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PROF. EDMAR CHRISTOVAM                                 ORTODONTIA


                 Classificação das Más Oclusões

Por que classificamos:

- Razões tradicionais:
Entre os ortodontistas sempre foram definidos os tipos de má
oclusão em três classes, independente da etiologia, severidade ou
tipo de tratamento, porem por tradição continuamos até hoje a
classificarmos conforme Angle (1899).

- Facilidade de referência:
Quando iremos fazer referência à um paciente é muito mais fácil
dizer que é uma Classe II, do que “o paciente tem deficiência
mandíbula, com os molares inferiores colocados para trás do
superior......etc”.

- Propósito de comparação:
Quando classificaram ou nos disseram que um paciente é Classe
III, já podemos fazer comparações com outros casos por nós
tratados e, até mesmo, ter idéia dos problemas que podem
ocorrer durante o tratamento.

- Por razões reflexivas:
Para que possamos, dependendo da classificação, refletir sobre o
tipo de tratamento ou os aparelhos que podem ser adotados.

- Comunicação pessoal:
Facilitar a comunicação entre profissionais.

Sistema de Angle:

Existem certos princípios nos quais a classificação de Angle se
baseia, desta forma, Angle baseou-se nos seguintes fatores:

a) O corpo mandibular com sua respectiva arcada dental deve
ocupar um posicionamento normal em relação à anatomia
craniana;

b) O arco dentário maxilar, por estar construído sobre uma base
fixa em relação à anatomia craniana, é mais ou menos estável
em relação aos vários limites da cabeça.
PROF. EDMAR CHRISTOVAM                                ORTODONTIA


Conseqüentemente poderia se escolher um ponto através do qual
pudesse verificar e julgar a relação do arco dentário inferior.
Selecionou-se então o primeiro molar superior, por acreditar que
os mesmos ocupavam posições normais com maior freqüência do
que qualquer outro dente, e por que serem estes dentes menos
limitados para tomarem suas posições na arcada.

c) Observou também a relação normal dos caninos que, devido
ao tamanho, forçavam suas passagens para dentro de posições
normais.

                         Classificação de Angle:

- Classe   I.
- Classe   II.
- Classe   II – Divisão 1.
- Classe   II – Divisão 2.
- Classe   II – Subdivisão.
- Classe   III.



Classe I:
São englobados aqueles casos
de maloclusão em que a relação
anteroposterior dos primeiros
molares superiores e inferior é
normal. Isto significa que a
mandíbula e o arco dentário a
ela superposto, estão em correta
relação mesiodistal com a maxila
e demais ossos da face. A
cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui no
sulco central do primeiro molar inferior. A maloclusão está
geralmente confinada aos dentes anteriores.
PROF. EDMAR CHRISTOVAM                                 ORTODONTIA


Classe II:
São aqueles casos em que a
arcada inferior se encontra em
relação distal com a arcada
superior.   A    cúspide    mesio-
vestibular do primeiro molar
superior oclui no espaço entre a
cúspide vestibular do primeiro
molar inferior e a face distal da
cúspide vestibular do segundo
pré-molar inferior. Apresentam duas divisões:

Classe II – Divisão 1:
                         Uma de suas características marcantes é
                         a protrusão dos incisivos superiores que
                         apresentam uma inclinação axial labial.
                         A forma da arcada se assemelha à um
                         "V", está geralmente associada com
                         funções musculares anormais, respiração
                         bucal ou hábitos de sucção de dedo ou
língua.

Classe II – Divisão 2:
                       São aqueles casos de classe II em que os
                       incisivos superiores estão com inclinação
                       axial vertical ou lingual. O arco superior
                       geralmente apresenta-se achatado na
                       região anterior, devido a inclinação
                       lingual excessiva dos incisivos centrais
                       superiores. Existe uma sobremordida
vertical excessiva, e o arco inferior apresenta frequentemente
curva de Spee exagerada. A função muscular e respiração são
normais.

Classe II – Subdivisão:
Quando os molares de um lado apresentam relações de classe I e
o outro lado em relação de classe II. Recebe a denominação de
subdivisões direita ou esquerda, conforme a chave de oclusão de
classe II esteja do lado direito ou esquerdo, respectivamente.
PROF. EDMAR CHRISTOVAM                                   ORTODONTIA


Classe III:
São aqueles casos em
que o primeiro molar
inferior encontra-se em
posição     mesial   na
relação com o primeiro
molar     superior.    A
cúspide            mésio
vestibular do primeiro
molar superior oclui no
espaço entre a cúspide distal do primeiro molar inferior e a
cúspide mesio-vestibular do segundo molar inferior. Também
neste caso é usada a subdivisão quando existe um lado em chave
de oclusão. Os incisivos podem ou não apresentar mordida
cruzada, com as faces vestibulares dos incisivos superiores
contactando com as faces linguais dos incisivos inferiores. Os
incisivos e caninos inferiores encontram-se com excessiva
inclinação lingual. Frequentemente a arcada superior está
atresiada.


      Classificação de Lisher - Más posições individuais:


A nomenclatura de Lischer, para descrever as más posições
dentárias individuais é a mais usada. Envolve somente a adição
do sufixo "versão" à palavra indicadora da direção para a qual o
dente desvia-se da posição normal. São termos sugeridos por
Lischer, usados para demonstrar anomalias individuais dos
dentes, na qual influencia a oclusão com má formação do
processo alveolar e sem deformação dos maxilares e das
características faciais. A terapia ortodôntica geralmente é efetiva
nestes tipos de maloclusões.

- Mesioversão:
O dente encontra-se mais para a linha mediana em relação a sua
posição normal.

- Distoversão:
O dente apresenta-se mais para a distal, em relação a sua
posição normal.
PROF. EDMAR CHRISTOVAM                                  ORTODONTIA




- Linguoversão:
O dente apresenta-se mais para a lingual, em relação a sua
posição normal.

- Palatoversão:
O dente apresenta-se mais para a palatina, em relação a sua
posição normal.

- Vestibuloversão:
O dente encontra-se mais para a vestibular, que sua posição
normal.

- Infraversão:
Quando o dente em questão, não alcança a linha de oclusão.

- Supraversão:
Quando o dente em questão ultrapassa a linha de oclusão.

- Axiversão:
É a inclinação do dente em questão, no sentido do seu longo eixo
para a mesial ou distal.

- Giroversão:
É a rotação do dente, em seu próprio eixo.

- Transposição:
É a troca de posição, que ocorre entre dois dentes.

- Perversão:
Indica a impactação do dente, em geral por falta de espaço no
arco.

Má posição de grupos dentais:

Sentido vertical:

     Mordida aberta:
Quando os dentes, não atingem a linha de oclusão (ausência de
oclusão), podendo ser anterior, posterior unilateral ou bilateral.
PROF. EDMAR CHRISTOVAM                                 ORTODONTIA


     Mordida profunda:
Disposição dentária em que as bordas incisais inferiores atingem
um nível acima dos terços inciso-linguais superiores.

Sentido Transversal:

      Mordida cruzada anterior:
Quando os dentes superiores anteriores, estão ocluindo pela
lingual dos inferiores.
      Mordida cruzada posterior:
Bucal: Quando os dentes superiores estiverem ocluindo mais para
vestibular, que o normal, em relação aos inferiores.

Lingual: Quando a cúspide vestibular dos dentes superiores
posteriores, estiverem ocluindo, no sulco central dos dentes
inferiores.

Lingual completa: Quando os dentes superiores            ocluem
totalmente pela lingual dos dentes inferiores.



            As seis chaves para uma oclusão ótima.

- Chave I – Relação Inter-arcos:
- Cúspide mésio-vestibular do 1º molar superior no sulco mésio-
vestibular do 1º molar inferior.
- Crista marginal distal do 1º molar superior oclui na crista
marginal mesial do 2º molar inferior.
- Cúspide mésio-lingual do 1º molar superior oclui na fossa
central do 1º molar inferior.
- As cúspides vestibulares dos premolares superiores ocluem nas
ameias entre os premolares inferiores.
- As cúspides linguais dos premolares superiores ocluem nas
fossas distais dos homólogos inferiores.
- O canino superior oclui na ameia entre o canino e o primeiro
premolar inferiores. O vértice da cúspide do canino superior fica
ligeiramente deslocado em sentido mesial.
- Os incisivos superiores sobrepõem-se aos homólogos inferiores,
e as linhas médias devem coincidir.
PROF. EDMAR CHRISTOVAM                                 ORTODONTIA




- Chave II – Angulação da coroa:
- A porção gengival do longo eixo de cada coroa, localiza-se
distalmente em relação à oclusal do mesmo.
- Todos os dentes permanentes apresentam algum grau de
inclinação mesial de seus longos eixos..
- Todas as coroas superiores e inferiores apresentam angulação
positiva, com intensidade própria de cada grupo dentário.

- Chave III – Inclinação da coroa:
- Ângulo formado pelo eixo vestibular da coroa clínica e uma
perpendicular ao plano oclusal, no sentido vestíbulo-lingual.
- As inclinações vestíbulo-linguais dos dentes permanentes variam
de intensidade e sentido, dependendo da arcada e região
analisada
- Coroas dos incisivos superiores têm inclinação vestibular
(positiva) Caninos e premolares têm inclinação palatina 1º e 2º
Molares têm inclinação palatina (negativa) mais acentuada.
-As inclinações das coroas inferiores são progressivamente
linguais (negativas), desde os incisivos até os 2º molares.



- Chave IV – Ausência de rotações:
- As rotações são alterações de posição dos dentes decorrentes
da giroversão dos mesmos, em torno de seus longos eixos.
- Dentes superiores em rotação, ocupando mais espaço.
- Dentes anteriores em rotação, ocupando menos espaço.

- Chave V – Contatos justos:
- Os pontos de contatos devem se tocar, a menos que exista
discrepância no diâmetro mésio-distal das coroas.

- Chave VI – Curva de Spee:
- A profundidade da curva de Spee varia de um plano até uma
superfice levemente curva.


Referências: www.igeors.com.br; www.cefac.br;
VELLINI, F.F. Diagnóstico e Planejamento Clínico

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  • 1. PROF. EDMAR CHRISTOVAM ORTODONTIA Classificação das Más Oclusões Por que classificamos: - Razões tradicionais: Entre os ortodontistas sempre foram definidos os tipos de má oclusão em três classes, independente da etiologia, severidade ou tipo de tratamento, porem por tradição continuamos até hoje a classificarmos conforme Angle (1899). - Facilidade de referência: Quando iremos fazer referência à um paciente é muito mais fácil dizer que é uma Classe II, do que “o paciente tem deficiência mandíbula, com os molares inferiores colocados para trás do superior......etc”. - Propósito de comparação: Quando classificaram ou nos disseram que um paciente é Classe III, já podemos fazer comparações com outros casos por nós tratados e, até mesmo, ter idéia dos problemas que podem ocorrer durante o tratamento. - Por razões reflexivas: Para que possamos, dependendo da classificação, refletir sobre o tipo de tratamento ou os aparelhos que podem ser adotados. - Comunicação pessoal: Facilitar a comunicação entre profissionais. Sistema de Angle: Existem certos princípios nos quais a classificação de Angle se baseia, desta forma, Angle baseou-se nos seguintes fatores: a) O corpo mandibular com sua respectiva arcada dental deve ocupar um posicionamento normal em relação à anatomia craniana; b) O arco dentário maxilar, por estar construído sobre uma base fixa em relação à anatomia craniana, é mais ou menos estável em relação aos vários limites da cabeça.
  • 2. PROF. EDMAR CHRISTOVAM ORTODONTIA Conseqüentemente poderia se escolher um ponto através do qual pudesse verificar e julgar a relação do arco dentário inferior. Selecionou-se então o primeiro molar superior, por acreditar que os mesmos ocupavam posições normais com maior freqüência do que qualquer outro dente, e por que serem estes dentes menos limitados para tomarem suas posições na arcada. c) Observou também a relação normal dos caninos que, devido ao tamanho, forçavam suas passagens para dentro de posições normais. Classificação de Angle: - Classe I. - Classe II. - Classe II – Divisão 1. - Classe II – Divisão 2. - Classe II – Subdivisão. - Classe III. Classe I: São englobados aqueles casos de maloclusão em que a relação anteroposterior dos primeiros molares superiores e inferior é normal. Isto significa que a mandíbula e o arco dentário a ela superposto, estão em correta relação mesiodistal com a maxila e demais ossos da face. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco central do primeiro molar inferior. A maloclusão está geralmente confinada aos dentes anteriores.
  • 3. PROF. EDMAR CHRISTOVAM ORTODONTIA Classe II: São aqueles casos em que a arcada inferior se encontra em relação distal com a arcada superior. A cúspide mesio- vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide vestibular do primeiro molar inferior e a face distal da cúspide vestibular do segundo pré-molar inferior. Apresentam duas divisões: Classe II – Divisão 1: Uma de suas características marcantes é a protrusão dos incisivos superiores que apresentam uma inclinação axial labial. A forma da arcada se assemelha à um "V", está geralmente associada com funções musculares anormais, respiração bucal ou hábitos de sucção de dedo ou língua. Classe II – Divisão 2: São aqueles casos de classe II em que os incisivos superiores estão com inclinação axial vertical ou lingual. O arco superior geralmente apresenta-se achatado na região anterior, devido a inclinação lingual excessiva dos incisivos centrais superiores. Existe uma sobremordida vertical excessiva, e o arco inferior apresenta frequentemente curva de Spee exagerada. A função muscular e respiração são normais. Classe II – Subdivisão: Quando os molares de um lado apresentam relações de classe I e o outro lado em relação de classe II. Recebe a denominação de subdivisões direita ou esquerda, conforme a chave de oclusão de classe II esteja do lado direito ou esquerdo, respectivamente.
  • 4. PROF. EDMAR CHRISTOVAM ORTODONTIA Classe III: São aqueles casos em que o primeiro molar inferior encontra-se em posição mesial na relação com o primeiro molar superior. A cúspide mésio vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide distal do primeiro molar inferior e a cúspide mesio-vestibular do segundo molar inferior. Também neste caso é usada a subdivisão quando existe um lado em chave de oclusão. Os incisivos podem ou não apresentar mordida cruzada, com as faces vestibulares dos incisivos superiores contactando com as faces linguais dos incisivos inferiores. Os incisivos e caninos inferiores encontram-se com excessiva inclinação lingual. Frequentemente a arcada superior está atresiada. Classificação de Lisher - Más posições individuais: A nomenclatura de Lischer, para descrever as más posições dentárias individuais é a mais usada. Envolve somente a adição do sufixo "versão" à palavra indicadora da direção para a qual o dente desvia-se da posição normal. São termos sugeridos por Lischer, usados para demonstrar anomalias individuais dos dentes, na qual influencia a oclusão com má formação do processo alveolar e sem deformação dos maxilares e das características faciais. A terapia ortodôntica geralmente é efetiva nestes tipos de maloclusões. - Mesioversão: O dente encontra-se mais para a linha mediana em relação a sua posição normal. - Distoversão: O dente apresenta-se mais para a distal, em relação a sua posição normal.
  • 5. PROF. EDMAR CHRISTOVAM ORTODONTIA - Linguoversão: O dente apresenta-se mais para a lingual, em relação a sua posição normal. - Palatoversão: O dente apresenta-se mais para a palatina, em relação a sua posição normal. - Vestibuloversão: O dente encontra-se mais para a vestibular, que sua posição normal. - Infraversão: Quando o dente em questão, não alcança a linha de oclusão. - Supraversão: Quando o dente em questão ultrapassa a linha de oclusão. - Axiversão: É a inclinação do dente em questão, no sentido do seu longo eixo para a mesial ou distal. - Giroversão: É a rotação do dente, em seu próprio eixo. - Transposição: É a troca de posição, que ocorre entre dois dentes. - Perversão: Indica a impactação do dente, em geral por falta de espaço no arco. Má posição de grupos dentais: Sentido vertical: Mordida aberta: Quando os dentes, não atingem a linha de oclusão (ausência de oclusão), podendo ser anterior, posterior unilateral ou bilateral.
  • 6. PROF. EDMAR CHRISTOVAM ORTODONTIA Mordida profunda: Disposição dentária em que as bordas incisais inferiores atingem um nível acima dos terços inciso-linguais superiores. Sentido Transversal: Mordida cruzada anterior: Quando os dentes superiores anteriores, estão ocluindo pela lingual dos inferiores. Mordida cruzada posterior: Bucal: Quando os dentes superiores estiverem ocluindo mais para vestibular, que o normal, em relação aos inferiores. Lingual: Quando a cúspide vestibular dos dentes superiores posteriores, estiverem ocluindo, no sulco central dos dentes inferiores. Lingual completa: Quando os dentes superiores ocluem totalmente pela lingual dos dentes inferiores. As seis chaves para uma oclusão ótima. - Chave I – Relação Inter-arcos: - Cúspide mésio-vestibular do 1º molar superior no sulco mésio- vestibular do 1º molar inferior. - Crista marginal distal do 1º molar superior oclui na crista marginal mesial do 2º molar inferior. - Cúspide mésio-lingual do 1º molar superior oclui na fossa central do 1º molar inferior. - As cúspides vestibulares dos premolares superiores ocluem nas ameias entre os premolares inferiores. - As cúspides linguais dos premolares superiores ocluem nas fossas distais dos homólogos inferiores. - O canino superior oclui na ameia entre o canino e o primeiro premolar inferiores. O vértice da cúspide do canino superior fica ligeiramente deslocado em sentido mesial. - Os incisivos superiores sobrepõem-se aos homólogos inferiores, e as linhas médias devem coincidir.
  • 7. PROF. EDMAR CHRISTOVAM ORTODONTIA - Chave II – Angulação da coroa: - A porção gengival do longo eixo de cada coroa, localiza-se distalmente em relação à oclusal do mesmo. - Todos os dentes permanentes apresentam algum grau de inclinação mesial de seus longos eixos.. - Todas as coroas superiores e inferiores apresentam angulação positiva, com intensidade própria de cada grupo dentário. - Chave III – Inclinação da coroa: - Ângulo formado pelo eixo vestibular da coroa clínica e uma perpendicular ao plano oclusal, no sentido vestíbulo-lingual. - As inclinações vestíbulo-linguais dos dentes permanentes variam de intensidade e sentido, dependendo da arcada e região analisada - Coroas dos incisivos superiores têm inclinação vestibular (positiva) Caninos e premolares têm inclinação palatina 1º e 2º Molares têm inclinação palatina (negativa) mais acentuada. -As inclinações das coroas inferiores são progressivamente linguais (negativas), desde os incisivos até os 2º molares. - Chave IV – Ausência de rotações: - As rotações são alterações de posição dos dentes decorrentes da giroversão dos mesmos, em torno de seus longos eixos. - Dentes superiores em rotação, ocupando mais espaço. - Dentes anteriores em rotação, ocupando menos espaço. - Chave V – Contatos justos: - Os pontos de contatos devem se tocar, a menos que exista discrepância no diâmetro mésio-distal das coroas. - Chave VI – Curva de Spee: - A profundidade da curva de Spee varia de um plano até uma superfice levemente curva. Referências: www.igeors.com.br; www.cefac.br; VELLINI, F.F. Diagnóstico e Planejamento Clínico