TREINAMENTO DE RECICLAGEM Cataguases, agosto de 2008 “ NORMA REGULAMENTADORA   Nº 10
10 . COMBATE A INCÊNDIOS Todos que já conviveram com um incêndio (seja lá qual for a sua natureza e proporção) podem avaliar a dramaticidade das perdas humanas e materiais que deles resultam.
Proteção Contra Incêndios – 10.1 – Introdução - A Proteção contra Incêndios procura evitar um dos graves problemas que prejudicam a segurança das pessoas, de máquinas, equipamentos e instalações. Fazer a prevenção contra incêndios, garantir sua proteção é evitar que o fogo destruidor cause prejuízos de todas as espécies, começando pelos mais graves que são a perda de vidas humanas ou a inutilização de seres humanos para o trabalho.
Evitar incêndios é, também, manter em funcionamento a empresa que produz artigos importantes para os consumidores, que proporcionam a muita gente a possibilidade de ter a sue sustento sem interrupções, na continuidade de uma vida normal de trabalho. A proteção contar incêndios começa na medida em que a empresa e todos que nela trabalham tomam para evitar o aparecimento do fogo.  Existem, também, outras importantes medidas que têm a finalidade de combatê-lo logo no seu início, evitando que ele se espalhe. A experiência dos que convivem com o fogo já demonstrou uma verdade que deve ser aceita por todos.
É que a grande maioria dos incêndios pode ser evitada.  Controlada no seu início. As pessoas certas, tomando providências certas, no momento certo, evitam, impedem  que um princípio de incêndio se transforme em destruição completa. Mas para combater o fogo é necessário ter bons equipamentos de combate, é indispensável que se saiba como utilizá-los e é preciso conhecer o inimigo que se pretende dominar, eliminar.
10.2 – Composição do Fogo – Para que haja fogo devem atuar três elementos. Combustível, Calor e Comburente, o chamado Triângulo do Fogo. Modernamente foi introduzido ao triângulo fogo, um quarto elemento, a Reação em Cadeia, formando assim o tetraedro do fogo, ou quadrado do fogo.
10.2.1 – Combustível  Todo material que possui a propriedade de queimar, de entrar em combustão. Podem ser líquidos, sólidos ou gases. 10.2.2 - Comburente Assim como nós, o fogo precisa do oxigênio do ar, que combinado com o material combustível dá início à combustão. 10.2.3 – Calor É o elemento que fornece a energia necessária para iniciar a reação entre o combustível e o comburente.
10.2.4 – Reação em Cadeia. É a queima auto-sustentável. É a transferência de calor de uma molécula do material em combustão para a molécula vizinha, sucessivamente até que todo o material entre em combustão. Eliminando-se um desses elementos, terminará a combustão, isto é, a queima, consequentemente se extinguirá o fogo.
10.3 – Classes de Incêndio  10.3.1 – Classe A –  Fogo em material combustível sólido (papel, madeira, tecido, fibras, etc.). A água é o melhor agente de combate para este tipo de incêndio, através do processo Resfriamento, que é a retirada do calor. 10.3.2 – Classe B –  Fogo em líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis. (óleo, gasolina, tinta, GLP, acetileno, etc.). Para esse tipo de incêndio pode-se utilizar o Gás Carbônico, o Pó Químico ou Espuma Química, através do processo de Abafamento, que impede o contato do Oxigênio (Ar) com a superfície em chamas, eliminado o comburente.
10.3.3 – Classe C –  Fogo em equipamentos elétricos energizados (luminárias, transformadores, circuitos elétricos). Nesse caso utiliza-se o Gás Carbônico ou Pó Químico Seco, através do processo de Resfriamento e Abafamento, conforme descrito acima. 10.3.4 – Classe D –  Fogo em metais pirofóricos, ou seja, que se inflamam espontaneamente (magnésio, potássio, alumínio em pó). Utiliza-se o Pó Químico especial para a extinção do fogo, que forma camadas protetoras impedindo a continuação das chamas, quebrando a reação em cadeia das moléculas.
A Tabela a seguir apresenta um resumo dessas informações: SIM OBS: Pó Químico Especial NÃO NÃO NÃO D  Magnésio,Titânoo Zincônio SIM SIM NÃO NÃO C Equiptos Elétricos Energizados SIM SIM SIM NÃO B  Óleo, Graxa,Gasolina SIM NÃO SIM SIM A  Madeiras,Papeis Tecidos, Fibras PQS CO2 ESPUMA ÁGUA Classe de Incêndios
10.4 – Tipos de Extintores –  10.4.1 – Extintor de Água Pressurizada O agente extintor é a água, e existem 2 tipos comerciais. O potencial da água como agente extintor baseia em sua grande quantidade de absorver o calor. a) Compressão permanente:  É um cilindro com água sob pressão, cuja carga é controlada através do manômetro do qual é provido. O manuseio é simples. O operador aproxima-se até uma distância conveniente, retira o pino de segurança, e dirigi o jato de água para a base do fogo. b) Com pressão injetada:  Há uma ampola de gás externa e, uma vez aberta a válvula da referida ampola, o gás é liberado, pressionando a água.
10.4.2 – Extintor de Espuma Seu funcionamento ocorre pela reação química entre duas substâncias (sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio dissolvidos em água), bastando, para isso, inverter a posição do aparelho.  10.4.3 – Extintor de Gás Carbônico (CO2) Ao ser acionado o gatilho, o gás passa por uma válvula num forte jato. No combate com extintor de CO2, o operador deverá aproximar-se o máximo possível do foco, devido ao curto alcance de jato deste aparelho. Como não deixa resíduos, é ideal para equipamentos energizados.
10.4.4 – Extintor de Pó Químico Seco Estes aparelhos também podem ser sob pressão permanente ou injetada. São mais eficientes que os de Gás Carbônico, mas deixam poeira em suspensão e resíduos.  Inibem quimicamente a combustão e é um dos tipos mais versáteis que existe. Notas:     O local dos extintores deve ser sinalizado para este fim, de acordo com a Instrução Técnica nº 15 do CBM;    Os sistemas de proteção por hidrantes, chuveiros automáticos e outros devem ser estudados dentro de projetos de engenharia. A água para incêndios deve ser exclusiva e guardada em reservatórios especiais para essa utilização.
10.5 - Cuidados: _a) Todos os extintores deverão ser revisados e testados hidrostaticamente a cada 5 anos; _b) Extintores de Água, Espuma Química e Pó Químico Seco, devem ter suas cargas trocadas anualmente; _c) Os extintores de CO2 ( Gás Carbônico), devem ser pesados a cada seis meses e as ampolas de gás dos extintores de Água e de Pó Químico Seco (aparelho pressurizados) a cada três meses. Em quaisquer dos casos, ocorrendo a perda de mais de 10% no peso, deverão ser recarregados novamente.
10.6 - Prevenção de Incêndios Conhecido o inimigo, o Incêndio, é muito mais fácil combate-lo. Parte-se, sempre, do princípio que prevenir é melhor que remediar. Como já foi dito acima, a melhor medida de prevenir o incêndio é não permitir que se forme o conhecido triângulo do fogo, e isso pode ser feito com as seguintes observações: a) – Manter limpo e em ordem o ambiente de trabalho b) – Evitar acúmulo de materiais, rejeitos ou lixos: papéis, madeiras, tintas, thinners, solventes, etc.
c) – Cuidado com álcool, gasolina, removedores, ceras e aerossóis, mantendo-os longe de fontes de calor. d) – Manter área específica para fumantes longe de combustíveis e inflamáveis, pois fumantes descuidados provocam incêndios. e) – Verificar a existência de fios expostos ou descascados que podem ocasionar curtos-circuitos f) – Instalações elétricas mal projetadas podem provocar aquecimento nos fios e serem a origem de incêndios. g) – Nos locais onde existem inflamáveis, os pisos devem ser anti-faíscas, e as chaves elétricas devem ser blindadas, pois oferecem maior proteção do que a chave faca.
h) - Verificar a manutenção e lubrificação de equipamentos mecânicos, pois podem ocasionar aquecimento por atrito em partes móveis, criando perigosas fontes de calor. i) – Não utilizar tomadas defeituosas e nem fazer ligações elétrica improvisadas. j) – Utilizar fusíveis com amperagem compatível com a carga requerida. k) – Evitar a utilização do famoso “T”, sobrecarregando uma única tomada, pois a carga elétrica pode ser superior à capacidade projetada e instalada.
10.7 – Cultura de Prevenção Melhor do que se ter de usar extintores é disseminar a  cultura de Prevenção!. Para evitar o incêndio, procure aplicar  três passos de prevenção: _a) – A Boa Manutenção    Mantenha equipamentos eletrônicos bem como outros utensílios ou dispositivos em bom estado de conservação e use-os apropriadamente e sem perigo.  Verifique se há materiais combustíveis próximo as fontes de calor ou de chamas, bem como da atividades temporárias de soldagem ou corte quente.
É importante os trabalhadores estarem familiarizados com o modo de se usar os extintores, bem como a localização deles no ambiente de trabalho.  Lembre-se: A hora prudente para se ler as instruções do rótulo e aprender como operar o extintor de incêndio NÂO é no momento da emergência. _b) – Manter a Segurança    Verificar se os aparelhos que geram grandes quantidades de calor estão em ambientes que proporcionam suficiente ventilação para a dissipação do calor  Lembre-se: O calor ( a energia de ativação da combustão) poderá acumular-se e incendiar quaisquer combustíveis bem próximos.
   Se os fios estiverem descascados, dê-lhes atenção imediata.     Verificar também se há materiais guardados muito próximos de lâmpadas incandescentes acessas. _c) – Hábitos Seguros    Os vapores de solventes de tintas, de gasolina e outros líquidos inflamáveis em áreas fechadas podem ser a causa de perigosa explosão e incêndio.  Verifique se todas esses líquidos estão armazenados em recipientes de metal fechados, e na ocasião de utiliza-los verificar se a área usada para esse fim está bem ventilada.
Depois que tudo isso descrito acima for verificado, mesmo assim, planeje antecipadamente por onde escapar em caso de incêndio.  Planeje um primeiro trajeto de fuga e um alternativo no caso de o primeiro estiver bloqueado.  Depois, pratique-o de modo que todos se familiarizem como que devem fazer caso ocorra o sinistro.
Portanto, pode-se concluir que a palavra de ordem é prevenir e, sendo necessário, combater o fogo com rapidez e eficiência. Para obter bons resultados nesse tipo de prevenção é preciso, antes de mais nada, ter mentalidade, ter espírito prevencionista.   Isto significa ter a vontade de colaborar em defesa da própria segurança, da segurança de outros seres humanos e de todas as instalações onde está garantido o trabalho de cada um. A solidariedade e o espírito de colaboração são importantes.
 
 

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Mod 10 combate a incêndios reciclagem nr10

  • 1.  
  • 2. TREINAMENTO DE RECICLAGEM Cataguases, agosto de 2008 “ NORMA REGULAMENTADORA Nº 10
  • 3. 10 . COMBATE A INCÊNDIOS Todos que já conviveram com um incêndio (seja lá qual for a sua natureza e proporção) podem avaliar a dramaticidade das perdas humanas e materiais que deles resultam.
  • 4. Proteção Contra Incêndios – 10.1 – Introdução - A Proteção contra Incêndios procura evitar um dos graves problemas que prejudicam a segurança das pessoas, de máquinas, equipamentos e instalações. Fazer a prevenção contra incêndios, garantir sua proteção é evitar que o fogo destruidor cause prejuízos de todas as espécies, começando pelos mais graves que são a perda de vidas humanas ou a inutilização de seres humanos para o trabalho.
  • 5. Evitar incêndios é, também, manter em funcionamento a empresa que produz artigos importantes para os consumidores, que proporcionam a muita gente a possibilidade de ter a sue sustento sem interrupções, na continuidade de uma vida normal de trabalho. A proteção contar incêndios começa na medida em que a empresa e todos que nela trabalham tomam para evitar o aparecimento do fogo. Existem, também, outras importantes medidas que têm a finalidade de combatê-lo logo no seu início, evitando que ele se espalhe. A experiência dos que convivem com o fogo já demonstrou uma verdade que deve ser aceita por todos.
  • 6. É que a grande maioria dos incêndios pode ser evitada. Controlada no seu início. As pessoas certas, tomando providências certas, no momento certo, evitam, impedem que um princípio de incêndio se transforme em destruição completa. Mas para combater o fogo é necessário ter bons equipamentos de combate, é indispensável que se saiba como utilizá-los e é preciso conhecer o inimigo que se pretende dominar, eliminar.
  • 7. 10.2 – Composição do Fogo – Para que haja fogo devem atuar três elementos. Combustível, Calor e Comburente, o chamado Triângulo do Fogo. Modernamente foi introduzido ao triângulo fogo, um quarto elemento, a Reação em Cadeia, formando assim o tetraedro do fogo, ou quadrado do fogo.
  • 8. 10.2.1 – Combustível Todo material que possui a propriedade de queimar, de entrar em combustão. Podem ser líquidos, sólidos ou gases. 10.2.2 - Comburente Assim como nós, o fogo precisa do oxigênio do ar, que combinado com o material combustível dá início à combustão. 10.2.3 – Calor É o elemento que fornece a energia necessária para iniciar a reação entre o combustível e o comburente.
  • 9. 10.2.4 – Reação em Cadeia. É a queima auto-sustentável. É a transferência de calor de uma molécula do material em combustão para a molécula vizinha, sucessivamente até que todo o material entre em combustão. Eliminando-se um desses elementos, terminará a combustão, isto é, a queima, consequentemente se extinguirá o fogo.
  • 10. 10.3 – Classes de Incêndio 10.3.1 – Classe A – Fogo em material combustível sólido (papel, madeira, tecido, fibras, etc.). A água é o melhor agente de combate para este tipo de incêndio, através do processo Resfriamento, que é a retirada do calor. 10.3.2 – Classe B – Fogo em líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis. (óleo, gasolina, tinta, GLP, acetileno, etc.). Para esse tipo de incêndio pode-se utilizar o Gás Carbônico, o Pó Químico ou Espuma Química, através do processo de Abafamento, que impede o contato do Oxigênio (Ar) com a superfície em chamas, eliminado o comburente.
  • 11. 10.3.3 – Classe C – Fogo em equipamentos elétricos energizados (luminárias, transformadores, circuitos elétricos). Nesse caso utiliza-se o Gás Carbônico ou Pó Químico Seco, através do processo de Resfriamento e Abafamento, conforme descrito acima. 10.3.4 – Classe D – Fogo em metais pirofóricos, ou seja, que se inflamam espontaneamente (magnésio, potássio, alumínio em pó). Utiliza-se o Pó Químico especial para a extinção do fogo, que forma camadas protetoras impedindo a continuação das chamas, quebrando a reação em cadeia das moléculas.
  • 12. A Tabela a seguir apresenta um resumo dessas informações: SIM OBS: Pó Químico Especial NÃO NÃO NÃO D Magnésio,Titânoo Zincônio SIM SIM NÃO NÃO C Equiptos Elétricos Energizados SIM SIM SIM NÃO B Óleo, Graxa,Gasolina SIM NÃO SIM SIM A Madeiras,Papeis Tecidos, Fibras PQS CO2 ESPUMA ÁGUA Classe de Incêndios
  • 13. 10.4 – Tipos de Extintores – 10.4.1 – Extintor de Água Pressurizada O agente extintor é a água, e existem 2 tipos comerciais. O potencial da água como agente extintor baseia em sua grande quantidade de absorver o calor. a) Compressão permanente: É um cilindro com água sob pressão, cuja carga é controlada através do manômetro do qual é provido. O manuseio é simples. O operador aproxima-se até uma distância conveniente, retira o pino de segurança, e dirigi o jato de água para a base do fogo. b) Com pressão injetada: Há uma ampola de gás externa e, uma vez aberta a válvula da referida ampola, o gás é liberado, pressionando a água.
  • 14. 10.4.2 – Extintor de Espuma Seu funcionamento ocorre pela reação química entre duas substâncias (sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio dissolvidos em água), bastando, para isso, inverter a posição do aparelho. 10.4.3 – Extintor de Gás Carbônico (CO2) Ao ser acionado o gatilho, o gás passa por uma válvula num forte jato. No combate com extintor de CO2, o operador deverá aproximar-se o máximo possível do foco, devido ao curto alcance de jato deste aparelho. Como não deixa resíduos, é ideal para equipamentos energizados.
  • 15. 10.4.4 – Extintor de Pó Químico Seco Estes aparelhos também podem ser sob pressão permanente ou injetada. São mais eficientes que os de Gás Carbônico, mas deixam poeira em suspensão e resíduos. Inibem quimicamente a combustão e é um dos tipos mais versáteis que existe. Notas:  O local dos extintores deve ser sinalizado para este fim, de acordo com a Instrução Técnica nº 15 do CBM;  Os sistemas de proteção por hidrantes, chuveiros automáticos e outros devem ser estudados dentro de projetos de engenharia. A água para incêndios deve ser exclusiva e guardada em reservatórios especiais para essa utilização.
  • 16. 10.5 - Cuidados: _a) Todos os extintores deverão ser revisados e testados hidrostaticamente a cada 5 anos; _b) Extintores de Água, Espuma Química e Pó Químico Seco, devem ter suas cargas trocadas anualmente; _c) Os extintores de CO2 ( Gás Carbônico), devem ser pesados a cada seis meses e as ampolas de gás dos extintores de Água e de Pó Químico Seco (aparelho pressurizados) a cada três meses. Em quaisquer dos casos, ocorrendo a perda de mais de 10% no peso, deverão ser recarregados novamente.
  • 17. 10.6 - Prevenção de Incêndios Conhecido o inimigo, o Incêndio, é muito mais fácil combate-lo. Parte-se, sempre, do princípio que prevenir é melhor que remediar. Como já foi dito acima, a melhor medida de prevenir o incêndio é não permitir que se forme o conhecido triângulo do fogo, e isso pode ser feito com as seguintes observações: a) – Manter limpo e em ordem o ambiente de trabalho b) – Evitar acúmulo de materiais, rejeitos ou lixos: papéis, madeiras, tintas, thinners, solventes, etc.
  • 18. c) – Cuidado com álcool, gasolina, removedores, ceras e aerossóis, mantendo-os longe de fontes de calor. d) – Manter área específica para fumantes longe de combustíveis e inflamáveis, pois fumantes descuidados provocam incêndios. e) – Verificar a existência de fios expostos ou descascados que podem ocasionar curtos-circuitos f) – Instalações elétricas mal projetadas podem provocar aquecimento nos fios e serem a origem de incêndios. g) – Nos locais onde existem inflamáveis, os pisos devem ser anti-faíscas, e as chaves elétricas devem ser blindadas, pois oferecem maior proteção do que a chave faca.
  • 19. h) - Verificar a manutenção e lubrificação de equipamentos mecânicos, pois podem ocasionar aquecimento por atrito em partes móveis, criando perigosas fontes de calor. i) – Não utilizar tomadas defeituosas e nem fazer ligações elétrica improvisadas. j) – Utilizar fusíveis com amperagem compatível com a carga requerida. k) – Evitar a utilização do famoso “T”, sobrecarregando uma única tomada, pois a carga elétrica pode ser superior à capacidade projetada e instalada.
  • 20. 10.7 – Cultura de Prevenção Melhor do que se ter de usar extintores é disseminar a cultura de Prevenção!. Para evitar o incêndio, procure aplicar três passos de prevenção: _a) – A Boa Manutenção  Mantenha equipamentos eletrônicos bem como outros utensílios ou dispositivos em bom estado de conservação e use-os apropriadamente e sem perigo. Verifique se há materiais combustíveis próximo as fontes de calor ou de chamas, bem como da atividades temporárias de soldagem ou corte quente.
  • 21. É importante os trabalhadores estarem familiarizados com o modo de se usar os extintores, bem como a localização deles no ambiente de trabalho. Lembre-se: A hora prudente para se ler as instruções do rótulo e aprender como operar o extintor de incêndio NÂO é no momento da emergência. _b) – Manter a Segurança  Verificar se os aparelhos que geram grandes quantidades de calor estão em ambientes que proporcionam suficiente ventilação para a dissipação do calor Lembre-se: O calor ( a energia de ativação da combustão) poderá acumular-se e incendiar quaisquer combustíveis bem próximos.
  • 22. Se os fios estiverem descascados, dê-lhes atenção imediata.  Verificar também se há materiais guardados muito próximos de lâmpadas incandescentes acessas. _c) – Hábitos Seguros  Os vapores de solventes de tintas, de gasolina e outros líquidos inflamáveis em áreas fechadas podem ser a causa de perigosa explosão e incêndio. Verifique se todas esses líquidos estão armazenados em recipientes de metal fechados, e na ocasião de utiliza-los verificar se a área usada para esse fim está bem ventilada.
  • 23. Depois que tudo isso descrito acima for verificado, mesmo assim, planeje antecipadamente por onde escapar em caso de incêndio. Planeje um primeiro trajeto de fuga e um alternativo no caso de o primeiro estiver bloqueado. Depois, pratique-o de modo que todos se familiarizem como que devem fazer caso ocorra o sinistro.
  • 24. Portanto, pode-se concluir que a palavra de ordem é prevenir e, sendo necessário, combater o fogo com rapidez e eficiência. Para obter bons resultados nesse tipo de prevenção é preciso, antes de mais nada, ter mentalidade, ter espírito prevencionista. Isto significa ter a vontade de colaborar em defesa da própria segurança, da segurança de outros seres humanos e de todas as instalações onde está garantido o trabalho de cada um. A solidariedade e o espírito de colaboração são importantes.
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