Linguagem Visual É  o conjunto semântico, dramático e expressivo das funções exercidas pelos planos, ângulos, movimentos de câmera e recursos de montagem que compõem o universo das imagens. CAMPO compreende tudo o que está presente na imagem: cenários, personagens, acessórios. EXTRA CAMPO remete ao que, embora perfeitamente presente, não se vê. É o que não se encontra na tela, mas que complementa aquilo que vemos PLANO É um recorte visual no espaço-tempo CONTRA-PLANO É uma tomada feita com a câmera orientada em direção oposta à posição da tomada anterior.
Enquadramentos Básicos O formato  cinematográfico  utilizado hoje é o  16X9  e o de televisão  4:3 . Com a entradas dos sistemas de transmissão digital, o formato televisivo migrará para o 16x9, ou  widescreen . A nova televisão adotará algumas das regras do enquadramento cinematográfico
Enquadramentos Básicos
Planos de Enquadramento O PLANO GERAL  abrange todo o ambiente, construção ou pessoa(s)
Planos de Enquadramento O PLANO MÉDIO enquadra parte (em geral a metade) de um objeto ou pessoa
Planos de Enquadramento O CLOSE abrange detalhes do ambiente, objeto ou pessoa.
Planos de Enquadramento O SUPER CLOSE abrange uma pequena e peculiar parte  de um ambiente, objeto ou pessoa.
Movimentos de Câmera Constituem a base técnica do plano em movimento. São definidos levando-se em conta se o movimento da câmera é linear (retilíneo) ou angular, sendo este último de rotação (em torno do seu eixo) ou de translação (locomovendo-se em avanço ou recuo, subindo ou descendo). Plano-Seqüência É a filmagem de toda uma sequência de ações de forma contínua através de um único plano (sem cortes).
Movimentos de Câmera PAN - Panorâmica A câmera se move em torno do seu eixo, fazendo um movimento giratório, sem sair do lugar.  horizontal  (da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda); vertical ( TILT ) (de cima para baixo ou vice-versa); oblíquo .  ambientação e contemplação por parte do espectador. estabelecer um novo ponto de vista para o espectador, como se ele estivesse virando o pescoço para continuar observando a ação.
Movimentos de Câmera PAN – Panorâmica Horizontal  vertical
Movimentos de Câmera TRAVELLING A câmera é movida sobre um carrinho (ou qualquer suporte móvel)  paralelo ou em direção ao movimento do objeto filmado.  eixo  horizontal: lateral ou frontal, neste último caso podendo ser de aproximação ou de afastamento. eixo  vertical colocar o espectador em ação como um participante da história.; atuação principalmente nos campos psicológico e emocional, em filmes de ação, terror e suspense.
Movimentos de Câmera TRAVELLING  Horizontal  frontal  vertical ZOOM A câmera se mantêm fixa e é seu conjunto de lentes que se move, fazendo com que o objeto se apresente mais afastado ou mais próximo na imagem.  É menos subjetivo que o  travelling  frontal.
Evolução dos planos cinematográficos Planos de Lumière: divisão em quadrantes (A chegada do Trem – 1895)
Evolução dos planos cinematográficos Planos de Melies: relação frontal (palco-platéia) (Viagem  a lua)
Evolução dos planos cinematográficos
Evolução dos planos cinematográficos GRIFFITH Aprimoramento dos conceitos conceitos da arte Vitoriana, da literatura e do teatro
Evolução dos planos cinematográficos GRIFFITH Aprimoramento dos conceitos Conceitos da arte Vitoriana, da literatura e do teatro Grandes planos gerais, zigzags de câmera, elementos de suspense, o fade-out, planos fechados na expressão dos atores Planos individuais eram frases cinematográficas que poderiam ser editadas em sequências lógicas sem, no entanto, haver uma lógica dramática concreta Foi precursora da "montagem por atrações" de Eisenstein e da "câmera subjetiva" de Murnau
Evolução dos planos cinematográficos Ao contrário de Méliès que mantinha a sua câmera estática, Griffith move-a para contar,  narrar,  a história, criando uma dinâmica interna na ação. Ao cortar a figura humana, ele modifica a relação do olhar do espectador; é como se o palco se aproximasse e se afastasse dele
Evolução dos planos cinematográficos SERGEI EISENSTEIN planos intermediários e a angulação da câmera espetacularização das imagens imagens com volume e profundidade introduz a chamada  quarta parede , ou seja, a câmera passa de simples registradora para  elemento dramático de registro
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LINGUAGEM VISUAL - Aula 4

  • 1. Linguagem Visual É o conjunto semântico, dramático e expressivo das funções exercidas pelos planos, ângulos, movimentos de câmera e recursos de montagem que compõem o universo das imagens. CAMPO compreende tudo o que está presente na imagem: cenários, personagens, acessórios. EXTRA CAMPO remete ao que, embora perfeitamente presente, não se vê. É o que não se encontra na tela, mas que complementa aquilo que vemos PLANO É um recorte visual no espaço-tempo CONTRA-PLANO É uma tomada feita com a câmera orientada em direção oposta à posição da tomada anterior.
  • 2. Enquadramentos Básicos O formato cinematográfico utilizado hoje é o 16X9 e o de televisão 4:3 . Com a entradas dos sistemas de transmissão digital, o formato televisivo migrará para o 16x9, ou widescreen . A nova televisão adotará algumas das regras do enquadramento cinematográfico
  • 4. Planos de Enquadramento O PLANO GERAL abrange todo o ambiente, construção ou pessoa(s)
  • 5. Planos de Enquadramento O PLANO MÉDIO enquadra parte (em geral a metade) de um objeto ou pessoa
  • 6. Planos de Enquadramento O CLOSE abrange detalhes do ambiente, objeto ou pessoa.
  • 7. Planos de Enquadramento O SUPER CLOSE abrange uma pequena e peculiar parte de um ambiente, objeto ou pessoa.
  • 8. Movimentos de Câmera Constituem a base técnica do plano em movimento. São definidos levando-se em conta se o movimento da câmera é linear (retilíneo) ou angular, sendo este último de rotação (em torno do seu eixo) ou de translação (locomovendo-se em avanço ou recuo, subindo ou descendo). Plano-Seqüência É a filmagem de toda uma sequência de ações de forma contínua através de um único plano (sem cortes).
  • 9. Movimentos de Câmera PAN - Panorâmica A câmera se move em torno do seu eixo, fazendo um movimento giratório, sem sair do lugar. horizontal (da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda); vertical ( TILT ) (de cima para baixo ou vice-versa); oblíquo . ambientação e contemplação por parte do espectador. estabelecer um novo ponto de vista para o espectador, como se ele estivesse virando o pescoço para continuar observando a ação.
  • 10. Movimentos de Câmera PAN – Panorâmica Horizontal vertical
  • 11. Movimentos de Câmera TRAVELLING A câmera é movida sobre um carrinho (ou qualquer suporte móvel) paralelo ou em direção ao movimento do objeto filmado. eixo horizontal: lateral ou frontal, neste último caso podendo ser de aproximação ou de afastamento. eixo vertical colocar o espectador em ação como um participante da história.; atuação principalmente nos campos psicológico e emocional, em filmes de ação, terror e suspense.
  • 12. Movimentos de Câmera TRAVELLING Horizontal frontal vertical ZOOM A câmera se mantêm fixa e é seu conjunto de lentes que se move, fazendo com que o objeto se apresente mais afastado ou mais próximo na imagem. É menos subjetivo que o travelling frontal.
  • 13. Evolução dos planos cinematográficos Planos de Lumière: divisão em quadrantes (A chegada do Trem – 1895)
  • 14. Evolução dos planos cinematográficos Planos de Melies: relação frontal (palco-platéia) (Viagem a lua)
  • 15. Evolução dos planos cinematográficos
  • 16. Evolução dos planos cinematográficos GRIFFITH Aprimoramento dos conceitos conceitos da arte Vitoriana, da literatura e do teatro
  • 17. Evolução dos planos cinematográficos GRIFFITH Aprimoramento dos conceitos Conceitos da arte Vitoriana, da literatura e do teatro Grandes planos gerais, zigzags de câmera, elementos de suspense, o fade-out, planos fechados na expressão dos atores Planos individuais eram frases cinematográficas que poderiam ser editadas em sequências lógicas sem, no entanto, haver uma lógica dramática concreta Foi precursora da "montagem por atrações" de Eisenstein e da "câmera subjetiva" de Murnau
  • 18. Evolução dos planos cinematográficos Ao contrário de Méliès que mantinha a sua câmera estática, Griffith move-a para contar, narrar, a história, criando uma dinâmica interna na ação. Ao cortar a figura humana, ele modifica a relação do olhar do espectador; é como se o palco se aproximasse e se afastasse dele
  • 19. Evolução dos planos cinematográficos SERGEI EISENSTEIN planos intermediários e a angulação da câmera espetacularização das imagens imagens com volume e profundidade introduz a chamada quarta parede , ou seja, a câmera passa de simples registradora para elemento dramático de registro
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