Para realizar um manejo eficiente das pragas na cultura do milho, é fundamental compreender os princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP). O MIP consiste na integração de diferentes táticas de controle — cultural, biológico, comportamental, genético e químico — baseando-se no monitoramento constante e na tomada de decisão racional, com o objetivo de manter as populações de pragas abaixo do nível de dano econômico.
Entre as ferramentas utilizadas no MIP, a instalação de armadilhas (como as adesivas amarelas, delta e bola-funil) tem se mostrado altamente eficaz para o monitoramento populacional e a detecção precoce de infestações.
As principais pragas que acometem o milho incluem:
Diabrotica speciosa (larva-alfinete), praga radicular que danifica o sistema de raízes, comprometendo o desenvolvimento inicial da planta;
Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho), a principal lagarta da cultura, responsável por severos danos foliares e ao cartucho;
Dichelops spp. (percevejo-barriga-verde), considerado o principal percevejo do milho, que ataca plântulas nos estádios iniciais, podendo causar redução do estande, atraso no desenvolvimento e sintomas como “coração morto”.
O monitoramento frequente dessas pragas é indispensável para determinar o momento correto de intervenção, evitando aplicações desnecessárias de inseticidas e contribuindo para a sustentabilidade do sistema produtivo.
Atualmente, ingredientes ativos como Espinetoram, Benzoato de Emamectina, Indoxacarbe e Clorfenapir vêm apresentando excelente desempenho no controle de pragas mastigadoras, especialmente lagartas. Para as pragas sugadoras, como percevejos e cigarrinhas, neonicotinoides e piretróides seguem sendo amplamente utilizados com bons resultados.
Por fim, o controle biológico tem ganhado destaque como uma estratégia eficaz e ambientalmente segura, contribuindo para o equilíbrio ecológico e à redução da dependência de produtos químicos.