Ebola - slides (contexto histórico, características)
EPIDEMIOLOGIA
Os primeiros casos de febre hemorrágica, foi em 1967, na Alemanha.
Em 1976, houve novos surtos, no sul do Sudão e no norte do Zaire
(República Democrática do Congo).
Na época foi nomeado como “Ébolavírus”, nome retirado do rio
próximo de onde surgiu.
Foi constatado que era causado por um vírus da família Filoviridae, que
inclui cinco espécies diferentes denominadas: Zaire ebolavirus (a mais
letal entre os humanos), Sudan ebolavirus, Tai Forest ebolavirus,
Bundibugyo ebolavirus e Reston ebolavirus (encontrada apenas em
animais).
O segundo grande surto
epidemiológico foi em 2014-2016,
na África Ocidental.
Foi considerado o maior e mais
complexo surto dos dias atuais,
provocado pelo Zaire ebolavirus.
Notificando 28.646 casos
confirmados, 11.323 óbitos e mais
7 casos no Hemisfério Ocidental.
Está focado nas regiões onde a
população é de extrema
pobreza e os mais afetados e
suscetíveis estão crianças com
até cinco anos, idosos e
mulheres grávidas.
Decorreu-se devido a
precariedade de recursos
financeiros, infraestrutura, falta de
experiências profissionais e
logística para proporcionar
assistência sanitária necessária
para enfrentar a epidemia.
Durante essa época vários direitos
humanos foram feridos, como:
• Restringiram o acesso de pessoas
originárias das regiões africanas
em países como Austrália e
Canadá;
• Companhias aéreas deixaram de
voar para os países africanos;
• Houve restrições comerciais pelo
fechamento das fronteiras,
causando falta de fornecimento
para as colheitas e cultivos das
áreas atingidas pelo vírus.
PATOGÊNESE
O Ebola é uma doença altamente infecciosa e fatal, podendo
atingir uma taxa de letalidade de até 90%.
Transmitida através de um vírus do gênero ebolavírus, da
família Filoviridae, ou seja, é um "filovírus" ou vírus zoonótico,
que pode afetar humanos e animais, como por exemplo os
primatas: macacos, gorilas e chimpanzés.
ESTRUTURA
GLICOPROTEÍNA
MATRIZ PROTEICA (VP40)
NÚCLEOCAPSÍDEO (VP30/VP35)
NÚCLEOPROTEÍNA
POLIMERASE (L) PROTEÍNA
Os filovírus possuem RNA não
segmentado com envelope e uma
morfologia filamentosa, por isso, o vírus
Ébola possui a aparência de longos
tubos, dividindo a sua estrutura em três
compartimentos: núcleocapsídeo, matriz
e o envelope.
O Ébola ativa o Sistema Imune Inato (alteração
dos sinais através das quimiocinas e citocinas
pelos monócitos e células endoteliais podendo
ocasionar em 60% o desenvolvimento de
choque com redução da consciência e coma) e
envolve também o Sistema Imune Adaptativo
(resposta humoral e específica). Ele atinge os macrófagos e as células
dendríticas, levando a inativação dos
linfócitos T, o que fragiliza a imunidade
adaptativa, causando um impacto direto
na resposta do sistema imunológico.
A glicoproteína viral induz a absorção por
endocitose. Após essa absorção, partes do
vírus viajam em compartimentos, onde a
glicoproteína é clivada e fundida na
membrana endossomal, resultando na
liberação destes compartimentos no
citoplasma do hospedeiro.
TRANSMISSÃO
O vírus Ébola é transmitido através do contato de uma pessoa
saudável com fluídos corporais, como sangue, saliva, vômito,
sêmen e entre outros de uma pessoa infectada com sintomas
presentes. Essa transmissão também ocorre mesmo em
contato com um cadáver, pois o vírus ainda permanece ativo
durante um tempo, por isso, houve um grande número de
infectados durante rituais fúnebres.
Na África, é tradição os familiares lavarem os
corpos dos falecidos com as próprias mãos e
beijarem como um gesto de despedida. Essa
prática auxiliou na disseminação do vírus
altamente contagioso.
O vírus entra através de membranas
mucosas expostas, como o nariz, olhos
e boca ou através de lesões na pele,
tais como cortes, feridas abertas e
escoriações.
Outro meio de transmissão, é no
contato com objetos com resquícios
de fluidos corporais, como vestuário,
roupa de cama, maçaneta ou por
material médico como seringas e
agulhas.
É possível o vírus persistir em
sítios imunológicos de algumas
pessoas recuperadas. Como os
testículos, o interior do olho e o
sistema nervoso central.
Nas mulheres que foram
infectadas durante a gravidez, o
vírus persiste na placenta,
líquido amniótico e feto. Por
isso, é preciso ter cuidado
mesmo após a recuperação.
SINTOMAS
O vírus fica incubado de 2 a 21 dias, sendo manifestada entre
o quarto e o décimo dia.
A doença evolui de forma rápida, inicialmente com sinais
semelhantes ao vírus da gripe.
Na primeira fase, surgem sintomas como febre alta; mal-estar;
dores musculares; faringite e cefaleias. Após alguns dias,
surge alguns problemas gastrointestinais que causam
vômitos, náuseas, diarreia e dificuldade de deglutição.
Outro sintoma é a hipotensão, causada
pelo alto índice de óxido nítrico no
sangue no ápice da doença, é
responsável pelo relaxamento e/ou
expansão dos vasos sanguíneos.
Quando a infecção chega nos macrófagos
(células de defesa), o vírus induz uma
produção exacerbada de “citocina” que
faz a medição da resposta imune-
inflamatória e de “quimiocinas” que atuam
no recrutamento de células para os locais
de inflamação.
Gera uma resposta inflamatória
generalizada, que pode levar a
inúmeros problemas como:
choque séptico, múltipla falha de
órgãos e a elevação da
permeabilidade dos vasos
sanguíneos.
DIAGNÓSTICO
Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais probabilidades
existem para restringir e tentar travar o seu contágio,
portanto, os testes devem ter resultado num curto espaço de
tempo e com o máximo de precisão possível.
Tem que ser avaliado a presença de sintomas, a história da
exposição, se esteve ou viajou para alguma das regiões
afetadas, para ver se existe realmente necessidade de serem
realizados testes.
As pessoas que estiveram em contato
direto com infectados, devem ser vigiados
nos 21 dias seguintes a visita.
O diagnóstico laboratorial do Ébola é feito
apenas em laboratórios especializados, por
pertencer ao mais alto nível de risco
biológico. É necessário uma área de
biossegurança, com treinamentos especiais,
uso de equipamento de proteção individual
(EPIs) e uma equipe preparada para lidar
com esses pacientes.
O diagnóstico se dá a partir do
isolamento do RNA viral, no período de 2
a 3 dias após os sintomas.
Pode ser feito por reação em cadeia da
polimerase, associada à transcriptase
reversa (RT- PCR) que é um método de
diagnóstico de custo elevado e menos
executado em países de baixa renda.
Ou utilizar outros métodos como:
Histopatologia, microscopia eletrônica e
imuno-histoquímica.
➢ O Teste de imunoabsorção enzimática (ELISA):
Consiste em utilizar antígenos virais de uma
cultura de células inoculadas, para se ligar aos
anticorpos no soro do indivíduo. É compatível
com irradiação gama, proporcionando a
inativação do vírus infeccioso em amostras
clínicas e a manipulação em laboratórios.
➢ A Imuno-histoquímica:
É realizada a partir de amostras de órgãos como
coração, pulmão e cérebro e vísceras como
fígado e baço, que são fixadas e colocadas em
parafina para que sejam processadas e coradas
com a técnica de hematoxilina-eosina. Para
depois ser fixada em uma lâmina e analisada pelo
microscópio.
TRATAMENTO
Até o momento, não está disponível qualquer tratamento
comprovado para a doença, sendo realizadas apenas medidas
de suporte e tratamento dos sintomas que vão se manifestando.
Vômitos e diarreia são sintomas habituais, que levam a
desidratação e hipovolemia, por isso, é feito a hidratação através
da administração de fluídos, seja por via oral ou intravenosa e o
controle dos eletrólitos. É realizado também uma manutenção
dos níveis de oxigênio e da pressão arterial.
Foram descobertas aplicações com agentes
antivirais de medicamentos já utilizados em
humanos ou considerados seguros em ensaios
clínicos. Como por exemplo:
ZMapp: combinação de três anticorpos
monoclonais humanizados. Se mostrou eficaz em
primatas não humanos.
Favipiravir, ou T705: é um inibidor de replicação do
vírus influenza. Os testes em camundongos
reduziram a viremia e melhoraram os efeitos
clínicos e bioquímicos da doença, além de prevenir
a morte.
TKM-Ebola: é composto de pequenas
moléculas de RNA de interferência formuladas
com nanopartículas lipídicas que atingem a
RNA polimerase do Ebolavirus.
AVI-7537: É composto de oligômeros
morfolino fosforamidato, que são moléculas
sintéticas antisense que se ligam ao RNA
viral, tendo como alvo o gene VP24 do
Ebola vírus, que se mostrou seguro e bem
tolerado em humanos.
PREVENÇÃO
A Organização Mundial de Saúde em Genebra, testou a
vacina VSV-ZEBU em seu estado experimental, contra o vírus
do Ebola onde obteve um potencial estado de proteção
contra o vírus.
Logo após, foi criada outra, que é a recombinação do vírus
vivo-atenuado, denominada Ervebo (rVSV-ZEBOV) nome
dado pela combinação de duas outras vacinas (Ad26.ZEBOV
e MVA-BN-Filo).
Os efeitos adversos comuns
causados pela vacina são: febre,
artrite, rubor no local da injeção,
náuseas, sudorese anormal e
erupções cutâneas
Foi comprovada a eficácia da
vacina em reduzir a transmissão do
vírus e proteger da doença, porém
essa vacina ajuda apenas contra a
espécie Zaire ebolavírus, portanto,
não tem efeito sobre as outras
quatro espécies.
A vacina Ervebo é indicada para
pessoas acima de 18 anos e a sua
principal contraindicação é alergia a
qualquer componente nela ou qualquer
sinal de distúrbio de coagulação, pois
pode acarretar sangramento após a
administração da vacina.
OBRIGADA!
❖ Ana Flávia Cardoso Vilar
❖ Isabelly Mangueira de Santana
❖ Júlia Gomes Bonzatto
❖ Julia Silverio Kasai
❖ Yasmin Wesely de Almeida

Mais conteúdo relacionado

PPTX
Vírusebola
PPTX
PPTX
ebolavírus
PDF
Ebola vírus
PPTX
PPTX
Ebola - Contextualização
Vírusebola
ebolavírus
Ebola vírus
Ebola - Contextualização

Semelhante a Ebola - slides (contexto histórico, características) (20)

PPTX
Ebola - Biologia
PPTX
Seminário Sobre Ebola
PPTX
Vírus Ebola, Surgimento e Atualidades
PDF
PPTX
Aula Vírus Ebola
PPTX
7.Ameças emergentes e reemergentess de doenças infecciosas.pptx
PPTX
Trabalho de enfermagem - Grupo - Senac
PPTX
Vírus ébola
PDF
Ebola Ministério da Saúde
PDF
PPTX
Vírus Ebola
PDF
Ebola – Perguntas e Respostas
PPTX
Doenças Infeciosas (Ébola) - Beatriz.pptx
PPTX
Doenças Infeciosas (Ébola) - Beatriz.pptx
PPTX
Ebola - EBV - novembro- 2014
PPTX
Ebola novembro- 2014
PPTX
Ebola - Biologia
Seminário Sobre Ebola
Vírus Ebola, Surgimento e Atualidades
Aula Vírus Ebola
7.Ameças emergentes e reemergentess de doenças infecciosas.pptx
Trabalho de enfermagem - Grupo - Senac
Vírus ébola
Ebola Ministério da Saúde
Vírus Ebola
Ebola – Perguntas e Respostas
Doenças Infeciosas (Ébola) - Beatriz.pptx
Doenças Infeciosas (Ébola) - Beatriz.pptx
Ebola - EBV - novembro- 2014
Ebola novembro- 2014
Anúncio

Último (20)

PPTX
FARMACOLOGIA GERAL SNA.pptx SIMPATICO E PARASSIMPATICO
PDF
enfermagem na saúde da criança e do adolescente
PPTX
aula1e2-anatomiaefisiologiahumana1-muscular230920174927-b00818c7.pptx
PPTX
Processo de Enfermagem e Avaliação física
PDF
Doenças quisticas em Imagiologia.. .....
PDF
Aula Choque Hipovolêmico em cães e gatos
PPTX
Dungi.pptxfhiijdddssdyhhgfikmkgdsseryhiiii
PDF
Ergonomia no cuidado de enfermagem...pdf
PPTX
Adolescência Infância e a no Brasil e no Mundo.pptx
PPTX
TREINAMENTO - NR 35 TRABALHO EM ALTURA - ATUALIZADO.pptx
PDF
aula 2 farmacologia eterinária - turma 2025.pdf
PPTX
Herpes, TB, Tetano.pptxbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
PPTX
PALESTRA Assédio moral, sexual e violência contra a mulher.pptx
PPTX
Asfixiologia Forense para estudantes de medicina e criminalistas
PDF
AULA DE CHOQUE E DE TRAUMATISCO CRANIANO - CURSO DE FISIOTERAPIA
PDF
organizações dos serviços de saúde .pdf.pdf
PDF
Como Definir o Ponto de Equilíbrio em Clínicas e Hospitais Recém-Abertos.pdf
PDF
AULA - OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
PDF
Perícia Médico-legal - medicina legal UNITAU
PDF
AULA - HEMOVIGILANCIA E HEMODERIVADOS EM SAÚDE
FARMACOLOGIA GERAL SNA.pptx SIMPATICO E PARASSIMPATICO
enfermagem na saúde da criança e do adolescente
aula1e2-anatomiaefisiologiahumana1-muscular230920174927-b00818c7.pptx
Processo de Enfermagem e Avaliação física
Doenças quisticas em Imagiologia.. .....
Aula Choque Hipovolêmico em cães e gatos
Dungi.pptxfhiijdddssdyhhgfikmkgdsseryhiiii
Ergonomia no cuidado de enfermagem...pdf
Adolescência Infância e a no Brasil e no Mundo.pptx
TREINAMENTO - NR 35 TRABALHO EM ALTURA - ATUALIZADO.pptx
aula 2 farmacologia eterinária - turma 2025.pdf
Herpes, TB, Tetano.pptxbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
PALESTRA Assédio moral, sexual e violência contra a mulher.pptx
Asfixiologia Forense para estudantes de medicina e criminalistas
AULA DE CHOQUE E DE TRAUMATISCO CRANIANO - CURSO DE FISIOTERAPIA
organizações dos serviços de saúde .pdf.pdf
Como Definir o Ponto de Equilíbrio em Clínicas e Hospitais Recém-Abertos.pdf
AULA - OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
Perícia Médico-legal - medicina legal UNITAU
AULA - HEMOVIGILANCIA E HEMODERIVADOS EM SAÚDE
Anúncio

Ebola - slides (contexto histórico, características)

  • 2. EPIDEMIOLOGIA Os primeiros casos de febre hemorrágica, foi em 1967, na Alemanha. Em 1976, houve novos surtos, no sul do Sudão e no norte do Zaire (República Democrática do Congo). Na época foi nomeado como “Ébolavírus”, nome retirado do rio próximo de onde surgiu. Foi constatado que era causado por um vírus da família Filoviridae, que inclui cinco espécies diferentes denominadas: Zaire ebolavirus (a mais letal entre os humanos), Sudan ebolavirus, Tai Forest ebolavirus, Bundibugyo ebolavirus e Reston ebolavirus (encontrada apenas em animais).
  • 3. O segundo grande surto epidemiológico foi em 2014-2016, na África Ocidental. Foi considerado o maior e mais complexo surto dos dias atuais, provocado pelo Zaire ebolavirus. Notificando 28.646 casos confirmados, 11.323 óbitos e mais 7 casos no Hemisfério Ocidental. Está focado nas regiões onde a população é de extrema pobreza e os mais afetados e suscetíveis estão crianças com até cinco anos, idosos e mulheres grávidas. Decorreu-se devido a precariedade de recursos financeiros, infraestrutura, falta de experiências profissionais e logística para proporcionar assistência sanitária necessária para enfrentar a epidemia.
  • 4. Durante essa época vários direitos humanos foram feridos, como: • Restringiram o acesso de pessoas originárias das regiões africanas em países como Austrália e Canadá; • Companhias aéreas deixaram de voar para os países africanos; • Houve restrições comerciais pelo fechamento das fronteiras, causando falta de fornecimento para as colheitas e cultivos das áreas atingidas pelo vírus.
  • 5. PATOGÊNESE O Ebola é uma doença altamente infecciosa e fatal, podendo atingir uma taxa de letalidade de até 90%. Transmitida através de um vírus do gênero ebolavírus, da família Filoviridae, ou seja, é um "filovírus" ou vírus zoonótico, que pode afetar humanos e animais, como por exemplo os primatas: macacos, gorilas e chimpanzés.
  • 6. ESTRUTURA GLICOPROTEÍNA MATRIZ PROTEICA (VP40) NÚCLEOCAPSÍDEO (VP30/VP35) NÚCLEOPROTEÍNA POLIMERASE (L) PROTEÍNA Os filovírus possuem RNA não segmentado com envelope e uma morfologia filamentosa, por isso, o vírus Ébola possui a aparência de longos tubos, dividindo a sua estrutura em três compartimentos: núcleocapsídeo, matriz e o envelope.
  • 7. O Ébola ativa o Sistema Imune Inato (alteração dos sinais através das quimiocinas e citocinas pelos monócitos e células endoteliais podendo ocasionar em 60% o desenvolvimento de choque com redução da consciência e coma) e envolve também o Sistema Imune Adaptativo (resposta humoral e específica). Ele atinge os macrófagos e as células dendríticas, levando a inativação dos linfócitos T, o que fragiliza a imunidade adaptativa, causando um impacto direto na resposta do sistema imunológico. A glicoproteína viral induz a absorção por endocitose. Após essa absorção, partes do vírus viajam em compartimentos, onde a glicoproteína é clivada e fundida na membrana endossomal, resultando na liberação destes compartimentos no citoplasma do hospedeiro.
  • 8. TRANSMISSÃO O vírus Ébola é transmitido através do contato de uma pessoa saudável com fluídos corporais, como sangue, saliva, vômito, sêmen e entre outros de uma pessoa infectada com sintomas presentes. Essa transmissão também ocorre mesmo em contato com um cadáver, pois o vírus ainda permanece ativo durante um tempo, por isso, houve um grande número de infectados durante rituais fúnebres.
  • 9. Na África, é tradição os familiares lavarem os corpos dos falecidos com as próprias mãos e beijarem como um gesto de despedida. Essa prática auxiliou na disseminação do vírus altamente contagioso. O vírus entra através de membranas mucosas expostas, como o nariz, olhos e boca ou através de lesões na pele, tais como cortes, feridas abertas e escoriações.
  • 10. Outro meio de transmissão, é no contato com objetos com resquícios de fluidos corporais, como vestuário, roupa de cama, maçaneta ou por material médico como seringas e agulhas. É possível o vírus persistir em sítios imunológicos de algumas pessoas recuperadas. Como os testículos, o interior do olho e o sistema nervoso central. Nas mulheres que foram infectadas durante a gravidez, o vírus persiste na placenta, líquido amniótico e feto. Por isso, é preciso ter cuidado mesmo após a recuperação.
  • 11. SINTOMAS O vírus fica incubado de 2 a 21 dias, sendo manifestada entre o quarto e o décimo dia. A doença evolui de forma rápida, inicialmente com sinais semelhantes ao vírus da gripe. Na primeira fase, surgem sintomas como febre alta; mal-estar; dores musculares; faringite e cefaleias. Após alguns dias, surge alguns problemas gastrointestinais que causam vômitos, náuseas, diarreia e dificuldade de deglutição.
  • 12. Outro sintoma é a hipotensão, causada pelo alto índice de óxido nítrico no sangue no ápice da doença, é responsável pelo relaxamento e/ou expansão dos vasos sanguíneos. Quando a infecção chega nos macrófagos (células de defesa), o vírus induz uma produção exacerbada de “citocina” que faz a medição da resposta imune- inflamatória e de “quimiocinas” que atuam no recrutamento de células para os locais de inflamação. Gera uma resposta inflamatória generalizada, que pode levar a inúmeros problemas como: choque séptico, múltipla falha de órgãos e a elevação da permeabilidade dos vasos sanguíneos.
  • 13. DIAGNÓSTICO Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais probabilidades existem para restringir e tentar travar o seu contágio, portanto, os testes devem ter resultado num curto espaço de tempo e com o máximo de precisão possível. Tem que ser avaliado a presença de sintomas, a história da exposição, se esteve ou viajou para alguma das regiões afetadas, para ver se existe realmente necessidade de serem realizados testes.
  • 14. As pessoas que estiveram em contato direto com infectados, devem ser vigiados nos 21 dias seguintes a visita. O diagnóstico laboratorial do Ébola é feito apenas em laboratórios especializados, por pertencer ao mais alto nível de risco biológico. É necessário uma área de biossegurança, com treinamentos especiais, uso de equipamento de proteção individual (EPIs) e uma equipe preparada para lidar com esses pacientes.
  • 15. O diagnóstico se dá a partir do isolamento do RNA viral, no período de 2 a 3 dias após os sintomas. Pode ser feito por reação em cadeia da polimerase, associada à transcriptase reversa (RT- PCR) que é um método de diagnóstico de custo elevado e menos executado em países de baixa renda. Ou utilizar outros métodos como: Histopatologia, microscopia eletrônica e imuno-histoquímica.
  • 16. ➢ O Teste de imunoabsorção enzimática (ELISA): Consiste em utilizar antígenos virais de uma cultura de células inoculadas, para se ligar aos anticorpos no soro do indivíduo. É compatível com irradiação gama, proporcionando a inativação do vírus infeccioso em amostras clínicas e a manipulação em laboratórios. ➢ A Imuno-histoquímica: É realizada a partir de amostras de órgãos como coração, pulmão e cérebro e vísceras como fígado e baço, que são fixadas e colocadas em parafina para que sejam processadas e coradas com a técnica de hematoxilina-eosina. Para depois ser fixada em uma lâmina e analisada pelo microscópio.
  • 17. TRATAMENTO Até o momento, não está disponível qualquer tratamento comprovado para a doença, sendo realizadas apenas medidas de suporte e tratamento dos sintomas que vão se manifestando. Vômitos e diarreia são sintomas habituais, que levam a desidratação e hipovolemia, por isso, é feito a hidratação através da administração de fluídos, seja por via oral ou intravenosa e o controle dos eletrólitos. É realizado também uma manutenção dos níveis de oxigênio e da pressão arterial.
  • 18. Foram descobertas aplicações com agentes antivirais de medicamentos já utilizados em humanos ou considerados seguros em ensaios clínicos. Como por exemplo: ZMapp: combinação de três anticorpos monoclonais humanizados. Se mostrou eficaz em primatas não humanos. Favipiravir, ou T705: é um inibidor de replicação do vírus influenza. Os testes em camundongos reduziram a viremia e melhoraram os efeitos clínicos e bioquímicos da doença, além de prevenir a morte.
  • 19. TKM-Ebola: é composto de pequenas moléculas de RNA de interferência formuladas com nanopartículas lipídicas que atingem a RNA polimerase do Ebolavirus. AVI-7537: É composto de oligômeros morfolino fosforamidato, que são moléculas sintéticas antisense que se ligam ao RNA viral, tendo como alvo o gene VP24 do Ebola vírus, que se mostrou seguro e bem tolerado em humanos.
  • 20. PREVENÇÃO A Organização Mundial de Saúde em Genebra, testou a vacina VSV-ZEBU em seu estado experimental, contra o vírus do Ebola onde obteve um potencial estado de proteção contra o vírus. Logo após, foi criada outra, que é a recombinação do vírus vivo-atenuado, denominada Ervebo (rVSV-ZEBOV) nome dado pela combinação de duas outras vacinas (Ad26.ZEBOV e MVA-BN-Filo).
  • 21. Os efeitos adversos comuns causados pela vacina são: febre, artrite, rubor no local da injeção, náuseas, sudorese anormal e erupções cutâneas Foi comprovada a eficácia da vacina em reduzir a transmissão do vírus e proteger da doença, porém essa vacina ajuda apenas contra a espécie Zaire ebolavírus, portanto, não tem efeito sobre as outras quatro espécies. A vacina Ervebo é indicada para pessoas acima de 18 anos e a sua principal contraindicação é alergia a qualquer componente nela ou qualquer sinal de distúrbio de coagulação, pois pode acarretar sangramento após a administração da vacina.
  • 22. OBRIGADA! ❖ Ana Flávia Cardoso Vilar ❖ Isabelly Mangueira de Santana ❖ Júlia Gomes Bonzatto ❖ Julia Silverio Kasai ❖ Yasmin Wesely de Almeida