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A v s o s
ChAMADO CARMO
DE VIANA DO CASTELO
14 Domingo de Nossa Senhora do Carmo.
Domingo das Missões Carmelitas.
15 Memória de São Boaventura.
21h | Procissão d Nossa Senhora do Carmo.
16 Festa de Nossa Senhora do Carmo.
17 Memória das Mártires de Compiégne.
18 Memória do B. Bartolomeu dos Mártires.
19 Memória da Mãe da Divina Graça.
20 Festa de Santo Elias, profeta.
DOMINGO DA SENHORA DO CARMO
JULHO 14 2013
NS 197
Se não puder rezar connosco a Novena,
reze todos os dias A CONSAGRAÇÃO A
NOSSA SENHORA DO CARMO
A Vós, Senhora do Carmo, minha Mãe,
eu consagro toda minha vida:
Aceitai o meu passado como ele foi.
O meu presente como ele é.
O meu futuro como ele será.
Confio-vos tudo o que tenho e sou:
a minha inteligência, vontade e coração.
Em vossas mãos deposito a minha
liberdade, anseios, temores, esperanças e
desejos, as minhas tristezas e alegrias.
Cuidai de minha vida e das minhas acções
para que eu seja mais fiel ao Senhor.
Confio-vos todo o meu ser,
para que seja puro no exercício das virtudes.
Fazei-me santa(o) como fostes santa;
e conformai-me a Jesus Cristo,
ideal de minha vida.
Confio-vos o meu ânimo,
para que me ajudeis a não desanimar na fé.
Confio-vos os meus desejos de amar,
para amar Jesus como vós amastes.
Confio-vos as minhas incertezas,
para que em vosso coração eu encontre
segurança e luz para a minha vida.
Disponho-me a imitar a vossa vida
de humildade, mansidão e pureza.
E prometo com a graça de Deus
e com vossa ajuda ser-vos fiel.
Ó Santa Mãe dos Carmelitas,
sede a rainha da minha vida
e disponde de mim e de tudo o que é meu
para que eu caminhe sempre no Evangelho
sob vossa direcção, ó Estrela do Mar.
Amém.
ROTEIRO
DECAMINHOS CARMELITAS
PROCISSÃO DE
NOSSA SENHORA DO CARMO
Pelas 21h do próximo dia 15 de Julho ini-
ciaremos a Procissão de Nossa Senhora
do Carmo, que percorrerá algumas ruas
do nosso bairro. Convidamos a todos a
percorrer com fé os passos da procissão
imitando a Virgem Mãe cujo exemplo nos
leva a seguir Jesus.
O percurso será: Saída da Igreja do Carmo
> Rua da Bandeira > Rua Manuel Fiúza > Rua
João de Deus > Centro do Bairro do Jardim >
R. Camilo Castelo Branco > Rua Guerra Jun-
queiro > Rua José Espregueira e regresso.
Convidamos também os nossos vizinhos
a adornar janelas e varandas para a pas-
sagem do andor da nossa Padroeira!
Roteiro de caminhos carmelitas
Festas de Nossa Senhora do Carmo. Chamamos a este domingo o Domingo da Senhora do Carmo,
não porque seja o 16 de Julho mas por ser o domingo que surge imediatamente antes. Celebramos a Eucaristia,
centro e sentido das nossas vidas. Das nossas vidas pessoais, mas também familiares e comunitárias. Impossível
para nós não olharmos o rosto da Mãe que tem em seus braços o Menino! Impossível não pensar que aquele Menino
é o Filho de Deus, nosso Salvador e alimento das nossas vidas! Impossível não olhar e não crer! Impossível celebrar a
Mãe sem celebrar o Filho, porque Ela nos atrai para Ele! Olhamos o seu rosto e rezamos ao seu coração, mas é a Ele
que vimos e a Quem rezamos! É domingo, é dia de Jesus, esse bom filho e irmão que nos toma pela mão e nos leva
para o colo da Mãe. Porque não a quer só para si Ele no-la dá para também assim ficarmos mais pertinho Dele.
Chegados os dias da Festa de Nossa Senhora
do Carmo chegam os das férias, tempo de
abrandar e de tomar outros caminhos.
O Verão chegou quente e duro como a porta de
um forno que se abre de chofre sobre o rosto. E
por uns dias tornou-se difícil sair de casa. Num
desses dias quentes tínhamos o Santíssimo
exposto. Lá fora derretiam-se as pedras, cá
dentro o olhar refrescava-se olhando Jesus.
É verdade sim, o Verão chegou: E por que nos
não haveríamos de refrescar continuando a
olhar Jesus com o coração.
A lassidão dos dias e o tempo sem obrigações
propicia-nos a possibilidade de um roteiro
diferente. Neste tempo em que existem roteiros
para tudo, desde os monumentos às noites in,
também nós, católicos, deveríamos organizar
um que nos fosse mais afim.
Por exemplo: não há católico, ex-católico ou
católico não praticante que não vá de quando
em vez a Fátima. E sim, isso já é um roteiro.
Com isto veio-me à ideia que os de antanho
semearam capelinhas e alminhas, cruzeiros e
calvários por aqui e por ali. Prometo que neste
Verão não resistirei a uma capelinha branca
semeada no alto de um monte. Provavelmente
nada dela saberei. Mas pela certa que um
pastor, um lavrador ou peregrino qualquer
acharam por ali perto um centelha de devoção
e um bom pedaço de barro, e algumas mãos
que os ajudaram a erguer quatro paredes
caiadas de branco. Essas pequeninas ermidas
são refrescos para a alma e para o corpo.
Neste Verão terei eu dois roteiros. Um feito de
imponderáveis que me farão subir ao terreiro
da mais inesperada capelinha, onde minha alma
descanse e o meu corpo repouse à sombra
daqueles umbrais. Outro, mais organizado e
mais ortodoxo, poderá chamar-se dos caminhos
carmelitas. Poderia ser um roteiro físico, com
instruções do tipo: «vá por ali e vire além à
direita e suba depois sempre até ao fim, depois
páre e contemple»; e ainda: «coma aqui, prove
aquilo e durma em tal lugar». Mas não será
bem assim. É certo que existem em Portugal
lugares que dão roteiros carmelitas
inolvidáveis. O meu segundo, porém, é outro.
Neste tempo de roupas largas o meu roteiro
será outro. Outro no sentido em que a
proximidade não exige ombro a ombro, mas a
certeza que desde dentro somos em muitos.
O meu roteiro não será assim só por ser Verão,
mas porque sou carmelita. Serão três caminhos.
Primeiro: será um tempo de descanso activo e
de oração. Felizmente poderei arejar a cabeça
num descanso que potencia o encontro com o
Senhor, o amigo sem mais; e, como direi, não
rezarei mais. Mas procurarei ter mais
consciência da relação intíma e cordial com o
Senhor, na certeza de que a oração é vida e não
apenas um oásis na vida.
Segundo: Semearei. Sim, sei. O Verão não é
tempo de sementeira. Mas que querem?
Aproveitarei o tempo para semear o que um dia
há-de crescer, e para regar o que um dia dará
fruto. É sabido que ninguém jamais poderá
fazer tudo, dizer tudo, cantar tudo, rezar tudo,
mas é certo que o que eu fizer poderá ser feito
com melhor atenção e mais cuidado. Neste
Verão semearei com a esperança de quem dá o
primeiro passo duma peregrinação.
Terceiro: Irei à fonte. Como Elias e como Maria
irei à fonte. Elias estabeleceu a sua cela junto a
uma fonte, e nada mais belo do que imaginar
Maria trazendo para casa a vazilha cheia.
Como Elias, o homem mistério, que falava cara
a cara com Deus; como Maria que O tomava
em seu colo e O embalava. Assim gostaria eu.
Vou procurar que o meu roteiro siga as
pegadas de Elias, que foi pelo deserto fora até
ao lugar onde o Deus vivo e verdadeiro falou ao
seu Povo. Vou procurar o meu coração e
ensiná-lo a ser como o de Maria: atento à
Palavra. Como Elias e como Maria refrescar-me-
-ei nas águas vivas que regam a alma e nas que
refrescam o espírito.
Procurarei refrescar-me, portanto.
E agora dir-me-ão: é só isso? É. E não é pouco.
O Verão dá para fazer o que fazem muitos: fazer
muitas coisas. Mas se também no Verão
atafulharmos a alma com coisas e mais coisas
ela não descansará nem respirará. É por isso
que ofereço a singeleza deste roteiro carmelita.

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  • 2. Roteiro de caminhos carmelitas Festas de Nossa Senhora do Carmo. Chamamos a este domingo o Domingo da Senhora do Carmo, não porque seja o 16 de Julho mas por ser o domingo que surge imediatamente antes. Celebramos a Eucaristia, centro e sentido das nossas vidas. Das nossas vidas pessoais, mas também familiares e comunitárias. Impossível para nós não olharmos o rosto da Mãe que tem em seus braços o Menino! Impossível não pensar que aquele Menino é o Filho de Deus, nosso Salvador e alimento das nossas vidas! Impossível não olhar e não crer! Impossível celebrar a Mãe sem celebrar o Filho, porque Ela nos atrai para Ele! Olhamos o seu rosto e rezamos ao seu coração, mas é a Ele que vimos e a Quem rezamos! É domingo, é dia de Jesus, esse bom filho e irmão que nos toma pela mão e nos leva para o colo da Mãe. Porque não a quer só para si Ele no-la dá para também assim ficarmos mais pertinho Dele. Chegados os dias da Festa de Nossa Senhora do Carmo chegam os das férias, tempo de abrandar e de tomar outros caminhos. O Verão chegou quente e duro como a porta de um forno que se abre de chofre sobre o rosto. E por uns dias tornou-se difícil sair de casa. Num desses dias quentes tínhamos o Santíssimo exposto. Lá fora derretiam-se as pedras, cá dentro o olhar refrescava-se olhando Jesus. É verdade sim, o Verão chegou: E por que nos não haveríamos de refrescar continuando a olhar Jesus com o coração. A lassidão dos dias e o tempo sem obrigações propicia-nos a possibilidade de um roteiro diferente. Neste tempo em que existem roteiros para tudo, desde os monumentos às noites in, também nós, católicos, deveríamos organizar um que nos fosse mais afim. Por exemplo: não há católico, ex-católico ou católico não praticante que não vá de quando em vez a Fátima. E sim, isso já é um roteiro. Com isto veio-me à ideia que os de antanho semearam capelinhas e alminhas, cruzeiros e calvários por aqui e por ali. Prometo que neste Verão não resistirei a uma capelinha branca semeada no alto de um monte. Provavelmente nada dela saberei. Mas pela certa que um pastor, um lavrador ou peregrino qualquer acharam por ali perto um centelha de devoção e um bom pedaço de barro, e algumas mãos que os ajudaram a erguer quatro paredes caiadas de branco. Essas pequeninas ermidas são refrescos para a alma e para o corpo. Neste Verão terei eu dois roteiros. Um feito de imponderáveis que me farão subir ao terreiro da mais inesperada capelinha, onde minha alma descanse e o meu corpo repouse à sombra daqueles umbrais. Outro, mais organizado e mais ortodoxo, poderá chamar-se dos caminhos carmelitas. Poderia ser um roteiro físico, com instruções do tipo: «vá por ali e vire além à direita e suba depois sempre até ao fim, depois páre e contemple»; e ainda: «coma aqui, prove aquilo e durma em tal lugar». Mas não será bem assim. É certo que existem em Portugal lugares que dão roteiros carmelitas inolvidáveis. O meu segundo, porém, é outro. Neste tempo de roupas largas o meu roteiro será outro. Outro no sentido em que a proximidade não exige ombro a ombro, mas a certeza que desde dentro somos em muitos. O meu roteiro não será assim só por ser Verão, mas porque sou carmelita. Serão três caminhos. Primeiro: será um tempo de descanso activo e de oração. Felizmente poderei arejar a cabeça num descanso que potencia o encontro com o Senhor, o amigo sem mais; e, como direi, não rezarei mais. Mas procurarei ter mais consciência da relação intíma e cordial com o Senhor, na certeza de que a oração é vida e não apenas um oásis na vida. Segundo: Semearei. Sim, sei. O Verão não é tempo de sementeira. Mas que querem? Aproveitarei o tempo para semear o que um dia há-de crescer, e para regar o que um dia dará fruto. É sabido que ninguém jamais poderá fazer tudo, dizer tudo, cantar tudo, rezar tudo, mas é certo que o que eu fizer poderá ser feito com melhor atenção e mais cuidado. Neste Verão semearei com a esperança de quem dá o primeiro passo duma peregrinação. Terceiro: Irei à fonte. Como Elias e como Maria irei à fonte. Elias estabeleceu a sua cela junto a uma fonte, e nada mais belo do que imaginar Maria trazendo para casa a vazilha cheia. Como Elias, o homem mistério, que falava cara a cara com Deus; como Maria que O tomava em seu colo e O embalava. Assim gostaria eu. Vou procurar que o meu roteiro siga as pegadas de Elias, que foi pelo deserto fora até ao lugar onde o Deus vivo e verdadeiro falou ao seu Povo. Vou procurar o meu coração e ensiná-lo a ser como o de Maria: atento à Palavra. Como Elias e como Maria refrescar-me- -ei nas águas vivas que regam a alma e nas que refrescam o espírito. Procurarei refrescar-me, portanto. E agora dir-me-ão: é só isso? É. E não é pouco. O Verão dá para fazer o que fazem muitos: fazer muitas coisas. Mas se também no Verão atafulharmos a alma com coisas e mais coisas ela não descansará nem respirará. É por isso que ofereço a singeleza deste roteiro carmelita.