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MANUAL BÁSICO
DA MULHER SUD




                                                                      Manual Básico para Mulheres, Parte A
 MANUAL BÁSICO DA MULHER SUD   Manual Básico para Mulheres, Parte A
MANUAL BÁSICO DA
  MULHER SUD
       Manual Básico para Mulheres—Parte A




                     Publicado por
 A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
               Salt Lake City, Utah, USA
                   Revisado em 2000
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                       Todos os direitos reservados
                            Impresso no Brasil
                        Aprovação em inglês: 1/99
                       Aprovação da tradução: 1/99
  Translation of Latter-day Saint Woman: Basic Manual for Women, Part A
                                 Português
                           Reimpresso em 2003
SUMÁRIO



Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
O Cristo Vivo: O Testemunho dos Apóstolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . viii
A Família: Proclamação ao Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . x
Declaração da Sociedade de Socorro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xi

Princípios e Doutrinas do Evangelho
1. Fé em Jesus Cristo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2. Arrependimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3. Batismo, um Convênio Perene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4. O Dom do Espírito Santo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5. Testemunho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
6. Jejum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
7. Reverência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
8. Amor, Caridade e Serviço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
9. Castidade e Recato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
10. Casamento Eterno. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

A Mulher na Igreja
11. A Importância do Sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
12. As Ordenanças do Sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
13. As Mulheres e o Sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
14. A Mulher Santo dos Últimos Dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
15. Devemos Aconselhar-nos com Nossa Família . . . . . . . . . . . . . . . . 108
16. Noite Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
17. Reuniões da Igreja. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
18. Trabalho Missionário e de Integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
19. Encorajamento e Preparação dos Missionários . . . . . . . . . . . . . . . 138

Economia Doméstica
20. Como Administrar Nosso Lar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
21. Como Administrar as Finanças da Família. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
22. A Nutrição da Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
23. A Nutrição da Mãe e do Bebê . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
24. Prevenção de Doenças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
25. O Cultivo de Hortas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
26. A Produção Doméstica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186


                                                                                                             iii
Sumário

Desenvolvimento Pessoal e Familiar
27. O Desenvolvimento de Nossos Talentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
28. O Desenvolvimento de Nossas Habilidades Profissionais . . . . . . 206
29. Como Ensinar a Nossa Família o Valor do Trabalho e a
    Responsabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
30. Desenvolvimento e Ensino do Autodomínio . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
31. Como Criar um Ambiente Mais Espiritual no Lar. . . . . . . . . . . . . 233
32. O Aprendizado do Evangelho em Nosso Lar. . . . . . . . . . . . . . . . . 245
33. Preparemo-nos para Ensinar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254
34. O Ensino por meio das Escrituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
35. O Ensino pelo Poder e Influência do Espírito Santo . . . . . . . . . . . 271

Presidentes da Igreja. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
Gravuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291




iv
INTRODUÇÃO




Como Usar Este Manual
Este manual contém 35 lições relacionadas aos princípios básicos do
evangelho e às responsabilidades da mulher santo dos últimos dias.
Conforme forem inspiradas, as líderes e professoras devem preparar e
ensinar as lições que atendam às necessidades espirituais, emocionais e
físicas dos membros do ramo ou da ala.
Nas unidades da Igreja onde Ensinamentos dos Presidentes da Igreja e os
manuais das Moças ainda não foram traduzidos e publicados, este
manual deve ser usado como manual de instrução tanto na Sociedade
de Socorro como nas Moças. Nessas unidades, todas as irmãs, líderes e
professoras da Sociedade de Socorro e das Moças devem receber um
exemplar. Os líderes locais devem consultar Informações para os Líderes
do Sacerdócio e das Auxiliares sobre Currículo para verificar na tabela dos
anos em que o Manual da Mulher SUD parte A e B serão usados.
Nas unidades da Igreja onde não estiver sendo utilizados os manuais
Ensinamentos dos Presidentes da Igreja e os manuais das Moças, este
manual deve ser usado (1) como recurso para instrução na Sociedade
de Socorro no primeiro e quarto domingos e nas reuniões de
aprimoramento pessoal, familiar e doméstico; (2) como recurso extra
para instrução das Moças; e (3) nas aulas de “Ensinamentos para os
Nossos Dias” da Sociedade de Socorro no quarto domingo do mês.
Nessas unidades, os líderes e professores da Sociedade de Socorro, das
Moças e do Sacerdócio de Melquisedeque devem receber um exemplar
deste manual. Os líderes podem também incentivar as irmãs da
Sociedade de Socorro a adquirir um exemplar deste manual para seu
próprio estudo e para o ensino familiar em casa.
Auxílios Didáticos para a Professora
Sob o título “Preparação da Professora” estão incluídas sugestões para
a professora, perguntas para discussão, sugestões para participação da
classe e orientação para uso dos auxílios visuais (gravuras, gráficos,
etc). Outros métodos e auxílios didáticos poderão ser utilizados para
envolver os membros da classe e incentivar a participação e o

                                                                          v
Introdução

aprendizado. Quase todas as lições sugerem o uso do quadro-negro;
por isso, as professoras devem, se possível, providenciar um quadro-
negro e giz para serem usados em todas as aulas. Muitos dos auxílios
visuais sugeridos na lição como cartazes podem ser desenhados ou
escritos no quadro-negro. Outras sugestões de técnicas de ensino
encontram-se no Guia de Ensino (34595 059)e no manual Ensino, Não Há
Maior Chamado (36123 059)
Os membros da classe devem ser incentivados a preparar-se para a
discussão em classe, estudando a lição designada durante a semana e
trazendo suas escrituras para a aula.
Como Envolver os Membros Portadores de Deficiências
Durante Seu ministério mortal, Jesus subiu num monte perto do Mar
da Galiléia.
“E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos,
mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele
os sarou,
De tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os
aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus
de Israel.” (Mateus 15:30–31)
O Salvador deixou-nos um exemplo da compaixão que devemos ter
pelos deficientes físicos. Quando visitou os nefitas após Sua
Ressurreição, Jesus disse:
“(…) Eis que minhas entranhas estão cheias de compaixão por vós.
Tendes enfermos entre vós? Trazei-os aqui. Há entre vós coxos ou
cegos ou aleijados ou mutilados ou leprosos ou atrofiados ou surdos
ou pessoas que estejam aflitas de algum modo? Trazei-os aqui e eu os
curarei, porque tenho compaixão de vós; minhas entranhas estão
cheias de misericórdia.” (3 Néfi 17:6–7)
Como professora na Igreja, você tem excelentes oportunidades de
mostrar compaixão. Embora não sejam treinadas para dar assistência
profissional aos membros portadores de alguma deficiência, as
professoras devem procurar compreender a situação e incluir essas
pessoas nas atividades de aprendizado. Os membros da classe com
deficiências mentais, físicas, emocionais ou qualquer outro tipo de
problema podem precisar de atenção especial. As diretrizes a seguir
devem ajudá-la:
     Procure entender as necessidades de cada membro da classe e
     descubra quais são suas aptidões.
 Antes de designar uma irmã para ler, orar ou participar de qualquer
 atividade, verifique se ela se sente à vontade para fazê-lo. Pergunte,
 por exemplo: “Você se incomodaria em ler uma escritura ou citação
vi
Introdução

 para nós durante a aula?”, “Posso chamá-la para fazer uma oração
 na classe?” Se achar conveniente, converse com os líderes do
 sacerdócio, com os pais e familiares da pessoa deficiente sobre suas
 necessidades especiais.
 Tente aumentar e melhorar a participação e aprendizado da pessoa
 deficiente.
 Faça com que todos os membros da classe se tratem com respeito.
 Seja natural, simpática e afetuosa. Toda filha de Deus precisa de
 amor e compreensão.
Como professora na Igreja, lembre-se de que não importa a capacidade
física, mental, emocional ou social que a pessoa tenha, pois todo
membro da Igreja possui um potencial a ser desenvolvido que o levará
à exaltação. É seu dever ajudar cada indivíduo de sua classe a
aprender os princípios do evangelho. Lembre-se das palavras do
Salvador: “(…) quando o fizestes a um destes meus pequeninos
irmãos, a mim o fizestes”. (Mateus 25:40)




                                                                     vii
viii
O CRISTO VIVO
               O TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS
   A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS
Ao comemorarmos o nascimento de Jesus Cristo,       dando início à prometida “dispensação da
ocorrido há dois mil anos, oferecemos nosso         plenitude dos tempos”. (Efésios 1:10)
testemunho da realidade de Sua vida
incomparável e o infinito poder de Seu grande       A respeito do Cristo Vivo, o Profeta Joseph
sacrifício expiatório. Ninguém mais exerceu uma     escreveu: “Seus olhos eram como uma labareda de
influência tão profunda sobre todos os que já       fogo; os cabelos de sua cabeça eram brancos como
viveram e ainda viverão sobre a face da Terra.      a pura neve; seu semblante resplandecia mais do
                                                    que o brilho do sol; e sua voz era como o ruído de
Ele foi o Grande Jeová do Velho Testamento e o      muitas águas, sim, a voz de Jeová, que dizia:
Messias do Novo Testamento. Sob a direção de
Seu Pai, Ele foi o criador da Terra. “Todas as      Eu sou o primeiro e o último; sou o que vive,
coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do      sou o que foi morto; eu sou vosso advogado
que foi feito se fez.” (João 1:3) Embora jamais     junto ao Pai”. (D&C 110:3–4)
tivesse cometido pecado, Ele foi batizado para      A respeito Dele, o Profeta também declarou: “E
cumprir toda a justiça. Ele “andou fazendo bem”     agora, depois dos muitos testemunhos que se
(Atos 10:38), mas foi desprezado por isso. Seu      prestaram dele, este é o testemunho, último de
evangelho era uma mensagem de paz e boa             todos, que nós damos dele: Que ele vive!
vontade. Ele pediu a todos que seguissem Seu
exemplo. Ele caminhou pelas estradas da             Porque o vimos, sim, à direita de Deus; e
Palestina, curando os enfermos, fazendo com         ouvimos a voz testificando que ele é o Unigênito
que os cegos vissem e levantando os mortos. Ele     do Pai—
ensinou as verdades da eternidade, a realidade
                                                    Que por ele e por meio dele e dele os mundos
de nossa existência pré-mortal, o propósito de
                                                    são e foram criados; e seus habitantes são filhos
nossa vida na Terra e o potencial que os filhos e
                                                    e filhas gerados para Deus”. (D&C 76:22–24)
filhas de Deus têm em relação à vida futura.
                                                    Declaramos solenemente que Seu sacerdócio e
Ele instituiu o sacramento como lembrança de
                                                    Sua Igreja foram restaurados na Terra,
Seu grande sacrifício expiatório. Foi preso e
                                                    “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e
condenado por falsas acusações para satisfazer
                                                    dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal
uma multidão enfurecida, e sentenciado a
                                                    pedra da esquina”. (Efésios 2:20)
morrer na cruz do Calvário. Ele deu Sua vida
para expiar os pecados de toda a humanidade.        Testificamos que Ele voltará um dia à Terra. “E a
Seu sacrifício foi uma grandiosa dádiva vicária     glória do Senhor se manifestará, e toda a carne
em favor de todos os que viveriam sobre a face      juntamente a verá (…)” (Isaías 40:5) Ele
da Terra.                                           governará como Rei dos Reis e reinará como
                                                    Senhor dos Senhores, e todo joelho se dobrará e
Prestamos solene testemunho de que Sua vida,
                                                    toda língua confessará em adoração perante Ele.
que é o ponto central de toda a história humana,
                                                    Cada um de nós será julgado por Ele de acordo
não começou em Belém nem se encerrou no
                                                    com nossas obras e os desejos de nosso coração.
Calvário. Ele foi o Primogênito do Pai, o Filho
Unigênito na carne, o Redentor do mundo.            Prestamos testemunho, como Apóstolos Seus,
                                                    devidamente ordenados, de que Jesus é o Cristo
Ele levantou-Se do sepulcro para ser “feito as
                                                    Vivo, o Filho imortal de Deus. Ele é o grande Rei
primícias dos que dormem”. (I Coríntios 15:20)
                                                    Emanuel, que hoje Se encontra à direita de Seu
Como Senhor Ressuscitado, Ele visitou aqueles
                                                    Pai. Ele é a luz, a vida e a esperança do mundo.
que havia amado em vida. Ele também
                                                    Seu caminho é aquele que conduz à felicidade
ministrou a Suas “outras ovelhas” (João 10:16)
                                                    nesta vida e à vida eterna no mundo vindouro.
na antiga América. No mundo moderno, Ele e
                                                    Graças damos a Deus pela incomparável dádiva
Seu Pai apareceram ao menino Joseph Smith,
                                                    de Seu Filho divino.

A PRIMEIRA PRESIDÊNCIA                              QUÓRUM DOS DOZE




1º de janeiro de 2000


                                                                                                    ix
A FAMÍLIA

            PROCLAMAÇÃO AO MUNDO
      A PRIMEIRA PRESIDÊNCIA E O CONSELHO DOS DOZE APÓSTOLOS DE
          A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

N ós, a Primeira Presidência e o Conselho      Senhor.” (Salmos 127:3) Os pais têm o
dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus        sagrado dever de criar os filhos com amor
Cristo dos Santos dos Últimos Dias,            e retidão, atender a suas necessidades
solenemente proclamamos que o                  físicas e espirituais, ensiná-los a amar e
casamento entre homem e mulher foi             servir uns aos outros, guardar os
ordenado por Deus e que a família é            mandamentos de Deus e ser cidadãos
essencial ao plano do Criador para o           cumpridores da lei, onde quer que morem.
destino eterno de Seus filhos.                 O marido e a mulher—o pai e a mãe—
                                               serão considerados responsáveis perante
TODOS OS SERES HUMANOS—homem                   Deus pelo cumprimento dessas obrigações.
e mulher—foram criados à imagem de
Deus. Cada indivíduo é um filho (ou filha)     A FAMÍLIA foi ordenada por Deus. O
gerado em espírito por pais celestiais que o   casamento entre o homem e a mulher é
amam e, como tal, possui natureza e            essencial para Seu plano eterno. Os filhos
destino divinos. O sexo (masculino ou          têm o direito de nascer dentro dos laços
feminino) é uma característica essencial da    do matrimônio e de ser criados por pai e
identidade e do propósito pré-mortal,          mãe que honrem os votos matrimoniais
mortal e eterno de cada um.                    com total fidelidade. A felicidade na vida
                                               familiar é mais provável de ser alcançada
NA ESFERA PRÉ-MORTAL, os filhos e              quando fundamentada nos ensinamentos
filhas que foram gerados em espírito           do Senhor Jesus Cristo. O casamento e a
conheciam e adoravam a Deus como seu           família bem-sucedidos são estabelecidos e
Pai Eterno e aceitaram Seu plano, segundo      mantidos sob os princípios da fé, da
o qual Seus filhos poderiam obter um           oração, do arrependimento, do respeito,
corpo físico e adquirir experiência terrena    do amor, da compaixão, do trabalho e de
a fim de progredirem rumo à perfeição,         atividades recreativas salutares. Segundo o
terminando por alcançar seu destino            modelo divino, o pai deve presidir a
divino como herdeiros da vida eterna. O        família com amor e retidão, tendo a
plano divino de felicidade permite que os      responsabilidade de atender às
relacionamentos familiares sejam               necessidades de seus familiares e protegê-
perpetuados além da morte. As                  los. A responsabilidade primordial da mãe
ordenanças e os convênios sagrados dos         é cuidar dos filhos. Nessas atribuições
templos santos permitem que as pessoas         sagradas, o pai e a mãe têm a obrigação de
retornem à presença de Deus e que as           ajudar-se mutuamente, como parceiros
famílias sejam unidas para sempre.             iguais. Enfermidades, falecimentos ou
O PRIMEIRO MANDAMENTO dado a                   outras circunstâncias podem exigir
Adão e Eva por Deus referia-se ao              adaptações específicas. Outros parentes
potencial de tornarem-se pais, na condição     devem oferecer ajuda quando necessário.
de marido e mulher. Declaramos que o           ADVERTIMOS que as pessoas que violam
mandamento dado por Deus a Seus filhos,        os convênios de castidade, que maltratam o
de multiplicarem-se e encherem a Terra,        cônjuge ou os filhos, ou que deixam de
continua em vigor. Declaramos também           cumprir suas responsabilidades familiares,
que Deus ordenou que os poderes sagrados       deverão um dia responder perante Deus
de procriação sejam empregados somente         pelo cumprimento dessas obrigações.
entre homem e mulher, legalmente casados.      Advertimos também que a desintegração
DECLARAMOS que o meio pelo qual a              da família fará recair sobre pessoas,
vida mortal é criada foi estabelecido por      comunidades e nações as calamidades
Deus. Afirmamos a santidade da vida e          preditas pelos profetas antigos e modernos.
sua importância no plano eterno de Deus.       CONCLAMAMOS os cidadãos e
O MARIDO E A MULHER têm a solene               governantes responsáveis de todo o mundo
responsabilidade de amar-se mutuamente         a promoverem as medidas designadas para
e amar os filhos, e de cuidar um do outro e    manter e fortalecer a família como a
dos filhos. “Os filhos são herança do          unidade fundamental da sociedade.


x
DECLARAÇÃO DA SOCIEDADE DE SOCORRO



                        S    omos
    amadas filhas espirituais de Deus, e nossa vida tem
     significado, propósito e direção. Como irmandade
  mundial, somos unidas em nossa devoção a Jesus Cristo,
 nosso Salvador e Exemplo. Somos mulheres de fé, virtude,
                     visão e caridade e:


   Aumentamos nosso testemunho de Jesus Cristo por
        meio da oração e do estudo das escrituras.


     Buscamos força espiritual seguindo os sussurros
                    do Espírito Santo.


   Dedicamo-nos ao trabalho de fortalecer o casamento,
                     a família e o lar.


    Consideramos nobre a maternidade e somos felizes
                  por sermos mulheres.


  Deleitamo-nos no serviço ao próximo e nas boas obras.

            Amamos a vida e o aprendizado.

            Defendemos a verdade e a retidão.

      Apoiamos o sacerdócio como a autoridade de
                      Deus na Terra.


      Regozijamo-nos com as bênçãos do templo,
  compreendemos nosso destino divino e esforçamo-nos
              para alcançar a exaltação.



                                                            xi
Manual basico mulher sud Parte A
PRINCÍPIOS E
DOUTRINAS DO
 EVANGELHO
FÉ EM JESUS CRISTO
                               Lição 1




O propósito desta lição é fortalecer nossa fé em Jesus Cristo.
O que É Fé?
“(…) Fé não é ter um perfeito conhecimento das coisas; portanto, se
tendes fé, tendes esperança nas coisas que se não vêem e que são
verdadeiras.” (Alma 32:21)
    O que é fé? Como vocês têm exercido fé?
Devemos Conhecer a Verdade
Para desenvolvermos fé em Jesus Cristo, devemos saber quem Ele
realmente é. Não podemos ter fé Nele, se não soubermos coisa alguma
a Seu respeito. Não podemos ter fé no Senhor, a menos que o que
saibamos sobre Ele seja verdadeiro.
Poucas pessoas na Terra viram o Salvador. A maioria de nós nunca O
verá nesta vida mortal; temos, porém, o privilégio e a obrigação de
aprender a verdade sobre Ele. Podemos conhecê-Lo realmente pelo
testemunho do Espírito. Esse conhecimento nos ajudará a confiar no
Senhor, obedecer-Lhe e ter a certeza de que Ele nos ajudará e fará por
nós muito mais do que poderíamos fazer por nós mesmas.
    Por que é importante que tenhamos idéias corretas a respeito de
    Cristo?
“Ora, sem fé, é impossível agradar-lhe (Deus); porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é
galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6)
Por essa escritura, aprendemos que, para agradar a Deus, (1) temos
que ter fé Nele, (2) crer que Ele existe e (3) crer que nos responderá,
quando tentarmos sinceramente conhecê-Lo e conseguir Sua ajuda.
    Peça às irmãs que expliquem de que forma o aprendizado dos
    verdadeiros princípios do evangelho trouxe-lhes paz ou felicidade.




2
1-a, Uma mulher estudando as escrituras para aprender sobre Jesus Cristo




                                                                           3
1-b, Os missionários ensinam o evangelho às pessoas do mundo todo




4
Lição 1

 Mostre as gravuras 1-a, “Uma mulher estudando as escrituras para
 aprender sobre Jesus Cristo”; 1-b, “Os missionários ensinam o
 evangelho às pessoas do mundo todo” e 1-c, “Uma família
 estudando as escrituras”.
Devemos estudar as escrituras e escutar os testemunhos dos servos de
Deus aqui na Terra para aprender a verdade sobre Jesus Cristo e Seu
evangelho. Se formos humildes, sinceras e fervorosas, poderemos saber
por nós mesmas que Ele é o Filho Unigênito do Pai Celestial, que Ele
vive hoje, e que ama cada uma de nós, independentemente de nossa
imperfeição. Podemos aprender que Ele conhece toda a verdade e que
revelará essa verdade àqueles que se esforçarem para encontrá-la.
Podemos aprender que Ele é um Deus justo que precisa punir os
iníquos, mas que é também misericordioso para com aqueles que se
arrependem. Podemos chegar ao conhecimento de que Ele pagou por
nossos pecados e trouxe a ressurreição para todos. Nossa fé em Jesus
Cristo crescerá quando essas verdades penetrarem em nosso coração e
as dúvidas e temores começarem a desaparecer.
 De que forma o estudo das escrituras nos ajuda a substituir a dúvida
 e o temor pela fé? Que outras coisas nos ajudam a edificar a nossa fé?
 Peça a algumas irmãs que falem brevemente sobre como
 desenvolveram sua fé em Jesus Cristo.
Devemos Exercer Fé
Podemos aprender a verdade por meio do estudo das escrituras, do
jejum, da oração e ouvindo o testemunho dos outros. Entretanto,
acreditar simplesmente na verdade não significa exercer fé. Existem
pessoas que acreditam que Jesus é o nosso Salvador e que o evangelho
é verdadeiro, mas não guardam os Seus mandamentos. Essas pessoas
não estão exercendo fé. A fé exige ação. Se tivermos fé, acreditaremos
que Jesus Cristo nos ajudará a encontrar meios para vivermos os Seus
mandamentos.
As escrituras nos ensinam:
“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu
próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas
veredas.” (Provérbios 3:5–6)
Néfi foi um jovem que nos deu um exemplo de fé; ele acreditava que o
Senhor haveria de ajudá-lo a guardar os mandamentos. O pai de Néfi,
instruído pelo Senhor, ordenou-lhe, bem como a seus irmãos, que
fossem buscar os registros de seu povo, que estavam com Labão, um
homem muito poderoso e iníquo, a quem muito temiam. No entanto,
ao ser-lhe pedido que cumprisse essa difícil tarefa, Néfi expressou sua

                                                                         5
1-c, Uma família estudando as escrituras




6
Lição 1

fé no Salvador, dizendo: “Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor,
porque sei que o Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens sem
antes preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser
cumpridas”. (1 Néfi 3:7)
 Por que Néfi estava disposto a obedecer ao Senhor?
Existem muitos membros da Igreja hoje em dia, tanto velhos como
jovens, que possuem fé semelhante a essa. A irmã Sachiko Hotta, de
Nagoya, Japão, contou a seguinte história:
“Antes de nos casarmos, meu marido e eu concordamos que a Igreja
era a coisa mais importante em nossa vida e que dedicaríamos nosso
tempo e talentos a seu serviço. Porém, isto se mostrou mais fácil de
dizer, do que fazer.
Depois de casados, tivemos que mudar para um apartamento bastante
longe da capela. Levávamos uma hora e meia para ir de bicicleta até a
estação, tomar o trem para a localidade seguinte e depois o ônibus até
a capela; e naturalmente, se perdêssemos o trem e tivéssemos que
esperar pelo próximo, a viagem exigiria mais de duas horas. Isso
tornava difícil para o presidente do ramo dar-nos um cargo. Além
disso, depois de estarmos casados havia três meses, meu marido
adoeceu gravemente, tendo que ser hospitalizado; então comecei a
trabalhar para nosso sustento. Todos os dias, após o trabalho, eu
visitava meu marido no hospital e depois procurava dar uma passada
na capela, mas as horas do dia simplesmente não bastavam para tal.
Isso me preocupava, e eu sabia que, se morássemos mais perto, eu
poderia ter um chamado na Igreja. Contudo, os terrenos ao redor da
capela eram muito caros, e nós nem ao menos tínhamos meios de
alugar uma moradia num bairro tão bom, quanto mais comprar algo
ali. Logicamente eu sabia que era impossível, [mas nas escrituras lemos
que quando oramos, o Senhor ouve] (Ver Lucas 18:1–5.) Por isso, eu
orava sem cessar. Não sabia como o Senhor poderia atender a um
pedido tão impossível, mas simplesmente orava. Pouco tempo depois,
meu tio, cuja casa situava-se só treze minutos da capela, subitamente
resolveu mudar-se e ofereceu-nos sua linda moradia. Eu sabia que
minha oração havia sido atendida. Ficamos tão contentes em
podermos, afinal, trabalhar na Igreja! Nessas alturas, meu marido
recebera alta do hospital , e assim, podíamos ir às reuniões.
Depois de mudarmos, a Igreja anunciou o plano de construir uma
capela em Nagoya, e todos puseram-se a trabalhar com afinco, a fim de
ganhar dinheiro para o fundo de construção. Pouco antes disso, meu
marido decidiu iniciar um negócio próprio—uma padaria. Nós
estávamos novamente com bem pouco dinheiro; havíamos investido
todas as economias no negócio, vivendo com o que eu ganhava. Não
sabíamos como poderíamos contribuir para o fundo de construção,

                                                                       7
Lição 1

ainda mais por eu estar grávida e não poder continuar trabalhando por
muito mais tempo. Embora o negócio de meu marido estivesse
progredindo, não tínhamos o suficiente para viver, pagar o fundo de
construção e nos prepararmos para a chegada do bebê. Trabalhei até
ter direito a receber o abono anual, que guardamos para as despesas
com o bebê. Era tudo o que tínhamos.
Uma noite, o presidente do ramo nos chamou e disse que faltava
apenas um pouco para completar o fundo de construção, solicitando
nossa ajuda. Nós só tínhamos o dinheiro reservado para o bebê que
estava para nascer em breve; portanto, era tudo o que tínhamos e que
poderíamos dar. Naquela noite, levamos o dinheiro ao presidente do
ramo. Era justamente a quantia para completar a quota do ramo para a
nova capela.
Depois, não nos preocupamos sobre como conseguiríamos o dinheiro
para as despesas do parto; sabíamos que o Senhor cuidaria de nós.
Naturalmente que eu me preocupava um pouquinho, mas sempre que
pensava no assunto me sentia tranqüila.
No mês seguinte, meu marido foi contratado pela Igreja para trabalhar
em regime de tempo integral como diretor dos seminários e institutos
na área de Nagoya. Nem mesmo sabíamos que existia tal emprego.
Com seu novo salário, teríamos meios suficientes para pagar as contas
do hospital quando nosso bebê nascesse. Deus diz que devemos fazer o
que pudermos e depois deixar o resto com Ele. Eu sei que isso é
verdade.” (“Two Hours from the Chapel, Ensign, agosto de 1975, p. 65.)
    Depois que a irmã Hotta orou fervorosamente para poder servir na
    Igreja, como o Senhor abençoou sua família? Como o Senhor
    abençoou o irmão e a irmã Hotta por terem dado o dinheiro
    guardado para as despesas com o bebê?
A irmã Hotta deu uma boa descrição de fé. Exercemos fé quando
fazemos tudo o que podemos para viver os princípios do evangelho
(mesmo quando isso nos pareça logicamente impossível). O Senhor
prometeu que nos ajudará, depois que fizermos nossa parte e
exercermos fé.
A Fé Se Conserva Viva por meio da Obediência
A fé é como uma planta viva que seca e morre se não a nutrirmos e
protegermos. Conservamos nossa fé viva, obedecendo aos princípios
do evangelho à medida em que os aprendemos. “A fé é um dom de
Deus dado como recompensa pela retidão pessoal.” [Bruce R.
McConkie, Mormon Doctrine, 2ª ed. (1966), p. 214.] Se começarmos a
quebrar os mandamentos de Deus, enfraqueceremos nossa fé. Satanás
emprega muitos meios para fazer-nos negligenciar os mandamentos e
enfraquecer nossa fé.


8
Lição 1




1-d, Néfi repreende a seus irmãos rebeldes


                                                  9
Lição 1

  Mostre a gravura 1-d, “Néfi repreende a seus irmãos rebeldes”.
Em 1 Néfi, lemos sobre Lamã e Lemuel, irmãos de Néfi. Seu pai, Néfi e
até mesmo anjos ensinaram-lhes muitos princípios verdadeiros, mas
eles não desenvolveram sua fé porque achavam muito difícil aceitar o
que o pai e Néfi ensinavam e, portanto, decidiram não viver segundo
esses princípios. Queixavam-se de que era difícil guardar os
mandamentos. Criticaram o pai e o irmão e não quiseram fazer o que
lhes foi ordenado, caindo rapidamente em pecado.
Néfi, ao contrário, fez tudo o que lhe foi pedido e confiou no Senhor,
que recompensou sua fé, fazendo com que muitos milagres
acontecessem em sua vida. Ele pôde construir um navio, mesmo sem
saber coisa alguma sobre construção naval. Foi-lhe dado um poder
maior, além de sua capacidade normal, e ele conseguiu derrotar os
planos iníquos de seus irmãos. Foi privilegiado com visões e falou com
um anjo de Deus. Graças à sua obediência, foi abençoado com uma fé
ainda maior. Devido à essa fé, foi abençoado com o poder de Deus
durante toda a sua vida.
Nós também podemos conservar viva a nossa fé, sendo obedientes.
Podemos nutri-la com jejum e oração, leitura das escrituras,
comparecimento às reuniões da Igreja, e obediência às coisas que nos
são pedidas por nossos líderes. Podemos manter fortalecida a nossa fé,
não criticando nem nos queixando.
  Por que as críticas e as queixas enfraquecem a nossa fé?
A nossa fé será testada. Podemos até acreditar que o Senhor não tomou
conhecimento de nossa fé e obediência. Podemos sentir que Ele está
longe, que não vê nossas dificuldades e não responde às nossas
orações. Quando passarmos por isso, é bom que compreendamos que
nossa fé está sendo testada. Se perseverarmos com paciência e
continuarmos a fazer o que é certo, teremos força para sobrepujar
nossas dificuldades e seremos recompensados por nossa fé e
obediência.
Morôni ensinou que a “(…) fé são coisas que se esperam, mas não se
vêem; portanto, não disputeis porque não vedes, porque não recebeis
testemunho senão depois da prova de vossa fé”. (Éter 12:6)
E o senhor disse: “Meu povo deve ser provado em todas as coisas a
fim de preparar-se para receber a glória que tenho para ele, sim, a
glória de Sião; e quem não suporta correção não é digno do meu
reino”. (D&C 136:31)




10
Lição 1

Conclusão
É importante que nossa fé seja nutrida por meio do jejum e da oração,
da obediência aos mandamentos de Deus, da leitura das escrituras, da
freqüência às reuniões da Igreja e do apoio aos nossos líderes. Ao
fazermos isso, adquirimos força para suportar as dificuldades da vida.
Desafio
Decida como vai fortalecer sua fé. Escreva sua decisão em um pedaço
de papel, como lembrete. Leia Alma 32:17–43 e Morôni 7:33–39 durante
a semana.
Escrituras Adicionais
• Mateus 8:5–10 (cura por meio da fé);
• Mateus 17:20 (com fé, nada é impossível);
• Marcos 9:23 (pela fé, todas as coisas são possíveis);
• Lucas 8:43–48 (cura por meio da fé);
• João 20:24–29 (bem-aventurados são aqueles que crêem);
• Romanos 10: 13–17 (para termos fé, precisamos ouvir a palavra de
  Deus);
• II Coríntios 5:6–7 (andamos pela fé);
• 1 Néfi 3 (a fé exercida por Néfi);
• 1 Néfi 4 (poder por meio da fé);
• Alma 32:17–43 (discurso de Alma sobre a fé);
• Morôni 7:33–39 (a fé é necessária para que haja milagres).


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 11, “A Vida de Cristo” e
   capítulo 18, “A Fé em Jesus Cristo”.
2. Estude 1 Néfi 3–4 e Alma 32:17–43.
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras ou citações.




                                                                       11
ARREPENDIMENTO
                             Lição 2




O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender e usar o princípio
do arrependimento.
O que Significa Arrepender-se?
Cada uma de nós está numa jornada pela vida, viajando em direção a
um destino eterno. Nessa jornada, ouvimos duas vozes nos chamando:
uma é a voz do Senhor, inspirando-nos a fazer o bem; a outra é de
Satanás, induzindo-nos a praticar o mal. Somos livres para escolher
entre as duas e agir por nós mesmas.
 Ler 2 Néfi 2:16, 27–29.
Às vezes, é fácil confundir essas duas vozes. Podemos pensar que
estamos agindo corretamente quando, na verdade, estamos sendo
enganadas. Ao aprendermos o evangelho de Jesus Cristo,
compreendemos que nem sempre escolhemos o certo e que talvez não
estejamos no caminho correto. Se continuarmos nesse caminho errado
chegaremos ao final da jornada, mas descobriremos que não estamos
no reino celestial. Pecar é sair do caminho certo. Chamamos de
arrependimento o ato de voltar a trilhar o caminho que conduz ao reino
celestial.
Jesus Cristo prometeu:
“Acontecerá que toda alma que abandonar seus pecados e vier a mim
e invocar meu nome e obedecer a minha voz e guardar meus
mandamentos verá minha face e saberá que eu sou;
E que eu sou a verdadeira luz que ilumina todo homem que vem ao
mundo.” (D&C 93:1–2)
“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas
terá a luz da vida. (…)” (João 8:12)
 O que significa andar “em trevas”? E ter “a luz da vida”?
 Mostre a gravura 2-a, “Jesus Cristo é como um farol na escuridão,
 que nos mostra o caminho para a felicidade e a vida eterna.”

12
2-a, Jesus Cristo é como um farol na escuridão, que nos mostra o caminho
                      para a felicidade e a vida eterna




                                                                           13
Lição 2

Jesus Cristo nos mostrou o caminho para chegarmos ao reino celestial e
habitarmos com Deus. Ele é como um farol na escuridão. Quando
estamos no curso certo, andamos na luz. (Ver João 8:12.) Podemos ver
o caminho certo a ser seguido. Quando nos desviamos do curso certo,
vagueamos na escuridão. Como um navio que se desviou do curso
indicado pelo farol e que navega próximo a rochedos perigosos e
águas traiçoeiras, ficamos expostos às armadilhas de pecado que
Satanás preparou para nós. Ele quer impedir-nos de alcançar o nosso
destino. A vida em pecado, porém, não nos conduz à felicidade no fim
da jornada. Quanto mais pecamos, mais poder Satanás tem sobre nós;
por isso, Jesus disse: “Todo aquele que comete pecado é servo do
pecado”. (João 8:34)
Quando cometemos pecado, Satanás fica contente, pois quer conservar-
nos em seu poder. Quando fazemos algo errado, Satanás nos diz que o
que fizemos não foi um erro, que tivemos boas razões para fazê-lo e
que estamos justificados no pecado que cometemos. (Ver 2 Néfi 28:8,
21–22.) Ele quer que digamos a nós mesmas que nosso erro não foi tão
grave assim, pois sabe que, enquanto acharmos desculpas para o
pecado, não nos arrependeremos completamente.
Jesus Cristo sabe que Satanás age desse modo; por isso Ele nos
abençoou com a luz de Cristo, às vezes chamada de consciência. A luz
de Cristo nos ajudará a ver a diferença entre o bem e o mal. (Ver
Morôni 7:15–16.) A voz do Espírito nos inspira e adverte a arrepender-
nos e voltarmos para o caminho certo.
Jacó, falando por intermédio do poder de Deus, procurou prevenir o
povo, lembrando-o de seus pecados da seguinte forma:
“Ó, meus amados irmãos, afastai-vos de vossos pecados; sacudi as
correntes daquele que vos quer amarrar firmemente; vinde ao Deus
que é a rocha de vossa salvação.
Preparai vossa alma para (…) o dia do julgamento, a fim de que não
vos encolhais com terrível medo; para que não vos lembreis claramente
de vossa horrível culpa e não sejais compelidos a exclamar: Santos,
santos são os teus julgamentos, ó Senhor Deus Todo-Poderoso—mas
conheço minha culpa; transgredi tua lei e minhas transgressões
pertencem-me; e o diabo dominou-me, de modo que sou uma presa de
sua terrível miséria.
Mas eis, meus irmãos, convém que eu vos acorde para a terrível
realidade destas coisas? Atormentaria eu a vossa alma, se vossa mente
fosse pura? Seria eu claro para convosco, com a clareza da verdade, se
estivésseis livres do pecado?
Eis que, se fôsseis santos, eu vos falaria de santidade; mas como não
sois santos e me considerais um mestre, é preciso que eu vos ensine as
conseqüências do pecado.” (2 Néfi 9:45–48)
14
Lição 2

Quando sentimos a enormidade de nosso pecado, podemos continuar
a praticá-lo ou admitir corajosamente nosso erro e corrigi-lo. Se
preferirmos continuar em pecado, Satanás nos prenderá cada vez mais,
até acabarmos perdendo todo e qualquer desejo de nos arrepender.
Quando decidimos nos arrepender, o Pai Celestial e Jesus Cristo
ajudam-nos a sobrepujar o pecado e recebemos bênçãos de alegria e
paz.
  Leia Alma 34:32–35. Por que não é prudente adiarmos o nosso
  arrependimento?
Todos Nós Precisamos de Arrependimento
  Leia Romanos 3:23.
Temos que nos arrepender das coisas que não devíamos ter feito, tais
como contar mentiras, falar mal dos outros ou tomar o nome do
Senhor em vão. Precisamos também nos arrepender por não fazer o
que devemos, como pagar o dízimo, orar freqüentemente, santificar o
Dia do Senhor, ajudar um vizinho ou cumprir uma designação.
Precisamos saber reconhecer o Espírito do Senhor quando Ele nos insta
a sobrepujar nossos erros e, depois, seguir essa inspiração.
Um jovem prestou seu testemunho: “Penso na dor que causei a meus
pais e a mim mesmo, por não compreender que o pecado não traz
felicidade. Quando terminei o segundo grau, saí de casa e comecei a
beber, fumar e usar algumas drogas. Pensei que estivesse me
divertindo, mas agora sei que minha vida se tornara miserável.
Um dia, parei e pensei: ‘E se meus pais me vissem agora? O que
pensariam?’
Comecei então a dar uma guinada em minha vida (…). Eu nunca seria
capaz de mudar minha vida, não fora por alguns bons novos amigos e
um bispo compreensivo e ainda com a ajuda do Espírito Santo. Com
toda essa ajuda, tive capacidade para me arrepender. Agora sei quão
infeliz eu era. E testifico que o arrependimento e a vida reta trazem
felicidade. E sei pela experiência que o Senhor está sempre lá, para nos
ajudar a modificar nossa vida se Lho permitirmos”. (Milagre, Hoje?, A
Liahona, julho de 1978, pp. 35–36)
Ao nos arrependermos de nossos pecados, aproximamo-nos do
caminho certo. Quando estamos no caminho que nos conduz ao reino
celestial, compreendemos que todas as leis de Deus são importantes.
Tornamo-nos mais parecidos com Jesus Cristo e passamos a ver o
pecado como Ele o vê. Não podemos olhar o pecado com o mínimo
grau de tolerância. (Ver D&C 1:31.) Em outras palavras, não podemos
tolerar o pecado de nenhuma forma. Esse é o nosso objetivo. Embora
não sejamos perfeitos, devemos lembrar-nos dessa nossa meta e
esforçar-nos por atingi-la.

                                                                      15
Lição 2

• Leia Éter 12:27.
Se formos humildes e orarmos, pedindo ao Senhor que nos mostre
nossas fraquezas e pecados, Ele o fará. Por intermédio do
arrependimento, o Senhor também nos dará forças para sobrepujá-los.
O Verdadeiro Arrependimento Traz o Perdão
Quando compreendemos que todos os nossos pecados são
abomináveis à vista de Deus, sentimo-nos contristados. (Ver II
Coríntios 7:10.) Não conseguimos lembrar-nos deles, sem sentir as
dores da culpa e do arrependimento. Eles nos pesam e se tornam uma
carga difícil de ser carregada; começamos então a sentir, em pequena
proporção, o grande sofrimento de Jesus Cristo, quando padeceu e
morreu por nós. (Ver Alma 36:12–13.)
  Mostre a gravura 2-b, “Cristo orando no Jardim do Getsêmani.”
Como devemos sentir-nos agradecidos por não termos que carregar
para sempre essa carga! Por meio do arrependimento, podemos livrar-
nos do peso do pecado. Jesus Cristo, graças ao grande amor que sente
por nós, sofreu, sangrou e morreu por nossos pecados, para que não
tenhamos que sofrer o mesmo, se nos arrependermos. (Ver Princípios do
Evangelho, capítulo 12, “A Expiação”.)
  Mostre a gravura 2-c, “Cristo expiou por nossos pecados sob
  condição de arrependimento”.
Jesus disse:
“Pois eis que eu, Deus, sofri essas coisas por todos, para que não
precisem sofrer caso se arrependam;
Mas se não se arrependerem, terão que sofrer assim como eu sofri;
Sofrimento que fez com que eu, Deus, o mais grandioso de todos,
tremesse de dor e sangrasse por todos os poros; e sofresse, tanto no
corpo como no espírito (…)”. (D&C 19:16–18)
A fim de arrepender-nos, devemos seguir um certo processo, explicado
em Princípios do Evangelho, capítulo 19, pp. 123–126.
Mostre a gravura 2-d. “Os passos para o arrependimento levam-nos da
tristeza à alegria de guardar os mandamentos.”
  Fale sobre os sete passos do arrependimento mencionados no
  capítulo 19 de Princípios do Evangelho. Se possível, deixe que as irmãs
  participem. Faça um cartaz ou escreva no quadro-negro a seguinte
  lista:




16
2-b, Cristo orando no Jardim do Getsêmani




                                            17
2-c, Cristo expiou por nossos pecados sob condição de arrependimento




18
Lição 2


 1. Reconhecer o pecado;
 2. Sentir tristeza por tê-lo praticado;
 3. Abandoná-lo:
 4. Confessá-lo;
 5. Fazer a devida compensação;
 6. Perdoar os outros;
 7. Guardar os mandamentos de Deus.

Por ter pago por nossos pecados, Jesus Cristo tem o poder de perdoá-
los. Quando seguimos esse processo de arrependimento, o Salvador
nos promete o perdão de nossos pecados e não Se lembrará mais deles.
  Leia Doutrina e Convênios 58:42.
Por meio do arrependimento, tornamo-nos limpos e puros novamente;
podemos lembrar o que fomos e recordar nossos pecados, sem nos
sentirmos tristes. Ao contrário, sentimo-nos em paz. Um missionário
contou uma história que ilustra o perdão que cada um de nós pode
receber, quando se arrepende verdadeiramente.
Uma jovem senhora que estava para ser batizada, duvidava que o
arrependimento dos seus pecados da juventude fosse aceitável perante
o Senhor. Ela continuou a orar pela confirmação de que havia sido
perdoada. Logo depois do batismo, foi-lhe conferido o dom do Espírito
Santo. O élder que fez a ordenança disse:
“Ao lhe dizer que recebesse o Espírito Santo, e tendo as mãos sobre
sua cabeça, senti que algo como um choque elétrico passava pelo corpo
dela. Fiquei mudo durante alguns momentos, mas em seguida me
recompus e terminei a oração. Como é costume na Igreja, estendi a
mão para felicitá-la, mas parecia que ela estava em estado de choque
ou em transe. Seus olhos estavam fechados e lágrimas corriam por sua
face. Ela ficou nesse estado durante uns cinco minutos quando,
subitamente sacudiu a cabeça, levantou-se e foi sentar-se no seu lugar.
Naturalmente fiquei muito curioso com a sua reação pouco comum
enquanto estava sendo confirmada, e mais tarde perguntei-lhe o que
havia acontecido. Ela respondeu-me que o sentimento mais lindo, puro
e doce tinha tomado conta de seu corpo—um espírito lindo, vivificante
e purificador, que ela nunca experimentara antes em toda a sua vida.
Os resultados dessa experiência foram surpreendentes. No prazo de
três dias, sua expressão facial mudou. Até mesmo os seus traços se
tornaram mais refinados e suaves, e os olhos mais doces. O élder disse:
‘Para mim e para meu companheiro, foi um grande testemunho ver

                                                                     19
2-d, Os passos para o arrependimento levam-nos da tristeza à alegria
                         de guardar os mandamentos




20
Lição 2

como o Espírito do Senhor pode mudar uma pessoa verdadeiramente
arrependida, tanto espiritual quanto fisicamente, transformando-a num
ser humano muito mais belo e encantador. O poder purificador do
Espírito Santo no batismo é real”’. [Ver “Cleansed at Baptism”, Margie
Calhoun Jensen, comp., When Faith Writes the Story (1973), pp. 18–19.]
Essa é uma história edificante sobre como o poder do Espírito do
Senhor pode purificar-nos. Embora sejam poucos os que passam por
essa experiência, todos nós podemos sentir essa mesma agradável
sensação de limpeza.
Conclusão
Usamos o princípio do arrependimento durante toda a nossa vida para
livrar-nos do pecado e corrigir o caminho que tomamos em direção ao
reino celestial. É uma grande bênção saber que, quando nos
arrependemos verdadeiramente, o Senhor nos perdoa e não Se lembra
mais de nossos pecados.
Desafio
Examine sua vida durante a semana seguinte para ver do que se pode
arrepender. Leia Mosias 27 e Alma 36. Estude o capítulo 19 de
Princípios do Evangelho.
Escrituras Adicionais
  II Coríntios 7:8–11 (o sofrimento pelos pecados traz o
  arrependimento);
  I João 1:8–9 (todos nós pecamos);
  Enos 1:1–8 (os pecados são perdoados por meio da fé);
  Mosias 26:29–31 (confessar nossos pecados e perdoar o nosso
  próximo);
  Doutrina e Convênios 42:18–29 (guardar os mandamentos).


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 12, “A Expiação”, e o
   capítulo 19, “Arrependimento”.
2. Estude Mosias 27 e Alma 36.
3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro.
4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras ou citações
   da lição.


                                                                        21
BATISMO: UM
       CONVÊNIO PERENE
                             Lição 3




O propósito desta lição é encorajar-nos a continuar vivendo os
convênios feitos durante o batismo.
O Batismo É um Novo Começo
O Pai Celestial deseja que todos nós tenhamos fé Nele e em Seu Filho,
Jesus Cristo e que nos arrependamos de nossos pecados. Depois de
arrependermos, somos batizados na Sua Igreja. O batismo é necessário
para a nossa salvação, mas isso, em si, não é suficiente. Com o batismo,
começamos um novo modo de vida, mas devemos continuar a
progredir até alcançar a perfeição.
O profeta Alma perguntou a seu povo, depois de haverem sido
batizados: “Haveis nascido espiritualmente de Deus? Haveis recebido
sua imagem em vosso semblante? Haveis experimentado esta poderosa
mudança em vosso coração?” (Alma 5:14) Sentimos alguma mudança
em nosso coração e um renascimento do espírito? Devemos procurar
sentir isso depois de nosso batismo na Igreja de Jesus Cristo.
O batismo foi o início da “poderosa mudança” pela qual todos nós
devemos passar a fim de voltar à presença do Pai Celestial. (Ver Alma
5:13–14 e Mosias 5:7–9.) Ao cumprirmos nossos convênios, nossos
desejos e ações mudam e tornamo-nos cada vez mais semelhantes ao Pai
Celestial. Ao sermos batizados, somos imersos na água. As escrituras
comparam esse gesto a um sepultamento, como se estivéssemos
deixando para trás a nossa vida antiga. (Ver Romanos 6:4; D&C 76:51.)
Quando saímos da água, estamos limpos de nossos pecados e iniciamos
uma vida nova. Essa vida nova começa com um acordo perpétuo com
Deus e, se fizermos nossa parte, Ele fará a Dele. Se formos obedientes,
Ele nos ajudará a mudar e nos guiará de volta à Sua presença.
Muitas pessoas gozam de um sentimento de espiritualidade quando
são batizadas. Um membro descreveu esse sentimento da seguinte
maneira: “Nunca esquecerei a emoção que senti dentro da alma; estar
limpo, para começar de novo como filho de Deus (…). Foi um
sentimento maravilhoso! [Citado por Hartman e Connie Rector, No
More Strangers, 4 vols. (1971–1990), 3:175.]

22
3-a, Um jovem sendo batizado




                               23
Lição 3

O batismo representa uma importante mudança dentro de nós. Graças
ao arrependimento, o batismo nos purificou e recebemos a
oportunidade de iniciar uma vida nova. Devemos relembrar o
sentimento de limpeza e segurança que experimentamos no batismo.
 Peça a uma ou duas irmãs que contem como se sentiram quando
 foram batizadas. Pergunte-lhes por que mudança passou sua vida
 desde o batismo.
Nosso Convênio Batismal
  Mostre a gravura 3-a, “Um jovem sendo batizado”.
Um convênio é um acordo ou promessa feito entre duas ou mais
pessoas. No batismo, fizemos um importante convênio com Deus. O
Presidente Spencer W. Kimball disse: “Ser batizado é firmar um
convênio (…) com Deus (…) de fazer (…) de proporcionar retidão,
assim como de evitar o mal”. [O Milagre do Perdão (1969) reimpresso
em 1999, pp. 94–95]
  Peça aos membros da classe que leiam Doutrina e Convênios 20:37.
  De acordo com essa escritura, quais são os requisitos para o batismo?
  Dê tempo às irmãs para responderem. Em seguida, mostre um cartaz
  com a lista a seguir ou escreva os itens no quadro-negro:

 1. Ser humilde;
 2. Ter um coração quebrantado e um espírito contrito;
 3. Testemunhar que estamos prontos para tomar sobre nós
    o nome de Jesus Cristo;
 4. Mostrar determinação de servir a Jesus Cristo até o fim.

   O que significa tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo?
Tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo significa sermos chamados de
filhos de Cristo. (Ver Mosias 5:7–8.) Quando tomamos sobre nós o
nome de alguém, assumimos uma responsabilidade em relação à ela.
Assim como assumimos uma responsabilidade para com a família cujo
nome levamos, assumimos uma responsabilidade para com Jesus
Cristo quando tomamos sobre nós o Seu nome. Devemos tentar viver
como Ele vive.
  Mostre a gravura 3-d, “Uma jovem renovando seu convênio
  batismal, tomando o sacramento.”Peça aos membros da classe que
  leiam Doutrina e Convênios 20:77.
Renovamos nossos convênios batismais por meio dos convênios feitos
ao partilharmos do sacramento. Quando somos fiéis aos convênios de
recordar Jesus Cristo e guardar Seus mandamentos, recebemos a
promessa de uma bênção.


24
3-b, Uma jovem renova seu convênio batismal, partilhando do sacramento.




                                                                          25
Lição 3

 O que o Pai Celestial promete àqueles que são fiéis a esses
 convênios? De que forma o fato de termos o Seu Espírito conosco
 pode ajudar-nos a servi-Lo e a guardar os Seus mandamentos?
Nosso Progresso Depois do Batismo
O evangelho de Jesus Cristo ensina que o batismo é apenas o início.
Mas não é suficiente sermos apenas batizados. Depois disso, devemos
fazer muitas coisas que nos ajudarão a alcançar a vida eterna.
  Peça a um membro da classe que leia Morôni 6:4–9. Quais são as
  nossas obrigações depois do batismo? Dê tempo às irmãs para
  responderem. Em seguida, mostre um cartaz com os itens
  relacionados abaixo ou escreva-os no quadro-negro.

 1. Orar ao Pai Celestial;
 2. Jejuar por necessidades especiais;
 3. Assistir às reuniões da Igreja e participar delas;
 4. Tomar regularmente o sacramento;
 5. Preocupar-nos com o bem-estar alheio;
 6. Arrepender-nos de nossos pecados;
 7. Seguir a orientação do Espírito Santo.

  Peça aos membros da classe que examinem a lista do quadro-negro e
  façam a si mesmos a seguinte pergunta: Em que preciso melhorar
  para ser fiel aos meus convênios batismais?
Quando somos batizadas, começamos a renascer espiritualmente e
devemos continuar nessa nova vida, fazendo as coisas enumeradas por
Morôni. Porém, ao cumprir nossos deveres, ou seja, ao cuidarmos de
nossa família e lar, ao freqüentarmos a escola e executarmos nossas
atividades diárias, vemo-nos envolvidas nos problemas do cotidiano e
às vezes esquecemos nossos convênios.
Às vezes cometemos erros. Precisamos então nos arrepender para
sermos fiéis àquilo que prometemos no batismo. Quando admitimos
abertamente que pecamos e nos arrependemos (ver a lição 2,
“Arrependimento”), progredimos novamente no caminho da perfeição.
Quando procuramos honestamente a inspiração do Espírito Santo por
meio da oração, recebemos orientação para sobrepujar nossos erros e
evitamos repeti-los no futuro.
 Como podemos aumentar nossa espiritualidade e ser fiéis aos
 convênios feitos no batismo?
O Caminho da Perfeição
Será que chegaremos a cumprir completamente os convênios feitos no
batismo? Talvez, não nesta vida, mas devemos continuar a nos

26
Lição 3

aperfeiçoar, mudando os hábitos maus por bons. O Presidente Spencer
W. Kimball disse: “O caminho da perfeição parece constituir-se de uma
mudança de vida: Substituir o mal pelo bem, em todos os casos. Essas
mudanças podem ser feitas, se cuidarmos de um item de cada vez. (…)
Se pagamos um décimo de nosso salário anualmente, somos perfeitos
na lei do dízimo. Não é difícil aperfeiçoar-nos na eliminação do hábito
de praguejar; se fecharmos nossa boca sempre que estivermos para
pronunciar palavras sujas ou irreverentes, estaremos no caminho da
perfeição no que se refere a esse assunto. Se estudarmos as escrituras
com razoável devoção, também nisso estaremos nos aproximando da
perfeição”. [“Be Ye Therefore Perfect”, Speeches of the Year 1974 (1975),
pp. 241–242]
O profeta Néfi disse que devemos “prosseguir” e “perseverar até o
fim”. O Senhor nos prometeu a vida eterna junto com Ele, se
mostrarmos nosso amor por meio da obediência e fidelidade aos
convênios batismais. (Ver 2 Néfi 31:19–21.) A verdadeira felicidade
neste mundo e alegria eterna após a morte são as recompensas de
todos os que vivem os convênios feitos com o Salvador.
O Presidente Joseph Fielding Smith explicou isso da seguinte maneira:
“Um dos grandes propósitos da igreja verdadeira é o de ensinar aos
homens o que devem fazer depois do batismo, para ganhar a bênção
plena do evangelho. (…)
Devemos perseverar até o fim; devemos guardar os mandamentos
depois de sermos batizados; (…) Devemos viver para adquirir os
atributos da divindade e ser o tipo de pessoa que poderá desfrutar da
glória e das maravilhas do reino celestial”. (“The Plan of Salvation”,
Ensign, novembro de 1971, p.5)
Uma ex-freira católica que se filiou à Igreja, explicou o que o batismo
significou para ela:
“Tudo o que eu vi e ouvi na Igreja me impressionou muito, muito
mesmo. O carinho e amor, bem como a grande preocupação que os
membros tinham uns pelos outros, fizeram-me compreender que essa
religião devia ter algo especial. (…)
Compreendi então que estava na igreja errada e que a Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a única verdadeira sobre a Terra.
Compreendi também que tinha que pertencer a ela. (…)
Não foi fácil a transição da minha vida antiga para a presente, mas o que
me sustentou durante a experiência toda foi e é a renovação semanal dos
meus convênios batismais na reunião sacramental—meu convênio de
tomar sobre mim o nome do Salvador, de sempre lembrar-me Dele e de
guardar os Seus mandamentos, e o convênio do Senhor, por sua vez, de
que, se eu honrar tais promessas, Seu Espírito estará sempre comigo. (…)
Depois lembro do meu batismo e imersão total na água. Para mim ele
simboliza a morte para o egoísmo e para o pecado e o ressurgimento
                                                                      27
Lição 3

para uma vida nova, como filha de Deus. O batismo também, penso
eu, simboliza a maneira como o Pai Celestial quer que vivamos:
sobrepujando o egoísmo e lutando contra a tentação. Dessa maneira,
nós “morremos” para nós mesmos e para o pecado, e ressuscitamos,
progredindo diariamente no caminho que nos leva à presença do Pai.
Em seguida, renovo silenciosamente o meu convênio de tomar sobre
mim o nome de Jesus Cristo, dizendo-Lhe que renovo a promessa de
aceitá-Lo, de aceitar os princípios do evangelho e Seus ensinamentos, de
aceitar a Igreja e apoiar o profeta e as outras autoridades gerais, as
únicas divinamente comissionadas para nos guiar no nome de Deus. Em
minha oração silenciosa, eu acrescento que renovo o convênio de sempre
lembrar-me Dele para, por exemplo, pedir Sua presença, especialmente
durante o dia, nos momentos de tentação ou dificuldade. Finalmente
renovo o convênio de guardar os Seus mandamentos, sabendo que, se
assim fizer fielmente, terei o Seu Espírito comigo”. (Citado por Hartman
e Connie Rector em No More Strangers, 4 vols. [1971–1990] 3:154, pp. 154,
157 e 159.)
Conclusão
Por ocasião do batismo, inicia-se uma “mudança de coração” em nós.
Fizemos convênios de tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo e de
guardar Seus mandamentos e, ao tentarmos fazer essas coisas
diariamente, teremos o Seu Espírito conosco. Seu Espírito nos ajudará a
nos tornarmos parecidas com Ele.
Desafio
Examine como tem sido sua vida desde o batismo. Pense nas
perguntas feitas em Alma 5:26–31. Se você necessita melhorar, comece
hoje mesmo, arrependendo-se e corrigindo o que estiver errado.
Escrituras Adicionais
• Gálatas 3:27–29 (somos um em Cristo por meio do batismo);
• I Pedro 3:21 (o batismo e a ressurreição);
• Doutrina e Convênios 27:2 (partilharmos do sacramento)


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 20, “Batismo”;
2. Examine a lição 2 deste manual, “Arrependimento”;
3. Prepare os cartazes sugeridos na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro.
4. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações
   da lição.


28
O DOM DO ESPÍRITO
          SANTO
                             Lição 4




O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender as grandes
bênçãos advindas do dom do Espírito Santo.
Por que Temos Necessidade do Espírito Santo
Antes de sermos batizadas e confirmadas membros da Igreja, o
Espírito Santo nos visitava esporadicamente. Por exemplo: quando
fomos ensinadas pelos missionários, o Espírito Santo fez com que nos
sentíssemos bem ao ouvir a mensagem do evangelho, ajudou-nos a
compreendê-lo e aceitá-lo. Não tivemos, porém, o privilégio de
partilhar de Seu companheirismo constante, a não ser depois de termos
sido batizadas e confirmadas. Nessa ocasião foi-nos concedido o dom
do Espírito Santo pelo poder do Sacerdócio de Melquisedeque.
O Espírito Santo é um dos maiores dons que podemos receber aqui na
Terra. O Presidente Lorenzo Snow disse que “a partir do momento em
que recebemos o dom do Espírito Santo, temos um amigo conosco.
(Conference Report, outubro de 1899, p. 52)
 Por que o Espírito Santo é um companheiro desejável?
 Mostre a gravura 4-a, “Uma jovem sendo confirmada membro da
 Igreja e recebendo o Espírito Santo pela imposição das mãos”.
 Peça aos membros da classe que leiam João 14:16–17, 26 e 16:13.
 Quais são algumas das razões por que necessitamos de que o
 Espírito Santo seja nosso companheiro? Dê tempo às irmãs para que
 respondam à pergunta. Em seguida, mostre um cartaz com as lista a
 seguir ou escreva as informações no quadro-negro.

 1. Ele nos ajuda a ensinar o evangelho;
 2. Ajuda-nos a lembrar das coisas;
 3. Protege-nos do mal;
 4. Ele nos previne quando estamos em perigo;
 5. Ele nos diz todas as coisas que devemos fazer;
 6. Tem poder de purificar e santificar.

                                                                  29
4-a, Uma jovem sendo confirmada membro da Igreja e
                  recebendo o Espírito Santo




30
Lição 4

O Élder LeGrand Richards fez a seguinte declaração: “Preferiria que
meus filhos e os filhos de meus filhos desfrutassem da companhia do
Espírito Santo, mais do que qualquer outra companhia neste mundo
porque, se derem ouvidos aos sussurros desse Espírito, Ele os
conduzirá a toda a verdade e os ajudará a voltar em segurança à
presença do Pai Celestial”. (Conference Report, abril de 1966, p. 112;
Improvement Era, junho de 1966, p. 540.)
O Espírito Santo é um companheiro muito desejável e devemos fazer
todo o possível para tê-lo como nosso amigo e companheiro.
  Leia 2 Néfi 32:5. O que essa escritura nos ensina a respeito da
  companhia do Espírito Santo? De que outra forma o Espírito Santo é
  um companheiro desejável?
Como Conservar o Espírito Santo Conosco
Para conservar o Espírito Santo conosco precisamos guardar os
mandamentos. Cada vez que participamos do sacramento,
prometemos obedecer aos mandamentos. Se formos fiéis à nossa
promessa, o Senhor nos prometeu que poderemos ter “sempre (…) O
seu Espírito” conosco. (Ver D&C 20:77.)
O Senhor também nos pediu que nos conservássemos moralmente
limpos. Disse-nos que nosso corpo é um templo. Se conservarmos o
corpo limpo e puro em pensamento, conversação, vestuário e ações, o
Espírito Santo estará conosco. (Ver I Coríntios 3:16–17.) Devemos evitar
todo e qualquer tipo de pecado, inclusive a aparência do mal.
O Espírito Santo é capaz de se ofender com coisas que podem parecer-
nos “pequenas”. Em 3 Néfi 11:29, aprendemos que as contendas são do
diabo. As contendas ou discussões mostram que não estamos unidos e
não vivemos em harmonia. Se começarmos a brigar e discutir, o
Espírito Santo nos abandonará. Embora as discussões com marido,
filhos, irmãos ou irmãs não sejam um pecado sério, afastam o Espírito
Santo.
O Profeta Joseph Smith não conseguia receber inspiração do Espírito, a
menos que tivesse sentimentos corretos em relação a todas as pessoas.
Certa manhã, ele ficou aborrecido com algo que sua mulher, Emma,
havia feito. Quando Joseph tentou traduzir o Livro de Mórmon, não
conseguiu; portanto, dirigiu-se ao quintal e orou. Depois disso, voltou
e pediu perdão a Emma. Só então foi capaz de traduzir. (Ver a
declaração de David Whitmer, 15 de setembro de 1882, em B. H.
Roberts, Comprehensive History of the Church 1:31.)
Quando nossos filhos erram, não devemos perder a paciência.
Deixemos que o Espírito Santo nos guie ao corrigi-los. (Ver D&C
121:43.)


                                                                      31
Lição 4

  Quais são algumas das coisas que fazemos, que impedem o Espírito
  Santo de ser nosso companheiro? O que podemos fazer para
  conservar a sua companhia? Faça duas listas de respostas em duas
  colunas separadas no quadro-negro.
O Presidente Joseph Fielding Smith disse:
“O Espírito Santo não habita com a pessoa que não estiver disposta a
guardar os mandamentos de Deus. (…) Nessa alma a influência do
Espírito Santo não pode entrar.
Esse grande dom só nos é dado por meio da humildade, da fé e da
obediência. (…)
Vocês já pararam para pensar como é grande o privilégio de podermos
ter a companhia de um dos membros da Deidade? Vocês já pensaram
nisso dessa forma? Esse é privilégio nosso, se guardarmos os
mandamentos que o Senhor nos deu”. (“Fundamental Gospel Truths
Balance Education for Students at BYU”, Church News, 4 de novembro
de 1961, p. 14)
Como o Espírito Santo Nos Ajuda
Quando demonstramos, por meio de nossa fidelidade, que desejamos
ter o Espírito Santo por companheiro, Ele nos ajudará de diversas
maneiras.
Ele Nos Ajuda a Termos Famílias Mais Felizes
O Espírito Santo “inspira a virtude, a bondade, generosidade,
brandura, delicadeza e caridade”. (Parley P. Pratt, Key to the Science of
Theology, p. 10) Sempre que nós e os membros da família
desenvolvemos essas qualidades, há mais harmonia no lar.
Ele Nos Mostra o que Fazer
O Espírito Santo pode ajudar-nos a tomar decisões importantes e saber
o que fazer.
  Peça aos membros da classe que leiam Doutrina e Convênios 6:15 e
  8:2. Como o Espírito Santo nos mostra o que fazer?
Ele Nos Ajuda a Progredir na Igreja
O Élder Franklin D. Richards contou-nos como o Espírito Santo o
guiou: “Muitas vezes ouvi a voz mansa e delicada e os sussurros do
Espírito Santo ao me dirigir a vocês, meus irmãos, ao conferir o
sacerdócio aos homens, ao designar homens e mulheres para os cargos
da Igreja, ao abençoar os doentes, ao prestar meu testemunho aos
irmãos ou aos não membros, ao fazer um discurso e em várias outras
ocasiões”. (Conference Report, abril de 1973, p. 171–172 ou Ensign,
julho 1973, p. 117)



32
Lição 4

Ele Nos Adverte
Às vezes, o Espírito Santo nos adverte do perigo ou da tentação. O
Élder Franklin D. Richards contou sobre a experiência de um jovem pai:
“Ele foi acordado durante a noite com uma voz que lhe dizia
claramente que fosse até o andar de baixo. Obedecendo à essa voz,
encontrou na cozinha uma das paredes completamente em chamas.
Rapidamente acordou a todos e, com a ajuda de sua família, tentou
debelar o fogo, até a chegada dos bombeiros.
Não havia nenhuma dúvida em sua mente de que aquela voz era
manifestação do Espírito Santo, que protege os que vivem em
harmonia com ele.” (Conference Report, abril de 1973, p. 171 ou
Ensign, julho 1973, p. 117)
 Desde que você recebeu o dom do Espírito Santo, já teve alguma
 experiência semelhante em que o Espírito Santo a advertiu quanto a
 uma tentação ou perigo?
Ele Nos Conforta
Muitas pessoas já testificaram a respeito do o espírito consolador que
sentiram nas horas de dor ou aflição. O Espírito Santo ajudou-as a
encontrar a paz e a compreensão.
O Élder Franklin D. Richards contou a seguinte experiência: “Tive a
oportunidade de rever duas amigas que ficaram viúvas por causa de
um acidente de avião, envolvendo o marido delas. Gostariam de saber
se as encontrei em desespero ou em grande harmonia? Não,
responderia eu. Jamais achei tanta força e coragem. Ambas prestaram
testemunho de que sentiam a proteção do Espírito (…) e elas tinham
certeza de que estariam bem e que sua família teria consolo, se
permanecessem na Igreja, guardando os mandamentos do Senhor.
(Conference Report, abril de 1973, p. 171)
O Presidente Heber J. Grant contou-nos como foi que o Espírito Santo
trouxe conhecimento e consolo aos membros de sua família:
“Aproximadamente uma hora antes de minha esposa falecer, chamei
nossos filhos ao quarto e disse-lhes que sua mãe estava à morte e que
havia chegado a hora de dizer-lhe adeus. Uma das crianças, de
aproximadamente doze anos, disse-me: ‘Papai, não quero que a
mamãe morra. Estive junto com você ao lado da mamãe no hospital
(…) nos últimos seis meses; toda vez que ela se sentia mal você lhe
dava uma bênção para que ela se sentisse aliviada em sua dor e ela
calmamente dormia. Quero que você imponha as mãos sobre a cabeça
da mamãe e a cure’.
Eu disse à minha filha que todos nós temos que morrer um dia e o
meu coração estava convicto de que o seu momento chegara. Tanto a
menina quanto os outros filhos retiraram-se do quarto.
                                                                     33
Lição 4

Ajoelhei-me ao lado do leito de minha esposa (que naquele momento
já perdera a consciência) e falei ao Senhor que reconhecia Sua mão na
vida, na morte, na alegria e na tristeza, na prosperidade e na
adversidade. Agradeci-lhe por saber que minha esposa me pertenceria
por toda a eternidade. (…) Mas confessei ao Senhor que me faltavam
forças para aceitar sua morte e que esse fato abalava a fé dos meus
filhos e supliquei ao Pai, com todas as forças que possuía, (…) que Ele
desse àquela minha garotinha o conhecimento de que era intenção e
vontade Dele que sua mãe morresse.
Dentro de uma hora minha esposa faleceu e então chamei as crianças
de volta ao quarto. Meu garotinho, de aproximadamente cinco anos e
meio de idade, chorava amargamente e foi então que a menina de doze
anos o pegou pelo braço, dizendo: ‘Não chore, Heber, quando saímos
do quarto da mamãe, a voz do Senhor vinda dos céus me disse: ‘Na
morte de sua mãe será feita a vontade do Senhor’”. [Gospel Standards,
comp. G. Homer Durham (1941), p. 361]
Ele Testifica da Verdade
É por meio do Espírito Santo que recebemos nosso testemunho do
evangelho.
Uma senhora judia, interessada em aprender sobre a Igreja, dirigiu-se à
biblioteca pública e de lá tomou emprestado o livro Doutrina do
Evangelho, de Joseph F. Smith. Ao lê-lo, sentiu o forte desejo de
aprender mais e decidiu visitar a Igreja. Ela disse:
“Naquela época eu era casada, portanto, pedi a meu marido que me
levasse à Igreja Mórmon. Lembro-me claramente de que hesitei ao
entrar na capela, com receio de ver um crucifixo. Como me senti feliz
quando, ao entrar, vi uma capela cheia tão somente de pessoas
simpáticas e amigáveis. A reunião da Escola Dominical fez-me sentir
como se eu tivesse voltado para casa depois de uma longa jornada.
Depois da abertura, foi-nos dito que haveria aulas para todos e
disseram-nos que assistíssemos a uma aula que mais tarde descobri ser
chamada de classe de pesquisadores. A lição daquele domingo foi
sobre a organização da Igreja. Quando foi mencionado o ofício de
bispo, o professor explicou, talvez em deferência a meu marido e a
mim, que o bispo era como um rabi. Mais tarde, quando ele estava nos
mostrando a capela, eu lhe disse: ‘Espero que o senhor não se importe
por eu mencionar isto, mas o bispo, na sua igreja, não é, de forma
alguma, como um rabi. Um rabi é simplesmente um professor ou
mestre, enquanto seu bispo tem a autoridade de Deus’.
Fiquei totalmente surpresa ao ouvir-me dizendo aquilo, e isso foi
somente o princípio. Naquela época eu não tinha idéia da fonte do
meu conhecimento dessas coisas. Era bem verdade que eu tinha


34
Lição 4

acabado de ler o livro Doutrina do Evangelho, mas dois dias de leitura
não é tempo suficiente para absorver intelectualmente cerca de 500
páginas de novas idéias e conceitos. Mais tarde, aprendi que é o
discernimento do coração—a confirmação do Espírito—que transforma
o conhecimento em compreensão”. (Renée Pool Vorhaus, “The God of
My Fathers”, Ensign fevereiro de 1978, p. 20)
Por meio do Espírito Santo, podemos saber quando o profeta de Deus
revela a verdade. O Presidente Reuben Clark Jr. ensinou que sabemos
quando os oradores são movidos pelo Espírito Santo somente quando
nós mesmos somos movidos pelo Espírito. (Church News, 31 de julho
de 1954, p. 9) É importante vivermos de modo que o Espírito Santo seja
nosso companheiro constante e nos guie para que saibamos discernir a
verdade.
As bênçãos do Espírito Santo são reais e estão a nossa disposição,
como membros da Igreja, se as procurarmos em justiça.
Convide os membros da classe para falar sobre alguma ocasião em que
tenham sentido a companhia do Espírito Santo.
Conclusão
O dom do Espírito Santo é uma grande bênção dada àqueles que
foram confirmados membros da Igreja. Este Espírito é essencial para
que completemos nossa missão com sucesso aqui na Terra. O Espírito
Santo nos ajudará em todas as áreas de nossa vida, se formos dignas
de Seu companheirismo.
Desafio
Busque a companhia do Espírito Santo em sua vida diária. Faça uma
meta de melhorar em um ou mais dos pontos a seguir:
1. Tentar guardar todos os mandamentos;
2. Orar regularmente;
3. Demonstrar amor pelo Salvador;
4. Servir os outros;
5. Conservar pensamentos e ações puros;
6. Agradecer ao Senhor por Suas bênçãos e pelo dom do Espírito Santo.
Escrituras Adicionais
  Atos 5:32 (Espírito Santo, uma testemunha);
  1 Néfi 10:17 (ver, ouvir e saber pelo poder do Espírito Santo);
  2 Néfi 31:13 (falar a língua dos anjos depois de receber o Espírito
  Santo);


                                                                        35
Lição 4

  Doutrina e Convênios 107:56 (predizer o futuro por meio do Espírito
  Santo);
  Moisés 6:61 (o Consolador).


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 21, “O Dom do Espírito
   Santo.”
2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro.
3. Designe às irmãs a apresentação das escrituras, histórias e citações
   da lição.




36
TESTEMUNHO
                              Lição 5




O propósito desta lição é ajudar-nos a conseguir edificar e prestar
testemunho do evangelho restaurado de Jesus Cristo.
O que É um testemunho?
  Cante o hino “Eu Sei que Vive Meu Senhor”. (Ver Hinos, nº 70, ou
  Princípios do Evangelho, pp. 346-347.)
Um testemunho não vem só por meio dos nossos poderes de
raciocínio. O Presidente Spencer W. Kimball disse que “os testemunhos
são sentimentos e não meramente acumulação de fatos”. (Citado por
Margaret Hoopes, “Community and Communing: The Power of
Testemony Meeting”, Ensign, janeiro de 1978, p. 50.)
O testemunho do evangelho “é recebido quando o Espírito Santo fala
ao nosso espírito; ele surge quando os sussurros da voz mansa e suave
são ouvidos”. Vem com ‘uma certeza calma e inabalável (…).’
Três grandes verdades devem ser incluídas em todo testemunho
verdadeiro: 1. Que Jesus Cristo é o Filho de Deus e o Salvador do
mundo (D&C 46:13); 2. Que Joseph Smith é o Profeta de Deus e por
intermédio dele o evangelho foi restaurado nesta dispensação; e 3. Que
a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a única igreja
verdadeira existente sobre a face da Terra. (D&C 1:30).” [Bruce R.
McConkie, Mormon Doctrine, 2ª edição, (1966) pp. 785–786]
O Presidente Joseph F. Smith prestou o seguinte testemunho: “Queridos
irmãos e irmãs, desejo prestar-lhes meu testemunho de que sei, com toda
certeza, que esse trabalho em que estamos engajados é verdadeiro. E essa
certeza é tão grande, que tomou conta de todo o meu ser; penetrou
profundamente em meu coração e em cada fibra de minha alma, de
maneira que me apresso a dizer a esta congregação (…) que Deus me
revelou que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus Vivo, o Redentor do
mundo; que Joseph Smith é, foi, e sempre será um profeta de Deus,
ordenado e escolhido para permanecer à testa desta dispensação. (…) Eu
sei, assim como sei que vivo, que isso é verdade, e disso presto-lhes o
meu testemunho. (…) Sei que este é o reino de Deus, e que Deus o dirige;
Ele preside o Seu povo. Preside o presidente desta Igreja (…) e continuará
a presidir os líderes desta Igreja até o final dos tempos. Não permitirá

                                                                       37
Lição 5

que esse privilégio seja dado a outro povo, nem que seja entregue ao
homem. [Doutrina do Evangelho, 5ª edição (1939), pp. 460–461]
Os profetas de Deus têm um forte testemunho do evangelho de Jesus
Cristo. Os testemunhos grandiosos, porém, não são reservados
somente para os profetas. O Presidente Brigham Young disse: “Os
santos dos últimos dias têm o privilégio e dever de saber que sua
religião é verdadeira”. [John A. Widtsoe, comp., Discursos de Brigham
Young, (1954), p. 430]
Todas nós temos o privilégio e o dever de conseguir um testemunho de
Jesus Cristo, de Joseph Smith e de nosso profeta vivo. Podemos ganhar
um testemunho da veracidade do Livro de Mórmon, do princípio do
dízimo, da Palavra de Sabedoria e de todos os outros princípios do
evangelho.
 Peça às irmãs que relacione os princípios do evangelho sobre os
 quais conseguiram testemunho. Quando for oportuno, peça-lhes que
 contem como ganharam esses testemunhos.
Recebemos Testemunho por intermédio do Espírito Santo
Quando o Espírito Santo presta testemunho da veracidade do
evangelho ao nosso espírito, coração e mente, recebemos um
testemunho.
  Ler Doutrina e Convênios 8:2–3. Explique como o Espírito Santo
  presta testemunho. Faça referência a Princípios do Evangelho, capítulo
  7, subtítulo “Por que o Espírito Santo é necessário?”
Para alguns, receber o testemunho é uma experiência vívida. Assim foi
para Heinrich Stilger, de Frankfurt, Alemanha. Ele foi visitado pelos
missionários e havia decidido batizar-se, mas ao aproximar-se da data,
começou a questionar sua decisão. Ele tinha dificuldade em viver a
Palavra de Sabedoria e a lei do dízimo. Os missionários foram pacientes,
mas não conseguiram convencê-lo a marcar uma data para o batismo.
Outro missionário veio e pediu-lhe que orasse por um testemunho, o
que ele finalmente fez. O irmão Stilger disse mais tarde: “Eu vi um vulto
brilhante e ouvi uma voz, que me disse que a Palavra de Sabedoria e a
lei do dízimo são mandamentos de Deus”. (“His Testimony Came
Through Prayer”, Church News, 17 de janeiro de 1970, p. 6)
Para a maioria das pessoas, o testemunho vem de maneira menos
espetacular; todavia, não menos importante ou válida. Até mesmo os
profetas e apóstolos da Igreja receberam seu testemunho de maneira
simples. O Presidente David O. McKay explicou como recebeu o seu
testemunho:
“Quando eu era menino, ouvi um testemunho sobre os princípios do
evangelho, o poder do sacerdócio e a divindade desse trabalho. Ouvi a
admoestação de que nós também podemos conseguir tal testemunho,
se orarmos, mas de alguma forma eu imaginava, quando jovem, que

38
Lição 5

não poderíamos conseguir um testemunho, a menos que tivéssemos
uma manifestação. Li sobre a Primeira Visão do Profeta Joseph Smith e
sabia que o que ele havia recebido era de Deus; ouvi falar de élderes
que tinham ouvido vozes (…) e, de alguma forma, fiquei com a
impressão de que era essa a fonte de todo testemunho. (…)
Lembro-me de certa tarde em que estava andando a cavalo e pensei
nessas coisas e concluí que lá, no silêncio das montanhas, era o melhor
lugar para se conseguir tal testemunho. Parei meu cavalo. (…)
Ajoelhei-me e, com todo o fervor do meu coração, orei a Deus,
pedindo-Lhe um testemunho deste evangelho. Eu achava que teria
algum sinal, que receberia algum tipo de transformação que me
deixaria sem qualquer dúvida.
Levantei-me, montei no meu cavalo e, ao começar a cavalgar (…) disse
a mim mesmo: ‘Não, não houve qualquer mudança; sou o mesmo
rapaz que era antes de me ajoelhar’. A manifestação aguardada não
havia ocorrido. (…)
O testemunho de que esse trabalho é divino veio (…) por meio da
obediência à vontade de Deus, em harmonia com a promessa de Cristo,
de que: ‘Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina
conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo’. (João 7:17)”
(“A Personal Testimony”, Improvement Era, setembro de 1962, pp. 28–29)
O Presidente Marion G. Romney explicou como conseguiu seu
testemunho: “Às vezes, o testemunho chega a uma pessoa bem
devagarinho, no decurso de um longo período de tempo. Não me
recordo de um testemunho ter chegado a mim rapidamente. (…) Não
posso recordar-me de quando não possuí um testemunho. Certamente
tem sido fortalecido através dos anos, mas nunca me lembro de
quando não acreditei. Todavia, venha o testemunho rapidamente ou
aos poucos, sempre faz alguma coisa para uma pessoa. Ela fica
diferente depois de recebê-lo”. (A Liahona, outubro de 1976, p. 3)
Não importa como recebemos um testemunho; ele abençoará nossa
vida e nos ajudará a progredir no evangelho.
Devemos Preparar-nos para Receber um Testemunho
 Exponha um cartaz com a seguinte lista ou escreva as informações
 no quadro-negro:

 1. Desejo de acreditar;
 2. Estudar as escrituras;
 3. Fazer a vontade de Deus;
 4. Meditar e orar com fé em Cristo.
 5. Jejuar e orar freqüentemente.



                                                                     39
Lição 5

Desejo de Acreditar
Este primeiro passo, sentir o desejo de ter um testemunho, é muito
importante.
Ler Alma 32:26–27. Como o desejo de saber a verdade influenciou as
experiências do Presidente McKay e de Heinrich Stilger? Como foi que
esse mesmo desejo influenciou Joseph Smith? (Ver Joseph Smith—
História 1:10–20.)
Estudar as Escrituras
O estudo das escrituras nos ajuda a recebermos o testemunho, que não
virá, se não trabalharmos por ele.
  Ler Doutrina e Convênios 9:7–9. Como o estudo das escrituras ajuda-
  nos a ganhar um testemunho?
Fazer a Vontade de Deus
O Presidente David O. McKay recebeu seu testemunho fazendo a
vontade do Senhor. Cada um de nós também pode ganhar um
testemunho ao fazermos a vontade do Senhor.
  Ler João 7:17. De que maneira o fato de cumprirmos os
  mandamentos prepara-nos para ter um testemunho?
Meditar e Orar com Fé em Cristo
Para receber conhecimento por meio do Espírito Santo, devemos pedir
ao Pai Celestial que nos conceda esse conhecimento. Devemos também
confiar que Deus nos ama e que Ele nos ajudará a identificar os
sussurros do Espírito Santo.
  Ler Morôni 10:3–5. Por que a oração é tão importante para
  ganharmos um testemunho?
Jejuar e Orar Freqüentemente
O jejum aumenta o poder da oração. Ele, juntamente com a oração, nos
ajudará a conseguir nosso testemunho.
  Ler Alma 5:45–46. Como o jejum e a oração ajudam-nos a ganhar um
  testemunho?
Certa jovem, Annette Parkinson, estava tendo dificuldade para
conseguir um testemunho, mesmo depois de orar, ler as escrituras e
guardar os mandamentos. Ela contou:
“Eu estava bloqueada pelo medo de ser enganada, de que eu pudesse
pensar que tinha um testemunho, em vez de realmente consegui-lo por
meio do Espírito Santo. Temia isso mais do que qualquer outra coisa. A
idéia de exercitar tal confiança em Deus parecia-me tão temerosa
quanto dar um pulo no espaço e esperar que alguém aparecesse para
me segurar. Eu podia ver, entretanto, que se desejasse um testemunho,
teria que fazer algo a respeito.

40
Lição 5

Descobri que ter fé não era um processo instantâneo, mas eu tentava
sinceramente mostrar e sentir confiança no Senhor. Com o passar do
tempo, algo maravilhoso começou a acontecer dentro de mim. Certo
dia, enquanto eu estava sentada na minha cama, sobreveio-me um
sentimento que nunca tinha notado antes, sem ser, no entanto, algo
totalmente novo. Enquanto sentada lá, lembro-me de haver dito a mim
mesma: ‘O Senhor respondeu a minhas orações! Agora eu sei que Ele
vive. Sim, eu sei realmente que Ele vive!’
O sentimento foi profundo e sagrado, doce e pacificador. Eu sabia que
Deus vivia e me sentia imensamente feliz.
Esse foi, naturalmente, o fim de minhas dificuldades. Eu ainda
precisava saber se Jesus Cristo era verdadeiramente o meu Salvador, se
Joseph Smith foi um profeta, se o presidente da Igreja é um profeta. (…)
Mas desde aí, o meu entendimento do evangelho aumentou cem vezes
mais e tenho recebido um testemunho de muitas coisas”. “Trust, a Key
to Testimony”, New Era, fevereiro de 1978, p. 33)
 Por que às vezes é difícil desenvolver confiança no Senhor? De que
 forma o desejo de ter ou fortalecer um testemunho influencia nossas
 ações?
Devemos Fortalecer Continuamente Nosso Testemunho
O Élder Heber C. Kimball disse:
“Para nos defrontarmos com as dificuldades que estão para vir, será
necessário que tenhamos um conhecimento da verdade deste trabalho
por nós mesmos. (…)
Virá o tempo em que nenhum homem ou mulher poderá perseverar
com luz emprestada. Cada um terá que ser guiado pela sua própria luz
interior. Se não a tiverem, como poderão permanecer?” [Citado por
Orson F. Whitney em “Life of Heber C. Kimball”, 3ª ed. (1967), p. 450.]
O presidente Harold B. Lee disse: “O testemunho não é algo que temos
hoje e teremos para sempre. Ele é frágil e tão difícil de segurar quanto
o arco-íris. É algo que temos que reconquistar todos os dias de nossa
vida”. (Citado por J. M. Heslop, “President Harold B. Lee Directs
Church; Led By the Spirit”, Church News, 15 de julho de 1972, p. 4.)
O Élder George Q. Cannon escreveu: “Não é suficiente que
conheçamos a veracidade deste trabalho ontem ou no dia anterior, ou
há uma semana, mês ou ano atrás; a fim de sermos felizes, devemos e
precisamos saber que ele é verdadeiro hoje. (…) Somente podemos
reter o testemunho da verdade em nosso coração vivendo perto de
Deus”. [Gospel Truth, sel. Jerreld L. Newquist (1957), 1:343.]
Alma comparou o testemunho a uma semente que deve ser cuidada
para poder crescer e se transformar em uma bela árvore.

                                                                      41
Lição 5

  Ler Alma 32:37–38. Quais as coisas que poderiam fazer com que
  perdêssemos nosso testemunho?
  Ler Alma 32:41. Como podemos nutrir nosso testemunho?
Uma forma de edificarmos nosso próprio testemunho e o dos outros é
prestando-o freqüentemente. Temos o dever de partilhar nosso
testemunho com membros e não-membros. Todos os meses, na reunião
de jejum e testemunhos, podemos testificar que sabemos que os
princípios do evangelho são verdadeiros. Podemos também explicar
como o sabemos. Podemos prestar testemunho da divindade e
Expiação de nosso Salvador, do chamado de Joseph Smith como
profeta e do chamado de nosso profeta atual. Prestar o testemunho nos
ajuda a compreender e valorizar nossos sentimentos. Ajuda nosso
testemunho a crescer dentro de nós. Muitas vezes o simples fato de
prestarmos nosso testemunho ajuda-nos a compreender o que temos.
Quando prestamos testemunho pelo poder do Espírito Santo, outros
também podem receber um testemunho Dele por nosso intermédio.
Saberão, assim, que o que dissemos é verdadeiro. Poderão também
ganhar o desejo de sobrepujar suas faltas e se tornarem melhores. As
reuniões de testemunhos realmente edificantes aproximam os
membros da ala ou ramo, de modo que passam a sentir-se como se
fossem uma grande família.
Conclusão
O testemunho é o bem mais precioso que temos. Devemos viver em
justiça, servir nosso próximo e prestar nosso testemunho. Se assim
fizermos, ele se tornará mais vigoroso e trará grande alegria, força e
paz a nossa vida.
Desafio
Procure uma oportunidade de prestar seu testemunho às outras pessoas.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 7, subtítulo “Por que o
   Espírito Santo É Necessário?”, pp. 37–39;
2. Estude Alma 32:26–43 e Éter 12:6;
3. Planeje a abertura da aula com o hino “Eu Sei que Vive Meu
   Senhor”, Hinos, nº 70, ou Princípios do Evangelho, pp. 346–347.
4. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro.
5. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.

42
JEJUM
                             Lição 6




O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender como podemos
fortalecer a nós e a nossa família por meio do jejum.
A Maneira Certa de Jejuar
Peça ao membro designado que apresente um resumo de três minutos
de Princípios do Evangelho, capítulo 25, “Jejum”.
Como Aumentar a Espiritualidade de Nosso Jejum
O jejum nos ajuda a reconhecer nossa dependência do Senhor. Quando
jejuamos e oramos, afastamo-nos das coisas do mundo. Abrimos nosso
coração para conhecer e aceitar a vontade de Deus quanto a nós e
nossa família. O jejum também faz com que oremos com mais
intensidade.
Ao aumentarmos a espiritualidade do nosso jejum, conseguiremos
melhorar o relacionamento com nossos familiares. Podemos também
receber grandes bênçãos espirituais de consolo e discernimento.
 Como podemos enriquecer nossas experiências de jejum?
Sempre que desejamos mudar algo em nossa vida, devemos planejar,
preparar e praticar as coisas que ocasionarão tal mudança. Esses
mesmos princípios nos ajudarão a melhorar nosso jejum.
Jejuar com Propósito
Podemos tornar nosso jejum mais significativo quando temos uma
razão para jejuar. Muitas famílias e indivíduos examinam
cuidadosamente o motivo do seu jejum antes de o iniciar. Podemos
jejuar para (1) abençoar alguém (ver Alma 6:6); (2) receber força
espiritual para sobrepujar um problema; (3) receber inspiração e
revelação (ver Alma 17:3); (4) pedir ajuda ou consolo (ver Helamã 9:10)
e (5) aumentar o amor e a harmonia no lar.
 De que forma ter um propósito pode tornar o jejum mais fácil? Como
 pode tal propósito aumentar o significado do jejum? Quais são
 algumas das razões pelas quais as famílias podem jejuar?


                                                                     43
Lição 6

Ajudar os Membros da Família a Jejuar
Não devemos obrigar nossos filhos pequenos a jejuar, mas devemos
falar-lhes sobre o propósito do jejum e incluí-los em nossas orações,
quando começamos nosso jejum, e até mesmo ajudá-los a aprender a
jejuar, pedindo-lhes que o façam durante uma refeição apenas. Quando
estiverem na idade de serem batizados, estarão mais bem preparados
para observar a lei toda. Devemos estar a par dos problemas
individuais de saúde e tentar descobrir um modo de fazer com que os
membros da família jejuem.
Podemos ajudar nossos familiares que estão tentando jejuar,
alimentando as crianças pequenas separadamente. Podemos mudar a
rotina usual e servir alimentos que sejam de fácil preparação, em vez
de pratos que encham a casa com aromas tentadores. Podemos
preparar o alimento para a refeição do domingo no sábado. Isso nos
deixaria tempo também para estudar as escrituras no domingo, para
orar e meditar sobre o propósito de nosso jejum. Podemos usar o
tempo livre para ler as escrituras às crianças, para falar com elas e
aumentar o seu amor ao evangelho. Se preenchermos com atividades
adequadas o tempo geralmente gasto comendo, pensaremos menos nas
refeições perdidas. Se ficarmos com fome durante o jejum, devemos
tentar não pensar em comida; em vez disso, devemos pensar em
nutrir-nos espiritualmente. Isso fazemos, “banqueteando-nos com as
palavras de Cristo”. (Ver 2 Néfi 32:3.) Em vez de ficarmos pensando
em comer, devemos estudar as escrituras, meditar, exercer nossa fé e
continuar em oração.
  Ler Doutrina e Convênios 59:13–15. Qual deveria ser a nossa atitude
  ao prepararmos o alimento para quebrar o nosso jejum? De que
  forma a obediência a esse conselho dado nessa escritura aumenta a
  nossa espiritualidade?
Jejuar com Devoção
Sempre devemos começar nosso jejum com oração, sendo esse um bom
momento para pedir ao Pai Celestial que nos dê forças para completar
o nosso jejum. Devemos expressar nosso desejo de jejuar, o propósito
de nosso jejum e a sua importância para nós. Devemos também pedir
ajuda na busca da bênção que precisamos.
Devemos terminar nosso jejum com oração, exercitando fé no que
concerne ao seu propósito. Se outros estiverem jejuando conosco pelo
mesmo motivo, devemos todos unir-nos em oração. Devemos
expressar gratidão por termos filhos fortes e obedientes, que desejam
partilhar das bênçãos espirituais do jejum.
  O que podemos fazer em nosso lar para aumentar a espiritualidade
  do jejum de todos os membros da família?


44
Lição 6

O Jejum É uma Fonte de Poder
Quando passamos por provações, freqüentemente necessitamos de
força adicional. Os portadores do sacerdócio sempre jejuam para
aumentar sua habilidade de usar o poder que lhes foi dado. Quando
procuramos bênçãos do sacerdócio, podemos aplicar o mesmo
princípio. O Élder Mathew Cowley contou a seguinte história sobre o
poder do jejum dos pais:
“Há pouco mais de um ano, veio ao meu escritório, um casal
carregando um menininho, e o pai me disse: ‘Faz dois dias que minha
mulher e eu estamos jejuando e trouxemos nosso filhinho para ser
abençoado. Fomos enviados ao senhor’.
‘O que está acontecendo com ele?’ perguntei.
Eles disseram que o menino tinha nascido cego, surdo e mudo, sem
coordenação dos músculos e que nem mesmo conseguia engatinhar,
apesar de já estar com cinco anos de idade. Pensei comigo mesmo na
dificuldade do caso. ‘Esta espécie de mal não se expulsa senão pela
oração e pelo jejum.’ Eu tinha fé implícita no jejum e nas orações
daqueles pais. Abençoei a criança e, poucas semanas mais tarde, recebi
uma carta: ‘Irmão Cowley, gostaríamos de que o senhor pudesse ver o
nosso filho agora. Ele está engatinhando. Quando lhe jogamos uma
bola, ele vai ao seu encalço, pois já consegue ver. Quando batemos
palmas acima de sua cabeça, ele pula, pois já consegue ouvir’. A
ciência médica tinha sido ineficiente. Deus assumira o controle”.
(“Miracles”, Speeches of the Year, 18 de fevereiro de 1953, p. 8)
  Mostre a gravura 6-a, “Ester, embora colocando a própria vida em
  perigo, dirigiu-se ao rei em jejum e oração”.
Uma mulher digna, por meio da obediência aos mandamentos, pode
abençoar não só a si mesma e a sua família, como a uma nação inteira.
Ester foi uma dessas mulheres, cuja história é relatada no Velho
Testamento. Ester, uma judia que havia caído nas graças do rei da
Pérsia, tornou-se sua mulher. No mesmo país, havia um homem
poderoso chamado Hamã, inimigo ferrenho de Mardoqueu, primo de
Ester. Por ter-se Mardoqueu recusado a inclinar-se diante dele, Hamã
fez planos para matá-lo, bem como a todos os judeus. Quando
Mardoqueu ouviu essa trágica notícia, mandou avisar Ester, pedindo-
lhe que se dirigisse ao rei e lhe pedisse proteção. Ester explicou a lei,
dizendo: “(…) todo o homem ou mulher que chegar ao rei no pátio
interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte,
salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu
nestes trinta dias não tenho sido chamada para ir ao rei”. (Ester 4:11)
Mardoqueu respondeu que, se Ester não fizesse algo, todos seriam
mortos, incluindo sua própria família.


                                                                       45
6-a, Ester, embora colocasse a própria vida em perigo, dirigiu-se ao rei em jejum e oração.
                           © Providence Lithograph Company




46
Lição 6

Ester conscientizou-se de sua responsabilidade e respondeu: “Vai,
ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e
não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e
as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei,
ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci”. (Ester 4:16)
Ester, embora colocasse a própria vida em perigo, dirigiu-se ao rei em
jejum e oração. O rei estendeu seu cetro para que ela pudesse
aproximar-se poupando sua vida. Por colocar sua vida e os seus
problemas nas mãos do Senhor, foi poupada. O rei proclamou que os
judeus podiam defender-se e sobreviver. (Ver Ester 5:2; 8:10–11.)
  Como foi que o jejum de Ester e dos outros ajudou-a a ganhar força e
  coragem? Quais as situações em nossa vida que exigem força e
  coragem? De que forma o jejum pode ajudar-nos?
Conclusão
O jejum nos fornece força espiritual por meio da obediência e da fé.
Quando jejuamos e oramos, exercitando nossa fé, podemos ser
abençoados com o aumento de capacidade e poder de que
necessitamos. Quando jejuamos, nosso testemunho se fortalece e temos
o desejo de compartilhá-lo na reunião de testemunhos. Nossos filhos,
ao ouvirem e sentirem nosso amor ao evangelho, também crescerão
espiritualmente.
Desafio
Veja como se preparar para o jejum e o que fazer no domingo de jejum.
Tente aumentar a espiritualidade de seu lar. Para ter sucesso em seu
jejum, lembre-se da importância da atitude certa e da preparação.
Escrituras Adicionais
  Mateus 6:16–18 (como jejuar);
  Lucas 2:37 (servir a Deus com jejuns e orações);
  Mosias 27:22–23 (cura por meio do jejum e da oração);
 Alma 5:46 (revelações por meio do jejum e da oração).


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 25, “Jejum”;
2. Designe uma aluna para fazer um resumo de três minutos baseado
   em Princípios do Evangelho, capítulo 25;
3. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações
   da lição.

                                                                          47
REVERÊNCIA
                              Lição 7




O propósito desta lição é ajudar-nos a aprender a ensinar reverência à
nossa família e a melhorar pessoalmente nesse sentido.
Reverência É uma Qualidade da Alma
 Mostre um cartaz com a escritura que se encontra em Levítico 19:30
 ou escreva-a no quadro-negro.
Os profetas modernos têm-nos aconselhado sobre a reverência. O
Presidente David O. McKay disse: “A reverência é, para mim, uma das
qualidades mais sublimes da alma”. (Conference Report, outubro de
1951, pp. 179–180)
O seguinte texto foi escrito pelo Presidente Spencer W. Kimball aos
membros da Igreja:
“Somos um povo ricamente abençoado. O Senhor nos deu tudo: o
evangelho de Jesus Cristo, a luz, o sacerdócio, o poder, as promessas,
os convênios, os templos, nossa família e a verdade. Deveríamos ser o
povo mais feliz da Terra, e também o mais reverente. É nesse ponto
que cada indivíduo e cada família deveriam fazer uma auto-análise.
Somos um povo reverente? Nossos atos no lar e na Igreja demonstram
reverência para com nosso Criador?
Às vezes duvidamos. Assistimos a reuniões sacramentais e
conferências em que crianças correm desenfreadamente entre os
bancos, durante o serviço de adoração. Observamos pessoas adultas
falando com as que estão a seu lado, algumas cochilando, e os jovens
se reunindo nos corredores. Vemos ainda famílias chegando atrasadas
e sentando-se ruidosamente nos bancos, e grupos de pessoas
conversando em voz alta na capela depois das reuniões.
Imaginemos o efeito que isso causa nos pesquisadores, nos amigos e
membros, cujo testemunho é fraco e está em fase de desenvolvimento.
Nossas reuniões são grandiosos instrumentos missionários em que o
Espírito reina e toca todos os corações? Ou, para sentirmos o Espírito,
temos que eliminar primeiramente todas as distrações desnecessárias?


48
7-a, Devemos ser reverentes e ensinar nossos filhos
          a serem reverentes na capela.




                                                      49
Lição 7

Examinemos a reverência, não apenas quanto ao seu significado e
importância para a vida dos santos dos últimos dias, mas também
quanto a algumas formas por meio das quais podemos ensiná-la a
nossos filhos e melhorar o nosso próprio desempenho.
Significado e Importância da Reverência
A reverência foi definida como ‘um sentimento ou atitude de profundo
respeito, afeto e temor por alguma coisa sagrada’. Outra forma de
expressar o significado da reverência é descrevê-la como uma devoção
a Deus.
Muitos líderes no mundo têm considerado a reverência um dos mais
elevados atributos da alma, dizendo que ela envolve fé verdadeira em
Deus e em Sua retidão, cultura elevada e amor às coisas boas da vida.
Reverência a Deus
Numa revelação moderna, o Senhor nos ajudou a compreender o
significado e importância da reverência.
Um desses exemplos parece indicar que a reverência para com o Pai e
o Filho é uma qualidade ou característica essencial daqueles que
alcançam o reino celestial. Na seção 76 de Doutrina e Convênios,
conhecida como ‘A Visão’, dada a Joseph Smith e Sidney Rigdon em
fevereiro de 1832, encontramos o seguinte:
‘E assim vimos a glória do celeste, que supera em todas as coisas—
onde Deus, sim, o Pai, reina sobre o seu trono para todo o sempre;
Diante de cujo trono todas as coisas curvam-se em humilde reverência
e dão-lhe glória para todo o sempre.
Aqueles que habitam em sua presença são a igreja do Primogênito; e
eles vêem como são vistos e conhecem como são conhecidos, tendo
recebido de sua plenitude e de sua graça;
‘E ele os faz iguais em poder e em força e em domínio’. (D&C 76:92–95)
Reverência pelo Nome da Deidade
Outra revelação moderna ensina que devemos ser reverentes até
mesmo para com o nome da Deidade; a não profanar o nome do Pai, e
até mesmo evitar o uso freqüente de Seu nome. (Ver D&C 107:2–4.)
Nesse ponto, devemos lembrar que um dos mandamentos diz:
‘Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor
não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão’. (Êxodo 20:7)
Evidentemente essa reverência por Deus e Seu nome é uma das
qualidades mais importantes que podemos cultivar.




50
Lição 7

Reverência pela Casa do Senhor
Existe ainda outra área de extrema importância. O Senhor nos ensinou, por
meio de revelação moderna, que devemos ter a devida reverência por Sua
casa sagrada. Na importante revelação dada a Joseph Smith, conhecida
como a oração dedicatória do Templo de Kirtland, foi dada uma orientação
que esse, como outros templos sagrados erigidos ao Senhor, deveriam ser-
Lhe um lugar de reverência. (Ver D&C 109:13, 16–21.)
Num sentido muito real, o que se diz quanto aos templos sagrados da
Igreja, aplica-se também a toda ‘casa do Senhor’, seja ela uma capela
ou qualquer outro lugar em que os santos se reúnam para adorar ou,
de fato, qualquer lar santo dos últimos dias.
A Reverência Envolve Felicidade
Como acontece com os outros princípios do evangelho, a reverência
proporciona um aumento de felicidade.
Devemo-nos lembrar de que a reverência não é um comportamento
melancólico temporário que adotamos aos domingos. A verdadeira
reverência envolve a felicidade, bem como amor, respeito, gratidão e
temor a Deus. É uma virtude que deve fazer parte de nossa maneira de
viver. De fato, os santos dos últimos dias deveriam ser o povo mais
reverente da Terra.
A Reverência no Lar
Onde, então, começa a reverência? Como podemos desenvolvê-la?
O lar é a chave para a reverência, e também o local adequado para se
desenvolver qualquer outra atitude divina.
Devemos ensinar as crianças a orar. É durante as orações pessoais e
familiares que elas aprendem a baixar a cabeça, cruzar os braços e
fechar os olhos quando se estão dirigindo a nosso Pai Celestial. O
comportamento que aprendem em casa determina a reverência que
terão nas reuniões da Igreja. Uma criança que aprendeu a orar em casa,
logo aprende que deve ficar quieta e calada durante as orações do
serviço de adoração.
Da mesma forma, quando as noites familiares são parte da vida
familiar, as crianças sabem que há ocasiões especiais, não apenas na
Igreja, como em casa, em que aprendemos sobre nosso Pai Celestial,
quando todos precisam comportar-se da melhor maneira possível.
A música é um deleite especial para as crianças. Os hinos que
freqüentemente são cantados na Igreja, também podem ser usados
pelas famílias em casa. As crianças pequenas, principalmente, podem
tirar grande proveito, se os pais as ajudarem a aprender hinos fáceis
em casa. Desse modo, elas ansiosamente aguardariam a ocasião de
poder cantá-los durante a reunião sacramental ou em outras ocasiões.

                                                                       51
Lição 7

A Reverência na Igreja
É claro que os pais devem assistir às reuniões dominicais juntamente
com seus filhos.
Pai e mãe devem trabalhar em conjunto, assegurando-se de que a
preparação para assistir às reuniões seja uma agradável experiência
familiar. A correria de última hora, para reunir e aprontar as crianças, e
sair apressadamente para as reuniões destrói o espírito de reverência.
Quando as famílias adquirem esse hábito, sempre chegam atrasadas à
Igreja; muitas vezes trocam palavras ásperas e se desentendem,
fazendo com que as crianças fiquem aborrecidas e inquietas durante a
reunião. Muito mais reverente é a família que se prepara com bastante
antecedência, que chega à capela antes do início das reuniões e senta-
se junto para ouvir o prelúdio musical e expulsar as preocupações
mundanas de sua mente.
Os pais de filhos pequenos muitas vezes sentem dificuldade em ajudá-
los a apreciar as reuniões e evitar que criem distúrbios. A perseverança,
firmeza e preparação no lar são os ingredientes essenciais para o
sucesso. Se estiverem confusos quanto à maneira de cuidar dos filhos
na Igreja, os pais mais jovens poderão pedir conselhos a um casal mais
experiente da ala.
É comum, antes e depois das reuniões, reunirem-se os membros na
capela para se cumprimentarem. Algumas irreverências aparentes
deve-se ao inocente fato de sermos um povo amigável, e o Dia do
Senhor ser uma ocasião oportuna para conversar, confraternizar-se e
encontrar novas pessoas. Os pais devem dar o exemplo para seus
familiares, conversando nos corredores e outras áreas fora da capela,
antes ou depois das reuniões. Ao terminar uma reunião, os pais podem
fazer com que o espírito do serviço de adoração continue em seu lar,
falando com seus filhos acerca de um número musical, discurso,
mensagem ou algum outro aspecto positivo da reunião.
Um Esforço para Melhorar a Reverência
“Discutimos a importância da reverência e examinamos alguns de seus
significados. Oferecemos também diversas sugestões a respeito de
promover a reverência no lar e na Igreja. O aperfeiçoamento real das
ações das pessoas, entretanto, ocorrerá quando os líderes e famílias
locais combinarem seus esforços para sobrepujar os problemas
específicos de reverência. Queremos incentivar e apoiar uma melhor
reverência na Igreja toda. (…)
A verdadeira reverência é uma qualidade vital que está desaparecendo
rapidamente do mundo, à medida que as forças do mal aumentam sua
influência. Não podemos compreender totalmente o poder benéfico
que podemos exercer, se milhões de membros da verdadeira Igreja de
Cristo forem um exemplo de comportamento reverente. Não podemos
52
Lição 7

imaginar o número adicional de vidas que podemos influenciar. O
mais importante ainda é que não podemos prever o grande impacto
espiritual que influenciará nossa própria família, se nos tornarmos o
povo reverente que devemos ser. Devemos todos trabalhar unidos, a
fim de desenvolver maior reverência em nossa vida”. [Devemos Ser um
Povo Reverente (folheto, 1976), pp. 1–4]
  Como podem os pais ajudar seus filhos a participar das reuniões da
  igreja e serem mais reverentes? Depois que os membros da classe
  tiverem respondido, peça a alguém que leia as seguintes sugestões:
“Sugestões aos Pais para o Ensino de Reverência
Os pais podem ajudar seus filhos a participarem das reuniões da igreja
com alegria—
1. Participando da Escola Dominical e da reunião sacramental com
   seus filhos;
2. Fazendo preparativos para as reuniões, a fim de proporcionar uma
   experiência agradável e sem correrias;
3. Chegando cinco a dez minutos antes do horário programado para o
   início da reunião;
4. Sentando-se juntos, em família;
5. Falando em casa a respeito de um discurso, mensagem, número
   musical ou outro aspecto da reunião”. (Spencer W. Kimball, Devemos
   Ser um Povo Reverente, p. 4)
  Mostre a gravura 7-a, “Devemos ser reverentes e ensinar nossos
  filhos a serem reverentes na capela”.
  Como podemos ensinar reverência às crianças pequenas? Depois que
  as irmãs tiverem respondido, peça a alguém que leia as seguintes
  sugestões:
“Os pais com filhos pequenos devem tentar—
1. Ajudar os filhos pequenos a compreenderem o que se está passando.
Os filhos pequenos podem-se ocupar em colorir um livro ou caderno
silenciosamente, mas é importante ajudá-los a compreender o máximo
possível sobre a reunião. Um comentário ocasionalmente cochichado
ao ouvido da criança para esclarecer algum assunto da ala ou a
mensagem do orador pode ajudar a criança a ficar a par do que está
acontecendo. O pai poderia, por exemplo, dizer-lhe baixinho: ‘Aquele é
o pai do Pedrinho, e está falando sobre os pioneiros’.
2. Dar ênfase aos hinos.
Para as crianças, o canto pode ser uma das partes mais agradáveis da
reunião. Incentive o seu interesse pelos hinos, cantando hinos fáceis em

                                                                      53
Lição 7

casa e ensinando-os a seus filhos. O regente de música da ala talvez
possa fornecer uma lista dos hinos que serão cantados nas reuniões
futuras.
3. Reforçar as regras de etiqueta aprendidas em casa, na Primária e na
   Escola Dominical.
Ajude as crianças a lembrarem-se de que devem cruzar os braços e
abaixar a cabeça durante as orações, e que devem sentar-se bem
quietinhas durante o sacramento. Elas devem compreender que é falta
de cortesia brincar nos corredores ou ficar entrando e saindo da capela
durante a reunião.
4. Dar o exemplo.
Dê um bom exemplo, mostrando interesse pela reunião, comunicando-
se somente quando necessário e em sussurros, e ensinando as crianças
a fazerem o mesmo.
5. Certifique-se de que as crianças estão prontas para as reuniões.
As idas ao banheiro e ao bebedouro devem ser feitas antes do início da
reunião”. (Spencer W. Kimball, Devemos Ser um Povo Reverente, pp.
4–5)
Conclusão
Quando somos reverentes, mostramos nosso amor e respeito ao Pai
Celestial e a Seu Filho, Jesus Cristo. Ao desenvolvermos uma atitude
reverente, sentiremos mais alegria na vida e nos ensinamentos do
evangelho de Jesus Cristo.
Desafio
Relacione as coisas que você pode fazer para se tornar mais reverente e
para ajudar os outros, especialmente sua própria família.


Preparação da Professora
Antes da apresentação desta lição:
Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva a escritura no quadro-
negro.




54
AMOR, CARIDADE E
          SERVIÇO
                              Lição 8




O propósito desta lição é ajudar-nos a amar e servir os outros.
Deus Nos Ama com um Amor Perfeito
O amor perfeito, chamado “caridade”, é o puro amor de Cristo. (Ver
Morôni 7:47.) Aqueles que sentiram esse amor encontram dificuldade
em descrevê-lo. A irmã Erma Braack, dos Estados Unidos, contou a
respeito de uma experiência de seu marido relacionada com o amor de
Deus:
“Bert Braack aceitara a admoestação da Bíblia: ‘Pedi, e dar-se-vos-á;
buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á’. (Mateus 7:7)
(…) Como se fosse um convite pessoal para orar (…)
Ele desejava desesperadamente saber se existia um Deus. E, se existia,
como era Ele?
Ele começou a freqüentar diversas igrejas e a ler a Bíblia. As palavras
de Mateus motivaram-no a perguntar por si mesmo, e assim (…)com
um desejo intenso de conhecer a verdade, ele ofereceu a sua primeira
oração: ‘Se estás aí, Deus, faze com que eu saiba e farei o que desejas
que eu faça’. E, assim, ajoelhado, conta ele, ‘uma grande paz me
envolveu, senti meu coração arder e uma alegria que jamais havia
experimentado invadiu todo o meu ser. Senti como se estivesse
completamente imerso numa grande essência espiritual’.
Esse sentimento permaneceu com ele três dias. Durante esse tempo,
diz ele, ‘mal sentia meus pés tocarem o chão. Parecia que eu havia sido
completamente involvido pelo puro amor de Deus. Era um sentimento
maravilhoso. Durante essa manifestação, eu amava tudo. Nunca me
importara muito com crianças, mas agora lhes dedicava um profundo
amor. Eu costumava amaldiçoar a chuva; agora me ensopava nela, e
adorava cada minuto que chovia. Se aquilo era uma pequena amostra
do amor de Deus, que enche todo o reino celestial, não é de se admirar
que o cordeiro e o leão possam viver juntos e nada exista que possa
causar mágoa ou temor’”. (Ver ‘A Small Taste of Love’, Ensign, agosto
de 1976, p. 36.)

                                                                        55
Lição 8

  Peça aos membros da classe que se lembrem de uma ocasião em que
  se sentiram plenos de amor.
  Por que devemos saber pessoalmente que Deus nos ama?
O Salvador nos deu o exemplo de como devemos amar. Ele foi tratado
injustamente, porém não Se voltou contra Seus perseguidores. Foi
odiado, mas retribuiu o ódio com amor. Foi pregado a uma cruz de
madeira e lá deixado para morrer; no entanto orou pelos soldados
romanos: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas
23:34) Teve paciência com Seus apóstolos, alguns dos quais não
compreendiam completamente Sua missão. Teve grande amor às
crianças. Um relato comovente do seu amor está registrado em 3 Néfi 17.
  Peça a irmã designada que leia os versículos por ela escolhidos em 3
  Néfi 17 que mostram o amor do Salvador.
Ele Mandou-nos Amar
Poucas horas antes de Sua crucificação, o Salvador ensinou a Seus
discípulos: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos
outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos
ameis”. (João 13:34)
Ordenou-nos que, da mesma forma que Ele amava o Seu próximo,
devemos amar-nos uns aos outros. Ele ensinou:
“Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos
que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem;
Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5:44-45)
O Élder Marion D. Hanks, contou-nos de que maneira uma mulher foi
ensinada, quando criança, a desenvolver amor cristão: “Lembro-me de
uma senhora nascida com o corpo seriamente deformado (…) que falou
sobre um incidente de sua infância. Seus colegas puseram-lhe apelidos
(…) causando-lhe mágoa e lágrimas. Quando chegou em casa, seu pai
pegou-a no colo e chorou com ela ao explicar que essa experiência
poderia tornar sua vida produtiva e feliz. ‘Querida’, disse ele, ‘você tem
uma corcunda e alguns outros problemas sérios. Mas não é culpa sua.
Não é culpa de seus pais nem do Pai Celestial (…). O que os meninos e
meninas disseram é verdade, mas não foi justo nem gentil. Se durante
toda sua vida, você tentar ser mais amável e mais gentil para os outros
do que alguns deles costumam ser para você, então será feliz e sua vida
se mostrará plena e útil”. (Conference Report, outubro de 1976, p. 42)
  Peça a alguém que leia I Coríntios 13:2–7. Peça aos membros da
  classe que falem a respeito dessa escritura. Uma irmã caridosa pode
  ter preconceito para com pessoas de outras raças? Pode ignorar os
  enfermos, os pobres ou os que têm fome? Ter ciúme das realizações
  alheias? Falar mal ou criticar os outros? Por que devemos nos
  esforçar para desenvolver caridade?

56
Lição 8

O Serviço Cristão Edifica
O Presidente Harold B. Lee disse que certa noite teve o que “deve ter
sido uma visão”, na qual lhe foi dito: “Se você quer amar a Deus, tem
que aprender a amar e servir as pessoas. É desta forma que se mostra
amor a Deus”. [Stand Ye in Holy Places (1974), p. 189]
Por meio de atos de bondade, grandes ou pequenos, podemos
aprender a amar mais intensamente. A irmã Cora Hill Arnold, dos
Estados Unidos, contou como aprendeu a amar por meio do serviço ao
próximo, embora vivesse perto de uma mulher que achava que não
poderia amar:
“Eu criticava tudo o que ela fazia (…) e soube, por intermédio de
outros, que ela se sentia da mesma forma a meu respeito. Ela me
parecia estar sempre querendo mostrar-se. Como eu não suportava ver
as suas realizações!
Ela nunca foi muito amigável comigo, e eu, por minha vez, passava
por ela com um simples cumprimento ou um polido alô (…). Eu me
sentia péssima, porque, quando a gente não gosta de uma pessoa,
torna-se infeliz.
Certo dia, porém, ouvi dizer que ela estava doente. E daí? Não era
problema meu.
Mas era, e eu não podia esquecê-lo. Graças à consciência alerta que
tenho, finalmente fui para a minha cozinha e fiz alguns bolinhos (…).
E levei-os para ela!
Seu rosto iluminou-se de surpresa e prazer, e um calor espalhou-se em
meu coração, desvanecendo todo e qualquer preconceito
imediatamente. Ao voltar para casa, eu estava toda sorridente, e
achando que aquele dia era lindo e maravilhoso.
Agora ela é uma das minhas melhores amigas (…).
Alguém disse que o ódio é amor desviado. Odiamos aqueles que
poderíamos ter amado.” (“Shall I Deem Her My Enemy?”, Relief Society
Magazine, agosto de 1970, p. 595)
• Peça a uma irmã que conte uma experiência que teve ao aprender a
amar alguém. Como podemos edificar um relacionamento mais
profundo, mesmo com membros de nossa própria família, por meio do
serviço prestado em benefício do próximo?
Fizemos o Convênio de Servir uns aos Outros
Quando nos batizamos, fizemos um convênio com o Senhor de nos
dispor a “carregar os fardos uns dos outros (…) chorar com os que
choram: sim, e consolar os que necessitam de consolo (…)”. (Mosias
18:8–9) Temos a responsabilidade de procurar aqueles que estão em

                                                                     57
Lição 8

necessidade e de ajudá-los, sem que para isso sejamos instigados ou
mandados. (Ver D&C 58:26–29.)
Fizemos o convênio de servir aqueles que estão necessitados, da
mesma forma que Cristo serviu a Seu próximo. O serviço cristão pode
não ser requisitado, mas pode ser necessário a alguém que nos seja
estranho e que nunca poderá recompensar-nos. Pode ser desagradável
e exigir muito esforço de nossa parte. Pode ser preciso em uma hora
em que nos é difícil prestá-lo. Pode passar despercebido, sem elogios
ou reconhecimentos. Porém, nós servimos porque amamos os filhos de
nosso Pai Celestial e queremos ajudá-los de todo o coração.
Emma Sommerville MacConkie, de Moab, Utah, era viúva e avó do
Élder Bruce R. McConkie. O pai do Élder McConkie escreveu em seu
diário a seguinte experiência de sua mãe:
“Mamãe era presidente da Sociedade de Socorro de Moab. J______
B______ (um não-membro que fazia oposição à Igreja) havia-se casado
com uma jovem mórmon e tiveram vários filhos e, por último, mais
um novo bebê. Eles eram muito pobres e mamãe ia, dia após dia,
cuidar da criança e levar-lhes alimento etc. Mamãe estava doente, e
mais do que uma vez mal podia chegar em casa, depois de haver feito
o trabalho na casa de J_______ B_______.
Certo dia, ela voltou para casa muito exausta e preocupada e
adormeceu na cadeira, sonhando que estava banhando um bebê, que
acabou por descobrir ser o menino Jesus. Ela pensou, então, como era
grande a honra de servir ao próprio Cristo e, ao tomar a criança nos
braços, sentiu-se maravilhada. Pensou então em quem mais na
realidade teria segurado o menino Jesus nos braços. Uma alegria sem
par invadiu todo o seu ser e ela viu-se inflamada com a glória de Deus.
Parecia derreter-se toda, e seu contentamento era tão grande, que a
acordou. Ao despertar, foram-lhe ditas as seguintes palavras: ‘Quando
o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes’”.
(Bruce R. McConkie, “Charity Which Never Faileth”, Relief Society
Magazine, março de 1970, p. 169)
  Ler Mateus 25:34–40. Peça às irmãs que falem sobre algumas formas
  de prestarem serviço ao próximo. (Ver Princípios do Evangelho,
  capítulo 28, “Serviço”.)
Conclusão
O Presidente David O. McKay disse:
“Agora, mais do que nunca, temos a grande responsabilidade de fazer
com que nosso lar irradie harmonia, amor, dever para com a comunidade
e lealdade. Deixemos que nossos vizinhos vejam e ouçam. (…)




58
Lição 8

Deus nos ajuda como membros (…) da Igreja a irradiar (…) amor (…)
caridade (…) e serviço!” (“Radiation of the Individual”, Instructor,
outubro de 1964, p. 374)
Desafio
Escolha uma pessoa que você tem dificuldade para amar e tente
estabelecer um relacionamento aproximado. Fique mais a par de como
podemos prestar serviço ao próximo.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 28, “Serviço” e o capítulo 30,
   “Caridade”;
2. Peça a uma das irmãs que escolha e apresente na classe dois ou três
   versículos de 3 Néfi 17, que mostrem o amor de Jesus;
3. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações
   da lição.




                                                                          59
CASTIDADE E RECATO
                              Lição 9




O propósito desta lição é ajudar-nos a viver a lei da castidade e ensinar
as crianças a fazer o mesmo.
A Lei da Castidade
Deus deu ao nosso corpo um poder sagrado, que é o de procriar, para
que a vida possa prosseguir sobre a Terra. Para ajudar-nos a preservar
a santidade desse poder e usá-lo sabiamente, Deus nos deu a lei da
castidade.
  Peça à irmã designada que leia Princípios do Evangelho, capítulo 39,
  subtítulo “O que É a Lei da Castidade?”
Ser casto também significa evitar todos os pensamentos e ações
impuros, que nos façam desejar fazer o que não é certo. (Ver Mateus
5:27–28.) Não devemos permitir que os padrões de um mundo imoral
nos influenciem.
A Importância da Lei da Castidade
É importante viver a lei da castidade porque é um mandamento de
Deus. As escrituras nos dizem que a castidade é algo “mais caro e
precioso do que tudo (…)”. (Morôni 9:9) O Senhor disse: Porque eu, o
Senhor Deus, deleito-me na castidade das mulheres. E as libertinagens
são para mim abominação (…)”. (Jacó 2:28)
A observância da lei da castidade proporciona grandes bênçãos do
Senhor. Ela nos ajuda a termos respeito próprio e livrar-nos de uma
consciência culpada. Ajuda-nos a evitar doenças sexualmente
transmissíveis e todo o sofrimento com elas relacionado. A observância
da lei da castidade ajuda-nos a sermos dignos da confiança alheia e da
orientação do Espírito Santo. Devemos ser castos para entrarmos no
templo e casarmo-nos para o tempo e eternidade. A castidade nos
ajudará a desfrutar de uma vida familiar mais feliz aqui na Terra e a
sermos dignos de continuar nossa vida familiar eternamente.
  Peça à irmã que trouxe seu filhinho à classe que expresse a alegria
  que ela e seu marido sentem por serem uma família eterna.
É um sério pecado quebrar a lei da castidade, e isso pode nos trazer
sofrimento, destruir nosso respeito próprio e fazer com que nos

60
Lição 9

sintamos culpados. A falta de castidade pode causar desconfiança nos
membros da família e acabar por destruí-la. A pessoa torna-se indigna
de receber a orientação do Espírito Santo e pode trazer crianças ao
mundo fora da unidade familiar. Os membros da Igreja que quebram a
lei da castidade quebram convênios sagrados com Deus. O uso
incorreto deste poder de criação pode fazer com que percamos o
privilégio do progresso eterno.
As relações sexuais fora do casamento são pecados sérios que maculam
a vida das pessoas envolvidas. Tais manchas só podem ser removidas
pelo processo de completa confissão e arrependimento. (Ver lição 2,
neste manual, “Arrependimento”.) Às vezes cometemos erros antes de
compreendermos os mandamentos do Senhor a respeito da castidade.
Se assim for, devemos falar com o nosso presidente do ramo, bispo ou
presidente da missão, que nos aconselhará e ajudará a completar o
nosso arrependimento. O Salvador está ansioso por perdoar-nos,
sempre que nos arrependermos de nossos pecados. Ele nos diz: “Eis
que aquele que se arrependeu de seus pecados é perdoado e eu, o
Senhor, deles não mais me lembro”. (D&C 58:42)
Como Ensinar Castidade a Nossos Filhos
  Mostre um cartaz com a seguinte lista ou escreva-a no quadro-negro:

 1. Ajude-os a compreender a natureza e santidade do poder
 criador de nosso corpo;
 2. Demonstre-lhes amor;
 3. Encorage-os a observarem padrões adequados de namoro.
 4. Encoraje-os a se vestirem recatadamente;
 5. Dê o exemplo adequado como mãe.


Ajude-os a Compreender a Natureza e Santidade do Poder Criador de
Nosso Corpo
As crianças são naturalmente curiosas sobre o seu corpo. Os pais
podem explicar a elas com simplicidade, na hora certa, a maneira
adequada de cuidar do corpo. Eles devem também ajudar os filhos a
entender que seu corpo é por demais sagrado e pessoal, para ser
tocado inadequadamente por elas mesmas ou por outros.
  Peça aos membros da classe que pensem numa situação em que os
  pais poderiam ensinar uma criança a respeitar o próprio corpo.
As crianças refletirão as atitudes de seus pais. Se seus pais acham graça
em alusões maliciosas, assistem a filmes obscenos ou indecentes, ou
permitem que livros ou revistas pornográficas penetrem em seu lar, as
crianças aprenderão atitudes erradas. Os pais devem falar a respeito do
corpo reverentemente, mas com franqueza e sem embaraço. Ao

                                                                      61
Lição 9

mostrarem uma afeição genuína entre si, ensinarão que a procriação é
sagrada. Devemos também ajudar as crianças a entender seu papel,
masculino e feminino, pois isso as ajudará a se sentir bem sobre sua
condição sexual. Os pais que se sentem bem em seus papéis como
homens e mulheres transmitem esse sentimento a seus filhos.
  De que forma nossa atitude como pais pode ensinar mais do que
  palavras?
As crianças devem entender claramente de onde vêm e como nascem
os bebês. Devem-se ensinar também às crianças que o Senhor ordenou
que as relações sexuais fossem reservadas para o casamento. Meninos,
meninas, homens e mulheres não devem desobedecer esse
mandamento sagrado.
Demonstre Amor aos Filhos
  Mostre a gravura 9-a, “O amor materno é uma bênção para a família”.
Quando as crianças são pequenas, os pais podem ensinar-lhes
maneiras adequadas de expressar afeição. É importante que
preenchamos as necessidades afetivas da criança, para que ela não
procure preenchê-las mais tarde, de maneira inadequada. Quando os
pais são francos e amorosos, edificam em seus filhos a confiança.
Assim, quando eles têm perguntas ou problemas pessoais, sentem-se à
vontade para consultar seus pais.
Incentive-os a Observarem Padrões Adequados de Namoro
O Presidente Spencer W. Kimball disse que “quaisquer encontros ou
namoros que se afastem dos contatos sociais, devem ser adiados até
pelo menos a idade de 16 anos ou mais”. (“A Decisão do Matrimônio”,
A Liahona, julho de 1976, p. 2) Os jovens são encorajados a cultivar
somente uma relação de amigo, sem compromisso, até que o rapaz
tenha servido como missionário.
Quando estiver na época de namorar sério, podemos incentivar os
jovens a desenvolver boas qualidades e a procurar características
semelhantes no companheiro ou companheira em potencial. O Élder
Richard G. Scott deu o seguinte conselho: “Enquanto você procura um
companheiro eterno, procure alguém que esteja desenvolvendo as
qualidades indispensáveis à felicidade: o amor profundo pelo Senhor e
Seus mandamentos, a determinação de viver de acordo com eles, a
compreensão, a capacidade de perdoar os outros, a disposição de doar-
se de si mesmo, o desejo de ter uma família abençoada com filhos e o
compromisso de ensinar-lhes os princípios da verdade no lar”. (A
Liahona, julho de 1999, p. 29)
O Élder Scott também enfatizou a importância da castidade no namoro:
“É uma transgressão tomar, no namoro, liberdades que deveriam ser
reservadas para depois do casamento. Esse comportamento ofende o
Espírito Santo, leva a sentimentos de tristeza e decepção e podem
mascarar traços e características que venham a mostrar-se conflitantes
62
9-a, O amor materno é uma bênção para a família.




                                                   63
Lição 9

ou incompatíveis no convênio do casamento. As sementes da falta de
confiança, cujos frutos são o divórcio e a perda das bênçãos do templo,
muitas vezes são semeadas pela violação das leis de pureza pessoal.
Não cometam esse erro”. (A Liahona, julho de 1999, p. 30)
  Quais são os padrões adequados de namoro para os santos dos
  últimos dias? De que maneira os pais podem ensinar seus filhos a
  importância de manterem padrões elevados de namoro?
Encoraje-os a Se Vestirem Recatadamente
Desde o tempo de Adão e Eva, o Senhor tem pedido a Seus filhos que
cubram o corpo. Até serem tentados por Satanás no Jardim do Éden,
Adão e Eva não sabiam que estavam nus. Depois de haverem comido
do fruto proibido, conscientizaram-se de sua nudez e tentaram cobrir
suas partes mais sagradas com aventais de folhas de figueira. Os
padrões de recato ensinados pelo Senhor, entretanto, são bem mais
rígidos. Ele lhes deu túnicas de pele para cobrirem-se, muito embora
naquela época estivessem sozinhos na Terra. (Ver Moisés 4:13, 27.)
Os padrões de recato ensinados pelo Senhor não são os mesmos do
mundo. Desde o tempo do Profeta Joseph Smith até nossos profetas
mais recentes, nossos líderes têm pedido que criemos nosso próprio
estilo e moda. (Ver Spencer W. Kimball, “A Style of Our Own”, BYU
Devotional Assembly, 13 de fevereiro de 1951.) O Presidente Brigham
Young descreveu o tipo de moda que devemos usar: “Suponhamos que
um anjo do sexo feminino viesse à sua casa e vocês tivessem o
privilégio de vê-lo; como estaria vestido? (…) Limpo e bonito, com seu
semblante cheio de glória, brilhante, claro e perfeitamente belo,
encantando, com a graça de cada ato seu, o coração de quem o visse.
Não haveria nada supérfluo nele. Nenhuma das minhas irmãs crê que
essas modas inúteis e tolas sejam seguidas no céu; portanto, que as
coisas boas e celestiais lhes sirvam de modelo para sua vida(…)”.
[Deseret News (Weekly), 30 de abril de 1873, p. 196]
Podemos medir nossos padrões de recato, perguntando-nos: “Como
me sentiria a respeito de minha roupa, se soubesse que o profeta está
para visitar-me? Será que minha roupa é um bom exemplo do que uma
moça ou senhora santo dos últimos dias deve usar?” Devemos praticar
o recato em nosso próprio lar. Até mesmo as crianças pequenas devem
vestir-se recatadamente e serem ensinadas a esse respeito.
Somos responsáveis pelo efeito que nossos padrões de vestuário
exercem sobre os outros. Tudo o que causa pensamentos inadequados
ou dá um mau exemplo diante dos outros não é recato. É
especialmente importante que ensinemos nossas jovens a não vestirem
roupas que provoquem pensamentos inadequados nos rapazes.
  Quais estilos, comuns atualmente, devemos evitar?
O recato pode-nos ajudar a guardar a castidade. Precisamos escolher
modelos que sejam agradáveis a nós e ao Senhor.

64
Lição 9

Dê o Exemplo Adequado como Mãe
Ao guardarem a lei da castidade e serem recatados, os pais devem dar
o exemplo adequado.
 Faça uma revisão das cinco sugestões que estão no quadro-negro ou
 cartaz, para o ensino da castidade às crianças. Quais são as outras
 formas que podem ajudar a nós mesmas e a nossos filhos a observar
 a lei da castidade e a usar de recato na maneira de vestir?
Conclusão
O Presidente Spencer W. Kimball, falando às jovens SUD no México e
na América Central, disse: “Vocês são filhas de Deus (…). Vocês são
feitas à imagem de nossa mãe celestial (…). Seu corpo é-lhes sagrado e
precioso”. (Relatório Oficial da Primeira Conferência Geral de Área da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no México e na
América Central, agosto de 1973, p. 108.)
Nosso corpo é um templo onde habita nosso espírito. “Nada que é
impuro pode habitar com Deus.” (Ver 1 Néfi 10:21; ver também I
Coríntios 3:16–17.) É muito importante conservar nosso corpo puro e
limpo para sermos dignos de voltar a viver com Deus.
Desafio
Verifique seu guarda-roupa e veja se suas roupas são recatadas. Em casa,
coloque uma cadeira em frente ao espelho e peça a cada membro da
família que se sente nela e decida como pode ser recatado no vestir e no
sentar. Se achar necessário, fale com seu marido da importância de
ensinar a castidade e o recato a seus filhos, meninos e meninas.
Escrituras Adicionais
• I Coríntios 10:13 (Deus provê um meio de escaparmos à tentação);
• Jacó 2:22-35; 3:1–3 (A castidade é agradável ao Senhor);
• Alma 39:1–9 (Coriânton é reprovado por sua conduta pecadora e
  aconselhado a arrepender-se).

Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 39, “A Lei da Castidade”;
2. Examine a lição 2 deste manual, “Arrependimento”;
3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro;
4. Peça a uma irmã que leia na aula Princípios do Evangelho, capítulo 39,
   subtítulo “O Que É a Lei da Castidade p. 249?”
5. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.

                                                                        65
CASAMENTO ETERNO
                            Lição 10




O propósito desta lição é ajudar-nos no planejamento e na preparação
para recebermos o convênio do casamento eterno.
Por Que Devemos Casar no Templo
 Mostre a gravura 10-a, “Um casal é selado para a eternidade no templo.”
A vida não termina com a morte, e o casamento também não foi feito
para terminar com a morte. Porém, o casamento realizado por oficiais
civis ou de outras igrejas, fora do templo, é só para esta vida. O
casamento eterno no templo é o único que continuará após a morte, e a
exaltação no grau mais alto do reino celestial só vem para aqueles que
fazem tal convênio e o observam.
 Ler Doutrina e Convênios 131:1–4.
Depois que ressuscitarmos, iremos para um dos três reinos de glória.
Precisamos tomar decisões corretas, arrepender-nos continuamente e
seguir os mandamentos do Pai Celestial por toda a vida para entrar no
reino mais alto. (Ver Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão,
reimpresso em 1999, capítulo 17.) Uma das decisões que tomamos é a
de nos casarmos para a eternidade no templo. Aqueles que fazem e
guardam o convênio do casamento eterno ficarão unidos a suas
respectivas famílias por toda a eternidade.
 Ler Doutrina e Convênios 132:15–17.
Joseph Smith ensinou: “A menos que o homem e sua mulher entrem
no convênio eterno e sejam casados para a eternidade (…) Não terão
filhos depois da ressurreição”. (History of the Church, 5:391)
“A exaltação só é alcançada pelos membros íntegros de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias; somente por aqueles que
aceitam o evangelho; somente por aqueles que receberam sua
investidura no templo santo de Deus e foram selados para a
eternidade, e que continuam a viver em retidão durante todo o tempo
em que vivem na mortalidade.” [Spencer W. Kimball, O Milagre do
Perdão, (reimpresso em 1999), p. 246]

66
Um casal é selado para a eternidade no templo.




                                                 67
Lição 10

 Por que deveríamos querer que nossa família fosse selada no
 templo? O que devemos fazer depois de sermos selados no templo, a
 fim de permanecermos casados para a eternidade?
As Bênçãos do Casamento Eterno
O Presidente Lorenzo Snow ensinou: “Quando um casal santo dos
últimos dias se une em casamento, recebe promessas espetaculares
referentes a sua descendência e que vão de eternidade a eternidade.
Aos dois é prometido que terão o poder e o direito de governar,
controlar e administrar salvação, exaltação e glória a seus
descendentes, mundos sem fim. E os filhos que não tiverem aqui,
indubitavelmente poderão ter na vida futura. O que mais o homem
pode desejar? Um homem e uma mulher, na outra vida, com corpo
celestial, livre de enfermidades, glorificado e embelezado acima de
qualquer descrição, junto com seus descendentes, governando-os e
controlando-os, administrando-lhes vida, exaltação e glória, mundos
sem fim”. [Deseret News, 13 de março de 1897; citado por Spencer W.
Kimball, O Milagre do Perdão (reimpresso em 1999), p. 246.]
  Mostre a gravura 10-b, “Sala de selamento do Templo de Washington
  D.C.”
Que promessas gloriosas! Se formos selados para a eternidade e
continuarmos a viver dignamente, ficaremos com nossa família para
sempre. Nossa família terrena ficará permanentemente conosco e
poderemos continuar a crescer, acrescentando filhos espirituais à nossa
posteridade.
  Como você se sente sabendo que pode receber essas bênçãos?
O irmão Bo. G. Wennerlund, da Suécia, expressou estes pensamentos
depois que ele e sua mulher foram selados no Templo da Suíça:
“Jamais esquecerei a alegria, felicidade e a determinação de viver o
evangelho que me encheu a alma depois da primeira visita ao templo.
Alcancei conhecimento e visão a respeito do meu destino eterno, que
jamais sonhara alcançar. O ponto alto foi quando nossa família foi
selada para o tempo e toda a eternidade.
Fitei os olhos de minha mulher por sobre o altar e vi lágrimas de
felicidade correndo-lhe pela face. Eu a amava antes, mas nunca tanto
quanto naquele momento. Ela, uma filha de Deus, era mãe de meus
filhos! Parecia que até então eu nunca entendera isso. Depois, nossas
orações passaram a ser mais significativas, amávamos o Senhor mais
do que nunca, e O servíamos com todo o prazer.
Continuamos a voltar ao templo, porque amamos o trabalho e o
espírito ali reinante. Toda vez que retornamos, somos lembrados dos
convênios que fizemos e isso é o mais forte incentivo para
continuarmos a viver de acordo com o evangelho”. (“I Had Loved Her
Before (…), Ensign, agosto de 1974, p. 62.)

68
10-b, Sala de selamento no Templo de Washington D.C.




                                                       69
O Templo de Preston, Inglaterra.




70
Lição 10

Devemos viver de modo a sermos dignos de receber as bênçãos de um
casamento eterno. Deveríamos mostrar-nos dispostos a fazer grandes
sacrifícios para alcançá-las.
  Convide as irmãs que já foram seladas no templo a expressarem seus
  sentimentos a respeito do casamento eterno e das famílias eternas.
Como Se Preparar para o Casamento Eterno
Antes de irmos ao templo, precisamos ter uma entrevista pessoal com
nosso bispo ou presidente de ramo e nosso presidente de estaca ou
distrito. Nessa entrevista, nossos líderes fazem-nos certas perguntas a
respeito de nossa dignidade para entrar no templo.
  Mostre um cartaz com o tipo de perguntas feitas nessa entrevista,
  (ver Princípios do Evangelho, capítulo 38) ou escreva-as no quadro-
  negro.
  Se não estivermos vivendo de acordo com os requisitos para entrar
  no templo, o que podemos fazer para corrigir isso? Que sacrifícios
  poderíamos fazer?
Precisamos conservar o objetivo do casamento no templo
constantemente diante de nós. Uma forma de lembrarmos, a nós e
nossos filhos, da importância do viver digno, é pendurar em nossa
casa gravuras do templo mais próximo.
  Mostre a gravura 10-c, “O Templo de Preston Inglaterra”.
Como mães, podemos ajudar nossos filhos a ver a importância do
casamento no templo. Podemos ensiná-los a terem fé em Deus.
Devemos incentivar nossas filhas a procurar um bom marido, que irá
guiá-las em retidão, por meio do poder do sacerdócio. Um homem de
Deus é um grande conforto para sua mulher, principalmente durante
os problemas e dificuldades da vida. Também é importante ensinar
nossos filhos a procurar uma esposa digna e boa, que os apóiem na
Igreja e que ensinem os princípios verdadeiros a seus filhos.
Uma jovem da América Central apaixonou-se por um homem que não
era membro da Igreja. Tentara ensinar-lhe o evangelho, mas ele não
estava interessado. Estava para se comprometer com ele, quando
recebeu um telefonema interurbano de alguns amigos íntimos. Eles
enfatizaram a importância de ser casada com um homem que haveria
de apoiá-la durante as dificuldades e de conduzi-la à exaltação depois
desta vida. Ela escutou, ponderando cuidadosamente as conseqüências
de sua decisão. O incentivo foi suficiente para ajudá-la a decidir não se
casar com aquele homem. Ela sentiu-se muito agradecida por ter
esperado, pois mais tarde encontrou um homem que foi digno de levá-
la ao templo.


                                                                        71
Lição 10

  Que qualidades devemos ensinar nossos filhos a considerar quando
  tiverem que escolher um companheiro?
Precisamos ensinar-lhes que, se realmente querem um marido ou uma
mulher dignos, também devem ser dignos.
  Por que devemos começar a nos preparar agora mesmo para o
  casamento no templo?
Todos aqueles que ainda não são casados ou que já são casados no civil
podem preparar-se para serem selados ao seu cônjuge no templo. Se
temos filhos, podemos selá-los a nós, mas não devemos procrastinar
esse dia importante. Uma vez que tenhamos ouvido e aceitado o
evangelho, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para
receber as ordenanças, enquanto estamos na Terra. [Ver Spencer W.
Kimball, O Milagre do Perdão (reimpresso em 1999), p. 246.]
“Embora muitos jovens não tenham, presentemente, templos em suas
próprias comunidades, há em geral esses edifícios santos a uma
distância razoável (…).
Esperamos sinceramente que, (…) quando vocês planejarem sua lua-
de-mel, façam-no de modo que possam ir a um desses templos mais
próximos, a fim de serem selados para toda a eternidade, para que
seus filhos sejam permanentemente seus e que vocês sejam
definitivamente seus pais”. (…) (Spencer W. Kimball, “A Decisão do
Matrimônio”, A Liahona, julho de 1976, p. 1.)
Algumas pessoas, devido a circunstâncias além do seu controle, poderão
não entrar no templo nesta vida. É confortante saber que poderão
receber a ordenança do selamento eterno vicariamente no templo.
  Peça a um membro da classe designado que apresente uma breve
  revisão dos dois subtítulos de Princípios do Evangelho; capítulo 40.
  (Ver “Preparação da Professora” no final da lição.)
Devemos Estar Dispostos a Sacrificar
O Senhor sabe com que intensidade desejamos algo, pelos sacrifícios que
estamos dispostos a fazer a fim de consegui-lo. Se realmente desejarmos
o casamento eterno, estaremos dispostos a nos sacrificar por ele.
O irmão Vaha’i Tonga e sua mulher, das ilhas de Tonga, sacrificaram-se
para poder ir ao templo. “Não era fácil para um santo tonganês
economizar dinheiro suficiente para uma viagem assim. Foram meses
de preparação e economia, mas, finalmente, o dinheiro foi juntado e os
planos feitos”.
Entretanto, o presidente da missão dirigiu-se ao irmão Tonga e pediu-
lhe que contribuísse com todo o dinheiro que tinha economizado a fim
de ir ao templo, para a construção de uma capela em seu ramo. Se ele
não fizesse isso, mais dois anos se passariam antes que uma capela
72
Lição 10

pudesse ser construída lá. O irmão Tonga conversou a respeito com
sua mulher.
“Era difícil desistir de seu sonho de ver o novo templo”, mas, no dia
seguinte, eles deram o dinheiro ao presidente da missão. Naquela
noite, o irmão Tonga disse a sua mulher: “(…) O Senhor nos prometeu,
por intermédio de nossos líderes, que, se guardássemos Seus
mandamentos, Ele nos prepararia o caminho para que pudéssemos ir à
dedicação [do Templo de Nova Zelândia]. Nós temos vacas, porcos e
alguns cavalos, além da mobília e esteiras. Vamos vender tudo para
que possamos receber as bênçãos da dedicação”.
O irmão Tonga e sua mulher tentaram vender sua criação na quinta e
na sexta-feira, mas ninguém queria comprá-la. O tempo encurtava; na
segunda-feira seguinte o navio deveria partir para a Nova Zelândia. O
irmão Tonga contou:
“Na manhã de sábado, três famílias vieram, as quais necessitavam de
algumas vacas, porcos e outras coisas, e recebemos 500 a 600 dólares
em aproximadamente meia hora”. Agora eles já tinham o dinheiro e
podiam partir.
O irmão Tonga e sua mulher foram o primeiro casal a ser selado no
Templo de Nova Zelândia, mas a história não termina aí. O irmão
Tonga contou:
“Quando minha mulher e eu fomos selados um ao outro, algo tocou meu
coração. Nossos filhos não estavam conosco e vieram-me lágrimas aos
olhos. Quando chegamos em casa, prometi aos nossos quatro filhos que,
se eles ajudassem, poderíamos ir juntos ao templo. Pensei comigo mesmo:
‘Como lhes posso dizer: seja um bom menino, ou uma boa menina, se não
sou selado a eles no templo?’ Senti-me como se não fossem meus.
Durante dois anos, sacrificamos quase tudo. Dividia o meu salário da
escola entre cada um de nós, e economizávamos isso. Mas pagávamos
nosso dízimo e oferta de jejum. Ficamos com setenta centavos de dólar
por mês durante dois anos. Vivíamos daquilo que podíamos cultivar e
juntar (…). Meus filhos não podiam comprar doces ou sapatos, ou ir ao
cinema, porque estavam economizando para ir ao templo.
Para economizar nos custos de transporte, eu também ia de bicicleta
para as reuniões do distrito (…), a 11 quilômetros de distância. (…) A
maioria das reuniões de nosso distrito começava às 6 horas da manhã,
assim, eu tinha que sair de casa bem cedo.
Quando chegou o prazo final para termos nosso dinheiro (…), os dois
garotos mais velhos disseram que tinham cerca de 235 dólares. Depois
de economizar durante dois anos, o pequenino (com apenas cinco anos
de idade) havia conseguido 65 dólares. Eu havia economizado 1300
dólares para minha família.

                                                                     73
Lição 10

Pudemos, por meio de sacrifício, levar nossa família à Nova Zelândia
para ser selada no templo. Tivemos que fazer algumas coisas extras
para realizar nossos objetivos, mas foi-nos uma grande bênção”. (Ver
“Pelo Templo, Vivemos com 70 centavos por Mês”, A Liahona, julho de
1976, p. 12)
Conclusão
Quando somos selados uns aos outros por meio da ordenança no
templo, e vivemos dignamente, seremos unidos em famílias para
sempre. Na próxima vida, poderemos continuar a nos multiplicar,
acrescentando filhos espirituais à nossa família. Se ainda não nos
casamos no templo, devemos preparar-nos, por meio do viver digno,
para essa bênção eterna.
Desafio
Fale da importância do casamento eterno com sua família e faça da ida
ao templo uma meta. Pendure em sua casa uma gravura do templo,
para servir-lhes de lembrete.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 38, “O Casamento Eterno”, e
   capítulo 40, “O Trabalho do Templo e da História da Família”;
2. Estude Doutrina e Convênios 132:14–20;
3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro;
4. Designe um membro da classe para fazer um breve resumo de dois
   subtítulos do capítulo 40 de Princípios do Evangelho: “As Ordenanças
   do Templo Selam as Famílias para Sempre” e “História da Família—
   Como Começamos a Ajudar Nossos Antepassados”.
5. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




74
A MULHER NA
   IGREJA
A IMPORTÂNCIA DO
         SACERDÓCIO
                             Lição 11




O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender o que é o
sacerdócio e como ele pode auxiliar nossa família a ser exaltada.
Sacerdócio—O Poder para Agir por Deus
O trabalho de Deus é “Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do
homem”. (Moisés 1:39) Deus e Jesus Cristo deram aos homens
autoridade e poder para fazer Seu trabalho na Terra. “(O sacerdócio)
não é nada mais nada menos do que o poder de Deus delegado ao
homem, e por meio do qual este pode agir na Terra, para a salvação da
família humana, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e agir
legitimamente.(…)” [Joseph F. Smith, Doutrina do Evangelho, 5ª ed.
(1939), p. 125]
  Mostre a gravura 11-a, “Pedro, Tiago e João conferindo o Sacerdócio
  de Melquisedeque a Joseph Smith e Oliver Cowdery”.
João Batista apareceu a Joseph Smith e Oliver Cowdery no dia 15 de
maio de 1829, e conferiu-lhes o Sacerdócio Aarônico. Logo depois,
Pedro, Tiago e João conferiram-lhes o Sacerdócio de Melquisedeque.
No dia 6 de abril de 1830, Joseph Smith e Oliver Cowdery ordenaram
um ao outro élderes no sacerdócio.
O sacerdócio é conferido aos homens dignos da Igreja. Depois, como
no caso de Joseph Smith e Oliver Cowdery, eles podem ser ordenados
a um ofício no sacerdócio. Após receberem o Sacerdócio Aarônico,
podem ser ordenados ao ofício de diácono, mestre ou sacerdote.
Depois de o Sacerdócio de Melquisedeque lhes ser conferido, podem
ser ordenados ao ofício de élder ou sumo sacerdote; os sumos
sacerdotes podem ser ordenados por meio de chamados especiais ao
ofício de bispo, patriarca, Setenta ou Apóstolo. Esses ofícios são todos
chamados no sacerdócio, cada qual com responsabilidades diferentes.
Quando os homens possuem o sacerdócio, podem realizar as
ordenanças sagradas do evangelho, tais como batismo, confirmação,
administração do sacramento e outros. (A lição 12, “As Ordenanças do
Sacerdócio”, trata desse assunto.)


76
11-a, Pedro, Tiago e João conferindo o Sacerdócio de Melquisedeque a
                   Joseph Smith e Oliver Cowdery.




                                                                       77
Lição 11

O Poder do Sacerdócio Vem por meio da Retidão
Joseph Smith ensinou um princípio fundamental do sacerdócio: “(…)
os direitos do sacerdócio são inseparavelmente ligados com os poderes
do céu e (…) os poderes do céu não podem ser controlados nem
exercidos a não ser de acordo com os princípios da retidão”. (D&C
121:36)
O Presidente N. Eldon Tanner ilustrou a importância da retidão e do
poder do sacerdócio na seguinte história:
“Quando eu era bispo, tinha em minha ala seis rapazes com idade
suficiente para serem ordenados élderes. Eu podia recomendar apenas
cinco deles, pois um não estava pronto. Havíamos falado várias vezes
sobre o assunto e ele me dizia: ‘Não sou digno’. Ele sentia-se muito
mal em relação a isso, mas não esperava ser recomendado (…). Seu tio
veio a mim e disse: ‘Naturalmente você não vai deter este rapaz, com
seus cinco amigos todos progredindo. Ele instou comigo para que o
deixasse receber o sacerdócio maior. Disse-me o tio : ‘Você estará
empurrando-o para fora da Igreja, se não o fizer’.
Expliquei a esse homem: ‘O sacerdócio é a coisa mais importante que
podemos dar a esse rapaz. Não lhe estamos estendendo o sacerdócio
em uma bandeja de prata. Esse rapaz e eu nos entendemos, e ele não
está pronto para ser ordenado um élder’. E ele não foi recomendado.
Alguns anos mais tarde, eu estava assistindo a uma conferência geral
(…), quando um jovem se aproximou de mim e disse: ‘Presidente
Tanner, provavelmente o senhor não se lembra de mim, sou o rapaz
que o senhor não recomendou para ser um élder’. Ao estender a mão,
ele disse: ‘Quero agradecer-lhe por aquilo. Sou, agora, um bispo na
Califórnia. Se o senhor me houvesse recomendado quando eu não era
digno, possivelmente eu nunca teria apreciado o que é o sacerdócio e o
que se espera da pessoa, e certamente eu nunca teria sido chamado
como bispo, como fui. (“As Responsabilidades do Sacerdócio”, A
Liahona, dezembro de 1973, p. 39–40)
  Por que foi melhor para esse homem ter esperado estar pronto para
  ser ordenado?
O Senhor disse que os homens recebem as bençãos do sacerdócio
somente por meio da retidão. Eles devem magnificar os seus chamados
no sacerdócio, cumprindo as designações que lhes foram feitas. Devem
também dirigir sua família com amor, bondade e paciência. (Ver D&C
121:34, 41–42.)
A irmã Yu, Kum OK, da Coréia, contou-nos a seguinte história sobre
seu marido, digno portador do sacerdócio:
“Sou dona-de-casa e tenho um filho e duas filhas. Tenho trinta e quatro
anos e me casei em 1964. Gostaria de prestar meu testemunho.

78
Lição 11

Fui batizada no dia 14 de setembro de 1974 e estou muito orgulhosa de
meu marido, um verdadeiro santo dos últimos dias na Coréia. Embora
ele tenha sido batizado há apenas quatro anos, é uma pessoa
maravilhosa; decidiu ser semelhante a Jesus (…). Eu não sabia nada
sobre o significado da vida e tinha perguntas, tais como: De onde
viemos? Por que estamos aqui? Para onde deveremos ir? Eu pensava
que Deus não existia e que Jesus não passava de uma pessoa comum.
Tudo o que eu tinha em mente era ajudar meu marido e conservar
meus filhos fortes e saudáveis. Nunca me preocupei com a salvação,
ou seja, com a vida eterna.
Agora, porém, sou muito diferente. Eu sei qual é o significado real da
vida. Por meio das ações e palavras do meu marido, vim a saber o que
o mormonismo realmente significa. Meu marido nunca bebe, não
fuma, nem toma café ou chá e volta para casa logo depois de seu
trabalho. Ele nunca se ofende e gosta de brincar com as crianças, de
lavar os pratos, de conservar a casa limpa; nunca mente e sempre tenta
falar suavemente e fazer sua parte nas tarefas da casa de boa vontade.
Todas essas coisas eu posso ver com meus próprios olhos e acho que
não existe outro milagre igual a esse. Meu marido converteu-se numa
pessoa completamente diferente.
Depois de meu marido haver-se convertido, fiquei imaginando o que
foi que o tornou tão diferente, e finalmente compreendi. Foi o Livro de
Mórmon, que ele sempre lia. Tomei a decisão de me matricular numa
classe do instituto de religião e aprender sobre o Livro de Mórmon;
estudei com missionários americanos, que me foram apresentados por
meu marido. Finalmente fui batizada por meu amado esposo. Acho
que esse mesmo espírito, tão forte, que transformou meu marido
noutra pessoa, agora me influencia e abençoa também.
Eu quero viver para o tempo e a eternidade com meu marido e meus
filhos na glória celestial. Quero ser um membro devotado da Sociedade
de Socorro, uma boa mãe e boa esposa que sempre apóia as ações do
portador do sacerdócio, meu marido”. [“A Real Latter-day Saint—Leon
Harstshorn, comp. de Inspirational Missionary Stories, (1976) pp. 30–31]
Ao se transformar e honrar o sacerdócio, esse homem inspirou sua
mulher a sentir o desejo de ser uma esposa e mãe melhor, e uma filha
de Deus.
  De que forma a resolução desta irmã, de viver dignamente, pode
  influenciar seu marido e seus filhos? Como pode a retidão
  influenciar nosso marido e filhos? Qual o efeito disso na vida eterna?
O Sacerdócio É Necessário para a Exaltação Familiar
Devemos fazer certas coisas para alcançarmos a exaltação e vivermos
com o Pai Celestial. Com a ajuda do sacerdócio, podemos fazer todas
elas.
                                                                           79
Lição 11

O Presidente Brigham Young disse: “Muito já foi dito a respeito do
poder que os santos dos últimos dias possuem. São eles que têm o
poder, ou é o sacerdócio? É o sacerdócio; e se viverem de acordo com
ele, poderão iniciar sua obra aqui (…) preparando-se assim para
receberem glória, imortalidade e vida eterna”. [Discursos de Brigham
Young. John A. Widtsoe (1954), pp. 131–132]
O Senhor deu-nos mandamentos e princípios do evangelho, aos quais
é necessário que obedeçamos para conseguir a exaltação familiar.
Embora possamos obedecer a alguns dos mandamentos sem o
sacerdócio, as ordenanças de exaltação dependem do poder dele.
Batismo, confirmação, casamento no templo—tudo depende do poder
do sacerdócio. Sem essas ordenanças, não podemos ser exaltados.
Algumas de nós podemos sentir-nos em desvantagem por não sermos
casadas, por nosso marido e pai não serem membros ou não honrarem
o seu sacerdócio. Devemos ser pacientes e amorosas para com eles e
continuar orando, a fim de que, algum dia, possam ser tocados pelo
Espírito do Senhor. Enquanto isso não acontece, podemos receber
ordenanças por intermédio de outros portadores dignos do sacerdócio.
“Nosso Pai Celestial deixou bem claro aos filhos dos homens que é
somente pelas mãos daqueles que possuem autoridade divina que
poderemos conseguir o poder de tornar-nos membros do reino
Celestial.” (George Albert Smith, Conference Report, abril de 1934, p. 28)
  Ler Doutrina e Convênios 132:19. Quais as ordenanças do sacerdócio
  mencionadas nessa escritura, necessárias para a exaltação? O que é
  exaltação? Como pode uma família ser exaltada?
“A exaltação é a vida no mais alto grau do reino celestial, juntamente
com o Pai Eterno. O casal que vive dignamente pode ser selado no
templo. Os filhos que nascerem dessa união tornam-se parte de sua
unidade familiar. A família que entra na Igreja mais tarde, provando a
sua dignidade, pode conseguir a ordenança seladora no templo. Em
ambos os casos, é essencial que se persevere até o fim para alcançar a
exaltação.” [Learn of Me and Listen to My Words, (1977), p. 118]
Conclusão
Por meio da restauração do sacerdócio, o Pai Eterno deu-nos o poder
para ganhar a exaltação. Devemos receber as ordenanças seladoras e
viver dignamente. Devemos viver para a eternidade e não para o
momento. Devemo-nos esforçar para ser dignos e receber as
ordenanças do sacerdócio que nos exaltarão.
Desafio
Leia Princípios do Evangelho, capítulos 13 e 14, para aprender mais a
respeito do sacerdócio. Como parte de uma noite familiar, fale sobre
sua importância.

80
Lição 11

Escrituras Adicionais
  Doutrina e Convênios 13 (ordenação de Joseph Smith e Oliver
  Cowdery ao Sacerdócio Aarônico);
  Doutrina e Convênios 131:1–3 (o novo e eterno convênio do
  casamento);
  Doutrina e Convênios 132:18–20 (casamento eterno).


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 13, “O Sacerdócio”, e
   capítulo 14, “A Organização do Sacerdócio”.
2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




                                                                         81
AS ORDENANÇAS DO
         SACERDÓCIO
                             Lição 12




O propósito desta lição é ajudar-nos a reconhecer como as ordenanças
do sacerdócio abençoam nossa família.
As Ordenanças do Sacerdócio
As ordenanças são atos especiais que os portadores do sacerdócio
podem realizar, para proporcionar bênçãos aos filhos de Deus. Os
homens dignos que possuem o sacerdócio podem realizar essas
ordenanças para os membros da família e, quando autorizados, por
outras pessoas.
Algumas dessas ordenanças são essenciais para a nossa salvação e
exaltação. Entre elas estão o batismo, o dom do Espírito Santo, a
investidura e selamentos no templo. Outras, como as bênçãos para a
cura dos doentes ou para o conforto e consolo dos desamparados, são
proporcionadas por meio do sacerdócio, para ajudar-nos na nossa
jornada nesta vida.
 Mostre um cartaz em que estejam relacionadas as seguintes ordenanças
 do sacerdócio ou escreva as informações no quadro-negro:

 1. Batismo;
 2. Dom do Espírito Santo, também chamado de confirmação;
 3. Recebimento do Sacerdócio (somente para os homens);
 4. Investidura do templo;
 5. Casamento e selamento no templo, para o tempo e
    eternidade;
 6. Sacramento;
 7. Bênção das criancinhas para o recebimento de um nome;
 8. Bênção dos doentes;
 9. Bênçãos especiais;
 10. Bênção patriarcal;

82
12-a, Um portador do sacerdócio realiza a ordenança do batismo.




                                                                  83
12-b, Confirmação de um converso como membro de A Igreja de Jesus Cristo dos
                       Santos dos Últimos Dias por dois élderes




84
Lição 12

  Mostre as gravuras 12-a, "Um portador do sacerdócio realiza a
  ordenança do batismo", 12-b, "Confirmação de um converso como
  membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias por
  dois élderes", 12-c, "Um pai digno dá um nome e uma bênção a sua
  filha", 12-d, "Bênção a um doente". Fale sobre o propósito de cada
  uma das ordenanças. [Ver "As Ordenanças e Bênçãos do Sacerdócio"
  no Guia da Família, p. 18 (31180 059).]
  Que ordenanças você e sua família já receberam?
As Bênçãos Advindas das Ordenanças do Sacerdócio
As ordenanças do sacerdócio abençoam nossa vida de várias maneiras.
Além das ordenanças necessárias para nossa salvação, o Bispo H.
Burke Peterson mencionou outras formas pelas quais o sacerdócio
pode abençoar-nos: "Se vivermos dignamente, teremos um poder
recebido de nosso Pai Celestial, que trará paz a um lar perturbado.
Teremos o poder de abençoar e consolar criancinhas, levaremos o sono
a olhos lacrimosos nas altas horas da madrugada. Teremos o poder (…)
de acalmar os nervos agitados de uma esposa exausta. Teremos o
poder de prover orientação a um adolescente confuso, (…) o poder de
abençoar uma filha antes de sua primeira saída com o namorado ou
antes de casar-se no templo; ou para abençoar um filho antes de sua
partida para a missão ou faculdade. (…) Teremos o poder de curar os
enfermos e consolar os solitários." (Conference Report, abril de 1976,
pp 50–51; ou Ensign, maio de 1976, 33)
Como esposas, mães, filhas e irmãs podemos pedir a nosso marido,
pai, irmãos, ou mestres familiares que nos dêem tais bênçãos.
  Peça às irmãs que pensem em alguns homens que poderiam lhes dar
  uma bênção do sacerdócio, se precisassem.
A irmã Kyuln Lee, da Coréia foi consolada por uma bênção do
sacerdócio. Ela nos contou a seguinte história:
"Aconteceu há sete anos, quando meu marido, membro da presidência
do distrito da Coréia, tinha que viajar longas distâncias quase todos os
fins de semana, no cumprimento de suas designações da Igreja,
deixando-me sozinha com nossa filha, Po Hee. Neste fim de semana
em particular, ele tinha viajado 435 quilômetros até Pusan no sábado
(uma viagem de 7 horas de ida e outras tantas de volta), regressando
ao ramo leste de Seul no domingo. Era muito cansativo e eu sentia
muita pena dele.
Po Hee parecia com saúde normal no sábado e no domingo, e, embora
tivesse ficado um pouquinho irrequieta na reunião sacramental, tomou
a mamadeira depois que voltamos para a casa e dormiu. Mais ou
menos às 21h30, ela começou a chorar mais alto do que de costume.
Quando a tomei nos braços, descobri que estava com febre alta. Não

                                                                      85
12-c, Um pai digno dá um nome e uma bênção à sua filha.




86
Lição 12

sabia o que fazer. O único hospital que havia perto de casa estava
fechado. Ela continuou a chorar durante algum tempo, e quando
finalmente meu marido entrou porta a dentro, eu também comecei a
chorar.
Meu marido nos abraçou e perguntou o que estava acontecendo. Po
Hee parecia estar sofrendo muito. Quando eu lhe contei o que havia,
ele colocou sua mala e seu casaco no chão e pegou o óleo consagrado,
ministrando, em seguida a nossa filha. Não me recordo de todas as
palavras, mas, depois de ter dito as palavras formais da ministração,
ele continuou: "Pai Celestial, sinto-me agradecido por minha vida, por
minha mulher e minha filha. Sinto-me agradecido pelo evangelho
restaurado e pela oportunidade de servir. Tu me enviaste até Pusan e
até o Ramo leste de Seul, para tratar de alguns assuntos da Igreja. Eu
me desincumbi de minhas responsabilidades ontem e hoje, e agora
estou encontrando minha filha muito doente. Tu me ajudaste sempre,
por favor, ajuda-me hoje também."
Antes de haver concluído sua oração, o bebê já adormecera, e quando
eu olhei para cima, vi meu marido em pé com lágrimas nos olhos.
Nossa filhinha está atualmente na escola, no segundo ano, e é muito
saudável e feliz. ("Our Baby, My Husband, and the Priesthood", Ensign,
agosto de 1975, p. 65)
As bênçãos do sacerdócio estão ao dispor de todos os membros de
nossa família. A criança que possui algum problema difícil de ser
resolvido pode solicitá-las. Uma mulher solteira ou casada que
necessite de consolo ou orientação também pode fazer o mesmo.
Entretanto precisamos lembrar-nos de que muitas de nossas
dificuldades nos são dadas para aumentar nossa experiência terrena.
Devemos tirar delas o maior proveito possível. Ao descobrirmos que
necessitamos de ajuda extra, podemos voltar-nos para o portador do
sacerdócio—nosso marido, pai, mestre familiar ou outro líder—e pedir-
lhe uma bênção especial.
 Peça às irmãs que mencionem algumas bênçãos que tenham recebido
 por meio das ordenanças do sacerdócio.
Devemos Aceitar a Vontade de Deus
Depois de termos recebido uma ordenança, talvez não alcancemos as
bênçãos que desejamos logo em seguida. Às vezes deixamos de recebê-
las porque não temos suficiente fé no Senhor, ou porque talvez não
estejamos guardando todos os mandamentos. Talvez tenhamos pedido
bênçãos que ainda não estejamos preparados para receber.
Não podemos esperar livrar-nos de todas as dificuldades da vida.
Alguns de nossos problemas nos ensinam a sermos humildes,
pacientes ou compreensivos. Outros nos ajudam a suportar o

                                                                     87
12-d, A bênção de um doente.




88
Lição 12

sofrimento. O Presidente Spencer W. Kimball disse que às vezes
desejamos remover determinados problemas, porque não
compreendemos sua razão de ser. Se todas as orações egoístas ou tolas
fossem respondidas afirmativamente, haveria pouco ou nenhum
sofrimento, tristeza, decepção, ou mesmo morte, mas sem essas
experiências, não pode haver alegria, sucesso, ressurreição, vida eterna
ou divindade. O Presidente Kimball disse: “Se visualizássemos a
mortalidade como a existência em seu todo, então a dor, o sofrimento,
o fracasso e a vida curta seriam uma calamidade. Mas, se virmos a
vida como algo eterno, que se estende desde o passado pré-mortal, até
o futuro eterno pós-morte, então todos os acontecimentos podem ser
colocados na perspectiva certa”. [Ver Faith Precedes the Miracle (1972),
pp. 97–99.]
A irmã Edna O. F. Shaw aprendeu essa lição com a seguinte
experiência:
"Nossa filha mais velha, Carol Jean, a quem tanto amamos, adoeceu
com inflamação das glândulas linfáticas. Levamo-la ao médico, que
nos enviou a Salt Lake City para fazer testes. Foi nos dito que ela
possuía um tumor no estômago. Ela estava tão doente, que não
conseguia reter alimento algum. Levamo-la para casa, mas ela estava
tão mal que tivemos que levá-la de volta ao hospital. Foi então que
ficamos sabendo que fora acometida de sarcoma, um tipo de leucemia.
Nunca orei tanto em minha vida. Não podia acreditar que isso
estivesse acontecendo conosco. Os élderes abençoaram-na diversas
vezes enquanto estava no hospital, mas, a despeito de nossos esforços,
ela morreu.
Comecei a culpar-me e a pensar que (…) eu não tivera fé suficiente para
salvá-la. Comecei então a ler as escrituras e, ao lê-las, encontrei diversos
versículos no livro Doutrina e Convênios, que me ajudaram a
compreender". ("If Appointed unto Death", Ensign, dezembro 1972, p. 32)
  Ler Doutrina e Convênios 42:44, 46, 48. Por que nem todos os
  enfermos serão curados?
Nem todas as bênçãos do sacerdócio nos são dadas quando queremos.
Certa mulher dirigiu-se ao Bispo Vaughn J. Featherstone, quando este
era membro do Bispado Presidente, e se queixou de que muitas das
bênçãos que lhe haviam sido prometidas, ainda não se haviam
cumprido. Ela ainda não gozava de boa saúde e não podia ter um
filho. O Bispo Featherstone foi inspirado a dizer-lhe que ela estipulara
um limite de tempo ao Senhor e, porque as bênçãos prometidas não se
haviam cumprido, depois de cinco anos de casamento ela ficara
desiludida. Disse-lhe ele: "Mas eu lhe prometo que, tão certamente
quanto vive Deus que está nos céus, as promessas feitas pelos dignos
portadores do sacerdócio se cumprirão em sua vida". O tempo certo

                                                                          89
Lição 12

para o cumprimento de tais bênçãos ainda não havia chegado.
Devemos confiar no Senhor como Jó o fez. [Ver "Acres of Diamonds",
Speeches of the Year 1974, (1975) pp. 346-349.]
Conclusão
Por meio das ordenanças do sacerdócio, podemos receber a salvação e
a exaltação. Podemos receber orientação e consolo, ser protegidos do
perigo e curados das enfermidades. Precisamos preparar-nos para
receber tais ordenanças.


Desafio
Fale com sua família sobre as ordenanças do sacerdócio que você pode
receber. Prepare-se para recebê-las.
Escrituras Adicionais
  3 Néfi 17 (o Salvador curando os enfermos e abençoando as
  criancinhas).


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 14, "A Organização do
   Sacerdócio"; Guia para o Líder do Sacerdócio e o Guia da Família;
2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro;
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




90
AS MULHERES E O
           SACERDÓCIO
                             Lição 13




O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender como o sacerdócio
pode abençoar-nos como mulheres.
O Sacerdócio Beneficia a Todos os Membros da Igreja
"(O sacerdócio) é (…) o poder de Deus delegado ao homem, e através
do qual este pode agir na Terra para a salvação da família humana."
[Joseph F. Smith, Doutrina de Evangelho, 5ª ed. (1939), p. 125] O Senhor
designou ao homem a importante tarefa de governar e presidir os
assuntos da Igreja e da família. O homem, por sua vez, deve usar esse
poder sagrado para abençoar e beneficiar todos os membros da
Igreja—homens, mulheres e crianças. O Presidente Brigham Young
disse:
"O sacerdócio deve ser usado para o benefício de toda a família
humana, para a edificação dos homens, mulheres e crianças. Na
verdadeira Igreja de Cristo não existe uma classe ou sexo privilegiado.
(…) Os homens têm seus trabalhos para fazer e seus poderes para
exercer, para o benefício de todos os membros da Igreja. (…)
O mesmo acontece com as mulheres: Seus dons especiais devem ser
exercidos para benefício e edificação da raça". [Citado por John A.
Widtsoe, comp., Priesthood and Church Government, rev. ed. (1954), pp.
92-93.]
No lar, e na Igreja, homens e mulheres possuem responsabilidades
diferentes, mas igualmente importantes. O poder do sacerdócio pode
ajudar cada pessoa a cumprir tais responsabilidades para o benefício
de todos.
Graças ao poder do sacerdócio que está hoje na terra, grandes bênçãos
se encontram à disposição dos membros dignos da Igreja, sejam eles
velhos ou jovens, homens ou mulheres, solteiros ou casados.
  O que pode fazer a mulher para honrar o sacerdócio?
Muitos desses privilégios e bênçãos do sacerdócio, são discutidos na
lição 12, "As Ordenanças do Sacerdócio".


                                                                         91
Lição 13

O Élder John A. Widtsoe explicou outros benefícios do sacerdócio:
"Os homens não têm mais direito do que as mulheres às bênçãos que
emanam do sacerdócio e acompanham a sua posse.
(…) O homem possui o sacerdócio e realiza os deveres do sacerdócio
na Igreja, mas sua mulher participa, juntamente com ele, de todos os
privilégios derivados dessa posse. A obra realizada nos templos da
Igreja pode mostrar isso claramente, e é um bom exemplo. As
ordenanças do templo, são de caráter distintamente sacerdotal; no
entanto, as mulheres têm acesso a todas elas e as bênçãos maiores são
conferidas somente sobre o homem e a mulher em conjunto."
[Priesthood and Church Government, (1965) p. 83]
O Élder Bruce R. McConkie explicou o relacionamento existente entre o
sacerdócio e as mulheres: "Na verdadeira Ordem Patriarcal, o homem
possui o sacerdócio e é o cabeça da família, (…) mas ele não pode
alcançar a plenitude da alegria aqui na terra, nem a recompensa eterna
sozinho. A mulher permanece ao seu lado, como co-herdeira na
plenitude de todas as coisas. A exaltação e o progresso eterno são
recompensa dela, tanto quanto dele. (D&C 131:1–4) A divindade não é
somente para os homens; é para os homens e as mulheres. (D&C
132:19–20) [Mormon Doctrine, 2ª ed. (1966) p. 844]
  Que bênçãos você tem recebido, graças ao sacerdócio?
Todos os Membros Devem Honrar e Apoiar o Sacerdócio
Assim como todos se beneficiam com o sacerdócio na Igreja, todos são
igualmente responsáveis por honrá-lo e apoiá-lo. Aos portadores do
sacerdócio é continuamente lembrado "Que os direitos do sacerdócio
são inseparavelmente ligados com os poderes do céu e que os poderes
do céu não podem ser controlados nem exercidos a não ser de acordo
com os princípios da retidão". (D&C 121:36) Da mesma forma, as
mulheres são aconselhadas a honrar o sacerdócio, a serem agradecidas
pelo seu poder e a demonstrar respeito por aqueles que o possuem.
Temos também a responsabilidade de apoiar o sacerdócio. Apoiar
significa "promover os interesses ou causas de; (…) proteger ou
defender como válido ou certo". [Webster's New Collegiate Dictionary,
10ª ed. (1993), "Support", p. 1184]
As escrituras a seguir sugerem como honrar e apoiar o sacerdócio:
  Mostre um cartaz com a seguinte lista ou escreva as informações
  no quadro-negro. À medida que são lidas, peça às irmãs que
  procurem sugestões para ajudá-las a honrar o sacerdócio. Escreva
  ao lado de cada referência a sugestão apresentada.




92
Lição 13


 Doutrina e Convênios
 19:23: aprender de Jesus Cristo, ouvir Suas palavras, ser dócil;
 20:33: estar atenta, orar sempre;
 58:26–27: ocupar-se zelosamente numa boa causa;
 64:33–34: não se cansar de fazer o bem.




O Relacionamento da Mulher com a Liderança do Sacerdócio no Lar
O marido tem a responsabilidade de presidir e prover liderança no lar.
Em um manual para o quórum do Sacerdócio de Melquisedeque é
explicado:
"No aspecto do evangelho, "liderança" não significa o direito de agir
como ditador, ordenar ou comandar. Pelo contrário, significa guiar,
proteger, indicar o caminho, dar exemplo, dar segurança, inspirar e
criar o desejo de apoiar e seguir. Literalmente falando, o marido deve
mostrar o caminho (…)". (O Salvador, o Sacerdócio e Você [Curso de
Estudo do Sacerdócio de Melquisedeque] 1974–1975, p. 170)
Embora o pai seja o líder dentro do lar, "Sua mulher é sua companhia
mais importante, sua adjutora e conselheira" [Guia da Família (1999), p.
2] Marido e mulher devem trabalhar juntos para fortalecer a família e
ensinar os filhos os princípios do evangelho. Cumprindo seu papel de
conselheira, a mulher pode reforçar a posição do marido como chefe
da casa e incentivar a união familiar.
Estamos também honrando o sacerdócio quando tratamos o marido
com a mesma gentileza, bondade e amor que ele deve possuir como
portador do sacerdócio. O Profeta Joseph Smith aconselhou a
Sociedade de Socorro a "ensinar às mulheres como se comportar em
relação ao marido e tratá-lo com bondade e afeição. Sempre que o
homem se vê atribulado e perplexo ante seus cuidados e dificuldades,
se puder encontrar um sorriso em vez de argumentos e queixas, se
puder encontrar mansidão, sua alma acalmará e seus sentimentos
serão de paz; sempre que o desespero começa a penetrar em sua
mente, ele necessita do conforto proporcionado pela afeição e
bondade."(History of the Church,* 4:606-607)
Confiança e união podem ser encontradas no lar quando o marido e a
mulher procuram diligentemente seus melhores interesses e a
felicidade um do outro. Ambos terão alegria em sua associação e a
oportunidade de sentirem-se realizados, se houver tal entendimento.


                                                                         93
Lição 13

Numa revelação dada a Emma Smith, mulher do Profeta Joseph,
estabeleceu-se o papel da mulher e seu relacionamento com o
sacerdócio. O Senhor disse:
"(…) és uma mulher eleita, a quem chamei. (…)
O dever de teu chamado será confortar meu servo Joseph Smith Júnior,
teu marido, em suas aflições, com palavras
consoladoras, com espírito de mansidão. (…)
Continua em espírito de mansidão, acautelando-te contra o orgulho.
Que tua alma se deleite em teu marido e na glória que sobre ele virá.
Guarda meus mandamentos continuamente e receberás uma coroa de
retidão. E, a não ser que faças isso, onde estou não poderás vir". (D&C
25:3, 5, 14–15)
  O que Emma foi instruída a fazer por seu marido? Que bênçãos
  recebemos por seguir o mesmo conselho hoje em dia?
Apoio aos Portadores do Sacerdócio no Lar
Como mulheres da Igreja, podemos ser de grande influência para os
portadores do sacerdócio em nosso lar. Podemos apoiar e incentivar
nosso marido, pai, irmãos e filhos a cumprir suas responsabilidades no
sacerdócio. Se pedirmos uma bênção e depois a honrarmos,
demonstramos o apoio ao sacerdócio. Podemos também fortalecer os
portadores do sacerdócio em nosso lar, incluindo-os em nossas orações.
O Profeta Joseph Smith aconselhou as mulheres da Igreja a
"concentrarem sua fé e orações e a depositarem confiança no marido,
(…) para que possamos fortificá-los e apoiá-los com nossas orações."
(History of the Church, 4:604–605)
Devemos esforçar-nos continuamente para aperfeiçoar nosso caráter e
cumprir nossas responsabilidades. Talvez tenhamos também que
encorajar e gentilmente relembrar aos portadores do sacerdócio em
nossa casa que devem honrar e magnificar seus chamados no
sacerdócio. As moças, bem como as mães podem fazer muito para
incentivar os rapazes a assistirem às reuniões e a se prepararem para
ser missionários. O Élder David B. Haight, disse: "Vocês, moças,
exercem uma grandiosa influência no comportamento masculino. (…)
Sua influência entre os rapazes é importante. São vocês que incentivam
os padrões da Igreja, o modo de vestir e de agir." (Conference Report,
outubro de 1977, p. 85; Ensign, novembro de 1977, pp. 56-57)
Sempre que uma mulher tem uma atitude positiva a respeito dos
deveres do marido na Igreja ele consegue desempenhar-se em tais
deveres com maior facilidade. Sua atitude também comunica aos filhos
que possuir o sacerdócio em casa é uma grande bênção.


94
Lição 13

  Como pode a mulher organizar suas atividades diárias, de forma a
  ter condições de melhor apoiar o marido em seus chamados?
O Relacionamento da Mulher com os Portadores do Sacerdócio na
Igreja
Assim como a mulher justa pode exercer muita influência para o bem
apoiando o portador do sacerdócio em seu próprio lar, pode também
fortalecer a Igreja sempre que apóia seus líderes no ramo ou ala, distrito
ou estaca. Apoiamos nossos líderes quando aceitamos de boa vontade
os chamados na Igreja e os cumprimos fielmente, compreendendo que
todo chamado no sacerdócio é um chamado do Senhor. Podemos
honrar os conselhos dos líderes do sacerdócio—nosso marido, mestres
familiares, bispo ou presidente de ramo, estaca ou distrito e
Autoridades Gerais. Devemos conter-nos para não criticar os líderes do
sacerdócio, e ensinar os filhos a fazerem o mesmo. Fortalecer e apoiar o
sacerdócio é mais do que apenas levantar a mão ou dizer que apoiamos
o sacerdócio. É aprender, orar, obedecer e servir numa boa causa.
O Senhor providenciou líderes no sacerdócio, para estabelecer o curso
que devemos seguir sob a Sua direção. Portanto, temos a
responsabilidade de escutar o bom conselho deles, como se fosse do
Senhor."E tudo o que disserem quando movidos pelo Espírito Santo,
será (…) a vontade do Senhor, (…) a mente do Senhor, (…) a palavra
do Senhor, (…) e o poder de Deus para a salvação". (D&C 68:4)
Quando Harold B. Lee era o Presidente do Quórum dos Doze, deu a
todos os membros da Igreja o seguinte conselho sobre apoio aos líderes
e particularmente ao profeta: "Devemos aprender a dar ouvidos às
palavras e mandamentos que o Senhor nos possa dar por meio de Seu
profeta, '(…) à medida que ele os receber, andando em toda santidade
diante de mim; (…) como de minha própria boca, com toda a paciência
e fé'. (D&C 21:4–5) Haverá coisas que exigirão paciência e fé. Vocês
podem não gostar do que lhes é dado por meio das autoridades da
Igreja. Pode ser contrário aos seus pontos de vista políticos. Pode
contradizer seus pontos de vista sociais. Pode interferir em sua vida
social. Mas, se escutarem essas coisas, como se vindas da boca do
próprio Senhor, com paciência e fé, vocês terão a promessa de que '(…)
as portas do inferno não prevalecerão contra vós; sim, e o Senhor Deus
afastará de vós os poderes das trevas, e fará tremerem os céus para o
vosso bem e para a glória de seu nome'.(D&C 21:6)" (Conference
Report, outubro de 1970, p. 152; Improvement Era, dezembro de 1970,
p.126)
Conclusão
O sacerdócio é uma grande bênção de Deus a todos os seus filhos.
Todos os membros da Igreja devem honrar o sacerdócio e desenvolver
atributos cristãos no relacionamento com cada um, no lar e na Igreja.

                                                                       95
Lição 13

As mulheres que estão tentando desenvolver tais qualidades podem
fortalecer os portadores do sacerdócio e abençoar sua família e a
Igreja. As mulheres serão mais felizes e exercerão maior influência se
honrarem e seguirem os líderes do sacerdócio.
Desafio
Use esta lição para aumentar seu entendimento do papel
desempenhado pelo sacerdócio em seu lar.
Escrituras Adicionais
  I Coríntios 11:3, 8–12 (relacionamento do homem com a mulher);
  Colossenses 3:18–24 (amor ao próximo);
  I Pedro 3:5-7 (honrar um ao outro).
Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Examine a lição 12 deste manual, "As Ordenanças do Sacerdócio";
2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro;
3. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações
   da lição.




96
A MULHER SANTO DOS
    ÚLTIMOS DIAS
                            Lição 14




O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender nossas
responsabilidades e bênçãos como mulheres santo dos últimos dias,
sejamos nós casadas, viúvas, solteiras, mães ou mulheres sem filhos.
O Papel da Mulher
O Presidente Brigham Young explicou o papel da mulher da seguinte
maneira:
"Uma coisa é verdade, e nisso acreditamos: que a mulher é a glória do
homem. (…)
Quando medito nos deveres e responsabilidades atribuídos à nossas
irmãs e mães, e na influência que elas têm, considero-as como a mola
mestra e a alma de nosso ser aqui na terra. É verdade que o homem é o
primeiro (…) (mas) quando a Mãe Eva veio ao mundo, porém, exerceu
uma esplêndida influência sobre (o Pai Adão). (…)
(Irmãs), desejamos que nos dêem sua influência e poder para ajudar a
construir esse reino (…).” [Discursos de Brigham Young, sel. John A.
Widtsoe (1954), p.199]
As Responsabilidades e Bênçãos da Esposa Santo dos Últimos Dias
Como membros da Igreja, compreendemos qual é o relacionamento
ideal entre marido e mulher. "Se perguntarmos às irmãs recém-
batizadas qual foi a maior mudança em sua vida ao se tornarem
membros, responderão que foi seu novo modo de visualizar o seu lar,
seu marido e seus filhos. Em alguns casos, tiveram dificuldade em
mudar sua atitude, mas todas têm acentuado a importância de
aprender a respeitar um ao outro e apoiar o homem como o patriarca
do lar”. (Anna Lindback, citado por Carol Larsen em “The Gospel
Counterculture”, Ensign, março de 1977, p. 26.)
Seja o marido membro ou não, quer ele seja ativo ou menos ativo, a
mulher santo dos últimos dias pode ser-lhe boa companheira e adjutora.
O Presidente N. Eldon Tanner disse: "Mulheres, vocês são uma grande
força e esteio para o homem de sua vida; e ele às vezes necessita mais
da ajuda de vocês quando menos merece. Não existe incentivo maior,

                                                                       97
Lição 14

maior esperança, nem maior motivação do que saber que sua mãe, sua
namorada ou sua mulher lhe tem confiança e amor". (Conference
Report, outubro de 1973, p. 125; A Liahona, junho de 1974, p. 42)
  Como podemos fazer com que nosso marido sinta que o amamos e
  que temos confiança nele? Por que devemos fazê-lo sentir isso,
  mesmo quando pensamos que ele não merece?
Como mulheres santo dos últimos dias, precisamos apoiar nosso
marido em seus chamados na Igreja. Quando se cogita no nome de um
homem para um novo cargo, leva-se em consideração também a
dignidade de sua mulher. Ela precisa ser capaz de lhe dar completo
apoio. Seu coração não deve centralizar-se nas coisas deste mundo,
mas na vida eterna, assim será capaz de permanecer ao seu lado e
apoiá-lo. (Querendo maneiras específicas de apoiar os portadores do
sacerdócio, veja a lição 13, "As Mulheres e o Sacerdócio", neste
manual.)
Algumas de nós talvez estejamos casadas com um membro menos ativo
ou não-membro e desanimamos quando vemos que nosso marido não
se torna ativo na Igreja. Às vezes pode ser necessário um milagre, mas a
mulher paciente e fiel ainda pode ver tal milagre acontecer. Alguns
homens podem levar muitos anos para serem ativos, mas devemos
continuar a orar e a viver os ensinamentos do evangelho em nosso lar.
Uma das maneiras de começar a ajudar nosso marido a tornar-se mais
ativo na Igreja consiste na realização de uma atividade numa noite
familiar. Podemos ajudar as crianças a preparar histórias sobre o
evangelho para serem apresentadas à família, convidando nosso
marido a participar. Podemos incentivá-lo gradualmente a dirigir a
noite familiar e, mais tarde, a apresentar as lições. Muitos homens
sentem-se muito mais à vontade numa noite familiar que em uma
reunião formal da Igreja. Depois que estiverem acostumados a se
reunir em casa, será mais fácil para eles assistir às reuniões da Igreja.
"Marilyz de Dolder, da Ala II de La Plata, é membro da Igreja desde os
nove anos de idade. Sempre foi ativa na Igreja e exerceu nela muitos
cargos. Casou-se com um jovem excelente, que não era membro da
Igreja, mas sempre procurou aplicar com sabedoria todos os conselhos
e ensinamentos do evangelho em seu lar. Sobre tal experiência, disse
ela o seguinte: "Temos que saber ter equilíbrio em todas as coisas." Ela
se dedicou com interesse e amor ao seu lar, ao marido e aos filhos.
Depois das reuniões da Igreja, não ficava se entretendo em conversas
com amigos, mas retornava imediatamente para casa, a fim de cumprir
suas obrigações.
"Seu marido tornou-se membro da Igreja há dois anos, e atualmente é
bispo na Ala II de La Plata." (Carol Larsen, "The Gospel
Counterculture", Ensign, março de 1977, p. 27)

98
Lição 14

 O que fez a irmã Dolder para apoiar seu marido e permanecer
 ativa na Igreja?
A mulher também pode ajudar o marido a cumprir seu papel como
líder espiritual no lar. "Certo pai, homem despretensioso e de poucas
palavras, achava difícil expressar seu amor à família. Devido à
insistência de sua mulher, começaram a realizar as orações familiares, o
que lhe deu a oportunidade de expressar o que sentia dentro do
coração. Para sua filha, que havia interpretado o modo de agir do pai
como indiferença, a experiência foi uma revelação. Suas orações eram
simples e muitas vezes com um palavreado desajeitado, mas ouvi-lo
dizer 'abençoa minha filhinha, para que faça o bem', emocionava-a
profundamente." (Ann H. Banks, "The Extra Blessings of Family
Prayer", Ensign, janeiro de 1976, p. 37)
 De que maneira essa irmã ajudou o marido a tornar-se um líder
 espiritual em sua casa? De que outras formas podemos ajudar nosso
 marido a tornar-se um líder espiritual?
Como mulheres santo dos últimos dias, devemos estabelecer um
sentimento espiritual no lar, sendo mais pacientes e alegres. Devemos
procurar desenvolver um bom relacionamento familiar, exercer nossa
fé diariamente e viver o evangelho.
 Ler Romanos 15:1–5. Por que a paciência é parte do nosso papel
 como esposa?
As Responsabilidades e Bênçãos da Mãe Santo dos Últimos Dias
Homens e mulheres capazes têm a responsabilidade de trazer os filhos
espirituais de Deus para a vida na Terra. Quando fazemos isso nos
associamos a Deus, pois provemos corpo para Seus filhos espirituais,
nossos irmãos e irmãs no espírito. [Ver Spencer W. Kimball, O Milagre
do Perdão, (1969), reimpresso 1999, p. 99]
 Mostre a gravura 14-a, "Uma mãe assiste a uma reunião junto com
 sua família".
 Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva-a no quadro-
 negro. À medida que cada escritura for lida, peça às irmãs que
 identifiquem os deveres da paternidade mencionados na escritura.
 Ao lado de cada referência, escreva esses deveres.




                                                                     99
14-a, Uma mãe assiste a uma reunião junto com sua família.




100
Lição 14


 1. Mosias 4:14–15: ensinar os filhos a andar nos caminhos da
    verdade e sobriedade; ensiná-los a amarem-se e servirem-se
    uns aos outros;
 2. Doutrina e Convênios 20:70: garantir que os filhos recebam as
    bênçãos do sacerdócio;
 3. Doutrina e Convênios 68:25–28: ensinar os filhos a respeito de
    fé, arrependimento, dom do Espírito Santo, oração e retidão.


A mulher não poderia almejar honra maior que a de colaborar no
plano divino de trazer filhos espirituais à Terra, ensinando-os a andar
"em retidão perante o Senhor". Ela encontrará mais satisfação e alegria
sendo mãe sábia e digna, e criando bons filhos. Essa contribuição à
humanidade é muito maior do que aquela que poderia oferecer em
qualquer outra profissão. (Ver N.Eldon Tanner, Conference Report,
outubro de 1973, p. 126; A Liahona, junho de 1974, p. 42)
Como o trabalho diário normalmente faz com que os pais fiquem fora
de casa, talvez eles não tenham as mesmas oportunidades de
influenciar seus filhos como as mães. As mães muitas vezes parecem
ter mais influência do que os pais para moldar a vida de seus filhos.
[Ver Heber J. Grant, Gospel Standards, comp. G. Homer Durham (1941),
p. 152.] É por isso que é tão importante que as mães fiquem em casa e
cuidem de seus filhos, evitando deixá-los aos cuidados de outros. Os
líderes têm pedido às mães que não trabalhem fora de casa, a menos
que seja absolutamente necessário.
"Mesmo que as circunstâncias exijam que mães de família trabalhem
fora de casa (…), elas não devem negligenciar seus cuidados e deveres
no lar, particularmente quanto à educação dos filhos."(Harold B. Lee,
"Mantenha Seu Lugar de Mulher", A Liahona, julho de 1972, p. 8)
As mulheres que precisam criar seus filhos sozinhas porque perderam o
cônjuge, ou famílias que foram criadas sem o marido porque este as
abandonou têm direito à ajuda especial dos portadores do sacerdócio. O
Presidente Harold B. Lee disse a uma mulher que foi abandonada pelo
marido e ficou com oito filhos: "Não se sinta sozinha porque seu marido
não está com você. Permaneça próxima de seus mestres familiares e de
seu bispo". E ela me disse, sorrindo: "Irmão Lee, eu tenho os mais
dedicados mestres familiares que alguém poderia ter, e ninguém tem um
bispo melhor do que o nosso. Cuidam muito bem de nós. Temos um pai
amoroso que está sempre olhando por nós, o portador do sacerdócio que
entrou em nossa vida". (A Liahona, julho de 1972, pp. 9–10)
Algumas mulheres não conseguem criar seus filhos até a maturidade
porque eles morrem ainda pequenos. O Profeta Joseph Smith ensinou
que muitas dessas crianças eram demasiadamente puras e

                                                                     101
Lição 14

encantadoras para viver na corrupção terrena. Mesmo chorando sua
perda, temos razão para regozijar-nos, pois estão livres do mal. [Ver
Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, sel. Joseph Fielding Smith (1976),
pp. 192-193.] Ele também ensinou que todos aqueles que morrem antes
da idade de oito anos estão salvos no reino celestial. (Ver D&C 137:10.)
As mães desses filhos, se viverem com fidelidade, haverão de criá-los
até as maturidade durante o Milênio. [Ver Joseph F. Smith, Doutrina do
Evangelho, 5ª ed. (1939),pp. 413-418.]
Existem mulheres que não podem gerar filhos. Essas mulheres
freqüentemente cumprem seu papel de mãe adotando crianças ou
sendo mães de criação. As mulheres que não conseguem ter filhos e
aquelas que são solteiras podem sentir-se realizadas trabalhando de
várias formas com crianças ou fazendo outras coisas que lhes
permitam dar de si mesmas em benefício do próximo. As mulheres que
fazem tal trabalho podem encontrar a alegria, exercer uma influência
salutar na vida das crianças e trazer-lhes felicidade, principalmente
àquelas a quem foi negado o amor maternal.
O Presidente Brigham Young confortou essas mulheres que não podem
ter seus próprios filhos e que têm sido fiéis aos seus convênios feitos
no templo, dizendo: "Muitas das irmãs se afligem por não terem sido
abençoadas com filhos. Vocês verão o tempo em que terão milhões de
crianças ao seu redor. Se forem fiéis aos seus convênios, serão mães de
nações (…). Sejam fiéis e se não forem abençoadas com filhos aqui na
Terra, serão abençoadas na vida após a morte". (Deseret News,
novembro de 1860, p. 306)
  De que forma essas doutrinas podem consolar as mulheres que não
  podem ter filhos? De que forma essa verdade revelada nos encoraja a
  viver dignamente?
O Papel da Mulher Solteira
  Mostre a gravura 14-b. "Uma jovem preparando-se para futuros
  chamados".
Todas as mulheres, solteiras ou casadas, possuem importantes deveres e
responsabilidades na mortalidade. Toda menina ou moça tem uma
grande oportunidade na juventude de preparar-se para o seu futuro
chamado de esposa e mãe. Pode aprender a ser uma dona-de-casa com
sua mãe, na escola ou por meio das aulas de economia doméstica
proporcionadas pela Igreja. Ela pode ganhar instrução indo à escola e
preparar-se para ser uma professora no lar. Deveria dar um bom exemplo
aos seus amigos membros e não-membros conservando-se pura e casta.
  Se você for jovem e solteira, como pode preparar-se para ser esposa e
  mãe? Por que é importante desenvolver a espiritualidade na
  juventude?

102
14-b, Uma jovem preparando-se para futuros chamados.




                                                       103
14-c, Uma Professora de uma classe de crianças.




104
Lição 14

 Mostre a gravura 14-c. “Uma professora de uma classe de crianças”.
Existem mulheres que só se casam bem mais tarde. Algumas podem
permanecer solteiras durante toda a vida mortal, se não lhes apareceu
um companheiro digno. A tais mulheres é prometido um marido digno
e filhos na vida após a morte. Nenhuma bênção disponível nesta Terra
lhes será negada.
O Presidente Harold B. Lee disse: "Vocês, moças que estão ficando mais
velhas e ainda não aceitaram uma proposta de casamento, se
conservarem-se dignas e prontas para ir à casa do Senhor e tiverem fé
neste princípio sagrado do casamento celestial para a eternidade,
embora o privilégio do casamento não lhes seja concedido agora, na
mortalidade, o Senhor irá recompensá-las no tempo devido, e nenhuma
bênção lhes será negada. Vocês não estão sob obrigação de aceitar uma
proposta de alguém indigno de vocês, por temor de não virem a receber
suas bênçãos". [Ye Are The Light of The World (1974), p. 308]
 De que forma essa promessa pode trazer consolo e segurança às
 mulheres solteiras?
Uma dessas mulheres expressou seus sentimentos da seguinte maneira:
"Uma infinidade de bênçãos e oportunidades especiais estão à
disposição dos membros solteiros. (…)
Na nossa ânsia de nos casarmos, podemos facilmente negligenciar as
oportunidades únicas de nos prepararmos, não somente para o
casamento, mas para a exaltação eterna. (…)
Como mulher solteira na Igreja, tenho freqüentemente esperado com
impaciência o cumprimento do casamento eterno prometido na minha
bênção patriarcal. Tenho, no entanto, ficado cada vez mais a par das
bênçãos especiais advindas aos membros solteiros que são fiéis, e
agradecida por elas. (…)
Nós possuímos tempo e o privilégio de despendê-lo como quisermos,
mas também somos responsáveis pela maneira como utilizamos esse
precioso dom. Como membros solteiros, nós podemos (…) lamentar
(…) nosso estado (…) ou usar esse período de nossa vida numa espera
ativa e criadora. Estou firmemente convencida de que a forma como
despendemos esse tempo é de suma importância para a nossa
felicidade presente e futura, bem como para o nosso progresso eterno.
Uma consideração inicial é a questão da carreira ou ocupação (…).
Algumas mulheres encontram grande satisfação enfrentando uma
carreira desafiante (…). Por meio da oração e das bênçãos do
sacerdócio eu tenho (…) recebido a certeza consoladora e pessoal de
que [ao seguir a minha profissão] estou fazendo atualmente o que é
agradável aos olhos de Deus.(…)

                                                                   105
Lição 14

Tenho que confessar, entretanto, que as maiores e mais duradouras
alegrias da vida derivam (…) de atos silenciosos e anônimos de bondade
para com o próximo. (…) É muito fácil ficarmos tão preocupadas com
nossas próprias necessidades e problemas, que nos tornamos
espiritualmente surdas às dores e sofrimentos que nos rodeiam. (…)
Nunca tivemos tanta facilidade para fazer as coisas como agora. Temos
tempo para assistir às aulas (…) aumentarmos nossa cultura, bastando
para isso que procuremos leitura nos melhores livros (…) para
desenvolver uma variedade de talentos e interesses (…) para começar
nossa genealogia (…) Quando procuramos traçar nossos registros
familiares, podemos inspirar a família toda a se envolver nesse
trabalho. (…)
A grande satisfação que o trabalho regular e diligente na Igreja nos
oferece não pode ser subestimada. (…) Experimentei grande alegria
servindo como (…) professora da Escola Dominical da ala. (…)
Temos tempo para nos manter em boa forma. (…) O exercício regular
eleva o espírito e as emoções, fazendo com que o corpo permaneça em
boas condições físicas.
Temos tempo para fazer amizade com as famílias de nossa ala ou ramo,
tornando-nos amigos das crianças. Sempre sou convidada, e participo
de boa vontade das muitas atividades com crianças. (…) Pela força de
nosso próprio exemplo, podemos encorajá-las a seguir os princípios do
evangelho, à medida que caminham em direção à idade adulta.
Temos bastante tempo livre para despender com nosso Pai Celestial.
Não posso subestimar o impacto que o jejum e a oração prolongada
têm tido em minha vida. (…) Tenho conseguido um testemunho
inquebrantável do amor especial e preocupação que o Senhor tem por
meu bem-estar.
(…) Nas horas de necessidade, mãos amorosas nos cercam, procurando
elevar-nos, fortalecer-nos e ajudar-nos. Olhem em volta e vejam, pois
elas lá estão.
E quando me sinto muito desanimada, (…) descobri uma cura para a
depressão, que é o conhecimento de que alguém precisa de mim. Ao
ajudar outra pessoa, minhas necessidades e problemas desaparecem
rapidamente, com a satisfação de saber que suavizei a vida de outrem
e de que o que fiz é agradável ao Senhor.
Regozijemo-nos, portanto, com este tesouro precioso, que é o tempo, e
agradeçamos ao Senhor por esse dom tão especial". (Anne G. Osborn,
"The Ecstasy of the Agony: How to Be Single and Sane at the Same
Time", Ensign, março de 1977, pp. 47-49)
  De que forma essa irmã conseguiu enriquecer sua vida?


106
Lição 14

Conclusão
Todas as mulheres desta Igreja têm muito valor. Se vivermos fielmente,
algum dia seremos abençoadas com o privilégio de sermos
companheiras, adjutoras e mães. Quer tenhamos tal oportunidade
nesta ou na vida futura, ainda assim podemos ter a vida repleta de
realizações, servindo aos outros e cumprindo nosso papel como
mulheres santo dos últimos dias .
Desafio
Procure meios de melhorar a si mesma em seu papel de mulher.
Escrituras Adicionais
  Efésios 6:4 (não provoqueis a ira a vossos filhos);
  I Timóteo 5:3–14 (viúvas);
Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 36, "A Família Pode Ser
   Eterna" e o capítulo 37, "Responsabilidades Familiares";
2. Estude a lição 13 deste manual, "As Mulheres e o Sacerdócio";
3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro;
4. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações
   da lição.




                                                                      107
DEVEMOS
       ACONSELHAR-NOS
      COM NOSSA FAMÍLIA
                             Lição 15




O propósito desta lição é ajudar-nos a fortalecer nossa família,
aconselhando-nos com nosso marido e filhos.
O Pai Dirige o Lar
  Cante o hino “Com Amor no Lar”. (Ver Hinos, nº 188, ou Princípios do
  Evangelho, pp. 352–353.)
Nosso lar terreno é o princípio do lar celestial. Precisamos criar uma
atmosfera em nossa casa, que continuará para sempre com nossa
família. O Presidente N. Eldon Tanner disse: “Todo lar santo dos
últimos dias deve ser um modelo, onde o pai seja o cabeça da família,
presidindo, porém, com amor e em completa harmonia com os desejos
justos da mãe. Juntos devem procurar os mesmos objetivos para a
família, fazendo com que os filhos sintam o amor e a harmonia que
nela existe”. (“Fatherhood”, Ensign, junho de 1977, p. 2)
O pai é o patriarca e a autoridade que preside no lar; cabe a ele a
responsabilidade de dirigir os assuntos da família. Aos pais cabe o dever
de criar filhos dignos, mas, naturalmente, não se espera que o façam
sozinhos. Cada um é importante. Nós e nosso marido somos
companheiros; juntos, podemos construir um sólido casamento e
conduzir nossa família de volta à presença do Pai. Precisamos dialogar
com nosso marido, a fim de desfrutar do Espírito do Senhor em nosso lar.
Devemos Mostrar Amor e Consideração pelo Marido
Como esposas, devemos estabelecer uma casa de ordem e amor. O
companheirismo e o amor sincero abençoarão e fortalecerão nosso
casamento. Devemos orar juntos regularmente, mostrar amor e
respeito mútuo, ler e estudar as escrituras em conjunto. Devemos
guardar os mandamentos de Deus e os convênios feitos no casamento.
Ao descrever o lar perfeito, o Presidente J. Reuben Clark Jr. declarou
que "o verdadeiro amor (…) abençoa e santifica todo o pensamento e
ação do marido e da mulher". Nesse lar deve haver respeito e honra
(…). Paciência em abundância e lealdade de pensamento, palavra e
ação. (…)

108
15-a, Marido e mulher trabalhando juntos.




                                            109
15-b, Uma família durante a noite familiar.




110
Lição 15

A fé deve espalhar-se pelo lar, como uma luz.
A obediência aos mandamentos de Deus deve guiá-las e entusiasmá-
las”. (“Our Homes”, Relief Society Magazine, dezembro de 1940,
809–810)
 O que podemos fazer para mostrar amor e consideração pelo
 marido? Como pode isso ajudar-nos a estabelecer a ordem em
 nosso lar?
Devemos Aconselhar-nos Juntos
 Mostre a gravura 15-a. "Marido e mulher trabalhando juntos".
É importante uma boa comunicação entre marido e mulher, pois assim
podemos trabalhar juntos na solução dos problemas que surgem no
casamento. A maioria dos problemas podem ser enfrentados e
solucionados, quando nós e nosso marido somos guiados pelo Senhor.
 Ler Alma 37:37. Como podemos ser ajudados, quando nos
 aconselhamos com o Senhor?
Devemos conversar freqüentemente um com o outro. Devemos, em
espírito de oração, falar de nossos problemas e objetivos com nosso
marido. Demonstramos amor por nosso marido, buscando sua
liderança e assistência na solução dos problemas familiares. Todas as
decisões importantes devem ser tomadas em conjunto. Devemos
estabelecer uma hora específica para discutir e resolver assuntos
relativos a finanças, filhos, religião e outros problemas individuais e
familiares. Depois de tomadas as decisões, os pais devem-se unir para
fazer com que sejam levadas a efeito.
A experiência seguinte demonstra como um casal se aconselhava entre si:
Meus pais eram pessoas cultas e experientes. Podiam facilmente tomar
sozinhos muitas decisões da família, mas, em vez disso, sempre
sentavam-se e discutiam os problemas e suas possíveis soluções um
com o outro. Pelo menos uma vez por semana, geralmente nos
domingos à noite, sentavam-se juntos à mesa da cozinha e falavam a
respeito de nossos problemas. Às vezes nós, seus filhos,
participávamos. Conversando, meu pai e minha mãe quase sempre
concordavam na maneira de nos educar. Embora meu pai ganhasse
pouco, sempre tínhamos dinheiro suficiente. Não me lembro de ter
visto meus pais discutindo ou brigando e sinto-me muito agradecido
por ter bons pais que construíram um lar quase celestial, que todos nós
tentamos seguir em nossa casa.
 De que forma podemos, aconselhando-nos um com o outro, evitar
 discussões e problemas em nosso lar? Como isso pode aumentar o
 amor em nosso casamento?


                                                                    111
15-c, Mãe ensinando informalmente sua filha jovem.




112
Lição 15

Devemos Aconselhar-nos com a Família
 Mostre a gravura 15-b. "Uma família durante a noite familiar".
Depois de o pai e a mãe haverem-se aconselhado um com o outro,
devem chamar seus filhos e então conversar juntos, num conselho
familiar, a respeito de planos e metas familiares.
O conselho de família é muito valioso e pode melhorar a vida de todos
na casa, aprofundar a afeição e aumentar a alegria. Os filhos devem
estar, com antecedência, a par dos planos familiares. Sempre que cada
membro da família estiver ciente do que os outros estão fazendo, o
resultado é a ordem e harmonia. Sempre que possível deve ser
permitido às crianças participarem das decisões; em seguida, elas
devem ajudar a levar a cabo tais decisões. Quando nos aconselhamos
com nossa família, devemos respeitar as opiniões, problemas e o
horário de cada indivíduo.
 Qual dia e hora é ideal para se realizar um conselho familiar? Quais
 são algumas das áreas que podem ser discutidas nesse conselho?
 Mostre a gravura 15-c, "Mãe ensinando informalmente sua filha
 jovem".
Quando ensinamos nossos filhos, nem sempre isso ocorre numa
situação formal. Como mães, devemos aproveitar toda e qualquer
oportunidade para escutar os seus problemas. Devemos procurar
compreender o seu ponto de vista e não caçoar ou subestimar suas
preocupações. Ao contrário, devemos tentar compreender
amorosamente e aconselhá-los. Podemos também incentivar nosso
marido a conversar em particular com cada filho.
"É maravilhoso ver um pai ou uma mãe sentar-se com um filho ou
filha e conversar sobre um problema pessoal (…). Muitos são os
problemas e tentações (…) contra as quais nossos filhos e filhas
precisam ser fortalecidos. (…)
Nessas conversas abertas e sinceras, os pais ajudarão a estabelecer
objetivos para seus filhos". (ElRay Christiansen, Conference Report,
abril de 1972, 43; Ensign, julho de 1972, p. 55)
 Como filha, o que você gostaria de falar com seus pais? Como mãe, o
 que você gostaria de falar com seus filhos? Se for oportuno, lembre
 aos membros da classe que podem sempre procurar a orientação do
 Espírito Santo para dar e receber conselhos. O Espírito Santo pode
 ajudar-nos a saber o que dizer e como aplicar o conselho recebido.
O Élder Richard L. Evans, ao falar sobre a importância de nos
aconselharmos com nossos filhos, disse: "Vocês têm o privilégio, o
direito, o dever de sentar-se juntos e partilhar seus pensamentos,


                                                                       113
Lição 15

levando em consideração suas decisões, para que todos possam ser
ouvidos e respeitados, trabalhando, orando e planejando juntos a sua
felicidade—sempre e eternamente (…)”. (“As Parents and Children
Come to Common Ground”, Improvement Era, maio de 1956, p. 342)
Conclusão
Uma vez que viveremos em paz e harmonia no reino celestial, devemos
começar a procurar agora mesmo alcançar a unidade e o amor pleno.
Isso não acontece naturalmente. O Presidente David O. McKay disse:
"Posso imaginar poucas, ou nenhuma coisa mais censurável do que a
ausência de união e harmonia no lar. Sei, por outro lado, que o lar onde
habita a união, a ajuda mútua e o amor (…) é um pedacinho do céu na
Terra." (Conference Report, outubro de 1967, p. 7) Quando nos
aconselhamos com nosso marido e filhos, podemos fortalecer nossa
família. Podemos sentir maior proximidade e mais amor uns pelos
outros.
Desafio
Fique a par das oportunidade de aconselhar-se com seu marido e
filhos. Encoraje-os a prepararem-se fervorosamente para tais
oportunidades. Incentive seu marido a entrevistar cada um dos filhos.
Se você for solteira, procure a orientação do Espírito Santo, a fim de
encontrar meios de trazer harmonia para sua família.
Escrituras Adicionais
  I Coríntios 13 (a virtude da caridade);
  Gálatas 5:22–23 (os frutos do Espírito);
  Jacó 2:35 (os nefitas perderam a confiança de seus filhos);
  Jacó 3:7 (os lamanitas amavam sua família);
  Doutrina e Convênios 121:36–41 (depois de reprovar, mostre mais
  amor).


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 37, "Responsabilidades
   Familiares".
2. Inicie a aula cantando o hino "Com Amor no Lar". (Ver Hinos, nº 188,
   ou Princípios do Evangelho, pp. 352–353.)
3. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e
   citações da lição.



114
NOITE FAMILIAR
                             Lição 16




O propósito desta lição é inspirar-nos e ajudar-nos a realizar noites
familiares bem-sucedidas.
A Noite Familiar É para Todos
Cada família deve realizar uma noite familiar semanal. A Igreja deixou
a noite de segunda-feira livre de todas as outras atividades, para tal
propósito.
  Mostre as gravuras 16-a, "Os pais envolvem seus filhos pequenos na
  noite familiar", e 16-b, "Um casal idoso realiza sua noite familiar".
Cada família é diferente. Algumas possuem os pais e os filhos em casa;
outras só possuem um dos pais, com os filhos. Em outras ainda, os
pais não têm seus filhos com eles. Muitos adultos solteiros moram
sozinhos ou com colegas. Seja qual for o caso, a noite familiar é para
todos. Se a pessoa morar sozinha, pode reunir-se com outras pessoas.
Para aqueles que se sentem solitários, essa reunião pode ser uma
bênção.
“Não existe lugar mais adequado para o ensino do evangelho do que o
lar. É só no lar que os filhos podem aprender a natureza da vida
familiar na forma autorizada por nosso Pai Celestial. A noite de
segunda-feira, com a família reunida, proporciona o espírito certo para
as experiências familiares. Aqueles que possuem tal espírito em seu
meio, vêem nele a fonte de suas maiores alegrias”. [“Family Home
Evening (1971), p. 4]
A realização de noites familiares regulares é uma das melhores
maneiras de se ensinar e aprender os princípios do evangelho. Ela
aproxima os membros da família, fazendo-os terem maior amor e mais
união.
  Segure um maço de varetas ou palitos de fósforo na mão e diga à
  classe que eles representam os membros da família. Em seguida, tire
  uma das varetas (ou palitos) do maço e quebre-a ao meio. Explique-
  lhes que, quando ficamos sozinhos, não somos tão fortes como
  quando ficamos com nossa família. Em seguida, pegue um pedaço

                                                                        115
16-a, Os pais envolvem seus filhos pequenos na noite familiar.




116
Lição 16

  de barbante ou um elástico e prenda os palitos (ou varetas). Diga à
  classe que o barbante representa a influência unificadora dos
  ensinamentos do evangelho e então mostre como é difícil quebrá-las.
  Explique-lhes que ficamos mais fortes quando nos unimos em
  família e nos ligamos uns aos outros pelas verdades do evangelho.
Como Dirigir uma Noite Familiar
O pai, como patriarca do lar, deve presidir as noites familiares.
Quando ele estiver ausente ou não houver um pai no lar, a mãe deve
assumir a liderança. Se for possível, os pais devem planejar juntos, com
antecedência, cada noite familiar, dando, então, designações aos
membros da família.
No princípio de cada noite familiar, pode ser feita uma reunião de
planejamento bem curta, para verificar quais as atividades e planos de
cada membro da família para a próxima semana. Isso é especialmente
proveitoso quando existem adolescentes na família.
"[O pai] dá a aula ou delega o ensino (…) à esposa ou a um dos filhos
que tenha idade suficiente para ensinar. (…) As crianças menores
podem ajudar [de diversas maneiras], regendo a música, lendo
escrituras, respondendo a perguntas, segurando gravuras, servindo o
lanche e orando. (…)
A seguir mostramos um exemplo de roteiro de noite familiar:
Hino de abertura (cantado pela família);
Primeira oração (por um membro da família);
Leitura de um poema ou escritura (por um membro da família);
Lição (pelo pai, mãe ou um dos filhos mais velhos);
Atividade (conduzida por alguém da família e com a participação de
todos;
Hino de encerramento (cantado pela família);
Última oração (por um dos membros da família);
Lanche.
A família pode realizar a noite familiar de diversas maneiras. Qualquer
atividade que reuna a família, fortaleça os laços de amor entre todos,
ajude a aproximá-los do Pai Celestial e os incentive a viver em retidão
pode ser uma noite familiar. Exemplos dessas atividades em família
podem incluir ler as escrituras, discutir o evangelho, prestar
testemunhos, fazer um projeto de serviço, cantar juntos, fazer um
piquenique ou uma brincadeira, caminhar. Todas as noites familiares
devem incluir uma oração.”(Guia da Família, p. 7)


                                                                        117
16-b, Um casal idoso realiza sua noite familiar.




118
Lição 16

Cada uma de nós, como membros de nossa família, pode ajudar a fazer
das noites familiares um sucesso. Primeiro, podemos planejar nossas
atividades pessoais, a fim de estarmos livres para a noite familiar.
Podemos também cumprir, as designações que nos foram feitas ou
ajudar de alguma outra forma na preparação dessa noite. As mães ou
filhos mais velhos podem ajudar os menores a se desincumbirem de
suas designações durante a semana. As crianças pequenas gostam
muito de contar histórias simples, usando um flanelógrafo e fazendo
representações diversas. Todas as crianças podem participar, sempre
que o pai ou a mãe as incluírem e forem pacientes com seus esforços.
Todos nós podemos melhorar nossas noites familiares, se orarmos ao
Pai Celestial para que nos ajude a cumprir nossas designações.
Eis o exemplo de uma noite familiar bem-sucedida:
A família Cardoso chamou uma das noites familiares de "Noite de
Honra ao Mérito". Seus sete filhos, variando em idade de 5 a 17 anos,
votaram em qual era sua comida favorita para o jantar. O cardápio
vencedor foi servido, depois do qual os prêmios de "Honra ao Mérito"
foram anunciados.
O pai, em suas melhores roupas, com uma gravata borboleta bem
grande no pescoço, foi o mestre de cerimônias. A mãe vestiu seu
vestido mais bonito e permaneceu ao lado do pai segurando os
envelopes que continham os nomes dos "vencedores". Os avós foram
convidados e formaram uma audiência que deveria admirar e apreciar
o recebimento dos prêmios pelas crianças. Depois de um discurso de
boas-vindas pelo pai, a apresentação se deu da seguinte maneira:
O pai disse: "Foram citados, por realizações de projeto no campo da
matemática, os seguintes nomes: Albert Einstein e Paulo Cardoso.
Envelope, por favor". A mãe passou o envelope para o pai que o abriu
e em seguida anunciou animadamente: "O vencedor é… Paulo
Cardoso!"
A família aplaudiu, enquanto Paulo se levantava e recebia o seu prêmio
de "Honra ao Mérito". (Neste caso, os prêmios eram pequenas figuras
de plástico, contendo o nome dos filhos e o reconhecimento na frente.)
O procedimento continuou, até que todas as crianças foram premiadas
e seu nome anunciado como vencedor juntamente com o de outros
campeões ou celebridades nacionais ou internacionais. Tereza recebeu
o seu prêmio por ter-se sobressaído na natação; José, no escotismo;
Roselene, por suas realizações no campo da música; Miguel, por seu
bom desempenho no futebol; Denise, por ter aprendido a ler muito
bem, e Cíntia, por seu sucesso em alegrar os dias dos membros da
família. Ela recebeu um prêmio especial, denominado "Certificado Raio
de Sol".


                                                                   119
Lição 16

Depois disso, cada criança apresentou um número que havia ensaiado
durante a semana, sendo todos aplaudidos e elogiados. Em seguida,
Denise e Cíntia cantaram "Faze-me Andar Só na Luz".( Ver Hinos, nº
199, ou Princípios do Evangelho, p. 372) Depois da última oração ter sido
oferecida por Miguel, foi distribuído um lanche.
É importante que planejemos noites familiares que se adaptem às
necessidades e interesses da família, e que façamos coisas que sejam do
agrado de todos. As noites familiares têm por objetivo ajudar as
famílias. Na maioria das vezes, as noites familiares bem-sucedidas são
originais, inventadas pela própria família.
  Quanto tempo você gasta semanalmente na preparação da noite
  familiar? Como o planejamento pode melhorar suas noites familiares?
A Primeira Presidência da Igreja declarou: "Você despende tanto tempo
fazendo com que sua família e seu lar sejam bem-sucedidos, quanto o
faz à procura do sucesso social e profissional? Está devotando o
melhor de seu espírito criativo à unidade principal da sociedade—a
família—ou é o seu relacionamento com a família meramente uma
rotina, uma parte desagradável de sua vida?
Os pais e os filhos devem estar dispostos a colocar as
responsabilidades de família em primeiro lugar, a fim de poderem
alcançar a exaltação familiar". [Family Home Evening, (1973), p. 4]
  Como podemos melhorar nossas noites familiares por meio da
  oração?
Bênçãos Advindas das Noites Familiares Regulares
Nossa família recebe muitas bênçãos pela realização regular da noite
familiar. A participação ajuda cada membro a desenvolver sentimentos
de valor. Os problemas de disciplina diminuem e aumentam a lealdade
e harmonia.
A irmã Remde Malloy, mãe de cinco filhos, disse: "Embora nosso filho
mais velho tenha apenas seis anos, notamos uma grande diferença no
comportamento de todas as nossas crianças, depois que passamos a
realizar noites familiares regulares todas as segundas-feiras, (…) é
maravilhoso saber que eles estão retendo muitos dos ensinamentos que
lhes transmitimos". ("To Be a Woman in the Church”, Ensign, agosto de
1973, p. 38) Como a irmã Malloy testificou, as crianças se lembram dos
ensinamentos recebidos nas noites familiares.
Alan, um menino de cinco anos de idade, de Midland, Texas, estava
brincando no quintal com seu avô, quando algumas crianças no
quintal vizinho começaram a discutir. A discussão começou a ficar
mais acirrada e suas pequeninas vozes começaram a adquirir tons cada
vez mais zangados, quando começou o jogo de bate e empurra. Foi


120
Lição 16

então que uma das crianças bateu na outra, que gritou, protestando.
Alan, observando essa cena ruidosa, disse pensativamente: "Sabe,
vovô, o que eles precisam é de noite familiar!"
A primeira Presidência emitiu a seguinte declaração: "Nestes últimos
anos, temos visto novas forças do mal em ação (…) tentando nosso
povo, particularmente os jovens. O programa de Noite Familiar, com o
seu potencial para o bem, tem sido de grande ajuda para os pais. (…)
Nas nossas noites familiares, e em outras experiências familiares
positivas, podemos encher nossa alma com as coisas de Deus, não
deixando assim lugar algum para que o mal encontre abrigo em nosso
coração e mente". (Family Home Evening, 1974, p.4)
  Que bênçãos vocês têm recebido por meio das noites familiares?
A Primeira Presidência também disse: "Novamente prevenimos com
fervor os pais, para que reúnam os filhos à sua volta com amor,
paciência e entendimento, e que os instruam na verdade e justiça. (…)
O lar é o lugar principal e o mais eficiente para que os filhos aprendam
as lições da vida". [Family Home Evening: Walk in the Light (1975), p. 3]
Conclusão
As noites familiares, quando bem-sucedidas e regulares, ajudam cada
pessoa que dela participa. A noite familiar desenvolve o amor e a
confiança no Pai Celestial. Ela amplia a compreensão das pessoas a
respeito do evangelho, fortalece as relações familiares e incentiva cada
um a desenvolver seus talentos.
Desafio
Comece a fazer noites familiares regulares. Tenha em mente a fórmula:
planejamento, paciência e oração.
Escreva um princípio do evangelho que você gostaria que sua família
aprendesse na próxima noite familiar.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Prepare um maço de varetas ou palitos de fósforo para demostração
   da unidade familiar;
2. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações
   da lição.




                                                                       121
REUNIÕES DA IGREJA
                             Lição 17




O objetivo desta lição é ajudar-nos a compreender o propósito das
reuniões da Igreja e inspirar-nos a assistir a elas regularmente.
Propósitos das Reuniões da Igreja
Jesus disse: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que
está nos céus". (Mateus 5:48) Por ser muito difícil atingir a perfeição,
nosso Pai nos ajuda. Ele estabeleceu Sua Igreja, chamou líderes e deu-
nos mandamentos, princípios e ordenanças. Nas nossas reuniões,
recebemos instruções sobre essas coisas. Devemos obedecer e viver de
acordo com as leis de Deus para nos tornarmos perfeitos. O Senhor
disse: "(…) quando estiverdes congregados, deveis instruir-vos e
edificar-vos uns aos outros, para que saibais como agir (…) como
proceder com respeito aos pontos de minha lei e dos mandamentos
que dei". (D&C 43:8)
São várias as reuniões da Igreja a que devemos assistir.
Reunião Sacramental
  Mostre a gravura 17-a "A Última Ceia".
Paulo disse aos santos de Corinto "(…) que o Senhor Jesus, na noite em
que foi traído, tomou o pão;
E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu
corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear tomou o cálice, dizendo:
Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as
vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice
anunciais a morte do Senhor, até que venha". (I Coríntios 11:23–26)
O propósito da reunião sacramental é o de partilharmos do
sacramento. Isso nos relembra o sacrifício que o Senhor fez por nós.
Renovamos os convênios feitos no batismo, época em que nos
tornamos membros de Sua Igreja e tomamos sobre nós mesmos o Seu
nome—o nome de Jesus Cristo.

122
17-a, A Última Ceia, de Carl Heinrich Bloch
Usado com permissão do National Historical Museum em Frederiksborg, Hillerød.




                                                                           123
Lição 17

  Mostre a gravura 17-b, "O sacramento é em lembrança do corpo e
  sangue de Cristo".
Lemos em Doutrina e Convênios 20 que "É conveniente que a igreja se
reúna amiúde para partilhar do pão e do vinho em lembrança do
Senhor Jesus". (v. 75) O pão e a água que nos são dados são "os
emblemas da carne e sangue de Cristo". (D&C 20:40) Quando
participamos desses emblemas, estamos participando de um privilégio
muito sagrado. Ninguém deve participar indignamente do sacramento.
(Ver 3 Néfi 18:28–29.)
  Peça à irmã designada que fale sobre o subtítulo "Nossa Atitude
  Quando Tomamos o Sacramento", em Princípios do Evangelho,
  capítulo 23.
A reunião sacramental é para todos os membros da família, incluindo
as crianças. Uma vez que as crianças pequenas geralmente não
conseguem ficar sentadas em silêncio durante a reunião, podemos
questionar se estão-se beneficiando com ela. No entanto, toda a criança
tem um espírito que pode aprender. A freqüência às reuniões da Igreja
permite que o espírito da criança seja ensinado.
O Senhor mandou-nos assistir à reunião sacramental. Quando Jesus
ensinou aos nefitas o propósito do sacramento e de como partilhá-lo,
disse: "E dou-vos um mandamento de que façais estas coisas (…)
(tomar do pão e da água)". (3 Néfi 18:12)
"A Igreja dirige a realização de reuniões sacramentais semanais em
todas as suas unidades organizadas. São estas as reuniões mais solenes
e sagradas da Igreja. Elas têm o objetivo de proporcionar aos santos a
renovação de seus convênios pela participação do sacramento, o
recebimento de instruções sobre as doutrinas do reino, a adoração do
Altíssimo por meio de hinos, orações e sermões." [Bruce R. McConkie,
Mormon Doctrine, 2ª ed., (1966), p. 661]
Reunião de Testemunho
A reunião de testemunho é realizada uma vez por mês, geralmente no
primeiro domingo, na reunião sacramental. Ela nos dá a oportunidade
de voluntariamente prestar testemunho pessoal. Nosso testemunho
deve ser breves expressões de nossa fé e conhecimento da missão
divina de Jesus Cristo, dos chamados e autoridade dos líderes da
Igreja, e de sincera gratidão pela misericórdia do Senhor para conosco.
Ela edifica nosso espírito, aumentando a fé e a obediência em Deus.
Nessa reunião, realizam-se ordenanças, tais como dar o nome e
abençoar crianças e confirmar novos membros da Igreja.
Reunião do Sacerdócio
Esta reunião é realizada todos os domingos para todos os homens de
doze anos em diante que possuam o Sacerdócio Aarônico ou o
Sacerdócio de Melquisedeque. Os pesquisadores e membros que não
tenham o sacerdócio podem ser convidados a participar da reunião.
124
17-b, O sacramento é em lembrança do corpo e sangue de Cristo.




                                                                 125
Lição 17

Reuniões para Mulheres
Realiza-se todos os domingos uma reunião para as mulheres e moças,
com objetivo de estudar o evangelho. Se houver número suficiente de
mulheres e moças, este grupo poderá ser dividido em dois grupos
etários distintos. As mulheres assistem à Sociedade de Socorro e as
moças (de 12 a 17) assistem à reunião da Moças.
O Evangelho Ensinado às Crianças
As crianças com menos de 12 anos reúnem-se todos os domingos na
Primária para aprenderem o evangelho. Esse aprendizado é feito
durante a Escola Dominical e a reunião do sacerdócio e das mulheres.
Escola Dominical
A Escola Dominical é responsável pelo ensino do evangelho aos
membros da Igreja, a partir dos doze anos, durante um período de aula
todos os domingos.
Como Fazer com que as Reuniões da Igreja Sejam Bem-Sucedidas
Seja qual for a reunião, podemos ajudar a torná-la melhor.
A irmã LaRue C. Longden contou a seguinte história:
"Quando eu era bem jovem (e pensava saber tanto), lembro-me de ter
dito a uma professora da Escola Dominical a quem eu estimava, que
eu não iria mais à reunião sacramental, porque era muito monótona e
sem vida. (…) (A professora) me olhou e disse: 'Nunca mais quero
ouvi-la dizer isso! Deus convidou-a a assistir a essa reunião para que
partilhe dos emblemas do sofrimento e dom de Jesus Cristo. Você é
muito privilegiada em ser convidada. Se você levar consigo o espírito
certo, sempre tirará da reunião algo de bom'". ["God Has Invited You",
Leon R. Hartshorn, comp., Remarkable Stories from the Lives of Latter-day
Saint Women (1973), 1:97–98]
  O que foi que a professora sugeriu à irmã Longden que fizesse?
  Além de termos o espírito certo, o que mais podemos fazer para
  que a reunião valha a pena? (Escreva sugestões no quadro-negro.)
Para fazer com que uma reunião seja bem-sucedida, devemos assistir a
ela com nosso coração quebrantado. Isso nos ajudará a receber o
Espírito, enquanto lá estivermos. Podemos chegar na hora e assistir às
reuniões regularmente. Podemos ser amigáveis com todos. Podemos
cantar e orar em silêncio por aqueles que estiverem participando da
reunião. Podemos mostrar-nos desejosos de participar, sempre que nos
for pedido. Podemos ser rápidos em obedecer aos sussurros do
Espírito e em prestar testemunho.
Os pais têm a responsabilidade especial de ajudar a preparar seus
filhos para uma experiência feliz e bem-sucedida ao assistirem às
reuniões. Será útil alimentar e vestir as crianças a tempo, para evitar
correrias de última hora. Explicar baixinho o que está acontecendo na
reunião pode ajudá-las a compreendê-la e apreciá-la melhor. Se

126
Lição 17

ensinarmos os hinos aos nossos filhos em casa, isso irá ajudá-los a
participar das reuniões da Igreja.
O Presidente Spencer W. Kimball lembrou-nos de que "não assistimos
às reuniões do Dia do Senhor para sermos entretidos. (…) Assistimos à
reunião sacramental para adorar o Senhor. (…) Se ela não foi proveitosa
para você, foi você quem fracassou. Ninguém pode adorar por você.
("O Dia do Senhor, Um Deleite", A Liahona, julho de 1978, p.5)
Uma irmã quase totalmente surda, assistia à reunião sacramental
semanalmente. Ela mostrava um interesse real em tudo o que estava
sendo dito e comentou, certa vez: - Espero ansiosa por poder estar na
(…) presença daqueles a quem amo e que amam o evangelho. Posso
partilhar do seu espírito, sem ouvir uma só palavra, e se estou
realmente sintonizada com ele, o Senhor sussurra no meu ouvido.
(Citado por Robert K. Thomas, "Listening with the Spirit", Ensign,
janeiro de 1978, p. 40.)
Quando assistimos às reuniões da Igreja, podemos tanto fortalecer
como sermos fortalecidos.
Bênçãos Advindas da Freqüência às Reuniões da Igreja
Já falamos sobre o que podemos fazer a fim de contribuir para o
sucesso das reuniões a que assistimos. Levemos agora em consideração
o que podemos ganhar com isso.
  Peça às irmãs que falem sobre as bênçãos que têm recebido por
  assistirem às reuniões da Igreja.
Quando assistimos às reuniões, tornamo-nos mais obedientes aos
mandamentos de Deus, pois elas nos ajudam a aumentar nossos
talentos, a alargar nosso conhecimento da doutrina e dos princípios do
evangelho, e a desenvolver maior fé e testemunho. Elas fortalecem
nossos laços de amizade com amigos e vizinhos, que apoiarão o nosso
viver digno. Elas nos aproximam de nosso Pai Celestial e de Jesus
Cristo, nosso Salvador. Ajudam-nos a ter o Espírito do Senhor. O
Salvador nos prometeu: "(…) Onde estiverem dois ou três reunidos em
meu nome, aí estou eu no meio deles". (Mateus 18:20)
Conclusão
O comparecimento às reuniões da Igreja pode ajudar-nos a viver em
paz e a ganhar a vida eterna na vida futura. As reuniões são bênçãos
que o Senhor nos dá.
Desafio
  Mostre o gráfico 17-c, "Sugestões para Tornar o Sacramento um
  Momento Mais Significativo".
Leia as sugestões do auxílio visual 17-c, escolha pelo menos uma delas
e esforce-se por alcançá-las, a fim de receber as bênçãos da reunião
sacramental. Converse com sua família sobre como tirar melhor
proveito das reuniões da Igreja.
                                                                      127
Estarei mais atento às palavras
           do hino sacramental.
       Ouvirei cuidadosamente as
         orações sacramentais.
      Prometerei a mim mesma e a
        Jesus que guardarei Seus
             mandamentos.
       Afastarei de minha mente os
        pensamentos mundanos e
       pensarei somente em Jesus.
         Fazendo estas coisas, terei
           Seu Espírito comigo.




      17-c, Sugestões para tornar o sacramento um momento mais significativo.




128
Lição 17

Escrituras Adicionais
  Efésios 4:11–13 (aperfeiçoamento dos santos);
  Doutrina e Convênios 20:45, 55 (os élderes dirigem as reuniões;
  reúnem-se freqüentemente);
  Doutrina e Convênios 59:9–12 (a observância do Dia do Senhor).


Preparação da Professora
Antes de apresentar a lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 23, "O Sacramento".
2. Peça à uma irmã que fale sobre o subtítulo, "Nossa Atitude quando
   Tomamos o Sacramento", de Princípios do Evangelho, capítulo 23, p.
   155;
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




                                                                      129
TRABALHO
        MISSIONÁRIO E DE
          INTEGRAÇÃO
                            Lição 18




O propósito desta lição é ajudar-nos a nos tornar ativos encontrando e
ensinando membros da Igreja em perspectiva, bem como integrando os
membros novos.
A Importância do Trabalho Missionário
A irmã Petra G. de Hernandez, de Monterrey, México, contou-nos sua
história:
"Há dezenove anos, meu marido morreu num acidente de automóvel.
Foi então que eu senti a necessidade de encontrar Deus, para que Ele
pudesse ajudar a mim e à minha família. Minha filha mais nova estava
com onze meses de idade.
Certa noite, em meio a meu desespero, (…) orei ao Senhor como se
estivesse conversando com outra pessoa, pedindo-Lhe que me
mostrasse o caminho a tomar na vida. Afirmei saber que Ele existia,
mas não sabia onde. Pedi-Lhe que me mostrasse como ou onde
encontrá-Lo. Isso eu fiz com tanta fé e desejo de encontrar a verdade,
que nunca mais esquecerei tal oração.
A resposta não demorou muito a chegar. Certa manhã, dois jovens
missionários bateram à minha porta, disseram ser da Igreja Mórmon e
ter uma mensagem muito importante para mim. Deixei-os entrar e eles
começaram a primeira lição. Ao recebê-la, senti que o que diziam era a
verdade (…) e disse-lhes que desejava ser batizada, juntamente com
minha família. (…)
Desde o dia em que aceitamos o evangelho, nossa vida mudou
completamente. Agora eu tenho a certeza de que Deus ouve nossas
orações. (…)
Posso dizer com segurança que somos uma família unida graças ao
evangelho e àqueles dois missionários que bateram à minha porta há
quinze anos.
Serei sempre agradecida por eles haverem batido à minha porta, assim
como sei que existem pessoas agradecidas por meus filhos terem sido
os missionários que bateram à sua porta, para levar-lhes o evangelho".

130
Lição 18

["A Missionary's Mother", Leon R. Hartshorn, comp., Inspirational
Missionary Stories, (1976) pp. 123–125]
 Peça às irmãs convertidas que expressem sua gratidão pelos
 missionários que as ensinaram e que contem brevemente de que
 forma o evangelho mudou sua vida.
Nosso Pai Celestial tem mostrado Seu grande amor por nós, criando o
programa missionário para ajudar a pregar o evangelho a Seus filhos
no mundo todo. O Salvador disse: "(…) pregai meu evangelho a toda
criatura que não o tiver recebido". (D&C 112:28, grifo do autor.) Desde
que a Igreja foi organizada, em 1830, milhares de missionários, tanto
homens como mulheres, têm sido chamados para pregar.
O Presidente Spencer W. Kimball disse:
"O Senhor deixou claro, por intermédio dos profetas, que precisamos
levar o evangelho às nações do mundo—que todos devem ser ensinados
em sua própria língua, até mesmo os confins da Terra. Não há ninguém
mais, a não ser nós no mundo, para ensiná-lo às nações. E, visto que há
um número limitado de jovens, é próprio que todo o membro seja um
missionário (…) de acordo com a afirmação do Senhor:
'Eis que vos enviei para testificar e advertir o povo, e todo aquele que
for advertido, deverá advertir seu próximo'. (D&C 88:81)" ("Conselho a
um Jovem: O Tempo de Preparação É Agora", A Liahona, janeiro de
1974, p.7)
 Por que devemos encorajar nossos filhos a servirem como
 missionários? Por que todo membro também deve ser um missionário?
Partilhar o Evangelho Traz Alegria
O Presidente Kimball lembrou-nos das grandes bênçãos que recebemos
como membros da Igreja de Jesus Cristo: "Nós temos o evangelho de
Jesus Cristo, o evangelho de paz, o evangelho de alegria. Temos
verdades capazes de tornar qualquer pessoa melhor e mais realizada,
qualquer casamento mais feliz, qualquer lar mais celestial. Nós temos o
poder do Sacerdócio de Deus, para abençoar nossa casa e nossa vida, e
a vida de outros. (…) O Presidente Kimball declarou depois: "É aos
nossos vizinhos e conhecidos não-membros que somos agora
solicitados a levar o que temos. O Senhor no-lo ordenou. Temos que
alargar o passo e devemos fazê-lo agora". ("Sempre uma Igreja de
Conversos", A Liahona, junho de 1976, pp. 1–2)
Os membros da Igreja têm a responsabilidade de falar do evangelho para
as pessoas. Ao cumprirmos essa responsabilidade, sentiremos a mesma
alegria daqueles que ouviram o evangelho por intermédio de nós.
 Ler Doutrina e Convênios 18:15–16. Peça à uma das irmãs que já
 partilhou o evangelho que fale sobre como se sentiu.

                                                                     131
Lição 18

Como Sermos Missionárias
  O que podemos fazer agora para sermos missionárias?
  Mostre o cartaz com a seguinte lista ou escreva as informações no
  quadro-negro:

 1. Ter a coragem de nos apresentar como testemunhas;
 2. Prestar testemunho quando nos sentirmos inspiradas a
    fazê-lo;
 3. Distribuir literatura da Igreja;
 4. Seguir os sussurros do Espírito;
 5. Dar um bom exemplo e ser paciente com membros da
    família e amigos que não são membros;
 6. Convidar amigos e conhecidos a visitarem-nos em nossa
    casa ou a assistirem às reuniões ou atividades da Igreja.

Ter Coragem de Nos Apresentar como Testemunhas
O Élder Gene R. Cook, disse: "Às vezes, nossos membros têm medo de
defender a verdade. (…) Devemos falar pelo Senhor e pelo profeta em
assuntos vitais da época". (Conference Report, abril de 1976, p. 152–153;
"És Tu um Membro Missionário?", A Liahona de agosto de 1976, p.92) É
este o nosso dever como membros batizados. (Ver Mosias 18:9.)
O Élder Gene R. Cook falou-nos de uma irmã que defendeu a verdade:
"Ela participava de um almoço com alguns membros da Igreja, tanto
ativos como inativos, e também alguns não-membros. A conversa
voltou-se para a questão do aborto e controle de natalidade, e uma das
senhoras não-membro externou abertamente durante uns cinco
minutos seus sentimentos a respeito. Disse, erradamente, não achar
nada de mal no aborto e que não deveria haver nenhuma restrição a
homem ou mulher quanto ao controle da natalidade. Essa boa irmã da
Igreja enfrentou o difícil dilema de falar sobre o tempo ou de outro
assunto qualquer não controvertido, ou contestar e expor a verdade.
Ela optou pela última hipótese. Depois de explicar o que o Senhor
disse a respeito de ambos os assuntos, prestou testemunho do que ela
própria sentia. Como era de se esperar, o almoço terminou um tanto
quanto abruptamente. Entretanto, depois uma das irmãs inativas a
procurou e explicou que nunca antes entendera o ponto de vista do
Senhor quanto a esses assuntos, e que sentira que o que fora dito era
verdade". (Conference Report, abril de 1976, p. 153; A Liahona, agosto
de 1976, p. 92)
  Como podemos defender a verdade nos assuntos vitais da
  comunidade?

132
Lição 18

Prestar Testemunho Quando Nos Sentirmos Inspiradas a Fazê-lo
Nós mesmos podemos arranjar oportunidades para divulgar o
evangelho. Se dermos início a uma conversa com um estranho, podemos
dirigir o assunto para o evangelho. Com a influência do Espírito Santo,
não nos será difícil encontrar formas de prestarmos testemunho.
Uma irmã cega chamada Alice Colton Smith foi desafiada por seu
presidente a ser um membro missionário. Já que todos os seus amigos
eram membros da Igreja, ela lhe perguntou: "Como posso trazer
alguém para a Igreja?" Sua história continua:
"O presidente do ramo disse: 'Irmã, se a senhora tiver fé e desejo de
fazer a vontade de Deus, Ele lhe mostrará o caminho.
Algumas semanas mais tarde, essa irmã estava viajando de trem.
Durante a viagem, os passageiros que se sentavam do lado oposto ao
seu, ajudaram-na com a bagagem e cuidaram do que precisava com
carinho especial por sua situação. A irmã pensou: 'O que posso fazer
para retribuir?' Depois de alguns momentos, ela inclinou-se para a
frente e disse: 'Quero retribuir a sua bondade, e tenho um grande
presente para lhes dar, se o aceitarem'.
Os novos amigos sorriram. Como podia essa mulher, obviamente
pobre, dar-lhes um grande presente? Educadamente agradeceram e lhe
disseram não ser necessário. Ela, porém, persistiu, gentilmente. Por fim
uma das mulheres disse: 'Terei prazer em aceitá-lo.
A irmã replicou: 'Não é dinheiro nem jóia, mas sim, um presente vindo
do Espírito. Eu sei que Deus vive e que Jesus é o Cristo. Eu sei que
vive sobre a Terra hoje um dos profetas de Deus, que nos revela a Sua
palavra. É esse o grande presente que lhes posso dar'.
A senhora, interessada, apesar da estranheza da situação, perguntou:
'Como?'
'Dê-me seu endereço e dois jovens irão explicar-lhe tudo'. E assim foi
feito.
A mulher entrou na Igreja, juntamente com mais sete amigos e
parentes seus". ["I Have a Great Gift to Give You", Leon Hartshorn,
comp. de Inspirational Missionary Stories (1976), pp. 168–169)
Distribuir Literatura da Igreja
Um exemplar do Livro de mórmon, um folheto ou livro da Igreja,
podem fazer muito a fim de preparar as pessoas para receberem os
missionários. A professora Patricia Lett contou-nos a história de como
ela foi preparada por um de seus alunos para receber os missionários:
"Certo dia, na primavera passada, Carol, colocou um livro de histórias
do Livro de Mórmon para crianças em cima de minha mesa e
perguntou se eu gostaria de lê-lo.

                                                                        133
Lição 18

'Sim, Carol, terei prazer em lê-lo', respondi.
Como estava no término do ano escolar e eu tinha muito o que fazer,
esqueci-me completamente do livro. Carol, porém, não o esqueceu.
Não demorou muito para que eu ouvisse uma vozinha me
interrogando: 'A senhora leu meu livro?' (…)
Acabei lendo-o. (…)
No dia seguinte, ela presenteou-me com um volume do Livro de
Mórmon. Alguns dias mais tarde, ouvi novamente aquela vozinha me
perguntando: 'A senhora gostaria de conhecer alguns membros de
nossa Igreja?'(…)
Na sexta-feira seguinte, os élderes Grassley e Lott estavam à porta da
minha classe dez minutos antes do término da aula". ["By Your Pupils
You'll Be Taught", Leon Hartshorn, comp., Inspirational Missionary
Stories (1976), pp. 70-71]
Até mesmo as crianças podem ser bons missionários.
Seguir os Sussurros do Espírito
É importante que despendamos tempo para fazer o que o Espírito
Santo nos sussurra. Às vezes sua inspiração pode-nos parecer
insignificante, portanto, devemos aprender a escutá-la e ouvi-la. A
irmã Catherine A. Martin contou-nos uma experiência sua ao ser
guiada pelo Espírito Santo:
"Lembro-me da primeira vez que vi a lojinha. Ao passar por ela (…)
tive o estranho pressentimento de que havia alguém naquela loja que
deveria ser membro da Igreja. Porém, como eu estava com pressa, fui
embora. (…) Passei por lá outras vezes, sempre com a mesma sensação
de que deveria entrar. (…) Certo dia, passei por lá a pé e fui
praticamente puxada para dentro, pela sensação arrebatadora de que lá
havia algo de grande interesse espiritual.
Ao abrir a porta (…) vi quadros de todos os tipos e tamanhos. (…)
Ao olhar em volta (…) um quadro na parede chamou-me a atenção.
Era um de uma série, com soldados em diferentes uniformes. Algo me
disse que era com o artista que havia pintado os quadros que eu
deveria falar sobre o evangelho.
Perguntei ao dono da loja se ele poderia dar-me o endereço do artista.
Ele hesitou e disse que o artista tinha insistido com ele para que nunca
desse quaisquer informações que não fossem apenas o seu nome. Em
seguida, completou: 'Sabe, tenho o pressentimento de que desta vez ele
não vai se importar. Vou telefonar-lhe e dar-lhe o seu nome e telefone'.
O artista (…) telefonou-me e decidimos encontrar-nos e discutir arte e
história. (…)


134
Lição 18

Lembro-me de lhe haver dito que eu sabia algo que ele deveria saber—
algo que haveria de mudar toda a sua vida, para melhor. Ele ficou
interessado em saber o que seria, portanto, depois de encorajá-lo,
passei a lhe falar sobre a restauração da Igreja de Cristo sobre a Terra.
Falei-lhe sobre a minha busca da verdade e o desejo que tinha de saber
o que o Senhor queria que eu fosse. Falei-lhe então sobre os estranhos e
maravilhosos eventos que me levaram à descoberta do evangelho e
sobre a felicidade que penetrou em minha vida. (…)
Ele mostrou-se receptivo ao que ouviu, mas reservou para si o direito
de estudar e avaliar, antes de dar qualquer resposta. Ele era aberto,
honesto e diligente em seus esforços para saber a verdade e, apesar de
ter que enfrentar muita oposição, foi batizado. (…)
O Senhor conhece e ama verdadeiramente cada uma de nós. Ele sabe
quem está pronto para ouvir Sua palavra. Se orarmos constantemente e
cumprirmos o nosso dever, Ele nos guiará até àqueles que são justos. Já
tive belas experiências por meio dos sussurros do Espírito, um dom
que está à disposição de todos nós, se tão somente dermos à exaltação
alheia o mesmo valor que damos à nossa". ["Whisperings of the Spirit",
Margie Calhoun Jensen, comp. Stories of Insight and Inspiration (1976),
pp. 124–125]
  Como foi que o Espírito inspirou a irmã Martin a descobrir esse
  homem? Como podemos ser mais sensíveis aos sussurros do Espírito?
Dar um Bom Exemplo e Ser Paciente com os Familiares e Amigos Que
Não São Membros
O Élder Adney Y. Komatsu, disse:
"Muitos de vocês que aqui estão são os primeiros de sua família a
entrar na Igreja. Vocês são verdadeiramente os pioneiros de sua
família. (…)
Ao falarem sobre os princípios do evangelho com seus pais, amigos e
vizinhos, não se sintam desencorajados ao verem que eles não escutam
ou não entendem o que você está tentando ensinar-lhes. Sejamos
pacientes e lembremo-nos de que nossos pais, irmãos, irmãs e amigos
são pessoas muito importantes em nossa vida. Nós os amamos e
queremos o melhor para eles, ou seja, o evangelho de Jesus Cristo.
Nossa felicidade pessoal e alegria neste mundo e no mundo futuro
inclui a exaltação familiar.
Se você for solteiro e ainda estiver vivendo com seus pais e irmãos, e
eles não aceitarem o seu novo modo de vida, continue a respeitá-los,
amá-los, e, pelo exemplo, mostre-lhes as belas verdades do evangelho".
(Conference Report, Korea Area Conference, 1977, p.4)
O trabalho missionário não é feito para a nossa glória. Devemos amar
as pessoas que queremos ajudar. Devemos oferecer-lhes a nossa

                                                                     135
Lição 18

amizade sincera e duradoura, mesmo que não aceitem o evangelho ou
levem muitos anos para fazê-lo.
Convidar Amigos e Conhecidos a Nos Visitarem em Nossa Casa ou a
Assistirem às Reuniões e Atividades da Igreja
Podemos apresentar a Igreja aos outros, convidando-os a participar
conosco de atividades na igreja. Podemos programar uma noite
familiar especial com outra família e convidar os missionários para
participarem. Devíamos convidar nossos amigos e parentes não-
membros a assistirem às reuniões conosco. Dessa forma poderão
conhecer a respeito da Igreja e decidir se querem saber mais.
A irmã Villafranca, de San Fernando, México, convidou 50 pessoas
para assistir a uma Escola Dominical especial realizada pelos
missionários em sua casa de um só cômodo. Depois da reunião, todos
foram convidados a ficar para a primeira palestra. Diversas pessoas
foram batizadas mais tarde, e dentro de seis anos, havia um ramo com
200 membros em San Fernando.(Ver Glenn V. Bird, "Miracle at San
Fernando," New Era, janeiro de 1977, pp. 28–29.)
  Peça a uma ou duas irmãs que contem brevemente como se
  interessaram pela igreja.
Como Integrar-nos Uns aos Outros
Estamos aqui para ajudar um ao outro a progredir. Precisamos tomar
conta uns dos outros como filhos do Senhor. O Presidente Gordon B.
Hinckley disse: "Estou convencido de que perderemos muito pouco
daqueles que se filiam à Igreja se cuidarmos deles". ("Encontrem as
Ovelhas e Apascentem-nas", A Liahona, julho de 1999, p. 123)
Quando há membros novos entre nós, temos a responsabilidade de
fazer tudo o que pudermos para sermos amigáveis e prestativos. Eles
talvez não se sintam à vontade. Devemos fazer com que se sintam em
casa. Isso se chama integração. Integração significa encorajar e ajudar
uns aos outros a desfrutar todas as bênçãos do evangelho, mostrar
bondade e cortesia, trocar experiências, prestar serviço e demonstrar
amor. Integramos as pessoas quando somos bons amigos e vizinhos.
A Igreja ajuda-nos a fazer isso de várias formas. Há programas como o
das professoras visitantes e mestres familiares que nos incentivam a
servir uns aos outros. Há também reuniões em que podemos nos
confraternizar, além de instruções que nos ajudam a expressar
corretamente nosso amor e preocupação.
Devemos também preocupar-nos com aquelas famílias onde talvez
haja um pai, uma mãe, um filho ou filha que não seja membro da
igreja. Essas famílias precisam de nós. Integrando-os e mostrando a
eles nossa compreensão e amor, podemos ajudá-los a serem mais
unidos no evangelho.

136
Lição 18

  Ler Efésios 2:19–20. Como podemos mostrar aos membros novos que
  os amamos e aceitamos?
Conclusão
É responsabilidade dos santos dos últimos dias pregar o evangelho ao
mundo. Para assim fazer, cada um de nós deve ser um missionário.
Devemos preparar nossos amigos e vizinhos para receber as palestras
missionárias. Não é necessário que todas as pessoas saiam pelo mundo
pregando, mas devemos falar com nossos amigos e vizinhos sobre o
evangelho. Além disso, sendo fiéis aos mandamentos do Senhor,
mostramos àqueles que nos cercam o caminho para a vida eterna.
Podemos ajudar os membros novos, convidando-os para irem à Igreja
conosco. Devemos demonstrar-lhes amizade tanto na Igreja como na
vizinhança e sempre receber bem as pessoas que visitam nossas
reuniões.
Desafio
Escolha, em espírito de oração, um meio de fazer a obra missionária
discutido nesta lição. Selecione uma amiga ou uma família para ensinar.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 33, "O Trabalho Missionário".
2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações    no
   quadro-negro.
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




                                                                        137
ENCORAJAMENTO E
       PREPARAÇÃO DOS
        MISSIONÁRIOS
                             Lição 19




O propósito desta lição é ensinar-nos como ajudar nossa juventude a se
preparar e servir em seus chamados missionários.
Como Preparar Nossa Juventude para a Missão
Os Presidentes da Igreja têm pedido mais missionários para levar o
evangelho ao mundo, mas têm salientado que eles precisam ser
melhores do que nunca. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Todo
rapaz e muitas moças e casais deveriam fazer uma missão. Todo o
missionário em perspectiva deve-se preparar moral, espiritual, mental
e financeiramente durante toda a sua vida para servir fiel,
eficientemente e bem no grande programa da obra missionária”.
(“Conselho a um Jovem: O Tempo de Preparação É Agora”, A Liahona,
janeiro de 1974, p.8; grifo do autor.)
O Presidente Kimball salientou que a responsabilidade de treinar os
missionários é da família, principalmente. Ele nos pediu que treinemos
nossos missionários “muito melhor, muito antes, por muito mais tempo,
de modo que cada um deles espere sua missão com grande alegria”.
(“When the World Will Be Converted”, Ensign, outubro de 1974, p.7)
  Como podemos preparar nossa juventude desde cedo para o
  trabalho missionário?
  Mostre a gravura 19-a. “O menino conta o dinheiro que está
  economizando para a missão.”
O Élder S. Diworth Young deu-nos algumas sugestões muito úteis na
preparação de nossos filhos desde pequenos para servirem no trabalho
missionário. Ele disse que devemos orar freqüentemente com nossos
filhos, pedindo ao Pai Celestial que sua missão seja possível. Devemos
contar histórias de nossas próprias experiências missionárias. Ele sugeriu
também que ajudemos os jovens a se familiarizarem com as escrituras,
que lhes ensinemos obediência e lhes proporcionemos oportunidades de
servir aos outros. O Élder Young sugeriu que essas coisas sejam
ensinadas durante a noite familiar, em volta da mesa durante as refeições,
antes de dormir e nas horas de recreação familiar. (Ver Conference
Report, abril de 1972, pp. 82-84; Ensign, julho de 1972, pp. 76–77.)
138
19-a, O menino conta o dinheiro que está economizando para a missão.




                                                                       139
Lição 19

O Élder Franklin D. Richards, disse:
“Quando eu era menino, uma das coisas a que aspirava era servir
como missionário. (…) Tenho certeza de que minha família representou
um fator importante na minha decisão.
Lembro-me de ouvir minha avó Jane Snyder Richards, contando-me
histórias sobre meu avô (…) a quem eu admirava muito. Ele tinha sido
um grande missionário, serviu em diversas missões durante sua vida.
Tenho certeza de que isso me influenciou”. (“Have a Dream”, New Era,
janeiro de 1978, p. 4)
   Mostre a gravura 19-b: “A mãe prepara seu filho para a missão,
   ensinando-o a cozinhar”.
Devemos ajudar nossos adolescentes a tornarem-se fisicamente fortes,
de modo que não se cansem durante a obra missionária. Eles devem
aprender a preparar refeições simples e nutritivas e a fazer compras
com sabedoria. Bons hábitos alimentares são essenciais, se eles
quiserem conservar-se saudáveis e fortes para realizar seu trabalho.
Devemos ensinar-lhes a lavar, passar e consertar suas roupas. Devemos
também ensinar-lhes a manter seus quartos limpos. Eles podem
orgulhar-se de como se vestem. Podem ser ensinados a economizar
dinheiro e a deixar o namoro sério para mais tarde, a ganhar e a
prestar um testemunho, e a seguir os passos do arrependimento. Tudo
isso eles podem fazer antes de saírem para o campo missionário.
   Como podemos encorajar os jovens a ganhar e economizar dinheiro
   para uma missão?
O Élder M. Russell Ballard, quando servia como presidente de missão,
pediu aos seus missionários que respondessem a esta pergunta: “O que
minha mãe poderia ter feito para preparar-me melhor?
Eles responderam: ‘Minha mãe deveria ter insistido, de alguma forma,
para que eu prestasse mais atenção quando estava tentando ensinar-
me sobre os afazeres domésticos, como preparar alimentos, limpar a
casa, lavar roupas, fazer compras, cuidar da higiene pessoal, consertar
roupas e fazer receitas básicas’.
O Élder Ballard então deu o seguinte conselho: ‘Mães, ensinem seus
filhos a serem sensíveis e cientes das necessidades dos outros. Ensinem-
nos a conhecer e praticar os princípios básicos das boas relações
humanas. (…) Coloque seus braços ao redor dos ombros de seus filhos,
olhem diretamente em seus olhos, digam-lhes que aprendam essas
habilidades, pois vocês desejam que eles sejam felizes e bem-sucedidos
em sua missão”. (Ver A Liahona, fevereiro de 1977, p. 81)
   Como podemos ajudar nossos filhos a ficarem cientes das
   necessidades alheias em casa? Na casa de amigos? Em lugares públicos?
Para cumprirem seus chamados como o Senhor pede, os missionários
devem aprender o princípio do trabalho. No Livro de Mórmon,
aqueles que pregam a palavra de Deus são aconselhados a ensinar
“com diligência” e a trabalhar “com toda a nossa força”. (Jacó 1:19) O

140
19-b, A mãe prepara seu filho para a missão, ensinando-o a cozinhar.




                                                                       141
Lição 19

missionário que é aplicado e trabalha com ânimo, é feliz e produtivo.
Outro presidente de missão (Élder Vaughn J. Featherstone) contou esta
história:
“Um élder de nossa missão enfrentava sérios problemas de saúde. (…)
Quando cheguei à missão, ele estava dormindo até tarde, para não ficar
muito fraco e apanhar um resfriado. Na hora do almoço, ele almoçou e
foi dormir mais umas duas horas, para se proteger de um possível
resfriado ou gripe. Seu companheiro sentia-se frustrado e me telefonou.
Telefonei ao médico do élder. Ele me disse: ‘Bem, o élder não está em
boas condições, mas está melhor do que quando veio para o campo
missionário. Sua condição física não vai mudar muito a despeito de
quanto ele trabalhe’. Chamei o élder ao meu escritório e sugeri que
preferia vê-lo doente com gripe do que sempre se preocupando em
ficar gripado. Falei-lhe sobre o princípio de (…) simplesmente ir
trabalhar e fazer o que o Senhor tinha pedido que ele fizesse. (…)
Ele aceitou o conselho e colocou-o em prática, vindo a tornar-se um
dos melhores missionários da missão. Ele descobriu como (…)
trabalhar”. (“Self-Denial”, New Era, novembro de 1977, p. 7)
  Como podem as moças influenciar os rapazes na sua preparação
  para a missão?
As moças podem influenciar muito o comportamento dos rapazes. Elas
devem estabelecer altos padrões morais no vestir, falar e agir. Devem
ser um exemplo de retidão. Falando às moças da Igreja, o Élder David
B. Haight disse:
“Vocês, moças, desempenham importante papel no treinamento de
nossos rapazes. (…)
Você, filha de Sião, poderá ser uma luz brilhante, se der o exemplo
certo. Abstenha-se de se comprometer muito cedo na vida, (…) procure
desenvolver a mente e a personalidade. Vocês dois têm talentos que
podem ser desenvolvidos e partilhados.
Leiam bons livros. Ouçam boa música. Estudem e falem a respeito das
bênçãos da Palavra de Sabedoria. (…)
Leiam as escrituras. (…)
Vocês podem encorajar, influenciar e até mesmo proteger os rapazes
num momento crítico de sua vida. (…) Vocês demonstram seu amor ao
Senhor quando ajudam um rapaz a permanecer digno e a se preparar
para servir ao Senhor”. (Conference Report, outubro de 1977, pp. 86–88 e
Ensign, novembro de 1977, pp. 57–58)
É importante que as moças respeitem os rapazes e os incentivem a
servir como missionários numa missão de tempo integral. Os planos de
casamento devem esperar até que o rapaz tenha completado a missão.

142
Lição 19

Como Ajudar os Missionários a Servir em Seus Chamados
Sempre pensamos nos missionários que conhecemos, principalmente
naqueles primeiros que nos ensinaram o evangelho. Apreciamos seu
sacrifício e exemplo. Podemos mostrar a gratidão que sentimos por
eles e por nosso Pai Celestial, ajudando outros missionários a
desempenhar melhor seus chamados. Quando nossos jovens servem
como missionários, necessitam de nossa ajuda e apoio continuamente.
Podemos orar por eles e certificar-nos de que compreendem a
importância da oração.
O Élder Hugh B. Brown contou como sua mãe o ajudou a confiar no
Senhor durante sua missão na Inglaterra. Ela disse, ao despedir-se dele:
“Hugh, meu filho, você se lembra de quando era menino e
freqüentemente tinha pesadelos e sonhos ruins, e me acordava enquanto
eu dormia no quarto ao lado, dizendo: ‘Mamãe, mamãe, a senhora está
aí?’ Você se lembra de que eu sempre respondia, dizendo: ‘Sim, meu filho,
eu estou aqui. Agora vire-se para o lado e durma’. Tudo está bem, disse
ela: “Meu filho, cinco mil milhas devem nos separar agora, bem como
todo um continente e um oceano. Você não terá sonhos ruins somente à
noite, mas muitas vezes durante o dia, e vai querer pedir ajuda e consolo.
Filho, quando você estiver envolvido em dificuldades, ao defrontar-se
com tentações, quando se encontrar confuso e não souber aonde ir, chame
nosso Pai Celestial e diga: ‘Pai, estás aí?’” Concluindo, ela disse: “Meu
filho, eu prometo que Ele sempre lhe responderá e você não precisará
temer coisa alguma”. [The Abundant Life, (1965), pp. 202–203]
   Quais são as outras maneiras de ajudarmos os missionários a servir
   em seus chamados?
Eles devem receber cartas de casa. O Élder Gordon B. Hinckley deu o
seguinte conselho sobre o assunto: “Meu coração se entristece com o
missionário que não recebe regularmente correspondência de casa. Em
geral, uma carta por semana é uma boa regra. Mas, por outro lado,
correspondência demais pode não ser favorável ao moral do missionário.
Para ser um missionário eficaz, ele deve afastar-se de casa; assim, o tipo de
carta que recebe ocasionará uma grande diferença naquilo que faz e em
como se sente. As cartas que trazem problemas domésticos, que só falam
de dificuldades, abatem seu ânimo. Os missivistas conscientes certificar-se-
ão de declarar seus sentimentos positivos—como estão orgulhosos de
terem um missionário no campo, como o Senhor os está abençoando por
causa de seu trabalho missionário. Tais cartas abençoam a vida de um
missionário”. (“Uma Conversa com o Élder Gordon B. Hinckley a respeito
da Obra Missionária”, A Liahona, janeiro de 1974, p. 13)
   Que tipo de cartas as moças devem escrever aos missionários?
As moças devem partilhar experiências espirituais com os
missionários, bem como dar-lhes notícias alegres sobre os amigos e
atividades de que participam.
   Quais são algumas das maneiras de ajudarmos os missionários de
   nossa área?

                                                                         143
Lição 19

Podemos apresentar as pessoas de nossa família e amigos que não são
membros aos missionários. Podemos também cuidar para não tomar
muito do seu tempo. Quando os convidarmos para comer em nossa
casa, devemos servi-los sem demora. Em seguida, podemos encorajá-
los a ir e continuar seu trabalho. Não devemos esperar nem permitir
que eles ajudem a lavar a louça. Não devemos também convidá-los
para ver televisão conosco. Podemos aprender as regras da missão e
ajudar os missionários a observá-las.
As moças, principalmente, devem evitar usar o tempo dos
missionários com atividades sem importância. Elas nunca devem ficar
sozinhas com um missionário nem incentivar um relacionamento mais
próximo. Não devem também se corresponder ou telefonar para os
missionários de sua área.
Ao demonstrarmos respeito pelos missionários e por seu chamado,
iremos ajudá-los a ensinar o evangelho para os outros.
Conclusão
O Élder Gordon B. Hinckley disse que “a obra missionária nunca foi
fácil, e no entanto, as alegres recompensas não podem ser igualadas
por qualquer outra experiência. Qualquer coisa que seja preciosa como
o evangelho de Jesus Cristo é digna de todos os esforços e sacrifício de
tempo e de meios empregados para ensiná-la”. (A Liahona, janeiro de
1974, p. 13)
Como mulheres da Igreja, devemos fazer tudo o que pudermos para
ajudar nossos jovens a se prepararem e servirem no chamado
missionário. Nossos esforços podem influenciá-los a irem ou não para
a missão. Nosso incentivo faz uma grande diferença no seu modo de
desempenhar-se no campo missionário. Podemos ajudar nossos
missionários a prepararem-se para experimentar a alegria de levar a
salvação aos seus irmãos e irmãs. (Ver D&C 18:15–16.) Devemos
avaliar freqüentemente nossos esforços, consultar os líderes e outros
membros da Igreja, e pedir ao Pai Celestial inspiração ao ajudarmos os
missionários a levar o evangelho ao mundo.
Desafio
Releia esta lição em casa. Escolha algumas maneiras de ajudar seus filhos
ou você mesma a prepararem-se para a missão. Avalie sua conduta em
relação aos missionários em potencial e aos missionários de tempo
integral e veja como pode dar-lhes mais apoio. Faça um projeto familiar
de escrever regularmente a um missionário que esteja no campo.

Preparação da Professora
Antes de apresentar a lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 33, “O Trabalho Missionário.”
2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.

144
ECONOMIA DOMÉSTICA
COMO ADMINISTRAR
         NOSSO LAR
                             Lição 20




O propósito desta lição é ajudar-nos a organizar nosso lar e a fazer
bom uso de nosso tempo.
Um Lar Bem Organizado Nos Ajuda a Fazer Outras Coisas Importantes
O Presidente Brigham Young disse: “Que [suas] diversas ocupações
sejam desempenhadas com ordem e limpeza. (…) [Tornem] adoráveis
os [seus] lares e adornem o coração com a graça de Deus”. [Discursos de
Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p. 200]
Parte de nosso trabalho consiste em sermos eficientes donas-de-casa.
Sempre que conservamos nosso lar em ordem, sentimo-nos um tanto
orgulhosas. Sentimos uma atmosfera agradável quando nossa casa está
limpa. Podemos encontrar tudo o que queremos, sempre que o
desejarmos. Um lar bem organizado é mais fácil de ser conservado
limpo do que um desorganizado.
Devemos organizar não só nosso lar, mas também nosso tempo.
Algumas mulheres gastam muito tempo na limpeza e organização do
lar. Elas precisam aprender a despender menos tempo no trabalho
caseiro, para poder gastá-lo com seus familiares, desenvolvendo
talentos, e servindo ao próximo. O trabalho da casa é importante mas
não deve tirar-nos de coisas mais importantes. Nossa meta principal
não deve ser a limpeza da casa. Parte de nosso objetivo deve ser o de
ser feliz e ter famílias felizes. Precisamos de tempo para desenvolver
nossos talentos e aprender a viver os princípios do evangelho. Devemos
ter tempo para servir nos cargos que a Igreja nos oferece, ajudar nosso
próximo e aqueles que têm necessidade de nós, e para sermos bons
missionários. Quando conservamos nosso lar limpo, sem despendermos
muito de nosso tempo no trabalho doméstico, ficamos livres para
realizar atividades familiares e para fazer outras coisas importantes.
  Exponha a gravura 20-a, “Uma família desfrutando de uma noite
  musical”.
  Peça às irmãs que reflitam nas seguintes perguntas: Qual é o
  propósito de minha vida? Como eu deveria despender a maior parte

146
20-a, Uma família desfrutando de uma noite musical.




                                                      147
Lição 20

  de meu tempo? Por que é importante que haja equilíbrio entre
  minhas atividades pessoais, minhas atividades com minha família e
  o meu trabalho caseiro?
Um Lugar para Tudo
Para ser confortável, uma casa tem que ser funcional. O primeiro passo
para organizar nosso lar é decidir qual é a função de cada cômodo. Em
seguida, podemos colocar o que necessitamos naquele cômodo, em
gavetas e armários bem organizados.
  Demonstração optativa: Coloque a caixa contendo itens diversos na
  mesa. Peça a uma irmã que faça de conta que está ajudando uma
  vizinha a organizar sua casa. Peça-lhe que separe os itens em
  diversas pilhas bem arrumadas. Cada pilha deve conter itens
  similares, que deverão ir para uma gaveta ou armário bem
  organizado.
Às vezes não temos guarda-roupas, gavetas ou armários de cozinha o
suficiente. Se assim for, podemos comprar ou fazer alguns.
Mesmo se tivermos muitos armários, podemos achar que não temos
lugar para tudo. Neste caso, é uma idéia fazer uma revisão em nossas
coisas e decidir o que poderia ser usado por outra pessoa, o que
deveria ser jogado fora, e o que deveria ser armazenado em outro
lugar. Se decidirmos que devemos armazenar alguns itens, devemos
fazê-lo em recipientes bem etiquetados. As etiquetas nos ajudam a
encontrar as coisas rápida e facilmente. Papéis importantes tais como
testamentos, contratos, títulos, papéis de seguros e fotografias de
família devem ser bem organizados, etiquetados e arquivados.
É mais fácil conservar nosso lar em ordem, quando todos os membros
da família cooperam. A responsabilidade de conservar a casa limpa e
arrumada deve ser partilhada por todos. O presidente Brigham Young
aconselhou: “Ensinem às criancinhas os princípios da boa ordem, a
menina a colocar a vassoura no lugar certo (…) e tudo no seu devido
lugar. Ensinem-as a tirar a roupa e colocá-la em ordem num local onde
possam ser encontradas. (…) Ensinem os filhos a colocar a enxada, a
pá etc., onde não possam ser destruídas pela ferrugem (…) e
providenciem que guardem as ferramentas quanto tiverem terminado
de usá-las, colocando-as no lugar adequado”. [Discursos de Brigham
Young, sel. John A. Widtsoe (1954) p. 211]
  Exponha a gravura 20-b, “Uma irmã ensinando seus filhos a respeito
  de ordem e limpeza”. Peça às irmãs que contem como ensinaram os
  membros de sua família a formar o hábito de colocar as coisas no lugar.
Como Simplificar Nosso Trabalho Doméstico
Levaremos menos tempo para fazer um trabalho, se organizarmos
nossas condições de trabalho primeiro. É de ajuda termos à mão o

148
20-b, Uma irmã ensinando seus filhos a respeito da ordem e limpeza.




                                                                      149
Lição 20

material que vamos usar antes de começarmos, de modo que não
tenhamos que interromper nossa atividade para pegar o que
precisamos. Também podemos economizar nossa energia se
colocarmos nossas ferramentas ao nosso alcance.
Outra maneira de simplificarmos nosso trabalho é limpar as coisas
sujas e arrumarmos o que desarrumamos assim que terminarmos algo.
Os objetos espalhados pelo chão parecem multiplicar-se rapidamente e
fazem com que outras coisas caiam acidentalmente se forem deixadas
pelos cantos da casa ou em outras áreas de trabalho. As panelas e os
pratos ficam mais difíceis de limpar quando são deixados de lado com
restos de alimento. Quanto antes limparmos o que sujamos, mais fácil
fica o serviço.
Uma terceira forma de facilitarmos o nosso trabalho doméstico é
realizar diversas coisas ao mesmo tempo. Algumas donas-de-casa
usam aventais com bolsos e podem andar pela casa, juntando coisas
espalhadas que estão pelo caminho. As donas-de-casa eficientes
combinam algumas tarefas; por exemplo, falam ou planejam enquanto
trabalham com as mãos. Dobram roupas, enquanto ajudam os filhos a
resolver um problema pessoal ou enquanto atendem o telefone. É
divertido inventar formas de usar nosso tempo eficientemente.
  Peça aos membros da classe que discutam maneiras de reduzir o
  trabalho caseiro.
Muitas de nós desperdiçamos muitos momentos durante o dia, porque
não planejamos com antecedência nosso tempo.
  Como podemos usar nossas horas de folga mais produtivamente?
Podemos usar o tempo extra que ganhamos, trabalhando
eficientemente, para proporcionar a nós mesmas e à nossa família mais
momentos de descanso e alegria; a fim de ajudar os outros ou
trabalhar em projetos a longo prazo, como história familiar.
  O que você gostaria de ter tempo para fazer?
O Planejamento Ajuda-nos a Fazer as Coisas que Queremos
Existem pessoas que estão sempre ocupadas, mas que não parecem
realizar muito. Temos que decidir o que é mais importante e fazê-lo
primeiro.
  Peça a uma das irmãs que cite as seis coisas mais importantes que
  tem que fazer no dia seguinte. Relacione-as no quadro-negro e então
  peça-lhe que as enumere na ordem de importância. Sugira que todas
  as irmãs procedam da mesma forma ao planejarem seu dia,
  terminando uma tarefa antes de começar a outra.



150
Lição 20

Às vezes podemos não terminar tudo o que planejamos fazer naquele
dia, mas, se fizermos primeiramente as coisas mais importantes,
estaremos usando bem o nosso tempo. Ao planejarmos o nosso
trabalho, é importante que nos lembremos de que devemos ser
flexíveis, e que muitas coisas acontecem durante o dia, tornando
necessário que mudemos nossos planos. Emergências, pequenas e
grandes, interrompem-nos durante o dia, mas, se soubermos aonde
estamos indo, ainda assim conseguiremos realizar nosso trabalho e nos
sentiremos felizes no fim do dia. Teremos mais tempo para gastarmos
com nossa família.
Conclusão
A organização pode acrescentar paz e harmonia ao nosso lar. Podemos,
por meio dela, arranjar mais tempo para desenvolver nossos talentos e
servir aos outros.
Desafio
Comece, esta semana, a tornar-se mais organizada e melhore o uso do
seu tempo.


Escrituras Adicionais
  Doutrina e Convênios 88:119 (organizai-vos e preparai todas as
  coisas necessárias)


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. (Optativo) Leve para a aula uma caixa grande, com diversos itens
   domésticos, tais como roupas de diferentes tamanhos, brinquedos,
   ferramentas, utensílios de cozinha etc.
2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




                                                                      151
COMO ADMINISTRAR AS
FINANÇAS DA FAMÍLIA
                            Lição 21




O propósito desta lição é ajudar-nos a aprender a administrar as nossas
finanças.
Como Usar Corretamente Nossos Recursos
“Do Senhor é a terra e a sua plenitude (…).” (Salmos 24:1)
O Presidente Brigham Young disse que o Senhor “concedeu a porção
certa a Seu povo. (…) Ela porém não nos pertence, e tudo o que
devemos fazer é tentar saber o que o Senhor quer que façamos com ela
e depois então cumprir Seus desígnios”. Brigham Young também disse
que podemos fazer isso “por meio de nossa fé, paciência e
industriosidade”. [Ver Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe
(1954) p. 305.]
 O que foi que o Senhor nos concedeu para ajudar-nos a sustentar
 nossa família? De que forma o nosso ganho familiar depende do que
 o Senhor nos deu quando criou esta Terra?
O Senhor nos deu a plenitude da Terra, e os mortais criaram o dinheiro
para negociar as coisas que tiravam da terra. “O dinheiro pode ser
tudo o que as pessoas concordam em aceitar em troca daquilo que
vendem ou do trabalho que fazem.” [World Book Encyclopedia (1977)
vol. 13:588] O dinheiro é uma medida de valor. Todas as culturas
possuem algum tipo de dinheiro. Devemos aprender a usá-lo da forma
que o Senhor deseja que o usemos.
Planejamento do Uso dos Rendimentos
O dinheiro pode ser uma ferramenta para o bem. O Senhor quer que
façamos o bem. Ele deseja que cuidemos de nossa família e que
contribuamos para o Seu trabalho aqui na Terra. Quando usamos
nosso dinheiro sabiamente, da forma que Ele deseja, Ele nos abençoa, a
fim de suprirmos nossas próprias necessidades. Devemos aprender a
usar o dinheiro e nos prepararmos para fazê-lo sabiamente. A forma
como o usarmos demonstra nossa atitude para com os outros, para
com o Senhor e Seu trabalho e para conosco. Mostra se somos
generosos ou egoístas, econômicos ou perdulários.

152
21-a, Uma família analisando o orçamento.




                                            153
Lição 21

  Ler Lucas 14:28–30. O que devemos fazer antes de usar nosso
  dinheiro?
  Mostre a gravura 21-a, “Uma família analisando o orçamento”.
Como família, precisamos planejar em conjunto como gastar o
dinheiro. Este plano é denominado orçamento, e nos dá o controle do
nosso dinheiro, ajudando-nos a não usá-lo naquilo que não é
importante. Todo o negócio de sucesso opera com um orçamento. Até
mesmo a Igreja usa esse sistema.
Cada família tem um orçamento diferente. O que é importante para
uma família pode ser menos importante para outra. Temos que decidir
o que é mais importante para a nossa família. Temos que estabelecer
metas financeiras que nos sirvam, e isso podemos fazer em casa, numa
reunião de família.
Um dos grandes mandamentos que recebemos é a lei do dízimo. Como
santos dos últimos dias devemos colocá-lo como o primeiro item de
nosso orçamento. O Senhor nos abençoará, se guardarmos esse
mandamento. Quando pagamos regularmente um décimo de nosso
salário como dízimo, podemos ter a certeza de que o Senhor nos
abençoará à Sua maneira. (Ver Malaquias 3:10; Mateus 6:33.) É um
consolo saber que o Senhor Se preocupa com nosso bem-estar
temporal. Ele nos abençoará se agirmos honestamente e mostrarmos
que estamos desejosos de colocar o reino de Deus em primeiro lugar
em nossa vida.
Como Fazer um Orçamento
  Mostre a gravura 21-b, “Modelo de orçamento”.
O primeiro passo para se fazer um orçamento é somar todas as fontes
de renda. Precisamos primeiramente descobrir qual é a nossa renda
mensal.
  Escreva no quadro-negro: “Renda Mensal”.
Então tiramos 10 por cento dessa renda total para o dízimo.
  Escreva no quadro-negro: “Dízimo—10 por cento”.
O próximo passo é separar o dinheiro para as contribuições para a
Igreja, inclusive ofertas de jejum e fundo missionário.
  Escreva no quadro-negro: “Contribuições para a Igreja”.
Depois de pagarmos o nosso dízimo e outras contribuições para a
Igreja, devemos separar uma quantia para guardar como economias.
Os líderes da Igreja sugerem que tentemos economizar mensalmente a
mesma quantia de dinheiro que damos como dízimo—em outras


154
Orçamento

Renda Mensal                       _________________________

Dízimo-10 por cento                _________________________

Contribuições para a Igreja        _________________________

Economias                          _________________________

Alimentos                          _________________________

Vestuário                          _________________________

Moradia                            _________________________

Despesas Médicas                   _________________________

Transporte                         _________________________

Serviços (água, gás,)              _________________________

eletricidade, etc)                 _________________________

Outros                             _________________________

Outros                             _________________________

Outros                             _________________________

Total das Despesas                 _________________________




                     21-b, Exemplo de Orçamento




                                                         155
21-c, Móveis de custo reduzido podem ser feitos em casa.




156
Lição 21

palavras, 10 por cento. (Ver Cursos de Estudo da Sociedade de Socorro
1978–1979, lição 2 de Economia Doméstica.) Se estivermos com
problemas financeiros, poderemos reduzir nossas economias, mas
precisamos economizar um pouco todos os meses. Nossas economias
devem ser usadas para emergências inesperadas, desemprego, doença
ou acidente. Precisamos também economizar para missões, para
educação, viagens ao templo ou outras metas a longo prazo.
 Escreva no quadro-negro: “Economias”.
Se não temos condições de fazer muita economia, podemos praticar a
arte de sermos econômicos em nosso lar. Podemos depender de nossos
próprios talentos e habilidades, o que nos ajudará a economizar
bastante. Podemos fazer uma horta e plantar parte de nosso alimento,
reformar roupas velhas, transformar móveis antigos em novos, fazer
brinquedos com engradados, toras, pedaços de madeira, pedaços de
tecido e botões. Se soubermos reformar nossas roupas e reconstruir
nossos móveis, poderemos fazer muitas coisas aproveitáveis.
 Mostre a gravura 21-c, “Móveis de custo reduzido podem ser feitos
 em casa”.
 Peça às irmãs que mostrem as coisas que trouxeram e contem como
 as cultivaram ou confeccionaram.
Nosso orçamento deve ter como item as seguintes necessidades básicas
da vida: alimento, vestuário e moradia. A quantia que gastamos
dependerá de quão econômicos formos e quão grande seja a nossa
família. As famílias que compram alimentos enlatados ou empacotados
gastam mais. As que compram os ingredientes e preparam o seu
próprio alimento, ou que o tiram de suas próprias hortas, gastam
menos. Comprar com cautela significa procurar liquidações ou
promoções, comprar somente os itens necessários e evitar os luxos.
Podemos também economizar dinheiro reformando roupas usadas ou
comprando o tecido e confeccionando nossas próprias roupas em vez
de comprá-las prontas. Muitas famílias economizam vivendo em casas
menos dispendiosas.
 Escreva no quadro-negro: “Alimento, Vestuário e Moradia”.
A família precisa também de um orçamento em outras áreas. Entre elas
estão as despesas com médicos e remédios, transporte, luz e água.
Esses últimos itens constituem o que chamamos de “serviços”.
 Escreva no quadro-negro: “Despesas com médicos e remédios,
 transporte, serviços”.
Com o dinheiro que sobra, podemos comprar as coisas que
gostaríamos de ter, mas que não precisamos realmente. Férias,
presentes, cinema, etc.

                                                                    157
Lição 21

  Escreva no quadro-negro: “Outros”.
Se não sobrar dinheiro, ou se não houver o suficiente para todas as
necessidades, teremos que mudar a quantia de dinheiro que
planejamos gastar nas várias áreas. Uma vez que tenhamos decidido
como gastar nosso dinheiro, devemos seguir o nosso orçamento.
Depois de gastarmos o dinheiro concedido a uma área, não devemos
gastar mais até que recebamos o salário do mês seguinte. Se tivermos
que enfrentar uma situação de emergência, podemos emprestar da área
menos importante do nosso orçamento. No mês seguinte, podemos
decidir-nos por um orçamento diferente do que fizemos no primeiro
mês. O nosso orçamento deve-se adaptar às necessidades da família.
Ao fazê-lo, veremos que é de grande valor e nos ajuda a fazer um uso
sábio do dinheiro.
  De que forma somos abençoados quando fazemos e seguimos um
  orçamento? Por que é importante ensinar nossos filhos a fazer bom
  uso daquilo que ganham? Como podemos fazer isso?
Devemos Evitar Dívidas
  Ler Doutrina e Convênios 104:78. Por que o Senhor nos ordenou a
  não contrair dívidas?
Também fomos aconselhados pelo Presidente J. Reuben Clark Jr.:
“Devemos evitar as dívidas como se evitam as pragas; se estivermos em
débito, vamos sair dele, se não pudermos fazê-lo hoje, que seja amanhã.
Devemos viver rigorosa e estritamente dentro de nossa renda e ainda
economizar um pouco”. (Conference Report, abril de 1937, p. 26)
Podemos reduzir nossas dívidas, tornando-as parte de nosso
orçamento. Talvez tenhamos que investir menos dinheiro em outras
áreas, mas nossos profetas nos disseram que evitemos as dívidas.
Exceto para a compra da casa própria ou outros itens muito
importantes, devemos evitar as compras a crédito. Se devemos algum
dinheiro, precisamos pagá-lo na forma prometida, sendo honestos em
tudo o que fizermos com o nosso próximo.
O Presidente N. Eldon Tanner nos preveniu de um dos grandes
perigos das dívidas: “As pessoas não podem sentir o prazer de viver,
se estão muito endividadas, e não sabem o que fazer para continuar
adiante. Isso causa problemas na família, resulta em preocupação,
nervosismo e até mesmo em divórcio; e tudo isso porque as pessoas
não conseguem viver com o que ganham”. (Discurso feito na Welfare
Agriculture Meeting, no dia 9 de abril de 1966; citado no Curso de
Estudo da Sociedade de Socorro de 1977)
  De que forma somos abençoados, quando não temos dívidas?


158
Lição 21

Conclusão
O Senhor nos deu esta terra, para que possamos tirar dela o nosso
sustento. Ele quer que prosperemos. Se soubermos usar nosso dinheiro
sabiamente e colocarmos o reino de Deus em primeiro lugar em nossa
vida, o Senhor nos abençoará financeira e espiritualmente.
Desafio
Reserve tempo para fazer um orçamento para o próximo mês. Os pais
podem analisar o orçamento com o filhos num conselho familiar. Se
você tiver dívidas, encontre a solução para reduzí-las. Tente
economizar dinheiro todos os meses.


Preparação da Professora
Antes de apresentar a lição:
1. Peça a três ou quatro irmãs que tragam um item de produção
   doméstica: uma fruta ou verdura, uma peça de vestuário, um
   brinquedo feito em casa, bem como algum artigo manufaturado de
   decoração.
2. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações
   da lição.




                                                                      159
A NUTRIÇÃO DA
              FAMÍLIA
                             Lição 22




O propósito desta lição é ajudar-nos a conhecer os tipos de alimentos
que devemos comer para nos conservarmos saudáveis.
O Pai Celestial Quer que Sejamos Saudáveis
O Pai Celestial nos ama muito. Como deseja que tenhamos boa saúde
aqui na Terra, Ele nos deu diretrizes sobre os alimentos e outras coisas
que devemos ingerir. Essas diretrizes podem ser encontradas em
Doutrina e Convênios 89 e são chamadas de “Palavra de Sabedoria”. A
Palavra de Sabedoria diz que devemos comer certos tipos de alimentos
que contribuam para a nossa saúde, e também que devemos evitar
certas substâncias, tais como o chá, café, álcool e fumo por serem
prejudiciais ao nosso corpo.
Diferentes Tipos de Alimentos Ajudam-nos a Sermos Saudáveis de
Várias Maneiras
   Ler D&C 89:10–11. Quais os tipos de alimentos mencionados nesses
  versículos? Quais as frutas, verduras e legumes que podemos
  conseguir no local onde moramos?
As frutas, verduras e legumes são importantes porque contêm vitaminas
que ajudam a nos proteger de certas doenças. A sua ingestão pode
ajudar a prevenir certos tipos de cegueira e infecções e curar ferimentos.
Elas também nos protegem de muitos outros problemas de saúde.
  Ler D&C 89:12–13. Quais os tipos de alimentos mencionados nesses
  versículos?
A carne vermelha, a carne de aves, ovos e peixe contêm boa
quantidade de proteínas que nosso corpo precisa para crescer forte. O
leite, o iogurte e o queijo também são boas fontes de proteína. A
proteína desenvolve os tecidos musculares e ajuda-nos a nos
recuperarmos de doenças. As mulheres grávidas e as crianças têm
necessidade especial de proteína para um bom desenvolvimento. Esses
tipos de alimentos também contêm minerais, como ferro e cálcio, que
ajudam nosso corpo a se desenvolver e funcionar adequadamente.
  Ler D&C 89:14–17. Quais os tipos de alimentos mencionados nesses
  versículos? Você come esse tipo de alimento?
160
22-a, Alimentos de cada grupo de alimentos.




                                              161
Pirâmide dos Alimentos
Guia para a Escolha Diária dos Alimentos




Gorduras, óleos e açúcares
USE COM MODERAÇÃO




Leite, iogurte e queijos                                      Carne vermelha, carne
2-3 PORÇÕES                                                      branca, peixe, feijão,
                                                           ovos e oleaginosas (nozes,
                                                              castanhas e amêndoas)
                                                                       2-3 PORÇÕES

Vegetais                                                                     Frutas
3-5 PORÇÕES                                                           3-5 PORÇÕES




                             Pão, cereal, arroz e massas
                                   6-11 PORÇÕES




                           22-b, Pirâmide dos Alimentos




162
Lição 22

Além de cereais, o versículo 16 menciona alimentos de plantas
rasteiras ou trepadeiras, tais como melões, abóboras, tomates, ervilhas
e feijões ou vagens. Esses alimentos se assemelham aos cereais na
forma como ajudam o corpo. Eles nos dão alguma proteína, bem como
as vitaminas e minerais de que necessitamos. Mas o mais importante é
que nos dão carboidratos (amido e açúcar naturais). Nosso corpo usa
os carboidratos a fim de produzir energia para as atividades diárias.
Para Ter Boa Saúde É Necessário Ingerirmos Alimentos Variados
Algumas pessoas acham que não importa o que se come, desde que o
estômago esteja cheio. Isso não é verdade. Cada um tem o seu valor
especial. Precisamos das vitaminas das frutas e das verduras para nos
proteger de certas doenças. Precisamos da proteína das carnes e de
outros alimentos para crescer. (Se uma família preferir não comer carne
ou produtos de origem animal, o feijão, a ervilha e a lentilha são boas
fontes de proteína.) Precisamos também dos carboidratos dos grãos
para dar-nos energia. Para garantir uma dieta balanceada, devemos
planejar nossas refeições utilizando cinco grupos básicos de alimentos.
 Mostre a gravura 22-a, “Alimentos de cada grupo”, e 22-b, “Pirâmide
 dos Alimentos”. Peça às irmãs que dêem exemplos de alimentos de
 cada grupo.
Cada pessoa precisa de uma certa porção de cada grupo de alimentos
todos os dias. Precisamos cuidar para que nossas refeições contenham
porções suficientes de cada grupo de alimentos para todos os membros
da família.
 Mostre o cartaz com os seguintes exemplos de porções diárias de
 cada grupo de alimentos ou escreva as informações no quadro-negro:

 1 fatia de pão; meia xícara de cereal, arroz ou massa;
 1 fruta média; 1/2 xícara de fruta cozida ou em conserva;
 1 xícara de vegetais crus; 1/2 xícara de legumes cozidos;
 1 xícara de leite; 40 a 60 gramas de queijo;
 60 a 90 gramas de carne magra cozida, frango ou peixe;
 meia xícara de feijão; 1 ovo.

 Escreva no quadro-negro o que você comeu ontem. Você comeu um
 pouco de cada grupo de alimentos em cada refeição? Comeu o suficiente
 de cada grupo de alimentos durante o dia? Se não, o que você pode
 fazer para ingerir todos os dias quantidade suficiente desses alimentos?
Para ter quantidade suficiente de cada alimento, talvez seja necessário
comprar alimentos mais baratos de cada grupo, a fim de fazer bom uso
do dinheiro.

                                                                     163
Lição 22

  Que alimentos de cada grupo são mais caros? Que alimentos de cada
  grupo podem ser substituídos por outros mais baratos do mesmo grupo?
Devemos Incluir Alimentos dos Cinco Grupos em Nossas Refeições
Podemos fazer várias coisas para ingerir as porções necessárias de
cada grupo de alimentos durante o dia.
1. Podemos começar a pensar no que prepararemos para a refeição
   logo de manhã. Às vezes, quando esperamos até a hora de preparar
   a comida, descobrimos que não temos uma boa variedade de
   alimentos em casa.
2. Quando planejamos uma refeição, podemos começar com alimentos
   comuns como base, por exemplo, arroz e milho, e adicionar outros,
   de outros grupos.
3. Quando formos ao supermercado, devemos fazer uma lista dos
   alimentos de que necessitamos para nos ajudar a lembrar todos os
   cinco grupos.
4. Podemos fazer uma horta e plantar legumes, verduras e frutas. Se
   não dispusermos de lugar para uma horta, podemos plantar em
   vasos ou caixas de madeira. Talvez possamos usar algum terreno em
   conjunto com amigos ou parentes.
Conclusão
Todos nós queremos ter saúde. Se planejarmos cuidadosamente o que
comemos, para podermos ingerir as porções necessárias dos cinco
grupos já mencionados, isso nos será benéfico.
Desafio
Faça uma comparação entre as refeições que você come, com os grupos
alimentícios básicos. Planeje acrescentar alimentos dos grupos que
estão faltando em suas refeições. Lembre-se de que se planejarmos as
refeições com antecedência, será mais fácil incluirmos alimentos de
todos os cinco grupos.
Leia Doutrina e Convênios 89, assim você pode aprender mais a
respeito da lei de saúde do Senhor.

Preparação da Professora
Antes de apresentar a lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 29, “A Lei de Saúde do
   Senhor.”
2. Estude Doutrina e Convênios 89. Preste particular atenção aos
   versículos mencionados nesta lição.
3. Converse com um profissional de saúde ou um nutricionista para
   aprender que tipo de combinação de alimentos proporciona uma boa
   dieta na região onde você mora.
4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.

164
A NUTRIÇÃO DA MÃE E
       DO BEBÊ
                             Lição 23




O propósito desta lição é ajudar-nos a saber o que as mulheres
grávidas e as que amamentam devem comer e o que as mães devem
dar aos seus bebês.
Nutrição para a Mulher Grávida
  Mostre a gravura 23-a, “É importante que tanto a mãe como o bebê
  tenham uma boa nutrição”.
A mulher grávida precisa ter o cuidado de ingerir alimentos que
ajudem a ela e o bebê serem saudáveis. Ela não pode deixar de comer a
quantidade necessária de alimentos dos cinco grupos todos os dias.
Esses cinco grupos são (1) pães, cereais e grãos, (2) verduras e legumes,
(3) frutas; (4) leite, iogurte e queijos; e (5) carnes, aves, peixes,
amêndoas, nozes e castanhas. As mulheres grávidas devem também
tomar bastante água para evitar problemas de desidratação. As
mulheres que usam de sabedoria ao escolher o alimento que ingerem
geralmente têm bebês mais fortes e saudáveis do que as mães que não
comem corretamente.
  Peça às irmãs que citem diversos alimentos de cada grupo. Em seguida,
  peça-lhes que planejem uma refeição para uma mulher grávida. Peça
  que incluam vários alimentos de cada um dos cinco grupos.
  Por que é importante que a mulher grávida se alimente
  adequadamente?
“Se a mãe não estiver bem nutrida e não ingerir os nutrientes de que o
bebê necessita na quantidade adequada, o bebê não crescerá nem se
desenvolverá como deveria.
O índice de mortalidade infantil, que registra o número de crianças
que morrem no primeiro ano de vida, é bastante alto em muitos países
subdesenvolvidos do mundo. Eles resultam de problemas sanitários,
da propagação de infecção e da má nutrição. No entanto, mesmo nos
países desenvolvidos (…) a nutrição inadequada entre as mulheres
grávidas tem contribuído para um alto índice de mortalidade infantil.
Se uma mãe não for bem nutrida durante a gravidez, principalmente

                                                                     165
23-a, É importante que tanto a mãe como o bebê tenham uma boa nutrição.




166
Lição 23

se for muito jovem, terá probabilidade muito maior de ter um bebê
pequeno e com falta de peso ao nascer. O risco de morte logo depois
do nascimento é maior para o bebê cujo peso está abaixo do normal. A
nutrição da futura mãe é um fator muito importante, que contribui
para a saúde do seu bebê. Ela deve comer os alimentos que lhe darão
os nutrientes necessários para formar e proteger o corpo de seu filho”.
(Cursos de Estudo da Sociedade de Socorro, 1974–1975, p.105)
O Leite Materno Normalmente É o Melhor
Nosso Pai Celestial fez o corpo da mãe de modo que possa produzir
leite. Esse leite foi feito para uso especial dos bebês, e é melhor que o
leite de animais. O primeiro fluido que sai do peito materno depois
que o bebê nasce também é muito importante, pois contém substâncias
que ajudam a protegê-lo de doenças durante os primeiros meses.
Às vezes, por motivos de saúde, a mãe não pode amamentar seu filho
no seio. Pode ser usado então o leite de vaca, cabra ou em pó, mas o
cuidado deve ser maior no sentido de conservá-lo livre de germes.
Sempre que puder, a mãe deve amamentar seu bebê, e a dieta por ela
usada é de influência na quantidade de leite que ela produz. A mãe
que come alimentos saudáveis e bebe bastante água, geralmente
produz leite suficiente para o seu filho.
  Por que razão algumas mães não amamentam seus filhos? Por que o
  fluido que vem antes do leite é bom para os bebês? Além da nutrição e
  da prevenção de doenças, quais as outras vantagens da amamentação?
A Mamadeira
Se a mãe não pode amamentar o bebê, pode dar-lhe outro tipo de leite,
o que geralmente significa alimentá-lo com mamadeira. Ao alimentar o
bebê com mamadeira, são necessárias as seguintes precauções:
1. Conserve a mamadeira limpa. Caso ela caia no chão ou moscas
   pousem no bico, deixando germes, o bebê provavelmente ficará
   doente. Lave as mamadeiras e bicos com água quente e sabão e
   enxágüe bem.
2. Use água pura. Se o leite se misturar à água impura, o bebê também
   poderá ficar doente, por causa dos germes que estão na água. Se
   houver perigo de a água estar impura, deve-se fervê-la durante 20
   minutos e deixar esfriar antes de alimentar o bebê.
3. Se o leite azedar, jogue-o fora e use leite fresco.
4. Leia o rótulo dos alimentos enlatados e use a quantidade certa de
   água. As crianças ficam doentes, caso o leite não for diluído de
   acordo. Não adicione muita água, a fim de fazer o leite durar mais.
Uma história contada pelo Dr. James O. Mason ilustra a importância de
não diluir demais o leite dado aos bebês.

                                                                     167
Lição 23

Um jovem casal chamou o Dr. Mason para ir até a sua casa ver o seu
bebê recém-nascido. Quando a mãe despiu sua filhinha, de apenas seis
semanas, o doutor ficou chocado com sua magreza. Ele quase podia
enxergar-lhe os ossos. Os pais lhe disseram que a mãe não tinha
podido amamentar o bebê, porque ficara muito doente durante a
gravidez. Quando ele nasceu, eles compraram uma lata de leite em pó,
mas não puderam comprar outra quando a primeira acabou. O doutor
lhes perguntou o que estavam dando ao bebê, e eles mostraram uma
mamadeira cheia de um fluido quase transparente. Era água,
misturada com algumas gotas de leite condensado. O Dr. Mason deu
dinheiro ao presidente do ramo, para que comprasse leite para o bebê
e também ensinou a família a prepará-lo, mas, a despeito dos seus
esforços a garotinha não sobreviveu. Mais tarde, a família aprendeu
que havia postos de saúde que poderiam ter-lhes dado o leite para a
alimentação de sua filhinha. (‘For The Health of the Saints’, Speeches of
the Year, 1974, pp. 153–154)
  Demonstração opcional: Mostre como se limpa corretamente uma
  mamadeira e como preparar leite para um bebê.
O uso da mamadeira exige cuidado extra, mas os bebês assim
alimentados podem ser saudáveis. Porém, mesmo que eles precisem
ser ocasionalmente alimentados com mamadeira, ainda assim é melhor
que sejam amamentados.
Outros Alimentos para o Bebê
Conforme vai crescendo, o bebê tem necessidade de outros alimentos
além do leite para ficar saudável. É difícil saber por quanto tempo o
leite materno preencherá as suas necessidades, portanto, ele deverá
começar a comer outros alimentos lá pelos seis meses.
Os bebês precisam de alimentos dos cinco grupos, já mencionados para
o uso de adultos. Os alimentos prontos podem ajudar a fornecer aos
bebês os alimentos dos cinco grupos básicos. Se não for possível
adquirir alimentos prontos, a comida para os bebês pode ser facilmente
preparada dos mesmos alimentos consumidos pelos adultos. Esses
alimentos precisam estar sempre muito limpos e devem ser esmagados
ou passados na peneira, para que possam ser ingeridos com facilidade,
mesmo antes do aparecimento dos dentes.
As frutas que têm cascas são mais limpas do que as outras. As bananas
maduras constituem um bom alimento para os bebês. Outras frutas
devem ser cuidadosamente lavadas e descascadas com uma faca limpa
e todas as frutas devem ser seguradas com as mãos também limpas.
As verduras e legumes cozidos, principalmente as verduras, são
excelente alimento para os bebês. Podem ser facilmente picadas ou
esmagadas, tornando-se de fácil ingestão. Além disso, contêm
vitaminas que ajudarão o bebê a manter-se saudável.
168
Lição 23

Os cereais também são bons alimentos para os bebês porque contêm
carboidratos, mas não bastam como alimentação. Os bebês também
precisam de outros alimentos como frutas, verduras, legumes, ovos e
leite para crescerem com saúde.
Algumas pessoas alimentam os bebês com caldo de carne ou de feijão
porque geralmente é cozido e não tem germes, mas somente os caldos
não ajudam o bebê a crescer. Eles precisam de outros tipos de
alimentos que contenham todas as vitaminas, minerais, proteínas e
carboidratos de que necessitam.
Os pais devem incluir um alimento de cada vez na dieta do bebê. Às
vezes, o bebê pode ser alérgico a um tipo de alimento, o que pode
causar vômitos, congestão dos pulmões ou nariz, diarréia ou erupções
na pele. Introduzindo um alimento de cada vez na alimentação do
bebê, os pais podem saber que alimentos seu bebê talvez não possa
comer devido a alergias.
  Quais os alimentos de cada um dos cinco grupos que o bebê pode
  comer? Como esses alimentos devem ser preparados?
  Peça às irmãs que planejem uma refeição para um bebê e que
  incluam alimentos dos grupos básicos.
  Demonstração opcional: Mostre como preparar dois ou três tipos de
  comida para bebês.
Conclusão
Precisamos escolher com cuidado os alimentos que comemos,
principalmente no caso das mulheres grávidas e das que amamentam.
Podemos ter muita influência na saúde de nossos filhos, dependendo
do que lhes damos para comer. O leite materno é o melhor alimento
para os recém-nascidos, mas depois de alguns meses, os bebês
necessitam de alimentos de todos os cinco grupos alimentícios para
poderem crescer fortes e saudáveis.


Preparação da Professora
Antes de apresentar a lição:
1. Examine a lição 22 deste manual, “A Nutrição da Família”.
2. (Opcional) Leve uma mamadeira e leite em pó para a aula e mostre
   às irmãs como limpá-la e como preparar o leite para um bebê.
3. (Opcional) Leve à classe alguns alimentos especialmente bons para
   um bebê. Se possível, leve utensílios que lhe permitam mostrar como
   preparar a comida.
4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.
                                                                      169
PREVENÇÃO DE
              DOENÇAS
                            Lição 24




Esta lição tem o propósito de lembrar-nos de que devemos colocar em
prática os princípios de prevenção de doenças, a fim de
permanecermos saudáveis.
Precisamos Aprender a Manter a Saúde
Antigamente, as pessoas não conheciam as causas das doenças e
pensavam que elas eram resultado de maldades cometidas, da
necessidade de sacrifícios ou de maldições. Após séculos de estudos, os
cientistas e médicos descobriram a causa de grande parte das doenças.
Desde que o evangelho foi restaurado na Terra em 1830, muito
conhecimento foi adquirido, pois o Espírito do Senhor tem-se
espalhado por sobre a Terra. Muitas descobertas novas foram feitas
para ajudar-nos a sermos mais saudáveis.
Como adultos, precisamos saber e fazer as coisas que nos ajudam a ser
saudáveis. Devemos também ensiná-las a nossos filhos e mostrar aos
nossos familiares como ter uma atitude correta em relação à saúde.
Existem pais que dizem a seus filhos que vão aplicar-lhes uma injeção
caso não se comportem. Isso não é bom, pois faz com que as crianças
considerem o cuidado da saúde como sinônimo de punição.
Nesta aula, analisaremos algumas das coisas que nos ajudam a
permanecer saudáveis.
O Controle dos Micróbios Ajuda a Prevenir as Doenças
Os micróbios são seres vivos muito pequeninos que podem causar
doenças. Alguns deles passam de uma pessoa para a outra. Outros
passam dos animais para as pessoas. Os micróbios causam muitos e
diferentes tipos de enfermidades quando penetram no nosso corpo.
Eles vivem e se desenvolvem rapidamente nos lugares quentes,
úmidos e escuros. Crescem nos animais ou nas fezes de animais ou
pessoas, e é necessário que não lhes proporcionemos condições de
vida.
 O que podemos fazer para não dar condições de vida aos micróbios?
 Acrescente as seguintes sugestões àquelas apresentadas pelas irmãs:

170
Lição 24

Devemos Manter os Insetos Fora de Casa
Uma das formas de se manter os insetos fora de casa é colocar telas nas
janelas e nas portas, sempre que possível. Essas telas devem estar
sempre em bom estado, principalmente durante o verão.
Limpar o Lugar Onde Vivem os Micróbios
As áreas em que cozinhamos, tomamos banho ou lavamos roupa são
freqüentemente úmidas. Existem meios de conservá-las mais secas. As
áreas úmidas são um problema, especialmente quando aquecidas.
Embora os raios do sol sejam quentes, eles ajudam a impedir o
crescimento dos micróbios.
 Quais os itens que ocasionalmente poderiam ser colocados ao sol,
 para ajudar a impedir que os micróbios proliferem?
Como nos Livrarmos Adequadamente de Material Fecal
Os micróbios vivem nas fezes tanto de animais como de pessoas.
Quando as deixamos expostas, as moscas pousam sobre elas,
recolhendo micróbios nos pêlos de suas patas. Quando as moscas
pousam em outro lugar, esses micróbios são deixados no lugar em que
pousaram.
 Como podemos livrar-nos de material fecal? (Usando uma latrina ou
 banheiro, em se tratando de fezes humanas. Conservando os animais
 em chiqueiros ou estrebarias; enterrando na horta as fezes de
 animais que não comem carne; cobrindo-as com terra, tela ou
 tampas, de modo que as moscas não pousem em cima.)
Devemos Proteger os Alimentos dos Insetos
Devemos colocar as sobras de comida em um lugar fechado, onde os
insetos não possam penetrar. Se você tiver um lugar fresco, coloque os
alimentos nele. Os alimentos podem ser conservados frescos em uma
geladeira ou caixa de isopor com gelo. Uma vez que os micróbios
podem ser levados pelo vento, devemos manter os alimentos cobertos.
Em alguns climas tropicais, é melhor armazenar a comida num
armário com porta de treliça.
As Vacinas Ajudam a Prevenir as Doenças
Podemos proteger-nos a nós mesmos e a nossa família de algumas
doenças sendo vacinados. Para algumas doenças é necessário apenas
uma dose de vacina, mas para outras podemos necessitar de várias
doses, a determinados intervalos de tempo. A poliomielite é uma
doença que já foi bem comum, porém, há muitos anos, um cientista
descobriu um meio de proteger-nos dela. Ele desenvolveu uma vacina
que nos protege contra essa enfermidade que já matou muitas pessoas
e aleijou outras tantas. Na maior parte do mundo, as pessoas podem
ser vacinadas em um posto de saúde ou numa clínica, por um médico.

                                                                    171
Resistência e Imunidade à Doença
Gráfico de Imunização Recomendado
Doença                                                                     Idade

                      Nasci-   1       2       4         6       12        15       18      4a6       11 a 12 14 a 16 Adulto
                      mento    mês     meses   meses     meses   meses     meses    meses   anos      anos    anos

Hepatite B (HBV) HBV-1                                                                                                A, C

                               HBV-2                     HBV-3                                        HBV-1, 2 e 3
                               (1 mês após a HBV-1)      (5 meses após a HBV-2)                       (para aqueles
                                                                                                      que não foram
                                                                                                      previamente
                                                                                                      vacinados)

Difteria, Tétano                       DTaP-1 DTaP-2 DTaP-3                DTaP-4           DTaP-5 Dose de reforço B, Td
e Coqueluche                           ou     ou     ou                    ou               ou     a cada 10 anos
(DTaP ou DTP)                          DTP-1 DTP-2 DTP-3                   DTP-4            DTP-5

Hemophilus tipo                        HIB-1   HIB-2     HIB-3   HIB-4
B (HIB)

Poliomielite                           Polio-1 Polio-2           Polio-3                    Polio-4                   C

Sarampo,                                                         MMR-1                      MMR-2 MMR-2               C, D
Caxumba e                                                                                         (se não
Rubéola (MMR)                                                                                     tiver
                                                                                                  sido
                                                                                                  tomada
                                                                                                  entre
                                                                                                  4e6
                                                                                                  anos)

Catapora                                                         Var-1                                Var-1           C, E
(Varicela) (Var)                                                                                      (se não
                                                                                                      tiver
                                                                                                      sido
                                                                                                      tomada
                                                                                                      anteri-
                                                                                                      ormen-
                                                                                                      te)

Gripe                 Anualmente. Pessoas com mais de 65 anos, profissionais da saúde e outros que estejam num grupo de
                      alto risco. Crianças de dois anos ou mais que sofram de problemas de saúde crônicos como asma,
                      doenças cardíacas e diabetes. Consultar um médico. Contra-indicado se a pessoa for alérgica a ovo.

Pneumonia             Uma vez ou novamente após 5 anos para pessoas num grupo de alto risco. Pessoas de 65 anos ou mais.
pneumocócica          Crianças de dois anos ou mais que sofram de problemas de saúde crônicos sob orientação de um
                      médico. Pessoas que vivem em ambientes especiais, entre a população indígena. Consultar um médico.

Hepatite A            Duas doses: a segunda, 6 meses após a primeira. Para maiores de 2 anos, em caso de viagens
                      internacionais. (Ver “C” abaixo.)
                      Pessoas com problemas crônicos de fígado ou para pessoas expostas a alto risco de Hepatite A.
                      Consultar um médico.

                   A Profissionais da saúde e segurança pública ou outras pessoas expostas a alto risco de contaminação.
                     Consultar um médico.
                   B Após 5 anos, pode ser necessário uma dose de reforço em caso de ferimento. Consultar um médico.
                   C Certas viagens internacionais. Consultar um médico ou posto de saúde local.
                   D Duas doses com pelo menos 4 semanas de intervalo. Consultar um médico. Adultos nascidos em 1957
                     ou depois devem receber pelo menos 1 dose se não houver prova de imunidade. Adultos expostos a alto
                     risco de contaminação (estudantes de faculdade, profissionais de saúde, etc). Contra-indicado na
                     gravidez ou suspeita de gravidez até 3 meses.
                   E Duas doses com pelo menos 4 a 8 semanas de intervalo. Todos os adultos suscetíveis e pessoas de alto
                     risco (profissionais da saúde, professores de crianças, babás, etc). Pessoas que comprovadamente já
                     tiveram catapora podem ser consideradas imunes. Contra-indicado para gestantes ou suspeita de
                     gravidez até 1 mês.
* A vacinação não deve ser adiada por causa de pequenas doenças.

                                            24-a, Resistência e Imunidade à Doenças



        172
24-b Uma jovem sensata procura dormir o suficiente, comer refeições nutritivas,
      escovar os dentes adequadamente pelo menos duas vezes ao dia e
                       lavar as mãos com freqüência.




                                                                                  173
Lição 24

  Quais as doenças mais comuns em sua localidade? Quais as vacinas
  que os médicos ou funcionários dos centros de saúde recomendam?
  Com que freqüência devem ser usadas? O que você pode fazer para
  conseguir a imunização necessária para proteger sua família? Diga às
  irmãs quando e onde são dadas as vacinas e sugira que as irmãs se
  disponham a tomá-las.
  Mostre a gravura 24—a, “Resistência e Imunidade à Doença” e
  conceda às irmãs tempo para estudar o gráfico em seu manual.
Práticas Saudáveis Ajudam-nos a Prevenir as Doenças
  Mostre a gravura 24—b, “Uma jovem sensata procura dormir o
  suficiente, comer refeições nutritivas, escovar os dentes
  adequadamente pelo menos duas vezes ao dia e lavar as mãos com
  freqüência”.
Podemos desenvolver hábitos que nos proporcionarão uma saúde
melhor. Alguns desses hábitos são: dormir o suficiente à noite, comer
uma variedade adequada de alimentos e fazer exercícios diários.
Também necessitamos de bons hábitos sanitários. Tomar banhos
regulares, escovar os dentes, fazer uso do fio dental depois de cada
refeição, lavar as mãos depois de usar o toalete e cobrir a boca ao
espirrar, também são bons hábitos a serem seguidos. Nos climas
tropicais, todos devem usar sandálias ou outro tipo de calçado para
impedir infecções.
  Peça às irmãs que contem como aprenderam ou ensinaram seus
  familiares a praticar bons hábitos de saúde.
O Que Devemos Fazer Quando Ficamos Doentes
As enfermidades geralmente causam uma grande mudança na nossa
aparência, no modo de sentir ou agir. Mudanças súbitas ou extremas
são freqüentemente sinais de que algo está errado. Dores, febre,
calafrios, perda de apetite, náusea, palidez, tontura, fraqueza, erupção
de pele, coceira, inchaço e diarréia são sinais de doença.
Se ficarmos doentes, devemos procurar uma clínica ou um médico,
para descobrir como podemos ficar curados. As bênçãos do sacerdócio
também podem ajudar-nos. O Senhor espera que façamos a nossa
parte antes de recebermos as bênçãos. Devemos permitir que um
médico nos oriente na cura de nossas doenças. Em seguida, devemos
acrescentar boas práticas de saúde, nossa fé, orações e as bênçãos do
sacerdócio. Se fizermos essas coisas, poderemos sobrepujar muitas
doenças.
  O que podemos fazer hoje ou esta semana para evitar as doenças?




174
Lição 24

Conclusão
Somos os trabalhadores da vinha do Senhor nesta Terra e para servi-Lo
eficientemente precisamos ter boa saúde. Podemos ajudar a construir
Sião se tivermos saúde e criarmos filhos saudáveis.
O Senhor nos concedeu muitas maneiras de prevenir doenças e
enfermidades e espera que sejamos sábios em tudo o que fizermos. Por
outro lado, Ele espera também que cuidemos daqueles que estão
doentes e prometeu-nos que por meio da fé, da oração e do poder do
sacerdócio, podemos ser curados de acordo com Sua vontade. O
Presidente Brigham Young ensinou: “Procuremos portanto ampliar ao
máximo a vida presente, observando todas as leis de saúde,
preparando-nos para uma vida melhor pelo correto equilíbrio entre o
trabalho, estudo, repouso e recreação. Ensinemos esses princípios a
nossos filhos”. [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954),
p. 186]
Desafio
Use os métodos apresentados nesta lição para ensinar seus familiares a
colocarem em prática os princípios de prevenção de doenças, para
poderem preservar a saúde. Explique o gráfico da gravura 24-a.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Visite um posto de saúde local para saber quais as vacinas
   disponíveis aos membros da comunidade. Descubra quando serão
   dadas, o que é necessário fazer para tomá-las, etc.
2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




                                                                      175
O CULTIVO DE HORTAS
                            Lição 25




O propósito desta lição é ajudar-nos a começar uma horta ou melhorar
a que já temos.
Nossos Profetas Têm-nos Pedido que Cultivemos Hortas
O Presidente Spencer W. Kimball pediu aos santos dos últimos dias de
todo o mundo que produzam seu próprio alimento. Por diversos anos,
ele pediu a cada família que tenha a sua própria horta. Disse ele:
“Incentivamo-lhes a produzir o máximo de alimentos possível em suas
propriedades. Plantem parreiras e árvores frutíferas próprias para o
clima. Cultivem legumes e verduras e abasteçam de suas próprias
hortas. Mesmo os que moram em apartamento, podem geralmente
cultivar alguma coisa em vasos e jardineiras. Estudem o melhor
método de produzir seus alimentos. Tornem seus jardins limpos e
atraentes, bem como produtivos. Se houver crianças na casa, façam
com que participem do programa, designando-lhes determinadas
tarefas”. (A Liahona, agosto de 1976, p. 113)
Ao nos pedir que cultivemos uma horta, o Presidente Kimball nos
lembrou as palavras do Senhor: “E por que me chamais Senhor,
Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lucas 6:46)
Existem boas razões para que nossos profetas nos dêem tais conselhos.
O cultivo de hortas nos traz muitos benefícios, amplia nossa apreciação
pela natureza e ensina a família a trabalhar em conjunto. Quando
possuímos uma horta produtiva, não ficamos dependentes dos outros
no que concerne a alimentação. Podemos selecionar as verduras de que
gostamos e que nos proporcionam uma dieta nutritiva. Quando
plantamos, temos a satisfação de prover o nosso próprio alimento, que
também pode ser trocado com nossos vizinhos, podemos economizar e
ajudar os necessitados.
 Peça às irmãs que expliquem os benefícios que receberam ao cultivar
 uma horta.
Devemos Começar com um Plano
Antes de realmente começarmos a plantar uma horta, devemos tomar
algumas decisões.

176
25-a, As pessoas que moram em apartamento podem plantar
            uma horta em vasos ou jardineiras.




                                                          177
25-b, Procure plantar alimentos que cresçam adequados ao clima e solo da área.




178
Lição 25

Onde Plantar
  Mostre a gravura 25-a, “As pessoas que moram em apartamento
  podem plantar uma horta em vasos e jardineiras”.
Primeiramente, devemos decidir onde plantar. A horta precisa ser feita
no melhor local possível, pois se tornará um pedaço de terra muito
valioso. Escolha um local ensolarado, que diariamente receba pelo
menos seis horas de sol. Verifique o solo. Alguns são tão arenosos, que
não conseguem reter água, ou tão cheios de argila, que a água empoça
em cima e penetra vagarosamente. Se for esse o caso, devemos
adicionar adubo composto ou um tipo de terra diferente do que já
existe, para melhorá-la. Se não chover freqüentemente, deve haver
água à disposição. A horta deve ficar perto da casa, se for possível.
Não deve ficar tão longe que seja difícil trabalhar nela diversas vezes
por semana. Escolha um lugar que não seja muito íngreme, caso
contrário, tanto a terra como as sementes serão levadas pela água. Se
você tiver que plantar em local íngreme, faça sulcos na transversal em
vez de na vertical. Aqueles que moram em apartamento, podem
plantar em vasos ou jardineiras.
Aqueles que desejam uma horta maior, podem usar o jardim, pedir
emprestado um local ou alugar alguma terra. Duas famílias, na
Alemanha, descobriram um meio de ter uma horta:
“Pertencemos à Missão Frankfurt, e estamos escrevendo-lhes para falar
sobre a nossa horta.
Não foi muito fácil encontrar um pedaço de terra numa cidade grande
como Frankfurt—é uma horta bem pequena—e quando a alugamos,
parecia um deserto, com uma cerca quebrada, uma cabana caindo aos
pedaços, e mato por toda parte. Isso não nos desanimou.
Primeiro fizemos uma cerca nova, consertamos a cabana, e escavamos
todo o solo. Na primavera, plantamos legumes, e nossos vizinhos
disseram que não cresceriam. Há um pequeno riacho onde podemos ir
com nossas bicicletas buscar água e, usando latas, carregamos nossa água.
Oramos ao Senhor, para que Ele abençoasse nossa horta. O Senhor
respondeu às nossas orações. Nasceu toda espécie de legumes. É
maravilhoso ver as plantas crescendo.” (Citado por Spencer W. Kimball,
Conference Report, outubro de 1976, p. 5; Ensign, novembro de 1976, p. 5)
O que Plantar
  Mostre a gravura 25-b, “Procure plantar alimentos que cresçam
  adequados ao clima e solo da área”.
A segunda decisão que teremos que tomar é o que plantar. Algumas
hortas têm muito espaço, enquanto outras são pequenas. Se o espaço for
limitado, escolha legumes que cresçam para cima, tipo trepadeira, tais
como feijões ou tomates presos a estacas. Escolha sementes que produzam

                                                                     179
25-c, Exemplo de hortaliças.




180
Lição 25

em abundância, tais como abóboras e tomates, em vez daquelas que
produzem só um legume ou fruto de cada vez, como os rabanetes.
Não se esqueça de escolher alimentos que dêem à sua família os
nutrientes de que necessitam, mas evite plantar coisas que seus
familiares não gostem e não comam. Procure plantar alimentos que
cresçam bem em seu clima e solo.
  Mostre um cartaz em que estejam relacionadas as frutas, verduras,
  legumes e cereais que cresçam em sua localidade, ou escreva essas
  informações no quadro-negro. Quais as colheitas que produzem a
  maior quantidade de alimentos em uma área limitada?
É bom fazer um mapa com o planejamento de sua horta. Os mesmos
vegetais não devem ser plantados no mesmo lugar ano após ano. Se as
colheitas não forem alternadas, irão tornar-se cada vez mais pobres e
os legumes e hortaliças não crescerão bem.
 Mostre a gravura 25-c “Exemplo de hortaliças”.
Quando Plantar
Outra decisão a ser tomada é quando plantar. Cada tipo de alimento
cresce melhor sob condições mais favoráveis. Alguns alimentos
crescem melhor na estação seca enquanto outros preferem a umidade.
Alguns produtos como beterrabas, repolho, cenouras, alface, cebolas,
ervilhas e espinafre crescem melhor em clima frio. Outros como feijão,
milho, melão, abóbora e tomate preferem clima mais quente.
 Mostre um cartaz com a época de plantio dos alimentos específicos que
 crescem em sua localidade, ou escreva as informações no quadro-negro.
Devemos Preparar o Solo
Quatro a seis semanas antes da época de plantio, limpe o solo, tirando
as ervas daninhas, tocos, pedras, lixo e ramos de árvores. Revolva o
solo com uma pá ou enxada, para que a água possa penetrar facilmente.
O solo deve ficar bem revolvido, quando estiver para ser usado.
 Mostre a gravara 25-d, “Prepare bem o solo antes do plantio”.
Nos nossos dias, a maior parte dos solos pode ser melhorada. Adubos
compostos, plantas apodrecidas e esterco de animais, melhoram a
estrutura de solos arenosos ou argilosos. Também ajudam na produção
de colheitas melhores, porque adicionam nutrientes. O adubo
composto, porém, não pode ser feito e colocado no solo no mesmo dia.
Pode levar de quatro a seis meses para produzir um adubo composto
que esteja pronto para ser colocado no solo. Por essa razão, algumas
pessoas o preparam todos os anos, colocando-os nas hortas no ano
seguinte ao de sua composição.
Você pode aprender a fazer seu próprio adubo, pesquisando em livros,
pedindo orientação a um agrônomo ou a um jardineiro experiente.
                                                                   181
Limpe o local do plantio, removendo ervas   Revolva o solo com uma pá ou enxada.
daninhas, tocos, pedras, lixo e ramos de
árvores.




Adicione adubo para melhorar o solo.        O solo deve ficar bem revolvido antes do
                                            plantio.


                      25-d, Prepare bem o solo antes do plantio.




182
Lição 25

  Peça às irmãs que já prepararam algum adubo que expliquem como
  o fizeram e o utilizaram.
Como Plantar a Horta
Nas áreas onde a estação própria para o plantio for curta, pode-se
plantar uma horta em vasos ou jardineiras, dentro de casa. Porém, se
você começar uma horta fora de casa, plante as sementes em fileiras
retas, para diferenciar as ervas daninhas dos vegetais. Deixe um espaço
entre as sementes. Aprenda quando deve plantar as sementes e plante-
as nas datas certas. Plante uma fileira da mesma coisa (como milho,
por exemplo) semanalmente, durante diversas semanas. Assim você
terá um período maior de colheita.
As sementes variam de tamanho; se forem todas plantadas com a
mesma profundidade, não crescerão. Plante cada semente numa
profundidade cerca de quatro vezes o seu diâmetro, e em seguida tape
o buraco, pressionando a terra firmemente. Não se esqueça de deixar
espaço suficiente entre as fileiras, para que possa afofar a terra ao redor
das plantas, durante o crescimento.
Conserve a terra umedecida depois de ter plantado as sementes. Se a
terra secar, as sementeiras não germinarão.
Como Cuidar da Horta
Todo o planejamento, preparo e plantio que fizermos, não trará
benefícios, se depois de tudo isso não cuidarmos de nossas hortas.
Precisaremos fazer o seguinte:
Água
Coloque bastante água uma vez por semana, se não chover o
suficiente. A terra deve ficar molhada até uma profundidade de 17
centímetros logo depois de regada. Molhe sempre depois que o sol não
estiver muito quente, para não cozinhar a terra.
A Matéria Vegetal
Depois que as plantas estiverem com diversos centímetros de altura,
remova as ervas daninhas que permaneceram. Coloque uma camada de
5 a 7 centímetros de serragem, jornais picados, grama, folhas ou palha
em volta das plantas e entre as fileiras. Essa matéria vegetal impede que
a terra seque ou aqueça demais. A maioria das pessoas que usam esse
processo descobrem que não precisam arrancar muitas ervas daninhas.
O Cultivo
As ervas daninhas roubam a água e os nutrientes das plantas.
Arranque-as com a mão ou tire-as com uma enxada. Uma camada
grossa de matéria vegetal pode impedir o crescimento de ervas
daninhas, mas será necessário que você a afaste para um dos lados
uma vez por semana, a fim de poder afofar a terra com a enxada.
Recoloque a camada de matéria vegetal depois de ter afofado a terra.
Controle de Danos Causados por Insetos
Os insetos causam danos às plantas e podem destruir as colheitas. Não
se esqueça de remover todo alimento maduro antes que comece a
apodrecer: Se você não o fizer, os insetos se alimentarão dele. Remova
                                                                       183
25-e, Uma horta pode trazer muitos benefícios para a família.




184
Lição 25

também todas as plantas que tenham parado de produzir. Remova os
insetos com a mão, com água ou inseticida. Se usar inseticida, não se
esqueça de lavar o alimento antes de comê-lo.
A Colheita
Se você colher frutas e legumes pouco antes de cozinhá-los, comê-los
ou colocá-los em conserva, eles terão melhor sabor e serão mais
nutritivos. Certos alimentos, como o pepino, produzem muito melhor
se colhidos freqüentemente. Não deixe que fiquem maduros demais,
que murchem ou sequem. Colha as verduras de folhas, quando ainda
novas e tenras.
  Mostre a gravura 25-e, “Uma horta pode trazer muitos benefícios
  para a família”.
  Quais são os benefícios de planejarmos uma horta, prepararmos o
  solo, plantarmos e cuidarmos dessa horta?
Conclusão
Podemos mostrar que amamos ao Senhor e que Nele confiamos,
fazendo as coisas que os Seus profetas nos pedem. Cada uma de nós
receberá bênçãos, se planejarmos e prepararmos nossas hortas e depois
cuidarmos delas, para estarem sempre em ordem e produzirem bem. O
Presidente Kimball nos aconselhou: “Tornem seus jardins limpos e
atraentes. Sejam quais forem as circunstâncias, façam com que suas
propriedades reflitam ordem, beleza e felicidade. Planejem bem e
levem seu plano avante de maneira ordenada e sistemática”.
(Conference Report, abril de 1976, p. 175; Ensign, maio de 1976, p. 125)
  Leia D&C 59:16–19.
Desafio
Planeje hoje mesmo começar ou cuidar melhor de sua horta. Lembre-se
de que toda a família pode trabalhar em conjunto para que tenham
uma boa horta.

Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Procure informar-se a respeito dos tópicos a seguir, pesquisando em
   bibliotecas, departamentos de agricultura locais, ou conversando
   com um jardineiro experiente:
   a. Quais alimentos produzem melhor na horta caseira;
   b. Qual a época de plantio de cada alimento;
   c. Como fazer adubo composto para a horta caseira;
   d. Como molhar as plantas, eliminar as ervas daninhas, controlar os
      danos causados por insetos, colocar a matéria vegetal e cultivar a
      horta caseira.
2. Prepare os cartazes sugeridos na lição, ou escreva as informações no
   quadro-negro.
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.

                                                                      185
A PRODUÇÃO
                DOMÉSTICA
                            Lição 26




O propósito desta lição é ensinar a tornarmo-nos auto-suficientes,
produzindo aquilo de que necessitamos em casa.
A Auto-Suficiência
O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Encorajamos as famílias
santos dos últimos dias a tornarem-se auto-suficientes e
independentes. (“Preparação Familiar”, A Liahona, agosto de 1976, p.
113) Existe uma boa razão para esse conselho. O Presidente Marion G.
Romney explicou: “Estamos vivendo nos últimos dias. (…) Estamos
vivendo na era que precede o segundo advento do Senhor Jesus Cristo.
Foi-nos dito que nos preparássemos e vivêssemos para nos tornarmos
independentes das outras criaturas debaixo do reino celestial”.
(Conference Report, abril de 1975, p. 165) (Ver D&C 78:13–14.)
 Mostre a gravura 26-a, “Galinhas podem ser criadas numa pequena
 área”.
O Presidente Kimball aconselhou-nos a ser auto-suficientes, porque as
profecias antigas já se estão cumprindo. Disse ele: “Acho que está
chegando a hora em que haverá cada vez mais sofrimentos, mais
furacões e inundações, (…) mais terremotos. (…) Acho que essas coisas
aumentarão, provavelmente à medida que nos aproximamos do fim;
portanto, devemos estar preparados para elas”. (Conference Report,
abril de 1974, p. 184)
O Presidente Kimball também disse:
“Sobrevindo tempos maus, muitos desejariam ter enchido todos os
seus vidros de frutas em conservas, cultivado uma horta no quintal,
plantado algumas árvores frutíferas, parreiras, e cuidado de prover
para suas próprias necessidades.
O Senhor planejou que fôssemos independentes de toda criatura, mas
notamos que muitos fazendeiros compram leite de leiterias e donas-de-
casa adquirem verduras nas quitandas. Se os caminhões deixarem de
encher as prateleiras das lojas, muitos passarão fome”. (“Deus Não
Será Escarnecido”, A Liahona, fevereiro de 1975, p. 36)

186
26-a Galinhas podem ser criadas numa pequena área.




                                                     187
Lição 26

  Peça às irmãs que imaginem que as lojas tenham fechado e que elas
  precisem depender de si mesmas para tudo. Pergunte-lhes o que
  fariam em tais circunstâncias.
Como Podemos Cuidar de Nossas Próprias Necessidades
O Bispo Vaughn J. Featherstone ensinou-nos quais as coisas que
devemos aprender, a fim de cuidarmos de nossas próprias
necessidades: “Quanto à produção doméstica: Onde as condições e leis
locais o permitirem, criem animais domésticos. Plantem árvores
frutíferas, parreiras, legumes e verduras. Assim, terão alimentos para a
família, dos quais parte pode ser consumida fresca, e outra destinada a
conservas que completarão a reserva alimentar. Sempre que possível,
produzam também outros artigos necessários para a vida. Costurem e
remendem suas próprias roupas. Construam ou confeccionem coisas
necessárias. Eu poderia acrescentar ainda, embelezem, consertem e
conservem todas as suas propriedades”. (“Armazenamento de Gêneros
Alimentícios”, A Liahona, agosto de 1976, p. 106)
Para seguir as instruções do Bispo Featherstone, devemos aprender a
prover nossas próprias necessidades da seguinte forma:
  Mostre um cartaz com a seguinte lista ou escreva as informações no
  quadro-negro:

 1. Criar animais.
 2. Plantar árvores frutíferas e parreiras.
 3. Plantar hortas.
 4. Fazer conservas.
 5. Costurar e remendar.
 6. Fazer ou confeccionar coisas necessárias.
 7. Consertar e manter em ordem nossas propriedades.

Criar Animais
Se tivermos terra suficiente e residirmos onde legalmente podemos
criar animais, devemos fazê-lo. Antes de decidirmos quais os animais
que criaremos, devemos aprender como alimentá-los, abrigá-los e
cuidar de suas necessidades, a fim de conservá-los saudáveis.
Devemos preparar-nos com antecedência para cuidar deles. É mais
fácil cuidar de alguns animais como galinhas, coelhos, patos e cabras.
  Fale sobre os tipos de animais normalmente criados em sua área.
  Discuta qual o alimento, abrigo e cuidado que exigem.
Plantar Árvores Frutíferas e Parreiras
  Mostre a gravura 26-b, “Dicas para o plantio de árvores, verduras e
  legumes”.

188
Introduza um pedaço de pau no buraco        Adube o solo para ajudar as raízes a
em que plantará a árvore a fim de           crescerem. A água não deve escoar com
determinar a profundidade que deverá ser    facilidade.
usada no plantio.




Estique um barbante e prenda-o em dois      Plante uma fileira de vegetais por
pedaços de pau fincados no chão para        semana, para estender o tempo de
ajudar a fazer fileiras retas.              colheita.

              26-b, Dicas para o plantio de árvores, verduras e legumes.



                                                                                 189
Lição 26

As árvores frutíferas e as parreiras dão fruto todos os anos, ou um ano
sim outro não. Elas não precisam ser plantadas todos os anos, como as
verduras. Entretanto, podem não dar fruto, a não ser depois de vários
anos de plantio. Devemos plantá-las o quanto antes, de modo que
tenhamos frutas quando mais necessitarmos delas.
Cada árvore, parreira e arvoredo exige uma quantia certa de água.
Devemos também combater as pragas e pestes. Algumas árvores
crescem muito mais do que outras e, antes de plantá-las, devemos
saber qual o espaço que precisam, quando completamente adultas.
  Discuta quais as árvores frutíferas, vinhedos e arvoredos que
  produzem bem em sua área. Converse a respeito do plantio e
  cuidado que deve ser dispensado a cada um.
Plantar Hortas
  Mostre a gravura 26-c, “Uma família trabalhando em sua horta”.
O Presidente Kimball pediu que cada família plante uma horta. As
hortas nos dão alimento fresco, bem como alimento extra, que poderá
ser posto em conserva e armazenado. A lição 25 deste manual, “O
Cultivo de Hortas”, fala sobre esse assunto.
Fazer Conservas
  Mostre a gravura 26-d, “O alimento pode ser armazenado em
  conservas ou desidratado para ser usado quando houver escassez de
  alimento fresco”.
Há vários anos, nossos profetas pedem que façamos conservas e
armazenemos nosso próprio alimento, sempre que o pudermos fazer
legalmente. Precisamos armazenar alimento para o caso de chegar o dia
em que nenhum outro alimento possa ser conseguido. Quando um
furacão atingiu Honduras, no outono de 1974, os membros da Igreja
sentiram-se agradecidos por terem desidratado e armazenado seu próprio
alimento. Poucos meses antes da catástrofe, o presidente da missão
prevenira os santos sobre a sua possibilidade e os concitou a começarem
um programa de armazenamento. O feijão, a farinha, o arroz e outros
produtos que armazenaram salvaram os santos da fome. (Ver Bruce
Chapman, “Hurricane in Honduras”, New Era, janeiro de 1975 pp. 30–31.)
Para armazenarmos nosso próprio alimento, podemos:
1. Armazená-lo debaixo da terra. Esse método só é bom no caso de
   alguns vegetais com raízes e de certas verduras, não havendo muita
   chuva ou boa drenagem.
2. Desidratá-lo. Use um desidratador de alimentos ou, durante o
   tempo quente e seco, seque as frutas e legumes ao sol. Neste caso, os
   alimentos devem ser protegidos das moscas e outros insetos e
   cobertos ou recolhidos para dentro quando chover.

190
26-c, Uma família trabalhando em sua horta.




                                              191
26-d, O alimento pode ser armazenado em conservas ou desidratado
           para ser usado quando houver escassez de alimento fresco.




192
Lição 26

3. Fazer Conservas. Esse método é simples, mas perigoso se feito
   inadequadamente. Quando feito corretamente, é uma boa maneira
   de armazenar o alimento e manter o seu sabor. O processamento
   adequado exige pelo menos um vasilhame bem grande (tipo panela
   de pressão). (O equipamento pode ser partilhado entre várias
   famílias). Esse método exige que os vidros sejam protegidos, para
   não se quebrarem.
4. Salgá-lo ou colocá-lo em salmoura. (Colocar em salmoura significa
   conservá-lo em água limpa e salgada.) Esse é um método barato de
   se fazer conserva de legumes e carne. Exige pouco ou nenhum
   equipamento.
  Discuta os métodos tradicionais de se armazenar alimentos em sua
  área. Converse a respeito de novos métodos que as irmãs possam
  aprender.
Costurar e Remendar
  Mostre a gravura 26-e, “Utensílios usados para costurar, cozinhar e
  fazer consertos”.
Devemos aprender a costurar e remendar nossa própria roupa. A fim
de estarmos preparados para os tempos de necessidade, devemos
também aprender a consertar ou confeccionar roupas novas com
vestuários velhos. É uma boa idéia armazenar tecidos para fazer roupa,
no caso de escassez. Podemos aprender a fazer muitas coisas além de
vestuário: roupas de cama, cortinas e tapetes, toalhas, capas para
móveis etc. Também podemos aprender outras coisas, tais como
tecelagem, fazer acolchoados, tricô, croché etc. Todas essas coisas
podem embelezar nosso vestuário e nosso lar.
  O que podemos costurar ou fazer para nosso lar?
Fazer ou Confeccionar Coisas Necessárias
Se tivéssemos que enfrentar uma catástrofe natural, deveríamos estar
preparadas para cozinhar, aquecer nosso alimento e nosso lar, tomar
banho, lavar nossa roupa, limpar nossa casa e os arredores. Podemos
aprender a fazer sabão com os materiais que temos em casa. Quando
permitido por lei, devemos armazenar combustível, desde que seja
guardado em local seguro numa área protegida.
Em caso de emergência, também podemos ter que enfrentar a necessidade
de reconstruir nosso lar, celeiros ou currais. É importante que os membros
da família aprendam a trabalhar com madeira e outros materiais e a usar
ferramentas, pois assim poderão fazer e consertar suas coisas.
  Você conhece pessoas que possuam tais habilidades onde moramos?
  Como nós e os membros de nossa família podemos aprender essas
  coisas?

                                                                      193
26-e, Utensílios usados para costurar, cozinhar e fazer consertos.




194
Lição 26

Consertar e Manter em Ordem Nossas Propriedades
Queremos economizar tempo e dinheiro para não ter que depender
dos outros. Para podermos conseguir isso, devemos aprender a
consertar e manter em ordem nossas propriedades.
 Por que é importante que conservemos em bom estado nossas
 coisas?
Como Podemos Aprender as Habilidades que Não Possuímos?
A Igreja recomenda que realizemos classes separadas, para o
aprendizado de habilidades que nos permitam sermos auto-suficientes.
Algumas de nós já aprenderam habilidades que podemos ensinar às
outras. Se houver outras coisas que não sabemos, podemos pedir
àquelas que saibam, que nos ensinem. Talvez possamos aprender por
meio de livros ou revistas, de aulas de administração do lar, de
serviços públicos oferecidos na comunidade ou de programas
escolares.
 Peça às irmãs que falem sobre o que sabem fazer e incentive-as a
 ensinarem às outras irmãs. Explique onde elas poderiam ir na
 comunidade a fim de aprender essas e outras habilidades. Como
 podemos ajudar e incentivar nossos filhos a aprenderem coisas úteis?
Mesmo nos tempos do Velho Testamento, o Senhor encorajou Seu povo
a ser auto-suficiente e independente. O livro de Provérbios, capítulo
31, descreve uma boa dona-de-casa como alguém que usa sua
habilidade para cuidar da casa:
“Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos. (…)
(…) Planta uma vinha com o fruto de suas mãos. (…)
Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca.
Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado.
Não teme a neve, na sua casa, porque toda a sua família está
vestida.(…)
Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça”.
(Provérbios 31:13,16, 19–21, 27)
Conclusão
O Senhor planejou de modo que os problemas e as dificuldades façam
parte de nossas experiências terrenas, mas Ele é misericordioso para
conosco. Ele providencia formas de resolvermos tais problemas. Por
meio de Seus profetas, o Senhor aconselhou-nos a aprender a prover à
nossa própria subsistência. Se seguirmos esse conselho, não temeremos
os tempos difíceis, porque estaremos preparados. O Senhor disse: “Se
estiverdes preparados, não temereis”. (D&C 38:30)


                                                                   195
Lição 26

Desafio
Decida quais são as coisas que você e sua família precisam aprender.
Comece desde já a aprender e praticar pelo menos uma dessas coisas.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Descubra de que forma as irmãs podem aprender habilidades
   domésticas, seja em aulas comunitárias ou em aulas extras na Igreja,
   em que os professores sejam pessoas capacitadas.
2. Verifique nas várias instituições do governo (Secretaria da
   Agricultura ou Casa da Lavoura) ou consulte uma outra pessoa
   experiente, procurando descobrir o seguinte:
  a. Quais os tipos de animais criados em sua localidade e quais são os
     mais fáceis de criar.
  b. Quais as árvores frutíferas, parreiras e arvoredos que crescem bem
     em sua área, e o cuidado de que necessitam.
  c. Se existem aulas de corte e costura à disposição. Caso contrário,
     quem pode ensinar costura aos membros da classe.
  d. Se existem à disposição aulas para os membros da família
     aprenderem a construir casas, móveis e outros itens necessários.
     Caso não haja, tente descobrir pessoas que possuam tais
     habilidades e estejam dispostas a ensiná-las.
3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro.
4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




196
DESENVOLVIMENTO
PESSOAL E FAMILIAR
O DESENVOLVIMENTO
  DE NOSSOS TALENTOS
                             Lição 27




O propósito desta lição é ajudar-nos a descobrir, desenvolver e usar os
talentos individuais e habilidades que nos foram dados por nosso Pai
Celestial.
Todos Possuem Talentos e Habilidades
O Presidente Spencer W. Kimball disse: “(…) Deus dotou-nos com
talentos e tempo, com habilidades latentes e com oportunidades para
usá-las e desenvolvê-las em Seu serviço. Ele, portanto, espera muito de
nós, Seus filhos privilegiados”. [O Milagre do Perdão (1969), reimpresso
em 1999, capítulo 7, p. 100]
Se alguém perguntasse quais os talentos que possuímos, como
responderíamos? Algumas de nós podem pensar que não têm talentos.
Podemos não ser criativas nas áreas artísticas, como canto, dança, ou
expressão escrita, mas podemos ter habilidades que não reconhecemos
como talentos. Podemos possuir talentos especiais para organizar, fazer
amigos, levar a paz, ensinar os outros ou cuidar de crianças.
Ana, uma adolescente, sentia-se infeliz porque não possuía os talentos
de suas irmãs mais velhas. Não recebia a mesma atenção e os mesmos
elogios que elas. Em lágrimas, dirigiu-se à sua tia Susana, dizendo entre
soluços: “Ninguém gosta de mim. Não sei fazer nada que preste”.
Depois de acalmar Ana e pensar por um instante, sua tia respondeu:
“Posso entender o que você sente, querida. Não é fácil viver com duas
irmãs mais velhas tão populares e talentosas, pois isso pode fazer com
que a gente se sinta inferior”. E acrescentou: “Ana, nosso Pai Celestial
teve o grande cuidado de criar cada uma de nós individualmente. Não
tente ser igual aos outros. Seja agradecida por seus próprios talentos e
dons e faça o que puder para cultivá-los”.
Tia Susana explicou que, graças à grande habilidade da jovem para
cuidar de crianças, ela era considerada uma babá ideal. E continuou:
“Tenho ouvido sua mãe dizer que você sempre faz bem e com boa
vontade o trabalho que lhe é dado, e que isso contribui muito para
tornar o seu lar um lugar melhor.

198
Lição 27

Você já pensou, Ana, que quando alguém fica doente, você sabe
exatamente o que fazer para lhe dar o máximo de consolo? Quando eu
estive doente, foi você quem me ajudou, fazendo minhas compras,
trazendo flores frescas para colocar ao lado de minha cama e me
consolando com suas visitas. Você tem a mente alerta e sadia, Ana. (…)
Você gosta de ir à escola e de dar o melhor de si em seus estudos. (…)
Você possui muitos dons e talentos que a tornam especial, sendo bem
assim como é”. Em seguida, a tia Susana perguntou à jovem se sabia
que não existem dois diamantes iguais, e explicou ser essa razão por
que o diamante é um dos bens terrenos de maior valor. Não há dois
diamantes iguais, mas todos eles são jóias. Nunca se esqueça de que
você é uma jóia, Ana”. [Ver Daryl V. Hoole e Donette V. Ockey, With
Sugar’n Spice (1966), pp. 19–21.]
Nossos talentos e habilidades são dons de nosso Pai Celestial. Toda
pessoa possui alguns desses dons.
Como Descobrir e Desenvolver Nossos Talentos
É essencial que descubramos e desenvolvamos nossos talentos. O
apóstolo Paulo disse: “Não desprezes o dom que há em ti”. (I Timóteo
4:14) No entanto, descobrir e melhorar nossos talentos exige esforço.
  Como podemos descobri-los?
Devemos orar, pedindo que nosso Pai Celestial nos guie ao
procurarmos e tentarmos descobrir nossos talentos individuais.
Podemos pedir a bênção especial para ajudar-nos a reconhecê-los. Se já
fomos designadas para chamados na igreja, talvez alguns de nossos
talentos tenham sido mencionados nessa ocasião, ou quando fomos
desobrigadas. Podemos perguntar a nós mesmas: “Que qualidades
tenho que me ajudaram a dar uma aula, proferir um discurso, trabalhar
em um comitê, ou ajudar a planejar uma festa?” Devemos observar a
vida daqueles a quem admiramos e então verificar por nós mesmas se
temos algumas de suas boas qualidades, mesmo que em pequena
extensão. Nossos pais ou outros parentes, amigos e professores, podem
sempre nos ajudar a reconhecer e desenvolver nossos talentos.
Onde existem estacas da Igreja, os membros dignos podem receber
bênçãos do patriarca da estaca. Dons e talentos especiais são
freqüentemente revelados na bênção patriarcal. Podemos usá-la como
guia ao procurarmos e ao desenvolvermos nossos talentos. O Presidente
Spencer W. Kimball disse: “Esperamos que todas as pessoas, incluindo
os jovens, tenham a oportunidade de receber uma bênção patriarcal”.
(“Os Fundamentos da Retidão”, A Liahona, fevereiro de 1978, p. 4)
A irmã Nancy Seljestad, de Homer, Alaska, contou como descobriu seus
talentos. Ela pedira ao marido que lhe desse uma bênção especial. Durante
essa bênção, ele foi inspirado a dizer-lhe que, se ela não desenvolvesse
logo os seus talentos, eles lhe seriam tirados e dados a outrem.
                                                                      199
Lição 27

Disse ela: “Fiquei chocada, amedrontada e bastante humilhada.
Fez-me pensar! (…) Eu não parecia ter nenhum talento evidente. Como
podia desenvolver o que não era capaz de reconhecer? Enterrados em
algum lugar, dentro de mim, devia haver uma fonte inexplorada de
dons desconhecidos, intatos, sem uso. (…)
Como membro novo da Igreja, vejo pessoas talentosas que são
membros desde que nasceram e que há muitos anos desenvolvem seus
talentos em música, literatura e oratória. Entretanto, eu não possuía
nenhum desses talentos.
Subitamente, minha visão se abriu. Eu podia agir de acordo com os
meus desejos e interesses, e, portanto, revelar e usar os meus talentos
em menor proporção.
Por meio da meditação e da oração, descobri que os meus desejos e
interesses eram:
Pessoas: Decidi levar avante as boas intenções que sempre tive, mas que
raramente pusera em prática antes, a fim de tornar os outros mais
felizes. Para começar, fiz uma torta para um menininho cuja mãe
estava viajando.
Música: Eu não sei ler notas ou tocar um instrumento, porém gosto
muito de música. Entrei em contato com uma irmã que possui talento
musical e lhe disse: ‘Eu gostaria de cantar um dueto com você’.
Teatro: Ofereci-me para ser a encarregada de uma ‘Noite de Teatro’,
cuja renda seria dada aos jovens de nosso ramo, para ajudá-los em sua
excursão ao templo.
Arte de escrever: Muitas vezes, quando me sinto tocada por algo que
alguém diz ou faz, decido colocar meus sentimentos no papel no
momento em que acontecem, enviando-os à pessoa que me inspirou.(…)
Provavelmente nunca serei famosa. (…) Porém, o que é meu pode ser
partilhado com aqueles que me são caros—minha família, os membros
de nosso ramo, nossos vizinhos. Pequenos, talvez, porém de possível
desenvolvimento, preciosos e dados por Deus—meus próprios
talentos”. (“I Dug Up My Talents”, Ensign, março de 1976, p. 31)
Nossos talentos podem ser pequenos de início, mas, com esforço,
podem crescer. Ao desenvolvermos um talento, sempre propiciamos o
desenvolvimento de outros. Treinamento especial ou educação formal
nos ajudam a desenvolver muitas habilidades. Quando sobrepujamos
dificuldades especiais ou deficiências, também podemos desenvolver
novos talentos. Como membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, temos muitas oportunidades de descobrir e
desenvolver novos talentos, quando aceitamos chamados. Muitas de
nós somos chamadas, não por causa daquilo que podemos fazer, mas

200
Lição 27

por aquilo que podemos nos tornar.
O Élder Franklin D. Richards disse: “Freqüentemente, quando uma
pessoa é chamada para aceitar uma responsabilidade na Igreja, acha-se
propensa a dizer: ‘Ora, eu não sou capaz disso, não tenho a experiência
daquela pessoa que está ocupando a posição!’ Mas com fé, estudo,
esforço e oração, o Senhor nos tornará possíveis coisas que pareciam
impossíveis”. (“A Edificação do Reino”, A Liahona, maio de 1975, p. 26)
A irmã Maria Teresa P. de Paredes, mulher do ex-presidente da Missão
de Veracruz México, testificou: “Sempre que uma mulher é ativa na
Igreja, desenvolve talentos surpreendentes, que nem sequer sabia que
possuía. Por meio do estudo do evangelho e da aplicação de princípios
corretos à sua vida diária, ela se transforma numa mulher melhor, mais
capaz de cumprir sua mordomia em seu lar e ajudar sua família e a
comunidade”. (Citado por Carol Larsen, “The Gospel Counterculture”,
Ensign, março de 1977, p. 23)
O Presidente Brigham Young disse: “Todas as realizações, o mais alto
refinamento, todas as conquistas no campo da matemática, música,
ciência ou arte pertencem aos santos”. [Discursos de Brigham Young, sel.
John A. Widtsoe (1954), p. 252]
O Presidente Spencer W. Kimball previu o dia em que os membros da
Igreja seriam grandes artistas e peritos profissionais. Desafiou-nos a
procurarmos a excelência no desenvolvimento de nossos talentos e
habilidades. Ele nos advertiu a não ficarmos satisfeitos com o “bom”,
mas trabalharmos para conseguir o “excelente”. Lembrou-nos de que
aqueles que desenvolvem seus talentos com a ajuda do Espírito Santo,
devem conseguir resultados superiores. (Ver “As Artes Vistas do Plano
do Evangelho, A Liahona, abril de 1978, p. 2.)
  Mostre as gravuras 27-a, “Uma mulher usando um tear manual”, e
  27-b, “Uma mulher aprendendo a tocar violão”.
Devemos Usar Nossos Talentos, ou Iremos Perdê-los
Depois de termos descoberto e desenvolvido nossos talentos, o Senhor
espera que os usemos; caso contrário, acabaremos por perdê-los. O
Senhor advertiu-nos:
“Com alguns, porém, não estou satisfeito, porque não abrem a boca;
mas escondem o talento que lhes dei, por causa do temor aos homens.
Ai desses, porque contra eles está acesa a minha ira.
E acontecerá que, se não forem mais fiéis a mim, deles será tirado até
aquilo que têm”. (D&C 60:2–3)
O Élder Richard L. Evans contou que certa mãe estava preocupada
com o que sua filha estava ou não fazendo com os seus talentos e
oportunidades. Certo dia, disse-lhe: “Eu lhe dei a vida. Agora veja o

                                                                     201
Lição 27

que você faz com ela!” O Élder Evans então disse: “Podemos imaginar
o Pai de nós todos dizendo a mesma coisa: ‘Eu lhe dei a vida. Agora
veja o que faz com ela! Espero que você faça o máximo. Dei-lhe tempo,
inteligência, uma boa terra e tudo o que ela oferece—agora use tudo
isso!’” (Conference Report, outubro de 1970, pp. 86–87; Improvement
Era, dezembro de 1970, p. 88)
A quantidade de talentos que temos é menos importante que a
maneira como os usamos. O Senhor disse: “(…) a quem muito é dado,
muito é exigido (…)”. (D&C 82:3)
Conseguimos Felicidade por meio do Uso Correto dos Talentos
O Senhor disse:
“(…) procurai com zelo os melhores dons, lembrando sempre por que
são dados; (…)
Pois em verdade vos digo: Eles são dados (…) para que sejam
beneficiados todos os que (…) me pedem e que pedem não um sinal
para satisfazer suas concupiscências”. (D&C 46:8–9)
Os talentos e habilidades devem ajudar os outros, bem como a nós
mesmas. Mostramos nossa gratidão ao Pai Celestial quando os
utilizamos para iluminar, edificar e elevar os outros. Devemos usá-los
para ensinar crianças e jovens e para inspirá-los a se esforçarem mais.
Nossa família é abençoada quando usamos nossas habilidades em
nosso lar. Ao aprendermos a costurar, cozinhar e manter nossa casa em
ordem, podemos embelezar nossa vida e suavizar a carga alheia. Ao
desenvolvermos uma natureza bondosa e amorosa, trazemos paz e
harmonia ao nosso lar. Podemos estender nossos talentos para
abençoar a vizinhança em que vivemos. Podemos levar alegria aos
amigos que nos cercam, sempre que ajudarmos aqueles que de nós
necessitam.
Infelizmente, algumas pessoas descobrem um talento, desenvolvem-no
bem, mas usam-no de um modo que não ajuda os outros. Aliás,
existem aqueles que usam seus talentos para promover a injustiça. A
pessoa que possui uma bela voz pode usá-la para cantar canções
imorais. Outra, que tem o dom de escrever poesias inspiradoras, pode
usar seu talento indevidamente, escrevendo literatura pornográfica.
Um orador ou professor talentoso pode levar outros ao pecado. “O
talento sem caráter deve ser mais temido do que estimado.” [Richard
L. Evans, Thoughts for One Hundred Days (1966), p. 208]
Noutra parte desta lição, falamos sobre a irmã Seljestad, que descobriu
e desenvolveu diversos talentos novos. O presidente do ramo da irmã
Seljestad pediu-lhe que fosse a diretora de relações públicas de seu
ramo. Isso lhe deu a oportunidade de usar alguns de seus talentos
recém-adquiridos. Ela entrou em contato com o editor do jornal local e

202
27-a, Uma mulher usando um tear manual.




                                          203
27-b, Uma mulher aprendendo a tocar violão.




204
Lição 27

ofereceu-se para escrever semanalmente uma coluna sobre religião.
Isso lhe deu a oportunidade de conhecer e trabalhar com líderes de
outras igrejas. Graças a essa coluna, disse ela, “tenho conseguido
desfazer muitos mitos sobre a Igreja e distribuir exemplares do Livro
de Mórmon”. (Ver “Calling Inspires New Talent, Church News,
fevereiro de 1978, p. 14)
O Élder Boyd K. Packer fez este desafio: “Portanto, comecem a
trabalhar, vocês que possuem dons; cultivem-nos. Desenvolvam-nos de
todas as formas. Se vocês possuem a habilidade e o desejo, procurem
seguir uma carreira, empreguem seu talento como distração ou
cultivem-no como passatempo. De qualquer maneira, usem-no para
ajudar os outros. Estabeleçam um padrão de excelência. (…) Nunca
usem seus dons indignamente”. [“The Arts and the Spirit of the Lord”,
Speeches of the Year, 1976, p. 280; (1977), p. 280]
Conclusão
Todos nós somos abençoadas com talentos e habilidades e com
oportunidades de desenvolvê-los. O Pai Eterno espera que usemos
nossos talentos para o benefício de outros, bem como para o nosso.
Podemos ter muita alegria e proporcionar a felicidade aos que nos
cercam quando usamos nossos talentos com propósitos justos. Quando
os usamos corretamente, eles se expandem e desenvolvemos novas
habilidades, por meio de novas oportunidades. É importante que nos
lembremos de que nossos talentos são dons de Deus, e que somos
responsabilizadas pelo que fazemos com eles.
Desafio
Examine seus interesses, procurando um novo talento e depois
desenvolva-o. Encoraje os membros de sua família a descobrir e
desenvolver seus talentos.
Escritura Adicional
  Mateus 25:14–30 (parábola dos talentos)


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capitulo 34, “Desenvolver Nossos
   Talentos”.
2. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações
   da lição.




                                                                      205
O DESENVOLVIMENTO DE
 NOSSAS HABILIDADES
    PROFISSIONAIS
                            Lição 28




O propósito desta lição é inspirar-nos a encontrar e desenvolver nossas
habilidades profissionais.
Às Vezes as Mulheres Precisam Trabalhar Fora
Em muitas famílias, o marido trabalha para cuidar das necessidades da
família. Entretanto, nem sempre é esse o caso. As mulheres também
devem estar preparadas para trabalhar. Muitas mulheres trabalham
para prover sua sobrevivência, e outras ainda para sustentar sua
família além de si mesmas.
 Quais são algumas das razões por que uma mulher precisa
 trabalhar? Escreva as respostas no quadro-negro e converse com as
 irmãs a esse respeito. Inclua também as seguintes idéias:
 Seu marido ou pai faleceram.
 Seu marido ou pai estão incapacitados, devido à doença ou acidente.
 É solteira e tem que prover o seu próprio sustento.
 As necessidades básicas da família não estão sendo supridas com um
 só salário.
 Enfermidades inesperadas ou outra dificuldade criam a necessidade
 de ganho extra.
As Mulheres Devem-se Preparar para um Emprego
As mulheres devem-se qualificar tanto para cuidar da casa como para
ganhar o suficiente para sustentar a si mesma e à sua família.
“A mulher solteira sente-se sempre mais feliz, se tiver uma profissão
com a qual sinta-se socialmente integrada para prestar serviços à
sociedade e tornar-se financeiramente independente. (…) Toda a
mulher casada pode ficar viúva repentinamente. A perda dos bens
terrenos podem ocorrer de forma tão súbita quanto a morte do marido.
Assim, toda a mulher pode-se ver obrigada a ganhar o seu próprio
sustento e ajudar a sustentar os filhos dependentes. Se ela foi treinada
para os deveres e emergências da vida, será muito mais feliz e terá
206
Lição 28

muito maior segurança.” (Camilla Kimball, “A Woman’s Preparation”,
Ensign, março de 1977, p. 59)
As mães são incentivadas a cuidar dos filhos e a tornar essa a sua
principal ocupação, principalmente quando são pequenos; mas, elas
ainda assim devem-se preparar para ganhar a vida fora de casa. Antes
de uma mãe de filhos pequenos pensar em trabalhar fora de casa para
cuidar das necessidades básicas de sua família, ela deve certificar-se da
validade de tais necessidades. Deve ver se tais necessidades podem ser
supridas por meio de um orçamento cuidadoso e da produção
doméstica, e deve-se esforçar para ficar em casa com os filhos.
“As mães que possuem crianças pequenas, devem devotar suas
energias ao companheirismo e educação de seus filhos e ao cuidado de
sua família, e não devem procurar emprego fora de casa, a menos que
não haja outra forma de atender às necessidades básicas da família.”
(Carta da Primeira Presidência a Neal A. Maxwell e Dallin H. Oaks;
citada por Dallin H. Oaks, “Insights”, Ensign, março de 1975, p. 56.)
  Mostre a gravura 28-a, “Uma mulher ajudando o marido doente”.
A mãe que subitamente descobre que precisa trabalhar para sustentar
sua família, além de realizar seus deveres domésticos, tem grande
necessidade de preparo. Se ela já se preparou com antecedência,
melhores oportunidades estarão à sua disposição e ela pode conseguir
um emprego mais rapidamente.
Não devemos esperar que o governo ou alguma instituição cuide de nossas
necessidades, se pudermos trabalhar. O Bispo Victor L. Brown disse:
“Uma esmola ou algo que se consegue em troca de nada, fomenta a
ociosidade e dependência e destrói o respeito próprio.
“O “modo” do Senhor destina-se ajudar-nos a satisfazer nossas
próprias necessidades”. (“A Igreja e a Família nos Serviços de Bem-
Estar”, A Liahona, agosto de 1976, p. 99)
Como Devemos Preparar-nos para um Emprego
  Discuta as seguintes maneiras por meio das quais as mulheres
  podem-se preparar para um emprego. Encorage as alunas a
  fornecerem mais sugestões.
As mulheres e jovens solteiras podem:
1. Estabelecer uma meta para uma carreira e conseguir a educação e
   treinamento necessários.
2. Fazer um curso prático noturno (secretariado etc.), a fim de se
   preparar para um emprego.
3. Procurar um emprego para ganhar experiência e desenvolver uma
   habilidade.

                                                                      207
Lição 28

4. Procurar educar-se, a fim de se preparar para suas responsabilidades
   como esposa e mãe.
5. Prestar trabalho voluntário em hospitais, na comunidade, nas
   escolas etc.
6. Aprender técnicas que possam ser usadas no lar e que rendam dinheiro.
  Existem oportunidades de trabalho de meio expediente em sua
  localidade? Existem cursos que possam melhorar a sua educação?
As mulheres casadas que atualmente não precisam trabalhar fora de
casa podem:
1. Fazer cursos que as preparem para um emprego.
2. Consultar escolas e departamentos locais buscando informações e
   orientação sobre empregos e oportunidades de trabalho.
3. Prestar serviços voluntários que ajudem a desenvolver sua
   capacidade de trabalho.
Naturalmente, nenhuma dessas atividades deve impedir a mãe de
atender as necessidades familiares. Em vez disso, ela deve procurar
coisas que a ajudem a tornar-se melhor mãe e dona-de-casa. Uma aula
de administração financeira, por exemplo, poderia ajudá-la a encontrar
meios de administrar melhor o orçamento da família.
  Quais seriam outras maneiras de preparar-nos para um emprego?
Uma irmã na América Central ficou viúva quando seu filho mais novo
tinha menos que um ano de idade. A princípio, ela sentiu-se
desesperadamente só. Com três crianças pequenas para sustentar, ela
sabia que precisaria aprender algumas técnicas de trabalho.
Matriculou-se numa escola para aprender corte e costura a fim de
trabalhar em casa e ao mesmo tempo ficar com seus filhos. Ela se
aprimorou tanto nessa arte, que mais tarde foi convidada a ensinar
costura em instituições governamentais. Como resultado de seus
esforços e de um orçamento bem planejado, seus três filhos puderam
freqüentar boas escolas e por fim tornarem-se professores. Essa irmã é
uma das muitas mulheres que encontraram uma forma de desenvolver
seus talentos, usando-os em seu próprio benefício no trabalho.
Quando procuramos aprender um trabalho, devemos decidir o que
realmente gostamos de fazer, e se possível, selecionar algo que nos
interesse. Em seguida, devemos aprender tudo o que pudermos a
respeito. Por exemplo: Se decidirmos produzir algo em casa, devemos
continuar tentando, até encontrar algo que venda bem e possa render
bom lucro. Podemos mostrar nossos trabalhos para os amigos,
vizinhos e parentes, e expô-los em todos os lugares que pudermos.
Sempre devemos orar pedindo ajuda ao tomarmos uma decisão.

208
28-a Uma mulher ajudando o marido doente.




                                            209
28-b, Uma mulher ganhando dinheiro em casa como cabeleireira.




210
Lição 28

Devemos pedir ao Pai Celestial que nos guie, a fim de podermos
encontrar meios de nos preparar.
“Em vez de procurar saber o que o Senhor fará por nós, perguntemos a
Ele o que podemos fazer em nosso próprio benefício.” [Discursos de
Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p. 293]
Como Ganhar Dinheiro em Casa
  Mostre as gravuras 28-b, “Uma mulher ganhando dinheiro em casa
  como cabeleireira”; e 28-c, “Pães e doces caseiros também podem ser
  vendidos”.
Muitas mulheres descobriram meios de usar seus talentos e interesses
para ganhar dinheiro em casa, o que é realmente bom, quando a mãe
tem crianças pequenas e precisa trabalhar. Eis algumas maneiras de as
mulheres ganharem dinheiro em casa:
1. Costura: Roupas de criança e adultos, cortinas, vestidos de noiva,
   uniformes, roupas de cama e mesa, bichinhos de feltro e pelúcia,
   bonecas ou roupas para bonecas.
2. Artesanato: Bordados, tricô, croché, colchas, acolchoados, flores e
   arranjos; manufatura de bijuterias, pintura em louça ou tecido,
   macramé, tecelagem etc.
3. Culinária: Decoração de bolos, bolos de casamento e aniversário,
   pães, balas, doces, salgadinhos, lanches escolares, etc.
4. Cuidado de Crianças: Cuidar de crianças de mães que trabalham
   fora ou cuidar de crianças em casa.
5. Cultivo de hortas e venda dos produtos: Produtos frescos,
   produzidos em casa, são sempre desejados e vendem bem. Algumas
   mulheres que moram em chácaras, ou casas com quintais grandes,
   fazem e vendem geléias e compotas de frutas da região.
6. Ensino de música, dança e pintura.
7. Assistência aos velhinhos.
8. Aulas particulares para estudantes.
9. Contribuição com artigos para jornais e revistas.
10. Digitação ou trabalhos de contabilidade.
11. Vendas por telefone.
12. Venda e aluguel de imóveis.
13. Aluguel de cômodos da casa.
14. Assistência a crianças portadoras de deficiências.
15. Cuidados com animais.
16. Serviços de cabeleireira ou manicure.

                                                                         211
28-c, “Pães e doces caseiros também podem ser vendidos”.




212
Lição 28

Devemos compreender e obedecer a quaisquer requisitos legais
referentes a licenças de trabalho em casa.
  Quais são algumas outras maneiras de ganharmos dinheiro em casa?
  Por que é bom que desenvolvamos nossos talentos, mesmo que
  nunca tenhamos que trabalhar fora?
Conclusão
Foi-nos dito que devemos sustentar-nos. As escrituras nos advertem
de que não devemos ser preguiçosos. (Ver D&C 42:42.) Os líderes da
Igreja têm-nos incentivado repetidamente, dizendo-nos que devemos
cuidar de nossas próprias necessidades.
  Por que é importante cuidarmos de nossas próprias necessidades?
  Por que não devemos depender dos outros para tal?
Todas nós devemos estar preparadas para cuidar de nós mesmas e de
nossos familiares, e começar desde cedo a desenvolver nossos talentos.
Devemos qualificar-nos para ganhar a vida, se for necessário. Devemos
encontrar modos de ganhar dinheiro, usando nossos talentos de
maneira que nos proporcionem satisfação e segurança.
Se tivermos que trabalhar, devemos reunir informações úteis sobre
oportunidades de emprego, conseguir o treinamento e a experiência
necessários e orar antes de tomarmos uma decisão.
O Presidente Marion G. Romney disse que cada um de nós deve trabalhar
por sua própria salvação, tanto nas coisas terrenas como espirituais. Ele
salientou que aqueles que passam por necessidades, “podem ser exaltados
somente quando lhes for permitido alcançar independência e auto-
respeito por meio de sua própria industriosidade e poupança”. (“A Meu
Próprio Modo”, A Liahona, fevereiro de 1977, p. 118)
Desafio
Relacione os talentos e habilidades que possam ajudar a sustentar sua
família. Escolha pelo menos uma delas e tente melhorá-la. Comece a
desenvolver essa habilidade por meio de experiências práticas, aulas,
lições ou serviço voluntário.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Examine a lição 27, “O Desenvolvimento de Nossos Talentos”.
2. (Opcional) Junte alguns artigos feitos por mulheres de sua
   localidade e faça uma exposição dos mesmos em sua sala de aula.
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.
                                                                      213
COMO ENSINAR A NOSSA
       FAMÍLIA O VALOR DO
          TRABALHO E A
        RESPONSABILIDADE
                             Lição 29




O propósito desta lição é ajudar-nos a ensinar aos nossos familiares o
respeito pelo trabalho e sua responsabilidade para com a família.
Privilégio do Trabalho
“Um jornal de Miami entrevistou um velho pastor de ovelhas, cuja
idade constava ser de 165, chamado Shirali Mislimov. Ele nasceu e
passou a vida inteira nas montanhas do Cáucaso, na região entre o Mar
Negro e o Mar Cáspio. (…)
Mislimov na época ainda cortava lenha. “Estou convencido de que o
ocioso não vive muito”, declarou ao repórter. (…)
Dizia o artigo que o ‘velho ainda revolvia a terra ao redor das árvores
de um pomar, que replantou várias vezes durante a sua vida.
Trabalho constante, o clima da montanha e uma alimentação frugal
ajudaram-me a alcançar esta idade avançada’, afirmou Mislimov, que
não bebia nem fumava”. (Citado por Wendell J. Ashton, “O Gosto pelo
Trabalho”, A Liahona, junho de 1972, p. 19, parágrafos 6–9)
Embora a maioria de nós não viva até a idade de 165 anos, devemos
valorizar o trabalho pelas bênçãos físicas e espirituais que ele
proporciona. O Presidente David O. McKay disse: “Devemos
compreender que o privilégio de trabalhar é um dom, que o poder do
trabalho é uma bênção, que o amor ao trabalho é sucesso”.(Citado por
Franklin D.Richards, “The Gospel of Work”, Improvement Era, dezembro
de 1969, p.101)
A melhor maneira de se sobrepujar a monotonia e o desapontamento é
fazer algum trabalho útil que produza um resultado positivo. Pintar
uma cerca, plantar uma horta e cavar um buraco são formas físicas de
trabalho. Também é trabalho estudar para exames escolares e cuidar
dos outros.
  Quais são outros tipos de trabalho?
Como Ensinar as Crianças a Fazer Trabalho Árduo
É importante que as crianças aprendam bons hábitos e atitudes para

214
Lição 29

com o trabalho enquanto são pequenas, pois tais hábitos
provavelmente ficarão com elas mais tarde. São eles que podem fazer a
diferença entre uma vida útil e produtiva e outra vazia e inútil.
 Por que as crianças devem aprender bons hábitos e atitudes para
 com o trabalho?
O Bispo Vaughn J. Featherstone contou uma história sobre uma
senhora que ensinou um menino a trabalhar:
Uma aristocrata empregou, certa vez, um menino de 13 anos de idade
para tomar conta de seu jardim. Depois da primeira semana, ela lhe
explicou: “Existem tantas maneiras de se cortar a grama quanto
existem pessoas, podendo as mesmas valer de um centavo a cinco
dólares. Vamos dizer que o que você fez hoje seja um trabalho de três
dólares. (…) Um trabalho de cinco dólares é (…) bem, é impossível,
portanto, vamos esquecê-lo”.
Ela permitiu que o menino avaliasse o seu trabalho e decidisse o
quanto ela deveria pagar-lhe. Ela lhe pagou por sua primeira semana
de trabalho. O menino estava determinado a ganhar quatro dólares na
semana seguinte, mas não fez um trabalho que valesse nem mesmo
três. Ele trabalhou cuidadosamente e procurou maneiras de fazer com
que o jardim tivesse melhor aparência, mas nas próximas semanas, por
mais que se esforçasse, não conseguiu fazer um trabalho que valesse
mais do que três dólares e meio. Finalmente ele resolveu que em vez
de tentar fazer apenas um serviço de quatro dólares, tentaria fazer um
de cinco. Pensou em muitas maneiras de tornar o jardim mais belo, e
durante todo o dia trabalhou muito, despendendo, ocasionalmente,
tempo para descansar. Ele levou muito mais tempo que antes, mas ao
terminar, sentiu-se satisfeito, pois sabia que havia feito um trabalho
que valia cinco dólares.
Depois de inspecionar o jardim cuidadosamente, aquela senhora
decidiu que o menino tinha feito o impossível. Elogiou-o por seu
trabalho e pagou com alegria os cinco dólares que ele merecia.
Muitos anos mais tarde, quando o menino já era um homem adulto,
relembrou a importância desta experiência em sua vida: ‘Desde aquela
época, há uns 25 anos, sempre que eu me sinto encurralado, sem
nenhum horizonte, subitamente aquela palavra, ‘impossível’, aparece
diante de mim e eu sinto um novo estímulo, uma transição súbita, e sei
que a única maneira possível de resolver meu problema é fazer o que é
considerado impossível”. (Conference Report, outubro de 1973, p. 98;
Ensign, janeiro de 1974, pp. 84–86, citado por Richard Thurman, “The
Countess and the Impossible”, Reader’s Digest, junho de 1958.)
As crianças sempre acham que é impossível fazer o melhor possível,
mas, como mostra essa história, podemos desafiá-las a fazer um pouco

                                                                   215
Lição 29

melhor do que antes. Precisamos também elogiá-las por seu trabalho
bem feito e pelo bom progresso alcançado, para que não se sintam
desencorajadas.
Como podemos desafiar e encorajar nossos filhos a sairem-se bem na
escola? Peça a uma irmã que conte como incentivam seus filhos a
conseguir sucesso em outros campos além do escolar, como música,
artes ou esportes.
O Trabalho Contribui para o Sucesso Familiar
  Mostre a gravura 29-a, “Mãe ensinando a filha a trabalhar na cozinha”.
O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Cremos no benefício do
trabalho para nós próprios e nossos filhos. (…) Deveríamos ensinar
nossos filhos a trabalhar, e eles deveriam aprender a compartilhar as
responsabilidades domésticas. Devem ser encarregados de conservar a
casa limpa e em ordem, mesmo que seja modesta. As crianças podem
ser encarregadas também de cuidar da horta”. (A Liahona, agosto de
1976, p. 3)
  Como o trabalho realizado em prol da família ajuda a criança a
  desenvolver um senso de responsabilidade?
Certos pais acham que tiveram que trabalhar muito quando eram
jovens, e não querem que seus filhos passem pela mesma experiência;
por isso não pedem a ajuda deles nas tarefas caseiras. Outros acham
que as crianças são muito pequenas ou que não têm a capacidade de
ajudar. Muitos outros, porém, acham que é importante que os filhos
ajudem em casa.
  Quais os resultados de tais atitudes para com o trabalho?
Podemos ficar imaginando como ajudar as crianças a aprenderem a
alegria do trabalho e a sentirem-se responsáveis para com a família.
Cada família está numa situação diferente, mas as crianças podem
aprender a trabalhar e a tomar responsabilidades sobre si de diversas
maneiras.
  Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no
  quadro-negro.

 1. Ensine seus filhos a cuidar de alguns de seus próprios pertences.
 2. Peça às crianças mais velhas que ensinem e cuidem das menores.
 3. Ensine-as a ajudar a cuidar de um negócio da família.
 4. Organize projetos de trabalho em família.

Ensine Seus Filhos a Cuidar de Alguns de Seus Próprios Pertences

216
29-a, Mãe ensinando a filha a trabalhar na cozinha.




                                                      217
29-b, Um menino ajudando a irmã a servir-se de leite.




218
Lição 29

Devemos ensinar as crianças a guardar as coisas depois que tiverem
terminado de usá-las, e a cuidar de suas roupas. Algum dia elas terão
que ensinar essas tarefas a seus próprios filhos ou ter que fazer elas
mesmas o serviço. Todas as crianças precisam aprender a ser auto-
suficientes e a desenvolver atitudes positivas a respeito do trabalho, e a
aprender as lições que ele nos ensina.
  Quais são as maneiras específicas de ensinar as crianças a cuidarem
  de seus próprios pertences?
Peça às Crianças Mais Velhas que Ensinem e Cuidem das Menores
  Mostre a gravura 29-b, “Um menino ajudando a irmã a servir-se de
  leite”.
As crianças mais velhas devem ser ensinadas a sentirem-se
parcialmente responsáveis por seus irmãos mais novos. Elas podem
cuidar deles quando os pais tiverem que sair, podem ler, cantar, brincar
e entreter seus irmãos, acima de tudo, as crianças mais velhas devem
dar um bom exemplo. O Élder Adney Y. Komatsu falou-nos sobre o
poder do exemplo: “Recentemente, em uma reunião de jejum e
testemunho, um jovem prestou seu testemunho pela primeira vez
desde que havia entrado para a Igreja. Ele tocou o coração de todos os
presentes, quando disse: ‘Meu irmão tem sido um exemplo
maravilhoso para mim. Notei uma grande mudança em sua vida,
quando ele começou a magnificar o seu chamado no sacerdócio. Sei
que meu irmão foi chamado por Deus para o cargo que ocupa na
Igreja. Ele é solidário e trabalha, servindo ao Senhor com diligência,
humildade e alegria. Quero ser como ele’”. (Relatório da Conferência
de Área da Coréia, agosto de 1977, p, 4)
  De que outras maneiras as crianças mais velhas podem ajudar as
  mais novas?
Ensine as Crianças a Ajudar a Cuidar de um Negócio da Família.
Como membros da família, as crianças devem partilhar do trabalho
caseiro. O Presidente Spencer W. Kimball descreveu suas próprias
experiências quando jovem: “Sou grato pela experiência de haver
aprendido, sob a tutela de meu pai, a lavar arreios com sabão branco e
depois engraxá-los para sua conservação. Aprendi a pintar cercas de
estacas, o tanque d’água, o galpão dos veículos, o celeiro, a charrete e a
carroça e finalmente, a casa. E desde os dias em que senti as mãos
esfoladas, jamais me arrependi dessas experiências”. (A Liahona, agosto
de 1976, pp. 113–114)
A família de WilIy Herrey, de Göteborg, Suécia, fez com que seus sete
filhos participassem de um negócio em família, tornando-o um sucesso.
“Pai, mãe e filhos—estes entre dez e dezoito anos de idade—entregam
jornais antes de o sol nascer. Eles também adestram e vendem cavalos.

                                                                      219
Lição 29

No verão, dirigem uma fazenda de férias em Strömstad, para
quatrocentas a seiscentas crianças provenientes da Suécia, Noruega e
Finlândia. Quando começa o dia para a maioria das pessoas, os Herrey
já estiveram trabalhando durante várias horas. Após o trabalho e horas
de estudo, o dia termina com as atividades na Igreja. Nas noites de
segunda-feira na reunião familiar—costumam cantar e tocar
instrumentos musicais. Eles estão por demais atarefados e interessados
na vida para sentirem-se infelizes.” (Edwin O. Haroldsen, “Vidas
Transformadas”, A Liahona, novembro de 1971, p. 27)
Esses tipos de negócios em família, feitos em conjunto, podem ajudar
os filhos a desenvolver um orgulho sadio por sua família e por suas
realizações. Eles podem, dessa forma, ganhar o dinheiro necessário
para servir numa missão e estudos futuros.
  Quais são os outros benefícios de se incluir os filhos no negócio da
  família?
Organize Projetos de Trabalho em Família
Os projetos familiares podem proporcionar boas experiências e
excelentes associações. Centralizando-se nos talentos ou interesses dos
membros da família, tais projetos podem ser fonte de diversão para
todos. Trabalhando juntos, os filhos e os pais ficam mais unidos e
aprendem mais uns sobre os outros.
Em determinada família, os pais se preocupavam em fazer com que seus
filhos aprendessem o valor do trabalho. Compreenderam, então, que
estavam deixando escapar uma oportunidade para o crescimento de
seus filhos, empregando um zelador para limpar o consultório do pai.
As crianças, entusiasmadas pela oportunidade de receberem um
salário mensal, encarregaram-se de limpar o consultório todas as
manhãs. O trabalho de equipe tornou-se importante. As meninas
limpariam o consultório numa manhã, enquanto os meninos ficavam
em casa, para ajudar no trabalho doméstico. No dia seguinte, trocavam
de deveres.
“O projeto realmente exigiu esforço extra e tempo por parte dos pais,
pois a mãe tinha que levar as crianças até o consultório todas as
manhãs, mas os benefícios recebidos pelos filhos valeram muito mais
do que o esforço extra exigido.” (Ver Elwood R. Peterson, “Family
Work Projects for Fun and Profit”, Ensign, junho de 1972, p. 8)
  Quais foram os benefícios recebidos por esta família por meio do
  trabalho em equipe?
As Crianças Podem Aprender a Gostar do Trabalho
Quando as crianças gostam de trabalhar, esforçam-se para fazer o
melhor. Aquelas que não gostam de trabalhar, sempre arranjam

220
Lição 29

desculpas para nada fazerem. O Presidente N. Eldon Tanner falou
sobre dois meninos que trabalhavam como mensageiros na mesma
companhia, e mostrou qual a diferença entre os dois: “Um dos
meninos se interessava por tudo o que acontecia ao seu redor. (…) Ele
queria ser útil e ajudar os outros, aprendendo tudo o que podia sobre o
negócio. (…) Tentava ser o melhor mensageiro possível. (…) Poucos
meses depois de ter entrado na firma, um dos supervisores, que já o
observara, chamou-o e promoveu-o a uma posição de maior
responsabilidade. Antes do fim do ano, ele já havia sido promovido
novamente, e continuará sendo, graças à sua atitude. Ele estava
preparado para caminhar a segunda milha. Estava interessado em sua
companhia e queria ser sempre útil e de confiança. O outro menino
continuou sendo um mensageiro (…) e, naturalmente, achava que a
companhia não gostava dele e do que fazia”. [Seek Ye First the Kingdom
of God (1973), pp. 236–237]
 Qual foi a causa da diferença no sucesso alcançado por esses dois
 meninos?
As crianças apreciarão o seu trabalho, quando sentirem que sua
recompensa é a felicidade alheia. O Presidente David O. McKay citou
este exemplo:
“Já vi jovens que passaram o dia todo ajudando as pessoas em algum
projeto familiar ou religioso, tendo como meta o conforto e felicidade
de outrem. Lembro-me de que, certa ocasião, uma dessas jovens
chegou em casa à tarde, sentindo-se muito cansada. Atirou-se ao sofá e
disse: ‘Estou morta! Mas, sabe de uma coisa, esse foi um dos dias mais
felizes de minha vida’. Ela havia encontrado alegria no trabalho feito
em benefício do próximo.
Aprendam a gostar do que fazem. Aprendam a dizer: ‘Esta é a minha
obra e minha glória, e não o meu castigo’”. [Stepping Stones to an
Abundant Life, comp. Llewelyn R. McKay (1971), pp. 115–116]
Se a criança for bem-sucedida, o trabalho ser-lhe-á divertido. Nas
primeiras vezes que a criança fizer uma tarefa, um adulto ou outra
criança mais velha talvez tenha que ajudá-la, até que ela aprenda a
fazê-la sozinha. Deve-se então reconhecer o sucesso da criança e
elogiar honestamente os seus esforços. É muito fácil focalizar nossa
atenção somente nas coisas que a criança faz de errado, porque
queremos que ela faça melhor da outra vez, mas ela geralmente
trabalha melhor, quando focalizamos nossa atenção nas coisas que ela
faz certo.
Podemos fazer com que o trabalho se torne mais agradável, cantando
ou até mesmo fazendo dele uma espécie de jogo. Os pais podem
recontar histórias sobre sua infância ou sobre seus antepassados. Essas
atividades tornam o trabalho em conjunto mais divertido. Não se

                                                                     221
Lição 29

esqueça de que as crianças às vezes precisam de férias ou de um dia de
descanso. Se lhes for dado um dia de descanso de suas tarefas
semanalmente, elas provavelmente apreciarão melhor o seu trabalho
no dia seguinte. Também precisam de tempo para si mesmas, para
brincar ou fazer outras atividades depois de terem feito suas tarefas.
  Pergunte às irmãs como foi que tornaram o trabalho mais divertido
  para seus familiares.
Conclusão
Para ensinar nossos filhos a trabalhar e serem bem-sucedidos, devemos
mostrar entusiasmo por nosso próprio trabalho. Como declarou o
Presidente Brigham Young: “Cada um descobrirá que a felicidade neste
mundo depende, principalmente, do trabalho que faz, e da forma como
o faz”. (Citado por Elwood R. Peterson, Ensign, junho de 1972, p. 9.)
Desafio
Converse com cada um de seus filhos. Discuta sua atitude e a deles, a
respeito das responsabilidades familiares. Ajude cada criança a aceitar
e cumprir designações.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 27, “Trabalho e
   Responsabilidade Pessoal”.
2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro.
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




222
DESENVOLVIMENTO E
       ENSINO DO
      AUTODOMÍNIO
                            Lição 30




O propósito desta lição é ajudar-nos a desenvolver e ensinar o
autodomínio.
Precisamos Aprender a Controlar Nossos Desejos e Sentimentos
 Cante o hino “Faz-me Andar Só na Luz” (Hinos, nº 199, ou Princípios
 do Evangelho, p. 372.)
Nas escrituras, lemos: “Melhor é o que (…) controla o seu ânimo do
que aquele que toma uma cidade”. (Provérbios 16:32) Lemos também:
“(…) Faze também com que todas as tuas paixões sejam dominadas,
para que te enchas de amor (…)”. (Alma 38:12)
Nossos apetites e paixões são como um cavalo audaz e forte. Se o
deixarmos livre, desimpedido, levar-nos-á para onde quiser. Poderá
levar-nos a lugares perigosos e prejudiciais. Porém, não destruiríamos
um belo cavalo só porque é arrojado, pois, quando o controlamos,
tornamo-nos o seu mestre e ele nos serve bem. Da mesma forma, quando
conseguimos governar nossos desejos e sentimentos, aprendemos a guiá-
los dentro dos limites do evangelho. Tais sentimentos podem tornar-se
nossos servos e aumentar nossa habilidade de sentir alegria e amor.
O Desenvolvimento do Autodomínio Ajuda-nos a Progredir e
Receber Bênçãos
O batismo foi o começo de uma nova vida para nós. Seguindo o
Salvador, esforçamo-nos para sobrepujar as coisas mundanas, as
fraquezas e o pecado. O Salvador ensinou:
“(…) Se alguém quiser vir após mim, renuncia-se a si mesmo, tome
sobre si a sua cruz, e siga-me”. (Mateus 16:24)
E eis que um homem tomar sua cruz significa negar-se a toda
iniqüidade e a toda concupiscência mundana e guardar meus
mandamentos”. (Tradução de Joseph Smith—Mateus 16:26)
Ele também ensinou:
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o
caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

                                                                   223
Lição 30

E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e
poucos há que a encontrem”. (Mateus 7:13–14)
Entrar nos céus pelo caminho estreito exige autodomínio e abnegação.
Significa ficar sem certas coisas muito tentadoras. Quando conhecemos
a verdade e a vivemos, nossa recompensa será a liberdade.
   João 8:31–32. Escreva no quadro-negro: De que forma a obediência aos
  princípios do evangelho nos torna livres? Peça às irmãs que pensem
  nisso.
Se permitirmos que se extravasem sentimentos como a raiva, ciúmes,
vingança, egoísmo, orgulho, jactância, ódio etc, eles podem-nos
escravizar, ganhando continuamente mais poder. Infiltram-se cada vez
mais em nosso caráter e tornam-se hábitos, fazendo-nos, desta forma,
perder não somente nossa liberdade, como também nosso respeito
próprio. Quando, porém, refreamos nossas paixões, livramo-nos de
sentimentos que poderiam nos controlar.
Quando dominamos nossos apetites, livramo-nos de desejos que
poderiam ser nossos mestres. Por outro lado, se comermos demais ou
usarmos substâncias prejudiciais, tais como café, chá, bebidas
alcoólicas, fumo ou certas drogas, podemos desenvolver hábitos que
depois serão difíceis de abandonar. Nosso corpo começará a sentir
necessidade dessas coisas e nos tornaremos seus escravos.
O desejo incontido de bens terrenos (quando já temos o necessário
para viver), de dormir demais ou de se divertir excessivamente (tal
como ver muita televisão) também são apetites, e devem ser
conservados dentro de seus limites adequados.
  Leia 2 Néfi 9:45. De que forma a obediência ao evangelho nos torna
  livres?
Nosso bom e sábio Pai Celestial deu-nos mandamentos, porque Ele nos
ama e quer proteger-nos do sofrimento desnecessário. Ele quer ajudar-
nos a desenvolver o autodomínio, de modo que possa nos abençoar. A
lei do jejum ajuda-nos aprender a dominar nosso apetite por alimento.
Assim, podemos fazer com que nosso espírito se torne o mestre de nosso
corpo. A lei do dízimo ajuda-nos a sobrepujar nossos desejos egoístas. O
Senhor nos deu a Palavra de Sabedoria, em parte para livrar-nos dos
efeitos prejudiciais do fumo, das bebidas alcoólicas e das drogas. Deu-
nos a lei da castidade, para ajudar-nos a dominar nossos desejos físicos.
  Mostre a gravura 30-a, “Daniel e seus amigos recusam-se a comer a
  comida e o vinho oferecidos pelo rei”.
No Velho Testamento, lemos a respeito de Daniel e seus amigos que
foram ordenados a beber vinho e a comer certos alimentos os quais
sabiam que não deveriam ingerir. Eles recusaram, e devido à sua

224
30-a, Daniel e seus amigos recusam-se a comer a comida e
                o vinho oferecidos pelo rei




                                                           225
Lição 30

obediência à lei de saúde do Senhor, foram abençoados com força e
sabedoria. (Ver Daniel 1:1–16.)
  O que podemos aprender com a experiência de Daniel e seus
  amigos? Como o autodomínio ajuda-nos a obedecer aos
  mandamentos?
Como Desenvolver Autodomínio
O desenvolvimento do autodomínio é um processo que dura a vida
toda. À medida que compreendermos melhor o evangelho,
desejaremos também, viver os seus princípios cada vez mais. Para
viver o evangelho, precisamos trabalhar continuamente no
desenvolvimento do autodomínio.
  Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no
  quadro-negro:

 1. Conhecer-nos a nós mesmas.
 2. Estabelecer metas.
 3. Orar e ler as escrituras para ter ajuda.




Conhecer-nos a Nós Mesmas
Durante toda a nossa vida, deparamo-nos com situações novas e
podemos aprender mais sobre o evangelho. Aprendemos a reconhecer
nossos pontos fracos e fortes, começamos a compreender por que os
temos e desejamos livrar-nos dos maus hábitos, desenvolvendo outros
que sejam bons.
Estabelecer Metas
Enquanto não estabelecermos metas e não nos esforçarmos para atingi-
las, seremos como as ondas do mar, levadas pelos ventos de nossos
desejos e sentimentos descontrolados. Temos que ter metas firmes e
autoconfiança antes de podermos dominar nossas fraquezas. A irmã
Kay Newman, dos Estados Unidos, teve que lutar para vencer um
apetite descontrolado:
“Eu já era uma mulher adulta, com meus filhos quase criados, quando
cheguei à conclusão de que eu mesma era o meu pior inimigo. E vocês
sabem qual era a causa de tudo? Sinto até vergonha em dizer! Uma
caixa de chocolate!




226
Lição 30

Comer chocolate era o meu ponto fraco. Não posso descrever o que
tive que enfrentar, para alguém que nunca experimentou sentimentos
iguais; eu me enchia de chocolate, ficava desgostosa comigo mesma,
insatisfeita e completamente desanimada. Por meio dessa fraqueza
idiota e ridícula, Satanás exercia sua influência sobre mim e me
sobrepujava. Todos os meus sentimentos e pensamentos nessa época
eram injustos.
E foi assim que naquele Natal decidi que nunca mais passaria por
semelhante situação. Sentei-me e escrevi uma carta para mim mesma.
Nela descrevi meus sentimentos, para não esquecê-los, e prometi que
não deixaria passar outro ano sem desenvolver total controle sobre o
meu apetite. Tenho progredido muito desde aquela época, e minha
confiança tem crescido diariamente. Eu sei que essa batalha particular
já está quase ganha.” (“My Worst Enemy—Me!” Ensign, fevereiro de
1975, p. 62)
 Como foi que a irmã Newman sentiu-se, quando provou que podia
 estabelecer uma meta e esforçar-se para cumpri-la? O que foi que ela
 fez, a fim de lembrar-se de sua meta?
Orar e Ler as Escrituras para Ter Ajuda
Por meio da oração regular e da leitura das escrituras, podemos
fortalecer o nosso desejo de melhorar. A vida dos personagens das
escrituras serve de exemplo para nós, e ajuda-nos a compreender que
também podemos ter autodomínio. A irmã Newman fortaleceu-se por
meio da leitura fervorosa e diária das escrituras, durante uma hora. Ela
disse: “Naquela hora, eu pensava no desejo que tinha de sobrepujar e
de me livrar de hábitos arraigados que estavam impedindo o meu
progresso; conservei esse desejo comigo, apesar de incontáveis
problemas!” (Ensign, fevereiro de 1975, p. 63)
 Peça às irmãs que contem de que forma a oração e a leitura das
 escrituras ajudou-as a melhorar.
Como Ensinar o Autodomínio aos Nossos Filhos
Nosso lar deve ser uma escola de treinamento, onde nossos filhos
possam aprender o autodomínio. Se não conseguirmos ensiná-los o
suficiente, ou se os controlarmos demais, eles não aprenderão a se
governar. Devemos seguir um processo metódico ao ensinarmos o
autodomínio aos nossos filhos.
 Mostre um cartaz com os seguintes passos ou escreva as informações
 no quadro-negro:




                                                                     227
30-b, O Presidente David O. McKay e a irmã McKay.




228
Lição 30


 1. Estabelecer os limites.
 2. Ensinar as crianças a aplicarem os princípios do evangelho.
 3. Dar responsabilidade aos filhos.




Estabelecer os Limites
 Mostre a gravura 30-b, “O Presidente David O. McKay e a irmã
 McKay”.
O Presidente David O. McKay ensinou:
“Tenho a opinião de que a melhor época para a criança aprender regras
comportamentais é entre a idade de três a cinco anos. (…) Se a mãe
não conseguir controlar seu filho durante essa época, achará muito
difícil fazê-lo mais tarde. (…) Não pretendo com isso dizer que os
filhos devam ser empurrados, arrastados ou confinados. Devemos
deixar que as crianças se sintam perfeitamente livres para se
desenvolver, até que sua segurança esteja em risco. Façamos então com
que sintam a mão firme e gentil que os protege.
Certa vez, a irmã Mckay e eu vimos esta regra ser ilustrada
eficientemente em um zoológico. (…) Vimos um macaquinho que
estava começando a aprender a andar. Sua mãe cuidava dele e o
alimentava. Primeiramente ficamos interessados em ver a mãe agradar
o filhote, tentando pô-lo para dormir. Mas o macaquinho fugiu e
começou a subir na gaiola. A mãe aparentemente não prestou atenção e
deixou que ele subisse, até o ponto em que se pôs em perigo. Então, ela
pegou-o e trouxe-o de volta, deixando-o brincar dentro dos limites de
segurança. Vemos, assim, que a primeira contribuição do lar para a
felicidade da criança é fazê-la compreender que existem limites além
dos quais ela não pode ultrapassar com segurança”. [Stepping Stones to
an Abundant Life, comp. Llewelyn R. McKay (1971), p. 38]
 Leia D&C 93:40–44. Por que razão o Senhor repreendeu Frederick G.
 Williams e Sidney Rigdon? Mesmo que achemos difícil ensinar
 autodomínio aos nossos filhos enquanto são crianças, por que
 devemos continuar tentando?
Ensinar as Crianças a Aplicarem os Princípios do Evangelho
O Presidente N. Eldon Tanner disse:
“As crianças não aprendem sozinhas a distinguir o certo do errado. Os

                                                                      229
Lição 30

pais têm que determinar se a criança está pronta para assumir
responsabilidades. (…) Enquanto a estamos ensinando, temos a
obrigação de discipliná-la e ver que faça o que é certo. Se uma criança
se suja com lama, não esperamos até que ela cresça para então decidir
se deve ou não tomar banho. Não deixamos que decida se vai ou não
tomar o seu remédio quando está doente, ou se vai para a escola ou a
igreja. (…)
Os pais devem ensinar seus filhos desde cedo sobre o glorioso conceito
e fato de que são filhos espirituais de Deus, e que escolher os
ensinamentos de Jesus Cristo é o único modo de gozar de sucesso e
felicidade aqui e na vida eterna. Deve-se-lhes ensinar que Satanás é
real e que usará todas as suas artimanhas para tentá-los a fazer o que
não está certo, para conduzi-los ao caminho largo, torná-los cativos e
afastá-los da felicidade suprema e da exaltação que poderiam
conseguir”. [Seek Ye First the Kingdom of God (1973) p. 87]
Nas escrituras, lemos sobre Eli, um sacerdote justo que servia no
templo. Seus filhos, porém, não seguiram o seu exemplo, e grandes
foram os seus pecados contra o Senhor. Eli preveniu-os, mas não os
conteve. Por causa disso, o Senhor ficou descontente com ele e duros
foram os julgamentos que lhe impôs. (Ver I Samuel 2–3.)
  Ler I Samuel 3:13. O que o Senhor espera que façamos, além de
  ensinar nossos filhos?
É extremamente importante que demos o exemplo certo a nossos
filhos. Se não controlarmos nosso gênio, apetites e paixões, nossos
filhos provavelmente não controlarão os seus tampouco.
Precisamos fazer de nosso lar um lugar feliz. Nossos filhos devem
sentir-se seguros e amados. Se eles não são felizes vivendo o evangelho
em casa, se afastarão da Igreja; portanto, sempre que uma criança for
desobediente, devemos discipliná-la e então demonstrar-lhe um amor
ainda maior.
  Ler D&C 121:43–44. Por que devemos mostrar mais amor a nossos
  filhos depois de discipliná-los?
Dar Responsabilidade aos Filhos
O Élder F. Enzio Busche disse:
“Minha mulher e eu concordamos que, no processo de
amadurecimento espiritual, os filhos tenham o que pode ser chamado
de direito de (…) possuir deficiências. (…) E cremos ser o dever dos
pais compreender, (…) e perdoar, (…) para que os filhos não percam o
ânimo. (Ver Colossenses 3:21.) (…) seus menores esforços para a
aquisição de dons positivos precisam ser vistos, mencionados e
admirados. (…)


230
Lição 30

Tentamos guiar nossos filhos ao auto-respeito e dignidade e, na
maioria das vezes, deixamos que julguem a si mesmos. Temos por
experiência o fato de que alguém não é tão bom como professor,
quando descobre e mostra os erros, (…) [como quando ajuda] uma
criança a descobrir por si própria o que está fazendo de errado.
Quando um filho pode compreender sozinho os seus erros, o primeiro
passo para modificar-se já foi dado.
Lembro-me de certa vez em que perguntamos a nosso filho, após uma
transgressão, qual seria o castigo que ele mesmo se imporia. Ele
decidiu que não assistiria à televisão durante um mês. Pareceu-nos
muito severo, mas como ficamos felizes ao escutar sua avó nos contar
que, durante uma visita que lhe fora feita, nosso filho insistiu com ela,
dizendo-lhe que estava errada ao incentivá-lo a assistir a determinado
programa de televisão, mesmo que nós jamais viéssemos a saber. Não
acredito que possa haver maior alegria para os pais que verem um
filho sair-se bem de uma situação difícil”. (“Não Provoqueis Vossos
Filhos”, A Liahona, junho de 1977, p. 5)
  Como foi que o Élder Busche incentivou seus filhos a desenvolverem
  o autodomínio?
O Élder L. Tom Perry disse: “As palavras do Profeta Joseph Smith
relacionadas aos princípios governantes certamente se aplicam aos
nossos filhos: “Ensinem-lhes princípios corretos e deixem que se
governem a si mesmos”. (Como citado por John Taylor em Millenial Star,
13:339.) Naturalmente, devemos ser cuidadosos para ter certeza de que o
nosso ensinamento esteja sendo adequado e que estamos inculcando na
vida de nossos filhos a fé e confiança no Senhor. Devemos ter certeza de
que foram ensinados da maneira correta, e assim que começarem a
amadurecer espiritualmente, é preciso dar-lhes oportunidades de
expressar a força que se desenvolve em seu interior. É preciso dar-lhes
nossa fé e confiança, e então responsabilidades. (Conference Report,
Relatório da Conferência de Área de São Paulo, fevereiro de 1977, pp.
11–12)
Conclusão
O desenvolvimento do nosso autodomínio e de nossos filhos é um
processo que dura a vida toda, mas se perseverarmos, receberemos
mais bênçãos do evangelho.
Desafio
Estabeleça a meta de sobrepujar uma fraqueza. Siga os três passos para
o ensino de autodomínio explicados na lição, a fim de ajudar seus
filhos. Reveja esta lição em casa.




                                                                      231
Lição 30

Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 4, “Liberdade de Escolha”, e
   o capítulo 35, “Obediência”.
2. Planeje a introdução da aula com o hino “Faz-me Andar Só na Luz”.
   (Ver Hinos, nº 199, ou Princípios do Evangelho, p. 372.)
3. Prepare os cartazes sugeridos na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro.
4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




232
COMO CRIAR UM
        AMBIENTE MAIS
      ESPIRITUAL NO LAR
                             Lição 31




O propósito desta lição é inspirar-nos a criar um ambiente mais
espiritual em nosso lar.
A Grandiosa Influência da Vida Familiar
  Mostre as gravuras 31–a, “Uma mãe e seus filhos”, e 31-b, “Uma mãe
  lendo para os filhos”.
O tempo que passamos em casa e a atmosfera do lar têm uma
grandiosa influência em nossa vida. É nele que nossos filhos formam
seus hábitos e idéias. Dorothy Law Nolte escreveu:
“Se a criança vive com críticas, aprende a condenar.
Se a criança vive com hostilidade, aprende a agredir.
Se a criança vive com zombarias, aprende a ser tímida.
Se a criança vive com humilhação, aprende a sentir-se culpada.
Se a criança vive com tolerância, aprende a ser paciente.
Se a criança vive com incentivos, aprende a ser confiante.
Se a criança vive com elogios, aprende a apreciar.
Se a criança vive com retidão, aprende a ser justa.
Se a criança vive com segurança, aprende a ter fé.
Se a criança vive com aprovação, aprende a gostar de si mesma.
Se a criança vive com aceitação e amizade, aprende a encontrar amor
no mundo”. (“Children Learn What They Live”; © 1963, por John
Phillip Co., usado com permissão.)
As mulheres têm a grande responsabilidade de contribuir para que
haja bons sentimentos no lar. Exercemos uma forte influência na
atmosfera de nossa casa por meio do exemplo. Podemos fazer a nós
mesmas estas perguntas: Somos pacientes e felizes? Corrigimos os
erros de nossos familiares com amor e não com raiva? Mostramos
reverência para com as coisas sagradas? Temos fé em Jesus Cristo?
Participamos dos problemas alheios? Oramos individualmente e em

                                                                  233
31-a, Uma mãe e seus filhos.




234
Lição 31

família? Escutamos cuidadosamente uns aos outros? Ao fazermos essas
coisas, criamos um sentimento que inspirará e ajudará nossa família.
Como Fazer de Nossa Casa um Lar
O lar é um local onde as pessoas vivem em paz e harmonia. Pode ser
uma caverna, um chalé, uma barraca, um palácio ou uma cabana. O
tamanho ou beleza da construção não fazem dela um lar. São as
pessoas felizes que o fazem.
Cada uma de nós deve criar no lar um sentimento que sirva de
inspiração para a família. Queremos que nossos familiares vivam os
princípios do evangelho e que façam bom uso de seu tempo e talentos.
Devemos oferecer oportunidades de estudo, recreação e passatempos
no lar, para que nossa família queira ficar em casa e não esteja tão
propensa a procurar atividades em outro lugar.
 O que faz com que tenhamos um bom sentimento em nosso lar?
 Escreva as respostas no quadro-negro e discuta-as. Mencione
 também as seguintes idéias:

 Tomar cuidado com os sentimentos alheios
 Ter o Espírito do Senhor
 Sentir-se amado e necessitado
 Orar
 Realizar noites familiares
 Estudar as escrituras

Sejamos ricos ou pobres, podemos fazer muitas coisas para ajudar
nossos familiares a gostar de ficar em casa, como organizar atividades
divertidas para o ensino e diversão da família.
• Peça às irmãs que falem sobre as ocasiões felizes que tiveram em seu
  lar na infância e na adolescência.
• Escreva no quadro-negro: Música.
“Fred, depois de engolir todo o seu desjejum conscienciosamente,
escorregou da cadeira.
‘Agora posso ir para a casa de Jimmy, mãe?’ perguntou.
‘Mas, Fred’, repliquei, ‘você já esteve na casa dele ontem e também
anteontem. Por que o Jimmy não vem aqui para variar?’
‘Oh, ele não haveria de querer’. Os lábios de Fred tremeram, a despeito
de seus seis anos de masculinidade. ‘Por favor, mãe.’
‘Por que você gosta mais da casa de Jimmy do que da nossa?’ Insisti.
Subitamente, dera-me conta de que Fred e todos seus companheiros
estavam sempre querendo ir à casa de Jimmy.

                                                                      235
31-b, Uma mãe lendo para os filhos.




236
Lição 31

‘Bem’, explicou hesitante, ‘é (…) é porque a casa do Jimmy é uma casa
cantante’.
 ‘Uma casa cantante?’ Indaguei. ‘Agora explique-me, o que significa
isso?’
‘Bem…’ Fred estava encontrando dificuldade em explicar. ‘A mãe de
Jimmy está sempre cantarolando enquanto costura; Annie canta
enquanto faz bolachas na cozinha e o pai do Jimmy sempre chega em
casa assobiando.’ Ficou silencioso por um momento e depois
acrescentou: ‘As cortinas estão sempre completamente abertas e há
flores nas janelas. Todos os meninos gostam da casa do Jimmy, mamãe’.
‘Pode ir, filho’, atalhei depressa. Eu o queria fora do caminho, para
poder pensar.
Passei os olhos pela casa. Todo mundo a elogiava. Lá estavam os
tapetes orientais, que compráramos a prestação. Estávamos também
pagando ainda os luxuosos móveis estofados, e o carro, naturalmente.
Talvez fosse esse o motivo pelo qual o pai de Fred não chegava em
casa assobiando.
(…) Fui até a casa de Jimmy, embora fossem 10 horas de uma manhã
de sábado, Tinha a impressão de que a Sra. Burton não faria caso de
ser interrompida no meio da manhã. Ela nunca parecia estar com
pressa. Recebeu-me junto à porta, com um lenço envolvendo a cabeça.
‘Oh, entre. Acabei a limpeza da sala. Mas, naturalmente que não está
atrapalhando. Vou apenas tirar este lenço, voltarei num instante.’
Enquanto esperava, examinei a sala. Os tapetes estavam gastos até a
urdidura; as cortinas (…) abertas descobriam a janela; a mobília, velha
e gasta. (…) Uma mesa recoberta com alegre toalha, exibia algumas
revistas recentes. Pendurados no vão da janela, havia vasos de flores
(…) e um pássaro chilreava numa gaiola pendurada ao sol. Não havia
dúvida de que tudo era muito agradável.
A porta para a cozinha estava aberta e pude ver Jerry, o bebê, sentado
no linóleo imaculado, observando Annie preparar uma torta de maçã.
Ela estava cantando. (…)
A Sra. Burton entrou sorrindo. ‘Bem’, indagou. ‘O que é que há?
Sei que veio por algum motivo, pois é uma mulher tão ocupada.’
‘Certo’, respondi abruptamente. ‘Vim para ver como é uma casa
cantante.’
A Sra. Burton olhou perplexa. ‘Como assim?’
‘Fred diz que adora vir aqui, porque vocês têm uma casa cantante.
Começo a compreender o que ele quis dizer.’


                                                                        237
Lição 31

‘Que elogio maravilhoso!’ Comentou a Sra. Burton, ruborizada.
‘Mas, sem dúvida, minha casa não pode comparar-se à sua. Todos são
unânimes em dizer que você tem a casa mais bonita de toda a cidade.’
‘Mas não é uma casa cantante’, repliquei. (…) ‘Diga-me, como o
conseguiu?’
‘Ora’, sorriu a Sra. Burton, ‘se você quer realmente saber. Sabe, John
não ganha muito, e não penso que algum dia chegará a ganhar. Ele não
é desse tipo. Temos que renunciar a algumas coisas, então decidimos
eliminar o não-essencial. (…) Temos livros, revistas e música. (…)
Existem coisas que as crianças podem guardar no íntimo. Que não
podem ser destruídas pelo fogo ou por reveses financeiros, por isso as
consideramos essenciais (…) As roupas das crianças são muito
modestas. (…) Mas, mesmo assim, depois de pagas as contas, não nos
parece sobrar muito para tapetes e móveis. (…) Não gostamos de fazer
dívidas, se podemos evitá-las. (…) Não obstante, somos felizes’,
concluiu.
‘Compreendo’, repliquei pensativamente. Voltei meu olhar para Jimmy
e Fred lá no canto. Haviam construído um trem de caixas de fósforo e
o carregavam com grãos de trigo. Estavam derrubando um bocado de
trigo, mas o trigo é limpo e salutar.
Voltei para casa. Meus tapetes orientais pareciam desbotados. Abri os
reposteiros ao máximo, mas mesmo assim, a luz se escoava debilmente
através das cortinas de seda. (…) Eu não tinha uma casa cantante.
Decidi fazê-la cantar.” (May Morgan Potter, “A Casa Cantante”,
“Prioridades”, A Liahona , abril de 1970, pp. 16 e 17)
  O que seria uma casa cantante? Quais são alguns dos motivos
  porque esta era uma casa feliz?
No mundo atual, nem toda música eleva. Algumas nos incentivam a
pensar em coisas imorais ou irreverentes. Esse tipo de música impede
que tenhamos o Espírito do Senhor conosco.
  Mostre a gravura 31-c, “Uma mãe ensinando hinos a respeito do
  evangelho a seus filhos pequenos”. Ler Doutrina de Convênios 25:12.
A música pode unir as famílias e aproximá-las do Senhor. Os hinos são
músicas que elevam, e cantá-los em família aproxima-nos do Senhor.
As músicas folclóricas lembram-nos nossos antepassados e o seu modo
de vida. A boa música eleva e inspira, e aprendemos a gostar dela,
ouvindo-a, cantando-a e tocando-a freqüentemente.
Devemos encorajar os membros da família a desenvolver seus talentos
musicais. Os líderes da Igreja pedem que façamos isso, mesmo que seja
difícil. A irmã Margrit F. Lohner, membro da Igreja na Suíça, contou-
nos a seguinte história:

238
31-c, Uma mãe ensinando hinos a respeito do
      evangelho a seus filhos pequenos.




                                              239
Lição 31

“A linda voz de minha mãe irradiava nosso lar, lá na Suíça, com sua
bela voz todas as manhãs, de tarde e à noite. Ela não conhecia muitas
músicas, mas cantava os hinos de Sião. (…) Como conseqüência disso,
desde bem pequena eu também já sabia cantá-los.
Meus pais não podiam comprar um piano; (…) portanto, durante um
ano, eu andava todos os dias durante vinte minutos, com chuva ou
neve, para estudar na sala fria da casa de alguns membros de nosso
ramo em Zurique. Por essa razão, logo apanhei pneumonia, e meus
pais cortaram algumas das coisas que lhes eram necessárias para poder
comprar-me um piano. Além disso, minha mãe fazia limpeza em um
apartamento vizinho, a fim de ganhar o dinheiro necessário para
minhas lições de música. Como resultado de tais sacrifícios, minha
vida se enriqueceu com muitos relacionamentos excelentes que cultivei
por intermédio da música”. (“With a Song On Your Hearth”, Ensign,
agosto de 1975, p. 27.)
  Escreva no quadro-negro: Arte.
  Como podemos encorajar a arte em nosso lar? Mostre a gravura 31-d,
  “Um quadro da ressurreição de Cristo embeleza o ambiente deste lar”.
Os quadros que expomos em nosso lar nos lembram quais as coisas
que nos são importantes. Podemos cercar-nos de quadros que nos
lembrem nossos familiares, nossos antepassados, nossa religião e
nossas metas. Podem ser gravuras ou estampas do Salvador, de
templos ou de nossos profetas. Podemos também decorar nosso lar
com quadros que nos ajudem a amar a natureza, a paz, a beleza e a
história, etc.
Além disso, podemos desenvolver nossas habilidades no campo da
pintura, escultura, bordado, costura, decoração do lar etc. Podemos
incentivar nossos familiares nesse sentido, dando-lhes as ferramentas e
coisas necessárias para tal e expondo seus trabalhos em casa. Não
devemos nunca ridicularizar ou rir de seu trabalho e esforços. Nas
nossas noites familiares, poderíamos ter uma oficina de trabalho, onde
todos trabalhariam juntos, para criar algo bonito para ser dado a
alguém doente, impossibilitado de sair de casa, ou a uma pessoa
solitária.
  Escreva no quadro-negro: Natureza. Como podemos incentivar a
  apreciação pela natureza?
Muitas de nós não usamos tempo suficiente para apreciar as belezas da
natureza, mas podemos sentir freqüentemente o Espírito do Senhor
quando vemos um pôr-do-sol, uma bela flor, os raios do sol através
das árvores, uma concha marinha ou uma pedra colorida. Podemos
falar sobre as maravilhas da natureza e dar graças a Deus pelo trabalho
de Suas mãos.

240
31-d, Um quadro da ressurreição de Cristo
      embeleza o ambiente deste lar.




                                            241
Lição 31

  Leia a letra do hino “Meu Pai Celestial Me Tem Afeição”
  Ouvindo o cantar de um passarinho,
  Olhando este céu azul,
  Sentindo no rosto a chuva cair
  E o vento soprando ao Sul
  Tocando uma flor,
  Sentindo o perfume
  Das rosas de um jardim
  Eu me sinto feliz por viver neste mundo
  Que o bom Deus fez criar para mim.
  Ouvidos me deu pra que eu possa ouvir
  Os sons cheios de harmonia.
  Meus olhos criou pra que eu possa ver
  A beleza de um novo dia.
  A vida me deu e um coração que bate com gratidão
  Pelas coisas tão belas que Ele criou
  Sim, mostrou que me tem afeição. (Músicas para Crianças, p. 16)
Podemos trazer as belezas da natureza para nosso lar, plantando flores
e plantas dentro ou fora de casa. Quase todas as pessoas gostam de
plantar sementes, de molhá-las e observar o seu crescimento. Podemos
colecionar pedras e estudar as folhas. Criar e cuidar de animais nos
ensina sobre o nascimento, sobre a vida e a morte, sobre como dar
afeição e prestar serviço. Devemos encorajar o interesse pela natureza
demonstrado por nossos familiares.
  Escreva no quadro-negro: Livros. Como podemos incentivar a
  apreciação por bons livros em nosso lar?
A leitura das escrituras e de outros bons livros nutre nossa mente, da
mesma forma que o alimento adequado nutre nosso corpo. Os livros
são como companheiros que podem elevar-nos ou arrasar-nos.
Devemos ler somente livros que nos ajudem a ser melhores. Os bons
livros nos ajudam a apreciar o que é bom, belo e verdadeiro.
Podemos influenciar os hábitos de leitura de nossos familiares
selecionando bons livros para o nosso lar e encorajar nossos familiares
a ler em voz alta uns para os outros. Podemos contar histórias de nossa
vida ou de nossos antepassados.
  Ler Doutrina e Convênios 88:118 e 90:15. Que tipo de livros devemos
  dar aos nossos familiares para ajudá-los?
  Escreva no quadro-negro: Divertimento. Que tipo de diversão
  devemos dar à nossa família?
O cinema e a televisão podem-nos influenciar da mesma forma que os
livros. Alguns programas ou filmes ensinam princípios verdadeiros,


242
Lição 31

outros simplesmente divertem, e outros ainda transmitem falsas idéias.
A família deve decidir que programas compensam o tempo
despendido. Muitos adultos e crianças poderiam usar melhor o tempo
que despendem vendo televisão, desenvolvendo o corpo e a mente da
forma que já foi descrita anteriormente nesta lição.
  Escreva no quadro-negro: Ordem e Limpeza.
Mesmo que não tenhamos muito dinheiro, podemos ter um pouco de
beleza em casa. Não devemos nos conformar com as coisas sujas,
rasgadas ou feias, sejam objetos da casa ou de uso pessoal. Às vezes,
porém, na ânsia de conservar nosso lar limpo e bonito, sentimo-nos
inclinados a não permitir certas atividades, passatempos ou projetos,
por acharmos que estorvam e deixam nossa casa menos atraente. No
entanto, cada membro da família precisa de liberdade para criar, e
devemos respeitar os pertences e as atividades dos outros. Cada
criança deve ter um lugar especial, uma gaveta ou caixa para os seus
“tesouros”.
Conclusão
A décima terceira regra de fé declara: “(…) Se houver qualquer coisa
virtuosa, amável, de boa fama ou louvável, nós a procuraremos”.
Podemos usar essa declaração para nos guiar ao tentarmos
desenvolver uma atmosfera edificante em nosso lar.
O Presidente David O. McKay disse: “Não conheço outro lugar além
do lar, onde a verdadeira felicidade pode ser encontrada nesta vida. É
possível tornar o lar um pedaço do céu, e eu vejo o céu, na realidade,
como uma continuação do lar ideal”. [“Secrets of a Happy Life”, comp.
Llewelyn R. McKay (1960), p. 18] Todos nós temos o privilégio e o
desafio de criar esse tipo de lar.
  Cante o hino “Com Amor no Lar”. (Hinos, nº 188, ou Princípios do
  Evangelho, pp. 352–353)
Desafio
Esta semana faça algo específico para melhorar o sentimento existente
em seu lar. Para começar, tente sorrir mais vezes ou melhorar sua
atitude. Veja como reagem os outros membros da família.
Planeje um passeio ao ar livre, um programa de leitura regular ou
outra atividade agradável com uma criança.


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição.
1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 34, “Desenvolver Nossos
   Talentos”, e o capítulo 36, “A Família Pode Ser Eterna”.

                                                                      243
Lição 31

2. Termine a lição cantando o hino “Com Amor no Lar”. (Hinos, nº 188,
   ou Princípios do Evangelho, pp. 352–353)
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




244
O APRENDIZADO DO
       EVANGELHO EM
         NOSSO LAR
                             Lição 32




O propósito desta lição é ajudar-nos a tornar nosso lar um centro de
aprendizado do evangelho.
Os Pais Devem Ensinar Seus Filhos
Enos, filho de um profeta, sempre ouvia seu pai, Jacó, falar sobre
verdades eternas. Certo dia, Enos se dirigiu à floresta para caçar.
Enquanto estava lá, disse:
“(…) as palavras que freqüentemente ouvira de meu pai sobre a vida
eterna (…) penetraram-me profundamente o coração.
E minha alma ficou faminta; e ajoelhei-me ante o meu Criador (…)”.
(Enos 1:3–4) Depois de haver orado o dia todo, ouviu uma voz
dizendo-lhe que seus pecados lhe haviam sido perdoados. A
experiência foi tão importante para Enos que ele ensinou o evangelho e
regozijou-se nele durante todos os seus dias.
Enos aprendeu o evangelho em seu lar. O Velho Testamento ensina:
“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando
envelhecer não se desviará dele”. (Provérbios 22:6) Como pais fiéis,
somos responsáveis por ajudar nossos filhos a aprenderem os
princípios do evangelho e aplicá-los em sua vida.
Nosso Lar Deve Ser um Centro de Aprendizado
O Senhor planejou que sempre estivéssemos aprendendo e
progredindo. Ele colocou sobre os pais a grande responsabilidade de
ensinar seus filhos. Por essa razão, devemos fazer de nosso lar um
lugar de aprendizado do evangelho.
  Ler Doutrina e Convênios 68:25–28. Onde as crianças aprendem seu
  conhecimento básico sobre o mundo? Como podem aprender sobre a
  vida eterna?
As crianças aprendem sobre esta vida em casa, na escola e com os
amigos, mas geralmente não aprendem as verdades eternas na escola
ou com os amigos. O Senhor deu aos pais a responsabilidade de
ensinar as verdades eternas a seus filhos. Quando assim fazemos,
cumprimos Seus mandamentos.
                                                                       245
Lição 32

Para criarmos nossos filhos na luz e verdade, devemos estudar o
evangelho em nosso lar com eles, mesmo quando são pequenos. O rei
Benjamim disse aos pais:
“Não permitireis que vossos filhos (…) transgridam as leis de Deus, e
briguem e disputem entre si e sirvam ao diabo. (…)
Ensiná-los-eis, porém, a andarem nos caminhos da verdade e da
sobriedade; ensiná-lo-eis a amarem-se uns aos outros e a servirem-se
uns aos outros”. (Mosias, 4:14–15)
Como Planejar o Estudo do Evangelho em Família
Para tornar nosso lar um local de aprendizado do evangelho, temos
que ter um plano. Cada família deve descobrir qual o método que
melhor lhe serve.
  Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no
  quadro-negro:

 1. Criar um ambiente propício ao aprendizado;
 2. Orar com a família;
 3. Aproveitar as oportunidades para ensinar;
 4. Estudar as escrituras e outros materiais da Igreja
    regularmente;
 5. Realizar noites familiares semanais;
 6. Prestar testemunho para os filhos.

Criar um Ambiente Propício ao Aprendizado
Nossos filhos devem sentir-se livres para conversar conosco em casa.
Muitos lares estão cheios de tensão, o que desestimula as crianças de
fazer perguntas e expressar seus sentimentos. O Presidente David O.
McKay aconselhou: “Os pais devem (…) mostrar o desejo de responder
às perguntas. A criança que faz perguntas, está contribuindo com
felicidade à sua vida.” [Gospel Ideais (1953), p. 480] Devemos incentivar
nossos filhos a fazer perguntas, especialmente sobre o evangelho. Talvez
nem sempre saibamos as respostas, mas podemos aprender juntos.
  Como podemos encorajar debates sobre o evangelho em nosso lar?
Orar com a Família
  Mostre a gravura 32-a, “Uma família orando”.
Sempre que oramos com nossos familiares, nós os estamos ensinando,
pois por meio da oração podemos comunicar nossas esperanças,
preocupações e ideais. Ao orarmos por nossos familiares e por outras
pessoas, podemos ensinar amor e preocupação por suas necessidades.

246
32-a, Uma família orando




                           247
Lição 32

Quando agradecemos ao Pai Celestial por nossas bênçãos, podemos
ensinar nossos filhos a apreciarem suas próprias bênçãos. Quando nos
comunicamos com o Pai Celestial, ensinamos o nosso relacionamento
com Ele e o amor que Lhe devotamos.
Aproveitar as Oportunidades para Ensinar
Podemos ensinar o evangelho em casa em diversas ocasiões. Na hora
das refeições, os pais podem mostrar como os eventos diários se
relacionam aos princípios do evangelho. As histórias contadas na hora
de ir para a cama podem ser tiradas do Livro de Mórmon, da Bíblia, ou
de nossas próprias experiências espirituais. Podemos partilhar
histórias tiradas de nossa leitura diária das escrituras. À medida que
surgem diferentes situações, podemos ensinar nossos filhos a
compreender os princípios do evangelho.
  Quais as outras ocasiões em que podemos ensinar os princípios do
  evangelho?
Estudar as Escrituras e Outros Materiais da Igreja Regularmente
  Mostre a gravura 32-b, “Uma mãe lendo as escrituras para os filhos”.
A nós, mulheres, foi dito que devemos estudar as escrituras:
“Gostaríamos de que todas as irmãs SUD lessem todas as obras-padrão
[a Bíblia, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e a Pérola de
Grande Valor], para ponderar em seu coração as verdades eternas que
elas contêm”.(Bruce R. McConkie “Drink from the Fountain”, Ensign,
abril de 1975, p. 70) Quando damos o exemplo adequado, descobrimos
ser mais fácil ensinar a nossos filhos a leitura das escrituras.
Existem muitas maneiras de se estudar as escrituras. Podemos estudá-
las individualmente ou com a família.
  Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no
  quadro-negro. Depois, peça outras sugestões às irmãs sobre como
  estudar as escrituras individualmente.

 1. Ler as escrituras do princípio ao fim. Tentar ler um ou mais
    capítulos por dia ou ler 15 minutos diários.
 2. Estudar as escrituras por tópicos (tais como “oração” ou
    “obediência”). Procure todas as referências sobre tal assunto.
 3. Procurar nelas a resposta para um problema.
 4. Fazer uma lista de escrituras que nos inspirem.
 5. Sublinhar as referências, em um plano de estudo regular.




248
32-b, Uma mãe lendo as escrituras para os filhos




                                                   249
Lição 32

  Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no
  quadro-negro. Depois, peça outras sugestões às irmãs sobre como
  estudar as escrituras com a família.

 1. Reservarmos 15 minutos cada manhã, antes que os
    membros da família saiam para o trabalho ou para a escola;
 2. Realizarmos à noite, antes de as crianças irem para a cama,
    uma sessão curta de estudo;
 3. Preparar e contar histórias das escrituras para as crianças
    menores;
 4. Selecionar versículos especiais e escrevê-los em cartões.
    Colocar os cartões em um quadro de avisos ou na parede,
    onde todos possam ver, e então encorajar a família a
    memorizar os versículos;
 5. Escolher uma escritura que ensine um princípio e resolver
    como colocá-lo em prática. Exemplos: Ler Mateus 25:31-40
    e depois ajudar uma família necessitada, ou ler Tiago 1:27
    ou Gálatas 6:2 e depois ajudar uma pessoa que perdeu um
    ente querido;
 6. Ler os discursos da última conferência geral, publicados
    em A Liahona, e aplicar as sugestões dadas;
 7. Ouvir as escrituras em fitas gravadas, se possível.

Seja qual for o plano que seguirmos, devemos sempre começar o nosso
estudo das escrituras com uma oração, pedindo ao Pai Celestial que
nos dirija e nos dê entendimento. Devemos pensar naquilo que lemos e
aplicar os princípios do evangelho em nossa vida.
O Bispo H. Burke Peterson, do Bispado Presidente, disse:
“Não deve haver, de forma alguma, uma só família nesta Igreja que
não reserve algum tempo para ler as escrituras diariamente. Cada
família poderá fazê-lo a seu próprio modo”. (Conference Report, abril
de 1975, p. 79; Ensign, maio de 1975, pp. 53–54)
  Por que é importante estudar as escrituras em família? Peça às irmãs
  que expliquem como conseguiram desenvolver um estudo eficiente
  das escrituras.
  Mostre a gravura 32-c, “Os livros sobre o evangelho e outros bons
  livros podem ficar numa estante, à disposição dos membros da
  família”.
Outros materiais também podem nos ajudar a aprender os princípios
do evangelho. Podemos ter em casa uma estante com os materiais

250
32-c, Os livros sobre o evangelho e outros bons livros podem ficar em
         uma estante, à disposição dos membros da família.




                                                                        251
Lição 32

relativos ao evangelho—como livros, gravuras, gravadores, fitas
cassete entre outros—que poderão estar ao alcance de toda a família.
As obras-padrão e o livro Princípios do Evangelho devem ser as obras
básicas de nossa biblioteca. Se possível, devemos comprar para cada
criança um exemplar do Livro de Mórmon e da Bíblia e então
estabelecer uma hora específica para o seu estudo. Não podemos
esperar que nossos filhos estudem, a menos que também o façamos e
sejamos exemplos para eles.
Realizar Noites Familiares Regularmente
Nas noites familiares, temos uma das melhores ocasiões para ensinar
nossos filhos. (Todas as segundas-feiras são reservadas para isso.) As
famílias devem utilizar o manual de Noite Familiar, se for possível.
Caso contrário, devem estudar as escrituras e o livro Princípios do
Evangelho, ou partilhar seus sentimentos a respeito da Igreja. Criar uma
atmosfera agradável e alegre ajuda as crianças a apreciar a noite,
despertando nelas o desejo de participar. As noites familiares não
devem constituir-se de pregação que as crianças não consigam
entender. Elas devem ser alegres e agradar a todos.
Prestar Testemunho para os Filhos
Na hora das refeições, do estudo das escrituras, na reunião de noite
familiar ou debate do evangelho devemos prestar nosso testemunho
aos nossos filhos e, à medida que nos ouvem e vêem com seus
próprios olhos que vivemos o evangelho, aumentarão seu próprio
testemunho pessoal.
  Ler Deuteronômio 11:19. Peça às irmãs que falem sobre as
  experiências que tiveram, ensinando o evangelho a seus filhos.
Conclusão
Se estudarmos o evangelho, nossa família será abençoada. Nosso
testemunho e nosso lar se fortalecerão, encontraremos respostas para
nossos problemas, seremos mais felizes e temos mais paz, porque
estamos tentando viver mais perto de Jesus Cristo e do Pai Celestial.
A mãe de uma família que realizava estudos matutinos das escrituras
falou sobre suas bênçãos:
“São muitos os benefícios advindos deste programa matutino:
Conseguir um entendimento melhor das escrituras e do seu significado
em nossa vida, começar o dia de maneira mais organizada, (…)
desfrutar de uma refeição em família.
Tenho certeza de que nossos filhos vão para a escola com um
sentimento de felicidade e segurança muito maior sobre si mesmos,
sobre nossa família e sobre o mundo”. (Geri Brinley, “Getting a Head
Start on the Day”, Ensign, abril de 1977, p. 8)


252
Lição 32

O Élder Bruce R. McConkie falou a respeito de outras bênçãos advindas
do estudo das escrituras: “Todos nós desejamos ter paz, alegria e
felicidade nesta vida e herdar a vida eterna no mundo futuro. Essas são
as duas maiores bênçãos que podemos herdar. Podemos ganhá-las lendo
e aprendendo as palavras da vida eterna, aqui e agora, e guardando os
mandamentos”. (“Drink from the Fountain”, Ensign, abril de 1975, p. 70)
Desafio
Planeje o estudo do evangelho em casa, individualmente e em família,
e procure todos os dias oportunidades para explicar os princípios do
evangelho a seus filhos.
Escrituras Adicionais
  Romanos 15:4 (escrituras para dar-nos esperança)
  II Timóteo 3:14–17 (escrituras para guiar-nos à perfeição)
  2 Néfi 4:15 (escrituras para instrução e proveito)
  Doutrina e Convênios 1:37 (mandamentos verdadeiros e fiéis)


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no
   quadro-negro.
2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




                                                                      253
PREPAREMO-NOS
           PARA ENSINAR
                            Lição 33




O propósito desta lição é ajudar a prepararmo-nos para ensinar o
evangelho com eficiência.
Como Ensinar Uns aos Outros
O Salvador ordenou aos membros de Sua Igreja que ensinem uns aos
outros.
 Peça a um membro da classe que leia Doutrina e Convênios 88:77–78.
 A quem devemos ensinar?
Podemos ensinar nossa família, amigos, vizinhos, companheiros de
trabalho e colegas de escola. Podemos ensinar os membros da Igreja
em classes organizadas e também os não-membros.
 Mostre a gravura 33-a. “Mãe ensina sua filha a amarrar os cordões
 dos sapatos”.
Desde a criação da Terra, o Senhor tem-nos dito que ensinemos o
evangelho a nossos filhos. Podemos fazê-lo durante as noites familiares
e noutras ocasiões. As mães, principalmente, têm muitas
oportunidades de ensinar seus filhos em casa.
 Peça aos alunos que falem sobre as experiências ao ensinarem seus
 filhos.
O Élder Boyd K. Packer disse:
“Muito do que fazemos é ensino. Mostrar a uma criança como amarrar
o cordão do sapato, (…) ajudar uma menina a preparar uma nova
receita culinária, discursar na Igreja, prestar testemunho, dirigir uma
reunião de liderança e, naturalmente, dar aula—tudo isso é ensino, e o
fazemos constantemente. (…)
Quando pregamos, falamos ou respondemos ao que nos é perguntado
nas reuniões, estamos ensinando.” [Teach Ye Diligently (1975), pp. 2–3]
Na Igreja, temos muitas oportunidades de ensinar em aulas
organizadas. O Élder Boyd K. Packer lembrou-nos:
“Os membros da Igreja ensinam praticamente durante toda a sua vida.
254
33-a, Mãe ensina sua filha a amarrar os cordões dos sapatos




                                                              255
Lição 33

Temos professores servindo em todas as organizações da Igreja. (…)
A Igreja progride apoiada no poder do ensino que nela é realizado. O
trabalho do reino de Deus não avançará, se o ensino não for eficiente.”
[Teach Ye Diligently (1975), pp. 2–3]
Às vezes nosso ensino não é realizado na sala de aula, mas, sim, ao
falarmos uns com os outros. A seguinte história serve de exemplo:
“A primeira vez que vi o Bispo Fred Carroll foi quando nossa família se
mudou para a sua ala; eu era ainda diácono no Sacerdócio Aarônico,
embora já estivesse com mais de quatorze anos de idade. Esse grande
homem provavelmente não me disse mais do que umas cinqüenta
palavras, porém, a metade delas permaneceu indelevelmente gravada
na minha mente. Tenho a certeza de que esse bom bispo nunca soube
do tremendo impacto que teve sobre mim com aquelas poucas palavras
de ouro, pronunciadas certo dia de maneira calma e em particular:
‘Tenho notado que você é muito reverente nas reuniões da Igreja. Você
está dando um exemplo maravilhoso para os outros rapazes’.
Foram poucas palavras, mas que efeito maravilhoso tiveram sobre
mim! O seu efeito foi superior ao das muitas designações que tive
desde aí. Até aquela época, eu nunca me havia considerado
particularmente reverente. Tenho certeza de que o Bispo Carroll
interpretou a minha timidez e atitude reservada por reverência, porém,
isso não importa. Dessa época em diante, eu comecei a pensar no
significado da reverência em minha vida, e logo comecei a sentir-me
reverente. Afinal de contas, se o Bispo Carroll achava que eu era
reverente, talvez eu o fosse realmente! A atitude que passei a
desenvolver, por ter o Bispo Carroll plantado essa semente, tornou-se
uma influência que me guiou por toda a vida.” (Lynn F. Stoddard,
“The Magic Touch”, Instructor, setembro de 1970, pp. 326–327)
As professoras de classes organizadas têm a oportunidade de influenciar
e guiar seus alunos. Sempre que se esforçam, encontram boas maneiras
de ensinar os princípios do evangelho dentro e fora da sala de aula. o
Élder Thomas S. Monson falou sobre a influência de tal professora:
“Ela nos ensinou, nas aulas da Escola Dominical, a respeito da criação
do mundo, da queda de Adão, do sacrifício expiatório de Jesus. Trouxe
para a sala de aula convidados de honra como Moisés, Josué, Pedro,
Tomé, Paulo e Jesus, o Cristo. Ainda que não pudéssemos vê-los,
aprendemos a amá-los, honrá-los e a tentar ser iguais a eles.
Mas nunca uma lição sua foi mais dinâmica nem de impacto mais
duradouro do que certa manhã de domingo em que, pesarosa, nos
comunicou o passamento da mãe de um coleguinha nosso. Já
notáramos a ausência de Billy naquela manhã, mas não sabíamos por
que não viera. A aula abordava o tema: ‘É melhor dar que receber’.


256
Lição 33

No meio da lição, a nossa mestra fechou o livro e abriu nossos olhos,
nossos ouvidos e nosso coração à glória de Deus, perguntando:
‘Quanto dinheiro temos em nosso fundo de festa?’
‘Quatro dólares e setenta cinco centavos’, foi a resposta orgulhosa, pois
estávamos em plena depressão.
Então, muito gentilmente ela sugeriu: ‘A família de Billy está passando
por dificuldades e grande sofrimento. O que vocês achariam da
possibilidade de lhes fazermos uma visitinha hoje de manhã e doar-
lhes esse fundo?’
Sempre me lembrarei do pequeno bando vencendo a pé aqueles três
quarteirões, entrando na casa de Billy, cumprimentando o coleguinha,
o irmão, as irmãs e o pai. Era patente a ausência da mãe. Jamais
poderei esquecer os olhos cintilantes de lágrimas de todos, quando o
envelope branco com nosso precioso fundo de festa passou da delicada
mão da nossa professora para a mão necessitada de um pai
inconsolável. Voltamos para a capela como que andando sobre nuvens.
Nosso coração nunca antes se sentira tão leve, nossa alegria era mais
plena, e nosso entendimento mais profundo. Uma professora inspirada
conseguira ensinar aos seus garotos uma eterna lição de verdade
divina. ‘É melhor dar que receber.’” (“Um Simples Professor”, A
Liahona, outubro de 1973, p. 8)
Todo membro da Igreja é um professor. Todos nós ensinamos o
evangelho aos outros por meio de palavras e atos. Quando fomos
batizados, prometemos “(…) servir de testemunhas de Deus em todos
os momentos e em todas as coisas e em todos os lugares em que vos
encontreis, mesmo até a morte (…)”. (Mosias 18:9) Depois de
batizados, devemos proclamar o evangelho aos nossos vizinhos e a
todas as pessoas sobre a face da Terra. Devemos também ensinar
nossos filhos e os outros membros da Igreja.
Estudo e Preparação
  Mostre a gravura 33-b, “Uma irmã usando as escrituras para ensinar”.
Para nos tornarmos boas professoras, devemos preparar-nos bem.
Todas nós temos o dom de ensinar, mas cada uma de nós pode
melhorar ainda mais. O Presidente David O. McKay disse: “Professor
algum pode ensinar aquilo que não sabe. Nenhum professor pode
ensinar aquilo que não vê nem sente”. (Treasures of Life, 1962, p. 476)
  Peça aos membros da classe que pensem em maneiras de preparar
  uma aula enquanto você lê a seguinte citação:
“Estabeleça uma hora e lugar específicos para planejar sua lição. Faça
com que os materiais—escrituras, livro de lição, referências, papel,
lápis, estejam à mão. (…)


                                                                     257
33-b, Uma irmã usando as escrituras para ensinar.




258
Lição 33

Comece o seu planejamento com uma oração. Este é o evangelho [do
Senhor] e você é Sua professora, mestra de Seus filhos. Pergunte ao
Senhor como é que Ele quer que a mensagem seja ensinada. (…) Sempre
que sentir alguma necessidade em especial, acompanhe sua oração com
um jejum, a fim de ficar em harmonia com o Espírito do Senhor.”
[Programa de Aperfeiçoamento Didático, Curso Básico (1971), p. 133]
  Escreva no quadro-negro os materiais que você necessita para
  preparar uma aula. O que deve você fazer ao se preparar?
Os seguintes passos são sugeridos para a preparação de uma aula:
1. Estabeleça qual é o objetivo da lição.
  Na maioria dos manuais da Igreja, o objetivo é apresentado no
  princípio. O objetivo é a idéia principal que desejamos que os
  membros da classe aprendam, lembrem e ponham em prática.
  Escreva o seu objetivo e pense nele ao preparar a lição.
2. Conheça o material da lição.
  Estude o material da lição, tanto o manual como as escrituras, com
  bastante antecedência; decida quais os pontos mais importantes.
  Faça sempre uma preparação compenetrada e fervorosa.
3. Reúna auxílios didáticos, por meio de pesquisa e estudo.
  Para criar interesse pela lição, use coisas que a classe possa ver.
  Objetos, cartazes, gravuras ou outros itens constituem ótimos
  auxílios didáticos. Criar interesse pela lição é algo importante ao se
  ensinar pessoas de todas as idades.
4. Organize os auxílios didáticos da lição, bem como os seus materiais.
  Arrume seus materiais na mesma ordem em que serão usados na
  aula. Isso, se feito com antecedência, ajudará a evitar confusão.
Devemos Amar Aqueles que Ensinamos
O Élder Boyd K. Packer disse: “O bom professor já estudou a lição. O
excelente professor estuda também seus alunos, séria e atentamente.
(…) Ao estudar cuidadosamente as expressões e características de seus
alunos, você poderá ganhar dentro do coração (…) um sentimento
semelhante à inspiração; é o amor, que o compele a encontrar um meio
de fazer o trabalho do Senhor, de alimentar suas ovelhas”. (“Study
Your Students”, Instructor, janeiro de 1963, p. 17)
Os alunos que se sentem amados, têm mais confiança e sentem o
desejo de melhorar. Os alunos que são amados também aprendem a
amar o seu próximo. Os professores que amam seus alunos, recebem a
inspiração do Senhor e compreendem melhor as necessidades deles.


                                                                      259
Lição 33

“Mesmo o professor não treinado na arte tradicional do ensino pode
ser de grande influência sobre o indivíduo que ensina, se o ama,
respeita, e mostra interesse pessoal por sua pessoa.
Lembro-me de um professor que eu considerava uma pessoa ríspida e
maçante encontrou-me certo dia e deu-me um livro que achava ser do
meu interesse. Eu não estava particularmente interessado no livro. (…)
Mas daquele dia em diante, ganhei uma nova apreciação pelo professor
que tinha demonstrado interesse por mim, sendo, assim, capaz de
exercer influência sobre minha pessoa.” (William E. Berrett, “Teaching:
An Extension of Your Personality”, Ensign, abril de 1973, p. 61)
  Como podemos demonstrar aos nossos alunos que os amamos, tanto
  na sala de aula como fora dela?
Devemos Orar Pedindo Ajuda do Espírito
  Mostre a gravura 33-c, “Uma professora ora pedindo orientação ao
  estudar as escrituras”.
O Presidente Brigham Young disse: “Após fazermos todo o possível para
conseguir sabedoria nos melhores livros etc., existe ainda uma fonte,
aberta para todos: ‘Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a
Deus’”. [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p. 261]
Se queremos ter o dom de ensinar, devemos orar ao Pai Celestial, que
nos ajudará a preparar a lição, a conhecer e amar nossos alunos. Se
procurarmos Sua ajuda, Ele estará conosco quando ensinarmos.
Conclusão
Temos a responsabilidade de ensinar o evangelho a nossos filhos, aos
outros membros da Igreja, aos nossos familiares que não são membros
e ao nosso próximo no mundo inteiro.
O Élder Vaughn J. Featherstone, citando o Presidente David O. McKay,
disse: “Não há no mundo, maior responsabilidade do que a educação
de uma alma humana. Grande parte da mordomia pessoal de cada pai
e cada professor da Igreja é ensinar e educar”. (“O Verdadeiro
Professor”, A Liahona, fevereiro de 1977, p. 96)
O Senhor espera que nos preparemos para ensinar com eficiência.
Preparar-se significa estudar, orar e ensinar por meio da influência do
Espírito Santo.
Desafio
Escolha um princípio do evangelho para ensinar esta semana. Ore para
descobrir oportunidades diárias para ensiná-lo. Avalie seus esforços no
fim da semana e veja como pode continuar a melhorar.




260
33-c, Uma professora ora pedindo orientação
         ao estudar as escrituras.




                                              261
Lição 33

Escrituras Adicionais
• Deuteronômio 6:5–7 (ensinar as crianças diligentemente e sempre)
• Mosias 4:14–15 (ensinar amor às criancinhas)
• Doutrina e Convênios 42:14 (ensinar pelo Espírito)
• Doutrina e Convênios 68:25–28 (ensinar o evangelho aos filhos)
• Moisés 6:57 (ensinar arrependimento aos filhos)


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




262
O ENSINO POR MEIO
      DAS ESCRITURAS
                             Lição 34




O propósito desta lição é ajudar a prepararmo-nos para ensinar as
escrituras.
As Escrituras São o Nosso Maior Recurso de Ensino
  Mostre as gravuras 34-a, “Esta professora sabe que deve estudar as
  escrituras, mas também ponderar as coisas que aprendeu”, e 34-b,
  “Esta irmã usa as escrituras para ensinar e as crianças têm seus
  próprios exemplares das escrituras para acompanhar a aula”.
O Presidente J. Reuben Clark Jr. disse certa vez a um grupo de
professores da Igreja: “(…) Seu dever essencial (…) é o de ensinar o
evangelho de Jesus Cristo. (…) Vocês devem ensinar esse evangelho,
usando como fonte e autoridade as obras-padrão da Igreja e as
palavras daqueles a quem Deus chamou para guiar Seu povo nestes
últimos dias”. [The Charted Course of the Church in Education (1938) p.
10–11]
Conhecer as escrituras e usá-las quando ensinamos é o maior auxílio
didático que podemos ter.
O Senhor ensinou a importância de se conhecer e ensinar as escrituras.
Aos nefitas, durante Sua visita após a ressurreição, Ele disse: “Ordeno-
vos que examineis estas coisas (escrituras) diligentemente”. (3 Néfi
23:1) Ele também ordenou-lhes que ensinassem o evangelho aos
outros. (Ver 3 Néfi 23:14.) Em Doutrina e Convênios, Ele nos mandou
examinar cuidadosamente as escrituras. (Ver D&C 1:37.) Devemos
ensiná-las diligentemente porque elas testificam e ensinam a respeito
de Cristo. As escrituras ensinam todas as coisas que devemos fazer
para desfrutar as bênçãos da vida eterna.
Além das obras-padrão, temos a palavra do Senhor dada na época atual
por intermédio do Seu profeta vivo. As palavras dos profetas vivos,
quando “movidos pelo Espírito Santo”, também são consideradas
escritura. (Ver D&C 68:1–4.) Os manuais da Igreja e A Liahona ajudam-
nos a aprender as palavras dos profetas e as outras escrituras.
  Onde podemos encontrar as palavras do profeta vivo?

                                                                      263
34-a, Esta professora sabe que deve estudar as escrituras, mas
                também ponderar as coisas que aprendeu.




264
Lição 34

A Aplicação das Escrituras à Nossa Vida
Quando Leí e sua família chegaram à terra prometida, Néfi ensinou as
escrituras a seus irmãos. Ele ensinou de modo que o povo pudesse
entender, e lhes disse: “(…) apliquei todas as escrituras a nós, para
nosso proveito e instrução”. (1 Néfi 19:23)
As escrituras nos ensinam “o que o Senhor havia feito em outras terras
entre os povos antigos”. (1 Néfi 19:22) Embora tenham sido escritas no
passado, elas continuam sendo de importância para nós atualmente.
Os bons professores conseguem aplicar as escrituras à vida moderna e
mostram-nos como os eventos do passado podem ajudar-nos a
compreender o presente.
 Mostre a gravura 34-c, “Néfi e Leí com a Liahona”. Peça a um
 membro da classe que leia 1 Néfi 16:9–12, 15–31.
Com referência a esta história do Livro de Mórmon sobre a família de
Leí e a Liahona, o Presidente Spencer W. Kimball disse:
“Podem-se imaginar no lugar dele (Néfi), quando ouviu seu pai
chamar enfaticamente a sua atenção para algo que havia encontrado
fora da porta de sua tenda? (…) era uma esfera esmeradamente
trabalhada; e era feita de latão puro, e nenhum de vocês jamais viu
algo semelhante. (1 Néfi 16:10)
Se vocês (…) observassem cuidadosamente o modo de operar dessa
esfera incomum, observariam que ela trabalhava conforme a fé,
diligência e atenção que lhes davam concernente ao caminho que
deviam seguir. (1 Néfi 16:28) Que pensariam, se, após um exame mais
detalhado, notassem que havia uma escrita sobre a esfera, que era fácil
de ser lida e (…) explicava os caminhos do Senhor? Que aconteceria, se
as instruções mudassem de tempos em tempos, à medida que o Senhor
fazia exigências adicionais e isto de acordo com a fé e diligência que a
família lhe dava? (1 Néfi 16:29)
A esfera ou Liahona—que é interpretada como sendo uma bússola—foi
preparada pelo Senhor especialmente para mostrar a Leí o caminho
que deveria seguir no deserto. Gostariam de ter esse tipo de esfera—
cada um de vocês—para que sempre que estivessem errados, ela
indicasse o caminho certo e escrevesse mensagens para vocês, (…) a
fim de que sempre pudessem saber quando estivessem em falta ou
trilhando o caminho errado?
Todos vocês têm essa esfera. (…) O Senhor deu (…) a cada pessoa, uma
consciência que lhe avisa cada vez que começa a trilhar o caminho
errado. A pessoa sempre recebe conhecimento, se estiver ouvindo; mas,
muitas vezes, as pessoas estão tão acostumadas a ouvir as mensagens,
que acabam ignorando-as, e finalmente a esfera não as registra.


                                                                    265
34-b, Esta irmã usa as escrituras para ensinar e as crianças
      têm seus próprios exemplares das escrituras para acompanhar a aula.




266
Lição 34

Vocês devem imaginar que possuem uma coisa semelhante à bússola
ou Liahona, em seu próprio corpo. Cada criança a recebe. (…) Se ela
ignorar a Liahona que existe em seu próprio ser, pode ser que não mais
receba seus sussurros. Mas lembremo-nos de que cada um de nós tem
esse aparelho que nos orientará para o bem, e nosso navio não seguirá
o curso errado (…) se ouvirmos os ditames de nossa própria Liahona,
que chamamos de consciência”. (“Nossa Própria Liahona”, A Liahona,
fevereiro de 1977, pp. 70–71)
 Como foi que o Presidente Kimball relacionou as escrituras a nós na
 época atual?
Quando conhecemos as escrituras, podemos aplicar princípios
verdadeiros à nossa vida. Os exemplos seguintes mostram de que
forma certa mãe ensinou seus filhos por meio das escrituras:
Na hora de se reunir para orar, certa noite, Ana, de quatro anos de
idade, disse que não queria participar da oração. A mãe procurou
convencê-la a orar, mas a menininha se recusava terminantemente.
Então sua mãe lhe contou a história de Daniel.
 Peça à irmã designada que leia Daniel 6:1–23 ou que conte a história
 com suas próprias palavras.
A mãe então explicou que a oração era algo muito importante para
Daniel. Ele orava, mesmo quando sabia que seria morto por fazê-lo.
Em seguida, ela perguntou a Ana: “Agora que você sabe quão
importante é a oração, gostaria de que alguém a ajudasse a orar?”
Em outra ocasião, Ana e sua irmã Lúcia estavam discutindo em voz
alta, pois ambas queriam a mesma boneca. A mãe aproximou-se das
garotas e perguntou: “Por que não cortamos a boneca em duas e
damos metade para cada uma?”
“Não”, disse Ana, “não corte a boneca.”
“Corte, sim”, gritou Lúcia.
A mãe então respondeu: “A boneca deve ser de Ana. Querem saber
como é que eu sei?” E então ela leu e conversou com as garotas sobre a
história encontrada em I Reis 3:16–27.
 Peça à irmã designada que leia ou conte a história que está em I Reis
 3:16–27 com suas próprias palavras. Como foi que as escrituras
 ajudaram esta irmã a ensinar suas filhas? Ler Mateus 25:1–13 e Enos
 1:2–5.
Como Preparar-nos para Ensinar as Escrituras
O Presidente Harold B. Lee declarou: “Digo que precisamos ensinar
nosso povo a encontrar suas respostas nas escrituras. (…) Mas, o
problema é que muitos de nós não estão lendo as escrituras. Não

                                                                      267
34-c, Néfi e Leí com a Liahona.




268
Lição 34

sabemos o que há nelas, e portanto, fazemos especulações sobre coisas
que deveríamos ter encontrado nas próprias escrituras. Acho que nisso
está um de nossos maiores perigos da atualidade”. (“Encontre as
Respostas nas Escrituras”, A Liahona, dezembro de 1973, p. 5)
Ninguém nos forçará a estudar as escrituras. Podemos encontrar
muitas desculpas para não o fazermos. Devemos planejar o nosso
estudo. (Ver a lição 32, “O Aprendizado do Evangelho em Nosso Lar”,
neste manual.)
 Como podemos sobrepujar as dificuldades do estudo das escrituras?
Se queremos ensinar as escrituras, devemos fazer mais do que apenas
lê-las, sem pensar.
 Peça aos membros da classe que leiam Morôni 10:3. O que Morôni
 nos fala sobre o aprendizado por meio das escrituras?
O Presidente Marion G. Romney disse:
“Ao ler as escrituras, fui desafiado pela palavra ponderar. (…) O
dicionário diz que ponderar significa ‘considerar, medir, pesar’.
Ponderar é, ao meu ver, uma forma de oração. Tem, pelo menos, sido
um recurso para o Espírito do Senhor”.(A Liahona, dezembro de 1973,
p. 44)
Uma vez que tivermos lido e ponderado as escrituras, podemos pedir
ao Pai Celestial que nos ajude a saber se são verdadeiras pelo poder do
Espírito Santo, como Morôni prometeu. Por meio da orientação do
Espírito, podemos também ser consolados e encontrar as respostas
para os nossos problemas estudando as escrituras. Essa experiência nos
ajudará a ensinar outras pessoas.
 Convide os membros da classe a relatar como o estudo das escrituras
 tem abençoado sua vida e contribuído em sua preparação para
 ensinar outras pessoas.
Conclusão
Para podermos ensinar as escrituras, devemos preparar-nos, lendo-as
freqüentemente. Devemos ponderar a respeito daquilo que estamos
lendo. Devemos orar com intenção real e sincera e então praticar o
conhecimento e a compreensão alcançados por intermédio do Espírito.
Depois de termos feito isso, podemos ensinar as escrituras com poder.
Desafio
Marque as escrituras que são particularmente significativas para você.
Faça uma comparação com sua própria vida. Nas noites familiares, às
refeições ou em outros momentos em que estiver com a família, fale
sobre as histórias das escrituras. Aplique-as à sua vida.


                                                                    269
Lição 34

Escrituras Adicionais
  2 Néfi 4:15–16 (o amor de Néfi pelas escrituras)
  2 Néfi 32:3 (banquetear-se nas palavras de Cristo)
  Alma 37:38–47 (os ensinamentos sagrados de Alma a seu filho
  Helamã sobre a Liahona)
  Doutrina e Convênios 11:21–22 (obter a palavra de Deus)


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Estude Princípios do Evangelho, capitulo 10 “As Escrituras”.
2. Examine a lição 32 deste manual, “O Aprendizado do Evangelho em
   Nosso Lar”.
3. Peça à duas irmãs que leiam as seguintes escrituras ou que relatem a
   passagem com suas próprias palavras: Daniel 6:1–23 e I Reis 3:16–27.
4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




270
O ENSINO PELO PODER
   E INFLUÊNCIA DO
    ESPÍRITO SANTO
                             Lição 35




O propósito desta lição é ajudar-nos a ensinar o evangelho pelo poder
do Espírito Santo.
Os Professores Precisam da Orientação do Espírito Santo
O Senhor ordenou que ensinássemos uns aos outros as coisas
relacionadas ao Seu reino. (D&C 88:77) Para ensinar, devemos ter um
testemunho da verdade do evangelho restaurado de Jesus Cristo.
Temos que ensinar com o poder e a influência do Espírito Santo.
O Presidente David O. McKay disse: “Professores, comecem a preparar
suas lições com uma oração. Ensinem-nas em espírito de oração e, então,
orem para que Deus torne sua mensagem mais significativa (…) por
meio da influência de Seu Santo Espírito”. [Gospel Ideais (1953), p. 223]
O Élder Hartman Rector Jr. contou uma história sobre o Presidente
Harold B. Lee:
“Logo depois que ele foi ordenado ao ofício [de Presidente], (…) um
jornalista (…) perguntou:
‘O que o senhor espera realizar durante sua administração como
presidente da Igreja?’ (…)
‘Bem’, disse ele, ‘só posso responder a tal pergunta com as palavras de
um grande profeta, ao ser-lhe dada uma designação pelo Senhor, de
conseguir um registro antigo’. Disse ele:
‘E fui conduzido pelo Espírito, não sabendo de antemão o que deveria
fazer’. (1 Néfi 4:6)” (Conference Report, outubro de 1973, p. 134;
Ensign, janeiro de 1974, p. 106)
Como professoras, também devemos ser dirigidas pelo Espírito. Para
ensinar o evangelho de Jesus Cristo, temos que ser dirigidas pelo
Espírito Santo.
  Peça às alunas que leiam Doutrina e Convênios 42:12–14. De acordo
  com essa escritura, o que devemos ensinar? Onde encontramos tais
  princípios? Como conseguimos o Espírito com o qual devemos

                                                                     271
Lição 35

  ensinar? Se não temos a influência do Espírito Santo, por que não
  devemos ensinar?
A influência do Espírito Santo pode fazer com que as palavras do
professor calem profundamente no coração dos ouvintes. “(…) porque
quando um homem fala pelo poder do Espírito Santo, o poder do
Espírito Santo leva as suas palavras ao coração dos filhos dos
homens.” (2 Néfi 33:1)
  Mostre a gravura 35-a, “O rei Benjamim ensinando seu povo do alto
  de uma torre”.
O rei Benjamim reuniu seu povo para dar-lhe instruções especiais, pois
desejava fortalecê-lo espiritualmente.
  Peça às alunas que leiam Mosias 5:1–2. O que foi que fez com que o
  povo acreditasse nas palavras do rei Benjamim? Peça a uma irmã que
  leia Mosias 5:3–4. Qual foi o efeito da fé exercida pelo povo?
Como Conseguir a Orientação do Espírito Santo
Os filhos de Mosias ensinaram o evangelho pela influência do Espírito
Santo. Eles receberam essa orientação depois de muito esforço.
  Peça a uma irmã que leia Alma 17:2–3. Quais os três passos seguidos
  pelos filhos de Mosias para ensinar com poder? Escreva-os no
  quadro-negro.
Depois de se preparar por meio do estudo, o professor deve orar para
receber a orientação do Espírito Santo.
O Presidente Marion G. Romney, contou a experiência de sua esposa
que ensinou por meio do Espírito. Ela devia dar uma aula sobre a
visão do Profeta Joseph Smith do Pai e do Filho. Na sua classe, havia
uma senhora não-membro, formada na universidade. A irmã Romney
teve medo de que sua lição não fosse aceita por essa mulher instruída e
não tinha a certeza, ela mesma, de que a visão fosse verdadeira.
Ao explicar seu problema para sua mãe, a irmã Romney disse:
“‘Não posso dar aquela aula. Não sei se Joseph Smith teve aquela visão.’
Sua mãe não era uma mulher culta, mas possuía um testemunho. Disse
para a filha: ‘Você sabe como o Profeta teve a visão, não sabe?’
‘Sim’, respondeu a filha, ‘recebeu-a, orando a Deus, pedindo
sabedoria’. (…)
A filha foi para o seu quarto e tentou. (…) O resultado foi que (…) deu a
lição convincentemente, com poder acima de suas capacidades naturais.
Como pôde fazê-lo? Bem, o Espírito Santo veio-lhe em resposta à sua
indagação. Sentiu um ardor em sua alma. Sabia que Joseph Smith tivera
a visão, tanto quanto ele sabia. Não vira exatamente as mesmas coisas

272
35-a, O rei Benjamim ensinando seu povo do alto de uma torre.




                                                                273
Lição 35

que o Profeta, mas possuía o mesmo conhecimento. Sabia, pela descrição
de Joseph Smith, o que ele vira, e tinha um testemunho do Espírito
Santo de que o relato do Profeta era verdadeiro.” (“Como Obter um
Testemunho”, A Liahona, outubro de 1976, p. 3)
  Quais os passos seguidos pela irmã Romney? Compare-os com os
  três passos descritos no quadro-negro. Por que o fato de ter orado,
  além de estudar, deu-lhe confiança suficiente? Como chamamos o
  que a irmã Romney recebeu?
  Qual a diferença entre simplesmente ler uma declaração verdadeira e
  ouvir alguém em quem você confia dizer que sabe ser essa
  declaração uma verdade? Peça às irmãs que leiam Morôni 10:4–5.
  Como é que o Espírito Santo nos diz a verdade? O que temos que
  fazer para receber tal testemunho?
Como Prestar Testemunho
Ensinar com testemunho significa ensinar com conhecimento de que o
evangelho é verdadeiro. Com o espírito de testemunho, podemos
ajudar os outros a compreender o evangelho restaurado. O Espírito
Santo pode testemunhar a verdade dos princípios do evangelho aos
ouvintes. (Ver I Coríntios 2:12–13.)
  Mostre a gravura 35-b, “Dois missionários à porta de um pesquisador”.
O Élder Alvin R. Dyer contou a seguinte história:
“Dois missionários chegaram a uma casa à tarde. (…) A família (…)
estava acabando de preparar-se para o jantar. (…) Os missionários
tinham tido pouco sucesso (…) e a mulher começou a fechar a porta.
(…) Os missionários (…) prestaram testemunho da veracidade do
evangelho. (…) Um dos élderes levantou sua voz de propósito, para
que aqueles que estivessem dentro pudessem escutá-lo. (…) Os
missionários saíram apressadamente (…)
Eles tinham andado uma meia quadra, quando ouviram alguém os
chamar. (…) Um jovem de mais ou menos quatorze anos de idade
alcançou-os e disse: ‘Meu pai quer que vocês voltem’. Os missionários
correram de volta para a casa. (…) O pai disse que não tinha ficado
impressionado com o que eles tinham dito à porta, até ouvi-los prestar
o seu testemunho. ‘Então’, disse ele, ‘um sentimento estranho se
apoderou de mim, e fiquei sabendo que tinha errado ao mandá-los
embora’. O interesse recém-adquirido, ocasionado pelo testemunho e
espírito de convicção, conduziu esta família ao batismo.” (“When Thou
Art Converted”, Instructor, julho de 1961, p. 225)
  Por que o pai pediu que os missionários voltassem?
  Peça às duas irmãs designadas que contem como se sentiram quando
  lhes foi ensinado o evangelho.
274
35-b, Dois missionários à porta de um pesquisador.




                                                     275
Lição 35

Conclusão
Quando ensinamos com o Espírito Santo, acrescentamos conhecimento,
compreensão, testemunho e fé tanto à nossa vida como à daqueles a
quem ensinamos. Devemos ser dignos e estar preparados para ensinar
pelo poder do Espírito Santo. Se fizermos uma boa preparação,
ensinaremos a verdade de forma convincente. Recebemos a influência
do Espírito Santo quando estudamos, oramos e vivemos os
mandamentos de Deus.
“E o Espírito ser-vos-á dado pela oração da fé, e se não receberdes o
Espírito, não ensinareis. (…)
E ao elevardes vossa voz pelo Consolador, falareis e profetizareis como
me parecer melhor;
Porque eis que o Consolador conhece todas as coisas.” (D&C 42:14,16–17)
Desafio
Busque a orientação do Espírito Santo estudando, orando e jejuando.
São esses os passos que nos preparam para ensinar. Procure
oportunidades para ensinar crianças, outros membros da família,
amigos e vizinhos.
Escrituras Adicionais
  Lucas 24:32 (o coração dos discípulos arde dentro do peito)
  João 14:26 (o Espírito Santo ensina todas as coisas)
  2 Néfi 32:7–8 (escutar o Espírito)
  Alma 5:43–52 (Alma testifica do Santo Espírito)
  Morôni 10:7–8 (dons de Deus dados pelo Espírito de Deus)


Preparação da Professora
Antes de apresentar esta lição:
1. Siga os passos delineados na lição para receber a ajuda do Espírito
   Santo.
2. Peça à duas alunas que contem como se sentiram, quando lhes foi
   ensinado o evangelho.
3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da
   lição.




276
PRESIDENTES
                  DA IGREJA

1. Joseph Smith
Nasceu em 23 de dezembro de 1805, em Sharon, Windsor, Condado de
Vermont, filho de Joseph Smith, Sr. e Lucy Mack Smith. Recebeu o
Sacerdócio de Melquisedeque dos Apóstolos Pedro, Tiago e João (foi
chamado por Deus para ser o primeiro élder da Igreja em 6 de abril de
1830; foi ordenado sumo sacerdote em 3 de junho de 1831, por Lyman
Wight, e apoiado como Presidente do Sacerdócio maior em 25 de
janeiro de 1832, na conferência de Amherst, Condado de Loraine, Ohio.
Morreu como mártir em 27 de junho de 1844, na cadeia de Carthage,
Carthage, Condado de Hancock, Illinois, aos 38 anos.
2. Brigham Young
Nasceu em 1º de junho de 1801, em Whitingham, Condado de
Windham, Vermont, filho de John Young e Abigail Howe Young. Foi
ordenado Apóstolo em 14 de fevereiro de 1835 pelas Três Testemunhas
do Livro de Mórmon: Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin
Harris; foi apoiado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos
em 14 de abril de 1840, A Primeira Presidência da Igreja foi organizada
tendo Brigham Young como Presidente da Igreja em 27 de dezembro
de 1847. Faleceu em 29 de agosto de 1877 em Salt Lake City, Condado
de Salt Lake, Utah, aos 76 anos.
3. John Taylor
Nasceu em 1º de novembro de 1808, em Milnthorpe, Condado de
Westmoreland, Inglaterra, filho de James Taylor e Agnes Taylor Taylor.
Foi ordenado Apóstolo em 19 de dezembro de 1838 por Brigham
Young e Heber C. Kimball; apoiado como Presidente do Quórum dos
Doze Apóstolos em 6 de outubro de 1877, e como Presidente da Igreja
em 10 de outubro de 1880. Faleceu em 25 de julho de 1887, em
Kaysville, Condado de Davis, Utah, aos 78 anos.
4. Wilford Woodruff
Nasceu em 1º de março de 1807, em Avon (Farmington), Condado de
Hartford, Connecticut, filho de Aphek Woodruff e Beulah Thompson
Woodruff. Foi ordenado Apóstolo em 26 de abril de 1839, por Brigham
Young; apoiado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em
10 de outubro de 1880, e como Presidente da Igreja em 7 de abril de
1889. Faleceu em 2 de setembro de 1898 em São Francisco, Condado de
São Francisco, Califórnia, aos 91 anos.



                                                                    277
Presidentes da Igreja

5. Lorenzo Snow
Nasceu em 3 de abril de 1814 em Mantua, Condado de Portage, Ohio,
filho de Oliver Snow e Rosetta Leonora Pettibone Snow. Foi ordenado
Apóstolo em 12 de fevereiro de 1849, por Heber C. Kimball; apoiado
como Conselheiro do Presidente Brigham Young em 8 de abril de 1873,
como Conselheiro Assistente do Presidente Brigham Young em 9 de
maio de 1874, como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 7
de abril de 1889; a Primeira Presidência da Igreja foi organizada tendo
Lorenzo Snow como Presidente da Igreja em 13 de setembro de 1898.
Faleceu em 10 de outubro de 1901, em Salt Lake City, Condado de Salt
Lake, Utah, aos 87 anos.
6. Joseph Fielding Smith
Nasceu em 13 de novembro de 1838, em Far West, Condado de
Caldwell, Missouri, filho de Hyrum Smith e Mary Fielding Smith. Foi
ordenado Apóstolo e chamado como Conselheiro da Primeira
Presidência em lº de julho de 1866 por Brigham Young; tornou-se
membro do Quórum dos Doze Apóstolos em 8 de outubro de 1867; foi
desobrigado como Conselheiro da Primeira Presidência com a morte do
Presidente Young em 29 de agosto de 1877; apoiado como Segundo
Conselheiro do Presidente John Taylor em 10 de outubro de 1880, e
desobrigado com a morte desse presidente em 25 de julho de 1887;
apoiado como Segundo Conselheiro do Presidente Wilford Woodruff em
7 de abril de 1889; apoiado como Segundo Conselheiro do Presidente
Lorenzo Snow em 13 de setembro de 1898; apoiado como Primeiro
Conselheiro do Presidente Lorenzo Snow em 6 de outubro de 1901, (sem
ser designado para esse chamado); foi desobrigado com a morte do
Presidente Snow em 10 de outubro de 1901; a Primeira Presidência da
Igreja foi organizada tendo Joseph F. Smith como Presidente da Igreja
em 17 de outubro de 1901. Faleceu em 19 de novembro de 1918, em Salt
Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 80 anos.
7. Heber Jeddy Grant
Nasceu em 22 de novembro de 1856, em Salt Lake City, Condado de
Salt Lake, Utah, filho de Jedediah Morgan Grant e Rachel Ridgeway
Ivins Grant. Foi ordenado Apóstolo em 16 de outubro de 1882 por
George Q. Cannon; foi designado como Presidente do Quórum dos
Doze Apóstolos em 23 de novembro de 1916; foi abençoado e
designado como Presidente da Igreja em 23 de novembro de 1918.
Faleceu em 14 de maio de 1945, em Salt Lake City, Condado de Salt
Lake, Utah, aos 88 anos.
8. George Albert Smith
Nasceu em 4 de abril de 1870, em Salt Lake City, Condado de Salt
Lake, Utah, filho de John Henry Smith e Sarah Farr Smith. Foi
ordenado Apóstolo em 8 de outubro de 1903, por Joseph F. Smith;

278
Presidentes da Igreja

designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 8 de
julho de 1943; foi ordenado e designado como Presidente da Igreja em
21 de maio de 1945. Faleceu em 4 de abril de 1951, em Salt Lake City,
Condado de Salt Lake, Utah, aos 81 anos.
9. David Oman McKay
Nasceu em 8 de setembro de 1873, em Huntsville, Condado de Weber,
Utah, filho de David McKay e Jennette Eveline Evans McKay. Foi
ordenado Apóstolo em 9 de abril de 1906 por Joseph F. Smith; apoiado
como Segundo Conselheiro do Presidente Heber J. Grant em 6 de
outubro de 1934; apoiado como Segundo Conselheiro do Presidente
George Albert Smith em 21 de maio de 1945; apoiado como Presidente do
Quórum dos Doze Apóstolos em 30 de setembro de 1950; apoiado como
Presidente da Igreja, em 9 de abril de 1951. Faleceu em 18 de janeiro de
1970, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 96 anos.
10. Joseph Fielding Smith
Nasceu em 19 de julho de 1876, em Salt Lake City, Condado de Salt
Lake, Utah, filho de Joseph F. Smith e Julina Lambson Smith. Foi
ordenado Apóstolo em 7 de abril de 1910 por Joseph F. Smith; apoiado
como Presidente em Exercício do Quórum dos Doze Apóstolos em 30
de setembro de 1950; apoiado como Presidente do Quórum dos Doze
Apóstolos em 9 de abril de 1951; apoiado como Conselheiro na Primeira
Presidência em 29 de outubro de 1965; ordenado e designado como
Presidente da Igreja em 23 de janeiro de 1970. Faleceu em 2 de julho de
1972, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 95 anos.
11. Harold Bingham Lee
Nasceu em 28 da março de 1899 em Clifton, Condado de Oneida,
Idaho, filho de Samuel M. Lee e Louisa Bingham Lee. Foi ordenado
Apóstolo em 10 de abril de 1941 por Heber J. Grant; designado como
Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 23 de janeiro de 1970;
apoiado como Primeiro Conselheiro do Presidente Joseph Fielding
Smith em 23 de janeiro de 1970; ordenado e designado como
Presidente da Igreja em 7 de julho de 1972. Faleceu em 26 de dezembro
de 1973 em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 74 anos.
12. Spencer Woolley Kimball
Nasceu em 28 de março de 1895, em Salt Lake City, Condado de Salt
Lake, Utah, filho de Andrew Kimball e Olive Woolley Kimball. Foi
ordenado Apóstolo em 7 de outubro de 1943 por Heber J. Grant; foi
designado como Presidente em Exercício do Quórum dos Doze
Apóstolos em 23 de janeiro de 1970; tornou-se Presidente do Quórum
dos Doze Apóstolos em 7 de julho de 1972; ordenado e designado
como Presidente da Igreja em 30 de dezembro de 1973. Faleceu em 5
de novembro de 1985, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah,
aos 90 anos.

                                                                      279
Presidentes da Igreja

13. Ezra Taft Benson
Nasceu em 4 de agosto de 1899, em Whitney, Condado de Franklin,
Idaho, filho de George T. Benson e Sarah Dunkley Benson. Foi
ordenado Apóstolo em 7 de outubro de 1943 por Heber J. Grant; foi
designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 30 de
dezembro de 1973; ordenado e designado como Presidente da Igreja
em 10 de novembro de 1985. Faleceu em 30 de maio de 1994, em Salt
Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 94 anos.
14. Howard William Hunter
Nasceu em 14 de novembro de 1907, em Boise, Condado de Ada,
Idaho, filho de John William Hunter e Nellie Marie Rasmussen Hunter.
Foi ordenado Apóstolo em 15 de outubro de 1959 por David O.
McKay; foi designado como Presidente em Exercício do Quórum dos
Doze Apóstolos em 10 de novembro de 1985; designado como
Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 2 de junho de 1988;
ordenado e designado como Presidente da Igreja em 5 de junho de
1994. Faleceu em 3 de março de 1995 em Salt Lake City, Condado de
Salt Lake, Utah, aos 87 anos.
15. Gordon Bitner Hinckley
Nasceu em 23 de junho de 1910 em Salt Lake City, Condado de Salt
Lake, Utah, filho de Bryant S. Hinckley e Ada Bitner Hinckley. Foi
apoiado como Assistente dos Doze em 6 de abril de 1958; ordenado
Apóstolo no dia 5 de outubro de 1961 por David O. Mckay; designado
como Conselheiro do Presidente Spencer W. Kimball em 23 de julho de
1981; designado como Segundo Conselheiro do Presidente Kimball em
2 de dezembro de 1982; foi chamado para servir como Primeiro
Conselheiro do Presidente Ezra Taft Benson em 10 de novembro de
1985; designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em
5 de junho de 1994; chamado como Primeiro Conselheiro do Presidente
Howard W. Hunter em 5 de junho de 1994; foi ordenado e designado
como Presidente da Igreja em 12 de março de 1995.




280
ÍNDICE


                 A                       integração, lição sobre, 130–137

Abinádi Diante do Rei Noé,            Amor
   gravuras 11                          convênio do, 57–58
                                        de Cristo, 55–56
Aconselhar-nos com nossa família        lição sobre, 55–59
  conselho familiar, 111–113            mandamento de amar, 56
  lição sobre, 108–114                  perfeito amor—caridade, 55
  valor de, 113                         serviço edifica o, 57
Administrar                           Animais, criar, 188
  bem o lar, lição sobre, 146–151
  finanças da família, lição sobre,   Anunciação do Nascimento de
  152–159                               Cristo aos Pastores, A, gravuras 5

Água, usar água pura para misturar    Arrependimento
  com o leite para bebês, 167            escrituras sobre, 21
                                         lição sobre, 12–21
Alma Batizando nas Águas de              o que precisamos para nos
  Mórmon, gravuras 12                    arrepender, 15
                                         o que significa arrepender-se,
Ambiente no lar
                                         12–15
  arte, 240
                                         todos precisam, 15–16
  belezas naturais podem
                                         traz perdão, 16–21
  melhorar o, 240–242
  como melhorar o, 235–243            Arte
  criar um ambiente mais                 desenvolver talentos, 240
  espiritual, lição 233–244              incentivar no lar, 240
  entretenimento, 242–243
  escrituras e livros, 242            Árvores frutíferas, plantar, 188–190
  influenciar o, 233–243
  limpeza , 243                       Autodomínio
  música no lar, 235–240                conhecer a nós mesmos, 226
  ordem, 243                            desenvolver e ensinar, lição
  quadros para embelezar, 240           sobre, 223–232
  talentos e trabalhos manuais, 240     ensinar os filhos, 227–231
  televisão, 243                        estabelecer metas, 226–227
                                        ganhar, 226–227
Amigos                                  necessário para o progresso,
  convidar para ir à nossa casa ou      223–226
  às reuniões da Igreja, 135–136        orar e ler as escrituras para a
  trabalho missionário e                ajudar a desenvolver o, 227

                                                                          281
Índice

Auto-suficiência e produção             Casamento eterno
  doméstica, 186–188                       bênçãos do, 68–71
                                           escolher um companheiro
                 B                         eterno, 71–72
                                           lição sobre o, 66–74
Batismo                                    por que no templo, 66–68
   convênio do, 24                         preparar-se para, 71–72
   e a vida eterna, 22–24                  razões para, 66
   escrituras sobre o, 28                  requisitos para, 71
   lição sobre o, 22–28                    sacrificar-se para, 72–73
   obrigações depois do, 26–28
   por que devemos ser batizados,       Caridade
   22                                      lição sobre a, 55–59
   requisitos para o, 24                   perfeito amor, 55
                                           puro amor de Cristo, 55
Bebês                                      serviço e, 57–58
   comida para, 167–169
   leite materno e mamadeira, 166–168   Carne e legumes
   nutrição dos, 165–169                   para uma boa nutrição, 160, 163
   quando dar outros alimentos,
   168–169                              Castidade
                                           ensinar aos filhos, 61–65
Bem-estar dos outros, preocupação          escrituras sobre a, 65
  pelo, 26                                 exemplo dos pais e a, 65
                                           importância da, 60–61
Benson, Ezra Taft, breve biografia,        lei da, 60
   280                                     lição sobre a, 60
                                           namoro, 62–63
Bom exemplo, para a família,
                                           natureza sagrada do corpo, 60–61
  amigos, não-membros, 135
                                           quebrar a lei da castidade é
                                           pecado, 60–61
                 C
                                        Cereais
Capacidade de trabalho
                                           para bebês, 169
  Habilidade que nos falta,
                                           para uma boa nutrição, 163
  193–195
  desenvolver, lição sobre, 206–213     Confecção de itens necessários, 193
  ganhar dinheiro em casa, 208–213
  mães e, 206–207                       Conselho familiar, realizar, 113
  mulheres devem estar
  preparadas para ser donas de          Construção da Arca, gravuras 1
  casa e sustentar-se, 206–207
  preparar-se para um emprego,          Contenda
  207–208                                 afasta o Espírito Santo, 31
  razões pelas quais uma mulher           vem do diabo, 31
  talvez precise trabalhar fora, 206
                                        Convênios


282
Índice

   definição de, 24                    Dois mil Guerreiros, Os, gravuras 13
   do batismo, 24
   sacramento, 24                                        E

Corpo, santidade do, 60–61             Ensinar
                                          amar aqueles que ensinamos,
Cristo                                    259–260
   e as crianças, gravuras 10             aplicar as escrituras à nossa
   Crucificação, gravura da (2-c),        vida, 265–267
   18                                     as famílias o valor do trabalho e
   desenvolver fé em, 2–11                da responsabilidade, lição sobre,
   orando no Getsêmani, gravura           214–222
   do (2-b), 17                           autodomínio, lição sobre,
   tomar sobre nós o nome de, 24          223–232
                                          ensinar uns aos outros, 254–257
                 D                        escrituras sobre, 260–262
                                          estudo e preparação, 257–259
Desenvolver
                                          orar para ter o Espírito para, 260
   capacidade de trabalho, aula
                                          por intermédio do poder e
   sobre, 206–213
                                          influência do Espírito Santo,
   e ensinar o autodomínio, aula
                                          lição sobre 271–276
   sobre, 223–232
                                          por meio das escrituras, lição
   talentos, aula sobre, 198–205
                                          sobre, 263–270
Dívidas                                   preparar-se para ensinar com as
   evitar, 158                            escrituras, 267–269
   lidar com as finanças da família,      preparar-se para, lição sobre,
   aula sobre, 152–159                    254–262
                                          prestar testemunho, 274
Doenças, prevenção de                     ter a orientação do Espírito
  controle de micróbios, 170–171          Santo, 260, 272–274
  hábitos saudáveis, 174
  imunização, 171–174                  Escola Dominical, 126
  lição sobre, 170–175
                                       Escrituras
  limpeza, 171
                                          aplicar as escrituras à nossa
  livrar-se adequadamente de
                                          vida, 265–267
  material fecal, 171
                                          ensinar por meio das, lição
  manter insetos fora de casa, 171
                                          sobre, 263–270
  proteger os alimentos, 171
                                          estudo das, ajuda-nos a receber
  sintomas de doenças, 174
                                          testemunho, 40
  tabela de imunização, (24-a), 172
                                          preparar-se para ensinar, 267–269
  tabela de resistência e
  imunidade a doenças, (24-a),         Espírito Santo
  172                                     adverte-nos, 33
  tratar o doente, 174                    ajuda-nos a progredir na Igreja, 32
                                          buscar a companhia do, 35
                                          como Ele nos ajuda, 32–35

                                                                         283
Índice

   como mantê-Lo conosco, 31–32                         F
   consola, 33–34
   decisões e, 32                     Famílias
   ensinar com o poder e a              aconselhar-se com a, lição sobre
   influência do, 271–272, 274          108–114
   escrituras sobre o, 35, 276          administrar finanças da, lição
   inspira a desenvolver boas           sobre, 152–159
   qualidades, 32                       ensinar o valor do trabalho e da
   lição sobre o dom do, 29–36          responsabilidade, lição
   não permanecerá com os               sobre, 214–222
   desobedientes, 31                    nutrição da, lição sobre, 160–164
   orientação do, 26, 271–274
                                      Fé
   por que precisamos do, 29–31
                                           como desenvolver, 2–5
   prestar testemunho do, 274
                                           definição de, 2
   quem recebe, 35
                                           escrituras sobre, 11
   seguir os sussurros do, 134–135
                                           exercer, 5–8
   testifica da verdade, 34–35
                                           guardar pela obediência, 8–10
Ester                                      lição sobre, 2–11
   diante do rei, gravura (6-a), 46
                                      Filhos
   gravura 4
                                          autodomínio, ensinar, 227–231
Evangelho                                 crianças mais velhas a cuidar
   aprender em casa, lição sobre,         dos menores, ensinar, 219
   245–253                                negócios da família, ensinar a
   atmosfera para aprendizado no          cuidar dos, 129
   lar, 246                               princípios do evangelho,
   bênçãos de se estudar o, 252–253       ensinar os filhos a aplicar, 230
   ensinar uns aos outros, 254–257        projetos de trabalho com os, 220
   escrituras sobre o, 253, 260–262       responsabilidade, dar, 31
   escrituras, estudo das, 248–252,       trabalhar arduamente, ensinar
   257–259                                os filhos a, 214–215
   momentos de ensinar o, 248             trabalho, ensinar os filhos a
   noite familiar e, 252                  gostar de, 220–221
   orar com a família, 246–248
                                      Finanças
   pais devem ensinar o, 245
                                         administrar as finanças da
   planejar o estudo com a família,
                                         família, lição sobre 152–159
   246–252
                                         dízimo para a Igreja,
   prestar testemunho aos filhos,
                                         contribuições, 154
   252
                                         economias, 154–157
Exemplo, para a família, amigos,         evitar dívidas, 158
   não-membros, 135                      exemplo de orçamento (21-b), 155
                                         necessidades, 157
                                         orçamento, 154–158
                                         planejar como usar as, 152–154


284
Índice

Fraquezas, Deus nos mostrará               propósito das, 122–126
   nossas, 16                              reunião sacramental, 122–124
                                           reuniões das mulheres, 126
Frutas                                     reuniões do sacerdócio, 124
   para bebês, 168                         Sociedade de Socorro, 126
   para uma boa nutrição, 160–163
                                        Integração e obra missionária, lição
                 G                          sobre 130–137
                                            membros novos, 136
Grant, Heber J., breve biografia, 278
                                                         J
Gravuras, 291
                                        Jejum
                 H                          bênçãos do, 43
                                            crianças e, 44
Hinckley, Gordon B., breve
                                            e oração aumentam a
   biografia, 280
                                            espiritualidade, 43
Horta                                       escrituras sobre, 47
  como fazer uma, 183                       Ester e o, 45–47
  conselho do profeta sobre, 176            fonte de poder, 45–47
  em casa, lição sobre, 176–185             lição sobre o, 43–47
  para uma boa nutrição, 176                obediência e, 47
  planejar uma em casa, 177–183             obrigação depois do batismo, 26
  preparação do solo, 183                   oração e, 44
  preparar o local para, 181–183            razão para se fazer um, 43

Humildade, requisito para o             Jejum e testemunho, reunião de
  batismo, 24                               ordenanças realizadas na, 124
                                            propósito da, 124
Hunter, Howard W., breve                    quando realizar a, 124
  biografia, 280
                                        Jesus à Porta, gravuras 9
                  I
                                                         K
Igreja, reuniões da
   aula sobre, 122–129                  Kimball, Spencer W., breve
   bênçãos de se freqüentar, 127           biografia, 279
   Escola Dominical, 126
   escrituras sobre, 129                                 L
   fazer das reuniões um sucesso,
                                        Lar
   126–127
                                           administrar bem, lição sobre,
   jejum e testemunho, 124
                                           146–151
   Moças, 126
                                           aprender o evangelho no, lição
   para crianças, 126
                                           sobre, 245–253
   para meninas, 126
                                           arte no, 240
   Primária, 126
                                           auto-suficiência e produção

                                                                         285
Índice

   doméstica, 186–188                       Marido
   centro do aprendizado, 245–246             aconselhar-se com o, 111
   criar ambiente edificante no,              mostrar amor e consideração,
   lição sobre, 233–244                       108–111
   criar bons sentimentos no, 235
   fazer de nossa casa um, 235–242          Marta e Maria, gravuras 7
   horta em casa, 176–178
                                            Martin Handcart, Companhia de
   influência do, 233–235
                                              Carrinhos de Mão em Bitter
   lugar para tudo, 148
                                              Creek, Wyoming, gravuras 15
   manter em ordem, 146
   música no, 235–240                       McKay, David O., breve biografia,
   planejar o trabalho no, 150                278–279
   princípios de ordem, 148
   produção doméstica, lição                Missionários
   sobre, 186–196                              cartas aos, 143
   simplificar o trabalho                      como ser um, 131–136
   doméstico, 148–150                          incentivar preparação física dos,
                                               140
Lee, Harold B., breve biografia, 279           obra missionária e integração,
                                               lição sobre, 130–137
Lições, neste manual, v–vi
                                               papel das jovens em ajudar os,
Limpeza e ordem, no lar, 243                   142–144
                                               preparação para os, 138–142
Literatura da Igreja, dar Livros de            preparar e incentivar os, lição
    Mórmon, folhetos, livros,                  sobre, 138–144
    133–134                                    preparar–se na juventude, 138–142
                                               responsabilidade de preparar
Livros, incentivar a leitura de bons, 242      os, 138
                                               treinamento necessário, 140
                   M
                                            Moisés nos Juncos, gravuras 2
Mães
  bênçãos e responsabilidades das           Mulher na Fonte, A, de Carl Bloch,
  mães SUD, 99–102                            gravura 6
  nutrição para a mãe e o bebê,
  lição sobre, 165–169                      Mulher santo dos últimos dias
                                              jovem, 97–102
Manila Filipinas, Templo de,                  lição sobre, 97–107
  gravuras 16                                 responsabilidades e bênçãos de
                                              ser uma esposa SUD, 97–99
Manual, este                                  responsabilidades e bênçãos de
  cada irmã deve estudar durante              ser uma mãe SUD, 99–102
  a semana, vi
  sugestões para a professora, v–vi         Mulheres
  para mulheres e moças na                    apoiar os portadores do
  reunião de domingo, v                       sacerdócio no lar, 93–94


286
Índice

   bênçãos a mulheres solteiras,        Noite familiar
   102–105                                ajudar a criar uma boa
   bênçãos da esposa santo dos            atmosfera no lar, 235
   últimos dias, 97–99                    bênçãos da, 120–121
   bênçãos da mãe santo dos               lição sobre a, 115–121
   últimos dias, 99–102                   noite de segunda-feira
   bênçãos do sacerdócio, 91–92           reservada para, 115
   desenvolver capacidade de              todas as famílias devem realizar
   trabalho, lição sobre, 206–213         a, 115
   e o sacerdócio, lição sobre, 91–96
   escrituras sobre, 96, 107            Nutrição
   ganhar dinheiro em casa, 208–212       alimentos que fazem parte da
   honrar e apoiar o sacerdócio, 92       boa nutrição, 160–164
   mães e trabalho fora de casa,          missionários devem aprender a
   206–207                                preparar refeições nutritivas,
   papel da mulher solteira, 102–106      140
   preparar-se para um emprego,           Palavra de Sabedoria e, 160–163
   206–207                                para a família, lição sobre,
   relação com a liderança do             160–164
   sacerdócio em casa, 93–94              para a mãe e o bebê, lição sobre,
   relação com a liderança do             165–169
   sacerdócio na Igreja, 94–95            para mulheres grávidas, 165–167
   responsabilidades da esposa            Pirâmide Nutricional (22-b), 162
   santo dos últimos dias, 97–100         preparar refeições nutritivas,
   responsabilidades da mãe santo         163–164
   dos últimos dias, 99–102
   responsabilidades da mulher                          O
   santos dos últimos dias, lição
                                        Oração
   sobre, 97–107
                                           em preparação para ensinar, 260
   santo dos últimos dias, lição
                                           obrigação de orar, 26
   sobre, 97–107
                                           para receber orientação do
   solteira, 102–106
                                           espírito santo, 272
Mulher solteira
                                        Orçamento
  responsabilidades, 102–106
                                           contribuições para a Igreja,
  papel da, 102–106
                                           economias, alimento, aluguel,
                                           despesas médicas, transporte,
                 N
                                           outros, 152–159
Natureza, incentivar a apreciação          exemplo de orçamento (21-b),
  pela, 240–242                            155
                                           lição sobre, 152–159
Necessidades, atender a nossas,            planejamento das finanças da
  188–189                                  família, 152–154

Néfi Repreende Seus Irmãos,             Ordem e limpeza no lar, 243
   gravuras (1-d), 9

                                                                        287
Índice

Ordenanças do Sacerdócio                 cuidar de nossas coisas, 193
   bênçãos das, 85–87                    horta, 190
   definição e lista, 82                 lição sobre, 186–196
   escrituras sobre, 90                  preservar alimentos, 190–193
   lição sobre, 82–90                    prover nossas necessidades,
   paciência ao esperar pelas            188–193
   bênçãos, 87–89
                                                      R
                 P
                                      Recato
Paciência com familiares e amigos        ensinar aos filhos, 61–65
   não-membros, 135                      escrituras sobre, 65
                                         exemplo dos pais, 65
Padrões de namoro                        lição sobre, 60–65
   e castidade, 62–64                    no vestir, 64
   incentivar, 64                        santidade do corpo, 60–61
Pais                                  Reverência
   aconselhar-se com a família,          “uma das maiores qualidades
   lição sobre, 108–114                  da alma”, 48
   aconselhar-se com a esposa, 111       ensinar a, 53–54
   ordenanças do sacerdócio, 82, 85      ensinar, 53–54
   papel no lar, 93–94, 108              exemplo e, 54
                                         felicidade e, 51
Pedro, Tiago e João Conferindo o
                                         importância da, 50
   Sacerdócio de Melquisedeque a
                                         lição sobre, 48–54
   Joseph Smith e Oliver Cowdery,
                                         melhorar a, 52–53
   gravuras (11-a), 77
                                         na Igreja, 52
Perdão, arrependimento traz, 16–21       o lar e a, 51
                                         pais e a, 53–54
Perfeição, caminho para a, 26–28         para com Deus, 50
                                         pela casa do Senhor, 51
Perseverar até o fim, 27                 pelo nome da Deidade, 50
                                         significado da, 50
Presidentes da Igreja, breves
   biografias dos, 277–280            Reuniões da Igreja
                                         convidar amigos para, 135–136
Prevenção de doenças, lição sobre,       lição sobre, 122–129
   170–175                               obrigação depois do batismo, 26
Produção doméstica                    Reuniões do sacerdócio
   aprender como fazer, 193–195          quando são realizadas, 124
   auto-suficiência, 186–188             quem freqüenta, 124
   consertar coisas, 193
   construir ou confeccionar itens
   necessários, 193
   costurar e recuperar, 193

288
Índice

                 S                      Smith, Joseph F., breve biografia, p.
                                          278
Sacerdócio
   definição do, 76, 91                 Sussurros do Espírito, seguir os,
   escrituras sobre o, 81                  134–135
   honrar e apoiar o, 92
   lição sobre a importância do,                          T
   76–81
   lição sobre as ordenanças do,        Talentos
   82–90                                   descobrir e desenvolver, 199–201
   mulheres e o, lição sobre, 91–96        desenvolver, lição sobre, 198–205
   necessário para a exaltação da          escrituras sobre, 205
   família, 79–80                          todos têm talentos e
   ofícios e responsabilidades do, 76      habilidades, 198–199
   poder do, por meio da retidão,          usar ou perder, 201–202
   78–79                                   uso correto traz felicidade,
   restauração do, a Joseph Smith, 77      202–205

Sacramento, partilhar regularmente      Taylor, John, breve biografia, 277
   do, 26
                                        Testemunho
Sacramental, reunião, propósito da,        a verdade deve fazer parte do, 37
   122–124                                 como manter, 41–42
                                           como podemos receber um, 38–41
Sala de Selamento, Templo de               David O. McKay, como
   Vernal Utah, gravura 16                 adquiriu, 38–39
                                           de Joseph F. Smith, 37–38
Salvação                                   definição de, 37
   Ver batismo e vida eterna               desejo de acreditar é o primeiro
                                           passo, 40
Salvador, aprender sobre o, 2              edificar o nosso e o de outras
Samuel É Chamado pelo Senhor,              pessoas, 41–42
   gravura 3                               fazer a vontade de Deus para
                                           ter um, 40
Samuel, o Lamanita, na Muralha,            lição sobre, 37–42
   gravura 14                              Marion G. Romney, como ele
                                           recebeu um, 39
Serviço                                    orar e jejuar muitas vezes para
   edifica o amor, 57                      ter um, 40–41
   convênio de prestar, 57–58              ponderar e orar com fé para ter
   lição sobre, 55–59                      um, 40
                                           prestar, 42
Smith, George Albert, breve                reunião de jejum e testemunho,
  biografia, 278–279                       124
                                           sentir o desejo de prestar,
Smith, Joseph, breve biografia, 277
                                           132–133


                                                                            289
Índice

Trabalho                                   (17-a), 123
   contribui para o sucesso da             gravuras 8
   família, 216
   ensinar a cuidar das próprias                         V
   necessidades físicas, 216–219
                                        Verduras
ensinar as famílias o valor do, lição      horta em casa, lição sobre,
   sobre, 214–222                          176–185
   ensinar os filhos a trabalhar, 20       para bebês, 168
   ensinar os filhos mais velhos a         para uma boa nutrição, 160, 163
   cuidar dos menores, 219                 plantar e conservar, 190–193
   filhos devem aprender a gostar
   do, 220–221                          Vestir, padrões no
   maneiras de ensinar os filhos,          incentivar o recato, 64
   216–220                                 recato, 64–65
   negócio da família, ensinar os
                                        Vida eterna, alguns requisitos para,
   filhos a ajudar no, 219–220
                                           26–27
   privilégio de, 214
   projetos familiares, 220
                                                         W
Trabalho, capacidade de,
                                        Woodruff, Wilford, breve biografia,
   desenvolver, lição sobre 206–213
                                          277
Trabalho voluntário, como
   preparação para um emprego,                           Y
   28
                                        Young, Brigham, breve biografia,
                                           277
                 U

Última Ceia, A, de Carl Bloch




290
GRAVURAS


Esta seção contém gravuras selecionadas do Pacote de Gravuras do
Evangelho (34730 059). Estas gravuras podem ser usadas como recurso
adicional no Estudo e ensino do evangelho em casa e na Igreja


Velho Testamento
 1. A Construção da Arca
    Gênesis 6–7; Moisés 8
 2. Moisés nos Juncos
    Êxodo 1:1–20
 3. O Menino Samuel É Chamado pelo Senhor
    I Samuel 3:1–10, 19–20
 4. Ester
    Ester 1–10


Novo Testamento
 5. O Anúncio do Nascimento de Cristo aos Pastores
    Lucas 2:8–20
 6. Mulher na Fonte (de Carl Bloch. Usado com permissão do National
    Historic Museum em Frederiksborg, Hiller d.)
    João 4:3–20, 39–42
 7. Maria e Marta
    Lucas 10:38–42, João 11:5
 8. A Última Ceia (de Carl Bloch. Usado com permissão do National
    Historic Museum em Frederiksborg, Hiller d.)
    Mateus 26:17–30, Marcos 14:12–26, Lucas 22:7–23, 39; João 13:1,
    23–35; 14–17; 18:1; Tradução de Joseph Smith, Mateus 26:22–24
 9. Jesus Bate à Porta
    Apocalipse 3:20
10. Cristo e as Crianças
    Mateus 11:28–30, 2 Néfi 26:33; 3 Néfi 9:14–18; Morôni 10:32


                                                                  291
Gravuras

Livro de Mórmon
11. Abinádi Diante do Rei Noé
    Mosias 11–17
12. Alma Batiza nas Águas de Mórmon
    Mosias 17:2–4; 18:1–17
13. Os Dois Mil Jovens Guerreiros
    Alma 53:10–21; 56:44–56; 58:39
14. Samuel, o Lamanita, na Muralha
    Helamã 13:1–16:8


História da Igreja
15. A Companhia Martin Carrinhos de Mão em Bitter Creek,
    Wyoming. 1856
    Nosso Legado: Resumo da História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
    dos Últimos Dias, pp. 77–80


Gravuras de Templos
16. Templo de Manila Filipinas
    Sala de Selamentos, Templo de Vernal Utah




292
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Manual basico mulher sud Parte A

  • 1. MANUAL BÁSICO DA MULHER SUD Manual Básico para Mulheres, Parte A MANUAL BÁSICO DA MULHER SUD Manual Básico para Mulheres, Parte A
  • 2. MANUAL BÁSICO DA MULHER SUD Manual Básico para Mulheres—Parte A Publicado por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias Salt Lake City, Utah, USA Revisado em 2000
  • 3. Comentários e Sugestões Apreciaremos receber seus comentários e sugestões sobre este livro. Queira, por favor, endereçá-los a: Curriculum Planning 50 East North Temple Street, Floor 24 Salt Lake City, UT 84150-3200 USA E-mail: cur-development@ldschurch.org Mencionar seu nome, endereço, ala e estaca. Não esqueça de dar o título do livro. Dê suas opiniões sobre os pontos fortes e fracos do livro e recomende meios de aprimorá-lo. Copyright (c) 1979, 1980, 1986, 1993, 1996, 2000 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados Impresso no Brasil Aprovação em inglês: 1/99 Aprovação da tradução: 1/99 Translation of Latter-day Saint Woman: Basic Manual for Women, Part A Português Reimpresso em 2003
  • 4. SUMÁRIO Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v O Cristo Vivo: O Testemunho dos Apóstolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . viii A Família: Proclamação ao Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . x Declaração da Sociedade de Socorro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xi Princípios e Doutrinas do Evangelho 1. Fé em Jesus Cristo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2. Arrependimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 3. Batismo, um Convênio Perene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 4. O Dom do Espírito Santo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 5. Testemunho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 6. Jejum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 7. Reverência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 8. Amor, Caridade e Serviço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 9. Castidade e Recato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 10. Casamento Eterno. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 A Mulher na Igreja 11. A Importância do Sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 12. As Ordenanças do Sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 13. As Mulheres e o Sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 14. A Mulher Santo dos Últimos Dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 15. Devemos Aconselhar-nos com Nossa Família . . . . . . . . . . . . . . . . 108 16. Noite Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 17. Reuniões da Igreja. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 18. Trabalho Missionário e de Integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 19. Encorajamento e Preparação dos Missionários . . . . . . . . . . . . . . . 138 Economia Doméstica 20. Como Administrar Nosso Lar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146 21. Como Administrar as Finanças da Família. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 22. A Nutrição da Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160 23. A Nutrição da Mãe e do Bebê . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 24. Prevenção de Doenças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170 25. O Cultivo de Hortas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 26. A Produção Doméstica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186 iii
  • 5. Sumário Desenvolvimento Pessoal e Familiar 27. O Desenvolvimento de Nossos Talentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198 28. O Desenvolvimento de Nossas Habilidades Profissionais . . . . . . 206 29. Como Ensinar a Nossa Família o Valor do Trabalho e a Responsabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214 30. Desenvolvimento e Ensino do Autodomínio . . . . . . . . . . . . . . . . . 223 31. Como Criar um Ambiente Mais Espiritual no Lar. . . . . . . . . . . . . 233 32. O Aprendizado do Evangelho em Nosso Lar. . . . . . . . . . . . . . . . . 245 33. Preparemo-nos para Ensinar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254 34. O Ensino por meio das Escrituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263 35. O Ensino pelo Poder e Influência do Espírito Santo . . . . . . . . . . . 271 Presidentes da Igreja. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277 Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Gravuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291 iv
  • 6. INTRODUÇÃO Como Usar Este Manual Este manual contém 35 lições relacionadas aos princípios básicos do evangelho e às responsabilidades da mulher santo dos últimos dias. Conforme forem inspiradas, as líderes e professoras devem preparar e ensinar as lições que atendam às necessidades espirituais, emocionais e físicas dos membros do ramo ou da ala. Nas unidades da Igreja onde Ensinamentos dos Presidentes da Igreja e os manuais das Moças ainda não foram traduzidos e publicados, este manual deve ser usado como manual de instrução tanto na Sociedade de Socorro como nas Moças. Nessas unidades, todas as irmãs, líderes e professoras da Sociedade de Socorro e das Moças devem receber um exemplar. Os líderes locais devem consultar Informações para os Líderes do Sacerdócio e das Auxiliares sobre Currículo para verificar na tabela dos anos em que o Manual da Mulher SUD parte A e B serão usados. Nas unidades da Igreja onde não estiver sendo utilizados os manuais Ensinamentos dos Presidentes da Igreja e os manuais das Moças, este manual deve ser usado (1) como recurso para instrução na Sociedade de Socorro no primeiro e quarto domingos e nas reuniões de aprimoramento pessoal, familiar e doméstico; (2) como recurso extra para instrução das Moças; e (3) nas aulas de “Ensinamentos para os Nossos Dias” da Sociedade de Socorro no quarto domingo do mês. Nessas unidades, os líderes e professores da Sociedade de Socorro, das Moças e do Sacerdócio de Melquisedeque devem receber um exemplar deste manual. Os líderes podem também incentivar as irmãs da Sociedade de Socorro a adquirir um exemplar deste manual para seu próprio estudo e para o ensino familiar em casa. Auxílios Didáticos para a Professora Sob o título “Preparação da Professora” estão incluídas sugestões para a professora, perguntas para discussão, sugestões para participação da classe e orientação para uso dos auxílios visuais (gravuras, gráficos, etc). Outros métodos e auxílios didáticos poderão ser utilizados para envolver os membros da classe e incentivar a participação e o v
  • 7. Introdução aprendizado. Quase todas as lições sugerem o uso do quadro-negro; por isso, as professoras devem, se possível, providenciar um quadro- negro e giz para serem usados em todas as aulas. Muitos dos auxílios visuais sugeridos na lição como cartazes podem ser desenhados ou escritos no quadro-negro. Outras sugestões de técnicas de ensino encontram-se no Guia de Ensino (34595 059)e no manual Ensino, Não Há Maior Chamado (36123 059) Os membros da classe devem ser incentivados a preparar-se para a discussão em classe, estudando a lição designada durante a semana e trazendo suas escrituras para a aula. Como Envolver os Membros Portadores de Deficiências Durante Seu ministério mortal, Jesus subiu num monte perto do Mar da Galiléia. “E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou, De tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel.” (Mateus 15:30–31) O Salvador deixou-nos um exemplo da compaixão que devemos ter pelos deficientes físicos. Quando visitou os nefitas após Sua Ressurreição, Jesus disse: “(…) Eis que minhas entranhas estão cheias de compaixão por vós. Tendes enfermos entre vós? Trazei-os aqui. Há entre vós coxos ou cegos ou aleijados ou mutilados ou leprosos ou atrofiados ou surdos ou pessoas que estejam aflitas de algum modo? Trazei-os aqui e eu os curarei, porque tenho compaixão de vós; minhas entranhas estão cheias de misericórdia.” (3 Néfi 17:6–7) Como professora na Igreja, você tem excelentes oportunidades de mostrar compaixão. Embora não sejam treinadas para dar assistência profissional aos membros portadores de alguma deficiência, as professoras devem procurar compreender a situação e incluir essas pessoas nas atividades de aprendizado. Os membros da classe com deficiências mentais, físicas, emocionais ou qualquer outro tipo de problema podem precisar de atenção especial. As diretrizes a seguir devem ajudá-la: Procure entender as necessidades de cada membro da classe e descubra quais são suas aptidões. Antes de designar uma irmã para ler, orar ou participar de qualquer atividade, verifique se ela se sente à vontade para fazê-lo. Pergunte, por exemplo: “Você se incomodaria em ler uma escritura ou citação vi
  • 8. Introdução para nós durante a aula?”, “Posso chamá-la para fazer uma oração na classe?” Se achar conveniente, converse com os líderes do sacerdócio, com os pais e familiares da pessoa deficiente sobre suas necessidades especiais. Tente aumentar e melhorar a participação e aprendizado da pessoa deficiente. Faça com que todos os membros da classe se tratem com respeito. Seja natural, simpática e afetuosa. Toda filha de Deus precisa de amor e compreensão. Como professora na Igreja, lembre-se de que não importa a capacidade física, mental, emocional ou social que a pessoa tenha, pois todo membro da Igreja possui um potencial a ser desenvolvido que o levará à exaltação. É seu dever ajudar cada indivíduo de sua classe a aprender os princípios do evangelho. Lembre-se das palavras do Salvador: “(…) quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. (Mateus 25:40) vii
  • 10. O CRISTO VIVO O TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS Ao comemorarmos o nascimento de Jesus Cristo, dando início à prometida “dispensação da ocorrido há dois mil anos, oferecemos nosso plenitude dos tempos”. (Efésios 1:10) testemunho da realidade de Sua vida incomparável e o infinito poder de Seu grande A respeito do Cristo Vivo, o Profeta Joseph sacrifício expiatório. Ninguém mais exerceu uma escreveu: “Seus olhos eram como uma labareda de influência tão profunda sobre todos os que já fogo; os cabelos de sua cabeça eram brancos como viveram e ainda viverão sobre a face da Terra. a pura neve; seu semblante resplandecia mais do que o brilho do sol; e sua voz era como o ruído de Ele foi o Grande Jeová do Velho Testamento e o muitas águas, sim, a voz de Jeová, que dizia: Messias do Novo Testamento. Sob a direção de Seu Pai, Ele foi o criador da Terra. “Todas as Eu sou o primeiro e o último; sou o que vive, coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do sou o que foi morto; eu sou vosso advogado que foi feito se fez.” (João 1:3) Embora jamais junto ao Pai”. (D&C 110:3–4) tivesse cometido pecado, Ele foi batizado para A respeito Dele, o Profeta também declarou: “E cumprir toda a justiça. Ele “andou fazendo bem” agora, depois dos muitos testemunhos que se (Atos 10:38), mas foi desprezado por isso. Seu prestaram dele, este é o testemunho, último de evangelho era uma mensagem de paz e boa todos, que nós damos dele: Que ele vive! vontade. Ele pediu a todos que seguissem Seu exemplo. Ele caminhou pelas estradas da Porque o vimos, sim, à direita de Deus; e Palestina, curando os enfermos, fazendo com ouvimos a voz testificando que ele é o Unigênito que os cegos vissem e levantando os mortos. Ele do Pai— ensinou as verdades da eternidade, a realidade Que por ele e por meio dele e dele os mundos de nossa existência pré-mortal, o propósito de são e foram criados; e seus habitantes são filhos nossa vida na Terra e o potencial que os filhos e e filhas gerados para Deus”. (D&C 76:22–24) filhas de Deus têm em relação à vida futura. Declaramos solenemente que Seu sacerdócio e Ele instituiu o sacramento como lembrança de Sua Igreja foram restaurados na Terra, Seu grande sacrifício expiatório. Foi preso e “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e condenado por falsas acusações para satisfazer dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal uma multidão enfurecida, e sentenciado a pedra da esquina”. (Efésios 2:20) morrer na cruz do Calvário. Ele deu Sua vida para expiar os pecados de toda a humanidade. Testificamos que Ele voltará um dia à Terra. “E a Seu sacrifício foi uma grandiosa dádiva vicária glória do Senhor se manifestará, e toda a carne em favor de todos os que viveriam sobre a face juntamente a verá (…)” (Isaías 40:5) Ele da Terra. governará como Rei dos Reis e reinará como Senhor dos Senhores, e todo joelho se dobrará e Prestamos solene testemunho de que Sua vida, toda língua confessará em adoração perante Ele. que é o ponto central de toda a história humana, Cada um de nós será julgado por Ele de acordo não começou em Belém nem se encerrou no com nossas obras e os desejos de nosso coração. Calvário. Ele foi o Primogênito do Pai, o Filho Unigênito na carne, o Redentor do mundo. Prestamos testemunho, como Apóstolos Seus, devidamente ordenados, de que Jesus é o Cristo Ele levantou-Se do sepulcro para ser “feito as Vivo, o Filho imortal de Deus. Ele é o grande Rei primícias dos que dormem”. (I Coríntios 15:20) Emanuel, que hoje Se encontra à direita de Seu Como Senhor Ressuscitado, Ele visitou aqueles Pai. Ele é a luz, a vida e a esperança do mundo. que havia amado em vida. Ele também Seu caminho é aquele que conduz à felicidade ministrou a Suas “outras ovelhas” (João 10:16) nesta vida e à vida eterna no mundo vindouro. na antiga América. No mundo moderno, Ele e Graças damos a Deus pela incomparável dádiva Seu Pai apareceram ao menino Joseph Smith, de Seu Filho divino. A PRIMEIRA PRESIDÊNCIA QUÓRUM DOS DOZE 1º de janeiro de 2000 ix
  • 11. A FAMÍLIA PROCLAMAÇÃO AO MUNDO A PRIMEIRA PRESIDÊNCIA E O CONSELHO DOS DOZE APÓSTOLOS DE A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS N ós, a Primeira Presidência e o Conselho Senhor.” (Salmos 127:3) Os pais têm o dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus sagrado dever de criar os filhos com amor Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e retidão, atender a suas necessidades solenemente proclamamos que o físicas e espirituais, ensiná-los a amar e casamento entre homem e mulher foi servir uns aos outros, guardar os ordenado por Deus e que a família é mandamentos de Deus e ser cidadãos essencial ao plano do Criador para o cumpridores da lei, onde quer que morem. destino eterno de Seus filhos. O marido e a mulher—o pai e a mãe— serão considerados responsáveis perante TODOS OS SERES HUMANOS—homem Deus pelo cumprimento dessas obrigações. e mulher—foram criados à imagem de Deus. Cada indivíduo é um filho (ou filha) A FAMÍLIA foi ordenada por Deus. O gerado em espírito por pais celestiais que o casamento entre o homem e a mulher é amam e, como tal, possui natureza e essencial para Seu plano eterno. Os filhos destino divinos. O sexo (masculino ou têm o direito de nascer dentro dos laços feminino) é uma característica essencial da do matrimônio e de ser criados por pai e identidade e do propósito pré-mortal, mãe que honrem os votos matrimoniais mortal e eterno de cada um. com total fidelidade. A felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada NA ESFERA PRÉ-MORTAL, os filhos e quando fundamentada nos ensinamentos filhas que foram gerados em espírito do Senhor Jesus Cristo. O casamento e a conheciam e adoravam a Deus como seu família bem-sucedidos são estabelecidos e Pai Eterno e aceitaram Seu plano, segundo mantidos sob os princípios da fé, da o qual Seus filhos poderiam obter um oração, do arrependimento, do respeito, corpo físico e adquirir experiência terrena do amor, da compaixão, do trabalho e de a fim de progredirem rumo à perfeição, atividades recreativas salutares. Segundo o terminando por alcançar seu destino modelo divino, o pai deve presidir a divino como herdeiros da vida eterna. O família com amor e retidão, tendo a plano divino de felicidade permite que os responsabilidade de atender às relacionamentos familiares sejam necessidades de seus familiares e protegê- perpetuados além da morte. As los. A responsabilidade primordial da mãe ordenanças e os convênios sagrados dos é cuidar dos filhos. Nessas atribuições templos santos permitem que as pessoas sagradas, o pai e a mãe têm a obrigação de retornem à presença de Deus e que as ajudar-se mutuamente, como parceiros famílias sejam unidas para sempre. iguais. Enfermidades, falecimentos ou O PRIMEIRO MANDAMENTO dado a outras circunstâncias podem exigir Adão e Eva por Deus referia-se ao adaptações específicas. Outros parentes potencial de tornarem-se pais, na condição devem oferecer ajuda quando necessário. de marido e mulher. Declaramos que o ADVERTIMOS que as pessoas que violam mandamento dado por Deus a Seus filhos, os convênios de castidade, que maltratam o de multiplicarem-se e encherem a Terra, cônjuge ou os filhos, ou que deixam de continua em vigor. Declaramos também cumprir suas responsabilidades familiares, que Deus ordenou que os poderes sagrados deverão um dia responder perante Deus de procriação sejam empregados somente pelo cumprimento dessas obrigações. entre homem e mulher, legalmente casados. Advertimos também que a desintegração DECLARAMOS que o meio pelo qual a da família fará recair sobre pessoas, vida mortal é criada foi estabelecido por comunidades e nações as calamidades Deus. Afirmamos a santidade da vida e preditas pelos profetas antigos e modernos. sua importância no plano eterno de Deus. CONCLAMAMOS os cidadãos e O MARIDO E A MULHER têm a solene governantes responsáveis de todo o mundo responsabilidade de amar-se mutuamente a promoverem as medidas designadas para e amar os filhos, e de cuidar um do outro e manter e fortalecer a família como a dos filhos. “Os filhos são herança do unidade fundamental da sociedade. x
  • 12. DECLARAÇÃO DA SOCIEDADE DE SOCORRO S omos amadas filhas espirituais de Deus, e nossa vida tem significado, propósito e direção. Como irmandade mundial, somos unidas em nossa devoção a Jesus Cristo, nosso Salvador e Exemplo. Somos mulheres de fé, virtude, visão e caridade e: Aumentamos nosso testemunho de Jesus Cristo por meio da oração e do estudo das escrituras. Buscamos força espiritual seguindo os sussurros do Espírito Santo. Dedicamo-nos ao trabalho de fortalecer o casamento, a família e o lar. Consideramos nobre a maternidade e somos felizes por sermos mulheres. Deleitamo-nos no serviço ao próximo e nas boas obras. Amamos a vida e o aprendizado. Defendemos a verdade e a retidão. Apoiamos o sacerdócio como a autoridade de Deus na Terra. Regozijamo-nos com as bênçãos do templo, compreendemos nosso destino divino e esforçamo-nos para alcançar a exaltação. xi
  • 15. FÉ EM JESUS CRISTO Lição 1 O propósito desta lição é fortalecer nossa fé em Jesus Cristo. O que É Fé? “(…) Fé não é ter um perfeito conhecimento das coisas; portanto, se tendes fé, tendes esperança nas coisas que se não vêem e que são verdadeiras.” (Alma 32:21) O que é fé? Como vocês têm exercido fé? Devemos Conhecer a Verdade Para desenvolvermos fé em Jesus Cristo, devemos saber quem Ele realmente é. Não podemos ter fé Nele, se não soubermos coisa alguma a Seu respeito. Não podemos ter fé no Senhor, a menos que o que saibamos sobre Ele seja verdadeiro. Poucas pessoas na Terra viram o Salvador. A maioria de nós nunca O verá nesta vida mortal; temos, porém, o privilégio e a obrigação de aprender a verdade sobre Ele. Podemos conhecê-Lo realmente pelo testemunho do Espírito. Esse conhecimento nos ajudará a confiar no Senhor, obedecer-Lhe e ter a certeza de que Ele nos ajudará e fará por nós muito mais do que poderíamos fazer por nós mesmas. Por que é importante que tenhamos idéias corretas a respeito de Cristo? “Ora, sem fé, é impossível agradar-lhe (Deus); porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6) Por essa escritura, aprendemos que, para agradar a Deus, (1) temos que ter fé Nele, (2) crer que Ele existe e (3) crer que nos responderá, quando tentarmos sinceramente conhecê-Lo e conseguir Sua ajuda. Peça às irmãs que expliquem de que forma o aprendizado dos verdadeiros princípios do evangelho trouxe-lhes paz ou felicidade. 2
  • 16. 1-a, Uma mulher estudando as escrituras para aprender sobre Jesus Cristo 3
  • 17. 1-b, Os missionários ensinam o evangelho às pessoas do mundo todo 4
  • 18. Lição 1 Mostre as gravuras 1-a, “Uma mulher estudando as escrituras para aprender sobre Jesus Cristo”; 1-b, “Os missionários ensinam o evangelho às pessoas do mundo todo” e 1-c, “Uma família estudando as escrituras”. Devemos estudar as escrituras e escutar os testemunhos dos servos de Deus aqui na Terra para aprender a verdade sobre Jesus Cristo e Seu evangelho. Se formos humildes, sinceras e fervorosas, poderemos saber por nós mesmas que Ele é o Filho Unigênito do Pai Celestial, que Ele vive hoje, e que ama cada uma de nós, independentemente de nossa imperfeição. Podemos aprender que Ele conhece toda a verdade e que revelará essa verdade àqueles que se esforçarem para encontrá-la. Podemos aprender que Ele é um Deus justo que precisa punir os iníquos, mas que é também misericordioso para com aqueles que se arrependem. Podemos chegar ao conhecimento de que Ele pagou por nossos pecados e trouxe a ressurreição para todos. Nossa fé em Jesus Cristo crescerá quando essas verdades penetrarem em nosso coração e as dúvidas e temores começarem a desaparecer. De que forma o estudo das escrituras nos ajuda a substituir a dúvida e o temor pela fé? Que outras coisas nos ajudam a edificar a nossa fé? Peça a algumas irmãs que falem brevemente sobre como desenvolveram sua fé em Jesus Cristo. Devemos Exercer Fé Podemos aprender a verdade por meio do estudo das escrituras, do jejum, da oração e ouvindo o testemunho dos outros. Entretanto, acreditar simplesmente na verdade não significa exercer fé. Existem pessoas que acreditam que Jesus é o nosso Salvador e que o evangelho é verdadeiro, mas não guardam os Seus mandamentos. Essas pessoas não estão exercendo fé. A fé exige ação. Se tivermos fé, acreditaremos que Jesus Cristo nos ajudará a encontrar meios para vivermos os Seus mandamentos. As escrituras nos ensinam: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” (Provérbios 3:5–6) Néfi foi um jovem que nos deu um exemplo de fé; ele acreditava que o Senhor haveria de ajudá-lo a guardar os mandamentos. O pai de Néfi, instruído pelo Senhor, ordenou-lhe, bem como a seus irmãos, que fossem buscar os registros de seu povo, que estavam com Labão, um homem muito poderoso e iníquo, a quem muito temiam. No entanto, ao ser-lhe pedido que cumprisse essa difícil tarefa, Néfi expressou sua 5
  • 19. 1-c, Uma família estudando as escrituras 6
  • 20. Lição 1 fé no Salvador, dizendo: “Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, porque sei que o Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens sem antes preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser cumpridas”. (1 Néfi 3:7) Por que Néfi estava disposto a obedecer ao Senhor? Existem muitos membros da Igreja hoje em dia, tanto velhos como jovens, que possuem fé semelhante a essa. A irmã Sachiko Hotta, de Nagoya, Japão, contou a seguinte história: “Antes de nos casarmos, meu marido e eu concordamos que a Igreja era a coisa mais importante em nossa vida e que dedicaríamos nosso tempo e talentos a seu serviço. Porém, isto se mostrou mais fácil de dizer, do que fazer. Depois de casados, tivemos que mudar para um apartamento bastante longe da capela. Levávamos uma hora e meia para ir de bicicleta até a estação, tomar o trem para a localidade seguinte e depois o ônibus até a capela; e naturalmente, se perdêssemos o trem e tivéssemos que esperar pelo próximo, a viagem exigiria mais de duas horas. Isso tornava difícil para o presidente do ramo dar-nos um cargo. Além disso, depois de estarmos casados havia três meses, meu marido adoeceu gravemente, tendo que ser hospitalizado; então comecei a trabalhar para nosso sustento. Todos os dias, após o trabalho, eu visitava meu marido no hospital e depois procurava dar uma passada na capela, mas as horas do dia simplesmente não bastavam para tal. Isso me preocupava, e eu sabia que, se morássemos mais perto, eu poderia ter um chamado na Igreja. Contudo, os terrenos ao redor da capela eram muito caros, e nós nem ao menos tínhamos meios de alugar uma moradia num bairro tão bom, quanto mais comprar algo ali. Logicamente eu sabia que era impossível, [mas nas escrituras lemos que quando oramos, o Senhor ouve] (Ver Lucas 18:1–5.) Por isso, eu orava sem cessar. Não sabia como o Senhor poderia atender a um pedido tão impossível, mas simplesmente orava. Pouco tempo depois, meu tio, cuja casa situava-se só treze minutos da capela, subitamente resolveu mudar-se e ofereceu-nos sua linda moradia. Eu sabia que minha oração havia sido atendida. Ficamos tão contentes em podermos, afinal, trabalhar na Igreja! Nessas alturas, meu marido recebera alta do hospital , e assim, podíamos ir às reuniões. Depois de mudarmos, a Igreja anunciou o plano de construir uma capela em Nagoya, e todos puseram-se a trabalhar com afinco, a fim de ganhar dinheiro para o fundo de construção. Pouco antes disso, meu marido decidiu iniciar um negócio próprio—uma padaria. Nós estávamos novamente com bem pouco dinheiro; havíamos investido todas as economias no negócio, vivendo com o que eu ganhava. Não sabíamos como poderíamos contribuir para o fundo de construção, 7
  • 21. Lição 1 ainda mais por eu estar grávida e não poder continuar trabalhando por muito mais tempo. Embora o negócio de meu marido estivesse progredindo, não tínhamos o suficiente para viver, pagar o fundo de construção e nos prepararmos para a chegada do bebê. Trabalhei até ter direito a receber o abono anual, que guardamos para as despesas com o bebê. Era tudo o que tínhamos. Uma noite, o presidente do ramo nos chamou e disse que faltava apenas um pouco para completar o fundo de construção, solicitando nossa ajuda. Nós só tínhamos o dinheiro reservado para o bebê que estava para nascer em breve; portanto, era tudo o que tínhamos e que poderíamos dar. Naquela noite, levamos o dinheiro ao presidente do ramo. Era justamente a quantia para completar a quota do ramo para a nova capela. Depois, não nos preocupamos sobre como conseguiríamos o dinheiro para as despesas do parto; sabíamos que o Senhor cuidaria de nós. Naturalmente que eu me preocupava um pouquinho, mas sempre que pensava no assunto me sentia tranqüila. No mês seguinte, meu marido foi contratado pela Igreja para trabalhar em regime de tempo integral como diretor dos seminários e institutos na área de Nagoya. Nem mesmo sabíamos que existia tal emprego. Com seu novo salário, teríamos meios suficientes para pagar as contas do hospital quando nosso bebê nascesse. Deus diz que devemos fazer o que pudermos e depois deixar o resto com Ele. Eu sei que isso é verdade.” (“Two Hours from the Chapel, Ensign, agosto de 1975, p. 65.) Depois que a irmã Hotta orou fervorosamente para poder servir na Igreja, como o Senhor abençoou sua família? Como o Senhor abençoou o irmão e a irmã Hotta por terem dado o dinheiro guardado para as despesas com o bebê? A irmã Hotta deu uma boa descrição de fé. Exercemos fé quando fazemos tudo o que podemos para viver os princípios do evangelho (mesmo quando isso nos pareça logicamente impossível). O Senhor prometeu que nos ajudará, depois que fizermos nossa parte e exercermos fé. A Fé Se Conserva Viva por meio da Obediência A fé é como uma planta viva que seca e morre se não a nutrirmos e protegermos. Conservamos nossa fé viva, obedecendo aos princípios do evangelho à medida em que os aprendemos. “A fé é um dom de Deus dado como recompensa pela retidão pessoal.” [Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine, 2ª ed. (1966), p. 214.] Se começarmos a quebrar os mandamentos de Deus, enfraqueceremos nossa fé. Satanás emprega muitos meios para fazer-nos negligenciar os mandamentos e enfraquecer nossa fé. 8
  • 22. Lição 1 1-d, Néfi repreende a seus irmãos rebeldes 9
  • 23. Lição 1 Mostre a gravura 1-d, “Néfi repreende a seus irmãos rebeldes”. Em 1 Néfi, lemos sobre Lamã e Lemuel, irmãos de Néfi. Seu pai, Néfi e até mesmo anjos ensinaram-lhes muitos princípios verdadeiros, mas eles não desenvolveram sua fé porque achavam muito difícil aceitar o que o pai e Néfi ensinavam e, portanto, decidiram não viver segundo esses princípios. Queixavam-se de que era difícil guardar os mandamentos. Criticaram o pai e o irmão e não quiseram fazer o que lhes foi ordenado, caindo rapidamente em pecado. Néfi, ao contrário, fez tudo o que lhe foi pedido e confiou no Senhor, que recompensou sua fé, fazendo com que muitos milagres acontecessem em sua vida. Ele pôde construir um navio, mesmo sem saber coisa alguma sobre construção naval. Foi-lhe dado um poder maior, além de sua capacidade normal, e ele conseguiu derrotar os planos iníquos de seus irmãos. Foi privilegiado com visões e falou com um anjo de Deus. Graças à sua obediência, foi abençoado com uma fé ainda maior. Devido à essa fé, foi abençoado com o poder de Deus durante toda a sua vida. Nós também podemos conservar viva a nossa fé, sendo obedientes. Podemos nutri-la com jejum e oração, leitura das escrituras, comparecimento às reuniões da Igreja, e obediência às coisas que nos são pedidas por nossos líderes. Podemos manter fortalecida a nossa fé, não criticando nem nos queixando. Por que as críticas e as queixas enfraquecem a nossa fé? A nossa fé será testada. Podemos até acreditar que o Senhor não tomou conhecimento de nossa fé e obediência. Podemos sentir que Ele está longe, que não vê nossas dificuldades e não responde às nossas orações. Quando passarmos por isso, é bom que compreendamos que nossa fé está sendo testada. Se perseverarmos com paciência e continuarmos a fazer o que é certo, teremos força para sobrepujar nossas dificuldades e seremos recompensados por nossa fé e obediência. Morôni ensinou que a “(…) fé são coisas que se esperam, mas não se vêem; portanto, não disputeis porque não vedes, porque não recebeis testemunho senão depois da prova de vossa fé”. (Éter 12:6) E o senhor disse: “Meu povo deve ser provado em todas as coisas a fim de preparar-se para receber a glória que tenho para ele, sim, a glória de Sião; e quem não suporta correção não é digno do meu reino”. (D&C 136:31) 10
  • 24. Lição 1 Conclusão É importante que nossa fé seja nutrida por meio do jejum e da oração, da obediência aos mandamentos de Deus, da leitura das escrituras, da freqüência às reuniões da Igreja e do apoio aos nossos líderes. Ao fazermos isso, adquirimos força para suportar as dificuldades da vida. Desafio Decida como vai fortalecer sua fé. Escreva sua decisão em um pedaço de papel, como lembrete. Leia Alma 32:17–43 e Morôni 7:33–39 durante a semana. Escrituras Adicionais • Mateus 8:5–10 (cura por meio da fé); • Mateus 17:20 (com fé, nada é impossível); • Marcos 9:23 (pela fé, todas as coisas são possíveis); • Lucas 8:43–48 (cura por meio da fé); • João 20:24–29 (bem-aventurados são aqueles que crêem); • Romanos 10: 13–17 (para termos fé, precisamos ouvir a palavra de Deus); • II Coríntios 5:6–7 (andamos pela fé); • 1 Néfi 3 (a fé exercida por Néfi); • 1 Néfi 4 (poder por meio da fé); • Alma 32:17–43 (discurso de Alma sobre a fé); • Morôni 7:33–39 (a fé é necessária para que haja milagres). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 11, “A Vida de Cristo” e capítulo 18, “A Fé em Jesus Cristo”. 2. Estude 1 Néfi 3–4 e Alma 32:17–43. 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras ou citações. 11
  • 25. ARREPENDIMENTO Lição 2 O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender e usar o princípio do arrependimento. O que Significa Arrepender-se? Cada uma de nós está numa jornada pela vida, viajando em direção a um destino eterno. Nessa jornada, ouvimos duas vozes nos chamando: uma é a voz do Senhor, inspirando-nos a fazer o bem; a outra é de Satanás, induzindo-nos a praticar o mal. Somos livres para escolher entre as duas e agir por nós mesmas. Ler 2 Néfi 2:16, 27–29. Às vezes, é fácil confundir essas duas vozes. Podemos pensar que estamos agindo corretamente quando, na verdade, estamos sendo enganadas. Ao aprendermos o evangelho de Jesus Cristo, compreendemos que nem sempre escolhemos o certo e que talvez não estejamos no caminho correto. Se continuarmos nesse caminho errado chegaremos ao final da jornada, mas descobriremos que não estamos no reino celestial. Pecar é sair do caminho certo. Chamamos de arrependimento o ato de voltar a trilhar o caminho que conduz ao reino celestial. Jesus Cristo prometeu: “Acontecerá que toda alma que abandonar seus pecados e vier a mim e invocar meu nome e obedecer a minha voz e guardar meus mandamentos verá minha face e saberá que eu sou; E que eu sou a verdadeira luz que ilumina todo homem que vem ao mundo.” (D&C 93:1–2) “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (…)” (João 8:12) O que significa andar “em trevas”? E ter “a luz da vida”? Mostre a gravura 2-a, “Jesus Cristo é como um farol na escuridão, que nos mostra o caminho para a felicidade e a vida eterna.” 12
  • 26. 2-a, Jesus Cristo é como um farol na escuridão, que nos mostra o caminho para a felicidade e a vida eterna 13
  • 27. Lição 2 Jesus Cristo nos mostrou o caminho para chegarmos ao reino celestial e habitarmos com Deus. Ele é como um farol na escuridão. Quando estamos no curso certo, andamos na luz. (Ver João 8:12.) Podemos ver o caminho certo a ser seguido. Quando nos desviamos do curso certo, vagueamos na escuridão. Como um navio que se desviou do curso indicado pelo farol e que navega próximo a rochedos perigosos e águas traiçoeiras, ficamos expostos às armadilhas de pecado que Satanás preparou para nós. Ele quer impedir-nos de alcançar o nosso destino. A vida em pecado, porém, não nos conduz à felicidade no fim da jornada. Quanto mais pecamos, mais poder Satanás tem sobre nós; por isso, Jesus disse: “Todo aquele que comete pecado é servo do pecado”. (João 8:34) Quando cometemos pecado, Satanás fica contente, pois quer conservar- nos em seu poder. Quando fazemos algo errado, Satanás nos diz que o que fizemos não foi um erro, que tivemos boas razões para fazê-lo e que estamos justificados no pecado que cometemos. (Ver 2 Néfi 28:8, 21–22.) Ele quer que digamos a nós mesmas que nosso erro não foi tão grave assim, pois sabe que, enquanto acharmos desculpas para o pecado, não nos arrependeremos completamente. Jesus Cristo sabe que Satanás age desse modo; por isso Ele nos abençoou com a luz de Cristo, às vezes chamada de consciência. A luz de Cristo nos ajudará a ver a diferença entre o bem e o mal. (Ver Morôni 7:15–16.) A voz do Espírito nos inspira e adverte a arrepender- nos e voltarmos para o caminho certo. Jacó, falando por intermédio do poder de Deus, procurou prevenir o povo, lembrando-o de seus pecados da seguinte forma: “Ó, meus amados irmãos, afastai-vos de vossos pecados; sacudi as correntes daquele que vos quer amarrar firmemente; vinde ao Deus que é a rocha de vossa salvação. Preparai vossa alma para (…) o dia do julgamento, a fim de que não vos encolhais com terrível medo; para que não vos lembreis claramente de vossa horrível culpa e não sejais compelidos a exclamar: Santos, santos são os teus julgamentos, ó Senhor Deus Todo-Poderoso—mas conheço minha culpa; transgredi tua lei e minhas transgressões pertencem-me; e o diabo dominou-me, de modo que sou uma presa de sua terrível miséria. Mas eis, meus irmãos, convém que eu vos acorde para a terrível realidade destas coisas? Atormentaria eu a vossa alma, se vossa mente fosse pura? Seria eu claro para convosco, com a clareza da verdade, se estivésseis livres do pecado? Eis que, se fôsseis santos, eu vos falaria de santidade; mas como não sois santos e me considerais um mestre, é preciso que eu vos ensine as conseqüências do pecado.” (2 Néfi 9:45–48) 14
  • 28. Lição 2 Quando sentimos a enormidade de nosso pecado, podemos continuar a praticá-lo ou admitir corajosamente nosso erro e corrigi-lo. Se preferirmos continuar em pecado, Satanás nos prenderá cada vez mais, até acabarmos perdendo todo e qualquer desejo de nos arrepender. Quando decidimos nos arrepender, o Pai Celestial e Jesus Cristo ajudam-nos a sobrepujar o pecado e recebemos bênçãos de alegria e paz. Leia Alma 34:32–35. Por que não é prudente adiarmos o nosso arrependimento? Todos Nós Precisamos de Arrependimento Leia Romanos 3:23. Temos que nos arrepender das coisas que não devíamos ter feito, tais como contar mentiras, falar mal dos outros ou tomar o nome do Senhor em vão. Precisamos também nos arrepender por não fazer o que devemos, como pagar o dízimo, orar freqüentemente, santificar o Dia do Senhor, ajudar um vizinho ou cumprir uma designação. Precisamos saber reconhecer o Espírito do Senhor quando Ele nos insta a sobrepujar nossos erros e, depois, seguir essa inspiração. Um jovem prestou seu testemunho: “Penso na dor que causei a meus pais e a mim mesmo, por não compreender que o pecado não traz felicidade. Quando terminei o segundo grau, saí de casa e comecei a beber, fumar e usar algumas drogas. Pensei que estivesse me divertindo, mas agora sei que minha vida se tornara miserável. Um dia, parei e pensei: ‘E se meus pais me vissem agora? O que pensariam?’ Comecei então a dar uma guinada em minha vida (…). Eu nunca seria capaz de mudar minha vida, não fora por alguns bons novos amigos e um bispo compreensivo e ainda com a ajuda do Espírito Santo. Com toda essa ajuda, tive capacidade para me arrepender. Agora sei quão infeliz eu era. E testifico que o arrependimento e a vida reta trazem felicidade. E sei pela experiência que o Senhor está sempre lá, para nos ajudar a modificar nossa vida se Lho permitirmos”. (Milagre, Hoje?, A Liahona, julho de 1978, pp. 35–36) Ao nos arrependermos de nossos pecados, aproximamo-nos do caminho certo. Quando estamos no caminho que nos conduz ao reino celestial, compreendemos que todas as leis de Deus são importantes. Tornamo-nos mais parecidos com Jesus Cristo e passamos a ver o pecado como Ele o vê. Não podemos olhar o pecado com o mínimo grau de tolerância. (Ver D&C 1:31.) Em outras palavras, não podemos tolerar o pecado de nenhuma forma. Esse é o nosso objetivo. Embora não sejamos perfeitos, devemos lembrar-nos dessa nossa meta e esforçar-nos por atingi-la. 15
  • 29. Lição 2 • Leia Éter 12:27. Se formos humildes e orarmos, pedindo ao Senhor que nos mostre nossas fraquezas e pecados, Ele o fará. Por intermédio do arrependimento, o Senhor também nos dará forças para sobrepujá-los. O Verdadeiro Arrependimento Traz o Perdão Quando compreendemos que todos os nossos pecados são abomináveis à vista de Deus, sentimo-nos contristados. (Ver II Coríntios 7:10.) Não conseguimos lembrar-nos deles, sem sentir as dores da culpa e do arrependimento. Eles nos pesam e se tornam uma carga difícil de ser carregada; começamos então a sentir, em pequena proporção, o grande sofrimento de Jesus Cristo, quando padeceu e morreu por nós. (Ver Alma 36:12–13.) Mostre a gravura 2-b, “Cristo orando no Jardim do Getsêmani.” Como devemos sentir-nos agradecidos por não termos que carregar para sempre essa carga! Por meio do arrependimento, podemos livrar- nos do peso do pecado. Jesus Cristo, graças ao grande amor que sente por nós, sofreu, sangrou e morreu por nossos pecados, para que não tenhamos que sofrer o mesmo, se nos arrependermos. (Ver Princípios do Evangelho, capítulo 12, “A Expiação”.) Mostre a gravura 2-c, “Cristo expiou por nossos pecados sob condição de arrependimento”. Jesus disse: “Pois eis que eu, Deus, sofri essas coisas por todos, para que não precisem sofrer caso se arrependam; Mas se não se arrependerem, terão que sofrer assim como eu sofri; Sofrimento que fez com que eu, Deus, o mais grandioso de todos, tremesse de dor e sangrasse por todos os poros; e sofresse, tanto no corpo como no espírito (…)”. (D&C 19:16–18) A fim de arrepender-nos, devemos seguir um certo processo, explicado em Princípios do Evangelho, capítulo 19, pp. 123–126. Mostre a gravura 2-d. “Os passos para o arrependimento levam-nos da tristeza à alegria de guardar os mandamentos.” Fale sobre os sete passos do arrependimento mencionados no capítulo 19 de Princípios do Evangelho. Se possível, deixe que as irmãs participem. Faça um cartaz ou escreva no quadro-negro a seguinte lista: 16
  • 30. 2-b, Cristo orando no Jardim do Getsêmani 17
  • 31. 2-c, Cristo expiou por nossos pecados sob condição de arrependimento 18
  • 32. Lição 2 1. Reconhecer o pecado; 2. Sentir tristeza por tê-lo praticado; 3. Abandoná-lo: 4. Confessá-lo; 5. Fazer a devida compensação; 6. Perdoar os outros; 7. Guardar os mandamentos de Deus. Por ter pago por nossos pecados, Jesus Cristo tem o poder de perdoá- los. Quando seguimos esse processo de arrependimento, o Salvador nos promete o perdão de nossos pecados e não Se lembrará mais deles. Leia Doutrina e Convênios 58:42. Por meio do arrependimento, tornamo-nos limpos e puros novamente; podemos lembrar o que fomos e recordar nossos pecados, sem nos sentirmos tristes. Ao contrário, sentimo-nos em paz. Um missionário contou uma história que ilustra o perdão que cada um de nós pode receber, quando se arrepende verdadeiramente. Uma jovem senhora que estava para ser batizada, duvidava que o arrependimento dos seus pecados da juventude fosse aceitável perante o Senhor. Ela continuou a orar pela confirmação de que havia sido perdoada. Logo depois do batismo, foi-lhe conferido o dom do Espírito Santo. O élder que fez a ordenança disse: “Ao lhe dizer que recebesse o Espírito Santo, e tendo as mãos sobre sua cabeça, senti que algo como um choque elétrico passava pelo corpo dela. Fiquei mudo durante alguns momentos, mas em seguida me recompus e terminei a oração. Como é costume na Igreja, estendi a mão para felicitá-la, mas parecia que ela estava em estado de choque ou em transe. Seus olhos estavam fechados e lágrimas corriam por sua face. Ela ficou nesse estado durante uns cinco minutos quando, subitamente sacudiu a cabeça, levantou-se e foi sentar-se no seu lugar. Naturalmente fiquei muito curioso com a sua reação pouco comum enquanto estava sendo confirmada, e mais tarde perguntei-lhe o que havia acontecido. Ela respondeu-me que o sentimento mais lindo, puro e doce tinha tomado conta de seu corpo—um espírito lindo, vivificante e purificador, que ela nunca experimentara antes em toda a sua vida. Os resultados dessa experiência foram surpreendentes. No prazo de três dias, sua expressão facial mudou. Até mesmo os seus traços se tornaram mais refinados e suaves, e os olhos mais doces. O élder disse: ‘Para mim e para meu companheiro, foi um grande testemunho ver 19
  • 33. 2-d, Os passos para o arrependimento levam-nos da tristeza à alegria de guardar os mandamentos 20
  • 34. Lição 2 como o Espírito do Senhor pode mudar uma pessoa verdadeiramente arrependida, tanto espiritual quanto fisicamente, transformando-a num ser humano muito mais belo e encantador. O poder purificador do Espírito Santo no batismo é real”’. [Ver “Cleansed at Baptism”, Margie Calhoun Jensen, comp., When Faith Writes the Story (1973), pp. 18–19.] Essa é uma história edificante sobre como o poder do Espírito do Senhor pode purificar-nos. Embora sejam poucos os que passam por essa experiência, todos nós podemos sentir essa mesma agradável sensação de limpeza. Conclusão Usamos o princípio do arrependimento durante toda a nossa vida para livrar-nos do pecado e corrigir o caminho que tomamos em direção ao reino celestial. É uma grande bênção saber que, quando nos arrependemos verdadeiramente, o Senhor nos perdoa e não Se lembra mais de nossos pecados. Desafio Examine sua vida durante a semana seguinte para ver do que se pode arrepender. Leia Mosias 27 e Alma 36. Estude o capítulo 19 de Princípios do Evangelho. Escrituras Adicionais II Coríntios 7:8–11 (o sofrimento pelos pecados traz o arrependimento); I João 1:8–9 (todos nós pecamos); Enos 1:1–8 (os pecados são perdoados por meio da fé); Mosias 26:29–31 (confessar nossos pecados e perdoar o nosso próximo); Doutrina e Convênios 42:18–29 (guardar os mandamentos). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 12, “A Expiação”, e o capítulo 19, “Arrependimento”. 2. Estude Mosias 27 e Alma 36. 3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras ou citações da lição. 21
  • 35. BATISMO: UM CONVÊNIO PERENE Lição 3 O propósito desta lição é encorajar-nos a continuar vivendo os convênios feitos durante o batismo. O Batismo É um Novo Começo O Pai Celestial deseja que todos nós tenhamos fé Nele e em Seu Filho, Jesus Cristo e que nos arrependamos de nossos pecados. Depois de arrependermos, somos batizados na Sua Igreja. O batismo é necessário para a nossa salvação, mas isso, em si, não é suficiente. Com o batismo, começamos um novo modo de vida, mas devemos continuar a progredir até alcançar a perfeição. O profeta Alma perguntou a seu povo, depois de haverem sido batizados: “Haveis nascido espiritualmente de Deus? Haveis recebido sua imagem em vosso semblante? Haveis experimentado esta poderosa mudança em vosso coração?” (Alma 5:14) Sentimos alguma mudança em nosso coração e um renascimento do espírito? Devemos procurar sentir isso depois de nosso batismo na Igreja de Jesus Cristo. O batismo foi o início da “poderosa mudança” pela qual todos nós devemos passar a fim de voltar à presença do Pai Celestial. (Ver Alma 5:13–14 e Mosias 5:7–9.) Ao cumprirmos nossos convênios, nossos desejos e ações mudam e tornamo-nos cada vez mais semelhantes ao Pai Celestial. Ao sermos batizados, somos imersos na água. As escrituras comparam esse gesto a um sepultamento, como se estivéssemos deixando para trás a nossa vida antiga. (Ver Romanos 6:4; D&C 76:51.) Quando saímos da água, estamos limpos de nossos pecados e iniciamos uma vida nova. Essa vida nova começa com um acordo perpétuo com Deus e, se fizermos nossa parte, Ele fará a Dele. Se formos obedientes, Ele nos ajudará a mudar e nos guiará de volta à Sua presença. Muitas pessoas gozam de um sentimento de espiritualidade quando são batizadas. Um membro descreveu esse sentimento da seguinte maneira: “Nunca esquecerei a emoção que senti dentro da alma; estar limpo, para começar de novo como filho de Deus (…). Foi um sentimento maravilhoso! [Citado por Hartman e Connie Rector, No More Strangers, 4 vols. (1971–1990), 3:175.] 22
  • 36. 3-a, Um jovem sendo batizado 23
  • 37. Lição 3 O batismo representa uma importante mudança dentro de nós. Graças ao arrependimento, o batismo nos purificou e recebemos a oportunidade de iniciar uma vida nova. Devemos relembrar o sentimento de limpeza e segurança que experimentamos no batismo. Peça a uma ou duas irmãs que contem como se sentiram quando foram batizadas. Pergunte-lhes por que mudança passou sua vida desde o batismo. Nosso Convênio Batismal Mostre a gravura 3-a, “Um jovem sendo batizado”. Um convênio é um acordo ou promessa feito entre duas ou mais pessoas. No batismo, fizemos um importante convênio com Deus. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Ser batizado é firmar um convênio (…) com Deus (…) de fazer (…) de proporcionar retidão, assim como de evitar o mal”. [O Milagre do Perdão (1969) reimpresso em 1999, pp. 94–95] Peça aos membros da classe que leiam Doutrina e Convênios 20:37. De acordo com essa escritura, quais são os requisitos para o batismo? Dê tempo às irmãs para responderem. Em seguida, mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva os itens no quadro-negro: 1. Ser humilde; 2. Ter um coração quebrantado e um espírito contrito; 3. Testemunhar que estamos prontos para tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo; 4. Mostrar determinação de servir a Jesus Cristo até o fim. O que significa tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo? Tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo significa sermos chamados de filhos de Cristo. (Ver Mosias 5:7–8.) Quando tomamos sobre nós o nome de alguém, assumimos uma responsabilidade em relação à ela. Assim como assumimos uma responsabilidade para com a família cujo nome levamos, assumimos uma responsabilidade para com Jesus Cristo quando tomamos sobre nós o Seu nome. Devemos tentar viver como Ele vive. Mostre a gravura 3-d, “Uma jovem renovando seu convênio batismal, tomando o sacramento.”Peça aos membros da classe que leiam Doutrina e Convênios 20:77. Renovamos nossos convênios batismais por meio dos convênios feitos ao partilharmos do sacramento. Quando somos fiéis aos convênios de recordar Jesus Cristo e guardar Seus mandamentos, recebemos a promessa de uma bênção. 24
  • 38. 3-b, Uma jovem renova seu convênio batismal, partilhando do sacramento. 25
  • 39. Lição 3 O que o Pai Celestial promete àqueles que são fiéis a esses convênios? De que forma o fato de termos o Seu Espírito conosco pode ajudar-nos a servi-Lo e a guardar os Seus mandamentos? Nosso Progresso Depois do Batismo O evangelho de Jesus Cristo ensina que o batismo é apenas o início. Mas não é suficiente sermos apenas batizados. Depois disso, devemos fazer muitas coisas que nos ajudarão a alcançar a vida eterna. Peça a um membro da classe que leia Morôni 6:4–9. Quais são as nossas obrigações depois do batismo? Dê tempo às irmãs para responderem. Em seguida, mostre um cartaz com os itens relacionados abaixo ou escreva-os no quadro-negro. 1. Orar ao Pai Celestial; 2. Jejuar por necessidades especiais; 3. Assistir às reuniões da Igreja e participar delas; 4. Tomar regularmente o sacramento; 5. Preocupar-nos com o bem-estar alheio; 6. Arrepender-nos de nossos pecados; 7. Seguir a orientação do Espírito Santo. Peça aos membros da classe que examinem a lista do quadro-negro e façam a si mesmos a seguinte pergunta: Em que preciso melhorar para ser fiel aos meus convênios batismais? Quando somos batizadas, começamos a renascer espiritualmente e devemos continuar nessa nova vida, fazendo as coisas enumeradas por Morôni. Porém, ao cumprir nossos deveres, ou seja, ao cuidarmos de nossa família e lar, ao freqüentarmos a escola e executarmos nossas atividades diárias, vemo-nos envolvidas nos problemas do cotidiano e às vezes esquecemos nossos convênios. Às vezes cometemos erros. Precisamos então nos arrepender para sermos fiéis àquilo que prometemos no batismo. Quando admitimos abertamente que pecamos e nos arrependemos (ver a lição 2, “Arrependimento”), progredimos novamente no caminho da perfeição. Quando procuramos honestamente a inspiração do Espírito Santo por meio da oração, recebemos orientação para sobrepujar nossos erros e evitamos repeti-los no futuro. Como podemos aumentar nossa espiritualidade e ser fiéis aos convênios feitos no batismo? O Caminho da Perfeição Será que chegaremos a cumprir completamente os convênios feitos no batismo? Talvez, não nesta vida, mas devemos continuar a nos 26
  • 40. Lição 3 aperfeiçoar, mudando os hábitos maus por bons. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “O caminho da perfeição parece constituir-se de uma mudança de vida: Substituir o mal pelo bem, em todos os casos. Essas mudanças podem ser feitas, se cuidarmos de um item de cada vez. (…) Se pagamos um décimo de nosso salário anualmente, somos perfeitos na lei do dízimo. Não é difícil aperfeiçoar-nos na eliminação do hábito de praguejar; se fecharmos nossa boca sempre que estivermos para pronunciar palavras sujas ou irreverentes, estaremos no caminho da perfeição no que se refere a esse assunto. Se estudarmos as escrituras com razoável devoção, também nisso estaremos nos aproximando da perfeição”. [“Be Ye Therefore Perfect”, Speeches of the Year 1974 (1975), pp. 241–242] O profeta Néfi disse que devemos “prosseguir” e “perseverar até o fim”. O Senhor nos prometeu a vida eterna junto com Ele, se mostrarmos nosso amor por meio da obediência e fidelidade aos convênios batismais. (Ver 2 Néfi 31:19–21.) A verdadeira felicidade neste mundo e alegria eterna após a morte são as recompensas de todos os que vivem os convênios feitos com o Salvador. O Presidente Joseph Fielding Smith explicou isso da seguinte maneira: “Um dos grandes propósitos da igreja verdadeira é o de ensinar aos homens o que devem fazer depois do batismo, para ganhar a bênção plena do evangelho. (…) Devemos perseverar até o fim; devemos guardar os mandamentos depois de sermos batizados; (…) Devemos viver para adquirir os atributos da divindade e ser o tipo de pessoa que poderá desfrutar da glória e das maravilhas do reino celestial”. (“The Plan of Salvation”, Ensign, novembro de 1971, p.5) Uma ex-freira católica que se filiou à Igreja, explicou o que o batismo significou para ela: “Tudo o que eu vi e ouvi na Igreja me impressionou muito, muito mesmo. O carinho e amor, bem como a grande preocupação que os membros tinham uns pelos outros, fizeram-me compreender que essa religião devia ter algo especial. (…) Compreendi então que estava na igreja errada e que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a única verdadeira sobre a Terra. Compreendi também que tinha que pertencer a ela. (…) Não foi fácil a transição da minha vida antiga para a presente, mas o que me sustentou durante a experiência toda foi e é a renovação semanal dos meus convênios batismais na reunião sacramental—meu convênio de tomar sobre mim o nome do Salvador, de sempre lembrar-me Dele e de guardar os Seus mandamentos, e o convênio do Senhor, por sua vez, de que, se eu honrar tais promessas, Seu Espírito estará sempre comigo. (…) Depois lembro do meu batismo e imersão total na água. Para mim ele simboliza a morte para o egoísmo e para o pecado e o ressurgimento 27
  • 41. Lição 3 para uma vida nova, como filha de Deus. O batismo também, penso eu, simboliza a maneira como o Pai Celestial quer que vivamos: sobrepujando o egoísmo e lutando contra a tentação. Dessa maneira, nós “morremos” para nós mesmos e para o pecado, e ressuscitamos, progredindo diariamente no caminho que nos leva à presença do Pai. Em seguida, renovo silenciosamente o meu convênio de tomar sobre mim o nome de Jesus Cristo, dizendo-Lhe que renovo a promessa de aceitá-Lo, de aceitar os princípios do evangelho e Seus ensinamentos, de aceitar a Igreja e apoiar o profeta e as outras autoridades gerais, as únicas divinamente comissionadas para nos guiar no nome de Deus. Em minha oração silenciosa, eu acrescento que renovo o convênio de sempre lembrar-me Dele para, por exemplo, pedir Sua presença, especialmente durante o dia, nos momentos de tentação ou dificuldade. Finalmente renovo o convênio de guardar os Seus mandamentos, sabendo que, se assim fizer fielmente, terei o Seu Espírito comigo”. (Citado por Hartman e Connie Rector em No More Strangers, 4 vols. [1971–1990] 3:154, pp. 154, 157 e 159.) Conclusão Por ocasião do batismo, inicia-se uma “mudança de coração” em nós. Fizemos convênios de tomar sobre nós o nome de Jesus Cristo e de guardar Seus mandamentos e, ao tentarmos fazer essas coisas diariamente, teremos o Seu Espírito conosco. Seu Espírito nos ajudará a nos tornarmos parecidas com Ele. Desafio Examine como tem sido sua vida desde o batismo. Pense nas perguntas feitas em Alma 5:26–31. Se você necessita melhorar, comece hoje mesmo, arrependendo-se e corrigindo o que estiver errado. Escrituras Adicionais • Gálatas 3:27–29 (somos um em Cristo por meio do batismo); • I Pedro 3:21 (o batismo e a ressurreição); • Doutrina e Convênios 27:2 (partilharmos do sacramento) Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 20, “Batismo”; 2. Examine a lição 2 deste manual, “Arrependimento”; 3. Prepare os cartazes sugeridos na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 4. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 28
  • 42. O DOM DO ESPÍRITO SANTO Lição 4 O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender as grandes bênçãos advindas do dom do Espírito Santo. Por que Temos Necessidade do Espírito Santo Antes de sermos batizadas e confirmadas membros da Igreja, o Espírito Santo nos visitava esporadicamente. Por exemplo: quando fomos ensinadas pelos missionários, o Espírito Santo fez com que nos sentíssemos bem ao ouvir a mensagem do evangelho, ajudou-nos a compreendê-lo e aceitá-lo. Não tivemos, porém, o privilégio de partilhar de Seu companheirismo constante, a não ser depois de termos sido batizadas e confirmadas. Nessa ocasião foi-nos concedido o dom do Espírito Santo pelo poder do Sacerdócio de Melquisedeque. O Espírito Santo é um dos maiores dons que podemos receber aqui na Terra. O Presidente Lorenzo Snow disse que “a partir do momento em que recebemos o dom do Espírito Santo, temos um amigo conosco. (Conference Report, outubro de 1899, p. 52) Por que o Espírito Santo é um companheiro desejável? Mostre a gravura 4-a, “Uma jovem sendo confirmada membro da Igreja e recebendo o Espírito Santo pela imposição das mãos”. Peça aos membros da classe que leiam João 14:16–17, 26 e 16:13. Quais são algumas das razões por que necessitamos de que o Espírito Santo seja nosso companheiro? Dê tempo às irmãs para que respondam à pergunta. Em seguida, mostre um cartaz com as lista a seguir ou escreva as informações no quadro-negro. 1. Ele nos ajuda a ensinar o evangelho; 2. Ajuda-nos a lembrar das coisas; 3. Protege-nos do mal; 4. Ele nos previne quando estamos em perigo; 5. Ele nos diz todas as coisas que devemos fazer; 6. Tem poder de purificar e santificar. 29
  • 43. 4-a, Uma jovem sendo confirmada membro da Igreja e recebendo o Espírito Santo 30
  • 44. Lição 4 O Élder LeGrand Richards fez a seguinte declaração: “Preferiria que meus filhos e os filhos de meus filhos desfrutassem da companhia do Espírito Santo, mais do que qualquer outra companhia neste mundo porque, se derem ouvidos aos sussurros desse Espírito, Ele os conduzirá a toda a verdade e os ajudará a voltar em segurança à presença do Pai Celestial”. (Conference Report, abril de 1966, p. 112; Improvement Era, junho de 1966, p. 540.) O Espírito Santo é um companheiro muito desejável e devemos fazer todo o possível para tê-lo como nosso amigo e companheiro. Leia 2 Néfi 32:5. O que essa escritura nos ensina a respeito da companhia do Espírito Santo? De que outra forma o Espírito Santo é um companheiro desejável? Como Conservar o Espírito Santo Conosco Para conservar o Espírito Santo conosco precisamos guardar os mandamentos. Cada vez que participamos do sacramento, prometemos obedecer aos mandamentos. Se formos fiéis à nossa promessa, o Senhor nos prometeu que poderemos ter “sempre (…) O seu Espírito” conosco. (Ver D&C 20:77.) O Senhor também nos pediu que nos conservássemos moralmente limpos. Disse-nos que nosso corpo é um templo. Se conservarmos o corpo limpo e puro em pensamento, conversação, vestuário e ações, o Espírito Santo estará conosco. (Ver I Coríntios 3:16–17.) Devemos evitar todo e qualquer tipo de pecado, inclusive a aparência do mal. O Espírito Santo é capaz de se ofender com coisas que podem parecer- nos “pequenas”. Em 3 Néfi 11:29, aprendemos que as contendas são do diabo. As contendas ou discussões mostram que não estamos unidos e não vivemos em harmonia. Se começarmos a brigar e discutir, o Espírito Santo nos abandonará. Embora as discussões com marido, filhos, irmãos ou irmãs não sejam um pecado sério, afastam o Espírito Santo. O Profeta Joseph Smith não conseguia receber inspiração do Espírito, a menos que tivesse sentimentos corretos em relação a todas as pessoas. Certa manhã, ele ficou aborrecido com algo que sua mulher, Emma, havia feito. Quando Joseph tentou traduzir o Livro de Mórmon, não conseguiu; portanto, dirigiu-se ao quintal e orou. Depois disso, voltou e pediu perdão a Emma. Só então foi capaz de traduzir. (Ver a declaração de David Whitmer, 15 de setembro de 1882, em B. H. Roberts, Comprehensive History of the Church 1:31.) Quando nossos filhos erram, não devemos perder a paciência. Deixemos que o Espírito Santo nos guie ao corrigi-los. (Ver D&C 121:43.) 31
  • 45. Lição 4 Quais são algumas das coisas que fazemos, que impedem o Espírito Santo de ser nosso companheiro? O que podemos fazer para conservar a sua companhia? Faça duas listas de respostas em duas colunas separadas no quadro-negro. O Presidente Joseph Fielding Smith disse: “O Espírito Santo não habita com a pessoa que não estiver disposta a guardar os mandamentos de Deus. (…) Nessa alma a influência do Espírito Santo não pode entrar. Esse grande dom só nos é dado por meio da humildade, da fé e da obediência. (…) Vocês já pararam para pensar como é grande o privilégio de podermos ter a companhia de um dos membros da Deidade? Vocês já pensaram nisso dessa forma? Esse é privilégio nosso, se guardarmos os mandamentos que o Senhor nos deu”. (“Fundamental Gospel Truths Balance Education for Students at BYU”, Church News, 4 de novembro de 1961, p. 14) Como o Espírito Santo Nos Ajuda Quando demonstramos, por meio de nossa fidelidade, que desejamos ter o Espírito Santo por companheiro, Ele nos ajudará de diversas maneiras. Ele Nos Ajuda a Termos Famílias Mais Felizes O Espírito Santo “inspira a virtude, a bondade, generosidade, brandura, delicadeza e caridade”. (Parley P. Pratt, Key to the Science of Theology, p. 10) Sempre que nós e os membros da família desenvolvemos essas qualidades, há mais harmonia no lar. Ele Nos Mostra o que Fazer O Espírito Santo pode ajudar-nos a tomar decisões importantes e saber o que fazer. Peça aos membros da classe que leiam Doutrina e Convênios 6:15 e 8:2. Como o Espírito Santo nos mostra o que fazer? Ele Nos Ajuda a Progredir na Igreja O Élder Franklin D. Richards contou-nos como o Espírito Santo o guiou: “Muitas vezes ouvi a voz mansa e delicada e os sussurros do Espírito Santo ao me dirigir a vocês, meus irmãos, ao conferir o sacerdócio aos homens, ao designar homens e mulheres para os cargos da Igreja, ao abençoar os doentes, ao prestar meu testemunho aos irmãos ou aos não membros, ao fazer um discurso e em várias outras ocasiões”. (Conference Report, abril de 1973, p. 171–172 ou Ensign, julho 1973, p. 117) 32
  • 46. Lição 4 Ele Nos Adverte Às vezes, o Espírito Santo nos adverte do perigo ou da tentação. O Élder Franklin D. Richards contou sobre a experiência de um jovem pai: “Ele foi acordado durante a noite com uma voz que lhe dizia claramente que fosse até o andar de baixo. Obedecendo à essa voz, encontrou na cozinha uma das paredes completamente em chamas. Rapidamente acordou a todos e, com a ajuda de sua família, tentou debelar o fogo, até a chegada dos bombeiros. Não havia nenhuma dúvida em sua mente de que aquela voz era manifestação do Espírito Santo, que protege os que vivem em harmonia com ele.” (Conference Report, abril de 1973, p. 171 ou Ensign, julho 1973, p. 117) Desde que você recebeu o dom do Espírito Santo, já teve alguma experiência semelhante em que o Espírito Santo a advertiu quanto a uma tentação ou perigo? Ele Nos Conforta Muitas pessoas já testificaram a respeito do o espírito consolador que sentiram nas horas de dor ou aflição. O Espírito Santo ajudou-as a encontrar a paz e a compreensão. O Élder Franklin D. Richards contou a seguinte experiência: “Tive a oportunidade de rever duas amigas que ficaram viúvas por causa de um acidente de avião, envolvendo o marido delas. Gostariam de saber se as encontrei em desespero ou em grande harmonia? Não, responderia eu. Jamais achei tanta força e coragem. Ambas prestaram testemunho de que sentiam a proteção do Espírito (…) e elas tinham certeza de que estariam bem e que sua família teria consolo, se permanecessem na Igreja, guardando os mandamentos do Senhor. (Conference Report, abril de 1973, p. 171) O Presidente Heber J. Grant contou-nos como foi que o Espírito Santo trouxe conhecimento e consolo aos membros de sua família: “Aproximadamente uma hora antes de minha esposa falecer, chamei nossos filhos ao quarto e disse-lhes que sua mãe estava à morte e que havia chegado a hora de dizer-lhe adeus. Uma das crianças, de aproximadamente doze anos, disse-me: ‘Papai, não quero que a mamãe morra. Estive junto com você ao lado da mamãe no hospital (…) nos últimos seis meses; toda vez que ela se sentia mal você lhe dava uma bênção para que ela se sentisse aliviada em sua dor e ela calmamente dormia. Quero que você imponha as mãos sobre a cabeça da mamãe e a cure’. Eu disse à minha filha que todos nós temos que morrer um dia e o meu coração estava convicto de que o seu momento chegara. Tanto a menina quanto os outros filhos retiraram-se do quarto. 33
  • 47. Lição 4 Ajoelhei-me ao lado do leito de minha esposa (que naquele momento já perdera a consciência) e falei ao Senhor que reconhecia Sua mão na vida, na morte, na alegria e na tristeza, na prosperidade e na adversidade. Agradeci-lhe por saber que minha esposa me pertenceria por toda a eternidade. (…) Mas confessei ao Senhor que me faltavam forças para aceitar sua morte e que esse fato abalava a fé dos meus filhos e supliquei ao Pai, com todas as forças que possuía, (…) que Ele desse àquela minha garotinha o conhecimento de que era intenção e vontade Dele que sua mãe morresse. Dentro de uma hora minha esposa faleceu e então chamei as crianças de volta ao quarto. Meu garotinho, de aproximadamente cinco anos e meio de idade, chorava amargamente e foi então que a menina de doze anos o pegou pelo braço, dizendo: ‘Não chore, Heber, quando saímos do quarto da mamãe, a voz do Senhor vinda dos céus me disse: ‘Na morte de sua mãe será feita a vontade do Senhor’”. [Gospel Standards, comp. G. Homer Durham (1941), p. 361] Ele Testifica da Verdade É por meio do Espírito Santo que recebemos nosso testemunho do evangelho. Uma senhora judia, interessada em aprender sobre a Igreja, dirigiu-se à biblioteca pública e de lá tomou emprestado o livro Doutrina do Evangelho, de Joseph F. Smith. Ao lê-lo, sentiu o forte desejo de aprender mais e decidiu visitar a Igreja. Ela disse: “Naquela época eu era casada, portanto, pedi a meu marido que me levasse à Igreja Mórmon. Lembro-me claramente de que hesitei ao entrar na capela, com receio de ver um crucifixo. Como me senti feliz quando, ao entrar, vi uma capela cheia tão somente de pessoas simpáticas e amigáveis. A reunião da Escola Dominical fez-me sentir como se eu tivesse voltado para casa depois de uma longa jornada. Depois da abertura, foi-nos dito que haveria aulas para todos e disseram-nos que assistíssemos a uma aula que mais tarde descobri ser chamada de classe de pesquisadores. A lição daquele domingo foi sobre a organização da Igreja. Quando foi mencionado o ofício de bispo, o professor explicou, talvez em deferência a meu marido e a mim, que o bispo era como um rabi. Mais tarde, quando ele estava nos mostrando a capela, eu lhe disse: ‘Espero que o senhor não se importe por eu mencionar isto, mas o bispo, na sua igreja, não é, de forma alguma, como um rabi. Um rabi é simplesmente um professor ou mestre, enquanto seu bispo tem a autoridade de Deus’. Fiquei totalmente surpresa ao ouvir-me dizendo aquilo, e isso foi somente o princípio. Naquela época eu não tinha idéia da fonte do meu conhecimento dessas coisas. Era bem verdade que eu tinha 34
  • 48. Lição 4 acabado de ler o livro Doutrina do Evangelho, mas dois dias de leitura não é tempo suficiente para absorver intelectualmente cerca de 500 páginas de novas idéias e conceitos. Mais tarde, aprendi que é o discernimento do coração—a confirmação do Espírito—que transforma o conhecimento em compreensão”. (Renée Pool Vorhaus, “The God of My Fathers”, Ensign fevereiro de 1978, p. 20) Por meio do Espírito Santo, podemos saber quando o profeta de Deus revela a verdade. O Presidente Reuben Clark Jr. ensinou que sabemos quando os oradores são movidos pelo Espírito Santo somente quando nós mesmos somos movidos pelo Espírito. (Church News, 31 de julho de 1954, p. 9) É importante vivermos de modo que o Espírito Santo seja nosso companheiro constante e nos guie para que saibamos discernir a verdade. As bênçãos do Espírito Santo são reais e estão a nossa disposição, como membros da Igreja, se as procurarmos em justiça. Convide os membros da classe para falar sobre alguma ocasião em que tenham sentido a companhia do Espírito Santo. Conclusão O dom do Espírito Santo é uma grande bênção dada àqueles que foram confirmados membros da Igreja. Este Espírito é essencial para que completemos nossa missão com sucesso aqui na Terra. O Espírito Santo nos ajudará em todas as áreas de nossa vida, se formos dignas de Seu companheirismo. Desafio Busque a companhia do Espírito Santo em sua vida diária. Faça uma meta de melhorar em um ou mais dos pontos a seguir: 1. Tentar guardar todos os mandamentos; 2. Orar regularmente; 3. Demonstrar amor pelo Salvador; 4. Servir os outros; 5. Conservar pensamentos e ações puros; 6. Agradecer ao Senhor por Suas bênçãos e pelo dom do Espírito Santo. Escrituras Adicionais Atos 5:32 (Espírito Santo, uma testemunha); 1 Néfi 10:17 (ver, ouvir e saber pelo poder do Espírito Santo); 2 Néfi 31:13 (falar a língua dos anjos depois de receber o Espírito Santo); 35
  • 49. Lição 4 Doutrina e Convênios 107:56 (predizer o futuro por meio do Espírito Santo); Moisés 6:61 (o Consolador). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 21, “O Dom do Espírito Santo.” 2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 3. Designe às irmãs a apresentação das escrituras, histórias e citações da lição. 36
  • 50. TESTEMUNHO Lição 5 O propósito desta lição é ajudar-nos a conseguir edificar e prestar testemunho do evangelho restaurado de Jesus Cristo. O que É um testemunho? Cante o hino “Eu Sei que Vive Meu Senhor”. (Ver Hinos, nº 70, ou Princípios do Evangelho, pp. 346-347.) Um testemunho não vem só por meio dos nossos poderes de raciocínio. O Presidente Spencer W. Kimball disse que “os testemunhos são sentimentos e não meramente acumulação de fatos”. (Citado por Margaret Hoopes, “Community and Communing: The Power of Testemony Meeting”, Ensign, janeiro de 1978, p. 50.) O testemunho do evangelho “é recebido quando o Espírito Santo fala ao nosso espírito; ele surge quando os sussurros da voz mansa e suave são ouvidos”. Vem com ‘uma certeza calma e inabalável (…).’ Três grandes verdades devem ser incluídas em todo testemunho verdadeiro: 1. Que Jesus Cristo é o Filho de Deus e o Salvador do mundo (D&C 46:13); 2. Que Joseph Smith é o Profeta de Deus e por intermédio dele o evangelho foi restaurado nesta dispensação; e 3. Que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a única igreja verdadeira existente sobre a face da Terra. (D&C 1:30).” [Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine, 2ª edição, (1966) pp. 785–786] O Presidente Joseph F. Smith prestou o seguinte testemunho: “Queridos irmãos e irmãs, desejo prestar-lhes meu testemunho de que sei, com toda certeza, que esse trabalho em que estamos engajados é verdadeiro. E essa certeza é tão grande, que tomou conta de todo o meu ser; penetrou profundamente em meu coração e em cada fibra de minha alma, de maneira que me apresso a dizer a esta congregação (…) que Deus me revelou que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus Vivo, o Redentor do mundo; que Joseph Smith é, foi, e sempre será um profeta de Deus, ordenado e escolhido para permanecer à testa desta dispensação. (…) Eu sei, assim como sei que vivo, que isso é verdade, e disso presto-lhes o meu testemunho. (…) Sei que este é o reino de Deus, e que Deus o dirige; Ele preside o Seu povo. Preside o presidente desta Igreja (…) e continuará a presidir os líderes desta Igreja até o final dos tempos. Não permitirá 37
  • 51. Lição 5 que esse privilégio seja dado a outro povo, nem que seja entregue ao homem. [Doutrina do Evangelho, 5ª edição (1939), pp. 460–461] Os profetas de Deus têm um forte testemunho do evangelho de Jesus Cristo. Os testemunhos grandiosos, porém, não são reservados somente para os profetas. O Presidente Brigham Young disse: “Os santos dos últimos dias têm o privilégio e dever de saber que sua religião é verdadeira”. [John A. Widtsoe, comp., Discursos de Brigham Young, (1954), p. 430] Todas nós temos o privilégio e o dever de conseguir um testemunho de Jesus Cristo, de Joseph Smith e de nosso profeta vivo. Podemos ganhar um testemunho da veracidade do Livro de Mórmon, do princípio do dízimo, da Palavra de Sabedoria e de todos os outros princípios do evangelho. Peça às irmãs que relacione os princípios do evangelho sobre os quais conseguiram testemunho. Quando for oportuno, peça-lhes que contem como ganharam esses testemunhos. Recebemos Testemunho por intermédio do Espírito Santo Quando o Espírito Santo presta testemunho da veracidade do evangelho ao nosso espírito, coração e mente, recebemos um testemunho. Ler Doutrina e Convênios 8:2–3. Explique como o Espírito Santo presta testemunho. Faça referência a Princípios do Evangelho, capítulo 7, subtítulo “Por que o Espírito Santo é necessário?” Para alguns, receber o testemunho é uma experiência vívida. Assim foi para Heinrich Stilger, de Frankfurt, Alemanha. Ele foi visitado pelos missionários e havia decidido batizar-se, mas ao aproximar-se da data, começou a questionar sua decisão. Ele tinha dificuldade em viver a Palavra de Sabedoria e a lei do dízimo. Os missionários foram pacientes, mas não conseguiram convencê-lo a marcar uma data para o batismo. Outro missionário veio e pediu-lhe que orasse por um testemunho, o que ele finalmente fez. O irmão Stilger disse mais tarde: “Eu vi um vulto brilhante e ouvi uma voz, que me disse que a Palavra de Sabedoria e a lei do dízimo são mandamentos de Deus”. (“His Testimony Came Through Prayer”, Church News, 17 de janeiro de 1970, p. 6) Para a maioria das pessoas, o testemunho vem de maneira menos espetacular; todavia, não menos importante ou válida. Até mesmo os profetas e apóstolos da Igreja receberam seu testemunho de maneira simples. O Presidente David O. McKay explicou como recebeu o seu testemunho: “Quando eu era menino, ouvi um testemunho sobre os princípios do evangelho, o poder do sacerdócio e a divindade desse trabalho. Ouvi a admoestação de que nós também podemos conseguir tal testemunho, se orarmos, mas de alguma forma eu imaginava, quando jovem, que 38
  • 52. Lição 5 não poderíamos conseguir um testemunho, a menos que tivéssemos uma manifestação. Li sobre a Primeira Visão do Profeta Joseph Smith e sabia que o que ele havia recebido era de Deus; ouvi falar de élderes que tinham ouvido vozes (…) e, de alguma forma, fiquei com a impressão de que era essa a fonte de todo testemunho. (…) Lembro-me de certa tarde em que estava andando a cavalo e pensei nessas coisas e concluí que lá, no silêncio das montanhas, era o melhor lugar para se conseguir tal testemunho. Parei meu cavalo. (…) Ajoelhei-me e, com todo o fervor do meu coração, orei a Deus, pedindo-Lhe um testemunho deste evangelho. Eu achava que teria algum sinal, que receberia algum tipo de transformação que me deixaria sem qualquer dúvida. Levantei-me, montei no meu cavalo e, ao começar a cavalgar (…) disse a mim mesmo: ‘Não, não houve qualquer mudança; sou o mesmo rapaz que era antes de me ajoelhar’. A manifestação aguardada não havia ocorrido. (…) O testemunho de que esse trabalho é divino veio (…) por meio da obediência à vontade de Deus, em harmonia com a promessa de Cristo, de que: ‘Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo’. (João 7:17)” (“A Personal Testimony”, Improvement Era, setembro de 1962, pp. 28–29) O Presidente Marion G. Romney explicou como conseguiu seu testemunho: “Às vezes, o testemunho chega a uma pessoa bem devagarinho, no decurso de um longo período de tempo. Não me recordo de um testemunho ter chegado a mim rapidamente. (…) Não posso recordar-me de quando não possuí um testemunho. Certamente tem sido fortalecido através dos anos, mas nunca me lembro de quando não acreditei. Todavia, venha o testemunho rapidamente ou aos poucos, sempre faz alguma coisa para uma pessoa. Ela fica diferente depois de recebê-lo”. (A Liahona, outubro de 1976, p. 3) Não importa como recebemos um testemunho; ele abençoará nossa vida e nos ajudará a progredir no evangelho. Devemos Preparar-nos para Receber um Testemunho Exponha um cartaz com a seguinte lista ou escreva as informações no quadro-negro: 1. Desejo de acreditar; 2. Estudar as escrituras; 3. Fazer a vontade de Deus; 4. Meditar e orar com fé em Cristo. 5. Jejuar e orar freqüentemente. 39
  • 53. Lição 5 Desejo de Acreditar Este primeiro passo, sentir o desejo de ter um testemunho, é muito importante. Ler Alma 32:26–27. Como o desejo de saber a verdade influenciou as experiências do Presidente McKay e de Heinrich Stilger? Como foi que esse mesmo desejo influenciou Joseph Smith? (Ver Joseph Smith— História 1:10–20.) Estudar as Escrituras O estudo das escrituras nos ajuda a recebermos o testemunho, que não virá, se não trabalharmos por ele. Ler Doutrina e Convênios 9:7–9. Como o estudo das escrituras ajuda- nos a ganhar um testemunho? Fazer a Vontade de Deus O Presidente David O. McKay recebeu seu testemunho fazendo a vontade do Senhor. Cada um de nós também pode ganhar um testemunho ao fazermos a vontade do Senhor. Ler João 7:17. De que maneira o fato de cumprirmos os mandamentos prepara-nos para ter um testemunho? Meditar e Orar com Fé em Cristo Para receber conhecimento por meio do Espírito Santo, devemos pedir ao Pai Celestial que nos conceda esse conhecimento. Devemos também confiar que Deus nos ama e que Ele nos ajudará a identificar os sussurros do Espírito Santo. Ler Morôni 10:3–5. Por que a oração é tão importante para ganharmos um testemunho? Jejuar e Orar Freqüentemente O jejum aumenta o poder da oração. Ele, juntamente com a oração, nos ajudará a conseguir nosso testemunho. Ler Alma 5:45–46. Como o jejum e a oração ajudam-nos a ganhar um testemunho? Certa jovem, Annette Parkinson, estava tendo dificuldade para conseguir um testemunho, mesmo depois de orar, ler as escrituras e guardar os mandamentos. Ela contou: “Eu estava bloqueada pelo medo de ser enganada, de que eu pudesse pensar que tinha um testemunho, em vez de realmente consegui-lo por meio do Espírito Santo. Temia isso mais do que qualquer outra coisa. A idéia de exercitar tal confiança em Deus parecia-me tão temerosa quanto dar um pulo no espaço e esperar que alguém aparecesse para me segurar. Eu podia ver, entretanto, que se desejasse um testemunho, teria que fazer algo a respeito. 40
  • 54. Lição 5 Descobri que ter fé não era um processo instantâneo, mas eu tentava sinceramente mostrar e sentir confiança no Senhor. Com o passar do tempo, algo maravilhoso começou a acontecer dentro de mim. Certo dia, enquanto eu estava sentada na minha cama, sobreveio-me um sentimento que nunca tinha notado antes, sem ser, no entanto, algo totalmente novo. Enquanto sentada lá, lembro-me de haver dito a mim mesma: ‘O Senhor respondeu a minhas orações! Agora eu sei que Ele vive. Sim, eu sei realmente que Ele vive!’ O sentimento foi profundo e sagrado, doce e pacificador. Eu sabia que Deus vivia e me sentia imensamente feliz. Esse foi, naturalmente, o fim de minhas dificuldades. Eu ainda precisava saber se Jesus Cristo era verdadeiramente o meu Salvador, se Joseph Smith foi um profeta, se o presidente da Igreja é um profeta. (…) Mas desde aí, o meu entendimento do evangelho aumentou cem vezes mais e tenho recebido um testemunho de muitas coisas”. “Trust, a Key to Testimony”, New Era, fevereiro de 1978, p. 33) Por que às vezes é difícil desenvolver confiança no Senhor? De que forma o desejo de ter ou fortalecer um testemunho influencia nossas ações? Devemos Fortalecer Continuamente Nosso Testemunho O Élder Heber C. Kimball disse: “Para nos defrontarmos com as dificuldades que estão para vir, será necessário que tenhamos um conhecimento da verdade deste trabalho por nós mesmos. (…) Virá o tempo em que nenhum homem ou mulher poderá perseverar com luz emprestada. Cada um terá que ser guiado pela sua própria luz interior. Se não a tiverem, como poderão permanecer?” [Citado por Orson F. Whitney em “Life of Heber C. Kimball”, 3ª ed. (1967), p. 450.] O presidente Harold B. Lee disse: “O testemunho não é algo que temos hoje e teremos para sempre. Ele é frágil e tão difícil de segurar quanto o arco-íris. É algo que temos que reconquistar todos os dias de nossa vida”. (Citado por J. M. Heslop, “President Harold B. Lee Directs Church; Led By the Spirit”, Church News, 15 de julho de 1972, p. 4.) O Élder George Q. Cannon escreveu: “Não é suficiente que conheçamos a veracidade deste trabalho ontem ou no dia anterior, ou há uma semana, mês ou ano atrás; a fim de sermos felizes, devemos e precisamos saber que ele é verdadeiro hoje. (…) Somente podemos reter o testemunho da verdade em nosso coração vivendo perto de Deus”. [Gospel Truth, sel. Jerreld L. Newquist (1957), 1:343.] Alma comparou o testemunho a uma semente que deve ser cuidada para poder crescer e se transformar em uma bela árvore. 41
  • 55. Lição 5 Ler Alma 32:37–38. Quais as coisas que poderiam fazer com que perdêssemos nosso testemunho? Ler Alma 32:41. Como podemos nutrir nosso testemunho? Uma forma de edificarmos nosso próprio testemunho e o dos outros é prestando-o freqüentemente. Temos o dever de partilhar nosso testemunho com membros e não-membros. Todos os meses, na reunião de jejum e testemunhos, podemos testificar que sabemos que os princípios do evangelho são verdadeiros. Podemos também explicar como o sabemos. Podemos prestar testemunho da divindade e Expiação de nosso Salvador, do chamado de Joseph Smith como profeta e do chamado de nosso profeta atual. Prestar o testemunho nos ajuda a compreender e valorizar nossos sentimentos. Ajuda nosso testemunho a crescer dentro de nós. Muitas vezes o simples fato de prestarmos nosso testemunho ajuda-nos a compreender o que temos. Quando prestamos testemunho pelo poder do Espírito Santo, outros também podem receber um testemunho Dele por nosso intermédio. Saberão, assim, que o que dissemos é verdadeiro. Poderão também ganhar o desejo de sobrepujar suas faltas e se tornarem melhores. As reuniões de testemunhos realmente edificantes aproximam os membros da ala ou ramo, de modo que passam a sentir-se como se fossem uma grande família. Conclusão O testemunho é o bem mais precioso que temos. Devemos viver em justiça, servir nosso próximo e prestar nosso testemunho. Se assim fizermos, ele se tornará mais vigoroso e trará grande alegria, força e paz a nossa vida. Desafio Procure uma oportunidade de prestar seu testemunho às outras pessoas. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 7, subtítulo “Por que o Espírito Santo É Necessário?”, pp. 37–39; 2. Estude Alma 32:26–43 e Éter 12:6; 3. Planeje a abertura da aula com o hino “Eu Sei que Vive Meu Senhor”, Hinos, nº 70, ou Princípios do Evangelho, pp. 346–347. 4. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 5. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 42
  • 56. JEJUM Lição 6 O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender como podemos fortalecer a nós e a nossa família por meio do jejum. A Maneira Certa de Jejuar Peça ao membro designado que apresente um resumo de três minutos de Princípios do Evangelho, capítulo 25, “Jejum”. Como Aumentar a Espiritualidade de Nosso Jejum O jejum nos ajuda a reconhecer nossa dependência do Senhor. Quando jejuamos e oramos, afastamo-nos das coisas do mundo. Abrimos nosso coração para conhecer e aceitar a vontade de Deus quanto a nós e nossa família. O jejum também faz com que oremos com mais intensidade. Ao aumentarmos a espiritualidade do nosso jejum, conseguiremos melhorar o relacionamento com nossos familiares. Podemos também receber grandes bênçãos espirituais de consolo e discernimento. Como podemos enriquecer nossas experiências de jejum? Sempre que desejamos mudar algo em nossa vida, devemos planejar, preparar e praticar as coisas que ocasionarão tal mudança. Esses mesmos princípios nos ajudarão a melhorar nosso jejum. Jejuar com Propósito Podemos tornar nosso jejum mais significativo quando temos uma razão para jejuar. Muitas famílias e indivíduos examinam cuidadosamente o motivo do seu jejum antes de o iniciar. Podemos jejuar para (1) abençoar alguém (ver Alma 6:6); (2) receber força espiritual para sobrepujar um problema; (3) receber inspiração e revelação (ver Alma 17:3); (4) pedir ajuda ou consolo (ver Helamã 9:10) e (5) aumentar o amor e a harmonia no lar. De que forma ter um propósito pode tornar o jejum mais fácil? Como pode tal propósito aumentar o significado do jejum? Quais são algumas das razões pelas quais as famílias podem jejuar? 43
  • 57. Lição 6 Ajudar os Membros da Família a Jejuar Não devemos obrigar nossos filhos pequenos a jejuar, mas devemos falar-lhes sobre o propósito do jejum e incluí-los em nossas orações, quando começamos nosso jejum, e até mesmo ajudá-los a aprender a jejuar, pedindo-lhes que o façam durante uma refeição apenas. Quando estiverem na idade de serem batizados, estarão mais bem preparados para observar a lei toda. Devemos estar a par dos problemas individuais de saúde e tentar descobrir um modo de fazer com que os membros da família jejuem. Podemos ajudar nossos familiares que estão tentando jejuar, alimentando as crianças pequenas separadamente. Podemos mudar a rotina usual e servir alimentos que sejam de fácil preparação, em vez de pratos que encham a casa com aromas tentadores. Podemos preparar o alimento para a refeição do domingo no sábado. Isso nos deixaria tempo também para estudar as escrituras no domingo, para orar e meditar sobre o propósito de nosso jejum. Podemos usar o tempo livre para ler as escrituras às crianças, para falar com elas e aumentar o seu amor ao evangelho. Se preenchermos com atividades adequadas o tempo geralmente gasto comendo, pensaremos menos nas refeições perdidas. Se ficarmos com fome durante o jejum, devemos tentar não pensar em comida; em vez disso, devemos pensar em nutrir-nos espiritualmente. Isso fazemos, “banqueteando-nos com as palavras de Cristo”. (Ver 2 Néfi 32:3.) Em vez de ficarmos pensando em comer, devemos estudar as escrituras, meditar, exercer nossa fé e continuar em oração. Ler Doutrina e Convênios 59:13–15. Qual deveria ser a nossa atitude ao prepararmos o alimento para quebrar o nosso jejum? De que forma a obediência a esse conselho dado nessa escritura aumenta a nossa espiritualidade? Jejuar com Devoção Sempre devemos começar nosso jejum com oração, sendo esse um bom momento para pedir ao Pai Celestial que nos dê forças para completar o nosso jejum. Devemos expressar nosso desejo de jejuar, o propósito de nosso jejum e a sua importância para nós. Devemos também pedir ajuda na busca da bênção que precisamos. Devemos terminar nosso jejum com oração, exercitando fé no que concerne ao seu propósito. Se outros estiverem jejuando conosco pelo mesmo motivo, devemos todos unir-nos em oração. Devemos expressar gratidão por termos filhos fortes e obedientes, que desejam partilhar das bênçãos espirituais do jejum. O que podemos fazer em nosso lar para aumentar a espiritualidade do jejum de todos os membros da família? 44
  • 58. Lição 6 O Jejum É uma Fonte de Poder Quando passamos por provações, freqüentemente necessitamos de força adicional. Os portadores do sacerdócio sempre jejuam para aumentar sua habilidade de usar o poder que lhes foi dado. Quando procuramos bênçãos do sacerdócio, podemos aplicar o mesmo princípio. O Élder Mathew Cowley contou a seguinte história sobre o poder do jejum dos pais: “Há pouco mais de um ano, veio ao meu escritório, um casal carregando um menininho, e o pai me disse: ‘Faz dois dias que minha mulher e eu estamos jejuando e trouxemos nosso filhinho para ser abençoado. Fomos enviados ao senhor’. ‘O que está acontecendo com ele?’ perguntei. Eles disseram que o menino tinha nascido cego, surdo e mudo, sem coordenação dos músculos e que nem mesmo conseguia engatinhar, apesar de já estar com cinco anos de idade. Pensei comigo mesmo na dificuldade do caso. ‘Esta espécie de mal não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.’ Eu tinha fé implícita no jejum e nas orações daqueles pais. Abençoei a criança e, poucas semanas mais tarde, recebi uma carta: ‘Irmão Cowley, gostaríamos de que o senhor pudesse ver o nosso filho agora. Ele está engatinhando. Quando lhe jogamos uma bola, ele vai ao seu encalço, pois já consegue ver. Quando batemos palmas acima de sua cabeça, ele pula, pois já consegue ouvir’. A ciência médica tinha sido ineficiente. Deus assumira o controle”. (“Miracles”, Speeches of the Year, 18 de fevereiro de 1953, p. 8) Mostre a gravura 6-a, “Ester, embora colocando a própria vida em perigo, dirigiu-se ao rei em jejum e oração”. Uma mulher digna, por meio da obediência aos mandamentos, pode abençoar não só a si mesma e a sua família, como a uma nação inteira. Ester foi uma dessas mulheres, cuja história é relatada no Velho Testamento. Ester, uma judia que havia caído nas graças do rei da Pérsia, tornou-se sua mulher. No mesmo país, havia um homem poderoso chamado Hamã, inimigo ferrenho de Mardoqueu, primo de Ester. Por ter-se Mardoqueu recusado a inclinar-se diante dele, Hamã fez planos para matá-lo, bem como a todos os judeus. Quando Mardoqueu ouviu essa trágica notícia, mandou avisar Ester, pedindo- lhe que se dirigisse ao rei e lhe pedisse proteção. Ester explicou a lei, dizendo: “(…) todo o homem ou mulher que chegar ao rei no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu nestes trinta dias não tenho sido chamada para ir ao rei”. (Ester 4:11) Mardoqueu respondeu que, se Ester não fizesse algo, todos seriam mortos, incluindo sua própria família. 45
  • 59. 6-a, Ester, embora colocasse a própria vida em perigo, dirigiu-se ao rei em jejum e oração. © Providence Lithograph Company 46
  • 60. Lição 6 Ester conscientizou-se de sua responsabilidade e respondeu: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci”. (Ester 4:16) Ester, embora colocasse a própria vida em perigo, dirigiu-se ao rei em jejum e oração. O rei estendeu seu cetro para que ela pudesse aproximar-se poupando sua vida. Por colocar sua vida e os seus problemas nas mãos do Senhor, foi poupada. O rei proclamou que os judeus podiam defender-se e sobreviver. (Ver Ester 5:2; 8:10–11.) Como foi que o jejum de Ester e dos outros ajudou-a a ganhar força e coragem? Quais as situações em nossa vida que exigem força e coragem? De que forma o jejum pode ajudar-nos? Conclusão O jejum nos fornece força espiritual por meio da obediência e da fé. Quando jejuamos e oramos, exercitando nossa fé, podemos ser abençoados com o aumento de capacidade e poder de que necessitamos. Quando jejuamos, nosso testemunho se fortalece e temos o desejo de compartilhá-lo na reunião de testemunhos. Nossos filhos, ao ouvirem e sentirem nosso amor ao evangelho, também crescerão espiritualmente. Desafio Veja como se preparar para o jejum e o que fazer no domingo de jejum. Tente aumentar a espiritualidade de seu lar. Para ter sucesso em seu jejum, lembre-se da importância da atitude certa e da preparação. Escrituras Adicionais Mateus 6:16–18 (como jejuar); Lucas 2:37 (servir a Deus com jejuns e orações); Mosias 27:22–23 (cura por meio do jejum e da oração); Alma 5:46 (revelações por meio do jejum e da oração). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 25, “Jejum”; 2. Designe uma aluna para fazer um resumo de três minutos baseado em Princípios do Evangelho, capítulo 25; 3. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 47
  • 61. REVERÊNCIA Lição 7 O propósito desta lição é ajudar-nos a aprender a ensinar reverência à nossa família e a melhorar pessoalmente nesse sentido. Reverência É uma Qualidade da Alma Mostre um cartaz com a escritura que se encontra em Levítico 19:30 ou escreva-a no quadro-negro. Os profetas modernos têm-nos aconselhado sobre a reverência. O Presidente David O. McKay disse: “A reverência é, para mim, uma das qualidades mais sublimes da alma”. (Conference Report, outubro de 1951, pp. 179–180) O seguinte texto foi escrito pelo Presidente Spencer W. Kimball aos membros da Igreja: “Somos um povo ricamente abençoado. O Senhor nos deu tudo: o evangelho de Jesus Cristo, a luz, o sacerdócio, o poder, as promessas, os convênios, os templos, nossa família e a verdade. Deveríamos ser o povo mais feliz da Terra, e também o mais reverente. É nesse ponto que cada indivíduo e cada família deveriam fazer uma auto-análise. Somos um povo reverente? Nossos atos no lar e na Igreja demonstram reverência para com nosso Criador? Às vezes duvidamos. Assistimos a reuniões sacramentais e conferências em que crianças correm desenfreadamente entre os bancos, durante o serviço de adoração. Observamos pessoas adultas falando com as que estão a seu lado, algumas cochilando, e os jovens se reunindo nos corredores. Vemos ainda famílias chegando atrasadas e sentando-se ruidosamente nos bancos, e grupos de pessoas conversando em voz alta na capela depois das reuniões. Imaginemos o efeito que isso causa nos pesquisadores, nos amigos e membros, cujo testemunho é fraco e está em fase de desenvolvimento. Nossas reuniões são grandiosos instrumentos missionários em que o Espírito reina e toca todos os corações? Ou, para sentirmos o Espírito, temos que eliminar primeiramente todas as distrações desnecessárias? 48
  • 62. 7-a, Devemos ser reverentes e ensinar nossos filhos a serem reverentes na capela. 49
  • 63. Lição 7 Examinemos a reverência, não apenas quanto ao seu significado e importância para a vida dos santos dos últimos dias, mas também quanto a algumas formas por meio das quais podemos ensiná-la a nossos filhos e melhorar o nosso próprio desempenho. Significado e Importância da Reverência A reverência foi definida como ‘um sentimento ou atitude de profundo respeito, afeto e temor por alguma coisa sagrada’. Outra forma de expressar o significado da reverência é descrevê-la como uma devoção a Deus. Muitos líderes no mundo têm considerado a reverência um dos mais elevados atributos da alma, dizendo que ela envolve fé verdadeira em Deus e em Sua retidão, cultura elevada e amor às coisas boas da vida. Reverência a Deus Numa revelação moderna, o Senhor nos ajudou a compreender o significado e importância da reverência. Um desses exemplos parece indicar que a reverência para com o Pai e o Filho é uma qualidade ou característica essencial daqueles que alcançam o reino celestial. Na seção 76 de Doutrina e Convênios, conhecida como ‘A Visão’, dada a Joseph Smith e Sidney Rigdon em fevereiro de 1832, encontramos o seguinte: ‘E assim vimos a glória do celeste, que supera em todas as coisas— onde Deus, sim, o Pai, reina sobre o seu trono para todo o sempre; Diante de cujo trono todas as coisas curvam-se em humilde reverência e dão-lhe glória para todo o sempre. Aqueles que habitam em sua presença são a igreja do Primogênito; e eles vêem como são vistos e conhecem como são conhecidos, tendo recebido de sua plenitude e de sua graça; ‘E ele os faz iguais em poder e em força e em domínio’. (D&C 76:92–95) Reverência pelo Nome da Deidade Outra revelação moderna ensina que devemos ser reverentes até mesmo para com o nome da Deidade; a não profanar o nome do Pai, e até mesmo evitar o uso freqüente de Seu nome. (Ver D&C 107:2–4.) Nesse ponto, devemos lembrar que um dos mandamentos diz: ‘Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão’. (Êxodo 20:7) Evidentemente essa reverência por Deus e Seu nome é uma das qualidades mais importantes que podemos cultivar. 50
  • 64. Lição 7 Reverência pela Casa do Senhor Existe ainda outra área de extrema importância. O Senhor nos ensinou, por meio de revelação moderna, que devemos ter a devida reverência por Sua casa sagrada. Na importante revelação dada a Joseph Smith, conhecida como a oração dedicatória do Templo de Kirtland, foi dada uma orientação que esse, como outros templos sagrados erigidos ao Senhor, deveriam ser- Lhe um lugar de reverência. (Ver D&C 109:13, 16–21.) Num sentido muito real, o que se diz quanto aos templos sagrados da Igreja, aplica-se também a toda ‘casa do Senhor’, seja ela uma capela ou qualquer outro lugar em que os santos se reúnam para adorar ou, de fato, qualquer lar santo dos últimos dias. A Reverência Envolve Felicidade Como acontece com os outros princípios do evangelho, a reverência proporciona um aumento de felicidade. Devemo-nos lembrar de que a reverência não é um comportamento melancólico temporário que adotamos aos domingos. A verdadeira reverência envolve a felicidade, bem como amor, respeito, gratidão e temor a Deus. É uma virtude que deve fazer parte de nossa maneira de viver. De fato, os santos dos últimos dias deveriam ser o povo mais reverente da Terra. A Reverência no Lar Onde, então, começa a reverência? Como podemos desenvolvê-la? O lar é a chave para a reverência, e também o local adequado para se desenvolver qualquer outra atitude divina. Devemos ensinar as crianças a orar. É durante as orações pessoais e familiares que elas aprendem a baixar a cabeça, cruzar os braços e fechar os olhos quando se estão dirigindo a nosso Pai Celestial. O comportamento que aprendem em casa determina a reverência que terão nas reuniões da Igreja. Uma criança que aprendeu a orar em casa, logo aprende que deve ficar quieta e calada durante as orações do serviço de adoração. Da mesma forma, quando as noites familiares são parte da vida familiar, as crianças sabem que há ocasiões especiais, não apenas na Igreja, como em casa, em que aprendemos sobre nosso Pai Celestial, quando todos precisam comportar-se da melhor maneira possível. A música é um deleite especial para as crianças. Os hinos que freqüentemente são cantados na Igreja, também podem ser usados pelas famílias em casa. As crianças pequenas, principalmente, podem tirar grande proveito, se os pais as ajudarem a aprender hinos fáceis em casa. Desse modo, elas ansiosamente aguardariam a ocasião de poder cantá-los durante a reunião sacramental ou em outras ocasiões. 51
  • 65. Lição 7 A Reverência na Igreja É claro que os pais devem assistir às reuniões dominicais juntamente com seus filhos. Pai e mãe devem trabalhar em conjunto, assegurando-se de que a preparação para assistir às reuniões seja uma agradável experiência familiar. A correria de última hora, para reunir e aprontar as crianças, e sair apressadamente para as reuniões destrói o espírito de reverência. Quando as famílias adquirem esse hábito, sempre chegam atrasadas à Igreja; muitas vezes trocam palavras ásperas e se desentendem, fazendo com que as crianças fiquem aborrecidas e inquietas durante a reunião. Muito mais reverente é a família que se prepara com bastante antecedência, que chega à capela antes do início das reuniões e senta- se junto para ouvir o prelúdio musical e expulsar as preocupações mundanas de sua mente. Os pais de filhos pequenos muitas vezes sentem dificuldade em ajudá- los a apreciar as reuniões e evitar que criem distúrbios. A perseverança, firmeza e preparação no lar são os ingredientes essenciais para o sucesso. Se estiverem confusos quanto à maneira de cuidar dos filhos na Igreja, os pais mais jovens poderão pedir conselhos a um casal mais experiente da ala. É comum, antes e depois das reuniões, reunirem-se os membros na capela para se cumprimentarem. Algumas irreverências aparentes deve-se ao inocente fato de sermos um povo amigável, e o Dia do Senhor ser uma ocasião oportuna para conversar, confraternizar-se e encontrar novas pessoas. Os pais devem dar o exemplo para seus familiares, conversando nos corredores e outras áreas fora da capela, antes ou depois das reuniões. Ao terminar uma reunião, os pais podem fazer com que o espírito do serviço de adoração continue em seu lar, falando com seus filhos acerca de um número musical, discurso, mensagem ou algum outro aspecto positivo da reunião. Um Esforço para Melhorar a Reverência “Discutimos a importância da reverência e examinamos alguns de seus significados. Oferecemos também diversas sugestões a respeito de promover a reverência no lar e na Igreja. O aperfeiçoamento real das ações das pessoas, entretanto, ocorrerá quando os líderes e famílias locais combinarem seus esforços para sobrepujar os problemas específicos de reverência. Queremos incentivar e apoiar uma melhor reverência na Igreja toda. (…) A verdadeira reverência é uma qualidade vital que está desaparecendo rapidamente do mundo, à medida que as forças do mal aumentam sua influência. Não podemos compreender totalmente o poder benéfico que podemos exercer, se milhões de membros da verdadeira Igreja de Cristo forem um exemplo de comportamento reverente. Não podemos 52
  • 66. Lição 7 imaginar o número adicional de vidas que podemos influenciar. O mais importante ainda é que não podemos prever o grande impacto espiritual que influenciará nossa própria família, se nos tornarmos o povo reverente que devemos ser. Devemos todos trabalhar unidos, a fim de desenvolver maior reverência em nossa vida”. [Devemos Ser um Povo Reverente (folheto, 1976), pp. 1–4] Como podem os pais ajudar seus filhos a participar das reuniões da igreja e serem mais reverentes? Depois que os membros da classe tiverem respondido, peça a alguém que leia as seguintes sugestões: “Sugestões aos Pais para o Ensino de Reverência Os pais podem ajudar seus filhos a participarem das reuniões da igreja com alegria— 1. Participando da Escola Dominical e da reunião sacramental com seus filhos; 2. Fazendo preparativos para as reuniões, a fim de proporcionar uma experiência agradável e sem correrias; 3. Chegando cinco a dez minutos antes do horário programado para o início da reunião; 4. Sentando-se juntos, em família; 5. Falando em casa a respeito de um discurso, mensagem, número musical ou outro aspecto da reunião”. (Spencer W. Kimball, Devemos Ser um Povo Reverente, p. 4) Mostre a gravura 7-a, “Devemos ser reverentes e ensinar nossos filhos a serem reverentes na capela”. Como podemos ensinar reverência às crianças pequenas? Depois que as irmãs tiverem respondido, peça a alguém que leia as seguintes sugestões: “Os pais com filhos pequenos devem tentar— 1. Ajudar os filhos pequenos a compreenderem o que se está passando. Os filhos pequenos podem-se ocupar em colorir um livro ou caderno silenciosamente, mas é importante ajudá-los a compreender o máximo possível sobre a reunião. Um comentário ocasionalmente cochichado ao ouvido da criança para esclarecer algum assunto da ala ou a mensagem do orador pode ajudar a criança a ficar a par do que está acontecendo. O pai poderia, por exemplo, dizer-lhe baixinho: ‘Aquele é o pai do Pedrinho, e está falando sobre os pioneiros’. 2. Dar ênfase aos hinos. Para as crianças, o canto pode ser uma das partes mais agradáveis da reunião. Incentive o seu interesse pelos hinos, cantando hinos fáceis em 53
  • 67. Lição 7 casa e ensinando-os a seus filhos. O regente de música da ala talvez possa fornecer uma lista dos hinos que serão cantados nas reuniões futuras. 3. Reforçar as regras de etiqueta aprendidas em casa, na Primária e na Escola Dominical. Ajude as crianças a lembrarem-se de que devem cruzar os braços e abaixar a cabeça durante as orações, e que devem sentar-se bem quietinhas durante o sacramento. Elas devem compreender que é falta de cortesia brincar nos corredores ou ficar entrando e saindo da capela durante a reunião. 4. Dar o exemplo. Dê um bom exemplo, mostrando interesse pela reunião, comunicando- se somente quando necessário e em sussurros, e ensinando as crianças a fazerem o mesmo. 5. Certifique-se de que as crianças estão prontas para as reuniões. As idas ao banheiro e ao bebedouro devem ser feitas antes do início da reunião”. (Spencer W. Kimball, Devemos Ser um Povo Reverente, pp. 4–5) Conclusão Quando somos reverentes, mostramos nosso amor e respeito ao Pai Celestial e a Seu Filho, Jesus Cristo. Ao desenvolvermos uma atitude reverente, sentiremos mais alegria na vida e nos ensinamentos do evangelho de Jesus Cristo. Desafio Relacione as coisas que você pode fazer para se tornar mais reverente e para ajudar os outros, especialmente sua própria família. Preparação da Professora Antes da apresentação desta lição: Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva a escritura no quadro- negro. 54
  • 68. AMOR, CARIDADE E SERVIÇO Lição 8 O propósito desta lição é ajudar-nos a amar e servir os outros. Deus Nos Ama com um Amor Perfeito O amor perfeito, chamado “caridade”, é o puro amor de Cristo. (Ver Morôni 7:47.) Aqueles que sentiram esse amor encontram dificuldade em descrevê-lo. A irmã Erma Braack, dos Estados Unidos, contou a respeito de uma experiência de seu marido relacionada com o amor de Deus: “Bert Braack aceitara a admoestação da Bíblia: ‘Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á’. (Mateus 7:7) (…) Como se fosse um convite pessoal para orar (…) Ele desejava desesperadamente saber se existia um Deus. E, se existia, como era Ele? Ele começou a freqüentar diversas igrejas e a ler a Bíblia. As palavras de Mateus motivaram-no a perguntar por si mesmo, e assim (…)com um desejo intenso de conhecer a verdade, ele ofereceu a sua primeira oração: ‘Se estás aí, Deus, faze com que eu saiba e farei o que desejas que eu faça’. E, assim, ajoelhado, conta ele, ‘uma grande paz me envolveu, senti meu coração arder e uma alegria que jamais havia experimentado invadiu todo o meu ser. Senti como se estivesse completamente imerso numa grande essência espiritual’. Esse sentimento permaneceu com ele três dias. Durante esse tempo, diz ele, ‘mal sentia meus pés tocarem o chão. Parecia que eu havia sido completamente involvido pelo puro amor de Deus. Era um sentimento maravilhoso. Durante essa manifestação, eu amava tudo. Nunca me importara muito com crianças, mas agora lhes dedicava um profundo amor. Eu costumava amaldiçoar a chuva; agora me ensopava nela, e adorava cada minuto que chovia. Se aquilo era uma pequena amostra do amor de Deus, que enche todo o reino celestial, não é de se admirar que o cordeiro e o leão possam viver juntos e nada exista que possa causar mágoa ou temor’”. (Ver ‘A Small Taste of Love’, Ensign, agosto de 1976, p. 36.) 55
  • 69. Lição 8 Peça aos membros da classe que se lembrem de uma ocasião em que se sentiram plenos de amor. Por que devemos saber pessoalmente que Deus nos ama? O Salvador nos deu o exemplo de como devemos amar. Ele foi tratado injustamente, porém não Se voltou contra Seus perseguidores. Foi odiado, mas retribuiu o ódio com amor. Foi pregado a uma cruz de madeira e lá deixado para morrer; no entanto orou pelos soldados romanos: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23:34) Teve paciência com Seus apóstolos, alguns dos quais não compreendiam completamente Sua missão. Teve grande amor às crianças. Um relato comovente do seu amor está registrado em 3 Néfi 17. Peça a irmã designada que leia os versículos por ela escolhidos em 3 Néfi 17 que mostram o amor do Salvador. Ele Mandou-nos Amar Poucas horas antes de Sua crucificação, o Salvador ensinou a Seus discípulos: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis”. (João 13:34) Ordenou-nos que, da mesma forma que Ele amava o Seu próximo, devemos amar-nos uns aos outros. Ele ensinou: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5:44-45) O Élder Marion D. Hanks, contou-nos de que maneira uma mulher foi ensinada, quando criança, a desenvolver amor cristão: “Lembro-me de uma senhora nascida com o corpo seriamente deformado (…) que falou sobre um incidente de sua infância. Seus colegas puseram-lhe apelidos (…) causando-lhe mágoa e lágrimas. Quando chegou em casa, seu pai pegou-a no colo e chorou com ela ao explicar que essa experiência poderia tornar sua vida produtiva e feliz. ‘Querida’, disse ele, ‘você tem uma corcunda e alguns outros problemas sérios. Mas não é culpa sua. Não é culpa de seus pais nem do Pai Celestial (…). O que os meninos e meninas disseram é verdade, mas não foi justo nem gentil. Se durante toda sua vida, você tentar ser mais amável e mais gentil para os outros do que alguns deles costumam ser para você, então será feliz e sua vida se mostrará plena e útil”. (Conference Report, outubro de 1976, p. 42) Peça a alguém que leia I Coríntios 13:2–7. Peça aos membros da classe que falem a respeito dessa escritura. Uma irmã caridosa pode ter preconceito para com pessoas de outras raças? Pode ignorar os enfermos, os pobres ou os que têm fome? Ter ciúme das realizações alheias? Falar mal ou criticar os outros? Por que devemos nos esforçar para desenvolver caridade? 56
  • 70. Lição 8 O Serviço Cristão Edifica O Presidente Harold B. Lee disse que certa noite teve o que “deve ter sido uma visão”, na qual lhe foi dito: “Se você quer amar a Deus, tem que aprender a amar e servir as pessoas. É desta forma que se mostra amor a Deus”. [Stand Ye in Holy Places (1974), p. 189] Por meio de atos de bondade, grandes ou pequenos, podemos aprender a amar mais intensamente. A irmã Cora Hill Arnold, dos Estados Unidos, contou como aprendeu a amar por meio do serviço ao próximo, embora vivesse perto de uma mulher que achava que não poderia amar: “Eu criticava tudo o que ela fazia (…) e soube, por intermédio de outros, que ela se sentia da mesma forma a meu respeito. Ela me parecia estar sempre querendo mostrar-se. Como eu não suportava ver as suas realizações! Ela nunca foi muito amigável comigo, e eu, por minha vez, passava por ela com um simples cumprimento ou um polido alô (…). Eu me sentia péssima, porque, quando a gente não gosta de uma pessoa, torna-se infeliz. Certo dia, porém, ouvi dizer que ela estava doente. E daí? Não era problema meu. Mas era, e eu não podia esquecê-lo. Graças à consciência alerta que tenho, finalmente fui para a minha cozinha e fiz alguns bolinhos (…). E levei-os para ela! Seu rosto iluminou-se de surpresa e prazer, e um calor espalhou-se em meu coração, desvanecendo todo e qualquer preconceito imediatamente. Ao voltar para casa, eu estava toda sorridente, e achando que aquele dia era lindo e maravilhoso. Agora ela é uma das minhas melhores amigas (…). Alguém disse que o ódio é amor desviado. Odiamos aqueles que poderíamos ter amado.” (“Shall I Deem Her My Enemy?”, Relief Society Magazine, agosto de 1970, p. 595) • Peça a uma irmã que conte uma experiência que teve ao aprender a amar alguém. Como podemos edificar um relacionamento mais profundo, mesmo com membros de nossa própria família, por meio do serviço prestado em benefício do próximo? Fizemos o Convênio de Servir uns aos Outros Quando nos batizamos, fizemos um convênio com o Senhor de nos dispor a “carregar os fardos uns dos outros (…) chorar com os que choram: sim, e consolar os que necessitam de consolo (…)”. (Mosias 18:8–9) Temos a responsabilidade de procurar aqueles que estão em 57
  • 71. Lição 8 necessidade e de ajudá-los, sem que para isso sejamos instigados ou mandados. (Ver D&C 58:26–29.) Fizemos o convênio de servir aqueles que estão necessitados, da mesma forma que Cristo serviu a Seu próximo. O serviço cristão pode não ser requisitado, mas pode ser necessário a alguém que nos seja estranho e que nunca poderá recompensar-nos. Pode ser desagradável e exigir muito esforço de nossa parte. Pode ser preciso em uma hora em que nos é difícil prestá-lo. Pode passar despercebido, sem elogios ou reconhecimentos. Porém, nós servimos porque amamos os filhos de nosso Pai Celestial e queremos ajudá-los de todo o coração. Emma Sommerville MacConkie, de Moab, Utah, era viúva e avó do Élder Bruce R. McConkie. O pai do Élder McConkie escreveu em seu diário a seguinte experiência de sua mãe: “Mamãe era presidente da Sociedade de Socorro de Moab. J______ B______ (um não-membro que fazia oposição à Igreja) havia-se casado com uma jovem mórmon e tiveram vários filhos e, por último, mais um novo bebê. Eles eram muito pobres e mamãe ia, dia após dia, cuidar da criança e levar-lhes alimento etc. Mamãe estava doente, e mais do que uma vez mal podia chegar em casa, depois de haver feito o trabalho na casa de J_______ B_______. Certo dia, ela voltou para casa muito exausta e preocupada e adormeceu na cadeira, sonhando que estava banhando um bebê, que acabou por descobrir ser o menino Jesus. Ela pensou, então, como era grande a honra de servir ao próprio Cristo e, ao tomar a criança nos braços, sentiu-se maravilhada. Pensou então em quem mais na realidade teria segurado o menino Jesus nos braços. Uma alegria sem par invadiu todo o seu ser e ela viu-se inflamada com a glória de Deus. Parecia derreter-se toda, e seu contentamento era tão grande, que a acordou. Ao despertar, foram-lhe ditas as seguintes palavras: ‘Quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes’”. (Bruce R. McConkie, “Charity Which Never Faileth”, Relief Society Magazine, março de 1970, p. 169) Ler Mateus 25:34–40. Peça às irmãs que falem sobre algumas formas de prestarem serviço ao próximo. (Ver Princípios do Evangelho, capítulo 28, “Serviço”.) Conclusão O Presidente David O. McKay disse: “Agora, mais do que nunca, temos a grande responsabilidade de fazer com que nosso lar irradie harmonia, amor, dever para com a comunidade e lealdade. Deixemos que nossos vizinhos vejam e ouçam. (…) 58
  • 72. Lição 8 Deus nos ajuda como membros (…) da Igreja a irradiar (…) amor (…) caridade (…) e serviço!” (“Radiation of the Individual”, Instructor, outubro de 1964, p. 374) Desafio Escolha uma pessoa que você tem dificuldade para amar e tente estabelecer um relacionamento aproximado. Fique mais a par de como podemos prestar serviço ao próximo. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 28, “Serviço” e o capítulo 30, “Caridade”; 2. Peça a uma das irmãs que escolha e apresente na classe dois ou três versículos de 3 Néfi 17, que mostrem o amor de Jesus; 3. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 59
  • 73. CASTIDADE E RECATO Lição 9 O propósito desta lição é ajudar-nos a viver a lei da castidade e ensinar as crianças a fazer o mesmo. A Lei da Castidade Deus deu ao nosso corpo um poder sagrado, que é o de procriar, para que a vida possa prosseguir sobre a Terra. Para ajudar-nos a preservar a santidade desse poder e usá-lo sabiamente, Deus nos deu a lei da castidade. Peça à irmã designada que leia Princípios do Evangelho, capítulo 39, subtítulo “O que É a Lei da Castidade?” Ser casto também significa evitar todos os pensamentos e ações impuros, que nos façam desejar fazer o que não é certo. (Ver Mateus 5:27–28.) Não devemos permitir que os padrões de um mundo imoral nos influenciem. A Importância da Lei da Castidade É importante viver a lei da castidade porque é um mandamento de Deus. As escrituras nos dizem que a castidade é algo “mais caro e precioso do que tudo (…)”. (Morôni 9:9) O Senhor disse: Porque eu, o Senhor Deus, deleito-me na castidade das mulheres. E as libertinagens são para mim abominação (…)”. (Jacó 2:28) A observância da lei da castidade proporciona grandes bênçãos do Senhor. Ela nos ajuda a termos respeito próprio e livrar-nos de uma consciência culpada. Ajuda-nos a evitar doenças sexualmente transmissíveis e todo o sofrimento com elas relacionado. A observância da lei da castidade ajuda-nos a sermos dignos da confiança alheia e da orientação do Espírito Santo. Devemos ser castos para entrarmos no templo e casarmo-nos para o tempo e eternidade. A castidade nos ajudará a desfrutar de uma vida familiar mais feliz aqui na Terra e a sermos dignos de continuar nossa vida familiar eternamente. Peça à irmã que trouxe seu filhinho à classe que expresse a alegria que ela e seu marido sentem por serem uma família eterna. É um sério pecado quebrar a lei da castidade, e isso pode nos trazer sofrimento, destruir nosso respeito próprio e fazer com que nos 60
  • 74. Lição 9 sintamos culpados. A falta de castidade pode causar desconfiança nos membros da família e acabar por destruí-la. A pessoa torna-se indigna de receber a orientação do Espírito Santo e pode trazer crianças ao mundo fora da unidade familiar. Os membros da Igreja que quebram a lei da castidade quebram convênios sagrados com Deus. O uso incorreto deste poder de criação pode fazer com que percamos o privilégio do progresso eterno. As relações sexuais fora do casamento são pecados sérios que maculam a vida das pessoas envolvidas. Tais manchas só podem ser removidas pelo processo de completa confissão e arrependimento. (Ver lição 2, neste manual, “Arrependimento”.) Às vezes cometemos erros antes de compreendermos os mandamentos do Senhor a respeito da castidade. Se assim for, devemos falar com o nosso presidente do ramo, bispo ou presidente da missão, que nos aconselhará e ajudará a completar o nosso arrependimento. O Salvador está ansioso por perdoar-nos, sempre que nos arrependermos de nossos pecados. Ele nos diz: “Eis que aquele que se arrependeu de seus pecados é perdoado e eu, o Senhor, deles não mais me lembro”. (D&C 58:42) Como Ensinar Castidade a Nossos Filhos Mostre um cartaz com a seguinte lista ou escreva-a no quadro-negro: 1. Ajude-os a compreender a natureza e santidade do poder criador de nosso corpo; 2. Demonstre-lhes amor; 3. Encorage-os a observarem padrões adequados de namoro. 4. Encoraje-os a se vestirem recatadamente; 5. Dê o exemplo adequado como mãe. Ajude-os a Compreender a Natureza e Santidade do Poder Criador de Nosso Corpo As crianças são naturalmente curiosas sobre o seu corpo. Os pais podem explicar a elas com simplicidade, na hora certa, a maneira adequada de cuidar do corpo. Eles devem também ajudar os filhos a entender que seu corpo é por demais sagrado e pessoal, para ser tocado inadequadamente por elas mesmas ou por outros. Peça aos membros da classe que pensem numa situação em que os pais poderiam ensinar uma criança a respeitar o próprio corpo. As crianças refletirão as atitudes de seus pais. Se seus pais acham graça em alusões maliciosas, assistem a filmes obscenos ou indecentes, ou permitem que livros ou revistas pornográficas penetrem em seu lar, as crianças aprenderão atitudes erradas. Os pais devem falar a respeito do corpo reverentemente, mas com franqueza e sem embaraço. Ao 61
  • 75. Lição 9 mostrarem uma afeição genuína entre si, ensinarão que a procriação é sagrada. Devemos também ajudar as crianças a entender seu papel, masculino e feminino, pois isso as ajudará a se sentir bem sobre sua condição sexual. Os pais que se sentem bem em seus papéis como homens e mulheres transmitem esse sentimento a seus filhos. De que forma nossa atitude como pais pode ensinar mais do que palavras? As crianças devem entender claramente de onde vêm e como nascem os bebês. Devem-se ensinar também às crianças que o Senhor ordenou que as relações sexuais fossem reservadas para o casamento. Meninos, meninas, homens e mulheres não devem desobedecer esse mandamento sagrado. Demonstre Amor aos Filhos Mostre a gravura 9-a, “O amor materno é uma bênção para a família”. Quando as crianças são pequenas, os pais podem ensinar-lhes maneiras adequadas de expressar afeição. É importante que preenchamos as necessidades afetivas da criança, para que ela não procure preenchê-las mais tarde, de maneira inadequada. Quando os pais são francos e amorosos, edificam em seus filhos a confiança. Assim, quando eles têm perguntas ou problemas pessoais, sentem-se à vontade para consultar seus pais. Incentive-os a Observarem Padrões Adequados de Namoro O Presidente Spencer W. Kimball disse que “quaisquer encontros ou namoros que se afastem dos contatos sociais, devem ser adiados até pelo menos a idade de 16 anos ou mais”. (“A Decisão do Matrimônio”, A Liahona, julho de 1976, p. 2) Os jovens são encorajados a cultivar somente uma relação de amigo, sem compromisso, até que o rapaz tenha servido como missionário. Quando estiver na época de namorar sério, podemos incentivar os jovens a desenvolver boas qualidades e a procurar características semelhantes no companheiro ou companheira em potencial. O Élder Richard G. Scott deu o seguinte conselho: “Enquanto você procura um companheiro eterno, procure alguém que esteja desenvolvendo as qualidades indispensáveis à felicidade: o amor profundo pelo Senhor e Seus mandamentos, a determinação de viver de acordo com eles, a compreensão, a capacidade de perdoar os outros, a disposição de doar- se de si mesmo, o desejo de ter uma família abençoada com filhos e o compromisso de ensinar-lhes os princípios da verdade no lar”. (A Liahona, julho de 1999, p. 29) O Élder Scott também enfatizou a importância da castidade no namoro: “É uma transgressão tomar, no namoro, liberdades que deveriam ser reservadas para depois do casamento. Esse comportamento ofende o Espírito Santo, leva a sentimentos de tristeza e decepção e podem mascarar traços e características que venham a mostrar-se conflitantes 62
  • 76. 9-a, O amor materno é uma bênção para a família. 63
  • 77. Lição 9 ou incompatíveis no convênio do casamento. As sementes da falta de confiança, cujos frutos são o divórcio e a perda das bênçãos do templo, muitas vezes são semeadas pela violação das leis de pureza pessoal. Não cometam esse erro”. (A Liahona, julho de 1999, p. 30) Quais são os padrões adequados de namoro para os santos dos últimos dias? De que maneira os pais podem ensinar seus filhos a importância de manterem padrões elevados de namoro? Encoraje-os a Se Vestirem Recatadamente Desde o tempo de Adão e Eva, o Senhor tem pedido a Seus filhos que cubram o corpo. Até serem tentados por Satanás no Jardim do Éden, Adão e Eva não sabiam que estavam nus. Depois de haverem comido do fruto proibido, conscientizaram-se de sua nudez e tentaram cobrir suas partes mais sagradas com aventais de folhas de figueira. Os padrões de recato ensinados pelo Senhor, entretanto, são bem mais rígidos. Ele lhes deu túnicas de pele para cobrirem-se, muito embora naquela época estivessem sozinhos na Terra. (Ver Moisés 4:13, 27.) Os padrões de recato ensinados pelo Senhor não são os mesmos do mundo. Desde o tempo do Profeta Joseph Smith até nossos profetas mais recentes, nossos líderes têm pedido que criemos nosso próprio estilo e moda. (Ver Spencer W. Kimball, “A Style of Our Own”, BYU Devotional Assembly, 13 de fevereiro de 1951.) O Presidente Brigham Young descreveu o tipo de moda que devemos usar: “Suponhamos que um anjo do sexo feminino viesse à sua casa e vocês tivessem o privilégio de vê-lo; como estaria vestido? (…) Limpo e bonito, com seu semblante cheio de glória, brilhante, claro e perfeitamente belo, encantando, com a graça de cada ato seu, o coração de quem o visse. Não haveria nada supérfluo nele. Nenhuma das minhas irmãs crê que essas modas inúteis e tolas sejam seguidas no céu; portanto, que as coisas boas e celestiais lhes sirvam de modelo para sua vida(…)”. [Deseret News (Weekly), 30 de abril de 1873, p. 196] Podemos medir nossos padrões de recato, perguntando-nos: “Como me sentiria a respeito de minha roupa, se soubesse que o profeta está para visitar-me? Será que minha roupa é um bom exemplo do que uma moça ou senhora santo dos últimos dias deve usar?” Devemos praticar o recato em nosso próprio lar. Até mesmo as crianças pequenas devem vestir-se recatadamente e serem ensinadas a esse respeito. Somos responsáveis pelo efeito que nossos padrões de vestuário exercem sobre os outros. Tudo o que causa pensamentos inadequados ou dá um mau exemplo diante dos outros não é recato. É especialmente importante que ensinemos nossas jovens a não vestirem roupas que provoquem pensamentos inadequados nos rapazes. Quais estilos, comuns atualmente, devemos evitar? O recato pode-nos ajudar a guardar a castidade. Precisamos escolher modelos que sejam agradáveis a nós e ao Senhor. 64
  • 78. Lição 9 Dê o Exemplo Adequado como Mãe Ao guardarem a lei da castidade e serem recatados, os pais devem dar o exemplo adequado. Faça uma revisão das cinco sugestões que estão no quadro-negro ou cartaz, para o ensino da castidade às crianças. Quais são as outras formas que podem ajudar a nós mesmas e a nossos filhos a observar a lei da castidade e a usar de recato na maneira de vestir? Conclusão O Presidente Spencer W. Kimball, falando às jovens SUD no México e na América Central, disse: “Vocês são filhas de Deus (…). Vocês são feitas à imagem de nossa mãe celestial (…). Seu corpo é-lhes sagrado e precioso”. (Relatório Oficial da Primeira Conferência Geral de Área da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no México e na América Central, agosto de 1973, p. 108.) Nosso corpo é um templo onde habita nosso espírito. “Nada que é impuro pode habitar com Deus.” (Ver 1 Néfi 10:21; ver também I Coríntios 3:16–17.) É muito importante conservar nosso corpo puro e limpo para sermos dignos de voltar a viver com Deus. Desafio Verifique seu guarda-roupa e veja se suas roupas são recatadas. Em casa, coloque uma cadeira em frente ao espelho e peça a cada membro da família que se sente nela e decida como pode ser recatado no vestir e no sentar. Se achar necessário, fale com seu marido da importância de ensinar a castidade e o recato a seus filhos, meninos e meninas. Escrituras Adicionais • I Coríntios 10:13 (Deus provê um meio de escaparmos à tentação); • Jacó 2:22-35; 3:1–3 (A castidade é agradável ao Senhor); • Alma 39:1–9 (Coriânton é reprovado por sua conduta pecadora e aconselhado a arrepender-se). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 39, “A Lei da Castidade”; 2. Examine a lição 2 deste manual, “Arrependimento”; 3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro; 4. Peça a uma irmã que leia na aula Princípios do Evangelho, capítulo 39, subtítulo “O Que É a Lei da Castidade p. 249?” 5. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 65
  • 79. CASAMENTO ETERNO Lição 10 O propósito desta lição é ajudar-nos no planejamento e na preparação para recebermos o convênio do casamento eterno. Por Que Devemos Casar no Templo Mostre a gravura 10-a, “Um casal é selado para a eternidade no templo.” A vida não termina com a morte, e o casamento também não foi feito para terminar com a morte. Porém, o casamento realizado por oficiais civis ou de outras igrejas, fora do templo, é só para esta vida. O casamento eterno no templo é o único que continuará após a morte, e a exaltação no grau mais alto do reino celestial só vem para aqueles que fazem tal convênio e o observam. Ler Doutrina e Convênios 131:1–4. Depois que ressuscitarmos, iremos para um dos três reinos de glória. Precisamos tomar decisões corretas, arrepender-nos continuamente e seguir os mandamentos do Pai Celestial por toda a vida para entrar no reino mais alto. (Ver Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão, reimpresso em 1999, capítulo 17.) Uma das decisões que tomamos é a de nos casarmos para a eternidade no templo. Aqueles que fazem e guardam o convênio do casamento eterno ficarão unidos a suas respectivas famílias por toda a eternidade. Ler Doutrina e Convênios 132:15–17. Joseph Smith ensinou: “A menos que o homem e sua mulher entrem no convênio eterno e sejam casados para a eternidade (…) Não terão filhos depois da ressurreição”. (History of the Church, 5:391) “A exaltação só é alcançada pelos membros íntegros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias; somente por aqueles que aceitam o evangelho; somente por aqueles que receberam sua investidura no templo santo de Deus e foram selados para a eternidade, e que continuam a viver em retidão durante todo o tempo em que vivem na mortalidade.” [Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão, (reimpresso em 1999), p. 246] 66
  • 80. Um casal é selado para a eternidade no templo. 67
  • 81. Lição 10 Por que deveríamos querer que nossa família fosse selada no templo? O que devemos fazer depois de sermos selados no templo, a fim de permanecermos casados para a eternidade? As Bênçãos do Casamento Eterno O Presidente Lorenzo Snow ensinou: “Quando um casal santo dos últimos dias se une em casamento, recebe promessas espetaculares referentes a sua descendência e que vão de eternidade a eternidade. Aos dois é prometido que terão o poder e o direito de governar, controlar e administrar salvação, exaltação e glória a seus descendentes, mundos sem fim. E os filhos que não tiverem aqui, indubitavelmente poderão ter na vida futura. O que mais o homem pode desejar? Um homem e uma mulher, na outra vida, com corpo celestial, livre de enfermidades, glorificado e embelezado acima de qualquer descrição, junto com seus descendentes, governando-os e controlando-os, administrando-lhes vida, exaltação e glória, mundos sem fim”. [Deseret News, 13 de março de 1897; citado por Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão (reimpresso em 1999), p. 246.] Mostre a gravura 10-b, “Sala de selamento do Templo de Washington D.C.” Que promessas gloriosas! Se formos selados para a eternidade e continuarmos a viver dignamente, ficaremos com nossa família para sempre. Nossa família terrena ficará permanentemente conosco e poderemos continuar a crescer, acrescentando filhos espirituais à nossa posteridade. Como você se sente sabendo que pode receber essas bênçãos? O irmão Bo. G. Wennerlund, da Suécia, expressou estes pensamentos depois que ele e sua mulher foram selados no Templo da Suíça: “Jamais esquecerei a alegria, felicidade e a determinação de viver o evangelho que me encheu a alma depois da primeira visita ao templo. Alcancei conhecimento e visão a respeito do meu destino eterno, que jamais sonhara alcançar. O ponto alto foi quando nossa família foi selada para o tempo e toda a eternidade. Fitei os olhos de minha mulher por sobre o altar e vi lágrimas de felicidade correndo-lhe pela face. Eu a amava antes, mas nunca tanto quanto naquele momento. Ela, uma filha de Deus, era mãe de meus filhos! Parecia que até então eu nunca entendera isso. Depois, nossas orações passaram a ser mais significativas, amávamos o Senhor mais do que nunca, e O servíamos com todo o prazer. Continuamos a voltar ao templo, porque amamos o trabalho e o espírito ali reinante. Toda vez que retornamos, somos lembrados dos convênios que fizemos e isso é o mais forte incentivo para continuarmos a viver de acordo com o evangelho”. (“I Had Loved Her Before (…), Ensign, agosto de 1974, p. 62.) 68
  • 82. 10-b, Sala de selamento no Templo de Washington D.C. 69
  • 83. O Templo de Preston, Inglaterra. 70
  • 84. Lição 10 Devemos viver de modo a sermos dignos de receber as bênçãos de um casamento eterno. Deveríamos mostrar-nos dispostos a fazer grandes sacrifícios para alcançá-las. Convide as irmãs que já foram seladas no templo a expressarem seus sentimentos a respeito do casamento eterno e das famílias eternas. Como Se Preparar para o Casamento Eterno Antes de irmos ao templo, precisamos ter uma entrevista pessoal com nosso bispo ou presidente de ramo e nosso presidente de estaca ou distrito. Nessa entrevista, nossos líderes fazem-nos certas perguntas a respeito de nossa dignidade para entrar no templo. Mostre um cartaz com o tipo de perguntas feitas nessa entrevista, (ver Princípios do Evangelho, capítulo 38) ou escreva-as no quadro- negro. Se não estivermos vivendo de acordo com os requisitos para entrar no templo, o que podemos fazer para corrigir isso? Que sacrifícios poderíamos fazer? Precisamos conservar o objetivo do casamento no templo constantemente diante de nós. Uma forma de lembrarmos, a nós e nossos filhos, da importância do viver digno, é pendurar em nossa casa gravuras do templo mais próximo. Mostre a gravura 10-c, “O Templo de Preston Inglaterra”. Como mães, podemos ajudar nossos filhos a ver a importância do casamento no templo. Podemos ensiná-los a terem fé em Deus. Devemos incentivar nossas filhas a procurar um bom marido, que irá guiá-las em retidão, por meio do poder do sacerdócio. Um homem de Deus é um grande conforto para sua mulher, principalmente durante os problemas e dificuldades da vida. Também é importante ensinar nossos filhos a procurar uma esposa digna e boa, que os apóiem na Igreja e que ensinem os princípios verdadeiros a seus filhos. Uma jovem da América Central apaixonou-se por um homem que não era membro da Igreja. Tentara ensinar-lhe o evangelho, mas ele não estava interessado. Estava para se comprometer com ele, quando recebeu um telefonema interurbano de alguns amigos íntimos. Eles enfatizaram a importância de ser casada com um homem que haveria de apoiá-la durante as dificuldades e de conduzi-la à exaltação depois desta vida. Ela escutou, ponderando cuidadosamente as conseqüências de sua decisão. O incentivo foi suficiente para ajudá-la a decidir não se casar com aquele homem. Ela sentiu-se muito agradecida por ter esperado, pois mais tarde encontrou um homem que foi digno de levá- la ao templo. 71
  • 85. Lição 10 Que qualidades devemos ensinar nossos filhos a considerar quando tiverem que escolher um companheiro? Precisamos ensinar-lhes que, se realmente querem um marido ou uma mulher dignos, também devem ser dignos. Por que devemos começar a nos preparar agora mesmo para o casamento no templo? Todos aqueles que ainda não são casados ou que já são casados no civil podem preparar-se para serem selados ao seu cônjuge no templo. Se temos filhos, podemos selá-los a nós, mas não devemos procrastinar esse dia importante. Uma vez que tenhamos ouvido e aceitado o evangelho, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para receber as ordenanças, enquanto estamos na Terra. [Ver Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão (reimpresso em 1999), p. 246.] “Embora muitos jovens não tenham, presentemente, templos em suas próprias comunidades, há em geral esses edifícios santos a uma distância razoável (…). Esperamos sinceramente que, (…) quando vocês planejarem sua lua- de-mel, façam-no de modo que possam ir a um desses templos mais próximos, a fim de serem selados para toda a eternidade, para que seus filhos sejam permanentemente seus e que vocês sejam definitivamente seus pais”. (…) (Spencer W. Kimball, “A Decisão do Matrimônio”, A Liahona, julho de 1976, p. 1.) Algumas pessoas, devido a circunstâncias além do seu controle, poderão não entrar no templo nesta vida. É confortante saber que poderão receber a ordenança do selamento eterno vicariamente no templo. Peça a um membro da classe designado que apresente uma breve revisão dos dois subtítulos de Princípios do Evangelho; capítulo 40. (Ver “Preparação da Professora” no final da lição.) Devemos Estar Dispostos a Sacrificar O Senhor sabe com que intensidade desejamos algo, pelos sacrifícios que estamos dispostos a fazer a fim de consegui-lo. Se realmente desejarmos o casamento eterno, estaremos dispostos a nos sacrificar por ele. O irmão Vaha’i Tonga e sua mulher, das ilhas de Tonga, sacrificaram-se para poder ir ao templo. “Não era fácil para um santo tonganês economizar dinheiro suficiente para uma viagem assim. Foram meses de preparação e economia, mas, finalmente, o dinheiro foi juntado e os planos feitos”. Entretanto, o presidente da missão dirigiu-se ao irmão Tonga e pediu- lhe que contribuísse com todo o dinheiro que tinha economizado a fim de ir ao templo, para a construção de uma capela em seu ramo. Se ele não fizesse isso, mais dois anos se passariam antes que uma capela 72
  • 86. Lição 10 pudesse ser construída lá. O irmão Tonga conversou a respeito com sua mulher. “Era difícil desistir de seu sonho de ver o novo templo”, mas, no dia seguinte, eles deram o dinheiro ao presidente da missão. Naquela noite, o irmão Tonga disse a sua mulher: “(…) O Senhor nos prometeu, por intermédio de nossos líderes, que, se guardássemos Seus mandamentos, Ele nos prepararia o caminho para que pudéssemos ir à dedicação [do Templo de Nova Zelândia]. Nós temos vacas, porcos e alguns cavalos, além da mobília e esteiras. Vamos vender tudo para que possamos receber as bênçãos da dedicação”. O irmão Tonga e sua mulher tentaram vender sua criação na quinta e na sexta-feira, mas ninguém queria comprá-la. O tempo encurtava; na segunda-feira seguinte o navio deveria partir para a Nova Zelândia. O irmão Tonga contou: “Na manhã de sábado, três famílias vieram, as quais necessitavam de algumas vacas, porcos e outras coisas, e recebemos 500 a 600 dólares em aproximadamente meia hora”. Agora eles já tinham o dinheiro e podiam partir. O irmão Tonga e sua mulher foram o primeiro casal a ser selado no Templo de Nova Zelândia, mas a história não termina aí. O irmão Tonga contou: “Quando minha mulher e eu fomos selados um ao outro, algo tocou meu coração. Nossos filhos não estavam conosco e vieram-me lágrimas aos olhos. Quando chegamos em casa, prometi aos nossos quatro filhos que, se eles ajudassem, poderíamos ir juntos ao templo. Pensei comigo mesmo: ‘Como lhes posso dizer: seja um bom menino, ou uma boa menina, se não sou selado a eles no templo?’ Senti-me como se não fossem meus. Durante dois anos, sacrificamos quase tudo. Dividia o meu salário da escola entre cada um de nós, e economizávamos isso. Mas pagávamos nosso dízimo e oferta de jejum. Ficamos com setenta centavos de dólar por mês durante dois anos. Vivíamos daquilo que podíamos cultivar e juntar (…). Meus filhos não podiam comprar doces ou sapatos, ou ir ao cinema, porque estavam economizando para ir ao templo. Para economizar nos custos de transporte, eu também ia de bicicleta para as reuniões do distrito (…), a 11 quilômetros de distância. (…) A maioria das reuniões de nosso distrito começava às 6 horas da manhã, assim, eu tinha que sair de casa bem cedo. Quando chegou o prazo final para termos nosso dinheiro (…), os dois garotos mais velhos disseram que tinham cerca de 235 dólares. Depois de economizar durante dois anos, o pequenino (com apenas cinco anos de idade) havia conseguido 65 dólares. Eu havia economizado 1300 dólares para minha família. 73
  • 87. Lição 10 Pudemos, por meio de sacrifício, levar nossa família à Nova Zelândia para ser selada no templo. Tivemos que fazer algumas coisas extras para realizar nossos objetivos, mas foi-nos uma grande bênção”. (Ver “Pelo Templo, Vivemos com 70 centavos por Mês”, A Liahona, julho de 1976, p. 12) Conclusão Quando somos selados uns aos outros por meio da ordenança no templo, e vivemos dignamente, seremos unidos em famílias para sempre. Na próxima vida, poderemos continuar a nos multiplicar, acrescentando filhos espirituais à nossa família. Se ainda não nos casamos no templo, devemos preparar-nos, por meio do viver digno, para essa bênção eterna. Desafio Fale da importância do casamento eterno com sua família e faça da ida ao templo uma meta. Pendure em sua casa uma gravura do templo, para servir-lhes de lembrete. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 38, “O Casamento Eterno”, e capítulo 40, “O Trabalho do Templo e da História da Família”; 2. Estude Doutrina e Convênios 132:14–20; 3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro; 4. Designe um membro da classe para fazer um breve resumo de dois subtítulos do capítulo 40 de Princípios do Evangelho: “As Ordenanças do Templo Selam as Famílias para Sempre” e “História da Família— Como Começamos a Ajudar Nossos Antepassados”. 5. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 74
  • 88. A MULHER NA IGREJA
  • 89. A IMPORTÂNCIA DO SACERDÓCIO Lição 11 O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender o que é o sacerdócio e como ele pode auxiliar nossa família a ser exaltada. Sacerdócio—O Poder para Agir por Deus O trabalho de Deus é “Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem”. (Moisés 1:39) Deus e Jesus Cristo deram aos homens autoridade e poder para fazer Seu trabalho na Terra. “(O sacerdócio) não é nada mais nada menos do que o poder de Deus delegado ao homem, e por meio do qual este pode agir na Terra, para a salvação da família humana, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e agir legitimamente.(…)” [Joseph F. Smith, Doutrina do Evangelho, 5ª ed. (1939), p. 125] Mostre a gravura 11-a, “Pedro, Tiago e João conferindo o Sacerdócio de Melquisedeque a Joseph Smith e Oliver Cowdery”. João Batista apareceu a Joseph Smith e Oliver Cowdery no dia 15 de maio de 1829, e conferiu-lhes o Sacerdócio Aarônico. Logo depois, Pedro, Tiago e João conferiram-lhes o Sacerdócio de Melquisedeque. No dia 6 de abril de 1830, Joseph Smith e Oliver Cowdery ordenaram um ao outro élderes no sacerdócio. O sacerdócio é conferido aos homens dignos da Igreja. Depois, como no caso de Joseph Smith e Oliver Cowdery, eles podem ser ordenados a um ofício no sacerdócio. Após receberem o Sacerdócio Aarônico, podem ser ordenados ao ofício de diácono, mestre ou sacerdote. Depois de o Sacerdócio de Melquisedeque lhes ser conferido, podem ser ordenados ao ofício de élder ou sumo sacerdote; os sumos sacerdotes podem ser ordenados por meio de chamados especiais ao ofício de bispo, patriarca, Setenta ou Apóstolo. Esses ofícios são todos chamados no sacerdócio, cada qual com responsabilidades diferentes. Quando os homens possuem o sacerdócio, podem realizar as ordenanças sagradas do evangelho, tais como batismo, confirmação, administração do sacramento e outros. (A lição 12, “As Ordenanças do Sacerdócio”, trata desse assunto.) 76
  • 90. 11-a, Pedro, Tiago e João conferindo o Sacerdócio de Melquisedeque a Joseph Smith e Oliver Cowdery. 77
  • 91. Lição 11 O Poder do Sacerdócio Vem por meio da Retidão Joseph Smith ensinou um princípio fundamental do sacerdócio: “(…) os direitos do sacerdócio são inseparavelmente ligados com os poderes do céu e (…) os poderes do céu não podem ser controlados nem exercidos a não ser de acordo com os princípios da retidão”. (D&C 121:36) O Presidente N. Eldon Tanner ilustrou a importância da retidão e do poder do sacerdócio na seguinte história: “Quando eu era bispo, tinha em minha ala seis rapazes com idade suficiente para serem ordenados élderes. Eu podia recomendar apenas cinco deles, pois um não estava pronto. Havíamos falado várias vezes sobre o assunto e ele me dizia: ‘Não sou digno’. Ele sentia-se muito mal em relação a isso, mas não esperava ser recomendado (…). Seu tio veio a mim e disse: ‘Naturalmente você não vai deter este rapaz, com seus cinco amigos todos progredindo. Ele instou comigo para que o deixasse receber o sacerdócio maior. Disse-me o tio : ‘Você estará empurrando-o para fora da Igreja, se não o fizer’. Expliquei a esse homem: ‘O sacerdócio é a coisa mais importante que podemos dar a esse rapaz. Não lhe estamos estendendo o sacerdócio em uma bandeja de prata. Esse rapaz e eu nos entendemos, e ele não está pronto para ser ordenado um élder’. E ele não foi recomendado. Alguns anos mais tarde, eu estava assistindo a uma conferência geral (…), quando um jovem se aproximou de mim e disse: ‘Presidente Tanner, provavelmente o senhor não se lembra de mim, sou o rapaz que o senhor não recomendou para ser um élder’. Ao estender a mão, ele disse: ‘Quero agradecer-lhe por aquilo. Sou, agora, um bispo na Califórnia. Se o senhor me houvesse recomendado quando eu não era digno, possivelmente eu nunca teria apreciado o que é o sacerdócio e o que se espera da pessoa, e certamente eu nunca teria sido chamado como bispo, como fui. (“As Responsabilidades do Sacerdócio”, A Liahona, dezembro de 1973, p. 39–40) Por que foi melhor para esse homem ter esperado estar pronto para ser ordenado? O Senhor disse que os homens recebem as bençãos do sacerdócio somente por meio da retidão. Eles devem magnificar os seus chamados no sacerdócio, cumprindo as designações que lhes foram feitas. Devem também dirigir sua família com amor, bondade e paciência. (Ver D&C 121:34, 41–42.) A irmã Yu, Kum OK, da Coréia, contou-nos a seguinte história sobre seu marido, digno portador do sacerdócio: “Sou dona-de-casa e tenho um filho e duas filhas. Tenho trinta e quatro anos e me casei em 1964. Gostaria de prestar meu testemunho. 78
  • 92. Lição 11 Fui batizada no dia 14 de setembro de 1974 e estou muito orgulhosa de meu marido, um verdadeiro santo dos últimos dias na Coréia. Embora ele tenha sido batizado há apenas quatro anos, é uma pessoa maravilhosa; decidiu ser semelhante a Jesus (…). Eu não sabia nada sobre o significado da vida e tinha perguntas, tais como: De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde deveremos ir? Eu pensava que Deus não existia e que Jesus não passava de uma pessoa comum. Tudo o que eu tinha em mente era ajudar meu marido e conservar meus filhos fortes e saudáveis. Nunca me preocupei com a salvação, ou seja, com a vida eterna. Agora, porém, sou muito diferente. Eu sei qual é o significado real da vida. Por meio das ações e palavras do meu marido, vim a saber o que o mormonismo realmente significa. Meu marido nunca bebe, não fuma, nem toma café ou chá e volta para casa logo depois de seu trabalho. Ele nunca se ofende e gosta de brincar com as crianças, de lavar os pratos, de conservar a casa limpa; nunca mente e sempre tenta falar suavemente e fazer sua parte nas tarefas da casa de boa vontade. Todas essas coisas eu posso ver com meus próprios olhos e acho que não existe outro milagre igual a esse. Meu marido converteu-se numa pessoa completamente diferente. Depois de meu marido haver-se convertido, fiquei imaginando o que foi que o tornou tão diferente, e finalmente compreendi. Foi o Livro de Mórmon, que ele sempre lia. Tomei a decisão de me matricular numa classe do instituto de religião e aprender sobre o Livro de Mórmon; estudei com missionários americanos, que me foram apresentados por meu marido. Finalmente fui batizada por meu amado esposo. Acho que esse mesmo espírito, tão forte, que transformou meu marido noutra pessoa, agora me influencia e abençoa também. Eu quero viver para o tempo e a eternidade com meu marido e meus filhos na glória celestial. Quero ser um membro devotado da Sociedade de Socorro, uma boa mãe e boa esposa que sempre apóia as ações do portador do sacerdócio, meu marido”. [“A Real Latter-day Saint—Leon Harstshorn, comp. de Inspirational Missionary Stories, (1976) pp. 30–31] Ao se transformar e honrar o sacerdócio, esse homem inspirou sua mulher a sentir o desejo de ser uma esposa e mãe melhor, e uma filha de Deus. De que forma a resolução desta irmã, de viver dignamente, pode influenciar seu marido e seus filhos? Como pode a retidão influenciar nosso marido e filhos? Qual o efeito disso na vida eterna? O Sacerdócio É Necessário para a Exaltação Familiar Devemos fazer certas coisas para alcançarmos a exaltação e vivermos com o Pai Celestial. Com a ajuda do sacerdócio, podemos fazer todas elas. 79
  • 93. Lição 11 O Presidente Brigham Young disse: “Muito já foi dito a respeito do poder que os santos dos últimos dias possuem. São eles que têm o poder, ou é o sacerdócio? É o sacerdócio; e se viverem de acordo com ele, poderão iniciar sua obra aqui (…) preparando-se assim para receberem glória, imortalidade e vida eterna”. [Discursos de Brigham Young. John A. Widtsoe (1954), pp. 131–132] O Senhor deu-nos mandamentos e princípios do evangelho, aos quais é necessário que obedeçamos para conseguir a exaltação familiar. Embora possamos obedecer a alguns dos mandamentos sem o sacerdócio, as ordenanças de exaltação dependem do poder dele. Batismo, confirmação, casamento no templo—tudo depende do poder do sacerdócio. Sem essas ordenanças, não podemos ser exaltados. Algumas de nós podemos sentir-nos em desvantagem por não sermos casadas, por nosso marido e pai não serem membros ou não honrarem o seu sacerdócio. Devemos ser pacientes e amorosas para com eles e continuar orando, a fim de que, algum dia, possam ser tocados pelo Espírito do Senhor. Enquanto isso não acontece, podemos receber ordenanças por intermédio de outros portadores dignos do sacerdócio. “Nosso Pai Celestial deixou bem claro aos filhos dos homens que é somente pelas mãos daqueles que possuem autoridade divina que poderemos conseguir o poder de tornar-nos membros do reino Celestial.” (George Albert Smith, Conference Report, abril de 1934, p. 28) Ler Doutrina e Convênios 132:19. Quais as ordenanças do sacerdócio mencionadas nessa escritura, necessárias para a exaltação? O que é exaltação? Como pode uma família ser exaltada? “A exaltação é a vida no mais alto grau do reino celestial, juntamente com o Pai Eterno. O casal que vive dignamente pode ser selado no templo. Os filhos que nascerem dessa união tornam-se parte de sua unidade familiar. A família que entra na Igreja mais tarde, provando a sua dignidade, pode conseguir a ordenança seladora no templo. Em ambos os casos, é essencial que se persevere até o fim para alcançar a exaltação.” [Learn of Me and Listen to My Words, (1977), p. 118] Conclusão Por meio da restauração do sacerdócio, o Pai Eterno deu-nos o poder para ganhar a exaltação. Devemos receber as ordenanças seladoras e viver dignamente. Devemos viver para a eternidade e não para o momento. Devemo-nos esforçar para ser dignos e receber as ordenanças do sacerdócio que nos exaltarão. Desafio Leia Princípios do Evangelho, capítulos 13 e 14, para aprender mais a respeito do sacerdócio. Como parte de uma noite familiar, fale sobre sua importância. 80
  • 94. Lição 11 Escrituras Adicionais Doutrina e Convênios 13 (ordenação de Joseph Smith e Oliver Cowdery ao Sacerdócio Aarônico); Doutrina e Convênios 131:1–3 (o novo e eterno convênio do casamento); Doutrina e Convênios 132:18–20 (casamento eterno). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 13, “O Sacerdócio”, e capítulo 14, “A Organização do Sacerdócio”. 2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 81
  • 95. AS ORDENANÇAS DO SACERDÓCIO Lição 12 O propósito desta lição é ajudar-nos a reconhecer como as ordenanças do sacerdócio abençoam nossa família. As Ordenanças do Sacerdócio As ordenanças são atos especiais que os portadores do sacerdócio podem realizar, para proporcionar bênçãos aos filhos de Deus. Os homens dignos que possuem o sacerdócio podem realizar essas ordenanças para os membros da família e, quando autorizados, por outras pessoas. Algumas dessas ordenanças são essenciais para a nossa salvação e exaltação. Entre elas estão o batismo, o dom do Espírito Santo, a investidura e selamentos no templo. Outras, como as bênçãos para a cura dos doentes ou para o conforto e consolo dos desamparados, são proporcionadas por meio do sacerdócio, para ajudar-nos na nossa jornada nesta vida. Mostre um cartaz em que estejam relacionadas as seguintes ordenanças do sacerdócio ou escreva as informações no quadro-negro: 1. Batismo; 2. Dom do Espírito Santo, também chamado de confirmação; 3. Recebimento do Sacerdócio (somente para os homens); 4. Investidura do templo; 5. Casamento e selamento no templo, para o tempo e eternidade; 6. Sacramento; 7. Bênção das criancinhas para o recebimento de um nome; 8. Bênção dos doentes; 9. Bênçãos especiais; 10. Bênção patriarcal; 82
  • 96. 12-a, Um portador do sacerdócio realiza a ordenança do batismo. 83
  • 97. 12-b, Confirmação de um converso como membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias por dois élderes 84
  • 98. Lição 12 Mostre as gravuras 12-a, "Um portador do sacerdócio realiza a ordenança do batismo", 12-b, "Confirmação de um converso como membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias por dois élderes", 12-c, "Um pai digno dá um nome e uma bênção a sua filha", 12-d, "Bênção a um doente". Fale sobre o propósito de cada uma das ordenanças. [Ver "As Ordenanças e Bênçãos do Sacerdócio" no Guia da Família, p. 18 (31180 059).] Que ordenanças você e sua família já receberam? As Bênçãos Advindas das Ordenanças do Sacerdócio As ordenanças do sacerdócio abençoam nossa vida de várias maneiras. Além das ordenanças necessárias para nossa salvação, o Bispo H. Burke Peterson mencionou outras formas pelas quais o sacerdócio pode abençoar-nos: "Se vivermos dignamente, teremos um poder recebido de nosso Pai Celestial, que trará paz a um lar perturbado. Teremos o poder de abençoar e consolar criancinhas, levaremos o sono a olhos lacrimosos nas altas horas da madrugada. Teremos o poder (…) de acalmar os nervos agitados de uma esposa exausta. Teremos o poder de prover orientação a um adolescente confuso, (…) o poder de abençoar uma filha antes de sua primeira saída com o namorado ou antes de casar-se no templo; ou para abençoar um filho antes de sua partida para a missão ou faculdade. (…) Teremos o poder de curar os enfermos e consolar os solitários." (Conference Report, abril de 1976, pp 50–51; ou Ensign, maio de 1976, 33) Como esposas, mães, filhas e irmãs podemos pedir a nosso marido, pai, irmãos, ou mestres familiares que nos dêem tais bênçãos. Peça às irmãs que pensem em alguns homens que poderiam lhes dar uma bênção do sacerdócio, se precisassem. A irmã Kyuln Lee, da Coréia foi consolada por uma bênção do sacerdócio. Ela nos contou a seguinte história: "Aconteceu há sete anos, quando meu marido, membro da presidência do distrito da Coréia, tinha que viajar longas distâncias quase todos os fins de semana, no cumprimento de suas designações da Igreja, deixando-me sozinha com nossa filha, Po Hee. Neste fim de semana em particular, ele tinha viajado 435 quilômetros até Pusan no sábado (uma viagem de 7 horas de ida e outras tantas de volta), regressando ao ramo leste de Seul no domingo. Era muito cansativo e eu sentia muita pena dele. Po Hee parecia com saúde normal no sábado e no domingo, e, embora tivesse ficado um pouquinho irrequieta na reunião sacramental, tomou a mamadeira depois que voltamos para a casa e dormiu. Mais ou menos às 21h30, ela começou a chorar mais alto do que de costume. Quando a tomei nos braços, descobri que estava com febre alta. Não 85
  • 99. 12-c, Um pai digno dá um nome e uma bênção à sua filha. 86
  • 100. Lição 12 sabia o que fazer. O único hospital que havia perto de casa estava fechado. Ela continuou a chorar durante algum tempo, e quando finalmente meu marido entrou porta a dentro, eu também comecei a chorar. Meu marido nos abraçou e perguntou o que estava acontecendo. Po Hee parecia estar sofrendo muito. Quando eu lhe contei o que havia, ele colocou sua mala e seu casaco no chão e pegou o óleo consagrado, ministrando, em seguida a nossa filha. Não me recordo de todas as palavras, mas, depois de ter dito as palavras formais da ministração, ele continuou: "Pai Celestial, sinto-me agradecido por minha vida, por minha mulher e minha filha. Sinto-me agradecido pelo evangelho restaurado e pela oportunidade de servir. Tu me enviaste até Pusan e até o Ramo leste de Seul, para tratar de alguns assuntos da Igreja. Eu me desincumbi de minhas responsabilidades ontem e hoje, e agora estou encontrando minha filha muito doente. Tu me ajudaste sempre, por favor, ajuda-me hoje também." Antes de haver concluído sua oração, o bebê já adormecera, e quando eu olhei para cima, vi meu marido em pé com lágrimas nos olhos. Nossa filhinha está atualmente na escola, no segundo ano, e é muito saudável e feliz. ("Our Baby, My Husband, and the Priesthood", Ensign, agosto de 1975, p. 65) As bênçãos do sacerdócio estão ao dispor de todos os membros de nossa família. A criança que possui algum problema difícil de ser resolvido pode solicitá-las. Uma mulher solteira ou casada que necessite de consolo ou orientação também pode fazer o mesmo. Entretanto precisamos lembrar-nos de que muitas de nossas dificuldades nos são dadas para aumentar nossa experiência terrena. Devemos tirar delas o maior proveito possível. Ao descobrirmos que necessitamos de ajuda extra, podemos voltar-nos para o portador do sacerdócio—nosso marido, pai, mestre familiar ou outro líder—e pedir- lhe uma bênção especial. Peça às irmãs que mencionem algumas bênçãos que tenham recebido por meio das ordenanças do sacerdócio. Devemos Aceitar a Vontade de Deus Depois de termos recebido uma ordenança, talvez não alcancemos as bênçãos que desejamos logo em seguida. Às vezes deixamos de recebê- las porque não temos suficiente fé no Senhor, ou porque talvez não estejamos guardando todos os mandamentos. Talvez tenhamos pedido bênçãos que ainda não estejamos preparados para receber. Não podemos esperar livrar-nos de todas as dificuldades da vida. Alguns de nossos problemas nos ensinam a sermos humildes, pacientes ou compreensivos. Outros nos ajudam a suportar o 87
  • 101. 12-d, A bênção de um doente. 88
  • 102. Lição 12 sofrimento. O Presidente Spencer W. Kimball disse que às vezes desejamos remover determinados problemas, porque não compreendemos sua razão de ser. Se todas as orações egoístas ou tolas fossem respondidas afirmativamente, haveria pouco ou nenhum sofrimento, tristeza, decepção, ou mesmo morte, mas sem essas experiências, não pode haver alegria, sucesso, ressurreição, vida eterna ou divindade. O Presidente Kimball disse: “Se visualizássemos a mortalidade como a existência em seu todo, então a dor, o sofrimento, o fracasso e a vida curta seriam uma calamidade. Mas, se virmos a vida como algo eterno, que se estende desde o passado pré-mortal, até o futuro eterno pós-morte, então todos os acontecimentos podem ser colocados na perspectiva certa”. [Ver Faith Precedes the Miracle (1972), pp. 97–99.] A irmã Edna O. F. Shaw aprendeu essa lição com a seguinte experiência: "Nossa filha mais velha, Carol Jean, a quem tanto amamos, adoeceu com inflamação das glândulas linfáticas. Levamo-la ao médico, que nos enviou a Salt Lake City para fazer testes. Foi nos dito que ela possuía um tumor no estômago. Ela estava tão doente, que não conseguia reter alimento algum. Levamo-la para casa, mas ela estava tão mal que tivemos que levá-la de volta ao hospital. Foi então que ficamos sabendo que fora acometida de sarcoma, um tipo de leucemia. Nunca orei tanto em minha vida. Não podia acreditar que isso estivesse acontecendo conosco. Os élderes abençoaram-na diversas vezes enquanto estava no hospital, mas, a despeito de nossos esforços, ela morreu. Comecei a culpar-me e a pensar que (…) eu não tivera fé suficiente para salvá-la. Comecei então a ler as escrituras e, ao lê-las, encontrei diversos versículos no livro Doutrina e Convênios, que me ajudaram a compreender". ("If Appointed unto Death", Ensign, dezembro 1972, p. 32) Ler Doutrina e Convênios 42:44, 46, 48. Por que nem todos os enfermos serão curados? Nem todas as bênçãos do sacerdócio nos são dadas quando queremos. Certa mulher dirigiu-se ao Bispo Vaughn J. Featherstone, quando este era membro do Bispado Presidente, e se queixou de que muitas das bênçãos que lhe haviam sido prometidas, ainda não se haviam cumprido. Ela ainda não gozava de boa saúde e não podia ter um filho. O Bispo Featherstone foi inspirado a dizer-lhe que ela estipulara um limite de tempo ao Senhor e, porque as bênçãos prometidas não se haviam cumprido, depois de cinco anos de casamento ela ficara desiludida. Disse-lhe ele: "Mas eu lhe prometo que, tão certamente quanto vive Deus que está nos céus, as promessas feitas pelos dignos portadores do sacerdócio se cumprirão em sua vida". O tempo certo 89
  • 103. Lição 12 para o cumprimento de tais bênçãos ainda não havia chegado. Devemos confiar no Senhor como Jó o fez. [Ver "Acres of Diamonds", Speeches of the Year 1974, (1975) pp. 346-349.] Conclusão Por meio das ordenanças do sacerdócio, podemos receber a salvação e a exaltação. Podemos receber orientação e consolo, ser protegidos do perigo e curados das enfermidades. Precisamos preparar-nos para receber tais ordenanças. Desafio Fale com sua família sobre as ordenanças do sacerdócio que você pode receber. Prepare-se para recebê-las. Escrituras Adicionais 3 Néfi 17 (o Salvador curando os enfermos e abençoando as criancinhas). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 14, "A Organização do Sacerdócio"; Guia para o Líder do Sacerdócio e o Guia da Família; 2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro; 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 90
  • 104. AS MULHERES E O SACERDÓCIO Lição 13 O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender como o sacerdócio pode abençoar-nos como mulheres. O Sacerdócio Beneficia a Todos os Membros da Igreja "(O sacerdócio) é (…) o poder de Deus delegado ao homem, e através do qual este pode agir na Terra para a salvação da família humana." [Joseph F. Smith, Doutrina de Evangelho, 5ª ed. (1939), p. 125] O Senhor designou ao homem a importante tarefa de governar e presidir os assuntos da Igreja e da família. O homem, por sua vez, deve usar esse poder sagrado para abençoar e beneficiar todos os membros da Igreja—homens, mulheres e crianças. O Presidente Brigham Young disse: "O sacerdócio deve ser usado para o benefício de toda a família humana, para a edificação dos homens, mulheres e crianças. Na verdadeira Igreja de Cristo não existe uma classe ou sexo privilegiado. (…) Os homens têm seus trabalhos para fazer e seus poderes para exercer, para o benefício de todos os membros da Igreja. (…) O mesmo acontece com as mulheres: Seus dons especiais devem ser exercidos para benefício e edificação da raça". [Citado por John A. Widtsoe, comp., Priesthood and Church Government, rev. ed. (1954), pp. 92-93.] No lar, e na Igreja, homens e mulheres possuem responsabilidades diferentes, mas igualmente importantes. O poder do sacerdócio pode ajudar cada pessoa a cumprir tais responsabilidades para o benefício de todos. Graças ao poder do sacerdócio que está hoje na terra, grandes bênçãos se encontram à disposição dos membros dignos da Igreja, sejam eles velhos ou jovens, homens ou mulheres, solteiros ou casados. O que pode fazer a mulher para honrar o sacerdócio? Muitos desses privilégios e bênçãos do sacerdócio, são discutidos na lição 12, "As Ordenanças do Sacerdócio". 91
  • 105. Lição 13 O Élder John A. Widtsoe explicou outros benefícios do sacerdócio: "Os homens não têm mais direito do que as mulheres às bênçãos que emanam do sacerdócio e acompanham a sua posse. (…) O homem possui o sacerdócio e realiza os deveres do sacerdócio na Igreja, mas sua mulher participa, juntamente com ele, de todos os privilégios derivados dessa posse. A obra realizada nos templos da Igreja pode mostrar isso claramente, e é um bom exemplo. As ordenanças do templo, são de caráter distintamente sacerdotal; no entanto, as mulheres têm acesso a todas elas e as bênçãos maiores são conferidas somente sobre o homem e a mulher em conjunto." [Priesthood and Church Government, (1965) p. 83] O Élder Bruce R. McConkie explicou o relacionamento existente entre o sacerdócio e as mulheres: "Na verdadeira Ordem Patriarcal, o homem possui o sacerdócio e é o cabeça da família, (…) mas ele não pode alcançar a plenitude da alegria aqui na terra, nem a recompensa eterna sozinho. A mulher permanece ao seu lado, como co-herdeira na plenitude de todas as coisas. A exaltação e o progresso eterno são recompensa dela, tanto quanto dele. (D&C 131:1–4) A divindade não é somente para os homens; é para os homens e as mulheres. (D&C 132:19–20) [Mormon Doctrine, 2ª ed. (1966) p. 844] Que bênçãos você tem recebido, graças ao sacerdócio? Todos os Membros Devem Honrar e Apoiar o Sacerdócio Assim como todos se beneficiam com o sacerdócio na Igreja, todos são igualmente responsáveis por honrá-lo e apoiá-lo. Aos portadores do sacerdócio é continuamente lembrado "Que os direitos do sacerdócio são inseparavelmente ligados com os poderes do céu e que os poderes do céu não podem ser controlados nem exercidos a não ser de acordo com os princípios da retidão". (D&C 121:36) Da mesma forma, as mulheres são aconselhadas a honrar o sacerdócio, a serem agradecidas pelo seu poder e a demonstrar respeito por aqueles que o possuem. Temos também a responsabilidade de apoiar o sacerdócio. Apoiar significa "promover os interesses ou causas de; (…) proteger ou defender como válido ou certo". [Webster's New Collegiate Dictionary, 10ª ed. (1993), "Support", p. 1184] As escrituras a seguir sugerem como honrar e apoiar o sacerdócio: Mostre um cartaz com a seguinte lista ou escreva as informações no quadro-negro. À medida que são lidas, peça às irmãs que procurem sugestões para ajudá-las a honrar o sacerdócio. Escreva ao lado de cada referência a sugestão apresentada. 92
  • 106. Lição 13 Doutrina e Convênios 19:23: aprender de Jesus Cristo, ouvir Suas palavras, ser dócil; 20:33: estar atenta, orar sempre; 58:26–27: ocupar-se zelosamente numa boa causa; 64:33–34: não se cansar de fazer o bem. O Relacionamento da Mulher com a Liderança do Sacerdócio no Lar O marido tem a responsabilidade de presidir e prover liderança no lar. Em um manual para o quórum do Sacerdócio de Melquisedeque é explicado: "No aspecto do evangelho, "liderança" não significa o direito de agir como ditador, ordenar ou comandar. Pelo contrário, significa guiar, proteger, indicar o caminho, dar exemplo, dar segurança, inspirar e criar o desejo de apoiar e seguir. Literalmente falando, o marido deve mostrar o caminho (…)". (O Salvador, o Sacerdócio e Você [Curso de Estudo do Sacerdócio de Melquisedeque] 1974–1975, p. 170) Embora o pai seja o líder dentro do lar, "Sua mulher é sua companhia mais importante, sua adjutora e conselheira" [Guia da Família (1999), p. 2] Marido e mulher devem trabalhar juntos para fortalecer a família e ensinar os filhos os princípios do evangelho. Cumprindo seu papel de conselheira, a mulher pode reforçar a posição do marido como chefe da casa e incentivar a união familiar. Estamos também honrando o sacerdócio quando tratamos o marido com a mesma gentileza, bondade e amor que ele deve possuir como portador do sacerdócio. O Profeta Joseph Smith aconselhou a Sociedade de Socorro a "ensinar às mulheres como se comportar em relação ao marido e tratá-lo com bondade e afeição. Sempre que o homem se vê atribulado e perplexo ante seus cuidados e dificuldades, se puder encontrar um sorriso em vez de argumentos e queixas, se puder encontrar mansidão, sua alma acalmará e seus sentimentos serão de paz; sempre que o desespero começa a penetrar em sua mente, ele necessita do conforto proporcionado pela afeição e bondade."(History of the Church,* 4:606-607) Confiança e união podem ser encontradas no lar quando o marido e a mulher procuram diligentemente seus melhores interesses e a felicidade um do outro. Ambos terão alegria em sua associação e a oportunidade de sentirem-se realizados, se houver tal entendimento. 93
  • 107. Lição 13 Numa revelação dada a Emma Smith, mulher do Profeta Joseph, estabeleceu-se o papel da mulher e seu relacionamento com o sacerdócio. O Senhor disse: "(…) és uma mulher eleita, a quem chamei. (…) O dever de teu chamado será confortar meu servo Joseph Smith Júnior, teu marido, em suas aflições, com palavras consoladoras, com espírito de mansidão. (…) Continua em espírito de mansidão, acautelando-te contra o orgulho. Que tua alma se deleite em teu marido e na glória que sobre ele virá. Guarda meus mandamentos continuamente e receberás uma coroa de retidão. E, a não ser que faças isso, onde estou não poderás vir". (D&C 25:3, 5, 14–15) O que Emma foi instruída a fazer por seu marido? Que bênçãos recebemos por seguir o mesmo conselho hoje em dia? Apoio aos Portadores do Sacerdócio no Lar Como mulheres da Igreja, podemos ser de grande influência para os portadores do sacerdócio em nosso lar. Podemos apoiar e incentivar nosso marido, pai, irmãos e filhos a cumprir suas responsabilidades no sacerdócio. Se pedirmos uma bênção e depois a honrarmos, demonstramos o apoio ao sacerdócio. Podemos também fortalecer os portadores do sacerdócio em nosso lar, incluindo-os em nossas orações. O Profeta Joseph Smith aconselhou as mulheres da Igreja a "concentrarem sua fé e orações e a depositarem confiança no marido, (…) para que possamos fortificá-los e apoiá-los com nossas orações." (History of the Church, 4:604–605) Devemos esforçar-nos continuamente para aperfeiçoar nosso caráter e cumprir nossas responsabilidades. Talvez tenhamos também que encorajar e gentilmente relembrar aos portadores do sacerdócio em nossa casa que devem honrar e magnificar seus chamados no sacerdócio. As moças, bem como as mães podem fazer muito para incentivar os rapazes a assistirem às reuniões e a se prepararem para ser missionários. O Élder David B. Haight, disse: "Vocês, moças, exercem uma grandiosa influência no comportamento masculino. (…) Sua influência entre os rapazes é importante. São vocês que incentivam os padrões da Igreja, o modo de vestir e de agir." (Conference Report, outubro de 1977, p. 85; Ensign, novembro de 1977, pp. 56-57) Sempre que uma mulher tem uma atitude positiva a respeito dos deveres do marido na Igreja ele consegue desempenhar-se em tais deveres com maior facilidade. Sua atitude também comunica aos filhos que possuir o sacerdócio em casa é uma grande bênção. 94
  • 108. Lição 13 Como pode a mulher organizar suas atividades diárias, de forma a ter condições de melhor apoiar o marido em seus chamados? O Relacionamento da Mulher com os Portadores do Sacerdócio na Igreja Assim como a mulher justa pode exercer muita influência para o bem apoiando o portador do sacerdócio em seu próprio lar, pode também fortalecer a Igreja sempre que apóia seus líderes no ramo ou ala, distrito ou estaca. Apoiamos nossos líderes quando aceitamos de boa vontade os chamados na Igreja e os cumprimos fielmente, compreendendo que todo chamado no sacerdócio é um chamado do Senhor. Podemos honrar os conselhos dos líderes do sacerdócio—nosso marido, mestres familiares, bispo ou presidente de ramo, estaca ou distrito e Autoridades Gerais. Devemos conter-nos para não criticar os líderes do sacerdócio, e ensinar os filhos a fazerem o mesmo. Fortalecer e apoiar o sacerdócio é mais do que apenas levantar a mão ou dizer que apoiamos o sacerdócio. É aprender, orar, obedecer e servir numa boa causa. O Senhor providenciou líderes no sacerdócio, para estabelecer o curso que devemos seguir sob a Sua direção. Portanto, temos a responsabilidade de escutar o bom conselho deles, como se fosse do Senhor."E tudo o que disserem quando movidos pelo Espírito Santo, será (…) a vontade do Senhor, (…) a mente do Senhor, (…) a palavra do Senhor, (…) e o poder de Deus para a salvação". (D&C 68:4) Quando Harold B. Lee era o Presidente do Quórum dos Doze, deu a todos os membros da Igreja o seguinte conselho sobre apoio aos líderes e particularmente ao profeta: "Devemos aprender a dar ouvidos às palavras e mandamentos que o Senhor nos possa dar por meio de Seu profeta, '(…) à medida que ele os receber, andando em toda santidade diante de mim; (…) como de minha própria boca, com toda a paciência e fé'. (D&C 21:4–5) Haverá coisas que exigirão paciência e fé. Vocês podem não gostar do que lhes é dado por meio das autoridades da Igreja. Pode ser contrário aos seus pontos de vista políticos. Pode contradizer seus pontos de vista sociais. Pode interferir em sua vida social. Mas, se escutarem essas coisas, como se vindas da boca do próprio Senhor, com paciência e fé, vocês terão a promessa de que '(…) as portas do inferno não prevalecerão contra vós; sim, e o Senhor Deus afastará de vós os poderes das trevas, e fará tremerem os céus para o vosso bem e para a glória de seu nome'.(D&C 21:6)" (Conference Report, outubro de 1970, p. 152; Improvement Era, dezembro de 1970, p.126) Conclusão O sacerdócio é uma grande bênção de Deus a todos os seus filhos. Todos os membros da Igreja devem honrar o sacerdócio e desenvolver atributos cristãos no relacionamento com cada um, no lar e na Igreja. 95
  • 109. Lição 13 As mulheres que estão tentando desenvolver tais qualidades podem fortalecer os portadores do sacerdócio e abençoar sua família e a Igreja. As mulheres serão mais felizes e exercerão maior influência se honrarem e seguirem os líderes do sacerdócio. Desafio Use esta lição para aumentar seu entendimento do papel desempenhado pelo sacerdócio em seu lar. Escrituras Adicionais I Coríntios 11:3, 8–12 (relacionamento do homem com a mulher); Colossenses 3:18–24 (amor ao próximo); I Pedro 3:5-7 (honrar um ao outro). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Examine a lição 12 deste manual, "As Ordenanças do Sacerdócio"; 2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro; 3. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 96
  • 110. A MULHER SANTO DOS ÚLTIMOS DIAS Lição 14 O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender nossas responsabilidades e bênçãos como mulheres santo dos últimos dias, sejamos nós casadas, viúvas, solteiras, mães ou mulheres sem filhos. O Papel da Mulher O Presidente Brigham Young explicou o papel da mulher da seguinte maneira: "Uma coisa é verdade, e nisso acreditamos: que a mulher é a glória do homem. (…) Quando medito nos deveres e responsabilidades atribuídos à nossas irmãs e mães, e na influência que elas têm, considero-as como a mola mestra e a alma de nosso ser aqui na terra. É verdade que o homem é o primeiro (…) (mas) quando a Mãe Eva veio ao mundo, porém, exerceu uma esplêndida influência sobre (o Pai Adão). (…) (Irmãs), desejamos que nos dêem sua influência e poder para ajudar a construir esse reino (…).” [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p.199] As Responsabilidades e Bênçãos da Esposa Santo dos Últimos Dias Como membros da Igreja, compreendemos qual é o relacionamento ideal entre marido e mulher. "Se perguntarmos às irmãs recém- batizadas qual foi a maior mudança em sua vida ao se tornarem membros, responderão que foi seu novo modo de visualizar o seu lar, seu marido e seus filhos. Em alguns casos, tiveram dificuldade em mudar sua atitude, mas todas têm acentuado a importância de aprender a respeitar um ao outro e apoiar o homem como o patriarca do lar”. (Anna Lindback, citado por Carol Larsen em “The Gospel Counterculture”, Ensign, março de 1977, p. 26.) Seja o marido membro ou não, quer ele seja ativo ou menos ativo, a mulher santo dos últimos dias pode ser-lhe boa companheira e adjutora. O Presidente N. Eldon Tanner disse: "Mulheres, vocês são uma grande força e esteio para o homem de sua vida; e ele às vezes necessita mais da ajuda de vocês quando menos merece. Não existe incentivo maior, 97
  • 111. Lição 14 maior esperança, nem maior motivação do que saber que sua mãe, sua namorada ou sua mulher lhe tem confiança e amor". (Conference Report, outubro de 1973, p. 125; A Liahona, junho de 1974, p. 42) Como podemos fazer com que nosso marido sinta que o amamos e que temos confiança nele? Por que devemos fazê-lo sentir isso, mesmo quando pensamos que ele não merece? Como mulheres santo dos últimos dias, precisamos apoiar nosso marido em seus chamados na Igreja. Quando se cogita no nome de um homem para um novo cargo, leva-se em consideração também a dignidade de sua mulher. Ela precisa ser capaz de lhe dar completo apoio. Seu coração não deve centralizar-se nas coisas deste mundo, mas na vida eterna, assim será capaz de permanecer ao seu lado e apoiá-lo. (Querendo maneiras específicas de apoiar os portadores do sacerdócio, veja a lição 13, "As Mulheres e o Sacerdócio", neste manual.) Algumas de nós talvez estejamos casadas com um membro menos ativo ou não-membro e desanimamos quando vemos que nosso marido não se torna ativo na Igreja. Às vezes pode ser necessário um milagre, mas a mulher paciente e fiel ainda pode ver tal milagre acontecer. Alguns homens podem levar muitos anos para serem ativos, mas devemos continuar a orar e a viver os ensinamentos do evangelho em nosso lar. Uma das maneiras de começar a ajudar nosso marido a tornar-se mais ativo na Igreja consiste na realização de uma atividade numa noite familiar. Podemos ajudar as crianças a preparar histórias sobre o evangelho para serem apresentadas à família, convidando nosso marido a participar. Podemos incentivá-lo gradualmente a dirigir a noite familiar e, mais tarde, a apresentar as lições. Muitos homens sentem-se muito mais à vontade numa noite familiar que em uma reunião formal da Igreja. Depois que estiverem acostumados a se reunir em casa, será mais fácil para eles assistir às reuniões da Igreja. "Marilyz de Dolder, da Ala II de La Plata, é membro da Igreja desde os nove anos de idade. Sempre foi ativa na Igreja e exerceu nela muitos cargos. Casou-se com um jovem excelente, que não era membro da Igreja, mas sempre procurou aplicar com sabedoria todos os conselhos e ensinamentos do evangelho em seu lar. Sobre tal experiência, disse ela o seguinte: "Temos que saber ter equilíbrio em todas as coisas." Ela se dedicou com interesse e amor ao seu lar, ao marido e aos filhos. Depois das reuniões da Igreja, não ficava se entretendo em conversas com amigos, mas retornava imediatamente para casa, a fim de cumprir suas obrigações. "Seu marido tornou-se membro da Igreja há dois anos, e atualmente é bispo na Ala II de La Plata." (Carol Larsen, "The Gospel Counterculture", Ensign, março de 1977, p. 27) 98
  • 112. Lição 14 O que fez a irmã Dolder para apoiar seu marido e permanecer ativa na Igreja? A mulher também pode ajudar o marido a cumprir seu papel como líder espiritual no lar. "Certo pai, homem despretensioso e de poucas palavras, achava difícil expressar seu amor à família. Devido à insistência de sua mulher, começaram a realizar as orações familiares, o que lhe deu a oportunidade de expressar o que sentia dentro do coração. Para sua filha, que havia interpretado o modo de agir do pai como indiferença, a experiência foi uma revelação. Suas orações eram simples e muitas vezes com um palavreado desajeitado, mas ouvi-lo dizer 'abençoa minha filhinha, para que faça o bem', emocionava-a profundamente." (Ann H. Banks, "The Extra Blessings of Family Prayer", Ensign, janeiro de 1976, p. 37) De que maneira essa irmã ajudou o marido a tornar-se um líder espiritual em sua casa? De que outras formas podemos ajudar nosso marido a tornar-se um líder espiritual? Como mulheres santo dos últimos dias, devemos estabelecer um sentimento espiritual no lar, sendo mais pacientes e alegres. Devemos procurar desenvolver um bom relacionamento familiar, exercer nossa fé diariamente e viver o evangelho. Ler Romanos 15:1–5. Por que a paciência é parte do nosso papel como esposa? As Responsabilidades e Bênçãos da Mãe Santo dos Últimos Dias Homens e mulheres capazes têm a responsabilidade de trazer os filhos espirituais de Deus para a vida na Terra. Quando fazemos isso nos associamos a Deus, pois provemos corpo para Seus filhos espirituais, nossos irmãos e irmãs no espírito. [Ver Spencer W. Kimball, O Milagre do Perdão, (1969), reimpresso 1999, p. 99] Mostre a gravura 14-a, "Uma mãe assiste a uma reunião junto com sua família". Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva-a no quadro- negro. À medida que cada escritura for lida, peça às irmãs que identifiquem os deveres da paternidade mencionados na escritura. Ao lado de cada referência, escreva esses deveres. 99
  • 113. 14-a, Uma mãe assiste a uma reunião junto com sua família. 100
  • 114. Lição 14 1. Mosias 4:14–15: ensinar os filhos a andar nos caminhos da verdade e sobriedade; ensiná-los a amarem-se e servirem-se uns aos outros; 2. Doutrina e Convênios 20:70: garantir que os filhos recebam as bênçãos do sacerdócio; 3. Doutrina e Convênios 68:25–28: ensinar os filhos a respeito de fé, arrependimento, dom do Espírito Santo, oração e retidão. A mulher não poderia almejar honra maior que a de colaborar no plano divino de trazer filhos espirituais à Terra, ensinando-os a andar "em retidão perante o Senhor". Ela encontrará mais satisfação e alegria sendo mãe sábia e digna, e criando bons filhos. Essa contribuição à humanidade é muito maior do que aquela que poderia oferecer em qualquer outra profissão. (Ver N.Eldon Tanner, Conference Report, outubro de 1973, p. 126; A Liahona, junho de 1974, p. 42) Como o trabalho diário normalmente faz com que os pais fiquem fora de casa, talvez eles não tenham as mesmas oportunidades de influenciar seus filhos como as mães. As mães muitas vezes parecem ter mais influência do que os pais para moldar a vida de seus filhos. [Ver Heber J. Grant, Gospel Standards, comp. G. Homer Durham (1941), p. 152.] É por isso que é tão importante que as mães fiquem em casa e cuidem de seus filhos, evitando deixá-los aos cuidados de outros. Os líderes têm pedido às mães que não trabalhem fora de casa, a menos que seja absolutamente necessário. "Mesmo que as circunstâncias exijam que mães de família trabalhem fora de casa (…), elas não devem negligenciar seus cuidados e deveres no lar, particularmente quanto à educação dos filhos."(Harold B. Lee, "Mantenha Seu Lugar de Mulher", A Liahona, julho de 1972, p. 8) As mulheres que precisam criar seus filhos sozinhas porque perderam o cônjuge, ou famílias que foram criadas sem o marido porque este as abandonou têm direito à ajuda especial dos portadores do sacerdócio. O Presidente Harold B. Lee disse a uma mulher que foi abandonada pelo marido e ficou com oito filhos: "Não se sinta sozinha porque seu marido não está com você. Permaneça próxima de seus mestres familiares e de seu bispo". E ela me disse, sorrindo: "Irmão Lee, eu tenho os mais dedicados mestres familiares que alguém poderia ter, e ninguém tem um bispo melhor do que o nosso. Cuidam muito bem de nós. Temos um pai amoroso que está sempre olhando por nós, o portador do sacerdócio que entrou em nossa vida". (A Liahona, julho de 1972, pp. 9–10) Algumas mulheres não conseguem criar seus filhos até a maturidade porque eles morrem ainda pequenos. O Profeta Joseph Smith ensinou que muitas dessas crianças eram demasiadamente puras e 101
  • 115. Lição 14 encantadoras para viver na corrupção terrena. Mesmo chorando sua perda, temos razão para regozijar-nos, pois estão livres do mal. [Ver Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, sel. Joseph Fielding Smith (1976), pp. 192-193.] Ele também ensinou que todos aqueles que morrem antes da idade de oito anos estão salvos no reino celestial. (Ver D&C 137:10.) As mães desses filhos, se viverem com fidelidade, haverão de criá-los até as maturidade durante o Milênio. [Ver Joseph F. Smith, Doutrina do Evangelho, 5ª ed. (1939),pp. 413-418.] Existem mulheres que não podem gerar filhos. Essas mulheres freqüentemente cumprem seu papel de mãe adotando crianças ou sendo mães de criação. As mulheres que não conseguem ter filhos e aquelas que são solteiras podem sentir-se realizadas trabalhando de várias formas com crianças ou fazendo outras coisas que lhes permitam dar de si mesmas em benefício do próximo. As mulheres que fazem tal trabalho podem encontrar a alegria, exercer uma influência salutar na vida das crianças e trazer-lhes felicidade, principalmente àquelas a quem foi negado o amor maternal. O Presidente Brigham Young confortou essas mulheres que não podem ter seus próprios filhos e que têm sido fiéis aos seus convênios feitos no templo, dizendo: "Muitas das irmãs se afligem por não terem sido abençoadas com filhos. Vocês verão o tempo em que terão milhões de crianças ao seu redor. Se forem fiéis aos seus convênios, serão mães de nações (…). Sejam fiéis e se não forem abençoadas com filhos aqui na Terra, serão abençoadas na vida após a morte". (Deseret News, novembro de 1860, p. 306) De que forma essas doutrinas podem consolar as mulheres que não podem ter filhos? De que forma essa verdade revelada nos encoraja a viver dignamente? O Papel da Mulher Solteira Mostre a gravura 14-b. "Uma jovem preparando-se para futuros chamados". Todas as mulheres, solteiras ou casadas, possuem importantes deveres e responsabilidades na mortalidade. Toda menina ou moça tem uma grande oportunidade na juventude de preparar-se para o seu futuro chamado de esposa e mãe. Pode aprender a ser uma dona-de-casa com sua mãe, na escola ou por meio das aulas de economia doméstica proporcionadas pela Igreja. Ela pode ganhar instrução indo à escola e preparar-se para ser uma professora no lar. Deveria dar um bom exemplo aos seus amigos membros e não-membros conservando-se pura e casta. Se você for jovem e solteira, como pode preparar-se para ser esposa e mãe? Por que é importante desenvolver a espiritualidade na juventude? 102
  • 116. 14-b, Uma jovem preparando-se para futuros chamados. 103
  • 117. 14-c, Uma Professora de uma classe de crianças. 104
  • 118. Lição 14 Mostre a gravura 14-c. “Uma professora de uma classe de crianças”. Existem mulheres que só se casam bem mais tarde. Algumas podem permanecer solteiras durante toda a vida mortal, se não lhes apareceu um companheiro digno. A tais mulheres é prometido um marido digno e filhos na vida após a morte. Nenhuma bênção disponível nesta Terra lhes será negada. O Presidente Harold B. Lee disse: "Vocês, moças que estão ficando mais velhas e ainda não aceitaram uma proposta de casamento, se conservarem-se dignas e prontas para ir à casa do Senhor e tiverem fé neste princípio sagrado do casamento celestial para a eternidade, embora o privilégio do casamento não lhes seja concedido agora, na mortalidade, o Senhor irá recompensá-las no tempo devido, e nenhuma bênção lhes será negada. Vocês não estão sob obrigação de aceitar uma proposta de alguém indigno de vocês, por temor de não virem a receber suas bênçãos". [Ye Are The Light of The World (1974), p. 308] De que forma essa promessa pode trazer consolo e segurança às mulheres solteiras? Uma dessas mulheres expressou seus sentimentos da seguinte maneira: "Uma infinidade de bênçãos e oportunidades especiais estão à disposição dos membros solteiros. (…) Na nossa ânsia de nos casarmos, podemos facilmente negligenciar as oportunidades únicas de nos prepararmos, não somente para o casamento, mas para a exaltação eterna. (…) Como mulher solteira na Igreja, tenho freqüentemente esperado com impaciência o cumprimento do casamento eterno prometido na minha bênção patriarcal. Tenho, no entanto, ficado cada vez mais a par das bênçãos especiais advindas aos membros solteiros que são fiéis, e agradecida por elas. (…) Nós possuímos tempo e o privilégio de despendê-lo como quisermos, mas também somos responsáveis pela maneira como utilizamos esse precioso dom. Como membros solteiros, nós podemos (…) lamentar (…) nosso estado (…) ou usar esse período de nossa vida numa espera ativa e criadora. Estou firmemente convencida de que a forma como despendemos esse tempo é de suma importância para a nossa felicidade presente e futura, bem como para o nosso progresso eterno. Uma consideração inicial é a questão da carreira ou ocupação (…). Algumas mulheres encontram grande satisfação enfrentando uma carreira desafiante (…). Por meio da oração e das bênçãos do sacerdócio eu tenho (…) recebido a certeza consoladora e pessoal de que [ao seguir a minha profissão] estou fazendo atualmente o que é agradável aos olhos de Deus.(…) 105
  • 119. Lição 14 Tenho que confessar, entretanto, que as maiores e mais duradouras alegrias da vida derivam (…) de atos silenciosos e anônimos de bondade para com o próximo. (…) É muito fácil ficarmos tão preocupadas com nossas próprias necessidades e problemas, que nos tornamos espiritualmente surdas às dores e sofrimentos que nos rodeiam. (…) Nunca tivemos tanta facilidade para fazer as coisas como agora. Temos tempo para assistir às aulas (…) aumentarmos nossa cultura, bastando para isso que procuremos leitura nos melhores livros (…) para desenvolver uma variedade de talentos e interesses (…) para começar nossa genealogia (…) Quando procuramos traçar nossos registros familiares, podemos inspirar a família toda a se envolver nesse trabalho. (…) A grande satisfação que o trabalho regular e diligente na Igreja nos oferece não pode ser subestimada. (…) Experimentei grande alegria servindo como (…) professora da Escola Dominical da ala. (…) Temos tempo para nos manter em boa forma. (…) O exercício regular eleva o espírito e as emoções, fazendo com que o corpo permaneça em boas condições físicas. Temos tempo para fazer amizade com as famílias de nossa ala ou ramo, tornando-nos amigos das crianças. Sempre sou convidada, e participo de boa vontade das muitas atividades com crianças. (…) Pela força de nosso próprio exemplo, podemos encorajá-las a seguir os princípios do evangelho, à medida que caminham em direção à idade adulta. Temos bastante tempo livre para despender com nosso Pai Celestial. Não posso subestimar o impacto que o jejum e a oração prolongada têm tido em minha vida. (…) Tenho conseguido um testemunho inquebrantável do amor especial e preocupação que o Senhor tem por meu bem-estar. (…) Nas horas de necessidade, mãos amorosas nos cercam, procurando elevar-nos, fortalecer-nos e ajudar-nos. Olhem em volta e vejam, pois elas lá estão. E quando me sinto muito desanimada, (…) descobri uma cura para a depressão, que é o conhecimento de que alguém precisa de mim. Ao ajudar outra pessoa, minhas necessidades e problemas desaparecem rapidamente, com a satisfação de saber que suavizei a vida de outrem e de que o que fiz é agradável ao Senhor. Regozijemo-nos, portanto, com este tesouro precioso, que é o tempo, e agradeçamos ao Senhor por esse dom tão especial". (Anne G. Osborn, "The Ecstasy of the Agony: How to Be Single and Sane at the Same Time", Ensign, março de 1977, pp. 47-49) De que forma essa irmã conseguiu enriquecer sua vida? 106
  • 120. Lição 14 Conclusão Todas as mulheres desta Igreja têm muito valor. Se vivermos fielmente, algum dia seremos abençoadas com o privilégio de sermos companheiras, adjutoras e mães. Quer tenhamos tal oportunidade nesta ou na vida futura, ainda assim podemos ter a vida repleta de realizações, servindo aos outros e cumprindo nosso papel como mulheres santo dos últimos dias . Desafio Procure meios de melhorar a si mesma em seu papel de mulher. Escrituras Adicionais Efésios 6:4 (não provoqueis a ira a vossos filhos); I Timóteo 5:3–14 (viúvas); Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 36, "A Família Pode Ser Eterna" e o capítulo 37, "Responsabilidades Familiares"; 2. Estude a lição 13 deste manual, "As Mulheres e o Sacerdócio"; 3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro; 4. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 107
  • 121. DEVEMOS ACONSELHAR-NOS COM NOSSA FAMÍLIA Lição 15 O propósito desta lição é ajudar-nos a fortalecer nossa família, aconselhando-nos com nosso marido e filhos. O Pai Dirige o Lar Cante o hino “Com Amor no Lar”. (Ver Hinos, nº 188, ou Princípios do Evangelho, pp. 352–353.) Nosso lar terreno é o princípio do lar celestial. Precisamos criar uma atmosfera em nossa casa, que continuará para sempre com nossa família. O Presidente N. Eldon Tanner disse: “Todo lar santo dos últimos dias deve ser um modelo, onde o pai seja o cabeça da família, presidindo, porém, com amor e em completa harmonia com os desejos justos da mãe. Juntos devem procurar os mesmos objetivos para a família, fazendo com que os filhos sintam o amor e a harmonia que nela existe”. (“Fatherhood”, Ensign, junho de 1977, p. 2) O pai é o patriarca e a autoridade que preside no lar; cabe a ele a responsabilidade de dirigir os assuntos da família. Aos pais cabe o dever de criar filhos dignos, mas, naturalmente, não se espera que o façam sozinhos. Cada um é importante. Nós e nosso marido somos companheiros; juntos, podemos construir um sólido casamento e conduzir nossa família de volta à presença do Pai. Precisamos dialogar com nosso marido, a fim de desfrutar do Espírito do Senhor em nosso lar. Devemos Mostrar Amor e Consideração pelo Marido Como esposas, devemos estabelecer uma casa de ordem e amor. O companheirismo e o amor sincero abençoarão e fortalecerão nosso casamento. Devemos orar juntos regularmente, mostrar amor e respeito mútuo, ler e estudar as escrituras em conjunto. Devemos guardar os mandamentos de Deus e os convênios feitos no casamento. Ao descrever o lar perfeito, o Presidente J. Reuben Clark Jr. declarou que "o verdadeiro amor (…) abençoa e santifica todo o pensamento e ação do marido e da mulher". Nesse lar deve haver respeito e honra (…). Paciência em abundância e lealdade de pensamento, palavra e ação. (…) 108
  • 122. 15-a, Marido e mulher trabalhando juntos. 109
  • 123. 15-b, Uma família durante a noite familiar. 110
  • 124. Lição 15 A fé deve espalhar-se pelo lar, como uma luz. A obediência aos mandamentos de Deus deve guiá-las e entusiasmá- las”. (“Our Homes”, Relief Society Magazine, dezembro de 1940, 809–810) O que podemos fazer para mostrar amor e consideração pelo marido? Como pode isso ajudar-nos a estabelecer a ordem em nosso lar? Devemos Aconselhar-nos Juntos Mostre a gravura 15-a. "Marido e mulher trabalhando juntos". É importante uma boa comunicação entre marido e mulher, pois assim podemos trabalhar juntos na solução dos problemas que surgem no casamento. A maioria dos problemas podem ser enfrentados e solucionados, quando nós e nosso marido somos guiados pelo Senhor. Ler Alma 37:37. Como podemos ser ajudados, quando nos aconselhamos com o Senhor? Devemos conversar freqüentemente um com o outro. Devemos, em espírito de oração, falar de nossos problemas e objetivos com nosso marido. Demonstramos amor por nosso marido, buscando sua liderança e assistência na solução dos problemas familiares. Todas as decisões importantes devem ser tomadas em conjunto. Devemos estabelecer uma hora específica para discutir e resolver assuntos relativos a finanças, filhos, religião e outros problemas individuais e familiares. Depois de tomadas as decisões, os pais devem-se unir para fazer com que sejam levadas a efeito. A experiência seguinte demonstra como um casal se aconselhava entre si: Meus pais eram pessoas cultas e experientes. Podiam facilmente tomar sozinhos muitas decisões da família, mas, em vez disso, sempre sentavam-se e discutiam os problemas e suas possíveis soluções um com o outro. Pelo menos uma vez por semana, geralmente nos domingos à noite, sentavam-se juntos à mesa da cozinha e falavam a respeito de nossos problemas. Às vezes nós, seus filhos, participávamos. Conversando, meu pai e minha mãe quase sempre concordavam na maneira de nos educar. Embora meu pai ganhasse pouco, sempre tínhamos dinheiro suficiente. Não me lembro de ter visto meus pais discutindo ou brigando e sinto-me muito agradecido por ter bons pais que construíram um lar quase celestial, que todos nós tentamos seguir em nossa casa. De que forma podemos, aconselhando-nos um com o outro, evitar discussões e problemas em nosso lar? Como isso pode aumentar o amor em nosso casamento? 111
  • 125. 15-c, Mãe ensinando informalmente sua filha jovem. 112
  • 126. Lição 15 Devemos Aconselhar-nos com a Família Mostre a gravura 15-b. "Uma família durante a noite familiar". Depois de o pai e a mãe haverem-se aconselhado um com o outro, devem chamar seus filhos e então conversar juntos, num conselho familiar, a respeito de planos e metas familiares. O conselho de família é muito valioso e pode melhorar a vida de todos na casa, aprofundar a afeição e aumentar a alegria. Os filhos devem estar, com antecedência, a par dos planos familiares. Sempre que cada membro da família estiver ciente do que os outros estão fazendo, o resultado é a ordem e harmonia. Sempre que possível deve ser permitido às crianças participarem das decisões; em seguida, elas devem ajudar a levar a cabo tais decisões. Quando nos aconselhamos com nossa família, devemos respeitar as opiniões, problemas e o horário de cada indivíduo. Qual dia e hora é ideal para se realizar um conselho familiar? Quais são algumas das áreas que podem ser discutidas nesse conselho? Mostre a gravura 15-c, "Mãe ensinando informalmente sua filha jovem". Quando ensinamos nossos filhos, nem sempre isso ocorre numa situação formal. Como mães, devemos aproveitar toda e qualquer oportunidade para escutar os seus problemas. Devemos procurar compreender o seu ponto de vista e não caçoar ou subestimar suas preocupações. Ao contrário, devemos tentar compreender amorosamente e aconselhá-los. Podemos também incentivar nosso marido a conversar em particular com cada filho. "É maravilhoso ver um pai ou uma mãe sentar-se com um filho ou filha e conversar sobre um problema pessoal (…). Muitos são os problemas e tentações (…) contra as quais nossos filhos e filhas precisam ser fortalecidos. (…) Nessas conversas abertas e sinceras, os pais ajudarão a estabelecer objetivos para seus filhos". (ElRay Christiansen, Conference Report, abril de 1972, 43; Ensign, julho de 1972, p. 55) Como filha, o que você gostaria de falar com seus pais? Como mãe, o que você gostaria de falar com seus filhos? Se for oportuno, lembre aos membros da classe que podem sempre procurar a orientação do Espírito Santo para dar e receber conselhos. O Espírito Santo pode ajudar-nos a saber o que dizer e como aplicar o conselho recebido. O Élder Richard L. Evans, ao falar sobre a importância de nos aconselharmos com nossos filhos, disse: "Vocês têm o privilégio, o direito, o dever de sentar-se juntos e partilhar seus pensamentos, 113
  • 127. Lição 15 levando em consideração suas decisões, para que todos possam ser ouvidos e respeitados, trabalhando, orando e planejando juntos a sua felicidade—sempre e eternamente (…)”. (“As Parents and Children Come to Common Ground”, Improvement Era, maio de 1956, p. 342) Conclusão Uma vez que viveremos em paz e harmonia no reino celestial, devemos começar a procurar agora mesmo alcançar a unidade e o amor pleno. Isso não acontece naturalmente. O Presidente David O. McKay disse: "Posso imaginar poucas, ou nenhuma coisa mais censurável do que a ausência de união e harmonia no lar. Sei, por outro lado, que o lar onde habita a união, a ajuda mútua e o amor (…) é um pedacinho do céu na Terra." (Conference Report, outubro de 1967, p. 7) Quando nos aconselhamos com nosso marido e filhos, podemos fortalecer nossa família. Podemos sentir maior proximidade e mais amor uns pelos outros. Desafio Fique a par das oportunidade de aconselhar-se com seu marido e filhos. Encoraje-os a prepararem-se fervorosamente para tais oportunidades. Incentive seu marido a entrevistar cada um dos filhos. Se você for solteira, procure a orientação do Espírito Santo, a fim de encontrar meios de trazer harmonia para sua família. Escrituras Adicionais I Coríntios 13 (a virtude da caridade); Gálatas 5:22–23 (os frutos do Espírito); Jacó 2:35 (os nefitas perderam a confiança de seus filhos); Jacó 3:7 (os lamanitas amavam sua família); Doutrina e Convênios 121:36–41 (depois de reprovar, mostre mais amor). Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 37, "Responsabilidades Familiares". 2. Inicie a aula cantando o hino "Com Amor no Lar". (Ver Hinos, nº 188, ou Princípios do Evangelho, pp. 352–353.) 3. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 114
  • 128. NOITE FAMILIAR Lição 16 O propósito desta lição é inspirar-nos e ajudar-nos a realizar noites familiares bem-sucedidas. A Noite Familiar É para Todos Cada família deve realizar uma noite familiar semanal. A Igreja deixou a noite de segunda-feira livre de todas as outras atividades, para tal propósito. Mostre as gravuras 16-a, "Os pais envolvem seus filhos pequenos na noite familiar", e 16-b, "Um casal idoso realiza sua noite familiar". Cada família é diferente. Algumas possuem os pais e os filhos em casa; outras só possuem um dos pais, com os filhos. Em outras ainda, os pais não têm seus filhos com eles. Muitos adultos solteiros moram sozinhos ou com colegas. Seja qual for o caso, a noite familiar é para todos. Se a pessoa morar sozinha, pode reunir-se com outras pessoas. Para aqueles que se sentem solitários, essa reunião pode ser uma bênção. “Não existe lugar mais adequado para o ensino do evangelho do que o lar. É só no lar que os filhos podem aprender a natureza da vida familiar na forma autorizada por nosso Pai Celestial. A noite de segunda-feira, com a família reunida, proporciona o espírito certo para as experiências familiares. Aqueles que possuem tal espírito em seu meio, vêem nele a fonte de suas maiores alegrias”. [“Family Home Evening (1971), p. 4] A realização de noites familiares regulares é uma das melhores maneiras de se ensinar e aprender os princípios do evangelho. Ela aproxima os membros da família, fazendo-os terem maior amor e mais união. Segure um maço de varetas ou palitos de fósforo na mão e diga à classe que eles representam os membros da família. Em seguida, tire uma das varetas (ou palitos) do maço e quebre-a ao meio. Explique- lhes que, quando ficamos sozinhos, não somos tão fortes como quando ficamos com nossa família. Em seguida, pegue um pedaço 115
  • 129. 16-a, Os pais envolvem seus filhos pequenos na noite familiar. 116
  • 130. Lição 16 de barbante ou um elástico e prenda os palitos (ou varetas). Diga à classe que o barbante representa a influência unificadora dos ensinamentos do evangelho e então mostre como é difícil quebrá-las. Explique-lhes que ficamos mais fortes quando nos unimos em família e nos ligamos uns aos outros pelas verdades do evangelho. Como Dirigir uma Noite Familiar O pai, como patriarca do lar, deve presidir as noites familiares. Quando ele estiver ausente ou não houver um pai no lar, a mãe deve assumir a liderança. Se for possível, os pais devem planejar juntos, com antecedência, cada noite familiar, dando, então, designações aos membros da família. No princípio de cada noite familiar, pode ser feita uma reunião de planejamento bem curta, para verificar quais as atividades e planos de cada membro da família para a próxima semana. Isso é especialmente proveitoso quando existem adolescentes na família. "[O pai] dá a aula ou delega o ensino (…) à esposa ou a um dos filhos que tenha idade suficiente para ensinar. (…) As crianças menores podem ajudar [de diversas maneiras], regendo a música, lendo escrituras, respondendo a perguntas, segurando gravuras, servindo o lanche e orando. (…) A seguir mostramos um exemplo de roteiro de noite familiar: Hino de abertura (cantado pela família); Primeira oração (por um membro da família); Leitura de um poema ou escritura (por um membro da família); Lição (pelo pai, mãe ou um dos filhos mais velhos); Atividade (conduzida por alguém da família e com a participação de todos; Hino de encerramento (cantado pela família); Última oração (por um dos membros da família); Lanche. A família pode realizar a noite familiar de diversas maneiras. Qualquer atividade que reuna a família, fortaleça os laços de amor entre todos, ajude a aproximá-los do Pai Celestial e os incentive a viver em retidão pode ser uma noite familiar. Exemplos dessas atividades em família podem incluir ler as escrituras, discutir o evangelho, prestar testemunhos, fazer um projeto de serviço, cantar juntos, fazer um piquenique ou uma brincadeira, caminhar. Todas as noites familiares devem incluir uma oração.”(Guia da Família, p. 7) 117
  • 131. 16-b, Um casal idoso realiza sua noite familiar. 118
  • 132. Lição 16 Cada uma de nós, como membros de nossa família, pode ajudar a fazer das noites familiares um sucesso. Primeiro, podemos planejar nossas atividades pessoais, a fim de estarmos livres para a noite familiar. Podemos também cumprir, as designações que nos foram feitas ou ajudar de alguma outra forma na preparação dessa noite. As mães ou filhos mais velhos podem ajudar os menores a se desincumbirem de suas designações durante a semana. As crianças pequenas gostam muito de contar histórias simples, usando um flanelógrafo e fazendo representações diversas. Todas as crianças podem participar, sempre que o pai ou a mãe as incluírem e forem pacientes com seus esforços. Todos nós podemos melhorar nossas noites familiares, se orarmos ao Pai Celestial para que nos ajude a cumprir nossas designações. Eis o exemplo de uma noite familiar bem-sucedida: A família Cardoso chamou uma das noites familiares de "Noite de Honra ao Mérito". Seus sete filhos, variando em idade de 5 a 17 anos, votaram em qual era sua comida favorita para o jantar. O cardápio vencedor foi servido, depois do qual os prêmios de "Honra ao Mérito" foram anunciados. O pai, em suas melhores roupas, com uma gravata borboleta bem grande no pescoço, foi o mestre de cerimônias. A mãe vestiu seu vestido mais bonito e permaneceu ao lado do pai segurando os envelopes que continham os nomes dos "vencedores". Os avós foram convidados e formaram uma audiência que deveria admirar e apreciar o recebimento dos prêmios pelas crianças. Depois de um discurso de boas-vindas pelo pai, a apresentação se deu da seguinte maneira: O pai disse: "Foram citados, por realizações de projeto no campo da matemática, os seguintes nomes: Albert Einstein e Paulo Cardoso. Envelope, por favor". A mãe passou o envelope para o pai que o abriu e em seguida anunciou animadamente: "O vencedor é… Paulo Cardoso!" A família aplaudiu, enquanto Paulo se levantava e recebia o seu prêmio de "Honra ao Mérito". (Neste caso, os prêmios eram pequenas figuras de plástico, contendo o nome dos filhos e o reconhecimento na frente.) O procedimento continuou, até que todas as crianças foram premiadas e seu nome anunciado como vencedor juntamente com o de outros campeões ou celebridades nacionais ou internacionais. Tereza recebeu o seu prêmio por ter-se sobressaído na natação; José, no escotismo; Roselene, por suas realizações no campo da música; Miguel, por seu bom desempenho no futebol; Denise, por ter aprendido a ler muito bem, e Cíntia, por seu sucesso em alegrar os dias dos membros da família. Ela recebeu um prêmio especial, denominado "Certificado Raio de Sol". 119
  • 133. Lição 16 Depois disso, cada criança apresentou um número que havia ensaiado durante a semana, sendo todos aplaudidos e elogiados. Em seguida, Denise e Cíntia cantaram "Faze-me Andar Só na Luz".( Ver Hinos, nº 199, ou Princípios do Evangelho, p. 372) Depois da última oração ter sido oferecida por Miguel, foi distribuído um lanche. É importante que planejemos noites familiares que se adaptem às necessidades e interesses da família, e que façamos coisas que sejam do agrado de todos. As noites familiares têm por objetivo ajudar as famílias. Na maioria das vezes, as noites familiares bem-sucedidas são originais, inventadas pela própria família. Quanto tempo você gasta semanalmente na preparação da noite familiar? Como o planejamento pode melhorar suas noites familiares? A Primeira Presidência da Igreja declarou: "Você despende tanto tempo fazendo com que sua família e seu lar sejam bem-sucedidos, quanto o faz à procura do sucesso social e profissional? Está devotando o melhor de seu espírito criativo à unidade principal da sociedade—a família—ou é o seu relacionamento com a família meramente uma rotina, uma parte desagradável de sua vida? Os pais e os filhos devem estar dispostos a colocar as responsabilidades de família em primeiro lugar, a fim de poderem alcançar a exaltação familiar". [Family Home Evening, (1973), p. 4] Como podemos melhorar nossas noites familiares por meio da oração? Bênçãos Advindas das Noites Familiares Regulares Nossa família recebe muitas bênçãos pela realização regular da noite familiar. A participação ajuda cada membro a desenvolver sentimentos de valor. Os problemas de disciplina diminuem e aumentam a lealdade e harmonia. A irmã Remde Malloy, mãe de cinco filhos, disse: "Embora nosso filho mais velho tenha apenas seis anos, notamos uma grande diferença no comportamento de todas as nossas crianças, depois que passamos a realizar noites familiares regulares todas as segundas-feiras, (…) é maravilhoso saber que eles estão retendo muitos dos ensinamentos que lhes transmitimos". ("To Be a Woman in the Church”, Ensign, agosto de 1973, p. 38) Como a irmã Malloy testificou, as crianças se lembram dos ensinamentos recebidos nas noites familiares. Alan, um menino de cinco anos de idade, de Midland, Texas, estava brincando no quintal com seu avô, quando algumas crianças no quintal vizinho começaram a discutir. A discussão começou a ficar mais acirrada e suas pequeninas vozes começaram a adquirir tons cada vez mais zangados, quando começou o jogo de bate e empurra. Foi 120
  • 134. Lição 16 então que uma das crianças bateu na outra, que gritou, protestando. Alan, observando essa cena ruidosa, disse pensativamente: "Sabe, vovô, o que eles precisam é de noite familiar!" A primeira Presidência emitiu a seguinte declaração: "Nestes últimos anos, temos visto novas forças do mal em ação (…) tentando nosso povo, particularmente os jovens. O programa de Noite Familiar, com o seu potencial para o bem, tem sido de grande ajuda para os pais. (…) Nas nossas noites familiares, e em outras experiências familiares positivas, podemos encher nossa alma com as coisas de Deus, não deixando assim lugar algum para que o mal encontre abrigo em nosso coração e mente". (Family Home Evening, 1974, p.4) Que bênçãos vocês têm recebido por meio das noites familiares? A Primeira Presidência também disse: "Novamente prevenimos com fervor os pais, para que reúnam os filhos à sua volta com amor, paciência e entendimento, e que os instruam na verdade e justiça. (…) O lar é o lugar principal e o mais eficiente para que os filhos aprendam as lições da vida". [Family Home Evening: Walk in the Light (1975), p. 3] Conclusão As noites familiares, quando bem-sucedidas e regulares, ajudam cada pessoa que dela participa. A noite familiar desenvolve o amor e a confiança no Pai Celestial. Ela amplia a compreensão das pessoas a respeito do evangelho, fortalece as relações familiares e incentiva cada um a desenvolver seus talentos. Desafio Comece a fazer noites familiares regulares. Tenha em mente a fórmula: planejamento, paciência e oração. Escreva um princípio do evangelho que você gostaria que sua família aprendesse na próxima noite familiar. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Prepare um maço de varetas ou palitos de fósforo para demostração da unidade familiar; 2. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 121
  • 135. REUNIÕES DA IGREJA Lição 17 O objetivo desta lição é ajudar-nos a compreender o propósito das reuniões da Igreja e inspirar-nos a assistir a elas regularmente. Propósitos das Reuniões da Igreja Jesus disse: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus". (Mateus 5:48) Por ser muito difícil atingir a perfeição, nosso Pai nos ajuda. Ele estabeleceu Sua Igreja, chamou líderes e deu- nos mandamentos, princípios e ordenanças. Nas nossas reuniões, recebemos instruções sobre essas coisas. Devemos obedecer e viver de acordo com as leis de Deus para nos tornarmos perfeitos. O Senhor disse: "(…) quando estiverdes congregados, deveis instruir-vos e edificar-vos uns aos outros, para que saibais como agir (…) como proceder com respeito aos pontos de minha lei e dos mandamentos que dei". (D&C 43:8) São várias as reuniões da Igreja a que devemos assistir. Reunião Sacramental Mostre a gravura 17-a "A Última Ceia". Paulo disse aos santos de Corinto "(…) que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha". (I Coríntios 11:23–26) O propósito da reunião sacramental é o de partilharmos do sacramento. Isso nos relembra o sacrifício que o Senhor fez por nós. Renovamos os convênios feitos no batismo, época em que nos tornamos membros de Sua Igreja e tomamos sobre nós mesmos o Seu nome—o nome de Jesus Cristo. 122
  • 136. 17-a, A Última Ceia, de Carl Heinrich Bloch Usado com permissão do National Historical Museum em Frederiksborg, Hillerød. 123
  • 137. Lição 17 Mostre a gravura 17-b, "O sacramento é em lembrança do corpo e sangue de Cristo". Lemos em Doutrina e Convênios 20 que "É conveniente que a igreja se reúna amiúde para partilhar do pão e do vinho em lembrança do Senhor Jesus". (v. 75) O pão e a água que nos são dados são "os emblemas da carne e sangue de Cristo". (D&C 20:40) Quando participamos desses emblemas, estamos participando de um privilégio muito sagrado. Ninguém deve participar indignamente do sacramento. (Ver 3 Néfi 18:28–29.) Peça à irmã designada que fale sobre o subtítulo "Nossa Atitude Quando Tomamos o Sacramento", em Princípios do Evangelho, capítulo 23. A reunião sacramental é para todos os membros da família, incluindo as crianças. Uma vez que as crianças pequenas geralmente não conseguem ficar sentadas em silêncio durante a reunião, podemos questionar se estão-se beneficiando com ela. No entanto, toda a criança tem um espírito que pode aprender. A freqüência às reuniões da Igreja permite que o espírito da criança seja ensinado. O Senhor mandou-nos assistir à reunião sacramental. Quando Jesus ensinou aos nefitas o propósito do sacramento e de como partilhá-lo, disse: "E dou-vos um mandamento de que façais estas coisas (…) (tomar do pão e da água)". (3 Néfi 18:12) "A Igreja dirige a realização de reuniões sacramentais semanais em todas as suas unidades organizadas. São estas as reuniões mais solenes e sagradas da Igreja. Elas têm o objetivo de proporcionar aos santos a renovação de seus convênios pela participação do sacramento, o recebimento de instruções sobre as doutrinas do reino, a adoração do Altíssimo por meio de hinos, orações e sermões." [Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine, 2ª ed., (1966), p. 661] Reunião de Testemunho A reunião de testemunho é realizada uma vez por mês, geralmente no primeiro domingo, na reunião sacramental. Ela nos dá a oportunidade de voluntariamente prestar testemunho pessoal. Nosso testemunho deve ser breves expressões de nossa fé e conhecimento da missão divina de Jesus Cristo, dos chamados e autoridade dos líderes da Igreja, e de sincera gratidão pela misericórdia do Senhor para conosco. Ela edifica nosso espírito, aumentando a fé e a obediência em Deus. Nessa reunião, realizam-se ordenanças, tais como dar o nome e abençoar crianças e confirmar novos membros da Igreja. Reunião do Sacerdócio Esta reunião é realizada todos os domingos para todos os homens de doze anos em diante que possuam o Sacerdócio Aarônico ou o Sacerdócio de Melquisedeque. Os pesquisadores e membros que não tenham o sacerdócio podem ser convidados a participar da reunião. 124
  • 138. 17-b, O sacramento é em lembrança do corpo e sangue de Cristo. 125
  • 139. Lição 17 Reuniões para Mulheres Realiza-se todos os domingos uma reunião para as mulheres e moças, com objetivo de estudar o evangelho. Se houver número suficiente de mulheres e moças, este grupo poderá ser dividido em dois grupos etários distintos. As mulheres assistem à Sociedade de Socorro e as moças (de 12 a 17) assistem à reunião da Moças. O Evangelho Ensinado às Crianças As crianças com menos de 12 anos reúnem-se todos os domingos na Primária para aprenderem o evangelho. Esse aprendizado é feito durante a Escola Dominical e a reunião do sacerdócio e das mulheres. Escola Dominical A Escola Dominical é responsável pelo ensino do evangelho aos membros da Igreja, a partir dos doze anos, durante um período de aula todos os domingos. Como Fazer com que as Reuniões da Igreja Sejam Bem-Sucedidas Seja qual for a reunião, podemos ajudar a torná-la melhor. A irmã LaRue C. Longden contou a seguinte história: "Quando eu era bem jovem (e pensava saber tanto), lembro-me de ter dito a uma professora da Escola Dominical a quem eu estimava, que eu não iria mais à reunião sacramental, porque era muito monótona e sem vida. (…) (A professora) me olhou e disse: 'Nunca mais quero ouvi-la dizer isso! Deus convidou-a a assistir a essa reunião para que partilhe dos emblemas do sofrimento e dom de Jesus Cristo. Você é muito privilegiada em ser convidada. Se você levar consigo o espírito certo, sempre tirará da reunião algo de bom'". ["God Has Invited You", Leon R. Hartshorn, comp., Remarkable Stories from the Lives of Latter-day Saint Women (1973), 1:97–98] O que foi que a professora sugeriu à irmã Longden que fizesse? Além de termos o espírito certo, o que mais podemos fazer para que a reunião valha a pena? (Escreva sugestões no quadro-negro.) Para fazer com que uma reunião seja bem-sucedida, devemos assistir a ela com nosso coração quebrantado. Isso nos ajudará a receber o Espírito, enquanto lá estivermos. Podemos chegar na hora e assistir às reuniões regularmente. Podemos ser amigáveis com todos. Podemos cantar e orar em silêncio por aqueles que estiverem participando da reunião. Podemos mostrar-nos desejosos de participar, sempre que nos for pedido. Podemos ser rápidos em obedecer aos sussurros do Espírito e em prestar testemunho. Os pais têm a responsabilidade especial de ajudar a preparar seus filhos para uma experiência feliz e bem-sucedida ao assistirem às reuniões. Será útil alimentar e vestir as crianças a tempo, para evitar correrias de última hora. Explicar baixinho o que está acontecendo na reunião pode ajudá-las a compreendê-la e apreciá-la melhor. Se 126
  • 140. Lição 17 ensinarmos os hinos aos nossos filhos em casa, isso irá ajudá-los a participar das reuniões da Igreja. O Presidente Spencer W. Kimball lembrou-nos de que "não assistimos às reuniões do Dia do Senhor para sermos entretidos. (…) Assistimos à reunião sacramental para adorar o Senhor. (…) Se ela não foi proveitosa para você, foi você quem fracassou. Ninguém pode adorar por você. ("O Dia do Senhor, Um Deleite", A Liahona, julho de 1978, p.5) Uma irmã quase totalmente surda, assistia à reunião sacramental semanalmente. Ela mostrava um interesse real em tudo o que estava sendo dito e comentou, certa vez: - Espero ansiosa por poder estar na (…) presença daqueles a quem amo e que amam o evangelho. Posso partilhar do seu espírito, sem ouvir uma só palavra, e se estou realmente sintonizada com ele, o Senhor sussurra no meu ouvido. (Citado por Robert K. Thomas, "Listening with the Spirit", Ensign, janeiro de 1978, p. 40.) Quando assistimos às reuniões da Igreja, podemos tanto fortalecer como sermos fortalecidos. Bênçãos Advindas da Freqüência às Reuniões da Igreja Já falamos sobre o que podemos fazer a fim de contribuir para o sucesso das reuniões a que assistimos. Levemos agora em consideração o que podemos ganhar com isso. Peça às irmãs que falem sobre as bênçãos que têm recebido por assistirem às reuniões da Igreja. Quando assistimos às reuniões, tornamo-nos mais obedientes aos mandamentos de Deus, pois elas nos ajudam a aumentar nossos talentos, a alargar nosso conhecimento da doutrina e dos princípios do evangelho, e a desenvolver maior fé e testemunho. Elas fortalecem nossos laços de amizade com amigos e vizinhos, que apoiarão o nosso viver digno. Elas nos aproximam de nosso Pai Celestial e de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ajudam-nos a ter o Espírito do Senhor. O Salvador nos prometeu: "(…) Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles". (Mateus 18:20) Conclusão O comparecimento às reuniões da Igreja pode ajudar-nos a viver em paz e a ganhar a vida eterna na vida futura. As reuniões são bênçãos que o Senhor nos dá. Desafio Mostre o gráfico 17-c, "Sugestões para Tornar o Sacramento um Momento Mais Significativo". Leia as sugestões do auxílio visual 17-c, escolha pelo menos uma delas e esforce-se por alcançá-las, a fim de receber as bênçãos da reunião sacramental. Converse com sua família sobre como tirar melhor proveito das reuniões da Igreja. 127
  • 141. Estarei mais atento às palavras do hino sacramental. Ouvirei cuidadosamente as orações sacramentais. Prometerei a mim mesma e a Jesus que guardarei Seus mandamentos. Afastarei de minha mente os pensamentos mundanos e pensarei somente em Jesus. Fazendo estas coisas, terei Seu Espírito comigo. 17-c, Sugestões para tornar o sacramento um momento mais significativo. 128
  • 142. Lição 17 Escrituras Adicionais Efésios 4:11–13 (aperfeiçoamento dos santos); Doutrina e Convênios 20:45, 55 (os élderes dirigem as reuniões; reúnem-se freqüentemente); Doutrina e Convênios 59:9–12 (a observância do Dia do Senhor). Preparação da Professora Antes de apresentar a lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 23, "O Sacramento". 2. Peça à uma irmã que fale sobre o subtítulo, "Nossa Atitude quando Tomamos o Sacramento", de Princípios do Evangelho, capítulo 23, p. 155; 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 129
  • 143. TRABALHO MISSIONÁRIO E DE INTEGRAÇÃO Lição 18 O propósito desta lição é ajudar-nos a nos tornar ativos encontrando e ensinando membros da Igreja em perspectiva, bem como integrando os membros novos. A Importância do Trabalho Missionário A irmã Petra G. de Hernandez, de Monterrey, México, contou-nos sua história: "Há dezenove anos, meu marido morreu num acidente de automóvel. Foi então que eu senti a necessidade de encontrar Deus, para que Ele pudesse ajudar a mim e à minha família. Minha filha mais nova estava com onze meses de idade. Certa noite, em meio a meu desespero, (…) orei ao Senhor como se estivesse conversando com outra pessoa, pedindo-Lhe que me mostrasse o caminho a tomar na vida. Afirmei saber que Ele existia, mas não sabia onde. Pedi-Lhe que me mostrasse como ou onde encontrá-Lo. Isso eu fiz com tanta fé e desejo de encontrar a verdade, que nunca mais esquecerei tal oração. A resposta não demorou muito a chegar. Certa manhã, dois jovens missionários bateram à minha porta, disseram ser da Igreja Mórmon e ter uma mensagem muito importante para mim. Deixei-os entrar e eles começaram a primeira lição. Ao recebê-la, senti que o que diziam era a verdade (…) e disse-lhes que desejava ser batizada, juntamente com minha família. (…) Desde o dia em que aceitamos o evangelho, nossa vida mudou completamente. Agora eu tenho a certeza de que Deus ouve nossas orações. (…) Posso dizer com segurança que somos uma família unida graças ao evangelho e àqueles dois missionários que bateram à minha porta há quinze anos. Serei sempre agradecida por eles haverem batido à minha porta, assim como sei que existem pessoas agradecidas por meus filhos terem sido os missionários que bateram à sua porta, para levar-lhes o evangelho". 130
  • 144. Lição 18 ["A Missionary's Mother", Leon R. Hartshorn, comp., Inspirational Missionary Stories, (1976) pp. 123–125] Peça às irmãs convertidas que expressem sua gratidão pelos missionários que as ensinaram e que contem brevemente de que forma o evangelho mudou sua vida. Nosso Pai Celestial tem mostrado Seu grande amor por nós, criando o programa missionário para ajudar a pregar o evangelho a Seus filhos no mundo todo. O Salvador disse: "(…) pregai meu evangelho a toda criatura que não o tiver recebido". (D&C 112:28, grifo do autor.) Desde que a Igreja foi organizada, em 1830, milhares de missionários, tanto homens como mulheres, têm sido chamados para pregar. O Presidente Spencer W. Kimball disse: "O Senhor deixou claro, por intermédio dos profetas, que precisamos levar o evangelho às nações do mundo—que todos devem ser ensinados em sua própria língua, até mesmo os confins da Terra. Não há ninguém mais, a não ser nós no mundo, para ensiná-lo às nações. E, visto que há um número limitado de jovens, é próprio que todo o membro seja um missionário (…) de acordo com a afirmação do Senhor: 'Eis que vos enviei para testificar e advertir o povo, e todo aquele que for advertido, deverá advertir seu próximo'. (D&C 88:81)" ("Conselho a um Jovem: O Tempo de Preparação É Agora", A Liahona, janeiro de 1974, p.7) Por que devemos encorajar nossos filhos a servirem como missionários? Por que todo membro também deve ser um missionário? Partilhar o Evangelho Traz Alegria O Presidente Kimball lembrou-nos das grandes bênçãos que recebemos como membros da Igreja de Jesus Cristo: "Nós temos o evangelho de Jesus Cristo, o evangelho de paz, o evangelho de alegria. Temos verdades capazes de tornar qualquer pessoa melhor e mais realizada, qualquer casamento mais feliz, qualquer lar mais celestial. Nós temos o poder do Sacerdócio de Deus, para abençoar nossa casa e nossa vida, e a vida de outros. (…) O Presidente Kimball declarou depois: "É aos nossos vizinhos e conhecidos não-membros que somos agora solicitados a levar o que temos. O Senhor no-lo ordenou. Temos que alargar o passo e devemos fazê-lo agora". ("Sempre uma Igreja de Conversos", A Liahona, junho de 1976, pp. 1–2) Os membros da Igreja têm a responsabilidade de falar do evangelho para as pessoas. Ao cumprirmos essa responsabilidade, sentiremos a mesma alegria daqueles que ouviram o evangelho por intermédio de nós. Ler Doutrina e Convênios 18:15–16. Peça à uma das irmãs que já partilhou o evangelho que fale sobre como se sentiu. 131
  • 145. Lição 18 Como Sermos Missionárias O que podemos fazer agora para sermos missionárias? Mostre o cartaz com a seguinte lista ou escreva as informações no quadro-negro: 1. Ter a coragem de nos apresentar como testemunhas; 2. Prestar testemunho quando nos sentirmos inspiradas a fazê-lo; 3. Distribuir literatura da Igreja; 4. Seguir os sussurros do Espírito; 5. Dar um bom exemplo e ser paciente com membros da família e amigos que não são membros; 6. Convidar amigos e conhecidos a visitarem-nos em nossa casa ou a assistirem às reuniões ou atividades da Igreja. Ter Coragem de Nos Apresentar como Testemunhas O Élder Gene R. Cook, disse: "Às vezes, nossos membros têm medo de defender a verdade. (…) Devemos falar pelo Senhor e pelo profeta em assuntos vitais da época". (Conference Report, abril de 1976, p. 152–153; "És Tu um Membro Missionário?", A Liahona de agosto de 1976, p.92) É este o nosso dever como membros batizados. (Ver Mosias 18:9.) O Élder Gene R. Cook falou-nos de uma irmã que defendeu a verdade: "Ela participava de um almoço com alguns membros da Igreja, tanto ativos como inativos, e também alguns não-membros. A conversa voltou-se para a questão do aborto e controle de natalidade, e uma das senhoras não-membro externou abertamente durante uns cinco minutos seus sentimentos a respeito. Disse, erradamente, não achar nada de mal no aborto e que não deveria haver nenhuma restrição a homem ou mulher quanto ao controle da natalidade. Essa boa irmã da Igreja enfrentou o difícil dilema de falar sobre o tempo ou de outro assunto qualquer não controvertido, ou contestar e expor a verdade. Ela optou pela última hipótese. Depois de explicar o que o Senhor disse a respeito de ambos os assuntos, prestou testemunho do que ela própria sentia. Como era de se esperar, o almoço terminou um tanto quanto abruptamente. Entretanto, depois uma das irmãs inativas a procurou e explicou que nunca antes entendera o ponto de vista do Senhor quanto a esses assuntos, e que sentira que o que fora dito era verdade". (Conference Report, abril de 1976, p. 153; A Liahona, agosto de 1976, p. 92) Como podemos defender a verdade nos assuntos vitais da comunidade? 132
  • 146. Lição 18 Prestar Testemunho Quando Nos Sentirmos Inspiradas a Fazê-lo Nós mesmos podemos arranjar oportunidades para divulgar o evangelho. Se dermos início a uma conversa com um estranho, podemos dirigir o assunto para o evangelho. Com a influência do Espírito Santo, não nos será difícil encontrar formas de prestarmos testemunho. Uma irmã cega chamada Alice Colton Smith foi desafiada por seu presidente a ser um membro missionário. Já que todos os seus amigos eram membros da Igreja, ela lhe perguntou: "Como posso trazer alguém para a Igreja?" Sua história continua: "O presidente do ramo disse: 'Irmã, se a senhora tiver fé e desejo de fazer a vontade de Deus, Ele lhe mostrará o caminho. Algumas semanas mais tarde, essa irmã estava viajando de trem. Durante a viagem, os passageiros que se sentavam do lado oposto ao seu, ajudaram-na com a bagagem e cuidaram do que precisava com carinho especial por sua situação. A irmã pensou: 'O que posso fazer para retribuir?' Depois de alguns momentos, ela inclinou-se para a frente e disse: 'Quero retribuir a sua bondade, e tenho um grande presente para lhes dar, se o aceitarem'. Os novos amigos sorriram. Como podia essa mulher, obviamente pobre, dar-lhes um grande presente? Educadamente agradeceram e lhe disseram não ser necessário. Ela, porém, persistiu, gentilmente. Por fim uma das mulheres disse: 'Terei prazer em aceitá-lo. A irmã replicou: 'Não é dinheiro nem jóia, mas sim, um presente vindo do Espírito. Eu sei que Deus vive e que Jesus é o Cristo. Eu sei que vive sobre a Terra hoje um dos profetas de Deus, que nos revela a Sua palavra. É esse o grande presente que lhes posso dar'. A senhora, interessada, apesar da estranheza da situação, perguntou: 'Como?' 'Dê-me seu endereço e dois jovens irão explicar-lhe tudo'. E assim foi feito. A mulher entrou na Igreja, juntamente com mais sete amigos e parentes seus". ["I Have a Great Gift to Give You", Leon Hartshorn, comp. de Inspirational Missionary Stories (1976), pp. 168–169) Distribuir Literatura da Igreja Um exemplar do Livro de mórmon, um folheto ou livro da Igreja, podem fazer muito a fim de preparar as pessoas para receberem os missionários. A professora Patricia Lett contou-nos a história de como ela foi preparada por um de seus alunos para receber os missionários: "Certo dia, na primavera passada, Carol, colocou um livro de histórias do Livro de Mórmon para crianças em cima de minha mesa e perguntou se eu gostaria de lê-lo. 133
  • 147. Lição 18 'Sim, Carol, terei prazer em lê-lo', respondi. Como estava no término do ano escolar e eu tinha muito o que fazer, esqueci-me completamente do livro. Carol, porém, não o esqueceu. Não demorou muito para que eu ouvisse uma vozinha me interrogando: 'A senhora leu meu livro?' (…) Acabei lendo-o. (…) No dia seguinte, ela presenteou-me com um volume do Livro de Mórmon. Alguns dias mais tarde, ouvi novamente aquela vozinha me perguntando: 'A senhora gostaria de conhecer alguns membros de nossa Igreja?'(…) Na sexta-feira seguinte, os élderes Grassley e Lott estavam à porta da minha classe dez minutos antes do término da aula". ["By Your Pupils You'll Be Taught", Leon Hartshorn, comp., Inspirational Missionary Stories (1976), pp. 70-71] Até mesmo as crianças podem ser bons missionários. Seguir os Sussurros do Espírito É importante que despendamos tempo para fazer o que o Espírito Santo nos sussurra. Às vezes sua inspiração pode-nos parecer insignificante, portanto, devemos aprender a escutá-la e ouvi-la. A irmã Catherine A. Martin contou-nos uma experiência sua ao ser guiada pelo Espírito Santo: "Lembro-me da primeira vez que vi a lojinha. Ao passar por ela (…) tive o estranho pressentimento de que havia alguém naquela loja que deveria ser membro da Igreja. Porém, como eu estava com pressa, fui embora. (…) Passei por lá outras vezes, sempre com a mesma sensação de que deveria entrar. (…) Certo dia, passei por lá a pé e fui praticamente puxada para dentro, pela sensação arrebatadora de que lá havia algo de grande interesse espiritual. Ao abrir a porta (…) vi quadros de todos os tipos e tamanhos. (…) Ao olhar em volta (…) um quadro na parede chamou-me a atenção. Era um de uma série, com soldados em diferentes uniformes. Algo me disse que era com o artista que havia pintado os quadros que eu deveria falar sobre o evangelho. Perguntei ao dono da loja se ele poderia dar-me o endereço do artista. Ele hesitou e disse que o artista tinha insistido com ele para que nunca desse quaisquer informações que não fossem apenas o seu nome. Em seguida, completou: 'Sabe, tenho o pressentimento de que desta vez ele não vai se importar. Vou telefonar-lhe e dar-lhe o seu nome e telefone'. O artista (…) telefonou-me e decidimos encontrar-nos e discutir arte e história. (…) 134
  • 148. Lição 18 Lembro-me de lhe haver dito que eu sabia algo que ele deveria saber— algo que haveria de mudar toda a sua vida, para melhor. Ele ficou interessado em saber o que seria, portanto, depois de encorajá-lo, passei a lhe falar sobre a restauração da Igreja de Cristo sobre a Terra. Falei-lhe sobre a minha busca da verdade e o desejo que tinha de saber o que o Senhor queria que eu fosse. Falei-lhe então sobre os estranhos e maravilhosos eventos que me levaram à descoberta do evangelho e sobre a felicidade que penetrou em minha vida. (…) Ele mostrou-se receptivo ao que ouviu, mas reservou para si o direito de estudar e avaliar, antes de dar qualquer resposta. Ele era aberto, honesto e diligente em seus esforços para saber a verdade e, apesar de ter que enfrentar muita oposição, foi batizado. (…) O Senhor conhece e ama verdadeiramente cada uma de nós. Ele sabe quem está pronto para ouvir Sua palavra. Se orarmos constantemente e cumprirmos o nosso dever, Ele nos guiará até àqueles que são justos. Já tive belas experiências por meio dos sussurros do Espírito, um dom que está à disposição de todos nós, se tão somente dermos à exaltação alheia o mesmo valor que damos à nossa". ["Whisperings of the Spirit", Margie Calhoun Jensen, comp. Stories of Insight and Inspiration (1976), pp. 124–125] Como foi que o Espírito inspirou a irmã Martin a descobrir esse homem? Como podemos ser mais sensíveis aos sussurros do Espírito? Dar um Bom Exemplo e Ser Paciente com os Familiares e Amigos Que Não São Membros O Élder Adney Y. Komatsu, disse: "Muitos de vocês que aqui estão são os primeiros de sua família a entrar na Igreja. Vocês são verdadeiramente os pioneiros de sua família. (…) Ao falarem sobre os princípios do evangelho com seus pais, amigos e vizinhos, não se sintam desencorajados ao verem que eles não escutam ou não entendem o que você está tentando ensinar-lhes. Sejamos pacientes e lembremo-nos de que nossos pais, irmãos, irmãs e amigos são pessoas muito importantes em nossa vida. Nós os amamos e queremos o melhor para eles, ou seja, o evangelho de Jesus Cristo. Nossa felicidade pessoal e alegria neste mundo e no mundo futuro inclui a exaltação familiar. Se você for solteiro e ainda estiver vivendo com seus pais e irmãos, e eles não aceitarem o seu novo modo de vida, continue a respeitá-los, amá-los, e, pelo exemplo, mostre-lhes as belas verdades do evangelho". (Conference Report, Korea Area Conference, 1977, p.4) O trabalho missionário não é feito para a nossa glória. Devemos amar as pessoas que queremos ajudar. Devemos oferecer-lhes a nossa 135
  • 149. Lição 18 amizade sincera e duradoura, mesmo que não aceitem o evangelho ou levem muitos anos para fazê-lo. Convidar Amigos e Conhecidos a Nos Visitarem em Nossa Casa ou a Assistirem às Reuniões e Atividades da Igreja Podemos apresentar a Igreja aos outros, convidando-os a participar conosco de atividades na igreja. Podemos programar uma noite familiar especial com outra família e convidar os missionários para participarem. Devíamos convidar nossos amigos e parentes não- membros a assistirem às reuniões conosco. Dessa forma poderão conhecer a respeito da Igreja e decidir se querem saber mais. A irmã Villafranca, de San Fernando, México, convidou 50 pessoas para assistir a uma Escola Dominical especial realizada pelos missionários em sua casa de um só cômodo. Depois da reunião, todos foram convidados a ficar para a primeira palestra. Diversas pessoas foram batizadas mais tarde, e dentro de seis anos, havia um ramo com 200 membros em San Fernando.(Ver Glenn V. Bird, "Miracle at San Fernando," New Era, janeiro de 1977, pp. 28–29.) Peça a uma ou duas irmãs que contem brevemente como se interessaram pela igreja. Como Integrar-nos Uns aos Outros Estamos aqui para ajudar um ao outro a progredir. Precisamos tomar conta uns dos outros como filhos do Senhor. O Presidente Gordon B. Hinckley disse: "Estou convencido de que perderemos muito pouco daqueles que se filiam à Igreja se cuidarmos deles". ("Encontrem as Ovelhas e Apascentem-nas", A Liahona, julho de 1999, p. 123) Quando há membros novos entre nós, temos a responsabilidade de fazer tudo o que pudermos para sermos amigáveis e prestativos. Eles talvez não se sintam à vontade. Devemos fazer com que se sintam em casa. Isso se chama integração. Integração significa encorajar e ajudar uns aos outros a desfrutar todas as bênçãos do evangelho, mostrar bondade e cortesia, trocar experiências, prestar serviço e demonstrar amor. Integramos as pessoas quando somos bons amigos e vizinhos. A Igreja ajuda-nos a fazer isso de várias formas. Há programas como o das professoras visitantes e mestres familiares que nos incentivam a servir uns aos outros. Há também reuniões em que podemos nos confraternizar, além de instruções que nos ajudam a expressar corretamente nosso amor e preocupação. Devemos também preocupar-nos com aquelas famílias onde talvez haja um pai, uma mãe, um filho ou filha que não seja membro da igreja. Essas famílias precisam de nós. Integrando-os e mostrando a eles nossa compreensão e amor, podemos ajudá-los a serem mais unidos no evangelho. 136
  • 150. Lição 18 Ler Efésios 2:19–20. Como podemos mostrar aos membros novos que os amamos e aceitamos? Conclusão É responsabilidade dos santos dos últimos dias pregar o evangelho ao mundo. Para assim fazer, cada um de nós deve ser um missionário. Devemos preparar nossos amigos e vizinhos para receber as palestras missionárias. Não é necessário que todas as pessoas saiam pelo mundo pregando, mas devemos falar com nossos amigos e vizinhos sobre o evangelho. Além disso, sendo fiéis aos mandamentos do Senhor, mostramos àqueles que nos cercam o caminho para a vida eterna. Podemos ajudar os membros novos, convidando-os para irem à Igreja conosco. Devemos demonstrar-lhes amizade tanto na Igreja como na vizinhança e sempre receber bem as pessoas que visitam nossas reuniões. Desafio Escolha, em espírito de oração, um meio de fazer a obra missionária discutido nesta lição. Selecione uma amiga ou uma família para ensinar. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 33, "O Trabalho Missionário". 2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 137
  • 151. ENCORAJAMENTO E PREPARAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS Lição 19 O propósito desta lição é ensinar-nos como ajudar nossa juventude a se preparar e servir em seus chamados missionários. Como Preparar Nossa Juventude para a Missão Os Presidentes da Igreja têm pedido mais missionários para levar o evangelho ao mundo, mas têm salientado que eles precisam ser melhores do que nunca. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Todo rapaz e muitas moças e casais deveriam fazer uma missão. Todo o missionário em perspectiva deve-se preparar moral, espiritual, mental e financeiramente durante toda a sua vida para servir fiel, eficientemente e bem no grande programa da obra missionária”. (“Conselho a um Jovem: O Tempo de Preparação É Agora”, A Liahona, janeiro de 1974, p.8; grifo do autor.) O Presidente Kimball salientou que a responsabilidade de treinar os missionários é da família, principalmente. Ele nos pediu que treinemos nossos missionários “muito melhor, muito antes, por muito mais tempo, de modo que cada um deles espere sua missão com grande alegria”. (“When the World Will Be Converted”, Ensign, outubro de 1974, p.7) Como podemos preparar nossa juventude desde cedo para o trabalho missionário? Mostre a gravura 19-a. “O menino conta o dinheiro que está economizando para a missão.” O Élder S. Diworth Young deu-nos algumas sugestões muito úteis na preparação de nossos filhos desde pequenos para servirem no trabalho missionário. Ele disse que devemos orar freqüentemente com nossos filhos, pedindo ao Pai Celestial que sua missão seja possível. Devemos contar histórias de nossas próprias experiências missionárias. Ele sugeriu também que ajudemos os jovens a se familiarizarem com as escrituras, que lhes ensinemos obediência e lhes proporcionemos oportunidades de servir aos outros. O Élder Young sugeriu que essas coisas sejam ensinadas durante a noite familiar, em volta da mesa durante as refeições, antes de dormir e nas horas de recreação familiar. (Ver Conference Report, abril de 1972, pp. 82-84; Ensign, julho de 1972, pp. 76–77.) 138
  • 152. 19-a, O menino conta o dinheiro que está economizando para a missão. 139
  • 153. Lição 19 O Élder Franklin D. Richards, disse: “Quando eu era menino, uma das coisas a que aspirava era servir como missionário. (…) Tenho certeza de que minha família representou um fator importante na minha decisão. Lembro-me de ouvir minha avó Jane Snyder Richards, contando-me histórias sobre meu avô (…) a quem eu admirava muito. Ele tinha sido um grande missionário, serviu em diversas missões durante sua vida. Tenho certeza de que isso me influenciou”. (“Have a Dream”, New Era, janeiro de 1978, p. 4) Mostre a gravura 19-b: “A mãe prepara seu filho para a missão, ensinando-o a cozinhar”. Devemos ajudar nossos adolescentes a tornarem-se fisicamente fortes, de modo que não se cansem durante a obra missionária. Eles devem aprender a preparar refeições simples e nutritivas e a fazer compras com sabedoria. Bons hábitos alimentares são essenciais, se eles quiserem conservar-se saudáveis e fortes para realizar seu trabalho. Devemos ensinar-lhes a lavar, passar e consertar suas roupas. Devemos também ensinar-lhes a manter seus quartos limpos. Eles podem orgulhar-se de como se vestem. Podem ser ensinados a economizar dinheiro e a deixar o namoro sério para mais tarde, a ganhar e a prestar um testemunho, e a seguir os passos do arrependimento. Tudo isso eles podem fazer antes de saírem para o campo missionário. Como podemos encorajar os jovens a ganhar e economizar dinheiro para uma missão? O Élder M. Russell Ballard, quando servia como presidente de missão, pediu aos seus missionários que respondessem a esta pergunta: “O que minha mãe poderia ter feito para preparar-me melhor? Eles responderam: ‘Minha mãe deveria ter insistido, de alguma forma, para que eu prestasse mais atenção quando estava tentando ensinar- me sobre os afazeres domésticos, como preparar alimentos, limpar a casa, lavar roupas, fazer compras, cuidar da higiene pessoal, consertar roupas e fazer receitas básicas’. O Élder Ballard então deu o seguinte conselho: ‘Mães, ensinem seus filhos a serem sensíveis e cientes das necessidades dos outros. Ensinem- nos a conhecer e praticar os princípios básicos das boas relações humanas. (…) Coloque seus braços ao redor dos ombros de seus filhos, olhem diretamente em seus olhos, digam-lhes que aprendam essas habilidades, pois vocês desejam que eles sejam felizes e bem-sucedidos em sua missão”. (Ver A Liahona, fevereiro de 1977, p. 81) Como podemos ajudar nossos filhos a ficarem cientes das necessidades alheias em casa? Na casa de amigos? Em lugares públicos? Para cumprirem seus chamados como o Senhor pede, os missionários devem aprender o princípio do trabalho. No Livro de Mórmon, aqueles que pregam a palavra de Deus são aconselhados a ensinar “com diligência” e a trabalhar “com toda a nossa força”. (Jacó 1:19) O 140
  • 154. 19-b, A mãe prepara seu filho para a missão, ensinando-o a cozinhar. 141
  • 155. Lição 19 missionário que é aplicado e trabalha com ânimo, é feliz e produtivo. Outro presidente de missão (Élder Vaughn J. Featherstone) contou esta história: “Um élder de nossa missão enfrentava sérios problemas de saúde. (…) Quando cheguei à missão, ele estava dormindo até tarde, para não ficar muito fraco e apanhar um resfriado. Na hora do almoço, ele almoçou e foi dormir mais umas duas horas, para se proteger de um possível resfriado ou gripe. Seu companheiro sentia-se frustrado e me telefonou. Telefonei ao médico do élder. Ele me disse: ‘Bem, o élder não está em boas condições, mas está melhor do que quando veio para o campo missionário. Sua condição física não vai mudar muito a despeito de quanto ele trabalhe’. Chamei o élder ao meu escritório e sugeri que preferia vê-lo doente com gripe do que sempre se preocupando em ficar gripado. Falei-lhe sobre o princípio de (…) simplesmente ir trabalhar e fazer o que o Senhor tinha pedido que ele fizesse. (…) Ele aceitou o conselho e colocou-o em prática, vindo a tornar-se um dos melhores missionários da missão. Ele descobriu como (…) trabalhar”. (“Self-Denial”, New Era, novembro de 1977, p. 7) Como podem as moças influenciar os rapazes na sua preparação para a missão? As moças podem influenciar muito o comportamento dos rapazes. Elas devem estabelecer altos padrões morais no vestir, falar e agir. Devem ser um exemplo de retidão. Falando às moças da Igreja, o Élder David B. Haight disse: “Vocês, moças, desempenham importante papel no treinamento de nossos rapazes. (…) Você, filha de Sião, poderá ser uma luz brilhante, se der o exemplo certo. Abstenha-se de se comprometer muito cedo na vida, (…) procure desenvolver a mente e a personalidade. Vocês dois têm talentos que podem ser desenvolvidos e partilhados. Leiam bons livros. Ouçam boa música. Estudem e falem a respeito das bênçãos da Palavra de Sabedoria. (…) Leiam as escrituras. (…) Vocês podem encorajar, influenciar e até mesmo proteger os rapazes num momento crítico de sua vida. (…) Vocês demonstram seu amor ao Senhor quando ajudam um rapaz a permanecer digno e a se preparar para servir ao Senhor”. (Conference Report, outubro de 1977, pp. 86–88 e Ensign, novembro de 1977, pp. 57–58) É importante que as moças respeitem os rapazes e os incentivem a servir como missionários numa missão de tempo integral. Os planos de casamento devem esperar até que o rapaz tenha completado a missão. 142
  • 156. Lição 19 Como Ajudar os Missionários a Servir em Seus Chamados Sempre pensamos nos missionários que conhecemos, principalmente naqueles primeiros que nos ensinaram o evangelho. Apreciamos seu sacrifício e exemplo. Podemos mostrar a gratidão que sentimos por eles e por nosso Pai Celestial, ajudando outros missionários a desempenhar melhor seus chamados. Quando nossos jovens servem como missionários, necessitam de nossa ajuda e apoio continuamente. Podemos orar por eles e certificar-nos de que compreendem a importância da oração. O Élder Hugh B. Brown contou como sua mãe o ajudou a confiar no Senhor durante sua missão na Inglaterra. Ela disse, ao despedir-se dele: “Hugh, meu filho, você se lembra de quando era menino e freqüentemente tinha pesadelos e sonhos ruins, e me acordava enquanto eu dormia no quarto ao lado, dizendo: ‘Mamãe, mamãe, a senhora está aí?’ Você se lembra de que eu sempre respondia, dizendo: ‘Sim, meu filho, eu estou aqui. Agora vire-se para o lado e durma’. Tudo está bem, disse ela: “Meu filho, cinco mil milhas devem nos separar agora, bem como todo um continente e um oceano. Você não terá sonhos ruins somente à noite, mas muitas vezes durante o dia, e vai querer pedir ajuda e consolo. Filho, quando você estiver envolvido em dificuldades, ao defrontar-se com tentações, quando se encontrar confuso e não souber aonde ir, chame nosso Pai Celestial e diga: ‘Pai, estás aí?’” Concluindo, ela disse: “Meu filho, eu prometo que Ele sempre lhe responderá e você não precisará temer coisa alguma”. [The Abundant Life, (1965), pp. 202–203] Quais são as outras maneiras de ajudarmos os missionários a servir em seus chamados? Eles devem receber cartas de casa. O Élder Gordon B. Hinckley deu o seguinte conselho sobre o assunto: “Meu coração se entristece com o missionário que não recebe regularmente correspondência de casa. Em geral, uma carta por semana é uma boa regra. Mas, por outro lado, correspondência demais pode não ser favorável ao moral do missionário. Para ser um missionário eficaz, ele deve afastar-se de casa; assim, o tipo de carta que recebe ocasionará uma grande diferença naquilo que faz e em como se sente. As cartas que trazem problemas domésticos, que só falam de dificuldades, abatem seu ânimo. Os missivistas conscientes certificar-se- ão de declarar seus sentimentos positivos—como estão orgulhosos de terem um missionário no campo, como o Senhor os está abençoando por causa de seu trabalho missionário. Tais cartas abençoam a vida de um missionário”. (“Uma Conversa com o Élder Gordon B. Hinckley a respeito da Obra Missionária”, A Liahona, janeiro de 1974, p. 13) Que tipo de cartas as moças devem escrever aos missionários? As moças devem partilhar experiências espirituais com os missionários, bem como dar-lhes notícias alegres sobre os amigos e atividades de que participam. Quais são algumas das maneiras de ajudarmos os missionários de nossa área? 143
  • 157. Lição 19 Podemos apresentar as pessoas de nossa família e amigos que não são membros aos missionários. Podemos também cuidar para não tomar muito do seu tempo. Quando os convidarmos para comer em nossa casa, devemos servi-los sem demora. Em seguida, podemos encorajá- los a ir e continuar seu trabalho. Não devemos esperar nem permitir que eles ajudem a lavar a louça. Não devemos também convidá-los para ver televisão conosco. Podemos aprender as regras da missão e ajudar os missionários a observá-las. As moças, principalmente, devem evitar usar o tempo dos missionários com atividades sem importância. Elas nunca devem ficar sozinhas com um missionário nem incentivar um relacionamento mais próximo. Não devem também se corresponder ou telefonar para os missionários de sua área. Ao demonstrarmos respeito pelos missionários e por seu chamado, iremos ajudá-los a ensinar o evangelho para os outros. Conclusão O Élder Gordon B. Hinckley disse que “a obra missionária nunca foi fácil, e no entanto, as alegres recompensas não podem ser igualadas por qualquer outra experiência. Qualquer coisa que seja preciosa como o evangelho de Jesus Cristo é digna de todos os esforços e sacrifício de tempo e de meios empregados para ensiná-la”. (A Liahona, janeiro de 1974, p. 13) Como mulheres da Igreja, devemos fazer tudo o que pudermos para ajudar nossos jovens a se prepararem e servirem no chamado missionário. Nossos esforços podem influenciá-los a irem ou não para a missão. Nosso incentivo faz uma grande diferença no seu modo de desempenhar-se no campo missionário. Podemos ajudar nossos missionários a prepararem-se para experimentar a alegria de levar a salvação aos seus irmãos e irmãs. (Ver D&C 18:15–16.) Devemos avaliar freqüentemente nossos esforços, consultar os líderes e outros membros da Igreja, e pedir ao Pai Celestial inspiração ao ajudarmos os missionários a levar o evangelho ao mundo. Desafio Releia esta lição em casa. Escolha algumas maneiras de ajudar seus filhos ou você mesma a prepararem-se para a missão. Avalie sua conduta em relação aos missionários em potencial e aos missionários de tempo integral e veja como pode dar-lhes mais apoio. Faça um projeto familiar de escrever regularmente a um missionário que esteja no campo. Preparação da Professora Antes de apresentar a lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 33, “O Trabalho Missionário.” 2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 144
  • 159. COMO ADMINISTRAR NOSSO LAR Lição 20 O propósito desta lição é ajudar-nos a organizar nosso lar e a fazer bom uso de nosso tempo. Um Lar Bem Organizado Nos Ajuda a Fazer Outras Coisas Importantes O Presidente Brigham Young disse: “Que [suas] diversas ocupações sejam desempenhadas com ordem e limpeza. (…) [Tornem] adoráveis os [seus] lares e adornem o coração com a graça de Deus”. [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p. 200] Parte de nosso trabalho consiste em sermos eficientes donas-de-casa. Sempre que conservamos nosso lar em ordem, sentimo-nos um tanto orgulhosas. Sentimos uma atmosfera agradável quando nossa casa está limpa. Podemos encontrar tudo o que queremos, sempre que o desejarmos. Um lar bem organizado é mais fácil de ser conservado limpo do que um desorganizado. Devemos organizar não só nosso lar, mas também nosso tempo. Algumas mulheres gastam muito tempo na limpeza e organização do lar. Elas precisam aprender a despender menos tempo no trabalho caseiro, para poder gastá-lo com seus familiares, desenvolvendo talentos, e servindo ao próximo. O trabalho da casa é importante mas não deve tirar-nos de coisas mais importantes. Nossa meta principal não deve ser a limpeza da casa. Parte de nosso objetivo deve ser o de ser feliz e ter famílias felizes. Precisamos de tempo para desenvolver nossos talentos e aprender a viver os princípios do evangelho. Devemos ter tempo para servir nos cargos que a Igreja nos oferece, ajudar nosso próximo e aqueles que têm necessidade de nós, e para sermos bons missionários. Quando conservamos nosso lar limpo, sem despendermos muito de nosso tempo no trabalho doméstico, ficamos livres para realizar atividades familiares e para fazer outras coisas importantes. Exponha a gravura 20-a, “Uma família desfrutando de uma noite musical”. Peça às irmãs que reflitam nas seguintes perguntas: Qual é o propósito de minha vida? Como eu deveria despender a maior parte 146
  • 160. 20-a, Uma família desfrutando de uma noite musical. 147
  • 161. Lição 20 de meu tempo? Por que é importante que haja equilíbrio entre minhas atividades pessoais, minhas atividades com minha família e o meu trabalho caseiro? Um Lugar para Tudo Para ser confortável, uma casa tem que ser funcional. O primeiro passo para organizar nosso lar é decidir qual é a função de cada cômodo. Em seguida, podemos colocar o que necessitamos naquele cômodo, em gavetas e armários bem organizados. Demonstração optativa: Coloque a caixa contendo itens diversos na mesa. Peça a uma irmã que faça de conta que está ajudando uma vizinha a organizar sua casa. Peça-lhe que separe os itens em diversas pilhas bem arrumadas. Cada pilha deve conter itens similares, que deverão ir para uma gaveta ou armário bem organizado. Às vezes não temos guarda-roupas, gavetas ou armários de cozinha o suficiente. Se assim for, podemos comprar ou fazer alguns. Mesmo se tivermos muitos armários, podemos achar que não temos lugar para tudo. Neste caso, é uma idéia fazer uma revisão em nossas coisas e decidir o que poderia ser usado por outra pessoa, o que deveria ser jogado fora, e o que deveria ser armazenado em outro lugar. Se decidirmos que devemos armazenar alguns itens, devemos fazê-lo em recipientes bem etiquetados. As etiquetas nos ajudam a encontrar as coisas rápida e facilmente. Papéis importantes tais como testamentos, contratos, títulos, papéis de seguros e fotografias de família devem ser bem organizados, etiquetados e arquivados. É mais fácil conservar nosso lar em ordem, quando todos os membros da família cooperam. A responsabilidade de conservar a casa limpa e arrumada deve ser partilhada por todos. O presidente Brigham Young aconselhou: “Ensinem às criancinhas os princípios da boa ordem, a menina a colocar a vassoura no lugar certo (…) e tudo no seu devido lugar. Ensinem-as a tirar a roupa e colocá-la em ordem num local onde possam ser encontradas. (…) Ensinem os filhos a colocar a enxada, a pá etc., onde não possam ser destruídas pela ferrugem (…) e providenciem que guardem as ferramentas quanto tiverem terminado de usá-las, colocando-as no lugar adequado”. [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954) p. 211] Exponha a gravura 20-b, “Uma irmã ensinando seus filhos a respeito de ordem e limpeza”. Peça às irmãs que contem como ensinaram os membros de sua família a formar o hábito de colocar as coisas no lugar. Como Simplificar Nosso Trabalho Doméstico Levaremos menos tempo para fazer um trabalho, se organizarmos nossas condições de trabalho primeiro. É de ajuda termos à mão o 148
  • 162. 20-b, Uma irmã ensinando seus filhos a respeito da ordem e limpeza. 149
  • 163. Lição 20 material que vamos usar antes de começarmos, de modo que não tenhamos que interromper nossa atividade para pegar o que precisamos. Também podemos economizar nossa energia se colocarmos nossas ferramentas ao nosso alcance. Outra maneira de simplificarmos nosso trabalho é limpar as coisas sujas e arrumarmos o que desarrumamos assim que terminarmos algo. Os objetos espalhados pelo chão parecem multiplicar-se rapidamente e fazem com que outras coisas caiam acidentalmente se forem deixadas pelos cantos da casa ou em outras áreas de trabalho. As panelas e os pratos ficam mais difíceis de limpar quando são deixados de lado com restos de alimento. Quanto antes limparmos o que sujamos, mais fácil fica o serviço. Uma terceira forma de facilitarmos o nosso trabalho doméstico é realizar diversas coisas ao mesmo tempo. Algumas donas-de-casa usam aventais com bolsos e podem andar pela casa, juntando coisas espalhadas que estão pelo caminho. As donas-de-casa eficientes combinam algumas tarefas; por exemplo, falam ou planejam enquanto trabalham com as mãos. Dobram roupas, enquanto ajudam os filhos a resolver um problema pessoal ou enquanto atendem o telefone. É divertido inventar formas de usar nosso tempo eficientemente. Peça aos membros da classe que discutam maneiras de reduzir o trabalho caseiro. Muitas de nós desperdiçamos muitos momentos durante o dia, porque não planejamos com antecedência nosso tempo. Como podemos usar nossas horas de folga mais produtivamente? Podemos usar o tempo extra que ganhamos, trabalhando eficientemente, para proporcionar a nós mesmas e à nossa família mais momentos de descanso e alegria; a fim de ajudar os outros ou trabalhar em projetos a longo prazo, como história familiar. O que você gostaria de ter tempo para fazer? O Planejamento Ajuda-nos a Fazer as Coisas que Queremos Existem pessoas que estão sempre ocupadas, mas que não parecem realizar muito. Temos que decidir o que é mais importante e fazê-lo primeiro. Peça a uma das irmãs que cite as seis coisas mais importantes que tem que fazer no dia seguinte. Relacione-as no quadro-negro e então peça-lhe que as enumere na ordem de importância. Sugira que todas as irmãs procedam da mesma forma ao planejarem seu dia, terminando uma tarefa antes de começar a outra. 150
  • 164. Lição 20 Às vezes podemos não terminar tudo o que planejamos fazer naquele dia, mas, se fizermos primeiramente as coisas mais importantes, estaremos usando bem o nosso tempo. Ao planejarmos o nosso trabalho, é importante que nos lembremos de que devemos ser flexíveis, e que muitas coisas acontecem durante o dia, tornando necessário que mudemos nossos planos. Emergências, pequenas e grandes, interrompem-nos durante o dia, mas, se soubermos aonde estamos indo, ainda assim conseguiremos realizar nosso trabalho e nos sentiremos felizes no fim do dia. Teremos mais tempo para gastarmos com nossa família. Conclusão A organização pode acrescentar paz e harmonia ao nosso lar. Podemos, por meio dela, arranjar mais tempo para desenvolver nossos talentos e servir aos outros. Desafio Comece, esta semana, a tornar-se mais organizada e melhore o uso do seu tempo. Escrituras Adicionais Doutrina e Convênios 88:119 (organizai-vos e preparai todas as coisas necessárias) Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. (Optativo) Leve para a aula uma caixa grande, com diversos itens domésticos, tais como roupas de diferentes tamanhos, brinquedos, ferramentas, utensílios de cozinha etc. 2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 151
  • 165. COMO ADMINISTRAR AS FINANÇAS DA FAMÍLIA Lição 21 O propósito desta lição é ajudar-nos a aprender a administrar as nossas finanças. Como Usar Corretamente Nossos Recursos “Do Senhor é a terra e a sua plenitude (…).” (Salmos 24:1) O Presidente Brigham Young disse que o Senhor “concedeu a porção certa a Seu povo. (…) Ela porém não nos pertence, e tudo o que devemos fazer é tentar saber o que o Senhor quer que façamos com ela e depois então cumprir Seus desígnios”. Brigham Young também disse que podemos fazer isso “por meio de nossa fé, paciência e industriosidade”. [Ver Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954) p. 305.] O que foi que o Senhor nos concedeu para ajudar-nos a sustentar nossa família? De que forma o nosso ganho familiar depende do que o Senhor nos deu quando criou esta Terra? O Senhor nos deu a plenitude da Terra, e os mortais criaram o dinheiro para negociar as coisas que tiravam da terra. “O dinheiro pode ser tudo o que as pessoas concordam em aceitar em troca daquilo que vendem ou do trabalho que fazem.” [World Book Encyclopedia (1977) vol. 13:588] O dinheiro é uma medida de valor. Todas as culturas possuem algum tipo de dinheiro. Devemos aprender a usá-lo da forma que o Senhor deseja que o usemos. Planejamento do Uso dos Rendimentos O dinheiro pode ser uma ferramenta para o bem. O Senhor quer que façamos o bem. Ele deseja que cuidemos de nossa família e que contribuamos para o Seu trabalho aqui na Terra. Quando usamos nosso dinheiro sabiamente, da forma que Ele deseja, Ele nos abençoa, a fim de suprirmos nossas próprias necessidades. Devemos aprender a usar o dinheiro e nos prepararmos para fazê-lo sabiamente. A forma como o usarmos demonstra nossa atitude para com os outros, para com o Senhor e Seu trabalho e para conosco. Mostra se somos generosos ou egoístas, econômicos ou perdulários. 152
  • 166. 21-a, Uma família analisando o orçamento. 153
  • 167. Lição 21 Ler Lucas 14:28–30. O que devemos fazer antes de usar nosso dinheiro? Mostre a gravura 21-a, “Uma família analisando o orçamento”. Como família, precisamos planejar em conjunto como gastar o dinheiro. Este plano é denominado orçamento, e nos dá o controle do nosso dinheiro, ajudando-nos a não usá-lo naquilo que não é importante. Todo o negócio de sucesso opera com um orçamento. Até mesmo a Igreja usa esse sistema. Cada família tem um orçamento diferente. O que é importante para uma família pode ser menos importante para outra. Temos que decidir o que é mais importante para a nossa família. Temos que estabelecer metas financeiras que nos sirvam, e isso podemos fazer em casa, numa reunião de família. Um dos grandes mandamentos que recebemos é a lei do dízimo. Como santos dos últimos dias devemos colocá-lo como o primeiro item de nosso orçamento. O Senhor nos abençoará, se guardarmos esse mandamento. Quando pagamos regularmente um décimo de nosso salário como dízimo, podemos ter a certeza de que o Senhor nos abençoará à Sua maneira. (Ver Malaquias 3:10; Mateus 6:33.) É um consolo saber que o Senhor Se preocupa com nosso bem-estar temporal. Ele nos abençoará se agirmos honestamente e mostrarmos que estamos desejosos de colocar o reino de Deus em primeiro lugar em nossa vida. Como Fazer um Orçamento Mostre a gravura 21-b, “Modelo de orçamento”. O primeiro passo para se fazer um orçamento é somar todas as fontes de renda. Precisamos primeiramente descobrir qual é a nossa renda mensal. Escreva no quadro-negro: “Renda Mensal”. Então tiramos 10 por cento dessa renda total para o dízimo. Escreva no quadro-negro: “Dízimo—10 por cento”. O próximo passo é separar o dinheiro para as contribuições para a Igreja, inclusive ofertas de jejum e fundo missionário. Escreva no quadro-negro: “Contribuições para a Igreja”. Depois de pagarmos o nosso dízimo e outras contribuições para a Igreja, devemos separar uma quantia para guardar como economias. Os líderes da Igreja sugerem que tentemos economizar mensalmente a mesma quantia de dinheiro que damos como dízimo—em outras 154
  • 168. Orçamento Renda Mensal _________________________ Dízimo-10 por cento _________________________ Contribuições para a Igreja _________________________ Economias _________________________ Alimentos _________________________ Vestuário _________________________ Moradia _________________________ Despesas Médicas _________________________ Transporte _________________________ Serviços (água, gás,) _________________________ eletricidade, etc) _________________________ Outros _________________________ Outros _________________________ Outros _________________________ Total das Despesas _________________________ 21-b, Exemplo de Orçamento 155
  • 169. 21-c, Móveis de custo reduzido podem ser feitos em casa. 156
  • 170. Lição 21 palavras, 10 por cento. (Ver Cursos de Estudo da Sociedade de Socorro 1978–1979, lição 2 de Economia Doméstica.) Se estivermos com problemas financeiros, poderemos reduzir nossas economias, mas precisamos economizar um pouco todos os meses. Nossas economias devem ser usadas para emergências inesperadas, desemprego, doença ou acidente. Precisamos também economizar para missões, para educação, viagens ao templo ou outras metas a longo prazo. Escreva no quadro-negro: “Economias”. Se não temos condições de fazer muita economia, podemos praticar a arte de sermos econômicos em nosso lar. Podemos depender de nossos próprios talentos e habilidades, o que nos ajudará a economizar bastante. Podemos fazer uma horta e plantar parte de nosso alimento, reformar roupas velhas, transformar móveis antigos em novos, fazer brinquedos com engradados, toras, pedaços de madeira, pedaços de tecido e botões. Se soubermos reformar nossas roupas e reconstruir nossos móveis, poderemos fazer muitas coisas aproveitáveis. Mostre a gravura 21-c, “Móveis de custo reduzido podem ser feitos em casa”. Peça às irmãs que mostrem as coisas que trouxeram e contem como as cultivaram ou confeccionaram. Nosso orçamento deve ter como item as seguintes necessidades básicas da vida: alimento, vestuário e moradia. A quantia que gastamos dependerá de quão econômicos formos e quão grande seja a nossa família. As famílias que compram alimentos enlatados ou empacotados gastam mais. As que compram os ingredientes e preparam o seu próprio alimento, ou que o tiram de suas próprias hortas, gastam menos. Comprar com cautela significa procurar liquidações ou promoções, comprar somente os itens necessários e evitar os luxos. Podemos também economizar dinheiro reformando roupas usadas ou comprando o tecido e confeccionando nossas próprias roupas em vez de comprá-las prontas. Muitas famílias economizam vivendo em casas menos dispendiosas. Escreva no quadro-negro: “Alimento, Vestuário e Moradia”. A família precisa também de um orçamento em outras áreas. Entre elas estão as despesas com médicos e remédios, transporte, luz e água. Esses últimos itens constituem o que chamamos de “serviços”. Escreva no quadro-negro: “Despesas com médicos e remédios, transporte, serviços”. Com o dinheiro que sobra, podemos comprar as coisas que gostaríamos de ter, mas que não precisamos realmente. Férias, presentes, cinema, etc. 157
  • 171. Lição 21 Escreva no quadro-negro: “Outros”. Se não sobrar dinheiro, ou se não houver o suficiente para todas as necessidades, teremos que mudar a quantia de dinheiro que planejamos gastar nas várias áreas. Uma vez que tenhamos decidido como gastar nosso dinheiro, devemos seguir o nosso orçamento. Depois de gastarmos o dinheiro concedido a uma área, não devemos gastar mais até que recebamos o salário do mês seguinte. Se tivermos que enfrentar uma situação de emergência, podemos emprestar da área menos importante do nosso orçamento. No mês seguinte, podemos decidir-nos por um orçamento diferente do que fizemos no primeiro mês. O nosso orçamento deve-se adaptar às necessidades da família. Ao fazê-lo, veremos que é de grande valor e nos ajuda a fazer um uso sábio do dinheiro. De que forma somos abençoados quando fazemos e seguimos um orçamento? Por que é importante ensinar nossos filhos a fazer bom uso daquilo que ganham? Como podemos fazer isso? Devemos Evitar Dívidas Ler Doutrina e Convênios 104:78. Por que o Senhor nos ordenou a não contrair dívidas? Também fomos aconselhados pelo Presidente J. Reuben Clark Jr.: “Devemos evitar as dívidas como se evitam as pragas; se estivermos em débito, vamos sair dele, se não pudermos fazê-lo hoje, que seja amanhã. Devemos viver rigorosa e estritamente dentro de nossa renda e ainda economizar um pouco”. (Conference Report, abril de 1937, p. 26) Podemos reduzir nossas dívidas, tornando-as parte de nosso orçamento. Talvez tenhamos que investir menos dinheiro em outras áreas, mas nossos profetas nos disseram que evitemos as dívidas. Exceto para a compra da casa própria ou outros itens muito importantes, devemos evitar as compras a crédito. Se devemos algum dinheiro, precisamos pagá-lo na forma prometida, sendo honestos em tudo o que fizermos com o nosso próximo. O Presidente N. Eldon Tanner nos preveniu de um dos grandes perigos das dívidas: “As pessoas não podem sentir o prazer de viver, se estão muito endividadas, e não sabem o que fazer para continuar adiante. Isso causa problemas na família, resulta em preocupação, nervosismo e até mesmo em divórcio; e tudo isso porque as pessoas não conseguem viver com o que ganham”. (Discurso feito na Welfare Agriculture Meeting, no dia 9 de abril de 1966; citado no Curso de Estudo da Sociedade de Socorro de 1977) De que forma somos abençoados, quando não temos dívidas? 158
  • 172. Lição 21 Conclusão O Senhor nos deu esta terra, para que possamos tirar dela o nosso sustento. Ele quer que prosperemos. Se soubermos usar nosso dinheiro sabiamente e colocarmos o reino de Deus em primeiro lugar em nossa vida, o Senhor nos abençoará financeira e espiritualmente. Desafio Reserve tempo para fazer um orçamento para o próximo mês. Os pais podem analisar o orçamento com o filhos num conselho familiar. Se você tiver dívidas, encontre a solução para reduzí-las. Tente economizar dinheiro todos os meses. Preparação da Professora Antes de apresentar a lição: 1. Peça a três ou quatro irmãs que tragam um item de produção doméstica: uma fruta ou verdura, uma peça de vestuário, um brinquedo feito em casa, bem como algum artigo manufaturado de decoração. 2. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 159
  • 173. A NUTRIÇÃO DA FAMÍLIA Lição 22 O propósito desta lição é ajudar-nos a conhecer os tipos de alimentos que devemos comer para nos conservarmos saudáveis. O Pai Celestial Quer que Sejamos Saudáveis O Pai Celestial nos ama muito. Como deseja que tenhamos boa saúde aqui na Terra, Ele nos deu diretrizes sobre os alimentos e outras coisas que devemos ingerir. Essas diretrizes podem ser encontradas em Doutrina e Convênios 89 e são chamadas de “Palavra de Sabedoria”. A Palavra de Sabedoria diz que devemos comer certos tipos de alimentos que contribuam para a nossa saúde, e também que devemos evitar certas substâncias, tais como o chá, café, álcool e fumo por serem prejudiciais ao nosso corpo. Diferentes Tipos de Alimentos Ajudam-nos a Sermos Saudáveis de Várias Maneiras Ler D&C 89:10–11. Quais os tipos de alimentos mencionados nesses versículos? Quais as frutas, verduras e legumes que podemos conseguir no local onde moramos? As frutas, verduras e legumes são importantes porque contêm vitaminas que ajudam a nos proteger de certas doenças. A sua ingestão pode ajudar a prevenir certos tipos de cegueira e infecções e curar ferimentos. Elas também nos protegem de muitos outros problemas de saúde. Ler D&C 89:12–13. Quais os tipos de alimentos mencionados nesses versículos? A carne vermelha, a carne de aves, ovos e peixe contêm boa quantidade de proteínas que nosso corpo precisa para crescer forte. O leite, o iogurte e o queijo também são boas fontes de proteína. A proteína desenvolve os tecidos musculares e ajuda-nos a nos recuperarmos de doenças. As mulheres grávidas e as crianças têm necessidade especial de proteína para um bom desenvolvimento. Esses tipos de alimentos também contêm minerais, como ferro e cálcio, que ajudam nosso corpo a se desenvolver e funcionar adequadamente. Ler D&C 89:14–17. Quais os tipos de alimentos mencionados nesses versículos? Você come esse tipo de alimento? 160
  • 174. 22-a, Alimentos de cada grupo de alimentos. 161
  • 175. Pirâmide dos Alimentos Guia para a Escolha Diária dos Alimentos Gorduras, óleos e açúcares USE COM MODERAÇÃO Leite, iogurte e queijos Carne vermelha, carne 2-3 PORÇÕES branca, peixe, feijão, ovos e oleaginosas (nozes, castanhas e amêndoas) 2-3 PORÇÕES Vegetais Frutas 3-5 PORÇÕES 3-5 PORÇÕES Pão, cereal, arroz e massas 6-11 PORÇÕES 22-b, Pirâmide dos Alimentos 162
  • 176. Lição 22 Além de cereais, o versículo 16 menciona alimentos de plantas rasteiras ou trepadeiras, tais como melões, abóboras, tomates, ervilhas e feijões ou vagens. Esses alimentos se assemelham aos cereais na forma como ajudam o corpo. Eles nos dão alguma proteína, bem como as vitaminas e minerais de que necessitamos. Mas o mais importante é que nos dão carboidratos (amido e açúcar naturais). Nosso corpo usa os carboidratos a fim de produzir energia para as atividades diárias. Para Ter Boa Saúde É Necessário Ingerirmos Alimentos Variados Algumas pessoas acham que não importa o que se come, desde que o estômago esteja cheio. Isso não é verdade. Cada um tem o seu valor especial. Precisamos das vitaminas das frutas e das verduras para nos proteger de certas doenças. Precisamos da proteína das carnes e de outros alimentos para crescer. (Se uma família preferir não comer carne ou produtos de origem animal, o feijão, a ervilha e a lentilha são boas fontes de proteína.) Precisamos também dos carboidratos dos grãos para dar-nos energia. Para garantir uma dieta balanceada, devemos planejar nossas refeições utilizando cinco grupos básicos de alimentos. Mostre a gravura 22-a, “Alimentos de cada grupo”, e 22-b, “Pirâmide dos Alimentos”. Peça às irmãs que dêem exemplos de alimentos de cada grupo. Cada pessoa precisa de uma certa porção de cada grupo de alimentos todos os dias. Precisamos cuidar para que nossas refeições contenham porções suficientes de cada grupo de alimentos para todos os membros da família. Mostre o cartaz com os seguintes exemplos de porções diárias de cada grupo de alimentos ou escreva as informações no quadro-negro: 1 fatia de pão; meia xícara de cereal, arroz ou massa; 1 fruta média; 1/2 xícara de fruta cozida ou em conserva; 1 xícara de vegetais crus; 1/2 xícara de legumes cozidos; 1 xícara de leite; 40 a 60 gramas de queijo; 60 a 90 gramas de carne magra cozida, frango ou peixe; meia xícara de feijão; 1 ovo. Escreva no quadro-negro o que você comeu ontem. Você comeu um pouco de cada grupo de alimentos em cada refeição? Comeu o suficiente de cada grupo de alimentos durante o dia? Se não, o que você pode fazer para ingerir todos os dias quantidade suficiente desses alimentos? Para ter quantidade suficiente de cada alimento, talvez seja necessário comprar alimentos mais baratos de cada grupo, a fim de fazer bom uso do dinheiro. 163
  • 177. Lição 22 Que alimentos de cada grupo são mais caros? Que alimentos de cada grupo podem ser substituídos por outros mais baratos do mesmo grupo? Devemos Incluir Alimentos dos Cinco Grupos em Nossas Refeições Podemos fazer várias coisas para ingerir as porções necessárias de cada grupo de alimentos durante o dia. 1. Podemos começar a pensar no que prepararemos para a refeição logo de manhã. Às vezes, quando esperamos até a hora de preparar a comida, descobrimos que não temos uma boa variedade de alimentos em casa. 2. Quando planejamos uma refeição, podemos começar com alimentos comuns como base, por exemplo, arroz e milho, e adicionar outros, de outros grupos. 3. Quando formos ao supermercado, devemos fazer uma lista dos alimentos de que necessitamos para nos ajudar a lembrar todos os cinco grupos. 4. Podemos fazer uma horta e plantar legumes, verduras e frutas. Se não dispusermos de lugar para uma horta, podemos plantar em vasos ou caixas de madeira. Talvez possamos usar algum terreno em conjunto com amigos ou parentes. Conclusão Todos nós queremos ter saúde. Se planejarmos cuidadosamente o que comemos, para podermos ingerir as porções necessárias dos cinco grupos já mencionados, isso nos será benéfico. Desafio Faça uma comparação entre as refeições que você come, com os grupos alimentícios básicos. Planeje acrescentar alimentos dos grupos que estão faltando em suas refeições. Lembre-se de que se planejarmos as refeições com antecedência, será mais fácil incluirmos alimentos de todos os cinco grupos. Leia Doutrina e Convênios 89, assim você pode aprender mais a respeito da lei de saúde do Senhor. Preparação da Professora Antes de apresentar a lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 29, “A Lei de Saúde do Senhor.” 2. Estude Doutrina e Convênios 89. Preste particular atenção aos versículos mencionados nesta lição. 3. Converse com um profissional de saúde ou um nutricionista para aprender que tipo de combinação de alimentos proporciona uma boa dieta na região onde você mora. 4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 164
  • 178. A NUTRIÇÃO DA MÃE E DO BEBÊ Lição 23 O propósito desta lição é ajudar-nos a saber o que as mulheres grávidas e as que amamentam devem comer e o que as mães devem dar aos seus bebês. Nutrição para a Mulher Grávida Mostre a gravura 23-a, “É importante que tanto a mãe como o bebê tenham uma boa nutrição”. A mulher grávida precisa ter o cuidado de ingerir alimentos que ajudem a ela e o bebê serem saudáveis. Ela não pode deixar de comer a quantidade necessária de alimentos dos cinco grupos todos os dias. Esses cinco grupos são (1) pães, cereais e grãos, (2) verduras e legumes, (3) frutas; (4) leite, iogurte e queijos; e (5) carnes, aves, peixes, amêndoas, nozes e castanhas. As mulheres grávidas devem também tomar bastante água para evitar problemas de desidratação. As mulheres que usam de sabedoria ao escolher o alimento que ingerem geralmente têm bebês mais fortes e saudáveis do que as mães que não comem corretamente. Peça às irmãs que citem diversos alimentos de cada grupo. Em seguida, peça-lhes que planejem uma refeição para uma mulher grávida. Peça que incluam vários alimentos de cada um dos cinco grupos. Por que é importante que a mulher grávida se alimente adequadamente? “Se a mãe não estiver bem nutrida e não ingerir os nutrientes de que o bebê necessita na quantidade adequada, o bebê não crescerá nem se desenvolverá como deveria. O índice de mortalidade infantil, que registra o número de crianças que morrem no primeiro ano de vida, é bastante alto em muitos países subdesenvolvidos do mundo. Eles resultam de problemas sanitários, da propagação de infecção e da má nutrição. No entanto, mesmo nos países desenvolvidos (…) a nutrição inadequada entre as mulheres grávidas tem contribuído para um alto índice de mortalidade infantil. Se uma mãe não for bem nutrida durante a gravidez, principalmente 165
  • 179. 23-a, É importante que tanto a mãe como o bebê tenham uma boa nutrição. 166
  • 180. Lição 23 se for muito jovem, terá probabilidade muito maior de ter um bebê pequeno e com falta de peso ao nascer. O risco de morte logo depois do nascimento é maior para o bebê cujo peso está abaixo do normal. A nutrição da futura mãe é um fator muito importante, que contribui para a saúde do seu bebê. Ela deve comer os alimentos que lhe darão os nutrientes necessários para formar e proteger o corpo de seu filho”. (Cursos de Estudo da Sociedade de Socorro, 1974–1975, p.105) O Leite Materno Normalmente É o Melhor Nosso Pai Celestial fez o corpo da mãe de modo que possa produzir leite. Esse leite foi feito para uso especial dos bebês, e é melhor que o leite de animais. O primeiro fluido que sai do peito materno depois que o bebê nasce também é muito importante, pois contém substâncias que ajudam a protegê-lo de doenças durante os primeiros meses. Às vezes, por motivos de saúde, a mãe não pode amamentar seu filho no seio. Pode ser usado então o leite de vaca, cabra ou em pó, mas o cuidado deve ser maior no sentido de conservá-lo livre de germes. Sempre que puder, a mãe deve amamentar seu bebê, e a dieta por ela usada é de influência na quantidade de leite que ela produz. A mãe que come alimentos saudáveis e bebe bastante água, geralmente produz leite suficiente para o seu filho. Por que razão algumas mães não amamentam seus filhos? Por que o fluido que vem antes do leite é bom para os bebês? Além da nutrição e da prevenção de doenças, quais as outras vantagens da amamentação? A Mamadeira Se a mãe não pode amamentar o bebê, pode dar-lhe outro tipo de leite, o que geralmente significa alimentá-lo com mamadeira. Ao alimentar o bebê com mamadeira, são necessárias as seguintes precauções: 1. Conserve a mamadeira limpa. Caso ela caia no chão ou moscas pousem no bico, deixando germes, o bebê provavelmente ficará doente. Lave as mamadeiras e bicos com água quente e sabão e enxágüe bem. 2. Use água pura. Se o leite se misturar à água impura, o bebê também poderá ficar doente, por causa dos germes que estão na água. Se houver perigo de a água estar impura, deve-se fervê-la durante 20 minutos e deixar esfriar antes de alimentar o bebê. 3. Se o leite azedar, jogue-o fora e use leite fresco. 4. Leia o rótulo dos alimentos enlatados e use a quantidade certa de água. As crianças ficam doentes, caso o leite não for diluído de acordo. Não adicione muita água, a fim de fazer o leite durar mais. Uma história contada pelo Dr. James O. Mason ilustra a importância de não diluir demais o leite dado aos bebês. 167
  • 181. Lição 23 Um jovem casal chamou o Dr. Mason para ir até a sua casa ver o seu bebê recém-nascido. Quando a mãe despiu sua filhinha, de apenas seis semanas, o doutor ficou chocado com sua magreza. Ele quase podia enxergar-lhe os ossos. Os pais lhe disseram que a mãe não tinha podido amamentar o bebê, porque ficara muito doente durante a gravidez. Quando ele nasceu, eles compraram uma lata de leite em pó, mas não puderam comprar outra quando a primeira acabou. O doutor lhes perguntou o que estavam dando ao bebê, e eles mostraram uma mamadeira cheia de um fluido quase transparente. Era água, misturada com algumas gotas de leite condensado. O Dr. Mason deu dinheiro ao presidente do ramo, para que comprasse leite para o bebê e também ensinou a família a prepará-lo, mas, a despeito dos seus esforços a garotinha não sobreviveu. Mais tarde, a família aprendeu que havia postos de saúde que poderiam ter-lhes dado o leite para a alimentação de sua filhinha. (‘For The Health of the Saints’, Speeches of the Year, 1974, pp. 153–154) Demonstração opcional: Mostre como se limpa corretamente uma mamadeira e como preparar leite para um bebê. O uso da mamadeira exige cuidado extra, mas os bebês assim alimentados podem ser saudáveis. Porém, mesmo que eles precisem ser ocasionalmente alimentados com mamadeira, ainda assim é melhor que sejam amamentados. Outros Alimentos para o Bebê Conforme vai crescendo, o bebê tem necessidade de outros alimentos além do leite para ficar saudável. É difícil saber por quanto tempo o leite materno preencherá as suas necessidades, portanto, ele deverá começar a comer outros alimentos lá pelos seis meses. Os bebês precisam de alimentos dos cinco grupos, já mencionados para o uso de adultos. Os alimentos prontos podem ajudar a fornecer aos bebês os alimentos dos cinco grupos básicos. Se não for possível adquirir alimentos prontos, a comida para os bebês pode ser facilmente preparada dos mesmos alimentos consumidos pelos adultos. Esses alimentos precisam estar sempre muito limpos e devem ser esmagados ou passados na peneira, para que possam ser ingeridos com facilidade, mesmo antes do aparecimento dos dentes. As frutas que têm cascas são mais limpas do que as outras. As bananas maduras constituem um bom alimento para os bebês. Outras frutas devem ser cuidadosamente lavadas e descascadas com uma faca limpa e todas as frutas devem ser seguradas com as mãos também limpas. As verduras e legumes cozidos, principalmente as verduras, são excelente alimento para os bebês. Podem ser facilmente picadas ou esmagadas, tornando-se de fácil ingestão. Além disso, contêm vitaminas que ajudarão o bebê a manter-se saudável. 168
  • 182. Lição 23 Os cereais também são bons alimentos para os bebês porque contêm carboidratos, mas não bastam como alimentação. Os bebês também precisam de outros alimentos como frutas, verduras, legumes, ovos e leite para crescerem com saúde. Algumas pessoas alimentam os bebês com caldo de carne ou de feijão porque geralmente é cozido e não tem germes, mas somente os caldos não ajudam o bebê a crescer. Eles precisam de outros tipos de alimentos que contenham todas as vitaminas, minerais, proteínas e carboidratos de que necessitam. Os pais devem incluir um alimento de cada vez na dieta do bebê. Às vezes, o bebê pode ser alérgico a um tipo de alimento, o que pode causar vômitos, congestão dos pulmões ou nariz, diarréia ou erupções na pele. Introduzindo um alimento de cada vez na alimentação do bebê, os pais podem saber que alimentos seu bebê talvez não possa comer devido a alergias. Quais os alimentos de cada um dos cinco grupos que o bebê pode comer? Como esses alimentos devem ser preparados? Peça às irmãs que planejem uma refeição para um bebê e que incluam alimentos dos grupos básicos. Demonstração opcional: Mostre como preparar dois ou três tipos de comida para bebês. Conclusão Precisamos escolher com cuidado os alimentos que comemos, principalmente no caso das mulheres grávidas e das que amamentam. Podemos ter muita influência na saúde de nossos filhos, dependendo do que lhes damos para comer. O leite materno é o melhor alimento para os recém-nascidos, mas depois de alguns meses, os bebês necessitam de alimentos de todos os cinco grupos alimentícios para poderem crescer fortes e saudáveis. Preparação da Professora Antes de apresentar a lição: 1. Examine a lição 22 deste manual, “A Nutrição da Família”. 2. (Opcional) Leve uma mamadeira e leite em pó para a aula e mostre às irmãs como limpá-la e como preparar o leite para um bebê. 3. (Opcional) Leve à classe alguns alimentos especialmente bons para um bebê. Se possível, leve utensílios que lhe permitam mostrar como preparar a comida. 4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 169
  • 183. PREVENÇÃO DE DOENÇAS Lição 24 Esta lição tem o propósito de lembrar-nos de que devemos colocar em prática os princípios de prevenção de doenças, a fim de permanecermos saudáveis. Precisamos Aprender a Manter a Saúde Antigamente, as pessoas não conheciam as causas das doenças e pensavam que elas eram resultado de maldades cometidas, da necessidade de sacrifícios ou de maldições. Após séculos de estudos, os cientistas e médicos descobriram a causa de grande parte das doenças. Desde que o evangelho foi restaurado na Terra em 1830, muito conhecimento foi adquirido, pois o Espírito do Senhor tem-se espalhado por sobre a Terra. Muitas descobertas novas foram feitas para ajudar-nos a sermos mais saudáveis. Como adultos, precisamos saber e fazer as coisas que nos ajudam a ser saudáveis. Devemos também ensiná-las a nossos filhos e mostrar aos nossos familiares como ter uma atitude correta em relação à saúde. Existem pais que dizem a seus filhos que vão aplicar-lhes uma injeção caso não se comportem. Isso não é bom, pois faz com que as crianças considerem o cuidado da saúde como sinônimo de punição. Nesta aula, analisaremos algumas das coisas que nos ajudam a permanecer saudáveis. O Controle dos Micróbios Ajuda a Prevenir as Doenças Os micróbios são seres vivos muito pequeninos que podem causar doenças. Alguns deles passam de uma pessoa para a outra. Outros passam dos animais para as pessoas. Os micróbios causam muitos e diferentes tipos de enfermidades quando penetram no nosso corpo. Eles vivem e se desenvolvem rapidamente nos lugares quentes, úmidos e escuros. Crescem nos animais ou nas fezes de animais ou pessoas, e é necessário que não lhes proporcionemos condições de vida. O que podemos fazer para não dar condições de vida aos micróbios? Acrescente as seguintes sugestões àquelas apresentadas pelas irmãs: 170
  • 184. Lição 24 Devemos Manter os Insetos Fora de Casa Uma das formas de se manter os insetos fora de casa é colocar telas nas janelas e nas portas, sempre que possível. Essas telas devem estar sempre em bom estado, principalmente durante o verão. Limpar o Lugar Onde Vivem os Micróbios As áreas em que cozinhamos, tomamos banho ou lavamos roupa são freqüentemente úmidas. Existem meios de conservá-las mais secas. As áreas úmidas são um problema, especialmente quando aquecidas. Embora os raios do sol sejam quentes, eles ajudam a impedir o crescimento dos micróbios. Quais os itens que ocasionalmente poderiam ser colocados ao sol, para ajudar a impedir que os micróbios proliferem? Como nos Livrarmos Adequadamente de Material Fecal Os micróbios vivem nas fezes tanto de animais como de pessoas. Quando as deixamos expostas, as moscas pousam sobre elas, recolhendo micróbios nos pêlos de suas patas. Quando as moscas pousam em outro lugar, esses micróbios são deixados no lugar em que pousaram. Como podemos livrar-nos de material fecal? (Usando uma latrina ou banheiro, em se tratando de fezes humanas. Conservando os animais em chiqueiros ou estrebarias; enterrando na horta as fezes de animais que não comem carne; cobrindo-as com terra, tela ou tampas, de modo que as moscas não pousem em cima.) Devemos Proteger os Alimentos dos Insetos Devemos colocar as sobras de comida em um lugar fechado, onde os insetos não possam penetrar. Se você tiver um lugar fresco, coloque os alimentos nele. Os alimentos podem ser conservados frescos em uma geladeira ou caixa de isopor com gelo. Uma vez que os micróbios podem ser levados pelo vento, devemos manter os alimentos cobertos. Em alguns climas tropicais, é melhor armazenar a comida num armário com porta de treliça. As Vacinas Ajudam a Prevenir as Doenças Podemos proteger-nos a nós mesmos e a nossa família de algumas doenças sendo vacinados. Para algumas doenças é necessário apenas uma dose de vacina, mas para outras podemos necessitar de várias doses, a determinados intervalos de tempo. A poliomielite é uma doença que já foi bem comum, porém, há muitos anos, um cientista descobriu um meio de proteger-nos dela. Ele desenvolveu uma vacina que nos protege contra essa enfermidade que já matou muitas pessoas e aleijou outras tantas. Na maior parte do mundo, as pessoas podem ser vacinadas em um posto de saúde ou numa clínica, por um médico. 171
  • 185. Resistência e Imunidade à Doença Gráfico de Imunização Recomendado Doença Idade Nasci- 1 2 4 6 12 15 18 4a6 11 a 12 14 a 16 Adulto mento mês meses meses meses meses meses meses anos anos anos Hepatite B (HBV) HBV-1 A, C HBV-2 HBV-3 HBV-1, 2 e 3 (1 mês após a HBV-1) (5 meses após a HBV-2) (para aqueles que não foram previamente vacinados) Difteria, Tétano DTaP-1 DTaP-2 DTaP-3 DTaP-4 DTaP-5 Dose de reforço B, Td e Coqueluche ou ou ou ou ou a cada 10 anos (DTaP ou DTP) DTP-1 DTP-2 DTP-3 DTP-4 DTP-5 Hemophilus tipo HIB-1 HIB-2 HIB-3 HIB-4 B (HIB) Poliomielite Polio-1 Polio-2 Polio-3 Polio-4 C Sarampo, MMR-1 MMR-2 MMR-2 C, D Caxumba e (se não Rubéola (MMR) tiver sido tomada entre 4e6 anos) Catapora Var-1 Var-1 C, E (Varicela) (Var) (se não tiver sido tomada anteri- ormen- te) Gripe Anualmente. Pessoas com mais de 65 anos, profissionais da saúde e outros que estejam num grupo de alto risco. Crianças de dois anos ou mais que sofram de problemas de saúde crônicos como asma, doenças cardíacas e diabetes. Consultar um médico. Contra-indicado se a pessoa for alérgica a ovo. Pneumonia Uma vez ou novamente após 5 anos para pessoas num grupo de alto risco. Pessoas de 65 anos ou mais. pneumocócica Crianças de dois anos ou mais que sofram de problemas de saúde crônicos sob orientação de um médico. Pessoas que vivem em ambientes especiais, entre a população indígena. Consultar um médico. Hepatite A Duas doses: a segunda, 6 meses após a primeira. Para maiores de 2 anos, em caso de viagens internacionais. (Ver “C” abaixo.) Pessoas com problemas crônicos de fígado ou para pessoas expostas a alto risco de Hepatite A. Consultar um médico. A Profissionais da saúde e segurança pública ou outras pessoas expostas a alto risco de contaminação. Consultar um médico. B Após 5 anos, pode ser necessário uma dose de reforço em caso de ferimento. Consultar um médico. C Certas viagens internacionais. Consultar um médico ou posto de saúde local. D Duas doses com pelo menos 4 semanas de intervalo. Consultar um médico. Adultos nascidos em 1957 ou depois devem receber pelo menos 1 dose se não houver prova de imunidade. Adultos expostos a alto risco de contaminação (estudantes de faculdade, profissionais de saúde, etc). Contra-indicado na gravidez ou suspeita de gravidez até 3 meses. E Duas doses com pelo menos 4 a 8 semanas de intervalo. Todos os adultos suscetíveis e pessoas de alto risco (profissionais da saúde, professores de crianças, babás, etc). Pessoas que comprovadamente já tiveram catapora podem ser consideradas imunes. Contra-indicado para gestantes ou suspeita de gravidez até 1 mês. * A vacinação não deve ser adiada por causa de pequenas doenças. 24-a, Resistência e Imunidade à Doenças 172
  • 186. 24-b Uma jovem sensata procura dormir o suficiente, comer refeições nutritivas, escovar os dentes adequadamente pelo menos duas vezes ao dia e lavar as mãos com freqüência. 173
  • 187. Lição 24 Quais as doenças mais comuns em sua localidade? Quais as vacinas que os médicos ou funcionários dos centros de saúde recomendam? Com que freqüência devem ser usadas? O que você pode fazer para conseguir a imunização necessária para proteger sua família? Diga às irmãs quando e onde são dadas as vacinas e sugira que as irmãs se disponham a tomá-las. Mostre a gravura 24—a, “Resistência e Imunidade à Doença” e conceda às irmãs tempo para estudar o gráfico em seu manual. Práticas Saudáveis Ajudam-nos a Prevenir as Doenças Mostre a gravura 24—b, “Uma jovem sensata procura dormir o suficiente, comer refeições nutritivas, escovar os dentes adequadamente pelo menos duas vezes ao dia e lavar as mãos com freqüência”. Podemos desenvolver hábitos que nos proporcionarão uma saúde melhor. Alguns desses hábitos são: dormir o suficiente à noite, comer uma variedade adequada de alimentos e fazer exercícios diários. Também necessitamos de bons hábitos sanitários. Tomar banhos regulares, escovar os dentes, fazer uso do fio dental depois de cada refeição, lavar as mãos depois de usar o toalete e cobrir a boca ao espirrar, também são bons hábitos a serem seguidos. Nos climas tropicais, todos devem usar sandálias ou outro tipo de calçado para impedir infecções. Peça às irmãs que contem como aprenderam ou ensinaram seus familiares a praticar bons hábitos de saúde. O Que Devemos Fazer Quando Ficamos Doentes As enfermidades geralmente causam uma grande mudança na nossa aparência, no modo de sentir ou agir. Mudanças súbitas ou extremas são freqüentemente sinais de que algo está errado. Dores, febre, calafrios, perda de apetite, náusea, palidez, tontura, fraqueza, erupção de pele, coceira, inchaço e diarréia são sinais de doença. Se ficarmos doentes, devemos procurar uma clínica ou um médico, para descobrir como podemos ficar curados. As bênçãos do sacerdócio também podem ajudar-nos. O Senhor espera que façamos a nossa parte antes de recebermos as bênçãos. Devemos permitir que um médico nos oriente na cura de nossas doenças. Em seguida, devemos acrescentar boas práticas de saúde, nossa fé, orações e as bênçãos do sacerdócio. Se fizermos essas coisas, poderemos sobrepujar muitas doenças. O que podemos fazer hoje ou esta semana para evitar as doenças? 174
  • 188. Lição 24 Conclusão Somos os trabalhadores da vinha do Senhor nesta Terra e para servi-Lo eficientemente precisamos ter boa saúde. Podemos ajudar a construir Sião se tivermos saúde e criarmos filhos saudáveis. O Senhor nos concedeu muitas maneiras de prevenir doenças e enfermidades e espera que sejamos sábios em tudo o que fizermos. Por outro lado, Ele espera também que cuidemos daqueles que estão doentes e prometeu-nos que por meio da fé, da oração e do poder do sacerdócio, podemos ser curados de acordo com Sua vontade. O Presidente Brigham Young ensinou: “Procuremos portanto ampliar ao máximo a vida presente, observando todas as leis de saúde, preparando-nos para uma vida melhor pelo correto equilíbrio entre o trabalho, estudo, repouso e recreação. Ensinemos esses princípios a nossos filhos”. [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p. 186] Desafio Use os métodos apresentados nesta lição para ensinar seus familiares a colocarem em prática os princípios de prevenção de doenças, para poderem preservar a saúde. Explique o gráfico da gravura 24-a. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Visite um posto de saúde local para saber quais as vacinas disponíveis aos membros da comunidade. Descubra quando serão dadas, o que é necessário fazer para tomá-las, etc. 2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 175
  • 189. O CULTIVO DE HORTAS Lição 25 O propósito desta lição é ajudar-nos a começar uma horta ou melhorar a que já temos. Nossos Profetas Têm-nos Pedido que Cultivemos Hortas O Presidente Spencer W. Kimball pediu aos santos dos últimos dias de todo o mundo que produzam seu próprio alimento. Por diversos anos, ele pediu a cada família que tenha a sua própria horta. Disse ele: “Incentivamo-lhes a produzir o máximo de alimentos possível em suas propriedades. Plantem parreiras e árvores frutíferas próprias para o clima. Cultivem legumes e verduras e abasteçam de suas próprias hortas. Mesmo os que moram em apartamento, podem geralmente cultivar alguma coisa em vasos e jardineiras. Estudem o melhor método de produzir seus alimentos. Tornem seus jardins limpos e atraentes, bem como produtivos. Se houver crianças na casa, façam com que participem do programa, designando-lhes determinadas tarefas”. (A Liahona, agosto de 1976, p. 113) Ao nos pedir que cultivemos uma horta, o Presidente Kimball nos lembrou as palavras do Senhor: “E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lucas 6:46) Existem boas razões para que nossos profetas nos dêem tais conselhos. O cultivo de hortas nos traz muitos benefícios, amplia nossa apreciação pela natureza e ensina a família a trabalhar em conjunto. Quando possuímos uma horta produtiva, não ficamos dependentes dos outros no que concerne a alimentação. Podemos selecionar as verduras de que gostamos e que nos proporcionam uma dieta nutritiva. Quando plantamos, temos a satisfação de prover o nosso próprio alimento, que também pode ser trocado com nossos vizinhos, podemos economizar e ajudar os necessitados. Peça às irmãs que expliquem os benefícios que receberam ao cultivar uma horta. Devemos Começar com um Plano Antes de realmente começarmos a plantar uma horta, devemos tomar algumas decisões. 176
  • 190. 25-a, As pessoas que moram em apartamento podem plantar uma horta em vasos ou jardineiras. 177
  • 191. 25-b, Procure plantar alimentos que cresçam adequados ao clima e solo da área. 178
  • 192. Lição 25 Onde Plantar Mostre a gravura 25-a, “As pessoas que moram em apartamento podem plantar uma horta em vasos e jardineiras”. Primeiramente, devemos decidir onde plantar. A horta precisa ser feita no melhor local possível, pois se tornará um pedaço de terra muito valioso. Escolha um local ensolarado, que diariamente receba pelo menos seis horas de sol. Verifique o solo. Alguns são tão arenosos, que não conseguem reter água, ou tão cheios de argila, que a água empoça em cima e penetra vagarosamente. Se for esse o caso, devemos adicionar adubo composto ou um tipo de terra diferente do que já existe, para melhorá-la. Se não chover freqüentemente, deve haver água à disposição. A horta deve ficar perto da casa, se for possível. Não deve ficar tão longe que seja difícil trabalhar nela diversas vezes por semana. Escolha um lugar que não seja muito íngreme, caso contrário, tanto a terra como as sementes serão levadas pela água. Se você tiver que plantar em local íngreme, faça sulcos na transversal em vez de na vertical. Aqueles que moram em apartamento, podem plantar em vasos ou jardineiras. Aqueles que desejam uma horta maior, podem usar o jardim, pedir emprestado um local ou alugar alguma terra. Duas famílias, na Alemanha, descobriram um meio de ter uma horta: “Pertencemos à Missão Frankfurt, e estamos escrevendo-lhes para falar sobre a nossa horta. Não foi muito fácil encontrar um pedaço de terra numa cidade grande como Frankfurt—é uma horta bem pequena—e quando a alugamos, parecia um deserto, com uma cerca quebrada, uma cabana caindo aos pedaços, e mato por toda parte. Isso não nos desanimou. Primeiro fizemos uma cerca nova, consertamos a cabana, e escavamos todo o solo. Na primavera, plantamos legumes, e nossos vizinhos disseram que não cresceriam. Há um pequeno riacho onde podemos ir com nossas bicicletas buscar água e, usando latas, carregamos nossa água. Oramos ao Senhor, para que Ele abençoasse nossa horta. O Senhor respondeu às nossas orações. Nasceu toda espécie de legumes. É maravilhoso ver as plantas crescendo.” (Citado por Spencer W. Kimball, Conference Report, outubro de 1976, p. 5; Ensign, novembro de 1976, p. 5) O que Plantar Mostre a gravura 25-b, “Procure plantar alimentos que cresçam adequados ao clima e solo da área”. A segunda decisão que teremos que tomar é o que plantar. Algumas hortas têm muito espaço, enquanto outras são pequenas. Se o espaço for limitado, escolha legumes que cresçam para cima, tipo trepadeira, tais como feijões ou tomates presos a estacas. Escolha sementes que produzam 179
  • 193. 25-c, Exemplo de hortaliças. 180
  • 194. Lição 25 em abundância, tais como abóboras e tomates, em vez daquelas que produzem só um legume ou fruto de cada vez, como os rabanetes. Não se esqueça de escolher alimentos que dêem à sua família os nutrientes de que necessitam, mas evite plantar coisas que seus familiares não gostem e não comam. Procure plantar alimentos que cresçam bem em seu clima e solo. Mostre um cartaz em que estejam relacionadas as frutas, verduras, legumes e cereais que cresçam em sua localidade, ou escreva essas informações no quadro-negro. Quais as colheitas que produzem a maior quantidade de alimentos em uma área limitada? É bom fazer um mapa com o planejamento de sua horta. Os mesmos vegetais não devem ser plantados no mesmo lugar ano após ano. Se as colheitas não forem alternadas, irão tornar-se cada vez mais pobres e os legumes e hortaliças não crescerão bem. Mostre a gravura 25-c “Exemplo de hortaliças”. Quando Plantar Outra decisão a ser tomada é quando plantar. Cada tipo de alimento cresce melhor sob condições mais favoráveis. Alguns alimentos crescem melhor na estação seca enquanto outros preferem a umidade. Alguns produtos como beterrabas, repolho, cenouras, alface, cebolas, ervilhas e espinafre crescem melhor em clima frio. Outros como feijão, milho, melão, abóbora e tomate preferem clima mais quente. Mostre um cartaz com a época de plantio dos alimentos específicos que crescem em sua localidade, ou escreva as informações no quadro-negro. Devemos Preparar o Solo Quatro a seis semanas antes da época de plantio, limpe o solo, tirando as ervas daninhas, tocos, pedras, lixo e ramos de árvores. Revolva o solo com uma pá ou enxada, para que a água possa penetrar facilmente. O solo deve ficar bem revolvido, quando estiver para ser usado. Mostre a gravara 25-d, “Prepare bem o solo antes do plantio”. Nos nossos dias, a maior parte dos solos pode ser melhorada. Adubos compostos, plantas apodrecidas e esterco de animais, melhoram a estrutura de solos arenosos ou argilosos. Também ajudam na produção de colheitas melhores, porque adicionam nutrientes. O adubo composto, porém, não pode ser feito e colocado no solo no mesmo dia. Pode levar de quatro a seis meses para produzir um adubo composto que esteja pronto para ser colocado no solo. Por essa razão, algumas pessoas o preparam todos os anos, colocando-os nas hortas no ano seguinte ao de sua composição. Você pode aprender a fazer seu próprio adubo, pesquisando em livros, pedindo orientação a um agrônomo ou a um jardineiro experiente. 181
  • 195. Limpe o local do plantio, removendo ervas Revolva o solo com uma pá ou enxada. daninhas, tocos, pedras, lixo e ramos de árvores. Adicione adubo para melhorar o solo. O solo deve ficar bem revolvido antes do plantio. 25-d, Prepare bem o solo antes do plantio. 182
  • 196. Lição 25 Peça às irmãs que já prepararam algum adubo que expliquem como o fizeram e o utilizaram. Como Plantar a Horta Nas áreas onde a estação própria para o plantio for curta, pode-se plantar uma horta em vasos ou jardineiras, dentro de casa. Porém, se você começar uma horta fora de casa, plante as sementes em fileiras retas, para diferenciar as ervas daninhas dos vegetais. Deixe um espaço entre as sementes. Aprenda quando deve plantar as sementes e plante- as nas datas certas. Plante uma fileira da mesma coisa (como milho, por exemplo) semanalmente, durante diversas semanas. Assim você terá um período maior de colheita. As sementes variam de tamanho; se forem todas plantadas com a mesma profundidade, não crescerão. Plante cada semente numa profundidade cerca de quatro vezes o seu diâmetro, e em seguida tape o buraco, pressionando a terra firmemente. Não se esqueça de deixar espaço suficiente entre as fileiras, para que possa afofar a terra ao redor das plantas, durante o crescimento. Conserve a terra umedecida depois de ter plantado as sementes. Se a terra secar, as sementeiras não germinarão. Como Cuidar da Horta Todo o planejamento, preparo e plantio que fizermos, não trará benefícios, se depois de tudo isso não cuidarmos de nossas hortas. Precisaremos fazer o seguinte: Água Coloque bastante água uma vez por semana, se não chover o suficiente. A terra deve ficar molhada até uma profundidade de 17 centímetros logo depois de regada. Molhe sempre depois que o sol não estiver muito quente, para não cozinhar a terra. A Matéria Vegetal Depois que as plantas estiverem com diversos centímetros de altura, remova as ervas daninhas que permaneceram. Coloque uma camada de 5 a 7 centímetros de serragem, jornais picados, grama, folhas ou palha em volta das plantas e entre as fileiras. Essa matéria vegetal impede que a terra seque ou aqueça demais. A maioria das pessoas que usam esse processo descobrem que não precisam arrancar muitas ervas daninhas. O Cultivo As ervas daninhas roubam a água e os nutrientes das plantas. Arranque-as com a mão ou tire-as com uma enxada. Uma camada grossa de matéria vegetal pode impedir o crescimento de ervas daninhas, mas será necessário que você a afaste para um dos lados uma vez por semana, a fim de poder afofar a terra com a enxada. Recoloque a camada de matéria vegetal depois de ter afofado a terra. Controle de Danos Causados por Insetos Os insetos causam danos às plantas e podem destruir as colheitas. Não se esqueça de remover todo alimento maduro antes que comece a apodrecer: Se você não o fizer, os insetos se alimentarão dele. Remova 183
  • 197. 25-e, Uma horta pode trazer muitos benefícios para a família. 184
  • 198. Lição 25 também todas as plantas que tenham parado de produzir. Remova os insetos com a mão, com água ou inseticida. Se usar inseticida, não se esqueça de lavar o alimento antes de comê-lo. A Colheita Se você colher frutas e legumes pouco antes de cozinhá-los, comê-los ou colocá-los em conserva, eles terão melhor sabor e serão mais nutritivos. Certos alimentos, como o pepino, produzem muito melhor se colhidos freqüentemente. Não deixe que fiquem maduros demais, que murchem ou sequem. Colha as verduras de folhas, quando ainda novas e tenras. Mostre a gravura 25-e, “Uma horta pode trazer muitos benefícios para a família”. Quais são os benefícios de planejarmos uma horta, prepararmos o solo, plantarmos e cuidarmos dessa horta? Conclusão Podemos mostrar que amamos ao Senhor e que Nele confiamos, fazendo as coisas que os Seus profetas nos pedem. Cada uma de nós receberá bênçãos, se planejarmos e prepararmos nossas hortas e depois cuidarmos delas, para estarem sempre em ordem e produzirem bem. O Presidente Kimball nos aconselhou: “Tornem seus jardins limpos e atraentes. Sejam quais forem as circunstâncias, façam com que suas propriedades reflitam ordem, beleza e felicidade. Planejem bem e levem seu plano avante de maneira ordenada e sistemática”. (Conference Report, abril de 1976, p. 175; Ensign, maio de 1976, p. 125) Leia D&C 59:16–19. Desafio Planeje hoje mesmo começar ou cuidar melhor de sua horta. Lembre-se de que toda a família pode trabalhar em conjunto para que tenham uma boa horta. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Procure informar-se a respeito dos tópicos a seguir, pesquisando em bibliotecas, departamentos de agricultura locais, ou conversando com um jardineiro experiente: a. Quais alimentos produzem melhor na horta caseira; b. Qual a época de plantio de cada alimento; c. Como fazer adubo composto para a horta caseira; d. Como molhar as plantas, eliminar as ervas daninhas, controlar os danos causados por insetos, colocar a matéria vegetal e cultivar a horta caseira. 2. Prepare os cartazes sugeridos na lição, ou escreva as informações no quadro-negro. 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 185
  • 199. A PRODUÇÃO DOMÉSTICA Lição 26 O propósito desta lição é ensinar a tornarmo-nos auto-suficientes, produzindo aquilo de que necessitamos em casa. A Auto-Suficiência O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Encorajamos as famílias santos dos últimos dias a tornarem-se auto-suficientes e independentes. (“Preparação Familiar”, A Liahona, agosto de 1976, p. 113) Existe uma boa razão para esse conselho. O Presidente Marion G. Romney explicou: “Estamos vivendo nos últimos dias. (…) Estamos vivendo na era que precede o segundo advento do Senhor Jesus Cristo. Foi-nos dito que nos preparássemos e vivêssemos para nos tornarmos independentes das outras criaturas debaixo do reino celestial”. (Conference Report, abril de 1975, p. 165) (Ver D&C 78:13–14.) Mostre a gravura 26-a, “Galinhas podem ser criadas numa pequena área”. O Presidente Kimball aconselhou-nos a ser auto-suficientes, porque as profecias antigas já se estão cumprindo. Disse ele: “Acho que está chegando a hora em que haverá cada vez mais sofrimentos, mais furacões e inundações, (…) mais terremotos. (…) Acho que essas coisas aumentarão, provavelmente à medida que nos aproximamos do fim; portanto, devemos estar preparados para elas”. (Conference Report, abril de 1974, p. 184) O Presidente Kimball também disse: “Sobrevindo tempos maus, muitos desejariam ter enchido todos os seus vidros de frutas em conservas, cultivado uma horta no quintal, plantado algumas árvores frutíferas, parreiras, e cuidado de prover para suas próprias necessidades. O Senhor planejou que fôssemos independentes de toda criatura, mas notamos que muitos fazendeiros compram leite de leiterias e donas-de- casa adquirem verduras nas quitandas. Se os caminhões deixarem de encher as prateleiras das lojas, muitos passarão fome”. (“Deus Não Será Escarnecido”, A Liahona, fevereiro de 1975, p. 36) 186
  • 200. 26-a Galinhas podem ser criadas numa pequena área. 187
  • 201. Lição 26 Peça às irmãs que imaginem que as lojas tenham fechado e que elas precisem depender de si mesmas para tudo. Pergunte-lhes o que fariam em tais circunstâncias. Como Podemos Cuidar de Nossas Próprias Necessidades O Bispo Vaughn J. Featherstone ensinou-nos quais as coisas que devemos aprender, a fim de cuidarmos de nossas próprias necessidades: “Quanto à produção doméstica: Onde as condições e leis locais o permitirem, criem animais domésticos. Plantem árvores frutíferas, parreiras, legumes e verduras. Assim, terão alimentos para a família, dos quais parte pode ser consumida fresca, e outra destinada a conservas que completarão a reserva alimentar. Sempre que possível, produzam também outros artigos necessários para a vida. Costurem e remendem suas próprias roupas. Construam ou confeccionem coisas necessárias. Eu poderia acrescentar ainda, embelezem, consertem e conservem todas as suas propriedades”. (“Armazenamento de Gêneros Alimentícios”, A Liahona, agosto de 1976, p. 106) Para seguir as instruções do Bispo Featherstone, devemos aprender a prover nossas próprias necessidades da seguinte forma: Mostre um cartaz com a seguinte lista ou escreva as informações no quadro-negro: 1. Criar animais. 2. Plantar árvores frutíferas e parreiras. 3. Plantar hortas. 4. Fazer conservas. 5. Costurar e remendar. 6. Fazer ou confeccionar coisas necessárias. 7. Consertar e manter em ordem nossas propriedades. Criar Animais Se tivermos terra suficiente e residirmos onde legalmente podemos criar animais, devemos fazê-lo. Antes de decidirmos quais os animais que criaremos, devemos aprender como alimentá-los, abrigá-los e cuidar de suas necessidades, a fim de conservá-los saudáveis. Devemos preparar-nos com antecedência para cuidar deles. É mais fácil cuidar de alguns animais como galinhas, coelhos, patos e cabras. Fale sobre os tipos de animais normalmente criados em sua área. Discuta qual o alimento, abrigo e cuidado que exigem. Plantar Árvores Frutíferas e Parreiras Mostre a gravura 26-b, “Dicas para o plantio de árvores, verduras e legumes”. 188
  • 202. Introduza um pedaço de pau no buraco Adube o solo para ajudar as raízes a em que plantará a árvore a fim de crescerem. A água não deve escoar com determinar a profundidade que deverá ser facilidade. usada no plantio. Estique um barbante e prenda-o em dois Plante uma fileira de vegetais por pedaços de pau fincados no chão para semana, para estender o tempo de ajudar a fazer fileiras retas. colheita. 26-b, Dicas para o plantio de árvores, verduras e legumes. 189
  • 203. Lição 26 As árvores frutíferas e as parreiras dão fruto todos os anos, ou um ano sim outro não. Elas não precisam ser plantadas todos os anos, como as verduras. Entretanto, podem não dar fruto, a não ser depois de vários anos de plantio. Devemos plantá-las o quanto antes, de modo que tenhamos frutas quando mais necessitarmos delas. Cada árvore, parreira e arvoredo exige uma quantia certa de água. Devemos também combater as pragas e pestes. Algumas árvores crescem muito mais do que outras e, antes de plantá-las, devemos saber qual o espaço que precisam, quando completamente adultas. Discuta quais as árvores frutíferas, vinhedos e arvoredos que produzem bem em sua área. Converse a respeito do plantio e cuidado que deve ser dispensado a cada um. Plantar Hortas Mostre a gravura 26-c, “Uma família trabalhando em sua horta”. O Presidente Kimball pediu que cada família plante uma horta. As hortas nos dão alimento fresco, bem como alimento extra, que poderá ser posto em conserva e armazenado. A lição 25 deste manual, “O Cultivo de Hortas”, fala sobre esse assunto. Fazer Conservas Mostre a gravura 26-d, “O alimento pode ser armazenado em conservas ou desidratado para ser usado quando houver escassez de alimento fresco”. Há vários anos, nossos profetas pedem que façamos conservas e armazenemos nosso próprio alimento, sempre que o pudermos fazer legalmente. Precisamos armazenar alimento para o caso de chegar o dia em que nenhum outro alimento possa ser conseguido. Quando um furacão atingiu Honduras, no outono de 1974, os membros da Igreja sentiram-se agradecidos por terem desidratado e armazenado seu próprio alimento. Poucos meses antes da catástrofe, o presidente da missão prevenira os santos sobre a sua possibilidade e os concitou a começarem um programa de armazenamento. O feijão, a farinha, o arroz e outros produtos que armazenaram salvaram os santos da fome. (Ver Bruce Chapman, “Hurricane in Honduras”, New Era, janeiro de 1975 pp. 30–31.) Para armazenarmos nosso próprio alimento, podemos: 1. Armazená-lo debaixo da terra. Esse método só é bom no caso de alguns vegetais com raízes e de certas verduras, não havendo muita chuva ou boa drenagem. 2. Desidratá-lo. Use um desidratador de alimentos ou, durante o tempo quente e seco, seque as frutas e legumes ao sol. Neste caso, os alimentos devem ser protegidos das moscas e outros insetos e cobertos ou recolhidos para dentro quando chover. 190
  • 204. 26-c, Uma família trabalhando em sua horta. 191
  • 205. 26-d, O alimento pode ser armazenado em conservas ou desidratado para ser usado quando houver escassez de alimento fresco. 192
  • 206. Lição 26 3. Fazer Conservas. Esse método é simples, mas perigoso se feito inadequadamente. Quando feito corretamente, é uma boa maneira de armazenar o alimento e manter o seu sabor. O processamento adequado exige pelo menos um vasilhame bem grande (tipo panela de pressão). (O equipamento pode ser partilhado entre várias famílias). Esse método exige que os vidros sejam protegidos, para não se quebrarem. 4. Salgá-lo ou colocá-lo em salmoura. (Colocar em salmoura significa conservá-lo em água limpa e salgada.) Esse é um método barato de se fazer conserva de legumes e carne. Exige pouco ou nenhum equipamento. Discuta os métodos tradicionais de se armazenar alimentos em sua área. Converse a respeito de novos métodos que as irmãs possam aprender. Costurar e Remendar Mostre a gravura 26-e, “Utensílios usados para costurar, cozinhar e fazer consertos”. Devemos aprender a costurar e remendar nossa própria roupa. A fim de estarmos preparados para os tempos de necessidade, devemos também aprender a consertar ou confeccionar roupas novas com vestuários velhos. É uma boa idéia armazenar tecidos para fazer roupa, no caso de escassez. Podemos aprender a fazer muitas coisas além de vestuário: roupas de cama, cortinas e tapetes, toalhas, capas para móveis etc. Também podemos aprender outras coisas, tais como tecelagem, fazer acolchoados, tricô, croché etc. Todas essas coisas podem embelezar nosso vestuário e nosso lar. O que podemos costurar ou fazer para nosso lar? Fazer ou Confeccionar Coisas Necessárias Se tivéssemos que enfrentar uma catástrofe natural, deveríamos estar preparadas para cozinhar, aquecer nosso alimento e nosso lar, tomar banho, lavar nossa roupa, limpar nossa casa e os arredores. Podemos aprender a fazer sabão com os materiais que temos em casa. Quando permitido por lei, devemos armazenar combustível, desde que seja guardado em local seguro numa área protegida. Em caso de emergência, também podemos ter que enfrentar a necessidade de reconstruir nosso lar, celeiros ou currais. É importante que os membros da família aprendam a trabalhar com madeira e outros materiais e a usar ferramentas, pois assim poderão fazer e consertar suas coisas. Você conhece pessoas que possuam tais habilidades onde moramos? Como nós e os membros de nossa família podemos aprender essas coisas? 193
  • 207. 26-e, Utensílios usados para costurar, cozinhar e fazer consertos. 194
  • 208. Lição 26 Consertar e Manter em Ordem Nossas Propriedades Queremos economizar tempo e dinheiro para não ter que depender dos outros. Para podermos conseguir isso, devemos aprender a consertar e manter em ordem nossas propriedades. Por que é importante que conservemos em bom estado nossas coisas? Como Podemos Aprender as Habilidades que Não Possuímos? A Igreja recomenda que realizemos classes separadas, para o aprendizado de habilidades que nos permitam sermos auto-suficientes. Algumas de nós já aprenderam habilidades que podemos ensinar às outras. Se houver outras coisas que não sabemos, podemos pedir àquelas que saibam, que nos ensinem. Talvez possamos aprender por meio de livros ou revistas, de aulas de administração do lar, de serviços públicos oferecidos na comunidade ou de programas escolares. Peça às irmãs que falem sobre o que sabem fazer e incentive-as a ensinarem às outras irmãs. Explique onde elas poderiam ir na comunidade a fim de aprender essas e outras habilidades. Como podemos ajudar e incentivar nossos filhos a aprenderem coisas úteis? Mesmo nos tempos do Velho Testamento, o Senhor encorajou Seu povo a ser auto-suficiente e independente. O livro de Provérbios, capítulo 31, descreve uma boa dona-de-casa como alguém que usa sua habilidade para cuidar da casa: “Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos. (…) (…) Planta uma vinha com o fruto de suas mãos. (…) Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca. Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado. Não teme a neve, na sua casa, porque toda a sua família está vestida.(…) Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça”. (Provérbios 31:13,16, 19–21, 27) Conclusão O Senhor planejou de modo que os problemas e as dificuldades façam parte de nossas experiências terrenas, mas Ele é misericordioso para conosco. Ele providencia formas de resolvermos tais problemas. Por meio de Seus profetas, o Senhor aconselhou-nos a aprender a prover à nossa própria subsistência. Se seguirmos esse conselho, não temeremos os tempos difíceis, porque estaremos preparados. O Senhor disse: “Se estiverdes preparados, não temereis”. (D&C 38:30) 195
  • 209. Lição 26 Desafio Decida quais são as coisas que você e sua família precisam aprender. Comece desde já a aprender e praticar pelo menos uma dessas coisas. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Descubra de que forma as irmãs podem aprender habilidades domésticas, seja em aulas comunitárias ou em aulas extras na Igreja, em que os professores sejam pessoas capacitadas. 2. Verifique nas várias instituições do governo (Secretaria da Agricultura ou Casa da Lavoura) ou consulte uma outra pessoa experiente, procurando descobrir o seguinte: a. Quais os tipos de animais criados em sua localidade e quais são os mais fáceis de criar. b. Quais as árvores frutíferas, parreiras e arvoredos que crescem bem em sua área, e o cuidado de que necessitam. c. Se existem aulas de corte e costura à disposição. Caso contrário, quem pode ensinar costura aos membros da classe. d. Se existem à disposição aulas para os membros da família aprenderem a construir casas, móveis e outros itens necessários. Caso não haja, tente descobrir pessoas que possuam tais habilidades e estejam dispostas a ensiná-las. 3. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 196
  • 211. O DESENVOLVIMENTO DE NOSSOS TALENTOS Lição 27 O propósito desta lição é ajudar-nos a descobrir, desenvolver e usar os talentos individuais e habilidades que nos foram dados por nosso Pai Celestial. Todos Possuem Talentos e Habilidades O Presidente Spencer W. Kimball disse: “(…) Deus dotou-nos com talentos e tempo, com habilidades latentes e com oportunidades para usá-las e desenvolvê-las em Seu serviço. Ele, portanto, espera muito de nós, Seus filhos privilegiados”. [O Milagre do Perdão (1969), reimpresso em 1999, capítulo 7, p. 100] Se alguém perguntasse quais os talentos que possuímos, como responderíamos? Algumas de nós podem pensar que não têm talentos. Podemos não ser criativas nas áreas artísticas, como canto, dança, ou expressão escrita, mas podemos ter habilidades que não reconhecemos como talentos. Podemos possuir talentos especiais para organizar, fazer amigos, levar a paz, ensinar os outros ou cuidar de crianças. Ana, uma adolescente, sentia-se infeliz porque não possuía os talentos de suas irmãs mais velhas. Não recebia a mesma atenção e os mesmos elogios que elas. Em lágrimas, dirigiu-se à sua tia Susana, dizendo entre soluços: “Ninguém gosta de mim. Não sei fazer nada que preste”. Depois de acalmar Ana e pensar por um instante, sua tia respondeu: “Posso entender o que você sente, querida. Não é fácil viver com duas irmãs mais velhas tão populares e talentosas, pois isso pode fazer com que a gente se sinta inferior”. E acrescentou: “Ana, nosso Pai Celestial teve o grande cuidado de criar cada uma de nós individualmente. Não tente ser igual aos outros. Seja agradecida por seus próprios talentos e dons e faça o que puder para cultivá-los”. Tia Susana explicou que, graças à grande habilidade da jovem para cuidar de crianças, ela era considerada uma babá ideal. E continuou: “Tenho ouvido sua mãe dizer que você sempre faz bem e com boa vontade o trabalho que lhe é dado, e que isso contribui muito para tornar o seu lar um lugar melhor. 198
  • 212. Lição 27 Você já pensou, Ana, que quando alguém fica doente, você sabe exatamente o que fazer para lhe dar o máximo de consolo? Quando eu estive doente, foi você quem me ajudou, fazendo minhas compras, trazendo flores frescas para colocar ao lado de minha cama e me consolando com suas visitas. Você tem a mente alerta e sadia, Ana. (…) Você gosta de ir à escola e de dar o melhor de si em seus estudos. (…) Você possui muitos dons e talentos que a tornam especial, sendo bem assim como é”. Em seguida, a tia Susana perguntou à jovem se sabia que não existem dois diamantes iguais, e explicou ser essa razão por que o diamante é um dos bens terrenos de maior valor. Não há dois diamantes iguais, mas todos eles são jóias. Nunca se esqueça de que você é uma jóia, Ana”. [Ver Daryl V. Hoole e Donette V. Ockey, With Sugar’n Spice (1966), pp. 19–21.] Nossos talentos e habilidades são dons de nosso Pai Celestial. Toda pessoa possui alguns desses dons. Como Descobrir e Desenvolver Nossos Talentos É essencial que descubramos e desenvolvamos nossos talentos. O apóstolo Paulo disse: “Não desprezes o dom que há em ti”. (I Timóteo 4:14) No entanto, descobrir e melhorar nossos talentos exige esforço. Como podemos descobri-los? Devemos orar, pedindo que nosso Pai Celestial nos guie ao procurarmos e tentarmos descobrir nossos talentos individuais. Podemos pedir a bênção especial para ajudar-nos a reconhecê-los. Se já fomos designadas para chamados na igreja, talvez alguns de nossos talentos tenham sido mencionados nessa ocasião, ou quando fomos desobrigadas. Podemos perguntar a nós mesmas: “Que qualidades tenho que me ajudaram a dar uma aula, proferir um discurso, trabalhar em um comitê, ou ajudar a planejar uma festa?” Devemos observar a vida daqueles a quem admiramos e então verificar por nós mesmas se temos algumas de suas boas qualidades, mesmo que em pequena extensão. Nossos pais ou outros parentes, amigos e professores, podem sempre nos ajudar a reconhecer e desenvolver nossos talentos. Onde existem estacas da Igreja, os membros dignos podem receber bênçãos do patriarca da estaca. Dons e talentos especiais são freqüentemente revelados na bênção patriarcal. Podemos usá-la como guia ao procurarmos e ao desenvolvermos nossos talentos. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Esperamos que todas as pessoas, incluindo os jovens, tenham a oportunidade de receber uma bênção patriarcal”. (“Os Fundamentos da Retidão”, A Liahona, fevereiro de 1978, p. 4) A irmã Nancy Seljestad, de Homer, Alaska, contou como descobriu seus talentos. Ela pedira ao marido que lhe desse uma bênção especial. Durante essa bênção, ele foi inspirado a dizer-lhe que, se ela não desenvolvesse logo os seus talentos, eles lhe seriam tirados e dados a outrem. 199
  • 213. Lição 27 Disse ela: “Fiquei chocada, amedrontada e bastante humilhada. Fez-me pensar! (…) Eu não parecia ter nenhum talento evidente. Como podia desenvolver o que não era capaz de reconhecer? Enterrados em algum lugar, dentro de mim, devia haver uma fonte inexplorada de dons desconhecidos, intatos, sem uso. (…) Como membro novo da Igreja, vejo pessoas talentosas que são membros desde que nasceram e que há muitos anos desenvolvem seus talentos em música, literatura e oratória. Entretanto, eu não possuía nenhum desses talentos. Subitamente, minha visão se abriu. Eu podia agir de acordo com os meus desejos e interesses, e, portanto, revelar e usar os meus talentos em menor proporção. Por meio da meditação e da oração, descobri que os meus desejos e interesses eram: Pessoas: Decidi levar avante as boas intenções que sempre tive, mas que raramente pusera em prática antes, a fim de tornar os outros mais felizes. Para começar, fiz uma torta para um menininho cuja mãe estava viajando. Música: Eu não sei ler notas ou tocar um instrumento, porém gosto muito de música. Entrei em contato com uma irmã que possui talento musical e lhe disse: ‘Eu gostaria de cantar um dueto com você’. Teatro: Ofereci-me para ser a encarregada de uma ‘Noite de Teatro’, cuja renda seria dada aos jovens de nosso ramo, para ajudá-los em sua excursão ao templo. Arte de escrever: Muitas vezes, quando me sinto tocada por algo que alguém diz ou faz, decido colocar meus sentimentos no papel no momento em que acontecem, enviando-os à pessoa que me inspirou.(…) Provavelmente nunca serei famosa. (…) Porém, o que é meu pode ser partilhado com aqueles que me são caros—minha família, os membros de nosso ramo, nossos vizinhos. Pequenos, talvez, porém de possível desenvolvimento, preciosos e dados por Deus—meus próprios talentos”. (“I Dug Up My Talents”, Ensign, março de 1976, p. 31) Nossos talentos podem ser pequenos de início, mas, com esforço, podem crescer. Ao desenvolvermos um talento, sempre propiciamos o desenvolvimento de outros. Treinamento especial ou educação formal nos ajudam a desenvolver muitas habilidades. Quando sobrepujamos dificuldades especiais ou deficiências, também podemos desenvolver novos talentos. Como membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, temos muitas oportunidades de descobrir e desenvolver novos talentos, quando aceitamos chamados. Muitas de nós somos chamadas, não por causa daquilo que podemos fazer, mas 200
  • 214. Lição 27 por aquilo que podemos nos tornar. O Élder Franklin D. Richards disse: “Freqüentemente, quando uma pessoa é chamada para aceitar uma responsabilidade na Igreja, acha-se propensa a dizer: ‘Ora, eu não sou capaz disso, não tenho a experiência daquela pessoa que está ocupando a posição!’ Mas com fé, estudo, esforço e oração, o Senhor nos tornará possíveis coisas que pareciam impossíveis”. (“A Edificação do Reino”, A Liahona, maio de 1975, p. 26) A irmã Maria Teresa P. de Paredes, mulher do ex-presidente da Missão de Veracruz México, testificou: “Sempre que uma mulher é ativa na Igreja, desenvolve talentos surpreendentes, que nem sequer sabia que possuía. Por meio do estudo do evangelho e da aplicação de princípios corretos à sua vida diária, ela se transforma numa mulher melhor, mais capaz de cumprir sua mordomia em seu lar e ajudar sua família e a comunidade”. (Citado por Carol Larsen, “The Gospel Counterculture”, Ensign, março de 1977, p. 23) O Presidente Brigham Young disse: “Todas as realizações, o mais alto refinamento, todas as conquistas no campo da matemática, música, ciência ou arte pertencem aos santos”. [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p. 252] O Presidente Spencer W. Kimball previu o dia em que os membros da Igreja seriam grandes artistas e peritos profissionais. Desafiou-nos a procurarmos a excelência no desenvolvimento de nossos talentos e habilidades. Ele nos advertiu a não ficarmos satisfeitos com o “bom”, mas trabalharmos para conseguir o “excelente”. Lembrou-nos de que aqueles que desenvolvem seus talentos com a ajuda do Espírito Santo, devem conseguir resultados superiores. (Ver “As Artes Vistas do Plano do Evangelho, A Liahona, abril de 1978, p. 2.) Mostre as gravuras 27-a, “Uma mulher usando um tear manual”, e 27-b, “Uma mulher aprendendo a tocar violão”. Devemos Usar Nossos Talentos, ou Iremos Perdê-los Depois de termos descoberto e desenvolvido nossos talentos, o Senhor espera que os usemos; caso contrário, acabaremos por perdê-los. O Senhor advertiu-nos: “Com alguns, porém, não estou satisfeito, porque não abrem a boca; mas escondem o talento que lhes dei, por causa do temor aos homens. Ai desses, porque contra eles está acesa a minha ira. E acontecerá que, se não forem mais fiéis a mim, deles será tirado até aquilo que têm”. (D&C 60:2–3) O Élder Richard L. Evans contou que certa mãe estava preocupada com o que sua filha estava ou não fazendo com os seus talentos e oportunidades. Certo dia, disse-lhe: “Eu lhe dei a vida. Agora veja o 201
  • 215. Lição 27 que você faz com ela!” O Élder Evans então disse: “Podemos imaginar o Pai de nós todos dizendo a mesma coisa: ‘Eu lhe dei a vida. Agora veja o que faz com ela! Espero que você faça o máximo. Dei-lhe tempo, inteligência, uma boa terra e tudo o que ela oferece—agora use tudo isso!’” (Conference Report, outubro de 1970, pp. 86–87; Improvement Era, dezembro de 1970, p. 88) A quantidade de talentos que temos é menos importante que a maneira como os usamos. O Senhor disse: “(…) a quem muito é dado, muito é exigido (…)”. (D&C 82:3) Conseguimos Felicidade por meio do Uso Correto dos Talentos O Senhor disse: “(…) procurai com zelo os melhores dons, lembrando sempre por que são dados; (…) Pois em verdade vos digo: Eles são dados (…) para que sejam beneficiados todos os que (…) me pedem e que pedem não um sinal para satisfazer suas concupiscências”. (D&C 46:8–9) Os talentos e habilidades devem ajudar os outros, bem como a nós mesmas. Mostramos nossa gratidão ao Pai Celestial quando os utilizamos para iluminar, edificar e elevar os outros. Devemos usá-los para ensinar crianças e jovens e para inspirá-los a se esforçarem mais. Nossa família é abençoada quando usamos nossas habilidades em nosso lar. Ao aprendermos a costurar, cozinhar e manter nossa casa em ordem, podemos embelezar nossa vida e suavizar a carga alheia. Ao desenvolvermos uma natureza bondosa e amorosa, trazemos paz e harmonia ao nosso lar. Podemos estender nossos talentos para abençoar a vizinhança em que vivemos. Podemos levar alegria aos amigos que nos cercam, sempre que ajudarmos aqueles que de nós necessitam. Infelizmente, algumas pessoas descobrem um talento, desenvolvem-no bem, mas usam-no de um modo que não ajuda os outros. Aliás, existem aqueles que usam seus talentos para promover a injustiça. A pessoa que possui uma bela voz pode usá-la para cantar canções imorais. Outra, que tem o dom de escrever poesias inspiradoras, pode usar seu talento indevidamente, escrevendo literatura pornográfica. Um orador ou professor talentoso pode levar outros ao pecado. “O talento sem caráter deve ser mais temido do que estimado.” [Richard L. Evans, Thoughts for One Hundred Days (1966), p. 208] Noutra parte desta lição, falamos sobre a irmã Seljestad, que descobriu e desenvolveu diversos talentos novos. O presidente do ramo da irmã Seljestad pediu-lhe que fosse a diretora de relações públicas de seu ramo. Isso lhe deu a oportunidade de usar alguns de seus talentos recém-adquiridos. Ela entrou em contato com o editor do jornal local e 202
  • 216. 27-a, Uma mulher usando um tear manual. 203
  • 217. 27-b, Uma mulher aprendendo a tocar violão. 204
  • 218. Lição 27 ofereceu-se para escrever semanalmente uma coluna sobre religião. Isso lhe deu a oportunidade de conhecer e trabalhar com líderes de outras igrejas. Graças a essa coluna, disse ela, “tenho conseguido desfazer muitos mitos sobre a Igreja e distribuir exemplares do Livro de Mórmon”. (Ver “Calling Inspires New Talent, Church News, fevereiro de 1978, p. 14) O Élder Boyd K. Packer fez este desafio: “Portanto, comecem a trabalhar, vocês que possuem dons; cultivem-nos. Desenvolvam-nos de todas as formas. Se vocês possuem a habilidade e o desejo, procurem seguir uma carreira, empreguem seu talento como distração ou cultivem-no como passatempo. De qualquer maneira, usem-no para ajudar os outros. Estabeleçam um padrão de excelência. (…) Nunca usem seus dons indignamente”. [“The Arts and the Spirit of the Lord”, Speeches of the Year, 1976, p. 280; (1977), p. 280] Conclusão Todos nós somos abençoadas com talentos e habilidades e com oportunidades de desenvolvê-los. O Pai Eterno espera que usemos nossos talentos para o benefício de outros, bem como para o nosso. Podemos ter muita alegria e proporcionar a felicidade aos que nos cercam quando usamos nossos talentos com propósitos justos. Quando os usamos corretamente, eles se expandem e desenvolvemos novas habilidades, por meio de novas oportunidades. É importante que nos lembremos de que nossos talentos são dons de Deus, e que somos responsabilizadas pelo que fazemos com eles. Desafio Examine seus interesses, procurando um novo talento e depois desenvolva-o. Encoraje os membros de sua família a descobrir e desenvolver seus talentos. Escritura Adicional Mateus 25:14–30 (parábola dos talentos) Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capitulo 34, “Desenvolver Nossos Talentos”. 2. Designe às irmãs a apresentação das histórias, escrituras e citações da lição. 205
  • 219. O DESENVOLVIMENTO DE NOSSAS HABILIDADES PROFISSIONAIS Lição 28 O propósito desta lição é inspirar-nos a encontrar e desenvolver nossas habilidades profissionais. Às Vezes as Mulheres Precisam Trabalhar Fora Em muitas famílias, o marido trabalha para cuidar das necessidades da família. Entretanto, nem sempre é esse o caso. As mulheres também devem estar preparadas para trabalhar. Muitas mulheres trabalham para prover sua sobrevivência, e outras ainda para sustentar sua família além de si mesmas. Quais são algumas das razões por que uma mulher precisa trabalhar? Escreva as respostas no quadro-negro e converse com as irmãs a esse respeito. Inclua também as seguintes idéias: Seu marido ou pai faleceram. Seu marido ou pai estão incapacitados, devido à doença ou acidente. É solteira e tem que prover o seu próprio sustento. As necessidades básicas da família não estão sendo supridas com um só salário. Enfermidades inesperadas ou outra dificuldade criam a necessidade de ganho extra. As Mulheres Devem-se Preparar para um Emprego As mulheres devem-se qualificar tanto para cuidar da casa como para ganhar o suficiente para sustentar a si mesma e à sua família. “A mulher solteira sente-se sempre mais feliz, se tiver uma profissão com a qual sinta-se socialmente integrada para prestar serviços à sociedade e tornar-se financeiramente independente. (…) Toda a mulher casada pode ficar viúva repentinamente. A perda dos bens terrenos podem ocorrer de forma tão súbita quanto a morte do marido. Assim, toda a mulher pode-se ver obrigada a ganhar o seu próprio sustento e ajudar a sustentar os filhos dependentes. Se ela foi treinada para os deveres e emergências da vida, será muito mais feliz e terá 206
  • 220. Lição 28 muito maior segurança.” (Camilla Kimball, “A Woman’s Preparation”, Ensign, março de 1977, p. 59) As mães são incentivadas a cuidar dos filhos e a tornar essa a sua principal ocupação, principalmente quando são pequenos; mas, elas ainda assim devem-se preparar para ganhar a vida fora de casa. Antes de uma mãe de filhos pequenos pensar em trabalhar fora de casa para cuidar das necessidades básicas de sua família, ela deve certificar-se da validade de tais necessidades. Deve ver se tais necessidades podem ser supridas por meio de um orçamento cuidadoso e da produção doméstica, e deve-se esforçar para ficar em casa com os filhos. “As mães que possuem crianças pequenas, devem devotar suas energias ao companheirismo e educação de seus filhos e ao cuidado de sua família, e não devem procurar emprego fora de casa, a menos que não haja outra forma de atender às necessidades básicas da família.” (Carta da Primeira Presidência a Neal A. Maxwell e Dallin H. Oaks; citada por Dallin H. Oaks, “Insights”, Ensign, março de 1975, p. 56.) Mostre a gravura 28-a, “Uma mulher ajudando o marido doente”. A mãe que subitamente descobre que precisa trabalhar para sustentar sua família, além de realizar seus deveres domésticos, tem grande necessidade de preparo. Se ela já se preparou com antecedência, melhores oportunidades estarão à sua disposição e ela pode conseguir um emprego mais rapidamente. Não devemos esperar que o governo ou alguma instituição cuide de nossas necessidades, se pudermos trabalhar. O Bispo Victor L. Brown disse: “Uma esmola ou algo que se consegue em troca de nada, fomenta a ociosidade e dependência e destrói o respeito próprio. “O “modo” do Senhor destina-se ajudar-nos a satisfazer nossas próprias necessidades”. (“A Igreja e a Família nos Serviços de Bem- Estar”, A Liahona, agosto de 1976, p. 99) Como Devemos Preparar-nos para um Emprego Discuta as seguintes maneiras por meio das quais as mulheres podem-se preparar para um emprego. Encorage as alunas a fornecerem mais sugestões. As mulheres e jovens solteiras podem: 1. Estabelecer uma meta para uma carreira e conseguir a educação e treinamento necessários. 2. Fazer um curso prático noturno (secretariado etc.), a fim de se preparar para um emprego. 3. Procurar um emprego para ganhar experiência e desenvolver uma habilidade. 207
  • 221. Lição 28 4. Procurar educar-se, a fim de se preparar para suas responsabilidades como esposa e mãe. 5. Prestar trabalho voluntário em hospitais, na comunidade, nas escolas etc. 6. Aprender técnicas que possam ser usadas no lar e que rendam dinheiro. Existem oportunidades de trabalho de meio expediente em sua localidade? Existem cursos que possam melhorar a sua educação? As mulheres casadas que atualmente não precisam trabalhar fora de casa podem: 1. Fazer cursos que as preparem para um emprego. 2. Consultar escolas e departamentos locais buscando informações e orientação sobre empregos e oportunidades de trabalho. 3. Prestar serviços voluntários que ajudem a desenvolver sua capacidade de trabalho. Naturalmente, nenhuma dessas atividades deve impedir a mãe de atender as necessidades familiares. Em vez disso, ela deve procurar coisas que a ajudem a tornar-se melhor mãe e dona-de-casa. Uma aula de administração financeira, por exemplo, poderia ajudá-la a encontrar meios de administrar melhor o orçamento da família. Quais seriam outras maneiras de preparar-nos para um emprego? Uma irmã na América Central ficou viúva quando seu filho mais novo tinha menos que um ano de idade. A princípio, ela sentiu-se desesperadamente só. Com três crianças pequenas para sustentar, ela sabia que precisaria aprender algumas técnicas de trabalho. Matriculou-se numa escola para aprender corte e costura a fim de trabalhar em casa e ao mesmo tempo ficar com seus filhos. Ela se aprimorou tanto nessa arte, que mais tarde foi convidada a ensinar costura em instituições governamentais. Como resultado de seus esforços e de um orçamento bem planejado, seus três filhos puderam freqüentar boas escolas e por fim tornarem-se professores. Essa irmã é uma das muitas mulheres que encontraram uma forma de desenvolver seus talentos, usando-os em seu próprio benefício no trabalho. Quando procuramos aprender um trabalho, devemos decidir o que realmente gostamos de fazer, e se possível, selecionar algo que nos interesse. Em seguida, devemos aprender tudo o que pudermos a respeito. Por exemplo: Se decidirmos produzir algo em casa, devemos continuar tentando, até encontrar algo que venda bem e possa render bom lucro. Podemos mostrar nossos trabalhos para os amigos, vizinhos e parentes, e expô-los em todos os lugares que pudermos. Sempre devemos orar pedindo ajuda ao tomarmos uma decisão. 208
  • 222. 28-a Uma mulher ajudando o marido doente. 209
  • 223. 28-b, Uma mulher ganhando dinheiro em casa como cabeleireira. 210
  • 224. Lição 28 Devemos pedir ao Pai Celestial que nos guie, a fim de podermos encontrar meios de nos preparar. “Em vez de procurar saber o que o Senhor fará por nós, perguntemos a Ele o que podemos fazer em nosso próprio benefício.” [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p. 293] Como Ganhar Dinheiro em Casa Mostre as gravuras 28-b, “Uma mulher ganhando dinheiro em casa como cabeleireira”; e 28-c, “Pães e doces caseiros também podem ser vendidos”. Muitas mulheres descobriram meios de usar seus talentos e interesses para ganhar dinheiro em casa, o que é realmente bom, quando a mãe tem crianças pequenas e precisa trabalhar. Eis algumas maneiras de as mulheres ganharem dinheiro em casa: 1. Costura: Roupas de criança e adultos, cortinas, vestidos de noiva, uniformes, roupas de cama e mesa, bichinhos de feltro e pelúcia, bonecas ou roupas para bonecas. 2. Artesanato: Bordados, tricô, croché, colchas, acolchoados, flores e arranjos; manufatura de bijuterias, pintura em louça ou tecido, macramé, tecelagem etc. 3. Culinária: Decoração de bolos, bolos de casamento e aniversário, pães, balas, doces, salgadinhos, lanches escolares, etc. 4. Cuidado de Crianças: Cuidar de crianças de mães que trabalham fora ou cuidar de crianças em casa. 5. Cultivo de hortas e venda dos produtos: Produtos frescos, produzidos em casa, são sempre desejados e vendem bem. Algumas mulheres que moram em chácaras, ou casas com quintais grandes, fazem e vendem geléias e compotas de frutas da região. 6. Ensino de música, dança e pintura. 7. Assistência aos velhinhos. 8. Aulas particulares para estudantes. 9. Contribuição com artigos para jornais e revistas. 10. Digitação ou trabalhos de contabilidade. 11. Vendas por telefone. 12. Venda e aluguel de imóveis. 13. Aluguel de cômodos da casa. 14. Assistência a crianças portadoras de deficiências. 15. Cuidados com animais. 16. Serviços de cabeleireira ou manicure. 211
  • 225. 28-c, “Pães e doces caseiros também podem ser vendidos”. 212
  • 226. Lição 28 Devemos compreender e obedecer a quaisquer requisitos legais referentes a licenças de trabalho em casa. Quais são algumas outras maneiras de ganharmos dinheiro em casa? Por que é bom que desenvolvamos nossos talentos, mesmo que nunca tenhamos que trabalhar fora? Conclusão Foi-nos dito que devemos sustentar-nos. As escrituras nos advertem de que não devemos ser preguiçosos. (Ver D&C 42:42.) Os líderes da Igreja têm-nos incentivado repetidamente, dizendo-nos que devemos cuidar de nossas próprias necessidades. Por que é importante cuidarmos de nossas próprias necessidades? Por que não devemos depender dos outros para tal? Todas nós devemos estar preparadas para cuidar de nós mesmas e de nossos familiares, e começar desde cedo a desenvolver nossos talentos. Devemos qualificar-nos para ganhar a vida, se for necessário. Devemos encontrar modos de ganhar dinheiro, usando nossos talentos de maneira que nos proporcionem satisfação e segurança. Se tivermos que trabalhar, devemos reunir informações úteis sobre oportunidades de emprego, conseguir o treinamento e a experiência necessários e orar antes de tomarmos uma decisão. O Presidente Marion G. Romney disse que cada um de nós deve trabalhar por sua própria salvação, tanto nas coisas terrenas como espirituais. Ele salientou que aqueles que passam por necessidades, “podem ser exaltados somente quando lhes for permitido alcançar independência e auto- respeito por meio de sua própria industriosidade e poupança”. (“A Meu Próprio Modo”, A Liahona, fevereiro de 1977, p. 118) Desafio Relacione os talentos e habilidades que possam ajudar a sustentar sua família. Escolha pelo menos uma delas e tente melhorá-la. Comece a desenvolver essa habilidade por meio de experiências práticas, aulas, lições ou serviço voluntário. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Examine a lição 27, “O Desenvolvimento de Nossos Talentos”. 2. (Opcional) Junte alguns artigos feitos por mulheres de sua localidade e faça uma exposição dos mesmos em sua sala de aula. 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 213
  • 227. COMO ENSINAR A NOSSA FAMÍLIA O VALOR DO TRABALHO E A RESPONSABILIDADE Lição 29 O propósito desta lição é ajudar-nos a ensinar aos nossos familiares o respeito pelo trabalho e sua responsabilidade para com a família. Privilégio do Trabalho “Um jornal de Miami entrevistou um velho pastor de ovelhas, cuja idade constava ser de 165, chamado Shirali Mislimov. Ele nasceu e passou a vida inteira nas montanhas do Cáucaso, na região entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. (…) Mislimov na época ainda cortava lenha. “Estou convencido de que o ocioso não vive muito”, declarou ao repórter. (…) Dizia o artigo que o ‘velho ainda revolvia a terra ao redor das árvores de um pomar, que replantou várias vezes durante a sua vida. Trabalho constante, o clima da montanha e uma alimentação frugal ajudaram-me a alcançar esta idade avançada’, afirmou Mislimov, que não bebia nem fumava”. (Citado por Wendell J. Ashton, “O Gosto pelo Trabalho”, A Liahona, junho de 1972, p. 19, parágrafos 6–9) Embora a maioria de nós não viva até a idade de 165 anos, devemos valorizar o trabalho pelas bênçãos físicas e espirituais que ele proporciona. O Presidente David O. McKay disse: “Devemos compreender que o privilégio de trabalhar é um dom, que o poder do trabalho é uma bênção, que o amor ao trabalho é sucesso”.(Citado por Franklin D.Richards, “The Gospel of Work”, Improvement Era, dezembro de 1969, p.101) A melhor maneira de se sobrepujar a monotonia e o desapontamento é fazer algum trabalho útil que produza um resultado positivo. Pintar uma cerca, plantar uma horta e cavar um buraco são formas físicas de trabalho. Também é trabalho estudar para exames escolares e cuidar dos outros. Quais são outros tipos de trabalho? Como Ensinar as Crianças a Fazer Trabalho Árduo É importante que as crianças aprendam bons hábitos e atitudes para 214
  • 228. Lição 29 com o trabalho enquanto são pequenas, pois tais hábitos provavelmente ficarão com elas mais tarde. São eles que podem fazer a diferença entre uma vida útil e produtiva e outra vazia e inútil. Por que as crianças devem aprender bons hábitos e atitudes para com o trabalho? O Bispo Vaughn J. Featherstone contou uma história sobre uma senhora que ensinou um menino a trabalhar: Uma aristocrata empregou, certa vez, um menino de 13 anos de idade para tomar conta de seu jardim. Depois da primeira semana, ela lhe explicou: “Existem tantas maneiras de se cortar a grama quanto existem pessoas, podendo as mesmas valer de um centavo a cinco dólares. Vamos dizer que o que você fez hoje seja um trabalho de três dólares. (…) Um trabalho de cinco dólares é (…) bem, é impossível, portanto, vamos esquecê-lo”. Ela permitiu que o menino avaliasse o seu trabalho e decidisse o quanto ela deveria pagar-lhe. Ela lhe pagou por sua primeira semana de trabalho. O menino estava determinado a ganhar quatro dólares na semana seguinte, mas não fez um trabalho que valesse nem mesmo três. Ele trabalhou cuidadosamente e procurou maneiras de fazer com que o jardim tivesse melhor aparência, mas nas próximas semanas, por mais que se esforçasse, não conseguiu fazer um trabalho que valesse mais do que três dólares e meio. Finalmente ele resolveu que em vez de tentar fazer apenas um serviço de quatro dólares, tentaria fazer um de cinco. Pensou em muitas maneiras de tornar o jardim mais belo, e durante todo o dia trabalhou muito, despendendo, ocasionalmente, tempo para descansar. Ele levou muito mais tempo que antes, mas ao terminar, sentiu-se satisfeito, pois sabia que havia feito um trabalho que valia cinco dólares. Depois de inspecionar o jardim cuidadosamente, aquela senhora decidiu que o menino tinha feito o impossível. Elogiou-o por seu trabalho e pagou com alegria os cinco dólares que ele merecia. Muitos anos mais tarde, quando o menino já era um homem adulto, relembrou a importância desta experiência em sua vida: ‘Desde aquela época, há uns 25 anos, sempre que eu me sinto encurralado, sem nenhum horizonte, subitamente aquela palavra, ‘impossível’, aparece diante de mim e eu sinto um novo estímulo, uma transição súbita, e sei que a única maneira possível de resolver meu problema é fazer o que é considerado impossível”. (Conference Report, outubro de 1973, p. 98; Ensign, janeiro de 1974, pp. 84–86, citado por Richard Thurman, “The Countess and the Impossible”, Reader’s Digest, junho de 1958.) As crianças sempre acham que é impossível fazer o melhor possível, mas, como mostra essa história, podemos desafiá-las a fazer um pouco 215
  • 229. Lição 29 melhor do que antes. Precisamos também elogiá-las por seu trabalho bem feito e pelo bom progresso alcançado, para que não se sintam desencorajadas. Como podemos desafiar e encorajar nossos filhos a sairem-se bem na escola? Peça a uma irmã que conte como incentivam seus filhos a conseguir sucesso em outros campos além do escolar, como música, artes ou esportes. O Trabalho Contribui para o Sucesso Familiar Mostre a gravura 29-a, “Mãe ensinando a filha a trabalhar na cozinha”. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Cremos no benefício do trabalho para nós próprios e nossos filhos. (…) Deveríamos ensinar nossos filhos a trabalhar, e eles deveriam aprender a compartilhar as responsabilidades domésticas. Devem ser encarregados de conservar a casa limpa e em ordem, mesmo que seja modesta. As crianças podem ser encarregadas também de cuidar da horta”. (A Liahona, agosto de 1976, p. 3) Como o trabalho realizado em prol da família ajuda a criança a desenvolver um senso de responsabilidade? Certos pais acham que tiveram que trabalhar muito quando eram jovens, e não querem que seus filhos passem pela mesma experiência; por isso não pedem a ajuda deles nas tarefas caseiras. Outros acham que as crianças são muito pequenas ou que não têm a capacidade de ajudar. Muitos outros, porém, acham que é importante que os filhos ajudem em casa. Quais os resultados de tais atitudes para com o trabalho? Podemos ficar imaginando como ajudar as crianças a aprenderem a alegria do trabalho e a sentirem-se responsáveis para com a família. Cada família está numa situação diferente, mas as crianças podem aprender a trabalhar e a tomar responsabilidades sobre si de diversas maneiras. Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no quadro-negro. 1. Ensine seus filhos a cuidar de alguns de seus próprios pertences. 2. Peça às crianças mais velhas que ensinem e cuidem das menores. 3. Ensine-as a ajudar a cuidar de um negócio da família. 4. Organize projetos de trabalho em família. Ensine Seus Filhos a Cuidar de Alguns de Seus Próprios Pertences 216
  • 230. 29-a, Mãe ensinando a filha a trabalhar na cozinha. 217
  • 231. 29-b, Um menino ajudando a irmã a servir-se de leite. 218
  • 232. Lição 29 Devemos ensinar as crianças a guardar as coisas depois que tiverem terminado de usá-las, e a cuidar de suas roupas. Algum dia elas terão que ensinar essas tarefas a seus próprios filhos ou ter que fazer elas mesmas o serviço. Todas as crianças precisam aprender a ser auto- suficientes e a desenvolver atitudes positivas a respeito do trabalho, e a aprender as lições que ele nos ensina. Quais são as maneiras específicas de ensinar as crianças a cuidarem de seus próprios pertences? Peça às Crianças Mais Velhas que Ensinem e Cuidem das Menores Mostre a gravura 29-b, “Um menino ajudando a irmã a servir-se de leite”. As crianças mais velhas devem ser ensinadas a sentirem-se parcialmente responsáveis por seus irmãos mais novos. Elas podem cuidar deles quando os pais tiverem que sair, podem ler, cantar, brincar e entreter seus irmãos, acima de tudo, as crianças mais velhas devem dar um bom exemplo. O Élder Adney Y. Komatsu falou-nos sobre o poder do exemplo: “Recentemente, em uma reunião de jejum e testemunho, um jovem prestou seu testemunho pela primeira vez desde que havia entrado para a Igreja. Ele tocou o coração de todos os presentes, quando disse: ‘Meu irmão tem sido um exemplo maravilhoso para mim. Notei uma grande mudança em sua vida, quando ele começou a magnificar o seu chamado no sacerdócio. Sei que meu irmão foi chamado por Deus para o cargo que ocupa na Igreja. Ele é solidário e trabalha, servindo ao Senhor com diligência, humildade e alegria. Quero ser como ele’”. (Relatório da Conferência de Área da Coréia, agosto de 1977, p, 4) De que outras maneiras as crianças mais velhas podem ajudar as mais novas? Ensine as Crianças a Ajudar a Cuidar de um Negócio da Família. Como membros da família, as crianças devem partilhar do trabalho caseiro. O Presidente Spencer W. Kimball descreveu suas próprias experiências quando jovem: “Sou grato pela experiência de haver aprendido, sob a tutela de meu pai, a lavar arreios com sabão branco e depois engraxá-los para sua conservação. Aprendi a pintar cercas de estacas, o tanque d’água, o galpão dos veículos, o celeiro, a charrete e a carroça e finalmente, a casa. E desde os dias em que senti as mãos esfoladas, jamais me arrependi dessas experiências”. (A Liahona, agosto de 1976, pp. 113–114) A família de WilIy Herrey, de Göteborg, Suécia, fez com que seus sete filhos participassem de um negócio em família, tornando-o um sucesso. “Pai, mãe e filhos—estes entre dez e dezoito anos de idade—entregam jornais antes de o sol nascer. Eles também adestram e vendem cavalos. 219
  • 233. Lição 29 No verão, dirigem uma fazenda de férias em Strömstad, para quatrocentas a seiscentas crianças provenientes da Suécia, Noruega e Finlândia. Quando começa o dia para a maioria das pessoas, os Herrey já estiveram trabalhando durante várias horas. Após o trabalho e horas de estudo, o dia termina com as atividades na Igreja. Nas noites de segunda-feira na reunião familiar—costumam cantar e tocar instrumentos musicais. Eles estão por demais atarefados e interessados na vida para sentirem-se infelizes.” (Edwin O. Haroldsen, “Vidas Transformadas”, A Liahona, novembro de 1971, p. 27) Esses tipos de negócios em família, feitos em conjunto, podem ajudar os filhos a desenvolver um orgulho sadio por sua família e por suas realizações. Eles podem, dessa forma, ganhar o dinheiro necessário para servir numa missão e estudos futuros. Quais são os outros benefícios de se incluir os filhos no negócio da família? Organize Projetos de Trabalho em Família Os projetos familiares podem proporcionar boas experiências e excelentes associações. Centralizando-se nos talentos ou interesses dos membros da família, tais projetos podem ser fonte de diversão para todos. Trabalhando juntos, os filhos e os pais ficam mais unidos e aprendem mais uns sobre os outros. Em determinada família, os pais se preocupavam em fazer com que seus filhos aprendessem o valor do trabalho. Compreenderam, então, que estavam deixando escapar uma oportunidade para o crescimento de seus filhos, empregando um zelador para limpar o consultório do pai. As crianças, entusiasmadas pela oportunidade de receberem um salário mensal, encarregaram-se de limpar o consultório todas as manhãs. O trabalho de equipe tornou-se importante. As meninas limpariam o consultório numa manhã, enquanto os meninos ficavam em casa, para ajudar no trabalho doméstico. No dia seguinte, trocavam de deveres. “O projeto realmente exigiu esforço extra e tempo por parte dos pais, pois a mãe tinha que levar as crianças até o consultório todas as manhãs, mas os benefícios recebidos pelos filhos valeram muito mais do que o esforço extra exigido.” (Ver Elwood R. Peterson, “Family Work Projects for Fun and Profit”, Ensign, junho de 1972, p. 8) Quais foram os benefícios recebidos por esta família por meio do trabalho em equipe? As Crianças Podem Aprender a Gostar do Trabalho Quando as crianças gostam de trabalhar, esforçam-se para fazer o melhor. Aquelas que não gostam de trabalhar, sempre arranjam 220
  • 234. Lição 29 desculpas para nada fazerem. O Presidente N. Eldon Tanner falou sobre dois meninos que trabalhavam como mensageiros na mesma companhia, e mostrou qual a diferença entre os dois: “Um dos meninos se interessava por tudo o que acontecia ao seu redor. (…) Ele queria ser útil e ajudar os outros, aprendendo tudo o que podia sobre o negócio. (…) Tentava ser o melhor mensageiro possível. (…) Poucos meses depois de ter entrado na firma, um dos supervisores, que já o observara, chamou-o e promoveu-o a uma posição de maior responsabilidade. Antes do fim do ano, ele já havia sido promovido novamente, e continuará sendo, graças à sua atitude. Ele estava preparado para caminhar a segunda milha. Estava interessado em sua companhia e queria ser sempre útil e de confiança. O outro menino continuou sendo um mensageiro (…) e, naturalmente, achava que a companhia não gostava dele e do que fazia”. [Seek Ye First the Kingdom of God (1973), pp. 236–237] Qual foi a causa da diferença no sucesso alcançado por esses dois meninos? As crianças apreciarão o seu trabalho, quando sentirem que sua recompensa é a felicidade alheia. O Presidente David O. McKay citou este exemplo: “Já vi jovens que passaram o dia todo ajudando as pessoas em algum projeto familiar ou religioso, tendo como meta o conforto e felicidade de outrem. Lembro-me de que, certa ocasião, uma dessas jovens chegou em casa à tarde, sentindo-se muito cansada. Atirou-se ao sofá e disse: ‘Estou morta! Mas, sabe de uma coisa, esse foi um dos dias mais felizes de minha vida’. Ela havia encontrado alegria no trabalho feito em benefício do próximo. Aprendam a gostar do que fazem. Aprendam a dizer: ‘Esta é a minha obra e minha glória, e não o meu castigo’”. [Stepping Stones to an Abundant Life, comp. Llewelyn R. McKay (1971), pp. 115–116] Se a criança for bem-sucedida, o trabalho ser-lhe-á divertido. Nas primeiras vezes que a criança fizer uma tarefa, um adulto ou outra criança mais velha talvez tenha que ajudá-la, até que ela aprenda a fazê-la sozinha. Deve-se então reconhecer o sucesso da criança e elogiar honestamente os seus esforços. É muito fácil focalizar nossa atenção somente nas coisas que a criança faz de errado, porque queremos que ela faça melhor da outra vez, mas ela geralmente trabalha melhor, quando focalizamos nossa atenção nas coisas que ela faz certo. Podemos fazer com que o trabalho se torne mais agradável, cantando ou até mesmo fazendo dele uma espécie de jogo. Os pais podem recontar histórias sobre sua infância ou sobre seus antepassados. Essas atividades tornam o trabalho em conjunto mais divertido. Não se 221
  • 235. Lição 29 esqueça de que as crianças às vezes precisam de férias ou de um dia de descanso. Se lhes for dado um dia de descanso de suas tarefas semanalmente, elas provavelmente apreciarão melhor o seu trabalho no dia seguinte. Também precisam de tempo para si mesmas, para brincar ou fazer outras atividades depois de terem feito suas tarefas. Pergunte às irmãs como foi que tornaram o trabalho mais divertido para seus familiares. Conclusão Para ensinar nossos filhos a trabalhar e serem bem-sucedidos, devemos mostrar entusiasmo por nosso próprio trabalho. Como declarou o Presidente Brigham Young: “Cada um descobrirá que a felicidade neste mundo depende, principalmente, do trabalho que faz, e da forma como o faz”. (Citado por Elwood R. Peterson, Ensign, junho de 1972, p. 9.) Desafio Converse com cada um de seus filhos. Discuta sua atitude e a deles, a respeito das responsabilidades familiares. Ajude cada criança a aceitar e cumprir designações. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 27, “Trabalho e Responsabilidade Pessoal”. 2. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 222
  • 236. DESENVOLVIMENTO E ENSINO DO AUTODOMÍNIO Lição 30 O propósito desta lição é ajudar-nos a desenvolver e ensinar o autodomínio. Precisamos Aprender a Controlar Nossos Desejos e Sentimentos Cante o hino “Faz-me Andar Só na Luz” (Hinos, nº 199, ou Princípios do Evangelho, p. 372.) Nas escrituras, lemos: “Melhor é o que (…) controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade”. (Provérbios 16:32) Lemos também: “(…) Faze também com que todas as tuas paixões sejam dominadas, para que te enchas de amor (…)”. (Alma 38:12) Nossos apetites e paixões são como um cavalo audaz e forte. Se o deixarmos livre, desimpedido, levar-nos-á para onde quiser. Poderá levar-nos a lugares perigosos e prejudiciais. Porém, não destruiríamos um belo cavalo só porque é arrojado, pois, quando o controlamos, tornamo-nos o seu mestre e ele nos serve bem. Da mesma forma, quando conseguimos governar nossos desejos e sentimentos, aprendemos a guiá- los dentro dos limites do evangelho. Tais sentimentos podem tornar-se nossos servos e aumentar nossa habilidade de sentir alegria e amor. O Desenvolvimento do Autodomínio Ajuda-nos a Progredir e Receber Bênçãos O batismo foi o começo de uma nova vida para nós. Seguindo o Salvador, esforçamo-nos para sobrepujar as coisas mundanas, as fraquezas e o pecado. O Salvador ensinou: “(…) Se alguém quiser vir após mim, renuncia-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me”. (Mateus 16:24) E eis que um homem tomar sua cruz significa negar-se a toda iniqüidade e a toda concupiscência mundana e guardar meus mandamentos”. (Tradução de Joseph Smith—Mateus 16:26) Ele também ensinou: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; 223
  • 237. Lição 30 E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”. (Mateus 7:13–14) Entrar nos céus pelo caminho estreito exige autodomínio e abnegação. Significa ficar sem certas coisas muito tentadoras. Quando conhecemos a verdade e a vivemos, nossa recompensa será a liberdade. João 8:31–32. Escreva no quadro-negro: De que forma a obediência aos princípios do evangelho nos torna livres? Peça às irmãs que pensem nisso. Se permitirmos que se extravasem sentimentos como a raiva, ciúmes, vingança, egoísmo, orgulho, jactância, ódio etc, eles podem-nos escravizar, ganhando continuamente mais poder. Infiltram-se cada vez mais em nosso caráter e tornam-se hábitos, fazendo-nos, desta forma, perder não somente nossa liberdade, como também nosso respeito próprio. Quando, porém, refreamos nossas paixões, livramo-nos de sentimentos que poderiam nos controlar. Quando dominamos nossos apetites, livramo-nos de desejos que poderiam ser nossos mestres. Por outro lado, se comermos demais ou usarmos substâncias prejudiciais, tais como café, chá, bebidas alcoólicas, fumo ou certas drogas, podemos desenvolver hábitos que depois serão difíceis de abandonar. Nosso corpo começará a sentir necessidade dessas coisas e nos tornaremos seus escravos. O desejo incontido de bens terrenos (quando já temos o necessário para viver), de dormir demais ou de se divertir excessivamente (tal como ver muita televisão) também são apetites, e devem ser conservados dentro de seus limites adequados. Leia 2 Néfi 9:45. De que forma a obediência ao evangelho nos torna livres? Nosso bom e sábio Pai Celestial deu-nos mandamentos, porque Ele nos ama e quer proteger-nos do sofrimento desnecessário. Ele quer ajudar- nos a desenvolver o autodomínio, de modo que possa nos abençoar. A lei do jejum ajuda-nos aprender a dominar nosso apetite por alimento. Assim, podemos fazer com que nosso espírito se torne o mestre de nosso corpo. A lei do dízimo ajuda-nos a sobrepujar nossos desejos egoístas. O Senhor nos deu a Palavra de Sabedoria, em parte para livrar-nos dos efeitos prejudiciais do fumo, das bebidas alcoólicas e das drogas. Deu- nos a lei da castidade, para ajudar-nos a dominar nossos desejos físicos. Mostre a gravura 30-a, “Daniel e seus amigos recusam-se a comer a comida e o vinho oferecidos pelo rei”. No Velho Testamento, lemos a respeito de Daniel e seus amigos que foram ordenados a beber vinho e a comer certos alimentos os quais sabiam que não deveriam ingerir. Eles recusaram, e devido à sua 224
  • 238. 30-a, Daniel e seus amigos recusam-se a comer a comida e o vinho oferecidos pelo rei 225
  • 239. Lição 30 obediência à lei de saúde do Senhor, foram abençoados com força e sabedoria. (Ver Daniel 1:1–16.) O que podemos aprender com a experiência de Daniel e seus amigos? Como o autodomínio ajuda-nos a obedecer aos mandamentos? Como Desenvolver Autodomínio O desenvolvimento do autodomínio é um processo que dura a vida toda. À medida que compreendermos melhor o evangelho, desejaremos também, viver os seus princípios cada vez mais. Para viver o evangelho, precisamos trabalhar continuamente no desenvolvimento do autodomínio. Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no quadro-negro: 1. Conhecer-nos a nós mesmas. 2. Estabelecer metas. 3. Orar e ler as escrituras para ter ajuda. Conhecer-nos a Nós Mesmas Durante toda a nossa vida, deparamo-nos com situações novas e podemos aprender mais sobre o evangelho. Aprendemos a reconhecer nossos pontos fracos e fortes, começamos a compreender por que os temos e desejamos livrar-nos dos maus hábitos, desenvolvendo outros que sejam bons. Estabelecer Metas Enquanto não estabelecermos metas e não nos esforçarmos para atingi- las, seremos como as ondas do mar, levadas pelos ventos de nossos desejos e sentimentos descontrolados. Temos que ter metas firmes e autoconfiança antes de podermos dominar nossas fraquezas. A irmã Kay Newman, dos Estados Unidos, teve que lutar para vencer um apetite descontrolado: “Eu já era uma mulher adulta, com meus filhos quase criados, quando cheguei à conclusão de que eu mesma era o meu pior inimigo. E vocês sabem qual era a causa de tudo? Sinto até vergonha em dizer! Uma caixa de chocolate! 226
  • 240. Lição 30 Comer chocolate era o meu ponto fraco. Não posso descrever o que tive que enfrentar, para alguém que nunca experimentou sentimentos iguais; eu me enchia de chocolate, ficava desgostosa comigo mesma, insatisfeita e completamente desanimada. Por meio dessa fraqueza idiota e ridícula, Satanás exercia sua influência sobre mim e me sobrepujava. Todos os meus sentimentos e pensamentos nessa época eram injustos. E foi assim que naquele Natal decidi que nunca mais passaria por semelhante situação. Sentei-me e escrevi uma carta para mim mesma. Nela descrevi meus sentimentos, para não esquecê-los, e prometi que não deixaria passar outro ano sem desenvolver total controle sobre o meu apetite. Tenho progredido muito desde aquela época, e minha confiança tem crescido diariamente. Eu sei que essa batalha particular já está quase ganha.” (“My Worst Enemy—Me!” Ensign, fevereiro de 1975, p. 62) Como foi que a irmã Newman sentiu-se, quando provou que podia estabelecer uma meta e esforçar-se para cumpri-la? O que foi que ela fez, a fim de lembrar-se de sua meta? Orar e Ler as Escrituras para Ter Ajuda Por meio da oração regular e da leitura das escrituras, podemos fortalecer o nosso desejo de melhorar. A vida dos personagens das escrituras serve de exemplo para nós, e ajuda-nos a compreender que também podemos ter autodomínio. A irmã Newman fortaleceu-se por meio da leitura fervorosa e diária das escrituras, durante uma hora. Ela disse: “Naquela hora, eu pensava no desejo que tinha de sobrepujar e de me livrar de hábitos arraigados que estavam impedindo o meu progresso; conservei esse desejo comigo, apesar de incontáveis problemas!” (Ensign, fevereiro de 1975, p. 63) Peça às irmãs que contem de que forma a oração e a leitura das escrituras ajudou-as a melhorar. Como Ensinar o Autodomínio aos Nossos Filhos Nosso lar deve ser uma escola de treinamento, onde nossos filhos possam aprender o autodomínio. Se não conseguirmos ensiná-los o suficiente, ou se os controlarmos demais, eles não aprenderão a se governar. Devemos seguir um processo metódico ao ensinarmos o autodomínio aos nossos filhos. Mostre um cartaz com os seguintes passos ou escreva as informações no quadro-negro: 227
  • 241. 30-b, O Presidente David O. McKay e a irmã McKay. 228
  • 242. Lição 30 1. Estabelecer os limites. 2. Ensinar as crianças a aplicarem os princípios do evangelho. 3. Dar responsabilidade aos filhos. Estabelecer os Limites Mostre a gravura 30-b, “O Presidente David O. McKay e a irmã McKay”. O Presidente David O. McKay ensinou: “Tenho a opinião de que a melhor época para a criança aprender regras comportamentais é entre a idade de três a cinco anos. (…) Se a mãe não conseguir controlar seu filho durante essa época, achará muito difícil fazê-lo mais tarde. (…) Não pretendo com isso dizer que os filhos devam ser empurrados, arrastados ou confinados. Devemos deixar que as crianças se sintam perfeitamente livres para se desenvolver, até que sua segurança esteja em risco. Façamos então com que sintam a mão firme e gentil que os protege. Certa vez, a irmã Mckay e eu vimos esta regra ser ilustrada eficientemente em um zoológico. (…) Vimos um macaquinho que estava começando a aprender a andar. Sua mãe cuidava dele e o alimentava. Primeiramente ficamos interessados em ver a mãe agradar o filhote, tentando pô-lo para dormir. Mas o macaquinho fugiu e começou a subir na gaiola. A mãe aparentemente não prestou atenção e deixou que ele subisse, até o ponto em que se pôs em perigo. Então, ela pegou-o e trouxe-o de volta, deixando-o brincar dentro dos limites de segurança. Vemos, assim, que a primeira contribuição do lar para a felicidade da criança é fazê-la compreender que existem limites além dos quais ela não pode ultrapassar com segurança”. [Stepping Stones to an Abundant Life, comp. Llewelyn R. McKay (1971), p. 38] Leia D&C 93:40–44. Por que razão o Senhor repreendeu Frederick G. Williams e Sidney Rigdon? Mesmo que achemos difícil ensinar autodomínio aos nossos filhos enquanto são crianças, por que devemos continuar tentando? Ensinar as Crianças a Aplicarem os Princípios do Evangelho O Presidente N. Eldon Tanner disse: “As crianças não aprendem sozinhas a distinguir o certo do errado. Os 229
  • 243. Lição 30 pais têm que determinar se a criança está pronta para assumir responsabilidades. (…) Enquanto a estamos ensinando, temos a obrigação de discipliná-la e ver que faça o que é certo. Se uma criança se suja com lama, não esperamos até que ela cresça para então decidir se deve ou não tomar banho. Não deixamos que decida se vai ou não tomar o seu remédio quando está doente, ou se vai para a escola ou a igreja. (…) Os pais devem ensinar seus filhos desde cedo sobre o glorioso conceito e fato de que são filhos espirituais de Deus, e que escolher os ensinamentos de Jesus Cristo é o único modo de gozar de sucesso e felicidade aqui e na vida eterna. Deve-se-lhes ensinar que Satanás é real e que usará todas as suas artimanhas para tentá-los a fazer o que não está certo, para conduzi-los ao caminho largo, torná-los cativos e afastá-los da felicidade suprema e da exaltação que poderiam conseguir”. [Seek Ye First the Kingdom of God (1973) p. 87] Nas escrituras, lemos sobre Eli, um sacerdote justo que servia no templo. Seus filhos, porém, não seguiram o seu exemplo, e grandes foram os seus pecados contra o Senhor. Eli preveniu-os, mas não os conteve. Por causa disso, o Senhor ficou descontente com ele e duros foram os julgamentos que lhe impôs. (Ver I Samuel 2–3.) Ler I Samuel 3:13. O que o Senhor espera que façamos, além de ensinar nossos filhos? É extremamente importante que demos o exemplo certo a nossos filhos. Se não controlarmos nosso gênio, apetites e paixões, nossos filhos provavelmente não controlarão os seus tampouco. Precisamos fazer de nosso lar um lugar feliz. Nossos filhos devem sentir-se seguros e amados. Se eles não são felizes vivendo o evangelho em casa, se afastarão da Igreja; portanto, sempre que uma criança for desobediente, devemos discipliná-la e então demonstrar-lhe um amor ainda maior. Ler D&C 121:43–44. Por que devemos mostrar mais amor a nossos filhos depois de discipliná-los? Dar Responsabilidade aos Filhos O Élder F. Enzio Busche disse: “Minha mulher e eu concordamos que, no processo de amadurecimento espiritual, os filhos tenham o que pode ser chamado de direito de (…) possuir deficiências. (…) E cremos ser o dever dos pais compreender, (…) e perdoar, (…) para que os filhos não percam o ânimo. (Ver Colossenses 3:21.) (…) seus menores esforços para a aquisição de dons positivos precisam ser vistos, mencionados e admirados. (…) 230
  • 244. Lição 30 Tentamos guiar nossos filhos ao auto-respeito e dignidade e, na maioria das vezes, deixamos que julguem a si mesmos. Temos por experiência o fato de que alguém não é tão bom como professor, quando descobre e mostra os erros, (…) [como quando ajuda] uma criança a descobrir por si própria o que está fazendo de errado. Quando um filho pode compreender sozinho os seus erros, o primeiro passo para modificar-se já foi dado. Lembro-me de certa vez em que perguntamos a nosso filho, após uma transgressão, qual seria o castigo que ele mesmo se imporia. Ele decidiu que não assistiria à televisão durante um mês. Pareceu-nos muito severo, mas como ficamos felizes ao escutar sua avó nos contar que, durante uma visita que lhe fora feita, nosso filho insistiu com ela, dizendo-lhe que estava errada ao incentivá-lo a assistir a determinado programa de televisão, mesmo que nós jamais viéssemos a saber. Não acredito que possa haver maior alegria para os pais que verem um filho sair-se bem de uma situação difícil”. (“Não Provoqueis Vossos Filhos”, A Liahona, junho de 1977, p. 5) Como foi que o Élder Busche incentivou seus filhos a desenvolverem o autodomínio? O Élder L. Tom Perry disse: “As palavras do Profeta Joseph Smith relacionadas aos princípios governantes certamente se aplicam aos nossos filhos: “Ensinem-lhes princípios corretos e deixem que se governem a si mesmos”. (Como citado por John Taylor em Millenial Star, 13:339.) Naturalmente, devemos ser cuidadosos para ter certeza de que o nosso ensinamento esteja sendo adequado e que estamos inculcando na vida de nossos filhos a fé e confiança no Senhor. Devemos ter certeza de que foram ensinados da maneira correta, e assim que começarem a amadurecer espiritualmente, é preciso dar-lhes oportunidades de expressar a força que se desenvolve em seu interior. É preciso dar-lhes nossa fé e confiança, e então responsabilidades. (Conference Report, Relatório da Conferência de Área de São Paulo, fevereiro de 1977, pp. 11–12) Conclusão O desenvolvimento do nosso autodomínio e de nossos filhos é um processo que dura a vida toda, mas se perseverarmos, receberemos mais bênçãos do evangelho. Desafio Estabeleça a meta de sobrepujar uma fraqueza. Siga os três passos para o ensino de autodomínio explicados na lição, a fim de ajudar seus filhos. Reveja esta lição em casa. 231
  • 245. Lição 30 Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 4, “Liberdade de Escolha”, e o capítulo 35, “Obediência”. 2. Planeje a introdução da aula com o hino “Faz-me Andar Só na Luz”. (Ver Hinos, nº 199, ou Princípios do Evangelho, p. 372.) 3. Prepare os cartazes sugeridos na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 232
  • 246. COMO CRIAR UM AMBIENTE MAIS ESPIRITUAL NO LAR Lição 31 O propósito desta lição é inspirar-nos a criar um ambiente mais espiritual em nosso lar. A Grandiosa Influência da Vida Familiar Mostre as gravuras 31–a, “Uma mãe e seus filhos”, e 31-b, “Uma mãe lendo para os filhos”. O tempo que passamos em casa e a atmosfera do lar têm uma grandiosa influência em nossa vida. É nele que nossos filhos formam seus hábitos e idéias. Dorothy Law Nolte escreveu: “Se a criança vive com críticas, aprende a condenar. Se a criança vive com hostilidade, aprende a agredir. Se a criança vive com zombarias, aprende a ser tímida. Se a criança vive com humilhação, aprende a sentir-se culpada. Se a criança vive com tolerância, aprende a ser paciente. Se a criança vive com incentivos, aprende a ser confiante. Se a criança vive com elogios, aprende a apreciar. Se a criança vive com retidão, aprende a ser justa. Se a criança vive com segurança, aprende a ter fé. Se a criança vive com aprovação, aprende a gostar de si mesma. Se a criança vive com aceitação e amizade, aprende a encontrar amor no mundo”. (“Children Learn What They Live”; © 1963, por John Phillip Co., usado com permissão.) As mulheres têm a grande responsabilidade de contribuir para que haja bons sentimentos no lar. Exercemos uma forte influência na atmosfera de nossa casa por meio do exemplo. Podemos fazer a nós mesmas estas perguntas: Somos pacientes e felizes? Corrigimos os erros de nossos familiares com amor e não com raiva? Mostramos reverência para com as coisas sagradas? Temos fé em Jesus Cristo? Participamos dos problemas alheios? Oramos individualmente e em 233
  • 247. 31-a, Uma mãe e seus filhos. 234
  • 248. Lição 31 família? Escutamos cuidadosamente uns aos outros? Ao fazermos essas coisas, criamos um sentimento que inspirará e ajudará nossa família. Como Fazer de Nossa Casa um Lar O lar é um local onde as pessoas vivem em paz e harmonia. Pode ser uma caverna, um chalé, uma barraca, um palácio ou uma cabana. O tamanho ou beleza da construção não fazem dela um lar. São as pessoas felizes que o fazem. Cada uma de nós deve criar no lar um sentimento que sirva de inspiração para a família. Queremos que nossos familiares vivam os princípios do evangelho e que façam bom uso de seu tempo e talentos. Devemos oferecer oportunidades de estudo, recreação e passatempos no lar, para que nossa família queira ficar em casa e não esteja tão propensa a procurar atividades em outro lugar. O que faz com que tenhamos um bom sentimento em nosso lar? Escreva as respostas no quadro-negro e discuta-as. Mencione também as seguintes idéias: Tomar cuidado com os sentimentos alheios Ter o Espírito do Senhor Sentir-se amado e necessitado Orar Realizar noites familiares Estudar as escrituras Sejamos ricos ou pobres, podemos fazer muitas coisas para ajudar nossos familiares a gostar de ficar em casa, como organizar atividades divertidas para o ensino e diversão da família. • Peça às irmãs que falem sobre as ocasiões felizes que tiveram em seu lar na infância e na adolescência. • Escreva no quadro-negro: Música. “Fred, depois de engolir todo o seu desjejum conscienciosamente, escorregou da cadeira. ‘Agora posso ir para a casa de Jimmy, mãe?’ perguntou. ‘Mas, Fred’, repliquei, ‘você já esteve na casa dele ontem e também anteontem. Por que o Jimmy não vem aqui para variar?’ ‘Oh, ele não haveria de querer’. Os lábios de Fred tremeram, a despeito de seus seis anos de masculinidade. ‘Por favor, mãe.’ ‘Por que você gosta mais da casa de Jimmy do que da nossa?’ Insisti. Subitamente, dera-me conta de que Fred e todos seus companheiros estavam sempre querendo ir à casa de Jimmy. 235
  • 249. 31-b, Uma mãe lendo para os filhos. 236
  • 250. Lição 31 ‘Bem’, explicou hesitante, ‘é (…) é porque a casa do Jimmy é uma casa cantante’. ‘Uma casa cantante?’ Indaguei. ‘Agora explique-me, o que significa isso?’ ‘Bem…’ Fred estava encontrando dificuldade em explicar. ‘A mãe de Jimmy está sempre cantarolando enquanto costura; Annie canta enquanto faz bolachas na cozinha e o pai do Jimmy sempre chega em casa assobiando.’ Ficou silencioso por um momento e depois acrescentou: ‘As cortinas estão sempre completamente abertas e há flores nas janelas. Todos os meninos gostam da casa do Jimmy, mamãe’. ‘Pode ir, filho’, atalhei depressa. Eu o queria fora do caminho, para poder pensar. Passei os olhos pela casa. Todo mundo a elogiava. Lá estavam os tapetes orientais, que compráramos a prestação. Estávamos também pagando ainda os luxuosos móveis estofados, e o carro, naturalmente. Talvez fosse esse o motivo pelo qual o pai de Fred não chegava em casa assobiando. (…) Fui até a casa de Jimmy, embora fossem 10 horas de uma manhã de sábado, Tinha a impressão de que a Sra. Burton não faria caso de ser interrompida no meio da manhã. Ela nunca parecia estar com pressa. Recebeu-me junto à porta, com um lenço envolvendo a cabeça. ‘Oh, entre. Acabei a limpeza da sala. Mas, naturalmente que não está atrapalhando. Vou apenas tirar este lenço, voltarei num instante.’ Enquanto esperava, examinei a sala. Os tapetes estavam gastos até a urdidura; as cortinas (…) abertas descobriam a janela; a mobília, velha e gasta. (…) Uma mesa recoberta com alegre toalha, exibia algumas revistas recentes. Pendurados no vão da janela, havia vasos de flores (…) e um pássaro chilreava numa gaiola pendurada ao sol. Não havia dúvida de que tudo era muito agradável. A porta para a cozinha estava aberta e pude ver Jerry, o bebê, sentado no linóleo imaculado, observando Annie preparar uma torta de maçã. Ela estava cantando. (…) A Sra. Burton entrou sorrindo. ‘Bem’, indagou. ‘O que é que há? Sei que veio por algum motivo, pois é uma mulher tão ocupada.’ ‘Certo’, respondi abruptamente. ‘Vim para ver como é uma casa cantante.’ A Sra. Burton olhou perplexa. ‘Como assim?’ ‘Fred diz que adora vir aqui, porque vocês têm uma casa cantante. Começo a compreender o que ele quis dizer.’ 237
  • 251. Lição 31 ‘Que elogio maravilhoso!’ Comentou a Sra. Burton, ruborizada. ‘Mas, sem dúvida, minha casa não pode comparar-se à sua. Todos são unânimes em dizer que você tem a casa mais bonita de toda a cidade.’ ‘Mas não é uma casa cantante’, repliquei. (…) ‘Diga-me, como o conseguiu?’ ‘Ora’, sorriu a Sra. Burton, ‘se você quer realmente saber. Sabe, John não ganha muito, e não penso que algum dia chegará a ganhar. Ele não é desse tipo. Temos que renunciar a algumas coisas, então decidimos eliminar o não-essencial. (…) Temos livros, revistas e música. (…) Existem coisas que as crianças podem guardar no íntimo. Que não podem ser destruídas pelo fogo ou por reveses financeiros, por isso as consideramos essenciais (…) As roupas das crianças são muito modestas. (…) Mas, mesmo assim, depois de pagas as contas, não nos parece sobrar muito para tapetes e móveis. (…) Não gostamos de fazer dívidas, se podemos evitá-las. (…) Não obstante, somos felizes’, concluiu. ‘Compreendo’, repliquei pensativamente. Voltei meu olhar para Jimmy e Fred lá no canto. Haviam construído um trem de caixas de fósforo e o carregavam com grãos de trigo. Estavam derrubando um bocado de trigo, mas o trigo é limpo e salutar. Voltei para casa. Meus tapetes orientais pareciam desbotados. Abri os reposteiros ao máximo, mas mesmo assim, a luz se escoava debilmente através das cortinas de seda. (…) Eu não tinha uma casa cantante. Decidi fazê-la cantar.” (May Morgan Potter, “A Casa Cantante”, “Prioridades”, A Liahona , abril de 1970, pp. 16 e 17) O que seria uma casa cantante? Quais são alguns dos motivos porque esta era uma casa feliz? No mundo atual, nem toda música eleva. Algumas nos incentivam a pensar em coisas imorais ou irreverentes. Esse tipo de música impede que tenhamos o Espírito do Senhor conosco. Mostre a gravura 31-c, “Uma mãe ensinando hinos a respeito do evangelho a seus filhos pequenos”. Ler Doutrina de Convênios 25:12. A música pode unir as famílias e aproximá-las do Senhor. Os hinos são músicas que elevam, e cantá-los em família aproxima-nos do Senhor. As músicas folclóricas lembram-nos nossos antepassados e o seu modo de vida. A boa música eleva e inspira, e aprendemos a gostar dela, ouvindo-a, cantando-a e tocando-a freqüentemente. Devemos encorajar os membros da família a desenvolver seus talentos musicais. Os líderes da Igreja pedem que façamos isso, mesmo que seja difícil. A irmã Margrit F. Lohner, membro da Igreja na Suíça, contou- nos a seguinte história: 238
  • 252. 31-c, Uma mãe ensinando hinos a respeito do evangelho a seus filhos pequenos. 239
  • 253. Lição 31 “A linda voz de minha mãe irradiava nosso lar, lá na Suíça, com sua bela voz todas as manhãs, de tarde e à noite. Ela não conhecia muitas músicas, mas cantava os hinos de Sião. (…) Como conseqüência disso, desde bem pequena eu também já sabia cantá-los. Meus pais não podiam comprar um piano; (…) portanto, durante um ano, eu andava todos os dias durante vinte minutos, com chuva ou neve, para estudar na sala fria da casa de alguns membros de nosso ramo em Zurique. Por essa razão, logo apanhei pneumonia, e meus pais cortaram algumas das coisas que lhes eram necessárias para poder comprar-me um piano. Além disso, minha mãe fazia limpeza em um apartamento vizinho, a fim de ganhar o dinheiro necessário para minhas lições de música. Como resultado de tais sacrifícios, minha vida se enriqueceu com muitos relacionamentos excelentes que cultivei por intermédio da música”. (“With a Song On Your Hearth”, Ensign, agosto de 1975, p. 27.) Escreva no quadro-negro: Arte. Como podemos encorajar a arte em nosso lar? Mostre a gravura 31-d, “Um quadro da ressurreição de Cristo embeleza o ambiente deste lar”. Os quadros que expomos em nosso lar nos lembram quais as coisas que nos são importantes. Podemos cercar-nos de quadros que nos lembrem nossos familiares, nossos antepassados, nossa religião e nossas metas. Podem ser gravuras ou estampas do Salvador, de templos ou de nossos profetas. Podemos também decorar nosso lar com quadros que nos ajudem a amar a natureza, a paz, a beleza e a história, etc. Além disso, podemos desenvolver nossas habilidades no campo da pintura, escultura, bordado, costura, decoração do lar etc. Podemos incentivar nossos familiares nesse sentido, dando-lhes as ferramentas e coisas necessárias para tal e expondo seus trabalhos em casa. Não devemos nunca ridicularizar ou rir de seu trabalho e esforços. Nas nossas noites familiares, poderíamos ter uma oficina de trabalho, onde todos trabalhariam juntos, para criar algo bonito para ser dado a alguém doente, impossibilitado de sair de casa, ou a uma pessoa solitária. Escreva no quadro-negro: Natureza. Como podemos incentivar a apreciação pela natureza? Muitas de nós não usamos tempo suficiente para apreciar as belezas da natureza, mas podemos sentir freqüentemente o Espírito do Senhor quando vemos um pôr-do-sol, uma bela flor, os raios do sol através das árvores, uma concha marinha ou uma pedra colorida. Podemos falar sobre as maravilhas da natureza e dar graças a Deus pelo trabalho de Suas mãos. 240
  • 254. 31-d, Um quadro da ressurreição de Cristo embeleza o ambiente deste lar. 241
  • 255. Lição 31 Leia a letra do hino “Meu Pai Celestial Me Tem Afeição” Ouvindo o cantar de um passarinho, Olhando este céu azul, Sentindo no rosto a chuva cair E o vento soprando ao Sul Tocando uma flor, Sentindo o perfume Das rosas de um jardim Eu me sinto feliz por viver neste mundo Que o bom Deus fez criar para mim. Ouvidos me deu pra que eu possa ouvir Os sons cheios de harmonia. Meus olhos criou pra que eu possa ver A beleza de um novo dia. A vida me deu e um coração que bate com gratidão Pelas coisas tão belas que Ele criou Sim, mostrou que me tem afeição. (Músicas para Crianças, p. 16) Podemos trazer as belezas da natureza para nosso lar, plantando flores e plantas dentro ou fora de casa. Quase todas as pessoas gostam de plantar sementes, de molhá-las e observar o seu crescimento. Podemos colecionar pedras e estudar as folhas. Criar e cuidar de animais nos ensina sobre o nascimento, sobre a vida e a morte, sobre como dar afeição e prestar serviço. Devemos encorajar o interesse pela natureza demonstrado por nossos familiares. Escreva no quadro-negro: Livros. Como podemos incentivar a apreciação por bons livros em nosso lar? A leitura das escrituras e de outros bons livros nutre nossa mente, da mesma forma que o alimento adequado nutre nosso corpo. Os livros são como companheiros que podem elevar-nos ou arrasar-nos. Devemos ler somente livros que nos ajudem a ser melhores. Os bons livros nos ajudam a apreciar o que é bom, belo e verdadeiro. Podemos influenciar os hábitos de leitura de nossos familiares selecionando bons livros para o nosso lar e encorajar nossos familiares a ler em voz alta uns para os outros. Podemos contar histórias de nossa vida ou de nossos antepassados. Ler Doutrina e Convênios 88:118 e 90:15. Que tipo de livros devemos dar aos nossos familiares para ajudá-los? Escreva no quadro-negro: Divertimento. Que tipo de diversão devemos dar à nossa família? O cinema e a televisão podem-nos influenciar da mesma forma que os livros. Alguns programas ou filmes ensinam princípios verdadeiros, 242
  • 256. Lição 31 outros simplesmente divertem, e outros ainda transmitem falsas idéias. A família deve decidir que programas compensam o tempo despendido. Muitos adultos e crianças poderiam usar melhor o tempo que despendem vendo televisão, desenvolvendo o corpo e a mente da forma que já foi descrita anteriormente nesta lição. Escreva no quadro-negro: Ordem e Limpeza. Mesmo que não tenhamos muito dinheiro, podemos ter um pouco de beleza em casa. Não devemos nos conformar com as coisas sujas, rasgadas ou feias, sejam objetos da casa ou de uso pessoal. Às vezes, porém, na ânsia de conservar nosso lar limpo e bonito, sentimo-nos inclinados a não permitir certas atividades, passatempos ou projetos, por acharmos que estorvam e deixam nossa casa menos atraente. No entanto, cada membro da família precisa de liberdade para criar, e devemos respeitar os pertences e as atividades dos outros. Cada criança deve ter um lugar especial, uma gaveta ou caixa para os seus “tesouros”. Conclusão A décima terceira regra de fé declara: “(…) Se houver qualquer coisa virtuosa, amável, de boa fama ou louvável, nós a procuraremos”. Podemos usar essa declaração para nos guiar ao tentarmos desenvolver uma atmosfera edificante em nosso lar. O Presidente David O. McKay disse: “Não conheço outro lugar além do lar, onde a verdadeira felicidade pode ser encontrada nesta vida. É possível tornar o lar um pedaço do céu, e eu vejo o céu, na realidade, como uma continuação do lar ideal”. [“Secrets of a Happy Life”, comp. Llewelyn R. McKay (1960), p. 18] Todos nós temos o privilégio e o desafio de criar esse tipo de lar. Cante o hino “Com Amor no Lar”. (Hinos, nº 188, ou Princípios do Evangelho, pp. 352–353) Desafio Esta semana faça algo específico para melhorar o sentimento existente em seu lar. Para começar, tente sorrir mais vezes ou melhorar sua atitude. Veja como reagem os outros membros da família. Planeje um passeio ao ar livre, um programa de leitura regular ou outra atividade agradável com uma criança. Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição. 1. Estude Princípios do Evangelho, capítulo 34, “Desenvolver Nossos Talentos”, e o capítulo 36, “A Família Pode Ser Eterna”. 243
  • 257. Lição 31 2. Termine a lição cantando o hino “Com Amor no Lar”. (Hinos, nº 188, ou Princípios do Evangelho, pp. 352–353) 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 244
  • 258. O APRENDIZADO DO EVANGELHO EM NOSSO LAR Lição 32 O propósito desta lição é ajudar-nos a tornar nosso lar um centro de aprendizado do evangelho. Os Pais Devem Ensinar Seus Filhos Enos, filho de um profeta, sempre ouvia seu pai, Jacó, falar sobre verdades eternas. Certo dia, Enos se dirigiu à floresta para caçar. Enquanto estava lá, disse: “(…) as palavras que freqüentemente ouvira de meu pai sobre a vida eterna (…) penetraram-me profundamente o coração. E minha alma ficou faminta; e ajoelhei-me ante o meu Criador (…)”. (Enos 1:3–4) Depois de haver orado o dia todo, ouviu uma voz dizendo-lhe que seus pecados lhe haviam sido perdoados. A experiência foi tão importante para Enos que ele ensinou o evangelho e regozijou-se nele durante todos os seus dias. Enos aprendeu o evangelho em seu lar. O Velho Testamento ensina: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. (Provérbios 22:6) Como pais fiéis, somos responsáveis por ajudar nossos filhos a aprenderem os princípios do evangelho e aplicá-los em sua vida. Nosso Lar Deve Ser um Centro de Aprendizado O Senhor planejou que sempre estivéssemos aprendendo e progredindo. Ele colocou sobre os pais a grande responsabilidade de ensinar seus filhos. Por essa razão, devemos fazer de nosso lar um lugar de aprendizado do evangelho. Ler Doutrina e Convênios 68:25–28. Onde as crianças aprendem seu conhecimento básico sobre o mundo? Como podem aprender sobre a vida eterna? As crianças aprendem sobre esta vida em casa, na escola e com os amigos, mas geralmente não aprendem as verdades eternas na escola ou com os amigos. O Senhor deu aos pais a responsabilidade de ensinar as verdades eternas a seus filhos. Quando assim fazemos, cumprimos Seus mandamentos. 245
  • 259. Lição 32 Para criarmos nossos filhos na luz e verdade, devemos estudar o evangelho em nosso lar com eles, mesmo quando são pequenos. O rei Benjamim disse aos pais: “Não permitireis que vossos filhos (…) transgridam as leis de Deus, e briguem e disputem entre si e sirvam ao diabo. (…) Ensiná-los-eis, porém, a andarem nos caminhos da verdade e da sobriedade; ensiná-lo-eis a amarem-se uns aos outros e a servirem-se uns aos outros”. (Mosias, 4:14–15) Como Planejar o Estudo do Evangelho em Família Para tornar nosso lar um local de aprendizado do evangelho, temos que ter um plano. Cada família deve descobrir qual o método que melhor lhe serve. Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no quadro-negro: 1. Criar um ambiente propício ao aprendizado; 2. Orar com a família; 3. Aproveitar as oportunidades para ensinar; 4. Estudar as escrituras e outros materiais da Igreja regularmente; 5. Realizar noites familiares semanais; 6. Prestar testemunho para os filhos. Criar um Ambiente Propício ao Aprendizado Nossos filhos devem sentir-se livres para conversar conosco em casa. Muitos lares estão cheios de tensão, o que desestimula as crianças de fazer perguntas e expressar seus sentimentos. O Presidente David O. McKay aconselhou: “Os pais devem (…) mostrar o desejo de responder às perguntas. A criança que faz perguntas, está contribuindo com felicidade à sua vida.” [Gospel Ideais (1953), p. 480] Devemos incentivar nossos filhos a fazer perguntas, especialmente sobre o evangelho. Talvez nem sempre saibamos as respostas, mas podemos aprender juntos. Como podemos encorajar debates sobre o evangelho em nosso lar? Orar com a Família Mostre a gravura 32-a, “Uma família orando”. Sempre que oramos com nossos familiares, nós os estamos ensinando, pois por meio da oração podemos comunicar nossas esperanças, preocupações e ideais. Ao orarmos por nossos familiares e por outras pessoas, podemos ensinar amor e preocupação por suas necessidades. 246
  • 260. 32-a, Uma família orando 247
  • 261. Lição 32 Quando agradecemos ao Pai Celestial por nossas bênçãos, podemos ensinar nossos filhos a apreciarem suas próprias bênçãos. Quando nos comunicamos com o Pai Celestial, ensinamos o nosso relacionamento com Ele e o amor que Lhe devotamos. Aproveitar as Oportunidades para Ensinar Podemos ensinar o evangelho em casa em diversas ocasiões. Na hora das refeições, os pais podem mostrar como os eventos diários se relacionam aos princípios do evangelho. As histórias contadas na hora de ir para a cama podem ser tiradas do Livro de Mórmon, da Bíblia, ou de nossas próprias experiências espirituais. Podemos partilhar histórias tiradas de nossa leitura diária das escrituras. À medida que surgem diferentes situações, podemos ensinar nossos filhos a compreender os princípios do evangelho. Quais as outras ocasiões em que podemos ensinar os princípios do evangelho? Estudar as Escrituras e Outros Materiais da Igreja Regularmente Mostre a gravura 32-b, “Uma mãe lendo as escrituras para os filhos”. A nós, mulheres, foi dito que devemos estudar as escrituras: “Gostaríamos de que todas as irmãs SUD lessem todas as obras-padrão [a Bíblia, o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor], para ponderar em seu coração as verdades eternas que elas contêm”.(Bruce R. McConkie “Drink from the Fountain”, Ensign, abril de 1975, p. 70) Quando damos o exemplo adequado, descobrimos ser mais fácil ensinar a nossos filhos a leitura das escrituras. Existem muitas maneiras de se estudar as escrituras. Podemos estudá- las individualmente ou com a família. Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no quadro-negro. Depois, peça outras sugestões às irmãs sobre como estudar as escrituras individualmente. 1. Ler as escrituras do princípio ao fim. Tentar ler um ou mais capítulos por dia ou ler 15 minutos diários. 2. Estudar as escrituras por tópicos (tais como “oração” ou “obediência”). Procure todas as referências sobre tal assunto. 3. Procurar nelas a resposta para um problema. 4. Fazer uma lista de escrituras que nos inspirem. 5. Sublinhar as referências, em um plano de estudo regular. 248
  • 262. 32-b, Uma mãe lendo as escrituras para os filhos 249
  • 263. Lição 32 Mostre um cartaz com a lista a seguir ou escreva as informações no quadro-negro. Depois, peça outras sugestões às irmãs sobre como estudar as escrituras com a família. 1. Reservarmos 15 minutos cada manhã, antes que os membros da família saiam para o trabalho ou para a escola; 2. Realizarmos à noite, antes de as crianças irem para a cama, uma sessão curta de estudo; 3. Preparar e contar histórias das escrituras para as crianças menores; 4. Selecionar versículos especiais e escrevê-los em cartões. Colocar os cartões em um quadro de avisos ou na parede, onde todos possam ver, e então encorajar a família a memorizar os versículos; 5. Escolher uma escritura que ensine um princípio e resolver como colocá-lo em prática. Exemplos: Ler Mateus 25:31-40 e depois ajudar uma família necessitada, ou ler Tiago 1:27 ou Gálatas 6:2 e depois ajudar uma pessoa que perdeu um ente querido; 6. Ler os discursos da última conferência geral, publicados em A Liahona, e aplicar as sugestões dadas; 7. Ouvir as escrituras em fitas gravadas, se possível. Seja qual for o plano que seguirmos, devemos sempre começar o nosso estudo das escrituras com uma oração, pedindo ao Pai Celestial que nos dirija e nos dê entendimento. Devemos pensar naquilo que lemos e aplicar os princípios do evangelho em nossa vida. O Bispo H. Burke Peterson, do Bispado Presidente, disse: “Não deve haver, de forma alguma, uma só família nesta Igreja que não reserve algum tempo para ler as escrituras diariamente. Cada família poderá fazê-lo a seu próprio modo”. (Conference Report, abril de 1975, p. 79; Ensign, maio de 1975, pp. 53–54) Por que é importante estudar as escrituras em família? Peça às irmãs que expliquem como conseguiram desenvolver um estudo eficiente das escrituras. Mostre a gravura 32-c, “Os livros sobre o evangelho e outros bons livros podem ficar numa estante, à disposição dos membros da família”. Outros materiais também podem nos ajudar a aprender os princípios do evangelho. Podemos ter em casa uma estante com os materiais 250
  • 264. 32-c, Os livros sobre o evangelho e outros bons livros podem ficar em uma estante, à disposição dos membros da família. 251
  • 265. Lição 32 relativos ao evangelho—como livros, gravuras, gravadores, fitas cassete entre outros—que poderão estar ao alcance de toda a família. As obras-padrão e o livro Princípios do Evangelho devem ser as obras básicas de nossa biblioteca. Se possível, devemos comprar para cada criança um exemplar do Livro de Mórmon e da Bíblia e então estabelecer uma hora específica para o seu estudo. Não podemos esperar que nossos filhos estudem, a menos que também o façamos e sejamos exemplos para eles. Realizar Noites Familiares Regularmente Nas noites familiares, temos uma das melhores ocasiões para ensinar nossos filhos. (Todas as segundas-feiras são reservadas para isso.) As famílias devem utilizar o manual de Noite Familiar, se for possível. Caso contrário, devem estudar as escrituras e o livro Princípios do Evangelho, ou partilhar seus sentimentos a respeito da Igreja. Criar uma atmosfera agradável e alegre ajuda as crianças a apreciar a noite, despertando nelas o desejo de participar. As noites familiares não devem constituir-se de pregação que as crianças não consigam entender. Elas devem ser alegres e agradar a todos. Prestar Testemunho para os Filhos Na hora das refeições, do estudo das escrituras, na reunião de noite familiar ou debate do evangelho devemos prestar nosso testemunho aos nossos filhos e, à medida que nos ouvem e vêem com seus próprios olhos que vivemos o evangelho, aumentarão seu próprio testemunho pessoal. Ler Deuteronômio 11:19. Peça às irmãs que falem sobre as experiências que tiveram, ensinando o evangelho a seus filhos. Conclusão Se estudarmos o evangelho, nossa família será abençoada. Nosso testemunho e nosso lar se fortalecerão, encontraremos respostas para nossos problemas, seremos mais felizes e temos mais paz, porque estamos tentando viver mais perto de Jesus Cristo e do Pai Celestial. A mãe de uma família que realizava estudos matutinos das escrituras falou sobre suas bênçãos: “São muitos os benefícios advindos deste programa matutino: Conseguir um entendimento melhor das escrituras e do seu significado em nossa vida, começar o dia de maneira mais organizada, (…) desfrutar de uma refeição em família. Tenho certeza de que nossos filhos vão para a escola com um sentimento de felicidade e segurança muito maior sobre si mesmos, sobre nossa família e sobre o mundo”. (Geri Brinley, “Getting a Head Start on the Day”, Ensign, abril de 1977, p. 8) 252
  • 266. Lição 32 O Élder Bruce R. McConkie falou a respeito de outras bênçãos advindas do estudo das escrituras: “Todos nós desejamos ter paz, alegria e felicidade nesta vida e herdar a vida eterna no mundo futuro. Essas são as duas maiores bênçãos que podemos herdar. Podemos ganhá-las lendo e aprendendo as palavras da vida eterna, aqui e agora, e guardando os mandamentos”. (“Drink from the Fountain”, Ensign, abril de 1975, p. 70) Desafio Planeje o estudo do evangelho em casa, individualmente e em família, e procure todos os dias oportunidades para explicar os princípios do evangelho a seus filhos. Escrituras Adicionais Romanos 15:4 (escrituras para dar-nos esperança) II Timóteo 3:14–17 (escrituras para guiar-nos à perfeição) 2 Néfi 4:15 (escrituras para instrução e proveito) Doutrina e Convênios 1:37 (mandamentos verdadeiros e fiéis) Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Prepare o cartaz sugerido na lição ou escreva as informações no quadro-negro. 2. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 253
  • 267. PREPAREMO-NOS PARA ENSINAR Lição 33 O propósito desta lição é ajudar a prepararmo-nos para ensinar o evangelho com eficiência. Como Ensinar Uns aos Outros O Salvador ordenou aos membros de Sua Igreja que ensinem uns aos outros. Peça a um membro da classe que leia Doutrina e Convênios 88:77–78. A quem devemos ensinar? Podemos ensinar nossa família, amigos, vizinhos, companheiros de trabalho e colegas de escola. Podemos ensinar os membros da Igreja em classes organizadas e também os não-membros. Mostre a gravura 33-a. “Mãe ensina sua filha a amarrar os cordões dos sapatos”. Desde a criação da Terra, o Senhor tem-nos dito que ensinemos o evangelho a nossos filhos. Podemos fazê-lo durante as noites familiares e noutras ocasiões. As mães, principalmente, têm muitas oportunidades de ensinar seus filhos em casa. Peça aos alunos que falem sobre as experiências ao ensinarem seus filhos. O Élder Boyd K. Packer disse: “Muito do que fazemos é ensino. Mostrar a uma criança como amarrar o cordão do sapato, (…) ajudar uma menina a preparar uma nova receita culinária, discursar na Igreja, prestar testemunho, dirigir uma reunião de liderança e, naturalmente, dar aula—tudo isso é ensino, e o fazemos constantemente. (…) Quando pregamos, falamos ou respondemos ao que nos é perguntado nas reuniões, estamos ensinando.” [Teach Ye Diligently (1975), pp. 2–3] Na Igreja, temos muitas oportunidades de ensinar em aulas organizadas. O Élder Boyd K. Packer lembrou-nos: “Os membros da Igreja ensinam praticamente durante toda a sua vida. 254
  • 268. 33-a, Mãe ensina sua filha a amarrar os cordões dos sapatos 255
  • 269. Lição 33 Temos professores servindo em todas as organizações da Igreja. (…) A Igreja progride apoiada no poder do ensino que nela é realizado. O trabalho do reino de Deus não avançará, se o ensino não for eficiente.” [Teach Ye Diligently (1975), pp. 2–3] Às vezes nosso ensino não é realizado na sala de aula, mas, sim, ao falarmos uns com os outros. A seguinte história serve de exemplo: “A primeira vez que vi o Bispo Fred Carroll foi quando nossa família se mudou para a sua ala; eu era ainda diácono no Sacerdócio Aarônico, embora já estivesse com mais de quatorze anos de idade. Esse grande homem provavelmente não me disse mais do que umas cinqüenta palavras, porém, a metade delas permaneceu indelevelmente gravada na minha mente. Tenho a certeza de que esse bom bispo nunca soube do tremendo impacto que teve sobre mim com aquelas poucas palavras de ouro, pronunciadas certo dia de maneira calma e em particular: ‘Tenho notado que você é muito reverente nas reuniões da Igreja. Você está dando um exemplo maravilhoso para os outros rapazes’. Foram poucas palavras, mas que efeito maravilhoso tiveram sobre mim! O seu efeito foi superior ao das muitas designações que tive desde aí. Até aquela época, eu nunca me havia considerado particularmente reverente. Tenho certeza de que o Bispo Carroll interpretou a minha timidez e atitude reservada por reverência, porém, isso não importa. Dessa época em diante, eu comecei a pensar no significado da reverência em minha vida, e logo comecei a sentir-me reverente. Afinal de contas, se o Bispo Carroll achava que eu era reverente, talvez eu o fosse realmente! A atitude que passei a desenvolver, por ter o Bispo Carroll plantado essa semente, tornou-se uma influência que me guiou por toda a vida.” (Lynn F. Stoddard, “The Magic Touch”, Instructor, setembro de 1970, pp. 326–327) As professoras de classes organizadas têm a oportunidade de influenciar e guiar seus alunos. Sempre que se esforçam, encontram boas maneiras de ensinar os princípios do evangelho dentro e fora da sala de aula. o Élder Thomas S. Monson falou sobre a influência de tal professora: “Ela nos ensinou, nas aulas da Escola Dominical, a respeito da criação do mundo, da queda de Adão, do sacrifício expiatório de Jesus. Trouxe para a sala de aula convidados de honra como Moisés, Josué, Pedro, Tomé, Paulo e Jesus, o Cristo. Ainda que não pudéssemos vê-los, aprendemos a amá-los, honrá-los e a tentar ser iguais a eles. Mas nunca uma lição sua foi mais dinâmica nem de impacto mais duradouro do que certa manhã de domingo em que, pesarosa, nos comunicou o passamento da mãe de um coleguinha nosso. Já notáramos a ausência de Billy naquela manhã, mas não sabíamos por que não viera. A aula abordava o tema: ‘É melhor dar que receber’. 256
  • 270. Lição 33 No meio da lição, a nossa mestra fechou o livro e abriu nossos olhos, nossos ouvidos e nosso coração à glória de Deus, perguntando: ‘Quanto dinheiro temos em nosso fundo de festa?’ ‘Quatro dólares e setenta cinco centavos’, foi a resposta orgulhosa, pois estávamos em plena depressão. Então, muito gentilmente ela sugeriu: ‘A família de Billy está passando por dificuldades e grande sofrimento. O que vocês achariam da possibilidade de lhes fazermos uma visitinha hoje de manhã e doar- lhes esse fundo?’ Sempre me lembrarei do pequeno bando vencendo a pé aqueles três quarteirões, entrando na casa de Billy, cumprimentando o coleguinha, o irmão, as irmãs e o pai. Era patente a ausência da mãe. Jamais poderei esquecer os olhos cintilantes de lágrimas de todos, quando o envelope branco com nosso precioso fundo de festa passou da delicada mão da nossa professora para a mão necessitada de um pai inconsolável. Voltamos para a capela como que andando sobre nuvens. Nosso coração nunca antes se sentira tão leve, nossa alegria era mais plena, e nosso entendimento mais profundo. Uma professora inspirada conseguira ensinar aos seus garotos uma eterna lição de verdade divina. ‘É melhor dar que receber.’” (“Um Simples Professor”, A Liahona, outubro de 1973, p. 8) Todo membro da Igreja é um professor. Todos nós ensinamos o evangelho aos outros por meio de palavras e atos. Quando fomos batizados, prometemos “(…) servir de testemunhas de Deus em todos os momentos e em todas as coisas e em todos os lugares em que vos encontreis, mesmo até a morte (…)”. (Mosias 18:9) Depois de batizados, devemos proclamar o evangelho aos nossos vizinhos e a todas as pessoas sobre a face da Terra. Devemos também ensinar nossos filhos e os outros membros da Igreja. Estudo e Preparação Mostre a gravura 33-b, “Uma irmã usando as escrituras para ensinar”. Para nos tornarmos boas professoras, devemos preparar-nos bem. Todas nós temos o dom de ensinar, mas cada uma de nós pode melhorar ainda mais. O Presidente David O. McKay disse: “Professor algum pode ensinar aquilo que não sabe. Nenhum professor pode ensinar aquilo que não vê nem sente”. (Treasures of Life, 1962, p. 476) Peça aos membros da classe que pensem em maneiras de preparar uma aula enquanto você lê a seguinte citação: “Estabeleça uma hora e lugar específicos para planejar sua lição. Faça com que os materiais—escrituras, livro de lição, referências, papel, lápis, estejam à mão. (…) 257
  • 271. 33-b, Uma irmã usando as escrituras para ensinar. 258
  • 272. Lição 33 Comece o seu planejamento com uma oração. Este é o evangelho [do Senhor] e você é Sua professora, mestra de Seus filhos. Pergunte ao Senhor como é que Ele quer que a mensagem seja ensinada. (…) Sempre que sentir alguma necessidade em especial, acompanhe sua oração com um jejum, a fim de ficar em harmonia com o Espírito do Senhor.” [Programa de Aperfeiçoamento Didático, Curso Básico (1971), p. 133] Escreva no quadro-negro os materiais que você necessita para preparar uma aula. O que deve você fazer ao se preparar? Os seguintes passos são sugeridos para a preparação de uma aula: 1. Estabeleça qual é o objetivo da lição. Na maioria dos manuais da Igreja, o objetivo é apresentado no princípio. O objetivo é a idéia principal que desejamos que os membros da classe aprendam, lembrem e ponham em prática. Escreva o seu objetivo e pense nele ao preparar a lição. 2. Conheça o material da lição. Estude o material da lição, tanto o manual como as escrituras, com bastante antecedência; decida quais os pontos mais importantes. Faça sempre uma preparação compenetrada e fervorosa. 3. Reúna auxílios didáticos, por meio de pesquisa e estudo. Para criar interesse pela lição, use coisas que a classe possa ver. Objetos, cartazes, gravuras ou outros itens constituem ótimos auxílios didáticos. Criar interesse pela lição é algo importante ao se ensinar pessoas de todas as idades. 4. Organize os auxílios didáticos da lição, bem como os seus materiais. Arrume seus materiais na mesma ordem em que serão usados na aula. Isso, se feito com antecedência, ajudará a evitar confusão. Devemos Amar Aqueles que Ensinamos O Élder Boyd K. Packer disse: “O bom professor já estudou a lição. O excelente professor estuda também seus alunos, séria e atentamente. (…) Ao estudar cuidadosamente as expressões e características de seus alunos, você poderá ganhar dentro do coração (…) um sentimento semelhante à inspiração; é o amor, que o compele a encontrar um meio de fazer o trabalho do Senhor, de alimentar suas ovelhas”. (“Study Your Students”, Instructor, janeiro de 1963, p. 17) Os alunos que se sentem amados, têm mais confiança e sentem o desejo de melhorar. Os alunos que são amados também aprendem a amar o seu próximo. Os professores que amam seus alunos, recebem a inspiração do Senhor e compreendem melhor as necessidades deles. 259
  • 273. Lição 33 “Mesmo o professor não treinado na arte tradicional do ensino pode ser de grande influência sobre o indivíduo que ensina, se o ama, respeita, e mostra interesse pessoal por sua pessoa. Lembro-me de um professor que eu considerava uma pessoa ríspida e maçante encontrou-me certo dia e deu-me um livro que achava ser do meu interesse. Eu não estava particularmente interessado no livro. (…) Mas daquele dia em diante, ganhei uma nova apreciação pelo professor que tinha demonstrado interesse por mim, sendo, assim, capaz de exercer influência sobre minha pessoa.” (William E. Berrett, “Teaching: An Extension of Your Personality”, Ensign, abril de 1973, p. 61) Como podemos demonstrar aos nossos alunos que os amamos, tanto na sala de aula como fora dela? Devemos Orar Pedindo Ajuda do Espírito Mostre a gravura 33-c, “Uma professora ora pedindo orientação ao estudar as escrituras”. O Presidente Brigham Young disse: “Após fazermos todo o possível para conseguir sabedoria nos melhores livros etc., existe ainda uma fonte, aberta para todos: ‘Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus’”. [Discursos de Brigham Young, sel. John A. Widtsoe (1954), p. 261] Se queremos ter o dom de ensinar, devemos orar ao Pai Celestial, que nos ajudará a preparar a lição, a conhecer e amar nossos alunos. Se procurarmos Sua ajuda, Ele estará conosco quando ensinarmos. Conclusão Temos a responsabilidade de ensinar o evangelho a nossos filhos, aos outros membros da Igreja, aos nossos familiares que não são membros e ao nosso próximo no mundo inteiro. O Élder Vaughn J. Featherstone, citando o Presidente David O. McKay, disse: “Não há no mundo, maior responsabilidade do que a educação de uma alma humana. Grande parte da mordomia pessoal de cada pai e cada professor da Igreja é ensinar e educar”. (“O Verdadeiro Professor”, A Liahona, fevereiro de 1977, p. 96) O Senhor espera que nos preparemos para ensinar com eficiência. Preparar-se significa estudar, orar e ensinar por meio da influência do Espírito Santo. Desafio Escolha um princípio do evangelho para ensinar esta semana. Ore para descobrir oportunidades diárias para ensiná-lo. Avalie seus esforços no fim da semana e veja como pode continuar a melhorar. 260
  • 274. 33-c, Uma professora ora pedindo orientação ao estudar as escrituras. 261
  • 275. Lição 33 Escrituras Adicionais • Deuteronômio 6:5–7 (ensinar as crianças diligentemente e sempre) • Mosias 4:14–15 (ensinar amor às criancinhas) • Doutrina e Convênios 42:14 (ensinar pelo Espírito) • Doutrina e Convênios 68:25–28 (ensinar o evangelho aos filhos) • Moisés 6:57 (ensinar arrependimento aos filhos) Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 262
  • 276. O ENSINO POR MEIO DAS ESCRITURAS Lição 34 O propósito desta lição é ajudar a prepararmo-nos para ensinar as escrituras. As Escrituras São o Nosso Maior Recurso de Ensino Mostre as gravuras 34-a, “Esta professora sabe que deve estudar as escrituras, mas também ponderar as coisas que aprendeu”, e 34-b, “Esta irmã usa as escrituras para ensinar e as crianças têm seus próprios exemplares das escrituras para acompanhar a aula”. O Presidente J. Reuben Clark Jr. disse certa vez a um grupo de professores da Igreja: “(…) Seu dever essencial (…) é o de ensinar o evangelho de Jesus Cristo. (…) Vocês devem ensinar esse evangelho, usando como fonte e autoridade as obras-padrão da Igreja e as palavras daqueles a quem Deus chamou para guiar Seu povo nestes últimos dias”. [The Charted Course of the Church in Education (1938) p. 10–11] Conhecer as escrituras e usá-las quando ensinamos é o maior auxílio didático que podemos ter. O Senhor ensinou a importância de se conhecer e ensinar as escrituras. Aos nefitas, durante Sua visita após a ressurreição, Ele disse: “Ordeno- vos que examineis estas coisas (escrituras) diligentemente”. (3 Néfi 23:1) Ele também ordenou-lhes que ensinassem o evangelho aos outros. (Ver 3 Néfi 23:14.) Em Doutrina e Convênios, Ele nos mandou examinar cuidadosamente as escrituras. (Ver D&C 1:37.) Devemos ensiná-las diligentemente porque elas testificam e ensinam a respeito de Cristo. As escrituras ensinam todas as coisas que devemos fazer para desfrutar as bênçãos da vida eterna. Além das obras-padrão, temos a palavra do Senhor dada na época atual por intermédio do Seu profeta vivo. As palavras dos profetas vivos, quando “movidos pelo Espírito Santo”, também são consideradas escritura. (Ver D&C 68:1–4.) Os manuais da Igreja e A Liahona ajudam- nos a aprender as palavras dos profetas e as outras escrituras. Onde podemos encontrar as palavras do profeta vivo? 263
  • 277. 34-a, Esta professora sabe que deve estudar as escrituras, mas também ponderar as coisas que aprendeu. 264
  • 278. Lição 34 A Aplicação das Escrituras à Nossa Vida Quando Leí e sua família chegaram à terra prometida, Néfi ensinou as escrituras a seus irmãos. Ele ensinou de modo que o povo pudesse entender, e lhes disse: “(…) apliquei todas as escrituras a nós, para nosso proveito e instrução”. (1 Néfi 19:23) As escrituras nos ensinam “o que o Senhor havia feito em outras terras entre os povos antigos”. (1 Néfi 19:22) Embora tenham sido escritas no passado, elas continuam sendo de importância para nós atualmente. Os bons professores conseguem aplicar as escrituras à vida moderna e mostram-nos como os eventos do passado podem ajudar-nos a compreender o presente. Mostre a gravura 34-c, “Néfi e Leí com a Liahona”. Peça a um membro da classe que leia 1 Néfi 16:9–12, 15–31. Com referência a esta história do Livro de Mórmon sobre a família de Leí e a Liahona, o Presidente Spencer W. Kimball disse: “Podem-se imaginar no lugar dele (Néfi), quando ouviu seu pai chamar enfaticamente a sua atenção para algo que havia encontrado fora da porta de sua tenda? (…) era uma esfera esmeradamente trabalhada; e era feita de latão puro, e nenhum de vocês jamais viu algo semelhante. (1 Néfi 16:10) Se vocês (…) observassem cuidadosamente o modo de operar dessa esfera incomum, observariam que ela trabalhava conforme a fé, diligência e atenção que lhes davam concernente ao caminho que deviam seguir. (1 Néfi 16:28) Que pensariam, se, após um exame mais detalhado, notassem que havia uma escrita sobre a esfera, que era fácil de ser lida e (…) explicava os caminhos do Senhor? Que aconteceria, se as instruções mudassem de tempos em tempos, à medida que o Senhor fazia exigências adicionais e isto de acordo com a fé e diligência que a família lhe dava? (1 Néfi 16:29) A esfera ou Liahona—que é interpretada como sendo uma bússola—foi preparada pelo Senhor especialmente para mostrar a Leí o caminho que deveria seguir no deserto. Gostariam de ter esse tipo de esfera— cada um de vocês—para que sempre que estivessem errados, ela indicasse o caminho certo e escrevesse mensagens para vocês, (…) a fim de que sempre pudessem saber quando estivessem em falta ou trilhando o caminho errado? Todos vocês têm essa esfera. (…) O Senhor deu (…) a cada pessoa, uma consciência que lhe avisa cada vez que começa a trilhar o caminho errado. A pessoa sempre recebe conhecimento, se estiver ouvindo; mas, muitas vezes, as pessoas estão tão acostumadas a ouvir as mensagens, que acabam ignorando-as, e finalmente a esfera não as registra. 265
  • 279. 34-b, Esta irmã usa as escrituras para ensinar e as crianças têm seus próprios exemplares das escrituras para acompanhar a aula. 266
  • 280. Lição 34 Vocês devem imaginar que possuem uma coisa semelhante à bússola ou Liahona, em seu próprio corpo. Cada criança a recebe. (…) Se ela ignorar a Liahona que existe em seu próprio ser, pode ser que não mais receba seus sussurros. Mas lembremo-nos de que cada um de nós tem esse aparelho que nos orientará para o bem, e nosso navio não seguirá o curso errado (…) se ouvirmos os ditames de nossa própria Liahona, que chamamos de consciência”. (“Nossa Própria Liahona”, A Liahona, fevereiro de 1977, pp. 70–71) Como foi que o Presidente Kimball relacionou as escrituras a nós na época atual? Quando conhecemos as escrituras, podemos aplicar princípios verdadeiros à nossa vida. Os exemplos seguintes mostram de que forma certa mãe ensinou seus filhos por meio das escrituras: Na hora de se reunir para orar, certa noite, Ana, de quatro anos de idade, disse que não queria participar da oração. A mãe procurou convencê-la a orar, mas a menininha se recusava terminantemente. Então sua mãe lhe contou a história de Daniel. Peça à irmã designada que leia Daniel 6:1–23 ou que conte a história com suas próprias palavras. A mãe então explicou que a oração era algo muito importante para Daniel. Ele orava, mesmo quando sabia que seria morto por fazê-lo. Em seguida, ela perguntou a Ana: “Agora que você sabe quão importante é a oração, gostaria de que alguém a ajudasse a orar?” Em outra ocasião, Ana e sua irmã Lúcia estavam discutindo em voz alta, pois ambas queriam a mesma boneca. A mãe aproximou-se das garotas e perguntou: “Por que não cortamos a boneca em duas e damos metade para cada uma?” “Não”, disse Ana, “não corte a boneca.” “Corte, sim”, gritou Lúcia. A mãe então respondeu: “A boneca deve ser de Ana. Querem saber como é que eu sei?” E então ela leu e conversou com as garotas sobre a história encontrada em I Reis 3:16–27. Peça à irmã designada que leia ou conte a história que está em I Reis 3:16–27 com suas próprias palavras. Como foi que as escrituras ajudaram esta irmã a ensinar suas filhas? Ler Mateus 25:1–13 e Enos 1:2–5. Como Preparar-nos para Ensinar as Escrituras O Presidente Harold B. Lee declarou: “Digo que precisamos ensinar nosso povo a encontrar suas respostas nas escrituras. (…) Mas, o problema é que muitos de nós não estão lendo as escrituras. Não 267
  • 281. 34-c, Néfi e Leí com a Liahona. 268
  • 282. Lição 34 sabemos o que há nelas, e portanto, fazemos especulações sobre coisas que deveríamos ter encontrado nas próprias escrituras. Acho que nisso está um de nossos maiores perigos da atualidade”. (“Encontre as Respostas nas Escrituras”, A Liahona, dezembro de 1973, p. 5) Ninguém nos forçará a estudar as escrituras. Podemos encontrar muitas desculpas para não o fazermos. Devemos planejar o nosso estudo. (Ver a lição 32, “O Aprendizado do Evangelho em Nosso Lar”, neste manual.) Como podemos sobrepujar as dificuldades do estudo das escrituras? Se queremos ensinar as escrituras, devemos fazer mais do que apenas lê-las, sem pensar. Peça aos membros da classe que leiam Morôni 10:3. O que Morôni nos fala sobre o aprendizado por meio das escrituras? O Presidente Marion G. Romney disse: “Ao ler as escrituras, fui desafiado pela palavra ponderar. (…) O dicionário diz que ponderar significa ‘considerar, medir, pesar’. Ponderar é, ao meu ver, uma forma de oração. Tem, pelo menos, sido um recurso para o Espírito do Senhor”.(A Liahona, dezembro de 1973, p. 44) Uma vez que tivermos lido e ponderado as escrituras, podemos pedir ao Pai Celestial que nos ajude a saber se são verdadeiras pelo poder do Espírito Santo, como Morôni prometeu. Por meio da orientação do Espírito, podemos também ser consolados e encontrar as respostas para os nossos problemas estudando as escrituras. Essa experiência nos ajudará a ensinar outras pessoas. Convide os membros da classe a relatar como o estudo das escrituras tem abençoado sua vida e contribuído em sua preparação para ensinar outras pessoas. Conclusão Para podermos ensinar as escrituras, devemos preparar-nos, lendo-as freqüentemente. Devemos ponderar a respeito daquilo que estamos lendo. Devemos orar com intenção real e sincera e então praticar o conhecimento e a compreensão alcançados por intermédio do Espírito. Depois de termos feito isso, podemos ensinar as escrituras com poder. Desafio Marque as escrituras que são particularmente significativas para você. Faça uma comparação com sua própria vida. Nas noites familiares, às refeições ou em outros momentos em que estiver com a família, fale sobre as histórias das escrituras. Aplique-as à sua vida. 269
  • 283. Lição 34 Escrituras Adicionais 2 Néfi 4:15–16 (o amor de Néfi pelas escrituras) 2 Néfi 32:3 (banquetear-se nas palavras de Cristo) Alma 37:38–47 (os ensinamentos sagrados de Alma a seu filho Helamã sobre a Liahona) Doutrina e Convênios 11:21–22 (obter a palavra de Deus) Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Estude Princípios do Evangelho, capitulo 10 “As Escrituras”. 2. Examine a lição 32 deste manual, “O Aprendizado do Evangelho em Nosso Lar”. 3. Peça à duas irmãs que leiam as seguintes escrituras ou que relatem a passagem com suas próprias palavras: Daniel 6:1–23 e I Reis 3:16–27. 4. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 270
  • 284. O ENSINO PELO PODER E INFLUÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO Lição 35 O propósito desta lição é ajudar-nos a ensinar o evangelho pelo poder do Espírito Santo. Os Professores Precisam da Orientação do Espírito Santo O Senhor ordenou que ensinássemos uns aos outros as coisas relacionadas ao Seu reino. (D&C 88:77) Para ensinar, devemos ter um testemunho da verdade do evangelho restaurado de Jesus Cristo. Temos que ensinar com o poder e a influência do Espírito Santo. O Presidente David O. McKay disse: “Professores, comecem a preparar suas lições com uma oração. Ensinem-nas em espírito de oração e, então, orem para que Deus torne sua mensagem mais significativa (…) por meio da influência de Seu Santo Espírito”. [Gospel Ideais (1953), p. 223] O Élder Hartman Rector Jr. contou uma história sobre o Presidente Harold B. Lee: “Logo depois que ele foi ordenado ao ofício [de Presidente], (…) um jornalista (…) perguntou: ‘O que o senhor espera realizar durante sua administração como presidente da Igreja?’ (…) ‘Bem’, disse ele, ‘só posso responder a tal pergunta com as palavras de um grande profeta, ao ser-lhe dada uma designação pelo Senhor, de conseguir um registro antigo’. Disse ele: ‘E fui conduzido pelo Espírito, não sabendo de antemão o que deveria fazer’. (1 Néfi 4:6)” (Conference Report, outubro de 1973, p. 134; Ensign, janeiro de 1974, p. 106) Como professoras, também devemos ser dirigidas pelo Espírito. Para ensinar o evangelho de Jesus Cristo, temos que ser dirigidas pelo Espírito Santo. Peça às alunas que leiam Doutrina e Convênios 42:12–14. De acordo com essa escritura, o que devemos ensinar? Onde encontramos tais princípios? Como conseguimos o Espírito com o qual devemos 271
  • 285. Lição 35 ensinar? Se não temos a influência do Espírito Santo, por que não devemos ensinar? A influência do Espírito Santo pode fazer com que as palavras do professor calem profundamente no coração dos ouvintes. “(…) porque quando um homem fala pelo poder do Espírito Santo, o poder do Espírito Santo leva as suas palavras ao coração dos filhos dos homens.” (2 Néfi 33:1) Mostre a gravura 35-a, “O rei Benjamim ensinando seu povo do alto de uma torre”. O rei Benjamim reuniu seu povo para dar-lhe instruções especiais, pois desejava fortalecê-lo espiritualmente. Peça às alunas que leiam Mosias 5:1–2. O que foi que fez com que o povo acreditasse nas palavras do rei Benjamim? Peça a uma irmã que leia Mosias 5:3–4. Qual foi o efeito da fé exercida pelo povo? Como Conseguir a Orientação do Espírito Santo Os filhos de Mosias ensinaram o evangelho pela influência do Espírito Santo. Eles receberam essa orientação depois de muito esforço. Peça a uma irmã que leia Alma 17:2–3. Quais os três passos seguidos pelos filhos de Mosias para ensinar com poder? Escreva-os no quadro-negro. Depois de se preparar por meio do estudo, o professor deve orar para receber a orientação do Espírito Santo. O Presidente Marion G. Romney, contou a experiência de sua esposa que ensinou por meio do Espírito. Ela devia dar uma aula sobre a visão do Profeta Joseph Smith do Pai e do Filho. Na sua classe, havia uma senhora não-membro, formada na universidade. A irmã Romney teve medo de que sua lição não fosse aceita por essa mulher instruída e não tinha a certeza, ela mesma, de que a visão fosse verdadeira. Ao explicar seu problema para sua mãe, a irmã Romney disse: “‘Não posso dar aquela aula. Não sei se Joseph Smith teve aquela visão.’ Sua mãe não era uma mulher culta, mas possuía um testemunho. Disse para a filha: ‘Você sabe como o Profeta teve a visão, não sabe?’ ‘Sim’, respondeu a filha, ‘recebeu-a, orando a Deus, pedindo sabedoria’. (…) A filha foi para o seu quarto e tentou. (…) O resultado foi que (…) deu a lição convincentemente, com poder acima de suas capacidades naturais. Como pôde fazê-lo? Bem, o Espírito Santo veio-lhe em resposta à sua indagação. Sentiu um ardor em sua alma. Sabia que Joseph Smith tivera a visão, tanto quanto ele sabia. Não vira exatamente as mesmas coisas 272
  • 286. 35-a, O rei Benjamim ensinando seu povo do alto de uma torre. 273
  • 287. Lição 35 que o Profeta, mas possuía o mesmo conhecimento. Sabia, pela descrição de Joseph Smith, o que ele vira, e tinha um testemunho do Espírito Santo de que o relato do Profeta era verdadeiro.” (“Como Obter um Testemunho”, A Liahona, outubro de 1976, p. 3) Quais os passos seguidos pela irmã Romney? Compare-os com os três passos descritos no quadro-negro. Por que o fato de ter orado, além de estudar, deu-lhe confiança suficiente? Como chamamos o que a irmã Romney recebeu? Qual a diferença entre simplesmente ler uma declaração verdadeira e ouvir alguém em quem você confia dizer que sabe ser essa declaração uma verdade? Peça às irmãs que leiam Morôni 10:4–5. Como é que o Espírito Santo nos diz a verdade? O que temos que fazer para receber tal testemunho? Como Prestar Testemunho Ensinar com testemunho significa ensinar com conhecimento de que o evangelho é verdadeiro. Com o espírito de testemunho, podemos ajudar os outros a compreender o evangelho restaurado. O Espírito Santo pode testemunhar a verdade dos princípios do evangelho aos ouvintes. (Ver I Coríntios 2:12–13.) Mostre a gravura 35-b, “Dois missionários à porta de um pesquisador”. O Élder Alvin R. Dyer contou a seguinte história: “Dois missionários chegaram a uma casa à tarde. (…) A família (…) estava acabando de preparar-se para o jantar. (…) Os missionários tinham tido pouco sucesso (…) e a mulher começou a fechar a porta. (…) Os missionários (…) prestaram testemunho da veracidade do evangelho. (…) Um dos élderes levantou sua voz de propósito, para que aqueles que estivessem dentro pudessem escutá-lo. (…) Os missionários saíram apressadamente (…) Eles tinham andado uma meia quadra, quando ouviram alguém os chamar. (…) Um jovem de mais ou menos quatorze anos de idade alcançou-os e disse: ‘Meu pai quer que vocês voltem’. Os missionários correram de volta para a casa. (…) O pai disse que não tinha ficado impressionado com o que eles tinham dito à porta, até ouvi-los prestar o seu testemunho. ‘Então’, disse ele, ‘um sentimento estranho se apoderou de mim, e fiquei sabendo que tinha errado ao mandá-los embora’. O interesse recém-adquirido, ocasionado pelo testemunho e espírito de convicção, conduziu esta família ao batismo.” (“When Thou Art Converted”, Instructor, julho de 1961, p. 225) Por que o pai pediu que os missionários voltassem? Peça às duas irmãs designadas que contem como se sentiram quando lhes foi ensinado o evangelho. 274
  • 288. 35-b, Dois missionários à porta de um pesquisador. 275
  • 289. Lição 35 Conclusão Quando ensinamos com o Espírito Santo, acrescentamos conhecimento, compreensão, testemunho e fé tanto à nossa vida como à daqueles a quem ensinamos. Devemos ser dignos e estar preparados para ensinar pelo poder do Espírito Santo. Se fizermos uma boa preparação, ensinaremos a verdade de forma convincente. Recebemos a influência do Espírito Santo quando estudamos, oramos e vivemos os mandamentos de Deus. “E o Espírito ser-vos-á dado pela oração da fé, e se não receberdes o Espírito, não ensinareis. (…) E ao elevardes vossa voz pelo Consolador, falareis e profetizareis como me parecer melhor; Porque eis que o Consolador conhece todas as coisas.” (D&C 42:14,16–17) Desafio Busque a orientação do Espírito Santo estudando, orando e jejuando. São esses os passos que nos preparam para ensinar. Procure oportunidades para ensinar crianças, outros membros da família, amigos e vizinhos. Escrituras Adicionais Lucas 24:32 (o coração dos discípulos arde dentro do peito) João 14:26 (o Espírito Santo ensina todas as coisas) 2 Néfi 32:7–8 (escutar o Espírito) Alma 5:43–52 (Alma testifica do Santo Espírito) Morôni 10:7–8 (dons de Deus dados pelo Espírito de Deus) Preparação da Professora Antes de apresentar esta lição: 1. Siga os passos delineados na lição para receber a ajuda do Espírito Santo. 2. Peça à duas alunas que contem como se sentiram, quando lhes foi ensinado o evangelho. 3. Designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras e citações da lição. 276
  • 290. PRESIDENTES DA IGREJA 1. Joseph Smith Nasceu em 23 de dezembro de 1805, em Sharon, Windsor, Condado de Vermont, filho de Joseph Smith, Sr. e Lucy Mack Smith. Recebeu o Sacerdócio de Melquisedeque dos Apóstolos Pedro, Tiago e João (foi chamado por Deus para ser o primeiro élder da Igreja em 6 de abril de 1830; foi ordenado sumo sacerdote em 3 de junho de 1831, por Lyman Wight, e apoiado como Presidente do Sacerdócio maior em 25 de janeiro de 1832, na conferência de Amherst, Condado de Loraine, Ohio. Morreu como mártir em 27 de junho de 1844, na cadeia de Carthage, Carthage, Condado de Hancock, Illinois, aos 38 anos. 2. Brigham Young Nasceu em 1º de junho de 1801, em Whitingham, Condado de Windham, Vermont, filho de John Young e Abigail Howe Young. Foi ordenado Apóstolo em 14 de fevereiro de 1835 pelas Três Testemunhas do Livro de Mórmon: Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris; foi apoiado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 14 de abril de 1840, A Primeira Presidência da Igreja foi organizada tendo Brigham Young como Presidente da Igreja em 27 de dezembro de 1847. Faleceu em 29 de agosto de 1877 em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 76 anos. 3. John Taylor Nasceu em 1º de novembro de 1808, em Milnthorpe, Condado de Westmoreland, Inglaterra, filho de James Taylor e Agnes Taylor Taylor. Foi ordenado Apóstolo em 19 de dezembro de 1838 por Brigham Young e Heber C. Kimball; apoiado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 6 de outubro de 1877, e como Presidente da Igreja em 10 de outubro de 1880. Faleceu em 25 de julho de 1887, em Kaysville, Condado de Davis, Utah, aos 78 anos. 4. Wilford Woodruff Nasceu em 1º de março de 1807, em Avon (Farmington), Condado de Hartford, Connecticut, filho de Aphek Woodruff e Beulah Thompson Woodruff. Foi ordenado Apóstolo em 26 de abril de 1839, por Brigham Young; apoiado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 10 de outubro de 1880, e como Presidente da Igreja em 7 de abril de 1889. Faleceu em 2 de setembro de 1898 em São Francisco, Condado de São Francisco, Califórnia, aos 91 anos. 277
  • 291. Presidentes da Igreja 5. Lorenzo Snow Nasceu em 3 de abril de 1814 em Mantua, Condado de Portage, Ohio, filho de Oliver Snow e Rosetta Leonora Pettibone Snow. Foi ordenado Apóstolo em 12 de fevereiro de 1849, por Heber C. Kimball; apoiado como Conselheiro do Presidente Brigham Young em 8 de abril de 1873, como Conselheiro Assistente do Presidente Brigham Young em 9 de maio de 1874, como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 7 de abril de 1889; a Primeira Presidência da Igreja foi organizada tendo Lorenzo Snow como Presidente da Igreja em 13 de setembro de 1898. Faleceu em 10 de outubro de 1901, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 87 anos. 6. Joseph Fielding Smith Nasceu em 13 de novembro de 1838, em Far West, Condado de Caldwell, Missouri, filho de Hyrum Smith e Mary Fielding Smith. Foi ordenado Apóstolo e chamado como Conselheiro da Primeira Presidência em lº de julho de 1866 por Brigham Young; tornou-se membro do Quórum dos Doze Apóstolos em 8 de outubro de 1867; foi desobrigado como Conselheiro da Primeira Presidência com a morte do Presidente Young em 29 de agosto de 1877; apoiado como Segundo Conselheiro do Presidente John Taylor em 10 de outubro de 1880, e desobrigado com a morte desse presidente em 25 de julho de 1887; apoiado como Segundo Conselheiro do Presidente Wilford Woodruff em 7 de abril de 1889; apoiado como Segundo Conselheiro do Presidente Lorenzo Snow em 13 de setembro de 1898; apoiado como Primeiro Conselheiro do Presidente Lorenzo Snow em 6 de outubro de 1901, (sem ser designado para esse chamado); foi desobrigado com a morte do Presidente Snow em 10 de outubro de 1901; a Primeira Presidência da Igreja foi organizada tendo Joseph F. Smith como Presidente da Igreja em 17 de outubro de 1901. Faleceu em 19 de novembro de 1918, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 80 anos. 7. Heber Jeddy Grant Nasceu em 22 de novembro de 1856, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, filho de Jedediah Morgan Grant e Rachel Ridgeway Ivins Grant. Foi ordenado Apóstolo em 16 de outubro de 1882 por George Q. Cannon; foi designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 23 de novembro de 1916; foi abençoado e designado como Presidente da Igreja em 23 de novembro de 1918. Faleceu em 14 de maio de 1945, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 88 anos. 8. George Albert Smith Nasceu em 4 de abril de 1870, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, filho de John Henry Smith e Sarah Farr Smith. Foi ordenado Apóstolo em 8 de outubro de 1903, por Joseph F. Smith; 278
  • 292. Presidentes da Igreja designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 8 de julho de 1943; foi ordenado e designado como Presidente da Igreja em 21 de maio de 1945. Faleceu em 4 de abril de 1951, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 81 anos. 9. David Oman McKay Nasceu em 8 de setembro de 1873, em Huntsville, Condado de Weber, Utah, filho de David McKay e Jennette Eveline Evans McKay. Foi ordenado Apóstolo em 9 de abril de 1906 por Joseph F. Smith; apoiado como Segundo Conselheiro do Presidente Heber J. Grant em 6 de outubro de 1934; apoiado como Segundo Conselheiro do Presidente George Albert Smith em 21 de maio de 1945; apoiado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 30 de setembro de 1950; apoiado como Presidente da Igreja, em 9 de abril de 1951. Faleceu em 18 de janeiro de 1970, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 96 anos. 10. Joseph Fielding Smith Nasceu em 19 de julho de 1876, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, filho de Joseph F. Smith e Julina Lambson Smith. Foi ordenado Apóstolo em 7 de abril de 1910 por Joseph F. Smith; apoiado como Presidente em Exercício do Quórum dos Doze Apóstolos em 30 de setembro de 1950; apoiado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 9 de abril de 1951; apoiado como Conselheiro na Primeira Presidência em 29 de outubro de 1965; ordenado e designado como Presidente da Igreja em 23 de janeiro de 1970. Faleceu em 2 de julho de 1972, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 95 anos. 11. Harold Bingham Lee Nasceu em 28 da março de 1899 em Clifton, Condado de Oneida, Idaho, filho de Samuel M. Lee e Louisa Bingham Lee. Foi ordenado Apóstolo em 10 de abril de 1941 por Heber J. Grant; designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 23 de janeiro de 1970; apoiado como Primeiro Conselheiro do Presidente Joseph Fielding Smith em 23 de janeiro de 1970; ordenado e designado como Presidente da Igreja em 7 de julho de 1972. Faleceu em 26 de dezembro de 1973 em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 74 anos. 12. Spencer Woolley Kimball Nasceu em 28 de março de 1895, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, filho de Andrew Kimball e Olive Woolley Kimball. Foi ordenado Apóstolo em 7 de outubro de 1943 por Heber J. Grant; foi designado como Presidente em Exercício do Quórum dos Doze Apóstolos em 23 de janeiro de 1970; tornou-se Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 7 de julho de 1972; ordenado e designado como Presidente da Igreja em 30 de dezembro de 1973. Faleceu em 5 de novembro de 1985, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 90 anos. 279
  • 293. Presidentes da Igreja 13. Ezra Taft Benson Nasceu em 4 de agosto de 1899, em Whitney, Condado de Franklin, Idaho, filho de George T. Benson e Sarah Dunkley Benson. Foi ordenado Apóstolo em 7 de outubro de 1943 por Heber J. Grant; foi designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 30 de dezembro de 1973; ordenado e designado como Presidente da Igreja em 10 de novembro de 1985. Faleceu em 30 de maio de 1994, em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 94 anos. 14. Howard William Hunter Nasceu em 14 de novembro de 1907, em Boise, Condado de Ada, Idaho, filho de John William Hunter e Nellie Marie Rasmussen Hunter. Foi ordenado Apóstolo em 15 de outubro de 1959 por David O. McKay; foi designado como Presidente em Exercício do Quórum dos Doze Apóstolos em 10 de novembro de 1985; designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 2 de junho de 1988; ordenado e designado como Presidente da Igreja em 5 de junho de 1994. Faleceu em 3 de março de 1995 em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, aos 87 anos. 15. Gordon Bitner Hinckley Nasceu em 23 de junho de 1910 em Salt Lake City, Condado de Salt Lake, Utah, filho de Bryant S. Hinckley e Ada Bitner Hinckley. Foi apoiado como Assistente dos Doze em 6 de abril de 1958; ordenado Apóstolo no dia 5 de outubro de 1961 por David O. Mckay; designado como Conselheiro do Presidente Spencer W. Kimball em 23 de julho de 1981; designado como Segundo Conselheiro do Presidente Kimball em 2 de dezembro de 1982; foi chamado para servir como Primeiro Conselheiro do Presidente Ezra Taft Benson em 10 de novembro de 1985; designado como Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos em 5 de junho de 1994; chamado como Primeiro Conselheiro do Presidente Howard W. Hunter em 5 de junho de 1994; foi ordenado e designado como Presidente da Igreja em 12 de março de 1995. 280
  • 294. ÍNDICE A integração, lição sobre, 130–137 Abinádi Diante do Rei Noé, Amor gravuras 11 convênio do, 57–58 de Cristo, 55–56 Aconselhar-nos com nossa família lição sobre, 55–59 conselho familiar, 111–113 mandamento de amar, 56 lição sobre, 108–114 perfeito amor—caridade, 55 valor de, 113 serviço edifica o, 57 Administrar Animais, criar, 188 bem o lar, lição sobre, 146–151 finanças da família, lição sobre, Anunciação do Nascimento de 152–159 Cristo aos Pastores, A, gravuras 5 Água, usar água pura para misturar Arrependimento com o leite para bebês, 167 escrituras sobre, 21 lição sobre, 12–21 Alma Batizando nas Águas de o que precisamos para nos Mórmon, gravuras 12 arrepender, 15 o que significa arrepender-se, Ambiente no lar 12–15 arte, 240 todos precisam, 15–16 belezas naturais podem traz perdão, 16–21 melhorar o, 240–242 como melhorar o, 235–243 Arte criar um ambiente mais desenvolver talentos, 240 espiritual, lição 233–244 incentivar no lar, 240 entretenimento, 242–243 escrituras e livros, 242 Árvores frutíferas, plantar, 188–190 influenciar o, 233–243 limpeza , 243 Autodomínio música no lar, 235–240 conhecer a nós mesmos, 226 ordem, 243 desenvolver e ensinar, lição quadros para embelezar, 240 sobre, 223–232 talentos e trabalhos manuais, 240 ensinar os filhos, 227–231 televisão, 243 estabelecer metas, 226–227 ganhar, 226–227 Amigos necessário para o progresso, convidar para ir à nossa casa ou 223–226 às reuniões da Igreja, 135–136 orar e ler as escrituras para a trabalho missionário e ajudar a desenvolver o, 227 281
  • 295. Índice Auto-suficiência e produção Casamento eterno doméstica, 186–188 bênçãos do, 68–71 escolher um companheiro B eterno, 71–72 lição sobre o, 66–74 Batismo por que no templo, 66–68 convênio do, 24 preparar-se para, 71–72 e a vida eterna, 22–24 razões para, 66 escrituras sobre o, 28 requisitos para, 71 lição sobre o, 22–28 sacrificar-se para, 72–73 obrigações depois do, 26–28 por que devemos ser batizados, Caridade 22 lição sobre a, 55–59 requisitos para o, 24 perfeito amor, 55 puro amor de Cristo, 55 Bebês serviço e, 57–58 comida para, 167–169 leite materno e mamadeira, 166–168 Carne e legumes nutrição dos, 165–169 para uma boa nutrição, 160, 163 quando dar outros alimentos, 168–169 Castidade ensinar aos filhos, 61–65 Bem-estar dos outros, preocupação escrituras sobre a, 65 pelo, 26 exemplo dos pais e a, 65 importância da, 60–61 Benson, Ezra Taft, breve biografia, lei da, 60 280 lição sobre a, 60 namoro, 62–63 Bom exemplo, para a família, natureza sagrada do corpo, 60–61 amigos, não-membros, 135 quebrar a lei da castidade é pecado, 60–61 C Cereais Capacidade de trabalho para bebês, 169 Habilidade que nos falta, para uma boa nutrição, 163 193–195 desenvolver, lição sobre, 206–213 Confecção de itens necessários, 193 ganhar dinheiro em casa, 208–213 mães e, 206–207 Conselho familiar, realizar, 113 mulheres devem estar preparadas para ser donas de Construção da Arca, gravuras 1 casa e sustentar-se, 206–207 preparar-se para um emprego, Contenda 207–208 afasta o Espírito Santo, 31 razões pelas quais uma mulher vem do diabo, 31 talvez precise trabalhar fora, 206 Convênios 282
  • 296. Índice definição de, 24 Dois mil Guerreiros, Os, gravuras 13 do batismo, 24 sacramento, 24 E Corpo, santidade do, 60–61 Ensinar amar aqueles que ensinamos, Cristo 259–260 e as crianças, gravuras 10 aplicar as escrituras à nossa Crucificação, gravura da (2-c), vida, 265–267 18 as famílias o valor do trabalho e desenvolver fé em, 2–11 da responsabilidade, lição sobre, orando no Getsêmani, gravura 214–222 do (2-b), 17 autodomínio, lição sobre, tomar sobre nós o nome de, 24 223–232 ensinar uns aos outros, 254–257 D escrituras sobre, 260–262 estudo e preparação, 257–259 Desenvolver orar para ter o Espírito para, 260 capacidade de trabalho, aula por intermédio do poder e sobre, 206–213 influência do Espírito Santo, e ensinar o autodomínio, aula lição sobre 271–276 sobre, 223–232 por meio das escrituras, lição talentos, aula sobre, 198–205 sobre, 263–270 Dívidas preparar-se para ensinar com as evitar, 158 escrituras, 267–269 lidar com as finanças da família, preparar-se para, lição sobre, aula sobre, 152–159 254–262 prestar testemunho, 274 Doenças, prevenção de ter a orientação do Espírito controle de micróbios, 170–171 Santo, 260, 272–274 hábitos saudáveis, 174 imunização, 171–174 Escola Dominical, 126 lição sobre, 170–175 Escrituras limpeza, 171 aplicar as escrituras à nossa livrar-se adequadamente de vida, 265–267 material fecal, 171 ensinar por meio das, lição manter insetos fora de casa, 171 sobre, 263–270 proteger os alimentos, 171 estudo das, ajuda-nos a receber sintomas de doenças, 174 testemunho, 40 tabela de imunização, (24-a), 172 preparar-se para ensinar, 267–269 tabela de resistência e imunidade a doenças, (24-a), Espírito Santo 172 adverte-nos, 33 tratar o doente, 174 ajuda-nos a progredir na Igreja, 32 buscar a companhia do, 35 como Ele nos ajuda, 32–35 283
  • 297. Índice como mantê-Lo conosco, 31–32 F consola, 33–34 decisões e, 32 Famílias ensinar com o poder e a aconselhar-se com a, lição sobre influência do, 271–272, 274 108–114 escrituras sobre o, 35, 276 administrar finanças da, lição inspira a desenvolver boas sobre, 152–159 qualidades, 32 ensinar o valor do trabalho e da lição sobre o dom do, 29–36 responsabilidade, lição não permanecerá com os sobre, 214–222 desobedientes, 31 nutrição da, lição sobre, 160–164 orientação do, 26, 271–274 Fé por que precisamos do, 29–31 como desenvolver, 2–5 prestar testemunho do, 274 definição de, 2 quem recebe, 35 escrituras sobre, 11 seguir os sussurros do, 134–135 exercer, 5–8 testifica da verdade, 34–35 guardar pela obediência, 8–10 Ester lição sobre, 2–11 diante do rei, gravura (6-a), 46 Filhos gravura 4 autodomínio, ensinar, 227–231 Evangelho crianças mais velhas a cuidar aprender em casa, lição sobre, dos menores, ensinar, 219 245–253 negócios da família, ensinar a atmosfera para aprendizado no cuidar dos, 129 lar, 246 princípios do evangelho, bênçãos de se estudar o, 252–253 ensinar os filhos a aplicar, 230 ensinar uns aos outros, 254–257 projetos de trabalho com os, 220 escrituras sobre o, 253, 260–262 responsabilidade, dar, 31 escrituras, estudo das, 248–252, trabalhar arduamente, ensinar 257–259 os filhos a, 214–215 momentos de ensinar o, 248 trabalho, ensinar os filhos a noite familiar e, 252 gostar de, 220–221 orar com a família, 246–248 Finanças pais devem ensinar o, 245 administrar as finanças da planejar o estudo com a família, família, lição sobre 152–159 246–252 dízimo para a Igreja, prestar testemunho aos filhos, contribuições, 154 252 economias, 154–157 Exemplo, para a família, amigos, evitar dívidas, 158 não-membros, 135 exemplo de orçamento (21-b), 155 necessidades, 157 orçamento, 154–158 planejar como usar as, 152–154 284
  • 298. Índice Fraquezas, Deus nos mostrará propósito das, 122–126 nossas, 16 reunião sacramental, 122–124 reuniões das mulheres, 126 Frutas reuniões do sacerdócio, 124 para bebês, 168 Sociedade de Socorro, 126 para uma boa nutrição, 160–163 Integração e obra missionária, lição G sobre 130–137 membros novos, 136 Grant, Heber J., breve biografia, 278 J Gravuras, 291 Jejum H bênçãos do, 43 crianças e, 44 Hinckley, Gordon B., breve e oração aumentam a biografia, 280 espiritualidade, 43 Horta escrituras sobre, 47 como fazer uma, 183 Ester e o, 45–47 conselho do profeta sobre, 176 fonte de poder, 45–47 em casa, lição sobre, 176–185 lição sobre o, 43–47 para uma boa nutrição, 176 obediência e, 47 planejar uma em casa, 177–183 obrigação depois do batismo, 26 preparação do solo, 183 oração e, 44 preparar o local para, 181–183 razão para se fazer um, 43 Humildade, requisito para o Jejum e testemunho, reunião de batismo, 24 ordenanças realizadas na, 124 propósito da, 124 Hunter, Howard W., breve quando realizar a, 124 biografia, 280 Jesus à Porta, gravuras 9 I K Igreja, reuniões da aula sobre, 122–129 Kimball, Spencer W., breve bênçãos de se freqüentar, 127 biografia, 279 Escola Dominical, 126 escrituras sobre, 129 L fazer das reuniões um sucesso, Lar 126–127 administrar bem, lição sobre, jejum e testemunho, 124 146–151 Moças, 126 aprender o evangelho no, lição para crianças, 126 sobre, 245–253 para meninas, 126 arte no, 240 Primária, 126 auto-suficiência e produção 285
  • 299. Índice doméstica, 186–188 Marido centro do aprendizado, 245–246 aconselhar-se com o, 111 criar ambiente edificante no, mostrar amor e consideração, lição sobre, 233–244 108–111 criar bons sentimentos no, 235 fazer de nossa casa um, 235–242 Marta e Maria, gravuras 7 horta em casa, 176–178 Martin Handcart, Companhia de influência do, 233–235 Carrinhos de Mão em Bitter lugar para tudo, 148 Creek, Wyoming, gravuras 15 manter em ordem, 146 música no, 235–240 McKay, David O., breve biografia, planejar o trabalho no, 150 278–279 princípios de ordem, 148 produção doméstica, lição Missionários sobre, 186–196 cartas aos, 143 simplificar o trabalho como ser um, 131–136 doméstico, 148–150 incentivar preparação física dos, 140 Lee, Harold B., breve biografia, 279 obra missionária e integração, lição sobre, 130–137 Lições, neste manual, v–vi papel das jovens em ajudar os, Limpeza e ordem, no lar, 243 142–144 preparação para os, 138–142 Literatura da Igreja, dar Livros de preparar e incentivar os, lição Mórmon, folhetos, livros, sobre, 138–144 133–134 preparar–se na juventude, 138–142 responsabilidade de preparar Livros, incentivar a leitura de bons, 242 os, 138 treinamento necessário, 140 M Moisés nos Juncos, gravuras 2 Mães bênçãos e responsabilidades das Mulher na Fonte, A, de Carl Bloch, mães SUD, 99–102 gravura 6 nutrição para a mãe e o bebê, lição sobre, 165–169 Mulher santo dos últimos dias jovem, 97–102 Manila Filipinas, Templo de, lição sobre, 97–107 gravuras 16 responsabilidades e bênçãos de ser uma esposa SUD, 97–99 Manual, este responsabilidades e bênçãos de cada irmã deve estudar durante ser uma mãe SUD, 99–102 a semana, vi sugestões para a professora, v–vi Mulheres para mulheres e moças na apoiar os portadores do reunião de domingo, v sacerdócio no lar, 93–94 286
  • 300. Índice bênçãos a mulheres solteiras, Noite familiar 102–105 ajudar a criar uma boa bênçãos da esposa santo dos atmosfera no lar, 235 últimos dias, 97–99 bênçãos da, 120–121 bênçãos da mãe santo dos lição sobre a, 115–121 últimos dias, 99–102 noite de segunda-feira bênçãos do sacerdócio, 91–92 reservada para, 115 desenvolver capacidade de todas as famílias devem realizar trabalho, lição sobre, 206–213 a, 115 e o sacerdócio, lição sobre, 91–96 escrituras sobre, 96, 107 Nutrição ganhar dinheiro em casa, 208–212 alimentos que fazem parte da honrar e apoiar o sacerdócio, 92 boa nutrição, 160–164 mães e trabalho fora de casa, missionários devem aprender a 206–207 preparar refeições nutritivas, papel da mulher solteira, 102–106 140 preparar-se para um emprego, Palavra de Sabedoria e, 160–163 206–207 para a família, lição sobre, relação com a liderança do 160–164 sacerdócio em casa, 93–94 para a mãe e o bebê, lição sobre, relação com a liderança do 165–169 sacerdócio na Igreja, 94–95 para mulheres grávidas, 165–167 responsabilidades da esposa Pirâmide Nutricional (22-b), 162 santo dos últimos dias, 97–100 preparar refeições nutritivas, responsabilidades da mãe santo 163–164 dos últimos dias, 99–102 responsabilidades da mulher O santos dos últimos dias, lição Oração sobre, 97–107 em preparação para ensinar, 260 santo dos últimos dias, lição obrigação de orar, 26 sobre, 97–107 para receber orientação do solteira, 102–106 espírito santo, 272 Mulher solteira Orçamento responsabilidades, 102–106 contribuições para a Igreja, papel da, 102–106 economias, alimento, aluguel, despesas médicas, transporte, N outros, 152–159 Natureza, incentivar a apreciação exemplo de orçamento (21-b), pela, 240–242 155 lição sobre, 152–159 Necessidades, atender a nossas, planejamento das finanças da 188–189 família, 152–154 Néfi Repreende Seus Irmãos, Ordem e limpeza no lar, 243 gravuras (1-d), 9 287
  • 301. Índice Ordenanças do Sacerdócio cuidar de nossas coisas, 193 bênçãos das, 85–87 horta, 190 definição e lista, 82 lição sobre, 186–196 escrituras sobre, 90 preservar alimentos, 190–193 lição sobre, 82–90 prover nossas necessidades, paciência ao esperar pelas 188–193 bênçãos, 87–89 R P Recato Paciência com familiares e amigos ensinar aos filhos, 61–65 não-membros, 135 escrituras sobre, 65 exemplo dos pais, 65 Padrões de namoro lição sobre, 60–65 e castidade, 62–64 no vestir, 64 incentivar, 64 santidade do corpo, 60–61 Pais Reverência aconselhar-se com a família, “uma das maiores qualidades lição sobre, 108–114 da alma”, 48 aconselhar-se com a esposa, 111 ensinar a, 53–54 ordenanças do sacerdócio, 82, 85 ensinar, 53–54 papel no lar, 93–94, 108 exemplo e, 54 felicidade e, 51 Pedro, Tiago e João Conferindo o importância da, 50 Sacerdócio de Melquisedeque a lição sobre, 48–54 Joseph Smith e Oliver Cowdery, melhorar a, 52–53 gravuras (11-a), 77 na Igreja, 52 Perdão, arrependimento traz, 16–21 o lar e a, 51 pais e a, 53–54 Perfeição, caminho para a, 26–28 para com Deus, 50 pela casa do Senhor, 51 Perseverar até o fim, 27 pelo nome da Deidade, 50 significado da, 50 Presidentes da Igreja, breves biografias dos, 277–280 Reuniões da Igreja convidar amigos para, 135–136 Prevenção de doenças, lição sobre, lição sobre, 122–129 170–175 obrigação depois do batismo, 26 Produção doméstica Reuniões do sacerdócio aprender como fazer, 193–195 quando são realizadas, 124 auto-suficiência, 186–188 quem freqüenta, 124 consertar coisas, 193 construir ou confeccionar itens necessários, 193 costurar e recuperar, 193 288
  • 302. Índice S Smith, Joseph F., breve biografia, p. 278 Sacerdócio definição do, 76, 91 Sussurros do Espírito, seguir os, escrituras sobre o, 81 134–135 honrar e apoiar o, 92 lição sobre a importância do, T 76–81 lição sobre as ordenanças do, Talentos 82–90 descobrir e desenvolver, 199–201 mulheres e o, lição sobre, 91–96 desenvolver, lição sobre, 198–205 necessário para a exaltação da escrituras sobre, 205 família, 79–80 todos têm talentos e ofícios e responsabilidades do, 76 habilidades, 198–199 poder do, por meio da retidão, usar ou perder, 201–202 78–79 uso correto traz felicidade, restauração do, a Joseph Smith, 77 202–205 Sacramento, partilhar regularmente Taylor, John, breve biografia, 277 do, 26 Testemunho Sacramental, reunião, propósito da, a verdade deve fazer parte do, 37 122–124 como manter, 41–42 como podemos receber um, 38–41 Sala de Selamento, Templo de David O. McKay, como Vernal Utah, gravura 16 adquiriu, 38–39 de Joseph F. Smith, 37–38 Salvação definição de, 37 Ver batismo e vida eterna desejo de acreditar é o primeiro passo, 40 Salvador, aprender sobre o, 2 edificar o nosso e o de outras Samuel É Chamado pelo Senhor, pessoas, 41–42 gravura 3 fazer a vontade de Deus para ter um, 40 Samuel, o Lamanita, na Muralha, lição sobre, 37–42 gravura 14 Marion G. Romney, como ele recebeu um, 39 Serviço orar e jejuar muitas vezes para edifica o amor, 57 ter um, 40–41 convênio de prestar, 57–58 ponderar e orar com fé para ter lição sobre, 55–59 um, 40 prestar, 42 Smith, George Albert, breve reunião de jejum e testemunho, biografia, 278–279 124 sentir o desejo de prestar, Smith, Joseph, breve biografia, 277 132–133 289
  • 303. Índice Trabalho (17-a), 123 contribui para o sucesso da gravuras 8 família, 216 ensinar a cuidar das próprias V necessidades físicas, 216–219 Verduras ensinar as famílias o valor do, lição horta em casa, lição sobre, sobre, 214–222 176–185 ensinar os filhos a trabalhar, 20 para bebês, 168 ensinar os filhos mais velhos a para uma boa nutrição, 160, 163 cuidar dos menores, 219 plantar e conservar, 190–193 filhos devem aprender a gostar do, 220–221 Vestir, padrões no maneiras de ensinar os filhos, incentivar o recato, 64 216–220 recato, 64–65 negócio da família, ensinar os Vida eterna, alguns requisitos para, filhos a ajudar no, 219–220 26–27 privilégio de, 214 projetos familiares, 220 W Trabalho, capacidade de, Woodruff, Wilford, breve biografia, desenvolver, lição sobre 206–213 277 Trabalho voluntário, como preparação para um emprego, Y 28 Young, Brigham, breve biografia, 277 U Última Ceia, A, de Carl Bloch 290
  • 304. GRAVURAS Esta seção contém gravuras selecionadas do Pacote de Gravuras do Evangelho (34730 059). Estas gravuras podem ser usadas como recurso adicional no Estudo e ensino do evangelho em casa e na Igreja Velho Testamento 1. A Construção da Arca Gênesis 6–7; Moisés 8 2. Moisés nos Juncos Êxodo 1:1–20 3. O Menino Samuel É Chamado pelo Senhor I Samuel 3:1–10, 19–20 4. Ester Ester 1–10 Novo Testamento 5. O Anúncio do Nascimento de Cristo aos Pastores Lucas 2:8–20 6. Mulher na Fonte (de Carl Bloch. Usado com permissão do National Historic Museum em Frederiksborg, Hiller d.) João 4:3–20, 39–42 7. Maria e Marta Lucas 10:38–42, João 11:5 8. A Última Ceia (de Carl Bloch. Usado com permissão do National Historic Museum em Frederiksborg, Hiller d.) Mateus 26:17–30, Marcos 14:12–26, Lucas 22:7–23, 39; João 13:1, 23–35; 14–17; 18:1; Tradução de Joseph Smith, Mateus 26:22–24 9. Jesus Bate à Porta Apocalipse 3:20 10. Cristo e as Crianças Mateus 11:28–30, 2 Néfi 26:33; 3 Néfi 9:14–18; Morôni 10:32 291
  • 305. Gravuras Livro de Mórmon 11. Abinádi Diante do Rei Noé Mosias 11–17 12. Alma Batiza nas Águas de Mórmon Mosias 17:2–4; 18:1–17 13. Os Dois Mil Jovens Guerreiros Alma 53:10–21; 56:44–56; 58:39 14. Samuel, o Lamanita, na Muralha Helamã 13:1–16:8 História da Igreja 15. A Companhia Martin Carrinhos de Mão em Bitter Creek, Wyoming. 1856 Nosso Legado: Resumo da História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, pp. 77–80 Gravuras de Templos 16. Templo de Manila Filipinas Sala de Selamentos, Templo de Vernal Utah 292