profissionais e podem ser sazonais e temporárias. Políticas : Migrações externas devidas a mudanças nos governos de países que forçam alguns habitantes a saírem de seu país. Exemplo, quando da independência de países africanos (Angola, Moçambique, Guiné), muitos portugueses tiveram de migrar; os franceses em Marrocos, Argélia, Indochina ou os ingleses na ex-Rodésia (Zimbabue). Étnicas: muitas vezes confundidas com racismo têm mais a ver com diferenças entre culturas e povos. Recentemente, na ex-Iugoslávia, muitos povos se viram forçados a emigrar por pertencerem a outra cultura. Religiosas : há migrações cujo objetivo é um determinado centro de fé, conforme a religião de cada indivíduo. Exemplos, as peregrinações a Fátima, Santiago de Compostela (Espanha), Lourdes (França) e Meca (Arábia). A religião muçulmana obriga seus crentes a ir a Meca, ao menos uma vez, ao túmulo do Profeta. Culturais : poucos consideram este motivo uma causa de migração, mas, há muitas pessoas que vão a outros países com o objetivo de adquirir conhecimento. Para um curso de pós graduação ou doutoramento.
  • 14. As Teorias Demográficas A Lei de Malthus ou Malthusianismo No fim do século XVIII o pastor anglicano Thomas Malthus lançou sua teoria que dizia que a existência da miséria e das enfermidades sociais seria consequência do descompasso entre a capacidade de produção de alimentos, que se daria numa progressão aritmética , e o crescimento populacional, que se daria numa progressão geométrica . Malthus chegou a propor que só deveriam ter filhos os que pudessem criar, e que os pobres, em decorrência disso, não deveriam tê-los. Além disso, defendia a tese de que o estado não deveria dar assistência a saúde das populações pobres. Para ele, se não acontecessem " obstáculos positivos ", como guerras, epidemias , que causassem grande mortandade, o desequilíbrio entre a produção de alimentos e o crescimento populacional, geraria o caos total. Malthus errou, pois a tecnologia possibilitou um aumento exponencial na produção de alimentos que hoje são produzidos a taxas superiores às do crescimento populacional. Além disso, temos verificado uma tendência à estabilização do crescimento populacional nos países desenvolvidos, além de uma desaceleração do crescimento em grande parte dos países subdesenvolvidos, especialmente nas últimas décadas. Com isso, podemos concluir que, se há fome no mundo e no Brasil hoje, isso não se deve a falta de alimentos ou ao excesso de pessoas, mas a má distribuição e destinação dos mesmos.
  • 15. Neomalthusianismo Após a 2ª Guerra Mundial, o crescimento populacional acelerado nos países subdesenvolvidos, fez despertarem os adeptos de Malthus, os chamados de neomalthusianos. Segundo eles, a pobreza e o subdesenvolvimento seriam gerados pelo grande crescimento populacional e, em virtude disso, seriam necessárias drásticas políticas de controle de natalidade que se dariam por meio do planejamento familiar. Muitos países subdesenvolvidos adotaram essas políticas antinatalistas, mas, com exceção da China onde a natalidade caiu pela metade em quarenta anos, nos outros praticamente não surtiu efeito. Hoje em dia existem também os chamados ecomalthusianos, que defendem a tese de que o rápido crescimento populacional geraria enorme pressão sobre os recursos naturais e, em conseqüência, sérios riscos para o futuro. No Brasil nunca aconteceu um controle de natalidade rígido por parte do Estado, mas, a partir da década de 70, o governo brasileiro passou a apoiar programas desenvolvidos por entidades nacionais e estrangeiras, como a Fundação Ford , que visavam o controle de natalidade no país.
  • 16. Os reformistas ou marxistas Diferentemente do que defendiam os neomalthusianos, os demógrafos marxistas consideram que é a própria miséria a responsável pelo acelerado crescimento populacional. Por isso defendem reformas sócio-econômicas que possibilitem a melhoria do padrão de vida das populações dos países menos desenvolvidos. Isso acarretaria o planejamento familiar espontâneo e, assim, a redução das taxas de natalidade e do crescimento vegetativo, como ocorreu em vários países hoje desenvolvidos.
  • 17. Estrutura ocupacional Com base na estrutura ocupacional a população de um país pode ser dividida em dois grupos: População economicamente ativa (PEA ) : são as pessoas que trabalham em um dos setores formais da economia ou que estão a procura de emprego. Subdivide-se em, desempregados e população ocupada. População economicamente inativa (PEI): é a parcela da população que não está empregada como crianças, velhos, deficientes, estudantes etc., ou que não exercem atividades remuneradas como donas de casa. Esse camada da sociedade demanda investimentos sociais e é bancada pela população ativa.
  • 18. Desemprego e subemprego Hoje um grande problema enfrentado pela maioria dos países é o desemprego. Ele acontece não só em países em desenvolvimento mas também em países muito desenvolvidos. O desemprego se divide em dois tipos fundamentais: Desemprego conjuntural é o decorrente de crises econômicas, nas quais a oferta de empregos e os postos de trabalho diminuem. Desemprego estrutural ou tecnológico é o que está ligado a estrutura produtiva e aos avanços tecnológicos introduzidos na produção, em substituição da mão de obra humana, como o que é gerado pela robótica . Além do desemprego, é comum hoje a existência dos chamados subempregos, onde o trabalhador além de trabalhar na maioria das vezes em condições precárias, ganha baixíssimos salários e não tem nenhuma garantia legal. Esse tipo de atividade é muito comum hoje em países subdesenvolvidos como o Brasil, onde o número de subempregados é enorme, e grande parte da população depende do trabalho dessas pessoas.
  • 19. Trabalho infantil Além do fato de a juventude ser a mais afetada pelo desemprego, existe nos países subdesenvolvidos o problema do trabalho infantil, resultado dos problemas econômicos e sociais enfrentados por esses países, onde crianças precisam trabalhar para ajudar na renda familiar. Geralmente, as condições de trabalho em que se encontram essas crianças é de completa insalubridade. Além disso, há o abandono dos estudos gerado por esse tipo de problema. No Brasil o número de crianças que trabalham é grande. Isso se deve ao fato de grande parte dos chefes de famílias brasileiras não terem condições de arcar sozinhos com os gastos familiares. É comum alguns adultos se aproveitarem das crianças, fazendo com que elas trabalhem enquanto eles próprios não o fazem.
  • 20. A mulher e o mercado de trabalho. Apesar de crescente, a participação das mulheres no mercado de trabalho não tem produzido, ainda, melhorias das condições de vida. Pesquisas mostram que com o aumento de lares liderados por mulheres, houve uma redução na renda familiar. Em razão do fato de as mulheres, em média, ganharem salários mais baixos que os homens para desempenharem as mesmas funções. As causas que estão por trás deste fato são: a herança patriarcal de nossa sociedade; o machismo ainda presente no nosso dia-a-dia; a desvalorização do trabalho doméstico; o preconceito que coloca a mulher como sexo frágil. Além dos menores salários, do preconceito e do machismo, as mulheres ainda tem que enfrentar as jornadas duplas ( trabalho e casa ) ou triplas ( casa, trabalho e estudos ). Também é a mulher a maior vítima da violência doméstica , em geral praticada por maridos violentos. Mesmo com essas dificuldades, as mulheres vem avançando em seus direitos, por exemplo, o fato de a maioria dos universitários brasileiros serem mulheres.
  • 21. A pirâmide etária Gráfico populacional que considera a estrutura sexual da população ( homens e mulheres ) e as faixas etárias - 0 à 19 anos jovens, 20 à 59 adultos, e 60 ou + anos idosos. Na base há uma escala que mede as quantidades de pessoas, verticalmente, outra escala onde se sucedem as faixas etárias de 0 a 80 ou mais anos. A estrutura da pirâmide é a seguinte: As faixas etárias da base da pirâmide corresponde às crianças e jovens; As do meio da pirâmide corresponde aos adultos, e O topo ou ápice: corresponde aos idosos. A análise das pirâmides nos permite verificar a situação de desenvolvimento ou subdesenvolvimento dos países representados. Exemplo: uma pirâmide de base larga indica grande crescimento vegetativo; o topo estreito, indica baixa expectativa de vida, o que nos faz concluir que essa seja de um país subdesenvolvido. Por outro lado, uma base mais estreita, indica pequeno crescimento vegetativo; um topo mais largo, indica grande expectativa de vida, o que nos leva a concluir que seja um país desenvolvido. A análise das pirâmides etárias é de fundamental importância para os estudos das populaçôes. No Brasil, temos verificado uma mudança na pirâmide etária. Esta tem se alargado no topo e estreitado na base. Essas mudanças decorrem, principalmente, da urbanização, que mudou significativamente o modo de vida de grande parte dos brasileiros, mormente, com relação aos filhos, e também garantiu avanços fundamentais nas condições médico-sanitárias da população.
  • 22. Diferentes perfis demográficos 34 .                                                                                                                                                           Análise de pirâmides etárias: Na análise de uma pirâmide etária deve fazer-se sempre: Uma introdução que refira à escala de análise (país, região, estado etc), à fonte e ao ano da informação; Uma análise geral que apresente as principais características: a)      análise da base (estreita, larga, se tem diminuído ou aumentado); b)      análise do topo ( se comparativamente com a base é largo ou estreito); c)      as diferenças entre os sexos. Uma analise pormenorizada que explique as características da pirâmide em relação à : a) natalidade; b) mortalidade; c) esperança média de vida; d) acidentes demográficos (guerras migrações, epidemias etc).   Finalmente, uma conclusão que classifique a população em: a)      jovem; b)      jovem com tendência para envelhecer; c)      adulta; d)      envelhecida; e)      envelhecida com tendência para rejuvenescer.
  • 23. DINÂMICA DEMOGRÁFICA BRASILEIRA (1970-2000) Existem quatro tipos de pirâmides etárias, classificadas quanto à sua forma:   - Pirâmide jovem ou crescente: Base larga e topo estreito, país pouco desenvolvido com TN elevada e baixa EMV. - Pirâmide adulta ou em transição: Zona central tão larga quanto a base, país em desenvolvimento com uma ligeira quebra na TN. -Pirâmide idosa ou decrescente: Base estreita e Topo largo, país desenvolvido, baixa TN e elevada EMV. -Pirâmide em rejuvenescimento: Idêntica à Idosa com ligeiro aumento na largura da base, fruto das políticas de natalidade.
  • 24. A EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA ETÁRIA
  • 25. A evolução de alguns indicadores brasileiros Note-se, a partir da década de 60 a curva declinante da mortalidade, do crescimento vegetativo e da fecundidade (esta bem acentuada), enquanto a expectativa média de vida e a proporção de idosos entra em ascensão.
  • 26. Indicadores socioeconômicos, trabalho e distribuição de renda brasileiros (2006) Indicadores socioeconômicos gerais PEA – População Economicamente Ativa 46,9% (87,3 milhões de habitantes) PEA - setor primário (agronegócio e extrativismo) 21% PEA - setor secundário (indústria) 19% PEA - setor terciário (serviços, comércio, sistema financeiro etc) 60% Renda per capita (em reais) 9.743 Renda per capita (em dólares PPP – paridade de poder de compra) 8 020 Renda per capita (em dólares) 3 300 Índice de desemprego (PEA brasileira)   9% Índice de desemprego (PEA da Região Metropolitana de São Paulo) 16,9% Trabalhadores com carteira assinada 32,9% Trabalhadores sem carteira assinada 24,1% Trabalhadores por conta própria 21,8% Participação dos salários no PIB 37%