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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI/CAMPUS ITABIRA




                       MEDIDAS ELÉTRICAS
                               E
                        INSTRUMENTAÇÃO
                             EEL010


Professor: Roger Júnio Campos

Curso: Engenharia Elétrica

Período: 4º

                                                                        2º/2010
Capítulo 1:

                             Introdução e Princípios
                         Fundamentais de Instrumentos de
                                 Medição Elétrica




http://books.google.com.br/books?id=6faLQGELB5YC&lpg=PA29&ots=MZ_A2qq2NF&dq=instrumento%20conforme%20%C3%ADndice%20de%20classe&pg=PA25#v=onepag
e&q=instrumento%20conforme%20%C3%ADndice%20de%20classe&f=false
1.1 – Introdução

 A medição é um conjunto de operações que visa comparar uma grandeza com
outra da mesma espécie, a qual é tomada como unidade padrão, e determinando o
seu valor momentâneo.




         Um instrumento de medida é definido como um sistema que faz
   corresponder um estado de um fenômeno físico a outro estado, acessível
                          aos sentidos humanos.
1.1 – Introdução


 Esquema fundamental de uma medição:


      Fenômeno                   Instrumento                  Órgão de
        físico                    de Medida                   Recepção


 Se a medida tem a finalidade de manter uma máquina em um determinado regime
de funcionamento, o esquema de medição é acrescido de mais uma etapa, ou seja:


     Fenômeno                    Instrumento                 Órgão de
       físico                     de Medida                  Recepção


                                  Orgão de
                                  Decisão e
                                    Ação
1.1 – Introdução

 Ma medição elétrica surgem 3 problemas cujas soluções devem ser avaliadas:


    − o que medir
    − com que medir
    − como avaliar a medição
1.1 – Introdução

 Quanto ao primeiro problema “O QUE MEDIR” existe uma gama bastante vasta de
grandezas.


 Na medição elétrica as grandezas fundamentais são:


    − corrente
    − tensão
    − frequência
    − potência
    − resistência
    − capacitância
    − indutância
    − fator de potência
1.1 – Introdução

 Com o emprego de dispositivos chamados transdutores existe a possibilidade de
se medir grandezas físicas:


    − temperatura com termopares ou termorresistências
    − velocidade com geradores
    − pH, umidade, com emissores
    − vazão, pressão com transdutores especiaias
1.1 – Introdução

 O segundo problema “COM QUE MEDIR” exige os conhecimentos fundamentais
da medição elétrica;


 para que o emprego de um determinado instrumento seja adequado e exato para a
medição desejada.
1.1 – Introdução

 Os instrumentos dividem-se de acordo com a finalidade e quanto ao sistema de
medição com qual funcionam.


 Os sistemas de medição mais empregados:


    − bobina móvel (A, V, R, ºC, r.p.m.)
    − ferro móvel (A, V)
    − lâminas vibráveis (Hz, r.p.m.)
    − eletrodinâmico (E, A,V Var, cos γ)
    − ímã móvel (A, V)
    − eletrônico digital (A,V, Hz)


 Hoje em dia estão se impondo os instrumentos com sistema eletrônico em virtude
do aperfeiçoamento e confiabilidade.
1.1 – Introdução

 “AVALIAR A MEDIÇÃO” compreende o problema de, com os dados fornecidos
pelos instrumentos, poder-se tirar as conclusões para tomar uma decisão ou
certificar-se do desempenho da instalação.


 A decisão para mudar algo poderá ser feita por intermédio de instrumentos
reguladores.


 Caso seja preciso avaliar os valores medidos por um período mais longo, é
utilizado instrumentos registradores.


 Logo, os instrumentos de medida dividem-se quanto ao seu emprego:
    − instrumentos indicadores
    − reguladores
    − registradores
1.1 – Introdução

 Os instrumentos indicadores são empregados para medidas contínuas, ou seja,
controlam ou registram continuamente uma grandeza qualquer.


 Podem ser analógicos ou digitais.
1.2 – Princípio fundamental de funcionamento
1.3 – Detalhes construtivos

 A fig. mostra as partes principais de um instrumento de medida elétrica.
1.3 – Detalhes construtivos

 A caixa do instrumento serve para proteção do sistema de medição.


 O mecanismo ou sistema de medição compreende o conjunto de peças que
possibilitam a transformação de uma corrente elétrica em movimento. Bobinas fixas
ou móveis, eixo, mancais, molas espirais, amortecedor, ímã permanente, núcleo de
ferro, etc.


 Os ponteiros são as peças solidárias ao conjunto ou elemento móvel e que indicam
sobre a escala o valor da grandeza medida.
1.3 – Detalhes construtivos

 Os acessórios externos do instrumento podem ser constituídos pelos cabos de
ligação especiais, para a conexão do instrumento de medida a seu acessório, como
também os resistores série ou paralelo (shunt), para a amplificação dos campos de
medida.


 Circuito de corrente ou série é aquele pelo qual circula a mesma corrente que
atravessa o circuito a ser medido.


 Circuito de tensão ou paralelo é aquele alimentado pel tensão do circuito a ser
medido.
1.4 – Definições e nomenclatura

 Instrumento indicador → é aquele que indica em qualquer momento o valor
instantâneo efetivo, médio, ou de pico de uma grandeza a ser medida.


 Instrumento registrador→ é aquele que escreve ou registra sucessivamente os
valores instantâneos, efetivos ou médios.


 Instrumento com contato → é aquele no qual o elemento móvel fecha e abre
contatos quanto atinge determinados valores.


 Instrumento blindagem magnética → é aquele que está blindado contra influência
de campos magnéticos externos.


 Instrumento astático → é aquele no qual o elemento móvel é constituído de tal
maneira a ser insensível a campos eletromagnéticos.
1.4 – Definições e nomenclatura

 Multímetro→ é aquele que serve para a medição de diversas grandezas elétricas
no mesmo instrumento, por exemplo: corrente, tensão e resistência
1.4 – Definições e nomenclatura

 Quanto ao sistema de medição, instrumentos de medida elétrica dividem-se em:



 Instrumento ferro-móvel→ é aquele que, tendo uma peça móvel de material ferro-
magnético, desloca-se quando submetida a um campo magnético formado por uma
corrente que atravessa uma bobina fixa.



 Instr. de bobina móvel→ é aquele que tem um ímã permanente fixo e uma ou mais
bobinas móveis. Seu funcionamento depende da reação entre a corrente da bobina
móvel e o campo magnético do ímã permanente.
1.4 – Definições e nomenclatura

 Instr. ímã móvel→ é aquele constituído de uma bobina fixa percorrida por uma
corrente dentro da qual giram um ou mais ímãs permanentes.



Instr. eletrodinâmico→ é aquele que tendo bobinas fixas e bobinas móveis
deslocam as últimas eletrodinamicamente, pela ação das correntes que nelas atuam.
Podem ser construídas com peças ferro-magnéticas para aumentar o campo
eletromagnético.



 Instr. de indução→ é aquele que tem bobinas fixas percorridas por corrente elétrica
e de peças condutivas móveis, que são deslocadas pelas correntes induzidas nelas
eletromagneticamente.
1.4 – Definições e nomenclatura

 Instr. de vibração→ é aquele que é formado por lâminas vibráteis que entram em
ressonância sob a ação de uma corrente.



 Instr. eletrostático→ é aquele que apresenta peças metálicas fixas e outras móveis
sobre as quais agem forças do campo eletrostático.



 Instr. bimetálico→ é aquele que tem um elemento móvel formado por bimetal que
se deforma pela ação direta ou indireta de uma corrente.
1.5 – Erros em medidas

 Define-se erro (ou erro absoluto) a diferença entre o valor real e o medido.


 Em termos práticos, as medidas são classificadas em função do chamdo erro
relativo
1.5 – Erros em medidas

 Erros humanos são causados pela observação defeituosa por parte do operador.


 O erro mais comum é o erro da paralaxe.


 Para a diminuição ou total eliminação erro de paralaxe usam-se espelhos nas
escalas.
1.5 – Erros em medidas

 Exatidão→ é definida pelos limites de erros e pelos limites da variação na indicação
(↓erro = ↑exatidão).


 O erro é inerente à todo instrumento.


 Classe de exatidão→ é uma classificação de instrumentos de medida para
designar a sua exatidão. O número que a designa chama-se índice de classe.

                        Índices de classes   Limites de erro
                               0,05                0,05%
                                0,1                 0,1%
                                0,2                 0,2%
                                0,5                 0,5%
                                1,0                 1,0%
                                1,5                 1,5%
                                2,5                 2,5%
                                5,0                 5,0%
1.5 – Erros em medidas

 Pela tabela tem-se:


    − Um instrumento da classe 1 poderá ter no máximo erro de ±1%;


    − Ou seja, se o valor do fim da escala do instrumento for 100V;


    − o erro poderá ser no máximo de ±1V.


    − Logo, se o ponteiro indicar 98V, o erro poderá permanecer na faixa de 97V a
    99V.
1.5 – Erros em medidas

 Neste exemplo o erro absoluto está sempre ≤ ±1. O erro cometido em relação à
medida é:




 Logo:
1.5 – Erros em medidas

Exemplo: suponha um voltímetro de 150V fim de escala, com classe de exatidão
1,5; e no qual deseja-se determinar a faixa que compreende o valor real e o erro de
medição no valor de 70V.
1.6 – Terminologia

 PRECISÃO


Informa o máximo desvio entre leituras no mesmo ponto.




 REPETIBILIDADE


Máxima diferença entre diversas medidas realizadas sob as mesmas
condições.
1.6 – Terminologia


 ZONA MORTA


Máxima variação que uma grandeza pode sofrer sem ocasionar alteração no
instrumento de medida.



 Exemplo:
Considerando que a escala de um voltímetro é de 0 a 100 V com zona morta de
0,2%, tem-se:




Desta forma, o voltímetro apenas indicará um determinado valor, se a tensão variar
com um valor superior a 0,2 V.
1.6 – Terminologia


  SENSIBILIDADE


 Mínima alteração que a entrada deve sofrer para que provoque uma alteração no
 sinal de saída.


  Exemplo:
 Supondo um voltímetro com escala de 0 a 100 V e uma sensibilidade de 0,1%,
 tem-se:




 Este resultado indica que o instrumento apresentará uma resposta se a tensão
 variar de, pelo menos, 0,1 V.
1.6 – Terminologia


  RESOLUÇÃO


 Variação na indicação quando o dígito menos significativo varia em uma unidade.


  BIAS


 Erro sistemático da indicação. Estimado pela média dos erros.
1.7 – Escala


  Escala, range ou faixa → valores compreendidos entre máximo e mínimo.


  Span → amplitude entre valores final e inicial da escala.



                                        • Escala (range): 45 a 65 Hz

                                        • span: 20 Hz

                                        • instrumentos podem apresentar mais
                                        de uma escala
1.8 – Normas e Simbologia

 Para a identificação rápida das diversas características do instrumento de medida,
foram adotados símbolos inscritos na escala, de modo que cada um determina uma
destas características.


 Os diversos símbolos empregados e normalizados estão indicados nas próximas
tabelas.
1.8 – Normas e Simbologia: unidade de medição
1.8 – Normas e Simbologia: princípio de funcionamento
1.8 – Normas e Simbologia: outros símbolos
1.8 – Normas e Simbologia

Exemplo: Identificar os instrumentos mostrados nas figuras a seguir.

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Cap1 me

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI/CAMPUS ITABIRA MEDIDAS ELÉTRICAS E INSTRUMENTAÇÃO EEL010 Professor: Roger Júnio Campos Curso: Engenharia Elétrica Período: 4º 2º/2010
  • 2. Capítulo 1: Introdução e Princípios Fundamentais de Instrumentos de Medição Elétrica http://books.google.com.br/books?id=6faLQGELB5YC&lpg=PA29&ots=MZ_A2qq2NF&dq=instrumento%20conforme%20%C3%ADndice%20de%20classe&pg=PA25#v=onepag e&q=instrumento%20conforme%20%C3%ADndice%20de%20classe&f=false
  • 3. 1.1 – Introdução  A medição é um conjunto de operações que visa comparar uma grandeza com outra da mesma espécie, a qual é tomada como unidade padrão, e determinando o seu valor momentâneo. Um instrumento de medida é definido como um sistema que faz corresponder um estado de um fenômeno físico a outro estado, acessível aos sentidos humanos.
  • 4. 1.1 – Introdução  Esquema fundamental de uma medição: Fenômeno Instrumento Órgão de físico de Medida Recepção  Se a medida tem a finalidade de manter uma máquina em um determinado regime de funcionamento, o esquema de medição é acrescido de mais uma etapa, ou seja: Fenômeno Instrumento Órgão de físico de Medida Recepção Orgão de Decisão e Ação
  • 5. 1.1 – Introdução  Ma medição elétrica surgem 3 problemas cujas soluções devem ser avaliadas: − o que medir − com que medir − como avaliar a medição
  • 6. 1.1 – Introdução  Quanto ao primeiro problema “O QUE MEDIR” existe uma gama bastante vasta de grandezas.  Na medição elétrica as grandezas fundamentais são: − corrente − tensão − frequência − potência − resistência − capacitância − indutância − fator de potência
  • 7. 1.1 – Introdução  Com o emprego de dispositivos chamados transdutores existe a possibilidade de se medir grandezas físicas: − temperatura com termopares ou termorresistências − velocidade com geradores − pH, umidade, com emissores − vazão, pressão com transdutores especiaias
  • 8. 1.1 – Introdução  O segundo problema “COM QUE MEDIR” exige os conhecimentos fundamentais da medição elétrica;  para que o emprego de um determinado instrumento seja adequado e exato para a medição desejada.
  • 9. 1.1 – Introdução  Os instrumentos dividem-se de acordo com a finalidade e quanto ao sistema de medição com qual funcionam.  Os sistemas de medição mais empregados: − bobina móvel (A, V, R, ºC, r.p.m.) − ferro móvel (A, V) − lâminas vibráveis (Hz, r.p.m.) − eletrodinâmico (E, A,V Var, cos γ) − ímã móvel (A, V) − eletrônico digital (A,V, Hz)  Hoje em dia estão se impondo os instrumentos com sistema eletrônico em virtude do aperfeiçoamento e confiabilidade.
  • 10. 1.1 – Introdução  “AVALIAR A MEDIÇÃO” compreende o problema de, com os dados fornecidos pelos instrumentos, poder-se tirar as conclusões para tomar uma decisão ou certificar-se do desempenho da instalação.  A decisão para mudar algo poderá ser feita por intermédio de instrumentos reguladores.  Caso seja preciso avaliar os valores medidos por um período mais longo, é utilizado instrumentos registradores.  Logo, os instrumentos de medida dividem-se quanto ao seu emprego: − instrumentos indicadores − reguladores − registradores
  • 11. 1.1 – Introdução  Os instrumentos indicadores são empregados para medidas contínuas, ou seja, controlam ou registram continuamente uma grandeza qualquer.  Podem ser analógicos ou digitais.
  • 12. 1.2 – Princípio fundamental de funcionamento
  • 13. 1.3 – Detalhes construtivos  A fig. mostra as partes principais de um instrumento de medida elétrica.
  • 14. 1.3 – Detalhes construtivos  A caixa do instrumento serve para proteção do sistema de medição.  O mecanismo ou sistema de medição compreende o conjunto de peças que possibilitam a transformação de uma corrente elétrica em movimento. Bobinas fixas ou móveis, eixo, mancais, molas espirais, amortecedor, ímã permanente, núcleo de ferro, etc.  Os ponteiros são as peças solidárias ao conjunto ou elemento móvel e que indicam sobre a escala o valor da grandeza medida.
  • 15. 1.3 – Detalhes construtivos  Os acessórios externos do instrumento podem ser constituídos pelos cabos de ligação especiais, para a conexão do instrumento de medida a seu acessório, como também os resistores série ou paralelo (shunt), para a amplificação dos campos de medida.  Circuito de corrente ou série é aquele pelo qual circula a mesma corrente que atravessa o circuito a ser medido.  Circuito de tensão ou paralelo é aquele alimentado pel tensão do circuito a ser medido.
  • 16. 1.4 – Definições e nomenclatura  Instrumento indicador → é aquele que indica em qualquer momento o valor instantâneo efetivo, médio, ou de pico de uma grandeza a ser medida.  Instrumento registrador→ é aquele que escreve ou registra sucessivamente os valores instantâneos, efetivos ou médios.  Instrumento com contato → é aquele no qual o elemento móvel fecha e abre contatos quanto atinge determinados valores.  Instrumento blindagem magnética → é aquele que está blindado contra influência de campos magnéticos externos.  Instrumento astático → é aquele no qual o elemento móvel é constituído de tal maneira a ser insensível a campos eletromagnéticos.
  • 17. 1.4 – Definições e nomenclatura  Multímetro→ é aquele que serve para a medição de diversas grandezas elétricas no mesmo instrumento, por exemplo: corrente, tensão e resistência
  • 18. 1.4 – Definições e nomenclatura  Quanto ao sistema de medição, instrumentos de medida elétrica dividem-se em:  Instrumento ferro-móvel→ é aquele que, tendo uma peça móvel de material ferro- magnético, desloca-se quando submetida a um campo magnético formado por uma corrente que atravessa uma bobina fixa.  Instr. de bobina móvel→ é aquele que tem um ímã permanente fixo e uma ou mais bobinas móveis. Seu funcionamento depende da reação entre a corrente da bobina móvel e o campo magnético do ímã permanente.
  • 19. 1.4 – Definições e nomenclatura  Instr. ímã móvel→ é aquele constituído de uma bobina fixa percorrida por uma corrente dentro da qual giram um ou mais ímãs permanentes. Instr. eletrodinâmico→ é aquele que tendo bobinas fixas e bobinas móveis deslocam as últimas eletrodinamicamente, pela ação das correntes que nelas atuam. Podem ser construídas com peças ferro-magnéticas para aumentar o campo eletromagnético.  Instr. de indução→ é aquele que tem bobinas fixas percorridas por corrente elétrica e de peças condutivas móveis, que são deslocadas pelas correntes induzidas nelas eletromagneticamente.
  • 20. 1.4 – Definições e nomenclatura  Instr. de vibração→ é aquele que é formado por lâminas vibráteis que entram em ressonância sob a ação de uma corrente.  Instr. eletrostático→ é aquele que apresenta peças metálicas fixas e outras móveis sobre as quais agem forças do campo eletrostático.  Instr. bimetálico→ é aquele que tem um elemento móvel formado por bimetal que se deforma pela ação direta ou indireta de uma corrente.
  • 21. 1.5 – Erros em medidas  Define-se erro (ou erro absoluto) a diferença entre o valor real e o medido.  Em termos práticos, as medidas são classificadas em função do chamdo erro relativo
  • 22. 1.5 – Erros em medidas  Erros humanos são causados pela observação defeituosa por parte do operador.  O erro mais comum é o erro da paralaxe.  Para a diminuição ou total eliminação erro de paralaxe usam-se espelhos nas escalas.
  • 23. 1.5 – Erros em medidas  Exatidão→ é definida pelos limites de erros e pelos limites da variação na indicação (↓erro = ↑exatidão).  O erro é inerente à todo instrumento.  Classe de exatidão→ é uma classificação de instrumentos de medida para designar a sua exatidão. O número que a designa chama-se índice de classe. Índices de classes Limites de erro 0,05 0,05% 0,1 0,1% 0,2 0,2% 0,5 0,5% 1,0 1,0% 1,5 1,5% 2,5 2,5% 5,0 5,0%
  • 24. 1.5 – Erros em medidas  Pela tabela tem-se: − Um instrumento da classe 1 poderá ter no máximo erro de ±1%; − Ou seja, se o valor do fim da escala do instrumento for 100V; − o erro poderá ser no máximo de ±1V. − Logo, se o ponteiro indicar 98V, o erro poderá permanecer na faixa de 97V a 99V.
  • 25. 1.5 – Erros em medidas  Neste exemplo o erro absoluto está sempre ≤ ±1. O erro cometido em relação à medida é:  Logo:
  • 26. 1.5 – Erros em medidas Exemplo: suponha um voltímetro de 150V fim de escala, com classe de exatidão 1,5; e no qual deseja-se determinar a faixa que compreende o valor real e o erro de medição no valor de 70V.
  • 27. 1.6 – Terminologia  PRECISÃO Informa o máximo desvio entre leituras no mesmo ponto.  REPETIBILIDADE Máxima diferença entre diversas medidas realizadas sob as mesmas condições.
  • 28. 1.6 – Terminologia  ZONA MORTA Máxima variação que uma grandeza pode sofrer sem ocasionar alteração no instrumento de medida.  Exemplo: Considerando que a escala de um voltímetro é de 0 a 100 V com zona morta de 0,2%, tem-se: Desta forma, o voltímetro apenas indicará um determinado valor, se a tensão variar com um valor superior a 0,2 V.
  • 29. 1.6 – Terminologia  SENSIBILIDADE Mínima alteração que a entrada deve sofrer para que provoque uma alteração no sinal de saída.  Exemplo: Supondo um voltímetro com escala de 0 a 100 V e uma sensibilidade de 0,1%, tem-se: Este resultado indica que o instrumento apresentará uma resposta se a tensão variar de, pelo menos, 0,1 V.
  • 30. 1.6 – Terminologia  RESOLUÇÃO Variação na indicação quando o dígito menos significativo varia em uma unidade.  BIAS Erro sistemático da indicação. Estimado pela média dos erros.
  • 31. 1.7 – Escala  Escala, range ou faixa → valores compreendidos entre máximo e mínimo.  Span → amplitude entre valores final e inicial da escala. • Escala (range): 45 a 65 Hz • span: 20 Hz • instrumentos podem apresentar mais de uma escala
  • 32. 1.8 – Normas e Simbologia  Para a identificação rápida das diversas características do instrumento de medida, foram adotados símbolos inscritos na escala, de modo que cada um determina uma destas características.  Os diversos símbolos empregados e normalizados estão indicados nas próximas tabelas.
  • 33. 1.8 – Normas e Simbologia: unidade de medição
  • 34. 1.8 – Normas e Simbologia: princípio de funcionamento
  • 35. 1.8 – Normas e Simbologia: outros símbolos
  • 36. 1.8 – Normas e Simbologia Exemplo: Identificar os instrumentos mostrados nas figuras a seguir.