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UAL é uma linguagem interpretada para descrição de algoritmos em
Português. Tem por objetivo auxiliar o aprendizado do aluno iniciante
em programação através da execução e visualização das etapas de um
algoritmo.
Com esse interpretador, os alunos poderão implementar seus próprios
algoritmos utilizando recursos gráficos, ou seja, a representação lógica
desses algoritmos através da animação, para compreender, de forma
rápida e dinâmica, como as estruturas por eles desenvolvidas se
comportam.
Com o intuito de difundir este novo sistema para a comunidade
acadêmica, informamos que a linguagem UAL encontra-se
disponibilizada gratuitamente, levando-se em consideração o leftright,
ou seja, o sistema possui código aberto, permitindo aos interessados o
desenvolvimento de novas funcionalidades, desde que mantida a
filosofia inicial do mesmo e mencionadas as autorias.
Desenvolvido por:
Juarez A. Muylaert Filho - jamf@estacio.br
Andréa T. Medeiros - andrea@iprj.uerj.br
Adriana S. Spallanzani - spallanzani@uol.com.br
Versão 1.1
Data: set/2000
2
Comandos em UAL
1. Introdução 3
2. Estrutura do UAL 4
3. Palavras-Chave 5
4. Pontuação 6
5. Maiúsculas e Minúsculas 7
6. Tipos de Dados 7
7. Declaração de Variáveis 8
8. Inicialização de Variáveis 9
9. Fluxos de Entrada e Saída 10
10. Precedência de Operadores 11
11. Operadores 12
12. Comandos para Tomada de Decisão 13
13. Comandos de Repetição 14
14. Vetores 16
15. UALGraph 17
3
1.
A grande dificuldade na concepção e no entendimento de algoritmos é o
problema do relacionamento dos aspectos ativos e passivos, ou seja, como
entender as estruturas dinâmicas das possíveis execuções do algoritmo a partir de
sua estrutura estática.
A linguagem UAL visa auxiliar o processo de aprendizagem do aluno
iniciante em programação, integrando os aspectos dinâmicos e estáticos em uma
só ferramenta, permitindo ao aluno escrever seus programas em “Portugol” -
pseudo-linguagem de programação, executando e visualizando, através de
gráficos animados, o comportamento ativo do seu algoritmo.
Esta linguagem aborda o mínimo de blocos básicos (de dados e controle)
necessários para o aprendizado de algoritmos, os quais encontram-se descritos
nos demais itens deste Help.
4
2.
Todo programa UAL inicia-se com a palavra reservada prog seguida
do nome do programa, que obedece as normas de nomenclatura de
identificadores. A seguir, são feitas as declarações de variáveis, caso
existam, conforme o item 7 deste manual e, posteriormente, são inseridos
os blocos de comandos, encerrando-se o programa com a palavra-chave
fimprog.
prog <nome do programa>
<declaração de variáveis> <opcional>
<seqüência de comandos>
fimprog
Um exemplo de programa em UAL é:
prog meuPrimeiroPrograma
string ola;
ola <- “Olá Mundo!”;
imprima ola;
fimprog
Que também pode ser representado da seguinte forma:
prog meuPrimeiroPrograma
imprima “Olá Mundo!”;
fimprog
5
3.
Palavras-chave são palavras reservadas da linguagem, não podendo as
mesmas serem atribuídas a nenhum identificador (nome do programa e das
variáveis definidos pelo usuário) pertencente ao programa. Por exemplo, não
podemos ter uma variável chamada se.
As palavras-chave em UAL são:
prog fimprog int real logico string se
senao enquanto faca para leia imprima
As regras para nomenclatura dos identificadores encontram-se no item
Declaração de Variáveis.
6
4.
Um sinal de pontuação é um tipo de palavra-chave abreviada. É um
símbolo composto por um ou dois caracteres, que tem um significado especial
para o interpretador. O conjunto completo de sinais da linguagem inclui os
seguintes símbolos:
/* */ # { } ( ) [ ] , ; n t
O sinal “;” encerra uma instrução, exceto nos casos em que a mesma
possua delimitadores, como no comando enquanto. Esse sinal informa ao
interpretador que ocorreu o fim de uma instrução. Desse modo, podemos ter mais
de uma instrução na mesma linha ou ter uma única instrução em mais de uma
linha.
O uso dos delimitadores será demonstrado mais adiante, nos itens 12 e 13.
Os símbolos #, /* e */ devem ser inseridos para especificar um comentário.
Comentários em programas são mensagens que só serão vistas pelo
programador, sendo completamente ignoradas pelo interpretador. São utilizados
visando dar maior compreensão ao algoritmo.
O símbolo # permite que apenas uma linha seja comentada por vez, como
segue o exemplo:
# Isto é um comentário
# Autor <nome>
prog meuPrimeiroPrograma
string ola; # Declarando variável ola
ola <- “Olá Mundo!”;
imprima ola;
fimprog
Já os símbolos /* e */ delimitam o início e o fim de um comentário,
independente do número de linhas que o mesmo possua, como no exemplo
abaixo:
/* Este é o início de um comentário
Autor <nome>
Data: <data>
*/
Esses comentários podem ser inseridos em qualquer posição dentro do
programa.
O símbolo “t” efetua uma tabulação em uma string e o “n” permite uma
quebra de linha na saída do programa. No item 9 é dado um exemplo de suas
aplicações, juntamente com o comando imprima.
7
5.
A linguagem UAL é sensível a maiúsculas e minúsculas em seus
identificadores e palavras reservadas. Exemplo:
ola, Ola, OLA, olA
São variáveis diferentes para o UAL.
String - Não é uma palavra reservada como string.
Devido a esta diferença, é recomendável utilizar um padrão para a
nomenclatura dos identificadores. Aconselhamos que os identificadores sejam
sempre iniciados por letras minúsculas, seguidas de iniciais maiúsculas para
nomes compostos.
6.
O UAL fornece um conjunto de tipos de dados básico, onde cada um deles
serve a um propósito específico, definindo desse modo, o escopo dos valores que
as variáveis podem assumir no programa.
Os tipos básicos existentes são:
- representando o conjunto dos números inteiros;
- representando os pontos flutuantes;
- representando um conjunto de um ou mais caracteres
- representando os valores lógicos verdadeiro e falso.
8
7.
Todas as variáveis devem ser declaradas antes de serem usadas. Esta
declaração deve ser feita no início do programa.
As variáveis possuem uma característica em comum: um tipo de dado
associado. Isso significa que, além de escolhermos um nome apropriado para uma
variável, devemos também dizer que tipo de informação deve ser armazenada
nela.
Uma declaração é definida por um tipo, seguido por uma lista de uma ou
mais variáveis daquele tipo, tal como o seguinte exemplo:
int num2; string resp, nome;
As variáveis podem ser distribuídas entre declarações livremente. O
exemplo acima poderia ser igualmente escrito como:
int num2;
string resp;
string nome;
Os nomes das variáveis podem ser compostos de letras e dígitos, sendo
que o primeiro caractere deve ser, obrigatoriamente, uma letra.
Identificadores válidos: count, teste123, Programa.
Identificadores inválidos: 123count, Teste_de_loop, Teste...Novo.
9
8.
Para inicializar uma variável, ou seja, atribuir um valor a ela, deve-se
proceder da seguinte forma:
var <- 4;
onde var é o nome da variável declarada, <- é o símbolo de atribuição e 4 é o
valor a ela atribuído.
Quando interpretamos as instruções acima, os nomes das variáveis são
substituídos pelos valores associados na memória. É importante observar que o
resultado da expressão do lado direito de um comando de atribuição deve ser
coerente com o tipo declarado para a variável do lado esquerdo.
Ao longo do programa é possível, através de novas atribuições, alterar os
valores dessas variáveis na memória.
10
9.
O UAL permite que um programa receba ou envie dados para o ambiente
externo. Isto pode ocorrer com o uso dos comandos leia e imprima,
respectivamente.
O comando leia permite a entrada de um único dado, fornecido pelo
usuário, através da entrada padrão, que normalmente é o teclado. Ao
executarmos esse comando, atribuiremos o dado fornecido a uma variável,
conforme demonstra o seguinte exemplo:
int x;
leia x;
Nesse momento, o programa aguardará a entrada de um valor inteiro que
será armazenado na variável x. O usuário deve fornecer esse valor digitando um
número e pressionando, em seguida, a tecla <Enter>.
O comando imprima permite que sejam apresentados na saída padrão,
normalmente o monitor, mensagens e valores obtidos através da execução do
programa, como mostra o exemplo abaixo:
a <- 400;
imprima “tO valor de a é = “, a, “n”;
11
10.
Todas as operações realizadas no UAL obedecem aos critérios de
precedência dos operadores, conforme a relação abaixo:
Primeiro - parênteses
Segundo - expressões aritméticas (multiplicação e divisão)
Terceiro - expressões aritméticas (adição e subtração)
Quarto - operadores relacionais.
Quinto - operadores lógicos.
Na utilização normal, operadores de mais alta precedência executam as
suas operações em expressões antes de operadores de menor precedência. Por
exemplo:
a = b + c * d
Nesse exemplo, primeiro será calculado o produto entre c e d, para depois
somar o resultado a b.
Para forçar uma ordem de avaliação diferente, deve-se fazer uso de
parênteses, como no exemplo:
a = (b + c) * d
12
11.
O UAL é composto de operadores - símbolos que executam várias
operações sobre os seus argumentos. O sinal de mais (+) é um operador. Em uma
expressão, ele soma dois valores:
a <- b + c;
As variáveis a, b, c poderiam ser de quaisquer tipos numéricos de dados.
Nesta operação, b é acrescentado a c, sendo o resultado atribuído à variável a.
O sinal de atribuição <- nessa expressão é também um operador, com a
capacidade única de copiar um valor a sua direita para a variável a sua esquerda.
No UAL, existem operadores aritméticos, relacionais, lógicos e de
atribuição, que estão demonstrados abaixo.
Operações aritméticas:
adição (+)
subtração (-)
multiplicação (*)
divisão (/)
Essas operações devem ser efetuadas apenas com os operandos de um
mesmo tipo.
Operadores relacionais:
maior (>)
maior ou igual (>=)
menor (<)
menor ou igual (<=)
igual (=)
diferente (<>)
Operadores lógicos:
conjunção (&&)
disjunção (||)
negação (!)
Esses dois últimos operadores tem como resultado um valor lógico, do tipo
verdadeiro ou falso.
13
Operadores de atribuição:
atribuição (<-)
incremento (++)
decremento (—)
Os operadores de incremento e decremento são similares à atribuição,
realizando operações de adição e subtração, respectivamente. Dessa forma, uma
variável é incrementada ou decrementada em uma unidade. Portanto, essa
variável deve ser do tipo inteiro.
Em uma atribuição, não podem ser usados operadores de incremento e
decremento.
Exemplos:
x <- a; # x recebe o valor de a.
x—; # x é decrementado em 1.
x <- x-1; # operação idêntica a anterior.
x++; # x é incrementado em 1.
x <- x++ ou x <- x—; # operações não permitidas.
12.
O comando utilizado para tomada de decisões no UAL é o se, que é
acompanhado, opcionalmente, pelo senao. Sua sintaxe é bastante simples,
necessitando acrescentar uma expressão que retorne um tipo lógico após a
palavra-chave se e uma lista de comandos, caso o senao seja utilizado, também
haverá uma lista de comandos.
Por exemplo, para exibir o valor de uma variável “conta” apenas se este
valor for maior do que 100, pode-se utilizar a seguinte instrução:
se (conta > 100)
{
imprima conta;
}
senao
{
imprima “Saldo insuficiente.”;
}
Os parênteses, bem como as chaves, são obrigatórios.
14
13.
Na linguagem UAL, podemos utilizar os comandos enquanto, para ou faca-
enquanto, para aplicar instruções repetidamente.
A INSTRUÇÃO enquanto
O comando enquanto tem sintaxe semelhante a do comando se, bastando
inserir uma expressão que retorne um tipo lógico após a palavra-chave enquanto e
uma lista de comandos entre chaves, como mostra o exemplo:
i <- 0;
enquanto ( i < 10)
{
leia var;
i++;
}
Nesse comando, a expressão relacional é avaliada antes da execução da
instrução ou bloco de comandos, ou seja, caso essa expressão seja falsa no início
da execução do loop, os comandos não serão executados.
A INSTRUÇÃO para
Quando um programa pode calcular previamente o número de vezes que
um bloco de instruções deve ser executado, uma instrução para é normalmente, a
melhor escolha para a construção da estrutura de repetição. A instrução para
possui os seguintes elementos:
A palavra-chave para;
Uma expressão composta por três partes, entre parênteses;
Uma instrução ou bloco de comandos entre chaves.
O comando para combina os três elementos acima, tendo como formato
geral:
para (i<-0; i < 10; i++)
{
leia var;
}
15
Dentro dos parênteses, após a palavra-chave para, há três argumentos que
controlam a ação do loop. No primeiro argumento, há uma instrução que é
executada uma única vez, antes do início do loop, atribuindo um valor a uma
variável. A inicialização e a atribuição de valor que compõem o primeiro e o
terceiro argumento do comando para, respectivamente, fazem referência a uma
mesma variável. O segundo argumento é uma expressão relacional que a
instrução para testa no princípio do loop. O último argumento é executado ao final
do loop, após a execução da instrução ou bloco de comandos, que devem estar
entre chaves. Esse argumento pode ser uma atribuição, um incremento ou
decremento.
A INSTRUÇÃO faca-enquanto
É um tipo de instrução enquanto invertida, ou seja, ela executa uma ou
mais ações enquanto uma expressão for verdadeira. Exemplo:
i <- 0;
faca
{
leia var;
i++;
}
enquanto (i < 10)
Seu funcionamento se diferencia do comando enquanto pelo fato da
expressão relacional que controla o loop estar ao final da instrução, e não no seu
início. Com isso, a instrução ou o bloco de comandos é executado pelo menos
uma vez, pois o programa não avalia a expressão de controle até que tenha
executado essas instruções.
Um loop faca-enquanto requer ambas as palavras-chaves: faca, no inicio, e
enquanto, no final. As instruções a serem executadas são colocadas entre o faca
e o enquanto, como demonstrado no exemplo.
16
14.
Os vetores reúnem várias informações de um mesmo tipo em uma única
estrutura. Para isso, é necessário declarar, além do nome do vetor, o seu
tamanho. Devemos informar antecipadamente quantos elementos o vetor irá
armazenar dentro dele, ou seja, seu tamanho é estático (não varia com a
execução do programa).
No exemplo abaixo, declaramos um vetor do tipo inteiro com 10 posições.
int x[10];
Cada elemento de um vetor é tratado como se fosse uma variável simples.
Para referência a um elemento do vetor, utiliza-se o nome do vetor seguido da
identificação do elemento (índice) entre colchetes. Esse índice deve ser do tipo
inteiro. Exemplo:
x[0] <- 0;
x[9] <- 9;
No UAL, o primeiro elemento de um vetor sempre é representado pelo
índice 0, ou seja, se um vetor contiver 10 posições, seus índices irão variar de 0 a
9.
17
15.
O Módulo UALGraph permite a execução dos programas fontes feitos em UAL em
um ambiente gráfico, ou seja, é possível visualizar a representação lógica desses
algoritmos através da animação, para compreender, de forma rápida e dinâmica,
como as estruturas desenvolvidas se comportam.
Os símbolos que representam a estrutura do programa seguem os seguintes
padrões:
Delimita o início e fim de um programa
Atribuição
Incremento
Decremento
Enquanto
Para
Se-Senão
Faça-Enquanto
Leia
Imprima

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Man UAL

  • 1. UAL é uma linguagem interpretada para descrição de algoritmos em Português. Tem por objetivo auxiliar o aprendizado do aluno iniciante em programação através da execução e visualização das etapas de um algoritmo. Com esse interpretador, os alunos poderão implementar seus próprios algoritmos utilizando recursos gráficos, ou seja, a representação lógica desses algoritmos através da animação, para compreender, de forma rápida e dinâmica, como as estruturas por eles desenvolvidas se comportam. Com o intuito de difundir este novo sistema para a comunidade acadêmica, informamos que a linguagem UAL encontra-se disponibilizada gratuitamente, levando-se em consideração o leftright, ou seja, o sistema possui código aberto, permitindo aos interessados o desenvolvimento de novas funcionalidades, desde que mantida a filosofia inicial do mesmo e mencionadas as autorias. Desenvolvido por: Juarez A. Muylaert Filho - jamf@estacio.br Andréa T. Medeiros - andrea@iprj.uerj.br Adriana S. Spallanzani - spallanzani@uol.com.br Versão 1.1 Data: set/2000
  • 2. 2 Comandos em UAL 1. Introdução 3 2. Estrutura do UAL 4 3. Palavras-Chave 5 4. Pontuação 6 5. Maiúsculas e Minúsculas 7 6. Tipos de Dados 7 7. Declaração de Variáveis 8 8. Inicialização de Variáveis 9 9. Fluxos de Entrada e Saída 10 10. Precedência de Operadores 11 11. Operadores 12 12. Comandos para Tomada de Decisão 13 13. Comandos de Repetição 14 14. Vetores 16 15. UALGraph 17
  • 3. 3 1. A grande dificuldade na concepção e no entendimento de algoritmos é o problema do relacionamento dos aspectos ativos e passivos, ou seja, como entender as estruturas dinâmicas das possíveis execuções do algoritmo a partir de sua estrutura estática. A linguagem UAL visa auxiliar o processo de aprendizagem do aluno iniciante em programação, integrando os aspectos dinâmicos e estáticos em uma só ferramenta, permitindo ao aluno escrever seus programas em “Portugol” - pseudo-linguagem de programação, executando e visualizando, através de gráficos animados, o comportamento ativo do seu algoritmo. Esta linguagem aborda o mínimo de blocos básicos (de dados e controle) necessários para o aprendizado de algoritmos, os quais encontram-se descritos nos demais itens deste Help.
  • 4. 4 2. Todo programa UAL inicia-se com a palavra reservada prog seguida do nome do programa, que obedece as normas de nomenclatura de identificadores. A seguir, são feitas as declarações de variáveis, caso existam, conforme o item 7 deste manual e, posteriormente, são inseridos os blocos de comandos, encerrando-se o programa com a palavra-chave fimprog. prog <nome do programa> <declaração de variáveis> <opcional> <seqüência de comandos> fimprog Um exemplo de programa em UAL é: prog meuPrimeiroPrograma string ola; ola <- “Olá Mundo!”; imprima ola; fimprog Que também pode ser representado da seguinte forma: prog meuPrimeiroPrograma imprima “Olá Mundo!”; fimprog
  • 5. 5 3. Palavras-chave são palavras reservadas da linguagem, não podendo as mesmas serem atribuídas a nenhum identificador (nome do programa e das variáveis definidos pelo usuário) pertencente ao programa. Por exemplo, não podemos ter uma variável chamada se. As palavras-chave em UAL são: prog fimprog int real logico string se senao enquanto faca para leia imprima As regras para nomenclatura dos identificadores encontram-se no item Declaração de Variáveis.
  • 6. 6 4. Um sinal de pontuação é um tipo de palavra-chave abreviada. É um símbolo composto por um ou dois caracteres, que tem um significado especial para o interpretador. O conjunto completo de sinais da linguagem inclui os seguintes símbolos: /* */ # { } ( ) [ ] , ; n t O sinal “;” encerra uma instrução, exceto nos casos em que a mesma possua delimitadores, como no comando enquanto. Esse sinal informa ao interpretador que ocorreu o fim de uma instrução. Desse modo, podemos ter mais de uma instrução na mesma linha ou ter uma única instrução em mais de uma linha. O uso dos delimitadores será demonstrado mais adiante, nos itens 12 e 13. Os símbolos #, /* e */ devem ser inseridos para especificar um comentário. Comentários em programas são mensagens que só serão vistas pelo programador, sendo completamente ignoradas pelo interpretador. São utilizados visando dar maior compreensão ao algoritmo. O símbolo # permite que apenas uma linha seja comentada por vez, como segue o exemplo: # Isto é um comentário # Autor <nome> prog meuPrimeiroPrograma string ola; # Declarando variável ola ola <- “Olá Mundo!”; imprima ola; fimprog Já os símbolos /* e */ delimitam o início e o fim de um comentário, independente do número de linhas que o mesmo possua, como no exemplo abaixo: /* Este é o início de um comentário Autor <nome> Data: <data> */ Esses comentários podem ser inseridos em qualquer posição dentro do programa. O símbolo “t” efetua uma tabulação em uma string e o “n” permite uma quebra de linha na saída do programa. No item 9 é dado um exemplo de suas aplicações, juntamente com o comando imprima.
  • 7. 7 5. A linguagem UAL é sensível a maiúsculas e minúsculas em seus identificadores e palavras reservadas. Exemplo: ola, Ola, OLA, olA São variáveis diferentes para o UAL. String - Não é uma palavra reservada como string. Devido a esta diferença, é recomendável utilizar um padrão para a nomenclatura dos identificadores. Aconselhamos que os identificadores sejam sempre iniciados por letras minúsculas, seguidas de iniciais maiúsculas para nomes compostos. 6. O UAL fornece um conjunto de tipos de dados básico, onde cada um deles serve a um propósito específico, definindo desse modo, o escopo dos valores que as variáveis podem assumir no programa. Os tipos básicos existentes são: - representando o conjunto dos números inteiros; - representando os pontos flutuantes; - representando um conjunto de um ou mais caracteres - representando os valores lógicos verdadeiro e falso.
  • 8. 8 7. Todas as variáveis devem ser declaradas antes de serem usadas. Esta declaração deve ser feita no início do programa. As variáveis possuem uma característica em comum: um tipo de dado associado. Isso significa que, além de escolhermos um nome apropriado para uma variável, devemos também dizer que tipo de informação deve ser armazenada nela. Uma declaração é definida por um tipo, seguido por uma lista de uma ou mais variáveis daquele tipo, tal como o seguinte exemplo: int num2; string resp, nome; As variáveis podem ser distribuídas entre declarações livremente. O exemplo acima poderia ser igualmente escrito como: int num2; string resp; string nome; Os nomes das variáveis podem ser compostos de letras e dígitos, sendo que o primeiro caractere deve ser, obrigatoriamente, uma letra. Identificadores válidos: count, teste123, Programa. Identificadores inválidos: 123count, Teste_de_loop, Teste...Novo.
  • 9. 9 8. Para inicializar uma variável, ou seja, atribuir um valor a ela, deve-se proceder da seguinte forma: var <- 4; onde var é o nome da variável declarada, <- é o símbolo de atribuição e 4 é o valor a ela atribuído. Quando interpretamos as instruções acima, os nomes das variáveis são substituídos pelos valores associados na memória. É importante observar que o resultado da expressão do lado direito de um comando de atribuição deve ser coerente com o tipo declarado para a variável do lado esquerdo. Ao longo do programa é possível, através de novas atribuições, alterar os valores dessas variáveis na memória.
  • 10. 10 9. O UAL permite que um programa receba ou envie dados para o ambiente externo. Isto pode ocorrer com o uso dos comandos leia e imprima, respectivamente. O comando leia permite a entrada de um único dado, fornecido pelo usuário, através da entrada padrão, que normalmente é o teclado. Ao executarmos esse comando, atribuiremos o dado fornecido a uma variável, conforme demonstra o seguinte exemplo: int x; leia x; Nesse momento, o programa aguardará a entrada de um valor inteiro que será armazenado na variável x. O usuário deve fornecer esse valor digitando um número e pressionando, em seguida, a tecla <Enter>. O comando imprima permite que sejam apresentados na saída padrão, normalmente o monitor, mensagens e valores obtidos através da execução do programa, como mostra o exemplo abaixo: a <- 400; imprima “tO valor de a é = “, a, “n”;
  • 11. 11 10. Todas as operações realizadas no UAL obedecem aos critérios de precedência dos operadores, conforme a relação abaixo: Primeiro - parênteses Segundo - expressões aritméticas (multiplicação e divisão) Terceiro - expressões aritméticas (adição e subtração) Quarto - operadores relacionais. Quinto - operadores lógicos. Na utilização normal, operadores de mais alta precedência executam as suas operações em expressões antes de operadores de menor precedência. Por exemplo: a = b + c * d Nesse exemplo, primeiro será calculado o produto entre c e d, para depois somar o resultado a b. Para forçar uma ordem de avaliação diferente, deve-se fazer uso de parênteses, como no exemplo: a = (b + c) * d
  • 12. 12 11. O UAL é composto de operadores - símbolos que executam várias operações sobre os seus argumentos. O sinal de mais (+) é um operador. Em uma expressão, ele soma dois valores: a <- b + c; As variáveis a, b, c poderiam ser de quaisquer tipos numéricos de dados. Nesta operação, b é acrescentado a c, sendo o resultado atribuído à variável a. O sinal de atribuição <- nessa expressão é também um operador, com a capacidade única de copiar um valor a sua direita para a variável a sua esquerda. No UAL, existem operadores aritméticos, relacionais, lógicos e de atribuição, que estão demonstrados abaixo. Operações aritméticas: adição (+) subtração (-) multiplicação (*) divisão (/) Essas operações devem ser efetuadas apenas com os operandos de um mesmo tipo. Operadores relacionais: maior (>) maior ou igual (>=) menor (<) menor ou igual (<=) igual (=) diferente (<>) Operadores lógicos: conjunção (&&) disjunção (||) negação (!) Esses dois últimos operadores tem como resultado um valor lógico, do tipo verdadeiro ou falso.
  • 13. 13 Operadores de atribuição: atribuição (<-) incremento (++) decremento (—) Os operadores de incremento e decremento são similares à atribuição, realizando operações de adição e subtração, respectivamente. Dessa forma, uma variável é incrementada ou decrementada em uma unidade. Portanto, essa variável deve ser do tipo inteiro. Em uma atribuição, não podem ser usados operadores de incremento e decremento. Exemplos: x <- a; # x recebe o valor de a. x—; # x é decrementado em 1. x <- x-1; # operação idêntica a anterior. x++; # x é incrementado em 1. x <- x++ ou x <- x—; # operações não permitidas. 12. O comando utilizado para tomada de decisões no UAL é o se, que é acompanhado, opcionalmente, pelo senao. Sua sintaxe é bastante simples, necessitando acrescentar uma expressão que retorne um tipo lógico após a palavra-chave se e uma lista de comandos, caso o senao seja utilizado, também haverá uma lista de comandos. Por exemplo, para exibir o valor de uma variável “conta” apenas se este valor for maior do que 100, pode-se utilizar a seguinte instrução: se (conta > 100) { imprima conta; } senao { imprima “Saldo insuficiente.”; } Os parênteses, bem como as chaves, são obrigatórios.
  • 14. 14 13. Na linguagem UAL, podemos utilizar os comandos enquanto, para ou faca- enquanto, para aplicar instruções repetidamente. A INSTRUÇÃO enquanto O comando enquanto tem sintaxe semelhante a do comando se, bastando inserir uma expressão que retorne um tipo lógico após a palavra-chave enquanto e uma lista de comandos entre chaves, como mostra o exemplo: i <- 0; enquanto ( i < 10) { leia var; i++; } Nesse comando, a expressão relacional é avaliada antes da execução da instrução ou bloco de comandos, ou seja, caso essa expressão seja falsa no início da execução do loop, os comandos não serão executados. A INSTRUÇÃO para Quando um programa pode calcular previamente o número de vezes que um bloco de instruções deve ser executado, uma instrução para é normalmente, a melhor escolha para a construção da estrutura de repetição. A instrução para possui os seguintes elementos: A palavra-chave para; Uma expressão composta por três partes, entre parênteses; Uma instrução ou bloco de comandos entre chaves. O comando para combina os três elementos acima, tendo como formato geral: para (i<-0; i < 10; i++) { leia var; }
  • 15. 15 Dentro dos parênteses, após a palavra-chave para, há três argumentos que controlam a ação do loop. No primeiro argumento, há uma instrução que é executada uma única vez, antes do início do loop, atribuindo um valor a uma variável. A inicialização e a atribuição de valor que compõem o primeiro e o terceiro argumento do comando para, respectivamente, fazem referência a uma mesma variável. O segundo argumento é uma expressão relacional que a instrução para testa no princípio do loop. O último argumento é executado ao final do loop, após a execução da instrução ou bloco de comandos, que devem estar entre chaves. Esse argumento pode ser uma atribuição, um incremento ou decremento. A INSTRUÇÃO faca-enquanto É um tipo de instrução enquanto invertida, ou seja, ela executa uma ou mais ações enquanto uma expressão for verdadeira. Exemplo: i <- 0; faca { leia var; i++; } enquanto (i < 10) Seu funcionamento se diferencia do comando enquanto pelo fato da expressão relacional que controla o loop estar ao final da instrução, e não no seu início. Com isso, a instrução ou o bloco de comandos é executado pelo menos uma vez, pois o programa não avalia a expressão de controle até que tenha executado essas instruções. Um loop faca-enquanto requer ambas as palavras-chaves: faca, no inicio, e enquanto, no final. As instruções a serem executadas são colocadas entre o faca e o enquanto, como demonstrado no exemplo.
  • 16. 16 14. Os vetores reúnem várias informações de um mesmo tipo em uma única estrutura. Para isso, é necessário declarar, além do nome do vetor, o seu tamanho. Devemos informar antecipadamente quantos elementos o vetor irá armazenar dentro dele, ou seja, seu tamanho é estático (não varia com a execução do programa). No exemplo abaixo, declaramos um vetor do tipo inteiro com 10 posições. int x[10]; Cada elemento de um vetor é tratado como se fosse uma variável simples. Para referência a um elemento do vetor, utiliza-se o nome do vetor seguido da identificação do elemento (índice) entre colchetes. Esse índice deve ser do tipo inteiro. Exemplo: x[0] <- 0; x[9] <- 9; No UAL, o primeiro elemento de um vetor sempre é representado pelo índice 0, ou seja, se um vetor contiver 10 posições, seus índices irão variar de 0 a 9.
  • 17. 17 15. O Módulo UALGraph permite a execução dos programas fontes feitos em UAL em um ambiente gráfico, ou seja, é possível visualizar a representação lógica desses algoritmos através da animação, para compreender, de forma rápida e dinâmica, como as estruturas desenvolvidas se comportam. Os símbolos que representam a estrutura do programa seguem os seguintes padrões: Delimita o início e fim de um programa Atribuição Incremento Decremento Enquanto Para Se-Senão Faça-Enquanto Leia Imprima