1. Sansão Albino Timbane
TE – Tendências em Computação Pervasiva e Ubíqua
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Tendências em computação
pervasiva e ubíqua
e,... qual é o
meu lugar?!...
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Contextualização
A convergência das tecnologias de rádio, dos
microprocessadores e dos dispositivos electrónicos digitais de
uso pessoal, tornou possível a cooperação entre dispositivos
com certo poder de processamento computacional, tanto móveis
quanto estacionários, por forma a oferecer ao utilizador acesso
instantâneo a novos serviços de forma transparente. Essa
característica levou ao surgimento do conceito de ubiquidade na
computação.
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A idéia básica da computação ubíqua é que a computação
move-se para fora das estações de trabalho e
computadores pessoais (PCs) e torna-se embarcado no
ambiente de forma invisível para o utilizador.
Em um cenário com computação ubíqua, temos:
· Múltiplos dispositivos heterogêneos que acedam a informação;
· A aplicação segue o utilizador em movimento;
· Os dispositivos interagem entre si;
· Algumas tarefas são executadas de forma autônoma;
· O ambiente troca informações com o dispositivo e vice‐versa.
· A aplicação responde a mudanças no ambiente.
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Computação móvel
A computação móvel baseia-se no facto de o computador tornar-se
num dispositivo sempre presente que expande a capacidade de
um utilizador usar os serviços que um computador oferece,
independentemente de sua localização.
Limitações da Computação móvel
O dispositivo não possui a capacidade de obter de forma flexível
informações sobre o contexto em que a computação ocorre e
adaptá-la adequadamente.
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Computação Pervasiva
Pervasive significa tanto ou quanto “impregnante”.
O conceito de computação pervasiva descreve que os dispositivos
computacionais estão agregados (embarcados) ao ambiente de
forma imperceptível para o utilizador. Dessa forma, se induz que o
sistema computacional tem a capacidade de obter informações e
dados relativos ao ambiente no qual ele está inserido..
i. É importante que o sistema consiga configurar e alterar
aplicações de acordo com o ambiente que ele faz parte no
momento.
ii. Também é necessário que o dispositivo consiga identificar
outros dispositivos, para que seja possível estabelecer uma
interação entre eles.
Estas são capacidades fundamentais para que os dispositivos ajam
de maneira inteligente em todos os locais.
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Princípios da Computação Pervasiva
a). Descentralização
Não existe apenas um servidor central, mas que todos os
dispositivos se comunicam entre si e sincronizam informações
específicas de cada um, criando assim um ambiente “inteligente”,
onde todos os equipamentos trabalham e cooperam entre si.
As aplicações são responsáveis pela construção e troca das
informações, porém é necessário que os servidores sejam robustos
e ao mesmo tempo flexíveis, para gerir um grande número de
diferentes dispositivos sincronizados.
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b). Diversidade
Refere-se a dispositivos específicos para a realização de tarefas
específicas, da forma mais rápida e fácil possível. Assim, podem
existir vários dispositivos que realizem determinada tarefa, mas
alguns são mais específicos do que outros, dependendo do tipo de
tarefa.
Hoje em dia, a diversidade de dispositivos é enorme e poucos deles
têm capacidades únicas, visto que a integração de várias
capacidades em um mesmo dispositivo é a tendência do mercado
no momento atual.
Um aspecto interessante do princípio da diversidade é que os
sistemas computacionais devem ser capazes de gerir as diferentes
capacidades dos mais diversos equipamentos, escolhendo
automaticamente aquele que melhor se adequa à determinada
situação.
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c) . Conectividade
Múltiplos dispositivos encontram-se de certa forma ligados uns aos
outros. Não há limites: eles trocam informações entre si através de
infravermelho, via plugs, rede sem fio, etc., sendo necessária, para
isso, a padronização da comunicação entre os dispositivos.
“para que se atinja a conectividade e interoperabilidade desejada é
preciso basear as aplicações em padrões comuns, levando ao
desafio da especificação de padrões abertos” ARAÚJO, (2003).
Os dispositivos e as aplicações se movimentam juntamente com o
utilizador, de forma conectada e sem interrupções. Essa conexão
se dá entre diversas redes heterogêneas, como as redes sem fio de
longa distância e redes de média e curta distância.
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d. Invisibilidade
O computador torna-se fundamental nas atividades cotidianas, mas
dilui-se no mundo físico, tornando-se onipresente e imperceptível.
A tecnologia não deve exigir mais
que atenção periférica dos usuários.
e). Simplicidade
Qualquer computador de qualquer forma deve ser uma
ferramenta simples e facilmente acessível na vida diária
Quanto mais presente uma tecnologia
estiver, menos perceptível ela deve ser.
Do ponto de vista de usabilidade, os dispositivos pervasivos devem
desempenhar bem as tarefas para as quais foram projectados, ou
seja: atingir a simplicidade no uso. As palavras-chave aqui são:
disponibilidade, conveniência e facilidade de uso. O acesso à
informação e gestõo devem ser desempenhados sem gastar tempo
significativo para aprender como usar a tecnologia.
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Computação Pervasiva
“o computador tem a capacidade de obter informações do
ambiente no qual ele está embarcado e utilizá-lo para
dinamicamente construir modelos computacionais, ou seja,
controlar, configurar e ajustar a aplicação para melhor
atender as necessidades do dispositivo ou usuário. O
ambiente também pode e deve ser capaz de detectar
outros dispositivos que venham fazer parte dele. Desta
interação surge a capacidade de computadores agirem de
forma ‘inteligente’ no ambiente no qual nos movemos, um
ambiente povoado por sensores e serviços
computacionais”. ARAÚJO, (2003)
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A computação ubíqua – Ubiquitous
Ubiquitous significa “em toda a parte” ou “para ser
encontrado em todo lugar”.
Computação Móvel = Processamento + Mobilidade +
Comunicação sem Fio.
A computação ubíqua beneficia-se dos avanços da
computação móvel e da computação pervasiva.
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Computação ubíqua – Ubiquitous
Termo apresentado por Mark Weiser em “The Computer for
the 21st Century”
No futuro o
utilizador estará
mais centrado na
tarefa do que com
a ferramenta
utilizada.
A tecnologia estará enraizada implicitamente no contexto,
ficando difícil decifrar os limites entre ela e o utilizador.
Fonte: Instituto de Informática - UFRGS
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A computação ubíqua – Ubiquitous
Portanto, na computação ubíqua temos o computador inserido
(embarcado) no ambiente de maneira invisível ao utilizador,
acompanhando‐o em seu deslocamento.
Surge da necessidade de se integrar mobilidade com a
funcionalidade da computação pervasiva, ou seja, qualquer
dispositivo computacional, enquanto em movimento conosco, pode
construir, dinamicamente, modelos computacionais dos ambientes
nos quais nos movemos e configurar seus serviços dependendo
da necessidade.
Grau de embarcamento - grau de inteligência dos computadores
embutidos em um ambiente pervasivo, para detectar, explorar e
construir dinamicamente modelos computacionais de seus ambientes.
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A computação ubíqua – Ubiquitous
Relação entre Computação Ubíqua, Pervasiva e Móvel
Marc Weiser, da Xerox PARC, tido como o pai da computação
ubíqua, afirmou que no futuro os computadores estariam presentes
nos mais triviais objectos: etiquetas de roupas, chávenas de café,
interruptores de luz, canetas, etc, de forma invisível para o
utilizador.
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Características da computação ubíqua – Ubiquitous
Mark acreditava que isso tudo levaria a humanidade a era da
“Tecnologia Calma”, na qual a tecnologia, em vez de nos
preocupar, iria nos ajudar a focar em somente aquilo que é
realmente importante para nós.
Foi na base disso que foi descrito um conjunto de princípios para a
Computação Ubíqua:
Como menciodado anteriormente, a computação ubíqua beneficia-
se dos avanços da computação móvel e da computação pervasiva.
Neste contexto, os postulados da computação pervasiva também a
caracterizam. Porém, há que citar igualmente as seguintes
características:
Pró-actividade
O sistema deve ser capaz de se antecipar a intenção do usuário.
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Sensibilidade ao Contexto:
O sistema deve possuir mecanismos que permitam a aquisição de
informações do meio. Estas informações são o cerne para todo o
processamento do ambiente ubíquo. =>
Interfaces Naturais
Como acontece na comunicação natural entre pessoas, os
recursos de comunicação como gestos, voz até olhares, devem ser
utilizados na interação entre homem e a máquina.
Os princípios acima citados devem ser seguidos, para que se atinja
a interação entre homem e máquina, ou seja, utilizar os
dispositivos computacionais ou qualquer outro objecto com
capacidades computacionais para interagir de forma visível ou
invisível com o utilizador, ajudando-o na realização de suas
tarefas do dia-a-dia, pois esse é o grande objetivo da
Computação Ubíqua.
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Assim:
• O propósito de um computador é de ajudar alguém a fazer algo.
• O melhor computador é um servo quieto e invisível.
• Quanto mais você consegue fazer usando a intuição, mais
esperto você é. O computador deve estender a sua habilidade
inconsciente.
• A tecnologia deve criar conforto, ser calma.
Sensibilidade
ao contexto
Contexto - conjunto de relações onde alguma
coisa ocorre, a informação que pode ser utilizado
para caracterizar a situação de uma entidade.
Sensibilidade a contexto se refere à capacidade dos software se
adaptarem à situação onde eles se encontram. Essa capacidade
trás ao utilizador um estilo de interação que facilita bastante a
comunicação do homem com a máquina, já que o programa pode
se adaptar à sua necessidade.
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Existem várias formas de se utilizar sensibilidade a contexto,
podendo estas agirem conjuntamente ou separadamente. Entre
elas podemos citar algumas:
· Sensibilidade a localização (se adaptar de acordo com
coordenadas espaciais).
· Sensibilidade ao ambiente computacional (saber em que
dispositivo físico ou sistema operativo está sendo executado).
· Sensibilidade temporal (se adaptar a situações de horários e
datas).
· Sensibilidade ao utilizador (como saber as preferências do
agente).
· Sensibilidade ao ambiente físico (como condições de iluminação e
barulho).
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Computação Vestível
Computadores vestíveis são aqueles que são usados no corpo do
utilizador. Esse tópico é intensamente pesquisado, usando diversas
áreas de estudo como interação humano computador,
miniaturização, inteligência artificial, computação móvel e sistemas
embarcados.
Já existem diversas aplicações do conceito como relógios
inteligentes, óculos com sistemas embarcados, capacetes de
captação de ondas cerebrais entre outros. Mas essas aplicações
ainda são pouco utilizadas
pelo factor estético e de conforto, os aparelhos ainda são muito
grandes e incomodam os utilizadores. Com o avanço de técnicas
de miniaturização e da nanotecnologia estes dispositivos serão
implantados no corpo das pessoas de forma muito mais
confortável.
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Tecnologias de Desenvolvimento
Como se pode depreender, as aplicações ubíquas devem lidar com
uma série de diferentes características de hardware dos
dispositivos e também mudanças de ambientes. Tendo em conta os
grandes desafios que ainda se colocam, como:
1. Comunicação sem fio (Desconexão, Banda reduzida,
Variabilidade de banda, Redes incompatíveis, Riscos de
segurança)
2. Mobilidade (Migração de endereço, Informação dependente de
local, Migração de localidade)
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3. Portabilidade (Baixo consumo de energia, Integridade dos
dados, Pequeno espaço de armazenamento, Interface HC
(Humano-Computador) reduzida,
As aplicações para dispositivos ubíquos devem ser projectadas
sem perder de vista tais limitações.
Os Sistemas Operativos, por sua vez, devem ser projectados tendo
em vista as características do dispositivo e o objectivo do uso.
A computação ubíqua traz novos requisitos para as infra-estruturas
de serviço, ou middlewares, tais como:
... além de frameworks que atendam às necessidades específicas.
i. Descoberta de serviços,
ii. Adaptação de conteúdo,
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Porém, muitos dos Sistemas Operativos existentes hoje, foram
desenvolvidos para satisfazerem às necessidades específicas da
computação ubíqua. São exemplos:
O Google Android, Windows CE, Windows for Smart Cards, Palm
OS, EPOC, QNX, GEOS, e muitos outros.
Todos eles rodam em dispositivos com relativa pouca memória e a
maioria são projectados para executarem em diferentes plataformas
de processadores.
Os dispositivos ubíquos combinam os princípios da computação
obíqua apresentados anteriormente: eles são fortemente
descentralizados, diversificados, conectados e simples de usar.
Dispositivos
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Desafios da Computação Ubíqua
Como qualquer outra tecnologia emergente, existem aspectos bons
e menos bons. Com a computação ubíqua também é assim. Já se
vislumbram alguns aspectos que se tornam um grande desafio:
Segurança
Devido a alta conectividade dos dispositivos, sistemas de proteção
e firewalls deverão ser implantados de forma embedded
(embarcada) a fim de proteger os usuários e o próprio hardware de
acessos não autorizados, roubo de conteúdo ou mesmo
vandalismos.
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Complexidade
A automatização dos sistemas e dispositivos poderia tornar os
sistemas complexos demais para os utilizadores, sobrecarregando-
o com excesso de informações e funcionalidades. A solução do
problema de excesso de informações expostas aos utilizadores
deverá ser tratada, onde inclusive existe uma área de pesquisa
denominada calm computing.
Privacidade
Com a proliferação de sensores e o desenvolvimento de modelos
de contexto, as bases de dados de diversas empresas e órgãos
governamentais passarão a armazenar grandes quantidades de
informações sobre os utilizadores, inclusive de caráter íntimo. A
questão está em como garantir a privacidade destes. A solução
poderá passar pela área jurídica e legislativa.