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Maria Bonita viveu no Norte de Minas e teria falecido em Montes Claros

Avay Miranda
Colaboração para O NORTE.

Brasília. No livro: Lampião, o Invencível: duas vidas, duas mortes, que será lançado
num congresso sobre o cangaço, a se realizar no Crato-CE, nos dias 22 a 26 deste mês e
será lançado, também, em Brasília-DF, às 16h do dia 24 de outubro próximo, na Feira
do Livro, no pátio da Biblioteca Nacional, o fotógrafo José Geraldo Aguiar, residente
em São Francisco, afirma que Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Bonita
não morreram na emboscada realizada pela polícia do estado de Sergipe, na localidade
de Angico, no município de Poço Redondo, em Sergipe, no dia 28 de julho de 1938,
mas, eles negociaram fuga do Nordeste, porque queriam renunciar ao cangaço e foram
residir no Norte de Minas.

Maria Bonita nasceu no dia 8 de março de 1991, no município de Paulo Afonso, estado
da Bahia. Ainda nova, casou-se com o sapateiro José Neném, da cidade de Santa
Brígida, município que fica na fronteira entre Bahia e Sergipe e, depois, aceitou um
convite de Lampião, aderiu ao cangaço e foi ser mulher do chefe do cangaço, tendo com
ele a filha Expedita, que reside em Aracaju.

Seu nome verdadeiro era Maria Gomes de Oliveira, entretanto, a exemplo de Lampião,
ela usou vários nomes, nos diversos municípios mineiros em que residiu com seu
marido, entre outros: Maria Déa, Maria de Lampião, Maria do Capitão, Maria Teixeira
Lima, Maria de Brito Lima e Maria Ventura. Em Minas Gerais, Maria Bonita teve mais
dez filhos com Lampião.

Maria Bonita e Lampião moraram muito tempo no interior do município de São
Francisco, às margens do Rio São Domingos, contraiu câncer, ficou internada no
Hospital São Lucas, em Montes Claros, e faleceu no dia 03 de agosto de 1978. Seu
corpo foi transportado e sepultado na fazenda Contendas, na margem esquerda do Rio
São Francisco.

O livro impressiona pela riqueza de detalhes. Geraldo Aguiar conseguiu documentos de
Virgulino Ferreira da Silva e de vários outros nomes usados por ele, nas suas andanças
de município em município, com a intenção de passar despercebido e não despertar a
suspeita sobre sua real identidade e dos outros cangaceiros que foram para Minas
Gerais.

Vários dos seguidores de Lampião vieram para Minas Gerais, depois do episódio de
1938, em Sergipe, entre eles, José Gomes das Neves, vulgo Asa Branca, com a mulher
Maria dos Reis Pereira dos Santos; Manoel Sabino da Silva, com sua companheira
Judith Jacinto Leite. Sabino foi para Montes Claros e o primeiro emprego foi trabalhar
de servente de pedreiro na construção do Cine Fátima. Em setembro de 1959, foi
admitido pelo Dr. Joaquim Costa como funcionário do DNOCS. Ele faleceu em janeiro
de 1983, com 73 anos de idade, e sepultado no Cemitério de Bocaiuva.

José Antônio Souto, ou Antônio Inácio da Silva, vulgo Moreno, com a mulher
Durvalina Gomes Sá, conhecida por Durvinha. Ela faleceu em 29.06.2008, em Belo
Horizonte, e ele ainda vive, com 99 anos de idade.
Outro cangaceiro que se mudou para o Norte de Minas foi José Maurício da Conceição,
que foi para São Francisco ser vaqueiro numa fazenda de propriedade de João de Ramos
Reis, na Vila do Morro. Depois foi para Serra das Araras, hoje pertencente à Chapada
Gaúcha, vindo a falecer no povoado de São Joaquim, em Januária.

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Lampião

  • 1. Maria Bonita viveu no Norte de Minas e teria falecido em Montes Claros Avay Miranda Colaboração para O NORTE. Brasília. No livro: Lampião, o Invencível: duas vidas, duas mortes, que será lançado num congresso sobre o cangaço, a se realizar no Crato-CE, nos dias 22 a 26 deste mês e será lançado, também, em Brasília-DF, às 16h do dia 24 de outubro próximo, na Feira do Livro, no pátio da Biblioteca Nacional, o fotógrafo José Geraldo Aguiar, residente em São Francisco, afirma que Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Bonita não morreram na emboscada realizada pela polícia do estado de Sergipe, na localidade de Angico, no município de Poço Redondo, em Sergipe, no dia 28 de julho de 1938, mas, eles negociaram fuga do Nordeste, porque queriam renunciar ao cangaço e foram residir no Norte de Minas. Maria Bonita nasceu no dia 8 de março de 1991, no município de Paulo Afonso, estado da Bahia. Ainda nova, casou-se com o sapateiro José Neném, da cidade de Santa Brígida, município que fica na fronteira entre Bahia e Sergipe e, depois, aceitou um convite de Lampião, aderiu ao cangaço e foi ser mulher do chefe do cangaço, tendo com ele a filha Expedita, que reside em Aracaju. Seu nome verdadeiro era Maria Gomes de Oliveira, entretanto, a exemplo de Lampião, ela usou vários nomes, nos diversos municípios mineiros em que residiu com seu marido, entre outros: Maria Déa, Maria de Lampião, Maria do Capitão, Maria Teixeira Lima, Maria de Brito Lima e Maria Ventura. Em Minas Gerais, Maria Bonita teve mais dez filhos com Lampião. Maria Bonita e Lampião moraram muito tempo no interior do município de São Francisco, às margens do Rio São Domingos, contraiu câncer, ficou internada no Hospital São Lucas, em Montes Claros, e faleceu no dia 03 de agosto de 1978. Seu corpo foi transportado e sepultado na fazenda Contendas, na margem esquerda do Rio São Francisco. O livro impressiona pela riqueza de detalhes. Geraldo Aguiar conseguiu documentos de Virgulino Ferreira da Silva e de vários outros nomes usados por ele, nas suas andanças de município em município, com a intenção de passar despercebido e não despertar a suspeita sobre sua real identidade e dos outros cangaceiros que foram para Minas Gerais. Vários dos seguidores de Lampião vieram para Minas Gerais, depois do episódio de 1938, em Sergipe, entre eles, José Gomes das Neves, vulgo Asa Branca, com a mulher Maria dos Reis Pereira dos Santos; Manoel Sabino da Silva, com sua companheira Judith Jacinto Leite. Sabino foi para Montes Claros e o primeiro emprego foi trabalhar de servente de pedreiro na construção do Cine Fátima. Em setembro de 1959, foi admitido pelo Dr. Joaquim Costa como funcionário do DNOCS. Ele faleceu em janeiro de 1983, com 73 anos de idade, e sepultado no Cemitério de Bocaiuva. José Antônio Souto, ou Antônio Inácio da Silva, vulgo Moreno, com a mulher Durvalina Gomes Sá, conhecida por Durvinha. Ela faleceu em 29.06.2008, em Belo Horizonte, e ele ainda vive, com 99 anos de idade.
  • 2. Outro cangaceiro que se mudou para o Norte de Minas foi José Maurício da Conceição, que foi para São Francisco ser vaqueiro numa fazenda de propriedade de João de Ramos Reis, na Vila do Morro. Depois foi para Serra das Araras, hoje pertencente à Chapada Gaúcha, vindo a falecer no povoado de São Joaquim, em Januária.