CURRÍCULOS E
PROGRAMAS
Profa. Martha Sirlene
Conceitos centrais
• Aprendizagem e construção do conhecimento
(Zabala)
• Prática educativa (Zabala, Lerner)
• Formação de Professores ( Tardif, Lerner)
• Leitura e Escrita como práticas sociais ( Lerner)
• Relação professor/aluno (Lerner, Zabala, )
• A temática indígena na escola (Cunha, Silva e
Grupioni )
• A educação de adultos trabalhadores (Percival Brito)
Antoni Zabala
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM.
IN:____Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo
Antoni Zabala
• as decisões sobre organização de conteúdos e
sobre metodologia didática são decisões sobre
meios para alcançar a finalidade de formar
cidadãos e cidadãs capazes de intervir na
realidade e modificá-la
• numa perspectiva democrática.
• apresenta prática reflexiva e coerente.
Fornece análises sobre as condições da
prática docente, para interpretá-la,
destacando:
a) relações interativas,
b) organização social da aula,
c) o tempo e o espaço,
d) a organização dos conteúdos,
e) os materiais curriculares,
f) os recursos didáticos,
g) a avaliação
Enfoque Globalizador
Centralizar todo o corpo docente e discente
em um único objetivo ou método de ensino- aprendizagem,
a partir da organização e planejamento pedagógico,
enfatizando as relações entre escola-professor-aluno,
todos com o mesmo objetivo, que surgirá a partir do
envolvimento de todos.
A globalização considera que o
ensino deva
• se dar de forma mais abrangente –
• reconhecer e observar as necessidades
dos alunos, no meio em que se
encontram.
• acompanhar as necessidades humanas
• sofrer mudanças em virtude dessas
necessidades
Prática docente
• aplicar o conhecimento obtido na escola,
neste mesmo meio.
• demonstrar, por meio da inter relação
entre as disciplinas que a vida é uma
constante teia de informações e ações,
• Nas inter relações os alunos aprendem
mais quando as disciplinas dialogam com
fatos cotidianos, com informações que
podem ser aplicadas em sua vida.
Prática docente
• O conteúdo trabalhado com seus alunos deve
ser planejando, pesquisando-se inovações que
serão ferramentas que desdobrarão na
sociedade como um todo
• Deve- se pautar no pensamento prático, sem
desconsiderar a capacidade reflexiva.
• Considera a prática educativa complexa
• Seu estudo envolve aspectos muito concretos,
relacionados à aula e à intervenção pedagógica.
Organização das atividades
Denominadas sequências didáticas (sinônimo de
unidade didática, unidade de programação) e as considera
como unidade preferencial para o estudo da prática.
Sequências didáticas
São definidas como: conjunto de
atividades ordenadas, estruturadas e
articuladas, para a realização de objetivos
educacionais, que tem princípio e fim e
são de conhecimento de professores e
alunos.
Variáveis metodológicas
 Sequências Didáticas
 Papel dos Professores e Alunos – relações
interativas
 Organização social da aula – formas de
agrupamentos
 Utilização dos espaços e dos tempos
 Formas de organizar os conteúdos
 Uso de materiais e recursos didáticos
 O papel da avaliação – uma variável
determinante
Sequência Didática
 Deve haver análise da sequência didática a partir de
todos os conteúdos que aparecem ao longo das
Unidades.
 devem ser identificadas as fases, as atividades, as
relações que se estabelecem para a compreensão de
seu valor educacional ou verificação de necessidade
de mudanças.
• Partir da realidade e aproveitar os conflitos que dela
emergem
• Introduzir processos de reflexão crítica para normas
sociais
• Fomentar a autonomia dos alunos
Questões para análise das
sequências didáticas:
A) Possibilitam detectar conhecimentos prévios
dos alunos em relação aos novos conteúdos de
aprendizagem?
B) Os conteúdos propostos são significativos para
todos os alunos?
C) Representam um desafio alcançável para o
aluno – levam em conta suas competências?
D) Estimulam a auto-estima e o auto-conceito?
Classificação dos conteúdos
Conceituais – Conhecimento de fatos, acontecimentos,
situações, dados e fenômenos concretos e específicos. A
aprendizagem do aluno sobre este conteúdo ocorre quando
ele é capaz de reproduzi-lo, integrá-lo na memória..
Atitudinais – Valores, atitudes e normas – análise de fatores
positivos e negativos, tomada de posição, envolvimento
afetivo, revisão e avaliação da própria atuação.
Procedimentais – Técnicas, Métodos, habilidades,
estratégias, conjunto de ações ordenadas, dirigidas para
um objetivo. Aprendem-se estes conteúdos a partir de
modelos especializados, considerando-se a exercitação e
reflexão sobre a própria atividade e aplicação em contextos
diversos.
Reflexão sobre a prática
Por trás de uma intervenção pedagógica
consciente, deve haver uma análise sociológica
e uma tomada de posição – sempre ideológica,
quanto à condição de cidadão ou cidadã e
quanto às características da sociedade onde os
alunos vão viver.
Reflexão sobre a prática
• Planejar, globalizar o ensino aprendizagem requer tempo e
dedicação, com interação entre docentes e alunos o que
possibilitará maiores condições de aprendizagem.
• Necessidade de que a escola se torne um gerador de cidadãos
conscientes, autônomos, formadores de opinião e condutores de
transformações positivas para a sociedade e para o meio em que
vivem.
• Cita Paulo Freire quando afirma que não basta trabalhar uma
informação, é preciso que o aluno possa contextualizá-la e ir além
nos fatos, questionando-os, investigando.
• Possibilitar o desenvolvimento sócio-cultural do aluno,
proporcionando melhores condições para sua inserção no meio
social em que vive e no mercado de trabalho.
Tardif, Maurice. O Trabalho Docente: elementos para uma
teoria da docência como profissão de interações humanas.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
Esta obra analisa:
• o trabalho cotidiano dos professores;
• a interação com os alunos e os demais
agentes escolares
• evidencia as condições, tensões e
dilemas que fazem parte do trabalho
docente.
Trabalho humano (docente)
• Possui fins que se manifestam como: motivos,
intenções, objetivos, projetos, planos,
programas, planejamento, etc.
• Estes fins podem ser formalmente declarados
ou nascer durante a ação, por exemplo, pela
pressão das circunstâncias.
• Concebidas enquanto ações finalizadas,
temporais, instrumentais, teleológicas (o que
distingue das realizações da formiga, da abelha;
o trabalhador elabora uma representação
mental antes de realizá-lo e a fim de realizá-lo).
Mandato que orienta o trabalho
docente
• A análise dos objetivos perseguidos atualmente
pelas escolas possibilita perceber o mandato
legal que orienta o trabalho dos docentes e o
qual estes precisam levar em conta em suas
diversas atividades.
• Que incidência tem esses objetivos gerais no
trabalho docente?
• Uma maneira interessante de caracterizar é
fazer uma comparação entre o ensino e o
trabalho industrial.
Trabalho industrial
• O trabalho do operário(exemplo: operário
trabalhando com produção de vidros em
conserva) seus objetivos são operatórios,
circunscritos e de curto prazo.
• Observa o resultado de sua ação rapidamente e
com certa objetividade, uma vez que o produto
de seu trabalho é um objeto material
independente dele.
• Age em função de objetivos precisos,
coerentes, relativamente hierarquizados que
estrutura a tarefa coletiva da indústria.
Objetivos do trabalho escolar
1. Os objetivos escolares definem uma tarefa
coletiva, complexa e temporal com efeitos
incertos e ambíguos;
2. Os objetivos escolares são gerais, imprecisos e
não-operatórios;
3. Os objetivos escolares são muito variados;
4. Os objetivos escolares precisam ser
transformados e ajustados para serem
realizados.
Constata-se que os objetivos
• São muitos e variados e não operacionais e, tocam ao mesmo
tempo dimensões de formação pessoal, social e de instrução.
• Induzem uma tarefa dinâmica com efeitos imprecisos e longínquos
que requerem a iniciativa dos professores;
• Os professores precisam interpretá-los e adaptá-los aos contextos
da ação pedagógica;
• Ensinar é agir na ausência de indicações claras e precisas sobre os
próprios fins do ensino escolar;
• Requer autonomia (tarefa dupla na medida que os objetivos podem
parecer ilusórios e realistas, criando um sentimento de derrota ou
impotência) e a responsabilidade de construir objetivos antes de
realizá-los;
• Dificilmente podem medir e avaliar os resultados de seu trabalho e
saber com certeza se atingiram os objetivos.
Mandato dos professores
(contrato por meio do qual uma pessoa recebe poderes
de outra)
• Os objetivos curriculares e os programas
de ensino pertencem ao mandato dos
professores, pois ensinar na escola é
seguir um programa e tentar realizar seus
objetivos.
• Esses quadros impõem certas ideologias,
uma vez que veiculam valores culturais,
intelectuais, sociais.
Pesquisa sobre programas
• Os programas escolares são muito pesados,
muito detalhados, com uma multidão de
objetivos que os professores devem respeitar.
• Os julgamentos dos professores a respeito dos
programas são bastante variados. Embora
esses pareçam bastante exigentes e
sufocantes, fornecem uma ajuda segura no
planejamento do ensino e das normas a serem
respeitadas.
• Os professores se empenham em respeitar os
programas; a liberdade que tomam é mais na
organização do trabalho em classe.
Críticas dos professores sobre os
programas
• implantação prematura e burocrática dos programas,
• ausência de consulta aos professores
• falta de tempo para cobrir todo o conteúdo,
• ausência de suporte material,
• problema da competência para ensinar matérias
previstas dos programas na ação do dia-a-dia.
• ausência de vinculo entre as disciplinas,
• a compartimentalização existente
• e os problemas relativos a algumas matérias em
particular.
Transformações dos objetivos
na prática de cada dia
Os professores não aplicam e nem seguem os
programas mecanicamente:
• apropriam-se deles e os transformam em
função das necessidades situacionais,
• das suas experiências anteriores,
• de seu entendimento da matéria,
• da interpretação das necessidades dos alunos,
• dos recursos disponíveis,
• do andamento da turma,
• das suas preferências e valores.
Mandato do trabalho docente
• Definido pelos objetivos gerais da escola, os programas
e as matérias escolares, pesa gravemente sobre a
atividade docente.
• Obriga a encarar dilemas fundamentais: respeitar e
realizar um programa, sem afastar-se de suas atividades
cotidianas.
• Afeta seu status: determina sua identidade profissional,
fazendo deles executantes de programas concebidos e
definidos por outros.
• Afeta também seu status devido à hierarquização das
matérias ensinadas.
• Os objetivos não têm o mesmo valor para os alunos, os
pais e os próprios professores.
Natureza do objeto de
trabalho
Material Humano
Serial Individual e social
Homogêneo Heterogêneo
Passivo Ativo e capaz de resistir
Determinado Comporta uma parte de indeterminação e de autodeterminação (liberdade)
Simples (pode ser
analisado e convertido
em componentes
funcionais)
Complexo (não pode ser analisado e convertido em componentes funcionais)
Natureza e componentes
típicos da relação do
trabalhador com o objeto
Relação técnica com o
objeto: manipulação,
controle, produção.
Relação multidimensional com o objeto; profissional, pessoal, intersubjetiva,
jurídica, emocional, normativa, etc..
O trabalhador controle
diretamente o objeto
O trabalhador precisa da colaboração do objeto
Comparação entre o trabalho industrial e o
trabalho docente no âmbito das tecnologias
• Há três grandes tecnologias de interação; a coerção, a
autoridade, a persuasão.
• O trabalho docente é um trabalho vivido ou investido,
portanto é a integração, ou mesmo a absorção da
personalidade do trabalhador no processo cotidiano.
• Este trabalho está relacionado ao trabalho investido
(vivido); emotional labor (trabalho emocional,
característico das mulheres) e com o mental labor
(trabalho mental), que permitem focar a integração ou a
absorção da personalidade do professor no processo de
trabalho.
Os fundamentos interativos da docência
A descrição ecológica da classe, segundo Doyle , passa pelas
seguintes categorias:
• Multiplicidade – se refere a diversos eventos ao mesmo tempo
numa aula.
• Imediatez – eventos que ocorrem durante uma aula sem previsão,
nem anúncios, necessitando de adaptações e estratégias
imediatas.
• Rapidez – caracteriza o desenvolvimento dos acontecimentos, sua
sucessão, encadeamento e fluência.
• Imprevisibilidade – acontecimentos que surgem de forma
imprevista, desviada, inesperada.
• Visibilidade – o fato da aula ser uma atividade pública.
• Historicidade – significa as interações entre os alunos e os
professores que acontece dentro de uma trama temporal: diária,
semanal, anual.
• Do ponto de vista da ação comunicacional, ensinar é fazer alguma
coisa significativa.
• O ser do trabalhador (o trabalhador
enquanto pessoa e profissional) é
inseparável daquilo que ele faz, de seu
agir.
• É uma questão de ética.
Délia Lerner
LER E ESCREVER NA ESCOLA –
O REAL, O POSSÍVEL E O
NECESSÁRIO
Porto Alegre, Artmed 2002.
Implicações didáticas
• Como ensinar a ler (Pressupostos)
• Como ensinar a escrever (Pressupostos)
curriculoseprogramakkhhugugygyjvfj,gc,gjs.ppt
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CIDADE CITY CITÉ
Haroldo de Campos
Atrocaducapacaustiduplielastifeliferafugahistoriloqualubrimendimult
iplicorganiperiodiplastipublirapareciprorustisagasimplitenavelover
avivaunivoracidade
city
cité
CIDADE CITY CITÉ
Haroldo de Campos
Atrocaducapacaustiduplielastifeliferafugahistoriloqualubrimendimultiplicorganiperiodiplastipublirapareciprorustisagasimplitenaveloveravivaunivor
a
cidade
Significado e Sentido
• O sentido é buscado no CONJUNTO
• Busca-se por uma regularidade NO TEXTO
• O SIGNIFICADO de uma palavra é somado ao
de outras para fazer SENTIDO.
• POR ISSO que a criança precisa ter contato
com textos DESDE MUITO CEDO.
• É preciso aprender a decodificar A PARTIR
DOS TEXTOS
• É papel da escola colocar a criança em contato
com textos e promover um ensino sistematizado
sobre a língua escrita EM CONTEXTO
Como lemos?
• Antecipando
• Fazendo perguntas ao texto
• Acionando o que já sabemos e colocando
em relação com o que está sendo lido
• Tentando descobrir o significado das
palavras pelo contexto (ou seja, buscando
o significado pelo sentido)
Como ensinamos a ler?
• Ensinando o estudante a levantar hipóteses antes
(do que será que esse texto vai tratar?) e
durante a leitura (inferências a partir dos sinais do
texto – fotos, negritos, sublinhados, gráficos, etc)
• Ensinando o estudante a fazer perguntas ANTES
DE LER.
• Ensinando o estudante a deduzir o significado
das palavras pelo contexto (DICIONÁRIO: Uso é
esporádico e estratégico!!!!)
Desafio de ensinar a ler e a escrever
• Participar na cultura escrita - supõe
apropriar-se de uma tradição de leitura e
escrita.
Para formar alunos praticantes da cultura letrada:
é necessário
Reconceitualizar
o objeto de
ensino
construí-lo através de
práticas sociais de língua
escrita
O necessário
Fazer da escola
comunidade
de leitores
Fazer os alunos
produzirem
seus próprios textos
Preservar o sentido do
objeto de
ensino para o aluno
O real
O real é o que levar à prática e isso implica
em conhecer as dificuldades e analisá-las
Dificuldades envolvidas na
escolarização das práticas
• não é simples determinar com exatidão o
que, como e quando os sujeitos
aprendem a língua escrita.
• Ex.: Em que momento as crianças se
apropriam da “linguagem dos contos”?
Como ter acesso às interferências ou
antecipações que as crianças fazem ao
tentar ler um texto?
Como ensinamos a ler?
• Apresentando textos de diferentes
gêneros e ensinando como se relacionar
com cada um deles:
– O que tem um jornal? Como ler um jornal?
Quem escreve num jornal? Quem é o dono
do jornal? Desde quando o jornal existe?
Para que escrevemos?
As funções da escrita
• Para comunicar uma idéia
• Para guardar uma informação ou idéia
• Para organizar o pensamento
• Para entender o mundo
• Para aprender a escrever
Como ensinamos a escrever?
• Oferecendo oportunidades de reflexão
sobre:
– O que escrever?
– Para que escrever?
– Para quem escrever?
– Como escrever?
Ensinando a escrever
• Escrevendo diferentes gêneros textuais
• Escrevendo a partir de modelos
• Escrevendo com uma função
comunicativa
• Lendo o que escreveu
• Revisando o que escreveu
• Reescrevendo o que escreveu
Como a escola tem tratado o
ensino da escrita?
• Sílabas
• Palavras
• Frases
• E só depois bem depois o texto
Escrita sem
significado
Aprender para
depois usar
Ensino de
regras
Uso estritamente
escolar
Tensão entre duas necessidades
institucionais: ensinar e controlar a
aprendizagem
conciliar as necessidades
da instituição escolar
com o propósito
educativo
gerar condições
didáticas
próxima da
prática social
O desafio: combater a
discriminação que a escola opera
cria o fracasso
por não alfabetizar
impede o aluno de ser leitor
e produtor de texto
competente e autônomo
Objetivo da capacitação de professores
conservar as práticas produtivas
para a construção de conhecimento didático.
Professores construam
conhecimentos sobre
o objeto de ensino
Situações de
“dupla
conceitualização”
Idéias subjacentes à perspectiva
curricular adotada:
• Somente a didática da língua pode
contribuir para resolver problemas que
se enfrenta na produção curricular.
• Para ocorrer transformação didática é
necessário levar em conta a natureza e
as pressões próprias que se lhe são
inerentes.
Projeto Curricular
preservar o sentido do objeto de ensino -
no caso da leitura e da escrita –
favorecendo a prática social que se
pretende comunicar.
Conteúdos a ensinar
• Chevallard explicita que a decisão de
quais são os conteúdos a ensinar e quais
serão considerados prioritários supõe uma
verdadeira reconstrução do objeto.
• Trata-se de um primeiro nível de
transposição didática: a passagem dos
saberes cientificamente produzidos ou
práticas a ensinar.
Objeto de ensino: é a língua
Ausentes na sala de aula, práticas de
leitura e escrita:
a) razão que leva as pessoas a ler e
escrever,
b) as maneiras de ler,
c) tudo o que fazem os leitores e escritores,
d) as relações que leitores e escritores têm
com o texto.
Efeitos dessa ausência
• a reprodução das desigualdades sociais
relacionadas com a leitura e a escrita
É possível ler na escola?
Muitas práticas descaracterizam a leitura
na escola, distantes dos propósitos que
lhe dão sentido social. Isso ocorre por dois
fatores:
Práticas que descaracterizam a leitura
na escola
• a teoria condutista (comportamentalista
ou behaviorista) da aprendizagem -
concebe a aquisição do conhecimento
como um processo acumulativo e
graduado, um parcelamento do conteúdo
em elementos supostamente simples.
A escola como microssociedade de
leitores e escritores. (ou – sim é possível
ler na escola)
1. que tenha sentido do ponto de vista do
aluno;
2. que os propósitos didáticos cumpram a
função para realizar os propósitos que o
aluno conhece e valoriza.
Escola deve
• Criar condições de imersão na leitura e na
escrita
• Partir do pressuposto que as crianças estão
inseridas numa sociedade letrada
• Portanto, já trazem conhecimentos sobre a
escrita desde muito cedo
• Escola deve potencializar o que a criança JÁ
SABE – E TODAS AS CRIANÇAS SABEM
O futuro da questão indígena
Manuela Carneiro da Cunha
A temática indígena na escola
• O futuro dos índios no Brasil dependerá
de estratégias:
• do Estado brasileiro
• da comunidade internacional das
diferentes etnias
Noção de cultura e de identidade
(modos de entender)
platônico heracliteana
Percebe identi// e
cultura como coisas
Coisificação; reificação
Identi// - Visão de
continuidade, processo,
memória
Identi// como modelo Cultura - Não é um conj
de traços dados
Cultura conj de regras,
valores previa/ dados
Possibilidade de gerar
dados em sistemas
cambiantes
Trajetória histórica
• Sec XVI – os índios eram ou bons
selvagens para o uso na filosofia moral
européia ou abomináveis antropófagos
• Sec XIX – eram símbolos nobres (qd
invisíveis; obstáculos (qd de carne e osso)
• Atualmente – ora é um herói (paladino),
ora um inimigo interno
Posição das populações indígenas
• Em contato com outros povos contraíram novas
doenças
• Os que conseguiram sobreviver iniciaram a
recuperação demográfica
• População indígena: 250.000
• Amazônia- grande contingente por conta da
região ficar à margem de surtos econômicos
• A população encontra-se onde a pedração e a
espoliação permitiu
• A riqueza da Amazônia não compreende
apenas seus minérios, sua madeiras, seus
recursos hídricos, mas sua biodiversidade
e os conhecimentos que se dispõem a
cerca dela.
• A população indígena conservou e
desenvolveu conhecimentos sobre as
espécies vivas
•
• As culturas constituem um patrimônio de
diversidade, no sentido de apresentarem
soluções de organização, do pensamento
e da exploração de um meio que é natural
e social.
• A sócio-diversidade é tão preciosa qt à
biodiversidade (Levi-Strauss)
• É preciso garantir a sobrevivência destas
sociedades
Educação de adultos trabalhadores na sociedade
industrial.
In Contra o consenso: cultura escrita, educação e
participação.
BRITTO, Luiz Percival Leme
Enfoca a educação de adultos
trabalhadores apostando numa educação
libertadora, onde o ensinar e o aprender
estejam orientados por um projeto de
transformação social.
O caráter da instrução formal nas sociedades
industriais de massa
• A educação de adulto, nesta sociedade traz marca de insucesso e
forte estigma.
• Nos anos 60 não interessava às classes dominantes dos países
periféricos que os trabalhadores tivessem instrução, por ser mais
fácil controlar e submeter o analfabeto ao poder.
• No mundo globalizado – fala-se não apenas no ensino universal
básico como também na escolaridade e na elevação da educação
de qualidade.
• Isto significa freqüentar anos de escolaridade, ser capaz de ler,
escrever e operar com números, bem como de realizar
determinadas tarefas envolvendo leitura e escrita como condição
fundamental para participar da sociedade com relativa autonomia e
usufruir (consumir) os bens de consumo.
• O não escolarizado, o analfabeto ou com pouca capacidade de
leitura é visto como um indivíduo que produz e consome pouco e
demanda mais serviços públicos assistenciais.
As razões por que os trabalhadores adultos buscam
programas de ampliação de escolaridade
• Busca da “empregabilidade”, expressa pela certificação
de escolaridade que funciona como um pré-requisito de
seleção anterior a qualquer sistema de seleção.
• Vontade de dominar os saberes escolares na
expectativa de ascensão social, aprovação em concurso
público, melhores empregos e vontade de cursar o
ensino superior.
• Busca do reconhecimento social, da afirmação da auto-
estima, de transitar pelos espaços públicos sem precisar
pedir apoio a outra pessoa.
• Necessidade de ressocialização, isto é, procura por um
ambiente social que ofereça a possibilidade de uma
convivência saudável com outras pessoas.
Adulto não é criança
• O educando adulto traz uma experiência
que faz com que ele seja um igual ao
educador.
• Há propostas de ensino caricatas que se
confundem com ações caritativas
normalmente ligadas a grupos religiosos
ou ações beneficentes de classe média.
• Outra versão caricata é aquela que se
manifesta nos cursos de suplência.
Conteúdos e procedimentos de
uma educação para a libertação
• Percival Brito defende uma proposta de
educação solidária,
• coletiva
• e transformadora
• que nega o princípio de educação convencional
• e assume como centro do processo pedagógico
a perspectiva de intervenção no meio social,
• através de projeto que leve em consideração a
realidade sócio-cultural, científica e tecnológica
• em que se parta da vida-vivida de cada um e de
todo o grupo.

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  • 2. Conceitos centrais • Aprendizagem e construção do conhecimento (Zabala) • Prática educativa (Zabala, Lerner) • Formação de Professores ( Tardif, Lerner) • Leitura e Escrita como práticas sociais ( Lerner) • Relação professor/aluno (Lerner, Zabala, ) • A temática indígena na escola (Cunha, Silva e Grupioni ) • A educação de adultos trabalhadores (Percival Brito)
  • 4. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM. IN:____Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo Antoni Zabala • as decisões sobre organização de conteúdos e sobre metodologia didática são decisões sobre meios para alcançar a finalidade de formar cidadãos e cidadãs capazes de intervir na realidade e modificá-la • numa perspectiva democrática. • apresenta prática reflexiva e coerente.
  • 5. Fornece análises sobre as condições da prática docente, para interpretá-la, destacando: a) relações interativas, b) organização social da aula, c) o tempo e o espaço, d) a organização dos conteúdos, e) os materiais curriculares, f) os recursos didáticos, g) a avaliação
  • 6. Enfoque Globalizador Centralizar todo o corpo docente e discente em um único objetivo ou método de ensino- aprendizagem, a partir da organização e planejamento pedagógico, enfatizando as relações entre escola-professor-aluno, todos com o mesmo objetivo, que surgirá a partir do envolvimento de todos.
  • 7. A globalização considera que o ensino deva • se dar de forma mais abrangente – • reconhecer e observar as necessidades dos alunos, no meio em que se encontram. • acompanhar as necessidades humanas • sofrer mudanças em virtude dessas necessidades
  • 8. Prática docente • aplicar o conhecimento obtido na escola, neste mesmo meio. • demonstrar, por meio da inter relação entre as disciplinas que a vida é uma constante teia de informações e ações, • Nas inter relações os alunos aprendem mais quando as disciplinas dialogam com fatos cotidianos, com informações que podem ser aplicadas em sua vida.
  • 9. Prática docente • O conteúdo trabalhado com seus alunos deve ser planejando, pesquisando-se inovações que serão ferramentas que desdobrarão na sociedade como um todo • Deve- se pautar no pensamento prático, sem desconsiderar a capacidade reflexiva. • Considera a prática educativa complexa • Seu estudo envolve aspectos muito concretos, relacionados à aula e à intervenção pedagógica.
  • 10. Organização das atividades Denominadas sequências didáticas (sinônimo de unidade didática, unidade de programação) e as considera como unidade preferencial para o estudo da prática.
  • 11. Sequências didáticas São definidas como: conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas, para a realização de objetivos educacionais, que tem princípio e fim e são de conhecimento de professores e alunos.
  • 12. Variáveis metodológicas  Sequências Didáticas  Papel dos Professores e Alunos – relações interativas  Organização social da aula – formas de agrupamentos  Utilização dos espaços e dos tempos  Formas de organizar os conteúdos  Uso de materiais e recursos didáticos  O papel da avaliação – uma variável determinante
  • 13. Sequência Didática  Deve haver análise da sequência didática a partir de todos os conteúdos que aparecem ao longo das Unidades.  devem ser identificadas as fases, as atividades, as relações que se estabelecem para a compreensão de seu valor educacional ou verificação de necessidade de mudanças. • Partir da realidade e aproveitar os conflitos que dela emergem • Introduzir processos de reflexão crítica para normas sociais • Fomentar a autonomia dos alunos
  • 14. Questões para análise das sequências didáticas: A) Possibilitam detectar conhecimentos prévios dos alunos em relação aos novos conteúdos de aprendizagem? B) Os conteúdos propostos são significativos para todos os alunos? C) Representam um desafio alcançável para o aluno – levam em conta suas competências? D) Estimulam a auto-estima e o auto-conceito?
  • 15. Classificação dos conteúdos Conceituais – Conhecimento de fatos, acontecimentos, situações, dados e fenômenos concretos e específicos. A aprendizagem do aluno sobre este conteúdo ocorre quando ele é capaz de reproduzi-lo, integrá-lo na memória.. Atitudinais – Valores, atitudes e normas – análise de fatores positivos e negativos, tomada de posição, envolvimento afetivo, revisão e avaliação da própria atuação. Procedimentais – Técnicas, Métodos, habilidades, estratégias, conjunto de ações ordenadas, dirigidas para um objetivo. Aprendem-se estes conteúdos a partir de modelos especializados, considerando-se a exercitação e reflexão sobre a própria atividade e aplicação em contextos diversos.
  • 16. Reflexão sobre a prática Por trás de uma intervenção pedagógica consciente, deve haver uma análise sociológica e uma tomada de posição – sempre ideológica, quanto à condição de cidadão ou cidadã e quanto às características da sociedade onde os alunos vão viver.
  • 17. Reflexão sobre a prática • Planejar, globalizar o ensino aprendizagem requer tempo e dedicação, com interação entre docentes e alunos o que possibilitará maiores condições de aprendizagem. • Necessidade de que a escola se torne um gerador de cidadãos conscientes, autônomos, formadores de opinião e condutores de transformações positivas para a sociedade e para o meio em que vivem. • Cita Paulo Freire quando afirma que não basta trabalhar uma informação, é preciso que o aluno possa contextualizá-la e ir além nos fatos, questionando-os, investigando. • Possibilitar o desenvolvimento sócio-cultural do aluno, proporcionando melhores condições para sua inserção no meio social em que vive e no mercado de trabalho.
  • 18. Tardif, Maurice. O Trabalho Docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. Esta obra analisa: • o trabalho cotidiano dos professores; • a interação com os alunos e os demais agentes escolares • evidencia as condições, tensões e dilemas que fazem parte do trabalho docente.
  • 19. Trabalho humano (docente) • Possui fins que se manifestam como: motivos, intenções, objetivos, projetos, planos, programas, planejamento, etc. • Estes fins podem ser formalmente declarados ou nascer durante a ação, por exemplo, pela pressão das circunstâncias. • Concebidas enquanto ações finalizadas, temporais, instrumentais, teleológicas (o que distingue das realizações da formiga, da abelha; o trabalhador elabora uma representação mental antes de realizá-lo e a fim de realizá-lo).
  • 20. Mandato que orienta o trabalho docente • A análise dos objetivos perseguidos atualmente pelas escolas possibilita perceber o mandato legal que orienta o trabalho dos docentes e o qual estes precisam levar em conta em suas diversas atividades. • Que incidência tem esses objetivos gerais no trabalho docente? • Uma maneira interessante de caracterizar é fazer uma comparação entre o ensino e o trabalho industrial.
  • 21. Trabalho industrial • O trabalho do operário(exemplo: operário trabalhando com produção de vidros em conserva) seus objetivos são operatórios, circunscritos e de curto prazo. • Observa o resultado de sua ação rapidamente e com certa objetividade, uma vez que o produto de seu trabalho é um objeto material independente dele. • Age em função de objetivos precisos, coerentes, relativamente hierarquizados que estrutura a tarefa coletiva da indústria.
  • 22. Objetivos do trabalho escolar 1. Os objetivos escolares definem uma tarefa coletiva, complexa e temporal com efeitos incertos e ambíguos; 2. Os objetivos escolares são gerais, imprecisos e não-operatórios; 3. Os objetivos escolares são muito variados; 4. Os objetivos escolares precisam ser transformados e ajustados para serem realizados.
  • 23. Constata-se que os objetivos • São muitos e variados e não operacionais e, tocam ao mesmo tempo dimensões de formação pessoal, social e de instrução. • Induzem uma tarefa dinâmica com efeitos imprecisos e longínquos que requerem a iniciativa dos professores; • Os professores precisam interpretá-los e adaptá-los aos contextos da ação pedagógica; • Ensinar é agir na ausência de indicações claras e precisas sobre os próprios fins do ensino escolar; • Requer autonomia (tarefa dupla na medida que os objetivos podem parecer ilusórios e realistas, criando um sentimento de derrota ou impotência) e a responsabilidade de construir objetivos antes de realizá-los; • Dificilmente podem medir e avaliar os resultados de seu trabalho e saber com certeza se atingiram os objetivos.
  • 24. Mandato dos professores (contrato por meio do qual uma pessoa recebe poderes de outra) • Os objetivos curriculares e os programas de ensino pertencem ao mandato dos professores, pois ensinar na escola é seguir um programa e tentar realizar seus objetivos. • Esses quadros impõem certas ideologias, uma vez que veiculam valores culturais, intelectuais, sociais.
  • 25. Pesquisa sobre programas • Os programas escolares são muito pesados, muito detalhados, com uma multidão de objetivos que os professores devem respeitar. • Os julgamentos dos professores a respeito dos programas são bastante variados. Embora esses pareçam bastante exigentes e sufocantes, fornecem uma ajuda segura no planejamento do ensino e das normas a serem respeitadas. • Os professores se empenham em respeitar os programas; a liberdade que tomam é mais na organização do trabalho em classe.
  • 26. Críticas dos professores sobre os programas • implantação prematura e burocrática dos programas, • ausência de consulta aos professores • falta de tempo para cobrir todo o conteúdo, • ausência de suporte material, • problema da competência para ensinar matérias previstas dos programas na ação do dia-a-dia. • ausência de vinculo entre as disciplinas, • a compartimentalização existente • e os problemas relativos a algumas matérias em particular.
  • 27. Transformações dos objetivos na prática de cada dia Os professores não aplicam e nem seguem os programas mecanicamente: • apropriam-se deles e os transformam em função das necessidades situacionais, • das suas experiências anteriores, • de seu entendimento da matéria, • da interpretação das necessidades dos alunos, • dos recursos disponíveis, • do andamento da turma, • das suas preferências e valores.
  • 28. Mandato do trabalho docente • Definido pelos objetivos gerais da escola, os programas e as matérias escolares, pesa gravemente sobre a atividade docente. • Obriga a encarar dilemas fundamentais: respeitar e realizar um programa, sem afastar-se de suas atividades cotidianas. • Afeta seu status: determina sua identidade profissional, fazendo deles executantes de programas concebidos e definidos por outros. • Afeta também seu status devido à hierarquização das matérias ensinadas. • Os objetivos não têm o mesmo valor para os alunos, os pais e os próprios professores.
  • 29. Natureza do objeto de trabalho Material Humano Serial Individual e social Homogêneo Heterogêneo Passivo Ativo e capaz de resistir Determinado Comporta uma parte de indeterminação e de autodeterminação (liberdade) Simples (pode ser analisado e convertido em componentes funcionais) Complexo (não pode ser analisado e convertido em componentes funcionais) Natureza e componentes típicos da relação do trabalhador com o objeto Relação técnica com o objeto: manipulação, controle, produção. Relação multidimensional com o objeto; profissional, pessoal, intersubjetiva, jurídica, emocional, normativa, etc.. O trabalhador controle diretamente o objeto O trabalhador precisa da colaboração do objeto
  • 30. Comparação entre o trabalho industrial e o trabalho docente no âmbito das tecnologias • Há três grandes tecnologias de interação; a coerção, a autoridade, a persuasão. • O trabalho docente é um trabalho vivido ou investido, portanto é a integração, ou mesmo a absorção da personalidade do trabalhador no processo cotidiano. • Este trabalho está relacionado ao trabalho investido (vivido); emotional labor (trabalho emocional, característico das mulheres) e com o mental labor (trabalho mental), que permitem focar a integração ou a absorção da personalidade do professor no processo de trabalho.
  • 31. Os fundamentos interativos da docência A descrição ecológica da classe, segundo Doyle , passa pelas seguintes categorias: • Multiplicidade – se refere a diversos eventos ao mesmo tempo numa aula. • Imediatez – eventos que ocorrem durante uma aula sem previsão, nem anúncios, necessitando de adaptações e estratégias imediatas. • Rapidez – caracteriza o desenvolvimento dos acontecimentos, sua sucessão, encadeamento e fluência. • Imprevisibilidade – acontecimentos que surgem de forma imprevista, desviada, inesperada. • Visibilidade – o fato da aula ser uma atividade pública. • Historicidade – significa as interações entre os alunos e os professores que acontece dentro de uma trama temporal: diária, semanal, anual. • Do ponto de vista da ação comunicacional, ensinar é fazer alguma coisa significativa.
  • 32. • O ser do trabalhador (o trabalhador enquanto pessoa e profissional) é inseparável daquilo que ele faz, de seu agir. • É uma questão de ética.
  • 33. Délia Lerner LER E ESCREVER NA ESCOLA – O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO Porto Alegre, Artmed 2002.
  • 34. Implicações didáticas • Como ensinar a ler (Pressupostos) • Como ensinar a escrever (Pressupostos)
  • 38. CIDADE CITY CITÉ Haroldo de Campos Atrocaducapacaustiduplielastifeliferafugahistoriloqualubrimendimult iplicorganiperiodiplastipublirapareciprorustisagasimplitenavelover avivaunivoracidade city cité
  • 39. CIDADE CITY CITÉ Haroldo de Campos Atrocaducapacaustiduplielastifeliferafugahistoriloqualubrimendimultiplicorganiperiodiplastipublirapareciprorustisagasimplitenaveloveravivaunivor a cidade
  • 40. Significado e Sentido • O sentido é buscado no CONJUNTO • Busca-se por uma regularidade NO TEXTO • O SIGNIFICADO de uma palavra é somado ao de outras para fazer SENTIDO. • POR ISSO que a criança precisa ter contato com textos DESDE MUITO CEDO. • É preciso aprender a decodificar A PARTIR DOS TEXTOS • É papel da escola colocar a criança em contato com textos e promover um ensino sistematizado sobre a língua escrita EM CONTEXTO
  • 41. Como lemos? • Antecipando • Fazendo perguntas ao texto • Acionando o que já sabemos e colocando em relação com o que está sendo lido • Tentando descobrir o significado das palavras pelo contexto (ou seja, buscando o significado pelo sentido)
  • 42. Como ensinamos a ler? • Ensinando o estudante a levantar hipóteses antes (do que será que esse texto vai tratar?) e durante a leitura (inferências a partir dos sinais do texto – fotos, negritos, sublinhados, gráficos, etc) • Ensinando o estudante a fazer perguntas ANTES DE LER. • Ensinando o estudante a deduzir o significado das palavras pelo contexto (DICIONÁRIO: Uso é esporádico e estratégico!!!!)
  • 43. Desafio de ensinar a ler e a escrever • Participar na cultura escrita - supõe apropriar-se de uma tradição de leitura e escrita.
  • 44. Para formar alunos praticantes da cultura letrada: é necessário Reconceitualizar o objeto de ensino construí-lo através de práticas sociais de língua escrita
  • 45. O necessário Fazer da escola comunidade de leitores Fazer os alunos produzirem seus próprios textos Preservar o sentido do objeto de ensino para o aluno
  • 46. O real O real é o que levar à prática e isso implica em conhecer as dificuldades e analisá-las
  • 47. Dificuldades envolvidas na escolarização das práticas • não é simples determinar com exatidão o que, como e quando os sujeitos aprendem a língua escrita. • Ex.: Em que momento as crianças se apropriam da “linguagem dos contos”? Como ter acesso às interferências ou antecipações que as crianças fazem ao tentar ler um texto?
  • 48. Como ensinamos a ler? • Apresentando textos de diferentes gêneros e ensinando como se relacionar com cada um deles: – O que tem um jornal? Como ler um jornal? Quem escreve num jornal? Quem é o dono do jornal? Desde quando o jornal existe?
  • 49. Para que escrevemos? As funções da escrita • Para comunicar uma idéia • Para guardar uma informação ou idéia • Para organizar o pensamento • Para entender o mundo • Para aprender a escrever
  • 50. Como ensinamos a escrever? • Oferecendo oportunidades de reflexão sobre: – O que escrever? – Para que escrever? – Para quem escrever? – Como escrever?
  • 51. Ensinando a escrever • Escrevendo diferentes gêneros textuais • Escrevendo a partir de modelos • Escrevendo com uma função comunicativa • Lendo o que escreveu • Revisando o que escreveu • Reescrevendo o que escreveu
  • 52. Como a escola tem tratado o ensino da escrita? • Sílabas • Palavras • Frases • E só depois bem depois o texto Escrita sem significado Aprender para depois usar Ensino de regras Uso estritamente escolar
  • 53. Tensão entre duas necessidades institucionais: ensinar e controlar a aprendizagem conciliar as necessidades da instituição escolar com o propósito educativo gerar condições didáticas próxima da prática social
  • 54. O desafio: combater a discriminação que a escola opera cria o fracasso por não alfabetizar impede o aluno de ser leitor e produtor de texto competente e autônomo
  • 55. Objetivo da capacitação de professores conservar as práticas produtivas para a construção de conhecimento didático. Professores construam conhecimentos sobre o objeto de ensino Situações de “dupla conceitualização”
  • 56. Idéias subjacentes à perspectiva curricular adotada: • Somente a didática da língua pode contribuir para resolver problemas que se enfrenta na produção curricular. • Para ocorrer transformação didática é necessário levar em conta a natureza e as pressões próprias que se lhe são inerentes.
  • 57. Projeto Curricular preservar o sentido do objeto de ensino - no caso da leitura e da escrita – favorecendo a prática social que se pretende comunicar.
  • 58. Conteúdos a ensinar • Chevallard explicita que a decisão de quais são os conteúdos a ensinar e quais serão considerados prioritários supõe uma verdadeira reconstrução do objeto. • Trata-se de um primeiro nível de transposição didática: a passagem dos saberes cientificamente produzidos ou práticas a ensinar.
  • 59. Objeto de ensino: é a língua Ausentes na sala de aula, práticas de leitura e escrita: a) razão que leva as pessoas a ler e escrever, b) as maneiras de ler, c) tudo o que fazem os leitores e escritores, d) as relações que leitores e escritores têm com o texto.
  • 60. Efeitos dessa ausência • a reprodução das desigualdades sociais relacionadas com a leitura e a escrita
  • 61. É possível ler na escola? Muitas práticas descaracterizam a leitura na escola, distantes dos propósitos que lhe dão sentido social. Isso ocorre por dois fatores:
  • 62. Práticas que descaracterizam a leitura na escola • a teoria condutista (comportamentalista ou behaviorista) da aprendizagem - concebe a aquisição do conhecimento como um processo acumulativo e graduado, um parcelamento do conteúdo em elementos supostamente simples.
  • 63. A escola como microssociedade de leitores e escritores. (ou – sim é possível ler na escola) 1. que tenha sentido do ponto de vista do aluno; 2. que os propósitos didáticos cumpram a função para realizar os propósitos que o aluno conhece e valoriza.
  • 64. Escola deve • Criar condições de imersão na leitura e na escrita • Partir do pressuposto que as crianças estão inseridas numa sociedade letrada • Portanto, já trazem conhecimentos sobre a escrita desde muito cedo • Escola deve potencializar o que a criança JÁ SABE – E TODAS AS CRIANÇAS SABEM
  • 65. O futuro da questão indígena Manuela Carneiro da Cunha A temática indígena na escola
  • 66. • O futuro dos índios no Brasil dependerá de estratégias: • do Estado brasileiro • da comunidade internacional das diferentes etnias
  • 67. Noção de cultura e de identidade (modos de entender) platônico heracliteana Percebe identi// e cultura como coisas Coisificação; reificação Identi// - Visão de continuidade, processo, memória Identi// como modelo Cultura - Não é um conj de traços dados Cultura conj de regras, valores previa/ dados Possibilidade de gerar dados em sistemas cambiantes
  • 68. Trajetória histórica • Sec XVI – os índios eram ou bons selvagens para o uso na filosofia moral européia ou abomináveis antropófagos • Sec XIX – eram símbolos nobres (qd invisíveis; obstáculos (qd de carne e osso) • Atualmente – ora é um herói (paladino), ora um inimigo interno
  • 69. Posição das populações indígenas • Em contato com outros povos contraíram novas doenças • Os que conseguiram sobreviver iniciaram a recuperação demográfica • População indígena: 250.000 • Amazônia- grande contingente por conta da região ficar à margem de surtos econômicos • A população encontra-se onde a pedração e a espoliação permitiu
  • 70. • A riqueza da Amazônia não compreende apenas seus minérios, sua madeiras, seus recursos hídricos, mas sua biodiversidade e os conhecimentos que se dispõem a cerca dela. • A população indígena conservou e desenvolveu conhecimentos sobre as espécies vivas •
  • 71. • As culturas constituem um patrimônio de diversidade, no sentido de apresentarem soluções de organização, do pensamento e da exploração de um meio que é natural e social. • A sócio-diversidade é tão preciosa qt à biodiversidade (Levi-Strauss) • É preciso garantir a sobrevivência destas sociedades
  • 72. Educação de adultos trabalhadores na sociedade industrial. In Contra o consenso: cultura escrita, educação e participação. BRITTO, Luiz Percival Leme Enfoca a educação de adultos trabalhadores apostando numa educação libertadora, onde o ensinar e o aprender estejam orientados por um projeto de transformação social.
  • 73. O caráter da instrução formal nas sociedades industriais de massa • A educação de adulto, nesta sociedade traz marca de insucesso e forte estigma. • Nos anos 60 não interessava às classes dominantes dos países periféricos que os trabalhadores tivessem instrução, por ser mais fácil controlar e submeter o analfabeto ao poder. • No mundo globalizado – fala-se não apenas no ensino universal básico como também na escolaridade e na elevação da educação de qualidade. • Isto significa freqüentar anos de escolaridade, ser capaz de ler, escrever e operar com números, bem como de realizar determinadas tarefas envolvendo leitura e escrita como condição fundamental para participar da sociedade com relativa autonomia e usufruir (consumir) os bens de consumo. • O não escolarizado, o analfabeto ou com pouca capacidade de leitura é visto como um indivíduo que produz e consome pouco e demanda mais serviços públicos assistenciais.
  • 74. As razões por que os trabalhadores adultos buscam programas de ampliação de escolaridade • Busca da “empregabilidade”, expressa pela certificação de escolaridade que funciona como um pré-requisito de seleção anterior a qualquer sistema de seleção. • Vontade de dominar os saberes escolares na expectativa de ascensão social, aprovação em concurso público, melhores empregos e vontade de cursar o ensino superior. • Busca do reconhecimento social, da afirmação da auto- estima, de transitar pelos espaços públicos sem precisar pedir apoio a outra pessoa. • Necessidade de ressocialização, isto é, procura por um ambiente social que ofereça a possibilidade de uma convivência saudável com outras pessoas.
  • 75. Adulto não é criança • O educando adulto traz uma experiência que faz com que ele seja um igual ao educador. • Há propostas de ensino caricatas que se confundem com ações caritativas normalmente ligadas a grupos religiosos ou ações beneficentes de classe média. • Outra versão caricata é aquela que se manifesta nos cursos de suplência.
  • 76. Conteúdos e procedimentos de uma educação para a libertação • Percival Brito defende uma proposta de educação solidária, • coletiva • e transformadora • que nega o princípio de educação convencional • e assume como centro do processo pedagógico a perspectiva de intervenção no meio social, • através de projeto que leve em consideração a realidade sócio-cultural, científica e tecnológica • em que se parta da vida-vivida de cada um e de todo o grupo.

Notas do Editor

  • #35: OBJETIVOS: Trabalhar a diferença entre significado e sentido (dois conceitos de Vygotsky) Demonstrar que para ler precisamos construir o sentido e isso só é possível no texto. Pedir para os participantes lerem. Sobre o que trata a notícia? Trabalhar a construção do sentido a partir do que conseguirem decodificar. Depois de 2 ou 3 minutos, mostrar o slide seguinte que tem a foto. (Estratégias de leitura: inferência, antecipação, associação dos conhecimentos prévios em leitura e escrita)
  • #36: Pedir para o público dizer o que sabem. Sobre o que trata a notícia? Deixar eles irem falando. Em seguida, voltar ao slide anterior e tentar deduzir o que está escrito nas outras palavras. Estratégias de leitura: inferência, mobilização dos conhecimentos prévios, estabelecimento de relação entre o que sabe sobre o assunto e o que sabe sobre a escrita) Amarração: DISCUSSÃO TEÓRICA SOBRE OS CONCEITOS DE SIGNIFICADO E SENTIDO; ENSINO DA LÍNGUA ESCRITA EM CONTEXTO; SIGNIFICADO É CONSTRUÍDO A PARTIR DO SENTIDO; ALFABETIZAÇÃO PRECISA SER COM TEXTOS POR ISSO.
  • #38: Mostrar para o público. Depois, mostrar o arquivo em Word para que a pessoa veja que Haroldo de Campos escreveu esse texto todo numa só linha. Voltar para esse slide e pedir para o público ler. As pessoas vão tentar decodificar. A chave é a seguinte: As coisas só fazem sentido na cidade. Por isso, cada palavra só se forma quando você coloca o sufixo “cidade” – atrocidade, caducidade, capacidade, causticidade... Mais uma coisa: as palavras têm o mesmo significado em português, inglês e francês. E o sentido é o mesmo nas três línguas. Mais uma coisa: Por que estão grudadas? Porque o autor quis dar a impressão de que se está vendo a cidade de cima. Quando vemos a cidade de longe ou de cima, tudo se mistura e vira uma coisa só. Para entendê-la, precisamos nos aproximar, mergulhar nos significados, dar-lhes sentido a partir do que já sabemos sobre a cidade. IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS: - É possível promover exercícios de cópia e associação de letras e sílabas a partir do sufixo “cidade”.
  • #42: Na parte que enfoca o dicionário, falei das estratégias do leitor experiente com palavras que não conhece: 1º. inferência a partir do contexto; 2º) retomada do texto para ver se compreende o significado; 3º) continuar a leitura para ver se entende com o que for lendo; 4º) perguntar para um colega; 5º) perguntar para o professor – destaquei o papel de informante do professor; 6º) consultar o dicionário.
  • #64: Martha, aqui fechei dizendo que não só todas as crianças sabem, mas todos eles sabem algo. Eles precisam se tranqüilizar para estudar para o concurso, confiando naquilo que já tem e colocando isso em contato com o que precisam aprender ou rever. Fechei desejando boa sorte no concurso.