A perspectiva de Thomas Kuhn Trabalha de Projecto  –  Etapa 2   Lúcio Silva,  João Timóteo, Guilherme Rua, Sara Paulo,  Teresa Martins, Ana Rita Costa Alunos do 11ºC (2009) Escola Secundária Artística António Arroio Filosofia Prof. Joaquim Melro
“ Quase nenhuma das investigações empreendidas, mesmo pelos maiores cientistas, está projectada para ser revolucionária e muito poucas têm quaisquer consequências” (Kuhn, 1989 ,  p. 277)
“ Que elementos partilhados explicam o carácter relativamente não problemático da comunicação profissional e a unanimidade relativa do juízo profissional? A esta questão, A Estrutura das Revoluções Científicas responde: <<um paradigma>> ou <<um conjunto de paradigmas>>“  (Kuhn, 1989, p. 357, aspas e itálico no original) “ Um paradigma, para Kuhn é “um resultado científico fundamental, que inclui ao mesmo tempo uma teoria e algumas aplicações tipo aos resultados das experiências e da observação”. É, portanto, uma determinada maneira de ver o mundo (…)” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus & Galvão, 2004, p. 172, aspas no original) “ Poderia agora adoptar (…) a notação <<paradigma>>, mas resulta menos confuso denota-lo com a expressão <<matriz disciplinar>> - <<matriz>>, porque se compõe de elementos ordenados de vários géneros, cada um exigindo especificações ulteriores; e <<disciplinar>>, porque é possessão comum dos praticantes de uma disciplina profissional ” (Kuhn, 1989, p. 358 , aspas e itálico no original )
“  (...) nesta concepção, uma comunidade científica consiste nos praticantes de uma especialidade científica. Unidos por elementos comuns da respectiva educação e aprendizagem, vêm-se a si mesmos e são vistos pelos outros como os responsáveis pela prossecução de um conjunto de objectivos partilhados, incluindo a formação dos sucessores.” ( Kuhn, 1989 , p. 356)
“ [Para Kuhn]A ciência não é história da natureza nem acumulação de factos; é a arquitectura de um quadro do mundo. Trata-se de um empreendimento intelectual que vise entender o que nos cerca. ”  (Harré, 1982 pp. 36 -37) “ Kuhn entende a ciência como um  discurso . (…) Assim, o seu enfoque epistemológico mostra, descritivamente, a estrutura de uma ruptura na ideia da concepção do progresso contínuo da ciência.” ( Cunha, 2008, s/p. grafia original) “ A ciência é um método de abordagem do mundo, que é suscetível de ser experimentado pelo homem. Não visa à persuasão, a alcançar a “verdade última”, ou a convencer. É somente um modo de analisar que permite ao cientista apresentar proposições (…). O único propósito da ciência é o de compreender o mundo empírico no qual o homem vive.”  ( Gobbo, s/d, s/p, aspas no original)
“ Uma Teoria científica é uma hipótese sobre esse conhecimento, hipótese que acontecimentos posteriores confirmam ou desmentem.”  (Collingwood, 1986, pp. 93 e 94) “ Kuhn selecciona cinco critérios ou cinco &quot;valores&quot;, como ele os chama, de uma boa teoria científica: exactidão, consistência, alcance, simplicidade e fecundidade.” (Gewandsznajder, 2005, s/p)
“ (…) a investigação normal, mesmo a melhor, é uma actividade altamente convergente baseada firmemente num consenso estabelecido, adquirido na educação científica e reforçado pela vida subsequente na profissão.”  ( Kuhn, 1989 , p. 288) “ Aquilo a que Kuhn chama ciência normal é (...) o trabalho do cientista que tem como objectivo confirmar as teorias a que a comunidade dos cientistas chegou, trabalhar para que elas sejam aceites por todos, procurando torná-las mais precisas.”  (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus & Galvão, 2004, p. 174) “ [A ciência normal visa] melhorar o acordo num campo onde se demonstrou já existir um certo acordo aproximado.” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus & Galvão, 2004, p. 176)
“ Teoria da epistemologia da ciência segundo a qual a pretensão de verdade de uma hipótese é sustentada pela verificação “  (wikipedia.pt /s.d./s.p.) “ Qualquer hipótese, para ser científica, tinha de ser considerada “verificável”(...) [o verificacionismo] tem como princípio básico a idéia de verdade, portanto algo que se estabiliza em determinado momento.”  (Kuhn, 1962, s/p) “ Tese central do  positivismo lógico  segundo a qual o significado de uma frase é o seu método de verificação. (...) Por &quot;verificação&quot; entende-se em geral &quot;verificação empírica” (...).  (Almeida, Murcho, Costa, Teixeira, Galvão, Nunes, Sameiro Rodrigues & Santos, s/d, s/p)
“ (…) quando a solidez de um determinado paradigma baqueia face a um excessivo número de factos rebeldes, de  anomalias . Uma anomalia é um enigma, teórico ou experimental, que não encontra solução no âmbito do paradigma vigente” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus & Galvão, 2004, p. 173) “ Quando surge uma anomalia, não se consegue ajustar devidamente a natureza ao paradigma (…).” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus, Galvão, 2004, p. 174)
“ Uma crise é um período de insegurança evidente durante o qual a confiança num paradigma é abalada por sérias anomalias. Um grande número de anomalias sérias será obviamente um passo para a instauração de uma crise” (Alves, Arêdes & Carvalho, 1991, p. 112)  “ A crise é uma condição fundamental da emergência de uma nova teoria.” (Alves, Arêdes, Carvalho, 1991, p. 112)  “ Tudo isto são sintomas de uma transição de uma investigação normal para uma não ordinária.” (Kuhn, 1989, p.344)
Ciência extraordinária  “ (…) a acumulação de anomalias , isto é, de casos problemáticos que o paradigma não resolve, acaba por dar origem a períodos de  crise :”as anomalias”, ameaçando o paradigma nos seus próprios fundamentos, são momentos críticos, porque o consenso dá lugar à divisão, à formação de grupos que procuram outras teorias e outros fundamentos. A este período crítico dá Kuhn o nome de  ciência extraordinária .” (Rodrigues ,  Sameiro & Nunes, 2004, p.250, aspas no original) “ (...)a ciência normal dá lugar à ciência extraordinária que, ou conduzirá a ciência à sua normalidade anterior, ou dará origem à emergência de uma nova teoria com pretensões paradigmáticas.” (Alves, Arêdes & Carvalho, 1991, p. 112)   “ (..) [a] insegurança é gerada pelo fracasso constante dos quebra-cabeças da ciência normal em produzir os resultados esperados. O fracasso das regras existentes é o prelúdio para uma busca de novas regras.”  (Kuhn, 1990, p.95)
“ É típico que esta investigação convergente ou de consenso limitado desemboque, por fim, na revolução. Então, as técnicas e crenças tradicionais são abandonadas e substituídas por outras novas.” (Kuhn, 1989, p. 277-278) “ Mudanças de paradigmas revolucionam a ciência, o que implica questionar conceitos até então consagrados, emergindo assim a necessidade de substituição de alguns deles por outros até então totalmente desconsiderados.”  (Sousa, s/d, s/p) “ [A revolução científica] Não surge no desenrolar de um processo cumulativo, cuja origem se encontra no paradigma anterior, mas como algo de radicalmente novo, que Kuhn propõe que se compreenda à imagem do que se passa com a mutação de formas, em que, onde antes se via uma ave se passa, bruscamente, a ver um antílope. É nisto que consistem as revoluções cientificas” (Marnoto, Ribeiro Ferreira & Garrão, 1988, p. 35)
“ A experiência mostra que, em quase todos os casos, os esforços repetidos, quer do indivíduo quer do grupo profissional, acabam finalmente por produzir, dentro do âmbito do paradigma, uma solução, mesmo para os problemas mais difíceis.” (Vicente, 2004, p. 223) “ Os paradigmas são com frequência postos de lado e substituídos por outros bastante incompatíveis com eles. Não podemos recorrer a noções como “verdade” ou “validade” a propósito dos paradigmas para compreender a especial eficácia da investigação que a sua aceitação permite.” (Vicente, 2004, p. 223, aspas no original) “ A  transição de um paradigma em crise para um novo, no qual pode surgir uma nova tradição de ciência normal [ou seja, uma revolução], está longe de ser um processo cumulativo obtido através de uma articulação do velho paradigma.”  (Kuhn, 1991, p. 257)
“ A que se deve o triunfo de um novo paradigma? O triunfo de um novo paradigma pode dever-se a uma grande variedade de factores: a sua capacidade para explicar factos polémicos persistentes, a sua unidade na resolução de problemas e realização de previsões adequadas e, em não menor medida, a aura e o prestígio dos cientistas que inventaram uma nova teoria e a defendem. “(Blackwell, 1998, pp.146) “ Kuhn abandonou de vez o terreno da epistemologia tradicional e a sua pacífica imagem da ciência herdada do iluminismo e reforçada pelo positivismo, lançando uma poderosa interrogação sobre a actividade científica, os seus efectivos procedimentos intelectuais e institucionais, as características das suas situações de sucesso e de crise, operando uma funda ruptura na filosofia das ciências pelo destaque que assim é dado à matriz histórica na compreensão de tais processos e fenómenos&quot;.  (Rodrigues ,  Sameiro, & Nunes, 2004, pág.250)
“ Olhar a realidade e depurá-la são ações que sempre fizeram parte da atividade humana. O que é a pesquisa, senão a perplexidade intrigante, que motiva o sujeito a desvendar e entender fenômenos, ações e características decorrentes da depuração? ( Benfatti, s/d, p. 5, grafia original)
Almeida, A.,  Teixeira, C., Murcho, D., Mateus &  P. Galvão, (2004).  A arte de Pensar . Lisboa: Didáctica Editora. Alves, F., Arêdes, J. & Carvalho, J.  (1991)  Filosofia – 11º ano , Viseu, Texto Editora. Blackwell  (  1998).  Philosophy: a Beginner´s Guide . Londres: Marnoto, I., Ferreira, L., & Garrão, M. (1988).  Filosofia – 11º ano . Viseu: Texto Editora. Kuhn, T.S. ( 1978)  A estrutura das revoluções científicas . São Paulo, Perspectiva. Kuhn, T.S.  ( 1989),  Tensão Essencial . Lisboa:   Edições 70. Vicente, J., N., (2004).  Razão e Diálogo.  Porto: Porto Editora.

Mais conteúdo relacionado

PPT
Kuhn (11ºH2009)
PPT
Kuhn-11º N (2009)
PDF
D34 es kuhn
PDF
A Perspetiva de T. Kuhn
PPTX
O que é paradigma segundo thomas kuhn
PPT
Thomas kuhn
PDF
Estrutura das revoluções científicas
PDF
Kuhn a funcao do dogma na investigacao cientifica
Kuhn (11ºH2009)
Kuhn-11º N (2009)
D34 es kuhn
A Perspetiva de T. Kuhn
O que é paradigma segundo thomas kuhn
Thomas kuhn
Estrutura das revoluções científicas
Kuhn a funcao do dogma na investigacao cientifica

Mais procurados (19)

PDF
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
PPT
Kuhn e a estructura das revoluçoes cientificas
DOCX
A estrutura das revoluçoes cientificas
PDF
Fichamento - Thomas Kuhn
PDF
Conhecimento Científico - Kuhn
PDF
Resumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificas
PDF
Khun-exemplo etapa2 do TP
PDF
A perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciência
DOCX
Thomas S. Kuhn
PPTX
Thomas kuhn
PPT
Racionalidade Científica
PPT
Revoluções Científicas - Thomas S. Kuhn
PPTX
A Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
PDF
Filosofia 2
PPTX
Mapa conceitual - Filosofia da ciência
PDF
Popper e a Ciência
PDF
Popper e kuhn
PPT
A revolução científica
DOC
Khun, pop..
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
Kuhn e a estructura das revoluçoes cientificas
A estrutura das revoluçoes cientificas
Fichamento - Thomas Kuhn
Conhecimento Científico - Kuhn
Resumo-critico-detalhado-a-estrutura-das-revolucoes-cientificas
Khun-exemplo etapa2 do TP
A perspetiva de kuhn acerca do desenvolvimento da ciência
Thomas S. Kuhn
Thomas kuhn
Racionalidade Científica
Revoluções Científicas - Thomas S. Kuhn
A Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
Filosofia 2
Mapa conceitual - Filosofia da ciência
Popper e a Ciência
Popper e kuhn
A revolução científica
Khun, pop..
Anúncio

Semelhante a Kuhn-11º C (2009) (20)

PDF
Prob. da evolução e objetividade da ciencia_Popper+Kuhn (1).pdf
PDF
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
PPT
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
PDF
2.3.3 - Thomas Kuhn e o problema da evolução da ciência.pdf
DOCX
Thomas kuhn
PPT
Objectividade científica e racionalidade científica
PPT
A01 +metodologia+cientifica
PPTX
O conhecimento do conhecimento científico(Morin)
PPTX
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
PDF
Kuhn.pdf filosofia 11ºano...............
PPTX
Philosophy of science and science of philosophy
PDF
A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .
PDF
A ciência normal e a extraordinária
PDF
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
PPT
Popper - 11ºC (2009)
PPTX
PowerPoint_18_O_historicismo_de_Kuhn (1).pptx
PDF
Mudanças de paradigma na biologia e seus impactos
PPT
Paradigma emergente
PPTX
Ciência natural: os pressupostos filosóficos
PPT
Popper-11ºF 2009
Prob. da evolução e objetividade da ciencia_Popper+Kuhn (1).pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
2.3.3 - Thomas Kuhn e o problema da evolução da ciência.pdf
Thomas kuhn
Objectividade científica e racionalidade científica
A01 +metodologia+cientifica
O conhecimento do conhecimento científico(Morin)
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Kuhn.pdf filosofia 11ºano...............
Philosophy of science and science of philosophy
A Evolução da Ciência.pdf. Resumo do tema "A evolução da Ciência" .
A ciência normal e a extraordinária
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Popper - 11ºC (2009)
PowerPoint_18_O_historicismo_de_Kuhn (1).pptx
Mudanças de paradigma na biologia e seus impactos
Paradigma emergente
Ciência natural: os pressupostos filosóficos
Popper-11ºF 2009
Anúncio

Mais de Joaquim Melro (20)

PDF
Palestras FCT 2021-2022 - ESCOLA- MUNDO DO TRABALHO: QUE DESAFIOS À ESCOLA E ...
PDF
Ebook Paulo Freire – A Educação como prática da Liberdade – 50 Anos Depois
PDF
SABERES EM DIÁLOGO: PERCURSOS EPISTEMOLÓGICOS E PEDAGÓGICOS TRANSDISCIPLINARES
PDF
Ciclo de Conferências Em Busca de um Mundo Melhor: Ciência, Educação e Humani...
PDF
SEMINÁRIOS "FLORESTA E AMBIENTE - DA ECOLOGIA À ESTÉTICA E DA ÉTICA À EDUCAÇÃO"
PDF
1.º CICLO DE COLÓQUIOS - Os AFETOS também são INCLUSIVOS: VIVÊNCIAS da SEXUAL...
PDF
I CONGRESSO ESCOLA, LIDERANÇA, SUPERVISÃO E INCLUSÃO - ELSI (de 11 e 12 de no...
PDF
Ciclo de Palestras "Formação em Contexto de Trabalho: Reflexões, Inclusão e T...
PDF
Ciclo de Seminários Ciência, Educação e Democracia - Programa geral (provisor...
PDF
"O que foi o holocausto? Uma Abordagem trasndisciplinar" - Programa conferê...
PDF
Colóquio "FILOSOFIA, CONSCIÊNCIA E CRISE SOCIAL" (29 e 30 de janeiro 2016)
PDF
Palestra 2 12 015
PPT
Filosofia para crianças: O que podemos aprender com Paulo Freire?
PPT
Poderes e limites da ciência - Ciclo de Conferências - Marta Agostinho
PDF
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências - Marta de Menezes
PPT
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher Auretta
PPT
Poderes e limites da ciência -Cilco de conferências Conf Plamira Fontes da Costa
PPT
Argumentação e Filosofia: O exemplo da pena de Morte (avelar)
PPT
Argumentação e Filosofia. O Exemplo da pena de Morte (Rocha)
PPT
Argumentação e Filosofia: O exemplo da pena de Morte
Palestras FCT 2021-2022 - ESCOLA- MUNDO DO TRABALHO: QUE DESAFIOS À ESCOLA E ...
Ebook Paulo Freire – A Educação como prática da Liberdade – 50 Anos Depois
SABERES EM DIÁLOGO: PERCURSOS EPISTEMOLÓGICOS E PEDAGÓGICOS TRANSDISCIPLINARES
Ciclo de Conferências Em Busca de um Mundo Melhor: Ciência, Educação e Humani...
SEMINÁRIOS "FLORESTA E AMBIENTE - DA ECOLOGIA À ESTÉTICA E DA ÉTICA À EDUCAÇÃO"
1.º CICLO DE COLÓQUIOS - Os AFETOS também são INCLUSIVOS: VIVÊNCIAS da SEXUAL...
I CONGRESSO ESCOLA, LIDERANÇA, SUPERVISÃO E INCLUSÃO - ELSI (de 11 e 12 de no...
Ciclo de Palestras "Formação em Contexto de Trabalho: Reflexões, Inclusão e T...
Ciclo de Seminários Ciência, Educação e Democracia - Programa geral (provisor...
"O que foi o holocausto? Uma Abordagem trasndisciplinar" - Programa conferê...
Colóquio "FILOSOFIA, CONSCIÊNCIA E CRISE SOCIAL" (29 e 30 de janeiro 2016)
Palestra 2 12 015
Filosofia para crianças: O que podemos aprender com Paulo Freire?
Poderes e limites da ciência - Ciclo de Conferências - Marta Agostinho
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências - Marta de Menezes
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher Auretta
Poderes e limites da ciência -Cilco de conferências Conf Plamira Fontes da Costa
Argumentação e Filosofia: O exemplo da pena de Morte (avelar)
Argumentação e Filosofia. O Exemplo da pena de Morte (Rocha)
Argumentação e Filosofia: O exemplo da pena de Morte

Último (20)

PPTX
Primeiros Socorros. Aula 1 VEROUVIRSENTIR.pptx
PPTX
5° LP AULAO SHOW - SPAECE - FOCO_20231029_101331_0000.pptx
PPTX
São João Eudes, 1601 – 1680, padre e fondador, Francés.pptx
PDF
Reino Monera - Biologiaensinomediofun.pdf
DOCX
Aula 3- Direitos Humanos e Prevenção à Violência .docx
PPTX
125519 - Aula 2 - Riqueza e diversidade povos indígenas na América Portuguesa...
PDF
morfologia5.pdfllllllllllllllllllllllllllll
PPTX
REVISA-GOIAS-6o-ANO-LP-3o-BIMESTRE-PPT.pptx
PPTX
QUIZ_LÍNGUA PORTUGUESA_WALDO/QUIZ_LÍNGUA PORTUGUESA_WALDO.pptx
PPTX
DOUTRINA FORÇA TÁTICA PMRO 2022 - PPT (1).pptx
PDF
Solucões-inovadoras-para-reduzir-desigualdades-educacionais (2).pdf
PDF
Historia-da-Psicologia-Rumos-e-percursos.pdf
PPTX
Slides Lição 8, Betel, Jesus e a Mulher Adúltera, 3Tr25.pptx
PDF
Sociologia Cultural, Aspecto teóricos e conceitos
PDF
Historia da Gastronomia Mundial por Daianna Marques dos Santos
PDF
diário de palestra DDS Online - Apostila.pdf
PPTX
Solos usos e impactos...............pptx
PDF
projeto 5 Em movimento Ciencias Humanas.pdf
PDF
_Filosofia_-_SLIDES___questões.pdf.pptx (3).pdf
PDF
historia-e-geografia-do-amapa.pdf slides
Primeiros Socorros. Aula 1 VEROUVIRSENTIR.pptx
5° LP AULAO SHOW - SPAECE - FOCO_20231029_101331_0000.pptx
São João Eudes, 1601 – 1680, padre e fondador, Francés.pptx
Reino Monera - Biologiaensinomediofun.pdf
Aula 3- Direitos Humanos e Prevenção à Violência .docx
125519 - Aula 2 - Riqueza e diversidade povos indígenas na América Portuguesa...
morfologia5.pdfllllllllllllllllllllllllllll
REVISA-GOIAS-6o-ANO-LP-3o-BIMESTRE-PPT.pptx
QUIZ_LÍNGUA PORTUGUESA_WALDO/QUIZ_LÍNGUA PORTUGUESA_WALDO.pptx
DOUTRINA FORÇA TÁTICA PMRO 2022 - PPT (1).pptx
Solucões-inovadoras-para-reduzir-desigualdades-educacionais (2).pdf
Historia-da-Psicologia-Rumos-e-percursos.pdf
Slides Lição 8, Betel, Jesus e a Mulher Adúltera, 3Tr25.pptx
Sociologia Cultural, Aspecto teóricos e conceitos
Historia da Gastronomia Mundial por Daianna Marques dos Santos
diário de palestra DDS Online - Apostila.pdf
Solos usos e impactos...............pptx
projeto 5 Em movimento Ciencias Humanas.pdf
_Filosofia_-_SLIDES___questões.pdf.pptx (3).pdf
historia-e-geografia-do-amapa.pdf slides

Kuhn-11º C (2009)

  • 1. A perspectiva de Thomas Kuhn Trabalha de Projecto – Etapa 2 Lúcio Silva, João Timóteo, Guilherme Rua, Sara Paulo, Teresa Martins, Ana Rita Costa Alunos do 11ºC (2009) Escola Secundária Artística António Arroio Filosofia Prof. Joaquim Melro
  • 2. “ Quase nenhuma das investigações empreendidas, mesmo pelos maiores cientistas, está projectada para ser revolucionária e muito poucas têm quaisquer consequências” (Kuhn, 1989 , p. 277)
  • 3. “ Que elementos partilhados explicam o carácter relativamente não problemático da comunicação profissional e a unanimidade relativa do juízo profissional? A esta questão, A Estrutura das Revoluções Científicas responde: <<um paradigma>> ou <<um conjunto de paradigmas>>“ (Kuhn, 1989, p. 357, aspas e itálico no original) “ Um paradigma, para Kuhn é “um resultado científico fundamental, que inclui ao mesmo tempo uma teoria e algumas aplicações tipo aos resultados das experiências e da observação”. É, portanto, uma determinada maneira de ver o mundo (…)” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus & Galvão, 2004, p. 172, aspas no original) “ Poderia agora adoptar (…) a notação <<paradigma>>, mas resulta menos confuso denota-lo com a expressão <<matriz disciplinar>> - <<matriz>>, porque se compõe de elementos ordenados de vários géneros, cada um exigindo especificações ulteriores; e <<disciplinar>>, porque é possessão comum dos praticantes de uma disciplina profissional ” (Kuhn, 1989, p. 358 , aspas e itálico no original )
  • 4. “ (...) nesta concepção, uma comunidade científica consiste nos praticantes de uma especialidade científica. Unidos por elementos comuns da respectiva educação e aprendizagem, vêm-se a si mesmos e são vistos pelos outros como os responsáveis pela prossecução de um conjunto de objectivos partilhados, incluindo a formação dos sucessores.” ( Kuhn, 1989 , p. 356)
  • 5. “ [Para Kuhn]A ciência não é história da natureza nem acumulação de factos; é a arquitectura de um quadro do mundo. Trata-se de um empreendimento intelectual que vise entender o que nos cerca. ” (Harré, 1982 pp. 36 -37) “ Kuhn entende a ciência como um discurso . (…) Assim, o seu enfoque epistemológico mostra, descritivamente, a estrutura de uma ruptura na ideia da concepção do progresso contínuo da ciência.” ( Cunha, 2008, s/p. grafia original) “ A ciência é um método de abordagem do mundo, que é suscetível de ser experimentado pelo homem. Não visa à persuasão, a alcançar a “verdade última”, ou a convencer. É somente um modo de analisar que permite ao cientista apresentar proposições (…). O único propósito da ciência é o de compreender o mundo empírico no qual o homem vive.” ( Gobbo, s/d, s/p, aspas no original)
  • 6. “ Uma Teoria científica é uma hipótese sobre esse conhecimento, hipótese que acontecimentos posteriores confirmam ou desmentem.” (Collingwood, 1986, pp. 93 e 94) “ Kuhn selecciona cinco critérios ou cinco &quot;valores&quot;, como ele os chama, de uma boa teoria científica: exactidão, consistência, alcance, simplicidade e fecundidade.” (Gewandsznajder, 2005, s/p)
  • 7. “ (…) a investigação normal, mesmo a melhor, é uma actividade altamente convergente baseada firmemente num consenso estabelecido, adquirido na educação científica e reforçado pela vida subsequente na profissão.” ( Kuhn, 1989 , p. 288) “ Aquilo a que Kuhn chama ciência normal é (...) o trabalho do cientista que tem como objectivo confirmar as teorias a que a comunidade dos cientistas chegou, trabalhar para que elas sejam aceites por todos, procurando torná-las mais precisas.” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus & Galvão, 2004, p. 174) “ [A ciência normal visa] melhorar o acordo num campo onde se demonstrou já existir um certo acordo aproximado.” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus & Galvão, 2004, p. 176)
  • 8. “ Teoria da epistemologia da ciência segundo a qual a pretensão de verdade de uma hipótese é sustentada pela verificação “ (wikipedia.pt /s.d./s.p.) “ Qualquer hipótese, para ser científica, tinha de ser considerada “verificável”(...) [o verificacionismo] tem como princípio básico a idéia de verdade, portanto algo que se estabiliza em determinado momento.” (Kuhn, 1962, s/p) “ Tese central do positivismo lógico segundo a qual o significado de uma frase é o seu método de verificação. (...) Por &quot;verificação&quot; entende-se em geral &quot;verificação empírica” (...). (Almeida, Murcho, Costa, Teixeira, Galvão, Nunes, Sameiro Rodrigues & Santos, s/d, s/p)
  • 9. “ (…) quando a solidez de um determinado paradigma baqueia face a um excessivo número de factos rebeldes, de anomalias . Uma anomalia é um enigma, teórico ou experimental, que não encontra solução no âmbito do paradigma vigente” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus & Galvão, 2004, p. 173) “ Quando surge uma anomalia, não se consegue ajustar devidamente a natureza ao paradigma (…).” (Almeida, Teixeira, Murcho, Mateus, Galvão, 2004, p. 174)
  • 10. “ Uma crise é um período de insegurança evidente durante o qual a confiança num paradigma é abalada por sérias anomalias. Um grande número de anomalias sérias será obviamente um passo para a instauração de uma crise” (Alves, Arêdes & Carvalho, 1991, p. 112) “ A crise é uma condição fundamental da emergência de uma nova teoria.” (Alves, Arêdes, Carvalho, 1991, p. 112) “ Tudo isto são sintomas de uma transição de uma investigação normal para uma não ordinária.” (Kuhn, 1989, p.344)
  • 11. Ciência extraordinária “ (…) a acumulação de anomalias , isto é, de casos problemáticos que o paradigma não resolve, acaba por dar origem a períodos de crise :”as anomalias”, ameaçando o paradigma nos seus próprios fundamentos, são momentos críticos, porque o consenso dá lugar à divisão, à formação de grupos que procuram outras teorias e outros fundamentos. A este período crítico dá Kuhn o nome de ciência extraordinária .” (Rodrigues , Sameiro & Nunes, 2004, p.250, aspas no original) “ (...)a ciência normal dá lugar à ciência extraordinária que, ou conduzirá a ciência à sua normalidade anterior, ou dará origem à emergência de uma nova teoria com pretensões paradigmáticas.” (Alves, Arêdes & Carvalho, 1991, p. 112) “ (..) [a] insegurança é gerada pelo fracasso constante dos quebra-cabeças da ciência normal em produzir os resultados esperados. O fracasso das regras existentes é o prelúdio para uma busca de novas regras.” (Kuhn, 1990, p.95)
  • 12. “ É típico que esta investigação convergente ou de consenso limitado desemboque, por fim, na revolução. Então, as técnicas e crenças tradicionais são abandonadas e substituídas por outras novas.” (Kuhn, 1989, p. 277-278) “ Mudanças de paradigmas revolucionam a ciência, o que implica questionar conceitos até então consagrados, emergindo assim a necessidade de substituição de alguns deles por outros até então totalmente desconsiderados.” (Sousa, s/d, s/p) “ [A revolução científica] Não surge no desenrolar de um processo cumulativo, cuja origem se encontra no paradigma anterior, mas como algo de radicalmente novo, que Kuhn propõe que se compreenda à imagem do que se passa com a mutação de formas, em que, onde antes se via uma ave se passa, bruscamente, a ver um antílope. É nisto que consistem as revoluções cientificas” (Marnoto, Ribeiro Ferreira & Garrão, 1988, p. 35)
  • 13. “ A experiência mostra que, em quase todos os casos, os esforços repetidos, quer do indivíduo quer do grupo profissional, acabam finalmente por produzir, dentro do âmbito do paradigma, uma solução, mesmo para os problemas mais difíceis.” (Vicente, 2004, p. 223) “ Os paradigmas são com frequência postos de lado e substituídos por outros bastante incompatíveis com eles. Não podemos recorrer a noções como “verdade” ou “validade” a propósito dos paradigmas para compreender a especial eficácia da investigação que a sua aceitação permite.” (Vicente, 2004, p. 223, aspas no original) “ A transição de um paradigma em crise para um novo, no qual pode surgir uma nova tradição de ciência normal [ou seja, uma revolução], está longe de ser um processo cumulativo obtido através de uma articulação do velho paradigma.” (Kuhn, 1991, p. 257)
  • 14. “ A que se deve o triunfo de um novo paradigma? O triunfo de um novo paradigma pode dever-se a uma grande variedade de factores: a sua capacidade para explicar factos polémicos persistentes, a sua unidade na resolução de problemas e realização de previsões adequadas e, em não menor medida, a aura e o prestígio dos cientistas que inventaram uma nova teoria e a defendem. “(Blackwell, 1998, pp.146) “ Kuhn abandonou de vez o terreno da epistemologia tradicional e a sua pacífica imagem da ciência herdada do iluminismo e reforçada pelo positivismo, lançando uma poderosa interrogação sobre a actividade científica, os seus efectivos procedimentos intelectuais e institucionais, as características das suas situações de sucesso e de crise, operando uma funda ruptura na filosofia das ciências pelo destaque que assim é dado à matriz histórica na compreensão de tais processos e fenómenos&quot;. (Rodrigues , Sameiro, & Nunes, 2004, pág.250)
  • 15. “ Olhar a realidade e depurá-la são ações que sempre fizeram parte da atividade humana. O que é a pesquisa, senão a perplexidade intrigante, que motiva o sujeito a desvendar e entender fenômenos, ações e características decorrentes da depuração? ( Benfatti, s/d, p. 5, grafia original)
  • 16. Almeida, A., Teixeira, C., Murcho, D., Mateus & P. Galvão, (2004). A arte de Pensar . Lisboa: Didáctica Editora. Alves, F., Arêdes, J. & Carvalho, J. (1991) Filosofia – 11º ano , Viseu, Texto Editora. Blackwell ( 1998). Philosophy: a Beginner´s Guide . Londres: Marnoto, I., Ferreira, L., & Garrão, M. (1988). Filosofia – 11º ano . Viseu: Texto Editora. Kuhn, T.S. ( 1978) A estrutura das revoluções científicas . São Paulo, Perspectiva. Kuhn, T.S. ( 1989), Tensão Essencial . Lisboa: Edições 70. Vicente, J., N., (2004). Razão e Diálogo. Porto: Porto Editora.