SlideShare uma empresa Scribd logo
Página 1 
HL7 LATAM NEWS 
SETEMBRO 2014 
LOINC 
O LOINC é o padrão de terminologia 
desenvolvido inicialmente para labo-ratórios 
de análises clínicas e outros 
exames e que atualmente também 
abrange termos clínicos. 
INFOLAC 2014 
INFOLAC é o Congresso 
de Informática Médica da IMIA LAC. 
O membro oficial da IMIA no Uruguai é a 
SUIS (Sociedade Uruguaia de Informática na 
Saúde) e para a organização deste evento 
PRIMEIRA CONNECTATHON 
FHIR LATINO AMERICANA 
Em 3 de setembro de 2014 durante o 
transcurso do CAIS 2014 foi realizada 
a primeira Connectathon FHIR Latino 
Americana 
Multas publicacion electrónica de pecado pelo Lucro de libre distribución
EDITORIAL CONTEÚDO 
Este é o quarto ano do HL7LATAM e continuamos tra-balhando 
para a difusão do padrão HL7 na América 
Latina e para apoiar o desenvolvimento dos capítulos 
regionais do HL7. 
No ano passado refizemos o site trilingue (Espanhol, 
Português e Inglês) com o objetivo de chegar à maior 
quantidade possível de pessoas, mais não foi viável 
fazê-lo com o boletim que no ano passado foi editado 
em Espanhol e Inglês. 
O objetivo de fazer a edição em inglês é de difundir 
as nossas atividades para outras zonas fora da região 
ibero-americana. 
Este ano nós temos os meios financeiros para fazer a 
edição do boletim em Português, Espanhol e Inglês. 
Além disso nós planejamos fazer três edições durante 
2014, de modo que esperamos contribuiçoes das di-versas 
sociedades que compõem HL7 em Ibero-Amé-rica. 
A informática médica está intimamente relacionada 
com a melhoria assistencial e da saúde da nossa re-gião. 
A utilização das tecnologias de informação não 
representa apenas vantagens em sua utilização em 
áreas administrativas e estatísticas, mas também a sua 
aplicação na área clínica traz melhoras ostensíveis na 
qualidade assistencial. 
A aplicação da informática na área assistencial é pre-ciso 
considerar a interoperabilidade e contar com 
padrões para que os sistemas possam intercambiar 
informação evitando, desta maneira, a redundância 
de tarefas e a perda de informação. Neste sentido a 
função de um padrão como o HL7 é fundamental para 
obter a interoperabilidade, mas de nada adianta um 
padrão se o mesmo não é difundido para o maior nú-mero 
de pessoas possível. 
É fundamental que os diferentes programadores 
e usuários da informática na saúde conheçam suas 
possibilidades e possam também fazer as suas contri-buições. 
A região da América Latina tem particulari-dades 
e problemáticas comuns, diferentes de outras 
regiões, portanto é importante contar com instrumen-tos 
para difundir e apresentar os nossos problemas. 
O nosso boletim é publicado no site www.hl7latam. 
org e difundido por diferentes sites do HL7 na região, 
além de diferentes foros de redes sociais como o Face-book, 
Twitter, Linkedin, Yahoo e Google. 
Esperamos que cada vez mais gente se una a esta ini-ciativa 
e que o desenvolvimento dos padrões e a in-teroperabilidade 
dos sistemas de saúde continuem se 
desenvolvendo com força na região. 
Coordinador Ejecutivo de HL7 LATAM 
Dr. Humberto Fernán Mandirola Brieux 
hmandirola@hl7.org.ar 
ARGENTINA 
LOINC, By Humberto Fernán Mandirola Brieux 
PRIMEIRA CONNECTATHON FHIR LATINO AMERICANA, By Diego Kaminker 
CDA R2 COM ART-DECOR PARA O MAIS (MARCO ARGENTINO DE INTEROPERABILIDAD EN SALUD) 
By Diego Kaminker 
Problemas terminológicos na interoperabilidade no Setor da Saúde 
By Humberto Fernán Mandirola Brieux & Fernando La Rosa 
COLOMBIA 
Formato Unificado de Arquivos para documentos eletrônicos HL7- DUFF, By Mario Enrique Cortés 
CHILE 
Jornadas de treinamento no IHE, By Fernando Campos 
URUGUAY 
INFOLAC 2014, By Selene Indarte 
URUGUAY 
Jornadas Técnicas do Salud.uy, By Fernando Portilla 
Página 2 Página 1
LOINC 
LO LOINC é o padrão de terminologia desenvol-vido 
inicialmente para laboratórios de análises 
clínicas e outros exames e que atualmente tam-bém 
abrange termos clínicos. É o padrão que 
mais satisfaz as necessidades terminológicas e 
de codificação dos exames de laboratório e que 
cada vez está tendo mais difusão. 
O objetivo do LOINC é ajudar no intercâmbio 
eletrônico e recolhimento dos resultados clínicos 
(por exemplo, exames de laboratório, observa-ções 
clínicas, gestão de resultados e pesquisa). 
O LOINC está composto por duas partes princi-pais: 
LOINC laboratório e LOINC clínico. 
O LOINC Clínico contém um subdomínio de On-tologia 
Documento que recolhe os tipos de rela-tórios 
clínicos e documentos. 
A sigla LOINC vem das palavras inglesas (Logical, 
Observation, Identifiers, Names and Codes) e tal 
como seu nome indica, é uma codificação volta-da 
à observação. 
Se consideramos o diagnóstico como um resulta-do 
e o teste como uma pergunta, terminologias 
como LOINC estão do lado da pergunta, assim 
como outras codificações como a ICD-10 e a SNO-MED 
estão do lado da resposta. 
Existem mais de 20.000 usuários oficiais do LOINC 
em 160 países distribuídos pelo mundo inteiro 
IDIOMAS NOS QUAIS ESTÁ DISPONÍVEL 
O Loinc está disponível em vários idiomas e o 
download das distribuições pode ser feito atra-vés 
do site https://loinc.org/international. 
Chinês (China), Holandês (Holanda), Estoniano 
(Estônia), Inglês (Estados Unidos) - esta é a distri-buição 
oficial do LOINC, Francês (Canadá), Fran-cês 
(França), Francês (Suíça), Alemão (Alemanha), 
Alemão (Suíça), Grego (Grécia), Italiano (Itália), 
Italiano (Suíça), Coreano (República da Coréia), 
Português (Brasil), Russo (Federação Russa), Tur-co 
(Turquia). 
Com relação às versões em espanhol existem até 
o momento três distribuições oficiais 
Variação lingüística traduzida pelo comitê de 
laboratório do SERVICIO EXTREMEÑO DE SALUD 
(Serviço Extremenho de Saúde) com suporte do 
BITAC MAP. 
Variação lingüística traduzida pelo Instituto Me-xicano 
del Seguro Social (Instituto Mexicano do 
Seguro Social), ou IMSS 
Variação lingüística traduzida por Guillermo 
Reynoso, MD, MBA do Centro Internacional de 
Investigación en Terminología Médica (Centro 
Internacional de Pesquisa em Terminologia Mé-dica) 
da Argentina. 
O download das mesmas pode ser feito através 
do site https://loinc.org/international/spanish 
Desde o começo o LOINC pode ser usado sem cus-to 
de licença em todo o mundo para sempre, o 
que o torna um dos padrões mais utilizados. Sua 
licença é livre para qualquer finalidade. Podemos 
Usar Copiar e Distribuir sem nenhum problema. 
O QUE SIM ESTÁ PROIBIDO É USAR O LOINC 
PARA DESENVOLVER OU PROMULGAR OUTRO 
PADRÃO TERMINOLÓGICO. 
O interesse internacional no LOINC continua 
crescendo. 
A partir de janeiro de 2009, o RELMA (Regens-trief 
LOINC Mapping Assistant) está disponível 
em downloads separados que contêm um índice 
de palavras adicionais em espanhol, chinês sim-plificado 
e coreano, que permite a procura nes-tes 
idiomas além do Inglês. 
No que se refere à harmonização, os esforços en-tre 
o LOINC e a SNOMED CT começaram em 2012. 
O LOINC representa os códigos e nomes de iden-tificadores 
lógicos de observação. O LOINC é um 
padrão universal para a identificação das obser-vações 
de laboratório que foi desenvolvido pela 
LOINC Regenstrief Institute, Inc., uma organiza- 
LOINC 
O LOINC é o padrão de ter-minologia 
desenvolvido ini-cialmente 
para laboratórios 
de análises clínicas e outros 
exames e que atualmente tam-bém 
abrange termos clínicos. 
Página 2 Página 3
ção de pesquisa médica sem fins de lucro reco-nhecida 
internacionalmente que foi criada em 
1994 como resposta à demanda de um banco 
de dados eletrônico de atendimento clínico e de 
gestão. É acessível a qualquer pessoa de forma 
gratuita e tem o apoio da Associação Americana 
de Laboratórios Clínicos e do Colégio de Patolo-gistas 
Estadunidenses. O objetivo real do banco 
de dados LOINC é poder auxiliar no intercâmbio 
eletrônico e no recolhimento, em um mesmo lu-gar, 
de resultados clínicos (química, hematologia, 
sorologia, microbiologia (incluindo a parasitolo-gia 
e virologia) e toxicologia; bem como catego-rias 
de drogas e a contagem de células), análises 
de relatórios, gestão dos resultados dos sinais vi-tais 
(ECG, etc.) e também para pesquisa. 
É provável que o LOINC transforme-se num pa-drão 
da HIPAA (Lei de Portabilidade e Respon-sabilidade 
de Seguros de Saúde) para alguns 
segmentos da transação do acessorio de recla-mações. 
Vários padrões, como o IHE ou HL7, usam o LOINC 
para transferir eletronicamente os resultados de 
diferentes sistemas de informação às redes de 
saúde adequados. Porém, a informação de saúde 
incluída é identificada por uma multiplicidade de 
valores codificados que podem variar de acordo 
com o órgão que produz os resultados. Isto traz 
desvantagens óbvias à rede de saúde, tornando 
necessário adotar diferentes códigos para acessar 
e gerenciar a informação proveniente de múlti-plas 
fontes. Os fornecedores de atendimento 
médico, por exemplo, muitas vezes negociaram 
contratos que reembolsam os atendimentos e 
codificação única para desencadear o pagamen-to 
automatizado. Mapear cada código específico 
para a entidade ao seu código universal corres-pondente 
pode representar um importante in-vestimento 
de capital humano e financeiro. 
Um sistema de código universal permitirá às insta-lações 
e departamentos de todo o mundo receber 
e enviar os resultados de suas áreas para a com-paração 
e consulta, além de contribuir com uma 
iniciativa de saúde pública, melhorando os resul-tados 
clínicos e a qualidade do atendimento. 
Formato 
O código LOINC tem 6 campos para cada teste, 
observação ou medida. 
O banco de dados possui atualmente mais de 
71.000 termos de observação que pode ser aces-sado 
e compreendido de forma universal. 
Cada registro do banco de dados inclui seis cam- 
pos de especificação única de cada teste indivi-dual 
identificado, observação ou medição: 
Componente: o que se mede, avalia, ou observa 
(por exemplo: glicemia, ...) 
Tipo de propriedade: características do que se 
mede, por exemplo: comprimento, massa, volu-me, 
data e hora e assim sucessivamente 
Tempo : intervalo de tempo durante o qual foi 
feita a observação ou medição 
Sistema: contexto ou espécime- tipo no qual se 
fez a observação (por exemplo: sangue, urina, 
...) 
Tipo de escala: a escala de medida. A escala pode 
ser quantitativa, ordinal, nominal ou narrativa 
Tipo de método: procedimento utilizado para 
realizar a medição ou a observação 
Um código é único e tem um dígito verificador 
que permite diminuir a possibilidade de erros ao 
inserir os dados. Outros campos do banco de da-dos 
são o estado e a informação de atribuição 
para a gestão da modificação do banco de da-dos, 
sinônimos, termos relacionados, informação 
sobre substâncias (por exemplo, a massa molar, 
o número de registro do CAS), as opções de res-postas 
para as escalas nominais, traduções, etc. 
HL7 LATAM Executive Coordinator 
Dr. Humberto Fernán Mandirola Brieux 
hmandirola@hl7.org.ar 
Página 4 Página 5
PRIMEIRA CONNECTATHON FHIR LATINO AMERICANA 
Em 3 de setembro de 2014 durante o transcur-so 
do CAIS 2014 foi realizada a primeira Con-nectathon 
FHIR Latino Americana na Universi-dade 
de Palermo, Buenos Aires. 
A Connectathon teve 25 participantes em três 
níveis: 
0 - Observador: só assistiram às aulas e obser-varam 
as interações geradas pelos outros par-ticipantes. 
1 - FHIR Básico: Altas, baixas, modificações e 
procura de pacientes utilizando clientes REST 
2 - Procura avançada de pacientes e seus resul-tados 
de laboratório através de um aplicativo 
desenvolvido pelos participantes. 
A Connectathon começou com uma aula de 
duas horas para todos os participantes, incluin-do 
os diversos tipos de APIs REST, os conceitos 
básicos do FHIR, e uma introdução prática ao 
FHIR (como acessar os recursos utilizando um 
cliente REST). 
Foi instalado um roteador e um servidor FHIR 
na aula (já que não era possível acessar a in-ternet 
de forma confiável) e todos os parti-cipantes 
conectaram-se a um banco de dados 
onde haviam sido preparados 8500 pacientes 
e 850 resultados de laboratório de análises clí-nicas. 
Duas semanas antes da Connectathon 
foram realizadas duas palestras preparatórias 
para os participantes de nível 2, onde foram 
debatidos os objetivos e os conteúdos dos re-cursos. 
Nosso participante de nível 2, (Adolfo Carpio, 
adolfo.carpio@safehis.com) cedeu gentilmen-te 
o código fonte da solução JavaScript desen-volvida. 
Está disponível em https://github.com/askle-pio/ 
fhir-ejemplo. 
CDA R2 COM ART-DECOR PARA O MAIS 
(MARCO ARGENTINO DE INTEROPERABILIDAD EN SALUD) 
Atualmente, na Argentina não existe uma regulamentação para o intercâmbio pa-dronizado 
da informação em saúde a nível de faturamento e/ou posteriores débitos 
em formato eletrônico, nem para a informação ou documentação anexa (relatórios 
de alta, informação de laboratório, relatórios de diagnósticos por imagens, etc.). 
Os sistemas de informação que são capazes de 
intercambiar informação com outros sistemas 
fazem isso por meio de arquivos de texto plano, 
planilhas de cálculo ou texto separado por vír-gulas, 
provocando a necessidade de interação 
humana e de interfaces ad hoc para realizar o 
processamento, armazenamento, resguardo e 
interpretação dessa documentação. Os intercâm-bios 
de informação atuais são de ponto a ponto, 
isto é, necessitam de um desenvolvimento espe-cífico 
para cada destinatário. Ao não existir um 
padrão ou forma estabelecida de transmissão de 
dados: 
1. A análise da informação atrasa, o que 
torna impossível ter disparadores oportunos de 
alertas para tomadas de decisões oportunas. 
2. A informação é inserida manualmente de 
forma repetida nas diversas organizações geran-do 
erros e carga de trabalho desnecessária a ní-vel 
sistêmico. 
3. O paciente ou usuário de uma determi-nada 
organização financiadora não possui toda 
sua informação unificada, desperdiçando uma 
oportunidade de gerar um portal único que sirva 
como repositório de toda a informação clínica à 
sua disposição. 
É por isso que para diminuir estas deficiências 
na oportunidade e qualidade da informação é 
necessário fazer um melhor uso das tecnologias 
digitais disponíveis. Embora o uso de histórias clí-nicas 
eletrônicas e a implementação de software 
nas organizações de saúde tenha avançado bas-tante 
nos últimos anos e em alguns casos, sejam 
utilizados de forma interna, padrões internacio-nais 
ou ad-hoc locais, a regra geral é que cada 
financiador define seu próprio formato para 
o intercâmbio de dados de faturamento e que 
não existe um consenso sobre quais são os tipos 
e formatos de documento anexo que se podem 
aproveitar, nem sobre a composição dos mesmos. 
Diversos atores do setor da saúde perceberam 
Por Diego Kaminker 
HL7 International, Affiliate Director 
diego.kaminker@kern-it.com.ar 
Por Fernando Campos 
HL7 Argentina, Chair 
fernando.campos@hospitalitaliano.org.ar 
Página 6 Página 7
que é preciso mudar o enfoque no intercâmbio 
da informação em saúde, especificando através 
de documentos técnicos a interoperabilidade 
baseada em padrões abertos e internacionais in-dependentemente 
de que a mesma seja ou não 
regulada pelo estado. 
Com esta finalidade, USUARIA (www.usuaria. 
org.ar)- através de seu fórum específico dedica-do 
à área da Informática em Saúde (Forum IT 
Salud, http://www.itsalud.org.ar/), com o apoio 
das instituições participantes (Hospital Alemán 
de Buenos Aires, Hospital Italiano de Buenos Ai-res, 
Osde, Medicus, Swiss Medical e Omint, entre 
outras) e do HL7 Argentina (www.hl7argentina. 
org.ar), decidiu gerar uma especificação tanto 
para o formato de liquidação eletrônica, como 
para os documentos anexos. 
A idéia foi introduzida na quinta-feira 5 de junho 
de 2014 no quadro da reunião do fórum IT Saú-de 
2014 com esta apresentação http://usuaria. 
org.ar/documentos/alternativa-de-implementa-ci% 
C3%B3n-de-un-est%C3%A1ndar, e o projeto 
começou oficialmente em setembro de 2014. 
O projeto está dividido em várias etapas (defi-nições 
preliminares, definição de tipos de docu-mento 
e seu conteúdo, definição de alternativas 
de transporte, segurança e aspectos jurídicos) o 
que requer reuniões com os interessados, que 
serão realizadas durante o último trimestre de 
2014. 
No que se refere ao formato de documentos 
anexos a serem definidos nas primeiras etapas, 
foi selecionado o padrão do HL7 International 
HL7 CDA R2, que é também padrão ISO/HL7 
27932:2008, e está em processo de tradução para 
o espanhol através do IRAM (ver nota em Infor-mation 
Technology http://iram.com.ar/UserFiles/ 
Nota%20IT.pdf). 
Inicialmente os tipos de documento a serem de-finidos 
são: 
- Relatório de Alta de Internação 
- Processo de Internação (conjunto de do-cumentos) 
- Relatório Cirúrgico 
- Relatório de Consulta Ambulatória 
- Informação do Laboratório de Análise Clínica 
- Relatório de Microbiologia 
- Relatório de Diagnóstico por Imagens 
- Relatório de Anatomia Patológica 
- Outros relatórios diagnósticos 
Para a documentação deste projeto foi escolhi-da 
uma moderna ferramenta de código aberto 
desenvolvida por um grupo de usuários HL7 eu-ropeus 
(Alemanha, Holanda e Áustria) denomi-nado 
ART-DECOR. 
A interface de usuário da ART-DECOR até o mo-mento 
está em inglês, alemão e holandês, mas 
estamos em processo de tradução para o espan-hol 
para facilitar a colaboração em países hispa-no- 
falantes. 
As siglas ART correspondem à funcionalidade do 
“Advanced Requirements Tooling”, que permite 
que usuários com conhecimentos gerais de ge-renciamento 
ou médicos possam colaborar no 
design do conteúdo dos documentos clínicos. 
A partir destas definições trabalha-se no DECOR: 
Data elements, Codes, OIDs and Rules, estas de-finições 
permitem gerar tanto o guia de imple-mentação 
em formato textual como planilhas e 
bibliotecas de código aberto em linguagens de 
programação de uso geral (C#, VB.Net, Java) fe-rramentas 
para a geração, validação e consumo 
destes documentos clínicos. 
A ART-DECOR contém uma biblioteca de blocos 
reusáveis (BBR) pré-gerados para a criação de 
planilhas para documentos clínicos, baseada em 
todas as implementações documentadas a nível 
nacional. 
A ferramenta permite indicar a versão e o estado 
(rascunho inicial, rejeitado, final) de toda a docu-mentação 
gerada. 
Permite expressar desde o início do projeto as 
decisões tomadas, incluindo cenários, conceitos 
mínimos, conjuntos de dados, planilhas, voca-bulários 
(conjuntos de códigos) . 
Dados disponíveis em ART-DECOR 
Projeto: Descrição, Copyright, Informação de 
Versões, Identificadores definidos próprios, Co-munidade 
Conjuntos de Dados (Datasets): Descrição em 
linguagem simples (não técnica) da informação 
requerida, definida como ‘Conceitos’. Reusável 
em diferentes documentos e cenários. Inclui uma 
mínima noção do tipo de dados e uma referência 
cruzada aos cenários e planilhas de documento 
que a incluem. 
Cenários: Explicação dos casos de uso para a ge-ração 
dos diferentes tipos de documento, e os 
possíveis atores envolvidos. Inclui a relação dos 
conceitos incluídos para cada cenário e sua car-dinalidade 
(elementos repetitivos, opcionais ou 
obrigatórios). Permite descrever para cada ce-nário 
eventos disparadores e dependências 
Terminologia: sistemas de codificação e conjun-tos 
de valores definidos pelo projeto (códigos 
para tipos de documento, seções, gênero, espe-cialidades 
médicas, nomencladores, etc.) 
Planilhas: permite definir e expressar de forma 
explícita (em XML) e gráfica (diagrama UML) os 
elementos que serão incluídos nos documentos 
baseados nos conjuntos de dados através do ma-peamento 
explícito aos conjuntos de dados. 
Problemas: assuntos a serem resolvidos no proje-to, 
incluindo data de abertura, prioridade, esta-do, 
etc. 
Até o momento o repositório Art-Decor do MAIS 
está situado no repositório público http://art-de-cor. 
org/art-decor/decor-project--mais-. 
Para obter mais informação sobre a ferramenta: 
http://www.art-decor.org/mediawiki/index.php/TV 
(veja especialmente o vídeo do Dr. Kai Heitman em 
MEDINFO Istambul 2014). 
Ficha técnica da ART DECOR: http://art-decor.org/me-diawiki/ 
images/f/f8/ART-DECOR_factsheet_EN.pdf 
Nota sobre ART-DECOR no newsletter do HL7 Europa: 
http://www.hl7.eu/download/eun-04-v2014.pdf, pági-nas 
Por Diego Kaminker 
HL7 International, Affiliate Director 
diego.kaminker@kern-it.com.ar 
Referências 
24 -30. 
Página 8 Página 9
Problemas terminológicos na interoperabilidade 
no Setor da Saúde 
INTRODUÇÃO 
Há vários anos que a interoperabilidade é utiliza-da 
no setor da saúde na Argentina. Normalmente 
é usada para resolver o problema das autorizações 
de procedimentos médicos entre os financiadores 
de serviços de saúde e os fornecedores de serviços. 
Na maioria das implementações que existem hoje 
em dia no nosso país, utiliza-se o padrão de men-sagens 
HL7 para interoperar no setor da saúde. 
Porém, existem vários problemas tecnológicos 
devido a que não existe um padrão atualizado e 
estabelecido através de consenso para os procedi-mentos 
médicos. 
Existe uma aceitação geral sobre a terminolo-gia 
a utilizar como ICD9 ou CIE10 para notificar 
doenças nos sistemas informáticos. No caso dos 
medicamentos, os mesmos dispõem de uma codi-ficação 
de vincos destacáveis e de códigos de ba-rra 
que permitem identificar o medicamento de 
forma inequívoca. Embora existam melhores siste-mas 
de codificação de doenças e de medicamen-tos, 
o fato de que haja consenso no uso de codi-ficações 
de diagnósticos e medicamentos ajuda à 
interoperabilidade de sistemas informáticos, mas 
lamentavelmente não acontece o mesmo com os 
procedimentos médicos. 
O grande problema terminológico ocorre quan-do 
se pretende fazer interoperabilidade dos pro-cedimentos 
médicos. Apesar de que existe uma 
tabela nacional, o NOMENCLADOR NACIONAL DE 
PRESTAÇÕES MÉDICAS, a mesma não apresenta 
atualizações nos últimos anos, obrigando os di-versos 
atores a gerar seus próprios códigos para 
definir os novos procedimentos médicos que não 
se encontram nessa tabela. Isto faz com que, para 
que exista interoperabilidade entre sistemas, seja 
necessário criar as tabelas de Trans-codificação 
(dicionários de dados), conhecida normalmente 
como homologação de procedimentos médicos 
Página 10 Página 11
entre prestadores e financiadores. 
A finalidade deste estudo é determinar a incidên-cia 
que tem, nos custos, a criação e a manutenção 
das tabelas de Trans-codificação de procedimen-tos 
médicos entre os diferentes atores para que 
os sistemas possam interoperar. 
A falta de padrões terminológicos aumenta os 
custos e o erro nos processos de interoperabili-dade 
de sistemas. É importante entender que o 
problema da terminologia na interoperabilidade 
está fora do alcance de cada instituição, e que a 
única forma de resolver esse problema é através 
do consenso ou, de fato, a partir do Estado, con-vocando 
as câmaras de empresas de planos de 
saúde, responsáveis pela saúde pública das pro-víncias, 
federações de bioquímicos, câmara de 
instituições de diagnóstico, etc. de modo que as 
instituições do país, tanto públicas como priva-das, 
utilizem o padrão terminológico de procedi-mentos 
médicos (Nomenclador Nacional de Pres-tações) 
e possam interagir sem inconvenientes.(1) 
O fato de que cada instituição resolva individual-mente 
o problema da codificação de procedi-mentos 
médicos não só implica um esforço inútil, 
mas também complica a interoperabilidade. A 
interconexão dos aplicativos informáticos hetero-gêneos 
nos sistemas de saúde deve seguir uma 
normalização terminológica (4). 
Quando se agrupam todas as possíveis relações 
entre os financiadores e os fornecedores, a si-tuação 
torna-se crítica porque a quantidade de 
relações se multiplica exponencialmente e o pro-blema 
da terminologia aumenta devido à quanti-dade 
de tabelas que é necessário manter. 
MATERIAL e MÉTODO 
Unidade de análise: 
Para este estudo analisamos as seguintes fontes 
de dados: 
1. Banco de dados de procedimentos médicos 
Nomenclados e Extranomenclados do Sistema 
BIOCOM. 
2. Dicionários de Dados ou Tabelas de transco-dificação 
para interoperar entre prestadores e 
financiadores. 
3. Tabela de autorização de procedimentos mé-dicos 
do sistema de registro e validação on-line 
da TRADITUM: a mesma contém dados de autori-zações 
de procedimentos médicos, um Financia-dor 
com aproximadamente uma lista de 600.000 
usuários com uma rede de prestadores conecta-dos 
através da integração de sistemas com 640 
prestadores. 
Sobre as diferentes unidades de análise foram 
realizados os seguintes estudos: 
1. Guia de procedimentos médicos nomenclados 
e extranomenclados: Foi analisada sua compo-sição 
calculando a proporção de procedimentos 
médicos nomenclados e extranomenclados nos 
seguintes quatro setores: 
Procedimentos clínicos 
Procedimentos cirúrgicos 
Procedimentos de estudos complementares de 
imagens 
Procedimentos de Laboratório 
2. As tabelas de transcodificação são tabelas de 
dois campos: o código próprio e o código da em-presa 
com a qual temos que efetuar transações. 
Nestas tabelas existem tantos registros quanto 
códigos diferentes existam nos dois sistemas que 
queiram interoperar. Se a clínica quer interope-rar 
com o Financiador X tem que enviar o código 
que o sistema do Financiador X compreenda e 
se o Financiador X manda um código, o mesmo 
tem que ser traduzido para o código que a clínica 
compreenda (vide figura 1). 
3. Foi analisado o banco de dados das solicitações 
de autorização de procedimentos de Serviços de 
Saúde de 600.000 pacientes. 
RESULTADOS 
Resultados da Análise do Código de Procedimen-tos 
Nomenclados e Extranomenclados. Na tabela 
geral dos procedimentos encontramos o seguin-te: 
No caso de Laboratório Clínico: mais de 70% dos 
procedimentos atuais e dos códigos não estão 
padronizados no nomenclador. 
No que se refere a estudos de imagens de diag-nóstico: 
mais de 40% dos procedimentos que es-tão 
sendo realizados atualmente não estão no 
nomenclador. 
No caso dos procedimentos cirúrgicos: mais de 
30% não estão nomenclados. 
No caso do procedimento clínico: mais de 20% 
não estão nomenclados. (Vide gráfico 1). 
Resultados da Análise das tabelas de trasnco-dificação: 
No nosso banco de dados de estudos 
encontramos que a média dos registros dos di-cionários 
de dados é de aproximadamente 500 
códigos com um máximo de 1500 e um mínimo 
de 100 que devem ser trans-codificados. Esta ta-refa 
de homologação requer 10 dias completos 
de validação on-line de um recurso da empresa, 
um responsável da área de prestações do centro 
médico, e 3 dias de revisão por parte dos finan-ciadores. 
A média de horas de trabalho de um programa-dor 
da empresa fornecedora do HIS para criar 
estas tabelas, tendo os dados à disposição, é de 
10 horas e representa 50% do tempo de imple-mentação 
de uma interface bidirecional entre 
um prestador e um financiador. Com relação à 
média de horas mensais que se necessita para 
manter uma interface, aumenta em média 5 ho-ras 
pela falta de um padrão: 80% desse tempo 
é ocupado para resolver erros que ocorrem nas 
transações, que são aproximadamente de 10%, 
e para adicionar os novos códigos que se deseja 
intercambiar/interoperar entre os sistemas. Estas 
tarefas não seriam necessárias se existisse um pa-drão 
terminológico. Cada conexão de um centro 
médico com cada financiador requer, para inte-roperar, 
a manutenção de uma tabela de trans-codificação. 
O cálculo crítico das relações de cardinalidade 
entre os fornecedores e financiadores foi realiza-do 
com os dados de um financiador que tem uma 
lista de aproximadamente 600.000 usuários e en-tre 
9000 a 10.000 prestadores a nível nacional. 
Por outro lado, cada centro atende uma média 
de 10 financiadoras. Esta realidade ocorre nas ca-pitais 
de província onde a oferta de serviços de 
saúde está concentrada em poucos prestadores 
de saúde e cada um deles pode chegar a atender 
usuários de até 20 financiadores/planos de saú-de. 
Esta análise exclui os centros de saúde que 
dependem da área estatal, tanto nacional como 
provincial, regional ou municipal. 
No gráfico 2 cada seta representa um dicionário 
de dados das tabelas que esta estrutura de in-teroperabilidade 
precisa manter e que deve ser 
constantemente atualizado. 
Página 12 Página 13
No nosso caso de estudo, composto por 640 
fornecedores e 10 financiadores, implica a ma-nutenção 
de 6400 dicionários (Vide tabela 1 e 
gráfico 2). Este esquema multiplica-se de forma 
exponencial quando a interoperabilidade é rea-lizada 
entre vários fornecedores e financiado-res. 
No nosso caso de estudo, a quantidade de 
horas necessárias para reforçar a integração é 
de 64.000, e as horas necessárias para a manu-tenção, 
de 32.000. Essa situação poderia ser evi-tada 
se existisse uma norma terminológica con-vencionada 
para usar na interoperabilidade. 
DEBATE 
É necessário que o sistema de saúde compreenda 
que a interoperabilidade é uma realidade atual e 
que, em forma crescente, os diferentes sistemas 
informáticos estão requerendo interoperar. 
Não basta contar com um padrão de mensagens, 
também devemos chegar a um consenso nos 
padrões utilizados para resolver a terminologia. É 
necessário criar de forma urgente um Nomencla-dor 
de Procedimentos atualizado que possa ser 
utilizado por todos. 
A falta desse acordo tem um alto impacto nos 
custos dos sistemas, gerando além disso uma alta 
porcentagem de erros. 
Atualmente, na Argentina os códigos de mais de 
50% dos procedimentos médicos são atribuídos 
no sistema de uma forma anárquica e isto dificul-ta 
a interoperabilidade. 
CONCLUSÕES 
Hoje não é possível administrar a saúde corre-tamente 
a nenhum nível sem a ajuda dos siste-mas 
informáticos. Para processar a informação 
é necessário organização, padrões, consenso e, 
depois, unidade de critérios. Se as autoridades 
da saúde entendessem o impacto do problema 
terminológico, com certeza surgiria uma pos-sibilidade 
de solução. Atualmente, a anarquia 
existente com relação à codificação de procedi-mentos 
faz com que seja necessário investir um 
volume muito importante de recursos (basica-mente 
horas-homem e dinheiro) que se poderia 
aproveitar em tarefas mais produtivas que adi-cionem 
valor e simplicidade à disposição de da-dos 
para estatísticas, campanhas de prevenção, 
análises de custos por patologia, etc. 
Para processar a informação e obter estatísticas 
sanitárias sérias para serem aplicadas em polí-ticas 
preventivas, é necessário padrões, organi-zação, 
consenso e depois unidade de critérios. 
Entender esta problemática, certamente possível 
de evitar, reduziria substancialmente os custos e 
os erros de interoperabilidade. Se isso aconteces-se, 
não seria necessária a construção e a manu-tenção 
dos dicionários de dados que são caros de 
Referências 
Michael P. Gallaher, Alan C. O’Connor, John L. Dettbarn, Jr., 
and Linda T. Gilday, Cost Analysis of Inadequate Interopera-bility 
in the U.S. Capital Facilities Industry, NIST GCR 04-867 
http://www.bfrl.nist.gov/oae/publications/gcrs/04867.pdf 
EHR IMPACT European Commission, DG INFSO & Media, The 
socio-economic impact of interoperable electronic health 
record (EHR) e ePrescribing systems in Europe and beyond. 
http://www.ehr-impact.eu/downloads/documents/EHRI_fi-nal_ 
Spil, Katsma, Stegwee, (2007): Information systems and 
healthcare XXIII: Exploring interoperability of electronic 
health records by studying demand and supply in the Ne-therlands. 
In: Communication of the Association for Infor-mation 
System. Vol. 20, p. 996- 
1008. ´ 
Standardized terminological services enabling semantic in-teroperability 
between distributed and heterogeneous sys-tems 
International Journal of Medical Informatics, Volume 64, Is-sue 
2, Pp 223-240 J.Ingenerf 
Coordinador Ejecutivo de HL7 LATAM 
Dr. Humberto Fernán Mandirola Brieux 
hmandirola@hl7.org.ar 
TRADITUM S.A - PROMINENTE S.A. 
Ing. Fernando La Rosa 
flarosa@prominente.com.ar 
criar, manter e atualizar. 
Neste trabalho analisamos o impacto no custo da 
implementação e a manutenção de sistemas que 
requerem interoperar com mensagens. A Argen-tina 
tinha desenvolvido um padrão geral de pro-cedimentos 
chamado Nomenclador Nacional que 
foi utilizado durante muitos anos pelos fornece-dores 
de serviços e financiadores, para intercam-biar 
informação, definir as formas de pagamen-to, 
estabelecer convênios e regras de utilização. 
Lamentavelmente, há mais de uma década que 
este Nomenclador deixou de ser atualizado e, hoje 
em dia, mais de 50% dos procedimentos realiza-dos 
não estão incluídos neste padrão, obrigando 
a que cada ator invente os códigos que faltam 
e agravando o problema aceleradamente. Espe-ramos 
que este trabalho ajude a compreender a 
importância do problema. As ontologias são um 
recurso que permite trabalhar informaticamen-te 
com a conceitualização do significado e evitar 
a limitação imposta pelos termos normalizados. 
Nota 
Na América Latina as Financiadoras de Saúde, 
Seguradoras de Saúde e Empresas de Planos de 
Saúde, sempre fazem referência nos encarre-gados 
de financiar o custo de atendimento dos 
usuários, segurados, associados ou aderentes a 
um sistema de atendimento médico seja particu-lar, 
estadual em qualquer um de seus níveis ou 
misto. 
report_2009.pdf 
Página 14 Página 15
HL7 Colombia 
Formato Unificado de Arquivos para documentos eletrô-nicos 
HL7- DUFF 
Resumo- A interoperabilidade através de 
um intercâmbio significativo baseado em 
documentos de registros pessoais de saú-de 
e registros eletrônicos de saúde requer 
o suporte de formatos de documentos por-táteis. 
O XML oferece una sintaxe de codi-ficação 
que garante a interoperabilidade 
para documentos estruturados HL7. Porém, 
a portabilidade não está garantida quan-do 
é preciso anexar outros arquivos e do-cumentos 
relacionados com os documentos 
estruturados, já que poderia ser necessário 
conhecer antecipadamente (ou modificar) a 
localização (rota) dos objetos referenciados. 
O objetivo deste artigo é propor um forma-to 
de arquivo padrão para os documentos 
eletrônicos de saúde que melhore sua por-tabilidade, 
leitura humana e usabilidade. A 
especificação DUFF HL7 proposta comple-menta 
as normas para documentos estrutu-rados 
de HL7 v3, encapsulando num mesmo 
arquivo o conteúdo e a informação anexa 
aos documentos eletrônicos de saúde. 
Palavras chave: Portabilidade, Encapsulamento, 
HL7 CDA, HL7 SDA 
INTRODUÇÃO 
A portabilidade dos produtos de software é defi-nida 
pela sua capacidade para serem transferidos 
de uma plataforma para outra [1] A linguagem 
de marcação extensível (XML) é um padrão W3C 
criado para suportar o desenvolvimento de apli-cativos 
Web portáteis, abertos, de leitura huma-na 
e flexíveis [2]. O HL7 utiliza a tecnologia XML 
para representar etapas de suas especificações 
da Versão 3 da mensagem, bem como as especi-ficações 
da arquitetura dos documentos clínicos 
(CDA) e a arquitetura dos documentos estrutura-dos 
(SDA). 
O XML proporciona aos documentos estrutura-dos 
HL7 uma sintaxe de codificação que garante 
a interoperabilidade. No entanto, não se pode 
garantir a portabilidade e a usabilidade quando 
é preciso anexar outros arquivos e documentos 
relacionados com os documentos estruturados, 
já que poderia ser necessário conhecer anteci-padamente 
(ou modificar) as rotas de acesso aos 
objetos incluídos. 
Atualmente existem alguns formatos de ar-mazenamento 
de documentos eletrônicos que 
utilizam a sintaxe XML que permitem encapsu-lar 
num único arquivo diferentes documentos 
relacionados, por exemplo: normas como a ISO/ 
IEC 26300 OpenDocument [3] e ECMA-388 Open 
XML Paper [4]. Porém, não existem formatos de 
arquivo específicos para documentos eletrônicos 
de saúde. 
Um grupo de interesse especial (SIG) da HL7 
Colômbia detectou a necessidade de dispor de 
um formato deste tipo e decidiu trabalhar no 
design e implementação de uma especificação 
denominada DUFF HL7 (formato unificado de ar-quivo 
para documentos eletrônicos de HL7). 
OBJETIVOS 
O objetivo do artigo é propor um formato de ar-quivo 
padrão para os documentos eletrônicos de 
saúde que tenha as seguintes propriedades: 
1. Proporcione um formato de arquivo eletrônico 
que facilite a portabilidade, usabilidade e leitura 
humana. 
Página 16 Página 17
ISO/IEC 9126: Software Engineering -- Product Quality, parte 
1. 2001. 
World Wide Web Consortium (W3C). http://www.w3.org 
ISO/IEC 26300. Information technology--Open Document 
Format for Office Applications (OpenDocument) v1.0, 2006 
ECMA-388. Open XML Paper Specification, European Com-puter 
Manufacturers Association, 2009 
ISO/IEC DIS 9660: File System Specification, 1999 
Por Mario Enrique Cortés. 
mario.cortes@datasalud.net 
Diego M. López, PhD 
Telematics Department 
University of Cauca. Popayán, Colombia 
dmlopez@unicauca.edu.co 
Bernd Blobel, PhD 
eHealth Competence Center 
Regensburg, Germany bernd.blobel@kli-nik. 
uni-regensburg.de 
2. Apresente documentos eletrônicos de saúde 
como uma unidade de informação composta que 
integre diferentes etapas de especificações de 
documentos estruturados HL7 (CDA, CCD, SPL, 
conjuntos de ordens e outros documentos estru-turados) 
num mesmo formato unificado. 
3. Inclua outra informação contextual (por exem-plo, 
imagens, vídeo, PDF, etc.) no arquivo encap-sulado. 
4. Garanta as características antes mencionadas, 
sem alterar as propriedades dos documentos ele-trônicos 
de HL7 nem limitar sua interoperabili-dade, 
atributos de rendimento e capacidades de 
processamento em aplicativos de software e dis-positivos. 
O formato unificado de arquivos para Docu-mentos 
Eletrônicos de HL7- DUFF 
O formato unificado de arquivo para documen-tos 
eletrônicos de HL7 - HL7 DUFF- é um forma-to 
de arquivo padrão para o armazenamento de 
documentos eletrônicos de saúde. Este formato 
complementa as especificações da arquitetura 
de documento estruturado (HL7 V3 SDA, R1) e a 
arquitetura de documento clínico (HL7 CDA R2; 
ISO/HL7 27932:2008) que fazem parte do HL7 v3. 
O DUFF HL7 armazena e suporta o intercâmbio 
de documentos eletrônicos de saúde como uma 
mesma unidade de informação que inclui não 
só as etapas XML dos documentos estruturados 
de HL7, mas também informação contextual as-sociada 
ao documento em outros formatos (DI-COM, 
jpeg, gif, png, pdf, etc.). 
O HL7 DUFF é um arquivo ZIP comprimido que 
utiliza a extensão “.hl7” e contém um conjunto 
de arquivos e pastas tal como descrito na Ima-gem 
1. A seguir são descritos os principais arqui-vos 
de HL7 DUFF: 
content.xml: Este arquivo armazena o conteúdo 
principal do documento estruturado e utiliza sin-taxe 
XML. Sua estrutura é compatível com docu-mentos 
estruturados HL7 v3 (CDA, CCD, SPL, etc.). 
meta.xml: Este arquivo contém os metadados do 
documento eletrônico, por exemplo, o tipo de 
planilha, tipo de estrutura, o ID do documento, 
a data e hora de criação, nome do autor, registro 
médico do paciente, etc.mimetype: Este arquivo 
codifica a informação como MIME (Extensões 
Multi função de Mensagens de Internet) para 
enviar o conteúdo por e-mail. 
settings.xml: Este arquivo contém propriedades 
para que aplicativos específicos de software pos-sam 
realizar o processamento e a leitura de do-cumentos 
(opcional). 
Styles/styles.xsl: Este arquivo contém informação 
sobre o estilo de visualização do documento, uti-lizando 
a Linguagem Extensível de Folhas de Es-tilo 
W3C (XSL). 
META-INF/manifest.xml: Contém uma lista de to-dos 
os arquivos dentro do arquivo .hl7. 
As pastas incluídas estão dedicadas a: 
Images/: Armazena arquivos de imagem (jpeg, 
jpg, gif, png, bmp, svg, etc.) associados com o 
documento. 
Objectn/: Armazena os arquivos relacionados 
com o documento principal (outros documentos 
estruturados, DICOM, pdf, odt, doc, docx, etc.). 
META-INF/: Armazena o arquivo manifest.xml. 
Styles/: Armazena o arquivo styles.xsl, as folhas 
de estilo em cascata (CSS) e todos os outros ar-quivos 
necessários para visualizar um documen-to. 
Thumbnails/: Armazena uma imagem da visuali-zação 
prévia de um documento (opcional). 
É evidente que o HL7 DUFF oferece uma clara se-paração 
do documento eletrônico em si mesmo, 
seus metadados e a visualização da informação 
(estilo), mas, ao mesmo tempo, armazena toda a 
informação num mesmo arquivo. 
Foram desenvolvidos protótipos de plug-ins para 
Firefox e Google Chrome com a finalidade de 
demonstrar como se visualizaria um arquivo HL7 
DUFF nesses navegadores. Os plug-ins oferecem 
mecanismos gratuitos e simples para a apresen-tação 
de documentos. A Imagem 3 exibe uma vi-sualização 
do HL7 DUFF no Firefox. 
DEBATE E CONCLUSÃO 
O formato de arquivo proposto em HL7 DUFF 
está baseado em formatos padrão amplamen-te 
utilizados para documentos eletrônicos tais 
como as especificações do OpenDocument e 
do OpenXML Paper. O HL7-DUFF é um enfoque 
complementar para o HL7 Self Displaying CDA 
(DSTU), facilitando a inclusão de conteúdo mul-timídia 
adicional e outros arquivos relacionados. 
Quando é preciso realizar um intercâmbio de 
documentos estruturados entre aplicativos sem 
conexão da Internet (utilizando meios tais como 
CD, DVD, memória USB, etc.), é possível utilizar o 
HL7 DUFF junto com a especificação do suporte 
de armazenamento extraível ISO 9660 R1. 
Neste caso, é necessário relacionar os aparelhos 
HL7 DUFF no arquivo HL7DIR.xml e armazená-lo 
na pasta HL7/. Como a informação está encapsu-lada 
no formato HL7 DUFF, não é necessário utili-zar 
diretórios diferentes do HL7 para armazenar 
os anexos do documento. 
Em resumo, o HL7 DUFF melhora a portabilida-de, 
a usabilidade (visualização) e a leitura huma-na 
dos documentos eletrônicos de saúde. O HL7 
DUFF complementa as normas para documentos 
estruturados de HL7, encapsulando num mesmo 
arquivo o conteúdo e a informação anexa aos 
documentos eletrônicos de saúde. Caso seja acei-to, 
o HL7 DUFF seria a primeira especificação HL7 
v3 proposta por membros da comunidade HL7 na 
América Latina. 
AGRADECIMENTOS 
Os autores agradecem profundamente a Diego 
Kaminker da HL7 Argentina e aos membros da 
HL7 Colômbia por seus comentários sobre o ar-tigo. 
Este trabalho foi financiado pelo programa 
QUIPU com a subvenção D43TW008438 do FIC/ 
NIH, Ministério de Educação da Colômbia, sob 
contrato IF004-09 (Projeto ImagenMantis) e a 
Universidade de Cauca. 
REFERENCIAS 
Página 18 Página 19
Jornadas de treinamento no IHE. 
No quadro do Terceiro Encontro Internacional 
de Saúde em Chile, a Universidade de Valparaí-so 
e a FISA ofereceram uma jornada especial 
para os profissionais da área. Aqui apresenta-mos 
um resumo das dez principais perguntas 
por Fernando Campos. 
1.- Quais são as vantagens ou benefícios do pro-cesso 
de integração tecnológica padronizada de 
sistemas e aplicativos na área da Saúde, e sua im-portância 
para melhorar a qualidade do atendi-mento 
ao usuário? 
Existem muitíssimas vantagens. Atualmente, na 
maioria dos países da América Latina dispor de 
uma história clínica de um paciente implica uma 
pilha de papéis, seja ela escrita, de forma manus-crita 
pelo médico, ou impressões de um ou mais 
registros clínicos eletrônicos numa variedade de 
formatos indetermináveis. O suporte tradicional 
de uma história clínica sempre foi o papel e esta 
forma de armazenamento traz consigo muitos 
problemas relacionados com a disponibilidade 
e com o acesso, pois o formato e seu conteúdo 
estão totalmente fragmentados. Além disso, a 
informação é capturada por aplicativos com fina-lidades 
diferentes. São geradas por um ou mais 
laboratórios, cada um dos médicos que atende 
esse paciente, o(s) hospital(ais) onde se hospitali-za, 
as enfermeiras que realizam curativos ou ad-ministram 
medicamentos, as farmácias, o centro 
de diagnóstico por imagens etc. 
Com o aparecimento das tecnologias nasceu uma 
nova maneira de armazenar, recuperar e visua-lizar 
a informação contida num registro clínico 
passando para um formato eletrônico. A inclusão 
da estruturação da informação e a utilização de 
padrões está relacionada com a necessidade de 
compartilhar a informação e que essa informação 
seja compreensível para os outros sistemas. Isto é 
a pedra fundamental de uma história clínica úni-ca 
do cidadão chileno, que traz consigo benefí-cios 
em todas as áreas. O paciente dispõe de uma 
história clínica centralizada com toda sua infor-mação 
e já não necessita estar lembrando que 
remédios toma ou o que foi prescrito no outro 
centro de atendimento. Beneficia o profissional 
que o atende porque tem à sua disposição muito 
mais informação para tomar uma decisão correta 
e são inumeráveis os benefícios para a gestão da 
saúde e seu gerenciamento. 
2.- Como funciona o processo HL7? 
HL7 é uma “Organização de Desenvolvimento 
de Padrões” (SDOs), para a área da saúde. Foi 
fundada em 1987 sem fins de lucro que opera a 
nível internacional e sua missão é proporcionar 
padrões globais para as áreas: clínica, assisten-cial, 
administrativa e logística, com a finalidade 
de conseguir uma interoperabilidade real entre 
os diferentes sistemas de informação na área da 
saúde. Atualmente dispõe de aproximadamente 
1300 membros corporativos, 2500 associados, 57 
filiados internacionais, 95% dos fabricantes de 
software de saúde a nível mundial. 
Assim como todas as SDO credenciadas pela 
ANSI, HL7 possui um estrito e bem definido con-junto 
de procedimentos de operação que garan-tem 
o consenso, a transparência e o equilíbrio 
de interesses. 
Os membros do HL7 são conhecidos coletivamen-te 
como o Grupo de Trabalho, que está organi-zado 
em comitês técnicos e grupos de interesses 
especiais. Os comitês técnicos são diretamente 
responsáveis pelo conteúdo dos padrões. Os gru-pos 
de interesses especiais servem para desen-volver 
informação e testes para a exploração de 
novas áreas de cobertura dos padrões publica-dos 
pelo HL7. 
Uma lista dos comitês técnicos e grupos de inte-resses 
especiais, bem como suas missões, abran-gência 
e coordenadores está disponível no web 
site do HL7. 
3.- Existem casos práticos de sucesso? Provas 
científicas de histórias clínicas utilizando exclu-sivamente 
o IHE? 
Muitos. Posso dar exemplos de três conforme seu 
alcance: continental, nacional e regional de his-tórias 
clínicas que compartilham documentos, in-formação 
e nem todos usam o mesmo software. 
Página 20 Página 21
O projeto European Patient - Smart Open Ser-vices 
(epSOS), tem o objetivo de dispor de uma 
história clínica eletrônica resumida para que um 
profissional possa consultar rapidamente a infor-mação 
essencial, do paciente que precisa receber 
assistência fora de seu país de origem. Inclui-se 
a funcionalidade da receita eletrônica para per-mitir 
que um paciente receba a medicação, inde-pendentemente 
do país no qual foi prescrita e 
do país onde se encontra no momento do aten-dimento. 
Tem uma abrangência continental já que foi tes-tado 
com 11 países Áustria, República Tcheca, 
Dinamarca, França, Grécia, Itália, Holanda, No-ruega, 
Eslováquia, Espanha e Suíça. Em total par-ticipam 
23 países com um investimento superior 
aos USD 50.000.000. O projeto começou no ano 
2008 e o motivador foi proporcionar interopera-bilidade 
entre os países principalmente pelo mo-vimento 
de pessoas dentro da Europa (por serem 
pequenas distâncias). 
É coordenado pela Associação de autoridades lo-cais 
e regiões (SALAR) da Suécia e a educação dos 
pacientes e fornecedores é realizado através do 
web site do projeto. Possui também um projeto 
de educação e certificação para desenvolvedores 
de software com acesso aberto à documentação. 
A estruturação dos documentos está padroniza-da 
e o conteúdo dos mesmos utiliza identificado-res 
globais nacionais exceto para o vocabulário e 
conjunto de dados determinados pelo projeto. O 
consumo de cada documento tem a problemáti-ca 
da linguagem. O epSOS fornece tradução do 
espanhol para o francês através de um vocabulá-rio 
próprio e serviços semânticos. Algumas das 
seções intercambiadas no resumo do paciente 
são: Alergias, Medicamentos, Vacinas, doenças 
prévias, procedimentos, sinais vitais, resultados e 
planos de tratamento. A terminologia que uti-liza 
é própria já que eles são os responsáveis de 
traduzir o documento original para a linguagem 
que seja necessária. 
Outra importante implementação a nível na-cional 
é o projeto PCEHR – (Personally Contro-lled 
EHR) da Australia cujo objetivo é enfrentar 
a fragmentação da informação que o país tem, 
permitindo a cada pessoa um acesso mais simples 
aos seus dados clínicos e tornar mais seguro o 
acesso à informação por parte dos fornecedores 
envolvidos no atendimento. Tem um alcance a 
nível nacional já que foi implementado em toda 
a Austrália. Em novembro de 2012 dispunha de 
18.214 usuários registrados, com o objetivo de 
ter 500.000 nestes dias. Conta com um investi-mento 
de mais de USD 466.000.000 e participam 
243 Organizações. Por lei é administrado pelo 
Departamento de Saúde e Idosos. Foi desenvolvi-do 
principalmente pela agência NEHTA (National 
E-Health Transition Authority) e possui um cen-tro 
educativo e web sites para treinar fornecedo-res 
e pacientes. Os desenvolvedores de software 
podem acessar todas as especificações, exemplos 
e seminários, embora ainda não exista uma certi-ficação 
de produtos. 
No que se refere ao conteúdo de cada documen-to, 
possuem um identificador nacional de saúde 
e utilizam identificadores globais únicos de saú-de 
para paciente, fornecedores (médicos, espe-cialistas, 
etc.) e organizações. Possuem guias de 
implementação de como consumir cada docu-mento 
e a maneira de apresentá-lo ao usuário. 
As especificações estabelecem a estrutura do do-cumento 
de alta de uma hospitalização, resumo 
da história clínica, administração de medicamen-tos, 
interconsultas ou derivações, resumo de con-sulta 
e diretrizes antecipadas. Cada guia espe-cifica 
seu vocabulário e conjunto de códigos. O 
SNOMED CT e LOINC para tipos de documentos e 
algumas codificações próprias da Austrália para 
sexo, nome, causa da morte, estado mental, etc. 
Finalmente, com uma abrangência regional, na 
Espanha destacam-se muitos exemplos, mas um 
dos mais importantes é a HC3 – História Clínica 
Compartilhada da Catalunha. 
Seu objetivo é estabelecer o registro eletrônico 
com um conjunto de documentos que conten-ham 
a informação mais importante do estado 
e a evolução de um paciente durante o cuidado 
de sua saúde. Tem uma média de 74.000 aces-sos 
mensais e 468 Organizações participantes. 
Em fevereiro de 2013 existiam 11 aplicativos de 
software HC3 compatíveis e mais de 51.000.000 
documentos publicados. 
É administrado pelo TicSalut, o Departamento de 
Saúde da Catalunha, que proporciona serviços 
para aqueles fornecedores que não podem co-nectar 
seus próprios produtos, incluindo, se for 
necessário, uma camada intermediária ou inter-face. 
A geração destes documentos por parte dos 
fornecedores é obrigatória, e para os pacientes o 
fato de unir-se ao projeto, é opcional. 
Dispõem de uma infra-estrutura onde os pacien-tes 
possuem um cartão de identificação (Tarjeta 
de Catalunya CIP) embora os documentos supor-tam 
dois identificadores mais, o nacional e o eu-ropeu. 
A estratégia de armazenamento é realizada num 
repositório central e repositórios locais. O re-gistro 
de cada documento está centralizado. O 
transporte dos documentos é feito por meio de 
Web Services SOAP/IHE/ ou serviços webs realiza-dos 
especificamente. Os documentos estão assi-nados 
digitalmente e têm suporte para todos os 
objetos DICOM. 
Quanto ao conteúdo dos documentos possuem 
identificadores globais únicos de saúde para 
paciente, fornecedores (médicos, especialistas, 
etc…) e vocabulário local administrados pelo Tic- 
Salut. O consumo de cada documento é realiza-do 
através de um portal específico ou por meio 
da História Clínica, caso disponha da funcionali-dade. 
As especificações dos tipos de documentos, 
planilhas, texto e estrutura estão definidos pela 
lei espanhola. 
4.- Quais são os problemas que afetam o sistema 
público de saúde? 
Não sou o mais indicado para falar sobre o sis-tema 
público de saúde chileno, mas com relação 
à interoperabilidade não conheço implemen-tações 
por iniciativa do sistema público de saúde 
a nível regional ou nacional. Acredito que impul-sar 
o uso de padrões numa forma possível de im-plementar 
é um dos seus objetivos. Tendo como 
alvo oferecer um serviço de qualidade assisten-cial 
aos pacientes, é recomendável pelo menos 
ter políticas nacionais e por que não, de alcance 
internacional, que definam o quadro de intero-perabilidade 
no qual se deve trabalhar. 
5.- Segundo sua experiência, que resultados po-deriam 
ser obtidos ao colocar em prática o HL7 
no nosso país? 
A adoção de padrões como o HL7, e na verdade 
como outros que têm diferentes objetivos como 
o DICOM para imagens ou o SNOMED CTpara 
terminologia, servem para conseguir compara-bilidade, 
consistência da informação e intero-perabilidade 
entre sistemas de informação. Este 
aspecto é importante para o intercâmbio da in-formação 
entre sistemas diversos, tanto dos for-necedores 
de serviços, como destes com outros 
envolvidos, como fornecedores e governos. A 
interoperabilidade torna-se mais crítica quanto 
mais profundos e distribuídos são os projetos de 
informatização das organizações sanitárias. Isto 
representa uma infra-estrutura essencial para a 
integração da informação relacionada com a saú-de 
da população de forma oportuna e confiável. 
Um aspecto fundamental é a continuidade e in-tegração 
da informação. 
Toda a informação clínica gerada através dos di-versos 
sistemas de assistência que é armazenada, 
pode ser consultada em qualquer ponto de aten-dimento. 
A detecção oportuna de surtos epidê-micos 
ou problemas sanitários não é um bene-fício 
menor, já que graças à disponibilidade de 
informação de alta qualidade e em tempo real, 
é possível aplicar regras de controle para a dete-cção 
de surtos ou problemas emergentes. Com 
pouco esforço permite fazer uma vigilância pas- 
Página 22 Página 23
siva permanente e antecipar-se aos problemas 
sanitários emergentes. 
Do ponto de vista governamental é possível tor-nar 
efetiva uma integração com tais sistemas, e 
o sistema de vigilância permitirá desenvolver po-líticas 
ativas da própria rede sanitária e cumprir 
as regulamentações, pautas e recomendações do 
Ministério da Saúde. 
6.- Quais são os benefícios para os pacientes de 
colocar este padrão em funcionamento? 
O resultado mais significativo para o paciente é o 
inicio do caminho visando a adoção de uma his-tória 
clínica única. Promovem um maior aumento 
no acesso a outras opiniões médicas e permitem 
ao paciente o acesso ao próprio histórico para 
facilitar a tomada de decisões sobre sua saúde. 
Muitas vezes evitam a repetição de exames caros 
e invasivos e sem dúvida aumentam a sensação 
de efetividade e segurança dos serviços de assis-tência. 
7.- Pode mencionar outras experiências estran-geiras? 
Em que países; em hospitais públicos e/ 
ou centros de saúde particulares? 
Já comentei um pouco quando falei sobre os ca-sos 
de sucesso. Existem muitas experiências mais. 
Na Espanha, praticamente cada região tem sua 
história clínica única. Há bons índices de adoção 
na Austrália, Holanda, no Reino Unido, na Nova 
Zelândia e nos países nórdicos. Nos Estados Uni-dos, 
um país com grande avanço tecnológico, o 
índice de adoção não é tão alto como podería-mos 
imaginar, embora depois das políticas im-plementadas 
pelo governo do presidente Oba-ma, 
apresente um leve aumento neste nível de 
atendimento, após a implementação de incenti-vos 
fiscais por parte de suas políticas de governo 
outorgados segundo critérios de uso significati-vo 
das funcionalidades das HCE. Mais perto e do 
outro lado da cordilheira, o Hospital Italiano de 
Buenos Aires leva mais de 14 anos desde sua pri-meira 
implementação do HL7 e está em contínuo 
crescimento já que nos próximos meses integra 
com este padrão serviços de mHealth desde seu 
portal móvel. 
8.- Quanto se demora em obter resultados con-cretos 
após iniciada a aplicação deste padrão? 
Após iniciada a implementação do padrão os re-sultados 
são visíveis imediatamente. O paciente 
começa a ver sua informação pelos diferentes 
centros de atendimento, os médicos podem ver 
as histórias clínicas mais integrais e os gerentes 
recebem informação que podem analisar, e tudo 
isso para eles acontece magicamente, porque na 
verdade não realizaram mudanças significativas 
no uso de seu sistema. A informação flui entre 
os sistemas de forma transparente para eles. O 
maior problema é “iniciar” a implementação. 
Existem muitas políticas por definir, guias de 
implementação por adotar e depois levar isso 
à prática. Incorporá-lo dentro do fluxo de cada 
aplicação. Não conheço casos que implementem 
soluções deste tipo em menos de 12 meses, em-bora 
hoje em dia existam ferramentas que per-mitem 
uma rápida implementação de soluções 
que algum tempo atrás eram impensadas ou de 
muito trabalho, como geradores de mensagens 
ou servidores de terminologias. 
9.- Quais são os padrões internacionais? 
Existem muitos padrões internacionais para a 
saúde. Eu diria que deveríamos classificá-los pelo 
objetivo que cumprem. Por exemplo em trans-missão 
de mensagens de informação clínica, sem 
dúvida o mais implementado é o HL7. Para dados 
financeiros e transações, o X12N. Para imagens 
diagnósticas sem dúvidas o DICOM e para indi-cação 
de drogas o NCPDP (National Council for 
Prescription Drug Programs). 
Na categoria de terminologia e vocabulário de 
referência, para diagnósticos o CIE10, para clíni-ca 
o SNOMED CT e para identificações de labo-ratórios 
e outras identificações clínicas o LOINC. 
O mais importante é que na hora de padronizar, 
são muitos os padrões disponíveis e inclusive que 
cumprem a mesma função, que existem diver-sos 
níveis nos quais devem ser aplicados e que 
ao mesmo tempo se complementam. É funda-mental 
uma análise de todos eles para escolher o 
adequado e elaborar um projeto de interopera-bilidade 
escalável e sustentável. Na verdade, é o 
principio que utiliza o IHE. Não é um padrão em 
si, mas que utiliza o padrão mais adequado para 
resolver uma necessidade específica e define e 
documenta a forma de como fazer isso. 
10.- O que poderia nos dizer sobre este tipo de 
jornadas de Treinamento em Interoperabilida-de? 
Que nível de treinamento proporciona esta 
Jornada? 
O objetivo é transmitir todo meu conhecimento 
e experiência para que todo aquele que participe 
leve as idéias principais de como conseguir que 
os sistemas possam intercambiar informação e 
reutilizá-la. A idéia dessas jornadas é proporcio-nar 
o conhecimento de cada um dos aspectos ne-cessários 
para interoperar, eliminando todas as 
dúvidas sobre o assunto e que estejam disponí-veis 
todas as ferramentas necessárias para iniciar 
o processo. 
Se tiver mais questões sobre IHE ou as jornadas de treinamento em 
interoperabilidade e padrões, pode consultar por email: info@hl7. 
org.ar ou fernando.campos@gmail.com. 
Por Fernando Campos 
HL7 Argentina, Chair 
fernando.campos@hospitalitaliano.org.ar 
Argentina 
www.hl7.org.ar 
Brasil 
www.hl7brazil.org 
Chile 
www.hl7chile.cl 
Colombia 
www.hl7.org.co 
Uruguay 
http://www.sueiidiss.org/ 
index.php?option= 
com_content&view= 
article&id=53&Itemid=66 
México 
https://twitter.com/hl7mexico 
España 
www.hl7spain.org 
HL7 Internacional 
www.hl7.org 
Página 24 Página 25
INFOLAC 2014 
É com muito prazer e orgulho que o convidamos a vir para 
Montevideo com o motivo da realização do INFOLAC 2014 em 
outubro deste ano. 
Antes de contar alguns detalhes, vamos dar algumas definições: 
INFOLAC é o Congresso de Informática Médica da IMIA LAC. 
IMIA LAC é a versão latino-americana da IMIA, e IMIA é a Associação Mundial de Informática Médica. 
O membro oficial da IMIA no Uruguai é a SUIS (Sociedade Uruguaia de Informática na Saúde) e para 
a organização deste evento uniu as suas forças com a SUEIIDISS (Sociedade Uruguaia de Standars em 
Saúde). 
O nosso propósito é colaborar na difusão desta disciplina à qual temos dedicado tantos anos e tanto 
esforço. Acreditamos que os Informáticos Médicos devem ser protagonistas fundamentais no des-envolvimento 
e sustentabilidade dos sistemas de informação dos sistemas de saúde. A compreensão 
das necessidades e da realidade do trabalho dos 
profissionais e técnicos da saúde, o entendimen-to 
e a visão das fortalezas da aplicação de TICs e 
o conhecimento profundo dos sistemas sanitários 
são a base do exercício desta disciplina. 
Os desafios na América Latina são muitos e reque-rem 
o trabalho mancomunado da sociedade cien-tífica 
para conduzi-los de forma bem-sucedida. 
Obter recursos humanos adequadamente capaci-tados, 
conseguir a incorporação dos projetos de 
tecnologia nos orçamentos das instituições e nas 
definições políticas dos nossos países, interagir 
com a indústria de forma que gere projetos con-juntos, 
são alguns dos desafios a enfrentar nos 
próximos anos, para colaborar na chegada do sé-culo 
XXl aos nossos sistemas sanitários. 
Por isso, gostaríamos de convidá-lo a vir para 
Montevideo em outubro. A ideia é apresentar 
experiências, debater, escutar. Se estivermos em 
contato, se unirmos esforços, se compartirmos 
conhecimentos e experiências estaremos cons-truindo 
o espaço necessário para propiciar o nos-so 
próprio desenvolvimento. 
Em 16 e 17 de outubro, no Centro de Conferên-cias 
da Intendência Municipal de Montevideo 
(IMM) se realizará o INFOLAC. 
O nome do congresso é-salud 2.0 Hiperconecta-dos. 
Os temas oficiais são HCE interoperável e Saúde 
Móvel, mas claro que todos os temas do dia a 
dia da Informática Médica têm o seu espaço no 
INFOLAC. 
A seguir, teremos o programa completo e estará 
disponível na web. 
Alguns dados relevantes: 
Site 
www.infolac2014.org 
Inscrições abertas. 
Comitê científico 
*Internacional 
Diego Kaminker 
Lincoln Moura 
Fernán Quiros 
Fernando Portilla 
Alan March 
Javier Carnicero 
*Nacional 
Guillermo Rodríguez 
Julio Leivas 
Gustavo Pérez 
Selene Indarte 
Datas importantes 
Trabalhos 
Datas de apresentação: de 1 de maio a 31 de jul-ho 
de 2014 
Retorno por parte do Comitê científico: 31 de 
agosto de 2014. 
Para apresentar trabalhos, pelo menos um dos 
autores deve estar inscrito no Congresso 
Pelo Comitê Organizador 
Selene Indarte 
Por Selene Indarte, Comité Organizador 
HL7 Uruguay/SUEIDDISS, Secretario 
sindarte@suat.com.uy 
Página 26 Página 27
se nas definições, o que implica a especifi-cação 
de padrões para o intercâmbio de dados. 
Há tempo que o Uruguai vem se mostrando inte-ressado 
no conhecimento dos padrões de infor-mática 
médica. A SUEIIDISS gerou um importan-te 
espaço para seu conhecimento e abertura. 
De qualquer modo, a AGESIC, como Agência de 
Governo Eletrônico do país, avançou de forma 
importante nos processos de interoperabilidade, 
e coloca à disposição do projeto as definições 
do quadro de interoperabilidade do governo. 
Como um comentário adicional, mas que é um 
dado não menos importante, cabe mencionar 
que como fruto dos esforços desenvolvidos nos 
últimos anos, o último ranking de governo ele-trônico 
apresentado nas Nações Unidas situou o 
Uruguai como líder na região. 
Por Selene Indarte 
Jornadas Técnicas do Salud.uy 
Estratégia para a adoção dos padrões 
num projeto de HCEN. 
O Projeto e seus antecedentes 
Salud.uy é o projeto de História Clínica Eletrôni-ca 
Nacional no Uruguai. Como Projeto País conta 
com o apoio do estado, quem tem sido o princi-pal 
promotor e gestor; ao mesmo tempo Salud. 
uy desenvolve uma estratégia de abertura onde 
participam diferentes atores e interessados do 
setor. 
E talvez este seja um primeiro grande ponto de-terminante 
para o projeto, captar uma positiva 
aceitação geral, e projetar em torno a ele a visão 
país de HCEN unificada. 
Esta primeira fase do projeto Salud.uy, concen-trou- 
Por sua vez, no começo de 2013, Salud.uy retoma 
a necessidade de avançar na localização dos pa-drões 
em saúde e suas especificações, com a fina-lidade 
de adotá-los no país (Uruguai) dentro do 
projeto HCEN, e para tanto Salud.uy desenvolveu 
os primeiros guias e documentos técnicos. 
Origem das Jornadas Técnicas 
Para divulgar as definições técnicas que eram des-envolvidas, 
era importante gerar espaços, por-tanto, 
foi necessário criar uma estratégia para o 
intercâmbio dos conteúdos desenvolvidos desde 
o programa com os diferentes interessados. 
As Jornadas Técnicas nascem então como uma 
resposta à necessidade de comunicar os guias ge-rados 
pelo programa, para que sejam conhecidos 
e adotados pela comunidade, atores da saúde no 
Uruguai. Desse modo, através das Jornadas Técni-cas 
é possível encontrar definições de localização 
dos padrões em saúde, que há tempo os presta-dores 
e fornecedores que vinham abordando os 
temas de padrões estavam esperando. Ao mesmo 
tempo para os novatos no assunto, as Jornadas 
cumprem um papel de aprendizagem dos diferen-tes 
conceitos abordados nesta temática. 
Formato das Jornadas Técnicas 
Enfoque Temático: 
Cada jornada tem um enfoque e uma finalidade. 
Até o momento já foram desenvolvidas 7 Jorna-das 
Técnicas com diferentes assuntos, que de for-ma 
sequencial apresentam conteúdos dentro de 
um esquema de continuidade do processo. 
Os temas abordados nas jornadas foram : 
Definição de OID para o projeto HCEN 
Modelo de pessoa 
Elementos mínimos de um documento HL7 CDA 
SNOMED CT 
Assinatura Eletrônica e Documentos HL7 CDA 
Plataforma de Interoperabilidade: EMPI, XDS.b, 
MIRTH 
Documentos HL7 CDA de laboratório e HL7 CDA 
escaneados 
Socialização de Guias Técnicos: 
Cada Jornada está acompanhada de um docu-mento 
técnico que é previamente elaborado e 
preparado pela equipe executiva do Salud.uy. 
O documento especifica as indicações de loca-lização 
do padrão e serve como guia para que 
as instituições comecem a desenvolver os ajustes 
em suas implementações. 
Especialistas Temáticos 
Cada jornada apresenta pelo menos 3 aspectos 
diferentes: um especialista temático convidado, 
uma experiência local do assunto e a apresen-tação 
do guia técnico. O convite a especialistas 
temáticos, permite gerar um contexto introdutó-rio 
ao assunto. 
Participantes 
As jornadas são abertas e não têm nenhum custo, 
somente é preciso solicitar a inscrição prévia para 
que aqueles que compareçam obtenham seu cer-tificado 
de participação. O público alvo destas 
jornadas são os informáticos das instituições de 
saúde e os fornecedores de aplicativos informá-ticos 
em saúde. Também comparecem professo-res 
de universidades, médicos e profissionais da 
saúde. 
Periodicidade 
As jornadas são realizadas periodicamente, pelo 
menos uma vez a cada dois meses. Houve um 
momento em que realizamos uma por mês, po-rém 
foram espaçadas devido às outras atividades 
do programa. 
Resultados das Jornadas Técnicas 
Adoção de padrões: os guias gerados pelas jor-nadas 
são as ferramentas com as quais as organi-zações 
apoiam-se de forma prática para preparar 
suas aplicações para os processos de interopera-bilidade. 
Média de participação: à primeira jornada com-pareceram 
aproximadamente 50 pessoas. As últi-mas 
jornadas tiveram uma média de participação 
Página 28 Página 29
de 80 pessoas. Inclusive houve uma com 120 pes-soas, 
o que indica uma aceitação importante. 
Gestação de uma Comunidade: Desde a primei-ra 
jornada gerou-se um grupo de interesse no 
LinkedIn que foi crescendo, e atualmente tem 
mais de 200 membros. O espaço permitiu o in-tercâmbio 
de propostas, fazer recomendações e 
ter acesso direto aos contatos dos referentes in-formáticos 
das instituições de saúde do Uruguai, 
bem como fornecedores, entre outros. 
Interação com os Especialistas: De forma presen-cial 
e através de vídeo conferência diferentes 
especialistas da Espanha, Argentina e do meio 
local, participaram compartilhando sua visão e 
conhecimento para enriquecer os conteúdos das 
jornadas. 
Experiências Práticas: Tem sido importante o es-paço 
gerado na Jornada para que as instituições 
de saúde, possam apresentar sua experiência na 
adoção dos Guias das Jornadas. Este fato, por um 
lado valida a utilidade do trabalho realizado, e 
por outro, mobiliza que as outras instituições 
avancem em seu processo. 
Avaliação: Cada Jornada tem uma avaliação, fei-ta 
por parte dos assistentes, dos conteúdos e da 
dinâmica da Jornada em si. A informação é ana-lisada 
pela equipe de trabalho. A qualificação 
recebida foi positiva na maior parte dos casos e 
é inegável que existem pontos a serem melhora-dos 
que nos envolvem a todos. 
Quais são os passos seguintes… 
Este semestre promete uma dinâmica importan-te 
ao redor das atividades do Salud.uy. Para este 
ano está programada a realização de duas jor-nadas 
mais, já que existem outros eventos para 
os quais o publico convidado é homogêneo; por 
exemplo vão ser apresentados os resultados de 
levantamento de TIC em saúde no Uruguai e por 
outro lado será colocada em operação a Apli-cação 
Piloto de Tele Imagenologia, fatos que vão 
atrair a atenção em torno ao seu desenvolvimen-to. 
Em outubro também será realizada a INFO-LAC 
2014 em Montevidéu, sendo outro evento 
que captura a atenção da comunidade interessa-da 
nos assuntos de padrões em saúde e informá-tica 
médica. 
A estratégia de Jornadas está demostrando 
que os processos participativos e abertos geram 
adesão favorável. No dia 22 de julho passado 
o grupo médico integrado por profissionais da 
saúde e da academia e articulado pelo Salud.uy, 
liderou a realização da primeira Jornada Médica, 
com a finalidade de apresentar o resultado do 
trabalho desenvolvido durante os últimos meses, 
focado no Conjunto Mínimo de Dados de Urgên-cias. 
Para desenvolver a atividade da Jornada Mé-dica 
apoiaram-se no modelo das Jornadas Téc-nicas, 
e como resultado, foi possível obter uma 
participação de quase 200 pessoas, e os médicos 
do país começaram a discutir sobre a informação 
necessária que deve estar disponível numa HCEN, 
experiência que nos pareceu absolutamente bem 
sucedida. 
Por Fernando Portilla 
Consultor Estándares Internacionales 
de Informática 
Médica - Programa Salud.uy en AGESIC 
Página 30 Página 31

Mais conteúdo relacionado

DOCX
Em busca do equilíbrio
PDF
ChelsieGagginResume
PPTX
PPT
Power poit 4
PPTX
Apuntes de PowerPoint
PDF
Mihoja de vida
PPTX
Dimensión de gestión
PDF
Minería en el mundo
Em busca do equilíbrio
ChelsieGagginResume
Power poit 4
Apuntes de PowerPoint
Mihoja de vida
Dimensión de gestión
Minería en el mundo

Destaque (20)

PPT
Ratio Analysis
PPTX
Pisosd termicos
PDF
Marca de trabajo
PPTX
No a la explotación sexual
DOC
PPTX
Banca por internet
PPT
Periféricos
PDF
172_000
PDF
Estruturação e consolidação de canais digitais de relacionamento.
PDF
Boletín140311
PDF
MAS Business- Informe de sostenibilidad 2013 (G4 y normas AA1000)
PPTX
tes
PDF
T-Bosiet_I
PPTX
Presentación1
PDF
KenPDF
PDF
UCM título master back.PDF
PPSX
Politica de valorização do activo ambiental florestal
PPTX
fallas
Ratio Analysis
Pisosd termicos
Marca de trabajo
No a la explotación sexual
Banca por internet
Periféricos
172_000
Estruturação e consolidação de canais digitais de relacionamento.
Boletín140311
MAS Business- Informe de sostenibilidad 2013 (G4 y normas AA1000)
tes
T-Bosiet_I
Presentación1
KenPDF
UCM título master back.PDF
Politica de valorização do activo ambiental florestal
fallas
Anúncio

Semelhante a HL7 LATAM NEWS SETEMBRO 2014 (8)

PDF
Introdução ao Instituto HL7 Brasil
PDF
Manual do Curso On-line de Capacitação em openEHR
PDF
Apresentação do Curso On-line de Capacitação em openEHR
PPTX
Res fenasaude
PDF
Apresentação do Curso de Capacitação Profissional em HL7
PDF
Rio Info 2015 - Painel Informação Clínica, Qualidade e Privacidade Os Desafio...
PPTX
Controle Bibliográfico da Produção Científica Brasileira
PPT
Presentation Python Brasil [6] 2010
Introdução ao Instituto HL7 Brasil
Manual do Curso On-line de Capacitação em openEHR
Apresentação do Curso On-line de Capacitação em openEHR
Res fenasaude
Apresentação do Curso de Capacitação Profissional em HL7
Rio Info 2015 - Painel Informação Clínica, Qualidade e Privacidade Os Desafio...
Controle Bibliográfico da Produção Científica Brasileira
Presentation Python Brasil [6] 2010
Anúncio

Último (20)

PPTX
funcoes tsbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
PPT
apresentacao da Casa de Saude Rainha Santa Isabel
PDF
Métodos contraceptivos, um trabalho de medicina
PPTX
Introducao-a-Pratica-Regulamentacao-Da-Profissao-de-TSB.pptx
PPTX
Corpo, Estjjljlkjlkjkljética, Mídia e Sociedade.pptx
PPTX
Aula 2 - PA-Sinapse potencial de accao.pptx
PDF
História da Medicina no período do Renascimento
PPTX
instrumentais odontologicosssssssssssssssssssssssssssssssssss
PDF
Relatório de atividades do Instituto Oncoguia 2024
PPTX
Aparelho-Digestivo-Generalidades (1).pptx
PDF
Trabalho apresentado a respeito de Hipertensão primária
PDF
EBOOK - Crise Convulsiva - Grupo Nobre.pdf
PPT
eSTUDO DE FORÇA E FLEXIBILIDADE para fisioterapia
PPTX
Farmacologia para enfermagem -introdução a fármaco cinética
PPTX
Encontro 4 da Disciplina UTI Aspectos Históricos e Sociais.pptx
PDF
farmacocinética e dinâmica enfermagem.pdf
PPTX
Farmacologia vias de ADMINISTRAÇÂO 230.pptx
PDF
Práticas Integrativas na Atenção Primária
PDF
Cópia de Urinary System Disease_ Interstitial Cystitis by Slidesgo.pdf
PDF
EBOOK - Prevenção e Tratamento de Feridas.pdf
funcoes tsbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
apresentacao da Casa de Saude Rainha Santa Isabel
Métodos contraceptivos, um trabalho de medicina
Introducao-a-Pratica-Regulamentacao-Da-Profissao-de-TSB.pptx
Corpo, Estjjljlkjlkjkljética, Mídia e Sociedade.pptx
Aula 2 - PA-Sinapse potencial de accao.pptx
História da Medicina no período do Renascimento
instrumentais odontologicosssssssssssssssssssssssssssssssssss
Relatório de atividades do Instituto Oncoguia 2024
Aparelho-Digestivo-Generalidades (1).pptx
Trabalho apresentado a respeito de Hipertensão primária
EBOOK - Crise Convulsiva - Grupo Nobre.pdf
eSTUDO DE FORÇA E FLEXIBILIDADE para fisioterapia
Farmacologia para enfermagem -introdução a fármaco cinética
Encontro 4 da Disciplina UTI Aspectos Históricos e Sociais.pptx
farmacocinética e dinâmica enfermagem.pdf
Farmacologia vias de ADMINISTRAÇÂO 230.pptx
Práticas Integrativas na Atenção Primária
Cópia de Urinary System Disease_ Interstitial Cystitis by Slidesgo.pdf
EBOOK - Prevenção e Tratamento de Feridas.pdf

HL7 LATAM NEWS SETEMBRO 2014

  • 1. Página 1 HL7 LATAM NEWS SETEMBRO 2014 LOINC O LOINC é o padrão de terminologia desenvolvido inicialmente para labo-ratórios de análises clínicas e outros exames e que atualmente também abrange termos clínicos. INFOLAC 2014 INFOLAC é o Congresso de Informática Médica da IMIA LAC. O membro oficial da IMIA no Uruguai é a SUIS (Sociedade Uruguaia de Informática na Saúde) e para a organização deste evento PRIMEIRA CONNECTATHON FHIR LATINO AMERICANA Em 3 de setembro de 2014 durante o transcurso do CAIS 2014 foi realizada a primeira Connectathon FHIR Latino Americana Multas publicacion electrónica de pecado pelo Lucro de libre distribución
  • 2. EDITORIAL CONTEÚDO Este é o quarto ano do HL7LATAM e continuamos tra-balhando para a difusão do padrão HL7 na América Latina e para apoiar o desenvolvimento dos capítulos regionais do HL7. No ano passado refizemos o site trilingue (Espanhol, Português e Inglês) com o objetivo de chegar à maior quantidade possível de pessoas, mais não foi viável fazê-lo com o boletim que no ano passado foi editado em Espanhol e Inglês. O objetivo de fazer a edição em inglês é de difundir as nossas atividades para outras zonas fora da região ibero-americana. Este ano nós temos os meios financeiros para fazer a edição do boletim em Português, Espanhol e Inglês. Além disso nós planejamos fazer três edições durante 2014, de modo que esperamos contribuiçoes das di-versas sociedades que compõem HL7 em Ibero-Amé-rica. A informática médica está intimamente relacionada com a melhoria assistencial e da saúde da nossa re-gião. A utilização das tecnologias de informação não representa apenas vantagens em sua utilização em áreas administrativas e estatísticas, mas também a sua aplicação na área clínica traz melhoras ostensíveis na qualidade assistencial. A aplicação da informática na área assistencial é pre-ciso considerar a interoperabilidade e contar com padrões para que os sistemas possam intercambiar informação evitando, desta maneira, a redundância de tarefas e a perda de informação. Neste sentido a função de um padrão como o HL7 é fundamental para obter a interoperabilidade, mas de nada adianta um padrão se o mesmo não é difundido para o maior nú-mero de pessoas possível. É fundamental que os diferentes programadores e usuários da informática na saúde conheçam suas possibilidades e possam também fazer as suas contri-buições. A região da América Latina tem particulari-dades e problemáticas comuns, diferentes de outras regiões, portanto é importante contar com instrumen-tos para difundir e apresentar os nossos problemas. O nosso boletim é publicado no site www.hl7latam. org e difundido por diferentes sites do HL7 na região, além de diferentes foros de redes sociais como o Face-book, Twitter, Linkedin, Yahoo e Google. Esperamos que cada vez mais gente se una a esta ini-ciativa e que o desenvolvimento dos padrões e a in-teroperabilidade dos sistemas de saúde continuem se desenvolvendo com força na região. Coordinador Ejecutivo de HL7 LATAM Dr. Humberto Fernán Mandirola Brieux hmandirola@hl7.org.ar ARGENTINA LOINC, By Humberto Fernán Mandirola Brieux PRIMEIRA CONNECTATHON FHIR LATINO AMERICANA, By Diego Kaminker CDA R2 COM ART-DECOR PARA O MAIS (MARCO ARGENTINO DE INTEROPERABILIDAD EN SALUD) By Diego Kaminker Problemas terminológicos na interoperabilidade no Setor da Saúde By Humberto Fernán Mandirola Brieux & Fernando La Rosa COLOMBIA Formato Unificado de Arquivos para documentos eletrônicos HL7- DUFF, By Mario Enrique Cortés CHILE Jornadas de treinamento no IHE, By Fernando Campos URUGUAY INFOLAC 2014, By Selene Indarte URUGUAY Jornadas Técnicas do Salud.uy, By Fernando Portilla Página 2 Página 1
  • 3. LOINC LO LOINC é o padrão de terminologia desenvol-vido inicialmente para laboratórios de análises clínicas e outros exames e que atualmente tam-bém abrange termos clínicos. É o padrão que mais satisfaz as necessidades terminológicas e de codificação dos exames de laboratório e que cada vez está tendo mais difusão. O objetivo do LOINC é ajudar no intercâmbio eletrônico e recolhimento dos resultados clínicos (por exemplo, exames de laboratório, observa-ções clínicas, gestão de resultados e pesquisa). O LOINC está composto por duas partes princi-pais: LOINC laboratório e LOINC clínico. O LOINC Clínico contém um subdomínio de On-tologia Documento que recolhe os tipos de rela-tórios clínicos e documentos. A sigla LOINC vem das palavras inglesas (Logical, Observation, Identifiers, Names and Codes) e tal como seu nome indica, é uma codificação volta-da à observação. Se consideramos o diagnóstico como um resulta-do e o teste como uma pergunta, terminologias como LOINC estão do lado da pergunta, assim como outras codificações como a ICD-10 e a SNO-MED estão do lado da resposta. Existem mais de 20.000 usuários oficiais do LOINC em 160 países distribuídos pelo mundo inteiro IDIOMAS NOS QUAIS ESTÁ DISPONÍVEL O Loinc está disponível em vários idiomas e o download das distribuições pode ser feito atra-vés do site https://loinc.org/international. Chinês (China), Holandês (Holanda), Estoniano (Estônia), Inglês (Estados Unidos) - esta é a distri-buição oficial do LOINC, Francês (Canadá), Fran-cês (França), Francês (Suíça), Alemão (Alemanha), Alemão (Suíça), Grego (Grécia), Italiano (Itália), Italiano (Suíça), Coreano (República da Coréia), Português (Brasil), Russo (Federação Russa), Tur-co (Turquia). Com relação às versões em espanhol existem até o momento três distribuições oficiais Variação lingüística traduzida pelo comitê de laboratório do SERVICIO EXTREMEÑO DE SALUD (Serviço Extremenho de Saúde) com suporte do BITAC MAP. Variação lingüística traduzida pelo Instituto Me-xicano del Seguro Social (Instituto Mexicano do Seguro Social), ou IMSS Variação lingüística traduzida por Guillermo Reynoso, MD, MBA do Centro Internacional de Investigación en Terminología Médica (Centro Internacional de Pesquisa em Terminologia Mé-dica) da Argentina. O download das mesmas pode ser feito através do site https://loinc.org/international/spanish Desde o começo o LOINC pode ser usado sem cus-to de licença em todo o mundo para sempre, o que o torna um dos padrões mais utilizados. Sua licença é livre para qualquer finalidade. Podemos Usar Copiar e Distribuir sem nenhum problema. O QUE SIM ESTÁ PROIBIDO É USAR O LOINC PARA DESENVOLVER OU PROMULGAR OUTRO PADRÃO TERMINOLÓGICO. O interesse internacional no LOINC continua crescendo. A partir de janeiro de 2009, o RELMA (Regens-trief LOINC Mapping Assistant) está disponível em downloads separados que contêm um índice de palavras adicionais em espanhol, chinês sim-plificado e coreano, que permite a procura nes-tes idiomas além do Inglês. No que se refere à harmonização, os esforços en-tre o LOINC e a SNOMED CT começaram em 2012. O LOINC representa os códigos e nomes de iden-tificadores lógicos de observação. O LOINC é um padrão universal para a identificação das obser-vações de laboratório que foi desenvolvido pela LOINC Regenstrief Institute, Inc., uma organiza- LOINC O LOINC é o padrão de ter-minologia desenvolvido ini-cialmente para laboratórios de análises clínicas e outros exames e que atualmente tam-bém abrange termos clínicos. Página 2 Página 3
  • 4. ção de pesquisa médica sem fins de lucro reco-nhecida internacionalmente que foi criada em 1994 como resposta à demanda de um banco de dados eletrônico de atendimento clínico e de gestão. É acessível a qualquer pessoa de forma gratuita e tem o apoio da Associação Americana de Laboratórios Clínicos e do Colégio de Patolo-gistas Estadunidenses. O objetivo real do banco de dados LOINC é poder auxiliar no intercâmbio eletrônico e no recolhimento, em um mesmo lu-gar, de resultados clínicos (química, hematologia, sorologia, microbiologia (incluindo a parasitolo-gia e virologia) e toxicologia; bem como catego-rias de drogas e a contagem de células), análises de relatórios, gestão dos resultados dos sinais vi-tais (ECG, etc.) e também para pesquisa. É provável que o LOINC transforme-se num pa-drão da HIPAA (Lei de Portabilidade e Respon-sabilidade de Seguros de Saúde) para alguns segmentos da transação do acessorio de recla-mações. Vários padrões, como o IHE ou HL7, usam o LOINC para transferir eletronicamente os resultados de diferentes sistemas de informação às redes de saúde adequados. Porém, a informação de saúde incluída é identificada por uma multiplicidade de valores codificados que podem variar de acordo com o órgão que produz os resultados. Isto traz desvantagens óbvias à rede de saúde, tornando necessário adotar diferentes códigos para acessar e gerenciar a informação proveniente de múlti-plas fontes. Os fornecedores de atendimento médico, por exemplo, muitas vezes negociaram contratos que reembolsam os atendimentos e codificação única para desencadear o pagamen-to automatizado. Mapear cada código específico para a entidade ao seu código universal corres-pondente pode representar um importante in-vestimento de capital humano e financeiro. Um sistema de código universal permitirá às insta-lações e departamentos de todo o mundo receber e enviar os resultados de suas áreas para a com-paração e consulta, além de contribuir com uma iniciativa de saúde pública, melhorando os resul-tados clínicos e a qualidade do atendimento. Formato O código LOINC tem 6 campos para cada teste, observação ou medida. O banco de dados possui atualmente mais de 71.000 termos de observação que pode ser aces-sado e compreendido de forma universal. Cada registro do banco de dados inclui seis cam- pos de especificação única de cada teste indivi-dual identificado, observação ou medição: Componente: o que se mede, avalia, ou observa (por exemplo: glicemia, ...) Tipo de propriedade: características do que se mede, por exemplo: comprimento, massa, volu-me, data e hora e assim sucessivamente Tempo : intervalo de tempo durante o qual foi feita a observação ou medição Sistema: contexto ou espécime- tipo no qual se fez a observação (por exemplo: sangue, urina, ...) Tipo de escala: a escala de medida. A escala pode ser quantitativa, ordinal, nominal ou narrativa Tipo de método: procedimento utilizado para realizar a medição ou a observação Um código é único e tem um dígito verificador que permite diminuir a possibilidade de erros ao inserir os dados. Outros campos do banco de da-dos são o estado e a informação de atribuição para a gestão da modificação do banco de da-dos, sinônimos, termos relacionados, informação sobre substâncias (por exemplo, a massa molar, o número de registro do CAS), as opções de res-postas para as escalas nominais, traduções, etc. HL7 LATAM Executive Coordinator Dr. Humberto Fernán Mandirola Brieux hmandirola@hl7.org.ar Página 4 Página 5
  • 5. PRIMEIRA CONNECTATHON FHIR LATINO AMERICANA Em 3 de setembro de 2014 durante o transcur-so do CAIS 2014 foi realizada a primeira Con-nectathon FHIR Latino Americana na Universi-dade de Palermo, Buenos Aires. A Connectathon teve 25 participantes em três níveis: 0 - Observador: só assistiram às aulas e obser-varam as interações geradas pelos outros par-ticipantes. 1 - FHIR Básico: Altas, baixas, modificações e procura de pacientes utilizando clientes REST 2 - Procura avançada de pacientes e seus resul-tados de laboratório através de um aplicativo desenvolvido pelos participantes. A Connectathon começou com uma aula de duas horas para todos os participantes, incluin-do os diversos tipos de APIs REST, os conceitos básicos do FHIR, e uma introdução prática ao FHIR (como acessar os recursos utilizando um cliente REST). Foi instalado um roteador e um servidor FHIR na aula (já que não era possível acessar a in-ternet de forma confiável) e todos os parti-cipantes conectaram-se a um banco de dados onde haviam sido preparados 8500 pacientes e 850 resultados de laboratório de análises clí-nicas. Duas semanas antes da Connectathon foram realizadas duas palestras preparatórias para os participantes de nível 2, onde foram debatidos os objetivos e os conteúdos dos re-cursos. Nosso participante de nível 2, (Adolfo Carpio, adolfo.carpio@safehis.com) cedeu gentilmen-te o código fonte da solução JavaScript desen-volvida. Está disponível em https://github.com/askle-pio/ fhir-ejemplo. CDA R2 COM ART-DECOR PARA O MAIS (MARCO ARGENTINO DE INTEROPERABILIDAD EN SALUD) Atualmente, na Argentina não existe uma regulamentação para o intercâmbio pa-dronizado da informação em saúde a nível de faturamento e/ou posteriores débitos em formato eletrônico, nem para a informação ou documentação anexa (relatórios de alta, informação de laboratório, relatórios de diagnósticos por imagens, etc.). Os sistemas de informação que são capazes de intercambiar informação com outros sistemas fazem isso por meio de arquivos de texto plano, planilhas de cálculo ou texto separado por vír-gulas, provocando a necessidade de interação humana e de interfaces ad hoc para realizar o processamento, armazenamento, resguardo e interpretação dessa documentação. Os intercâm-bios de informação atuais são de ponto a ponto, isto é, necessitam de um desenvolvimento espe-cífico para cada destinatário. Ao não existir um padrão ou forma estabelecida de transmissão de dados: 1. A análise da informação atrasa, o que torna impossível ter disparadores oportunos de alertas para tomadas de decisões oportunas. 2. A informação é inserida manualmente de forma repetida nas diversas organizações geran-do erros e carga de trabalho desnecessária a ní-vel sistêmico. 3. O paciente ou usuário de uma determi-nada organização financiadora não possui toda sua informação unificada, desperdiçando uma oportunidade de gerar um portal único que sirva como repositório de toda a informação clínica à sua disposição. É por isso que para diminuir estas deficiências na oportunidade e qualidade da informação é necessário fazer um melhor uso das tecnologias digitais disponíveis. Embora o uso de histórias clí-nicas eletrônicas e a implementação de software nas organizações de saúde tenha avançado bas-tante nos últimos anos e em alguns casos, sejam utilizados de forma interna, padrões internacio-nais ou ad-hoc locais, a regra geral é que cada financiador define seu próprio formato para o intercâmbio de dados de faturamento e que não existe um consenso sobre quais são os tipos e formatos de documento anexo que se podem aproveitar, nem sobre a composição dos mesmos. Diversos atores do setor da saúde perceberam Por Diego Kaminker HL7 International, Affiliate Director diego.kaminker@kern-it.com.ar Por Fernando Campos HL7 Argentina, Chair fernando.campos@hospitalitaliano.org.ar Página 6 Página 7
  • 6. que é preciso mudar o enfoque no intercâmbio da informação em saúde, especificando através de documentos técnicos a interoperabilidade baseada em padrões abertos e internacionais in-dependentemente de que a mesma seja ou não regulada pelo estado. Com esta finalidade, USUARIA (www.usuaria. org.ar)- através de seu fórum específico dedica-do à área da Informática em Saúde (Forum IT Salud, http://www.itsalud.org.ar/), com o apoio das instituições participantes (Hospital Alemán de Buenos Aires, Hospital Italiano de Buenos Ai-res, Osde, Medicus, Swiss Medical e Omint, entre outras) e do HL7 Argentina (www.hl7argentina. org.ar), decidiu gerar uma especificação tanto para o formato de liquidação eletrônica, como para os documentos anexos. A idéia foi introduzida na quinta-feira 5 de junho de 2014 no quadro da reunião do fórum IT Saú-de 2014 com esta apresentação http://usuaria. org.ar/documentos/alternativa-de-implementa-ci% C3%B3n-de-un-est%C3%A1ndar, e o projeto começou oficialmente em setembro de 2014. O projeto está dividido em várias etapas (defi-nições preliminares, definição de tipos de docu-mento e seu conteúdo, definição de alternativas de transporte, segurança e aspectos jurídicos) o que requer reuniões com os interessados, que serão realizadas durante o último trimestre de 2014. No que se refere ao formato de documentos anexos a serem definidos nas primeiras etapas, foi selecionado o padrão do HL7 International HL7 CDA R2, que é também padrão ISO/HL7 27932:2008, e está em processo de tradução para o espanhol através do IRAM (ver nota em Infor-mation Technology http://iram.com.ar/UserFiles/ Nota%20IT.pdf). Inicialmente os tipos de documento a serem de-finidos são: - Relatório de Alta de Internação - Processo de Internação (conjunto de do-cumentos) - Relatório Cirúrgico - Relatório de Consulta Ambulatória - Informação do Laboratório de Análise Clínica - Relatório de Microbiologia - Relatório de Diagnóstico por Imagens - Relatório de Anatomia Patológica - Outros relatórios diagnósticos Para a documentação deste projeto foi escolhi-da uma moderna ferramenta de código aberto desenvolvida por um grupo de usuários HL7 eu-ropeus (Alemanha, Holanda e Áustria) denomi-nado ART-DECOR. A interface de usuário da ART-DECOR até o mo-mento está em inglês, alemão e holandês, mas estamos em processo de tradução para o espan-hol para facilitar a colaboração em países hispa-no- falantes. As siglas ART correspondem à funcionalidade do “Advanced Requirements Tooling”, que permite que usuários com conhecimentos gerais de ge-renciamento ou médicos possam colaborar no design do conteúdo dos documentos clínicos. A partir destas definições trabalha-se no DECOR: Data elements, Codes, OIDs and Rules, estas de-finições permitem gerar tanto o guia de imple-mentação em formato textual como planilhas e bibliotecas de código aberto em linguagens de programação de uso geral (C#, VB.Net, Java) fe-rramentas para a geração, validação e consumo destes documentos clínicos. A ART-DECOR contém uma biblioteca de blocos reusáveis (BBR) pré-gerados para a criação de planilhas para documentos clínicos, baseada em todas as implementações documentadas a nível nacional. A ferramenta permite indicar a versão e o estado (rascunho inicial, rejeitado, final) de toda a docu-mentação gerada. Permite expressar desde o início do projeto as decisões tomadas, incluindo cenários, conceitos mínimos, conjuntos de dados, planilhas, voca-bulários (conjuntos de códigos) . Dados disponíveis em ART-DECOR Projeto: Descrição, Copyright, Informação de Versões, Identificadores definidos próprios, Co-munidade Conjuntos de Dados (Datasets): Descrição em linguagem simples (não técnica) da informação requerida, definida como ‘Conceitos’. Reusável em diferentes documentos e cenários. Inclui uma mínima noção do tipo de dados e uma referência cruzada aos cenários e planilhas de documento que a incluem. Cenários: Explicação dos casos de uso para a ge-ração dos diferentes tipos de documento, e os possíveis atores envolvidos. Inclui a relação dos conceitos incluídos para cada cenário e sua car-dinalidade (elementos repetitivos, opcionais ou obrigatórios). Permite descrever para cada ce-nário eventos disparadores e dependências Terminologia: sistemas de codificação e conjun-tos de valores definidos pelo projeto (códigos para tipos de documento, seções, gênero, espe-cialidades médicas, nomencladores, etc.) Planilhas: permite definir e expressar de forma explícita (em XML) e gráfica (diagrama UML) os elementos que serão incluídos nos documentos baseados nos conjuntos de dados através do ma-peamento explícito aos conjuntos de dados. Problemas: assuntos a serem resolvidos no proje-to, incluindo data de abertura, prioridade, esta-do, etc. Até o momento o repositório Art-Decor do MAIS está situado no repositório público http://art-de-cor. org/art-decor/decor-project--mais-. Para obter mais informação sobre a ferramenta: http://www.art-decor.org/mediawiki/index.php/TV (veja especialmente o vídeo do Dr. Kai Heitman em MEDINFO Istambul 2014). Ficha técnica da ART DECOR: http://art-decor.org/me-diawiki/ images/f/f8/ART-DECOR_factsheet_EN.pdf Nota sobre ART-DECOR no newsletter do HL7 Europa: http://www.hl7.eu/download/eun-04-v2014.pdf, pági-nas Por Diego Kaminker HL7 International, Affiliate Director diego.kaminker@kern-it.com.ar Referências 24 -30. Página 8 Página 9
  • 7. Problemas terminológicos na interoperabilidade no Setor da Saúde INTRODUÇÃO Há vários anos que a interoperabilidade é utiliza-da no setor da saúde na Argentina. Normalmente é usada para resolver o problema das autorizações de procedimentos médicos entre os financiadores de serviços de saúde e os fornecedores de serviços. Na maioria das implementações que existem hoje em dia no nosso país, utiliza-se o padrão de men-sagens HL7 para interoperar no setor da saúde. Porém, existem vários problemas tecnológicos devido a que não existe um padrão atualizado e estabelecido através de consenso para os procedi-mentos médicos. Existe uma aceitação geral sobre a terminolo-gia a utilizar como ICD9 ou CIE10 para notificar doenças nos sistemas informáticos. No caso dos medicamentos, os mesmos dispõem de uma codi-ficação de vincos destacáveis e de códigos de ba-rra que permitem identificar o medicamento de forma inequívoca. Embora existam melhores siste-mas de codificação de doenças e de medicamen-tos, o fato de que haja consenso no uso de codi-ficações de diagnósticos e medicamentos ajuda à interoperabilidade de sistemas informáticos, mas lamentavelmente não acontece o mesmo com os procedimentos médicos. O grande problema terminológico ocorre quan-do se pretende fazer interoperabilidade dos pro-cedimentos médicos. Apesar de que existe uma tabela nacional, o NOMENCLADOR NACIONAL DE PRESTAÇÕES MÉDICAS, a mesma não apresenta atualizações nos últimos anos, obrigando os di-versos atores a gerar seus próprios códigos para definir os novos procedimentos médicos que não se encontram nessa tabela. Isto faz com que, para que exista interoperabilidade entre sistemas, seja necessário criar as tabelas de Trans-codificação (dicionários de dados), conhecida normalmente como homologação de procedimentos médicos Página 10 Página 11
  • 8. entre prestadores e financiadores. A finalidade deste estudo é determinar a incidên-cia que tem, nos custos, a criação e a manutenção das tabelas de Trans-codificação de procedimen-tos médicos entre os diferentes atores para que os sistemas possam interoperar. A falta de padrões terminológicos aumenta os custos e o erro nos processos de interoperabili-dade de sistemas. É importante entender que o problema da terminologia na interoperabilidade está fora do alcance de cada instituição, e que a única forma de resolver esse problema é através do consenso ou, de fato, a partir do Estado, con-vocando as câmaras de empresas de planos de saúde, responsáveis pela saúde pública das pro-víncias, federações de bioquímicos, câmara de instituições de diagnóstico, etc. de modo que as instituições do país, tanto públicas como priva-das, utilizem o padrão terminológico de procedi-mentos médicos (Nomenclador Nacional de Pres-tações) e possam interagir sem inconvenientes.(1) O fato de que cada instituição resolva individual-mente o problema da codificação de procedi-mentos médicos não só implica um esforço inútil, mas também complica a interoperabilidade. A interconexão dos aplicativos informáticos hetero-gêneos nos sistemas de saúde deve seguir uma normalização terminológica (4). Quando se agrupam todas as possíveis relações entre os financiadores e os fornecedores, a si-tuação torna-se crítica porque a quantidade de relações se multiplica exponencialmente e o pro-blema da terminologia aumenta devido à quanti-dade de tabelas que é necessário manter. MATERIAL e MÉTODO Unidade de análise: Para este estudo analisamos as seguintes fontes de dados: 1. Banco de dados de procedimentos médicos Nomenclados e Extranomenclados do Sistema BIOCOM. 2. Dicionários de Dados ou Tabelas de transco-dificação para interoperar entre prestadores e financiadores. 3. Tabela de autorização de procedimentos mé-dicos do sistema de registro e validação on-line da TRADITUM: a mesma contém dados de autori-zações de procedimentos médicos, um Financia-dor com aproximadamente uma lista de 600.000 usuários com uma rede de prestadores conecta-dos através da integração de sistemas com 640 prestadores. Sobre as diferentes unidades de análise foram realizados os seguintes estudos: 1. Guia de procedimentos médicos nomenclados e extranomenclados: Foi analisada sua compo-sição calculando a proporção de procedimentos médicos nomenclados e extranomenclados nos seguintes quatro setores: Procedimentos clínicos Procedimentos cirúrgicos Procedimentos de estudos complementares de imagens Procedimentos de Laboratório 2. As tabelas de transcodificação são tabelas de dois campos: o código próprio e o código da em-presa com a qual temos que efetuar transações. Nestas tabelas existem tantos registros quanto códigos diferentes existam nos dois sistemas que queiram interoperar. Se a clínica quer interope-rar com o Financiador X tem que enviar o código que o sistema do Financiador X compreenda e se o Financiador X manda um código, o mesmo tem que ser traduzido para o código que a clínica compreenda (vide figura 1). 3. Foi analisado o banco de dados das solicitações de autorização de procedimentos de Serviços de Saúde de 600.000 pacientes. RESULTADOS Resultados da Análise do Código de Procedimen-tos Nomenclados e Extranomenclados. Na tabela geral dos procedimentos encontramos o seguin-te: No caso de Laboratório Clínico: mais de 70% dos procedimentos atuais e dos códigos não estão padronizados no nomenclador. No que se refere a estudos de imagens de diag-nóstico: mais de 40% dos procedimentos que es-tão sendo realizados atualmente não estão no nomenclador. No caso dos procedimentos cirúrgicos: mais de 30% não estão nomenclados. No caso do procedimento clínico: mais de 20% não estão nomenclados. (Vide gráfico 1). Resultados da Análise das tabelas de trasnco-dificação: No nosso banco de dados de estudos encontramos que a média dos registros dos di-cionários de dados é de aproximadamente 500 códigos com um máximo de 1500 e um mínimo de 100 que devem ser trans-codificados. Esta ta-refa de homologação requer 10 dias completos de validação on-line de um recurso da empresa, um responsável da área de prestações do centro médico, e 3 dias de revisão por parte dos finan-ciadores. A média de horas de trabalho de um programa-dor da empresa fornecedora do HIS para criar estas tabelas, tendo os dados à disposição, é de 10 horas e representa 50% do tempo de imple-mentação de uma interface bidirecional entre um prestador e um financiador. Com relação à média de horas mensais que se necessita para manter uma interface, aumenta em média 5 ho-ras pela falta de um padrão: 80% desse tempo é ocupado para resolver erros que ocorrem nas transações, que são aproximadamente de 10%, e para adicionar os novos códigos que se deseja intercambiar/interoperar entre os sistemas. Estas tarefas não seriam necessárias se existisse um pa-drão terminológico. Cada conexão de um centro médico com cada financiador requer, para inte-roperar, a manutenção de uma tabela de trans-codificação. O cálculo crítico das relações de cardinalidade entre os fornecedores e financiadores foi realiza-do com os dados de um financiador que tem uma lista de aproximadamente 600.000 usuários e en-tre 9000 a 10.000 prestadores a nível nacional. Por outro lado, cada centro atende uma média de 10 financiadoras. Esta realidade ocorre nas ca-pitais de província onde a oferta de serviços de saúde está concentrada em poucos prestadores de saúde e cada um deles pode chegar a atender usuários de até 20 financiadores/planos de saú-de. Esta análise exclui os centros de saúde que dependem da área estatal, tanto nacional como provincial, regional ou municipal. No gráfico 2 cada seta representa um dicionário de dados das tabelas que esta estrutura de in-teroperabilidade precisa manter e que deve ser constantemente atualizado. Página 12 Página 13
  • 9. No nosso caso de estudo, composto por 640 fornecedores e 10 financiadores, implica a ma-nutenção de 6400 dicionários (Vide tabela 1 e gráfico 2). Este esquema multiplica-se de forma exponencial quando a interoperabilidade é rea-lizada entre vários fornecedores e financiado-res. No nosso caso de estudo, a quantidade de horas necessárias para reforçar a integração é de 64.000, e as horas necessárias para a manu-tenção, de 32.000. Essa situação poderia ser evi-tada se existisse uma norma terminológica con-vencionada para usar na interoperabilidade. DEBATE É necessário que o sistema de saúde compreenda que a interoperabilidade é uma realidade atual e que, em forma crescente, os diferentes sistemas informáticos estão requerendo interoperar. Não basta contar com um padrão de mensagens, também devemos chegar a um consenso nos padrões utilizados para resolver a terminologia. É necessário criar de forma urgente um Nomencla-dor de Procedimentos atualizado que possa ser utilizado por todos. A falta desse acordo tem um alto impacto nos custos dos sistemas, gerando além disso uma alta porcentagem de erros. Atualmente, na Argentina os códigos de mais de 50% dos procedimentos médicos são atribuídos no sistema de uma forma anárquica e isto dificul-ta a interoperabilidade. CONCLUSÕES Hoje não é possível administrar a saúde corre-tamente a nenhum nível sem a ajuda dos siste-mas informáticos. Para processar a informação é necessário organização, padrões, consenso e, depois, unidade de critérios. Se as autoridades da saúde entendessem o impacto do problema terminológico, com certeza surgiria uma pos-sibilidade de solução. Atualmente, a anarquia existente com relação à codificação de procedi-mentos faz com que seja necessário investir um volume muito importante de recursos (basica-mente horas-homem e dinheiro) que se poderia aproveitar em tarefas mais produtivas que adi-cionem valor e simplicidade à disposição de da-dos para estatísticas, campanhas de prevenção, análises de custos por patologia, etc. Para processar a informação e obter estatísticas sanitárias sérias para serem aplicadas em polí-ticas preventivas, é necessário padrões, organi-zação, consenso e depois unidade de critérios. Entender esta problemática, certamente possível de evitar, reduziria substancialmente os custos e os erros de interoperabilidade. Se isso aconteces-se, não seria necessária a construção e a manu-tenção dos dicionários de dados que são caros de Referências Michael P. Gallaher, Alan C. O’Connor, John L. Dettbarn, Jr., and Linda T. Gilday, Cost Analysis of Inadequate Interopera-bility in the U.S. Capital Facilities Industry, NIST GCR 04-867 http://www.bfrl.nist.gov/oae/publications/gcrs/04867.pdf EHR IMPACT European Commission, DG INFSO & Media, The socio-economic impact of interoperable electronic health record (EHR) e ePrescribing systems in Europe and beyond. http://www.ehr-impact.eu/downloads/documents/EHRI_fi-nal_ Spil, Katsma, Stegwee, (2007): Information systems and healthcare XXIII: Exploring interoperability of electronic health records by studying demand and supply in the Ne-therlands. In: Communication of the Association for Infor-mation System. Vol. 20, p. 996- 1008. ´ Standardized terminological services enabling semantic in-teroperability between distributed and heterogeneous sys-tems International Journal of Medical Informatics, Volume 64, Is-sue 2, Pp 223-240 J.Ingenerf Coordinador Ejecutivo de HL7 LATAM Dr. Humberto Fernán Mandirola Brieux hmandirola@hl7.org.ar TRADITUM S.A - PROMINENTE S.A. Ing. Fernando La Rosa flarosa@prominente.com.ar criar, manter e atualizar. Neste trabalho analisamos o impacto no custo da implementação e a manutenção de sistemas que requerem interoperar com mensagens. A Argen-tina tinha desenvolvido um padrão geral de pro-cedimentos chamado Nomenclador Nacional que foi utilizado durante muitos anos pelos fornece-dores de serviços e financiadores, para intercam-biar informação, definir as formas de pagamen-to, estabelecer convênios e regras de utilização. Lamentavelmente, há mais de uma década que este Nomenclador deixou de ser atualizado e, hoje em dia, mais de 50% dos procedimentos realiza-dos não estão incluídos neste padrão, obrigando a que cada ator invente os códigos que faltam e agravando o problema aceleradamente. Espe-ramos que este trabalho ajude a compreender a importância do problema. As ontologias são um recurso que permite trabalhar informaticamen-te com a conceitualização do significado e evitar a limitação imposta pelos termos normalizados. Nota Na América Latina as Financiadoras de Saúde, Seguradoras de Saúde e Empresas de Planos de Saúde, sempre fazem referência nos encarre-gados de financiar o custo de atendimento dos usuários, segurados, associados ou aderentes a um sistema de atendimento médico seja particu-lar, estadual em qualquer um de seus níveis ou misto. report_2009.pdf Página 14 Página 15
  • 10. HL7 Colombia Formato Unificado de Arquivos para documentos eletrô-nicos HL7- DUFF Resumo- A interoperabilidade através de um intercâmbio significativo baseado em documentos de registros pessoais de saú-de e registros eletrônicos de saúde requer o suporte de formatos de documentos por-táteis. O XML oferece una sintaxe de codi-ficação que garante a interoperabilidade para documentos estruturados HL7. Porém, a portabilidade não está garantida quan-do é preciso anexar outros arquivos e do-cumentos relacionados com os documentos estruturados, já que poderia ser necessário conhecer antecipadamente (ou modificar) a localização (rota) dos objetos referenciados. O objetivo deste artigo é propor um forma-to de arquivo padrão para os documentos eletrônicos de saúde que melhore sua por-tabilidade, leitura humana e usabilidade. A especificação DUFF HL7 proposta comple-menta as normas para documentos estrutu-rados de HL7 v3, encapsulando num mesmo arquivo o conteúdo e a informação anexa aos documentos eletrônicos de saúde. Palavras chave: Portabilidade, Encapsulamento, HL7 CDA, HL7 SDA INTRODUÇÃO A portabilidade dos produtos de software é defi-nida pela sua capacidade para serem transferidos de uma plataforma para outra [1] A linguagem de marcação extensível (XML) é um padrão W3C criado para suportar o desenvolvimento de apli-cativos Web portáteis, abertos, de leitura huma-na e flexíveis [2]. O HL7 utiliza a tecnologia XML para representar etapas de suas especificações da Versão 3 da mensagem, bem como as especi-ficações da arquitetura dos documentos clínicos (CDA) e a arquitetura dos documentos estrutura-dos (SDA). O XML proporciona aos documentos estrutura-dos HL7 uma sintaxe de codificação que garante a interoperabilidade. No entanto, não se pode garantir a portabilidade e a usabilidade quando é preciso anexar outros arquivos e documentos relacionados com os documentos estruturados, já que poderia ser necessário conhecer anteci-padamente (ou modificar) as rotas de acesso aos objetos incluídos. Atualmente existem alguns formatos de ar-mazenamento de documentos eletrônicos que utilizam a sintaxe XML que permitem encapsu-lar num único arquivo diferentes documentos relacionados, por exemplo: normas como a ISO/ IEC 26300 OpenDocument [3] e ECMA-388 Open XML Paper [4]. Porém, não existem formatos de arquivo específicos para documentos eletrônicos de saúde. Um grupo de interesse especial (SIG) da HL7 Colômbia detectou a necessidade de dispor de um formato deste tipo e decidiu trabalhar no design e implementação de uma especificação denominada DUFF HL7 (formato unificado de ar-quivo para documentos eletrônicos de HL7). OBJETIVOS O objetivo do artigo é propor um formato de ar-quivo padrão para os documentos eletrônicos de saúde que tenha as seguintes propriedades: 1. Proporcione um formato de arquivo eletrônico que facilite a portabilidade, usabilidade e leitura humana. Página 16 Página 17
  • 11. ISO/IEC 9126: Software Engineering -- Product Quality, parte 1. 2001. World Wide Web Consortium (W3C). http://www.w3.org ISO/IEC 26300. Information technology--Open Document Format for Office Applications (OpenDocument) v1.0, 2006 ECMA-388. Open XML Paper Specification, European Com-puter Manufacturers Association, 2009 ISO/IEC DIS 9660: File System Specification, 1999 Por Mario Enrique Cortés. mario.cortes@datasalud.net Diego M. López, PhD Telematics Department University of Cauca. Popayán, Colombia dmlopez@unicauca.edu.co Bernd Blobel, PhD eHealth Competence Center Regensburg, Germany bernd.blobel@kli-nik. uni-regensburg.de 2. Apresente documentos eletrônicos de saúde como uma unidade de informação composta que integre diferentes etapas de especificações de documentos estruturados HL7 (CDA, CCD, SPL, conjuntos de ordens e outros documentos estru-turados) num mesmo formato unificado. 3. Inclua outra informação contextual (por exem-plo, imagens, vídeo, PDF, etc.) no arquivo encap-sulado. 4. Garanta as características antes mencionadas, sem alterar as propriedades dos documentos ele-trônicos de HL7 nem limitar sua interoperabili-dade, atributos de rendimento e capacidades de processamento em aplicativos de software e dis-positivos. O formato unificado de arquivos para Docu-mentos Eletrônicos de HL7- DUFF O formato unificado de arquivo para documen-tos eletrônicos de HL7 - HL7 DUFF- é um forma-to de arquivo padrão para o armazenamento de documentos eletrônicos de saúde. Este formato complementa as especificações da arquitetura de documento estruturado (HL7 V3 SDA, R1) e a arquitetura de documento clínico (HL7 CDA R2; ISO/HL7 27932:2008) que fazem parte do HL7 v3. O DUFF HL7 armazena e suporta o intercâmbio de documentos eletrônicos de saúde como uma mesma unidade de informação que inclui não só as etapas XML dos documentos estruturados de HL7, mas também informação contextual as-sociada ao documento em outros formatos (DI-COM, jpeg, gif, png, pdf, etc.). O HL7 DUFF é um arquivo ZIP comprimido que utiliza a extensão “.hl7” e contém um conjunto de arquivos e pastas tal como descrito na Ima-gem 1. A seguir são descritos os principais arqui-vos de HL7 DUFF: content.xml: Este arquivo armazena o conteúdo principal do documento estruturado e utiliza sin-taxe XML. Sua estrutura é compatível com docu-mentos estruturados HL7 v3 (CDA, CCD, SPL, etc.). meta.xml: Este arquivo contém os metadados do documento eletrônico, por exemplo, o tipo de planilha, tipo de estrutura, o ID do documento, a data e hora de criação, nome do autor, registro médico do paciente, etc.mimetype: Este arquivo codifica a informação como MIME (Extensões Multi função de Mensagens de Internet) para enviar o conteúdo por e-mail. settings.xml: Este arquivo contém propriedades para que aplicativos específicos de software pos-sam realizar o processamento e a leitura de do-cumentos (opcional). Styles/styles.xsl: Este arquivo contém informação sobre o estilo de visualização do documento, uti-lizando a Linguagem Extensível de Folhas de Es-tilo W3C (XSL). META-INF/manifest.xml: Contém uma lista de to-dos os arquivos dentro do arquivo .hl7. As pastas incluídas estão dedicadas a: Images/: Armazena arquivos de imagem (jpeg, jpg, gif, png, bmp, svg, etc.) associados com o documento. Objectn/: Armazena os arquivos relacionados com o documento principal (outros documentos estruturados, DICOM, pdf, odt, doc, docx, etc.). META-INF/: Armazena o arquivo manifest.xml. Styles/: Armazena o arquivo styles.xsl, as folhas de estilo em cascata (CSS) e todos os outros ar-quivos necessários para visualizar um documen-to. Thumbnails/: Armazena uma imagem da visuali-zação prévia de um documento (opcional). É evidente que o HL7 DUFF oferece uma clara se-paração do documento eletrônico em si mesmo, seus metadados e a visualização da informação (estilo), mas, ao mesmo tempo, armazena toda a informação num mesmo arquivo. Foram desenvolvidos protótipos de plug-ins para Firefox e Google Chrome com a finalidade de demonstrar como se visualizaria um arquivo HL7 DUFF nesses navegadores. Os plug-ins oferecem mecanismos gratuitos e simples para a apresen-tação de documentos. A Imagem 3 exibe uma vi-sualização do HL7 DUFF no Firefox. DEBATE E CONCLUSÃO O formato de arquivo proposto em HL7 DUFF está baseado em formatos padrão amplamen-te utilizados para documentos eletrônicos tais como as especificações do OpenDocument e do OpenXML Paper. O HL7-DUFF é um enfoque complementar para o HL7 Self Displaying CDA (DSTU), facilitando a inclusão de conteúdo mul-timídia adicional e outros arquivos relacionados. Quando é preciso realizar um intercâmbio de documentos estruturados entre aplicativos sem conexão da Internet (utilizando meios tais como CD, DVD, memória USB, etc.), é possível utilizar o HL7 DUFF junto com a especificação do suporte de armazenamento extraível ISO 9660 R1. Neste caso, é necessário relacionar os aparelhos HL7 DUFF no arquivo HL7DIR.xml e armazená-lo na pasta HL7/. Como a informação está encapsu-lada no formato HL7 DUFF, não é necessário utili-zar diretórios diferentes do HL7 para armazenar os anexos do documento. Em resumo, o HL7 DUFF melhora a portabilida-de, a usabilidade (visualização) e a leitura huma-na dos documentos eletrônicos de saúde. O HL7 DUFF complementa as normas para documentos estruturados de HL7, encapsulando num mesmo arquivo o conteúdo e a informação anexa aos documentos eletrônicos de saúde. Caso seja acei-to, o HL7 DUFF seria a primeira especificação HL7 v3 proposta por membros da comunidade HL7 na América Latina. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem profundamente a Diego Kaminker da HL7 Argentina e aos membros da HL7 Colômbia por seus comentários sobre o ar-tigo. Este trabalho foi financiado pelo programa QUIPU com a subvenção D43TW008438 do FIC/ NIH, Ministério de Educação da Colômbia, sob contrato IF004-09 (Projeto ImagenMantis) e a Universidade de Cauca. REFERENCIAS Página 18 Página 19
  • 12. Jornadas de treinamento no IHE. No quadro do Terceiro Encontro Internacional de Saúde em Chile, a Universidade de Valparaí-so e a FISA ofereceram uma jornada especial para os profissionais da área. Aqui apresenta-mos um resumo das dez principais perguntas por Fernando Campos. 1.- Quais são as vantagens ou benefícios do pro-cesso de integração tecnológica padronizada de sistemas e aplicativos na área da Saúde, e sua im-portância para melhorar a qualidade do atendi-mento ao usuário? Existem muitíssimas vantagens. Atualmente, na maioria dos países da América Latina dispor de uma história clínica de um paciente implica uma pilha de papéis, seja ela escrita, de forma manus-crita pelo médico, ou impressões de um ou mais registros clínicos eletrônicos numa variedade de formatos indetermináveis. O suporte tradicional de uma história clínica sempre foi o papel e esta forma de armazenamento traz consigo muitos problemas relacionados com a disponibilidade e com o acesso, pois o formato e seu conteúdo estão totalmente fragmentados. Além disso, a informação é capturada por aplicativos com fina-lidades diferentes. São geradas por um ou mais laboratórios, cada um dos médicos que atende esse paciente, o(s) hospital(ais) onde se hospitali-za, as enfermeiras que realizam curativos ou ad-ministram medicamentos, as farmácias, o centro de diagnóstico por imagens etc. Com o aparecimento das tecnologias nasceu uma nova maneira de armazenar, recuperar e visua-lizar a informação contida num registro clínico passando para um formato eletrônico. A inclusão da estruturação da informação e a utilização de padrões está relacionada com a necessidade de compartilhar a informação e que essa informação seja compreensível para os outros sistemas. Isto é a pedra fundamental de uma história clínica úni-ca do cidadão chileno, que traz consigo benefí-cios em todas as áreas. O paciente dispõe de uma história clínica centralizada com toda sua infor-mação e já não necessita estar lembrando que remédios toma ou o que foi prescrito no outro centro de atendimento. Beneficia o profissional que o atende porque tem à sua disposição muito mais informação para tomar uma decisão correta e são inumeráveis os benefícios para a gestão da saúde e seu gerenciamento. 2.- Como funciona o processo HL7? HL7 é uma “Organização de Desenvolvimento de Padrões” (SDOs), para a área da saúde. Foi fundada em 1987 sem fins de lucro que opera a nível internacional e sua missão é proporcionar padrões globais para as áreas: clínica, assisten-cial, administrativa e logística, com a finalidade de conseguir uma interoperabilidade real entre os diferentes sistemas de informação na área da saúde. Atualmente dispõe de aproximadamente 1300 membros corporativos, 2500 associados, 57 filiados internacionais, 95% dos fabricantes de software de saúde a nível mundial. Assim como todas as SDO credenciadas pela ANSI, HL7 possui um estrito e bem definido con-junto de procedimentos de operação que garan-tem o consenso, a transparência e o equilíbrio de interesses. Os membros do HL7 são conhecidos coletivamen-te como o Grupo de Trabalho, que está organi-zado em comitês técnicos e grupos de interesses especiais. Os comitês técnicos são diretamente responsáveis pelo conteúdo dos padrões. Os gru-pos de interesses especiais servem para desen-volver informação e testes para a exploração de novas áreas de cobertura dos padrões publica-dos pelo HL7. Uma lista dos comitês técnicos e grupos de inte-resses especiais, bem como suas missões, abran-gência e coordenadores está disponível no web site do HL7. 3.- Existem casos práticos de sucesso? Provas científicas de histórias clínicas utilizando exclu-sivamente o IHE? Muitos. Posso dar exemplos de três conforme seu alcance: continental, nacional e regional de his-tórias clínicas que compartilham documentos, in-formação e nem todos usam o mesmo software. Página 20 Página 21
  • 13. O projeto European Patient - Smart Open Ser-vices (epSOS), tem o objetivo de dispor de uma história clínica eletrônica resumida para que um profissional possa consultar rapidamente a infor-mação essencial, do paciente que precisa receber assistência fora de seu país de origem. Inclui-se a funcionalidade da receita eletrônica para per-mitir que um paciente receba a medicação, inde-pendentemente do país no qual foi prescrita e do país onde se encontra no momento do aten-dimento. Tem uma abrangência continental já que foi tes-tado com 11 países Áustria, República Tcheca, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Holanda, No-ruega, Eslováquia, Espanha e Suíça. Em total par-ticipam 23 países com um investimento superior aos USD 50.000.000. O projeto começou no ano 2008 e o motivador foi proporcionar interopera-bilidade entre os países principalmente pelo mo-vimento de pessoas dentro da Europa (por serem pequenas distâncias). É coordenado pela Associação de autoridades lo-cais e regiões (SALAR) da Suécia e a educação dos pacientes e fornecedores é realizado através do web site do projeto. Possui também um projeto de educação e certificação para desenvolvedores de software com acesso aberto à documentação. A estruturação dos documentos está padroniza-da e o conteúdo dos mesmos utiliza identificado-res globais nacionais exceto para o vocabulário e conjunto de dados determinados pelo projeto. O consumo de cada documento tem a problemáti-ca da linguagem. O epSOS fornece tradução do espanhol para o francês através de um vocabulá-rio próprio e serviços semânticos. Algumas das seções intercambiadas no resumo do paciente são: Alergias, Medicamentos, Vacinas, doenças prévias, procedimentos, sinais vitais, resultados e planos de tratamento. A terminologia que uti-liza é própria já que eles são os responsáveis de traduzir o documento original para a linguagem que seja necessária. Outra importante implementação a nível na-cional é o projeto PCEHR – (Personally Contro-lled EHR) da Australia cujo objetivo é enfrentar a fragmentação da informação que o país tem, permitindo a cada pessoa um acesso mais simples aos seus dados clínicos e tornar mais seguro o acesso à informação por parte dos fornecedores envolvidos no atendimento. Tem um alcance a nível nacional já que foi implementado em toda a Austrália. Em novembro de 2012 dispunha de 18.214 usuários registrados, com o objetivo de ter 500.000 nestes dias. Conta com um investi-mento de mais de USD 466.000.000 e participam 243 Organizações. Por lei é administrado pelo Departamento de Saúde e Idosos. Foi desenvolvi-do principalmente pela agência NEHTA (National E-Health Transition Authority) e possui um cen-tro educativo e web sites para treinar fornecedo-res e pacientes. Os desenvolvedores de software podem acessar todas as especificações, exemplos e seminários, embora ainda não exista uma certi-ficação de produtos. No que se refere ao conteúdo de cada documen-to, possuem um identificador nacional de saúde e utilizam identificadores globais únicos de saú-de para paciente, fornecedores (médicos, espe-cialistas, etc.) e organizações. Possuem guias de implementação de como consumir cada docu-mento e a maneira de apresentá-lo ao usuário. As especificações estabelecem a estrutura do do-cumento de alta de uma hospitalização, resumo da história clínica, administração de medicamen-tos, interconsultas ou derivações, resumo de con-sulta e diretrizes antecipadas. Cada guia espe-cifica seu vocabulário e conjunto de códigos. O SNOMED CT e LOINC para tipos de documentos e algumas codificações próprias da Austrália para sexo, nome, causa da morte, estado mental, etc. Finalmente, com uma abrangência regional, na Espanha destacam-se muitos exemplos, mas um dos mais importantes é a HC3 – História Clínica Compartilhada da Catalunha. Seu objetivo é estabelecer o registro eletrônico com um conjunto de documentos que conten-ham a informação mais importante do estado e a evolução de um paciente durante o cuidado de sua saúde. Tem uma média de 74.000 aces-sos mensais e 468 Organizações participantes. Em fevereiro de 2013 existiam 11 aplicativos de software HC3 compatíveis e mais de 51.000.000 documentos publicados. É administrado pelo TicSalut, o Departamento de Saúde da Catalunha, que proporciona serviços para aqueles fornecedores que não podem co-nectar seus próprios produtos, incluindo, se for necessário, uma camada intermediária ou inter-face. A geração destes documentos por parte dos fornecedores é obrigatória, e para os pacientes o fato de unir-se ao projeto, é opcional. Dispõem de uma infra-estrutura onde os pacien-tes possuem um cartão de identificação (Tarjeta de Catalunya CIP) embora os documentos supor-tam dois identificadores mais, o nacional e o eu-ropeu. A estratégia de armazenamento é realizada num repositório central e repositórios locais. O re-gistro de cada documento está centralizado. O transporte dos documentos é feito por meio de Web Services SOAP/IHE/ ou serviços webs realiza-dos especificamente. Os documentos estão assi-nados digitalmente e têm suporte para todos os objetos DICOM. Quanto ao conteúdo dos documentos possuem identificadores globais únicos de saúde para paciente, fornecedores (médicos, especialistas, etc…) e vocabulário local administrados pelo Tic- Salut. O consumo de cada documento é realiza-do através de um portal específico ou por meio da História Clínica, caso disponha da funcionali-dade. As especificações dos tipos de documentos, planilhas, texto e estrutura estão definidos pela lei espanhola. 4.- Quais são os problemas que afetam o sistema público de saúde? Não sou o mais indicado para falar sobre o sis-tema público de saúde chileno, mas com relação à interoperabilidade não conheço implemen-tações por iniciativa do sistema público de saúde a nível regional ou nacional. Acredito que impul-sar o uso de padrões numa forma possível de im-plementar é um dos seus objetivos. Tendo como alvo oferecer um serviço de qualidade assisten-cial aos pacientes, é recomendável pelo menos ter políticas nacionais e por que não, de alcance internacional, que definam o quadro de intero-perabilidade no qual se deve trabalhar. 5.- Segundo sua experiência, que resultados po-deriam ser obtidos ao colocar em prática o HL7 no nosso país? A adoção de padrões como o HL7, e na verdade como outros que têm diferentes objetivos como o DICOM para imagens ou o SNOMED CTpara terminologia, servem para conseguir compara-bilidade, consistência da informação e intero-perabilidade entre sistemas de informação. Este aspecto é importante para o intercâmbio da in-formação entre sistemas diversos, tanto dos for-necedores de serviços, como destes com outros envolvidos, como fornecedores e governos. A interoperabilidade torna-se mais crítica quanto mais profundos e distribuídos são os projetos de informatização das organizações sanitárias. Isto representa uma infra-estrutura essencial para a integração da informação relacionada com a saú-de da população de forma oportuna e confiável. Um aspecto fundamental é a continuidade e in-tegração da informação. Toda a informação clínica gerada através dos di-versos sistemas de assistência que é armazenada, pode ser consultada em qualquer ponto de aten-dimento. A detecção oportuna de surtos epidê-micos ou problemas sanitários não é um bene-fício menor, já que graças à disponibilidade de informação de alta qualidade e em tempo real, é possível aplicar regras de controle para a dete-cção de surtos ou problemas emergentes. Com pouco esforço permite fazer uma vigilância pas- Página 22 Página 23
  • 14. siva permanente e antecipar-se aos problemas sanitários emergentes. Do ponto de vista governamental é possível tor-nar efetiva uma integração com tais sistemas, e o sistema de vigilância permitirá desenvolver po-líticas ativas da própria rede sanitária e cumprir as regulamentações, pautas e recomendações do Ministério da Saúde. 6.- Quais são os benefícios para os pacientes de colocar este padrão em funcionamento? O resultado mais significativo para o paciente é o inicio do caminho visando a adoção de uma his-tória clínica única. Promovem um maior aumento no acesso a outras opiniões médicas e permitem ao paciente o acesso ao próprio histórico para facilitar a tomada de decisões sobre sua saúde. Muitas vezes evitam a repetição de exames caros e invasivos e sem dúvida aumentam a sensação de efetividade e segurança dos serviços de assis-tência. 7.- Pode mencionar outras experiências estran-geiras? Em que países; em hospitais públicos e/ ou centros de saúde particulares? Já comentei um pouco quando falei sobre os ca-sos de sucesso. Existem muitas experiências mais. Na Espanha, praticamente cada região tem sua história clínica única. Há bons índices de adoção na Austrália, Holanda, no Reino Unido, na Nova Zelândia e nos países nórdicos. Nos Estados Uni-dos, um país com grande avanço tecnológico, o índice de adoção não é tão alto como podería-mos imaginar, embora depois das políticas im-plementadas pelo governo do presidente Oba-ma, apresente um leve aumento neste nível de atendimento, após a implementação de incenti-vos fiscais por parte de suas políticas de governo outorgados segundo critérios de uso significati-vo das funcionalidades das HCE. Mais perto e do outro lado da cordilheira, o Hospital Italiano de Buenos Aires leva mais de 14 anos desde sua pri-meira implementação do HL7 e está em contínuo crescimento já que nos próximos meses integra com este padrão serviços de mHealth desde seu portal móvel. 8.- Quanto se demora em obter resultados con-cretos após iniciada a aplicação deste padrão? Após iniciada a implementação do padrão os re-sultados são visíveis imediatamente. O paciente começa a ver sua informação pelos diferentes centros de atendimento, os médicos podem ver as histórias clínicas mais integrais e os gerentes recebem informação que podem analisar, e tudo isso para eles acontece magicamente, porque na verdade não realizaram mudanças significativas no uso de seu sistema. A informação flui entre os sistemas de forma transparente para eles. O maior problema é “iniciar” a implementação. Existem muitas políticas por definir, guias de implementação por adotar e depois levar isso à prática. Incorporá-lo dentro do fluxo de cada aplicação. Não conheço casos que implementem soluções deste tipo em menos de 12 meses, em-bora hoje em dia existam ferramentas que per-mitem uma rápida implementação de soluções que algum tempo atrás eram impensadas ou de muito trabalho, como geradores de mensagens ou servidores de terminologias. 9.- Quais são os padrões internacionais? Existem muitos padrões internacionais para a saúde. Eu diria que deveríamos classificá-los pelo objetivo que cumprem. Por exemplo em trans-missão de mensagens de informação clínica, sem dúvida o mais implementado é o HL7. Para dados financeiros e transações, o X12N. Para imagens diagnósticas sem dúvidas o DICOM e para indi-cação de drogas o NCPDP (National Council for Prescription Drug Programs). Na categoria de terminologia e vocabulário de referência, para diagnósticos o CIE10, para clíni-ca o SNOMED CT e para identificações de labo-ratórios e outras identificações clínicas o LOINC. O mais importante é que na hora de padronizar, são muitos os padrões disponíveis e inclusive que cumprem a mesma função, que existem diver-sos níveis nos quais devem ser aplicados e que ao mesmo tempo se complementam. É funda-mental uma análise de todos eles para escolher o adequado e elaborar um projeto de interopera-bilidade escalável e sustentável. Na verdade, é o principio que utiliza o IHE. Não é um padrão em si, mas que utiliza o padrão mais adequado para resolver uma necessidade específica e define e documenta a forma de como fazer isso. 10.- O que poderia nos dizer sobre este tipo de jornadas de Treinamento em Interoperabilida-de? Que nível de treinamento proporciona esta Jornada? O objetivo é transmitir todo meu conhecimento e experiência para que todo aquele que participe leve as idéias principais de como conseguir que os sistemas possam intercambiar informação e reutilizá-la. A idéia dessas jornadas é proporcio-nar o conhecimento de cada um dos aspectos ne-cessários para interoperar, eliminando todas as dúvidas sobre o assunto e que estejam disponí-veis todas as ferramentas necessárias para iniciar o processo. Se tiver mais questões sobre IHE ou as jornadas de treinamento em interoperabilidade e padrões, pode consultar por email: info@hl7. org.ar ou fernando.campos@gmail.com. Por Fernando Campos HL7 Argentina, Chair fernando.campos@hospitalitaliano.org.ar Argentina www.hl7.org.ar Brasil www.hl7brazil.org Chile www.hl7chile.cl Colombia www.hl7.org.co Uruguay http://www.sueiidiss.org/ index.php?option= com_content&view= article&id=53&Itemid=66 México https://twitter.com/hl7mexico España www.hl7spain.org HL7 Internacional www.hl7.org Página 24 Página 25
  • 15. INFOLAC 2014 É com muito prazer e orgulho que o convidamos a vir para Montevideo com o motivo da realização do INFOLAC 2014 em outubro deste ano. Antes de contar alguns detalhes, vamos dar algumas definições: INFOLAC é o Congresso de Informática Médica da IMIA LAC. IMIA LAC é a versão latino-americana da IMIA, e IMIA é a Associação Mundial de Informática Médica. O membro oficial da IMIA no Uruguai é a SUIS (Sociedade Uruguaia de Informática na Saúde) e para a organização deste evento uniu as suas forças com a SUEIIDISS (Sociedade Uruguaia de Standars em Saúde). O nosso propósito é colaborar na difusão desta disciplina à qual temos dedicado tantos anos e tanto esforço. Acreditamos que os Informáticos Médicos devem ser protagonistas fundamentais no des-envolvimento e sustentabilidade dos sistemas de informação dos sistemas de saúde. A compreensão das necessidades e da realidade do trabalho dos profissionais e técnicos da saúde, o entendimen-to e a visão das fortalezas da aplicação de TICs e o conhecimento profundo dos sistemas sanitários são a base do exercício desta disciplina. Os desafios na América Latina são muitos e reque-rem o trabalho mancomunado da sociedade cien-tífica para conduzi-los de forma bem-sucedida. Obter recursos humanos adequadamente capaci-tados, conseguir a incorporação dos projetos de tecnologia nos orçamentos das instituições e nas definições políticas dos nossos países, interagir com a indústria de forma que gere projetos con-juntos, são alguns dos desafios a enfrentar nos próximos anos, para colaborar na chegada do sé-culo XXl aos nossos sistemas sanitários. Por isso, gostaríamos de convidá-lo a vir para Montevideo em outubro. A ideia é apresentar experiências, debater, escutar. Se estivermos em contato, se unirmos esforços, se compartirmos conhecimentos e experiências estaremos cons-truindo o espaço necessário para propiciar o nos-so próprio desenvolvimento. Em 16 e 17 de outubro, no Centro de Conferên-cias da Intendência Municipal de Montevideo (IMM) se realizará o INFOLAC. O nome do congresso é-salud 2.0 Hiperconecta-dos. Os temas oficiais são HCE interoperável e Saúde Móvel, mas claro que todos os temas do dia a dia da Informática Médica têm o seu espaço no INFOLAC. A seguir, teremos o programa completo e estará disponível na web. Alguns dados relevantes: Site www.infolac2014.org Inscrições abertas. Comitê científico *Internacional Diego Kaminker Lincoln Moura Fernán Quiros Fernando Portilla Alan March Javier Carnicero *Nacional Guillermo Rodríguez Julio Leivas Gustavo Pérez Selene Indarte Datas importantes Trabalhos Datas de apresentação: de 1 de maio a 31 de jul-ho de 2014 Retorno por parte do Comitê científico: 31 de agosto de 2014. Para apresentar trabalhos, pelo menos um dos autores deve estar inscrito no Congresso Pelo Comitê Organizador Selene Indarte Por Selene Indarte, Comité Organizador HL7 Uruguay/SUEIDDISS, Secretario sindarte@suat.com.uy Página 26 Página 27
  • 16. se nas definições, o que implica a especifi-cação de padrões para o intercâmbio de dados. Há tempo que o Uruguai vem se mostrando inte-ressado no conhecimento dos padrões de infor-mática médica. A SUEIIDISS gerou um importan-te espaço para seu conhecimento e abertura. De qualquer modo, a AGESIC, como Agência de Governo Eletrônico do país, avançou de forma importante nos processos de interoperabilidade, e coloca à disposição do projeto as definições do quadro de interoperabilidade do governo. Como um comentário adicional, mas que é um dado não menos importante, cabe mencionar que como fruto dos esforços desenvolvidos nos últimos anos, o último ranking de governo ele-trônico apresentado nas Nações Unidas situou o Uruguai como líder na região. Por Selene Indarte Jornadas Técnicas do Salud.uy Estratégia para a adoção dos padrões num projeto de HCEN. O Projeto e seus antecedentes Salud.uy é o projeto de História Clínica Eletrôni-ca Nacional no Uruguai. Como Projeto País conta com o apoio do estado, quem tem sido o princi-pal promotor e gestor; ao mesmo tempo Salud. uy desenvolve uma estratégia de abertura onde participam diferentes atores e interessados do setor. E talvez este seja um primeiro grande ponto de-terminante para o projeto, captar uma positiva aceitação geral, e projetar em torno a ele a visão país de HCEN unificada. Esta primeira fase do projeto Salud.uy, concen-trou- Por sua vez, no começo de 2013, Salud.uy retoma a necessidade de avançar na localização dos pa-drões em saúde e suas especificações, com a fina-lidade de adotá-los no país (Uruguai) dentro do projeto HCEN, e para tanto Salud.uy desenvolveu os primeiros guias e documentos técnicos. Origem das Jornadas Técnicas Para divulgar as definições técnicas que eram des-envolvidas, era importante gerar espaços, por-tanto, foi necessário criar uma estratégia para o intercâmbio dos conteúdos desenvolvidos desde o programa com os diferentes interessados. As Jornadas Técnicas nascem então como uma resposta à necessidade de comunicar os guias ge-rados pelo programa, para que sejam conhecidos e adotados pela comunidade, atores da saúde no Uruguai. Desse modo, através das Jornadas Técni-cas é possível encontrar definições de localização dos padrões em saúde, que há tempo os presta-dores e fornecedores que vinham abordando os temas de padrões estavam esperando. Ao mesmo tempo para os novatos no assunto, as Jornadas cumprem um papel de aprendizagem dos diferen-tes conceitos abordados nesta temática. Formato das Jornadas Técnicas Enfoque Temático: Cada jornada tem um enfoque e uma finalidade. Até o momento já foram desenvolvidas 7 Jorna-das Técnicas com diferentes assuntos, que de for-ma sequencial apresentam conteúdos dentro de um esquema de continuidade do processo. Os temas abordados nas jornadas foram : Definição de OID para o projeto HCEN Modelo de pessoa Elementos mínimos de um documento HL7 CDA SNOMED CT Assinatura Eletrônica e Documentos HL7 CDA Plataforma de Interoperabilidade: EMPI, XDS.b, MIRTH Documentos HL7 CDA de laboratório e HL7 CDA escaneados Socialização de Guias Técnicos: Cada Jornada está acompanhada de um docu-mento técnico que é previamente elaborado e preparado pela equipe executiva do Salud.uy. O documento especifica as indicações de loca-lização do padrão e serve como guia para que as instituições comecem a desenvolver os ajustes em suas implementações. Especialistas Temáticos Cada jornada apresenta pelo menos 3 aspectos diferentes: um especialista temático convidado, uma experiência local do assunto e a apresen-tação do guia técnico. O convite a especialistas temáticos, permite gerar um contexto introdutó-rio ao assunto. Participantes As jornadas são abertas e não têm nenhum custo, somente é preciso solicitar a inscrição prévia para que aqueles que compareçam obtenham seu cer-tificado de participação. O público alvo destas jornadas são os informáticos das instituições de saúde e os fornecedores de aplicativos informá-ticos em saúde. Também comparecem professo-res de universidades, médicos e profissionais da saúde. Periodicidade As jornadas são realizadas periodicamente, pelo menos uma vez a cada dois meses. Houve um momento em que realizamos uma por mês, po-rém foram espaçadas devido às outras atividades do programa. Resultados das Jornadas Técnicas Adoção de padrões: os guias gerados pelas jor-nadas são as ferramentas com as quais as organi-zações apoiam-se de forma prática para preparar suas aplicações para os processos de interopera-bilidade. Média de participação: à primeira jornada com-pareceram aproximadamente 50 pessoas. As últi-mas jornadas tiveram uma média de participação Página 28 Página 29
  • 17. de 80 pessoas. Inclusive houve uma com 120 pes-soas, o que indica uma aceitação importante. Gestação de uma Comunidade: Desde a primei-ra jornada gerou-se um grupo de interesse no LinkedIn que foi crescendo, e atualmente tem mais de 200 membros. O espaço permitiu o in-tercâmbio de propostas, fazer recomendações e ter acesso direto aos contatos dos referentes in-formáticos das instituições de saúde do Uruguai, bem como fornecedores, entre outros. Interação com os Especialistas: De forma presen-cial e através de vídeo conferência diferentes especialistas da Espanha, Argentina e do meio local, participaram compartilhando sua visão e conhecimento para enriquecer os conteúdos das jornadas. Experiências Práticas: Tem sido importante o es-paço gerado na Jornada para que as instituições de saúde, possam apresentar sua experiência na adoção dos Guias das Jornadas. Este fato, por um lado valida a utilidade do trabalho realizado, e por outro, mobiliza que as outras instituições avancem em seu processo. Avaliação: Cada Jornada tem uma avaliação, fei-ta por parte dos assistentes, dos conteúdos e da dinâmica da Jornada em si. A informação é ana-lisada pela equipe de trabalho. A qualificação recebida foi positiva na maior parte dos casos e é inegável que existem pontos a serem melhora-dos que nos envolvem a todos. Quais são os passos seguintes… Este semestre promete uma dinâmica importan-te ao redor das atividades do Salud.uy. Para este ano está programada a realização de duas jor-nadas mais, já que existem outros eventos para os quais o publico convidado é homogêneo; por exemplo vão ser apresentados os resultados de levantamento de TIC em saúde no Uruguai e por outro lado será colocada em operação a Apli-cação Piloto de Tele Imagenologia, fatos que vão atrair a atenção em torno ao seu desenvolvimen-to. Em outubro também será realizada a INFO-LAC 2014 em Montevidéu, sendo outro evento que captura a atenção da comunidade interessa-da nos assuntos de padrões em saúde e informá-tica médica. A estratégia de Jornadas está demostrando que os processos participativos e abertos geram adesão favorável. No dia 22 de julho passado o grupo médico integrado por profissionais da saúde e da academia e articulado pelo Salud.uy, liderou a realização da primeira Jornada Médica, com a finalidade de apresentar o resultado do trabalho desenvolvido durante os últimos meses, focado no Conjunto Mínimo de Dados de Urgên-cias. Para desenvolver a atividade da Jornada Mé-dica apoiaram-se no modelo das Jornadas Téc-nicas, e como resultado, foi possível obter uma participação de quase 200 pessoas, e os médicos do país começaram a discutir sobre a informação necessária que deve estar disponível numa HCEN, experiência que nos pareceu absolutamente bem sucedida. Por Fernando Portilla Consultor Estándares Internacionales de Informática Médica - Programa Salud.uy en AGESIC Página 30 Página 31