Imunologia de Transplante-Maria Eduarda, Ana Luiza, Ana Beatriz e Ana Paula._ (7).pptx
1. Imunologia de
Transplantes
A imunologia de transplante é uma área fundamental da
medicina que estuda os mecanismos imunológicos envolvidos
nos transplantes de órgãos e tecidos, visando garantir a
aceitação do enxerto pelo receptor e prevenir a rejeição.
Alunas: Maria Eduarda, Ana Luiza, Ana Beatriz e Ana Paula.
2. Tipos de Transplante e Imunologia
Transplantes Alogênicos
Transplante de um doador para
um receptor geneticamente
diferente, requerendo terapia
imunossupressora para evitar
rejeição.
Transplantes Autólogos
Transplante de tecidos do
próprio paciente, não havendo
risco de rejeição, pois não há
incompatibilidade imunológica.
Transplantes Xenogênicos
Transplante de um indivíduo de
uma espécie para outro de
espécie diferente, como de
animal para humano, com
grandes desafios imunológicos.
3. Resposta Imune Inata e Adaptativa no
Transplante
A resposta imune inata é a primeira linha de defesa, rápida e não específica, envolvendo células que reconhecem
padrões de patógenos (PAMPs) e sinais de perigo (DAMPs) do tecido transplantado.
Células Dendríticas:
•Função: Capturam antígenos do enxerto e apresentam aos linfócitos T nos linfonodos.
•Papel no Transplante: Migrando para o enxerto, iniciam a resposta adaptativa.
•Tipo de Rejeição: Cruciais para a rejeição aguda mediada por linfócitos T.
Resposta Imune Inata:
Macrófagos:
•Função: Fagocitam patógenos e células danificadas, secretando citocinas pró-inflamatórias.
•Papel no Transplante: Recrutados pela resposta de células dendríticas, participam da inflamação crônica e danos
ao enxerto.
•Tipo de Rejeição: Contribuem para a rejeição aguda e crônica, exacerbando a inflamação e fibrose.
4. Resposta Imune Adaptativa:
A resposta imune adaptativa é mais lenta, mas altamente específica e memorável. É composta
principalmente por linfócitos T e B.
• Linfócitos T:
• Função: Linfócitos T CD4+ (auxiliares) e CD8+ (citotóxicos) são cruciais na rejeição do
enxerto.
• CD4+ (T auxiliares): Ativam outras células imunes (como os linfócitos B e macrófagos) e
produzem citocinas que perpetuam a inflamação.
• CD8+ (T citotóxicos): Desencadeiam a morte celular programada (apoptose) das células do
enxerto que apresentam os antígenos estranhos.
• Tipo de Rejeição: Essenciais na rejeição aguda mediada por células (cell-mediated rejection).
5. Antígenos Principais de Histocompatibilidade (MHC)
O Papel do MHC (HLA em Humanos) na Imunização e Rejeição do Transplante
• MHC e HLA:
• O MHC (Major Histocompatibility Complex) é um conjunto de genes que codifica proteínas envolvidas na apresentação de antígenos
para os linfócitos T. Em humanos, o MHC é conhecido como HLA (Human Leukocyte Antigen).
• Existem dois tipos principais de MHC: Classe I (expressa em todas as células nucleadas) e Classe II (expressa principalmente em células
apresentadoras de antígenos, como células dendríticas, macrófagos e linfócitos B).
• MHC Classe I:
• Apresenta fragmentos de proteínas endógenas (como proteínas virais ou do próprio corpo) para linfócitos T CD8+.
• O reconhecimento de antígenos pelo MHC Classe I é crucial para a ativação de linfócitos T citotóxicos, que destroem as células do
enxerto.
• MHC Classe II:
• Apresenta antígenos exógenos (como fragmentos de proteínas do enxerto) para linfócitos T CD4+.
• O reconhecimento pelo MHC Classe II ativa linfócitos T auxiliares, que então ativam outras células imunes, como os linfócitos B e
macrófagos, intensificando a resposta inflamatória.
• Compatibilidade HLA:
• Importância da compatibilidade HLA: Quanto mais compatíveis forem os alelos HLA do doador e receptor, menor será o risco de
rejeição. A compatibilidade é avaliada através de testes de tipagem HLA, que medem a similaridade entre os antígenos MHC do doador
e do receptor.
• HLA e rejeição: A diferença nos antígenos HLA entre o doador e o receptor pode levar a uma resposta imunológica forte contra o
enxerto, resultando em rejeição.
6. Imunidade T-Dependente vs. Imunidade T-Independente
Como Diferentes Mecanismos de Resposta Imune Afetam o Sucesso do Transplante
• Imunidade T-Dependente:
• A imunidade T-dependente envolve a ativação de linfócitos T para ajudar na resposta imune.
• Exemplo no Transplante: A rejeição mediada por células T (Rejeição Aguda) é um exemplo de imunidade T-dependente. Linfócitos
T CD4+ reconhecem antígenos do enxerto apresentados por células dendríticas e ativam linfócitos T CD8+, que matam as células
do enxerto.
• A resposta T-dependente também pode ativar linfócitos B, que produzem anticorpos contra o enxerto (rejeição mediada por
anticorpos ou AMR).
• Imunidade T-Independente:
• A imunidade T-independente é uma resposta imune que não depende da ativação de linfócitos T.
• Exemplo no Transplante: Embora as células T sejam essenciais para a maioria dos mecanismos de rejeição, os linfócitos B podem
ser ativados de forma T-independente em algumas condições, como quando anticorpos são produzidos contra antígenos do
enxerto sem a necessidade de auxílio das células T.
• Essa resposta é mais comum em situações de resposta a patógenos bacterianos, mas em transplante, também pode ocorrer
quando os anticorpos contra o enxerto são formados sem ajuda de linfócitos T.
7. Imunologia e Desafios no Transplante Renal
•Imunologia do Transplante Renal: Especificidades do sistema imune no
transplante de rim, incluindo resposta a infecções e rejeição.
•Imunossupressores no Transplante Renal: Como as drogas afetam a função
renal e os resultados a longo prazo.
•Problemas Pós-Transplante Renal: Complicações como infecção, neoplasias, e
distúrbios metabólicos em pacientes transplantados.
8. Impacto das Infecções em Pacientes Transplantados
•Infeções Pós-Transplante: O risco aumentado de infecções devido à imunossupressão e a
gestão desses casos.
•Infecção por Cytomegalovírus (CMV): O papel do CMV na rejeição do enxerto e
estratégias de prevenção.
•Tratamento e Profilaxia de Infecções: Como o manejo de infecções em pacientes
transplantados impacta a sobrevivência do enxerto.
9. Aspectos Éticos e Psicológicos do Transplante
•Ética no Transplante de Órgãos: Questões relacionadas à
alocação de órgãos, doação e consentimento.
•Aspectos Psicológicos: O impacto psicológico do processo de
transplante tanto para o paciente quanto para o doador.
10. Mecanismos de Rejeição
1 Rejeição Hiperaguda
Ocorre em minutos/horas após o transplante, causada
por anticorpos pré-formados.
2 Rejeição Aguda
Acontece em dias/semanas, mediada por células T e B
ativadas contra o enxerto.
3 Rejeição Crônica
Processo lento e gradual, levando à deterioração do
órgão transplantado.
11. Desafios e Futuro da
Imunologia de Transplante
Rejeição
Entender mecanismos para prevenir e tratar a rejeição
aguda e crônica.
Tolerância
Desenvolver terapias que induzam tolerância imunológica,
evitando imunossupressão.
Xenotransplante
Superar os desafios imunológicos do transplante entre
espécies.
12. Avanços e Perspectivas Futuras
Medicina de Precisão
Terapias personalizadas
baseadas no perfil genético e
imunológico de cada paciente.
Bioengenharia
Desenvolvimento de órgãos e
tecidos bioartificiais para
transplante.
Imunoterapia
Novos tratamentos que
modulam o sistema
imunológico para prevenir
rejeição.
Xenotransplante
Transplante de órgãos de
animais geneticamente
modificados para humanos.