UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA Disciplina: Introdução ao Controle Bibliográfico Docente: Andrielle de Aquino Marques Campus Universitário - Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000,  Manaus - Am. - 69077-00 - Fone 3647-4386 Controle Bibliográfico Universal
HISTÓRICO O Controle Bibliográfico Universal existe desde a antiguidade; Até a invenção da imprensa, a produção de livros era limitada; As bibliotecas tinham condições de reunir coleções praticamente completas, como foi o caso da famosa biblioteca de Alexandria, fundada por Ptolomeu I (367/366 ou 364-283/282 a.C.), cujo objetivo era adquirir livros do mundo inteiro;
Controle Bibliográfico –  "Pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção" (Campello e Magalhães, 1997)
Histórico As bibliotecas foram as primeiras instituições responsáveis pelo controle bibliográfico; Calímaco (305 – 240 a. C.), poeta e bibliotecário grego, é o marco na história do controle bibliográfico; Catálogo da Biblioteca de Alexandria, ocupava 120 rolos de papiro e, embora fosse seletivo, representava uma grande parte do acervo dessa biblioteca;
Surgimento das Bibliografias Com o aumento da produção de livros, surgiram as bibliografias; Bibliografias   Instrumentos bibliográficos independentes das bibliotecas, elaboradas principalmente por indivíduos interessados na organização do conhecimento e por instituições voltadas para determinados ramos de saber, como as sociedades científicas e as associações profissionais.
Conrad Gersner (1516 – 1565), bibliógrafo suiço que publicou, em 1545, a Biblioteca Universalis; Bibliógrafo    responsável pela elaboração da bibliografia. Biblioteca Universalis    Um dos marcos da história da bibliografia, que listava apenas as obras publicadas em latim, grego e hebraico, tinha quinze mil títulos de cerca de três mil autores que listou.
Os Grandes Bibliógrafos Século XVIII    inglês Michael Maittaire (1668 – 1747) e pelo alemão Gottlieb Georgi; Século XIX    francês Jacques – Charles Brunet (1780 – 1867), cuja obra foi suplementada por Johann  Georg Theodor Graesse (1814 – 1885).
Objetivo Promover um sistema mundial de controle e permuta de informações bibliográficas, de modo a facilitar a disseminação, a nível nacional e internacional de  dados bibliográficos  sobre todas as publicações editadas em todos os países.
Instituto Bibliográfico Internacional O projeto mais ambicioso foi, provavelmente, o estabelecimento, em 1895, o Instituto Internacional de Bibliografia, em Bruxelas, com o objetivo de reunir toda a produção bibliográfica mundial, na forma de um catálogo em fichas que indicaria também a localização das obras.
Instituto Bibliográfico Internacional    FID Devido as dificuldades financeiras, o Instituto transformou-se na Federação Internacional de Documentação - FID. As primeiras tentativas de Controle Bibliográfico, formam um conjunto  desestruturado de iniciativa individuais e trabalho voluntário, resultante de circunstâncias fortuitas de tempo, lugar, materiais ou recursos que estivessem disponíveis no momento.
O Surgimento dos Periódicos Científicos Até o século XVII, o conhecimento era disseminado somente na forma de livros;  Com o crescimento da ciência experimental, surge um novo produto voltado para a difusão dos conhecimentos, esse produto chama-se: periódico científico; O primeiro periódico científico chama-se: Journal des Sçavans, sendo que posteriormente passou a ter caráter literário.
Outros Tipos de Publicações Após o periódico, surgiram outros tipos de publicações, tais como: Relatórios Técnicos; Trabalhos de Congressos; Documentos Oficiais; Materiais não Bibliográficos; Comunicação e publicação eletrônicas.
A Institucionalização do Controle Bibliográfico Em virtude das diversidades de registros, trouxeram novos problemas e a busca de outras soluções, que tornam cada vez mais complexo o controle da produção intelectual, com isto surgiu a institucionalização do Controle Bibliográfico.
Desde a década de 70, a UNESCO, juntamente com a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliográficas (IFLA) vem desenvolvendo um programa conhecido como Controle Bibliográfico Universal (CBU). A Institucionalização do Controle Bibliográfico
Objetivos do Controle Bibliográfico Reunir e tornar disponíveis, de maneira eficiente, os registros de produção bibliográfica de todos os países, concretizando em uma rede internacional de informação.
Cada país é responsável pela descrição bibliográfica e divulgação das publicações nele originadas, por meio da bibliografia nacional, instrumento - chave do controle bibliográfico. Bibliografia Nacional     Lista de publicações de um país. Para se obter sucesso no Controle Bibliográfico Nacional, é importante manter um elo cooperativo entre bibliotecas, agência bibliográfica nacional (ABN), indústria e comércio livreiros.
Atualmente o CBU, liderado pela IFLA, está acoplado ao International MARC, com o nome de Universal Bibliographic Control and International MARC (UBCIM), o que reflete a importância fundamental da padronização bibliográfica para os objetivos do CBU.
Conceito do Controle Bibliográfico Universal O CBU deve ser entendido como um programa com objetivos de longo alcance e cujas atividades levarão a formação de uma rede universal de controle e intercâmbio de informações bibliográficas.  O controle bibliográfico deve começar em nível local, precedendo qualquer tentativa em nível universal.
Componentes Básicos do CBU São os países que devem integrar-se para formar o sistema universal.  Dois Aspectos Fortemente Enfatizados no CBU O reconhecimento de que cada país está mais para identificar e registrar sus produção editorial; A aceitação, pelos países, de normas internacionais para o registro da descrição de sua produção bibliográfica.
ABN As recomendações traçadas pelos órgãos coordenadores do programa que constituem, portanto, diretrizes que facilitarão aos países alcançar os objetivos do CBU que, para ser viabilizado, depende de uma agência bibliográfica nacional (ABN).
ABN ABN   É a estrutura responsável pela coordenação dos mecanismos que, implementados em âmbito nacional, facilitam os processos de capacitação e registros bibliográficos dos documentos, possibilitando o acesso eficiente às informações produzidas no país.
Mecanismos da ABN Depósito legal; Os registros que reunidos formam a bibliografia nacional; As normas que proporcionam a uniformização dos registros (ISDs); Os números de identificação de documentos (ISBN e ISSN); Os programas de catalogação na publicação (CIP); Disponibilidade de publicações (UAP).
Abordagem Sociológica O controle bibliográfico pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção. Acredita-se que o conhecimento alcançado pela humanidade é importante e  deve ser colocado à disposição de toda a sociedade, é necessário planejar um sistema de controle que seja organizado de forma a permitir a efetiva utilização da massa informacional de todos os interessados.
Os Níveis do Controle Bibliográfico: Shera descreve os níveis do controle bibliográfico: Geral, Particular e Interno. Geral     Refere-se ao controle dos registros do conhecimento que interessam à nação como um todo. Nível Particular     Ocorre a partir do momento em que determinado grupo de indivíduos, com interesses específicos, demanda um tipo especial de controle bibliográfico para atender às necessidades informacionais do próprio grupo e que são diferentes da comunidade em geral.
Os Níveis do Controle Bibliográfico: Nível Interno   Refere-se ao papel desempenhado por bibliotecas ou outros tipos de agência de informação que, no âmbito das organizações a que servem, controlam as informações de interesse específico dessas organizações. O Controle Bibliográfico pressupõe um sistema planejado e articulado que envolve comunicação dentro de um grupo especialistas, entre vários grupos de especialistas e público leigo.
Acessibilidade Bibliográfica e  Acessibilidade Física O Controle Bibliográfico incorpora os conceitos de acessibilidade bibliográfica e acessibilidade física. O Controle Bibliográfico ampara-se em dois instrumentos básicos: A Bibliografia Nacional e  Biblioteca Nacional.
Acessibilidade Bibliográfica e  Acessibilidade Física Bibliografia Nacional   Permite a acessibilidade bibliográfica, isto é, a identificação do documento; Biblioteca Nacional   Tendo função de preservar toda a produção intelectual do país, proporciona acessibilidade física, isto é, a localização e obtenção do documento propriamente dito.
Controle Bibliográfico e as Novas Tecnologias: acessibilidade física A tecnologia da informação, que possibilita a interligação eletrônica dos acervos de  bibliotecas e de serviços bibliográficos em rede mundial, apresenta uma nova perspectiva para o CBU. As bases de textos que começam a aparecer na Internet, tornarão irrelevante a diferença entre acessibilidade bibliográfica e acessibilidade física, que são conceitos importantes na visão tradicional do controle bibliográfico.
Controle Bibliográfico e as Novas Tecnologias Sistemas abrangentes, que reúnem milhões de registros bibliográficos e extrapolam fronteiras geográficas, estão hoje disponíveis na Internet. Facilitam para o usuário o acesso à informação, sem se preocupar com aspectos relacionados à preservação de herança cultural.
Mecanismos de  Controle Bibliográfico Sistema Calco   Catalogação Legível por Computador. Elaboração dos Manuais para monografia e publicações seriadas na Biblioteca Nacional. Bibliodata   Projeto de automação das Bibliotecas da Fundação Getúlio Vargas. No desenvolvimento do Sistema Calco, o CPD e a Biblioteca da FGV, identificaram vários subsistemas, entre eles o de catalogação cooperativa.
Os Benefícios de uma  Central de Catalogação  Infra – estrutura capaz de atualizar a catalogação das bibliotecas brasileiras, com economia de tempo e mão-de-obra; Evitar a duplicação de trabalho, inclusive a nível internacional; Obter bibliografias especializadas, catálogos coletivos de monografias e periódicos, facilitar o empréstimos entre bibliotecas, a localização de obras para consulta no país, a execução de projetos de aquisição planificada. Possibilitar a permuta de informação em nível nacional e internacional.
Outros Mecanismos do  Controle Bibliográfico Descrição Bibliográfica Internacional     Contribuirá para que os produtos gerados pela BN possam ser permutados com outras agências nacionais, sem problemas de compatibilidade, já que são processados por computador; ISBN     Que é atribuído pela Biblioteca Nacional aos livros que estão sendo lançados no mercado e que permitirá aos responsáveis pela coleta do material a sua identificação, servindo de alerta para o Depósito Legal; ISSN     Atribuído às revistas nacionais pelo IBICT, que servirá de alerta aos responsáveis pelo controle das publicações seriadas da BN..
Atividade de Complementação Faça uma análise comparando a estrutura da Internet com o modelo proposto por Shera para o controle bibliográfico. Para isso, identifique as características, vantagens e desvantagens dos dois modelos, concentrando sua análise na situação no Brasil.

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Introdução a cbu

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA Disciplina: Introdução ao Controle Bibliográfico Docente: Andrielle de Aquino Marques Campus Universitário - Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Manaus - Am. - 69077-00 - Fone 3647-4386 Controle Bibliográfico Universal
  • 2. HISTÓRICO O Controle Bibliográfico Universal existe desde a antiguidade; Até a invenção da imprensa, a produção de livros era limitada; As bibliotecas tinham condições de reunir coleções praticamente completas, como foi o caso da famosa biblioteca de Alexandria, fundada por Ptolomeu I (367/366 ou 364-283/282 a.C.), cujo objetivo era adquirir livros do mundo inteiro;
  • 3. Controle Bibliográfico – "Pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção" (Campello e Magalhães, 1997)
  • 4. Histórico As bibliotecas foram as primeiras instituições responsáveis pelo controle bibliográfico; Calímaco (305 – 240 a. C.), poeta e bibliotecário grego, é o marco na história do controle bibliográfico; Catálogo da Biblioteca de Alexandria, ocupava 120 rolos de papiro e, embora fosse seletivo, representava uma grande parte do acervo dessa biblioteca;
  • 5. Surgimento das Bibliografias Com o aumento da produção de livros, surgiram as bibliografias; Bibliografias  Instrumentos bibliográficos independentes das bibliotecas, elaboradas principalmente por indivíduos interessados na organização do conhecimento e por instituições voltadas para determinados ramos de saber, como as sociedades científicas e as associações profissionais.
  • 6. Conrad Gersner (1516 – 1565), bibliógrafo suiço que publicou, em 1545, a Biblioteca Universalis; Bibliógrafo  responsável pela elaboração da bibliografia. Biblioteca Universalis  Um dos marcos da história da bibliografia, que listava apenas as obras publicadas em latim, grego e hebraico, tinha quinze mil títulos de cerca de três mil autores que listou.
  • 7. Os Grandes Bibliógrafos Século XVIII  inglês Michael Maittaire (1668 – 1747) e pelo alemão Gottlieb Georgi; Século XIX  francês Jacques – Charles Brunet (1780 – 1867), cuja obra foi suplementada por Johann Georg Theodor Graesse (1814 – 1885).
  • 8. Objetivo Promover um sistema mundial de controle e permuta de informações bibliográficas, de modo a facilitar a disseminação, a nível nacional e internacional de dados bibliográficos sobre todas as publicações editadas em todos os países.
  • 9. Instituto Bibliográfico Internacional O projeto mais ambicioso foi, provavelmente, o estabelecimento, em 1895, o Instituto Internacional de Bibliografia, em Bruxelas, com o objetivo de reunir toda a produção bibliográfica mundial, na forma de um catálogo em fichas que indicaria também a localização das obras.
  • 10. Instituto Bibliográfico Internacional  FID Devido as dificuldades financeiras, o Instituto transformou-se na Federação Internacional de Documentação - FID. As primeiras tentativas de Controle Bibliográfico, formam um conjunto desestruturado de iniciativa individuais e trabalho voluntário, resultante de circunstâncias fortuitas de tempo, lugar, materiais ou recursos que estivessem disponíveis no momento.
  • 11. O Surgimento dos Periódicos Científicos Até o século XVII, o conhecimento era disseminado somente na forma de livros; Com o crescimento da ciência experimental, surge um novo produto voltado para a difusão dos conhecimentos, esse produto chama-se: periódico científico; O primeiro periódico científico chama-se: Journal des Sçavans, sendo que posteriormente passou a ter caráter literário.
  • 12. Outros Tipos de Publicações Após o periódico, surgiram outros tipos de publicações, tais como: Relatórios Técnicos; Trabalhos de Congressos; Documentos Oficiais; Materiais não Bibliográficos; Comunicação e publicação eletrônicas.
  • 13. A Institucionalização do Controle Bibliográfico Em virtude das diversidades de registros, trouxeram novos problemas e a busca de outras soluções, que tornam cada vez mais complexo o controle da produção intelectual, com isto surgiu a institucionalização do Controle Bibliográfico.
  • 14. Desde a década de 70, a UNESCO, juntamente com a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliográficas (IFLA) vem desenvolvendo um programa conhecido como Controle Bibliográfico Universal (CBU). A Institucionalização do Controle Bibliográfico
  • 15. Objetivos do Controle Bibliográfico Reunir e tornar disponíveis, de maneira eficiente, os registros de produção bibliográfica de todos os países, concretizando em uma rede internacional de informação.
  • 16. Cada país é responsável pela descrição bibliográfica e divulgação das publicações nele originadas, por meio da bibliografia nacional, instrumento - chave do controle bibliográfico. Bibliografia Nacional  Lista de publicações de um país. Para se obter sucesso no Controle Bibliográfico Nacional, é importante manter um elo cooperativo entre bibliotecas, agência bibliográfica nacional (ABN), indústria e comércio livreiros.
  • 17. Atualmente o CBU, liderado pela IFLA, está acoplado ao International MARC, com o nome de Universal Bibliographic Control and International MARC (UBCIM), o que reflete a importância fundamental da padronização bibliográfica para os objetivos do CBU.
  • 18. Conceito do Controle Bibliográfico Universal O CBU deve ser entendido como um programa com objetivos de longo alcance e cujas atividades levarão a formação de uma rede universal de controle e intercâmbio de informações bibliográficas. O controle bibliográfico deve começar em nível local, precedendo qualquer tentativa em nível universal.
  • 19. Componentes Básicos do CBU São os países que devem integrar-se para formar o sistema universal. Dois Aspectos Fortemente Enfatizados no CBU O reconhecimento de que cada país está mais para identificar e registrar sus produção editorial; A aceitação, pelos países, de normas internacionais para o registro da descrição de sua produção bibliográfica.
  • 20. ABN As recomendações traçadas pelos órgãos coordenadores do programa que constituem, portanto, diretrizes que facilitarão aos países alcançar os objetivos do CBU que, para ser viabilizado, depende de uma agência bibliográfica nacional (ABN).
  • 21. ABN ABN  É a estrutura responsável pela coordenação dos mecanismos que, implementados em âmbito nacional, facilitam os processos de capacitação e registros bibliográficos dos documentos, possibilitando o acesso eficiente às informações produzidas no país.
  • 22. Mecanismos da ABN Depósito legal; Os registros que reunidos formam a bibliografia nacional; As normas que proporcionam a uniformização dos registros (ISDs); Os números de identificação de documentos (ISBN e ISSN); Os programas de catalogação na publicação (CIP); Disponibilidade de publicações (UAP).
  • 23. Abordagem Sociológica O controle bibliográfico pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção. Acredita-se que o conhecimento alcançado pela humanidade é importante e deve ser colocado à disposição de toda a sociedade, é necessário planejar um sistema de controle que seja organizado de forma a permitir a efetiva utilização da massa informacional de todos os interessados.
  • 24. Os Níveis do Controle Bibliográfico: Shera descreve os níveis do controle bibliográfico: Geral, Particular e Interno. Geral  Refere-se ao controle dos registros do conhecimento que interessam à nação como um todo. Nível Particular  Ocorre a partir do momento em que determinado grupo de indivíduos, com interesses específicos, demanda um tipo especial de controle bibliográfico para atender às necessidades informacionais do próprio grupo e que são diferentes da comunidade em geral.
  • 25. Os Níveis do Controle Bibliográfico: Nível Interno  Refere-se ao papel desempenhado por bibliotecas ou outros tipos de agência de informação que, no âmbito das organizações a que servem, controlam as informações de interesse específico dessas organizações. O Controle Bibliográfico pressupõe um sistema planejado e articulado que envolve comunicação dentro de um grupo especialistas, entre vários grupos de especialistas e público leigo.
  • 26. Acessibilidade Bibliográfica e Acessibilidade Física O Controle Bibliográfico incorpora os conceitos de acessibilidade bibliográfica e acessibilidade física. O Controle Bibliográfico ampara-se em dois instrumentos básicos: A Bibliografia Nacional e Biblioteca Nacional.
  • 27. Acessibilidade Bibliográfica e Acessibilidade Física Bibliografia Nacional  Permite a acessibilidade bibliográfica, isto é, a identificação do documento; Biblioteca Nacional  Tendo função de preservar toda a produção intelectual do país, proporciona acessibilidade física, isto é, a localização e obtenção do documento propriamente dito.
  • 28. Controle Bibliográfico e as Novas Tecnologias: acessibilidade física A tecnologia da informação, que possibilita a interligação eletrônica dos acervos de bibliotecas e de serviços bibliográficos em rede mundial, apresenta uma nova perspectiva para o CBU. As bases de textos que começam a aparecer na Internet, tornarão irrelevante a diferença entre acessibilidade bibliográfica e acessibilidade física, que são conceitos importantes na visão tradicional do controle bibliográfico.
  • 29. Controle Bibliográfico e as Novas Tecnologias Sistemas abrangentes, que reúnem milhões de registros bibliográficos e extrapolam fronteiras geográficas, estão hoje disponíveis na Internet. Facilitam para o usuário o acesso à informação, sem se preocupar com aspectos relacionados à preservação de herança cultural.
  • 30. Mecanismos de Controle Bibliográfico Sistema Calco  Catalogação Legível por Computador. Elaboração dos Manuais para monografia e publicações seriadas na Biblioteca Nacional. Bibliodata  Projeto de automação das Bibliotecas da Fundação Getúlio Vargas. No desenvolvimento do Sistema Calco, o CPD e a Biblioteca da FGV, identificaram vários subsistemas, entre eles o de catalogação cooperativa.
  • 31. Os Benefícios de uma Central de Catalogação Infra – estrutura capaz de atualizar a catalogação das bibliotecas brasileiras, com economia de tempo e mão-de-obra; Evitar a duplicação de trabalho, inclusive a nível internacional; Obter bibliografias especializadas, catálogos coletivos de monografias e periódicos, facilitar o empréstimos entre bibliotecas, a localização de obras para consulta no país, a execução de projetos de aquisição planificada. Possibilitar a permuta de informação em nível nacional e internacional.
  • 32. Outros Mecanismos do Controle Bibliográfico Descrição Bibliográfica Internacional  Contribuirá para que os produtos gerados pela BN possam ser permutados com outras agências nacionais, sem problemas de compatibilidade, já que são processados por computador; ISBN  Que é atribuído pela Biblioteca Nacional aos livros que estão sendo lançados no mercado e que permitirá aos responsáveis pela coleta do material a sua identificação, servindo de alerta para o Depósito Legal; ISSN  Atribuído às revistas nacionais pelo IBICT, que servirá de alerta aos responsáveis pelo controle das publicações seriadas da BN..
  • 33. Atividade de Complementação Faça uma análise comparando a estrutura da Internet com o modelo proposto por Shera para o controle bibliográfico. Para isso, identifique as características, vantagens e desvantagens dos dois modelos, concentrando sua análise na situação no Brasil.

Notas do Editor

  • #3: O CBU sempre existiu no trabalho dos indivíduos que buscavam o conhecimento; Por este motivo, as bibliotecas tinham condições de reunir suas coleções completas e o CB era uma atividade relativamente simples; Falando um pouco da Biblioteca de Alexandria, a mesma estava localizada no Egito, era a maior biblioteca da antiguidade. Possuía cerca de 700.000 volumes de papiro, com obras científicas e literárias. Incendiada por Júlio César (Rei de Roma); 3.1 Quando se fala no objetivo da Biblioteca de Alexandria, entende-se que o mesmo poderia ser entendido como “Depósito Legal”, ou seja, tudo o que era produzido no mundo inteiro era remetido a ela; 3.2 Depósito Legal  ”É uma lei que obriga os autores, editores ou impressores a depositar, em bibliotecas nacionais ou órgão responsáveis pelo controle bibliográfico, certo número de exemplares dos documentos por eles produzidos.”
  • #5: Apesar de as bibliotecas ser as primeiras instituições responsáveis pelo CB, os seus catálogos, os primeiros instrumentos para este fim. 1.2 Catálogo  ”Relação ou lista metódica, e em geral alfabética, de pessoas ou de coisas.” 2. Calímaco é o grande marco, pelo o fato de ter tido a idéia de dividir a biblioteca em oito parte, ou seja, por área. 3. Quanto ao catálogo de Alexandria, era seletivo, pelo o fato de ter somente o que era de interesse de Calímaco e da alta sociedade.
  • #6: 1. Na linguagem simples, bibliografia quer dizer: lista de obras ou de artigos de um autor.
  • #7: Até em meados do século XVI, o homem podia sonhar em produzir bibliografias universais, que registrassem todos os documentos publicados no mundo e em todos os domínios do saber, foi o caso de Conrad, quando ainda não havia decorrido um século da invenção da imprensa (1450). Segundo se supõe, que seja mais ou menos uma quinta parte da produção bibliográfica européia. 1.1 Conrad incluiu em sua obra, além de títulos dos trabalhos, anotações, avaliações e comentários sobre a natureza e o valor de cada um.
  • #8: Todos esses bibliógrafos limitaram-se apenas à produção tipográfica da Europa Ocidental. 1.1 Produção Tipográfica  “Técnica de imprimir em tipos móveis.”
  • #9: O grande objetivo dos trabalhos dos grandes bibliógrafos era, facilitar a troca de informação entre os países e até mesmo entre eles. Na linguagem simples, dados bibliográficos  “Conjunto de elementos (autor, título, local e outros dados empregados na “descrição bibliográfica” que representa um documento específico.” Descrição Bibliográfica  “Registro de dados bibliográficos que identificam um documento.”
  • #10: Esse catálogo, conhecido como Repertóire Bibliographique Universal , chegou a acumular cerca de 20 milhões de fichas, representando acervos de bibliotecas européias e americanas, devido as grandes dificuldades financeiras, foi interrompido.
  • #11: 2. Ocorreu toda essa desestrutura no FID, devido não terem se guiado por diretrizes abrangentes que levassem em consideração as necessidades dos usuários e os recursos existentes. A falta de planejamento seria, hoje, tecnicamente inadequada e economicamente inviável, além de desvantajosa para a sociedade.
  • #12: 3. O primeiro fascículo do periódico, continha dez artigos, algumas cartas e notas, num total de 20 páginas, foi publicado em Paris, em 05 de janeiro de 1665. após surgiu as Philosophical Transactions, da Royal Society, de Londres. Desde então, a literatura periódica tem crescido periodicamente.
  • #13: Nessas publicações, a informação é desvinculada do suporte tradicional. Essa diversidade de registro trouxe novos problemas e a busca de outras soluções, que tornam cada vez mais complexo o controle da produção intelectual. Documento Oficial  “Documento emitido ou reconhecido por instituições do poder público.” Relatório Técnico  “Documento que apresenta os resultados de uma investigação técnica.”
  • #15: 1. As referidas instituições, realizaram em setembro de 1977, em Paris, um Congresso Internacional sobre bibliografias nacionais, que aprovou um documento que traças as diretrizes a serem seguidas pelos países interessados em alcançar o controle bibliográfico e estabelece as estruturas de sustentação do CBU, com base no Controle Bibliográfico Nacional.
  • #18: 1. O referido programa está direcionado para a coordenação do desenvolvimento de sistemas e normas para o controle bibliográfico.
  • #19: 2 . Seguindo o passo que deve começar no nível local, torna-se prontamente disponíveis de forma universalmente, os dados bibliográficos básicos de todas as publicações de todos os países.
  • #20: O CBU pressupõe que cada país, busque fazer uso das novas tecnologias da informação e pesquise meios de aperfeiçoar e desenvolver técnicas para o controle bibliográfico.
  • #23: Reconhece-se que um sistema como este não será estabelecido rapidamente: isto ocorrerá progressivamente, mediante o fortalecimento dos mecanismos em âmbito nacional e das aceitações pelos países, dos padrões internacionais;
  • #24: 1. Uma abordagem conceitual e teórica interessante foi delineada pelo bibliotecário note americano Jesse Shera, que visualizou o processo de CB numa perspectiva sociológica, como parte do sistema geral da comunicação da sociedade.
  • #25: Geral  Neste nível, a responsabilidade é do governo. Para sua gerência, existiria um órgão coordenador, financiado por representantes de todos os segmentos interessados no CB. Particular  Corresponde ao que se chama de bibliografia especializada, deve ser sustentado financeiramente pelo próprio grupo beneficiário. É muito importante, neste nível, que as ações sejam planejadas de forma a evitar a fragmentação e duplicação que podem ocorrer quando proliferam serviços isolados, independentes e sem coordenação.
  • #26: Nível interno  É fundamental que seja utilizado instrumentos padronizados que permitam a integração de dados, principalmente no caso das bibliotecas universitárias e outras mantidas com recursos públicos. O CB seria um instrumento daquilo que Shera denomina “Sistema de Comunicação Gráfica”, cujo objetivo seria extrair, do conforto dos registros do conhecimento, aquelas porções relevantes para uma atividade em particular, com maior economia.
  • #28: Na linguagem comum, acessibilidade bibliográfica, significa saber onde contém determinado assunto. Quanto acessibilidade física, significa utilizar o material.
  • #29: Aliada ao fenômeno da globalização, que dilui as fronteiras comerciais dos países, uma rede mundial de informações como a Internet tem potencial para modificar a forma como o controle bibliográfico vem sendo operacionalizado até o momento. Essas modificações dizem respeito, principalmente, às formas de acesso às informações bibliográficas. Vejamos, de um lado, os registros catalográficos dos grandes acervos das grandes bibliotecas universitárias já se encontram disponíveis, de forma ampla e gratuita, por outro lado, ignorar o aspecto comercial do fornecimento de informações que deverá ser potencializado pela rede.
  • #30: As bases de textos que aparecem na Internet tornarão sem importância as diferenças entre acessibilidade física, que são conceitos importantes na visão tradicional do CB. A globalização de acervos, que é o ideal do CBU, ocorre segundo uma perspectiva diferente: atende-se as necessidades de quem pode pagar pelo serviço, que é fornecido por uma instituição que centraliza as informações, ao invés de se buscar a disponibilidade irrestrita de informações a partir da organização bibliográfica de cada país, sob a coordenação de entidades internacionais.