IBC II Jacarezinho
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O barracão número 2 do Instituto Brasileiro do Café em Jacarezinho, um importante símbolo histórico, está sendo totalmente pilhado e destruído por vândalos e ladrões, que retiram peças de ferro e outros materiais para venda. Enquanto isso, a prefeitura e autoridades não tomam medidas para proteger o patrimônio histórico, que está sendo perdido. O contraste é com o barracão número 1, que permanece preservado graças à vigilância contratada.
IBC II Jacarezinho
- 1. cmyb cyan magenta yellow black O nível de pilhagem em dos dois barracões do Instituto Brasi- leiro do Café (IBC) em Jacarezinho chegou ao ponto dos ladrões estabelecerempreçoeatéentregaemdomicíliodoqueéretirado da estrutura. O pouco que sobrou vai sendo retirado aos sem nenhum pudor em plena luz do dia, aos olhos das autoridades que não agem. No local, é comum observar caminhões saindo com peças de ferro furtadas que pesam mais de 100 quilos sem ser incomodados. Enquanto isso acontece, parte da história de Jacarezinho e do ciclo do café se perde com a falta de interesse na preservação de um patrimônio rico em história. TRIBUNA DO VALE14 DE JUNHO DE 2011 DIRETOR: BENEDITO FRANCISQUINI ANO XV - N0 1916 - R$ 1,00 www.tribunadovale.com.br PÁG. B1 Atores amadores lançam na sexta-feira filme em DVD W. BRAZ PÁG. A6 PM flagra e prende homem com 55 gramas de cocaína J. TÁVORA PÁG. A4 Magazine Luíza anuncia compra da rede Baú da Felicidade ECONOMIA PÁG. A3 Beto Richa sanciona lei que cria Selo Amigo da 3ª Idade IDOSOS PÁG. A6 PRF encontra quase 100 quilos de drogas na rodovia BR-369 CAMBARÁ ABANDONO SANTO ANTÔNIO Barracão do IBC agoniza Devoção, missa e muito bolo no dia do padroeiro Terça-feira 210 120 Visto de cima, barracão do IBC, com 30 mil metros quadrados, está vazio e até a estrutura de ferro da cobertura está sendo roubada Antônio de Picolli A Igreja Católica em Santo Antônio da Platina comemorou ontem, 13, o dia de Santo Antônio, padroeiro da cidade, com uma programação que incluiu uma missa que contou com a presença de mais de 400 fiéis e a venda de um bolo gigante recheado com mais de mil imagens do santo casamen- teiro. De acordo com a paróquia, todos os cinco mil pedaços da guloseima foram vendidos. O dinheiro será destinado a ações da Igreja. Tradicional venda do bolo no dia de Santo Antônio também atraiu fieis de outras cidades da região PÁG. B1 PÁG. A8 PÁG. A3 Câmara vota hoje pedido de CPI COM SUPLENTES O presidente da Câmara Municipal,AntônioCésarde Camargo (PR), confirmou ontem a convocação dos suplentes Dionizio da Luz Sobaranski (PSDB) e Paulo César Leite Ribeiro, Pauli- nho do Itaú (PPS). Ambos devem estar presentes à ses- sãoordináriadehoje,às20h, quandoserávotadooreque- rimento do vereador Edson Cudik, Dissão (PSDB), que pede a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar possíveis irregularidades no contrato entre a Prefeitura de Santo Antônio da Platina e a agência de publicidade ÚnicaPropagandaLtdaEPP, de Maringá. PÁG. A5 Secretário discute incentivo e recebe pedido de reforma da Casa da Cultura COM SUPLENTES O secretário de Cultura doParaná,PaulinoViapiana, esteveemJacarezinhonosá- bado, 11, quando participou de uma audiência pública no auditório da reitoria da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). Viapiana explicou a artistas profissionais e amadores da região sobre o Programa Estadual de Fomento e In- centivo à Cultura (Profice) e sobre o Fundo Estadual de Cultura (Fec). Ele também ouviusugestõeserespondeu a perguntas dos convidados sobreinvestimentosnosetor. OtitulardapastanoParaná, tambémrecebeuopedidode reforma da Casa da Cultura Platinense,orçadoempouco mais de R$ 600 mil, assim como o abaixo assinado de um grupo de estudantes pe- dindo a reabertura do local. Vazamento e rachaduras nas casas preocupam moradores Cinco dias depois que uma série de ex- plosões nas galerias de águaspluviaisnocentro de Santo Antônio da Platina abalou a cida- de, o cheiro de gasolina exalado pelos bueiros da rua Barão do Rio Branco ainda assusta moradores que temem novas explosões. Além disso, quem mora no trecho da rua onde as explosões aconteceram reclamam das racha- duras que apareceram depois do acidente e cobram um solução. PÁG. A6 Antônio de Picolli PÁG. A8 Doisreservatórioscomca- pacidade de até 351 mil litros de água estão em fase final de instalaçãonaVilaAmericana, em Andirá. As caixas, uma elevada e outra apoiada, irão beneficiar cerca de cinco mil pessoas e suprir a demanda tambémdoConjuntoHabita- cionalLuizMenegheleJardim Santo Antônio. A população desses bairros reclamavam dosproblemasdedesabasteci- mento que atingiam a região. ANDIRÁ Desabastecimento de água tem data para acabar com reservatórios
- 2. cmyb cyan magenta yellow black A-8 Cidades TRIBUNA DO VALE ANDIRÁ Construção de reservatórios põe fim a falta de água em dois bairros Galpão do IBC só mantém estrutura. Por enquanto Terça-feira, 14 de junho de 2011 Felipe Peres Parte da história de Jacare- zinho e do Norte Pioneiro se esvaiu e será lembrado apenas através de lembranças e fotos antigas. Nos últimos anos, o galpão número 2 do Institu- to Brasileiro do Café (IBC), pertencente a União, ficou totalmente abandonado e, sem zelo nem segurança, tornou- se presa fácil para vândalos e ladrões, que trataram de, literalmente, limpar o local. O imponente barracão de cerca de 30 mil metros quadrados, tão importante para o escoamento do café no século passado e símbo- lo do desenvolvimento de Jacarezinho, está hoje irre- conhecível. Toda a cobertura do local feita de telhas de alumínio foi furtada e o que restou de janelas e portões foi alvo de vandalismo. Em torno do galpão exis- tem ainda mais seis imóveis, sendo que cinco eram resi- dências de funcionários do IBC e outro onde funcionava o escritório do instituto. To- das as construções também foram roubadas por ladrões e destruídas por vândalos. O barracão, que em um passado recente significou riqueza e oferta de empregos, hoje é apenas um retângulo com paredes e chão cimen- tado, após as seguidas inves- tidas de saqueadores. Porém, a situação no local pode ficar ainda pior. Toda a estrutura de ferro que durante anos sustentou o telhado do gal- pão também está ameaçada. Depois de levarem todo o telhado, a próxima investi- da dos ladrões é roubar as barras de ferro que forma a estrutura da cobertura do barracão. Ontem, por volta das 15 horas, três pessoas ‘trabalhavam’ no local des- montando as barras para serem revendidas depois. O vereador Edílson da Luz (PSDB), está revoltado com a situação. Luz já havia pu- blicado em seu blog pessoal na internet, há cerca de uma semana, um vídeo mostran- do as condições atuais do galpão. O parlamentar cobra atitude dos órgãos compe- tentes. “Isso é uma vergonha. Prefeitura, polícias Militar e Federal, Ministério Público, alguém tem que fazer alguma coisa”, cobrou. Depois de levar todas as folhas de alumínio que cobriam o barracão, a nova investida dos ladrões agora é roubar a estrutura de ferro que sustentava o telhado do barracão do IBC. Na tarde de ontem, em plena luz do dia, três homens estavam dentro do galpão número 2 desmontando o que sobrou da estrutura, para revender depois. De acordo com um dos homens que estavam on- tem no local e que preferiu não se identificar, cada barra de ferro de 100 quilos está sendo vendida por R$ 30. “Custa R$ 30 se vierem buscar. Agora se tiver- mos que entregar em casa esse preço sobe para R$ 50”, explicou naturalmente o homem, mostrando a diferença de preços do ‘delivery’. “Hoje mesmo tenho uma encomenda de nove barras, ou seja, R$ 270 pelo serviço”, completou. O mesmo rapaz lembrou que, quando ainda havia telhas de alumínio o lucro era muito maior. “Cheguei a tirar até R$ 600 por dia aqui. Vendia as telhas a R$ 30 a unidade, que mede dois metros por um. Chegava a tirar um caminhão com 120 telhas por dia daqui. Daí dividia o lucro com o pessoal que me ajudava”, confirmou. O homem ainda classificou como desper- dício o que vem acontecendo com o galpão do IBC. “A prefeitura não cuida e o governo não cuida. Nós pelo menos estamos aproveitando os materiais para tirar nosso ganha pão”, finalizou. “Cheguei a ganhar R$ 600 por dia”, diz ladrão Homem rouba barra de ferro em plena luz do dia; unidade pesando 100 quilos custa R$ 30 Da Redação/Assessoria Dois reservatórios com capacidade de até 351 mil litros de água estão em fase final de instalação na Vila Americana em Andirá. As caixas, uma elevada e ou- tra apoiada, irão beneficiar cerca de cinco mil pessoas e suprir a demanda também do Conjunto Habitacional Luiz Meneghel e Jardim Santo Antônio. As obras feitas pelo De- partamento Municipal de Água e Esgoto (Demae) estão sendo promovidas para solucionar o recorrente problema de falta de água no bairro, que conta com mais de 1,2 mil casas. “O empre- endimento além de garantir o fornecimento uniforme para as famílias que resi- dem nessas localidades, vai amenizar os problemas de abastecimento em horário de pico e finais de semana, em outras regiões da cidade, quando o consumo é muito grande e a estação de trata- mento não tem capacidade de atender com quantidade e pressão suficientes todos os consumidores”, explicou o diretor do Demae, Luiz Carlos Demarchi. O serviço de água e es- goto de Andirá é feito pelo executivo desde julho do ano passado e segundo De- marchi há mais de vinte anos o local não recebe in- vestimentos em saneamento básico. “A Vila Americana fica em um lugar muito ele- vado, além de ter uma alta demanda devido a quanti- dade de moradores. A falta de água era uma proble- ma crônico no bairro que contará com distribuição permanente e de qualidade após a conclusão das obras”. O investimento, avaliado em R$270 mil, está sendo feito com recursos próprios da prefeitura, que já tem previsto a instalação de mais dois reservatórios no Conjunto Timburi. “É uma das ações mais importantes de nossa administração, considerando que os reser- vatórios e o poço artesiano profundo que em breve vamos perfurar na Vila Americana, têm capacidade de abastecer aquela região por muitos anos e põe fim às constantes falta de água que tanto aflige os morado- res.” declarou o prefeito José Ronaldo Xavier (PTB). Reservatório irá abastecer 1,2 mil domicílios dos bairrosVila Americana, Luiz Meneghel e Jardim Sto Antônio. Divulgação JACAREZINHO Construção histórica do Instituto Brasileiro do Café continua sendo pilhada sem resistência Contraste Enquantoogalpãonúmero2 doIBCpassadiasenoitesdefor- masolitáriaeentregueaprópria sorte, o galpão número 1resiste firme e conservado. Na tarde de ontemareportagemdaTribuna doValevisitouasinstalaçõesdo barracão. Para zelar e proteger o local, que possui aproximada- mente14milmetrosquadrados de área, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), res- ponsável pelo imóvel, contratou uma empresa terceirizada de segurança. São 24 horas de cui- dado para que o galpão número 1 não tenha o mesmo final do número 2. Seis seguranças se revezamemturnosdeoitohoras. Alémdaimpressionantecon- servação do exterior do imóvel, onde nenhuma telha de alumí- nio foi roubada nem nenhu- ma janela foi quebrada, quem conhece o interior do galpão volta no tempo e vê um pouco da história poderosa do café da região.Carriolasparaotranspor- te das sacas, latas com amostras datadas, folhas com resultados de pesquisas, sacas de café e oito máquinas classificadoras e outra separadora encontram-se intactas e preservadas. O vereador, que acompa- nhou a reportagem, relembrou do tempo em que trabalhou no local. “Quando eu tinha 16 anos trabalhei carregando sacas de café aqui. Era um fluxo enorme decaminhõesegenteeoIBCera sinônimo de geração de empre- gos.Muitaspessoastrabalhavam aqui”, relembra. Luz é um dos incentivadores para que o bar- racão volte a ser utilizado para o beneficiamento e escoamento do café. “Estamos estudando junto com Conab e Associação de Cafés Especiais do Norte PioneirodoParaná(Acenp)para a utilização desse espaço e das máquinas.Seriaumsonhopois, além de conservar o imóvel, o local voltaria a ser utilizado par beneficiar o café”. Vândalos destruíram paredes e roubaram todo o telhado de folhas de alumínio que cobria o galpão “Quando eutinha16 anostrabalhei carregandosacas decaféaqui.Era umfluxoenorme decaminhões egenteeoIBC erasinônimo degeraçãode empregos.” Antônio de Picolli Antônio de Picolli Antônio de Picolli