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LITURGIA 
SAGRADA CEIA DO SENHOR: 
“O MISTÉRIO DA FÉ” 
1
SANTAMISSA 
 Fração do Pão: primeiro nome da Eucaristia. (cf. At 2,42). 
Também em algumas circunstancia dizia-se Ceia do Senhor. 
O Apóstolo Paulo chamava de mesa do Senhor. Passados se 
os séculos vamos ver uma grande evolução no nome dado à 
Eucaristia. 
 Importante: A Eucaristia é celebrada em memória de Jesus. 
Ou seja, para realizar o memorial de sua Pascoa. O memorial 
é mais do que simplesmente um recorder na memória. Na 
compreensão bíblica, celebrar o memorial é, além de recorder 
o fato, atualizá-lo de tal forma que, pela celebração ritual, 
trazemos para aqui e agora os efeitos e a força da Pascoa do 
Senhor. 
2
CEIA PASCAL DE JESUS E DOS 
PRIMEIROS CRISTÃOS 
A Eucaristia tem origem na 
ultima Ceia de Jesus com 
seus Discípulos quando 
reuniram para a celebração 
da Páscoa judaica. A Santa 
Missa tem origem na ceia 
Judaica, onde ao longo dos 
séculos foi ganhando a 
formula que se tem hoje. 
3
EUCARISTIA E PRESENÇA DE CRISTO 
 “Na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da 
cruz, Cristo está realmente presente: na assembleia reunida em 
seu nome, na pessoa do ministro, na sua palavra, e, ainda, 
deforma substancial e permanente, sob as espécies eucarística” 
(IGMR, n. 27) 
 Dentro da Celebração da Eucaristia temos duas mesas: a Mesa 
da Palavra e a Mesa Eucarística. As duas estão interligadas de 
maneira tão estreita que forma um só ato de culto uma só 
celebração. As duas partes tem igual importância. A palavra de 
Deus é apresentada como alimento. Ouvindo-a, comemos e 
bebemos a Palavra de Deus. 
4
ESTRUTURA DAMISSA 
1. Ritos Iniciais: 
 O objetivo dos ritos iniciais é fazer que cada participante reunido constitui 
uma assembleia orante, povo celebrante, corpo de Cristo, e se disponha a 
ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente o mistério pascal 
(cf. IGMR, n. 46) 
Canto de entrada: 
 O Canto de entrada tem a função de abrir a celebração, promover a unidade 
da assembleia, introduzir a assembleia no mistério celebrado e acompanhar a 
procissão litúrgica de entrada (cf. IGMR n. 47). O canto de entrada deve 
sempre estar ligado ao tempo litúrgico e a realidade a ser celebrada. 
5
O ALTAR 
O Centro, a razão de ser do espaço 
sagrado é o altar, lugar do sacrifício 
cultual. O altar é o símbolo tangível – o 
lugar – do encontro e da aliança entre 
Deus e a Humanidade. “O altar em que se 
torna presente sob os sinais sacramentais 
o sacrifício da cruz, é também a mesa do 
Senhor, na qual o povo de Deus é 
chamado a participar quando é 
convocado para a Missa; o altar é 
também o centro da ação de graças 
celebrada na Eucaristia” (IGMR, n. 296) 
6
 Sobre a mesa do altar podem ser colocadas somente peças 
para a celebração da Missa: Ex. Evangeliario, do inicio da 
celebração até a proclamação do Evangelho; Os vasos 
sagrados: cálice, patena e cibório, desde a apresentação das 
oferendas até a purificação; e, finalmente, o missal, durante a 
Liturgia Eucarística. 
 Quanto a toalha a ser colocada sobre o altar, ela deve ser 
branca e proporcional ao formato e ao tamanho do altar, de 
modo que não chegue a cobri-lo totalmente. A ornamentação 
com flores deve ser sóbria e colocada junto ao altar. Deve ter 
uma cruz, e velas junto ao altar. 
7
 O beijo no altar feito por quem 
preside, pelos concelebrantes e 
diáconos, logo à chegada, significa 
beijar Cristo, pois o altar representa 
o próprio Cristo. Beijando o altar, 
quem preside expressa sua íntima 
relação com o Senhor, pois é em 
nome dele que irá presidir a santa 
liturgia. O Beijo é um dos gestos 
mais significativos e expressivos 
da vida humana. Após esse beijo o 
presidente pode incensar o altar. 
8
O INCENSO 
O incenso é feito com uma resina 
perfumada extraída de certas árvores e 
que exala um cheiro agradável. Para 
tradição cristã o incenso significa 
respeito, adoração, oferta, oração e 
louvor que sobem até Deus. O perfume 
lembra o bom odor de Cristo. Queimar 
incenso, na Bíblia, era um ato de 
adoração a Deus. No antigo templo 
havia o costume de queimar incenso 
pela manhã e à tarde. 
9
O SINAL-DA-CRUZ E SAUDAÇÃO 
A cruz é o sinal de nossa pertença a Cristo. É o selo por 
nós recebido no dia do Batismo. Os primeiros cristãos 
usavam o sinal-da-cruz , compreendendo-o como uma 
síntese da fé pascal. No inicio da Missa o presidente da 
celebração, agindo em nome e na pessoa de Cristo-cabeça, 
trace o sinal-da-cruz juntamente com a assembleia, que 
responde amém. Após o sinal-da-cruz, o presidente da 
celebração saúda a assembleia, fazendo a sentir na 
presença do Senhor. Com essa saudação e com a resposta 
da assembleia manifesta-se o mistério da igreja reunida. 
10
ATO PENITENCIAL E KYRIE 
 Após a saudação, o presidente convida a assembleia para 
que se volte para Deus-Misericórdia. Antes de ouvir a 
palavra de Deus e receber o Pão Eucarístico, a comunidade 
deve se reconhecer limitada e pecadora, e por isso invoca o 
perdão e a ajuda de Deus. Depois do ato penitencial se 
inicia o Kyrie. “É Deus que sempre nos acolhe”. É Ele o 
misericordioso, o carinhoso companheiro e Salvador. 
Apesar de nossas fraquezas Deus nos acolhe. 
11
O GLÓRIA 
O Glória é um hino oficial da Igreja, e por isso tem 
uma formula própria, com conteúdo marcadamente 
cristológico, não apenas trinitário. Não deveria se 
cantar o Glória cuja letra não correspondesse ao 
texto original que está no MISSAL ROMANO. 
12
ORAÇÃO DO DIA (OU COLETA) 
A seguir, o presidente convida a assembleia a 
rezar. Faz-se um momento de silencio após o 
convite “Oremos”. A chamada Oração do dia 
ou Coleta é aquela que sacerdote recolhe a 
intenção do povo e a coloca diante de Deus- 
Pai, por Cristo no Espirito Santo (cf. IGMR, 
n. 54) 
13
2. LITURGIA DA PALAVRA 
 Após os ritos iniciais, se da inicio à Liturgia 
da Palavra. O costume de proclamar as 
escrituras na celebração é herança genuína 
da sinagoga e da forma como os judeus se 
serviam da Torá e dos profetas. 
 A finalidade da Liturgia da Palavra é 
realizar, hoje, o diálogo da aliança entre 
Deus e seu povo. Nesse dialogo nossa 
atitude é de escuta atenta e amorosa para 
que Deus possa falar dentro da realidade 
bem concreta de nossa vida. 
 Na Liturgia da Palavra, Cristo está 
realmente presente e atuante na Palavra 
proclamada. 
14
PRIMEIRA LEITURA 
Quase sempre a primeira leitura é tirada do Antigo 
Testamento, exceto no Tempo Pascal, quando se 
escolhe uma do Novo Testamento, sobretudo dos 
Atos dos Apóstolos. Mesmo ouvido os textos do 
Antigo Testamento, o Concilio Vaticano II nos 
ensina que é o próprio Cristo que fala (cf. 
Sacrosanctum Contilium, n. 7). 
15
SALMO RESPONSORIAL 
 Os Salmos são orações que foram compostas ao longo da 
história do povo de Deus. Em cada salmo está expresso o 
sentido mais profundo de cada criatura humana em relação 
com Deus, manifestando: confiança plena nEle, gratidão, 
alegria, felicidade, bem como suas angustias e tristezas. O 
salmo é Palavra de Deus cantada. Quando não há alguém 
para cantar, então se lê, mas pelo menos o refrão deve ser 
cantado. Em hipótese alguma pode-se substituir o Salmo 
por outro canto qualquer. 
16
SEGUNDA LEITURA 
 Nas Missas dominicais há sempre três leituras. Nas missas 
feriais, ou seja durante a semana, só há uma leitura, o 
salmo e o Evangelho. A segunda leitura sempre é um texto 
do Novo Testamento. Esses textos propostos para segunda 
leitura destacam de modo especial os pontos fundamentais 
da fé e da vida da Igreja em seus inicios, tendo sempre 
como referencia a pessoa e a obra de Jesus Cristo, morto e 
ressuscitado. 
17
Aclamação ao Evangelho 
Antes da leitura do Evangelho, canta-se a 
aclamação. É o Aleluia, seguindo da antífona 
referente ao Evangelho do dia. Quando não for 
cantado poderá ser omitido (cf. IGMR, n. 63c). No 
tempo quaresmal substitui-se o Aleluia por outra 
antífona própria da quaresma. 
18
EVANGELHO 
 O ponto culminante da Liturgia da Palavra é a proclamação do Evangelho. Nele, 
Cristo comunica sua Palavra de Salvação à Igreja reunida em assembleia. A 
proclamação do Evangelho é precedida de um diálogo inicial com a assembleia: 
 O Senhor esteja convosco. 
 Ele está no meio de nós! 
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo Segundo… 
 Nesse momento, a assembleia e aquele que proclama o Evangelho fazem juntos 
uma cruz sobre a testa, a boca e o peito. Não se trata da oração “Pelo sinal da santa 
cruz…”, mas sim de pedir a Deus que ilumine nossa inteligência para 
compreender a Palavra, abençoe a boca e coração parque a Palavra esteja guardada 
com fidelidade e depois explicada e vivida. 
 Nas Missas dominicais os Evangelhos estão divididos em três anos litúrgicos: Ano 
A (Mateus), Ano B (Marcos) e Ano C (Lucas). O Evangelho de João é narrado nas 
festas e ocasiões especiais. Durante a semana as Leituras são dividida em Ano Par 
e Ano ímpares. 
19
HOMILIA 
A homilia é parte integrante da ação litúrgica (cf. 
IGMR, n. 29) e deve estará serviço da Palavra. Ela 
tem como Fonte os textos bíblicos proclamados. A 
homilia deve server de ligação entre a Palavra 
proclamada, a celebração da Eucaristia e a vida da 
comunidade e de cada cristão. Também tem a 
função de formar e educar os irmãos na fé. 
20
PROFISSÃO DE FÉ 
Também chamado Símbolo dos apóstolos, é a 
profissão pública e comunitária da fé cristã. É um 
resumo das verdades de fé professadas pelos 
primeiros cristãos e que hoje nós continuamos 
fazendo. É um rito onde os fiéis em pé renovam o 
compromisso de assumir sua vida iluminada pela 
Palavra do Senhor. 
21
ORAÇÃO DOS FIÉIS 
A oração universal ou oração dos fiéis é o 
momento em que a assembleia eleva seus 
pedidos ao Pai. A oração deve compreender 
as seguintes intenções: pelas necessidades da 
Igreja, pelos poderes públicos, pela salvação 
do mundo, pelos que sofrem qualquer 
dificuldade e pela comunidade local (cf. 
IGMR, n. 70) 
22
3. LITURGIA EUCARISTICA 
 Jesus, na ultima Ceia, tomou o pão e o cálice com vinho (preparação 
das oferendas), deu graças (oração eucarística), partiu e deu a seus 
discípulos (rito de comunhão). Podemos dizer que Jesus, na ultima 
Ceia, realizou três ações muito importantes que continuam até hoje. 
Na primeira ação, Jesus pega o pão e o Cálice com vinho; na 
segunda, faz a ação de graças; na Terceira, parte o pão com seus 
convidados. 
 A Liturgia eucarística acompanha as ações de Jesus na ultima Ceia, 
como encontramos nos relatos bíblicos e nas orações eucarísticas, 
desde os primeiros tempos… 
23
PROCISSÃO DAS OFERENDAS 
 A liturgia eucarística começa com a procissão das oferendas. O 
essencial desse rito consiste em colocar sobre o altar o pão e o 
vinho. Após a oração de apresentação dos dons, feita em voz baixa 
pelo presidente, pode-se incensar as oferendas colocadas no altar, 
bem como o próprio altar. Também o padre e o povo podem ser 
incensados pelo diácono ou por outro ministro, depois de incensar as 
oferendas do altar (cf. IGMR, n. 75). 
 O gesto que conclui a apresentação dos dons é feito pelo presidente 
da celebração: lavar as mãos. Nesse momento ele exprime o desejo 
de purificação spiritual para dar continuidade ao mistério que esta 
sendo celebrado. 
24
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS 
A oração sobre as oferendas faz referencia 
aos dons do pão e do vinho apresentados no 
altar e realça a estreita relação entre as 
oferendas, a oração eucarística e a comunhão 
(cf. IGMR, n. 77). Põe em destaque a 
oferenda do povo sacerdotal que, unido ao 
sacrifício de Cristo, oferece e se oferece. 
25
ORAÇÃO EUCARISTICA 
A origem da oração eucarística está nos gestos e nas 
palavras do próprio Cristo na ultima Ceia. Há uma 
profunda relação entre a Eucaristia e a Ceia judaica. A 
palavra hebraica berakah , em grego eulogein, eulogia, ou 
eucharistein, eucharistia, em latim benedicere, 
benediction – todas significam bênção. 
A oração eucarística é o conjunto dos textos que vão 
desde o diálogo inicial do prefacio até a oração “por 
Cristo, com Cristo, em Cristo…”, que precede o Pai-nosso. 
26
A oração Eucarística é o centro de toda celebração. É uma 
prece de ação de graças e de santificação. É louvor a Deus 
por toda a obra da salvação, principalmente pela Páscoa de 
Jesus. Lembra as bênçãos judaicas que proclamam, 
sobretudo durante a refeição, as obras de Deus: criação, a 
redenção e a santificação (cf. CIC, n. 1328). 
O sentido dessa oração é o de que toda assembleia se une a 
Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na 
oblação do sacrifício (cf. IGMR, n. 54). 
27
 “O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um 
único sacrifício: É uma só e mesma vítima, é o mesmo que 
oferece agora pelo mistério dos sacerdotes, que se ofereceu 
a si mesmo então na cruz. Apenas a maneira de oferecer 
difere. E porque neste divino sacrifício que se realiza na 
missa, este mesmo Cristo, que se ofereceu a si mesmo uma 
vez de maneira cruenta no altar da cruz, está contido e é 
imolado de maneira incruenta, este sacrifício é 
verdadeiramente propiciatório”. (CIC, n. 1367). 
 • Cruento: o qual há derramamento de sangue. 
 • Incruento: em que não há derramamento de sangue. 
28
A Eucaristia é igualmente o sacrifício da Igreja. A Igreja, 
que é o corpo de Cristo, participa na oblação da sua 
Cabeça. Com Ele, ela própria é oferecida integralmente. 
Ela une-se à sua intercessão junto do Pai em favor de todos 
os homens. Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-se 
também o sacrifício dos membros do seu corpo. A vida dos 
fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu 
trabalho unem-se aos de Cristo e à sua oblação total, 
adquirindo assim um novo valor. O sacrifício de Cristo 
presente sobre o altar proporciona a todas as gerações de 
cristãos a possibilidade de se unirem à sua oferta. (CIC, n. 
1368) 
29
O PREFÁCIO E O SANTO 
O prefacio é um hino de ação de graças ao Pai por 
toda obra da salvação. Ou por alguns aspectos 
particulares desta, Segundo os diversos dias, 
tempos ou festa, e que nos introduz no mistério 
eucarístico. 
Ao final do prefacio a assembleia proclama a 
santidade de Deus com o canto do “Santo”. Esse 
louvor esta relacionado à vitória do Cordeiro que 
foi imolado, mas que esta de pé diante do trono de 
Deus. 
30
INVOCAÇÃO DO ESPIRITO SANTO 
A invocação do Espirito Santo sobre o pão e 
o vinho acontece no momento em que o 
celebrante, em nome da Igreja, implora, por 
meio de invocações especiais, o poder divino 
para que os dons oferecidos sejam 
consagrados, isto é, se tornem o Corpo e o 
Sangue de Cristo (cf. IGMR, 79c) (epiclese) 
31
NARRATIVA DA INSTITUIÇÃO 
 A narrativa da instituição é o momento “quando pelas palavras e 
ações de Cristo se realiza o sacrifício que Ele instituiu na Última 
Ceia, ao oferecer seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e 
vinho, e ao entregá-lo aos apóstolos como comida e bebida, dando-lhes 
a ordem de perpetuar este mistério” (cf. IGMR, n. 79d). 
 É o momento em que o presidente da celebração toma o pão e o 
apresenta-o à assembleia, falando as palavras que Jesus mandou 
dizer: “Tomai, todos, e comei… Tomai, todos, e bebei…”. 
 Neste momento é feito silêncio sagrado. Nem mesmo se deve fazer a 
tradicional aclamação “Graças e louvores se deem a todo o 
momento”, muito menos entoar canções inadequadas como “Jesus 
Esta aqui…”, “Eu te adoro, hóstia divina” e outros. São aclamações 
piedosas e devocionais, mas não adequadas para esse momento da 
Liturgia eucarística. 
32
4. RITOS DA COMUNHÃO 
Pai-nosso 
 O Pai-nosso é considerado preparação privilegiada para a 
comunhão. Na oração do Pai-nosso se pede o pão nosso de cada 
dia, que lembra para os cristãos, antes de tudo, o pão eucarístico, 
e pede-se a purificação dos pecados (cf. IGMR, n.81). Dentro da 
Missa não se diz o ‘amém’ no final do Pai-nosso, pois, ao final do 
Pai-nosso, o presidente da celebração acrescenta sozinho a oração 
“Livrai-nos, ó Pai, de todos os males…”. 
33
Oração e abraço da paz 
Imediatamente após a oração do Pai-nosso 
reza-se pela paz. Toda as orações dentro da 
missa são dirigidas ao Pai, mas esta oração se 
dirige a Jesus Cristo, Pois Ele é a nossa 
verdadeira paz. 
34
Fração do pão e Cordeiro de Deus 
 A fração do pão é o momento no qual o presidente da celebração 
antes da comunhão, toma o pão consagrado nas mãos e o parte em 
pequenos pedaços. A fração do pão aqui significa que nós, sendo 
muitos, pela Comunhão do Único Pão da Vida, que é o Cristo, 
formamos um único Corpo. Durante a fração do pão se canta ou reza 
o Cordeiro de Deus. 
 Em seguida o presidente da Celebração mostra aos ‘fiéis o pão 
consagrado que será recebido na Comunhão e convida-os a Ceia do 
Senhor. Unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade, usando as 
palavras do Evangelho: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em 
minha morada, mas dizei uma palavra e serei Salvo” (Mt 8,8) (cf. 
IGMR, n. 84). 
35
A Comunhão 
 Na Comunhão assumimos Deus em nossa vida, assim 
como o projeto de Deus como Igreja-comunidade. A 
Comunhão é sinal de compromisso com Cristo, com a 
Igreja e com os irmãos. Após a comunhão aconselha-se 
também fazer um tempo de silêncio. O silêncio produz a 
comunhão e favorece a oração e o encontro pessoal com 
Cristo. 
O rito da Comunhão termina com a oração pós-Comunhão, 
na qual o presidente da celebração implora os frutos do 
mistério celebrado. (cf. IGMR, n. 98) 
36
5. RITOS FINAIS 
 Nos ritos finais somos enviados “em missão” para sermos, na 
sociedade e no mundo, sacramento de unidade e salvação, 
mensageiros de solidariedade, de paz, de justiça, de felicidade, de 
alegria pascal e de transformação. 
Benção 
 O presidente da celebração estende as mãos sobrea assembleia 
reunida e invoca a bênção de Deus, para que todos voltem para suas 
casas, onde a Missa deve continuar por meio do testemunho de cada 
um. Cabe ao diácono anunciar o fim da celebração e a despedida. 
 O presidente da celebração, depois de ter beijado o altar, sai do 
presbitério. O primeiro e o ultimo ato da Celebração Eucarística 
acontecem no altar; são ações sem palavras, ações de veneração. 
37

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Liturgia: SAGRADA CEIA DO SENHOR: “O MISTÉRIO DA FÉ”

  • 1. LITURGIA SAGRADA CEIA DO SENHOR: “O MISTÉRIO DA FÉ” 1
  • 2. SANTAMISSA  Fração do Pão: primeiro nome da Eucaristia. (cf. At 2,42). Também em algumas circunstancia dizia-se Ceia do Senhor. O Apóstolo Paulo chamava de mesa do Senhor. Passados se os séculos vamos ver uma grande evolução no nome dado à Eucaristia.  Importante: A Eucaristia é celebrada em memória de Jesus. Ou seja, para realizar o memorial de sua Pascoa. O memorial é mais do que simplesmente um recorder na memória. Na compreensão bíblica, celebrar o memorial é, além de recorder o fato, atualizá-lo de tal forma que, pela celebração ritual, trazemos para aqui e agora os efeitos e a força da Pascoa do Senhor. 2
  • 3. CEIA PASCAL DE JESUS E DOS PRIMEIROS CRISTÃOS A Eucaristia tem origem na ultima Ceia de Jesus com seus Discípulos quando reuniram para a celebração da Páscoa judaica. A Santa Missa tem origem na ceia Judaica, onde ao longo dos séculos foi ganhando a formula que se tem hoje. 3
  • 4. EUCARISTIA E PRESENÇA DE CRISTO  “Na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz, Cristo está realmente presente: na assembleia reunida em seu nome, na pessoa do ministro, na sua palavra, e, ainda, deforma substancial e permanente, sob as espécies eucarística” (IGMR, n. 27)  Dentro da Celebração da Eucaristia temos duas mesas: a Mesa da Palavra e a Mesa Eucarística. As duas estão interligadas de maneira tão estreita que forma um só ato de culto uma só celebração. As duas partes tem igual importância. A palavra de Deus é apresentada como alimento. Ouvindo-a, comemos e bebemos a Palavra de Deus. 4
  • 5. ESTRUTURA DAMISSA 1. Ritos Iniciais:  O objetivo dos ritos iniciais é fazer que cada participante reunido constitui uma assembleia orante, povo celebrante, corpo de Cristo, e se disponha a ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente o mistério pascal (cf. IGMR, n. 46) Canto de entrada:  O Canto de entrada tem a função de abrir a celebração, promover a unidade da assembleia, introduzir a assembleia no mistério celebrado e acompanhar a procissão litúrgica de entrada (cf. IGMR n. 47). O canto de entrada deve sempre estar ligado ao tempo litúrgico e a realidade a ser celebrada. 5
  • 6. O ALTAR O Centro, a razão de ser do espaço sagrado é o altar, lugar do sacrifício cultual. O altar é o símbolo tangível – o lugar – do encontro e da aliança entre Deus e a Humanidade. “O altar em que se torna presente sob os sinais sacramentais o sacrifício da cruz, é também a mesa do Senhor, na qual o povo de Deus é chamado a participar quando é convocado para a Missa; o altar é também o centro da ação de graças celebrada na Eucaristia” (IGMR, n. 296) 6
  • 7.  Sobre a mesa do altar podem ser colocadas somente peças para a celebração da Missa: Ex. Evangeliario, do inicio da celebração até a proclamação do Evangelho; Os vasos sagrados: cálice, patena e cibório, desde a apresentação das oferendas até a purificação; e, finalmente, o missal, durante a Liturgia Eucarística.  Quanto a toalha a ser colocada sobre o altar, ela deve ser branca e proporcional ao formato e ao tamanho do altar, de modo que não chegue a cobri-lo totalmente. A ornamentação com flores deve ser sóbria e colocada junto ao altar. Deve ter uma cruz, e velas junto ao altar. 7
  • 8.  O beijo no altar feito por quem preside, pelos concelebrantes e diáconos, logo à chegada, significa beijar Cristo, pois o altar representa o próprio Cristo. Beijando o altar, quem preside expressa sua íntima relação com o Senhor, pois é em nome dele que irá presidir a santa liturgia. O Beijo é um dos gestos mais significativos e expressivos da vida humana. Após esse beijo o presidente pode incensar o altar. 8
  • 9. O INCENSO O incenso é feito com uma resina perfumada extraída de certas árvores e que exala um cheiro agradável. Para tradição cristã o incenso significa respeito, adoração, oferta, oração e louvor que sobem até Deus. O perfume lembra o bom odor de Cristo. Queimar incenso, na Bíblia, era um ato de adoração a Deus. No antigo templo havia o costume de queimar incenso pela manhã e à tarde. 9
  • 10. O SINAL-DA-CRUZ E SAUDAÇÃO A cruz é o sinal de nossa pertença a Cristo. É o selo por nós recebido no dia do Batismo. Os primeiros cristãos usavam o sinal-da-cruz , compreendendo-o como uma síntese da fé pascal. No inicio da Missa o presidente da celebração, agindo em nome e na pessoa de Cristo-cabeça, trace o sinal-da-cruz juntamente com a assembleia, que responde amém. Após o sinal-da-cruz, o presidente da celebração saúda a assembleia, fazendo a sentir na presença do Senhor. Com essa saudação e com a resposta da assembleia manifesta-se o mistério da igreja reunida. 10
  • 11. ATO PENITENCIAL E KYRIE  Após a saudação, o presidente convida a assembleia para que se volte para Deus-Misericórdia. Antes de ouvir a palavra de Deus e receber o Pão Eucarístico, a comunidade deve se reconhecer limitada e pecadora, e por isso invoca o perdão e a ajuda de Deus. Depois do ato penitencial se inicia o Kyrie. “É Deus que sempre nos acolhe”. É Ele o misericordioso, o carinhoso companheiro e Salvador. Apesar de nossas fraquezas Deus nos acolhe. 11
  • 12. O GLÓRIA O Glória é um hino oficial da Igreja, e por isso tem uma formula própria, com conteúdo marcadamente cristológico, não apenas trinitário. Não deveria se cantar o Glória cuja letra não correspondesse ao texto original que está no MISSAL ROMANO. 12
  • 13. ORAÇÃO DO DIA (OU COLETA) A seguir, o presidente convida a assembleia a rezar. Faz-se um momento de silencio após o convite “Oremos”. A chamada Oração do dia ou Coleta é aquela que sacerdote recolhe a intenção do povo e a coloca diante de Deus- Pai, por Cristo no Espirito Santo (cf. IGMR, n. 54) 13
  • 14. 2. LITURGIA DA PALAVRA  Após os ritos iniciais, se da inicio à Liturgia da Palavra. O costume de proclamar as escrituras na celebração é herança genuína da sinagoga e da forma como os judeus se serviam da Torá e dos profetas.  A finalidade da Liturgia da Palavra é realizar, hoje, o diálogo da aliança entre Deus e seu povo. Nesse dialogo nossa atitude é de escuta atenta e amorosa para que Deus possa falar dentro da realidade bem concreta de nossa vida.  Na Liturgia da Palavra, Cristo está realmente presente e atuante na Palavra proclamada. 14
  • 15. PRIMEIRA LEITURA Quase sempre a primeira leitura é tirada do Antigo Testamento, exceto no Tempo Pascal, quando se escolhe uma do Novo Testamento, sobretudo dos Atos dos Apóstolos. Mesmo ouvido os textos do Antigo Testamento, o Concilio Vaticano II nos ensina que é o próprio Cristo que fala (cf. Sacrosanctum Contilium, n. 7). 15
  • 16. SALMO RESPONSORIAL  Os Salmos são orações que foram compostas ao longo da história do povo de Deus. Em cada salmo está expresso o sentido mais profundo de cada criatura humana em relação com Deus, manifestando: confiança plena nEle, gratidão, alegria, felicidade, bem como suas angustias e tristezas. O salmo é Palavra de Deus cantada. Quando não há alguém para cantar, então se lê, mas pelo menos o refrão deve ser cantado. Em hipótese alguma pode-se substituir o Salmo por outro canto qualquer. 16
  • 17. SEGUNDA LEITURA  Nas Missas dominicais há sempre três leituras. Nas missas feriais, ou seja durante a semana, só há uma leitura, o salmo e o Evangelho. A segunda leitura sempre é um texto do Novo Testamento. Esses textos propostos para segunda leitura destacam de modo especial os pontos fundamentais da fé e da vida da Igreja em seus inicios, tendo sempre como referencia a pessoa e a obra de Jesus Cristo, morto e ressuscitado. 17
  • 18. Aclamação ao Evangelho Antes da leitura do Evangelho, canta-se a aclamação. É o Aleluia, seguindo da antífona referente ao Evangelho do dia. Quando não for cantado poderá ser omitido (cf. IGMR, n. 63c). No tempo quaresmal substitui-se o Aleluia por outra antífona própria da quaresma. 18
  • 19. EVANGELHO  O ponto culminante da Liturgia da Palavra é a proclamação do Evangelho. Nele, Cristo comunica sua Palavra de Salvação à Igreja reunida em assembleia. A proclamação do Evangelho é precedida de um diálogo inicial com a assembleia:  O Senhor esteja convosco.  Ele está no meio de nós!  Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo Segundo…  Nesse momento, a assembleia e aquele que proclama o Evangelho fazem juntos uma cruz sobre a testa, a boca e o peito. Não se trata da oração “Pelo sinal da santa cruz…”, mas sim de pedir a Deus que ilumine nossa inteligência para compreender a Palavra, abençoe a boca e coração parque a Palavra esteja guardada com fidelidade e depois explicada e vivida.  Nas Missas dominicais os Evangelhos estão divididos em três anos litúrgicos: Ano A (Mateus), Ano B (Marcos) e Ano C (Lucas). O Evangelho de João é narrado nas festas e ocasiões especiais. Durante a semana as Leituras são dividida em Ano Par e Ano ímpares. 19
  • 20. HOMILIA A homilia é parte integrante da ação litúrgica (cf. IGMR, n. 29) e deve estará serviço da Palavra. Ela tem como Fonte os textos bíblicos proclamados. A homilia deve server de ligação entre a Palavra proclamada, a celebração da Eucaristia e a vida da comunidade e de cada cristão. Também tem a função de formar e educar os irmãos na fé. 20
  • 21. PROFISSÃO DE FÉ Também chamado Símbolo dos apóstolos, é a profissão pública e comunitária da fé cristã. É um resumo das verdades de fé professadas pelos primeiros cristãos e que hoje nós continuamos fazendo. É um rito onde os fiéis em pé renovam o compromisso de assumir sua vida iluminada pela Palavra do Senhor. 21
  • 22. ORAÇÃO DOS FIÉIS A oração universal ou oração dos fiéis é o momento em que a assembleia eleva seus pedidos ao Pai. A oração deve compreender as seguintes intenções: pelas necessidades da Igreja, pelos poderes públicos, pela salvação do mundo, pelos que sofrem qualquer dificuldade e pela comunidade local (cf. IGMR, n. 70) 22
  • 23. 3. LITURGIA EUCARISTICA  Jesus, na ultima Ceia, tomou o pão e o cálice com vinho (preparação das oferendas), deu graças (oração eucarística), partiu e deu a seus discípulos (rito de comunhão). Podemos dizer que Jesus, na ultima Ceia, realizou três ações muito importantes que continuam até hoje. Na primeira ação, Jesus pega o pão e o Cálice com vinho; na segunda, faz a ação de graças; na Terceira, parte o pão com seus convidados.  A Liturgia eucarística acompanha as ações de Jesus na ultima Ceia, como encontramos nos relatos bíblicos e nas orações eucarísticas, desde os primeiros tempos… 23
  • 24. PROCISSÃO DAS OFERENDAS  A liturgia eucarística começa com a procissão das oferendas. O essencial desse rito consiste em colocar sobre o altar o pão e o vinho. Após a oração de apresentação dos dons, feita em voz baixa pelo presidente, pode-se incensar as oferendas colocadas no altar, bem como o próprio altar. Também o padre e o povo podem ser incensados pelo diácono ou por outro ministro, depois de incensar as oferendas do altar (cf. IGMR, n. 75).  O gesto que conclui a apresentação dos dons é feito pelo presidente da celebração: lavar as mãos. Nesse momento ele exprime o desejo de purificação spiritual para dar continuidade ao mistério que esta sendo celebrado. 24
  • 25. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS A oração sobre as oferendas faz referencia aos dons do pão e do vinho apresentados no altar e realça a estreita relação entre as oferendas, a oração eucarística e a comunhão (cf. IGMR, n. 77). Põe em destaque a oferenda do povo sacerdotal que, unido ao sacrifício de Cristo, oferece e se oferece. 25
  • 26. ORAÇÃO EUCARISTICA A origem da oração eucarística está nos gestos e nas palavras do próprio Cristo na ultima Ceia. Há uma profunda relação entre a Eucaristia e a Ceia judaica. A palavra hebraica berakah , em grego eulogein, eulogia, ou eucharistein, eucharistia, em latim benedicere, benediction – todas significam bênção. A oração eucarística é o conjunto dos textos que vão desde o diálogo inicial do prefacio até a oração “por Cristo, com Cristo, em Cristo…”, que precede o Pai-nosso. 26
  • 27. A oração Eucarística é o centro de toda celebração. É uma prece de ação de graças e de santificação. É louvor a Deus por toda a obra da salvação, principalmente pela Páscoa de Jesus. Lembra as bênçãos judaicas que proclamam, sobretudo durante a refeição, as obras de Deus: criação, a redenção e a santificação (cf. CIC, n. 1328). O sentido dessa oração é o de que toda assembleia se une a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício (cf. IGMR, n. 54). 27
  • 28.  “O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício: É uma só e mesma vítima, é o mesmo que oferece agora pelo mistério dos sacerdotes, que se ofereceu a si mesmo então na cruz. Apenas a maneira de oferecer difere. E porque neste divino sacrifício que se realiza na missa, este mesmo Cristo, que se ofereceu a si mesmo uma vez de maneira cruenta no altar da cruz, está contido e é imolado de maneira incruenta, este sacrifício é verdadeiramente propiciatório”. (CIC, n. 1367).  • Cruento: o qual há derramamento de sangue.  • Incruento: em que não há derramamento de sangue. 28
  • 29. A Eucaristia é igualmente o sacrifício da Igreja. A Igreja, que é o corpo de Cristo, participa na oblação da sua Cabeça. Com Ele, ela própria é oferecida integralmente. Ela une-se à sua intercessão junto do Pai em favor de todos os homens. Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-se também o sacrifício dos membros do seu corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu trabalho unem-se aos de Cristo e à sua oblação total, adquirindo assim um novo valor. O sacrifício de Cristo presente sobre o altar proporciona a todas as gerações de cristãos a possibilidade de se unirem à sua oferta. (CIC, n. 1368) 29
  • 30. O PREFÁCIO E O SANTO O prefacio é um hino de ação de graças ao Pai por toda obra da salvação. Ou por alguns aspectos particulares desta, Segundo os diversos dias, tempos ou festa, e que nos introduz no mistério eucarístico. Ao final do prefacio a assembleia proclama a santidade de Deus com o canto do “Santo”. Esse louvor esta relacionado à vitória do Cordeiro que foi imolado, mas que esta de pé diante do trono de Deus. 30
  • 31. INVOCAÇÃO DO ESPIRITO SANTO A invocação do Espirito Santo sobre o pão e o vinho acontece no momento em que o celebrante, em nome da Igreja, implora, por meio de invocações especiais, o poder divino para que os dons oferecidos sejam consagrados, isto é, se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo (cf. IGMR, 79c) (epiclese) 31
  • 32. NARRATIVA DA INSTITUIÇÃO  A narrativa da instituição é o momento “quando pelas palavras e ações de Cristo se realiza o sacrifício que Ele instituiu na Última Ceia, ao oferecer seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinho, e ao entregá-lo aos apóstolos como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério” (cf. IGMR, n. 79d).  É o momento em que o presidente da celebração toma o pão e o apresenta-o à assembleia, falando as palavras que Jesus mandou dizer: “Tomai, todos, e comei… Tomai, todos, e bebei…”.  Neste momento é feito silêncio sagrado. Nem mesmo se deve fazer a tradicional aclamação “Graças e louvores se deem a todo o momento”, muito menos entoar canções inadequadas como “Jesus Esta aqui…”, “Eu te adoro, hóstia divina” e outros. São aclamações piedosas e devocionais, mas não adequadas para esse momento da Liturgia eucarística. 32
  • 33. 4. RITOS DA COMUNHÃO Pai-nosso  O Pai-nosso é considerado preparação privilegiada para a comunhão. Na oração do Pai-nosso se pede o pão nosso de cada dia, que lembra para os cristãos, antes de tudo, o pão eucarístico, e pede-se a purificação dos pecados (cf. IGMR, n.81). Dentro da Missa não se diz o ‘amém’ no final do Pai-nosso, pois, ao final do Pai-nosso, o presidente da celebração acrescenta sozinho a oração “Livrai-nos, ó Pai, de todos os males…”. 33
  • 34. Oração e abraço da paz Imediatamente após a oração do Pai-nosso reza-se pela paz. Toda as orações dentro da missa são dirigidas ao Pai, mas esta oração se dirige a Jesus Cristo, Pois Ele é a nossa verdadeira paz. 34
  • 35. Fração do pão e Cordeiro de Deus  A fração do pão é o momento no qual o presidente da celebração antes da comunhão, toma o pão consagrado nas mãos e o parte em pequenos pedaços. A fração do pão aqui significa que nós, sendo muitos, pela Comunhão do Único Pão da Vida, que é o Cristo, formamos um único Corpo. Durante a fração do pão se canta ou reza o Cordeiro de Deus.  Em seguida o presidente da Celebração mostra aos ‘fiéis o pão consagrado que será recebido na Comunhão e convida-os a Ceia do Senhor. Unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade, usando as palavras do Evangelho: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei Salvo” (Mt 8,8) (cf. IGMR, n. 84). 35
  • 36. A Comunhão  Na Comunhão assumimos Deus em nossa vida, assim como o projeto de Deus como Igreja-comunidade. A Comunhão é sinal de compromisso com Cristo, com a Igreja e com os irmãos. Após a comunhão aconselha-se também fazer um tempo de silêncio. O silêncio produz a comunhão e favorece a oração e o encontro pessoal com Cristo. O rito da Comunhão termina com a oração pós-Comunhão, na qual o presidente da celebração implora os frutos do mistério celebrado. (cf. IGMR, n. 98) 36
  • 37. 5. RITOS FINAIS  Nos ritos finais somos enviados “em missão” para sermos, na sociedade e no mundo, sacramento de unidade e salvação, mensageiros de solidariedade, de paz, de justiça, de felicidade, de alegria pascal e de transformação. Benção  O presidente da celebração estende as mãos sobrea assembleia reunida e invoca a bênção de Deus, para que todos voltem para suas casas, onde a Missa deve continuar por meio do testemunho de cada um. Cabe ao diácono anunciar o fim da celebração e a despedida.  O presidente da celebração, depois de ter beijado o altar, sai do presbitério. O primeiro e o ultimo ato da Celebração Eucarística acontecem no altar; são ações sem palavras, ações de veneração. 37