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LEITURA COMPLEMENTER – INTRODUÇÃO DE RELEVO
Deriva Continental é uma teoria que inicialmente postulou o movimento das massas
continentais ao longo do tempo geológica da Terra, considerando que, anteriormente,
os atuais continentes possuíam outras formas e até mesmo se situavam em outras
localidades do planeta. Essas observações foram realizadas antes mesmo do
conhecimento a respeito das placas tectônicas, o que serviu como uma posterior
comprovação da movimentação não só dos continentes terrestres, mas de toda a
crosta.
A teoria da deriva continental surgiu há muito tempo, pois desde que o mapeamento
de alguns pontos da Terra foi realizado, desconfiava-se que os continentes estavam
unidos anteriormente. Francis Bacon, em 1620, sugeriu, por exemplo, que a costa
leste do continente sul-americano e a costa oeste da África encaixava-se
perfeitamente, dando a ideia de que eles haviam se separado em um passado remoto.
Uma observação semelhante a essa já havia sido feita por Abraham Ortelius, em
1596.
E o que era desconfiança tornou-se, século depois, uma teoria científica com
argumentos e hipóteses previamente elaborados. Nascia, então, oficialmente, a teoria
da Deriva Continental, quando o alemão Alfred Wegener a formulou no ano de 1912.
No entanto, tratava-se apenas de uma polêmica teoria que ainda não havia
encontrado uma comprovação completa, baseando-se apenas em evidências, como a
existência de fósseis e grupos de vegetação semelhantes em áreas separadas por
oceanos inteiros.
Wegener defendia que, no passado, havia apenas um único
continente: Pangeia (termo que significa “toda a Terra”). Com a sua lenta
fragmentação, formaram-se então dois grandes continentes: a Laurásia e
a Gondwana. Em seguida, novas fragmentações aconteceram e, em alguns casos,
uniões de massas continentais também, a exemplo da inserção da área
correspondente ao território da Índia que se juntou à Ásia.
A evolução da deriva continental terrestre
Embora fosse uma teoria baseada em muitos estudos e evidências empíricas, a
Deriva Continental de Wegener não foi muito aceita em sua época, pois não se
concebia uma ideia que explicasse o motivo da movimentação desses continentes,
embora houvesse suspeitas de que a camada superficial terrestre estivesse flutuando
sobre uma camada líquida quente, que hoje sabemos ser o manto.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o desenvolvimento de
equipamentos e tecnologias mais avançadas, a exemplo dos sonares, é que se pôde
conceber o fato de que a crosta terrestre é apenas uma fina camada superior do
planeta que se encontra dividida em várias placas tectônicas, que se movimentam
continuamente. Com isso, as suspeitas levantadas no passado e defendidas por
Wegener puderam ser finalmente comprovadas.
Vale ressaltar que a formação dos continentes atuais não é o processo “final” da
deriva continental, uma vez que eles continuam a movimentar-se, porém em uma
velocidade de apenas poucos centímetros ao longo de vários anos. Daqui a alguns
milhões de anos, é bem possível que a configuração das terras emersas apresente
diferenças em relação ao seu estágio atual.
De acordo com a teoria da Deriva Continental, no passado havia só um continente: Pangeia
OBS.: A crosta oceânica difere da crosta continental por ter uma densidade maior e
uma espessura que varia de 5 a 15 km, bem pouco se considerarmos a profundidade
da crosta continental que pode chegar a mais de 70 km. A menor densidade explica o
motivo de a crosta continental apresentar um relevo positivo em relação ao nível do
mar formando as terras emersas, ou continentes. Outra diferença está na formação da
crosta oceânica composta, predominantemente, por rochas do tipo básicas (SiMa),
plutônicas, sedimentares, vulcânicas e subvulcânicas. Já a crosta continental é
geralmente formada por rochas granitóides sílico-aluminosas (SiAl).
AS CAMADAS DA TERRA
A estrutura interna da Terra, isto é, toda a composição do planeta formada pela
superfície e tudo o que abaixo dela se encontra, é formada por várias formas,
temperaturas, aspectos e composições químicas. Para um melhor entendimento sobre
como está estruturado o planeta, elaborou-se uma classificação que deu origem ao
que hoje compreendemos por camadas da Terra.
Ao todo, o planeta apresenta três principais camadas, que são as estruturas
encontradas entre uma camada e outra. Confira o esquema a seguir:
Esquema explicativo das camadas da Terra
A primeira camada da Terra é a Crosta terrestre. É a menor das estruturas do planeta,
mas é a mais importante para as atividades humanas. Ela é fundamentalmente
composta por rochas leves, tendo como minerais predominantes o silício, o alumínio e
o magnésio. Nas zonas continentais, apresenta uma variação de 20 a 70 km de
espessura, medidas que diminuem nas zonas oceânicas, onde a variação é de 5 a 15
km.
A segunda camada da Terra é o Manto. Este apresenta profundidades que vão dos 30
km abaixo da superfície até 2900 km, além de temperaturas internas que chegam a
alcançar os 2.000ºC, o que propicia o derretimento das rochas, transformando-as em
magma. No manto interno, o material é mais líquido, haja vista que as temperaturas
são maiores; já no manto externo o material magmático é mais pastoso.
A terceira e última das camadas da Terra é o Núcleo. Não se sabe exatamente qual é
a sua composição, mas há fortes indícios de que ele seja formado por uma liga de
ferro e níquel, que também deve envolver outro elemento químico ainda
desconhecido. O núcleo externo encontra-se no estado líquido e o núcleo interno é
sólido em virtude da influência da pressão interna do planeta sobre ele.
Obs.2: Atualmente, sabe-se que o núcleo interno da Terra gira a uma velocidade
maior do que o próprio movimento de rotação do planeta. Isso porque, como o núcleo
externo é líquido, o núcleo interno fica imerso nessa verdadeira “câmara” de magma
derretido, que o isola das camadas restantes. O fato de ele girar em grandes
velocidades indica que o planeta também girava mais rápido em tempos remotos.
Obs3.: A temperatura mais elevada em grandes profundidades se explica através do
conceito grau geotérmico. Dessa forma entende-se que Grau geotérmico é o número
de metros em profundidade na crosta terrestre, necessário ao aumento de temperatura
de 1ºC, que dependendo da localidade da crosta pode variar de 7m a até 30m de
profundidade.
As principais camadas da Terra são crosta, manto e núcleo
IMPORTANTE: O relevo do Brasil é de origem antiga, sendo que suas formas
acabaram resultando da ação dos agentes externos (exógenos), como umidade,
vento, variação de temperatura, etc. É importante destacar que em nosso país não
existem cadeias montanhosas oriundas de dobramentos modernos.

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  • 1. LEITURA COMPLEMENTER – INTRODUÇÃO DE RELEVO Deriva Continental é uma teoria que inicialmente postulou o movimento das massas continentais ao longo do tempo geológica da Terra, considerando que, anteriormente, os atuais continentes possuíam outras formas e até mesmo se situavam em outras localidades do planeta. Essas observações foram realizadas antes mesmo do conhecimento a respeito das placas tectônicas, o que serviu como uma posterior comprovação da movimentação não só dos continentes terrestres, mas de toda a crosta. A teoria da deriva continental surgiu há muito tempo, pois desde que o mapeamento de alguns pontos da Terra foi realizado, desconfiava-se que os continentes estavam unidos anteriormente. Francis Bacon, em 1620, sugeriu, por exemplo, que a costa leste do continente sul-americano e a costa oeste da África encaixava-se perfeitamente, dando a ideia de que eles haviam se separado em um passado remoto. Uma observação semelhante a essa já havia sido feita por Abraham Ortelius, em 1596. E o que era desconfiança tornou-se, século depois, uma teoria científica com argumentos e hipóteses previamente elaborados. Nascia, então, oficialmente, a teoria da Deriva Continental, quando o alemão Alfred Wegener a formulou no ano de 1912. No entanto, tratava-se apenas de uma polêmica teoria que ainda não havia encontrado uma comprovação completa, baseando-se apenas em evidências, como a existência de fósseis e grupos de vegetação semelhantes em áreas separadas por oceanos inteiros. Wegener defendia que, no passado, havia apenas um único continente: Pangeia (termo que significa “toda a Terra”). Com a sua lenta fragmentação, formaram-se então dois grandes continentes: a Laurásia e a Gondwana. Em seguida, novas fragmentações aconteceram e, em alguns casos, uniões de massas continentais também, a exemplo da inserção da área correspondente ao território da Índia que se juntou à Ásia.
  • 2. A evolução da deriva continental terrestre Embora fosse uma teoria baseada em muitos estudos e evidências empíricas, a Deriva Continental de Wegener não foi muito aceita em sua época, pois não se concebia uma ideia que explicasse o motivo da movimentação desses continentes, embora houvesse suspeitas de que a camada superficial terrestre estivesse flutuando sobre uma camada líquida quente, que hoje sabemos ser o manto. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com o desenvolvimento de equipamentos e tecnologias mais avançadas, a exemplo dos sonares, é que se pôde conceber o fato de que a crosta terrestre é apenas uma fina camada superior do planeta que se encontra dividida em várias placas tectônicas, que se movimentam continuamente. Com isso, as suspeitas levantadas no passado e defendidas por Wegener puderam ser finalmente comprovadas. Vale ressaltar que a formação dos continentes atuais não é o processo “final” da deriva continental, uma vez que eles continuam a movimentar-se, porém em uma velocidade de apenas poucos centímetros ao longo de vários anos. Daqui a alguns milhões de anos, é bem possível que a configuração das terras emersas apresente diferenças em relação ao seu estágio atual.
  • 3. De acordo com a teoria da Deriva Continental, no passado havia só um continente: Pangeia OBS.: A crosta oceânica difere da crosta continental por ter uma densidade maior e uma espessura que varia de 5 a 15 km, bem pouco se considerarmos a profundidade da crosta continental que pode chegar a mais de 70 km. A menor densidade explica o motivo de a crosta continental apresentar um relevo positivo em relação ao nível do mar formando as terras emersas, ou continentes. Outra diferença está na formação da crosta oceânica composta, predominantemente, por rochas do tipo básicas (SiMa), plutônicas, sedimentares, vulcânicas e subvulcânicas. Já a crosta continental é geralmente formada por rochas granitóides sílico-aluminosas (SiAl). AS CAMADAS DA TERRA A estrutura interna da Terra, isto é, toda a composição do planeta formada pela superfície e tudo o que abaixo dela se encontra, é formada por várias formas, temperaturas, aspectos e composições químicas. Para um melhor entendimento sobre como está estruturado o planeta, elaborou-se uma classificação que deu origem ao que hoje compreendemos por camadas da Terra. Ao todo, o planeta apresenta três principais camadas, que são as estruturas encontradas entre uma camada e outra. Confira o esquema a seguir:
  • 4. Esquema explicativo das camadas da Terra A primeira camada da Terra é a Crosta terrestre. É a menor das estruturas do planeta, mas é a mais importante para as atividades humanas. Ela é fundamentalmente composta por rochas leves, tendo como minerais predominantes o silício, o alumínio e o magnésio. Nas zonas continentais, apresenta uma variação de 20 a 70 km de espessura, medidas que diminuem nas zonas oceânicas, onde a variação é de 5 a 15 km. A segunda camada da Terra é o Manto. Este apresenta profundidades que vão dos 30 km abaixo da superfície até 2900 km, além de temperaturas internas que chegam a alcançar os 2.000ºC, o que propicia o derretimento das rochas, transformando-as em magma. No manto interno, o material é mais líquido, haja vista que as temperaturas são maiores; já no manto externo o material magmático é mais pastoso. A terceira e última das camadas da Terra é o Núcleo. Não se sabe exatamente qual é a sua composição, mas há fortes indícios de que ele seja formado por uma liga de ferro e níquel, que também deve envolver outro elemento químico ainda desconhecido. O núcleo externo encontra-se no estado líquido e o núcleo interno é sólido em virtude da influência da pressão interna do planeta sobre ele. Obs.2: Atualmente, sabe-se que o núcleo interno da Terra gira a uma velocidade maior do que o próprio movimento de rotação do planeta. Isso porque, como o núcleo externo é líquido, o núcleo interno fica imerso nessa verdadeira “câmara” de magma derretido, que o isola das camadas restantes. O fato de ele girar em grandes velocidades indica que o planeta também girava mais rápido em tempos remotos. Obs3.: A temperatura mais elevada em grandes profundidades se explica através do conceito grau geotérmico. Dessa forma entende-se que Grau geotérmico é o número de metros em profundidade na crosta terrestre, necessário ao aumento de temperatura de 1ºC, que dependendo da localidade da crosta pode variar de 7m a até 30m de profundidade.
  • 5. As principais camadas da Terra são crosta, manto e núcleo IMPORTANTE: O relevo do Brasil é de origem antiga, sendo que suas formas acabaram resultando da ação dos agentes externos (exógenos), como umidade, vento, variação de temperatura, etc. É importante destacar que em nosso país não existem cadeias montanhosas oriundas de dobramentos modernos.