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A matéria-prima da Sabesp é a água.
Água compreendida de maneira integral,
como elemento vital da sociedade e da biodiversidade,
e recurso de valor econômico para o desenvolvimento,
além de seus valores culturais e espirituais.
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA SABESP
Manual de instruções para implantação, gestão e mudanças de hábitos, no
programa de redução em consumo de água : manual do controlador / Sonia
Maria Nogueira e Francisca Adalgisa da SIlva ... [et al.]. -- São Paulo : Cobrape: BBL, Vitalux,
Gerentec, ETEP, RESTOR,
2014.
88 p.
“ PURA Programa de Uso Racional da Água”
1. Consumo de água 2. Uso racional 3. Água I. Nogueira, Sonia Maria e Silva, Francisca Adalgisa
CDU 628.171
Sumário
Introdução												04
Apresentação											04
Plano de Auditoria										08
Plano de Intervenção									28
Manual de pesquisa de vazamento					 31
Instruções para instalações de
equipamentos hidrossanitários						43
Manutenção e monitoramento
dos equipamentos e materiais
constituintes do sistema hidrossanitário				 51
Informações Complementares I
Manutenção de Piscina								64
Informações Complementares II
Check-list												67
Informações Complementares III
Especificações técnicas dos
equipamentos e componentes economizadores		 69
Informações Complementares IV
Área especial de grande consumo
ou de desperdício										72
Manual_Controlador_2017.indd 2-3 3/11/17 15:03
04 05
1Apresentação
Devido à escassez da água, há mais de uma dé-
cada, a Sabesp vem realizando um amplo tra-
balho com a implementação de medidas tecno-
lógicas que visam a redução do consumo, bem
como, outras ações que enfocam a mudança
comportamental da população ao informar sobre
a importância da gestão dos recursos hídricos
e sobre o ciclo do saneamento. A compreensão
desses conceitos é de fundamental importância
para ações de proteção e preservação desse
bem precioso considerado mundialmente como
um bem escasso e finito.
Este manual foi elaborado com o objetivo de levar
informações sobre o funcionamento do sistema
hidrossanitários. Contém a descrição de ativida-
des que podem ser desenvolvidas, a periodici-
dade das mesmas e as recomendações a serem
adotadas em situações de falha dos equipamen-
tos, permitindo ao leitor uma melhor compreen-
são sobre a manutenção e possibilitando o bom
uso destes equipamentos.
Este manual pode ser utilizado como uma ferra-
menta de apoio para realizar as ações de audito-
ria, pesquisa de vazamentos, intervenções, ma-
nutenção e monitoramento.
Introdução
Cenário da água no mundo
O Planeta Terra abriga um complexo sistema de
organismos vivos no qual água é elemento funda-
mental e insubstituível. Sem água não existe vida.
Ela é responsável pelo equilíbrio da “comunida-
de vida”, da qual nós, seres humanos, fazemos
parte. A água é também insumo indispensável à
produção e recurso estratégico para o desenvol-
vimento econômico. Todas as atividades huma-
nas dependem da água. Navegação, turismo, in-
dústria, agricultura e geração de energia elétrica
são alguns exemplos de seu uso econômico.
O acesso à água é um direito humano fundamen-
tal. Toda pessoa deve ter água potável em quanti-
dade suficiente, com custo acessível e fisicamen-
te disponível, para usos pessoais e domésticos,
conforme previsto na Constituição Brasileira (arti-
go 225) e na Agenda 21.
A Organização das Nações Unidas (ONU, 2012)
aponta que atualmente cerca de 1 bilhão de pes-
soas no mundo não tem acesso a água em quan-
tidade e qualidade para consumo diário, sendo
que 250 milhões deste total vivem em condições
de escassez crônica, e 2,5 bilhões não tem sane-
amento básico. As mudanças climáticas, a rápi-
da urbanização e o crescimento jamais registra-
do na demanda de alimentos estão ameaçando
o abastecimento de água no mundo. Segundo o
Relatório de Desenvolvimento da Água Mundial
das Nações Unidas (2012), se os atuais padrões
de consumo e degradação dos recursos hídricos
se manterem, estima-se que 2025, dois terços da
população mundial terão dificuldades de acesso
a água potável. Os autores do relatório estimam
que haverá um aumento de 70% da demanda por
alimentos no ano de 2050 - o que deve aumentar
em 19% o consumo de água para a agricultura.
Hoje, 70% de água já está sendo usada para fins
agrícolas. A OCDE (Organização para a Coope-
ração e Desenvolvimento Econômico) diz que a demanda mundial de água aumentará em 55% até
2050.
Águas subterrâneas
As águas subterrâneas correspondem à água que infiltra no subsolo, preenchendo os espaços forma-
dos entre os grânulos minerais e fissuras das rochas. Essas águas tendem a migrar continuamente,
abastecendo nascentes, leitos de rios, lagos e oceanos. O Brasil possui grandes reservas subterrâ-
neas da ordem de 112 mil km³. Estima-se que 51% do suprimento de água potável do Brasil sejam
originários dos recursos hídricos subterrâneos.
Os recursos hídricos subterrâneos brasileiros estão sujeitos a uma série de riscos, sendo dentre eles
importante citar:
• A exploração excessiva, que pode provocar o esgotamento dos aquíferos;
O fardo da sede no norte do Quênia pode
chegar até 7 dias de espera pela água.
Foto:
National
Geographic
O Aquífero Guarani, considerado o maior reserva-
tório subterrâneo de água doce das Américas e um
dos maiores do mundo, está localizado na Bacia
Sedimentar do Paraná, no Centro-Leste da América
do Sul, abrangendo 4 países: Brasil, Argentina, Uru-
guai e Paraguai. De seus 1,2 milhão de Km², cerca
de 840 mil Km² (71% do total) estão em território
brasileiro, envolvendo os estados de Minas Ge-
rais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São
Paulo,Santa Catarina, Paraná e Rio.
Descoberto oficialmente em 2010. O Aquífero Alter do Chão é uma reserva de água subterrânea locali-
zada sob os estados do Pará, Amapá e Amazonas. Abastece a totalidade de Santarém e quase a tota-
lidade de Manaus através de poços profundos. Dados iniciais revelam que sua área é de 437,5 mil km2
com espessura média de 545 metros. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará desenvolvem es-
tudos que podem revelar que o aquífero pode ser maior que o calculado inicialmente, passando inclusi-
ve a ser maior que o Aquifero Guarani. Com 86 mil quilômetros cúbicos, o aquífero poderia ser suficiente
para abastecer em aproximadamente 100 vezes a população mundial. O Alter do Chão teoricamente
ocuparia uma pequena área em extensão mas um grande volume, reservando aproximadamente 85 mil
km³ de água contra apenas 45 mil km³ do aquífero Guaraní.
Pelo menos 2 milhões de pessoas, principalmente
crianças com menos de 5 anos de idade, morrem por
ano no mundo devido a doenças causadas pela água
contaminada.
Fonte:
ONU,2011
Manual_Controlador_2017.indd 4-5 3/11/17 15:03
06 07
• A contaminação das águas subterrâneas por
efluentes sanitários e industriais, agrotóxicos,
fertilizantes, substâncias tóxicas provenientes de
vazamentos como, por exemplo, tanques de com-
bustível. A gravidade da contaminação está dire-
tamente relacionada à toxicidade, persistência,
quantidade e concentração das substâncias que
alcançam os mananciais subterrâneos.
Para garantir a sustentabilidade, a utilização das
águas subterrâneas deve ter por base a capaci-
dade de recarga dos aquíferos, a disponibilidade
original do reservatório, a manutenção da quali-
dade de suas águas e a democratização do aces-
so a esses recursos hídricos.
Cenário da água no Brasil
O Brasil, apesar de possuir uma das maiores re-
servas de água doce do mundo, cerca de apro-
ximadamente 12% da água doce superficial do
planeta e, segundo dados da Agência Nacio-
nal de Águas (ANA), com uma vazão média de
35.000m³por habitante ano, 19 vezes acima do
piso estabelecido pela ONU (1500m³/hab/ano)
não está isento de problemas de abastecimento,
pelo contrário, estes problemas já existem e es-
tão aumentado a cada ano, principalmente nos
grandes centros urbanos, onde há uma intensa
concentração humana em áreas que na grande
maioria das vezes, não possuem disponibilidade
hídrica em quantidade suficiente para abasteci-
mento, como é o caso da Região Metropolitana
de São Paulo.
Outros fatores contribuem para a redução da
quantidade e da qualidade da água. Entre ele po-
demos citar o desmatamento, a contaminação de
rios e córregos, a irrigação mal planejada, a super
exploração, o crescimento vertiginoso da deman-
da, o desperdício a o lançamento de esgoto não-
-tratado.
Cenário da água na Região Metropoli-
tana de São Paulo
Em dados gerais, no Brasil estima-seque 70% da
água disponível para abastecimento é utilizada
na agricultura, 25% para a indústria e apenas 5%
para o uso residencial. Esses números mudam de
acordo com região do país. Na Região Metropoli-
tana de São Paulo que é abastecida pelas Bacias
hidrográficas do Alto Tietê- AT e pela Piracicaba/
Capivari/ Jundiaí - PCJ, por exemplo, do total
de água disponível na Bacia do Alto Tietê 79%
é para consumo urbano,17% industrial e apenas
4% e para irrigação. Já o PCJ disponibiliza 36%
de água para usos urbanos, 45% para indústria
e 19% para irrigação, o que torna evidente que
grande parte da demanda por água na RMSP é
para usos urbanos (residências, entidades públi-
cas como escolas, hospitais, áreas de lazer, e de-
mais equipamentos públicos) e industriais.
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP),
considerada a maior área urbana brasileira, com
cerca de 20 milhões de habitantes, apresenta,
hoje um dos quadros mais críticos do país no que
diz respeito à garantia de água em quantidade e
qualidade para o abastecimento de sua popula-
ção.
A causa está na má gestão do recurso ao longo
de sua história, com destaque para a ocupação
urbana desordenada das áreas de mananciais
mais próximas, como as bacias hidrográficas da
Billings e Guarapiranga, e das péssimas condi-
ções de conservação das áreas mais distantes,
como as represas do Sistema Cantareira. (ISA,
Instituto Sócio ambiental, 2011).
Diante deste cenário é urgente a adoção de me-
didas que possam assegurar à atual e às futuras
gerações a necessária disponibilidade de água,
em padrões de qualidade e em quantidade ade-
quadas ao consumo humano e aos seus demais
usos. A utilização da água dever ser racional e
integrada, com vistas ao desenvolvimento de so-
ciedades sustentáveis, e a prevenção e a defesa
contra eventos hidrológicos críticos, agravados
pelas mudanças climáticas.
Medidas de solução para o cenário da
água na Região Metropolitana de São
Paulo
Atenta a esta questão, a Companhia de Sanea-
mento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)
desenvolveu entre outras ações, desde 1996, o
Programa de Uso Racional da água (PURA), que
tem como objetivo atuar na demanda, incentivan-
do o uso racional através de ações tecnológicas,
medidas de conscientização e de sensibilização,
promovendo a mudança cultural da população
quanto ao desperdício da água, visando enfrentar
a sua escassez, tendo como seu foco principal
as bacias hidrográficas em condições criticas de
disponibilidade hídrica, principalmente na bacia
hidrográfica do Alto Tietê, onde se localiza o mu-
nicípio de São Paulo.
Ações dos Governos:
Como incentivo a essas práticas, o Governo do
Estado de São Paulo, através do Decreto Esta-
dual nº 45.805, de maio/2001, instituiu o Progra-
ma Estadual de Uso Racional da Água Potável
no âmbito dos órgãos da administração pública
direta, das autarquias, das fundações instituídas
ou mantidas pelo Poder Público e das empresas
em cujo capital o Estado tenha participação ma-
joritária, bem como das demais entidades por
ele direta ou indiretamente controladas, orienta-
do para obter a redução de 20% do consumo. O
Decreto nº 48.138, publicado em outubro/2003,
instituiu medidas de redução de consumo e racio-
nalização do uso de água no mesmo âmbito, con-
siderando a necessidade de sensibilizar, orientar
e reeducar os agentes públicos e privados, para
que utilizem água de modo racional e eficiente,
designando a função do Gestor.
O município de São Paulo, com base na lei estadu-
al, em 28 de junho de 2005 institui através da Lei
Municipal 14.018/05 o Programa de Conservação
e Uso Racional e Reúso em edificações (regula-
mentado pelos Decretos 47.279, de maio/2006 e
o Decreto 47.731 de setembro/2006). A lei muni-
cipal também prevê a redução de 20% do consu-
mo.
O Governo do Estado de São Paulo sancionou
o Decreto 57.829/2012, que prevê a implantação
do programa-PURA em todo território paulista e
impõe a implantação do Programa de Melhoria
do Gasto Público - Desperdício Zero, que tem por
objetivo aumentar a eficiência da atividade admi-
nistrativa, preservando a qualidade da prestação
de serviço e o aumento da capacidade de inves-
timento em projetos voltados às políticas públicas
estaduais. O decreto determina:
Artigo 1º- redução de despesas com custeio, en-
volvendo o monitoramento de resultados sob o
aspecto do custo/benefício, em especial no to-
cante a compras de materiais e contratação de
serviços de utilidade pública e de fornecimento de
passagens de transporte aéreo ou terrestre;
II - implantação de gestão estratégica de supri-
mentos;
III - implantação do Plano Anual de Contratações
Públicas, em conformidade com o artigo 4º da Lei
nº 13.122, de 7 de julho de 2008;
IV - treinamento e capacitação de servidores pú-
blicos para atuarem como agentes multiplicado-
res do modelo.
Parágrafo único - As medidas de redução do gas-
to público previstas neste decreto deverão ser
implementadas sem prejuízo da qualidade dos
serviços prestados à população.
Implantação do Programa de Uso Ra-
cional da Água
A implantação do Programa de Uso Racional da
Água - PURA, requer o envolvimento de todas
as pessoas que participam do processo, desde o
diagnóstico a instalação de equipamentos e prin-
cipalmente na gestão e manutenção, tornando
mais eficiente os usos da água.
Uma edificação eficiente resulta do uso de melho-
res tecnologias e da conscientização do usuário.
Nesse sentido, podemos citar desde medidas
simples, como não desperdiçar água sendo um
consumidor consciente até outras modernas,
como o uso de torneiras que se fecham automa-
ticamente.
Adotar práticas sustentáveis
em nosso cotidiano é um
dos caminhos a serem per-
corridos para realizarmos,
ao menos, nosso dever de
casa. As simples dicas para
um manejo menos impac-
tante de lâmpadas, equipa-
mentos, papéis, alimentos,
resíduos, energia, água e
afins são passos importan-
tes que contribuem para
uma sólida mudança pesso-
al, local e planetária.
Ser um cidadão consciente
é a melhor prática para pre-
servação da casa, de nossa
cidade e do nosso planeta.
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08 09
2Plano de Auditoria
Para iniciar uma auditoria do consumo de água
é necessário o conhecimento das características
físicas e funcionais dos equipamentos hidrossani-
tários, do sistema hidráulico e das atividades de-
senvolvidas com o uso da água nas edificações.
Portanto, é importante a realização de um levan-
tamento e cadastro atualizado de todo sistema
existente, por meio de um planejamento adequa-
do. As informações obtidas neste primeiro levan-
tamento contribuem para que se possa analisar
o consumo de água nas instituições, bem como
verificar possíveis desperdícios nas instalações.
O levantamento dos documentos disponíveis
pode ser uma das formas para obtenção dos da-
dos referentes ao consumo de água (qualidade e
quantidade). Destaca-se a importância nesta fase
de fatores como:
• Abrangência dos documentos;
• Sua qualidade;
• Seu nível de detalhamento;
• Clareza na apresentação das informações dis-
poníveis;
• Conhecimento técnico e experiência das pesso-
as envolvidas na análise;
• Normas e procedimentos seguidos pela unida-
de;
• Legislação a ser atendida.
Em muitos casos, as informações disponíveis
referem-se, especificamente, aos processos prin-
cipais, não sendo detalhadas as operações consi-
deradas secundárias como, por exemplo:
• Fornecimento de vapor para aquecimento ou
água de resfriamento;
• Paradas para manutenção e outras atividades
que podem estar diretamente associadas ao con-
sumo de água eventualmente podem não ser
identificadas quando da análise destes documen-
tos.
As informações obtidas neste primeiro levanta-
mento contribuem para que se possa analisar o
Índice de Consumo (IC), bem como verificar pos-
síveis desperdícios nas instalações e subsidiar
o corpo técnico e administrativo na escolha das
ações técnicas mais apropriadas e economica-
mente viáveis para otimizar o uso da água, de-
vendo-se, desta forma, manter um registro des-
tas oportunidades, com o objetivo de analisá-las
detalhadamente quando do desenvolvimento das
estratégias de gerenciamento.
É importante reforçar que na implementação do
PURA deve ser garantido a saúde dos usuários e
o perfeito desempenho dos sistemas envolvidos,
sempre com foco na quantidade e na qualidade
necessária para a realização das atividades con-
sumidoras, com o mínimo de desperdício.
Fluxograma: Gestão do consumo
O fluxograma servirá para ilustrar melhor os pas-
sos que serão adotados no levantamento do ca-
dastro.
Diagnóstico
As atividades que devem ser feitas no levantamento são:
• Reunir informações documentais (projeto de arquitetura e planta hidráulica);
• Realizar cadastro ou croqui/planta esquemática das instalações hidráulicas;
• Levantamento do sistema hidráulico predial;
• Levantamento dos sistemas hidráulicos especiais (ar condicionado, ar comprimido, vapor com cal-
deira, sistema de água quente, entre outros);
• Levantamento do perfil de consumo (dados que serão fornecidos pelo site Sabesp ou na conta);
• Detecção dos vazamentos visíveis e não-visíveis;
• Levantamento da qualidade da água;
• Levantamento dos procedimentos dos usuários quanto ao uso da água.
Ligação predial
Começaremos entendendo cada parte do componente de uma instalação de água fria, mostrado no
desenho esquemático a seguir.
Ligação predial: É um conjunto de dispositivos que interliga a canalização distribuidora da rua e a
instalação predial de um edifício. É constituído pelo dispositivo de tomada de água na rede pública,
ramal predial e hidrômetro (medidor, popularmente chamado de relógio).
O hidrômetro é um aparelho destinado a medir e indicar a quantidade de água fornecida pela rede
distribuidora. Possui um mecanismo de relojoaria que registra em um mostrador os volumes escoa-
dos. Geralmente fica instalado no cavalete, estrutura de polietileno ou PVC.
Você sabe o que é
uma ligação predial?
Vamos ao conceito
ENTRADA
DA REDE DE
ÁGUA
SAÍDA
PARA
RESIDÊNCIA
Hidrômetro
instalado no
cavalete
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10 11
A água, ao passar pela câmara de medição, acio-
na a turbina interna do hidrômetro e este movi-
mento de rotação aciona a relojoaria, registrando
o consumo de água.
Instalação Hidráulica
A instalação predial de água fria é o conjunto de
tubulações, conexões e peças, aparelhos sani-
tários, reservatórios e dispositivos existentes a
partir dos ramais prediais, destinados ao abas-
tecimento dos pontos de utilização de água da
edificação, em quantidade suficiente, mantendo
a qualidade da água fornecida pelo sistema de
abastecimento.
O sistema de alimentação de água de uma edifi-
cação é constituído pela tubulação principal, que
conduz a água desde o sistema de abastecimen-
to do local (público ou privado) até o reservatório
caixa d’água.
Do reservatório a água é distribuída pelas tubula-
ções/encanamentos para diversos pontos de con-
sumo que chamamos de instalações hidrossani-
tárias (pia, lavatório, vasos sanitários, torneiras,
bebedouros, registros, entre outros) que são re-
gulamentadas pelas normas técnicas da ABNT1
.
Existe no mercado uma vasta opção de tubos
para o transporte de água fria. Para a escolha,
deve-se optar pelo material com característica de
longa vida útil (durabilidade), redução de proce-
dimentos de manutenção e resistência à pressão
de serviço.
Geralmente são utilizados nas instalações tubos
de PVC. No entanto, podem-se utilizar também
tubos de cobre e polietileno para condução, inclu-
sive de água quente.
1 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Ambientes do uso da água
A utilização da água é feita através dos pontos
de consumo (torneiras das pias, lavatórios, va-
sos sanitários, bebedouros, chuveiros, etc.). A
chegada de água nos pontos de consumo é feita
através de uma tubulação geral, denominada de
prumada ou coluna da água, que geralmente vem
da caixa d’água e depois é distribuída por ramais
internos para cada ambiente. (ver diagrama na
página seguinte)
Auditoria do uso da água
Levantamento do perfil de consumo
Quanto de água um servidor gasta por dia nas
suas atividades?
Para compreender facilmente a cobrança na con-
ta de água é preciso conhecer alguns conceitos
básicos ligados ao conhecimento desse insumo.
(ver conta na próxima página)
O consumo total de água é composto por uma
parcela efetivamente utilizada e outra perdida,
que pode ser decorrente do desperdício. A leitura
é feita em metros cúbicos (m³).
O desperdício é definido como sendo toda a
água que está disponível em um sistema e não é
utilizada, ou seja, é perdida pelo uso excessivo,
devido ao descaso dos usuários e também onde
a água é utilizada sem que desta se obtenha al-
gum benefício, como é o caso dos vazamentos.
Dessa maneira, o desperdício engloba perda e
uso excessivo.
A perda, definida como toda a água que esca-
pa antes de ser utilizada para uma atividade fim,
pode ocorrer por causa de vazamentos, mau de-
sempenho do sistema e descaso do usuário.
O uso excessivo, por sua vez, ocorre quando a
água é utilizada de modo abusivo e inadequado
em uma atividade.
O acompanhamento de consumo deverá ser rea-
lizado por pessoas treinadas, preferencialmente
sempre as mesmas, em horários fixos e constan-
tes para a avaliação do perfil de consumo da edi-
ficação.
A seguir, sugerimos formulários para acompanha-
mento de consumo semanal, mensal e anual, que
permitem analisar o histórico de consumo da ins-
tituição.
Através da leitura no mostrador do hidrômetro/re-
Indicador de volume de água
consumida em m3
1 m3
= 1.000 litros de água
100 litros
10 litros
Ambientes do uso da água
A GESTÃO DA ÁGUA IMPÕE UM EQUILÍBRIO ENTRE OS IMPERATIVOS DE SUA
PROTEÇÃO E AS NECESSIDADES DE ORDEM ECONÔMICA, SANITÁRIA E SOCIAL.
Imagem
meramente
ilustrativa.
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12 13
lógio e do correto preenchimento destes formulários, poderá ser conhecido o perfil de consumo, de
modo a permitir a identificação rápida da ocorrência de grandes variações. Estas variações podem
indicar defeitos nos equipamentos, má utilização ou danos.
Os indicadores do perfil de consumo, além de ajudar a controlar o gasto de água, permitem, dentro de
certos limites, a comparação de consumo entre instituições e o estabelecimento de metas.
Você mesmo pode efetuar a leitura do medidor, inclusive para esclarecer dúvidas sobre a leitura efe-
tuada pela concessionária.
Dados a serem preenchidos nos formulários:
Local: preencher com o nome da instituição.
Mês: mês vigente.
População fixa: composta de funcionários tercerizados e efetivos.
RGI: número de identificação do imóvel (Registro Geral do Imóvel). Este número consta na conta de
água da Sabesp.
Leitura inicial: preencher com a leitura registrada no hidrômetro no início do monitoramento.
Ex.: 3 6 8 3
Leitura final: preencher com a leitura registrada no hidrômetro no final do monitoramento.
Ex.: 3 7 0 1
Segue os modelos de formulários/tabela e a forma de preenchimento.
Exemplo 1: Simulação do cálculo do consumo do prédio administrativo público
Para diagnosticar os indicadores de consumo, por tipologia da edificação utiliza-se como recurso a
seguinte fórmula:
População total será composta por população fixa + flutuante.
População flutuante -será composta por visitas, contatos, profissionais de passagem rápida e variável
no local.
População fixa- será composta de funcionários tercerizados e efetivos.
Simulação do cálculo do consumo:
• Anotar as leituras do consumo de água de uma semana, considerando que a população total do pré-
dio é composta de 500 pessoas;
• Não há atividade no final de semana.
A separação do consumo dos cinco dias da semana e do final de semana facilita a identificação dos
vazamentos, desperdícios com torneiras mal fechadas ou outros eventos.
Note que o preenchimento da leitura inicial (1ª
leitura) é feito na segunda linha da tabela. Isso
facilita a subtração para o cálculo do gasto do dia.
O preenchimento deve ser feito duas vezes ao dia
(no início e no fim). As duas medições possibili-
tam medir se há gasto de água durante a noite,
como vazamentos ou torneira aberta. Esta expli-
cação deve ir logo abaixo da primeira tabela de
preenchimento de consumo.
Cálculos de consumo:
V = Volume total consumido da semana (total dos
cinco dias úteis + gasto de fim de semana)= (231
+ 13 ) = 244 m³
Pt = Número de pessoas (fixa + flutuante)= 500
ND = Número de dias da semana = 07 dias
CP (Consumo per capta)
CP = 		 = 69.71 litros/pessoa/dia
Para facilitar o cálculo, faça da seguinte forma:
• Multiplique V (volume) por 1000 e divida pela
população total (Pt);
• O resultado divida pelo número de dias (07);
• O resultado é o valor do consumo per capita
(CP) em litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia
ou litros/servidor/dia.
Obs.: O volume é multiplicado por 1000, pois 1m³
(um metro cúbico) é igual a 1000 l (mil litros).
Consumo noturno
Deve-se calcular o consumo noturno para verifi-
car se há perdas de água por desperdício (tor-
neira mal fechada) ou vazamento por fugas (ar-
rebentamento, trincas, defeito nas bóias etc.) ou
outras ocorrências.
Para calcular o consumo noturno, siga os seguin-
tes passos: (vide tabela abaixo)
Repita o mesmo passo para os outros dias da se-
mana até sexta-feira.
• Se não houver aumento de consumo e a dife-
rença for sempre a mesma, ou seja, o mesmo va-
lor de consumo, é indicativo de que não há vaza-
mentos ou outra anormalidade;
• Se houver uma oscilação expressiva de consu-
mo de água e com a instituição fechada, pesqui-
sar qual o motivo que gerou esse aumento, para
sanar logo o problema, pois sabemos que irá pro-
vocar um aumento na conta.
A partir das leituras semanais pode-se criar um
gráfico de consumo mensal usando as tabelas
abaixo, que você achar mais adequado para seu
monitoramento.
O consumo mensal é a soma do volume total de
todas as semanas (período). O consumo per ca-
pita mensal é o volume total do mês dividido pelos
dias do mês ou do período observado.
Per capita =
Volume consumido (m³) x 1.000 (litros/pessoa/dia)
População total x período
03 13
01
Quando houver eventos
esporádicos no final de
semana, o cálculo continua
o mesmo e há apenas o
registro de que houve
evento, não levando em
conta o gasto de água para
o cálculo do consumo per
capita.
Quando se tratar de uma instituição que
há frequência de funcionários e pessoas
no final de semana, poderá ser adotado o
mesmo cálculo do consumo noturno de
segunda-feira a segunda-feira da semana
seguinte.
Vx 1000
PtxND
=
244x1000
500x7
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14 15
Alternativa 1:
Alternativa 2:
Caso a instituição não realize eventos no final de semana, o responsável pelo monitoramento tem
outra opção de registrar o consumo de água utilizando a tabela a seguir.
Alternativa 3 :
A tabela abaixo é uma proposta de planilha para acompanhamento do consumo diário de água:
Cálculos de consumo:
NDm = Número de dias do mês (conferir no calendário a quantidade de dias do mês ou do período
observado para o cálculo)=30 dias
Vm = Volume consumido no mês (m³ - metros cúbicos)= 1500 m³
Pt = Total de pessoas = 500
CP (Consumo per capita mensal) =
CP = 			 100 litros/pessoa/dia
Consumo anual
Após o preenchimento da tabela mensal, a critério do responsável, poderá realizar também o monito-
ramento anual, usando como recurso o modelo da tabela do exemplo a seguir:
Neste monitoramento, pode-se visualizar as oscilações do consumo da instituição em face de sazona-
lidade (época de frio, calor, férias etc.), como também todo histórico de consumo do ano, permitindo
saber a média mensal anual do volume de água consumida e a média mensal anual do consumo per
capita (utilizando o modelo de cálculo demonstrado acima na tabela semanal).
Na tabela e gráfico abaixo exemplificamos como é preenchido o consumo mês a mês e gerado o gráfi-
co do ano sem as intervenções do Programa PURA e resultado após as intervenções (ano 2013) com
trocas de equipamentos de baixo consumo ou economizadores, consertos de vazamentos e trocas de
reparos, regulagens e campanhas educacionais, alcançando uma redução em torno de 31%.
Utilize o campo de observação para anotar os eventos realizados nos
finais de semana em sua instituição que possam ter provocado aumento
no consumo de água.
Lembrete:
Sempre iniciar a leitura no início do
1º dia útil do mês;
Encerrar o mês na leitura do início
do 1º dia útil do mês seguinte.
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PtxNDm
1500x1000
500x30
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• O per capita (CP) pode ser em litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia ou litros/servidor/dia ou litro/
aluno/dia.
Calculando o impacto de redução de consumo:
IR = Impacto de redução (%)
Va = Volume médio antes das intervenções (m³)
Vd = Volume médio depois das intervenções (m³)
No exemplo Va é igual o volume médio já calculado
2012 - 2013
2012
2012
2013
2013
2013
2012
Analisando o gráfico
- Convém identificar quais os motivos da variação dos consumos
referente aos meses de setembro a novembro em relação aos
demais,em 2013
- A variação pode estar relacionada a vazamentos? uma reforma?
variação sazonal? ou outras ocorrências?
Va = 2035 m³ (somatória dos volumes mensais,dividido por 12 meses)
Cálculo do Vd utilizando novamente a fórmula
IR = Calcular o índice de redução de 2012 para 2013 com resultado em percentual (%).
Va menos Vd, dividido por Va, multiplicado por 100. Substituir os resultados do Va e Vd na fórmula
Cálculo da redução do consumo per capita (Per capita médio):
No exemplo do gráfico acima, compararemos o per capita de 2012 com o mesmo de 2013 (litro/servi-
dor/dia )
Calculando:
CP1 = média ano/12 = somatória dos Per capitas de jan a dez, dividido por 12 meses =
CP2 = média ano/13 = somatória dos Per Capitas de jan a dez, dividido por 12 meses =
Comparação de indicadores:
A tabela a seguir é utilizada como parâmetro de dimensionamento de reservação de água para abas-
tecimento do estabelecimento. São os valores médios de consumo de água por atividade em algumas
categorias de uso. No entanto, ela pode ser utilizada como referência para verificar se a sua instituição
está consumindo além do indicado na mesma.
Comparando então os resultados obtidos do exemplo demonstrado, verifica-se que o Per capita médio
anual está acima do indicado para dimensionamento (Per capita de 50 a 80 Litros/pessoa/dia ou litros/
servidor/dia )
Para definir o indicador da população total, devem ser considerados todos os agentes consumidores,
conforme tabela abaixo:
1603,60
12 = 133,63
= 92,36
1108,37
12
IR(%) = x 100 = = 0,31 x 100 = 31%
CP1 - CP2
CP1
133,63 - 92,36
133,63
Per capita= = 133,63
1603,60
12
Indicador de consumo
Calculando a média do volume anual
Utilizar a fórmula :
Calculando o Per capita anual
Utilizar a fórmula :
Volume médio anual =
Somatória dos volumes mensais (m3
)
Número de meses do ano
Per capita médio anual =
Somatória dos per capitas mensais
Número de meses do ano
VM= = 2035m3
24421
12
Para o cálculo do volume médio anual antes
(Va) e depois das intervenções do PURA
(Vd),utilizasse o mesmo recurso realizado
para o cálculo do Volume médio anual (VM).
Volume médio anual =
Somatória dos volumes mensais
Número de meses do ano
Vd= = 1405m3
16861
12
IR(%) = x 100 = = 0,31 x 100 = 31%
Va - Vd
Va
2035-1405
2035
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Unidade de indicador de consumo de acordo com as tipologias (edificações/instituições) de
uso:
Fórmula do indicador de consumo:
1 – Período = N° de dias ou semana ou mês
2 – O Consumo de água pode ser expresso em litros ou m³
3 – População Flutuante:
Hospital:
População Fixa: composto de funcionários, de leitos funcionantes e acompanhante do leito.
Da população de funcionário, subtraem-se os que estão de férias e os afastados por motivos diversos.
População Flutuante será obtida do número de consulta e de exames realizados diariamente por pa-
cientes e acompanhantes que passam algumas horas no hospital, mas não são internados.
Considerar também doadores e realização de procedimentos relativos às necropsias caso estas ativi-
dades sejam realizadas no hospital.
UBS:
População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados
População Flutuante será obtida do número de pessoas atendida e leitos
PS/AMA:
População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados
População Flutuante será obtida do número de pessoas atendidas
Os indicadores de consumo ficam a critério do Gestor em utilizar acordo com a sua instituição/edifica-
ção:
Litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia ou litros/servidor/dia ou litros/leito/dia
Prédios Administrativos ou Públicos:
População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados
População Flutuante será obtida do número visitas, contatos, profissionais de passagem rápida
e variável no local
Exemplo 2: simulação do Cálculo do Consumo para Hospitais
Per capita =
Volume Consumido (m³) x 1.000 (Litros/pessoa/dia)
População Total x Período
Em se tratando desta tipologia de instituição, para realizar o diagnóstico dos consumos e parâmetros
correlatos, será adotado os mesmos passos que foram usados no exemplo do Prédio Administrativo
Público; a mudança será com relação a forma de identificar os tipos de usuário (consumidores).
Para diagnosticar os indicadores de consumo, utiliza-se como recurso a mesma fórmula conforme
abaixo, mudando apenas a unidade de consumo.
População fixa: composta de funcionários, de leitos funcionantes e acompanhante do leito. Da popu-
lação de funcionário, subtraem-se os que estão de férias e os afastados por motivos diversos.
Para elucidar as considerações mencionadas acima, exemplificamos na tabela e gráfico abaixo, os re-
sultados dos parâmetros de consumo e de indicadores em litro/leito/dia antes e após as intervenções
do PURA.
População total será composta por População fixa + flutuante.
População flutuante será obtida do número de consulta e de exames realizados diariamente por pa-
cientes e acompanhantes que passam algumas horas no hospital, mas não são internados.
Considerar também doadores e realização de procedimentos relativos às necropsias caso estas ativi-
dades sejam realizadas no hospital.
Vamos ao exemplo:
Indicador de consumo Per capita =
Volume consumido (m³) x 1.000 litros/leito/dia)
População fixa x período
Per capita =
Volume consumido (m³) x 1.000 litros/leito/dia)
População fixa x período
Se o gestor ou controlador da instituição tiver interesse de saber o consumo per capita
litro/pessoa/dia, então utilizar a fórmula indicada abaixo:
Considerações da população fixa para escolas.
População fixa para escolas, pode considerar somente alunos. Outra opção considerar a
população fixa composta de alunos, funcionários e eventos;
ressaltando que para comparar tem que ser sempre com a referência correspondente.
Não comparar o que soma professores funcionários com o que usa somente alunos. O
indicador de consumo (per capita) será litros/aluno
2012 - 2013
2012
2012
2013
2013
2013
2012
Analisando o gráfico: verificar o que ocorreu no mês de março, abril e junho,
o que motivou o aumento?
- Idem para o mês de julho, o que motivou a diminuição do consumo, férias?
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20 21
Comparação de redução
Os parâmetros de referência indicados (per capita - indicador de consumo) por autores que fizeram
pesquisas em hospitais de vários portes e categorias na década de 80 não condizem com a realidade
de hoje, pois atualmente os hospitais estão em expansão em função de vários tipos de atendimento,
serviços e situações simultâneas. O surgimento de novas tecnologias sem pensar em economia de
água e o crescimento econômico impulsionou o setor, aumentando o volume de serviços e a comple-
xidade de suas atividades.
A Sabesp implantou o PURA em várias instituições de saúde e o resultado deste trabalho pode ser
utilizado como referencial comparativo.
Estudo de caso
Em 1996, a Sabesp em parceria com o Instituto de Pesquisa Tecnológico – IPT, juntamente com a Es-
cola Politécnica da USP implantaram o PURA no Complexo Hospitalar das Clínicas/SP, com o objetivo
de desenvolver uma metodologia para redução do consumo de água em hospitais.
A primeira fase do trabalho foi realizar o diagnóstico; na sequência as intervenções foram realizadas
por etapas, desde consertos de vazamentos, trocas de equipamentos economizadores, campanhas
educacionais, além da manutenção e gerenciamento com avaliação simultânea dos impactos. Um dos
resultados das intervenções foi a avaliação do consumo de água por pessoa/dia e por leito/dia, levan-
do em conta as peculiaridades da instituição. Em 1999 e 2003, a Sabesp juntamente com as empresas
Cobrape e Vitalux implantaram o PURA no Hospital do Servidor do Estado - IAMSPE, com intuito de
reduzir o consumo de água; além das medidas adotadas semelhantes ao caso anterior, foi implantado
o reaproveitamento de água das caldeiras e dos destiladores.
Os resultados dos dois casos estão demonstrados na tabela abaixo:
Observação Quando se tratar de instituições - unidade básica da saúde (UBS), ambulatório médico (AM) e pronto-so-
corro (PS), o cálculo do indicador de consumo é semelhante ao do prédio administrativo, diferenciando-se nos dados da
população.
Após o PURA, alcançaram esses parâmetros de indicador de consumo
Identificar as atividades de uso da água:
• Consumo humano, higiene pessoal, e ambiental, cozinhas, regas, lavagens etc.;
• Identificar os hábitos e vícios de desperdícios do usuário, modos de uso da água;
• Realizar o controle sanitário das águas (verificação das condições higiênico sanitárias dos reserva-
tórios);
• A instituição deverá chamar uma empresa especializada para fazer as análises físico-química-bac-
teriológicas para verificação das condições higiênico-sanitárias da mesma, e se está apropriada para
consumo;
• Identificar os pontos de uso ou consumo: (locais: banheiros, lavatórios, cozinhas/cantina/copa, lavan-
derias, vestiários, área administrativa, áreas externas e outros);
• Identificar os equipamentos hidráulicos e sanitários por marca, modelo, tipo, idade, por andar, por
blocos/unidades: bacias sanitárias (com caixa acoplada, válvula ou caixa elevada); tipo de torneiras
(pia, lavatório); mictórios (coletivo com registro, coletivo com válvula, individual com registro, individu-
al com válvula) chuveiros (elétrico ou duchas); bebedouros, filtros etc. Característica do componente
(com ou sem arejador, água quente/fria, com ou sem misturador);
• Identificar o estado de uso dos equipamentos e das louças sanitárias: torneira, chuveiro, bebedouro
e filtro com ou sem vazamento; vazamento das bacias sanitárias; no poço e na válvula de descarga;
vazamento de bacias sanitárias no engate flexível; vazamento nos registros de gaveta – colunas e
ramais; frequência de entupimento da bacia sanitária.
A identificação dos pontos de uso e consumo pode ser feita utilizando as tabelas a seguir:
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22 23
Auditoria da água na instituição
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24 25
Ao término da auditoria, utilizando os formulários anteriores, o controlador
poderá utilizar como recurso a tabela a seguir para ter em mãos um resumo
da situação das instalações hidráulicas e sanitárias da instituição.
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26 27
• Identificar a idade se possível das tubulações e do tipo;
• Identificar o tipo de revestimento e piso dos ambientes dos pontos de consumo;
• Observar os pontos de infiltração em paredes, tetos e pisos – verificar manchas, mofo e umidade
e questionar as pessoas do local sobre eventuais vazamentos;
• Verificar Vazamento (detecção de vazamentos em tubulações embutidas; detecção de vazamentos
nas tubulações externas (do medidor à entrada da caixa d’água-reservatório inferior/superior);
• Identificação do número de Reservatórios/Caixa d’água;
• Verificar Vazamento: Nos registros, Bóias, Barriletes (tubulações de entrada e saída de água) e bom-
bas.
Para detecção de vazamentos não-visíveis, existem vários recursos:
• Utilização de técnica de detecção com equipamentos eletrônicos com sensor de alta sensibilidade,
para ser colocado em contato com o solo e em outros locais;
• Utilização de teste de estanqueidade e outros convencionais.
Será apresentado somente o volume de perdas por vazamento da edificação e planos de intervenção,
iniciando pelas medidas que poderão dar maior impacto na redução do consumo.
Obs. vide capítulo de
pesquisa de vazamento
e vídeo
Identificação:
Pesquisa:
Existe algum vazamento no entorno do reservatório? ( ) Sim ( ) Não
Existe trinca visível? ( ) Sim ( ) Não
Os registros de entrada estão em boas condições? ( ) Sim ( ) Não
Os registros de saída se encontram em boas condições? ( ) Sim ( ) Não
Os registros de limpeza se encontram em boas condições? ( ) Sim ( ) Não
Houve extravasamento? ( ) Sim ( ) Não
Os extravazores estão em locais facilmente detectáveis, caso ocorra algum extravasamento? ( ) Sim ( ) Não
As torneiras da bóia estão em boas condições de funcionamento? ( ) Sim ( ) Não
3) Observar as condições higiênico-sanitárias do reservatório.
Necessita de limpeza?
1) Fazer uma inspeção visual no reservatório.
2) Fechar o registro de saída do reservatório, deixando a entrada aberta.
Verificar o funcionamento da bóia quando a água atinge o nível máximo.
( ) Sim ( ) Não
Relatório de pesquisa de vazamentos em reservatórios
Unidade: _______________________________ Data da Pesquisa:________________
Local inspecionado:____________ Reservatório:_____________ Nº _______________
Tipo de Reservatório: ( ) Elevado/Torre ( ) Enterrado ( ) Semi-enterrado ( ) Caixa D’água ( ) Superior
Capacidade: _________________________
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28 29
3Plano de
Intervenção
Plano de intervenção
Os dados obtidos nas etapas anteriores devem
ser organizados e tabulados para permitir uma
avaliação sistêmica dos seguintes processos:
a. Identificação de perdas físicas e desperdícios;
b. Acompanhamento, em campo, dos processos
que utilizam água;
c. Comparação do consumo de água por setor;
d. Avaliação da viabilidade da substituição de
equipamentos existentes por modelos mais mo-
dernos e mais econômicos no consumo de água;
Ações de intervenções devem ser implantadas
por etapa e a avaliação dos impactos deve ser
simultânea.
Consertos e reparos
• Lista de peças e partes dos componentes a se-
rem reparados;
• Consertos ou trocas (substituir os componentes
danificados, tais como vedantes de torneiras e
engates flexíveis, conjunto de entrada de água da
caixa, bóia, reparos de registros etc.);
• Regulagens de todos componentes (ex.: regu-
lar válvula de descarga, regulagem de torneira de
bóia do reservatório etc.) (vide item de Regula-
gem no capítulo de Manutenção).
Adição de dispositivos
Em função da disponibilidade de verba, a escola
poderá inicialmente solucionar algumas questões
adotando estas medidas:
• Lista de dispositivos economizadores a serem
adicionados (arejadores, chuveirinhos, válvulas
redutoras de pressão, registros reguladores de
vazão etc.); utilizar os equipamentos indicados e
elencados na tabela de soluções alternativas;
• Instalação dos dispositivos (compatibilizar as di-
mensões com adaptadores, adaptar com a pres-
são de trabalho);
• Regulagem de todos os componentes.
Substituição por componentes
economizadores novos
Nesta tabela podem-se observar as reduções
médias por ponto de consumo em função da utilização de equipamentos propostos. Todos os equi-
pamentos são regulamentados pela norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) de
louças e metais sanitários. Segundo os fabricantes, a redução dos equipamentos economizadores de
água alcança o índice de acordo com o demonstrado abaixo, e é confirmado pelos estudos de casos
e pilotos realizados. No entanto, a redução do consumo varia com a frequência de uso dos aparelhos
pelos usuários. Os fabricantes estão sempre investindo em tecnologia e desenvolvendo produtos e
dispositivos que atendam às necessidades do mercado. Diversos destes lançamentos são de produ-
tos economizadores de água, voltados especificamente para o seu uso racional.
Reduções médias por ponto de consumo
Para facilitar a escolha da solução de intervenção considerando o custo-benefício, a tabela a seguir
apresenta na primeira coluna os pontos de utilização e na segunda as soluções propostas.
Observação: válvula antivandalismo para chuveiro. Bacia com acionamento duplo.
Torneira de acionamento restrito.
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30 31
Soluções alternativas Campanhas educacionais e
treinamento dos usuários
O sucesso de programas como o PURA, depende
da participação de equipes devidamente capaci-
tadas.
Para a obtenção dos melhores resultados, é re-
comendado que as ações de capacitação sejam
implementadas por profissionais devidamente ha-
bilitados.
As ações educativas devem permear toda força
de trabalho e se possível os usuários dos servi-
ços prestados pela instituição. A campanha edu-
cativa pode ser desenvolvida através de :
• Palestras e seminários;
• Oficinas de capacitação;
• Colocação de cartazes nas áreas de maior cir-
culação e em ambientes estratégicos;
• Produção ou adequação de matérias de apoio
pedagógico como: vídeo, folhetos, cartilhas e ma-
nuais, etc.
O funcionários e prestadores de serviço podem
colaborar colocando suas opiniões e idéias em
caixas de sugestão distribuídas em pontos estra-
tégicos.
Planeje e monte a campanha educativa para
conscientização visando mudança de hábitos e
costumes.
Desenvolvimento operacional
• Analisar as operações realizadas na instalação
como um todo;
• Criar alternativas operacionais que economizem
água, por exemplo:
1. Isolamento de setores com uso esporádico, fe-
chando o registro que alimenta este setor.
É uma solução para vazamentos quando não há
alternativa imediata;
• Treinar pessoas para manutenção.
Retorno de investimento – avaliação
de custo-benefício
Após todas as intervenções realizadas, seja de
consertos de vazamentos, adição e troca de equi-
pamentos economizadores de água, campanhas
e manutenção, os resultados obtidos podem va-
riar de imediato até meses, dependendo do valor
do investimento e da redução do volume de água.
Todos os casos demonstraram redução, variando
de 20% até 80% na conta de água e esgoto.
O valor do investimento varia em face do porte da
edificação, atividades do uso da água, número de
equipamentos hidrossanitários.
Obs.: poderá haver redução também na conta de
energia quando houver bombas de recalque (re-
servatórios inferiores e superiores).
Legenda:
• VDR – Volume de Descarga Reduzi-
do (a partir de 2002 ficou obrigató-
rio o comércio de bacias sanitárias
de 6 litros por descarga);
• O regulador de vazão permite ao
usuário regular a vazão de acordo
com sua necessidade;
• Torneiras com abertura de 1 volta;
• Ducha com abertura total.
Observações
1. As Normas Técnicas relacionadas
abaixo devem ser utilizadas como refe-
rência:
• NBR 15.097 – 2004: Aparelhos
sanitários de material cerâmico –
requisitos e métodos de ensaio;
• NBR 15.491 – 2007: Caixa de
descarga para limpeza de bacias
sanitárias – requisitos e métodos
de ensaio;
• NBR 13.713 – 2009: Torneira au-
tomática – requisitos e métodos
de ensaio.
• NBR 15.857 – 2010: Válvula de
descarga para limpeza de bacias
– requisitos e métodos de ensaio;
• Listar os componentes a serem
substituídos (atenção para compa-
tibilidade de dimensões, pressões
de trabalho etc.).
Lembre-se:
Qualquer ganho
financeiro para quem
tem poucos recursos é
muito!
4Manual de
pesquisa
de vazamento
Pesquisa de vazamento1
As informações contidas neste capítulo têm por
objetivo orientar o técnico responsável pela ma-
nutenção da instituição na localização e conserto
de possíveis vazamentos. A detecção e o reparo
de vazamentos são as primeiras ações indispen-
sáveis para qualquer implantação de um progra-
ma de redução de consumo de água. Os vaza-
mentos ocorrem por diversos fatores, entre eles
destacam-se, principalmente, o desgaste natural
de sistemas hidráulicos antigos e instalações hi-
dráulicas mal feitas. Existem vazamentos de fácil
detecção, percebidos através de testes rápidos
ou da simples inspeção nos produtos, e outros
mais difíceis de serem detectados e de grande
1 Consulta: http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicas-
Resp.aspx?dica_Id=929 Fonte: SABESP.
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32 33
desperdício de água, cujos custos de reparo são,
geralmente, mais altos. A verificação periódica e
o conserto de vazamentos contribuem para que
não haja o desperdício de água por perdas (toda
água que escapa do sistema antes de ser utiliza-
da para uma atividade fim), auxiliando na redução
do consumo e consequentemente nos custos.
Perdas por vazamentos visíveis e não
visíveis
As peças e componentes de instalações hi-
dráulicas estão sujeitas a danos pela pressão
da água, pelo envelhecimento, má instalação e
pela qualidade do material. Os pontos mais críti-
cos das tubulações estão nas conexões/junções.
Locais onde podem ocorrer vazamentos:
• Rede primária: do hidrômetro até os reservató-
rios e/ou pontos de consumo com abastecimento
direto da concessionária;
• Reservatórios e caixas d’água (nas torneiras de
bóias, registros, barriletes, extravasares);
• Instalações prediais (pontos de uso/consumo e
outros).
Tanto nas águas frias, quanto nas quentes e nos
esgotos, a maior preocupação é quando ocorre
vazamento subterrâneo (encanamento enterra-
do), muitas vezes não detectado rapidamente e
que causa grandes problemas às edificações.
Existem testes simples para verificar se há vaza-
mento nesses locais. Havendo a constatação do
mesmo, é recomendável a consulta a um profis-
sional especializado, que detecte com mais pre-
cisão o local e a origem das suas causas e outras
providências necessárias, assegurando soluções
práticas e definitivas aos problemas.
Vazamentos visíveis
São aqueles identificados sem a utilização da téc-
nica de teste. Ex: componentes instalados que na
maioria das vezes estão danificados ou deteriora-
dos (courinho de uma torneira, registro com rosca
espanada, descarga disparada etc.)
Vazamentos não visíveis
São aqueles identificados somente com testes.
Ex: mau desempenho do sistema: por exemplo,
Check List
Lembre-se de olhar sempre os vazamentos nos:
• Encanamentos
• Boia
• Medidor
• Pontos de consumo
• Monitorar hábitos e algumas maneiras de como usar a água
• Monitorar o uso da água na copa/cozinha/pátio
um sistema de re-circulação de água quente operando inadequadamente, ou seja, com tempo de es-
pera longo, tubulações enterradas.
Devem ser realizados testes no sistema hidráulico para a detecção das perdas físicas dificilmente de-
tectáveis, inclusive com a utilização de equipamentos específicos para evitar intervenções destrutivas
(hastes de escuta, haste de perfuração, geofone eletrônico e outros). Os principais testes compreen-
dem pesquisa em alimentação predial, reservatórios, pontos de usos, entre outros.
Um sistema hidráulico sem manutenção adequada pode perder um volume expressivo de água que
adentra a unidade. Em geral, com pequenos investimentos para a correção das perdas existentes são
obtidas significativas reduções de consumo.
Equipamento de identificação de vazamento – geofone eletrônico
Tipos de vazamento, ação de controle e redução de perdas reais na rede de
distribuição de água
Locais mais prováveis de ocorrência de vazamentos:
Equipamento de identificação de
vazamento – geofone eletrônico
Vazamentos em piso/solo;
Vazamentos em reservatório / vazamento da boia;
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34 35
Técnicas para testes de vazamento visíveis
A seguir, serão apresentados alguns testes simples que podem ser feitos pelo controlador ou um fun-
cionário orientado pelo mesmo, de forma a ajudá-lo a identificar os vazamentos existentes no local.
Quando estiver efetuando a pesquisa de vazamento deve-se preencher a planilha anexa, que servirá
também para vazamento não visíveis.
Vazamentos em parede (válvula);
Vazamentos em torneiras;
Vazamento provocado pelo vandalismo.
Teste de sucção
Material: um copo de vidro transparente.
1. Torneira mais alta da casa com água
da rua que pode ser de jardim/limpeza ou
do tanque;
2. Fechar a bóia;
3. Abrir a torneira teste;
4. Copo na boca da torneira;
5. Não abrir outros pontos;
6. Fechar o registro;
7. Verificar o nível do copo.
Resultado do teste: há sucção.
Conclusão: há vazamento.
Causas prováveis: vazamento no subsolo, no ramal
alimentado diretamente com água da rua.
Teste do reservatório inferior
Material utilizado: um pedaço de madeira que
chegue até o fundo do reservatório, barbante e
giz.
Procedimentos:
1. Registro do cavalete aberto;
2. Registro de limpeza está fechado;
3. Desligar a bomba de recalque;
4. Reservatório cheio;
5. Fechar a bóia;
6. Marcar o nível da água;
7. Aguardar duas horas ou mais;
8. Tornar a marcar o nível.
Resultado: o nível baixou.
Conclusão: há vazamento no reservatório.
Causas Possíveis: registro de limpeza ou de saí-
da com defeito, ou trinca no reservatório.
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36 37
Teste da bóia em reservatório
Procedimento:
1. Registro do cavalete aberto;
2. Registro de limpeza fechado;
3. Desligar a bomba de recalque;
4. Reservatório cheio;
5. Marcar o nível da água;
6. Aguardar duas horas;
7. Tornar a marcar o nível.
Resultado do teste: o nível de água não baixou.
Conclusão: há vazamento no reservatório, pelo
extravasor.
Causas prováveis: defeito na torneira da bóia.
Teste do reservatório superior
Material utilizado: Um pedaço de barbante e giz.
Procedimentos:
1. Fechar a torneira;
2. Desligar a bomba de recalque (edifícios);
3. Não utilizar pontos de consumo;
4. Registro de limpeza fechado;
5. Marcar o nível de água;
6. Aguardar duas horas.
Resultado do teste: o nível de água baixou.
Conclusão: vazamento na canalização, sanitário
ou peças alimentadas pela caixa d’água.
Causas prováveis: válvula ou caixa de descarga
desregulada, torneira pingando, tubulação interna
trincada/corroída ou trinca no reservatório, regis-
tro de limpeza com defeito.
Obs.: para verificar o funcionamento da bóia, le-
vante a tampa e observe se a mesma está com
defeito, não flutua ou trava no mecanismo de en-
trada de água.
Teste da caixa d’água
Procedimentos:
1. Feche o registro do hidrômetro ou prenda a bóia;
2. Feche o registro de limpeza ou de saída da água;
3. Marque o nível da água na caixa.
Resultado do teste: após 2 horas, se o nível baixou, há vazamento.
Causa provável: registro de limpeza com defeito, trinca na caixa ou nos pontos de consumo.
Teste de movimentação do ponteiro
Teste 1 - Na tubulação que leva água até a caixa d’água:
• Deixe o registro do cavalete aberto;
• Feche bem todas as torneiras e não use os sanitários;
• Vede todas as bóias das caixas d’água;
• Faça a leitura do hidrômetro. Após uma hora, através de uma nova leitura,
verifique se houve alterações nos dados registrados. Se o seu hidrômetro for
do tipo B, verifique se a bolinha preta está girando.
Em caso afirmativo, há vazamento no ramal alimentado diretamente pela rede.
Resultado: houve movimentação dos ponteiros ou dos números do mostrador.
Conclusão: há vazamento.
Causas possíveis: torneira da bóia com defeito (do reservatório superior/ caixa
d’água ou inferior).
Simulação de perda por vazamento neste teste: cálculo do volume de água
perdido no período (após 1h): 36m³ - 30m³ = 6m³ Isto quer dizer que você per-
deu em 1 hora 6m³ (metros cúbicos) que é igual a 6.000 litros.
Detecção de vazamento em bacias sanitárias
Tipos de bacias sanitárias (vaso sanitário)
No mercado há dois tipos de vasos sanitários:
• Vaso com orifício e com furos menores na argola (borda do vaso). Furos da borda (argola) mais o
orifício fazem a limpeza da parede;
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38 39
• Vaso sanitário sem o orifício, só com o furo que
vai para o sifão. Utilizar o mesmo teste.
Os vazamentos em bacias sanitárias podem
ocorrer tanto em bacias com válvula de descarga
como em bacias com caixa acoplada. As causas
mais frequentes de vazamentos em bacias sani-
tárias com caixa acoplada são defeitos nos se-
guintes componentes:
• Torneiras de bóia;
Obturador semiflutuante (devido ao ressecamen-
to do mesmo que provoca a deformação da peça
permitindo a passagem de água), também conhe-
cido como comporta ou “flapper”.
Como funciona o vaso com
caixa acoplada
Bacia com Jato na Argola
Bacia com Jato no Poço (frontal)
Teste da bacia sanitária (vaso sanitário)
Para garantir o êxito de detecção de vazamentos
há alguns testes específicos para bacias sanitá-
rias. Dentre os testes geralmente recomendados,
estão:
• Teste do papel higiênico;
• Teste de retirada de água do poço de bacia sa-
nitária (que não recomendamos porque além de
ser anti-higiênico, existe a possibilidade de con-
taminação, pois para a segurança do operador
há a necessidade de uso de luvas e ferramentas
apropriadas).
Considera-se que esses dois testes possam ser
substituídos por um único, ou seja, o teste do co-
rante, pois os vazamentos em bacias sanitárias
ocorrem por meio de escoamento de água pelos
furos do colar, principais pontos de entrada de
água para todos os modelos de bacia sanitária.
Desta forma, não é necessária a realização dos
testes mencionados anteriormente.
O teste do corante é o mais usual,pode ser reali-
zado tanto em bacias sanitárias:
• Com caixa acoplada; ou
• Com válvula de descarga.
O corante utilizado para teste pode ser encontra-
do em solução, cápsulas, pó ou tablete.
A solução azul de metileno é bastante utilizada
em laboratórios, mas para uso doméstico deve
ser substituída por café solúvel, refresco em pó
ou xarope de cor forte como, por exemplo, o de
groselha ou de uva, uma vez que a solução azul
de metileno causa muitas manchas na louça sa-
nitária.
- Procedimento em bacia sanitária com caixa aco-
plada com corante :
• Adicionar a solução de corante na água da caixa
de descarga;
• Esperar alguns minutos;
• Verificar a presença de água colorida escoando
nas paredes internas da bacia sanitária em dire-
ção ao poço da bacia. Se isto ocorrer, há vaza-
mento.
- Procedimento para bacia com válvula de fluxo
(descarga):
• Adicionar a solução no poço da bacia sanitária
• Esperar alguns minutos ou até horas e observar
se:
• A tonalidade da solução se manter, não há va-
zamento.
• A tonalidade da solução ficou mais clara, há va-
zamento.
• Quando o vazamento existente é muito pequeno
Identificação de vazamentos na
tubulação embutida na parede2
Normalmen-
te os vaza-
mentos apa-
recem em
alguns pon-
tos devido
ao processo
de corrosão
(da parede
para dentro
do encana-
mento), o envelhecimento do tubo, dilatação do
encanamento em função da temperatura eleva-
da, má instalação, choques, vibrações, desgaste
das vedações etc.
Identificação de prováveis vazamentos da tubula-
ção de alimentação dos pontos de consumo:
• Se você conhece por onde passa a encanamen-
to da parede, faça o teste da batida, bata em toda
a extensão do encanamento e veja se o som é di-
ferente em alguma parte, ou seja, o som de azu-
lejo solto ou mal preso (revestimento da parede
fofa);
• O aparecimento de manchas com mofo em fun-
ção de umidade e mudança da coloração do re-
vestimento, tanto da pintura como do revestimen-
to;
• Desprendimento do revestimento (azulejo e pin-
2 Fonte: http://www.uniagua.org.br/public_html/website/de-
fault.asp?tp=3&pag=dicas.htm
Umidade e mofo na parede
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40 41
tura).
Quanta água se perde por uma torneira mal fechada
(Para uma pressão 4 a 6 mca4)?
Gotejamentos estimados
Utilize essa tabela para determinar as perdas por tipo de vazamento e por tipo de aparelho/ equipa-
mento:
mca 4 quer dizer: Metro Coluna D”água – é o peso exercido pela água na coluna de alimentação
da edificação
Veja na tabela acima alguns tipos de vazamentos estimados, suas vazões e quanto se perde de água
em um mês. No caso de vazamentos em bacias sanitárias, devemos analisar por quantos furos de
lavagem a água está saindo na argola da bacia, para verificarmos a quantidade de água perdida em
um mês.
Verificação do uso da água na
cozinha em função dos hábitos e vícios de desperdício
Lento: 300 litros/mês Médio: 600 litros/mês Rápido: 960 litros/mês
Fontes: OLIVEIRA (1999) e GONÇALVES et al. (2005)
Se após a
verificação e
conserto dos
vazamentos
nas instala-
ções, o con-
sumo conti-
nuar alto é
interessante
também que seja observada a forma e os proce-
dimentos dos funcionários da cozinha/lanchonete
na manipulação e na preparação de alimentos,
pois o mau uso da água em relação a essas ativi-
dades provoca perdas por desperdício.
DICAS DE ECONOMIA
Dicas de economia na cozinha
Mantenha a torneira
fechada QUANDO:
• Desfolhar verduras e
hortaliças;
• Descascar legumes
e frutas;
• Cortar carnes, aves,
peixes etc.;
• Ao limpar os utensí-
lios: panelões, bande-
jas etc.;
• Quando interromper o trabalho, por qualquer
motivo;
• Antes de lavar pratos e panelas, limpe bem os
restos de comida e jogue no lixo;
• Feche a torneira enquanto ensaboa a louça;
• Não encher os utensílios de água para ensabo-
ar, usar pouca água e somente a quantia neces-
sária de detergente;
• Para lavar louça, coloque água até a metade da
pia com detergente e deixe de molho. Ensaboe.
Depois, coloque água na pia de novo e enxágue;
• Só ligue a máquina de lavar quando estiver
cheia.
Dicas em outros ambientes:
Na lavanderia
- Usando máquina
• Observar o nível da água no tambor interno se
está correto;
• Programe os níveis de
água se possível para
carga parcial;
• Deixe acumular as
roupas e lave-as de
uma só vez;
• Use a lavadora de rou-
pa somente com carga
total;
• Se possível reutilizar a
água dos últimos enxágües para limpeza de piso,
quintal e até regar plantas.
-No tanque:
• Colocar água no tan-
que;
• Mantenha a torneira
fechada, enquanto en-
saboa e esfrega a rou-
pa;
• Depois colocar água
para enxaguar, man-
tendo a torneira fecha-
da;
No banheiro
• Feche a torneira en-
quanto escova os den-
tes ou faz a barba;
• Não tome banhos
demorados, 5 minutos
são suficientes;
• Feche o registro ao
ensaboar-se;
• Ao lavar as mãos, pe-
gue primeiro o sabonete e depois abra a torneira;
• Mantenha a válvula de descarga sempre regu-
lada;
• Não acione à toa, descarga gasta muita água;
• Não use o vaso sanitário como lixeira pode cau-
sar entupimento e se gasta mais água;
• Lugar do lixo é na lixeira;
• Vazamentos? Conserte o quanto antes;
• Torneira pingando desperdiça muita água. Sem-
pre que necessário, troque o “courinho”;
• Verifique se há vazamentos no vaso sanitário,
chuveiro, registros e outros.
Áreas Externas e Jardins
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42 43
• Regue as plantas com
balde ou regador;
• Com mangueira,
adapte a peça que per-
mite o controle do fluxo
(esguicho automático);
• Regue logo ao ama-
nhecer ou ao entarde-
cer, para evitar perda
por evaporação;
• Em momentos de muito vento também há perda;
• Não regue as plantas em excesso, molhe a base
da planta e não as folhas;
• Regar com aspersores, ajuste o grau do giro dos
mesmos de acordo com a área a ser irrigada;
• Utilize cobertura morta como cascalho, folhas
secas, palha, pedrinhas (argila expandida) colo-
cando na base ou raiz da planta, que manterá o
solo úmido diminuindo a perda de água;
• Não lave o carro com mangueira. Use um balde;
• Limpe a calçada com vassoura. Evite o uso da
mangueira.
Gramado
• Procure aumentar o intervalo entre as podas.
Quando a grama está bem baixa a água do solo
evapora mais rápido;
• Utilize grama somente em áreas onde ela real-
mente é necessária, canteiros de plantas rastei-
ras necessitam de menos água;
• Evitar recolher a grama cortada na época da
seca pois ajuda a diminuir a evaporação e resse-
camento;
• Evite utilizar fertilizante em excesso, pois quan-
to mais a grama crescer mais precisará de água
para manter as raízes saudáveis e permitir que o
solo tenha alguma sombra natural retendo a umi-
dade.
Plantas certas
• Utilize espécies que necessitem de pouca água,
como as nativas regionais( adaptada ao regime
de chuvas locais) ou plantas xerófitas (cactos) que
precisam de uma quantidade mínima de água.
Plante esta idéia
• Plantas que sobrevivem com pouca água;
• Rega com gotejamento;
Lavagem de Frotas de Veículos
Utilizar água de reuso da estação de tratamen-
to de esgoto, respeitando a portaria do CONAMA
(E os parâmetros de qualidade de água de reu-
so que a SABESP adota) Lava rápido - Reutili-
zar a água usada na lavagem dos carros. Para
reutilizar a água, pode ser instalada uma peque-
na estação de tratamento. A água da lavagem é
coletada, encaminhada à estação, onde é trata-
da e usada novamente. Esse processo se repete
ininterruptamente. Além de limpar os carros, ela
é reaproveitada e usada na irrigação de jardins.
Fonte: http://www.eca.usp.br/nucleos/njr/voxscientiae/igor_wilson26.html
O setor de transportes do Senado instalou uma
pequena estação de tratamento.
Além de ambientalmente correta, a estação de
tratamento vem contribuindo para a redução
de gastos. A conta mensal de água de R$ 12
mil caiu para cerca de R$ 2 mil e o consumo de
água, que chegou a ser de 1500 m³, caiu para
cerca de 400 m³
Recomendações:
“Fique de olho nos
desperdícios e
vazamentos.”
“Água, use mas não
abuse.”
“Economizar água é
esbanjar inteligência.”
5
Instruções para
instalações de
equipamentos
hidrossanitários
Essas informações são dicas de como se instalam alguns componentes e equipamentos hidráulicos
sanitários. Não havendo possibilidade de chamar um técnico ou especialista no assunto, e dependen-
do da emergência, o controlador possuindo as ferramentas poderá solucionar a ocorrência.
Instalação de válvula de descarga
Para a instalação da válvula siga os passos indicados abaixo:
Fotos
e
dados:
fabricante
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44 45
Regulagem de válvula de descarga após instalação
Após a instalação da válvula, há necessidade de realizar a sua regulagem e o teste. Conheça as ca-
racterísticas e detalhes da válvula e acompanhe os passos abaixo:
Fotos
e
dados:
fabricante
Maiores detalhes sobre o princípio de funcionamento de válvulas de descarga
Fotos
e
dados:
fabricante
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46 47
Instalação de restritor de vazão no
engate flexível
Instalação do arejador na torneira
Instalação de restritor de vazão do
chuveiro
Fotos e dados: fabricante
Vazão constante
de 8 litros/min
Vazão constante
de 14 litros/min
Fotos e dados: fabricante
Vazão constante
de 6 litros/min
Vazão constante
de 16 litros/min
Vazão constante
de 8 litros/min
Instalação de registro regulador de va-
zão em engate flexível
Instalação de registro regulador de va-
zão em chuveiro
O regulador de vazão é instalado no
engate flexível (rabicho) na saída da
tubulação da parede.
Fotos e dados: fabricante
O regulador de vazão
é instalado entre o
chuveiro e a saída da
tubulação da parede.
Instalação da torneira de mesa
Siga os passos abaixo
Principais problemas:
Fotos
e
dados:
fabricante
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Teste da torneira de fechamento
automático
Após a instalação, faça o teste do tempo de abertura.
Acione a torneira. Após soltar, marque com o relógio o tempo de abertura da
água. Conte de 5 a 7 segundos. Este é o tempo médio recomendado pela
Sabesp. Embora, a ABNT recomende um tempo de abertura de 4 a 10 segundos.
Instalação de equipamentos antivandalismo
Lavatório antivandalismo
Instalação da torneira de parede antivandalismo:
1 – Posicione a bica perpendicularmente a parede, a 15 cm acima da pia.
2 – O conjunto deve ser embutido na parede de forma que o revestimento final coincida com a faixa
amarela que existe na tampa da válvula.
3 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto.
4 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento,
primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da
tampa para rosquear o flange.
Válvula de mictório antivandalismo
Instalação da válvula de mictório antivandalismo:
1 – Instale a válvula no lugar do registro de pressão.
2 – Observe as marcações de sentido do fluxo d’água (seta gravada na peça) e profundidade de ins-
talação (adesivo amarelo).
3 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto.
4 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento,
primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da
tampa para rosquear o flange.
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Chuveiro antivandalismo1
Instalação de chuveiro antivandalismo:
1 – A válvula de acionamento deverá estar alinhada com o chuveiro, cerca de 1 metro abaixo do mes-
mo.
2 – Observe as marcações de sentido do fluxo d’água (seta gravada na peça) e profundidade de ins-
talação (adesivo amarelo).
3 – O botão de acionamento deve ficar cerca de 1,10 m do piso acabado.
4 – O conjunto deve ser embutido na parede de forma que o revestimento final coincida com a faixa
amarela que existe na tampa da válvula.
5 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto.
6 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento,
primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da
tampa para rosquear o flange.
1 Fonte de consulta: Figueiredo, Chenia Rocha. Equipamentos hidráulicos e sanitários, consulta 2009
6
Manutenção e
monitoramento
dos equipamentos
e materiais
constituintes do
sistema
hidrossanitário
Manutenção e monitoramento
É muito importante a realização da manutenção
e da conservação das instalações e dos equipa-
mentos hidrossanitários. A linha hidrossanitária é
muito ampla, engloba desde as louças e metais
para o banheiro até os registros e válvulas de
descarga. Temos no mercado uma linha comple-
ta, com diferentes cores e designs.
O que é uma manutenção?
Manutenção é “o conjunto de atividades e recur-
sos aplicados aos sistemas e equipamentos para
conservar ou recuperar a capacidade funcional
da edificação, visando garantir a continuidade de
sua função dentro de parâmetros de disponibili-
dade, de qualidade, de prazo, de custos e de vida
útil adequados, para atender às necessidades e
segurança de seus usuários, de acordo com os
padrões aceitáveis de uso, de modo a preservar
sua utilidade e sua funcionalidade”. Na definição
de grande abrangência, a manutenção é carac-
terizada como um processo que deve iniciar an-
tes da aquisição e tem como principal função o
prolongamento da vida útil dos equipamentos ou
sistemas.
As edificações necessitam de manutenção perió-
dica e seu administrador deve estar ciente da sua
importância e de como proceder para o sucesso
da mesma.
Existem diversas classificações para manuten-
ção. Neste capítulo serão abordados a Manu-
tenção Preventiva (MP) e Manutenção Corretiva
(MC):
Preventiva
A essência da Manutenção Preventiva à substi-
tuição de peças e componentes antes que atin-
jam a idade em que passam a ter risco de que-
bra, ou seja, buscando antecipar as ocorrências
e manter o bom funcionamento das instalações
antecedendo sempre as ações naturais de des-
gaste e consequentemente as ações corretivas. A
definição da Norma Brasileira – NBR 5462(1994)
para a Manutenção Preventiva é “a manutenção
efetuada em intervalos predeterminados. Ou de
acordo com critérios prescritivos, destinada a re-
duzir a probabilidade de falha ou a degradação do
funcionamento de um item”.
Corretiva
A Manutenção Corretiva é o tipo de manutenção
mais antiga e mais utilizada, sendo empregada
em qualquer empresa que possua itens físicos,
qualquer que seja o nível de planejamento de
manutenção. Segundo a NBR 5462/94, Manuten-
ção Corretiva é “a manutenção efetuada após a
ocorrência de uma pane, destinada a recolocar
um item em condições de executar uma função
requerida”. Em suma: é toda a manutenção para
corrigir falhas em equipamentos, componentes,
módulos ou sistemas, visando restabelecer sua
função.
Este tipo de manutenção normalmente implica
em custos altos, pois a falha inesperada pode
acarretar a perda de produção e da qualidade do
produto. As paralisações são quase sempre mais
demoradas e a insegurança exige estoques
elevados de peças de reposição com acréscimos
nos custos de manutenção.
Instalações prediais e equipamentos
hidrossanitários1
As instituições e os bens móveis, desde as pare-
des, o piso, as tubulações, até o bebedouro, fa-
zem parte do patrimônio da instituição, devendo
1 h t t p : / / p o r t a l . m e c . g o v. b r / s e b / a r q u i v o s / p d f /
profunc/13eqhidrasan.pdf(equip.hidra.sanitarios)
>Você sabe qual a importância de realizar a
manutenção preventiva de uma edificação?
> Você conhece qual o prazo de garantia de
qualquer produto, serviço ou obra segundo o
Código de Defesa do Consumidor?
> Sabe como proceder para aumentar a
durabilidade das instalações hidráulicas?
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52 53
ser bem cuidados. Para a garantia do imóvel e
dos bens móveis é importante a correta manuten-
ção de cada ambiente.
Todas as construções prediais, mesmo sendo
tercerizadas, bem como os equipamentos hidros-
sanitários, possuem garantia. Neste documento
(certificado de garantia) que acompanha o produ-
to, constam as características técnicas dos mate-
riais, os prazos de garantia específicos de toda a
edificação e os procedimentos para uso e conser-
vação de todo sistema.
Estas informações ficam de posse do gestor ou
outro representante da instituição
É importante que esta documentação esteja
sempre disponível e de fácil acesso para quan-
do houver uma ocorrência, seja estrutural ou nos
equipamentos, como por exemplo, se uma tor-
neira apresentar vazamento, a primeira ação é
observar se ela está no prazo de garantia. Caso
positivo, basta entrar em contato com a empresa
fornecedora ou fabricante do produto, e procurar
seus direitos.
Caso a garantia já tenha vencido, deve-se procu-
rar consertá-la ou substituí-la por uma nova.
Em alguns casos pode ser necessário solicitar as-
sistência técnica. É importante identificar a causa
do problema, evitando que venha a acontecer no-
vamente.
O prazo de garantia é o período em que o cons-
trutor ou o fabricante responde pela adequação
do produto quanto ao seu desempenho, dentro
do uso que normalmente dele se espera. Não há
garantia se houver vícios ou violação que tenham
sido constatados neste intervalo de tempo.
Nas instalações hidrossanitárias, onde muitas pe-
ças são testadas na entrega ou após a troca e as
tubulações são geralmente embutidas na alvena-
ria, podem existir vazamentos ou retoques finais
que podem não ter sido vistos na avaliação dos
testes para entrega dos serviços. É preciso acom-
panhar os serviços e testar se há vazamentos.
Os prazos de garantia das instalações hidráuli-
cas, louças e metais praticados no meio técnico
são os seguintes:
• Em relação aos “materiais”:
• Para tubos, conexões, louças, caixa de descar-
ga, torneiras, registro, sifões e válvulas: o prazo é
definido segundo os padrões estabelecidos pelos
fabricantes;
• No caso de quebras, trincas, riscos, manchas e
entupimentos, a garantia é no ato da entrega;
• As situações não cobertas pela garantia são as
peças que apresentem desgaste natural pelo uso
regular, tais como os anéis de vedação, as guar-
nições e os mecanismos de vedação.
• Em relação aos “serviços”:
• Para as colunas de água e os tubos de queda
de esgoto, no caso de danos causados devido à
movimentação ou acomodação da estrutura, a
garantia é de 5 anos;
• Para os problemas com a instalação, o funcio-
namento ou a vedação de ramais, louças, caixa
de descarga, torneiras e registros, o prazo é de
1 ano.
A perda de garantia
Os materiais e os serviços de instalações e
equipamentos perdem sua garantia caso ocor-
ram:
• Danos sofridos pelas partes integrantes das
instalações em consequência de quedas aciden-
tais, maus tratos, manuseio inadequado, instala-
ção incorreta e erros de especificação;
• Danos causados por impacto ou perfurações em
tubulações tanto aparentes como embutidas na
alvenaria;
• Instalação ou uso incorreto dos equipamentos;
• Danos causados aos acabamentos por limpeza
inadequada (produtos químicos, solventes, abra-
sivos do tipo saponáceo, palha de aço, esponja
dupla face);
• Se for constatado entupimento por quaisquer
objetos jogados nos vasos sanitários e ralos, tais
como: absorventes higiênicos, folhas de papel,
cotonetes, cabelos etc.;
• Se for constatada a falta de troca dos “vedantes”
das torneiras;
• Se for constatada a falta de limpeza nos aerado-
res, provocando assim acúmulo de resíduos nos
mesmos;
• Se for constatado o uso de produtos abrasivos
e/ou limpeza inadequados nos metais sanitários;
• Se forem constatadas, nos sistemas hidráuli-
cos, pressões (desregulagem da válvula reduto-
ra de pressão) e temperaturas (aquecedores, por
exemplo) discordantes das estabelecidas em pro-
jeto;
• Equipamentos que foram reparados por pesso-
as não autorizadas pelo serviço de assistência
técnica;
• Aplicação de peças não originais ou inadequa-
das, ou adaptação de peças adicionais sem auto-
rização prévia do fabricante;
• Equipamentos instalados em locais onde a água
é considerada não potável ou contenha impure-
zas e substâncias estranhas a ela, que ocasio-
nem o mau funcionamento do produto;
• Objetos estranhos no interior do equipamento
ou nas tubulações que prejudiquem ou impossibi-
litem o seu funcionamento;
• Se não forem tomados os cuidados de uso ou
não for feita a manutenção preventiva necessária
Como aumentar a durabilidade das
instalações e equipamentos
As instalações hidráulicas e sanitárias requerem
maiores cuidados, pois seu mau uso ou a falta
de manutenção preventiva podem acarretar entu-
pimentos e vazamentos, muitas vezes de reparo
difícil e dispendioso. O bom desempenho dessas
instalações está diretamente ligado à observân-
cia de alguns cuidados simples.
Existem vários cuidados de uso que podem au-
mentar a durabilidade do sistema de instalações
hidráulicas:
• Não jogue objetos que possam causar entupi-
mento nos vasos sanitários e ralos, tais como:
Absorventes higiênicos, folhas de papel, cotone-
tes, cabelos, fio dental etc.;
• Nunca jogue gordura ou resíduo sólido nos ralos
das pias e dos lavatórios, jogue-os diretamente
no lixo;
• Não deixe de usar a grelha de proteção que
acompanha a cuba de inox das pias de cozinha;
• Nunca suba ou apoie-se nas louças e banca-
das, pois podem soltar-se ou quebrar, causando
ferimentos graves. Cuidados especiais com crian-
ças;
• Nas máquinas de lavar e tanque, deve-se dar
preferência ao uso de sabão biodegradável (de-
tergente líquido), para evitar retorno de espuma;
• Banheiros e cozinhas quando ficam sem utiliza-
ção por longos períodos, podem ocasionar mau
cheiro, em função da ausência de água nos ralos
e sifões. Para eliminar esse problema, basta adi-
cionar uma pequena quantidade de óleo de cozi-
nha para a formação de uma película,
evitando-se assim a evaporação;
• Não aperte em demasia os registros, torneiras,
misturadores. Ao instalar filtros, torneiras etc.,
não os atarraxe com excesso de força, pois pode
danificar a saída da tubulação, provocando vaza-
mentos;
• Não permita sobrecarga (excesso de peso) de
louças sobre a bancada;
• Não devem ser retirados elementos de apoio
(mão francesa, coluna do tanque etc.), podendo
sua falta ocasionar quebra ou queda de peças da
bancada;
• O sistema de aviso e/ou ladrão da caixa d’água,
não deve ter as suas tubulações obstruídas;
• Antes de executar qualquer perfuração nas pa-
redes, consulte as plantas e detalhes para evitar
danos na rede hidráulica;
• Para pendurar algum acessório (toalheiro, pa-
peleira, espelho etc.) faça uso de furadeira e de
parafusos com buchas plásticas expansíveis, que
devem ser colocados, quando em cerâmicas,
sempre nas juntas.
Programa de manutenção das
instalações de equipamentos
Conservação e limpeza das instalações
• Limpe os metais sanitários, ralos das pias e la-
vatórios, louças e cubas de aço inox em pias, com
água, sabão neutro e pano macio. Nunca com es-
ponja ou palha de aço e produtos abrasivos;
• Limpe periodicamente os ralos e sifões das lou-
ças, tanques e pias, retirando todo e qualquer
material causador de entupimento (piaçava, pa-
nos, fósforos, cabelos etc.); e jogue água, a fim
de se manter o fecho hídrico nos ralos sifonados,
evitando assim o mau cheiro proveniente da rede
de esgoto;
• Limpe periodicamente os aeradores (bicos re-
movíveis) das torneiras, pois é comum o acúmulo
de resíduos provenientes da própria tubulação;
• Limpe e verifique a regulagem do mecanismo de
descarga periodicamente;
• Substitua regularmente os vedantes (courinhos)
das torneiras, misturadores e registros de pres-
são, para garantir a boa vedação e evitar vaza-
mentos.
Frequência de manutenção das instalações
hidráulicas, louças e metais
Programe de acordo com a tabela de periodicida-
de abaixo e preencha a planilha de monitoramen-
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to e manutenção.
Como proceder em pequenos reparos
Utilize as tabelas na próxima página após a identificação de ocorrências e adote as soluções propos-
tas:
Ocorrências / soluções
Descrição Periodicidade
Verificar os ralos e sifões das louças, tanques e pias A cada 6 meses
Trocar os vedantes (couriunhos) das torneiras, misturadores de lavatário e de bidê e
registros de pressão
A cada ano
Limpar os aeradores (bicos removíveis) A cada 6 meses
Limpar e verificar regulagem do mecanismo de descarga A cada 6 meses
Verificar gaxeta, anéis o'ring e estanqueidade dos registros de gaveta e dos
registros de esfera
A cada 3 anos
Verificar anéis o' ring dos registros de pressão e misturadores. A cada ano
Verificar o diafragma da torre de entrada e a comporta do mecanismo de caixa
acoplada
A cada 3 anos
Verificar a estanqueidade da válvula de descarga, torneira automática e torneira
eletrônica
A cada 5 anos
Limpar o crivo do chuveiro A cada ano
Aparelho sanitário Defeitos/falhas encontrados Intervenção
Regulagem da bóia ou troca de reparos
Troca ou limpeza da comporta e sede
Troca ou regulagem do cordão
Vazamento pela bica Troca do vedante ou do reparo
Vazamento pela haste Troca do anel de vedação da haste ou do reparo
Tempo de abertura inadequado (fora da faixa
compreendida entre 4 e 10 segundos)
Troca do pistão ou êmbolo da torneira
Vazão excessiva
Ajuste da vazão através do registro regulador
(1170 C)
Vazamento na haste do botão acionador
Troca do retentor de vedação da haste ou do
reparo
Vazamento pelo chuveiro Troca do vedante ou do reparo
Vazamento pela haste do registro Troca do anel de vedação da haste
Registro de pressão
para chuveiro
Bacia sanitária com
caixa acoplada
Vazamento na bacia
Torneira convencional
(lavatório, mictório)
Torneira
hidromecânicas
(lavatório, mictório)
Defeito/falhas
encontradas
Causa Intervenção
Preme vedante solto Trocar o cartucho
Preme vedante quebrado Trocar o cartucho
Preme guarnição solto Trocar o cartucho
Detritos entre sede e êmbolo Limpeza do cartucho
Extravasor obstruído Limpeza
Mola da haste sem tensão Troca da mola
Uso de vaselina ou graxa no cilindro
extravasor
Trocar o cartucho
Parafuso acionador desregulado (acab.
público)
Regular o mesmo
Mola da haste sem tensão Troca da mola
Uso de vaselina ou graxa no cilindro
extravasor
Trocar o cartucho
Guarnição do cilindro dilatada Trocar o cartucho
Pressão muito elevada da rede (acima de 40
mca)
Regular a redutora de pressão do prédio
Guarnição do cilindro deformada Trocar o cartucho
Disparo
Tempo longo de
descarga
Acionamento duro
VÁLVULA DE DESGARGA
Mola da haste sem tensão Troca da mola
Uso de vaselina ou graxa no cilindro
extravasor
Trocar o cartucho
Guarnição do cilindro dilatada Trocar o cartucho
Pressão muito elevada da rede (acima de 40
mca)
Regular a redutora de pressão do prédio
Guarnição do cilindro deformada Trocar o cartucho
Tubulação entupida Limpeza na tubulação
Pressão insufuciente (menor que 2 mca) Corrigir a instalação
Tubulação inadequada (diâmetro pequeno) Substituir a tubulação
Bacia obstruída (argola) Limpeza da mesma
Registro fechado ou restrito
Regular o registro conforme o manual de
instalação
Registro da válvula muito aberto
Regular o registro conforme a o manual de
instalação
Pressão excessiva (maior que 40 mca) Corrigir a instalação
Registro interno fechado
Regular o registro conforme o manual de
instalação
Registro geral fechado Abrir o registro de gaveta
Parafuso acionador desregulado (muito
embutido)
Regular o parafuso
Tampa solta Reapertar
Retentor bilabial Trocar retentor
Haste danificada Trocar o cartucho
Detritos entre vedantes Limpeza
Preme vedante solto ou quebrado Trocar o cartucho
Vedante danificado Trocar o cartucho
Sede danificada Trocar sede e o anel de borracha
Anel 1º estágio danificado Trocar o cartucho
Aperto exagerado na tampa Soltar a tampa e destravar o registro
Volante espanado Trocar o volante
Fechamento rápido Guarnição gasta ou deformada Trocar o cartucho
Detritos dentro da válvula Limpeza
Guarnição deformada Trocar o cartucho
Vibração Tampa solta Reapertar
Registro não abre
Acionador travado
Tempo longo de
descarga
Acionamento duro
Vazao insuficiente
Vazão excessiva
Vazão inexistente
Vazamento externo
Vazamento interno
A) Consertar a torneira que está vazando
• Feche o registro geral do cômodo;
• Com a mão, retire a tampa/botão (quando hou-
ver);
• Utilizando uma chave de fenda, desrosqueie o
parafuso que prende a cruzeta;
• Com o auxílio de um alicate de bico, desros-
queie a porca que prende a canopla, para poder
ter acesso ao mecanismo de vedação;
• Com o auxílio de um alicate de bico, desrosqueie
o mecanismo de vedação do corpo e o substitua
por um novo.
B) Desentupir o chuveiro
• Desligar a rede elétrica (no quadro de distribui-
ção geral);
• Desrosqueie a capa protetora do crivo;
• Retire a proteção metálica (quando houver);
• Retire o plástico ou borracha preta;
• Com o auxílio de uma escova de dente, limpe
o crivo, desobstruindo os orifícios que podem ter
acumulado detritos;
• Abra o registro (torneira) para encher o chuveiro
antes de ligar a rede elétrica novamente.
C) Regular a caixa de descarga acoplada da
bacia sanitária
• Com cuidado, abra e retire a tampa da caixa
acoplada;
• Com ajuda de um alicate, rosqueie a bóia dei-
xando-a mais firme, para que quando a caixa es-
tiver cheia, não permita que a água transborde
pelo ladrão;
• Substituição;
• Com cuidado, abra e retire a tampa da caixa
acoplada;
• Desrosqueie a bóia;
• Leve-a para um depósito de materiais de cons-
trução, para que sirva de modelo para a compra
de uma nova;
• Com a nova bóia em mãos, encaixe-a e ros-
queie-a, exatamente no local de onde a antiga foi
retirada.
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D) Regulagem de volume de descarga
Verifique qual o mecanismo da caixa acoplada e faça a regulagem adequada:
E) Cuba/ Sifão
É necessário, periodicamente, remover o sifão
para limpeza geral e desobstrução de detritos
acumulados.
Se o material é metálico, desrosquear o copo e
fazer a limpeza periodicamente, seguindo o mes-
mo procedimento acima.
F) Desentupimento do sifão/encanamento
Aqui está o que você vai precisar ter à mão na
hora de desentupir um encanamento:
• Panos molhados;
• Desentupidor;
• Vaselina;
• Produtos para desentupir;
• Mangueira de desentupimento;
• Balde;
• Arame de cabide;
• Escova de cerdas duras.
1ª etapa
Cubra a saída de excesso de água do lavatório ou
da banheira com panos molhados. A maioria das
pias de cozinha não tem uma saída para excesso
de água, mas se estiver em uma pia que fica lado
a lado com outra, tampe o ralo da outra com pa-
nos molhados. Nesses casos, é necessário blo-
quear a outra pia tanto no ralo como na saída de
excesso. Cubra todos eles com panos molhados
para o desentupimento funcionar corretamente.
2ª etapa
Encha a pia com água suficiente para cobrir a par-
te de borracha do desentupidor. Passe uma ca-
mada de vaselina no bocal de desentupidor (para
maior aderência). Deslize o desentupidor até a
abertura do ralo e faça movimentos rápidos para
cima e para baixo. Se você sentir a água subindo
e descendo pelo ralo é porque está fazendo certo.
É essa pressão de água para frente e para trás
que pode eventualmente criar a força para des-
locar o que estiver bloqueando o encanamento.
Após ter repetido o movimento umas dez vezes e
com bastante força, retire o desentupidor rapida-
mente.
Provavelmente, a água irá escorrer pelo ralo.
Mas, se não funcionar, repita a operação mais
umas duas ou três vezes antes de tentar outro
método.
3º etapa
Se o desentupidor não funcionar é melhor não
usar esses produtos químicos, já que eles con-
têm agentes cáusticos que podem danificar algu-
mas peças. Em vez deles, use uma mangueira de
desentupir. Para usá-la, retire a tampa do ralo e
insira a mangueira dentro da abertura. Conforme
você coloca a mangueira dentro do encanamento,
gire a alça um pouco, soltando e apertando o bo-
tão dela enquanto aprofunda a mangueira. Caso
a mangueira esbarre em algo, puxe e empurre- a
um pouco conforme gira a alça. Depois continue
a girar a alça enquanto puxa a mangueira de volta
vagarosamente.
4ª etapa
Se a mangueira não desentupir o encanamento,
remova uma parte dos canos debaixo da pia, dei-
xando a água do sifão cair em um balde.
Use um arame de cabide em forma de gancho
para tentar alcançar o entupimento. Se isso não
funcionar, use a mangueira de desentupir. Vá en-
fiando a mangueira em direção à pia e ao cano de
escoamento para remover o que está bloqueando
a passagem de água.
5ª etapa
Ao desentupir o ralo de
uma pia, cubra a parte de
borracha do desentupidor
com água e tape a abertura
de ar com panos molhados.
Se o entupimento não
estiver no sifão, insira a
mangueira na extensão do
encanamento que entra na
parede e vá empurrando a
mangueira para dentro do
encanamento.
Para retirar o sifão, solte
as porcas com uma chave
inglesa e remova-as
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Se o sifão não tiver uma tampa de saída, remova-
-o inteiro. Após ter retirado o sifão, limpe-o com
arame de cabide e depois use uma escova dura
com água quente e sabão. Coloque o sifão de
volta. Se o entupimento não estava no sifão, insi-
ra uma mangueira na extensão do encanamento
que entra na parede e continue a empurrá-la até
que você atinja o bloqueio (você talvez não consi-
ga, se o entupimento estiver na área do encana-
mento principal).
G) Ralos
Verifique os ralos, providenciando a sua limpe-
za, com a retirada de todo e qualquer material
que cause entupimento e odor (palitos, cabelos,
panos etc.). Convém lembrar que, por falta de
limpeza ou evaporação de água no ralo, poderá
provocar mau cheiro. Conserve-os sempre com
água. Usar detergente neutro. Nunca use espátu-
la ou qualquer material contundente (como barra
de ferro, de vassoura etc.), pois poderá danificar
o ralo.
H) Desentupindo ralos no chão e bloqueios no
encanamento principal
Quando um ralo no chão, como os que temos em
porões e chuveiros estiver entupido, uma man-
gueira de jardim deve ajudar bastante, especial-
mente se o entupimento não estiver próximo à
sua abertura. Ligue a mangueira em uma tornei-
ra, coloque-a no ralo o máximo que puder e co-
loque panos molhados ao redor da mangueira na
abertura do ralo. Depois, abra bastante a torneira
e deixe a água fluir por um tempo.
Monitoramento das intervenções
Nessa fase deve-se acompanhar todas as inter-
venções realizadas para a redução de perdas e
desperdícios relacionando os gastos efetuados,
utilizando a tabela de controle de gastos com in-
tervenções e concomitantemente o mapa de con-
trole, ambas no final do capítulo (página 77).
Referência: Fabricante, Norma de Garantia, Fi-
gueiredo, Chenia Rocha/2007
Caixas d’água e reservatórios necessitam perio-
dicamente de inspeção para avaliação de ava-
rias, vazamentos, defeitos ou quebra do conjunto
barrilete (encanamentos, conexões e peças).
Utilize para monitoramento as tabelas (programa-
ção e inspeção de vazamentos e de inspeção de
vazamentos e avarias em reservatórios – página
78) para organizar e acompanhar a rotina de lim-
peza e manutenção de caixa d’água/reservatório.
Vazamento na tubulação hidráulica
• A primeira providência a ser tomada é o fecha-
mento dos registros correspondentes ao local do
vazamento;
• Caso perdure o vazamento, feche o registro
principal de entrada de água (registro geral);
• Quando necessário, acione uma empresa espe-
cializada. Ela irá detectar o vazamento na tubula-
ção após a quebra da parede, trocar a tubulação
danificada e realizar o devido fechamento e aca-
bamento da área.
Entupimento em tubulações de esgoto
Quando necessário, acione uma empresa espe-
cializada. Ela localizará o local do entupimento
após a escavação, desobstruirá a tubulação e
realizará o devido fechamento e acabamento da
área.
Bacias sanitárias
Esgoto sanitário e tubo de ventilação: para a re-
moção dos dejetos da bacia é indispensável um
perfeito dimensionamento do sistema de esgoto e
a sua ventilação. A ventilação é para evitar odores
provocados pelos gases (metano, gás carbônico
e gás sulfídrico) provenientes da rede pública ou
mesmo da rede interna da edificação e também
manter a pressão atmosférica dentro da tubula-
ção quando das descargas no aparelho. Em resi-
dências, deve-se respeitar uma inclinação de no mínimo 1% de caimento, e uma bitola de 100 mm na
saída do esgoto e uma bitola e de 75 mm para ventilação.
O sistema utilizado no Brasil são as bacias sanitárias por gravidade, com descarga de água de 1,6
litros/segundo com ação sifônica, segundo a NBR-6452 da ABNT, como sendo o ponto ideal de fun-
cionamento com o menor volume de água consumido.
Limpeza de caixa-d’água/reservatório
Se essa atividade for tercerizada, o responsável ou controlador da instituição deve programar a data
para a limpeza e desinfecção dos reservatórios e ou da caixa-d’água; antes da data prevista fechar
o registro da entrada de água e consumir previamente toda a água, inclusive a utilização da reserva
de incêndio, para evitar o esvaziamento que alija
pelo ladrão milhares de litros de água potável,
provocando desperdício .
Neste capítulo, estão contidas as informações
passo a passo para que, se o responsável quiser
acompanhar a empresa tercerizada, se estão
adotando corretamente as medidas indicadas, e
ainda se quiser adotar em sua moradia.
Os reservatórios devem ser inspecionados pe-
riodicamente, para assegurar que as tubulações
de entrada e de extravasão estejam desobstru-
ídas, que as tampas estejam posicionadas nos
locais corretos e sem trincas que não haja ocor-
rência de vazamentos ou sinais de deterioração
provocada por vazamentos. Recomenda-se que
esta inspeção seja feita pelo menos uma vez por
ano, para realizar a limpeza e desinfecção, como medida fundamental de proteção sanitária.
Deve-se programar o dia para evitar o desperdício, consuma a água até uma altura de mais ou menos
um palmo, de acordo com a orientação no passo 5, fazendo a limpeza dessa forma com economia. A
qualidade da água que chega a sua casa é garantida até o medidor. Faça a sua parte e mantenha a
caixa-d’água limpa e bem tampada.
Recomendação da Sabesp: lavar, pelo menos, a cada 6 meses.
Assim, a saúde de sua família estará sempre garantida e você se livra das bactérias, dos fungos e de
outros hóspedes indesejáveis (ratos, baratas, pombos, mosquitos) que são vetores e transmissores
de doenças graves e/ou letais.
Procedimento de limpeza com
utilização racional de água
A CAIXA-D’ÁGUA SEMPRE LIMPA É SAÚDE!
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Siga os passos abaixo:
Capacidade
de caixa
Quantidade de água
sanitária
500 10 colheres de sopa
750 15 colheres de sopa
1000 20 colheres de sopa
1500 30 colheres de sopa
2000 40 colheres de sopa
5000 2 litros
1. Programe com antecedência o dia da
lavagem de sua caixa-d’água. Escolha,
de preferência, um fim de semana em
que não há compromissos agendados;
2. Tenha certeza de que a escada que dá
acesso à caixa-d’água está bem posicio-
nada e que não há risco de escorregar;
3. Feche o registro de entrada de água
da escola ou amarre a boia;
4. Armazene água da própria caixa
para usar enquanto estiver fazendo a
limpeza;
5. O fundo da caixa deve estar com
um palmo de água;
6. Tampe a saída para poder usar este
palmo de água do fundo e para que
a sujeira não desça pelo ralo;
7. Utilize um pano úmido para lavar as
paredes e o fundo da caixa. Se a caixa
for de fibrocimento (amianto), substitua
o pano úmido por uma escova de fibra
vegetal ou de fio de plástico macio. Não
use escova de aço, vassoura, sabão, de-
tergente ou outros produtos químicos;
8. Retire a água da lavagem e a sujeira
com uma pá de plástico, balde e pa-
nos. Seque o fundo com panos limpos
e evite passá-los nas paredes da caixa;
9. Ainda com a saída da caixa fecha-
da, deixe entrar um palmo de água e
adote os dados da tabela abaixo. Dei-
xe por duas horas e use esta solução
desinfetante para molhar as paredes
com ajuda de uma brocha e um balde
ou caneca de plástico;
10. Verifique, a cada 30 minutos,
se as paredes secaram. Caso isto
aconteça, faça quantas aplicações
da mistura que forem necessárias
até completar duas horas;
11. Não use esta água de forma
alguma por duas horas;
12. Passadas as duas horas, ainda
com a boia amarrada ou o registro
fechado, abra a saída da caixa e a
esvazie. Abra todas as torneiras e
acione a descarga para desinfetar
todas as tubulações de água;
13. Procure usar a primeira água
para lavar a área externa, banhei-
ros e pisos;
14. Tampe bem a caixa para que
não entrem insetos, sujeiras ou
pequenos animais. Isso evita a
transmissão de doenças. A tam-
pa tem que ter sido lavada antes
de ser colocada no lugar. Obs.: é
importante que a tampa não pos-
sua rachaduras/trincas, pois esta é
uma porta para a contaminação;
15. Anote na sua programação ou
planejamento a data da próxima
limpeza. Abra a entrada de água e
deixe a caixa encher. Esta água já
poderá ser utilizada.
Ilustração:
Sabesp
Cuidado:
Evite a ingestão ou inalação do
produto e o seu contato com a pele e
olhos;
Em caso de contato com pele ou
olhos, lave com água corrente
em abundância por pelo menos
15 minutos e procure um médico
imediatamente;
Em caso de ingestão, procure um
médico levando a embalagem do
produto.
Fotos, figuras e fonte: Sabesp e CDL
Quando realizar a manutenção
utilizar as seguintes tabelas:
Mapa de controle
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Semanal Mensal
1 *
2 *
3 *
4 *
5 *
6 *
7 *
8 *
9 *
10 *
Equipamento Descrição da inspeção Avaria
Frequência
Periodicidade de inspeção e avaria em reservatório
Tabela
de
manutenção
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Dica - Medida de Sustentabilidade
Na Europa, sobretudo na França, muitos começam a adotar a piscina
biológica.
Princípio: utilizar as propriedades regeneradoras da natureza para as-
segurar a limpeza da piscina, sem recorrer a produtos químicos, como
o cloro e seus derivados.
O desenho ilustra o sistema de piscina biológica desenvolvido pela
empresa alemã Bionova para o Castelo de Germiney, na região do
Jura, no leste da França.
O sistema possibilita a obtenção e a manutenção de uma água de qua-
lidade comparável à de um lago de alta montanha, unicamente graças
à associação de plantas, microorganismos e uma filtragem mineral.
Esse sistema ecológico, bastante custoso, é muito econômico a longo
prazo. Mas, como todo ecossistema, ele é frágil e precisa de cuidados
para conservar a sua eficácia.
A lagoa
Uma camada de pedregulhos colocada sobre um tanque forrado com
lona porosa recobre o fundo do tanque e faz uma filtragem. Na água,
microorganismos, algas, lagostinhas e camarões de água doce absor-
vem o material orgânico (fragmentos de pele e de gordura, e outros).
As plantas
Mais de 40 tipos de plantas são instalados dentro d’água e nas mar-
gens:
Junco, íris, papiro e hortelã aquática, por exemplo.
Elas oxigenam a água e eliminam os nitratos e os fosfatos dissolvidos.
A cascata de escoamento
A água que se eleva transborda na lagoa de regeneração e escorre por
riachos inclinados à moda de cascata.
Esse redemoinho possibilita uma melhor oxigenação.
O ciclo inteiro dura de três a cinco horas.
A bomba
A água da piscina é aspirada e filtrada para que as impurezas maiores
sejam eliminadas.
A seguir, ela é injetada na lagoa de regeneração, pelo fundo.
http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/419/artigo61569-2.htm
O sistema de drenagem,
bomba e filtro1
1 Fonte de consulta: http://www.zaiom.com.br/Templates/
Informações
Complementares I
Manutenção de Piscina
Já vimos que a água em uma piscina deve circular
através de um sistema de filtragem para remover
sujeira e restos. Durante uma operação normal,
a água flui para o sistema de filtragem através de
dois ou mais drenos principais no fundo da pisci-
na e de vários drenos tipo escumadeira no topo
da piscina.
Os drenos principais estão geralmente localiza-
dos no ponto mais baixo da piscina para que toda
imagens/img/downloads/bombeiro.pdf - Manual do Bombeiro
a sua superfície incline em direção a eles. A maior
parte da sujeira e dos restos que afundam sai da
piscina através desses drenos. Para evitar que as
pessoas enrosquem seus cabelos ou membros
na bomba, os drenos são quase sempre cobertos
com grades ou coberturas antivortex (uma cober-
tura que desvia o fluxo de água para evitar que
um vórtice perigoso seja formado).
As escumadeiras drenam a água da mesma ma-
neira que os drenos principais, mas sugam ape-
nas do topo da piscina (geralmente 0,5 cm). Qual-
quer sujeira que flutue - folhas, óleo de bronzear,
cabelo - sai da piscina através desses drenos.
No sistema de represa flutuante descrito aqui, a
porta de entrada move-se para dentro e para fora
para deixar um volume muito pequeno de água
entrar a cada vez. Para pegar as sujeiras de for-
ma eficaz, o objetivo é escumar apenas o nível da
superfície. A água flui através da cesta do filtro,
que pega as sujeiras maiores, como folhas. Além
da porta principal, o sistema de escumadeira pos-
sui uma linha de equalizador secundário que leva
a um dreno abaixo do nível da superfície. Essa
linha evita que a escumadeira mande ar para o
sistema de bombeamento se o nível da água cair
abaixo do nível da porta principal.
A água é bombeada através do sistema de filtra-
gem e novamente para os retornos, que são
as válvulas de entrada ao lado da piscina. Esse
sistema envolve muita sucção, mas se a piscina
for construída e operada corretamente, virtual-
mente não há risco da sucção prender alguém
contra um dos drenos. A única maneira do siste-
ma de bombeamento aplicar esse tipo de sucção
é se houver apenas um dreno aberto. Em uma
piscina segura, existem sempre diversos drenos
principais, bem como várias escumadeiras. Por-
tanto, se alguém ou algo bloquear um dreno, o
sistema de bombeamento puxará água de um
dos outros drenos. Isso elimina a sucção no dre-
no bloqueado
A maioria das piscinas também possui um par de
portas de vácuo utilizadas somente na limpeza da
piscina. Essas portas são conectadas a aspira-
dores de piscina, que funcionam mais ou menos
como um aspirador de pó. A diferença é que su-
gam água em vez de pó. As portas a vácuo po-
dem ter seu próprio siste ma de bombeamento,
mas na maioria das piscinas elas são controladas
pela bomba principal.
Depois de passar pelos vários drenos, a água flui
para o estágio de filtragem. Na próxima seção,
descobriremos do que se tratam os sistemas de
bombeamento e filtragem.
A bomba
Para a maioria de nós, uma piscina é como um
grande buraco no chão. Não vemos as máqui-
nas caras de um sistema de piscina, porque ge-
ralmente elas estão escondidas em uma sala de
bombeamento. Mas são estas máquinas que fa-
zem a piscina funcionar.
O coração do sistema da piscina é a bomba de
água. Em um sistema de bombeamento típico,
um motor elétrico gira um propulsor dentro da
sala de bombeamento. O propulsor leva a água
dos vários drenos através do filtro e de volta para
as portas de água.
Imediatamente antes de fluir para a bomba, a
água passa através de uma peneira de metal que
pega folha e outras sujeiras que podem obstruir
a bomba.
Em seguida, a água flui para o filtro (ou, nesta
configuração, um dos dois filtros). Na próxima se-
ção, você descobrirá o que acontece neste ponto
do sistema.
O Filtro
Os filtros deste sistema são filtros de areia de alta
densidade. Os filtros de areia consistem em um
Porta à vácuo.
Aspirador de piscinas
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grande tanque feito de fibras de vidro, concreto
ou metal contendo uma fina camada de areia com
granulação especial, que possui um formato qua-
drado.
Durante a operação de filtragem, a água suja da
piscina entra através do cano de entrada do filtro,
que leva à cabeça de distribuição de água den-
tro do tanque. Enquanto a gravidade puxa a água
através da areia, as pequenas partículas de areia
pegam qualquer sujeira. No fundo do tanque, a
água filtrada flui através da unidade de retenção
e para fora através do cano de saída.
Areia de filtro especial.
Com o tempo, a sujeira coletada na areia diminui
o fluxo de água. Medidores de pressão na porta
de entrada e saída do filtro dão a idéia do nível
de bloqueio dentro da piscina. Se os medidores
mostrarem uma pressão maior no cano interno
em relação ao externo, você sabe que há muita
sujeira na areia. Isso significa que é hora de lavar
o filtro. Para lavar, é necessário ajustar algumas
válvulas para redirecionar o fluxo de água. Você
deve fechar o cano de retorno que leva à piscina
e abrir o cano de drenagem, que leva ao sistema
de esgoto. Ajuste uma válvula no filtro para co-
nectar o cano da bomba para o cano de saída e
conectar o cano de drenagem para o cano de en-
trada. Com esse arranjo, a água da bomba é em-
purrada através da areia, deslocando a sujeira.
No topo do tanque do filtro, a água suja flui atra-
vés do cano de entrada e para dentro do esgoto.
Para redirecionar o fluxo de água para lavagem,
é necessário girar grandes alças para ajustar as
válvulas de bombeamento
No lugar de um filtro de areia, alguns sistemas de
piscina utilizam um filtro de terra diatomácea ou
um filtro de cartucho. No filtro de terra diatomá-
cea, a água da piscina passa através de grades
cobertas por terra diatomácea, um pó fino feito
dos restos quimicamente inertes e fossilizados de
organismos marítimos chamados diátomos. Em
um filtro de cartucho, a água suja passa através
de um filtro feito de poliéster ou papel corrugado.
Em vez de lavar, simplesmente deve-se remover
o filtro e esguichá-lo. Depois de alguns anos (ge-
ralmente oito), é hora de descartar o filtro antigo e
colocar um novo.
Teste do balde para piscinas
O teste do balde serve para determinar se a pisci-
na está vazando ou apenas evaporando
• Coloque a água da piscina no nível normal;
• Encha um balde com água da piscina até apro-
ximadamente 5 cm da borda;
• Marque o nível de água do balde e também o
nível da água na piscina;
• Prenda o balde no interior da piscina de forma
que a água do balde mantenha a mesma tempe-
ratura da água da piscina sem que o balde possa
trocar água com a piscina;
• Após 24h confira o nível de água do balde e o
nível de água da piscina comparando-os com as
marcações iniciais.
Caso a piscina tenha uma variação maior em al-
tura dos níveis de água, ela provavelmente apre-
senta vazamento. Caso as variações em altura
dos níveis do balde e da piscina tenham sido
iguais, a piscina não apresenta vazamento. Se
chover, repita o teste.
Colocando uma cobertura na piscina a perda
de água por evaporação pode ser reduzida em
até 90%.
CUIDADOS: O uso da capa (lona) de forma cor-
reta permite uma maior durabilidade e eficiência
na proteção, para isso, após retirá-la para usar
A peneira fica bem à frente da bomba Filtros de areia duplos
A peneira removida para limpeza
Areia de filtro especial
a piscina, recoloque sempre na mesma posição
que estava, orientando-se por alguma marca de
sua preferência. Se for guardá-la por longo perí-
odo, seque-a, dobre sem deixar umidade interna,
para evitar o mofo, que poderá causar apodreci-
mento.
Ao colocar CLORO na água, espere no mínimo 6
horas para recolocar sua Capa. Ela suporta cloro
em concentração normal, mas na hora que se co-
loca o cloro, ocorre uma reação que necessita ar
livre para se dissipar.
DRENAGEM: Existem várias formas de drenar a
água da chuva da capa, a mais eficiente é através
do Dreno. Trata-se de uma Válvula de escoamen-
to instalada no centro gravitacional da capa, en-
gatando pelo fundo à mangueira flutuante de pis-
cina. Ligando a outra extremidade no dispositivo
de aspiração. Para drenar, recolha antes a sujeira
de folhas do fundo da poça d’água da capa, em
seguida aspire para fora da piscina.
Check-list
Por meio da manutenção preventiva é possível
agir contra desperdícios. A seguir temos alguns
exemplos de problemas que podem paralisar os
processos, causar danos e consumo de água
desnecessário, para que sejam revistos e sana-
dos:
• Destiladores e outros aparelhos necessitam de
fluxo contínuo de água para troca de calor entre o
meio quente e o frio como forma de condensação;
• Os bolsões de ar e o golpe de aríete (vide nota)
acontecem geralmente em tubulação de água
quente por falta da instalação de eliminadores de
ar;
• O descarte de água é utilizado no processo de
revelação do raio-x (imagens) sem a preocupa-
ção de outra destinação ou substituição por siste-
ma de revelação que não utilize água;
• A lavagem de roupa pode reduzir o consumo
médio de água, de 40 litros por quilo de roupa
para 25 litros ou menos, quando se recorre a téc-
nicas e controle de pH (acidez da água) corretos
e a produtos químicos modernos como o Oxige-
nol e o Clorial;
• A lavagem de reservatório - seu esvaziamento
extravasa pelo ladrão milhares de litros de água
potável, desperdício sanado se houver planeja-
mento antecipado de fechamento do registro e
consumação prévia do total da água, inclusive a
utilização da reserva de incêndio;
• A água destilada, quando armazenada por pe-
ríodo superior a quatro horas, é descartada, sem
ser reaproveitada como água limpa;
• A água de torre de resfriamento, de hidrotera-
pia e de outros equipamentos, ao invés de ser
descartada no esgoto, poderia ser reaproveitada:
reservatório privativo para alimentação de vasos
sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pá-
tios, calçadas etc.;
• Os pequenos furos na tubulação de 3/4” de ali-
mentação das torres de resfriamento provocam
perdas e vazamento através do extravasor (la-
drão);
• Evite o vazamento através das bombas de água
gelada do sistema da torre de resfriamento;
• Não deixe o reservatório (caixa d’água) enterra-
do vazando por trincas (rachaduras) na estrutura
do reservatório ou sem impermeabilização ade-
quada e outros;
• Diminuir os intervalos inadequados de aciona-
mento e duração de descarga de fundo de cal-
deira, por falta de análise físico-química da água,
e a descarga sem o reaproveitamento de suas
calorias;
Informações
Complementares II
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68 69
• O condensado (em elevado volume) quimica-
mente tratado, com seu alto conteúdo calórico, é
habitualmente, total ou parcialmente, desprezado
no esgoto, por falta de adequação no sistema de
retorno à caldeira, assim como o reaproveitamen-
to desta água em lavanderia, cozinha, trocadores
de calor e outros. O descarte de condensado de
calandra e de secadora, em ralo de lavanderia e
de caldeirões, básculas e estufas, em dreno de
cozinha, apresenta a desvantagem adicional de
aquecimento dos respectivos ambientes;
• Evite o golpe de aríete, em rede de vapor, de-
vido à inadequada ou inexistente drenagem de
condensado das linhas de alimentação;
• O vapor fluente (de expansão direta) muitas
vezes é utilizado em máquina de lavar roupa, ao
invés de água quente, acarretando prejuízo à cal-
deira e à roupa (em caso de incidência direta);
• Perda de vapor saturado: em autoclaves de es-
terilização por inadequada manutenção de pur-
gador termostático e de gaxeta; em válvula de
segurança e estações redutoras, por falta de re-
gulagem e outros;
• Perda de vapor em linhas de distribuição, vál-
vulas, registros, barrilete (tubulações) de distri-
buição, juntas de expansão, conexões de inter-
ligação e outros em decorrência de deficiente
conservação e controle. Desperdício de vapor
através de “by-pass” por falta de manutenção no
purgador;
• Perda de vapor quente em trocadores de calor,
em tubulações sem eficientes, tanque de conden-
sado, reservatório de água quente e outros por
inadequado isolamento térmico;
• Caldeira alimentada com água a 80°C ao invés
de 20°C, resulta em ganho de 60kcal/kg de vapor,
proporcionando uma economia de óleo combustí-
vel de aproximadamente 10,3%;
• Cada 5°C de aumento na temperatura da água
de alimentação da caldeira economiza 1% de
combustível;
• Vapor saturado à pressão de 8 kgf/cm2 em vaso
de pressão de 1.000 litros, sem isolamento térmi-
co, representa perda de aproximadamente 100kg
de vapor por hora;
• A tubulação de duas polegadas de diâmetro,
quando desprovida de isolamento térmico, trans-
portando vapor saturado a 8 kgf/cm2, acarreta
perda de 0,49kg de vapor por metro linear, por
hora;
• A incrustação em tubulação de caldeira obriga
a um maior consumo de combustível, em conse-
quência da ausência de material isolante, preju-
dicando a transferência de calor; 1mm de cálcio
reduz a troca térmica em 7% e 1mm de sílica em
16%;
• O consumo maior de combustível da caldeira
ocorre por falta de controle de eficiência de quei-
ma, rendimento, temperatura dos gases, percen-
tual de CO2 e O2, inadequada descarga de fun-
dos e outros;
• A perda de oxigênio é acarretada pela válvula de
segurança de gaseificadores de oxigênio líquido
superdimensionados ou pela produção de oxigê-
nio gasoso acima da demanda;
• Eliminar o vazamento de oxigênio em canaliza-
ções, juntas, conexões, válvulas, manômetros,
“manifold” e outros decorrentes de rede mal exe-
cutada, mal conservada, falta de revisão e de tes-
tes periódicos. Para vazamento de gás combus-
tível, idem.
NOTA
Por golpe de aríete se denominam as varia-
ções de pressão decorrentes de variações
da vazão, causadas por alguma perturbação,
voluntária ou involuntária, que se imponha ao
fluxo de líquidos em condutos, tais como ope-
rações de abertura ou fechamento de válvu-
las, falhas mecânicas de dispositivos de prote-
ção e controle, parada de turbinas hidráulicas
e ainda de bombas causadas por queda de
energia no motor, havendo, no entanto, outros
tipos de causas.
É o caso típico de condutos de recalque pro-
vidos de válvulas de retenção logo após a
bomba, e sem dispositivos de proteção. Nes-
te caso, a situação de ocorrência do golpe
de forma mais desfavorável e com mais fre-
quência é aquela decorrente da interrupção
brusca da energia elétrica fornecida ao motor
da bomba que alimenta o conduto. É nesta
situação onde corriqueiramente se verificam
valores extremos para o golpe de aríete.
Durante o fenômeno do golpe de aríete, a
pressão poderá atingir níveis
indesejáveis, que poderão causar sérios da-
nos ao conduto ou avarias nos dispositivos
nele instalados, como: ruptura de tubulações
por sobrepressão, avarias em bombas e vál-
vulas, colapso de tubos devido a vácuo etc.
Especificações técnicas
dos equipamentos
e componentes
economizadores
Alternativas de componentes economi-
zadores de água:
Aplicação: Os equipamentos serão utilizados
para redução do consumo de água no uso priva-
do, coletivo e/ou público.
1. Arejadores e restritores de vazão
Nome básico: Arejador antifurto de vazão cons-
tante de 6 ou 8 litros por minuto, respectivamente
0,10 litros/seg. ou 0,13 litros/seg.
Descrição: Arejador
a ser instalado em
torneiras ou mistu-
radores cuja rosca
seja compatível, e
utilização em pres-
sões acima de 100
kPa. O equipamento
deve permitir uma
vazão constante de
até 6,5 litros por mi-
nuto. Para casos específicos, tais como cozinhas
industriais, recomenda- se vazão de até 8,5 litros
por minuto.
Material: Conjunto arejador em plástico para em-
butimento no corpo da torneira ou com capa me-
tálica para fixação na torneira.
Nome básico: Restritor de vazão de 6 a 9 litros/
minuto e de 8 a 18 litros/ minuto.
Descrição: Restritor de vazão para ser instalado
nas seguintes situações:
• no tubo do chuveiro;
• na parte posterior da torneira (rabeta) ou da vál-
vula de mictório;
• na ligação flexível.
Limita a vazão em 6 a 18 litros/minuto, em função
da aplicação.
Bitola: 1/2“ BSP
Classe de Pressão: 20 a 400 kPa (faixa comple-
ta) Corpo/material: Plástico ABS
Garantia dos Produtos: Garantia mínima de
1(um) ano contra defeitos de fabricação. Garantia
de reposição de qualquer peça defeituosa ou fora
dos padrões de funcionamento exigidos nesta Es-
pecificação. Assistência técnica gratuita por um
período de 12 (doze) meses para produtos com
defeitos de fábrica.
Qualidade dos Produtos: O Fornecedor deverá,
obrigatoriamente, ser participante do Programa
Brasileiro de Qualidade e Produtividade na
Habitação (PBQP-H) do Governo Federal, e estar
na lista de fabricantes conformes.
2. Válvulas, registros e torneiras
Nome básico: Válvula de fechamento automático
Antivandalismo para Mictório – Uso PURA
Descrição: Válvula de fechamento automático
para mictório antivan-
dalismo para ser embu-
tida na parede, com ci-
clo de 4 a 10 segundos
e as seguintes caracte-
rísticas antivandalismo:
Não são permitidos
aparelhos que possam
ser desrosqueados de
conexões do sistema
hidráulico. Se neces-
sário, a saída de água
deve ser soldada ou colada no corpo da válvula
como garantia suplementar de impossibilidade de
desmontagem ou furto da mesma;
A desmontagem dos aparelhos antivandalismo e
do mecanismo de vedação somente poderá ser
feita através de chaves especiais fornecidas ex-
clusivamente pelo fabricante, não encontradas no
comércio e com dimensões divergentes de cha-
ves padronizadas;
Bitola: ½ “ BSP
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
bricantes.
Corpo/material: Metálico com acabamento su-
perficial, ligas de cobre.
Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
perficial: ligas de cobre ou aço inox.
Informações
Complementares III
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70 71
Nome básico: Válvula de fecha-
mento automático para Mictório -
Uso PURA
Descrição: Válvula de fechamen-
to automático para mictório com
ciclo de 4 a 10 segundos.
Bitola: 1/2“ BSP
Classes de pressão: 20 a 400
kPa (faixa completa) ou conforme
faixas especificadas pelos fabri-
cantes.
Corpo/material: Metálico com
acabamento superficial, ligas de
cobre.
Botão ou tecla: Metálico com
acabamento superficial: ligas de
cobre ou aço inox.
Nome básico: Registro
Regulador de Vazão -
Uso PURA
Descrição: Registro
regulador de vazão,
torneiras mesa e mistu-
radores de mesa, com
possibilidade de regula-
gem de vazão em fun-
ção da pressão local.
Bitola: 1/2” BSP
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
pleta)
Corpo/material: Para temperatura até 40 °C:
plástico de engenharia. Para temperatura até 80
°C: metálico com acabamento superficial, ex.: la-
tão cromado, aço inox.
Nome básico: Tor-
neira de acionamento
restrito de Parede –
Uso PURA
Descrição: Torneira
de acionamento res-
trito a ser instalação
na parede, acionada
com chave especial
destacável e inclusa,
para o uso exclusivo
da pessoa responsá-
vel, em ambientes públicos ou coletivos.
Bitola: 1/2“ e 3/4” BSP
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
pleta)
Corpo/material: Metálico com acabamento su-
perficial ou ligas de cobre.
Nome básico: Torneira de
Pia de Cozinha de Mesa -
Uso PURA
Descrição: Torneira de pia
de cozinha modelo mesa,
tipo bica móvel, com areja-
dor antifurto de vazão cons-
tante de 6 a 8 litros por mi-
nuto e/ou restritor de vazão
e/ou registro regulador de
vazão.
Bitola: 1/2” BSP
Classes de pressão: 20 a
400 kPa (faixa completa)
Corpo/material: Metálico com acabamento su-
perficial, ligas de cobre.
Nome básico: Torneira de Pia
de Cozinha de Parede – Uso
PURA
Descrição: Torneira de pia de
cozinha modelo para parede,
tipo bica móvel, com arejador
antifurto de vazão constante
de 6 ou 8 litros por minuto e/
ou restritor de vazão e/ou re-
gistro regulador de vazão.
Bitola: 1/2” BSP
Classes de pressão: 20 a
400 kPa (faixa completa)
Corpo/material: Metálico
com acabamento superficial, ligas de cobre.
Nome básico: Torneira de fechamento automáti-
co tipo mesa para la-
vatório – Uso PURA
Descrição: Torneira
de fechamento auto-
mático mesa, com ci-
clo de fechamento de
4 a 10 segundos, e
arejador antifurto de
vazão constante de
até 6 ou 8 litros por minuto e/ou restritor de vazão
e/ ou registro regulador de vazão.
Bitola: 1/2” BSP
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
bricantes.
Corpo/material: Metálico com acabamento su-
perficial, ligas de cobre.
Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
perficial, ex: ligas de cobre ou aço inox.
Nome básico: Torneira de fechamento auto-
mático tipo parede
para lavatório – Uso
PURA
Descrição: Tornei-
ra de fechamento
automático parede,
com ciclo de fechamento de 4 a 10 por segundo,
e arejador antifurto de vazão constante de 6 ou 8
litros por minuto e/ou registro regulador de vazão
integrado e/ou restritor de vazão.
Bitola: 1/2” BSP
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
bricantes.
Corpo/material: Metálico com acabamento su-
perficial, ligas de cobre ou aço inox.
Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
perficial, ex: ligas de cobre ou aço inox.
Nome básico: Torneira de fechamento automáti-
co antivandalismo para
Lavatório - Uso PURA
Descrição: Torneira de
fechamento automáti-
co para ser embutida
na parede, com ciclo
de 4 a 10 segundos e
com as seguintes ca-
racterísticas antivan-
dalismo:
• Não são permitidos aparelhos que possam ser
desrosqueados de conexões do sistema hidráuli-
co. Se necessário, a bica de saída de água deve
ser solda da ou colada no corpo da válvula como
garantia suplementar de impossibilidade de des-
montagem ou furto da mesma.
• A desmontagem dos aparelhos antivandalismo
e do mecanismo de vedação somente poderá ser
feita através de chaves especiais fornecidas ex-
clusivamente pelo fabricante, não encontradas no
comércio e com dimensões divergentes de cha-
ves padronizadas.
Bitola: 1/2” BSP
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
bricantes.
Corpo/material: Metálico com acabamento su-
perficial, liga de cobre.
Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
perficial: ligas de cobre ou aço inox.
Nome básico: Válvula de fechamento automático
para chuveiro elétrico – Uso
PURA
Descrição: Válvula de fecha-
mento automático para chu-
veiro elétrico com corpo da
válvula integrado a registro de
pressão, acionamento manual
e ciclo de fechamento de 20 a
50 segundos.
Bitola: 1 ½“ ou 1 ¼” BSP
Classes de pressão: 20 a
400 kPa (faixa completa) ou conforme faixas es-
pecificadas pelos fabricantes.
Corpo/material: Metálico com acabamento su-
perficial liga de cobre.
Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
perficial: ligas de cobre ou aço inox.
Obs.: Este aparelho não é indicado para chuvei-
ros elétricos com resistência blindada.
Nome básico: Válvula de fechamento automá-
tico antivandalis-
mo para ducha de
água fria – Uso
PURA
Descrição: Válvula
de fechamento au-
tomático para chu-
veiro elétrico com
corpo da válvula integrado a registro de pressão
para ser embutido na parede, acionamento ma-
nual e ciclo de fechamento de 20 a 50 segundos.
Bitola: ½ “ BSP
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
bricantes.
Corpo/material: Metálico, ligas de cobre.
Botão ou tecla: Metálico, com acabamento su-
perficial: ligas de cobre ou aço inox.
Obs.: Este aparelho não é indicado para chuvei-
ros elétricos com resistência blindada.
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72 73
Nome básico: Válvula Descarga para limpeza de
Bacia Sanitária e canopla antivandalismo – Uso
PURA
Descrição: Válvula
de descarga com
acionamento manu-
al, registro integra-
do que permite a re-
gulagem da vazão
de descarga para
propiciar volume de
6 litros por aciona-
mento, com acaba-
mento incluso.
Bitola: 1 ½“ ou 1 ¼” BSP
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
bricantes.
Corpo/material: Plástico de engenharia, metálico
com acabamento superficial, ligas de cobre.
Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
perficial: ligas de cobre ou aço inox.
Garantia dos produtos: Garantia mínima de 5
(cinco) anos contra defeitos de fabricação.
Garantia de reposição de qualquer peça defeitu-
osa ou fora dos padrões de funcionamento exi-
gidos nesta Especificação. Assistência técnica
gratuita por um período de 12 (doze) meses para
produtos com defeitos de fábrica.
Qualidade dos produtos: O revestimento eletro-
lítico deve resistir a 200 horas quando submeti-
do ao teste de “salt Spray” – câmara neutra. O
Fornecedor deverá, obrigatoriamente, ser partici-
pante do Programa Brasileiro de Qualidade e Pro-
dutividade na Habitação (PBQP-H) do Governo
Federal, e estar na lista de fabricantes conformes.
Referência: fabricantes - fotos e características
técnicas dos equipamentos.
Área especial de grande
consumo ou
de desperdício
As soluções para a diminuição do consumo de
água são compostas de diversas ações, e o
diagnóstico de consumo por setor ou por ativida-
de ajuda o gestor ou técnico responsável a identi-
ficar e adotar medidas de redução.
Na seqüência , apontamos alguns pontos onde
pode haver desperdício de água, seja por falta de
manutenção, ou por descuido dos usuários.
Os hospitais são considerados grandes consumi-
dores de água, principalmente na área de
equipamentos especiais que necessitam de uso
intensivo de água para operar os sistemas de
uma unidade hospitalar, incluindo caldeiras, res-
friadores (chillers), torres de resfriamento ,esteri-
lizadores, ar-condicionado ,higienização e outros
processos.
• Reduzir o consumo de água pode trazer diver-
sos benefícios, como:
• Redução dos custos operacionais;
• Minimização de impactos ambientais.
Uma das formas de redução de consumo é a ado-
ção da reutilização da água dos processos, das
torres de resfriamento e descarga de caldeiras,
na recuperação e reutilização de condensadores,
como também aumentando a eficiência ou substi-
tuição de equipamentos de refrigeração de água.
A adoção dessas ações leva à eficiência opera-
cional.
O consumo de recursos destes equipamentos é
contínuo e podem variar em quantidade propor-
cional, dependo das especificações técnicas e
do tempo efetivo de uso do equipamento no pro-
cedimento. Entre os recursos desta categoria,
incluem-se energia elétrica, água, gases e alguns
tipos de fármacos.
Para avaliação de redução dos gastos na utiliza-
ção desses equipamentos e processos, é reco-
mendado a:
a) Identificação do consumo de todos os equipa-
mentos;
b) Identificação do consumo nos processo, como
o de hemodiálise;
c) Avaliação de resultados visando à redução do
consumo;
d) Apresentação de sugestões no enfoque tecno-
lógico legal institucional e gerencial.
Outra ação pertinente uma análise de consumo
nos sistemas de: ar condicionado, ar comprimido,
vácuo, vapor, hemodiálise e destilação ,na central
de materiais (autoclaves) e setores de lavanderia
(máquinas de lavar).
Para ilustrar a distribuição e consumo de água em
instalações hospitalares, citamos três pesquisas.
O Water Efficiency Manual, realizado pelo Estado
da Carolina do Norte, pelo Departament Environ-
ment and Natural Resources, Division Pollution
Preservation and Envionmental Assistence e Di-
vison of Water Resource mostra o resultado de
pesquisas realizadas com enfoque na eficiência
do uso da água. Os técnicos responsáveis pela
elaboração do manual analisaram o consumo de
água em diversas categorias de uso e por tipo-
logia - comercial, residencial, industrial, escolas,
hotéis/motéis e hospitais. Neste último, após aná-
lise dos 14 maiores hospitais do estado, conclu-
íram que a distribuição de água para consumo
era similar nas edificações. O maior consumo foi
registrado nos banheiros - 40% conforme gráfico.
A previsão e detecção de falhas ou defeitos
coíbem interrupções e gastos desnecessá-
rios, permitindo adequado funcionamento
da Instituição, o que reflete no atendimento
fornecido aos pacientes que dependem do
adequado funcionamento das instalações e
equipamentos para terem bom atendimento e
tratamento.
Outra pesquisa que citamos como exemplo é o
trabalho de uso racional da água implantado nas
dependências do Instituto da Criança no Hospi-
tal das Clínicas - SP, realizado em 1998. Para a
implantação do programa foi desenvolvida uma
metodologia que estabeleceu um grupo de ações
a serem implementadas com a intenção de eco-
nomizar a água consumida internamente.
Uma das ações foi a caracterização detalhada do
consumo interno de água no que se refere aos
consumos específicos devido à natureza das ati-
vidades internas de um hospital. O consumo clas-
sificado como de “uso interno” (entradas, cirurgia,
ambulatório, triagem, paciente, acompanhante,
funcionários, lactário, laboratório, radiologia, con-
sumo e gás) foi aquele que apresentou o maior
índice de participação, configurando-se em torno
de mais de 50% do consumo total.
No gráfico abaixo está estratificado o consumo
por categoria de uso.
A identificação do consumo interno e os usos
dos ambientes são importantes na definição e
implantação de ações economizadoras de água.
As informações sobre as necessidades de cada
usuário subsidia o corpo técnico e administrativo
na escolha das ações técnicas mais apropriadas
e economicamente viáveis para otimizar o uso
da água, resguardando a saúde dos usuários e
o perfeito desempenho dos sistemas envolvidos,
garantindo sempre a quantidade e qualidade ne-
cessárias para a realização das atividades consu-
midoras, com o mínimo de desperdício.
Em 2000, o Instituto de Assistência Médica ao
Servidor Público Estadual - IAMSPE implantou o
Programa de Uso Racional da Água. A metodo-
logia adotada para caracterização detalhada do
consumo interno de água foi semelhante à apli-
cada nos dois primeiros casos. O gráfico abaixo
Banheiros e uso doméstico: acionamento de descarga de
vasos e mictórios, lavagem de mão, banhos, escovação de
dentes, etc.
Consumo Desagregado de Março à Outubro 1998 ICR/HC
Informações
Complementares IV
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74 75
mostra a semelhança dos resultados.
Bombas a vácuo
A grande maioria dos hospitais possui Central de
Materiais (CEM) que é definida pelo Ministério da
Saúde como um conjunto de elementos destina-
dos à recepção e expurgo com o preparo, esteri-
lização, guarda e distribuição dos materiais para
as unidades do estabelecimento assistencial à
saúde; por este motivo devem-se avaliar também
as autoclaves que necessitam do uso de bom-
bas a vácuo no processo de esterilização, con-
siderando que as bombas a vácuo necessitam
de água para sua refrigeração. Segundo um dos
fabricantes, a bomba a vácuo é um equipamento
agregado destinado a suprir as necessidades da
câmara de esterilização.
A bomba a vácuo de anel líquido (ofertada se-
paradamente) é um componente utilizado para
remoção do ar e/ou vapor existente na câmara
de esterilização. Sua capacidade de sucção é di-
retamente proporcional ao volume da câmara de
esterilização.
• Como a bomba a vácuo apresenta uma grande
importância no consumo de água, deve ser efetu-
ada a regulagem da vazão de água da circulação
conforme a potência do motor.
• Bomba de vácuo de 1.5 CV 200 l/h 3.33 L/min
Bomba de vácuo de 3.0 CV 250 l/h 4.16 L/min;
• Bomba de vácuo de 5.0 CV 300 l/h 5,0 L/min;
• Bomba de vácuo de 7.0 CV 350 l/h 5,8 L/min;
• Bomba de vácuo de 7.5 CV 370 l/h 6,1 L/min.
• Recomendações do fabricante da bomba a vá-
cuo:
• Utilização: executa a função de fazer pré-vácuo
na câmara interna do equipamento, nas etapas
de pré-vácuo e de secagem.
• Observações: para melhorar o desempenho
de funcionamento, rendimento e desperdício de
água, deve-se regular a vazão de água de circu-
lação da bomba.
Na adoção de medidas economizadoras de água,
outros setores que merecem destaque por serem
grandes consumidores são a hemodiálise e a la-
vanderia.
Lavanderia
A lavanderia hospitalar é um dos principais ser-
viços de apoio ao atendimento dos pacientes,
responsável pelo processamento da roupa e sua
distribuição em perfeitas condições de higiene e
conservação, em quantidade adequada a todas
as unidades do hospital.
O serviço de lavanderia, rouparia e costura de um
hospital é de suma importância para o seu bom
funcionamento em função disso, a redução de
consumo neste setor deve acontecer de forma
que não prejudique a qualidade do produto final.
A levantamento inicial deve considerar as infor-
mações em relação à quantidade de roupa lavada
por dia e por mês, a existência de hidrômetros no
setor,qual o consumo de água mensal e a exis-
tência de alguma forma de reutilização da água.
Informações referentes a itens de controle de ní-
vel de água, relógio no setor, controle de tempo
de lavagem, reposição de produto químico, con-
trole de temperatura da água e existência de ba-
lança pode servir de indicador em relação ao ge-
renciamento do consumo da água na lavanderia.
As respostas obtidas devem ser fornecidas pelas
pessoas que gerenciam cada setor da lavanderia.
O “Manual da Lavanderia Hospitalar” do Ministé-
rio da Saúde afirma que metade da água utilizada
no hospital destina-se ao consumo na lavanderia,
e estima o consumo entre 35 a 40 litros de água
para cada kg de roupa seca
Métodos e técnicas de lavagem
Os princípios de lavagem da roupa pouco têm se
modificado, já que as máquinas de lavar passa-
ram por uma grande evolução, acompanhando o
avanço tecnológico.
Os métodos e técnicas de lavagem da roupa, ge-
ralmente, associam alguns princípios para melhor
alcançar seu objetivo.
Os princípios associados no processo de lava-
gem são de ordem física (mecânica, temperatu-
ra e tempo) e química (divergência, alvejamento,
acidulação, amaciamento e desinfecção).
O correto nível da água no tambor interno é um
fator importante para a eficiência da ação mecâni-
ca. A inobservância do nível correto prejudica se-
riamente todo o processo de lavagem e provoca
gasto desnecessário de água.
Geralmente as lavanderias usam um grande vo-
lume de água em seu processo, mas ao mesmo
tempo, não é comum a adoção de práticas de
pós-tratamento ,é quase nada.
Como medida de evitar desperdício em 1996 foi
desenvolvida no Brasil uma tecnologia de lava-
gem com o uso do ozônio em lavanderias hospi-
talares e a sua utilização se deu em 1997. Grande
parte da sujidade encontrada nas roupas e teci-
dos é composta por substâncias oxidáveis (cer-
ca de 85%), o tempo de reação do ozônio com
estas partículas é muito rápido, que ao formarem
compostos menores (processo de fragmentação
molecular) podem ser removidos do tecido pela
ação mecânica da lavadora e pela a sua dissolu-
ção na água. O ozônio, por ser oxidante, também
permite o alvejamento do tecido, permitindo que
em alguns tipos de sujidades, o uso do cloro na
maioria das formulações de lavagem, seja reduzi-
do ou eliminado.
Operacionalmente, o processo de lavagem com
o ozônio consiste na injeção controlada do gás
ozônio na água de lavagem.
O desenvolvimento do Sistema de Lavagem
com Ozônio já representa verdadeira revolução
em termos de redução do tempo do processo de
lavagem, proporcionando sensível aumento de
produtividade e diminuição de custos operacio-
nais. Além disso, contribui para aumentar a vida
útil dos tecidos, assim como para a maior higie-
nização das roupas e, consequentemente para a
redução dos índices de contaminação hospitalar.
Vantagens do processo
• O sistema de lavagem com ozônio reduz em até
50% o tempo do processo de lavagem, resultan-
do em uma maior higienização das roupas;
• Redução do consumo de água em média de
30%, podendo atingir 65% no caso de roupa de
sujidade leve;
• Redução da quantidade de produtos químicos
entre 30 e 50%;
• Aumento da vida útil dos tecidos, graças ao tem-
po de lavagem menor, à diminuição da ação me-
cânica e de produtos químicos;
• Redução do impacto ambiental: o processo com
ozônio gera menor volume de efluentes (pelo me-
nor consumo de água) e menor uso de produtos
químicos, reduzindo de forma considerável o im-
pacto ambiental da lavagem de roupas.
Outras formas de economia de água em lavan-
deria:
• Manter em níveis aceitáveis o chamado “retor-
no”, que é a quantidade de roupa que retorna
para ser relavada devido a inúmeras falhas no
processo;
• Manter as máquinas em bom estado de manu-
tenção, pois fatores como vazamentos e desba-
lanceamento da máquina provocam o aumento
do consumo da água;
• Automatização dos níveis de água da distribui-
ção de produtos químicos em todas as etapas do
processo, pois além de permitir boa lavagem pro-
porciona o aumento da vida útil do enxoval hos-
pitalar;
• A automatização permite manter o padrão da
roupa, gerando menos mão de obra, menor con-
sumo de água, de energia e de retorno da roupa;
• Operadores bem treinados mantêm o processo
em níveis que possibilitam melhor custo benefí-
cio;
• Se possível, reutilize a água dos dois últimos
enxágues para serem usadas no início de uma
próxima lavagem;
• Se possível, reutilize a água da máquina de la-
var para regar as plantas.
Você sabia que reutilizar a água que sai da má-
quina de lavar roupas para regar o jardim? Que
além de ajudar o planeta ainda pode fazer bem
para as plantas? É o que afirma o professor de
botânica do Instituto de Biociências da USP, Gil-
berto kerbauy:“A partir do 2º ciclo de lavagem, a
concentração da maioria dos sais está numa faixa
que traz benefícios às plantas, principalmente aos
gramados”; já que os valores de pH estão na faixa
tolerável para a maioria das plantas (7,9 e 7,1),ad-
vertindo que eventualmente a concentração de só-
dio poderia ser prejudicial para algumas espécies
e que o reaproveitamento desta água deve ser evi-
tado para molhar hortas.
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Segundo os pesquisadores Grull, Blum e Mancu-
so é possível o reuso da água em lavanderias de
roupas hospitalares ;em um estudo realizado, foi
analisado a viabilidade da reutilização da água de
uma unidade de hemodiálise sendo encaminhada
e usada em uma lavanderia hospitalar.
Autoclave
O desperdício de água em autoclaves é calcula-
do pela multiplicação do número de esterilizações
mensais realizadas por 125 litros de água.O valor
de 125 litros corresponde ao consumo de água
que cada bomba de vácuo necessita para sua re-
frigeração em cada ciclo.
O valor mensal multiplicado por 12 define o con-
sumo anual de água que, ao não ser reaproveita-
da, será considerada como desperdício.
As formas de reaproveitamento são:
• Reenviar a água que iria para o esgoto até uma
caixa d’água ou reservatório separado dos demais
para posterior uso no resfriamento das bombas a
vácuo. Isso diminui a quantidade de efluentes e
reduz o consumo e o custo da água nos hospitais
e instituições;
• Armazenar a água que passa pela bomba a vá-
cuo para ser usada na limpeza de pátios, pisos,
jardins ou em vasos sanitários.
É importante questionar sempre se:
• Há tecnologia ou processo alternativo que evite
ou reduz o consumo de água?
• É necessário usar água no processo ou existe
uma alternativa técnica e economicamente mais
interessante?
Reúso da água de processo:
destiladores e refrigeração
• Com base em estudos realizados pela Sabesp,
em 2001 a Universidade de São Paulo fez uma
análise dos estudos de reaproveitamento da água
de resfriamento utilizada nos destiladores dos
laboratórios da CUASO, motivada pelo elevado
número de equipamentos (cerca de 240), aliado
à perda durante o processo de destilação (50L/h
em média por litro de água destilada, o que re-
presenta quase R$ 30 mil por mês). Entre as con-
siderações a serem feitas no estudo do melhor
aproveitamento desta água, destacam-se:
o Entendimento físico de como é o sistema de
destilação;
o Levantamento das características e condições
de todo o sistema;
o Consumo de água e energia dos destiladores;
o Mapeamento dos destiladores;
o Qualidade da água da rede;
o Levantamento das características dos usuários;
o Exigências quanto à qualidade da água destila-
da e período de utilização .
Após a verificação da tecnologia disponível, po-
de-se, então, formular soluções que podem ser
compatíveis com o não comprometimento das ati-
vidades dos usuários dos destiladores (e demais
usuários dos laboratórios).
Estas soluções podem ser desde a mais simples,
como a correta regulagem da entrada de água do
destilador, até a utilização de sistema de recircu-
lação da água, ou ainda de sistemas mais sofisti-
cados de purificação da água.
Portanto, tem-se como aspecto mais importante
a busca pelo balanceamento - em conjunto com
os usuários- entre a qualidade da água da rede,
a água necessitada pelo usuário e a água possi-
velmente obtida através do uso das tecnologias
disponíveis, analisada sob a óptica da relação
custo-benefício, para cada caso em particular.
Modelo de Destilador de Água – Tipo
Pilsen,utilizado em grandes laboratórios, indústria
farmacêutica e em laboratórios de manipulação.
Estudo de Caso - Instituto Biológico promove
o uso racional de água
No segundo semestre de 2004, o Instituto Biológi-
co, por meio dos seus engenheiros Silvio Begos-
so e Abrahão J. Abait, implantou um projeto de
gerenciamento do consumo de água, visando seu
uso racional. Entre outras ações, uma das alter-
nativas encontradas para economizar o consumo
de água nos laboratórios foi a implantação do re-
aproveitamento de água dos destiladores.
Para que se possa ter uma noção do gasto, con-
siderem que para produzir 2 litros de água destila-
da, eram desperdiçados 100 litros de água. Isto é,
somente 2% da água eram aproveitados;
- A metodologia utilizada para o reaproveitamento
da água desses aparelhos consiste em recircular
a água de resfriamento dos destiladores. A água
resfriada é recolhida em um recipiente inferior e,
em seguida, bombeada automaticamente para
um reservatório superior, retornando, então, ao
sistema. Com o sistema instalado, o Laboratório
de Viroses de Bovídeos, do Centro de P&D de
Sanidade Animal, passou a economizar mensal-
mente 45.000 litros de água.
Estudo de caso em destiladores - Instituto de
Assistência Médica ao Servidor Público Esta-
dual - IAMSPE
Outro estudo de caso foi realizado no ano de 2000,
quando a Sabesp, em parceria com a empresa
Cobrape implantou o Programa de Uso Racional
da Água - PURA, no Instituto de Assistência Mé-
dica ao Servidor Público Estadual - IAMSPE.
Uma das intervenções foi o reaproveitamento da
água de perdas do processo dos destiladores.
Com a definição da sala para instalação dos mes-
mos, foi possível concluir os estudos propondo a
captação da água dos destiladores, instalados no
primeiro andar do prédio do almoxarifado (novo),
e o encaminhamento direto para o reservatório
RE-01.
A Equipe de Controle Sanitário da Sabesp coletou
amostras da água de perda dos destiladores
e o resultado da análise laboratorial (físico-quími-
ca) indicou que estava dentro dos parâmetros exi-
gidos pela portaria 36 GM de 19/01/1990, e, por-
tanto, poderia ser encaminhada sem tratamento
para o reservatório.
Embora a Sabesp tenha apresentado solução
alternativa para o reaproveitamento dessa água,
fica inteiramente a critério do Departamento de
Engenharia do Hospital ou do gestor sua implan-
tação.
Foi realizada uma análise técnica e econômica
com o intuito de justificar a intervenção proposta.
Análise econômica Orçamento (materiais + mão
de obra) para a implantação : R$ 5.410,38;
Economia de água mensal esperada após a inter-
venção: 288,84 m3;
Benefício com a economia de água: R$ 2.241,40;
Retorno dos investimentos (payback): 2 meses.
A ilustração a seguir apresenta a alternativa pro-
posta.
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Caldeiras
As caldeiras produzem vapor para alimentar má-
quinas térmicas, autoclaves para esterilização de
materiais diversos, cozimento de alimentos e de
outros produtos orgânicos, calefação ambiental e
outras aplicações do calor utilizando-se o vapor.
Todas as caldeiras de água contêm impurezas.
O aumento da concentração destas impurezas de
sólidos em suspensão pode causar danos nas tu-
bulações, nos purgadores e nos equipamentos do
processo e quando acumulados na própria caldei-
ra, em forma de lama, prejudicam a eficiência das
caldeiras e sua capacidade de transferência de
calor. Para manter os níveis de sólidos aceitáveis,
a água deve ser removida do sistema da caldeira.
Esta água é denominada como purga, um termo
aplicado à água que é removida da recirculação
da água de arrefecimento para reduzir o acúmulo
de contaminantes na água da torre.
Atingir a quantidade certa de purga é crítico, mas
sua otimização em conjunto com o tratamento
de água adequado representa uma oportunidade
para a redução de consumo de água. Tal como
acontece com as torres de resfriamento, o blowdown
insuficiente pode levar a um excessivo acúmulo
de impurezas e muitas descargas podem levar ao
desperdício de água, de produtos químicos e de
energia.
As purgas de fundo e de nível nas caldeiras são
indispensáveis para manter a concentração de
sólidos dissolvidos na água da caldeira dentro
dos limites de controle e evitar problemas de cor-
rosão/arraste de água para o vapor. As maneiras
mais efetivas de assegurar a operação da cal-
deira com uma quantidade mínima de purgas (e
consequentemente valor máximo de ciclo de con-
centração) são:
• Pré-tratamento adequado da água de reposição;
• Utilização de produtos químicos adequados no
tratamento de manutenção;
• Aproveitamento máximo do líquido condensado,
melhorando assim a qualidade da água de Ali-
mentação.
A recuperação do condensado é o método mais
efetivo da economia de energia para sistemas de
geração de vapor. As vantagens da recuperação
do condensado são:
• Economia de combustível;
• Economia da água de reposição;
• Redução da vazão de purgas na caldeira.
A qualidade do condensado é similar a de uma
água desmineralizada. Assim, a recuperação do
condensado como água de alimentação propor-
ciona uma redução das purgas, através do au-
mento do ciclo de concentração.
Esquema de funcionamento com caldeira
O valor da economia é em função
das tarifas de água/esgoto que so-
frem alteração anualmente.
Limpeza:
• Substituir o uso de substâncias tóxicas por
atóxicas;
• Utiliza produtos de limpeza biodegradáveis;
• Ter rotinas de limpeza que tenham consumo de
água reduzido sempre que possível, como jatos
de vapor d’água saturada sobre pressão.
Os gestores devem conhecer os parâmetros
operacionais e a qualiadde da água utilizada nas
caldeiras .A otimização do tratamento da água
das caldeiras e de seus procedimentos de contro-
le podem resultar na economia de água,e, mais
importante, no seu bom desempenho ,com o pro-
longamento da vida útil e economia de energia.
Torres de resfriamento
As torres de resfriamento de água, resfriadores
e condensadores evaporativos estão longe de
tornarem-se tecnologias ultrapassadas. Pelo con-
trário, são
importan-
tes opções
para a efici-
ência ener-
gética.Por
tal motivo,
utilizando
água potá-
vel ou de
reúso, as
torres de resfriamento e condensadores evapo-
rativos exercem uma importante função ecológica
As modernas torres de resfriamento são projeta-
das para garantir o mínimo de perdas de água por
arraste e respingos. Nos modelos de torres mais
antigas, as perdas de água por arraste represen-
tavam de 0,1% a 0,2 % da vazão total de recircu-
lação, e hoje correspondem a apenas 0,05%”.
Para alguns pesquisadores e fabricantes, o maior
consumo de água se dá na evaporação, que cor-
responde de 0,8% a 1,4% da vazão de recircula-
ção. Esta perda é inevitável, pois está diretamen-
te relacionada com o processo de resfriamento
da água. Se a carga térmica aumentar, haverá
também um acréscimo na taxa de evaporação no
consumo de água. Outra perda de água que pode
ser significativa é aquela causada por purgas ou
descargas que são aplicadas propositadamente
no sistema de resfriamento para se evitar a ex-
cessiva concentração dos sais dissolvidos e sóli-
dos em suspensão na água.
Como diminuir o consumo de água?
Considerando que o consumo devido à evapora-
ção é inevitável, uma vez que depende da carga
térmica, o foco de atenção deve ser direcionado
para as perdas por descargas, por respingos e
por vazamentos nas torres de resfriamento. A es-
tratégia para reduzir o consumo de água deverá
ser aquela que proponha a operação do sistema
com o maior número de ciclos de concentração e,
portanto, com a menor perda por descargas, sem
os riscos da formação de incrustações.
Para atender essa estratégia, são necessárias as
seguintes condições:
• Análise do limite de solubilidade de vários parâ-
metros químicos, tais como : carbonato de cálcio
e de magnésio, sílica e silicatos, em relação ao
número de ciclos. Esta análise pode ser feita com
o auxílio de um software específico;
• Definição da tecnologia de produtos químicos
para tratamento da água, visando ao condiciona-
mento dos sais que ultrapassaram o limite de so-
lubilidade, numa forma não incrustante;
• Formulações de produtos denominados “disper-
santes”, contendo polímeros que inibem a forma-
ção de incrustações, devem ser incluídas no pro-
grama de tratamento químico;
• Controle das descargas ou purgas através da
monitoração das variações do número de ciclos
de concentração. O número de ciclos real pode
ser monitorado relacionando-se a concentração
de um sal solúvel presente na água de reposição
com a concentração deste na água de resfria-
mento.
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Raio X
Os equipamentos de Raios-X usam água nos pro-
cessos de revelação e impressão das imagens.
Para a redução do consumo adotar as medidas
abaixo:
• Ajuste as vazões nas lavagens ou enxágues
para o mínimo recomendado pelo fabricante;
• Instale válvulas de solenóide controlada para
desligar as unidades quando as mesmas não es-
tiverem em uso;
• Instale medidores de vazão e reguladores para
limitar as variações de vazão de lavagem.
• Reutilize a água de enxágue para água de
make-up;
Ou utilize equipamentos modernos, como o
Raio-X Digital que não utiliza água no processo e
possibilita uma maior confiabilidade da qualidade
da imagem e do diagnóstico.
Consumo em cozinha
As cozinhas podem ser
grandes consumidoras
de água em função das
suasatividades.Oconsu-
mo pode variar em maior
ou menor quantidade de
água dependendo dos
procedimentos com re-
lação à limpeza ambien-
tal, pessoal e de higieni-
zação dos vegetais,dos
folhosos e leguminosas,
da preparação dos alimentos e da lavagem de
utensílios de médio e grande porte. Somada à
manipulação inadequada, os vazamentos podem
contribuir com o aumento do consumo, em face
do descaso ou por falta de uma conscientização
dos funcionários desse setor com relação à ma-
nutenção preventiva e corretiva.
Estudo de caso - Cozinhas: sede da Sabesp e
Hospital do Servidor do Estado - IAMSPE
No ano de 1998, a Sabesp realizou um estudo em
sua sede, para desenvolver metodologia de uso
racional da água específico para cozinhas indus-
triais, adotando medidas tanto tecnológicas como
educacionais para a redução do consumo. Um
dos itens observados foi a distribuição da água
com relação aos equipamentos e o manuseio da
mesma. Os resultados destes estudos aponta-
ram que de toda a água utilizada nas cozinhas, o
maior gasto refere-se à atividade de higienização
de utensílios de médio e grande porte (panelões
e caldeirões) e limpeza de ambiente, seguido da
higienização de folhosos e leguminosas, como
demonstrado no gráfico abaixo:
Em 2000 a Sabesp implantou o PURA no Hospi-
tal do Servidor do Estado - IAMSPE com várias
intervenções, e uma delas foi a aplicação da me-
todologia na cozinha, onde os resultados são se-
melhantes conforme demonstrado nos gráficos a
seguir:
Cozinha da sede SABESP: Divisão do consumo de água
das atividades relativas à limpeza de ambientes e
utensílios
Esta metodologia foi implantada também em ou-
tros órgãos, como o Palácio dos Bandeirantes,
Complexo Hospital das Clínicas - SP e Ford e os
resultados foram semelhantes aos estudos de
caso da Sabesp e IAMSPE.
Após as intervenções do PURA nos órgãos men-
cionados acima, com a realização de consertos
de vazamentos, instalação de componentes e
equipamentos economizadores de água, segui-
do de campanha específica de conscientização e
sensibilização de uso racional da água para os
funcionários e nutricionistas, ocorreram reduções
consideráveis no consumo de água, como descri-
to na tabela abaixo:
Após a implantação do programa também foi pos-
sível registrar a mudança de hábitos dos usuários
em relação ao uso da água.
Diante do cenário mundial, onde a escassez de
recursos se torna cada vez mais uma ameaça ao
bem-estar coletivo, programas de conservação e
uso racional da água geram impacto social e eco-
nômico para as instituições.
Recomendação
Em algumas instituições esse serviço pode ser
tercerizado, porém o Gestor deve sempre obser-
var a maneira como esses funcionários realizam
essa atividade, de forma que possa registrar os
hábitos e vícios de desperdícios, com o objetivo
de sensibilizá-lo e conscientizá-los por meio de
campanhas e palestras específicas do uso racio-
nal da água para cozinha, abordando a forma cor-
reta da utilização da água e formando um novo
consumidor consciente. As palestras deverão ser
ministradas por especialistas da área de nutrição
e educação ambiental.
Lavagem de carros e áreas externas
Estes são outros setores que requerem monito-
ramento devido o consumo gasto no processo de
lavagem de carros de médio e grande porte das
unidades de saúde, como também na forma e ho-
rários de rega.
Atualmente existem soluções que apresentam
um potencial de economia nos seus gastos com
água, diante da implantação de novas tecnolo-
gias ou através da utilização de outras fontes al-
ternativas de abastecimento.
Fonte: Macintyre, 1982 indica que o consumo médio é em
torno de 25l refeição/dia
1 - * Valor do consumo estimado antes do Pura
2 - O resultado de 23 litros por refeição foi registrado duran-
te o período 4 meses.
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82 83
Para viabilizar um projeto desta ordem é neces-
sário realizar uma avaliação criteriosa do seu
custo-benefício, garantindo um projeto eficiente e
com o retorno do seu investimento a curto prazo.
A seguir, apresentamos uma relação destes sis-
temas, indicando uma solução para cada caso e
com ela as suas necessidades e restrições.
Lavagem de garagem e áreas comuns
• Abastecer este sistema com água de reúso/reci-
clagem/reaproveitamento;
• Verificar se há necessidade de uma estrutura
hidráulica independente: reservatório, tubulação
e compressor;
• A única restrição com relação a esta implanta-
ção está na área de lavagem disponível no site
da Sabesp e os procedimentos atuais que justifi-
quem este investimento;
• Fornecedor de água de reúso: Sabesp.
Jardinagem/Paisagismo
Este é um setor de grande consumo e desperdí-
cio; nos dias atuais há uma tendência de cons-
cientização no uso da água na área de paisagismo
pelos fabricantes de equipamentos e pelas em-
presas que atuam neste. A concepção de instala-
ção do sistema de equipamentos com tecnologia
de ponta, sistema de aproveitamento da água de
chuva e sistemas de reutilização de águas usa-
das de outros equipamentos e processos (como
por exemplo, a água dos dois últimos enxágues
da máquina de lavanderia), tem sido uma prática
adotada pelas organizações, para diminuir o con-
sumo e o desperdício.
Caso a organização possua muitas áreas verdes,
é importante a instalação de sistemas de:
• Aspersores automatizados;
• Implantação de um sistema hidráulico com: re-
servatório, bomba, CLP e tubulação;
• Rega por gotejamento.
Existem vários fornecedores deste sistema, ob-
servando sempre o custo-benefício e as restri-
ções com relação a esta implantação.
A água é prioridade na sua instituição ?
1) O compromisso com a preservação e uso racional dos recursos naturais é tratado
como tema transversal na estrutura da organização e amplamente difundido no seu
interior?
( ) SIM ( ) NÃO
2) A instituição mantém processos permanente que permitam o diagnóstico, a analise
relacionadas ao uso da água em todas as suas atividades?
( ) SIM ( ) NÃO
3) A instituição mantém processos permanente que permitam medidas de economia
relacionadas ao uso da água em todas as suas atividades?
( ) SIM ( ) NÃO
4) Possuiu ações específicas para o reaproveitamento da água utilizada nas demais
áreas da empresa? Exemplos como banheiros, chuveiros, escritórios, refeitórios.
( ) SIM ( ) NÃO
5) Dispõe de algum sistema ou métodos que permita monitorar e auditar os resultados
das ações implantadas com o objetivo de reduzir o consumo de água?
( ) SIM ( ) NÃO
6) Desenvolve sistematicamente atividades para a conscientização do público interno
sobre o problema da escassez e necessidade de uso racional da água evitando os des-
perdícios?
( ) SIM ( ) NÃO
7) Se há um plano de campanhas internas, desenvolve campanhas de conscientização
e educação ambiental dirigidas aos familiares dos empregados e à comunidade local?
( ) SIM ( ) NÃO
8) A instituição trata e descarta corretamente os esgotos produzidos respeitando a le-
gislação?
( ) SIM ( ) NÃO
9) A instituição possui um programa de manutenção preventiva e corretiva de seus equi-
pamentos hidrossanitários com foco de evitar os desperdícios de água?
( ) SIM ( ) NÃO
10) Possui um programa de ações que vise a manutenção dos equipamentos economi-
zadores de água com foco na redução do consumo?
( ) SIM ( ) NÃO
11) A instituição possui um programa estruturado e com metas claramente elaboradas
para racionalizar o consumo de água nos processos?
( ) SIM ( ) NÃO
12) A instituição adota coleta de águas de chuvas para outros fins menos nobre?
( ) SIM ( ) NÃO
Exercício
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Anotações
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CONFIRA SE SUA INSTITUIÇÃO SE PREOCUPA E TEM COMPROMISSO COM
O USO RACIONAL DA ÁGUA.
Cada sim corresponde a um ponto.
1 a 4 – Sua instituição ainda está em estágio inicial com os compromissos do
Uso Racional da água.
5 a 8 – A Instituição já está sensível a necessidade da utilização eficiente da água.
9 a 12 – Parabéns. Sua instituição está antenada com questões ambientais. A gestão do
consumo, o monitoramento e a manutenção das instalações são importantes para manter
os resultados alcançados.
O que você pode e deve fazer para economizar água?
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Bibliografia
SABESP - Metodologia para implantação do Programa do Uso
Racional da Água em hospitais e escolas. São Paulo-SP,
Dezembro 1999.
SALVADA, Pedro A. - Mestre em Engenharia Mecânica e Eng.º
Aeronáutico - site vhttp://www.leanthinkingcommunity.org/li-
vros_recursos/PDCA%20
Metodologia%20A3%20segundo%20Pedro%20Salvada.pdf -
consultado Novembro 2010.
TOMAZ, Plinio - Previsão de consumo de água. Maio 1999.
LUPARELLI, Roberto Pedrosa - Tese de Mestrado: Identifica-
ção e avaliação de equipamentos desperdiçadores de água em
instituições hospitalares. FAE, Curitiba-PR, 2009.
N.C. Department of Environment and Natural Resources -
Water efficiency manual. Maio 2009.
FIGUEIREDO,CheniaRocha-Equipamentos hidráulicos e
sanitários Universidade de Brasília, 2007
Revisão e adequação
Coordenação Geral:
Haroldo Ribeiro de Oliveira
Ruben da Costa Júnior
Jorge Nelson P. Gonçalves
Márcio Belluomini Moraes
Hugo Chisca Jr.
Helio Hiroshi Toyota
Rosângela Mendes F. Patrício
Elaboração e Adequação:
Sonia Maria Nogueira
Francisca Adalgisa da Silva
Equipe Técnica:
Mario Schmitt
Mauricio J. de Salles
Ramon Velloso de Oliveira
Jean Rodrigues
Márcia Maria Marques
Rodrigo Augusti
Virgínia Maria Garçon
Apoio:
Marco Tulio D´Antraccoli
Revisão ortográfica:
Fernando Antonio Patrick de Moraes
Projeto gráfico e diagramação:
Felipe Fiuza
Agradecimentos:
Agradecimentos aos profissionais da Sabesp
pela colaboração e aos fabricantes de louça e metais sanitários.
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  • 1. A matéria-prima da Sabesp é a água. Água compreendida de maneira integral, como elemento vital da sociedade e da biodiversidade, e recurso de valor econômico para o desenvolvimento, além de seus valores culturais e espirituais. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO BIBLIOTECA SABESP Manual de instruções para implantação, gestão e mudanças de hábitos, no programa de redução em consumo de água : manual do controlador / Sonia Maria Nogueira e Francisca Adalgisa da SIlva ... [et al.]. -- São Paulo : Cobrape: BBL, Vitalux, Gerentec, ETEP, RESTOR, 2014. 88 p. “ PURA Programa de Uso Racional da Água” 1. Consumo de água 2. Uso racional 3. Água I. Nogueira, Sonia Maria e Silva, Francisca Adalgisa CDU 628.171 Sumário Introdução 04 Apresentação 04 Plano de Auditoria 08 Plano de Intervenção 28 Manual de pesquisa de vazamento 31 Instruções para instalações de equipamentos hidrossanitários 43 Manutenção e monitoramento dos equipamentos e materiais constituintes do sistema hidrossanitário 51 Informações Complementares I Manutenção de Piscina 64 Informações Complementares II Check-list 67 Informações Complementares III Especificações técnicas dos equipamentos e componentes economizadores 69 Informações Complementares IV Área especial de grande consumo ou de desperdício 72 Manual_Controlador_2017.indd 2-3 3/11/17 15:03
  • 2. 04 05 1Apresentação Devido à escassez da água, há mais de uma dé- cada, a Sabesp vem realizando um amplo tra- balho com a implementação de medidas tecno- lógicas que visam a redução do consumo, bem como, outras ações que enfocam a mudança comportamental da população ao informar sobre a importância da gestão dos recursos hídricos e sobre o ciclo do saneamento. A compreensão desses conceitos é de fundamental importância para ações de proteção e preservação desse bem precioso considerado mundialmente como um bem escasso e finito. Este manual foi elaborado com o objetivo de levar informações sobre o funcionamento do sistema hidrossanitários. Contém a descrição de ativida- des que podem ser desenvolvidas, a periodici- dade das mesmas e as recomendações a serem adotadas em situações de falha dos equipamen- tos, permitindo ao leitor uma melhor compreen- são sobre a manutenção e possibilitando o bom uso destes equipamentos. Este manual pode ser utilizado como uma ferra- menta de apoio para realizar as ações de audito- ria, pesquisa de vazamentos, intervenções, ma- nutenção e monitoramento. Introdução Cenário da água no mundo O Planeta Terra abriga um complexo sistema de organismos vivos no qual água é elemento funda- mental e insubstituível. Sem água não existe vida. Ela é responsável pelo equilíbrio da “comunida- de vida”, da qual nós, seres humanos, fazemos parte. A água é também insumo indispensável à produção e recurso estratégico para o desenvol- vimento econômico. Todas as atividades huma- nas dependem da água. Navegação, turismo, in- dústria, agricultura e geração de energia elétrica são alguns exemplos de seu uso econômico. O acesso à água é um direito humano fundamen- tal. Toda pessoa deve ter água potável em quanti- dade suficiente, com custo acessível e fisicamen- te disponível, para usos pessoais e domésticos, conforme previsto na Constituição Brasileira (arti- go 225) e na Agenda 21. A Organização das Nações Unidas (ONU, 2012) aponta que atualmente cerca de 1 bilhão de pes- soas no mundo não tem acesso a água em quan- tidade e qualidade para consumo diário, sendo que 250 milhões deste total vivem em condições de escassez crônica, e 2,5 bilhões não tem sane- amento básico. As mudanças climáticas, a rápi- da urbanização e o crescimento jamais registra- do na demanda de alimentos estão ameaçando o abastecimento de água no mundo. Segundo o Relatório de Desenvolvimento da Água Mundial das Nações Unidas (2012), se os atuais padrões de consumo e degradação dos recursos hídricos se manterem, estima-se que 2025, dois terços da população mundial terão dificuldades de acesso a água potável. Os autores do relatório estimam que haverá um aumento de 70% da demanda por alimentos no ano de 2050 - o que deve aumentar em 19% o consumo de água para a agricultura. Hoje, 70% de água já está sendo usada para fins agrícolas. A OCDE (Organização para a Coope- ração e Desenvolvimento Econômico) diz que a demanda mundial de água aumentará em 55% até 2050. Águas subterrâneas As águas subterrâneas correspondem à água que infiltra no subsolo, preenchendo os espaços forma- dos entre os grânulos minerais e fissuras das rochas. Essas águas tendem a migrar continuamente, abastecendo nascentes, leitos de rios, lagos e oceanos. O Brasil possui grandes reservas subterrâ- neas da ordem de 112 mil km³. Estima-se que 51% do suprimento de água potável do Brasil sejam originários dos recursos hídricos subterrâneos. Os recursos hídricos subterrâneos brasileiros estão sujeitos a uma série de riscos, sendo dentre eles importante citar: • A exploração excessiva, que pode provocar o esgotamento dos aquíferos; O fardo da sede no norte do Quênia pode chegar até 7 dias de espera pela água. Foto: National Geographic O Aquífero Guarani, considerado o maior reserva- tório subterrâneo de água doce das Américas e um dos maiores do mundo, está localizado na Bacia Sedimentar do Paraná, no Centro-Leste da América do Sul, abrangendo 4 países: Brasil, Argentina, Uru- guai e Paraguai. De seus 1,2 milhão de Km², cerca de 840 mil Km² (71% do total) estão em território brasileiro, envolvendo os estados de Minas Ge- rais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo,Santa Catarina, Paraná e Rio. Descoberto oficialmente em 2010. O Aquífero Alter do Chão é uma reserva de água subterrânea locali- zada sob os estados do Pará, Amapá e Amazonas. Abastece a totalidade de Santarém e quase a tota- lidade de Manaus através de poços profundos. Dados iniciais revelam que sua área é de 437,5 mil km2 com espessura média de 545 metros. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará desenvolvem es- tudos que podem revelar que o aquífero pode ser maior que o calculado inicialmente, passando inclusi- ve a ser maior que o Aquifero Guarani. Com 86 mil quilômetros cúbicos, o aquífero poderia ser suficiente para abastecer em aproximadamente 100 vezes a população mundial. O Alter do Chão teoricamente ocuparia uma pequena área em extensão mas um grande volume, reservando aproximadamente 85 mil km³ de água contra apenas 45 mil km³ do aquífero Guaraní. Pelo menos 2 milhões de pessoas, principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, morrem por ano no mundo devido a doenças causadas pela água contaminada. Fonte: ONU,2011 Manual_Controlador_2017.indd 4-5 3/11/17 15:03
  • 3. 06 07 • A contaminação das águas subterrâneas por efluentes sanitários e industriais, agrotóxicos, fertilizantes, substâncias tóxicas provenientes de vazamentos como, por exemplo, tanques de com- bustível. A gravidade da contaminação está dire- tamente relacionada à toxicidade, persistência, quantidade e concentração das substâncias que alcançam os mananciais subterrâneos. Para garantir a sustentabilidade, a utilização das águas subterrâneas deve ter por base a capaci- dade de recarga dos aquíferos, a disponibilidade original do reservatório, a manutenção da quali- dade de suas águas e a democratização do aces- so a esses recursos hídricos. Cenário da água no Brasil O Brasil, apesar de possuir uma das maiores re- servas de água doce do mundo, cerca de apro- ximadamente 12% da água doce superficial do planeta e, segundo dados da Agência Nacio- nal de Águas (ANA), com uma vazão média de 35.000m³por habitante ano, 19 vezes acima do piso estabelecido pela ONU (1500m³/hab/ano) não está isento de problemas de abastecimento, pelo contrário, estes problemas já existem e es- tão aumentado a cada ano, principalmente nos grandes centros urbanos, onde há uma intensa concentração humana em áreas que na grande maioria das vezes, não possuem disponibilidade hídrica em quantidade suficiente para abasteci- mento, como é o caso da Região Metropolitana de São Paulo. Outros fatores contribuem para a redução da quantidade e da qualidade da água. Entre ele po- demos citar o desmatamento, a contaminação de rios e córregos, a irrigação mal planejada, a super exploração, o crescimento vertiginoso da deman- da, o desperdício a o lançamento de esgoto não- -tratado. Cenário da água na Região Metropoli- tana de São Paulo Em dados gerais, no Brasil estima-seque 70% da água disponível para abastecimento é utilizada na agricultura, 25% para a indústria e apenas 5% para o uso residencial. Esses números mudam de acordo com região do país. Na Região Metropoli- tana de São Paulo que é abastecida pelas Bacias hidrográficas do Alto Tietê- AT e pela Piracicaba/ Capivari/ Jundiaí - PCJ, por exemplo, do total de água disponível na Bacia do Alto Tietê 79% é para consumo urbano,17% industrial e apenas 4% e para irrigação. Já o PCJ disponibiliza 36% de água para usos urbanos, 45% para indústria e 19% para irrigação, o que torna evidente que grande parte da demanda por água na RMSP é para usos urbanos (residências, entidades públi- cas como escolas, hospitais, áreas de lazer, e de- mais equipamentos públicos) e industriais. A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), considerada a maior área urbana brasileira, com cerca de 20 milhões de habitantes, apresenta, hoje um dos quadros mais críticos do país no que diz respeito à garantia de água em quantidade e qualidade para o abastecimento de sua popula- ção. A causa está na má gestão do recurso ao longo de sua história, com destaque para a ocupação urbana desordenada das áreas de mananciais mais próximas, como as bacias hidrográficas da Billings e Guarapiranga, e das péssimas condi- ções de conservação das áreas mais distantes, como as represas do Sistema Cantareira. (ISA, Instituto Sócio ambiental, 2011). Diante deste cenário é urgente a adoção de me- didas que possam assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade e em quantidade ade- quadas ao consumo humano e aos seus demais usos. A utilização da água dever ser racional e integrada, com vistas ao desenvolvimento de so- ciedades sustentáveis, e a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos, agravados pelas mudanças climáticas. Medidas de solução para o cenário da água na Região Metropolitana de São Paulo Atenta a esta questão, a Companhia de Sanea- mento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) desenvolveu entre outras ações, desde 1996, o Programa de Uso Racional da água (PURA), que tem como objetivo atuar na demanda, incentivan- do o uso racional através de ações tecnológicas, medidas de conscientização e de sensibilização, promovendo a mudança cultural da população quanto ao desperdício da água, visando enfrentar a sua escassez, tendo como seu foco principal as bacias hidrográficas em condições criticas de disponibilidade hídrica, principalmente na bacia hidrográfica do Alto Tietê, onde se localiza o mu- nicípio de São Paulo. Ações dos Governos: Como incentivo a essas práticas, o Governo do Estado de São Paulo, através do Decreto Esta- dual nº 45.805, de maio/2001, instituiu o Progra- ma Estadual de Uso Racional da Água Potável no âmbito dos órgãos da administração pública direta, das autarquias, das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e das empresas em cujo capital o Estado tenha participação ma- joritária, bem como das demais entidades por ele direta ou indiretamente controladas, orienta- do para obter a redução de 20% do consumo. O Decreto nº 48.138, publicado em outubro/2003, instituiu medidas de redução de consumo e racio- nalização do uso de água no mesmo âmbito, con- siderando a necessidade de sensibilizar, orientar e reeducar os agentes públicos e privados, para que utilizem água de modo racional e eficiente, designando a função do Gestor. O município de São Paulo, com base na lei estadu- al, em 28 de junho de 2005 institui através da Lei Municipal 14.018/05 o Programa de Conservação e Uso Racional e Reúso em edificações (regula- mentado pelos Decretos 47.279, de maio/2006 e o Decreto 47.731 de setembro/2006). A lei muni- cipal também prevê a redução de 20% do consu- mo. O Governo do Estado de São Paulo sancionou o Decreto 57.829/2012, que prevê a implantação do programa-PURA em todo território paulista e impõe a implantação do Programa de Melhoria do Gasto Público - Desperdício Zero, que tem por objetivo aumentar a eficiência da atividade admi- nistrativa, preservando a qualidade da prestação de serviço e o aumento da capacidade de inves- timento em projetos voltados às políticas públicas estaduais. O decreto determina: Artigo 1º- redução de despesas com custeio, en- volvendo o monitoramento de resultados sob o aspecto do custo/benefício, em especial no to- cante a compras de materiais e contratação de serviços de utilidade pública e de fornecimento de passagens de transporte aéreo ou terrestre; II - implantação de gestão estratégica de supri- mentos; III - implantação do Plano Anual de Contratações Públicas, em conformidade com o artigo 4º da Lei nº 13.122, de 7 de julho de 2008; IV - treinamento e capacitação de servidores pú- blicos para atuarem como agentes multiplicado- res do modelo. Parágrafo único - As medidas de redução do gas- to público previstas neste decreto deverão ser implementadas sem prejuízo da qualidade dos serviços prestados à população. Implantação do Programa de Uso Ra- cional da Água A implantação do Programa de Uso Racional da Água - PURA, requer o envolvimento de todas as pessoas que participam do processo, desde o diagnóstico a instalação de equipamentos e prin- cipalmente na gestão e manutenção, tornando mais eficiente os usos da água. Uma edificação eficiente resulta do uso de melho- res tecnologias e da conscientização do usuário. Nesse sentido, podemos citar desde medidas simples, como não desperdiçar água sendo um consumidor consciente até outras modernas, como o uso de torneiras que se fecham automa- ticamente. Adotar práticas sustentáveis em nosso cotidiano é um dos caminhos a serem per- corridos para realizarmos, ao menos, nosso dever de casa. As simples dicas para um manejo menos impac- tante de lâmpadas, equipa- mentos, papéis, alimentos, resíduos, energia, água e afins são passos importan- tes que contribuem para uma sólida mudança pesso- al, local e planetária. Ser um cidadão consciente é a melhor prática para pre- servação da casa, de nossa cidade e do nosso planeta. Manual_Controlador_2017.indd 6-7 3/11/17 15:03
  • 4. 08 09 2Plano de Auditoria Para iniciar uma auditoria do consumo de água é necessário o conhecimento das características físicas e funcionais dos equipamentos hidrossani- tários, do sistema hidráulico e das atividades de- senvolvidas com o uso da água nas edificações. Portanto, é importante a realização de um levan- tamento e cadastro atualizado de todo sistema existente, por meio de um planejamento adequa- do. As informações obtidas neste primeiro levan- tamento contribuem para que se possa analisar o consumo de água nas instituições, bem como verificar possíveis desperdícios nas instalações. O levantamento dos documentos disponíveis pode ser uma das formas para obtenção dos da- dos referentes ao consumo de água (qualidade e quantidade). Destaca-se a importância nesta fase de fatores como: • Abrangência dos documentos; • Sua qualidade; • Seu nível de detalhamento; • Clareza na apresentação das informações dis- poníveis; • Conhecimento técnico e experiência das pesso- as envolvidas na análise; • Normas e procedimentos seguidos pela unida- de; • Legislação a ser atendida. Em muitos casos, as informações disponíveis referem-se, especificamente, aos processos prin- cipais, não sendo detalhadas as operações consi- deradas secundárias como, por exemplo: • Fornecimento de vapor para aquecimento ou água de resfriamento; • Paradas para manutenção e outras atividades que podem estar diretamente associadas ao con- sumo de água eventualmente podem não ser identificadas quando da análise destes documen- tos. As informações obtidas neste primeiro levanta- mento contribuem para que se possa analisar o Índice de Consumo (IC), bem como verificar pos- síveis desperdícios nas instalações e subsidiar o corpo técnico e administrativo na escolha das ações técnicas mais apropriadas e economica- mente viáveis para otimizar o uso da água, de- vendo-se, desta forma, manter um registro des- tas oportunidades, com o objetivo de analisá-las detalhadamente quando do desenvolvimento das estratégias de gerenciamento. É importante reforçar que na implementação do PURA deve ser garantido a saúde dos usuários e o perfeito desempenho dos sistemas envolvidos, sempre com foco na quantidade e na qualidade necessária para a realização das atividades con- sumidoras, com o mínimo de desperdício. Fluxograma: Gestão do consumo O fluxograma servirá para ilustrar melhor os pas- sos que serão adotados no levantamento do ca- dastro. Diagnóstico As atividades que devem ser feitas no levantamento são: • Reunir informações documentais (projeto de arquitetura e planta hidráulica); • Realizar cadastro ou croqui/planta esquemática das instalações hidráulicas; • Levantamento do sistema hidráulico predial; • Levantamento dos sistemas hidráulicos especiais (ar condicionado, ar comprimido, vapor com cal- deira, sistema de água quente, entre outros); • Levantamento do perfil de consumo (dados que serão fornecidos pelo site Sabesp ou na conta); • Detecção dos vazamentos visíveis e não-visíveis; • Levantamento da qualidade da água; • Levantamento dos procedimentos dos usuários quanto ao uso da água. Ligação predial Começaremos entendendo cada parte do componente de uma instalação de água fria, mostrado no desenho esquemático a seguir. Ligação predial: É um conjunto de dispositivos que interliga a canalização distribuidora da rua e a instalação predial de um edifício. É constituído pelo dispositivo de tomada de água na rede pública, ramal predial e hidrômetro (medidor, popularmente chamado de relógio). O hidrômetro é um aparelho destinado a medir e indicar a quantidade de água fornecida pela rede distribuidora. Possui um mecanismo de relojoaria que registra em um mostrador os volumes escoa- dos. Geralmente fica instalado no cavalete, estrutura de polietileno ou PVC. Você sabe o que é uma ligação predial? Vamos ao conceito ENTRADA DA REDE DE ÁGUA SAÍDA PARA RESIDÊNCIA Hidrômetro instalado no cavalete Manual_Controlador_2017.indd 8-9 3/11/17 15:03
  • 5. 10 11 A água, ao passar pela câmara de medição, acio- na a turbina interna do hidrômetro e este movi- mento de rotação aciona a relojoaria, registrando o consumo de água. Instalação Hidráulica A instalação predial de água fria é o conjunto de tubulações, conexões e peças, aparelhos sani- tários, reservatórios e dispositivos existentes a partir dos ramais prediais, destinados ao abas- tecimento dos pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento. O sistema de alimentação de água de uma edifi- cação é constituído pela tubulação principal, que conduz a água desde o sistema de abastecimen- to do local (público ou privado) até o reservatório caixa d’água. Do reservatório a água é distribuída pelas tubula- ções/encanamentos para diversos pontos de con- sumo que chamamos de instalações hidrossani- tárias (pia, lavatório, vasos sanitários, torneiras, bebedouros, registros, entre outros) que são re- gulamentadas pelas normas técnicas da ABNT1 . Existe no mercado uma vasta opção de tubos para o transporte de água fria. Para a escolha, deve-se optar pelo material com característica de longa vida útil (durabilidade), redução de proce- dimentos de manutenção e resistência à pressão de serviço. Geralmente são utilizados nas instalações tubos de PVC. No entanto, podem-se utilizar também tubos de cobre e polietileno para condução, inclu- sive de água quente. 1 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Ambientes do uso da água A utilização da água é feita através dos pontos de consumo (torneiras das pias, lavatórios, va- sos sanitários, bebedouros, chuveiros, etc.). A chegada de água nos pontos de consumo é feita através de uma tubulação geral, denominada de prumada ou coluna da água, que geralmente vem da caixa d’água e depois é distribuída por ramais internos para cada ambiente. (ver diagrama na página seguinte) Auditoria do uso da água Levantamento do perfil de consumo Quanto de água um servidor gasta por dia nas suas atividades? Para compreender facilmente a cobrança na con- ta de água é preciso conhecer alguns conceitos básicos ligados ao conhecimento desse insumo. (ver conta na próxima página) O consumo total de água é composto por uma parcela efetivamente utilizada e outra perdida, que pode ser decorrente do desperdício. A leitura é feita em metros cúbicos (m³). O desperdício é definido como sendo toda a água que está disponível em um sistema e não é utilizada, ou seja, é perdida pelo uso excessivo, devido ao descaso dos usuários e também onde a água é utilizada sem que desta se obtenha al- gum benefício, como é o caso dos vazamentos. Dessa maneira, o desperdício engloba perda e uso excessivo. A perda, definida como toda a água que esca- pa antes de ser utilizada para uma atividade fim, pode ocorrer por causa de vazamentos, mau de- sempenho do sistema e descaso do usuário. O uso excessivo, por sua vez, ocorre quando a água é utilizada de modo abusivo e inadequado em uma atividade. O acompanhamento de consumo deverá ser rea- lizado por pessoas treinadas, preferencialmente sempre as mesmas, em horários fixos e constan- tes para a avaliação do perfil de consumo da edi- ficação. A seguir, sugerimos formulários para acompanha- mento de consumo semanal, mensal e anual, que permitem analisar o histórico de consumo da ins- tituição. Através da leitura no mostrador do hidrômetro/re- Indicador de volume de água consumida em m3 1 m3 = 1.000 litros de água 100 litros 10 litros Ambientes do uso da água A GESTÃO DA ÁGUA IMPÕE UM EQUILÍBRIO ENTRE OS IMPERATIVOS DE SUA PROTEÇÃO E AS NECESSIDADES DE ORDEM ECONÔMICA, SANITÁRIA E SOCIAL. Imagem meramente ilustrativa. Manual_Controlador_2017.indd 10-11 3/11/17 15:03
  • 6. 12 13 lógio e do correto preenchimento destes formulários, poderá ser conhecido o perfil de consumo, de modo a permitir a identificação rápida da ocorrência de grandes variações. Estas variações podem indicar defeitos nos equipamentos, má utilização ou danos. Os indicadores do perfil de consumo, além de ajudar a controlar o gasto de água, permitem, dentro de certos limites, a comparação de consumo entre instituições e o estabelecimento de metas. Você mesmo pode efetuar a leitura do medidor, inclusive para esclarecer dúvidas sobre a leitura efe- tuada pela concessionária. Dados a serem preenchidos nos formulários: Local: preencher com o nome da instituição. Mês: mês vigente. População fixa: composta de funcionários tercerizados e efetivos. RGI: número de identificação do imóvel (Registro Geral do Imóvel). Este número consta na conta de água da Sabesp. Leitura inicial: preencher com a leitura registrada no hidrômetro no início do monitoramento. Ex.: 3 6 8 3 Leitura final: preencher com a leitura registrada no hidrômetro no final do monitoramento. Ex.: 3 7 0 1 Segue os modelos de formulários/tabela e a forma de preenchimento. Exemplo 1: Simulação do cálculo do consumo do prédio administrativo público Para diagnosticar os indicadores de consumo, por tipologia da edificação utiliza-se como recurso a seguinte fórmula: População total será composta por população fixa + flutuante. População flutuante -será composta por visitas, contatos, profissionais de passagem rápida e variável no local. População fixa- será composta de funcionários tercerizados e efetivos. Simulação do cálculo do consumo: • Anotar as leituras do consumo de água de uma semana, considerando que a população total do pré- dio é composta de 500 pessoas; • Não há atividade no final de semana. A separação do consumo dos cinco dias da semana e do final de semana facilita a identificação dos vazamentos, desperdícios com torneiras mal fechadas ou outros eventos. Note que o preenchimento da leitura inicial (1ª leitura) é feito na segunda linha da tabela. Isso facilita a subtração para o cálculo do gasto do dia. O preenchimento deve ser feito duas vezes ao dia (no início e no fim). As duas medições possibili- tam medir se há gasto de água durante a noite, como vazamentos ou torneira aberta. Esta expli- cação deve ir logo abaixo da primeira tabela de preenchimento de consumo. Cálculos de consumo: V = Volume total consumido da semana (total dos cinco dias úteis + gasto de fim de semana)= (231 + 13 ) = 244 m³ Pt = Número de pessoas (fixa + flutuante)= 500 ND = Número de dias da semana = 07 dias CP (Consumo per capta) CP = = 69.71 litros/pessoa/dia Para facilitar o cálculo, faça da seguinte forma: • Multiplique V (volume) por 1000 e divida pela população total (Pt); • O resultado divida pelo número de dias (07); • O resultado é o valor do consumo per capita (CP) em litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia ou litros/servidor/dia. Obs.: O volume é multiplicado por 1000, pois 1m³ (um metro cúbico) é igual a 1000 l (mil litros). Consumo noturno Deve-se calcular o consumo noturno para verifi- car se há perdas de água por desperdício (tor- neira mal fechada) ou vazamento por fugas (ar- rebentamento, trincas, defeito nas bóias etc.) ou outras ocorrências. Para calcular o consumo noturno, siga os seguin- tes passos: (vide tabela abaixo) Repita o mesmo passo para os outros dias da se- mana até sexta-feira. • Se não houver aumento de consumo e a dife- rença for sempre a mesma, ou seja, o mesmo va- lor de consumo, é indicativo de que não há vaza- mentos ou outra anormalidade; • Se houver uma oscilação expressiva de consu- mo de água e com a instituição fechada, pesqui- sar qual o motivo que gerou esse aumento, para sanar logo o problema, pois sabemos que irá pro- vocar um aumento na conta. A partir das leituras semanais pode-se criar um gráfico de consumo mensal usando as tabelas abaixo, que você achar mais adequado para seu monitoramento. O consumo mensal é a soma do volume total de todas as semanas (período). O consumo per ca- pita mensal é o volume total do mês dividido pelos dias do mês ou do período observado. Per capita = Volume consumido (m³) x 1.000 (litros/pessoa/dia) População total x período 03 13 01 Quando houver eventos esporádicos no final de semana, o cálculo continua o mesmo e há apenas o registro de que houve evento, não levando em conta o gasto de água para o cálculo do consumo per capita. Quando se tratar de uma instituição que há frequência de funcionários e pessoas no final de semana, poderá ser adotado o mesmo cálculo do consumo noturno de segunda-feira a segunda-feira da semana seguinte. Vx 1000 PtxND = 244x1000 500x7 Manual_Controlador_2017.indd 12-13 3/11/17 15:03
  • 7. 14 15 Alternativa 1: Alternativa 2: Caso a instituição não realize eventos no final de semana, o responsável pelo monitoramento tem outra opção de registrar o consumo de água utilizando a tabela a seguir. Alternativa 3 : A tabela abaixo é uma proposta de planilha para acompanhamento do consumo diário de água: Cálculos de consumo: NDm = Número de dias do mês (conferir no calendário a quantidade de dias do mês ou do período observado para o cálculo)=30 dias Vm = Volume consumido no mês (m³ - metros cúbicos)= 1500 m³ Pt = Total de pessoas = 500 CP (Consumo per capita mensal) = CP = 100 litros/pessoa/dia Consumo anual Após o preenchimento da tabela mensal, a critério do responsável, poderá realizar também o monito- ramento anual, usando como recurso o modelo da tabela do exemplo a seguir: Neste monitoramento, pode-se visualizar as oscilações do consumo da instituição em face de sazona- lidade (época de frio, calor, férias etc.), como também todo histórico de consumo do ano, permitindo saber a média mensal anual do volume de água consumida e a média mensal anual do consumo per capita (utilizando o modelo de cálculo demonstrado acima na tabela semanal). Na tabela e gráfico abaixo exemplificamos como é preenchido o consumo mês a mês e gerado o gráfi- co do ano sem as intervenções do Programa PURA e resultado após as intervenções (ano 2013) com trocas de equipamentos de baixo consumo ou economizadores, consertos de vazamentos e trocas de reparos, regulagens e campanhas educacionais, alcançando uma redução em torno de 31%. Utilize o campo de observação para anotar os eventos realizados nos finais de semana em sua instituição que possam ter provocado aumento no consumo de água. Lembrete: Sempre iniciar a leitura no início do 1º dia útil do mês; Encerrar o mês na leitura do início do 1º dia útil do mês seguinte. Vmx 1000 PtxNDm 1500x1000 500x30 Manual_Controlador_2017.indd 14-15 3/11/17 15:03
  • 8. 16 17 • O per capita (CP) pode ser em litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia ou litros/servidor/dia ou litro/ aluno/dia. Calculando o impacto de redução de consumo: IR = Impacto de redução (%) Va = Volume médio antes das intervenções (m³) Vd = Volume médio depois das intervenções (m³) No exemplo Va é igual o volume médio já calculado 2012 - 2013 2012 2012 2013 2013 2013 2012 Analisando o gráfico - Convém identificar quais os motivos da variação dos consumos referente aos meses de setembro a novembro em relação aos demais,em 2013 - A variação pode estar relacionada a vazamentos? uma reforma? variação sazonal? ou outras ocorrências? Va = 2035 m³ (somatória dos volumes mensais,dividido por 12 meses) Cálculo do Vd utilizando novamente a fórmula IR = Calcular o índice de redução de 2012 para 2013 com resultado em percentual (%). Va menos Vd, dividido por Va, multiplicado por 100. Substituir os resultados do Va e Vd na fórmula Cálculo da redução do consumo per capita (Per capita médio): No exemplo do gráfico acima, compararemos o per capita de 2012 com o mesmo de 2013 (litro/servi- dor/dia ) Calculando: CP1 = média ano/12 = somatória dos Per capitas de jan a dez, dividido por 12 meses = CP2 = média ano/13 = somatória dos Per Capitas de jan a dez, dividido por 12 meses = Comparação de indicadores: A tabela a seguir é utilizada como parâmetro de dimensionamento de reservação de água para abas- tecimento do estabelecimento. São os valores médios de consumo de água por atividade em algumas categorias de uso. No entanto, ela pode ser utilizada como referência para verificar se a sua instituição está consumindo além do indicado na mesma. Comparando então os resultados obtidos do exemplo demonstrado, verifica-se que o Per capita médio anual está acima do indicado para dimensionamento (Per capita de 50 a 80 Litros/pessoa/dia ou litros/ servidor/dia ) Para definir o indicador da população total, devem ser considerados todos os agentes consumidores, conforme tabela abaixo: 1603,60 12 = 133,63 = 92,36 1108,37 12 IR(%) = x 100 = = 0,31 x 100 = 31% CP1 - CP2 CP1 133,63 - 92,36 133,63 Per capita= = 133,63 1603,60 12 Indicador de consumo Calculando a média do volume anual Utilizar a fórmula : Calculando o Per capita anual Utilizar a fórmula : Volume médio anual = Somatória dos volumes mensais (m3 ) Número de meses do ano Per capita médio anual = Somatória dos per capitas mensais Número de meses do ano VM= = 2035m3 24421 12 Para o cálculo do volume médio anual antes (Va) e depois das intervenções do PURA (Vd),utilizasse o mesmo recurso realizado para o cálculo do Volume médio anual (VM). Volume médio anual = Somatória dos volumes mensais Número de meses do ano Vd= = 1405m3 16861 12 IR(%) = x 100 = = 0,31 x 100 = 31% Va - Vd Va 2035-1405 2035 Manual_Controlador_2017.indd 16-17 3/11/17 15:03
  • 9. 18 19 Unidade de indicador de consumo de acordo com as tipologias (edificações/instituições) de uso: Fórmula do indicador de consumo: 1 – Período = N° de dias ou semana ou mês 2 – O Consumo de água pode ser expresso em litros ou m³ 3 – População Flutuante: Hospital: População Fixa: composto de funcionários, de leitos funcionantes e acompanhante do leito. Da população de funcionário, subtraem-se os que estão de férias e os afastados por motivos diversos. População Flutuante será obtida do número de consulta e de exames realizados diariamente por pa- cientes e acompanhantes que passam algumas horas no hospital, mas não são internados. Considerar também doadores e realização de procedimentos relativos às necropsias caso estas ativi- dades sejam realizadas no hospital. UBS: População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados População Flutuante será obtida do número de pessoas atendida e leitos PS/AMA: População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados População Flutuante será obtida do número de pessoas atendidas Os indicadores de consumo ficam a critério do Gestor em utilizar acordo com a sua instituição/edifica- ção: Litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia ou litros/servidor/dia ou litros/leito/dia Prédios Administrativos ou Públicos: População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados População Flutuante será obtida do número visitas, contatos, profissionais de passagem rápida e variável no local Exemplo 2: simulação do Cálculo do Consumo para Hospitais Per capita = Volume Consumido (m³) x 1.000 (Litros/pessoa/dia) População Total x Período Em se tratando desta tipologia de instituição, para realizar o diagnóstico dos consumos e parâmetros correlatos, será adotado os mesmos passos que foram usados no exemplo do Prédio Administrativo Público; a mudança será com relação a forma de identificar os tipos de usuário (consumidores). Para diagnosticar os indicadores de consumo, utiliza-se como recurso a mesma fórmula conforme abaixo, mudando apenas a unidade de consumo. População fixa: composta de funcionários, de leitos funcionantes e acompanhante do leito. Da popu- lação de funcionário, subtraem-se os que estão de férias e os afastados por motivos diversos. Para elucidar as considerações mencionadas acima, exemplificamos na tabela e gráfico abaixo, os re- sultados dos parâmetros de consumo e de indicadores em litro/leito/dia antes e após as intervenções do PURA. População total será composta por População fixa + flutuante. População flutuante será obtida do número de consulta e de exames realizados diariamente por pa- cientes e acompanhantes que passam algumas horas no hospital, mas não são internados. Considerar também doadores e realização de procedimentos relativos às necropsias caso estas ativi- dades sejam realizadas no hospital. Vamos ao exemplo: Indicador de consumo Per capita = Volume consumido (m³) x 1.000 litros/leito/dia) População fixa x período Per capita = Volume consumido (m³) x 1.000 litros/leito/dia) População fixa x período Se o gestor ou controlador da instituição tiver interesse de saber o consumo per capita litro/pessoa/dia, então utilizar a fórmula indicada abaixo: Considerações da população fixa para escolas. População fixa para escolas, pode considerar somente alunos. Outra opção considerar a população fixa composta de alunos, funcionários e eventos; ressaltando que para comparar tem que ser sempre com a referência correspondente. Não comparar o que soma professores funcionários com o que usa somente alunos. O indicador de consumo (per capita) será litros/aluno 2012 - 2013 2012 2012 2013 2013 2013 2012 Analisando o gráfico: verificar o que ocorreu no mês de março, abril e junho, o que motivou o aumento? - Idem para o mês de julho, o que motivou a diminuição do consumo, férias? Manual_Controlador_2017.indd 18-19 3/11/17 15:03
  • 10. 20 21 Comparação de redução Os parâmetros de referência indicados (per capita - indicador de consumo) por autores que fizeram pesquisas em hospitais de vários portes e categorias na década de 80 não condizem com a realidade de hoje, pois atualmente os hospitais estão em expansão em função de vários tipos de atendimento, serviços e situações simultâneas. O surgimento de novas tecnologias sem pensar em economia de água e o crescimento econômico impulsionou o setor, aumentando o volume de serviços e a comple- xidade de suas atividades. A Sabesp implantou o PURA em várias instituições de saúde e o resultado deste trabalho pode ser utilizado como referencial comparativo. Estudo de caso Em 1996, a Sabesp em parceria com o Instituto de Pesquisa Tecnológico – IPT, juntamente com a Es- cola Politécnica da USP implantaram o PURA no Complexo Hospitalar das Clínicas/SP, com o objetivo de desenvolver uma metodologia para redução do consumo de água em hospitais. A primeira fase do trabalho foi realizar o diagnóstico; na sequência as intervenções foram realizadas por etapas, desde consertos de vazamentos, trocas de equipamentos economizadores, campanhas educacionais, além da manutenção e gerenciamento com avaliação simultânea dos impactos. Um dos resultados das intervenções foi a avaliação do consumo de água por pessoa/dia e por leito/dia, levan- do em conta as peculiaridades da instituição. Em 1999 e 2003, a Sabesp juntamente com as empresas Cobrape e Vitalux implantaram o PURA no Hospital do Servidor do Estado - IAMSPE, com intuito de reduzir o consumo de água; além das medidas adotadas semelhantes ao caso anterior, foi implantado o reaproveitamento de água das caldeiras e dos destiladores. Os resultados dos dois casos estão demonstrados na tabela abaixo: Observação Quando se tratar de instituições - unidade básica da saúde (UBS), ambulatório médico (AM) e pronto-so- corro (PS), o cálculo do indicador de consumo é semelhante ao do prédio administrativo, diferenciando-se nos dados da população. Após o PURA, alcançaram esses parâmetros de indicador de consumo Identificar as atividades de uso da água: • Consumo humano, higiene pessoal, e ambiental, cozinhas, regas, lavagens etc.; • Identificar os hábitos e vícios de desperdícios do usuário, modos de uso da água; • Realizar o controle sanitário das águas (verificação das condições higiênico sanitárias dos reserva- tórios); • A instituição deverá chamar uma empresa especializada para fazer as análises físico-química-bac- teriológicas para verificação das condições higiênico-sanitárias da mesma, e se está apropriada para consumo; • Identificar os pontos de uso ou consumo: (locais: banheiros, lavatórios, cozinhas/cantina/copa, lavan- derias, vestiários, área administrativa, áreas externas e outros); • Identificar os equipamentos hidráulicos e sanitários por marca, modelo, tipo, idade, por andar, por blocos/unidades: bacias sanitárias (com caixa acoplada, válvula ou caixa elevada); tipo de torneiras (pia, lavatório); mictórios (coletivo com registro, coletivo com válvula, individual com registro, individu- al com válvula) chuveiros (elétrico ou duchas); bebedouros, filtros etc. Característica do componente (com ou sem arejador, água quente/fria, com ou sem misturador); • Identificar o estado de uso dos equipamentos e das louças sanitárias: torneira, chuveiro, bebedouro e filtro com ou sem vazamento; vazamento das bacias sanitárias; no poço e na válvula de descarga; vazamento de bacias sanitárias no engate flexível; vazamento nos registros de gaveta – colunas e ramais; frequência de entupimento da bacia sanitária. A identificação dos pontos de uso e consumo pode ser feita utilizando as tabelas a seguir: Manual_Controlador_2017.indd 20-21 3/11/17 15:03
  • 11. 22 23 Auditoria da água na instituição Manual_Controlador_2017.indd 22-23 3/11/17 15:03
  • 12. 24 25 Ao término da auditoria, utilizando os formulários anteriores, o controlador poderá utilizar como recurso a tabela a seguir para ter em mãos um resumo da situação das instalações hidráulicas e sanitárias da instituição. Manual_Controlador_2017.indd 24-25 3/11/17 15:03
  • 13. 26 27 • Identificar a idade se possível das tubulações e do tipo; • Identificar o tipo de revestimento e piso dos ambientes dos pontos de consumo; • Observar os pontos de infiltração em paredes, tetos e pisos – verificar manchas, mofo e umidade e questionar as pessoas do local sobre eventuais vazamentos; • Verificar Vazamento (detecção de vazamentos em tubulações embutidas; detecção de vazamentos nas tubulações externas (do medidor à entrada da caixa d’água-reservatório inferior/superior); • Identificação do número de Reservatórios/Caixa d’água; • Verificar Vazamento: Nos registros, Bóias, Barriletes (tubulações de entrada e saída de água) e bom- bas. Para detecção de vazamentos não-visíveis, existem vários recursos: • Utilização de técnica de detecção com equipamentos eletrônicos com sensor de alta sensibilidade, para ser colocado em contato com o solo e em outros locais; • Utilização de teste de estanqueidade e outros convencionais. Será apresentado somente o volume de perdas por vazamento da edificação e planos de intervenção, iniciando pelas medidas que poderão dar maior impacto na redução do consumo. Obs. vide capítulo de pesquisa de vazamento e vídeo Identificação: Pesquisa: Existe algum vazamento no entorno do reservatório? ( ) Sim ( ) Não Existe trinca visível? ( ) Sim ( ) Não Os registros de entrada estão em boas condições? ( ) Sim ( ) Não Os registros de saída se encontram em boas condições? ( ) Sim ( ) Não Os registros de limpeza se encontram em boas condições? ( ) Sim ( ) Não Houve extravasamento? ( ) Sim ( ) Não Os extravazores estão em locais facilmente detectáveis, caso ocorra algum extravasamento? ( ) Sim ( ) Não As torneiras da bóia estão em boas condições de funcionamento? ( ) Sim ( ) Não 3) Observar as condições higiênico-sanitárias do reservatório. Necessita de limpeza? 1) Fazer uma inspeção visual no reservatório. 2) Fechar o registro de saída do reservatório, deixando a entrada aberta. Verificar o funcionamento da bóia quando a água atinge o nível máximo. ( ) Sim ( ) Não Relatório de pesquisa de vazamentos em reservatórios Unidade: _______________________________ Data da Pesquisa:________________ Local inspecionado:____________ Reservatório:_____________ Nº _______________ Tipo de Reservatório: ( ) Elevado/Torre ( ) Enterrado ( ) Semi-enterrado ( ) Caixa D’água ( ) Superior Capacidade: _________________________ Manual_Controlador_2017.indd 26-27 3/11/17 15:03
  • 14. 28 29 3Plano de Intervenção Plano de intervenção Os dados obtidos nas etapas anteriores devem ser organizados e tabulados para permitir uma avaliação sistêmica dos seguintes processos: a. Identificação de perdas físicas e desperdícios; b. Acompanhamento, em campo, dos processos que utilizam água; c. Comparação do consumo de água por setor; d. Avaliação da viabilidade da substituição de equipamentos existentes por modelos mais mo- dernos e mais econômicos no consumo de água; Ações de intervenções devem ser implantadas por etapa e a avaliação dos impactos deve ser simultânea. Consertos e reparos • Lista de peças e partes dos componentes a se- rem reparados; • Consertos ou trocas (substituir os componentes danificados, tais como vedantes de torneiras e engates flexíveis, conjunto de entrada de água da caixa, bóia, reparos de registros etc.); • Regulagens de todos componentes (ex.: regu- lar válvula de descarga, regulagem de torneira de bóia do reservatório etc.) (vide item de Regula- gem no capítulo de Manutenção). Adição de dispositivos Em função da disponibilidade de verba, a escola poderá inicialmente solucionar algumas questões adotando estas medidas: • Lista de dispositivos economizadores a serem adicionados (arejadores, chuveirinhos, válvulas redutoras de pressão, registros reguladores de vazão etc.); utilizar os equipamentos indicados e elencados na tabela de soluções alternativas; • Instalação dos dispositivos (compatibilizar as di- mensões com adaptadores, adaptar com a pres- são de trabalho); • Regulagem de todos os componentes. Substituição por componentes economizadores novos Nesta tabela podem-se observar as reduções médias por ponto de consumo em função da utilização de equipamentos propostos. Todos os equi- pamentos são regulamentados pela norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) de louças e metais sanitários. Segundo os fabricantes, a redução dos equipamentos economizadores de água alcança o índice de acordo com o demonstrado abaixo, e é confirmado pelos estudos de casos e pilotos realizados. No entanto, a redução do consumo varia com a frequência de uso dos aparelhos pelos usuários. Os fabricantes estão sempre investindo em tecnologia e desenvolvendo produtos e dispositivos que atendam às necessidades do mercado. Diversos destes lançamentos são de produ- tos economizadores de água, voltados especificamente para o seu uso racional. Reduções médias por ponto de consumo Para facilitar a escolha da solução de intervenção considerando o custo-benefício, a tabela a seguir apresenta na primeira coluna os pontos de utilização e na segunda as soluções propostas. Observação: válvula antivandalismo para chuveiro. Bacia com acionamento duplo. Torneira de acionamento restrito. Manual_Controlador_2017.indd 28-29 3/11/17 15:03
  • 15. 30 31 Soluções alternativas Campanhas educacionais e treinamento dos usuários O sucesso de programas como o PURA, depende da participação de equipes devidamente capaci- tadas. Para a obtenção dos melhores resultados, é re- comendado que as ações de capacitação sejam implementadas por profissionais devidamente ha- bilitados. As ações educativas devem permear toda força de trabalho e se possível os usuários dos servi- ços prestados pela instituição. A campanha edu- cativa pode ser desenvolvida através de : • Palestras e seminários; • Oficinas de capacitação; • Colocação de cartazes nas áreas de maior cir- culação e em ambientes estratégicos; • Produção ou adequação de matérias de apoio pedagógico como: vídeo, folhetos, cartilhas e ma- nuais, etc. O funcionários e prestadores de serviço podem colaborar colocando suas opiniões e idéias em caixas de sugestão distribuídas em pontos estra- tégicos. Planeje e monte a campanha educativa para conscientização visando mudança de hábitos e costumes. Desenvolvimento operacional • Analisar as operações realizadas na instalação como um todo; • Criar alternativas operacionais que economizem água, por exemplo: 1. Isolamento de setores com uso esporádico, fe- chando o registro que alimenta este setor. É uma solução para vazamentos quando não há alternativa imediata; • Treinar pessoas para manutenção. Retorno de investimento – avaliação de custo-benefício Após todas as intervenções realizadas, seja de consertos de vazamentos, adição e troca de equi- pamentos economizadores de água, campanhas e manutenção, os resultados obtidos podem va- riar de imediato até meses, dependendo do valor do investimento e da redução do volume de água. Todos os casos demonstraram redução, variando de 20% até 80% na conta de água e esgoto. O valor do investimento varia em face do porte da edificação, atividades do uso da água, número de equipamentos hidrossanitários. Obs.: poderá haver redução também na conta de energia quando houver bombas de recalque (re- servatórios inferiores e superiores). Legenda: • VDR – Volume de Descarga Reduzi- do (a partir de 2002 ficou obrigató- rio o comércio de bacias sanitárias de 6 litros por descarga); • O regulador de vazão permite ao usuário regular a vazão de acordo com sua necessidade; • Torneiras com abertura de 1 volta; • Ducha com abertura total. Observações 1. As Normas Técnicas relacionadas abaixo devem ser utilizadas como refe- rência: • NBR 15.097 – 2004: Aparelhos sanitários de material cerâmico – requisitos e métodos de ensaio; • NBR 15.491 – 2007: Caixa de descarga para limpeza de bacias sanitárias – requisitos e métodos de ensaio; • NBR 13.713 – 2009: Torneira au- tomática – requisitos e métodos de ensaio. • NBR 15.857 – 2010: Válvula de descarga para limpeza de bacias – requisitos e métodos de ensaio; • Listar os componentes a serem substituídos (atenção para compa- tibilidade de dimensões, pressões de trabalho etc.). Lembre-se: Qualquer ganho financeiro para quem tem poucos recursos é muito! 4Manual de pesquisa de vazamento Pesquisa de vazamento1 As informações contidas neste capítulo têm por objetivo orientar o técnico responsável pela ma- nutenção da instituição na localização e conserto de possíveis vazamentos. A detecção e o reparo de vazamentos são as primeiras ações indispen- sáveis para qualquer implantação de um progra- ma de redução de consumo de água. Os vaza- mentos ocorrem por diversos fatores, entre eles destacam-se, principalmente, o desgaste natural de sistemas hidráulicos antigos e instalações hi- dráulicas mal feitas. Existem vazamentos de fácil detecção, percebidos através de testes rápidos ou da simples inspeção nos produtos, e outros mais difíceis de serem detectados e de grande 1 Consulta: http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicas- Resp.aspx?dica_Id=929 Fonte: SABESP. Manual_Controlador_2017.indd 30-31 3/11/17 15:03
  • 16. 32 33 desperdício de água, cujos custos de reparo são, geralmente, mais altos. A verificação periódica e o conserto de vazamentos contribuem para que não haja o desperdício de água por perdas (toda água que escapa do sistema antes de ser utiliza- da para uma atividade fim), auxiliando na redução do consumo e consequentemente nos custos. Perdas por vazamentos visíveis e não visíveis As peças e componentes de instalações hi- dráulicas estão sujeitas a danos pela pressão da água, pelo envelhecimento, má instalação e pela qualidade do material. Os pontos mais críti- cos das tubulações estão nas conexões/junções. Locais onde podem ocorrer vazamentos: • Rede primária: do hidrômetro até os reservató- rios e/ou pontos de consumo com abastecimento direto da concessionária; • Reservatórios e caixas d’água (nas torneiras de bóias, registros, barriletes, extravasares); • Instalações prediais (pontos de uso/consumo e outros). Tanto nas águas frias, quanto nas quentes e nos esgotos, a maior preocupação é quando ocorre vazamento subterrâneo (encanamento enterra- do), muitas vezes não detectado rapidamente e que causa grandes problemas às edificações. Existem testes simples para verificar se há vaza- mento nesses locais. Havendo a constatação do mesmo, é recomendável a consulta a um profis- sional especializado, que detecte com mais pre- cisão o local e a origem das suas causas e outras providências necessárias, assegurando soluções práticas e definitivas aos problemas. Vazamentos visíveis São aqueles identificados sem a utilização da téc- nica de teste. Ex: componentes instalados que na maioria das vezes estão danificados ou deteriora- dos (courinho de uma torneira, registro com rosca espanada, descarga disparada etc.) Vazamentos não visíveis São aqueles identificados somente com testes. Ex: mau desempenho do sistema: por exemplo, Check List Lembre-se de olhar sempre os vazamentos nos: • Encanamentos • Boia • Medidor • Pontos de consumo • Monitorar hábitos e algumas maneiras de como usar a água • Monitorar o uso da água na copa/cozinha/pátio um sistema de re-circulação de água quente operando inadequadamente, ou seja, com tempo de es- pera longo, tubulações enterradas. Devem ser realizados testes no sistema hidráulico para a detecção das perdas físicas dificilmente de- tectáveis, inclusive com a utilização de equipamentos específicos para evitar intervenções destrutivas (hastes de escuta, haste de perfuração, geofone eletrônico e outros). Os principais testes compreen- dem pesquisa em alimentação predial, reservatórios, pontos de usos, entre outros. Um sistema hidráulico sem manutenção adequada pode perder um volume expressivo de água que adentra a unidade. Em geral, com pequenos investimentos para a correção das perdas existentes são obtidas significativas reduções de consumo. Equipamento de identificação de vazamento – geofone eletrônico Tipos de vazamento, ação de controle e redução de perdas reais na rede de distribuição de água Locais mais prováveis de ocorrência de vazamentos: Equipamento de identificação de vazamento – geofone eletrônico Vazamentos em piso/solo; Vazamentos em reservatório / vazamento da boia; Manual_Controlador_2017.indd 32-33 3/11/17 15:03
  • 17. 34 35 Técnicas para testes de vazamento visíveis A seguir, serão apresentados alguns testes simples que podem ser feitos pelo controlador ou um fun- cionário orientado pelo mesmo, de forma a ajudá-lo a identificar os vazamentos existentes no local. Quando estiver efetuando a pesquisa de vazamento deve-se preencher a planilha anexa, que servirá também para vazamento não visíveis. Vazamentos em parede (válvula); Vazamentos em torneiras; Vazamento provocado pelo vandalismo. Teste de sucção Material: um copo de vidro transparente. 1. Torneira mais alta da casa com água da rua que pode ser de jardim/limpeza ou do tanque; 2. Fechar a bóia; 3. Abrir a torneira teste; 4. Copo na boca da torneira; 5. Não abrir outros pontos; 6. Fechar o registro; 7. Verificar o nível do copo. Resultado do teste: há sucção. Conclusão: há vazamento. Causas prováveis: vazamento no subsolo, no ramal alimentado diretamente com água da rua. Teste do reservatório inferior Material utilizado: um pedaço de madeira que chegue até o fundo do reservatório, barbante e giz. Procedimentos: 1. Registro do cavalete aberto; 2. Registro de limpeza está fechado; 3. Desligar a bomba de recalque; 4. Reservatório cheio; 5. Fechar a bóia; 6. Marcar o nível da água; 7. Aguardar duas horas ou mais; 8. Tornar a marcar o nível. Resultado: o nível baixou. Conclusão: há vazamento no reservatório. Causas Possíveis: registro de limpeza ou de saí- da com defeito, ou trinca no reservatório. Manual_Controlador_2017.indd 34-35 3/11/17 15:03
  • 18. 36 37 Teste da bóia em reservatório Procedimento: 1. Registro do cavalete aberto; 2. Registro de limpeza fechado; 3. Desligar a bomba de recalque; 4. Reservatório cheio; 5. Marcar o nível da água; 6. Aguardar duas horas; 7. Tornar a marcar o nível. Resultado do teste: o nível de água não baixou. Conclusão: há vazamento no reservatório, pelo extravasor. Causas prováveis: defeito na torneira da bóia. Teste do reservatório superior Material utilizado: Um pedaço de barbante e giz. Procedimentos: 1. Fechar a torneira; 2. Desligar a bomba de recalque (edifícios); 3. Não utilizar pontos de consumo; 4. Registro de limpeza fechado; 5. Marcar o nível de água; 6. Aguardar duas horas. Resultado do teste: o nível de água baixou. Conclusão: vazamento na canalização, sanitário ou peças alimentadas pela caixa d’água. Causas prováveis: válvula ou caixa de descarga desregulada, torneira pingando, tubulação interna trincada/corroída ou trinca no reservatório, regis- tro de limpeza com defeito. Obs.: para verificar o funcionamento da bóia, le- vante a tampa e observe se a mesma está com defeito, não flutua ou trava no mecanismo de en- trada de água. Teste da caixa d’água Procedimentos: 1. Feche o registro do hidrômetro ou prenda a bóia; 2. Feche o registro de limpeza ou de saída da água; 3. Marque o nível da água na caixa. Resultado do teste: após 2 horas, se o nível baixou, há vazamento. Causa provável: registro de limpeza com defeito, trinca na caixa ou nos pontos de consumo. Teste de movimentação do ponteiro Teste 1 - Na tubulação que leva água até a caixa d’água: • Deixe o registro do cavalete aberto; • Feche bem todas as torneiras e não use os sanitários; • Vede todas as bóias das caixas d’água; • Faça a leitura do hidrômetro. Após uma hora, através de uma nova leitura, verifique se houve alterações nos dados registrados. Se o seu hidrômetro for do tipo B, verifique se a bolinha preta está girando. Em caso afirmativo, há vazamento no ramal alimentado diretamente pela rede. Resultado: houve movimentação dos ponteiros ou dos números do mostrador. Conclusão: há vazamento. Causas possíveis: torneira da bóia com defeito (do reservatório superior/ caixa d’água ou inferior). Simulação de perda por vazamento neste teste: cálculo do volume de água perdido no período (após 1h): 36m³ - 30m³ = 6m³ Isto quer dizer que você per- deu em 1 hora 6m³ (metros cúbicos) que é igual a 6.000 litros. Detecção de vazamento em bacias sanitárias Tipos de bacias sanitárias (vaso sanitário) No mercado há dois tipos de vasos sanitários: • Vaso com orifício e com furos menores na argola (borda do vaso). Furos da borda (argola) mais o orifício fazem a limpeza da parede; Manual_Controlador_2017.indd 36-37 3/11/17 15:03
  • 19. 38 39 • Vaso sanitário sem o orifício, só com o furo que vai para o sifão. Utilizar o mesmo teste. Os vazamentos em bacias sanitárias podem ocorrer tanto em bacias com válvula de descarga como em bacias com caixa acoplada. As causas mais frequentes de vazamentos em bacias sani- tárias com caixa acoplada são defeitos nos se- guintes componentes: • Torneiras de bóia; Obturador semiflutuante (devido ao ressecamen- to do mesmo que provoca a deformação da peça permitindo a passagem de água), também conhe- cido como comporta ou “flapper”. Como funciona o vaso com caixa acoplada Bacia com Jato na Argola Bacia com Jato no Poço (frontal) Teste da bacia sanitária (vaso sanitário) Para garantir o êxito de detecção de vazamentos há alguns testes específicos para bacias sanitá- rias. Dentre os testes geralmente recomendados, estão: • Teste do papel higiênico; • Teste de retirada de água do poço de bacia sa- nitária (que não recomendamos porque além de ser anti-higiênico, existe a possibilidade de con- taminação, pois para a segurança do operador há a necessidade de uso de luvas e ferramentas apropriadas). Considera-se que esses dois testes possam ser substituídos por um único, ou seja, o teste do co- rante, pois os vazamentos em bacias sanitárias ocorrem por meio de escoamento de água pelos furos do colar, principais pontos de entrada de água para todos os modelos de bacia sanitária. Desta forma, não é necessária a realização dos testes mencionados anteriormente. O teste do corante é o mais usual,pode ser reali- zado tanto em bacias sanitárias: • Com caixa acoplada; ou • Com válvula de descarga. O corante utilizado para teste pode ser encontra- do em solução, cápsulas, pó ou tablete. A solução azul de metileno é bastante utilizada em laboratórios, mas para uso doméstico deve ser substituída por café solúvel, refresco em pó ou xarope de cor forte como, por exemplo, o de groselha ou de uva, uma vez que a solução azul de metileno causa muitas manchas na louça sa- nitária. - Procedimento em bacia sanitária com caixa aco- plada com corante : • Adicionar a solução de corante na água da caixa de descarga; • Esperar alguns minutos; • Verificar a presença de água colorida escoando nas paredes internas da bacia sanitária em dire- ção ao poço da bacia. Se isto ocorrer, há vaza- mento. - Procedimento para bacia com válvula de fluxo (descarga): • Adicionar a solução no poço da bacia sanitária • Esperar alguns minutos ou até horas e observar se: • A tonalidade da solução se manter, não há va- zamento. • A tonalidade da solução ficou mais clara, há va- zamento. • Quando o vazamento existente é muito pequeno Identificação de vazamentos na tubulação embutida na parede2 Normalmen- te os vaza- mentos apa- recem em alguns pon- tos devido ao processo de corrosão (da parede para dentro do encana- mento), o envelhecimento do tubo, dilatação do encanamento em função da temperatura eleva- da, má instalação, choques, vibrações, desgaste das vedações etc. Identificação de prováveis vazamentos da tubula- ção de alimentação dos pontos de consumo: • Se você conhece por onde passa a encanamen- to da parede, faça o teste da batida, bata em toda a extensão do encanamento e veja se o som é di- ferente em alguma parte, ou seja, o som de azu- lejo solto ou mal preso (revestimento da parede fofa); • O aparecimento de manchas com mofo em fun- ção de umidade e mudança da coloração do re- vestimento, tanto da pintura como do revestimen- to; • Desprendimento do revestimento (azulejo e pin- 2 Fonte: http://www.uniagua.org.br/public_html/website/de- fault.asp?tp=3&pag=dicas.htm Umidade e mofo na parede Manual_Controlador_2017.indd 38-39 3/11/17 15:03
  • 20. 40 41 tura). Quanta água se perde por uma torneira mal fechada (Para uma pressão 4 a 6 mca4)? Gotejamentos estimados Utilize essa tabela para determinar as perdas por tipo de vazamento e por tipo de aparelho/ equipa- mento: mca 4 quer dizer: Metro Coluna D”água – é o peso exercido pela água na coluna de alimentação da edificação Veja na tabela acima alguns tipos de vazamentos estimados, suas vazões e quanto se perde de água em um mês. No caso de vazamentos em bacias sanitárias, devemos analisar por quantos furos de lavagem a água está saindo na argola da bacia, para verificarmos a quantidade de água perdida em um mês. Verificação do uso da água na cozinha em função dos hábitos e vícios de desperdício Lento: 300 litros/mês Médio: 600 litros/mês Rápido: 960 litros/mês Fontes: OLIVEIRA (1999) e GONÇALVES et al. (2005) Se após a verificação e conserto dos vazamentos nas instala- ções, o con- sumo conti- nuar alto é interessante também que seja observada a forma e os proce- dimentos dos funcionários da cozinha/lanchonete na manipulação e na preparação de alimentos, pois o mau uso da água em relação a essas ativi- dades provoca perdas por desperdício. DICAS DE ECONOMIA Dicas de economia na cozinha Mantenha a torneira fechada QUANDO: • Desfolhar verduras e hortaliças; • Descascar legumes e frutas; • Cortar carnes, aves, peixes etc.; • Ao limpar os utensí- lios: panelões, bande- jas etc.; • Quando interromper o trabalho, por qualquer motivo; • Antes de lavar pratos e panelas, limpe bem os restos de comida e jogue no lixo; • Feche a torneira enquanto ensaboa a louça; • Não encher os utensílios de água para ensabo- ar, usar pouca água e somente a quantia neces- sária de detergente; • Para lavar louça, coloque água até a metade da pia com detergente e deixe de molho. Ensaboe. Depois, coloque água na pia de novo e enxágue; • Só ligue a máquina de lavar quando estiver cheia. Dicas em outros ambientes: Na lavanderia - Usando máquina • Observar o nível da água no tambor interno se está correto; • Programe os níveis de água se possível para carga parcial; • Deixe acumular as roupas e lave-as de uma só vez; • Use a lavadora de rou- pa somente com carga total; • Se possível reutilizar a água dos últimos enxágües para limpeza de piso, quintal e até regar plantas. -No tanque: • Colocar água no tan- que; • Mantenha a torneira fechada, enquanto en- saboa e esfrega a rou- pa; • Depois colocar água para enxaguar, man- tendo a torneira fecha- da; No banheiro • Feche a torneira en- quanto escova os den- tes ou faz a barba; • Não tome banhos demorados, 5 minutos são suficientes; • Feche o registro ao ensaboar-se; • Ao lavar as mãos, pe- gue primeiro o sabonete e depois abra a torneira; • Mantenha a válvula de descarga sempre regu- lada; • Não acione à toa, descarga gasta muita água; • Não use o vaso sanitário como lixeira pode cau- sar entupimento e se gasta mais água; • Lugar do lixo é na lixeira; • Vazamentos? Conserte o quanto antes; • Torneira pingando desperdiça muita água. Sem- pre que necessário, troque o “courinho”; • Verifique se há vazamentos no vaso sanitário, chuveiro, registros e outros. Áreas Externas e Jardins Manual_Controlador_2017.indd 40-41 3/11/17 15:03
  • 21. 42 43 • Regue as plantas com balde ou regador; • Com mangueira, adapte a peça que per- mite o controle do fluxo (esguicho automático); • Regue logo ao ama- nhecer ou ao entarde- cer, para evitar perda por evaporação; • Em momentos de muito vento também há perda; • Não regue as plantas em excesso, molhe a base da planta e não as folhas; • Regar com aspersores, ajuste o grau do giro dos mesmos de acordo com a área a ser irrigada; • Utilize cobertura morta como cascalho, folhas secas, palha, pedrinhas (argila expandida) colo- cando na base ou raiz da planta, que manterá o solo úmido diminuindo a perda de água; • Não lave o carro com mangueira. Use um balde; • Limpe a calçada com vassoura. Evite o uso da mangueira. Gramado • Procure aumentar o intervalo entre as podas. Quando a grama está bem baixa a água do solo evapora mais rápido; • Utilize grama somente em áreas onde ela real- mente é necessária, canteiros de plantas rastei- ras necessitam de menos água; • Evitar recolher a grama cortada na época da seca pois ajuda a diminuir a evaporação e resse- camento; • Evite utilizar fertilizante em excesso, pois quan- to mais a grama crescer mais precisará de água para manter as raízes saudáveis e permitir que o solo tenha alguma sombra natural retendo a umi- dade. Plantas certas • Utilize espécies que necessitem de pouca água, como as nativas regionais( adaptada ao regime de chuvas locais) ou plantas xerófitas (cactos) que precisam de uma quantidade mínima de água. Plante esta idéia • Plantas que sobrevivem com pouca água; • Rega com gotejamento; Lavagem de Frotas de Veículos Utilizar água de reuso da estação de tratamen- to de esgoto, respeitando a portaria do CONAMA (E os parâmetros de qualidade de água de reu- so que a SABESP adota) Lava rápido - Reutili- zar a água usada na lavagem dos carros. Para reutilizar a água, pode ser instalada uma peque- na estação de tratamento. A água da lavagem é coletada, encaminhada à estação, onde é trata- da e usada novamente. Esse processo se repete ininterruptamente. Além de limpar os carros, ela é reaproveitada e usada na irrigação de jardins. Fonte: http://www.eca.usp.br/nucleos/njr/voxscientiae/igor_wilson26.html O setor de transportes do Senado instalou uma pequena estação de tratamento. Além de ambientalmente correta, a estação de tratamento vem contribuindo para a redução de gastos. A conta mensal de água de R$ 12 mil caiu para cerca de R$ 2 mil e o consumo de água, que chegou a ser de 1500 m³, caiu para cerca de 400 m³ Recomendações: “Fique de olho nos desperdícios e vazamentos.” “Água, use mas não abuse.” “Economizar água é esbanjar inteligência.” 5 Instruções para instalações de equipamentos hidrossanitários Essas informações são dicas de como se instalam alguns componentes e equipamentos hidráulicos sanitários. Não havendo possibilidade de chamar um técnico ou especialista no assunto, e dependen- do da emergência, o controlador possuindo as ferramentas poderá solucionar a ocorrência. Instalação de válvula de descarga Para a instalação da válvula siga os passos indicados abaixo: Fotos e dados: fabricante Manual_Controlador_2017.indd 42-43 3/11/17 15:03
  • 22. 44 45 Regulagem de válvula de descarga após instalação Após a instalação da válvula, há necessidade de realizar a sua regulagem e o teste. Conheça as ca- racterísticas e detalhes da válvula e acompanhe os passos abaixo: Fotos e dados: fabricante Maiores detalhes sobre o princípio de funcionamento de válvulas de descarga Fotos e dados: fabricante Manual_Controlador_2017.indd 44-45 3/11/17 15:04
  • 23. 46 47 Instalação de restritor de vazão no engate flexível Instalação do arejador na torneira Instalação de restritor de vazão do chuveiro Fotos e dados: fabricante Vazão constante de 8 litros/min Vazão constante de 14 litros/min Fotos e dados: fabricante Vazão constante de 6 litros/min Vazão constante de 16 litros/min Vazão constante de 8 litros/min Instalação de registro regulador de va- zão em engate flexível Instalação de registro regulador de va- zão em chuveiro O regulador de vazão é instalado no engate flexível (rabicho) na saída da tubulação da parede. Fotos e dados: fabricante O regulador de vazão é instalado entre o chuveiro e a saída da tubulação da parede. Instalação da torneira de mesa Siga os passos abaixo Principais problemas: Fotos e dados: fabricante Manual_Controlador_2017.indd 46-47 3/11/17 15:04
  • 24. 48 49 Teste da torneira de fechamento automático Após a instalação, faça o teste do tempo de abertura. Acione a torneira. Após soltar, marque com o relógio o tempo de abertura da água. Conte de 5 a 7 segundos. Este é o tempo médio recomendado pela Sabesp. Embora, a ABNT recomende um tempo de abertura de 4 a 10 segundos. Instalação de equipamentos antivandalismo Lavatório antivandalismo Instalação da torneira de parede antivandalismo: 1 – Posicione a bica perpendicularmente a parede, a 15 cm acima da pia. 2 – O conjunto deve ser embutido na parede de forma que o revestimento final coincida com a faixa amarela que existe na tampa da válvula. 3 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto. 4 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento, primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da tampa para rosquear o flange. Válvula de mictório antivandalismo Instalação da válvula de mictório antivandalismo: 1 – Instale a válvula no lugar do registro de pressão. 2 – Observe as marcações de sentido do fluxo d’água (seta gravada na peça) e profundidade de ins- talação (adesivo amarelo). 3 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto. 4 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento, primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da tampa para rosquear o flange. Manual_Controlador_2017.indd 48-49 3/11/17 15:04
  • 25. 50 51 Chuveiro antivandalismo1 Instalação de chuveiro antivandalismo: 1 – A válvula de acionamento deverá estar alinhada com o chuveiro, cerca de 1 metro abaixo do mes- mo. 2 – Observe as marcações de sentido do fluxo d’água (seta gravada na peça) e profundidade de ins- talação (adesivo amarelo). 3 – O botão de acionamento deve ficar cerca de 1,10 m do piso acabado. 4 – O conjunto deve ser embutido na parede de forma que o revestimento final coincida com a faixa amarela que existe na tampa da válvula. 5 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto. 6 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento, primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da tampa para rosquear o flange. 1 Fonte de consulta: Figueiredo, Chenia Rocha. Equipamentos hidráulicos e sanitários, consulta 2009 6 Manutenção e monitoramento dos equipamentos e materiais constituintes do sistema hidrossanitário Manutenção e monitoramento É muito importante a realização da manutenção e da conservação das instalações e dos equipa- mentos hidrossanitários. A linha hidrossanitária é muito ampla, engloba desde as louças e metais para o banheiro até os registros e válvulas de descarga. Temos no mercado uma linha comple- ta, com diferentes cores e designs. O que é uma manutenção? Manutenção é “o conjunto de atividades e recur- sos aplicados aos sistemas e equipamentos para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação, visando garantir a continuidade de sua função dentro de parâmetros de disponibili- dade, de qualidade, de prazo, de custos e de vida útil adequados, para atender às necessidades e segurança de seus usuários, de acordo com os padrões aceitáveis de uso, de modo a preservar sua utilidade e sua funcionalidade”. Na definição de grande abrangência, a manutenção é carac- terizada como um processo que deve iniciar an- tes da aquisição e tem como principal função o prolongamento da vida útil dos equipamentos ou sistemas. As edificações necessitam de manutenção perió- dica e seu administrador deve estar ciente da sua importância e de como proceder para o sucesso da mesma. Existem diversas classificações para manuten- ção. Neste capítulo serão abordados a Manu- tenção Preventiva (MP) e Manutenção Corretiva (MC): Preventiva A essência da Manutenção Preventiva à substi- tuição de peças e componentes antes que atin- jam a idade em que passam a ter risco de que- bra, ou seja, buscando antecipar as ocorrências e manter o bom funcionamento das instalações antecedendo sempre as ações naturais de des- gaste e consequentemente as ações corretivas. A definição da Norma Brasileira – NBR 5462(1994) para a Manutenção Preventiva é “a manutenção efetuada em intervalos predeterminados. Ou de acordo com critérios prescritivos, destinada a re- duzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item”. Corretiva A Manutenção Corretiva é o tipo de manutenção mais antiga e mais utilizada, sendo empregada em qualquer empresa que possua itens físicos, qualquer que seja o nível de planejamento de manutenção. Segundo a NBR 5462/94, Manuten- ção Corretiva é “a manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane, destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida”. Em suma: é toda a manutenção para corrigir falhas em equipamentos, componentes, módulos ou sistemas, visando restabelecer sua função. Este tipo de manutenção normalmente implica em custos altos, pois a falha inesperada pode acarretar a perda de produção e da qualidade do produto. As paralisações são quase sempre mais demoradas e a insegurança exige estoques elevados de peças de reposição com acréscimos nos custos de manutenção. Instalações prediais e equipamentos hidrossanitários1 As instituições e os bens móveis, desde as pare- des, o piso, as tubulações, até o bebedouro, fa- zem parte do patrimônio da instituição, devendo 1 h t t p : / / p o r t a l . m e c . g o v. b r / s e b / a r q u i v o s / p d f / profunc/13eqhidrasan.pdf(equip.hidra.sanitarios) >Você sabe qual a importância de realizar a manutenção preventiva de uma edificação? > Você conhece qual o prazo de garantia de qualquer produto, serviço ou obra segundo o Código de Defesa do Consumidor? > Sabe como proceder para aumentar a durabilidade das instalações hidráulicas? Manual_Controlador_2017.indd 50-51 3/11/17 15:04
  • 26. 52 53 ser bem cuidados. Para a garantia do imóvel e dos bens móveis é importante a correta manuten- ção de cada ambiente. Todas as construções prediais, mesmo sendo tercerizadas, bem como os equipamentos hidros- sanitários, possuem garantia. Neste documento (certificado de garantia) que acompanha o produ- to, constam as características técnicas dos mate- riais, os prazos de garantia específicos de toda a edificação e os procedimentos para uso e conser- vação de todo sistema. Estas informações ficam de posse do gestor ou outro representante da instituição É importante que esta documentação esteja sempre disponível e de fácil acesso para quan- do houver uma ocorrência, seja estrutural ou nos equipamentos, como por exemplo, se uma tor- neira apresentar vazamento, a primeira ação é observar se ela está no prazo de garantia. Caso positivo, basta entrar em contato com a empresa fornecedora ou fabricante do produto, e procurar seus direitos. Caso a garantia já tenha vencido, deve-se procu- rar consertá-la ou substituí-la por uma nova. Em alguns casos pode ser necessário solicitar as- sistência técnica. É importante identificar a causa do problema, evitando que venha a acontecer no- vamente. O prazo de garantia é o período em que o cons- trutor ou o fabricante responde pela adequação do produto quanto ao seu desempenho, dentro do uso que normalmente dele se espera. Não há garantia se houver vícios ou violação que tenham sido constatados neste intervalo de tempo. Nas instalações hidrossanitárias, onde muitas pe- ças são testadas na entrega ou após a troca e as tubulações são geralmente embutidas na alvena- ria, podem existir vazamentos ou retoques finais que podem não ter sido vistos na avaliação dos testes para entrega dos serviços. É preciso acom- panhar os serviços e testar se há vazamentos. Os prazos de garantia das instalações hidráuli- cas, louças e metais praticados no meio técnico são os seguintes: • Em relação aos “materiais”: • Para tubos, conexões, louças, caixa de descar- ga, torneiras, registro, sifões e válvulas: o prazo é definido segundo os padrões estabelecidos pelos fabricantes; • No caso de quebras, trincas, riscos, manchas e entupimentos, a garantia é no ato da entrega; • As situações não cobertas pela garantia são as peças que apresentem desgaste natural pelo uso regular, tais como os anéis de vedação, as guar- nições e os mecanismos de vedação. • Em relação aos “serviços”: • Para as colunas de água e os tubos de queda de esgoto, no caso de danos causados devido à movimentação ou acomodação da estrutura, a garantia é de 5 anos; • Para os problemas com a instalação, o funcio- namento ou a vedação de ramais, louças, caixa de descarga, torneiras e registros, o prazo é de 1 ano. A perda de garantia Os materiais e os serviços de instalações e equipamentos perdem sua garantia caso ocor- ram: • Danos sofridos pelas partes integrantes das instalações em consequência de quedas aciden- tais, maus tratos, manuseio inadequado, instala- ção incorreta e erros de especificação; • Danos causados por impacto ou perfurações em tubulações tanto aparentes como embutidas na alvenaria; • Instalação ou uso incorreto dos equipamentos; • Danos causados aos acabamentos por limpeza inadequada (produtos químicos, solventes, abra- sivos do tipo saponáceo, palha de aço, esponja dupla face); • Se for constatado entupimento por quaisquer objetos jogados nos vasos sanitários e ralos, tais como: absorventes higiênicos, folhas de papel, cotonetes, cabelos etc.; • Se for constatada a falta de troca dos “vedantes” das torneiras; • Se for constatada a falta de limpeza nos aerado- res, provocando assim acúmulo de resíduos nos mesmos; • Se for constatado o uso de produtos abrasivos e/ou limpeza inadequados nos metais sanitários; • Se forem constatadas, nos sistemas hidráuli- cos, pressões (desregulagem da válvula reduto- ra de pressão) e temperaturas (aquecedores, por exemplo) discordantes das estabelecidas em pro- jeto; • Equipamentos que foram reparados por pesso- as não autorizadas pelo serviço de assistência técnica; • Aplicação de peças não originais ou inadequa- das, ou adaptação de peças adicionais sem auto- rização prévia do fabricante; • Equipamentos instalados em locais onde a água é considerada não potável ou contenha impure- zas e substâncias estranhas a ela, que ocasio- nem o mau funcionamento do produto; • Objetos estranhos no interior do equipamento ou nas tubulações que prejudiquem ou impossibi- litem o seu funcionamento; • Se não forem tomados os cuidados de uso ou não for feita a manutenção preventiva necessária Como aumentar a durabilidade das instalações e equipamentos As instalações hidráulicas e sanitárias requerem maiores cuidados, pois seu mau uso ou a falta de manutenção preventiva podem acarretar entu- pimentos e vazamentos, muitas vezes de reparo difícil e dispendioso. O bom desempenho dessas instalações está diretamente ligado à observân- cia de alguns cuidados simples. Existem vários cuidados de uso que podem au- mentar a durabilidade do sistema de instalações hidráulicas: • Não jogue objetos que possam causar entupi- mento nos vasos sanitários e ralos, tais como: Absorventes higiênicos, folhas de papel, cotone- tes, cabelos, fio dental etc.; • Nunca jogue gordura ou resíduo sólido nos ralos das pias e dos lavatórios, jogue-os diretamente no lixo; • Não deixe de usar a grelha de proteção que acompanha a cuba de inox das pias de cozinha; • Nunca suba ou apoie-se nas louças e banca- das, pois podem soltar-se ou quebrar, causando ferimentos graves. Cuidados especiais com crian- ças; • Nas máquinas de lavar e tanque, deve-se dar preferência ao uso de sabão biodegradável (de- tergente líquido), para evitar retorno de espuma; • Banheiros e cozinhas quando ficam sem utiliza- ção por longos períodos, podem ocasionar mau cheiro, em função da ausência de água nos ralos e sifões. Para eliminar esse problema, basta adi- cionar uma pequena quantidade de óleo de cozi- nha para a formação de uma película, evitando-se assim a evaporação; • Não aperte em demasia os registros, torneiras, misturadores. Ao instalar filtros, torneiras etc., não os atarraxe com excesso de força, pois pode danificar a saída da tubulação, provocando vaza- mentos; • Não permita sobrecarga (excesso de peso) de louças sobre a bancada; • Não devem ser retirados elementos de apoio (mão francesa, coluna do tanque etc.), podendo sua falta ocasionar quebra ou queda de peças da bancada; • O sistema de aviso e/ou ladrão da caixa d’água, não deve ter as suas tubulações obstruídas; • Antes de executar qualquer perfuração nas pa- redes, consulte as plantas e detalhes para evitar danos na rede hidráulica; • Para pendurar algum acessório (toalheiro, pa- peleira, espelho etc.) faça uso de furadeira e de parafusos com buchas plásticas expansíveis, que devem ser colocados, quando em cerâmicas, sempre nas juntas. Programa de manutenção das instalações de equipamentos Conservação e limpeza das instalações • Limpe os metais sanitários, ralos das pias e la- vatórios, louças e cubas de aço inox em pias, com água, sabão neutro e pano macio. Nunca com es- ponja ou palha de aço e produtos abrasivos; • Limpe periodicamente os ralos e sifões das lou- ças, tanques e pias, retirando todo e qualquer material causador de entupimento (piaçava, pa- nos, fósforos, cabelos etc.); e jogue água, a fim de se manter o fecho hídrico nos ralos sifonados, evitando assim o mau cheiro proveniente da rede de esgoto; • Limpe periodicamente os aeradores (bicos re- movíveis) das torneiras, pois é comum o acúmulo de resíduos provenientes da própria tubulação; • Limpe e verifique a regulagem do mecanismo de descarga periodicamente; • Substitua regularmente os vedantes (courinhos) das torneiras, misturadores e registros de pres- são, para garantir a boa vedação e evitar vaza- mentos. Frequência de manutenção das instalações hidráulicas, louças e metais Programe de acordo com a tabela de periodicida- de abaixo e preencha a planilha de monitoramen- Manual_Controlador_2017.indd 52-53 3/11/17 15:04
  • 27. 54 55 to e manutenção. Como proceder em pequenos reparos Utilize as tabelas na próxima página após a identificação de ocorrências e adote as soluções propos- tas: Ocorrências / soluções Descrição Periodicidade Verificar os ralos e sifões das louças, tanques e pias A cada 6 meses Trocar os vedantes (couriunhos) das torneiras, misturadores de lavatário e de bidê e registros de pressão A cada ano Limpar os aeradores (bicos removíveis) A cada 6 meses Limpar e verificar regulagem do mecanismo de descarga A cada 6 meses Verificar gaxeta, anéis o'ring e estanqueidade dos registros de gaveta e dos registros de esfera A cada 3 anos Verificar anéis o' ring dos registros de pressão e misturadores. A cada ano Verificar o diafragma da torre de entrada e a comporta do mecanismo de caixa acoplada A cada 3 anos Verificar a estanqueidade da válvula de descarga, torneira automática e torneira eletrônica A cada 5 anos Limpar o crivo do chuveiro A cada ano Aparelho sanitário Defeitos/falhas encontrados Intervenção Regulagem da bóia ou troca de reparos Troca ou limpeza da comporta e sede Troca ou regulagem do cordão Vazamento pela bica Troca do vedante ou do reparo Vazamento pela haste Troca do anel de vedação da haste ou do reparo Tempo de abertura inadequado (fora da faixa compreendida entre 4 e 10 segundos) Troca do pistão ou êmbolo da torneira Vazão excessiva Ajuste da vazão através do registro regulador (1170 C) Vazamento na haste do botão acionador Troca do retentor de vedação da haste ou do reparo Vazamento pelo chuveiro Troca do vedante ou do reparo Vazamento pela haste do registro Troca do anel de vedação da haste Registro de pressão para chuveiro Bacia sanitária com caixa acoplada Vazamento na bacia Torneira convencional (lavatório, mictório) Torneira hidromecânicas (lavatório, mictório) Defeito/falhas encontradas Causa Intervenção Preme vedante solto Trocar o cartucho Preme vedante quebrado Trocar o cartucho Preme guarnição solto Trocar o cartucho Detritos entre sede e êmbolo Limpeza do cartucho Extravasor obstruído Limpeza Mola da haste sem tensão Troca da mola Uso de vaselina ou graxa no cilindro extravasor Trocar o cartucho Parafuso acionador desregulado (acab. público) Regular o mesmo Mola da haste sem tensão Troca da mola Uso de vaselina ou graxa no cilindro extravasor Trocar o cartucho Guarnição do cilindro dilatada Trocar o cartucho Pressão muito elevada da rede (acima de 40 mca) Regular a redutora de pressão do prédio Guarnição do cilindro deformada Trocar o cartucho Disparo Tempo longo de descarga Acionamento duro VÁLVULA DE DESGARGA Mola da haste sem tensão Troca da mola Uso de vaselina ou graxa no cilindro extravasor Trocar o cartucho Guarnição do cilindro dilatada Trocar o cartucho Pressão muito elevada da rede (acima de 40 mca) Regular a redutora de pressão do prédio Guarnição do cilindro deformada Trocar o cartucho Tubulação entupida Limpeza na tubulação Pressão insufuciente (menor que 2 mca) Corrigir a instalação Tubulação inadequada (diâmetro pequeno) Substituir a tubulação Bacia obstruída (argola) Limpeza da mesma Registro fechado ou restrito Regular o registro conforme o manual de instalação Registro da válvula muito aberto Regular o registro conforme a o manual de instalação Pressão excessiva (maior que 40 mca) Corrigir a instalação Registro interno fechado Regular o registro conforme o manual de instalação Registro geral fechado Abrir o registro de gaveta Parafuso acionador desregulado (muito embutido) Regular o parafuso Tampa solta Reapertar Retentor bilabial Trocar retentor Haste danificada Trocar o cartucho Detritos entre vedantes Limpeza Preme vedante solto ou quebrado Trocar o cartucho Vedante danificado Trocar o cartucho Sede danificada Trocar sede e o anel de borracha Anel 1º estágio danificado Trocar o cartucho Aperto exagerado na tampa Soltar a tampa e destravar o registro Volante espanado Trocar o volante Fechamento rápido Guarnição gasta ou deformada Trocar o cartucho Detritos dentro da válvula Limpeza Guarnição deformada Trocar o cartucho Vibração Tampa solta Reapertar Registro não abre Acionador travado Tempo longo de descarga Acionamento duro Vazao insuficiente Vazão excessiva Vazão inexistente Vazamento externo Vazamento interno A) Consertar a torneira que está vazando • Feche o registro geral do cômodo; • Com a mão, retire a tampa/botão (quando hou- ver); • Utilizando uma chave de fenda, desrosqueie o parafuso que prende a cruzeta; • Com o auxílio de um alicate de bico, desros- queie a porca que prende a canopla, para poder ter acesso ao mecanismo de vedação; • Com o auxílio de um alicate de bico, desrosqueie o mecanismo de vedação do corpo e o substitua por um novo. B) Desentupir o chuveiro • Desligar a rede elétrica (no quadro de distribui- ção geral); • Desrosqueie a capa protetora do crivo; • Retire a proteção metálica (quando houver); • Retire o plástico ou borracha preta; • Com o auxílio de uma escova de dente, limpe o crivo, desobstruindo os orifícios que podem ter acumulado detritos; • Abra o registro (torneira) para encher o chuveiro antes de ligar a rede elétrica novamente. C) Regular a caixa de descarga acoplada da bacia sanitária • Com cuidado, abra e retire a tampa da caixa acoplada; • Com ajuda de um alicate, rosqueie a bóia dei- xando-a mais firme, para que quando a caixa es- tiver cheia, não permita que a água transborde pelo ladrão; • Substituição; • Com cuidado, abra e retire a tampa da caixa acoplada; • Desrosqueie a bóia; • Leve-a para um depósito de materiais de cons- trução, para que sirva de modelo para a compra de uma nova; • Com a nova bóia em mãos, encaixe-a e ros- queie-a, exatamente no local de onde a antiga foi retirada. Manual_Controlador_2017.indd 54-55 3/11/17 15:04
  • 28. 56 57 D) Regulagem de volume de descarga Verifique qual o mecanismo da caixa acoplada e faça a regulagem adequada: E) Cuba/ Sifão É necessário, periodicamente, remover o sifão para limpeza geral e desobstrução de detritos acumulados. Se o material é metálico, desrosquear o copo e fazer a limpeza periodicamente, seguindo o mes- mo procedimento acima. F) Desentupimento do sifão/encanamento Aqui está o que você vai precisar ter à mão na hora de desentupir um encanamento: • Panos molhados; • Desentupidor; • Vaselina; • Produtos para desentupir; • Mangueira de desentupimento; • Balde; • Arame de cabide; • Escova de cerdas duras. 1ª etapa Cubra a saída de excesso de água do lavatório ou da banheira com panos molhados. A maioria das pias de cozinha não tem uma saída para excesso de água, mas se estiver em uma pia que fica lado a lado com outra, tampe o ralo da outra com pa- nos molhados. Nesses casos, é necessário blo- quear a outra pia tanto no ralo como na saída de excesso. Cubra todos eles com panos molhados para o desentupimento funcionar corretamente. 2ª etapa Encha a pia com água suficiente para cobrir a par- te de borracha do desentupidor. Passe uma ca- mada de vaselina no bocal de desentupidor (para maior aderência). Deslize o desentupidor até a abertura do ralo e faça movimentos rápidos para cima e para baixo. Se você sentir a água subindo e descendo pelo ralo é porque está fazendo certo. É essa pressão de água para frente e para trás que pode eventualmente criar a força para des- locar o que estiver bloqueando o encanamento. Após ter repetido o movimento umas dez vezes e com bastante força, retire o desentupidor rapida- mente. Provavelmente, a água irá escorrer pelo ralo. Mas, se não funcionar, repita a operação mais umas duas ou três vezes antes de tentar outro método. 3º etapa Se o desentupidor não funcionar é melhor não usar esses produtos químicos, já que eles con- têm agentes cáusticos que podem danificar algu- mas peças. Em vez deles, use uma mangueira de desentupir. Para usá-la, retire a tampa do ralo e insira a mangueira dentro da abertura. Conforme você coloca a mangueira dentro do encanamento, gire a alça um pouco, soltando e apertando o bo- tão dela enquanto aprofunda a mangueira. Caso a mangueira esbarre em algo, puxe e empurre- a um pouco conforme gira a alça. Depois continue a girar a alça enquanto puxa a mangueira de volta vagarosamente. 4ª etapa Se a mangueira não desentupir o encanamento, remova uma parte dos canos debaixo da pia, dei- xando a água do sifão cair em um balde. Use um arame de cabide em forma de gancho para tentar alcançar o entupimento. Se isso não funcionar, use a mangueira de desentupir. Vá en- fiando a mangueira em direção à pia e ao cano de escoamento para remover o que está bloqueando a passagem de água. 5ª etapa Ao desentupir o ralo de uma pia, cubra a parte de borracha do desentupidor com água e tape a abertura de ar com panos molhados. Se o entupimento não estiver no sifão, insira a mangueira na extensão do encanamento que entra na parede e vá empurrando a mangueira para dentro do encanamento. Para retirar o sifão, solte as porcas com uma chave inglesa e remova-as Manual_Controlador_2017.indd 56-57 3/11/17 15:04
  • 29. 58 59 Se o sifão não tiver uma tampa de saída, remova- -o inteiro. Após ter retirado o sifão, limpe-o com arame de cabide e depois use uma escova dura com água quente e sabão. Coloque o sifão de volta. Se o entupimento não estava no sifão, insi- ra uma mangueira na extensão do encanamento que entra na parede e continue a empurrá-la até que você atinja o bloqueio (você talvez não consi- ga, se o entupimento estiver na área do encana- mento principal). G) Ralos Verifique os ralos, providenciando a sua limpe- za, com a retirada de todo e qualquer material que cause entupimento e odor (palitos, cabelos, panos etc.). Convém lembrar que, por falta de limpeza ou evaporação de água no ralo, poderá provocar mau cheiro. Conserve-os sempre com água. Usar detergente neutro. Nunca use espátu- la ou qualquer material contundente (como barra de ferro, de vassoura etc.), pois poderá danificar o ralo. H) Desentupindo ralos no chão e bloqueios no encanamento principal Quando um ralo no chão, como os que temos em porões e chuveiros estiver entupido, uma man- gueira de jardim deve ajudar bastante, especial- mente se o entupimento não estiver próximo à sua abertura. Ligue a mangueira em uma tornei- ra, coloque-a no ralo o máximo que puder e co- loque panos molhados ao redor da mangueira na abertura do ralo. Depois, abra bastante a torneira e deixe a água fluir por um tempo. Monitoramento das intervenções Nessa fase deve-se acompanhar todas as inter- venções realizadas para a redução de perdas e desperdícios relacionando os gastos efetuados, utilizando a tabela de controle de gastos com in- tervenções e concomitantemente o mapa de con- trole, ambas no final do capítulo (página 77). Referência: Fabricante, Norma de Garantia, Fi- gueiredo, Chenia Rocha/2007 Caixas d’água e reservatórios necessitam perio- dicamente de inspeção para avaliação de ava- rias, vazamentos, defeitos ou quebra do conjunto barrilete (encanamentos, conexões e peças). Utilize para monitoramento as tabelas (programa- ção e inspeção de vazamentos e de inspeção de vazamentos e avarias em reservatórios – página 78) para organizar e acompanhar a rotina de lim- peza e manutenção de caixa d’água/reservatório. Vazamento na tubulação hidráulica • A primeira providência a ser tomada é o fecha- mento dos registros correspondentes ao local do vazamento; • Caso perdure o vazamento, feche o registro principal de entrada de água (registro geral); • Quando necessário, acione uma empresa espe- cializada. Ela irá detectar o vazamento na tubula- ção após a quebra da parede, trocar a tubulação danificada e realizar o devido fechamento e aca- bamento da área. Entupimento em tubulações de esgoto Quando necessário, acione uma empresa espe- cializada. Ela localizará o local do entupimento após a escavação, desobstruirá a tubulação e realizará o devido fechamento e acabamento da área. Bacias sanitárias Esgoto sanitário e tubo de ventilação: para a re- moção dos dejetos da bacia é indispensável um perfeito dimensionamento do sistema de esgoto e a sua ventilação. A ventilação é para evitar odores provocados pelos gases (metano, gás carbônico e gás sulfídrico) provenientes da rede pública ou mesmo da rede interna da edificação e também manter a pressão atmosférica dentro da tubula- ção quando das descargas no aparelho. Em resi- dências, deve-se respeitar uma inclinação de no mínimo 1% de caimento, e uma bitola de 100 mm na saída do esgoto e uma bitola e de 75 mm para ventilação. O sistema utilizado no Brasil são as bacias sanitárias por gravidade, com descarga de água de 1,6 litros/segundo com ação sifônica, segundo a NBR-6452 da ABNT, como sendo o ponto ideal de fun- cionamento com o menor volume de água consumido. Limpeza de caixa-d’água/reservatório Se essa atividade for tercerizada, o responsável ou controlador da instituição deve programar a data para a limpeza e desinfecção dos reservatórios e ou da caixa-d’água; antes da data prevista fechar o registro da entrada de água e consumir previamente toda a água, inclusive a utilização da reserva de incêndio, para evitar o esvaziamento que alija pelo ladrão milhares de litros de água potável, provocando desperdício . Neste capítulo, estão contidas as informações passo a passo para que, se o responsável quiser acompanhar a empresa tercerizada, se estão adotando corretamente as medidas indicadas, e ainda se quiser adotar em sua moradia. Os reservatórios devem ser inspecionados pe- riodicamente, para assegurar que as tubulações de entrada e de extravasão estejam desobstru- ídas, que as tampas estejam posicionadas nos locais corretos e sem trincas que não haja ocor- rência de vazamentos ou sinais de deterioração provocada por vazamentos. Recomenda-se que esta inspeção seja feita pelo menos uma vez por ano, para realizar a limpeza e desinfecção, como medida fundamental de proteção sanitária. Deve-se programar o dia para evitar o desperdício, consuma a água até uma altura de mais ou menos um palmo, de acordo com a orientação no passo 5, fazendo a limpeza dessa forma com economia. A qualidade da água que chega a sua casa é garantida até o medidor. Faça a sua parte e mantenha a caixa-d’água limpa e bem tampada. Recomendação da Sabesp: lavar, pelo menos, a cada 6 meses. Assim, a saúde de sua família estará sempre garantida e você se livra das bactérias, dos fungos e de outros hóspedes indesejáveis (ratos, baratas, pombos, mosquitos) que são vetores e transmissores de doenças graves e/ou letais. Procedimento de limpeza com utilização racional de água A CAIXA-D’ÁGUA SEMPRE LIMPA É SAÚDE! Manual_Controlador_2017.indd 58-59 3/11/17 15:04
  • 30. 60 61 Siga os passos abaixo: Capacidade de caixa Quantidade de água sanitária 500 10 colheres de sopa 750 15 colheres de sopa 1000 20 colheres de sopa 1500 30 colheres de sopa 2000 40 colheres de sopa 5000 2 litros 1. Programe com antecedência o dia da lavagem de sua caixa-d’água. Escolha, de preferência, um fim de semana em que não há compromissos agendados; 2. Tenha certeza de que a escada que dá acesso à caixa-d’água está bem posicio- nada e que não há risco de escorregar; 3. Feche o registro de entrada de água da escola ou amarre a boia; 4. Armazene água da própria caixa para usar enquanto estiver fazendo a limpeza; 5. O fundo da caixa deve estar com um palmo de água; 6. Tampe a saída para poder usar este palmo de água do fundo e para que a sujeira não desça pelo ralo; 7. Utilize um pano úmido para lavar as paredes e o fundo da caixa. Se a caixa for de fibrocimento (amianto), substitua o pano úmido por uma escova de fibra vegetal ou de fio de plástico macio. Não use escova de aço, vassoura, sabão, de- tergente ou outros produtos químicos; 8. Retire a água da lavagem e a sujeira com uma pá de plástico, balde e pa- nos. Seque o fundo com panos limpos e evite passá-los nas paredes da caixa; 9. Ainda com a saída da caixa fecha- da, deixe entrar um palmo de água e adote os dados da tabela abaixo. Dei- xe por duas horas e use esta solução desinfetante para molhar as paredes com ajuda de uma brocha e um balde ou caneca de plástico; 10. Verifique, a cada 30 minutos, se as paredes secaram. Caso isto aconteça, faça quantas aplicações da mistura que forem necessárias até completar duas horas; 11. Não use esta água de forma alguma por duas horas; 12. Passadas as duas horas, ainda com a boia amarrada ou o registro fechado, abra a saída da caixa e a esvazie. Abra todas as torneiras e acione a descarga para desinfetar todas as tubulações de água; 13. Procure usar a primeira água para lavar a área externa, banhei- ros e pisos; 14. Tampe bem a caixa para que não entrem insetos, sujeiras ou pequenos animais. Isso evita a transmissão de doenças. A tam- pa tem que ter sido lavada antes de ser colocada no lugar. Obs.: é importante que a tampa não pos- sua rachaduras/trincas, pois esta é uma porta para a contaminação; 15. Anote na sua programação ou planejamento a data da próxima limpeza. Abra a entrada de água e deixe a caixa encher. Esta água já poderá ser utilizada. Ilustração: Sabesp Cuidado: Evite a ingestão ou inalação do produto e o seu contato com a pele e olhos; Em caso de contato com pele ou olhos, lave com água corrente em abundância por pelo menos 15 minutos e procure um médico imediatamente; Em caso de ingestão, procure um médico levando a embalagem do produto. Fotos, figuras e fonte: Sabesp e CDL Quando realizar a manutenção utilizar as seguintes tabelas: Mapa de controle Manual_Controlador_2017.indd 60-61 3/11/17 15:04
  • 31. 62 63 Semanal Mensal 1 * 2 * 3 * 4 * 5 * 6 * 7 * 8 * 9 * 10 * Equipamento Descrição da inspeção Avaria Frequência Periodicidade de inspeção e avaria em reservatório Tabela de manutenção Manual_Controlador_2017.indd 62-63 3/11/17 15:04
  • 32. 64 65 Dica - Medida de Sustentabilidade Na Europa, sobretudo na França, muitos começam a adotar a piscina biológica. Princípio: utilizar as propriedades regeneradoras da natureza para as- segurar a limpeza da piscina, sem recorrer a produtos químicos, como o cloro e seus derivados. O desenho ilustra o sistema de piscina biológica desenvolvido pela empresa alemã Bionova para o Castelo de Germiney, na região do Jura, no leste da França. O sistema possibilita a obtenção e a manutenção de uma água de qua- lidade comparável à de um lago de alta montanha, unicamente graças à associação de plantas, microorganismos e uma filtragem mineral. Esse sistema ecológico, bastante custoso, é muito econômico a longo prazo. Mas, como todo ecossistema, ele é frágil e precisa de cuidados para conservar a sua eficácia. A lagoa Uma camada de pedregulhos colocada sobre um tanque forrado com lona porosa recobre o fundo do tanque e faz uma filtragem. Na água, microorganismos, algas, lagostinhas e camarões de água doce absor- vem o material orgânico (fragmentos de pele e de gordura, e outros). As plantas Mais de 40 tipos de plantas são instalados dentro d’água e nas mar- gens: Junco, íris, papiro e hortelã aquática, por exemplo. Elas oxigenam a água e eliminam os nitratos e os fosfatos dissolvidos. A cascata de escoamento A água que se eleva transborda na lagoa de regeneração e escorre por riachos inclinados à moda de cascata. Esse redemoinho possibilita uma melhor oxigenação. O ciclo inteiro dura de três a cinco horas. A bomba A água da piscina é aspirada e filtrada para que as impurezas maiores sejam eliminadas. A seguir, ela é injetada na lagoa de regeneração, pelo fundo. http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/419/artigo61569-2.htm O sistema de drenagem, bomba e filtro1 1 Fonte de consulta: http://www.zaiom.com.br/Templates/ Informações Complementares I Manutenção de Piscina Já vimos que a água em uma piscina deve circular através de um sistema de filtragem para remover sujeira e restos. Durante uma operação normal, a água flui para o sistema de filtragem através de dois ou mais drenos principais no fundo da pisci- na e de vários drenos tipo escumadeira no topo da piscina. Os drenos principais estão geralmente localiza- dos no ponto mais baixo da piscina para que toda imagens/img/downloads/bombeiro.pdf - Manual do Bombeiro a sua superfície incline em direção a eles. A maior parte da sujeira e dos restos que afundam sai da piscina através desses drenos. Para evitar que as pessoas enrosquem seus cabelos ou membros na bomba, os drenos são quase sempre cobertos com grades ou coberturas antivortex (uma cober- tura que desvia o fluxo de água para evitar que um vórtice perigoso seja formado). As escumadeiras drenam a água da mesma ma- neira que os drenos principais, mas sugam ape- nas do topo da piscina (geralmente 0,5 cm). Qual- quer sujeira que flutue - folhas, óleo de bronzear, cabelo - sai da piscina através desses drenos. No sistema de represa flutuante descrito aqui, a porta de entrada move-se para dentro e para fora para deixar um volume muito pequeno de água entrar a cada vez. Para pegar as sujeiras de for- ma eficaz, o objetivo é escumar apenas o nível da superfície. A água flui através da cesta do filtro, que pega as sujeiras maiores, como folhas. Além da porta principal, o sistema de escumadeira pos- sui uma linha de equalizador secundário que leva a um dreno abaixo do nível da superfície. Essa linha evita que a escumadeira mande ar para o sistema de bombeamento se o nível da água cair abaixo do nível da porta principal. A água é bombeada através do sistema de filtra- gem e novamente para os retornos, que são as válvulas de entrada ao lado da piscina. Esse sistema envolve muita sucção, mas se a piscina for construída e operada corretamente, virtual- mente não há risco da sucção prender alguém contra um dos drenos. A única maneira do siste- ma de bombeamento aplicar esse tipo de sucção é se houver apenas um dreno aberto. Em uma piscina segura, existem sempre diversos drenos principais, bem como várias escumadeiras. Por- tanto, se alguém ou algo bloquear um dreno, o sistema de bombeamento puxará água de um dos outros drenos. Isso elimina a sucção no dre- no bloqueado A maioria das piscinas também possui um par de portas de vácuo utilizadas somente na limpeza da piscina. Essas portas são conectadas a aspira- dores de piscina, que funcionam mais ou menos como um aspirador de pó. A diferença é que su- gam água em vez de pó. As portas a vácuo po- dem ter seu próprio siste ma de bombeamento, mas na maioria das piscinas elas são controladas pela bomba principal. Depois de passar pelos vários drenos, a água flui para o estágio de filtragem. Na próxima seção, descobriremos do que se tratam os sistemas de bombeamento e filtragem. A bomba Para a maioria de nós, uma piscina é como um grande buraco no chão. Não vemos as máqui- nas caras de um sistema de piscina, porque ge- ralmente elas estão escondidas em uma sala de bombeamento. Mas são estas máquinas que fa- zem a piscina funcionar. O coração do sistema da piscina é a bomba de água. Em um sistema de bombeamento típico, um motor elétrico gira um propulsor dentro da sala de bombeamento. O propulsor leva a água dos vários drenos através do filtro e de volta para as portas de água. Imediatamente antes de fluir para a bomba, a água passa através de uma peneira de metal que pega folha e outras sujeiras que podem obstruir a bomba. Em seguida, a água flui para o filtro (ou, nesta configuração, um dos dois filtros). Na próxima se- ção, você descobrirá o que acontece neste ponto do sistema. O Filtro Os filtros deste sistema são filtros de areia de alta densidade. Os filtros de areia consistem em um Porta à vácuo. Aspirador de piscinas Manual_Controlador_2017.indd 64-65 3/11/17 15:04
  • 33. 66 67 grande tanque feito de fibras de vidro, concreto ou metal contendo uma fina camada de areia com granulação especial, que possui um formato qua- drado. Durante a operação de filtragem, a água suja da piscina entra através do cano de entrada do filtro, que leva à cabeça de distribuição de água den- tro do tanque. Enquanto a gravidade puxa a água através da areia, as pequenas partículas de areia pegam qualquer sujeira. No fundo do tanque, a água filtrada flui através da unidade de retenção e para fora através do cano de saída. Areia de filtro especial. Com o tempo, a sujeira coletada na areia diminui o fluxo de água. Medidores de pressão na porta de entrada e saída do filtro dão a idéia do nível de bloqueio dentro da piscina. Se os medidores mostrarem uma pressão maior no cano interno em relação ao externo, você sabe que há muita sujeira na areia. Isso significa que é hora de lavar o filtro. Para lavar, é necessário ajustar algumas válvulas para redirecionar o fluxo de água. Você deve fechar o cano de retorno que leva à piscina e abrir o cano de drenagem, que leva ao sistema de esgoto. Ajuste uma válvula no filtro para co- nectar o cano da bomba para o cano de saída e conectar o cano de drenagem para o cano de en- trada. Com esse arranjo, a água da bomba é em- purrada através da areia, deslocando a sujeira. No topo do tanque do filtro, a água suja flui atra- vés do cano de entrada e para dentro do esgoto. Para redirecionar o fluxo de água para lavagem, é necessário girar grandes alças para ajustar as válvulas de bombeamento No lugar de um filtro de areia, alguns sistemas de piscina utilizam um filtro de terra diatomácea ou um filtro de cartucho. No filtro de terra diatomá- cea, a água da piscina passa através de grades cobertas por terra diatomácea, um pó fino feito dos restos quimicamente inertes e fossilizados de organismos marítimos chamados diátomos. Em um filtro de cartucho, a água suja passa através de um filtro feito de poliéster ou papel corrugado. Em vez de lavar, simplesmente deve-se remover o filtro e esguichá-lo. Depois de alguns anos (ge- ralmente oito), é hora de descartar o filtro antigo e colocar um novo. Teste do balde para piscinas O teste do balde serve para determinar se a pisci- na está vazando ou apenas evaporando • Coloque a água da piscina no nível normal; • Encha um balde com água da piscina até apro- ximadamente 5 cm da borda; • Marque o nível de água do balde e também o nível da água na piscina; • Prenda o balde no interior da piscina de forma que a água do balde mantenha a mesma tempe- ratura da água da piscina sem que o balde possa trocar água com a piscina; • Após 24h confira o nível de água do balde e o nível de água da piscina comparando-os com as marcações iniciais. Caso a piscina tenha uma variação maior em al- tura dos níveis de água, ela provavelmente apre- senta vazamento. Caso as variações em altura dos níveis do balde e da piscina tenham sido iguais, a piscina não apresenta vazamento. Se chover, repita o teste. Colocando uma cobertura na piscina a perda de água por evaporação pode ser reduzida em até 90%. CUIDADOS: O uso da capa (lona) de forma cor- reta permite uma maior durabilidade e eficiência na proteção, para isso, após retirá-la para usar A peneira fica bem à frente da bomba Filtros de areia duplos A peneira removida para limpeza Areia de filtro especial a piscina, recoloque sempre na mesma posição que estava, orientando-se por alguma marca de sua preferência. Se for guardá-la por longo perí- odo, seque-a, dobre sem deixar umidade interna, para evitar o mofo, que poderá causar apodreci- mento. Ao colocar CLORO na água, espere no mínimo 6 horas para recolocar sua Capa. Ela suporta cloro em concentração normal, mas na hora que se co- loca o cloro, ocorre uma reação que necessita ar livre para se dissipar. DRENAGEM: Existem várias formas de drenar a água da chuva da capa, a mais eficiente é através do Dreno. Trata-se de uma Válvula de escoamen- to instalada no centro gravitacional da capa, en- gatando pelo fundo à mangueira flutuante de pis- cina. Ligando a outra extremidade no dispositivo de aspiração. Para drenar, recolha antes a sujeira de folhas do fundo da poça d’água da capa, em seguida aspire para fora da piscina. Check-list Por meio da manutenção preventiva é possível agir contra desperdícios. A seguir temos alguns exemplos de problemas que podem paralisar os processos, causar danos e consumo de água desnecessário, para que sejam revistos e sana- dos: • Destiladores e outros aparelhos necessitam de fluxo contínuo de água para troca de calor entre o meio quente e o frio como forma de condensação; • Os bolsões de ar e o golpe de aríete (vide nota) acontecem geralmente em tubulação de água quente por falta da instalação de eliminadores de ar; • O descarte de água é utilizado no processo de revelação do raio-x (imagens) sem a preocupa- ção de outra destinação ou substituição por siste- ma de revelação que não utilize água; • A lavagem de roupa pode reduzir o consumo médio de água, de 40 litros por quilo de roupa para 25 litros ou menos, quando se recorre a téc- nicas e controle de pH (acidez da água) corretos e a produtos químicos modernos como o Oxige- nol e o Clorial; • A lavagem de reservatório - seu esvaziamento extravasa pelo ladrão milhares de litros de água potável, desperdício sanado se houver planeja- mento antecipado de fechamento do registro e consumação prévia do total da água, inclusive a utilização da reserva de incêndio; • A água destilada, quando armazenada por pe- ríodo superior a quatro horas, é descartada, sem ser reaproveitada como água limpa; • A água de torre de resfriamento, de hidrotera- pia e de outros equipamentos, ao invés de ser descartada no esgoto, poderia ser reaproveitada: reservatório privativo para alimentação de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pá- tios, calçadas etc.; • Os pequenos furos na tubulação de 3/4” de ali- mentação das torres de resfriamento provocam perdas e vazamento através do extravasor (la- drão); • Evite o vazamento através das bombas de água gelada do sistema da torre de resfriamento; • Não deixe o reservatório (caixa d’água) enterra- do vazando por trincas (rachaduras) na estrutura do reservatório ou sem impermeabilização ade- quada e outros; • Diminuir os intervalos inadequados de aciona- mento e duração de descarga de fundo de cal- deira, por falta de análise físico-química da água, e a descarga sem o reaproveitamento de suas calorias; Informações Complementares II Manual_Controlador_2017.indd 66-67 3/11/17 15:04
  • 34. 68 69 • O condensado (em elevado volume) quimica- mente tratado, com seu alto conteúdo calórico, é habitualmente, total ou parcialmente, desprezado no esgoto, por falta de adequação no sistema de retorno à caldeira, assim como o reaproveitamen- to desta água em lavanderia, cozinha, trocadores de calor e outros. O descarte de condensado de calandra e de secadora, em ralo de lavanderia e de caldeirões, básculas e estufas, em dreno de cozinha, apresenta a desvantagem adicional de aquecimento dos respectivos ambientes; • Evite o golpe de aríete, em rede de vapor, de- vido à inadequada ou inexistente drenagem de condensado das linhas de alimentação; • O vapor fluente (de expansão direta) muitas vezes é utilizado em máquina de lavar roupa, ao invés de água quente, acarretando prejuízo à cal- deira e à roupa (em caso de incidência direta); • Perda de vapor saturado: em autoclaves de es- terilização por inadequada manutenção de pur- gador termostático e de gaxeta; em válvula de segurança e estações redutoras, por falta de re- gulagem e outros; • Perda de vapor em linhas de distribuição, vál- vulas, registros, barrilete (tubulações) de distri- buição, juntas de expansão, conexões de inter- ligação e outros em decorrência de deficiente conservação e controle. Desperdício de vapor através de “by-pass” por falta de manutenção no purgador; • Perda de vapor quente em trocadores de calor, em tubulações sem eficientes, tanque de conden- sado, reservatório de água quente e outros por inadequado isolamento térmico; • Caldeira alimentada com água a 80°C ao invés de 20°C, resulta em ganho de 60kcal/kg de vapor, proporcionando uma economia de óleo combustí- vel de aproximadamente 10,3%; • Cada 5°C de aumento na temperatura da água de alimentação da caldeira economiza 1% de combustível; • Vapor saturado à pressão de 8 kgf/cm2 em vaso de pressão de 1.000 litros, sem isolamento térmi- co, representa perda de aproximadamente 100kg de vapor por hora; • A tubulação de duas polegadas de diâmetro, quando desprovida de isolamento térmico, trans- portando vapor saturado a 8 kgf/cm2, acarreta perda de 0,49kg de vapor por metro linear, por hora; • A incrustação em tubulação de caldeira obriga a um maior consumo de combustível, em conse- quência da ausência de material isolante, preju- dicando a transferência de calor; 1mm de cálcio reduz a troca térmica em 7% e 1mm de sílica em 16%; • O consumo maior de combustível da caldeira ocorre por falta de controle de eficiência de quei- ma, rendimento, temperatura dos gases, percen- tual de CO2 e O2, inadequada descarga de fun- dos e outros; • A perda de oxigênio é acarretada pela válvula de segurança de gaseificadores de oxigênio líquido superdimensionados ou pela produção de oxigê- nio gasoso acima da demanda; • Eliminar o vazamento de oxigênio em canaliza- ções, juntas, conexões, válvulas, manômetros, “manifold” e outros decorrentes de rede mal exe- cutada, mal conservada, falta de revisão e de tes- tes periódicos. Para vazamento de gás combus- tível, idem. NOTA Por golpe de aríete se denominam as varia- ções de pressão decorrentes de variações da vazão, causadas por alguma perturbação, voluntária ou involuntária, que se imponha ao fluxo de líquidos em condutos, tais como ope- rações de abertura ou fechamento de válvu- las, falhas mecânicas de dispositivos de prote- ção e controle, parada de turbinas hidráulicas e ainda de bombas causadas por queda de energia no motor, havendo, no entanto, outros tipos de causas. É o caso típico de condutos de recalque pro- vidos de válvulas de retenção logo após a bomba, e sem dispositivos de proteção. Nes- te caso, a situação de ocorrência do golpe de forma mais desfavorável e com mais fre- quência é aquela decorrente da interrupção brusca da energia elétrica fornecida ao motor da bomba que alimenta o conduto. É nesta situação onde corriqueiramente se verificam valores extremos para o golpe de aríete. Durante o fenômeno do golpe de aríete, a pressão poderá atingir níveis indesejáveis, que poderão causar sérios da- nos ao conduto ou avarias nos dispositivos nele instalados, como: ruptura de tubulações por sobrepressão, avarias em bombas e vál- vulas, colapso de tubos devido a vácuo etc. Especificações técnicas dos equipamentos e componentes economizadores Alternativas de componentes economi- zadores de água: Aplicação: Os equipamentos serão utilizados para redução do consumo de água no uso priva- do, coletivo e/ou público. 1. Arejadores e restritores de vazão Nome básico: Arejador antifurto de vazão cons- tante de 6 ou 8 litros por minuto, respectivamente 0,10 litros/seg. ou 0,13 litros/seg. Descrição: Arejador a ser instalado em torneiras ou mistu- radores cuja rosca seja compatível, e utilização em pres- sões acima de 100 kPa. O equipamento deve permitir uma vazão constante de até 6,5 litros por mi- nuto. Para casos específicos, tais como cozinhas industriais, recomenda- se vazão de até 8,5 litros por minuto. Material: Conjunto arejador em plástico para em- butimento no corpo da torneira ou com capa me- tálica para fixação na torneira. Nome básico: Restritor de vazão de 6 a 9 litros/ minuto e de 8 a 18 litros/ minuto. Descrição: Restritor de vazão para ser instalado nas seguintes situações: • no tubo do chuveiro; • na parte posterior da torneira (rabeta) ou da vál- vula de mictório; • na ligação flexível. Limita a vazão em 6 a 18 litros/minuto, em função da aplicação. Bitola: 1/2“ BSP Classe de Pressão: 20 a 400 kPa (faixa comple- ta) Corpo/material: Plástico ABS Garantia dos Produtos: Garantia mínima de 1(um) ano contra defeitos de fabricação. Garantia de reposição de qualquer peça defeituosa ou fora dos padrões de funcionamento exigidos nesta Es- pecificação. Assistência técnica gratuita por um período de 12 (doze) meses para produtos com defeitos de fábrica. Qualidade dos Produtos: O Fornecedor deverá, obrigatoriamente, ser participante do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade na Habitação (PBQP-H) do Governo Federal, e estar na lista de fabricantes conformes. 2. Válvulas, registros e torneiras Nome básico: Válvula de fechamento automático Antivandalismo para Mictório – Uso PURA Descrição: Válvula de fechamento automático para mictório antivan- dalismo para ser embu- tida na parede, com ci- clo de 4 a 10 segundos e as seguintes caracte- rísticas antivandalismo: Não são permitidos aparelhos que possam ser desrosqueados de conexões do sistema hidráulico. Se neces- sário, a saída de água deve ser soldada ou colada no corpo da válvula como garantia suplementar de impossibilidade de desmontagem ou furto da mesma; A desmontagem dos aparelhos antivandalismo e do mecanismo de vedação somente poderá ser feita através de chaves especiais fornecidas ex- clusivamente pelo fabricante, não encontradas no comércio e com dimensões divergentes de cha- ves padronizadas; Bitola: ½ “ BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- bricantes. Corpo/material: Metálico com acabamento su- perficial, ligas de cobre. Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- perficial: ligas de cobre ou aço inox. Informações Complementares III Manual_Controlador_2017.indd 68-69 3/11/17 15:04
  • 35. 70 71 Nome básico: Válvula de fecha- mento automático para Mictório - Uso PURA Descrição: Válvula de fechamen- to automático para mictório com ciclo de 4 a 10 segundos. Bitola: 1/2“ BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa completa) ou conforme faixas especificadas pelos fabri- cantes. Corpo/material: Metálico com acabamento superficial, ligas de cobre. Botão ou tecla: Metálico com acabamento superficial: ligas de cobre ou aço inox. Nome básico: Registro Regulador de Vazão - Uso PURA Descrição: Registro regulador de vazão, torneiras mesa e mistu- radores de mesa, com possibilidade de regula- gem de vazão em fun- ção da pressão local. Bitola: 1/2” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- pleta) Corpo/material: Para temperatura até 40 °C: plástico de engenharia. Para temperatura até 80 °C: metálico com acabamento superficial, ex.: la- tão cromado, aço inox. Nome básico: Tor- neira de acionamento restrito de Parede – Uso PURA Descrição: Torneira de acionamento res- trito a ser instalação na parede, acionada com chave especial destacável e inclusa, para o uso exclusivo da pessoa responsá- vel, em ambientes públicos ou coletivos. Bitola: 1/2“ e 3/4” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- pleta) Corpo/material: Metálico com acabamento su- perficial ou ligas de cobre. Nome básico: Torneira de Pia de Cozinha de Mesa - Uso PURA Descrição: Torneira de pia de cozinha modelo mesa, tipo bica móvel, com areja- dor antifurto de vazão cons- tante de 6 a 8 litros por mi- nuto e/ou restritor de vazão e/ou registro regulador de vazão. Bitola: 1/2” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa completa) Corpo/material: Metálico com acabamento su- perficial, ligas de cobre. Nome básico: Torneira de Pia de Cozinha de Parede – Uso PURA Descrição: Torneira de pia de cozinha modelo para parede, tipo bica móvel, com arejador antifurto de vazão constante de 6 ou 8 litros por minuto e/ ou restritor de vazão e/ou re- gistro regulador de vazão. Bitola: 1/2” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa completa) Corpo/material: Metálico com acabamento superficial, ligas de cobre. Nome básico: Torneira de fechamento automáti- co tipo mesa para la- vatório – Uso PURA Descrição: Torneira de fechamento auto- mático mesa, com ci- clo de fechamento de 4 a 10 segundos, e arejador antifurto de vazão constante de até 6 ou 8 litros por minuto e/ou restritor de vazão e/ ou registro regulador de vazão. Bitola: 1/2” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- bricantes. Corpo/material: Metálico com acabamento su- perficial, ligas de cobre. Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- perficial, ex: ligas de cobre ou aço inox. Nome básico: Torneira de fechamento auto- mático tipo parede para lavatório – Uso PURA Descrição: Tornei- ra de fechamento automático parede, com ciclo de fechamento de 4 a 10 por segundo, e arejador antifurto de vazão constante de 6 ou 8 litros por minuto e/ou registro regulador de vazão integrado e/ou restritor de vazão. Bitola: 1/2” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- bricantes. Corpo/material: Metálico com acabamento su- perficial, ligas de cobre ou aço inox. Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- perficial, ex: ligas de cobre ou aço inox. Nome básico: Torneira de fechamento automáti- co antivandalismo para Lavatório - Uso PURA Descrição: Torneira de fechamento automáti- co para ser embutida na parede, com ciclo de 4 a 10 segundos e com as seguintes ca- racterísticas antivan- dalismo: • Não são permitidos aparelhos que possam ser desrosqueados de conexões do sistema hidráuli- co. Se necessário, a bica de saída de água deve ser solda da ou colada no corpo da válvula como garantia suplementar de impossibilidade de des- montagem ou furto da mesma. • A desmontagem dos aparelhos antivandalismo e do mecanismo de vedação somente poderá ser feita através de chaves especiais fornecidas ex- clusivamente pelo fabricante, não encontradas no comércio e com dimensões divergentes de cha- ves padronizadas. Bitola: 1/2” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- bricantes. Corpo/material: Metálico com acabamento su- perficial, liga de cobre. Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- perficial: ligas de cobre ou aço inox. Nome básico: Válvula de fechamento automático para chuveiro elétrico – Uso PURA Descrição: Válvula de fecha- mento automático para chu- veiro elétrico com corpo da válvula integrado a registro de pressão, acionamento manual e ciclo de fechamento de 20 a 50 segundos. Bitola: 1 ½“ ou 1 ¼” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa completa) ou conforme faixas es- pecificadas pelos fabricantes. Corpo/material: Metálico com acabamento su- perficial liga de cobre. Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- perficial: ligas de cobre ou aço inox. Obs.: Este aparelho não é indicado para chuvei- ros elétricos com resistência blindada. Nome básico: Válvula de fechamento automá- tico antivandalis- mo para ducha de água fria – Uso PURA Descrição: Válvula de fechamento au- tomático para chu- veiro elétrico com corpo da válvula integrado a registro de pressão para ser embutido na parede, acionamento ma- nual e ciclo de fechamento de 20 a 50 segundos. Bitola: ½ “ BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- bricantes. Corpo/material: Metálico, ligas de cobre. Botão ou tecla: Metálico, com acabamento su- perficial: ligas de cobre ou aço inox. Obs.: Este aparelho não é indicado para chuvei- ros elétricos com resistência blindada. Manual_Controlador_2017.indd 70-71 3/11/17 15:04
  • 36. 72 73 Nome básico: Válvula Descarga para limpeza de Bacia Sanitária e canopla antivandalismo – Uso PURA Descrição: Válvula de descarga com acionamento manu- al, registro integra- do que permite a re- gulagem da vazão de descarga para propiciar volume de 6 litros por aciona- mento, com acaba- mento incluso. Bitola: 1 ½“ ou 1 ¼” BSP Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- bricantes. Corpo/material: Plástico de engenharia, metálico com acabamento superficial, ligas de cobre. Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- perficial: ligas de cobre ou aço inox. Garantia dos produtos: Garantia mínima de 5 (cinco) anos contra defeitos de fabricação. Garantia de reposição de qualquer peça defeitu- osa ou fora dos padrões de funcionamento exi- gidos nesta Especificação. Assistência técnica gratuita por um período de 12 (doze) meses para produtos com defeitos de fábrica. Qualidade dos produtos: O revestimento eletro- lítico deve resistir a 200 horas quando submeti- do ao teste de “salt Spray” – câmara neutra. O Fornecedor deverá, obrigatoriamente, ser partici- pante do Programa Brasileiro de Qualidade e Pro- dutividade na Habitação (PBQP-H) do Governo Federal, e estar na lista de fabricantes conformes. Referência: fabricantes - fotos e características técnicas dos equipamentos. Área especial de grande consumo ou de desperdício As soluções para a diminuição do consumo de água são compostas de diversas ações, e o diagnóstico de consumo por setor ou por ativida- de ajuda o gestor ou técnico responsável a identi- ficar e adotar medidas de redução. Na seqüência , apontamos alguns pontos onde pode haver desperdício de água, seja por falta de manutenção, ou por descuido dos usuários. Os hospitais são considerados grandes consumi- dores de água, principalmente na área de equipamentos especiais que necessitam de uso intensivo de água para operar os sistemas de uma unidade hospitalar, incluindo caldeiras, res- friadores (chillers), torres de resfriamento ,esteri- lizadores, ar-condicionado ,higienização e outros processos. • Reduzir o consumo de água pode trazer diver- sos benefícios, como: • Redução dos custos operacionais; • Minimização de impactos ambientais. Uma das formas de redução de consumo é a ado- ção da reutilização da água dos processos, das torres de resfriamento e descarga de caldeiras, na recuperação e reutilização de condensadores, como também aumentando a eficiência ou substi- tuição de equipamentos de refrigeração de água. A adoção dessas ações leva à eficiência opera- cional. O consumo de recursos destes equipamentos é contínuo e podem variar em quantidade propor- cional, dependo das especificações técnicas e do tempo efetivo de uso do equipamento no pro- cedimento. Entre os recursos desta categoria, incluem-se energia elétrica, água, gases e alguns tipos de fármacos. Para avaliação de redução dos gastos na utiliza- ção desses equipamentos e processos, é reco- mendado a: a) Identificação do consumo de todos os equipa- mentos; b) Identificação do consumo nos processo, como o de hemodiálise; c) Avaliação de resultados visando à redução do consumo; d) Apresentação de sugestões no enfoque tecno- lógico legal institucional e gerencial. Outra ação pertinente uma análise de consumo nos sistemas de: ar condicionado, ar comprimido, vácuo, vapor, hemodiálise e destilação ,na central de materiais (autoclaves) e setores de lavanderia (máquinas de lavar). Para ilustrar a distribuição e consumo de água em instalações hospitalares, citamos três pesquisas. O Water Efficiency Manual, realizado pelo Estado da Carolina do Norte, pelo Departament Environ- ment and Natural Resources, Division Pollution Preservation and Envionmental Assistence e Di- vison of Water Resource mostra o resultado de pesquisas realizadas com enfoque na eficiência do uso da água. Os técnicos responsáveis pela elaboração do manual analisaram o consumo de água em diversas categorias de uso e por tipo- logia - comercial, residencial, industrial, escolas, hotéis/motéis e hospitais. Neste último, após aná- lise dos 14 maiores hospitais do estado, conclu- íram que a distribuição de água para consumo era similar nas edificações. O maior consumo foi registrado nos banheiros - 40% conforme gráfico. A previsão e detecção de falhas ou defeitos coíbem interrupções e gastos desnecessá- rios, permitindo adequado funcionamento da Instituição, o que reflete no atendimento fornecido aos pacientes que dependem do adequado funcionamento das instalações e equipamentos para terem bom atendimento e tratamento. Outra pesquisa que citamos como exemplo é o trabalho de uso racional da água implantado nas dependências do Instituto da Criança no Hospi- tal das Clínicas - SP, realizado em 1998. Para a implantação do programa foi desenvolvida uma metodologia que estabeleceu um grupo de ações a serem implementadas com a intenção de eco- nomizar a água consumida internamente. Uma das ações foi a caracterização detalhada do consumo interno de água no que se refere aos consumos específicos devido à natureza das ati- vidades internas de um hospital. O consumo clas- sificado como de “uso interno” (entradas, cirurgia, ambulatório, triagem, paciente, acompanhante, funcionários, lactário, laboratório, radiologia, con- sumo e gás) foi aquele que apresentou o maior índice de participação, configurando-se em torno de mais de 50% do consumo total. No gráfico abaixo está estratificado o consumo por categoria de uso. A identificação do consumo interno e os usos dos ambientes são importantes na definição e implantação de ações economizadoras de água. As informações sobre as necessidades de cada usuário subsidia o corpo técnico e administrativo na escolha das ações técnicas mais apropriadas e economicamente viáveis para otimizar o uso da água, resguardando a saúde dos usuários e o perfeito desempenho dos sistemas envolvidos, garantindo sempre a quantidade e qualidade ne- cessárias para a realização das atividades consu- midoras, com o mínimo de desperdício. Em 2000, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual - IAMSPE implantou o Programa de Uso Racional da Água. A metodo- logia adotada para caracterização detalhada do consumo interno de água foi semelhante à apli- cada nos dois primeiros casos. O gráfico abaixo Banheiros e uso doméstico: acionamento de descarga de vasos e mictórios, lavagem de mão, banhos, escovação de dentes, etc. Consumo Desagregado de Março à Outubro 1998 ICR/HC Informações Complementares IV Manual_Controlador_2017.indd 72-73 3/11/17 15:04
  • 37. 74 75 mostra a semelhança dos resultados. Bombas a vácuo A grande maioria dos hospitais possui Central de Materiais (CEM) que é definida pelo Ministério da Saúde como um conjunto de elementos destina- dos à recepção e expurgo com o preparo, esteri- lização, guarda e distribuição dos materiais para as unidades do estabelecimento assistencial à saúde; por este motivo devem-se avaliar também as autoclaves que necessitam do uso de bom- bas a vácuo no processo de esterilização, con- siderando que as bombas a vácuo necessitam de água para sua refrigeração. Segundo um dos fabricantes, a bomba a vácuo é um equipamento agregado destinado a suprir as necessidades da câmara de esterilização. A bomba a vácuo de anel líquido (ofertada se- paradamente) é um componente utilizado para remoção do ar e/ou vapor existente na câmara de esterilização. Sua capacidade de sucção é di- retamente proporcional ao volume da câmara de esterilização. • Como a bomba a vácuo apresenta uma grande importância no consumo de água, deve ser efetu- ada a regulagem da vazão de água da circulação conforme a potência do motor. • Bomba de vácuo de 1.5 CV 200 l/h 3.33 L/min Bomba de vácuo de 3.0 CV 250 l/h 4.16 L/min; • Bomba de vácuo de 5.0 CV 300 l/h 5,0 L/min; • Bomba de vácuo de 7.0 CV 350 l/h 5,8 L/min; • Bomba de vácuo de 7.5 CV 370 l/h 6,1 L/min. • Recomendações do fabricante da bomba a vá- cuo: • Utilização: executa a função de fazer pré-vácuo na câmara interna do equipamento, nas etapas de pré-vácuo e de secagem. • Observações: para melhorar o desempenho de funcionamento, rendimento e desperdício de água, deve-se regular a vazão de água de circu- lação da bomba. Na adoção de medidas economizadoras de água, outros setores que merecem destaque por serem grandes consumidores são a hemodiálise e a la- vanderia. Lavanderia A lavanderia hospitalar é um dos principais ser- viços de apoio ao atendimento dos pacientes, responsável pelo processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene e conservação, em quantidade adequada a todas as unidades do hospital. O serviço de lavanderia, rouparia e costura de um hospital é de suma importância para o seu bom funcionamento em função disso, a redução de consumo neste setor deve acontecer de forma que não prejudique a qualidade do produto final. A levantamento inicial deve considerar as infor- mações em relação à quantidade de roupa lavada por dia e por mês, a existência de hidrômetros no setor,qual o consumo de água mensal e a exis- tência de alguma forma de reutilização da água. Informações referentes a itens de controle de ní- vel de água, relógio no setor, controle de tempo de lavagem, reposição de produto químico, con- trole de temperatura da água e existência de ba- lança pode servir de indicador em relação ao ge- renciamento do consumo da água na lavanderia. As respostas obtidas devem ser fornecidas pelas pessoas que gerenciam cada setor da lavanderia. O “Manual da Lavanderia Hospitalar” do Ministé- rio da Saúde afirma que metade da água utilizada no hospital destina-se ao consumo na lavanderia, e estima o consumo entre 35 a 40 litros de água para cada kg de roupa seca Métodos e técnicas de lavagem Os princípios de lavagem da roupa pouco têm se modificado, já que as máquinas de lavar passa- ram por uma grande evolução, acompanhando o avanço tecnológico. Os métodos e técnicas de lavagem da roupa, ge- ralmente, associam alguns princípios para melhor alcançar seu objetivo. Os princípios associados no processo de lava- gem são de ordem física (mecânica, temperatu- ra e tempo) e química (divergência, alvejamento, acidulação, amaciamento e desinfecção). O correto nível da água no tambor interno é um fator importante para a eficiência da ação mecâni- ca. A inobservância do nível correto prejudica se- riamente todo o processo de lavagem e provoca gasto desnecessário de água. Geralmente as lavanderias usam um grande vo- lume de água em seu processo, mas ao mesmo tempo, não é comum a adoção de práticas de pós-tratamento ,é quase nada. Como medida de evitar desperdício em 1996 foi desenvolvida no Brasil uma tecnologia de lava- gem com o uso do ozônio em lavanderias hospi- talares e a sua utilização se deu em 1997. Grande parte da sujidade encontrada nas roupas e teci- dos é composta por substâncias oxidáveis (cer- ca de 85%), o tempo de reação do ozônio com estas partículas é muito rápido, que ao formarem compostos menores (processo de fragmentação molecular) podem ser removidos do tecido pela ação mecânica da lavadora e pela a sua dissolu- ção na água. O ozônio, por ser oxidante, também permite o alvejamento do tecido, permitindo que em alguns tipos de sujidades, o uso do cloro na maioria das formulações de lavagem, seja reduzi- do ou eliminado. Operacionalmente, o processo de lavagem com o ozônio consiste na injeção controlada do gás ozônio na água de lavagem. O desenvolvimento do Sistema de Lavagem com Ozônio já representa verdadeira revolução em termos de redução do tempo do processo de lavagem, proporcionando sensível aumento de produtividade e diminuição de custos operacio- nais. Além disso, contribui para aumentar a vida útil dos tecidos, assim como para a maior higie- nização das roupas e, consequentemente para a redução dos índices de contaminação hospitalar. Vantagens do processo • O sistema de lavagem com ozônio reduz em até 50% o tempo do processo de lavagem, resultan- do em uma maior higienização das roupas; • Redução do consumo de água em média de 30%, podendo atingir 65% no caso de roupa de sujidade leve; • Redução da quantidade de produtos químicos entre 30 e 50%; • Aumento da vida útil dos tecidos, graças ao tem- po de lavagem menor, à diminuição da ação me- cânica e de produtos químicos; • Redução do impacto ambiental: o processo com ozônio gera menor volume de efluentes (pelo me- nor consumo de água) e menor uso de produtos químicos, reduzindo de forma considerável o im- pacto ambiental da lavagem de roupas. Outras formas de economia de água em lavan- deria: • Manter em níveis aceitáveis o chamado “retor- no”, que é a quantidade de roupa que retorna para ser relavada devido a inúmeras falhas no processo; • Manter as máquinas em bom estado de manu- tenção, pois fatores como vazamentos e desba- lanceamento da máquina provocam o aumento do consumo da água; • Automatização dos níveis de água da distribui- ção de produtos químicos em todas as etapas do processo, pois além de permitir boa lavagem pro- porciona o aumento da vida útil do enxoval hos- pitalar; • A automatização permite manter o padrão da roupa, gerando menos mão de obra, menor con- sumo de água, de energia e de retorno da roupa; • Operadores bem treinados mantêm o processo em níveis que possibilitam melhor custo benefí- cio; • Se possível, reutilize a água dos dois últimos enxágues para serem usadas no início de uma próxima lavagem; • Se possível, reutilize a água da máquina de la- var para regar as plantas. Você sabia que reutilizar a água que sai da má- quina de lavar roupas para regar o jardim? Que além de ajudar o planeta ainda pode fazer bem para as plantas? É o que afirma o professor de botânica do Instituto de Biociências da USP, Gil- berto kerbauy:“A partir do 2º ciclo de lavagem, a concentração da maioria dos sais está numa faixa que traz benefícios às plantas, principalmente aos gramados”; já que os valores de pH estão na faixa tolerável para a maioria das plantas (7,9 e 7,1),ad- vertindo que eventualmente a concentração de só- dio poderia ser prejudicial para algumas espécies e que o reaproveitamento desta água deve ser evi- tado para molhar hortas. Manual_Controlador_2017.indd 74-75 3/11/17 15:04
  • 38. 76 77 Segundo os pesquisadores Grull, Blum e Mancu- so é possível o reuso da água em lavanderias de roupas hospitalares ;em um estudo realizado, foi analisado a viabilidade da reutilização da água de uma unidade de hemodiálise sendo encaminhada e usada em uma lavanderia hospitalar. Autoclave O desperdício de água em autoclaves é calcula- do pela multiplicação do número de esterilizações mensais realizadas por 125 litros de água.O valor de 125 litros corresponde ao consumo de água que cada bomba de vácuo necessita para sua re- frigeração em cada ciclo. O valor mensal multiplicado por 12 define o con- sumo anual de água que, ao não ser reaproveita- da, será considerada como desperdício. As formas de reaproveitamento são: • Reenviar a água que iria para o esgoto até uma caixa d’água ou reservatório separado dos demais para posterior uso no resfriamento das bombas a vácuo. Isso diminui a quantidade de efluentes e reduz o consumo e o custo da água nos hospitais e instituições; • Armazenar a água que passa pela bomba a vá- cuo para ser usada na limpeza de pátios, pisos, jardins ou em vasos sanitários. É importante questionar sempre se: • Há tecnologia ou processo alternativo que evite ou reduz o consumo de água? • É necessário usar água no processo ou existe uma alternativa técnica e economicamente mais interessante? Reúso da água de processo: destiladores e refrigeração • Com base em estudos realizados pela Sabesp, em 2001 a Universidade de São Paulo fez uma análise dos estudos de reaproveitamento da água de resfriamento utilizada nos destiladores dos laboratórios da CUASO, motivada pelo elevado número de equipamentos (cerca de 240), aliado à perda durante o processo de destilação (50L/h em média por litro de água destilada, o que re- presenta quase R$ 30 mil por mês). Entre as con- siderações a serem feitas no estudo do melhor aproveitamento desta água, destacam-se: o Entendimento físico de como é o sistema de destilação; o Levantamento das características e condições de todo o sistema; o Consumo de água e energia dos destiladores; o Mapeamento dos destiladores; o Qualidade da água da rede; o Levantamento das características dos usuários; o Exigências quanto à qualidade da água destila- da e período de utilização . Após a verificação da tecnologia disponível, po- de-se, então, formular soluções que podem ser compatíveis com o não comprometimento das ati- vidades dos usuários dos destiladores (e demais usuários dos laboratórios). Estas soluções podem ser desde a mais simples, como a correta regulagem da entrada de água do destilador, até a utilização de sistema de recircu- lação da água, ou ainda de sistemas mais sofisti- cados de purificação da água. Portanto, tem-se como aspecto mais importante a busca pelo balanceamento - em conjunto com os usuários- entre a qualidade da água da rede, a água necessitada pelo usuário e a água possi- velmente obtida através do uso das tecnologias disponíveis, analisada sob a óptica da relação custo-benefício, para cada caso em particular. Modelo de Destilador de Água – Tipo Pilsen,utilizado em grandes laboratórios, indústria farmacêutica e em laboratórios de manipulação. Estudo de Caso - Instituto Biológico promove o uso racional de água No segundo semestre de 2004, o Instituto Biológi- co, por meio dos seus engenheiros Silvio Begos- so e Abrahão J. Abait, implantou um projeto de gerenciamento do consumo de água, visando seu uso racional. Entre outras ações, uma das alter- nativas encontradas para economizar o consumo de água nos laboratórios foi a implantação do re- aproveitamento de água dos destiladores. Para que se possa ter uma noção do gasto, con- siderem que para produzir 2 litros de água destila- da, eram desperdiçados 100 litros de água. Isto é, somente 2% da água eram aproveitados; - A metodologia utilizada para o reaproveitamento da água desses aparelhos consiste em recircular a água de resfriamento dos destiladores. A água resfriada é recolhida em um recipiente inferior e, em seguida, bombeada automaticamente para um reservatório superior, retornando, então, ao sistema. Com o sistema instalado, o Laboratório de Viroses de Bovídeos, do Centro de P&D de Sanidade Animal, passou a economizar mensal- mente 45.000 litros de água. Estudo de caso em destiladores - Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Esta- dual - IAMSPE Outro estudo de caso foi realizado no ano de 2000, quando a Sabesp, em parceria com a empresa Cobrape implantou o Programa de Uso Racional da Água - PURA, no Instituto de Assistência Mé- dica ao Servidor Público Estadual - IAMSPE. Uma das intervenções foi o reaproveitamento da água de perdas do processo dos destiladores. Com a definição da sala para instalação dos mes- mos, foi possível concluir os estudos propondo a captação da água dos destiladores, instalados no primeiro andar do prédio do almoxarifado (novo), e o encaminhamento direto para o reservatório RE-01. A Equipe de Controle Sanitário da Sabesp coletou amostras da água de perda dos destiladores e o resultado da análise laboratorial (físico-quími- ca) indicou que estava dentro dos parâmetros exi- gidos pela portaria 36 GM de 19/01/1990, e, por- tanto, poderia ser encaminhada sem tratamento para o reservatório. Embora a Sabesp tenha apresentado solução alternativa para o reaproveitamento dessa água, fica inteiramente a critério do Departamento de Engenharia do Hospital ou do gestor sua implan- tação. Foi realizada uma análise técnica e econômica com o intuito de justificar a intervenção proposta. Análise econômica Orçamento (materiais + mão de obra) para a implantação : R$ 5.410,38; Economia de água mensal esperada após a inter- venção: 288,84 m3; Benefício com a economia de água: R$ 2.241,40; Retorno dos investimentos (payback): 2 meses. A ilustração a seguir apresenta a alternativa pro- posta. Manual_Controlador_2017.indd 76-77 3/11/17 15:04
  • 39. 78 79 Caldeiras As caldeiras produzem vapor para alimentar má- quinas térmicas, autoclaves para esterilização de materiais diversos, cozimento de alimentos e de outros produtos orgânicos, calefação ambiental e outras aplicações do calor utilizando-se o vapor. Todas as caldeiras de água contêm impurezas. O aumento da concentração destas impurezas de sólidos em suspensão pode causar danos nas tu- bulações, nos purgadores e nos equipamentos do processo e quando acumulados na própria caldei- ra, em forma de lama, prejudicam a eficiência das caldeiras e sua capacidade de transferência de calor. Para manter os níveis de sólidos aceitáveis, a água deve ser removida do sistema da caldeira. Esta água é denominada como purga, um termo aplicado à água que é removida da recirculação da água de arrefecimento para reduzir o acúmulo de contaminantes na água da torre. Atingir a quantidade certa de purga é crítico, mas sua otimização em conjunto com o tratamento de água adequado representa uma oportunidade para a redução de consumo de água. Tal como acontece com as torres de resfriamento, o blowdown insuficiente pode levar a um excessivo acúmulo de impurezas e muitas descargas podem levar ao desperdício de água, de produtos químicos e de energia. As purgas de fundo e de nível nas caldeiras são indispensáveis para manter a concentração de sólidos dissolvidos na água da caldeira dentro dos limites de controle e evitar problemas de cor- rosão/arraste de água para o vapor. As maneiras mais efetivas de assegurar a operação da cal- deira com uma quantidade mínima de purgas (e consequentemente valor máximo de ciclo de con- centração) são: • Pré-tratamento adequado da água de reposição; • Utilização de produtos químicos adequados no tratamento de manutenção; • Aproveitamento máximo do líquido condensado, melhorando assim a qualidade da água de Ali- mentação. A recuperação do condensado é o método mais efetivo da economia de energia para sistemas de geração de vapor. As vantagens da recuperação do condensado são: • Economia de combustível; • Economia da água de reposição; • Redução da vazão de purgas na caldeira. A qualidade do condensado é similar a de uma água desmineralizada. Assim, a recuperação do condensado como água de alimentação propor- ciona uma redução das purgas, através do au- mento do ciclo de concentração. Esquema de funcionamento com caldeira O valor da economia é em função das tarifas de água/esgoto que so- frem alteração anualmente. Limpeza: • Substituir o uso de substâncias tóxicas por atóxicas; • Utiliza produtos de limpeza biodegradáveis; • Ter rotinas de limpeza que tenham consumo de água reduzido sempre que possível, como jatos de vapor d’água saturada sobre pressão. Os gestores devem conhecer os parâmetros operacionais e a qualiadde da água utilizada nas caldeiras .A otimização do tratamento da água das caldeiras e de seus procedimentos de contro- le podem resultar na economia de água,e, mais importante, no seu bom desempenho ,com o pro- longamento da vida útil e economia de energia. Torres de resfriamento As torres de resfriamento de água, resfriadores e condensadores evaporativos estão longe de tornarem-se tecnologias ultrapassadas. Pelo con- trário, são importan- tes opções para a efici- ência ener- gética.Por tal motivo, utilizando água potá- vel ou de reúso, as torres de resfriamento e condensadores evapo- rativos exercem uma importante função ecológica As modernas torres de resfriamento são projeta- das para garantir o mínimo de perdas de água por arraste e respingos. Nos modelos de torres mais antigas, as perdas de água por arraste represen- tavam de 0,1% a 0,2 % da vazão total de recircu- lação, e hoje correspondem a apenas 0,05%”. Para alguns pesquisadores e fabricantes, o maior consumo de água se dá na evaporação, que cor- responde de 0,8% a 1,4% da vazão de recircula- ção. Esta perda é inevitável, pois está diretamen- te relacionada com o processo de resfriamento da água. Se a carga térmica aumentar, haverá também um acréscimo na taxa de evaporação no consumo de água. Outra perda de água que pode ser significativa é aquela causada por purgas ou descargas que são aplicadas propositadamente no sistema de resfriamento para se evitar a ex- cessiva concentração dos sais dissolvidos e sóli- dos em suspensão na água. Como diminuir o consumo de água? Considerando que o consumo devido à evapora- ção é inevitável, uma vez que depende da carga térmica, o foco de atenção deve ser direcionado para as perdas por descargas, por respingos e por vazamentos nas torres de resfriamento. A es- tratégia para reduzir o consumo de água deverá ser aquela que proponha a operação do sistema com o maior número de ciclos de concentração e, portanto, com a menor perda por descargas, sem os riscos da formação de incrustações. Para atender essa estratégia, são necessárias as seguintes condições: • Análise do limite de solubilidade de vários parâ- metros químicos, tais como : carbonato de cálcio e de magnésio, sílica e silicatos, em relação ao número de ciclos. Esta análise pode ser feita com o auxílio de um software específico; • Definição da tecnologia de produtos químicos para tratamento da água, visando ao condiciona- mento dos sais que ultrapassaram o limite de so- lubilidade, numa forma não incrustante; • Formulações de produtos denominados “disper- santes”, contendo polímeros que inibem a forma- ção de incrustações, devem ser incluídas no pro- grama de tratamento químico; • Controle das descargas ou purgas através da monitoração das variações do número de ciclos de concentração. O número de ciclos real pode ser monitorado relacionando-se a concentração de um sal solúvel presente na água de reposição com a concentração deste na água de resfria- mento. Manual_Controlador_2017.indd 78-79 3/11/17 15:04
  • 40. 80 81 Raio X Os equipamentos de Raios-X usam água nos pro- cessos de revelação e impressão das imagens. Para a redução do consumo adotar as medidas abaixo: • Ajuste as vazões nas lavagens ou enxágues para o mínimo recomendado pelo fabricante; • Instale válvulas de solenóide controlada para desligar as unidades quando as mesmas não es- tiverem em uso; • Instale medidores de vazão e reguladores para limitar as variações de vazão de lavagem. • Reutilize a água de enxágue para água de make-up; Ou utilize equipamentos modernos, como o Raio-X Digital que não utiliza água no processo e possibilita uma maior confiabilidade da qualidade da imagem e do diagnóstico. Consumo em cozinha As cozinhas podem ser grandes consumidoras de água em função das suasatividades.Oconsu- mo pode variar em maior ou menor quantidade de água dependendo dos procedimentos com re- lação à limpeza ambien- tal, pessoal e de higieni- zação dos vegetais,dos folhosos e leguminosas, da preparação dos alimentos e da lavagem de utensílios de médio e grande porte. Somada à manipulação inadequada, os vazamentos podem contribuir com o aumento do consumo, em face do descaso ou por falta de uma conscientização dos funcionários desse setor com relação à ma- nutenção preventiva e corretiva. Estudo de caso - Cozinhas: sede da Sabesp e Hospital do Servidor do Estado - IAMSPE No ano de 1998, a Sabesp realizou um estudo em sua sede, para desenvolver metodologia de uso racional da água específico para cozinhas indus- triais, adotando medidas tanto tecnológicas como educacionais para a redução do consumo. Um dos itens observados foi a distribuição da água com relação aos equipamentos e o manuseio da mesma. Os resultados destes estudos aponta- ram que de toda a água utilizada nas cozinhas, o maior gasto refere-se à atividade de higienização de utensílios de médio e grande porte (panelões e caldeirões) e limpeza de ambiente, seguido da higienização de folhosos e leguminosas, como demonstrado no gráfico abaixo: Em 2000 a Sabesp implantou o PURA no Hospi- tal do Servidor do Estado - IAMSPE com várias intervenções, e uma delas foi a aplicação da me- todologia na cozinha, onde os resultados são se- melhantes conforme demonstrado nos gráficos a seguir: Cozinha da sede SABESP: Divisão do consumo de água das atividades relativas à limpeza de ambientes e utensílios Esta metodologia foi implantada também em ou- tros órgãos, como o Palácio dos Bandeirantes, Complexo Hospital das Clínicas - SP e Ford e os resultados foram semelhantes aos estudos de caso da Sabesp e IAMSPE. Após as intervenções do PURA nos órgãos men- cionados acima, com a realização de consertos de vazamentos, instalação de componentes e equipamentos economizadores de água, segui- do de campanha específica de conscientização e sensibilização de uso racional da água para os funcionários e nutricionistas, ocorreram reduções consideráveis no consumo de água, como descri- to na tabela abaixo: Após a implantação do programa também foi pos- sível registrar a mudança de hábitos dos usuários em relação ao uso da água. Diante do cenário mundial, onde a escassez de recursos se torna cada vez mais uma ameaça ao bem-estar coletivo, programas de conservação e uso racional da água geram impacto social e eco- nômico para as instituições. Recomendação Em algumas instituições esse serviço pode ser tercerizado, porém o Gestor deve sempre obser- var a maneira como esses funcionários realizam essa atividade, de forma que possa registrar os hábitos e vícios de desperdícios, com o objetivo de sensibilizá-lo e conscientizá-los por meio de campanhas e palestras específicas do uso racio- nal da água para cozinha, abordando a forma cor- reta da utilização da água e formando um novo consumidor consciente. As palestras deverão ser ministradas por especialistas da área de nutrição e educação ambiental. Lavagem de carros e áreas externas Estes são outros setores que requerem monito- ramento devido o consumo gasto no processo de lavagem de carros de médio e grande porte das unidades de saúde, como também na forma e ho- rários de rega. Atualmente existem soluções que apresentam um potencial de economia nos seus gastos com água, diante da implantação de novas tecnolo- gias ou através da utilização de outras fontes al- ternativas de abastecimento. Fonte: Macintyre, 1982 indica que o consumo médio é em torno de 25l refeição/dia 1 - * Valor do consumo estimado antes do Pura 2 - O resultado de 23 litros por refeição foi registrado duran- te o período 4 meses. Manual_Controlador_2017.indd 80-81 3/11/17 15:04
  • 41. 82 83 Para viabilizar um projeto desta ordem é neces- sário realizar uma avaliação criteriosa do seu custo-benefício, garantindo um projeto eficiente e com o retorno do seu investimento a curto prazo. A seguir, apresentamos uma relação destes sis- temas, indicando uma solução para cada caso e com ela as suas necessidades e restrições. Lavagem de garagem e áreas comuns • Abastecer este sistema com água de reúso/reci- clagem/reaproveitamento; • Verificar se há necessidade de uma estrutura hidráulica independente: reservatório, tubulação e compressor; • A única restrição com relação a esta implanta- ção está na área de lavagem disponível no site da Sabesp e os procedimentos atuais que justifi- quem este investimento; • Fornecedor de água de reúso: Sabesp. Jardinagem/Paisagismo Este é um setor de grande consumo e desperdí- cio; nos dias atuais há uma tendência de cons- cientização no uso da água na área de paisagismo pelos fabricantes de equipamentos e pelas em- presas que atuam neste. A concepção de instala- ção do sistema de equipamentos com tecnologia de ponta, sistema de aproveitamento da água de chuva e sistemas de reutilização de águas usa- das de outros equipamentos e processos (como por exemplo, a água dos dois últimos enxágues da máquina de lavanderia), tem sido uma prática adotada pelas organizações, para diminuir o con- sumo e o desperdício. Caso a organização possua muitas áreas verdes, é importante a instalação de sistemas de: • Aspersores automatizados; • Implantação de um sistema hidráulico com: re- servatório, bomba, CLP e tubulação; • Rega por gotejamento. Existem vários fornecedores deste sistema, ob- servando sempre o custo-benefício e as restri- ções com relação a esta implantação. A água é prioridade na sua instituição ? 1) O compromisso com a preservação e uso racional dos recursos naturais é tratado como tema transversal na estrutura da organização e amplamente difundido no seu interior? ( ) SIM ( ) NÃO 2) A instituição mantém processos permanente que permitam o diagnóstico, a analise relacionadas ao uso da água em todas as suas atividades? ( ) SIM ( ) NÃO 3) A instituição mantém processos permanente que permitam medidas de economia relacionadas ao uso da água em todas as suas atividades? ( ) SIM ( ) NÃO 4) Possuiu ações específicas para o reaproveitamento da água utilizada nas demais áreas da empresa? Exemplos como banheiros, chuveiros, escritórios, refeitórios. ( ) SIM ( ) NÃO 5) Dispõe de algum sistema ou métodos que permita monitorar e auditar os resultados das ações implantadas com o objetivo de reduzir o consumo de água? ( ) SIM ( ) NÃO 6) Desenvolve sistematicamente atividades para a conscientização do público interno sobre o problema da escassez e necessidade de uso racional da água evitando os des- perdícios? ( ) SIM ( ) NÃO 7) Se há um plano de campanhas internas, desenvolve campanhas de conscientização e educação ambiental dirigidas aos familiares dos empregados e à comunidade local? ( ) SIM ( ) NÃO 8) A instituição trata e descarta corretamente os esgotos produzidos respeitando a le- gislação? ( ) SIM ( ) NÃO 9) A instituição possui um programa de manutenção preventiva e corretiva de seus equi- pamentos hidrossanitários com foco de evitar os desperdícios de água? ( ) SIM ( ) NÃO 10) Possui um programa de ações que vise a manutenção dos equipamentos economi- zadores de água com foco na redução do consumo? ( ) SIM ( ) NÃO 11) A instituição possui um programa estruturado e com metas claramente elaboradas para racionalizar o consumo de água nos processos? ( ) SIM ( ) NÃO 12) A instituição adota coleta de águas de chuvas para outros fins menos nobre? ( ) SIM ( ) NÃO Exercício Manual_Controlador_2017.indd 82-83 3/11/17 15:04
  • 42. 84 85 Anotações __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 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__________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ CONFIRA SE SUA INSTITUIÇÃO SE PREOCUPA E TEM COMPROMISSO COM O USO RACIONAL DA ÁGUA. Cada sim corresponde a um ponto. 1 a 4 – Sua instituição ainda está em estágio inicial com os compromissos do Uso Racional da água. 5 a 8 – A Instituição já está sensível a necessidade da utilização eficiente da água. 9 a 12 – Parabéns. Sua instituição está antenada com questões ambientais. A gestão do consumo, o monitoramento e a manutenção das instalações são importantes para manter os resultados alcançados. O que você pode e deve fazer para economizar água? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Manual_Controlador_2017.indd 84-85 3/11/17 15:04
  • 43. Bibliografia SABESP - Metodologia para implantação do Programa do Uso Racional da Água em hospitais e escolas. São Paulo-SP, Dezembro 1999. SALVADA, Pedro A. - Mestre em Engenharia Mecânica e Eng.º Aeronáutico - site vhttp://www.leanthinkingcommunity.org/li- vros_recursos/PDCA%20 Metodologia%20A3%20segundo%20Pedro%20Salvada.pdf - consultado Novembro 2010. TOMAZ, Plinio - Previsão de consumo de água. Maio 1999. LUPARELLI, Roberto Pedrosa - Tese de Mestrado: Identifica- ção e avaliação de equipamentos desperdiçadores de água em instituições hospitalares. FAE, Curitiba-PR, 2009. N.C. Department of Environment and Natural Resources - Water efficiency manual. Maio 2009. FIGUEIREDO,CheniaRocha-Equipamentos hidráulicos e sanitários Universidade de Brasília, 2007 Revisão e adequação Coordenação Geral: Haroldo Ribeiro de Oliveira Ruben da Costa Júnior Jorge Nelson P. Gonçalves Márcio Belluomini Moraes Hugo Chisca Jr. Helio Hiroshi Toyota Rosângela Mendes F. Patrício Elaboração e Adequação: Sonia Maria Nogueira Francisca Adalgisa da Silva Equipe Técnica: Mario Schmitt Mauricio J. de Salles Ramon Velloso de Oliveira Jean Rodrigues Márcia Maria Marques Rodrigo Augusti Virgínia Maria Garçon Apoio: Marco Tulio D´Antraccoli Revisão ortográfica: Fernando Antonio Patrick de Moraes Projeto gráfico e diagramação: Felipe Fiuza Agradecimentos: Agradecimentos aos profissionais da Sabesp pela colaboração e aos fabricantes de louça e metais sanitários. Manual_Controlador_2017.indd 86-87 3/11/17 15:04