PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA




             FORTALEZA
           Novembro de 2006
PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA MARÍTIMA
                  PROJETO ORLA
PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA DO MUNICÍPIO DE
                   FORTALEZA

                          Prefeita
            Luizianne de Oliveira Lins
          Coordenadora do Projeto Orla Fortaleza

                        Secretários
                    Daniela Valente Martins
         Secretária de Meio Ambiente e Controle Urbano

                   Luciano Linhares Feijão
                  Secretário de Infra-estrutura

                      José Meneleu Neto
            Secretário de Planejamento e Orçamento

              Olinda Maria Marques dos Santos
     Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza

                  Mariano Araújo de Freitas
             Secretaria Executiva Regional – SER I

                 Rogério de Alencar Pinheiro
             Secretaria Executiva Regional – SER II

                        Paulo Mindêllo
            Secretaria Executiva Regional – SER VI

       Elaboração do Plano de Gestão integrada da Orla

                  Equipe Técnica Municipal:
            Antonio Jeovah de Andrade Meireles
            Coordenador Executivo – GABINETE
            Raimundo José Reis Felix – SEMAM
          José Wilson Uchoa do Carmo – SEMAM
         Cláudio Alberto Barbosa Bezerra – SEMAM
           Gledson Ribeiro de Oliveira – SEMAM
         Cláudio Márcio Fonseca Vilhena – SEMAM
             Andréa Bezerra Crispim – SEMAM
           Henrique Botelho Frota – HABITAFOR
          Fernanda Linard de Paula – HABITAFOR
              Tatiana Rabello Abitbol – SEINF
               Murilo Cunha Ferreira – SEINF
             Adolfo César Viera Viana – SEPLA
              Cleide Cardoso Guedes – SER II
              Rossana Barros Silveira – SER I
              Ana Lúcia Oliveira Viana – SER I
             Santiago de Souza Freitas – SER I




                                                             2
Equipe Técnica Estadual:
                     Raimunda Neuma S. da Costa – FUNCEME
                          Maria Amável Sobrinha – SEMACE
                    Maria Lucilene Maranhão Garcês – SEMACE
                         Pedro Igor B. de Moraes – SEMACE
                      Laura Mary Marques Fernandes – SETUR
                        Diana Odete Moura Nogueira – SOMA
                          Estolano Polari Maia Neto – SDLR
                       Cristina Maria Aleme Romcy – SEINFRA
                        Eduardo Ney F. Cardoso – SEINFRA
                    Márcia Lúcia de Oliveira Coutinho – SEINFRA

                            Equipe Técnica Federal:
                         Henrique Mota de Aguiar – GRPU
                       Carlos Roberto de M. Nevares – GRPU
                      Raimundo José de Oliveira – DOCAS-Ce

                                 Sociedade Civil:
                       Jane da Silva Guedes – GERMINARE
                    Paulo Norberto Rios Martins – GERMINARE
                  Marcelo Motta Capasso – CEARAH PERIFERIA
                 Gerlena Maria Santana de Siqueira – Rede NUHAB
                   Francisca Márcia Alves – AQUITÃBAQUARA
                          Patrizia Imelda Fosch - MDVGA
                José Expedito Madeira – Barraqueiro Praia do Futuro
                            Luciana de Medeiros - AMIS
                      Wellinton de Sousa Nepomuceno – MCP
                        Raimundo Felix da Rocha – FEPECE
                   Eliane Fonseca Lima – SOC. DA REDENÇÃO
                      Lucimeire Calandrini Ribeiro - ASMOFAM

                                 Colaboradores:
                          Pedro Ivo de Souza Batista - MMA
                 Francisco Filomeno de Abreu Neto – HABITAFOR
                    Will Karlo Brandão Maranhão – HABITAFOR
                            Hélio A. Rodrigues – SEMAM
                          Rosemary Barreto Paiva – SEINF
                 Jânio Rodrigues Carvalho – Art. Gráfico – SEMAM
                      José Reginaldo Lima – LABOMAR – UFC


             Sociedade Civil e Representações Regionais:
                 Gerência Regional do Patrimônio da União – GRPU
                     Companhia de Docas do Ceará – DOCAS-Ce
    Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
             Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente – SOMA
              Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE
                       Secretaria de Turismo do Estado – SETUR
                 Secretaria da Infra-estrutura do Estado – SEINFRA
      Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME
               Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional – SDLR
             Federação dos Pescadores do Estado do Ceará – FEPECE
                 Fórum de Proteção do Meio Ambiente do Trabalho
              Fórum dos Pescadores e Pescadoras do Litoral do Ceará
                                    Cearah Periferia
                      Associação Aquitãbaquara - Barra do Ceará
Movimento em Defesa da Vida dos Moradores de Goiabeiras e Adjacências – MDVGA
                      Movimento dos Conselhos Populares - MCP
                                       Germinare
                Rede Nuhab – Núcleo de Habitação e Meio Ambiente
                          Sociedade da Redenção - Pirambu
     Associação dos Moradores do Farol do Mucuripe - ASMOFAM SERVILUZ
                        Associação Amigos da Sabiaguaba – AMIS




                                                                                       3
Plano de Gestão Integrada da Orla Marítima
                           Projeto Orla

               Ministério do Meio Ambiente - MMA

                Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima
                          Ministra de Estado

Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos (SQA)
                          Victor Zveibil Zular
                          Secretário da SQA

                           Rudolf de Noronha
                      Diretor de Programa da SQA

                          Ademilson Zamboni
                  Coordenador do Projeto Orla Nacional

                 Equipe Técnica do Projeto Orla Nacional
                             Márcia Oliveira.
                            João Luiz Nicoldi
                              Silvia Martins

      Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG

                             Paulo Bernardo
                           Ministro de Estado

              Secretaria do Patrimônio da União (SPU)
                          Alexandra Reschke
                          Secretária da SPU

                           Paula dos Santos
      Coordenadora do Programa Nacional de Regularização Fundiária

                         Equipe Técnica da SPU
                        Fernanda F. Guimarães
                        Raquel Roland Vila Nova

                  Comissão Técnica Estadual – CTE
           Gerência Regional do Patrimônio da União - GRPU
         Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE


                              Instrutores
                          Nelson Saule Júnior
                          Kátia R. S. Carmona




                                                                     4
Pág.
                                           ÍNDICE
APRESENTAÇÃO                                                                       6


1 – CARACTERIZAÇÃO                                                                 7
1.1 Objetivos                                                                      7
1.2 Identificação do Executor                                                      9
1.3 Localização e descrição da área de intervenção                                10
1.4 Síntese do diagnóstico/ classificação                                         17
1.5 Principais impactos observados                                                29


2 – CENÁRIOS DE USOS DESEJADOS PARA A ORLA E PROPOSTAS DE AÇÃO                    32
2.1 Unidade de Paisagem I                                                         35
2.2 Unidade de Paisagem II                                                        53
2.3 Unidade de Paisagem III                                                       73
2.4 Unidade de Paisagem IV                                                        94
2.5 Unidade de Paisagem V                                                         109


3. FORMAS DE LEGITIMAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO                                       122
3.1 Mecanismos de envolvimento da sociedade e de mobilização integrada            123
3.2 Formação do Conselho Gestor da Orla                                           124
3.3 Estratégias de implantação do Plano Gestão Integrada da Orla                  125
3.4 Alternativas de articulação política                                          127


4. ESTRATÉGIA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO                                       129
4.1 Sistemática de acompanhamento/monitoramento, avaliação e revisão do Plano     132


5. APRESENTAÇÃO DO PLANO E CRONOGRAMA GERAL                                       135


REFERÊNCIAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS:                                                  136
ANEXOS                                                                            143
  I. Classificação dos parâmetros ambientais, sociais e econômicos dos trechos.   145
                                                                                  154
  II. Planos e programas com afinidade na área.
  III. Glossário                                                                  156
  IV. Acrônimos / Abreviaturas                                                    160
  V. Cartas topográficas por Unidades e Trechos.                                  162




                                                                                         5
APRESENTAÇÂO.


        O Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima – Projeto Orla, é uma iniciativa
inovadora do Ministério do Meio Ambiente - MMA, por meio da Secretaria de Qualidade
Ambiental nos Assentamentos Humanos, e da Secretaria do Patrimônio da União do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – SPU/MPOG. O projeto busca
aplicar as diretrizes gerais de ordenamento do uso e ocupação da Orla Marítima em
escala nacional.

        Visando fortalecer a articulação de diferentes atores e compatibilizar as políticas
ambiental e patrimonial do governo federal com as políticas locais, o projeto tem a
característica de promover a descentralização da gestão da orla. Nesse sentido, sua
efetivação depende da articulação entre governos federal, estaduais e, principalmente,
municipais, estes últimos sendo responsáveis diretos pela condução dos Planos de
Gestão Integrada.

       No âmbito do Município de Fortaleza, o desenho institucional do Projeto Orla
orientou-se de modo a descentralizar ações de planejamento e gestão da orla
marítima, tendo envolvido diferentes secretarias em articulação com a
Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará – SEMACE e a Gerência
Regional do Patrimônio da União – GRPU, que fazem a coordenação estadual do
Projeto Orla.

         A coordenação municipal é exercida pela Prefeita de Fortaleza, com o apoio da
Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano – SEMAM, a Fundação de
Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza – HABITAFOR, a Secretaria de Infra-
Estrutura – SEINF, a Secretaria de Planejamento e Orçamento – SEPLA e as
Secretarias Executivas Regionais I, II e VI. O projeto tem, ainda, a marca da efetiva
participação de organizações não governamentais locais e outras entidades e
instituições relacionadas ao patrimônio histórico, artístico e cultural, às questões
fundiárias (regularização fundiária), à economia – como pesca, comércio (feiras,
artesanatos, ambulantes e barraqueiros) – ao lazer e ao turismo, representando um
conjunto de atividades com rebatimento destacado na orla marítima do município.

       As atividades do Projeto Orla Fortaleza tiveram início com as capacitações
técnicas, onde foram envolvidos representantes dos órgãos governamentais das
esferas municipal, estadual e federal, e entidades da sociedade civil. Em duas oficinas,
orientadas por consultores do Ministério do Meio Ambiente e da Secretaria do
Patrimônio da União, e também por meio das atividades de campo e oficinas de
sistematização foi realizado um conjunto ordenado de atividades relacionadas com a
caracterização da orla, identificação dos problemas, definição de propostas de ação e
estratégias para execução, acompanhamento e avaliação do referido plano.

       Fortaleza, a quinta maior capital do Brasil, apresenta peculiaridades importantes
na sua orla marítima. Ao contrário de muitas capitais brasileiras, sua faixa de orla é
ocupada por comunidades de baixa renda, com exceção da Praia do Meireles e trechos
das praias de Iracema, do Futuro e do Mucuripe. As ocupações caracterizam-se pela
precariedade das moradias e pela ausência de titulação quanto à posse dos
moradores. O estágio de consolidação é variado, existindo comunidades tradicionais,
bem como áreas de risco e ocupações recentes.

        Nesse contexto, a regularização fundiária surge como ferramenta fundamental
de planejamento sustentável da orla marítima de Fortaleza, visando garantir a proteção
jurídica da posse e a melhoria da qualidade de vida das famílias de baixa renda.
Entendida como processo integrado de ações urbanísticas, ambientais, jurídicas e

                                                                                              6
sociais, a regularização fundiária, sendo um dos instrumentos da política urbana,
conforme estabelece o Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001), tem por
objetivo contribuir com o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana. A aplicação de seus instrumentos dá-se mediante o
estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e
edificação, assim como a titulação da posse das famílias, consideradas sua situação
econômica e as normas ambientais.

        Tendo em vista os impactos sócio-ambientais da orla de Fortaleza em áreas do
Patrimônio da União e o interesse dos poderes públicos municipal, estadual e federal
em promover a regularização fundiária, o Projeto Orla Fortaleza destaca-se por
incorporar, de forma pioneira, o Programa Nacional de Regularização Fundiária dos
Assentamentos Informais em Imóveis da União. Conhecido como Programa “Papel
Passado”, criado em 2003 pelo Ministério das Cidades, constitui ação de apoio à
regularização fundiária sustentável, atuando segundo uma estratégia que visa à
remoção dos obstáculos para a regularização, a disponibilização de terras públicas
federais e a aplicação direta de recursos do SPU. Seu público alvo é constituído pela
população de baixa renda que mora em favelas, loteamentos e conjuntos habitacionais
irregulares. O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), assim como a Secretaria
de Patrimônio da União (SPU) e a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) também se
tornaram parceiros do programa e estão viabilizando a destinação de imóveis ociosos a
programas habitacionais de interesse social e regularização fundiária.

        A orla de Fortaleza foi analisada em sua totalidade para a elaboração do Plano
de Gestão Integrada, com o estabelecimento de diagnósticos e linhas de ação. A
complexidade e urgência de determinadas demandas, em especial de regularização
fundiária e de proteção ambiental, e a grande extensão da área de intervenção fizeram
necessário o estabelecimento de trechos prioritários, que receberam maior atenção
quanto a sua caracterização e propostas de ação.

       Dos estudos de cada trecho da orla resultaram as caracterizações e as tabelas
de linhas de ações desenvolvidas. Para cada uma das quatro áreas prioritárias, os
produtos dos estudos aprofundados serão apresentados nos capítulos referentes à
respectiva unidade e trecho.




1. CARACTERIZAÇÃO

1.1 OBJETIVOS

     Objetivo Geral

     Identificar os problemas da orla marítima do município de Fortaleza e
estabelecer medidas de planejamento e gestão integradas, estratégicas e
disciplinadoras de uso e ocupação da orla marítima, diretamente vinculadas a
uma abordagem sustentável e participativa, considerando-se os aspectos sócio-
econômicos, ambientais e patrimoniais, através da articulação entre as três
esferas de governo e a sociedade civil.

    Ainda promover ações prioritárias de regularização fundiária nas áreas da
União através da celebração do convênio junto à Secretaria do Patrimônio da
União – SPU no sentido de garantir a segurança jurídica da posse e melhorar as
condições de habitabilidade e de infra-estrutura dos moradores destas áreas.

                                                                                         7
Objetivos específicos

   •   Analisar e caracteriza de maneira integrada e participativa as
       diversas formas de uso e ocupação do solo da orla do Município de
       Fortaleza, focando as potencialidades, os impactos as ações
       geradoras e a legislação incidente;

   •   Definir novos critérios e parâmetros que aperfeiçoem o uso e
       ocupação do solo da orla, tendo como conseqüência a melhoria da
       qualidade sócio-ambiental da orla marítima de Fortaleza;

   •   Otimizar uma estrutura de gestão para o ordenamento pretendido,
       disponibilizando as informações necessárias para a ampla
       participação da sociedade, propondo a criação de fóruns de
       decisão;

   •   Estabelecer, a partir dos cenários propostos, projetos paisagísticos,
       ações, medidas, prazos e responsáveis para a efetivação do Plano
       de Gestão Integrada da Orla Marítima de Fortaleza;

   •   Melhorar a qualidade de vida das populações humanas, levando em
       consideração a manutenção das atividades tradicionais, da
       diversidade biológica e da produtividade dos ecossistemas
       costeiros;

   •   Implantar ações e medidas para a melhoria da qualidade sócio-
       ambiental da orla marítima e da balneabilidade das praias, em
       especial para o lazer, turismo, valorização do patrimônio histórico e
       educação ambiental;

   •   Compatibilizar as políticas públicas nacional, estadual e municipal
       com as diretrizes do Plano de Gestão Integrada da Orla Marítima de
       Fortaleza;

   •   Estimular a criação de Unidades de Conservação de Uso
       Sustentável e de Proteção Integral e orientar a implantação dos
       planos de manejo de novas unidades e das existentes;

   •   Desenvolver estruturas e processos de integração institucional para
       gestão e execução do Projeto Orla no município de Fortaleza;

   •   Promover ações que orientem a revitalização do Patrimônio
       Histórico e Cultural da orla;

   •   Desenvolver     mecanismos       de    mobilização     social,    de
       descentralização e participação na gestão integrada da orla;




                                                                               8
1.2 Identificação do Executor

Prefeitura Municipal de Fortaleza

Co-executores
Gabinete da Prefeita
Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano – SEMAM
Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza – HABITAFOR
Secretaria Municipal de Planejamento - SEPLA
Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Desenvolvimento Urbano – SEINF
Secretaria Executiva Regional I – SER I
Secretaria Executiva Regional II – SER II
Secretaria Executiva Regional VI – SER VI

Parceiros

Gerência Regional do Patrimônio da União – GRPU
Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente – SOMA
Secretaria de Turismo do Estado – SETUR
Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE
Secretaria da Infra-estrutura - SEINFRA
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME
Companhia de Docas do Ceará
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
Federação dos Pescadores do Estado do Ceará – FEPECE
Fórum de Proteção do Meio Ambiente do Trabalho
Fórum dos Pescadores e Pescadoras do Litoral do Ceará
Centro de Estudos, Articulação e Referência sobre Assentamentos Urbanos - Cearah
Periferia
Associação Aquitãbaquara - Barra do Ceará
Movimento em Defesa da Vida dos Moradores de Goiabeiras e Adjacências – MDVGA
Movimento dos Conselhos Populares - MCP
Germinare
Rede Nuhab – Núcleo de Habitação e Meio Ambiente
Sociedade da Redenção - Pirambu
Associação dos Moradores do Farol do Mucuripe - ASMOFAM SERVILUZ
Associação Amigos da Sabiaguaba – AMIS

Coordenação estadual
Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE
Gerencia Regional do Patrimônio da União - GRPU




                                                                                   9
1.3 Localização e descrição da área de intervenção.

       O Município de Fortaleza (Figura 1), capital do Estado do Ceará, situa-se
na porção nordeste do estado, nas coordenadas de latitude sul: 3° 43’ 2” e
longitude oeste: 38° 32’ 35”. Tem como limites a norte o Oceano Atlântico, ao
sul os municípios de Pacatuba, Eusébio, Maracanau e Itaitinga, à leste o
município de Aquiraz e o Oceano Atlântico e à oeste o município de Caucaia.




Figura 1 - Município de Fortaleza com a delimitação das Unidades de Paisagem da orla. A
divisão dos trechos em escala de detalhe e georreferenciados encontra-se nas respectivas
unidades (mapa georreferenciado elaborado pela Secretária Municipal de Infra-Estrutura e
Desenvolvimento Urbano; aerofotogrametria vôo de 1995).

      Fortaleza possui uma área de 336 Km2 e uma altitude media de 21m,
estando dividida oficialmente em 114 bairros, contendo 11.339 ruas e avenidas.

       A faixa litorânea tem uma extensão de 34,2 km de praia banhada pelo
Oceano Atlântico. Incluindo a orla do rio Ceará, abrange uma extensão 43,4km.
Caracteriza-se por possuir duas direções preferenciais de orla marítima. A
primeira, de sentido leste-oeste, é localizada entre o rio Ceará e o Porto do
Mucuripe abrangendo uma extensão de 19,4km (incluindo os 9,2km da margem
do rio Ceará, esta faixa passa para 28,4km). A segunda, noroeste-sudeste, é
situada entre o Serviluz e a foz do Rio Pacoti, com extensão de
aproximadamente 15 km.



                                                                                           10
A Orla do Município de Fortaleza é composta por trechos em grande
parte modificados por intervenções antrópicas, caracterizadas por ocupação
urbana irregular e atividades de forte impacto ambiental. A ação humana
desenvolveu o ambiente construído que desencadeou a fixação artificial das
dunas, obras de engenharia para a contenção da erosão, portos e demais
construções relacionadas com vias de acesso, edifícios residenciais e
comerciais e assentamentos subnormais. É ao longo da planície costeira de
Sabiaguaba (sudoeste da orla) que ocorre o maior conjunto de unidades
ambientais preservadas.

       O clima do município é tropical, quente e úmido com chuvas de verão e
outono. Caracteriza-se por um alto índice de umidade relativa do ar, com
mínima de 73% e máxima de 82,5%. Isto se deve à influência marítima e alta
taxa de evaporação. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (FUNCEME), a precipitação pluviométrica caracteriza-se por
uma estação chuvosa que está concentrada no primeiro semestre e tem uma
média anual de 1.378,3 mm. O ponto máximo de precipitação é no mês de abril.
Há uma predominância de ventos alísios de leste e nordeste durante quase todo
o ano, com velocidade média de 4,2 m/s. O sistema ambiental do Município de
Fortaleza recebe altos índices de energia solar, onde o calor radiante fornecido
pelo sol durante o ano é suficiente para evaporar uma lâmina d’água de 270 mm
de altura em qualquer manancial d’água armazenado (segundo a Companhia de
Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM). As taxas de evaporação atingem seu
ponto máximo no mês de outubro. A temperatura da cidade é elevada durante o
ano todo, apresentando uma média anual de 26,6°C. A média máxima é de
29,9°C e a média mínima é de 23,5°C.

       A seqüência de unidades de paisagem caracterizada ao longo do litoral
de Fortaleza compõe uma orla de elevada complexidade morfológica, sócio-
ambiental, econômica e cultural. Está repleta de sistemas ambientais de
relevante interesse ecológico submetidos a uma ampla variedade de usos e
ocupações. Para a delimitação e classificação da orla como um todo e de cada
um dos trechos, levou-se em conta os Terrenos de Marinha delimitados, a Linha
de Preamar-Média de 1831 (LPM-1831) e a Linha Limite de Marinha (LLM)
demarcados. Foi também levado em conta a presença de áreas de conservação
e preservação (manguezais e dunas) regidas por legislação específica, de
interesse especial e de relevante importância para a biodiversidade e para a
melhoria da qualidade de vida.

       É importante salientar que os limites dos Terrenos de Marinha e da Linha
de Preamar Média de 1831 (LPM-1831), foram plotados por técnicos da
Secretaria de Infra-estrutura do Município e da Gerência Regional do Patrimônio
da União (em processo de homologação). Foram utilizados para delimitação da
faixa de orla de gestão da Prefeitura Municipal de Fortaleza em parceria com a
Secretaria do Patrimônio de União – SPU, de modo a definir a abrangência
geográfica das linhas de ação deste Plano de Gestão Integrada da Orla. Os
mapas em escala de detalhe (1:2.000, com respectivas escalas gráficas) de
cada trecho estão em anexo. Isto devido à extensão da orla marítima de
Fortaleza, à quantidade de trechos e a necessidade de serem representados
em escala de detalhe com a linha de preamar máxima e os limites dos terrenos
de marinha.


                                                                                   11
A área de intervenção inicia-se na margem direita do estuário do rio
Ceará, abrangendo parte de uma Unidade de Conservação (APA do rio Ceará),
na confluência das Ruas J e Alfa do conjunto habitacional Vila Velha (fase II),
nas proximidades das salinas abandonadas. Setor com orla abrigada e
associado a resquícios de vegetação de mangue e a uma planície de maré que
foi utilizada para a implantação de salinas (atualmente em processo de
ocupação em área risco). Seguindo para a desembocadura do rio (de sudoeste
para nordeste), após a ponte José Martins Rodrigues sobre o rio Ceará, em um
trecho com praia arenosa e ainda em uma orla abrigada, ocorre a presença de
uma duna móvel (duna da Barra do Ceará) que, antes da construção da Av.
Radialista José Lima Verde, conectava-se com a dinâmica das marés dentro do
estuário, contribuindo com um volume de sedimentos adequado para a origem
de bancos e flechas de areias no canal do rio e na faixa de praia. Este sistema
ambiental encontra-se em processo acelerado de degradação, principalmente
com as favela em suas encostas. Na desembocadura do rio, com uma orla
associada a obras de engenharia costeira (espigões e muros) o litoral toma o
sentido de noroeste para leste-oeste, iniciando uma faixa de praia linear e
exposta.

       A partir de então e em um trecho com uma seqüência de 15 espigões
(entre a Barra do Ceará e a Marina de Iracema Park Ltda.), ocorre uma orla com
processos erosivos em parte controlados pelas obras de engenharia costeira.
No trecho associado às intervenções do projeto Avenida Costa Oeste (praia das
Goiabeiras), verificou-se a degradação do calçadão e a supressão do porto das
jangadas devido à ação das ondas e marés e a deficiência de sedimentos ao
longo da faixa de praia. São praias arenosas (em alguns trechos com faixa
estreita de pós-praia) com a dinâmica das ondas e marés e o transporte de
sedimentos (deriva litorânea) regidas pelas intervenções antrópicas. A
ocorrência de dunas somente é notada pela topografia da área de estudo, pois
foram tomadas pela expansão urbana. Trecho com elevado adensamento
populacional com moradores de baixa renda.

        No segmento entre a Igreja de Santa Edwirgens e a praia de Iracema, a
orla linear e exposta é praticamente desprovida de areia, com a antropização
associada aos espigões da Marina de Iracema Park Ltda. e do estaleiro da
Indústria Naval do Ceará (INACE) e os trechos com muros de rochas paralelos
à faixa de praia. Logo após o estaleiro, em uma faixa de praia praticamente
desprovida de areia, inicia-se o processo de verticalização da orla de Fortaleza,
com ocupações residenciais e comerciais e os calçadões. Em frente ao Ideal
Clube uma faixa de praia com acúmulo de areia diferenciado (originado com o
engordamento artificial) e uma larga faixa de pós-praia.

       Continuando em uma orla dos tipos arco (entre a Rua Ildefonso Albano e
o Mercado dos Peixes do Mucuripe) e semi-abrigada (até o espigão do
Titanzinho) predomina uma orla com praia arenosa associada à presença de
uma faixa praticamente contínua de pós-praia (entre o limite da preamar e o
calçadão), interrompido por setores de praia rochosa baixa, em uma direção
aproximadamente leste-oeste. Seguindo com a verticalização da orla. Logo
após o mercado dos peixeiros e nas proximidades do cais pesqueiro até o
espigão do Titanzinho (à leste da bacia de evolução portuária), a faixa de praia
encontra-se bastante antropizada (muros de concreto paralelos à orla, edifícios,
espigões) com deficiência de areia na orla e problemas de acesso. Ressalta-se

                                                                                    12
a praia Mansa, semi-abrigada, quando o sentido preferencial para linha de costa
é sudoeste-nordeste, edificada após a construção do espigão do Porto do
Mucuripe. Praia com uma faixa de areia acumulada a partir das interferências
das obras de engenharia costeira na dinâmica das ondas e marés e no
transporte de sedimentos a parir da praia do Futuro. Um aspecto morfológico
importante é representado pelo morro de Santa Terezinha, antiga duna móvel
do complexo dunar da praia do Futuro, completamente urbanizado por um
adensamento de moradias de baixa renda e em grande parte assentamentos
sub-normais.

       Seguindo agora de noroeste para sudeste a partir do Serviluz (à sul do
espigão do Titanzinho) até a desembocadura do rio Cocó, a orla é linear e
exposta, com largas faixas de praia e pós-praia com ocupações de barracas.
Observam-se acumulações de sedimentos provocadas pela ação dos ventos
sobre a pós-praia, principalmente no Serviluz, quando associadas às
intervenções antrópicas que acompanharam a progradação da praia a partir da
instalação do espigão do Titanzinho. Orla com elevado adensamento de
barracas de praia e associada a um calçadão na faixa de pós-praia. Nas
proximidades do rio Cocó a dinâmica costeira associada ao transporte de
sedimentos pelas ondas e marés, ocasionando a formação de bancos e flechas
de areia, de elevada dinâmica e em constante processo de mudanças
morfológicas. Nas margens do rio Cocó (orla abrigada) verifica-se a presença
de praia arenosa, com ocorrência de setores antropizados com barracas de
praia e blocos de rocha dispostos na margem do rio para o controle erosivo.
Vegetação de mangue nas margens. É importante salientar que a hidrodinâmica
estuarina está influenciada pela construção de uma ponte e à ocupação das
dunas na margem direita (sul).

        Com os critérios definidos no manual “Fundamentos para Gestão
Integrada”, os resultados obtidos durante as oficinas e no decorrer dos trabalhos
de campo (diagnósticos sócioambientais) e, segundo as peculiaridades e
complexidade determinadas e os diversos interesses socioeconômicos
instituídos, foram divididas em 5 unidades de paisagem e 17 trechos
enumerados a seguir:


UNIDADE I – De parte da APA do Rio Ceará (margem direita) até a Rua
Adriano Martins (15,4km)
Trecho 1 – De parte da APA do Rio Ceará (confluência das Ruas J e Alfa do
Conjunto Vila Velha parte II) ao longo de sua margem direita até o Estaleiro
Brasil Mar
Trecho 2 – Estaleiro Brasil Mar (a partir da Rua Vinte de Janeiro) até o Pólo de
Lazer da Barra do Ceará
Trecho 3 – Pólo de Lazer da Barra do Ceará até a Rua Adriano Martins

UNIDADE II – Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até o Mercado
dos Peixes do Mucuripe (8,5km)
Trecho 1 – Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até Igreja Santa
           Edwirgens
Trecho 2 – De leste da Igreja Santa Edwirgens até a Avenida Almirante
           Tamandaré
Trecho 3 – Da Avenida Almirante Tamandaré até a Rua Ildefonso Albano

                                                                                    13
Trecho 4 – Rua Ildefonso Albano até ao Mercado dos Peixes do Mucuripe

UNIDADE III – Do Mercado de Peixes do Mucuripe até ao Serviluz (Rua
Ismael Pordeus) (6,0km)
Trecho 1 – Mercado de Peixes do Mucuripe até o Oleoduto da Petrobras
Trecho 2 – Do Oleoduto da Petrobras até o início da praia Mansa
Trecho 3 – Praia Mansa até o molhe do Titanzinho
Trecho 4 – Do molhe do Titanzinho até o fim do Serviluz (Rua Ismael Pordeus)

UNIDADE IV – Da Rua Ismael Pordeus à foz do Rio Cocó (margem direita)
(6,7km)
Trecho 1 – Da Rua Ismael Pordeus até a Rua Renato Braga
Trecho 2 – Rua Renato Braga até a margem esquerda do Rio Cocó (Rua
           Germiniano Jurema)
Trecho 3 – Entre as margens esquerda e direita do Rio Cocó

UNIDADE V – Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem
direita do rio Cocó) até a foz do Rio Pacoti (margem esquerda) (6,8km)
Trecho 1 – Início da Orla Marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do
            Rio Cocó) ao Limite Nordeste do Parque Natural Municipal das
            Dunas de Sabiaguaba
Trecho 2 – Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba
Trecho 3 – Do Limite sudeste do Parque Natural Municipal das Dunas de
            Sabiaguaba à margem esquerda do Rio Pacoti

        A descrição dos aspectos morfológicos, dinâmicos, ambientais,
interferências antrópicas, delimitação da Linha Limite de Terreno de Marinha
(LLTM) e demais critérios utilizados durante as oficinas (classificação da orla,
formas de uso e ocupação, impactos ambientais, problemas fundiários, tipos de
urbanização, unidades de conservação, diversidade de paisagem e
biodiversidade), fundamentou o limite geográfico interior das unidades e
trechos. Salientamos que a complexidade do traçado urbano que envolve a área
de estudo do Projeto Orla, por onde passa o limite das unidades e seus
respectivos trechos, requer uma detalhada descrição, que deverá ser
acompanhada pelos mapas de detalhe em anexo. Com a impossibilidade de
apresentar a delimitação detalhada nas tabelas, optou-se pela descrição que se
segue, sendo utilizada a síntese geográfica de cada trecho.

      Unidade I:

       Inicia-se em um setor da APA do Rio Ceará na confluência das Ruas J e
Alfa (conjunto habitacional Vila Velha parte II), segue pela Linha Limite de
Marinha (LLM) até o prolongamento da Avenida Francisco Sá; segue por essa
avenida até a extensão do prolongamento da Rua Ceci; segue por essa rua no
sentido norte até a Avenida Pres. Castelo Branco; segue por essa avenida no
sentido leste até encontrar a Avenida Dr. Theberge; dá uma deflexão no sentido
sul até encontrar a Rua Gomes Passos; segue por esta via no sentido leste até
encontrar a Rua Álvaro de Alencar; de onde se liga à Rua Monsenhor Rosa,
seguindo por esta até a Rua Jacinto Matos; de onde faz uma pequena deflexão
no sentido nordeste para encontrar a Rua Adriano Martins; segue pelo
prolongamento dela até a linha de preamar; retorna por esta linha até encontrar
o ponto original.

                                                                                   14
Unidade II:

       Inicia-se no encontro da linha de preamar com o prolongamento da Rua
Adriano Martins; segue por esta rua até o encontro do muro sul da via férrea
(Ruas Aprendizes Marinheiro e Adarias de Lima); segue por este no sentido
leste até o início da Rua Dr. João Moreira; continua por esta via até encontrar a
Avenida Alberto Nepomuceno; segue nesta via no sentido nordeste até o
viaduto; segue pela Avenida Monsenhor Tabosa no sentido leste até fazer uma
deflexão no sentido sul na Avenida Rui Barbosa; segue pela Rua Antonele
Bezerra no sentido leste até encontrar a Avenida Barão de Studart; dá uma
deflexão no sentido sul até encontrar a Rua Silva Jathay; segue por esta rua até
o encontro com a Rua Oswaldo Cruz; dá um deflexão no sentido norte até o
encontro com a Avenida Abolição; segue por esta via no sentido leste até o
cruzamento com a Rua Juvêncio Vasconcelos; segue por esta rua até o muro
da via férrea do Mucuripe; segue por ele até o prolongamento da Rua Dalmar;
deste ponto segue no sentido norte até encontrar a linha de preamar; retorna
por esta linha no sentido oeste até encontrar o ponto original.

      Unidade III:

       Inicia-se no encontro da linha de preamar com o prolongamento da Rua
Dalmar (mercado dos peixes); segue por seu prolongamento até o muro da via
férrea; segue por ele no sentido sudoeste até a Rua Juvêncio Vasconcelos;
segue por esta via no sentido sudeste até encontrar a Avenida dos Jangadeiros,
onde fará uma pequena deflexão para prosseguir na Rua Terra e Mar; segue
por esta via no sentido sudeste até o prolongamento da Rua dos Búzios; segue
por ela até o cruzamento com a Rua Estrela do Oriente, que margeia o Mirante
de Santa Terezinha; segue pela Avenida Dolor Barreira no sentido norte até
encontrar o limite da área de segurança do farol; segue por este limite no
sentido nordeste até a Rua José Setúbal Pessoa; segue por esta via no sentido
sudeste até o cruzamento com a Rua Ismael Pordeus; segue por esta via até o
seu prolongamento encontrar a linha de preamar; segue por esta linha no
sentido noroeste margeando os molhes do Titanzinho e do Titan, a Praia
Mansa, o Porto até chegar ao ponto inicial.

      Unidade IV:

       Inicia-se no encontro da linha de preamar com o prolongamento da Rua
Ismael Pordeus; segue por esta via até o cruzamento com a Avenida Dioguinho;
segue por esta avenida no sentido sudeste até encontrar a foz do Rio Cocó; na
margem direita do mesmo, segue pela delimitação da APA de Sabiaguaba até a
linha de preamar, de onde retorna ao ponto inicial.

      Unidade V:

      Contempla todo o perímetro de delimitação das Unidades de
Conservação Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e parte da
Área de Proteção (APA) de Sabiaguaba, instituído por decreto municipal. O
acesso poderá ser realizado por barco a partir do final da Av. Dioginho ou pela
Estrada da Cofeco e Bairro Sabiaguaba.


                                                                                    15
É importante ainda salientar que a orla de Fortaleza está inserida em
unidades administrativas denominadas de Secretarias Executivas Regionais
(SER’s). Foram instituídas 6 (seis) SER’s em 1997 (Lei no 8.000) objetivando
reformular a organização administrativa municipal, utilizado como principal
critério os aspectos geográficos da malha urbana. Nesta compartimentação
administrativa as unidades e seus respectivos trechos da orla estão
relacionadas com as SER`s I, II e VI.

       A seguir será apresentada a síntese do diagnóstico realizado durante as
oficinas, os trabalhos de campo, as audiências intermediárias e as reuniões
técnicas de sistematização, com a compartimentação da orla em trechos, com
suas respectivas delimitações e características.




                                                                                 16
1.4 Síntese do diagnóstico/classificação da orla

       Foram devidamente diagnosticados, de acordo com a metodologia
proposta, as 5 Unidades de Paisagem e os 17 Trechos. A orla foi
compartimentada levando em conta a extensão e complexidade de paisagens
repletas de ambientes em diferentes estados de degradação e de preservação
ambientais e envolvendo atividades sócio-econômicas e culturais das mais
variadas.

       Sistemas ambientais de preservação permanente, campos de dunas
impactados por moradias de baixa renda e associados a áreas de risco foram
incorporadas em unidades e trechos específicos. Setores intensamente
urbanizados e relacionados a obras de engenharia costeira e projetos de uso e
ocupação da orla, também orientaram na compartimentação da orla. As demais
intervenções definidas por zonas portuárias, residenciais, de comércio, lazer e
administrativa, foram relacionadas de forma interdependente e integradas com os
demais aspectos sócio-ambientais existentes na orla.

       Para a sistematização adequada das linhas de ação, perante os problemas
definidos, foram classificadas 4 áreas prioritárias, de acordo com a discussão
técnica e contribuições durante a realização do diagnóstico. Desta forma, foram
elencadas as diversas ações e medidas a serem implementadas, de acordo com
seus respectivos cronogramas de execução e órgãos da administração
responsáveis.

      As áreas prioritárias são:

      1. Duna da Barra do Ceará, localizada na Unidade I , Trecho 2;

      2. Pirambu, localizado na Unidade I, Trecho 3;

      3. Serviluz, localizado na Unidade III, Trecho 4;

      4. Sabiaguaba (Parque Natural Municipal das Dunas da Sabiaguaba),
         localizada na Unidade V, Trecho 2.

      Foram confeccionados tabelas e quadros evidenciando a delimitação das
unidades de paisagem, as características mais peculiares da orla e a classe a
qual pertence.

       Cada unidade está representada em cartografia georreferenciada de
detalhe contendo a LPM-1831 e a LLM, o limite interior da área de abrangência do
Plano de Gestão Integrada e a individualização de cada trecho. Tomando como
base a orla de Fortaleza, cada unidade, com seus respectivos trechos, foi
representada em cartografia contendo aspectos topográficos, pontos de
referência dos setores utilizados para a elaboração dos perfis de usos atual,
tendencial e desejado.


                                                                                   17
Salienta-se que a cartografia encontra-se em meio digital, favorecendo a
elaboração de mapas temáticos, zoneamento ambiental e caracterização das
áreas prioritárias para o desenvolvimento das ações previstas. Será de
fundamental importância para a composição de projetos paisagísticos, remoção
de comunidades em áreas de risco e de preservação permanente, planos de
manejo das Unidades de Conservação (UC’s) e no ordenamento territorial da orla.

      Com a descrição de cada unidade de paisagem será apresentado o mapa
com os respectivos trechos. Devido à necessidade da representação em escala
de detalhe (com escala gráfica) de modo a atender a metodologia proposta,
encontram-se em anexo, mapas topográficos que auxiliaram na
compartimentação, diagnóstico e classificação detalhada da orla.




                                                                                  18
TABELA I - UNIDADE DE PAISAGEM I
     De parte da APA do rio Ceará (margem direita) até a Rua Adriano Martins
                                   (Figura 2).
    Trecho 1 – de parte da APA do Rio Ceará (confluência das Ruas J e Alfa do Conjunto Vila Velha
                  parte II) ao longo de sua margem direita até o Estaleiro Brasil Mar
                                                                                                     *
           Delimitação                               Caracterização                         Classe
Inicia no setor pertencente à          Orla linear e abrigada ao longo da margem
APA do rio Ceará, entre as             direita do rio Ceará com a presença do
Ruas J e Alfa onde se                  ecossistema manguezal e planície de
encontram as salinas                   maré. Setores antropizados. Construções
abandonadas, seguindo pela             de muros de concreto e espigões para o
margem direita do rio,                 controle erosivo a partir da dinâmica das                B
acompanhando a LLM até o               marés. Presença de ocupações irregulares
estaleiro existente mais à             na forma de urbanização (moradias formais
nordeste. O rio Ceará é o              e informais) consolidada ao longo da
limite entre os municípios de          margem do rio.
Caucaia e Fortaleza.
     Trecho 2 – Estaleiro Brasil Mar (a partir da Rua Vinte de Janeiro) até o Pólo de Lazer da
                                          Barra do Ceará
           Delimitação                               Caracterização                         Classe
Inicia no extremo nordeste do          Orla linear e abrigada com intervenções de
estaleiro disposto na margem           engenharia costeira (espigões), associada
direita do rio Ceará, seguindo         a um conjunto dunar com setores móveis e
pela orla, incluindo a duna da         fixos; dinâmica evolutiva da margem do rio
Barra e alcançando o Pólo de           associada a bancos de areia e à erosão;                  C
Lazer da Barra do Ceará.               ocupações irregulares; urbanização
Acesso direto pela Av.                 consolidada e irregular, construções
Coronel Carvalho continuando           horizontais, legais e ilegais ao longo da
pela Av. Radialista José Lima          faixa de orla.
Verde.
              Trecho 3 – Pólo de Lazer da Barra do Ceará até a Rua Adriano Martins
          Delimitação                               Caracterização                          Classe
Partindo do extremo leste do         Orla linear e exposta com setores
Pólo de Lazer da Barra do            antropizados por obras de engenharia
Ceará (início da Av. Costa-          costeira e construção de via paisagística;
Oeste) até o antigo                  faixa de praia estreita e submetida a erosão
Kartódromo. Inclui o Próprio         em eventos de ressacas e marés de
                                                                                                C
Nacional do Pirambu (área            tempestade; cobertura vegetal é fragmentada
da União). O limite sul são          (coqueiros); ocupações irregulares sob a
as vias Av. Presidente               duna; setores com falésia viva (urbanizados);
Castelo Branco, Gomes                presença de equipamentos públicos em área
Passos e Monsenhor Rosa.             de preservação permanente (pós-praia);
                                     urbanização consolidada de alta densidade e
                                     irregular com o predomínio de construções
                                     horizontais, legais e ilegais ao longo da faixa
                                     de orla.




*
 Classe: classificação dos trechos de acordo com o Manual de Gestão do Projeto Orla – Fundamentos para
a Gestão Integrada (volume II), tomando como base do Decrelo No 5.300/2004, regulamentador da Lei
         o
Federal N 7661/1988 que institui o gerenciamento costeiro no Brasil.

                                                                                                         19
Figura 2 – Mapa da Unidade de Paisagem I com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF)




                                                                                       20
TABELA II - UNIDADE DE PAISAGEM II
 Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até o Mercado dos Peixes do
                           Mucuripe (Figura 3).
   Trecho 1 – Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até Igreja Santa Edwirgens
    Delimitação                                Caracterização                       Classe
A partir do limite        Orla com morfologia do tipo linear e exposta; larga faixa
oeste do antigo           de praia antropizada pela implantação de obras de
Kartódromo (Rua           engenharia costeira (controle do processo erosivo e
Adriano Martins)          interferências na hidrodinâmica). Faixa de areia restrita
até a Igreja de           entre espigões. Trecho com elevada concentração de
Santa Edwirges. O         equipamentos públicos - Estação de Tratamento de
limite sul é              gases do interceptor oceânico), IML (Instituto Medico       C
representado pelo         Legal), áreas militares (Bombeiros e Marinha do Brasil)
muro da via férrea        e Igreja. Faixa de praia com acesso restrito (ETE).
                          Cobertura vegetal é fragmentada. A urbanização é
(Ruas Aprendizes
                          consolidada e de alta densidade, construções
Marinheiro e
                          horizontalizadas, regular e irregular; presença de
Adarias de Lima).         barracas de praia. A configuração paisagística e do tipo
                          urbana.
      Trecho 2 – De leste da Igreja Santa Edwirgens até a Avenida Almirante Tamandaré
    Delimitação                                Caracterização                       Classe
Partindo do               Orla exposta; acesso restrito em virtude da privatização
extremo leste da          do espaço público pelo Marina de Iracema Park Ltda. e
Igreja de Santa           pela indústria naval (estaleiro INACE); urbanização
Edwirges seguindo         consolidada de alta densidade (casas no alto do morro);
pela Av. Monsenhor        ocupação irregular, construções horizontais, regular e
                                                                                      C
Tabosa e                  irregular; setores de praia antropizados por obras de
secundárias até a         engenharia costeira (muros e espigões) para contenção
Av. Alberto               de erosão e formação de uma bacia portuária (marina);
Nepomuceno.               considerada área de interesse especial por conter um
                          prédio tombado (capela de Santa Edwirges); ocupação
                          de pós-praia por residências em um setor de orla
                          abrigada (Poço da Draga).
             Trecho 3 – Da Avenida Almirante Tamandaré até a Rua Ildefonso Albano
    Delimitação                                Caracterização                       Classe
Da esquina leste da       Orla linear e exposta; antropizada através de obras
Avenida Alberto           de engenharia costeira para a contenção de
Nepomuceno com a          processos erosivos; urbanização consolidada de alta
beira-mar até a Rua                                                                   C
                          densidade e em processo de verticalização (uso
Ildefonso Albano. O
                          misto); ocupação regular correspondendo a uma
limite sul é
representado pela         mancha urbana contínua (residencial comercial e
Av. Monsenhor             hoteleiro); apresenta importância histórico-cultural;
Tabosa.                   ocorrência de esgotos clandestinos pela rede de
                          galerias pluviais.
            Trecho 4 – Rua Ildefonso Albano até ao Mercado dos Peixes do Mucuripe
    Delimitação                                Caracterização                       Classe
Partindo da esquina       Orla tipo arco (enseada) e exposta; cobertura vegetal
leste da Rua              insipiente; acesso direto; urbanização consolidada
Ildefonso Albano          com alta densidade. Trecho com verticalização               C
seguindo até o            (edifícios residencial, comercial e hoteleiro). Linha da
Mercado dos               praia associada a obras de engenharia costeira com
Peixeiros. A Av.          a construção de espigões de proteção (aterro de
Abolição demarca o        Iracema). Setor de praia com equipamentos de
limite sul.               drenagem urbana (galerias pluviais) com ligações
                          clandestinas de esgoto.


                                                                                             21
Figura 3 – Mapa da Unidade de Paisagem II com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF).




                                                                                         22
TABELA III - UNIDADE DE PAISAGEM III
Do Mercado de Peixes do Mucuripe até ao Serviluz ( Rua Ismael Pordeus) (Figura 4).
          Trecho 1 – Mercado de Peixes do Mucuripe até o Oleoduto da Petrobras
         Delimitação                             Caracterização                   Classe
A partir do limite nordeste do  Orla semi-abrigada associada a obras de
Mercado dos Peixes do           engenharia costeira (muros de concreto e
Mucuripe seguindo até início do espigões). Setor com alto adensamento de
Cais Pesqueiro. Do              construções irregulares na orla e em área de
prolongamento da Rua Delmar domínio das marés (equipamentos urbanos
seguindo pelo muro da via       submetido ao ataque das ondas). Praias
férrea e adentrando pela        privatizadas com variações nos índices de
complexa configuração urbana balneabilidade; poluição sanitária, estética e         C
do morro do Teixeira.           visual. Hotel e condomínio residencial (trecho
                                verticalizado) interferindo na dinâmica das ondas
                                e marés (muros de proteção submetidos ao
                                ataque direto das ondas). Engloba parte do
                                campo de dunas da praia do Futuro (morro de
                                Santa Terezinha), com elevada densidade de
                                ocupação urbana e com barracas e bares
                                abandonados. Existência de barracos sem
                                higiene e barcos abandonados na praia dos
                                Botes.
               Trecho 2 – do Oleoduto da Petrobras até o início da praia Mansa
         Delimitação                               Caracterização                     Classe
À nordeste do Cais Pesqueiro       Orla semi-abrigada e dinâmica costeira regida em
seguindo na direção do Cais        grande parte pela presença de obras de
Comercial. O limite sul pela via   engenharia costeira (espigões). Faixas de areia
férrea e prolongamento até o       reduzida (erosão costeira). Danos ambientais com
                                   comprometimento da balneabilidade. Praias em
                                                                                        C
espigão do Titanzinho.
                                   zona de segurança, com multiplicidade de usos
                                   industrial e comercial.

                     Trecho 3 – Praia Mansa até o molhe do Titanzinho
        Delimitação                              Caracterização                     Classe
Trecho de praia à oeste do       Orla semi-abrigada de praia artificial (originada
espigão do Porto do Mucuripe     através da acumulação de areia a partir das
(Praia Mansa) representada       interferências dos espigões no comportamento das     A
por área acrescida de marinha.   ondas e no transporte de sedimentos) com baixa
Acesso restrito pelo Porto do    ocupação refletindo em uma área conservada.
Mucuripe ou por embarcações.     Praias privatizadas. Presença de torres de geração
                                 de energia eólica sobre faixa de pós-praia.
                                 Presença de um porto de ancoragem de jangadas
                                 em função de atividades de pesca tradicional.
        Trecho 4 – do molhe do Titanzinho até o fim do Serviluz (Rua Ismael Pordeus)
         Delimitação                             Caracterização                     Classe
Do limite sudeste do espigão do Orla exposta com larga faixa de praia. Zona de
Titanzinho seguindo pela faixa acumulação de sedimentos a partir da interferência
de praia do Serviluz até a Rua do espigão do Titanzinho. Alto adensamento             C
Ismael Pordeus. Incluindo o      populacional com assentamentos subnormais.
Serviluz (com limite sul a Av.   Dinâmica eólica com transporte de areia da praia
Zezé Diogo) e a área             para a pós-praia soterrando vias de acesso e
retroportuária.                  residências. Balneabilidade comprometida pelo
                                 precário saneamento público.




                                                                                               23
Figura 4 – Mapa da Unidade de Paisagem III com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF).




                                                                                          24
TABELA IV - UNIDADE DE PAISAGEM IV
   Da Rua Ismael Pordeus à foz do Rio Cocó (margem direita) (Figura 5).
               Trecho 1 – da Rua Ismael Pordeus até a Rua Renato Braga
        Delimitação                             Caracterização                 Classe
Partindo do limite sudoeste      Orla linear e exposta com a faixa de pós-
da Rua Ismael Pordeus até a      praia associada a acumulações de areia
Rua Renato Braga.                pela ação dos ventos. Trecho com acesso         B
Seguindo pela Av. Dioguinho.     direto. Presença de residências e de
                                 barracas de praia. Início da verticalização
                                 das construções que se prolonga pela
                                 praia do Futuro. Pontos de drenagem
                                 pluvial com evidências de ligações
                                 clandestinas (efluentes domiciliares).
                   Trecho 2 – Rua Renato Braga até a Foz do Rio Cocó
          Delimitação                           Caracterização                 Classe
A partir do limite sul da Rua    Orla linear e exposta com acesso direto.
Renato Braga até a               Dunas de pequeno porte relacionadas com
desembocadura do rio Cocó.       os anteparos provocados pelas barracas
Seguindo pela Av. Dioguinho      de praia. Presença de bancos e flechas de
                                 areia (deposição diferenciada de
                                                                                 B
                                 sedimentos a partir da ação das ondas e
                                 marés) nas proximidades da foz. Trecho
                                 com ocupação por residências e barracas
                                 de praia sobre a faixa de praia.
                                 Continuidade do processo de
                                 verticalização até as proximidades da
                                 desembocadura do rio Cocó.
  Trecho 3 – Entre as margens esquerda e direita do rio Cocó (Rua Germiniano Jurema)
          Delimitação                           Caracterização                 Classe
Da margem esquerda do rio a      Orla abrigada com a evolução morfológica
partir da faixa de praia,        de suas margens regida pela ação das
seguindo até as obras de         ondas e marés e os bancos de areia no
construção da ponte sobre o      leito do estuário. Área de interesse            B
rio Cocó, ultrapassando seu      especial. Presença de ecossistema
leito principal e segundo pela   manguezal e de campo de dunas móveis e
margem direita até a sua         fixas. Ocupações irregulares em área de
desembocadura.                   preservação permanente. Urbanização
Com acesso principal pela        consolidada e desordenada com
Av. Dioguinho.                   construções horizontais e verticalizadas,
                                 regulares e irregulares.




                                                                                        25
Figura 5 – Mapa da Unidade de Paisagem IV com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF).




                                                                                         26
TABELA V - UNIDADE DE PAISAGEM V
Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó)
            até a foz do Rio Pacoti (margem esquerda) (Figura 6).
Trecho 1 – Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) ao
                     limite nordeste do Parque Natural Municipal das
                                  Dunas de Sabiaguaba
       Delimitação                          Caracterização                      Classe
Partindo da margem         Orla linear e exposta; acesso direto; ambiente
direita rio Cocó até a     parcialmente preservado na faixa de praia e
praia de Sabiaguaba,       margem do rio. Processo de ocupação de área           A-B
extremando com o início    de preservação permanente. Resquícios de
do Parque.                 dunas com ocupação urbana e implantação da
                           ponte sobre o rio. Presença de rochas nas
                           faixas de praia e pós-praia. Áreas associadas a
                           lagoas sobre a faixa de pós-praia durante o
                           período de maiores precipitações
                           pluviométricas.
            Trecho 2 – Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba
      Delimitação                           Caracterização                      Classe
Trecho delimitado pelo     Orla linear e exposta, associada a campos de
Parque Natural             dunas fixas e móveis, lagoas costeiras e
Municipal das Dunas de     interdunares; faixa de praia sem a presença de
Sabiaguaba.                erosão costeira e com ocorrência de rochas ao          A
Envolvendo a área          longo da faixa intermaré. Área com dunas e
delimitada pela UC.        lagoas costeiras preservadas. Ocorrência de
                           mineração de areia em dunas fixas e móveis
                           (APP), com desmatamento da cobertura vegetal.
  Trecho 3 – Do limite sudeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba à
                             margem esquerda do rio Pacoti
      Delimitação                          Caracterização                       Classe
A partir do limite         Orla parte exposta e abrigada (quando
sudeste do Parque          associada à esquerda do rio Pacoti).
Natural Municipal das      Considerada como área de interesse ambiental
Dunas de Sabiaguaba        especial pela ocorrência de praia, dunas e            A-B
até a margem do rio        manguezal. Ocupações irregulares em área de
Pacoti.                    preservação permanente. Ocupação irregular
                           desordenada com barracas de praia e
                           residências.




                                                                                          27
Figura 6 – Mapa da Unidade de Paisagem V com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF).




                                                                                        28
1.5 Principais impactos observados

     Os principais impactos na orla foram identificados durante as atividades de
campo e sistematizados e analisados nas reuniões dos grupos de técnicos com
a participação dos órgãos de gestão e da sociedade civil.

     Foram relacionados com a utilização da área de intervenção do Projeto
Orla, ambientes de relevante interesse para a regularização fundiária e melhoria
sócio-ambiental das diversas formas de uso e ocupação. Foram definidos de
forma participativa, em um processo de aprimoração de uma gestão integrada e
de modo a favorecer o desenvolvimento sustentável da orla.

      Tomando a orla como um todo, verificou-se que os principais impactos
observados foram relacionados com a necessidade de regularização fundiária e
saneamento básico para a melhoria da qualidade de vida das populações e das
atividades relacionadas como a pesca, lazer, turismo e a biodiversidade.

      A recente criação das Unidades de Conservação (Parque Natural
Municipal das Dunas de Sabiaguaba e da APA de Sabiaguaba), através das
orientações e discussões sobre os impactos ambientais ao longo da orla
durante as oficinas, bem como antiga aspiração da comunidade fortalezense,
representou uma importante medida de preservação da paisagem costeira,
amplamente justificada através dos impactos ambientais analisados ao longo da
orla.




                                                                                   29
TABELA VI – Unidades de paisagens e principais impactos observados
                       UNIDADE DE PAISAGEM I
De parte da APA do rio           SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS
Ceará na confluência das   Contaminação dos recursos pesqueiros por metais
Ruas J e Alfa (margem      pesados e derivados de petróleo; poluição por emissão
direita) até a Rua         de esgoto direto no rio; contaminação do solo e doenças
Adriano Martins.           infecto-contagiosas através do acúmulo de lixo;
                           alterações morfológicas através da erosão ao longo das
                           margens do rio; desconfiguração da morfologia dunar
                           por mineração irregular; degradação de áreas verdes de
                           mangue pelo desmatamento; ocupação irregular em
                           áreas de preservação permanente (duna, manguezal e
                           praia); assentamentos humanos irregulares e
                           desordenados na orla (zonas intermaré e pós-praia e em
                           espigões sobre a margem do rio e faixa de praia);
                           proliferação de pragas urbanas (saneamento precário e
                           lixo) com efeitos diretos sobre a saúde pública;
                           depreciação e desqualificação do espaço público;
                           exclusão da área do roteiro turístico da cidade em
                           virtude das condições sócio-ambientais inadequadas do
                           local; redução dos espaços de lazer para a comunidade.
                       UNIDADE DE PAISAGEM II
Da Rua Adriano Martins           SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS
(antigo Kartódromo) até    Poluição da praia (zona intermaré e pós-praia) e do mar
o Mercado dos Peixes do    pela emissão de esgoto; descaracterização de paisagem
Mucuripe.                  dunar e de falésias mortas por construções irregulares;
                           acúmulo de lixo; ocupação irregular em área de
                           drenagem natural; degradação de obras de engenharia
                           costeira (espigões); erosão ao longo da linha de praia;
                           assentamentos humanos e ocupações irregulares;
                           proliferação de pragas urbanas (saneamento precário e
                           lixo) com efeito direto sobre a saúde pública;
                           depreciação e desqualificação do espaço público;
                           edificações em áreas de preservação permanente;
                           exclusão da área do roteiro turístico da cidade em
                           virtude das condições sócio-ambientais inadequadas;
                           redução dos espaços de lazer para a comunidade;
                           implantação de projeto paisagístico em áreas de
                           preservação permanente e em setores com erosão
                           acelerada.
                       UNIDADE DE PAISAGEM III
Do Mercado de Peixes             SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS
do Mucuripe até ao         Movimentação de areia ocasionado pela ação dos
Serviluz (Rua Ismael       ventos e acumulando-se nas moradias, promovendo o
Pordeus)                   entupimento das tubulações (drenagem e esgotos) e
                           interditando vias públicas; privatização da praia; avanço
                           de construções irregulares na praia e pós-praia; esgoto a
                           céu aberto; ocupações irregulares em áreas de risco
                           sobre o morro do Teixeira. Presença de barracos e
                           barcos abandonados na praia dos Botes,
                           comprometendo a segurança dos usuários.




                                                                                       30
(continuação Tabela VI)
                        UNIDADE DE PAISAGEM IV
Da Rua Ismael Pordeus              SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS
à foz do Rio Cocó            Poluição visual, sonora, atmosférica, hídrica e do solo;
(margem direita).            provável contaminação do lençol freático; desmonte de
                             dunas; terraplenagem em área de mangue; acúmulo de
                             resíduo sólido; adensamento de barracas na faixa de
                             praia; alteração do micro-clima urbano; verticalização do
                             campo de dunas com o barramento das correntes de ar
                             que adentra à cidade; depreciação imobiliária;
                             privatização da praia; terraplanagem; danos sócio-
                             ambientais relacionadas com a degradação dos
                             ecossistemas manguezal e dunar; comprometimento da
                             das estruturas inacabadas da ponte (degradação dos
                             materiais) e ocupação irregular na margem do rio.
                             Redução da largura do canal e da foz do rio em
                             decorrência de aterros para expansão das invasões.
                        UNIDADE DE PAISAGEM V
Início da orla marítima da         SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS
APA da Sabiaguaba            Edificações irregulares (barracas de praia, residências e
(margem direita do rio       pousadas) que interferem na dinâmica sedimentar e
Cocó) até a foz do Rio       hidrodinâmica nos estuários; desmatamento do
Pacoti (margem               manguezal; possível contaminação da água (superficial
esquerda).                   e subterrânea) pelo lançamento de efluentes domiciliares
                             e industriais; impedimento ao livre acesso à praia e à foz
                             do rio por barracas de praia; risco de acidentes (esportes
                             náuticos) com banhistas; prejuízo à fauna marinha;
                             danos à micro-fauna; privatização da praia;
                             comprometimento da flora e fauna terrestre e marinha;
                             redução da recarga do aqüífero; formação de vazios
                             urbanos; equipamentos urbanos em áreas de
                             preservação permanente.




                                                                                          31
2. CENÁRIOS DE USOS DESEJADOS PARA A ORLA E
PROPOSTAS DE AÇÃO.

         Este capítulo apresenta de forma seqüencial e ordenada por Unidades de
Paisagem com seus respectivos trechos, os diferentes cenários de usos
desejados para a orla marítima. Em cada uma das 5 unidades e 17 trechos foi
definida a situação atual, as tendências a partir dos usos existentes e formas de
ocupação do território e a composição de cenários desejados.

         Foram elaborados modelos representativos de cada um dos trechos
através de perfis da paisagem costeira transversais à linha de costa. A
composição dos perfis com os cenários atual, tendencial e desejado, discutidos de
forma participativa durante as oficinas e trabalhos de campo, buscou representar
a complexidade da orla e a caracterização dos problemas enfrentados.
Evidenciou-se, de forma clara e de fácil compreensão as principais
potencialidades, os problemas ambientais, suas atividades geradoras e os
respectivos efeitos sócio-ambientais.

        A partir da análise integrada de cada unidade, foram definidas as ações e
medidas estratégicas para enfrentar os problemas relacionados com as diversas
formas de uso e ocupação da orla. Foi através do cenário desejado, construído
de modo a minimizar os problemas identificados no cenário atual, que surgiram as
linhas de ação propostas e medidas adequadas. É importante salientar que foram
definidas unidades e trechos prioritários, orientando o processo de implementação
do Plano de Intervenção.

        É importante ainda salientar que os problemas identificados podem ser
encontrados em vários trechos e, consequentemente, as ações serão
compatíveis, guardando especificidades e as relações de uso e ocupação.

       Dados os problemas e as características semelhantes que permeiam a orla
de Fortaleza, sem distinção de unidades ou trechos, foram reconhecidas linhas de
ação comuns a toda a área de intervenção. Tais linhas de ação (Tabela VII)
indicam ações e medidas que devem ser traçadas com a finalidade de, havendo a
sua implementação, garantir o uso sustentável, adequado e democrático da orla
da cidade.

       As linhas de ações relacionadas com preservação da memória dos povos
do mar, serviços eficientes de saneamento básico, educação ambiental,
regularização fundiária, instituição de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS),
retirada das barracas da faixa de praia, recuperação dos danos ambientais,
estudos e projetos integrados para o controle da erosão costeira, requalificação
urbano-ambiental com reordenamento, entre outras, serão implementadas a partir
de uma ampla participação dos entes federados e da sociedade civil organizada,
e de acordo com a legislação pertinente.
.




                                                                                      32
TABELA VII
                Problema 1: “Possível perda do patrimônio cultural e material”.
                 Linha de Ação: Preservação da memória dos povos do mar.

                                                              Duração da
   Ações e Medidas                    Finalidade                              Responsável
                                                               Atividade

                           Identificar as atividades
                           desenvolvidas e os
1- Estudo para identificar respectivos grupos
as atividades culturais    responsáveis pela mesma.                                PMF
                                                              Curto prazo
existentes ligadas ao      Diagnosticar qualitativamente                          IPHAN
mar.                       a situação das atividades e
                           dos grupos ligados ao
                           ambiente costeiro.

                             Formar banco de dados das
                             atividades e grupos culturais.
2- Cadastramento dos
                             Subsidiar a elaboração de                             PMF
grupos e atividades                                           Curto prazo
                             projeto de incentivo às                              IPHAN
desenvolvidas.
                             atividades ligadas ao
                             ambiente costeiro.
                          Incentivar a sociedade à
                          valorizar a cultura e as
 3- Elaboração
                          atividades características da
 participativa de projeto
                          área costeira.
 social, econômico e
                          Desenvolver projetos
 urbanístico de incentivo
                          concordantes com a realidade                             PMF
 à preservação da                                             Médio prazo
                          e com a necessidade do local.                           IPHAN
 identidade e das
                          Preservar o patrimônio
 atividades dos grupos
                          material (formas de construir
 ligados ao ambiente
                          barcos, redes, cestos, etc.) e
 costeiro.
                          o cultural (culinária,
                          artesanato, feiras, etc.)
 4- Articulação com
                             Integralizar as ações
 órgãos e secretarias
                             desenvolvidas em todas as
 competentes para a
                             esferas de governo.                                   PMF
 divulgação, incentivo e                                      Médio prazo
                             Desenvolver projetos integrais                       IPHAN
 desenvolvimento das
                             de incentivo às atividades
 atividades sustentáveis
                             ligadas ao ambiente costeiro.
 ligadas ao mar.
    Problema 2: “Não acessibilidade da área aos portadores de necessidades especiais”.
      Linha de Ação: Adequabilidade dos projetos às necessidades dos portadores de
                                 necessidades especiais.
                                                              Duração da
   Ações e Medidas                    Finalidade                              Responsável
                                                               Atividade
 1- Mapeamento de
 todos os pontos             Identificar as áreas a serem
 (passeios, acessos,         reformadas para adaptarem-
                                                                                  PMF
 equipamentos) que           se às necessidades               Curto prazo
 devem enquadrar-se às       especiais.
 leis de acessibilidade do
 município de Fortaleza.
 2- Elaboração de
 projeto de                  Garantir a toda população o                          PMF
                                                              Curto prazo
 acessibilidade aos          direito de ir e vir.
 equipamentos urbanos.

                                                                                            33
3- Divulgação das leis
 de acessibilidade do      Garantir a construção de
                                                                                PMF
 município de Fortaleza equipamentos acessíveis a         Curto prazo
 e fiscalização eficaz das toda a população.
 obras na área.
                      Problema 3: “Saneamento básico insuficiente”
         Linha de Ação: Dotar o local de serviços eficientes de saneamento básico.
                                                         Duração da
   Ações e Medidas                Finalidade                                Responsável
                                                          Atividade
 1. Articulação com
                          Minimizar os impactos da
 órgãos competentes
                          poluição nos recursos                                 PMF
 para a elaboração de                                     Médio prazo
                          hídricos e a proliferação de                        SEMACE
 projeto de saneamento
                          vetores de doenças.
 básico.
 2. Implementação dos
                          Dotar toda a área da orla de                          PMF
 projetos de saneamento                                   Médio prazo
                          saneamento básico.                                  SEMACE
 básico.
             Problema 4: “Inexistência de programas de educação ambiental”
     Linha de Ação:Estimular o desenvolvimento de programas de educação ambiental.
                                                         Duração da
   Ações e Medidas                Finalidade                                Responsável
                                                          Atividade
 1. Articulação com
                          Sensibilizar a população
 órgãos competentes
                          com relação às questões
 para a elaboração de                                     Médio prazo           PMF
                          ambientais e sanitárias
 programas integrados
 de educação ambiental.



         Nos trechos definidos como prioritários realizou-se uma caracterização
ambiental síntese, enfatizando a necessidade das ações de regularização
fundiária e de preservação e conservação ambiental das Unidades de
Conservação (Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e Área de
Proteção Ambiental de Sabiaguaba).

         Desta forma, serão apresentados os cenários atual, tendencial e
desejados para a orla (com os respectivos perfis esquemáticos), a identificação e
caracterização dos problemas relacionados às especificidades de uso e ocupação
e as respectivas ações e medidas estratégicas para cada um dos trechos,
fundamentais para uma gestão integrada e compartilhada da orla de Fortaleza.




                                                                                          34
2.1 UNIDADE DE PAISAGEM I – DA APA DO RIO CEARÁ ATÉ O
ANTIGO KARTÓDROMO

UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 1 – de parte da APA do Rio Ceará
(confluência das Ruas J e Alfa do Conjunto Vila Velha parte II) ao longo de
sua margem direita até o Estaleiro Brasil Mar.

Cenário de usos desejados para a orla:

a) Situação Atual




A área caracteriza-se por ocupações irregulares tanto dentro como fora da
Unidade de Conservação. Setores com áreas de risco relacionadas com
inundações em períodos de maior vazão fluvial. Ocupação irregular com
processo de favelização dentro de áreas de preservação permanente
caracterizadas como manguezal e planície de maré (com moradias dentro de
antigas salinas), promovendo danos sócio-ambientais de elevada magnitude.
Riscos de derramamento de derivados de petróleo associado às atividades do
estaleiro e por embarcações motorizadas com a contaminação da água e danos
à biodiversidade. Problemas de saneamento básico e de serviços públicos
afetando uma população de baixa renda. Orla antropizada com muros e aterros
da margem leste do rio. Deficiência de espaços públicos para o lazer e
paisagem degradada com baixo atrativo turístico. Atividades de subsistência
associadas à pesca tradicional.

.




                                                                              35
Fotografia 1 - Problemas relacionados com a
                    precariedade de serviços públicos e de moradia
                    (Fonte: Projeto Orla, outubro de 2005).




               Fotografia 2 - Limite sudoeste evidenciando salinas abandonadas
               sendo utilizadas para a construção de moradia. Resultado da
               pressão urbana em outras áreas da cidade, expulsando os
               moradores para áreas irregulares. Áreas de risco de inundações e
               com impactos sócio-ambientais de elevada magnitude (Fonte:
               Jeovah Meireles, março de 2005).

b) Situação Tendencial




Consolidação das ocupações irregulares com ampliação da área de risco.
Impermeabilização de setores do ecossistema manguezal e da planície de

                                                                                  36
maré; continuidade do processo de desmatamento do manguezal com danos à
biodiversidade e à qualidade da água do estuário. Perda da biodiversidade com
conseqüências nas atividades de pesca tradicional. Continuidade das atividades
relacionadas ao estaleiro e barcos motorizados. Agravamento dos danos
ambientais ao ambiente estuarino com danos às atividades de turismo e lazer
no rio Ceará. Degradação da qualidade de vida e processo de favelização sobre
palafitas.

c) Situação Desejada




Famílias realocadas da área de risco para outro local com infra-estrutura e
serviços urbanos. Manguezal com área ampliada refletindo na retomada da
biodiversidade e das atividades de pesca tradicional, lazer e turismo ecológico.
Recuperação do patrimônio histórico cultural (antigas instalações do hidroporto
Condor e Panan) e projeto paisagístico na orla. Recursos naturais utilizados de
forma sustentável com níveis adequados de qualidade da água. Plano de
Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do rio Ceará implantado.




                                                                                   37
Caracterização dos problemas:

                     TABELA VIII - UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 1
     de parte da APA do Rio Ceará (confluência das Ruas J e Alfa do Conjunto Vila Velha
              parte II) ao longo de sua margem direita até o Estaleiro Brasil Mar

 Potencialidades        Problemas      Fatos Geradores        Efeitos e Impactos      Legislação
                                                                Associados ao          Incidente
                                                                   Problema
Turismo ecológico;     Ocupação e uso Pressão urbana Obstrução do acesso à - Lei Municipal
Pesca sustentável; inadequados de em outras áreas praia;                            7.061/92
Biodiversidade;        edificações em   da cidade,         Degradação               PDDU
Valor histórico –      áreas de risco e expulsando os      paisagística e ambiental - Lei Municipal
cultural para a cidade de preservação. moradores para (redução da                   7.987/96 Uso e
de Fortaleza (origens                   áreas irregulares; biodiversidade,          ocupação do
da ocupação do                          Política           desmatamento, erosão, Solo
território de                           Habitacional       assoreamento e           -Lei 7.661/88
Fortaleza);                             deficiente;        contaminação dos         PNGC
Valor paisagístico.                     Fiscalização       recursos hídricos por   - Lei 9.985/00
                                        ineficiente.       águas residuárias in    SNUC
                                                           natura, metais pesados - Lei 5.197/65
                                                           e derivados de           Proteção a
                                                           petróleo);               Fauna e Flora
                                                           Formação de áreas de - CONAMA 001
                                                           risco;                   e 303 Impactos
                                                           Diminuição dos           Ambientais e
                                                           recursos pesqueiros      APP
                                                           Proliferação de agentes (manguezal)
                                                           vetores de doenças.




                                                                                                      38
Propostas de ação:

                                          TABELA IX –
      Problema 1: “Ocupação e uso irregulares de edificações em áreas de risco e de
                                         preservação”.
                            Linha de Ação: Recuperação ambiental
        Ações e Medidas                       Finalidade        Duração da Responsável
                                                                 Atividade
 1- Projeto habitacional.           Reassentar famílias          Médio           PMF
                                    ocupantes de área de risco.  Prazo
                                    Desenvolvimento de ações de
                                    educação ambiental.
2- Elaboração e implementação       Recuperar a Unidade de       Médio           PMF
de projeto de recuperação           Conservação e áreas          Prazo          IBAMA
ambiental e paisagística.           remanescentes.                             SEMACE
 3- Articulação entre os diversos   Estabelecer uma política de  Médio           PMF
 órgãos fiscalizadores.             fiscalização integrada.      Prazo          IBAMA
                                                                               SEMACE




                                                                                         39
UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 2 - Estaleiro Brasil Mar (a partir da
Rua Vinte de Janeiro) até o Pólo de Lazer da Barra do Ceará.
Trecho prioritário




Figura 7 – Imagem de satélite (Quick Bird, 2004) evidenciando o estaleiro Brasil Mar, a duna da
Barra do Ceará e o Pólo de Lazer da Barra do Ceará (acervo da PMF/SEMAM).

Cenário de usos desejados para a orla:

a) Situação Atual




Amplamente utilizado para o lazer em uma orla fortemente impactada com
muros e pequenos espigões (controle do processo erosivo). Ocorrência de
ocupações irregulares sobre a duna da Barra do Ceará, promovendo setores de
risco e a contaminação do lençol freático devido ao precário saneamento
básico. Ocupação por moradia, barracas de praia e pequenos comércios em
áreas de preservação permanente. Ocupações espontâneas com tipologias de
favelas. Atividade de turismo em área de baixo atrativo.



                                                                                                  40
Foi nas imediações da Barra do Ceará, local onde foram edificados os fortes de
São Tiago (1603) e São Sebastião (1612), onde a cidade de Fortaleza nasceu.
Estes monumentos não fazem parte da paisagem atual, resguardam somente
seus registros em textos históricos e em cartografias antigas. Representa a
paisagem costeira onde ocorreram as primeiras intervenções, seguidas, ao
longo da orla a construção (1649) da capela de Nossa Senhora de Assunção e
da Praça das Armas. Constitui assim relevante valor histórico e de elevada
beleza paisagística, uma vez que está associado a ambientes dunares na
desembocadura de um importante recurso hídrico que limita geograficamente a
cidade em sua porção oeste.

Ocupações de baixa renda, provenientes da pressão urbana em outras áreas da
cidade, política habitacional historicamente deficiente e fiscalização ineficiente,
foram as principais atividades geradoras para a ocupação da duna da Barra do
Ceará. Foram então ocupadas áreas morfologicamente inadequadas, de risco e
de elevada vulnerabilidade ambiental.

A necessidade da regularização fundiária, com a retirada de habitações sobre a
duna e em áreas de risco associada a essa morfologia, aliada ao
reassentamento das famílias em áreas localizadas nas proximidades e com
condições adequadas de moradia dos atuais ocupantes, foram utilizados como
critérios para classificá-lo como trecho prioritário.




     Fotografia 3 - Duna da Barra do Ceará   Fotografia 4 - Vista panorâmica da duna e
     em processo de favelização (Fonte:      ponte sobre o rio Ceará, evidenciando o
     Projeto Orla, outubro de 2001).         adensamento populacional em áreas de
                                             risco e de preservação permanente
                                             (Fonte: Jeovah Meireles, março de 2005).




                                                                                         41
b) Situação Tendencial




Descaracterização da paisagem formada com a ocupação da duna.
Contaminação das águas superficial (rio) e subterrânea (duna) com níveis
danosos à saúde pública. Perda da biodiversidade do estuário com
conseqüências na pesca tradicional. Desconfiguração da paisagem de modo a
alcançar padrões inaceitáveis para o desenvolvimento de atividades
econômicas (turismo ecológico) e de lazer (balneabilidade). Aumento na
densidade de barracas ao longo da margem e nas proximidades do Pólo de
Lazer da Barra do Ceará. Ampliação do processo de favelização sobre a duna e
circunvizinhança com danos à qualidade sócio-ambiental.


   c) Situação desejada




Qualidade ambiental e da paisagem da duna recuperadas com a retirada das
moradias irregulares, contenção do processo de migração da duna,
recomposição morfológica do sistema dunar e a inclusão de equipamentos
públicos para a contemplação da paisagem. Regularização fundiária no entorno
da duna. Ações com reflexos na geração de emprego e renda (turismo
ecológico), melhoria da paisagem e do lazer. Equipamento público de cultura,
arte e lazer implantados, favorecendo programas de inclusão social através da
arte, esportes e educação para a sustentabilidade. Retirada das barracas de

                                                                                42
praia e de pequenos comércios da faixa de praia uma vez que não são
permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Eficaz fiscalização com
a obediência às legislações municipal referente ao uso e ocupação do solo (Lei
7.987/96) e ao Código de Obras e Posturas (Lei 5.530/81) garantidos de acordo
com o estabelecido a partir do Plano Diretor por ser uma área de uso comum
(Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União).
Saneamento básico. Patrimônio histórico preservado com a recuperação do
antigo hidroporto de Fortaleza.


Caracterização dos problemas:

    TABELA X - UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 2 - Estaleiro Brasil Mar (a partir da
    Rua Vinte de Janeiro) até o Pólo de Lazer da Barra do Ceará
Potencialidades       Problemas          Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação
                                                                Associados ao         Incidente
                                                                   Problema
                 1. Ocupação irregular Pressão urbana em Obstrução do acesso - Lei Municipal
                 de edificações em     outras áreas da       à praia;              7.061/92
                 áreas de risco e de   cidade, expulsando Degradação               PDDU
                 preservação.          os moradores para paisagística e            - Lei Municipal
                                       áreas irregulares;    ambiental (desmonte 7.987/96 Uso e
                                       Política Habitacional da duna, redução da Ocupação do
                                       deficiente;           biodiversidade,       Solo
                                       Fiscalização          erosão,               - Lei 7.661/88
                                       ineficiente.          assoreamento e        PNGC
                 2. Ocupação da duna                         contaminação dos - Lei 6.938/81
                 móvel da Barra do                           recursos hídricos por PNMA
Turismo          Ceara.                                      águas residuárias in - Lei 5.530/80
ecológico;                                                   natura);              Regulamenta o
Pesca                                                        Formação de área      Uso do Solo
sustentável;                                                 de risco;             em Zona
Biodiversidade;                                              Poluição sonora e     Especial de
Valor histórico                                              visual.               Proteção
cultural, valor
paisagístico.



                 3. Deficiência de      Concentração de        Perda da identidade     - Lei Municipal
                 equipamentos           investimentos          histórico-cultural da   7.061/92
                 públicos de cultura,   públicos em áreas de população local.          PDDU
                 arte e lazer capazes   concentração de                                - Decreto
                 de proporcionar        população de maior                             Federal
                 atividades que         poder aquisitivo da                            5.300/04
                 contribuam no          cidade, dificultando o                         Gestão da
                 desenvolvimento das    acesso de grande                               Orla
                 comunidades locais.    parte da população                             - Lei
                                        aos equipamentos                               10.257/01
                                        de cultura, arte e                             Estatuto das
                                        lazer.                                         Cidades




                                                                                                         43
4. Insuficiência de   Dinâmica              Degradação           - Lei 9.433/88
               saneamento básico.    ocupacional           ambiental;           PNRH
                                     acelerada e irregular Contaminação dos     -           Lei
                                                           recursos hídricos    11.996/92
                                                           por águas            PERH
                                                           residuárias in       - Lei 7.061/92
                                                           natura;              PDDU
                                                           Proliferação de
                                                           agentes vetores de
                                                           doenças.

Propostas de ação:
                                               TABELA XI
      Problema 1: “Ocupação irregular de edificações em áreas de risco e de preservação”
                             Linha de Ação: Ordenamento da ocupação.
        Ações e Medidas                        Finalidade            Duração da  Responsável
                                                                      Atividade
1- Cadastramento                    Identificar a população local e  Médio Prazo     PMF
multifinalitário das ocupações.     a realidade das ocupações e                     GRPU
                                    de seus ocupantes;
                                    Gerar banco de dados de
                                    demandantes para o projeto de
                                    urbanização.
2- Estudo para redefinição de       Evitar formação de ilhas de      Médio Prazo     PMF
índices urbanísticos dispostos      calor e tendência a
na lei de uso e ocupação do         verticalização;
solo para esta microzona de         Minimizar os impactos sociais.
densidade.
3- Projeto de urbanização para      Retirar as barracas de praia     Médio prazo     PMF
o uso sustentável da faixa de       e pequenos comércios da                         GRPU
praia.                              faixa de praia uma vez que
                                    não são permitidas pela
                                    legislação pertinente.
                                    Evitar a privatização da faixa
                                    de praia;
                                    Recuperar a paisagem
                                    litorânea.
                     Problema 2: “Ocupação da duna móvel da Barra do Ceara”
                                Linha de Ação: Recuperação da duna.
        Ações e Medidas                        Finalidade            Duração da  Responsável
                                                                      Atividade
1- Implantar o Projeto de           Recuperar e preservar a duna     Curto Prazo     PMF
Contenção da Duna móvel da          da Barra do Ceará.                              IBAMA
Barra do Ceará.
2- Projeto de reassentamento        Desocupar a duna com             Curto Prazo     PMF
com realocação das famílias         garantia do direito à moradia
para uma área próxima.              dos atuais ocupantes da área.
      Problema 3: “Ausência de equipamentos públicos de cultura, arte e lazer capazes de
    proporcionar atividades que contribuam no desenvolvimento das comunidades locais.”
 Linha de Ação: Programar e implantar espaços públicos destinados ao desenvolvimento da
                                       cultura, arte e lazer local.
        Ações e Medidas                        Finalidade            Duração da  Responsável
                                                                      Atividade
  1- Implantação de um centro       Valorização histórico-cultural e Curto Prazo PMF
  integrado de cultura, arte e      das práticas e saberes da
  lazer.                            população local;
                                    Incentivar as práticas
                                    esportivas.
  2- Estimular iniciativas          Inclusão social de jovens.       Médio Prazo PMF
  esportivas relacionadas com
  esportes (surf, windsurfe,


                                                                                                  44
vôlei, futebol, etc.).

                      Problema 4: “Insuficiência de saneamento básico”
                   Linha de ação: Potencializar a rede de esgoto existente
      Ações e Medidas                     Finalidade            Duração da    Responsável
                                                                 Atividade
1- Ligação residencial à rede  Saneamento com melhoria da       Longo Prazo   PMF
de esgoto com efetivo          qualidade de vida da                           CAGECE
monitoramento e fiscalização. população.

2- Educação Ambiental.        Melhorar a qualidade de vida      Permanente    PMF
                              da população;
                              Utilizar de forma sustentável a
                              orla.




                                                                                            45
UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 3 – Pólo de Lazer da Barra do Ceará
até a Rua Adriano Martins.
Trecho prioritário




Figura 8 – Imagem de satélite (Quick Bird, 2004) evidenciando o trecho 3 da Unidade I (acervo
PMF/SEMAM).

Cenário de usos desejados para a orla:

a)     Situação Atual




Estágio de urbanização consolidado de alta densidade com ocupações
espontâneas e irregulares. Verifica-se o predomínio de construções horizontais de
baixa renda dispostas sobre área de preservação permanente que levaram à
descaracterização paisagística de dunas e falésias. Problemas sócio-ambientais
de elevada magnitude associados ao precário saneamento básico (esgotos nas
faixas de praia e pós-praia e disposição irregular de resíduos sólidos). Faixa de
praia com elevada densidade de obras de engenharia costeira (muros e espigões)
para contenção de erosão acelerada. Setores entre espigões evidenciando
erosão, com praias estreitas e deficitárias de areia (estado de erosão). Está em
curso uma intervenção de grande impacto nesta área. Trata-se da construção da
Avenida Costa Oeste, que compõe o Programa de Recuperação e
Complementação do Sistema Viário da Porção Oeste da Cidade de Fortaleza, sob
                                                                                                46
responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Local e Regional – SDLR do
Governo do Estado do Ceará, com extensão de 5,36km.




Fotografia 5 - Trecho da Avenida Costa Oeste        Fotografia 6 - Vista panorâmica do Pólo de lazer
em processo de degradação por ter sido              da Barra do Ceará e da desembocadura do rio.
instalado em área de domínio das marés e em         Mostra também o início da Av. Costa Oeste.
uma faixa de praia submetida a processo             Evidenciar o adensamento de barracas de praia
erosivo acelerado (Fonte: Projeto Orla, fevereiro   (Fonte: Jeovah Meireles, fevereiro de 2006).
de 2006).




Fotografia 7 - Porto de jangadas nas                Fotografia 8 - Faixa de praia associada a obras
proximidades da Avenida Costa Oeste. Trecho         de engenharia costeira (espigão) objetivando
da praia em processo erosivo com supressão de       controlar a erosão costeira (Fonte: Projeto Orla,
faixa de praia adequada para ancorar as             setembro de 2005).
jangadas (Fonte: Projeto Orla, set. de 2005).

Os assentamentos no Pirambu encontram-se já consolidados, sendo utilizada, na
grande maioria das construções, alvenaria de barro (taipa), com a presença de
barracos de papelão. As ruas, em sua maioria, são pavimentadas, tendo sido alvo
de projetos anteriores de infra-estrutura. A área conta com serviços de água, luz,
esgoto, iluminação pública e transporte público próximo.

Caracteriza-se pela heterogeneidade de realidades urbanísticas encontradas.
Assim, à margem da Av. Presidente Castelo Branco, os espaços possuem melhor
oferta dos equipamentos urbanos, alto nível de acessibilidade e maior qualidade
das construções. Em trecho intermediário, as situações urbanística e sócio-
econômica são agravadas, sendo marca constante o grande adensamento.




                                                                                                        47
b)    Situação Tendencial




A possibilidade de especulação imobiliária e privatização da orla em
conseqüência da construção da Avenida Costa Oeste. Continuidade do
processo erosivo de trechos da avenida, danificando as estruturas de
engenharia e maximizando efeitos erosivos neste trecho. Impermeabilização e
contaminação do solo ao longo da linha de praia. Erosão progressiva com
supressão de areia gerando uma faixa de praia entre os espigões cada vez
mais estreita. Incremento do processo erosivo e supressão de trechos ainda
utilizados para o lazer. Índices inadequados de balneabilidade com efeitos
danosos à biodiversidade marinha e do ecossistema manguezal (trechos
integrados pela dinâmica das marés). Adensamento de barracas de praia e
incremento de áreas de risco. Início de um processo de verticalização,
acarretando aumento do desconforto térmico na cidade. Extinção do porto de
jangadas e expulsão dos moradores tradicionais.




                                                                              48
c) Situação desejada




Regularização fundiária das áreas da União efetivada e a implantação do
Projeto Costa-Oeste revisada, envolvendo uma ação consorciada com a
participação comunitária em todas as fases de implantação e operação.
Permanência das comunidades tradicionais de pescadores e dos portos de
jangadas. Barracas de praia retiradas da faixa de praia uma vez que não são
permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Mananciais existentes
despoluídos, principalmente os relacionados com a orla e o aqüífero dunar.
Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) implantada e regularização fundiária
realizada. Incentivos ao lazer e turismo em cooperação com as associações
comunitárias e escolas públicas.




                                                                                  49
Caracterização dos problemas:


              TABELA XII - UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 3 -
                   Pólo de Lazer da Barra do Ceará até a Rua Adriano Martins
  Potencialidades           Problemas       Fatos Geradores Efeitos e Impactos          Legislação
                                                                 Associados ao           Incidente
                                                                    Problema
                         1. Ocupação        Pressão urbana     Formação de áreas      - Lei Municipal
                         irregular da faixa em outras áreas    de risco;              7.061/92
                         de praia e         da cidade,         Dificuldade de         PDDU
                         grandes            expulsando os      acesso à praia;        - Lei Municipal
                         ocupações          moradores para     Insegurança quanto     7.987/96 Uso e
                         irregulares        áreas irregulares; à posse;               Ocupação do
                         consolidadas.      Política           Carência de            Solo
                                            Habitacional       espaços públicos       - Lei 7.661/88
                                            deficiente;        de lazer;              PNGC
                                            Fiscalização       Degradação             - Lei 5.530/80
                                            ineficiente.       paisagística e         Regulamenta o
                                                               ambiental              Uso do Solo em
                                                               (contaminação dos      Zona Especial
                                                               recursos hídricos      de Proteção
Turismo ecológico;                                             por águas              - Lei 10.257/01
Pesca sustentável;                                             residuárias in         Estatuto das
Valor histórico –                                              natura);               Cidades
cultural para a cidade                                         Proliferação de        - Lei 9.605/98
de Fortaleza (origens                                          agentes vetores de     Ações Lesivas
da ocupação do                                                 doenças.               ao Meio
território de                                                                         Ambiente.
Fortaleza);                                                                           - Lei 9.636/98
Organização                                                                           Utilização dos
comunitária.                                                                          Bens da União




                       2. Impactos        Localização da via    Gastos constantes     - Lei Municipal
                       sócio-ambientais   em zona de            em manutenção da      7.061/92
                       oriundos do        Berma;                via;                  PDDU
                       projeto Avenida    Intervenção física    Erosão da faixa de    - Lei Municipal
                       Costa-Oeste        desarticulada da      praia;                7.987/96 Uso e
                                          intervenção social;   Dano sócio-           Ocupação do
                                          Ausência de Plano     econômico da          Solo
                                          de Regularização      atividade             - Lei 7.661/88
                                          Fundiária.            pesqueira;            PNGC
                                                                Realocação de         - Lei 5.530/80
                                                                famílias para áreas   Regulamenta o
                                                                não condizentes       Uso do Solo em
                                                                com sua cultura e     Zona Especial de
                                                                história.             Proteção
                                                                                      - Lei 10.257/01
                                                                                      Estatuto das
                                                                                      Cidades
                                                                                      - Lei 9.636/98
                                                                                      Utilização dos
                                                                                      Bens da União.




                                                                                                         50
Propostas de ação:

                                              TABELA XIII
      Problema 1: “Ocupação irregular da faixa de praia e grandes ocupações irregulares
                                            consolidadas”.
                               Linha de Ação: Regularização Fundiária
          Ações e Medidas                        Finalidade              Duração da Responsável
                                                                          Atividade
1. Assinatura de Convênio           Pactuar parceria com os diversos Curto Prazo        SPU
Específico para início do processo órgãos envolvidos, definindo matriz                  PMF
de regularização fundiária.         de responsabilidades                                 MF
                                    administrativas.                                    TRE
                                                                                     Governo do
                                                                                       Estado
2. Assinatura de Convenio de        Simplificar e gratuidade do          Curto Prazo  Cartórios
Cooperação técnica com cartórios primeiro registro                                      PMF
(com elaboração de provimento       Pactuar parceria com os diversos
junto ao tribunal de justiça).      órgãos envolvidos, definindo matriz
                                    de responsabilidades.
3. Levantamento cartográfico e      Certificar a dominialidade e         Curto Prazo    PMF
dominial/registrário.               existência de registro do imóvel.                   SPU
4. Determinação das poligonais      Definir, com precisão, a área do     Curto Prazo    SPU
das áreas consideradas              assentamento a ser regularizado.                    PMF
regularizáveis.
5. Formalização do pedido de        Iniciar o processo de cessão.        Curto Prazo    PMF
cessão das áreas.
6. Consulta ao Ibama ou outro       Obter autorização para a cessão. Curto Prazo       GRPU
órgão ambiental e à Capitania dos                                                       SPU
portos, quando couber .*
7. Publicação de Portaria           Formalizar a Cessão do domínio       Curto Prazo    SPU
Autorizativa de Cessão e            útil da área para o Município.                     PGFN
assinatura de Contrato de
Cessão.
8.Elaboração de estudo ambiental Embasar uma proposta de                 Curto prazo    PMF
e sócio-econômico.                  intervenção melhor elaborada.
9. Delimitação da área para         Permitir a aprovação de projeto de Médio Prazo      PMF
instituição de ZEIS no Plano        loteamento com parâmetros
Diretor.                            urbanísticos diferenciados,
                                    impedindo a especulação
                                    imobiliária.
10. Encontro com a Comunidade Realizar o projeto participativo,          Curto prazo    PMF
para apresentação e discussão da conscientizar a população a
proposta de ação.                   respeito do processo a ser
                                    realizado e dos conceitos básicos.
11. Alterações do Plano Diretor     Incorporar ZEIS.                     Médio Prazo    PMF
Municipal.
12. Elaboração de diagnóstico       Elaborar projeto de acordo com as Médio prazo       PMF
urbano de carência de infra-        necessidades da comunidade.
estrutura e de equipamentos.
13. Análise e definição dos         Possibilitar a otimização do         Médio prazo    PMF
instrumentos de regularização       processo de regularização
fundiária pertinentes.              fundiária.
14. Fixação das diretrizes          Compatibilizar projetos existentes Médio prazo      PMF
urbanísticas através do             e subsídio para o Projeto
instrumento legal apropriado (Ex. Urbanístico.
Decreto).
15. Elaboração de projeto de        Melhorar a condição de               Médio prazo    PMF
intervenção jurídica e urbanística. habitabilidade local;
                                    Proteger juridicamente a posse.
16. Elaboração de projeto de infra- Dotar toda a área de infra-estrutura Médio prazo    PMF

                                                                                                  51
estrutura                            básica.
17. Apresentação dos projetos        Fortalecer a participação popular Médio prazo       PMF
elaborados para a comunidade.        no processo e realização de
                                     possíveis ajustes.
18. Cadastramento físico e sócio- Reconhecer a realidade do               Médio prazo    SPU
econômico das ocupações que          assentamento e subsídio para o                      PMF
atendam aos requisitos do            Projeto Urbanístico.
Município e da SPU.
19. Desmembramento interno do Gerar RIPs individualizados para Médio prazo              GRPU
imóvel na GRPU.                      cada unidade e emitir “Certidão
                                     Autorizativa” para cada imóvel
20. Desmembramento do imóvel Gerar lotes individualizados                 Médio prazo    PMF
mediante averbação no RGI
(cartório de imóveis).
21. Implementação dos projetos       Melhorar a condição de               Longo prazo    PMF
urbanísticos e de infra-estrutura. habitabilidade local.
22. Titulação das famílias e         Formalizar a posse dos imóveis       Médio prazo    PMF
Celebração da escritura com os       pelas famílias.                                    SPU.
beneficiários.
23. Lavrar as escrituras e registrá- Formalizar a posse dos imóveis       Médio prazo    PMF
las no RGI (cartório de imóveis). pelas famílias.
24. Transferência dos imóveis em Atualizar o cadastro da SPU para Médio prazo           GRPU
seus registros para o nome dos       controle dos imóveis da União.
novos titulares (alteração
cadastral).
25. Realização de oficinas           Fortalecer a organização             Médio Prazo    PMF
periódicas de convivência e de       comunitária, estimular a
educação ambiental com a             preservação ambiental,
comunidade durante o período de conscientizar a população da
no mínimo um ano.                    importância da não degradação do
                                     local.
26. Projeto de urbanização da        Retirar as barracas e residências Médio Prazo       PMF
faixa de praia com retira de         da faixa de praia e áreas de risco                 GRPU
ocupações irregulares                uma vez que não são permitidas
                                     pela legislação pertinente; inibir a
                                     privatização da praia e recuperar a
                                     paisagem.
           Problema 2: “Impactos sócio-ambientais oriundos do Projeto Costa-Oeste”.
            Linha de Ação: Revisão da implantação do Projeto Avenida Costa-Oeste
         Ações e Medidas                          Finalidade              Duração da Responsável
                                                                           Atividade
1. Articulação entre Prefeitura e    Estabelecer um canal de diálogo      Curto Prazo    PMF
Governo do Estado.                   institucional.
2. Adequação do projeto aos          Minimizar os impactos sócio-         Curto Prazo    PMF
aspectos sócio-ambientais da         ambientais oriundos do projeto                      SPU
área.                                Avenida Costa-Oeste.                              ESTADO
                                     Recuperação da faixa de praia.




                                                                                                   52
2.2 UNIDADE DE PAISAGEM II – Da Rua Adriano Martins (antigo
Kartódromo) até o Mercado dos Peixes do Mucuripe.

UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 1- Da Rua Adriano Martins (antigo
Kartódromo) até Igreja Santa Edwirgens




Figura 9 – Imagem de satélite (Quick Bird) da Unidade II (acervo PMF/SEMAM)


Cenário de usos desejados para a orla:

   a)   Situação Atual




Trecho intensamente utilizado para o lazer da classe de baixa renda (banho de
mar e surf). Problemas de balneabilidade e de antropização da faixa de praia
pela presença de espigões. Estágio de urbanização consolidado de alta
densidade (construções irregulares) com ocupações regular e irregular.
Resíduos sólidos associados às barracas de praia (precário tratamento de
efluentes). Arborização incipiente. Necessidade de ampliação do saneamento
básico. Necessidade de regularização fundiária. Exclusão social. Degradação
da paisagem em um trecho com elevada potencialidade para o turismo e
contemplação da orla marítima.




                                                                                53
Fotografia 9 – Trecho da
                                               Av. Leste-oeste (Fonte:
                                               Projeto Orla, outubro de
                                               2005).




   b) Situação Tendencial




       Danos sócio-ambientais relacionados com a precariedade do
saneamento básico e da balneabilidade. Incremento da erosão e conseqüente
aumento da antropização da faixa de praia (muros paralelos para contenção da
erosão) e limitação de acesso para o lazer. Aumento da privatização da orla
marítima, desordenamento urbano e pressão imobiliária associada à
verticalização. Impermeabilização do solo e supressão de áreas verdes.
Redução do potencial turístico e de lazer.




                                                                               54
c) Situação desejada




 Orla requalificada e patrimônio histórico-cultural do local (práticas e saberes
 populares) e espaços públicos valorizados. Rede de saneamento básico
 recuperada. Regularização fundiária efetivada e bons índices de
 desenvolvimento da economia local (refletindo na geração de trabalho e renda)
 alcançados. Acessos à faixa de praia garantido. Espaços livres e áreas verdes
 criados. Eficaz fiscalização com a obediência às legislações municipal referente
 ao uso e ocupação do solo (Lei 7.987/96) e ao Código de Obras e Posturas (Lei
 5.530/81) garantidos de acordo com o estabelecido a partir do Plano Diretor por
 ser uma área de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e
 9.636/98 – Patrimônio da União). Barracas de praia retiradas da faixa de praia
 uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada.
 Caracterização dos problemas:

              TABELA XIV - UNIDADE DE PAISAGEM II – Trecho 1
          Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até Igreja Santa Edwirgens
Potencialidades    Problemas        Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação
                                                      Associados        ao Incidente
                                                      Problema
                   1. Ocupação     Fiscalização                               - Lei 7.661/88
                   irregular de    ineficiente;       Dificuldade       de    PNGC
                   barracas de     Demanda por        acesso à praia e        - Lei 6.938/81
                   praia.          atividades de      impermeabilização       PNMA
                                   geração de renda   do solo em virtude      - Lei Municipal
                                   aliada à pressão   de construções de       7.061/92
                                   urbana que impede alvenaria.               PDDU
                                   o desenvolvimento Poluição visual.         - Lei Municipal
                                   de tais atividades                         7.987/96 Uso
                                   em locais                                  e Ocupação o
                                   adequados para os                          Solo
                                   pequenos                                   - Lei 9636/98
Área propícia ao                   comerciantes.                              Utilização dos




                                                                                                55
2. Ocupações     Pressão urbana em    Insegurança quanto     - Lei 7.661/88
                    irregulares em   outras áreas da      à posse;               PNGC
                    áreas de         cidade, expulsando   Carência de espaços    - Lei 6.938/81
                    risco.           os moradores para    públicos de lazer na   PNMA
                                     áreas irregulares;   área do Moura          - Lei Municipal
                                     Política             Brasil.                7.061/92
                                     Habitacional                                PDDU
                                     deficiente;                                 - Lei Municipal
                                     Ausência de Plano                           7.987/96 Uso
                                     de regularização                            e Ocupação o
                                     fundiária                                   Solo
                                                                                 -Lei
                                                                                 10.257/01
                                                                                 Estatuto das
                                                                                 Cidades.
                    3.               Incômodo do odor     Contaminação           - Lei 7.661/88
                    Degradação       pela Estação de      marinha.               PNGC
                    ambiental.       Pré-                 Depreciação da         - Lei 6.938/81
                                     Condicionamento      qualidade da água e    PNMA
                                     (EPC).               do ar.                 - Decreto
                                     Lançamento de                               Federal
                                     efluentes urbanos                           5.300/04
                                     pelo interceptor                            Gestao da
                                     oceânico;                                   Orla
                                     Poluição do riacho                          - Lei
                                     Jacarecanga.                                11.996/92
                                                                                 PERH
                                                                                 - CONAMA
                                                                                 001/86 e
                                                                                 303/02
                                                                                 Impactos
                                                                                 Ambientais

 Propostas de ação:

                                              Tabela XV
                       Problema 1: “Ocupação irregular de barracas de praia”
                    Linha de Ação: Retirada das ocupações em faixa de praia.
           Ações e Medidas                        Finalidade          Duração da Responsável
                                                                       Atividade
1. Elaboração participativa de projeto Estabelecer parâmetros de                     PMF
de requalificação paisagística e       ocupação;                                    GRPU
ambiental do trecho da orla.           Normatizar o uso público da Médio prazo
                                       faixa de praia.
2. Implementação de projeto de         Devolver características                      PMF
requalificação paisagística e          paisagísticas e ambientais     Médio prazo   GRPU
ambiental do trecho da orla            que garantam o uso público
                                       sustentável da faixa de praia.
                                       Retirada das barracas de
                                       praia da faixa de praia uma
                                       vez que não são permitidas
                                       pela legislação pertinente.
                      Problema 2: “Ocupações irregulares em áreas de risco”
  Linha de Ação: Estudo para regularização fundiária do assentamento informal Moura Brasil
           Ações e Medidas                        Finalidade          Duração da Responsável
                                                                       Atividade
1. Articulação, através de oficinas e  Iniciar diálogo com as         Curto prazo    PMF
rodas de conversa, com lideranças do lideranças.
local.                                 Reconhecer os anseios da
                                       comunidade com relação à
                                       segurança jurídica da posse.

                                                                                                   56
2. Diagnóstico da área.                Reconhecer,preliminarmente Médio prazo            PMF
                                       as condições físicas, sociais e
                                       urbanas do assentamento.
                                       Realizar o diagnóstico
                                       preliminar da área.
3. Levantamento planialtimétrico e     Reconhecer, de forma            Médio prazo       PMF
social.                                precisa, as realidades física,
                                       urbanística e social das
                                       famílias residentes no local.
 4. Análise técnica da viabilidade da  Julgar, com base nas            Médio prazo       PMF
 execução da regularização fundiária. informações técnicas e nos
                                       anseios da comunidade, a
                                       viabilidade da execução da
                                       regularização fundiária.
                                Problema 3: “Degradação Ambiental”
                        Linha de Ação: Recuperação dos danos ambientais.
           Ações e Medidas                       Finalidade            Duração da    Responsável
                                                                        Atividade
1. Elaboração participativa de projeto Estabelecer parâmetros de       Médio prazo      PMF
de requalificação paisagística e       ocupação;                                       GRPU
ambiental do trecho da orla.           Realizar a retirada das
                                       barracas da faixa de praia
                                       uma vez que não são
                                       permitidas pela legislação
                                       pertinente;
                                       Normatizar o uso da faixa de
                                       praia.
 2. Formação de grupo técnico para     Evitar e solucionar os          Curto prazo      PMF
 estudo e diagnóstico da dinâmica      problemas geoambientais
 costeira.                             existentes;
                                       Evitar erosão e engordamento
                                       da praia;
                                       Evitar erosão e assoreamento
                                       dos rios em áreas
                                       subseqüentes.
 3. Organização de campanha de         Conscientizar a população       Curto prazo      PMF
 educação ambiental.                   sobre as questões
                                       ambientais.
 4. Levantamento das fontes            Diagnóstico da origem e         Curto prazo      PMF
 poluidoras.                           volume de efluentes que                        CAGECE
                                       poluem a área.
 5. Monitoramento e fiscalização da    Indução da ligação do           Médio Prazo      PMF
 origem e destino dos efluentes.       esgotamento sanitários à rede                  CAGECE
                                       pública.




                                                                                                   57
UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 2 - De leste da Igreja Santa Edwirgens
até a Avenida Almirante Tamandaré.

   a)   Situação Atual




Ocupação regular consolidada, processo de verticalização (uso misto),
depreciação, desqualificação e privatização com a redução do espaço público
(Marina de Iracema Park Ltda. e Indústria Naval do Ceará – INACE), exclusão
da área da orla do roteiro turístico da cidade, comércio de pequeno e médio
porte e atacadista, pressão imobiliária, poluição da orla marítima e do rio Pajeú.
Ocupações irregulares e desordenadas no Poço da Draga.

   b) Situação Tendencial




Aumento da ocupação regular no trecho da faixa de orla, urbanização
consolidada de alta densidade, processo de verticalização (uso misto),
arborização rarefeita, comércio de pequeno e médio porte, privatização da orla
marítima e exclusão da área do roteiro turístico da cidade em virtude das
condições sócio-ambientais do local e aumento da poluição do rio Pajeú.

                                                                                     58
Ampliação do Marina de Iracema Park Ltda. e Indústria Naval do Ceará –
INACE. Agravamento das áreas irregulares e desordenadas no Poço da Draga.


    c) Situação desejada




Faixa de praia utilizada de forma adequada através de requalificação da área e
termos de ajustes de condutas. Área de patrimônio histórico (Igreja Santa
Edwirgens) valorizada. Rio Pajeú recuperado e efetivada a retomada da
qualidade ambiental e paisagística. Faixa de praia arborizada. Equipamentos
públicos implantados para atividades de lazer e efetivada a melhoria dos
aspectos paisagísticos para qualificação de atividades de turismo e geração de
renda para a comunidade. Valor histórico resgatado. Rede de saneamento
recuperada. Regularização fundiária efetivada no Poço da Draga.

Caracterização dos problemas:

             TABELA XVI - UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 2
            De leste da Igreja Santa Edwirgens até a Avenida Almirante Tamandaré
Potencialidades           Problemas         Fatos Geradores          Efeitos e    Legislação
                                                                    Impactos       Incidente
                                                                 Associados ao
                                                                    Problema
                   1. Ocupação irregular Especulação            Dificuldade de  - Lei 7.661/88
                   da faixa de praia.     imobiliária;          acesso à praia. PNGC
                                          Fiscalização          Privatização da - Lei Municipal
                                          ineficiente. Marina e orla;           7.061/92
                                          estaleiro.            Tráfego         PDDU
                                                                inadequado de   - Lei Municipal
Potencialidade                                                  veículos de     7.987/96 Uso e
turística e                                                     grande porte;   Ocupação o
recreativa;                                                     Depreciação da  Solo
Valor histórico –                                               praia;          - Decreto
cultural.                                                       Perda da        Federal
                                                                balneabilidade. 5.300/04




                                                                                                  59
2. Degradação              Ausência de políticas   Contaminação      - Lei 7.661/88
               ambiental.                 ambientais, com         dos recursos      PNGC
                                          monitoramento dos       hídricos do       - Lei 6.938/81
                                          pontos receptores       Riacho Pajeú.     PNMA
                                          dos efluentes de                          - Decreto
                                          águas residuárias.                        Federal
                                                                                    5.300/04
                                                                                    Gestão da Orla
                                                                                    - COMANA
                                                                                    020/86
               3. Ausência de             Concentração de        Perda da         - Lei Municipal
               equipamentos públicos      investimentos          identidade       7.061/92 PDDU
               de cultura, arte e lazer   públicos em áreas de histórico-cultural - Decreto
               capazes de                 concentração de alto da população       Federal
               proporcionar atividades    poder aquisitivo,      local.           5.300/04 Gestão
               que contribuam no          dificultando o acesso                   da Orla
               desenvolvimento das        de grande parte da
               comunidades locais e       população aos
               do resgate histórico.      equipamentos de
                                          cultura, arte e lazer.
               4. Ocupações e             Pressão urbana em Falta de               - Lei Municipal
               irregulares do Poço da     outras áreas da        equipamentos      7.061/92 PDDU
               Draga.                     cidade, expulsando públicos;             - Lei 7.987/96
                                          os moradores para      A Falta de        Uso e
                                          áreas irregulares;     regularização     Ocupação o
                                          Política Habitacional através do título Solo
                                          deficiente;            de posse leva a - Lei 10.257/01
                                          Ausência de Plano      uma               Estatuto das
                                          de regularização       desvalorização    Cidades
                                          fundiária.             dos imóveis da    - Lei Municipal
                                                                 área;             7.814/95
                                                                 Aumento da        Parcelamento
                                                                 especulação       de Uso e
                                                                 imobiliária;      Ocupação do
                                                                 Exclusão da       Solo da Praia
                                                                 comunidade.       de Iracema
                                                                                   - Decreto
                                                                                   Federal
                                                                                   5.300/04
                                                                                   Gestão da Orla



Propostas de ação:
                                            Tabela XVII
                     Problema 1: “Ocupação irregular de barracas de praia”
                  Linha de Ação: Retirada das ocupações em faixa de praia.
                Ações e Medidas                        Finalidade        Duração Responsável
                                                                             da
                                                                         Atividade
1. Levantamento quantitativo e qualitativo das Diagnosticar o número Médio          PMF
barracas de praia.                              e a situação das         prazo      GRPU
                                                barracas (aspectos
                                                sanitários, fundiários e
                                                físicos).
2. Elaboração participativa de projeto de       Estabelecer parâmetros Médio        PMF
requalificação paisagística e ambiental do      de ocupação;             prazo      GRPU
trecho da orla.                                 Retirar as barracas da
                                                faixa de praia uma vez
                                                que não são permitidas
                                                pela legislação
                                                pertinente;
                                                Normatizar o uso da

                                                                                                     60
faixa de praia.
3. Implementação de projeto de requalificação Devolver características Médio         PMF
paisagística e ambiental do trecho da orla.      paisagísticas e         prazo       GRPU
                                                 ambientais que
                                                 garantam o uso
                                                 sustentável da faixa de
                                                 praia.
                              Problema 2: “Degradação Ambiental”
                      Linha de Ação: Recuperação dos danos ambientais.
                Ações e Medidas                          Finalidade      Duração Responsável
                                                                             da
                                                                         Atividade
1. Elaboração participativa de projeto de        Estabelecer parâmetros Médio         PMF
requalificação paisagística e ambiental do       de ocupação;              prazo     GRPU
trecho da orla.                                  Retirada das barracas
                                                 da faixa de praia uma
                                                 vez que não são
                                                 permitidas pela
                                                 legislação pertinente;
                                                 Normatizar o uso da
                                                 faixa de praia.
2. Implementação de projeto de requalificação Devolver características Médio          PMF
paisagística e ambiental do trecho da orla.      paisagísticas e           prazo     GRPU
                                                 ambientais que
                                                 garantam o uso
                                                 sustentável da faixa de
                                                 praia.
 3. Formação de grupo técnico para estudo e Evitar e solucionar os         Curto      PMF
 diagnóstico da dinâmica costeira.               problemas                 prazo
                                                 geoambientais
                                                 existentes;
                                                 Evitar erosão e
                                                 engordamento da praia;
                                                 Evitar erosão e
                                                 assoreamento dos rios
                                                 em áreas
                                                 subseqüentes.
 4. Organização de campanha de educação          Conscientizar a           Curto      PMF
 ambiental.                                      população sobre as        prazo
                                                 questões ambientais.
 5. Levantamento das fontes poluidoras.          Diagnóstico da origem e Curto        PMF
                                                 volume de efluentes que prazo      CAGECE
                                                 poluem a área.
 6. Monitoramento e fiscalização da origem e Indução da ligação do Médio           PMF
 destino dos efluentes.                          esgotamento sanitários Prazo      CAGECE
                                                 à rede pública.
     Problema 3: “Ausência de equipamentos públicos de cultura, arte e lazer capazes de
   proporcionar atividades que contribuam no desenvolvimento das comunidades locais.”
Linha de Ação: Programar e implantar espaços públicos destinados ao desenvolvimento da
                                     cultura, arte e lazer local.
                Ações e Medidas                          Finalidade      Duração Responsável
                                                                             da
                                                                         Atividade
 1. Diagnóstico urbano da área.                  Identificar a demanda     Médio     PMF
                                                 por equipamentos da       prazo
                                                 área.
                                                 Identificar possíveis
                                                 áreas e/ou edifícios a
                                                 serem utilizados com a
                                                 finalidade de promover
                                                 o desenvolvimento da
                                                 cultura, arte e lazer

                                                                                               61
local.


2. Oficinas com a comunidade.                   Conhecer as dinâmicas       Médio        PMF
                                                e as realidades sociais;     prazo
                                                Realizar projetos
                                                urbanísticos e
                                                arquitetônicos
                                                participativos e
                                                coerentes com a
                                                realidade local.
 3. Implantação de projeto (s) destinado (s) ao Estimular a preservação Médio            PMF
 desenvolvimento da cultura, arte e lazer.      da cultura, da arte e do     prazo
                                                lazer locais.
                    Problema 4 “ Ocupações irregulares do Poço da Draga”
                             Linha de ação: Regularização fundiária
               Ações e Medidas                      Finalidade       Duração       Responsável
                                                                        da
                                                                    Atividade
1. Assinatura de Convênio Específico.           Pactuar parceria       Curto           PMF
                                                com os diversos        Prazo           SPU
                                                órgãos                                  MF
                                                envolvidos,                            TRE
                                                definindo matriz                Governo do Estado
                                                de
                                                responsabilidade
                                                s.
2. Assinatura de Convenio de Cooperação         Simplificar e          Curto         Cartórios
técnica com cartórios (com elaboração de        gratuidade do          Prazo           PMF
provimento junto ao tribunal de justiça).       primeiro registro;
                                                Pactuar parceria
                                                com os diversos
                                                órgãos
                                                envolvidos,
                                                definindo matriz
                                                de
                                                responsabilidade
                                                s.
3. Levantamento cartográfico e                  Certificar a           Curto           PMF
dominial/registrário.                           dominialidade e a      Prazo
                                                existência de
                                                registro do
                                                imóvel.
4. Determinação das poligonais das áreas        Definir, com           Curto           SPU
consideradas regularizáveis.                    precisão, a área       Prazo           PMF
                                                do assentamento
                                                a ser
                                                regularizado.
5. Formalização do pedido de cessão das         Abertura do            Curto           PMF
áreas.                                          processo de            Prazo
                                                cessão.
6. Consulta ao Ibama ou outro órgão ambiental Obter autorização        Curto          GRPU
e à Capitania dos portos, quando couber .*      para a cessão.         Prazo           SPU
7. Publicação de Portaria Autorizativa de       Formalizar a           Curto           SPU
Cessão e assinatura de Contrato de Cessão. Cessão do                   Prazo          PGFN
                                                domínio útil da
                                                área para o
                                                Município.
8.Elaboração de estudo ambiental e sócio-       Embasar uma            Curto           PMF
econômico.                                      proposta de            prazo
                                                intervenção
                                                melhor

                                                                                                    62
elaborada.
9. Delimitação da área para instituição de ZEIS Permitir a           Médio   PMF
no Plano Diretor.                               aprovação de         Prazo
                                                projeto de
                                                loteamento com
                                                parâmetros
                                                urbanísticos
                                                diferenciados,
                                                impedindo a
                                                especulação
                                                imobiliária.
10. Encontro com a Comunidade para              Realizar projeto     Curto   PMF
apresentação e discussão da proposta de         participativo,       prazo
ação.                                           conscientização
                                                da população a
                                                respeito do
                                                processo a ser
                                                realizado e dos
                                                conceitos
                                                básicos.
11. Alterações do Plano Diretor Municipal.      Incorporar ZEIS.     Médio   PMF
                                                                     Prazo
12. Elaboração de diagnóstico urbano de         Elaborar projeto     Médio   PMF
carência de infra-estrutura e de equipamentos. de acordo com as      prazo
                                                necessidades da
                                                comunidade.
13. Análise e definição dos instrumentos de     Possibilitar a       Médio   PMF
regularização fundiária pertinentes.            otimização do        prazo   GRPU
                                                processo de
                                                regularização
                                                fundiária.
14. Fixação das diretrizes urbanísticas através Compatibilizar       Médio   PMF
do instrumento legal apropriado (Ex. Decreto). com projetos          prazo
                                                existentes e
                                                subsídio para o
                                                Projeto
                                                Urbanístico.
15. Elaboração de projeto de intervenção        Melhorar a           Médio   PMF
jurídica e urbanística.                         condição de          prazo
                                                habitabilidade
                                                local;
                                                Proteção jurídica
                                                da posse.
16. Elaboração de projeto de infra-estrutura.   Dotar toda a área    Médio   PMF
                                                de infra-estrutura   prazo
                                                básica.
17. Apresentação dos projetos elaborados        Fortalecer a         Médio   PMF
para a comunidade.                              participação         prazo
                                                popular no
                                                processo e
                                                realização de
                                                possíveis ajustes.
18. Cadastramento físico e sócio-econômico      Reconhecer a         Médio   SPU
das ocupações que atendam aos requisitos do realidade do             prazo   PMF
Município e da SPU.                             assentamento e
                                                subsídio para o
                                                Projeto
                                                Urbanístico.
19. Desmembramento interno do imóvel na         Gerar Registros      Médio   GRPU
GRPU.                                           Imobiliários         prazo
                                                Patrimoniais
                                                Individualizados

                                                                                    63
(RIP`s)
                                               individualizadas
                                               para cada
                                               unidade e emitir
                                               “Certidão
                                               Autorizativa” para
                                               cada imóvel.
20. Desmembramento do imóvel mediante          Gerar lotes          Médio   PMF
averbação no RGI (cartório de imóveis).        individualizados.    prazo
21. Implementação dos projetos urbanísticos e Melhorar a            Longo   PMF
de infra-estrutura.                            condição de          prazo
                                               habitabilidade
                                               local.
22. Titulação das famílias e Celebração da     Formalizar a         Médio   PMF
escritura com os beneficiários.                posse dos            prazo   SPU.
                                               imóveis pelas
                                               famílias.
23. Lavrar as escrituras e registrá-las no RGI Formalizar a         Médio   PMF
(cartório de imóveis).                         posse dos            prazo
                                               imóveis pelas
                                               famílias.
24. Transferência dos imóveis em seus          Atualizar o          Médio   GRPU
registros para o nome dos novos titulares      cadastro da SPU      prazo
(alteração cadastral).                         para controle dos
                                               imóveis da União.
25. Realização de oficinas periódicas de       Fortalecer a         Médio   PMF
convivência e de educação ambiental com a      organização          Prazo
comunidade durante o período de no mínimo comunitária,
um ano.                                        estimular a
                                               preservação
                                               ambiental,
                                               conscientizar a
                                               população da
                                               importância da
                                               não degradação
                                               do local.




                                                                                   64
UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 3 - Da Avenida Almirante Tamandaré
até a Rua Ildefonso Albano

Cenários de usos desejados para a orla:

   a)   Situação Atual




Ocupação regular no trecho da faixa da orla, estágio de urbanização
consolidado de alta densidade. Ocupação irregular de espaços públicos.
Especulação imobiliária. Uso incômodo de equipamentos sonoros. Erosão da
faixa de praia mesmo em trechos associados a obras de engenharia costeira
para contenção da erosão. Verticalização com conseqüências ambientais
relacionadas com ilhas de calor e zonas de sombra na linha da costa.
Exploração hoteleira e demais atividades econômicas e comerciais ligadas ao
turismo. Atividades de pesca esportiva e tradicional. Área de uso residencial
com ocupação irregular na faixa de praia. Diminuição drástica do potencial
turístico vinculado à paisagem costeira. Degradação do patrimônio histórico.
Insuficiência de saneamento básico com dejetos a céu aberto.




             Fotografia 10 - Trecho com obras de engenharia costeira para
             contenção da erosão ao longo da orla marítima. Verificar a
             verticalização e o déficit de areia na faixa de praia (Fonte: Projeto
             Orla, outubro de 2005).



                                                                                     65
b) Situação Tendencial




Desqualificação sócio-ambiental e turística do trecho. Incremento da erosão
costeira com aumento da área de risco. Ocupação consolidada com
continuidade do processo de verticalização, com conseqüências no clima
urbano. Adensamento da ocupação do espaço (comunidade da Baixa Pau).
Insuficiência de saneamento básico com dejetos a céu aberto. Agravamento das
condições de insuficiência saneamento básico.

   c)   Situação desejada




Valorização histórico-cultural do local garantida. Ocupação existente adequadas
às normas urbanísticas e zona especial de interesse cultural. Ocupações
devidamente ordenadas. Requalificação turística do local efetivada e áreas de
lazer disponíveis para a população. Equipamentos de poluição sonora
restringidos e de acordo com o cumprimento da legislação. Incentivos à
construção de centros culturais implementados. Requalificação paisagística
efetivada.


                                                                                  66
Caracterização dos problemas:

             TABELA XVIII - UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 3
            Da Avenida Almirante Tamandaré até a Rua Ildefonso Albano
  Potencialidades        Problemas       Fatos Geradores      Efeitos e Impactos      Legislação
                                                                Associados ao          Incidente
                                                                   Problema
                       1. Erosão         Ocupação           Déficit de areia na     - Lei 7.661/88
                       costeira          desordenada da     faixa de praia com a    PNGC
                                         faixa de praia     supressão de trechos    - Lei 6.938/81
                                         interferindo nos   destinados ao lazer;    PNMA
                                         processos          Antropização da orla    - Lei Municipal
                                         costeiros (ondas e com a implantação de    7.061/92 PDDU
                                         marés).            muros de contenção      - Lei Municipal
                                                            da erosão;              7.987/96 Uso e
                                                            Danos estruturais aos   Ocupação o
Área propícia ao                                            equipamentos urbanos    Solo
turismo e ao lazer;                                         públicos e privados;    - Decreto
Grande valor                                                Danos sócio-            Federal
histórico – cultural                                        ambientais e            5.300/04 Gestão
para Fortaleza;                                             econômicos às           da Orla
Comércio de                                                 atividades/ações de     - Lei Municipal
pequeno e médio                                             turismo e lazer.        7.814/95
porte.                                                                              Parcelamento
                                                                                    de Uso e
                                                                                    Ocupação do
                                                                                    Solo da Praia de
                                                                                    Iracema.




                       2. Degradação     Casas noturnas e   Depreciação e           - Lei Municipal
                       do espaço         poluição sonora.   desqualificação do      7.061/92 PDDU
                       urbano e sócio-                      espaço público;         - Lei Municipal
                       ambiental.                           Subutilização,          7.987/96 Uso e
                                                            descaracterização e     Ocupação o
                                                            má utilização da área   Solo
                                                            de roteiro do lazer e   - Lei 8.097/97
                                                            cultura da cidade em    Poluição Sonora
                                                            virtude das condições   - Lei Municipal
                                                            sócio-ambientais do     7.814/95
                                                            local;                  Parcelamento
                                                            Perda da atividade      de Uso e
                                                            econômica;              Ocupação do
                                                            Degradação e            Solo da Praia de
                                                            desvalorização do       Iracema
                                                            patrimônio histórico;
                                                            Prédios públicos
                                                            ociosos;
                                                            Especulação
                                                            imobiliária
                                                            descaracterizando
                                                            paisagem e a
                                                            identidade cultural.




                                                                                                       67
Propostas de ação:
                                                TABELA XIX
                                       Problema 1: “Erosão costeira”
            Linha de Ação: “Estudos e projetos integrados para o controle da erosão costeira”
     Ações e Medidas                Finalidade         Duração da Atividade        Responsável
1. Promover um estudo       Subsidiar a elaboração de Médio e longo prazos              PMF
evolutivo dos processos     projeto executivo para                               UNIVERSIDADES
erosivos a partir da        contensão e controle do                                    GRPU
construção do Porto do      processo erosivo.                                          IBAMA
Mucuripe e ocupação do
Morro de Santa Terezinha.
2. Implantação de Projeto Conter e controlar o        Médio e longo prazo               PMF
executivo de recuperação processo erosivo                                        UNIVERSIDADES
do litoral.                                                                          LABOMAR
                                                                                       GRPU
                                                                                       IBAMA
3.Monitoramento integrado Caracterizar e              Permanente                        PMF
dos processos costeiros. acompanhar a evolução                                         IBAMA
                            dos processos costeiros                                   SEMACE
                            de forma integrada.
                              Problema 2 “ Degradação do espaço urbano”
                     Linha de ação: Requalificação e recuperação do espaço urbano
     Ações e Medidas                Finalidade         Duração da Atividade        Responsável
1. Diagnóstico da           Detectar os fatores de    Médio prazo                       PMF
dinâmica de ocupação e degradação;
agentes envolvidos.         Apontar os usos
                            compatíveis.
2. Elaboração do projeto Requalificar e promover a Médio prazo                          PMF
de requalificação.          melhoria da qualidade
                            sócio-ambiental
3. Implementação do         Requalificar e promover a Médio prazo                       PMF
projeto de requalificação melhoria da qualidade
urbana (incentivo à         sócio-ambiental.
criação de centros
culturais).




                                                                                            68
UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 4 - Rua Ildefonso Albano até o
Mercado dos Peixes do Mucuripe.

Cenários de usos desejados para a orla:

   a) Situação Atual




Ocupação desordenada da faixa de praia e pós-praia. Trecho associado a obras
de engenharia costeira (espigões e muros de rocha paralelos à linha de costa).
Setores com acesso indireto à faixa de praia. Processo de verticalização
consolidado com danos ao clima urbano e a formação de sombras na faixa de
praia. Poluição da orla pelo lançamento de efluentes nas galerias pluviais e lixo.
Área com forte potencial turístico e de lazer. Trecho com forte exploração
hoteleira e demais atividades econômicas relacionadas com o turismo.
Existência de barracas na faixa de praia.




                   Fotografia 11 - Vista de norte para sul a partir da
                   praia Mansa. Evidencia a verticalização na faixa de
                   praia. Verificaram-se problemas ambientais
                   relacionados com poluição hídrica, ocupação
                   irregular dos espaços públicos (Fonte: Jeovah
                   Meireles, junho de 2005).




                                                                                     69
b) Situação tendencial




Aumento da ocupação desordenada da faixa de praia e pós-praia (restaurantes
e bares). Incremento dos índices de poluição com conseqüências na perda da
balneabilidade do trecho. Continuidade da verticalização com danos à paisagem
do local. Intensificação dos problemas de tráfego.

   c) Situação desejada




Barracas de praia retiradas da faixa de praia uma vez que não são permitidas
pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Desenvolvimento do turismo
implementado com bases sustentáveis efetivadas e com incentivo ao lazer
(prática de esportes de praia). Atrativos turísticos e de esporte e lazer
melhorados. Índices de emprego e renda melhorados através de ações na
feirinha de artesanato. Praia arborizada e resíduos tratados de forma adequada.
Comércio ambulante disciplinado. Tráfego de veículos ordenado.




                                                                                  70
Caracterização dos problemas:

             TABELA XX - UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 4
                   Rua Ildefonso Albano até o Mercado dos Peixes do Mucuripe
   Potencialidades          Problemas      Fatos Geradores       Efeitos e        Legislação
                                                                Impactos           Incidente
                                                              Associados ao
                                                                Problema
                       1.Uso e ocupação Ocupação irregular                     - Lei 7.661/88
                       desordenada dos    e acelerada do    Degradação da      PNGC
                       espaços públicos e espaço urbano;    paisagem;          - Lei Municipal
                       da faixa de praia. Fiscalização      Diminuição da      7.061/92 PDDU
                                          ineficiente;      área de passeio; - Lei Municipal
                                          Especulação       Privatização do    7.987/96 Uso e
                                          imobiliária;      espaço público;    Ocupação o
                                          existência de     Proliferação do    Solo
                                          barracas na faixa comércio informal; - Lei 10.257/01
                                          de praia.         Restrição da       Estatuto das
                                                            acessibilidade à   Cidades
Área referência de                                          praia.             - Decreto
turismo e lazer para a                                      Descaracterização Federal
cidade;                                                     sócio-ambiental do 5.300/04 Gestão
Grande valor                                                porto de barcos e da Orla
paisagístico. Área                                          jangadas na praia. - Lei 9.636/98
com porto de barcos                                                            Utilização dos
e jangadas para a                                                              Bens da União
pesca tradicional.
                     2. Poluição hídrica. Origem e destino Poluição da praia     - Lei 7.661/88
                                          inadequados dos com perda de           PNGC
                                          resíduos sólidos; balneabilidade.      - Lei 6.938/81
                                          Lançamento de                          PNMA
                                          esgotos “in natura”                    - Lei 10.257/01
                                          nos cursos d’água                      Estatuto das
                                          (riacho) e nas                         Cidades
                                          galerias pluviais.                     - Lei 9.433
                                                                                 PNRH
                                                                                 - Lei 11.996/92
                                                                                 PERH
                                                                                 - Decreto
                                                                                 Federal
                                                                                 5.300/04 Gestão
                                                                                 da Orla.




                     3. Adensamentos    Especulação        Poluição sonora;      - Lei Municipal
                     irregulares de     imobiliária;       Não fluidez do        7.061/92 PDDU
                     moradias.          Ocupação           tráfego;              - Lei Municipal
                                        desordenada e      Interferência         7.987/96 Uso e
                                        acelerada do       negativa no clima     Ocupação o
                                        espaço urbano;     da cidade;            Solo
                                        Fiscalização       Diminuição da         - Lei 10.257/01
                                        ineficiente.       permeabilidade do     Estatuto das
                                                           solo. Ocupação        Cidades.
                                                           irregular na praia.




                                                                                                   71
Propostas de ação:
                                     TABELA XXI
   Problema 1: “Uso e Ocupação desordenadas dos espaços públicos e da faixa de praia.”
                  Linha de ação: Ordenamento da ocupação e dos usos
      Ações e Medidas                  Finalidade              Duração da    Responsável
                                                                Atividade
1. Elaboração e implantação Requalificar e promover a melhoria Médio prazo         PMF
de projeto de ordenamento   da qualidade sócio-ambiental e                        GRPU
com retirada das barracas dapaisagística;
faixa de praia uma vez que  Retirar as barracas de praia da
não são permitidas pela     faixa de praia.
legislação pertinente.      Melhorar as atividades de infra-
                            estrutura de pesca do porto de
                            barcos e jangadas.
2. Reurbanização do espaço. Criação de local próprio para o    Médio prazo         PMF
                            comércio ambulante, segundo a
                            legislação específica. Implantar
                            áreas públicas de esporte e lazer.
                               Problema 2: “Poluição hídrica”
        Linha de ação: Ordenamento do destino final dos resíduos sólidos e efluentes.
      Ações e Medidas                  Finalidade             Duração da     Responsável
                                                               Atividade
1. Levantamento das fontes     Diagnosticar a origem dos     Curto prazo           PMF
poluidoras.                    efluentes.                                        CAGECE
2. Monitoramento e             Identificar e autuar os infratores. Médio prazo     PMF
fiscalização da origem e       Indução da ligação do                             CAGECE
destino dos efluentes.         esgotamento sanitário particular à
                               rede pública.
3. Campanha de educação        Conscientizar a população com       Permanente      PMF
ambiental.                     relação às questões ambientais.                   SEMACE
                            Problema 3: “Adensamento de moradias”
   Linha de ação: Diminuição dos danos causados pelo adensamento e ocupação irregular.
       Ações e Medidas                      Finalidade              Duração da Responsável
                                                                     Atividade
1. Estudo para reestruturação Aumentar a fluidez do tráfego de     Médio prazo     PMF
viária e ordenamento do        veículos;
trânsito da Avenida Beira Mar. Desobstrução do espaço de lazer.
2. Estudo de alternativas      Prevenir o colapso da infra-        Médio prazo     PMF
legais para a desaceleração    estrutura local;
do adensamento de moradias. Impedir o aumento da ilha de calor.




                                                                                             72
2.3 UNIDADE DE PAISAGEM III - Do Mercado de Peixes do
Mucuripe até ao Serviluz (Rua Ismael Pordeus).
UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 1 - – Mercado de Peixes do
Mucuripe até o Oleoduto da Petrobras

Cenários de usos desejados para a orla:

   a) Situação Atual




Presença de empreendimentos comerciais, multifamiliares e turísticos de alto
poder aquisitivo privatizando a faixa de praia (inclusive com existência de píer
para atracamentos de embarcações particulares). Clube social de alta renda -
Iate Clube de Fortaleza. Ao mesmo tempo em que residem populações voltadas
para atividades tradicionais de pesca (jangadas, barcos e pequenas lanchas).
Atividades turísticas com passeios marítimos utilizando embarcações, com
acesso improvisado, alto grau de insegurança (fluxo de embarcações). Poluição
hídrica. Embarcações desativadas abandonadas no mar e em terra (cemitério
de botes) e barracos comerciais na faixa de praia.

 Neste setor desenvolve-se atividade comercial através do Mercado dos Peixes
do Mucuripe (comercialização de peixes e crustáceos “in natura”), destituído de
infra-estrutura para os trabalhadores e clientes.

Nas proximidades deste trecho existe uma área bastante consolidada, com
construções de baixo padrão sobre o Morro de Santa Terezinha (duna com
elevado índice de impermeabilização do solo) e paisagem degradada pelo
adensamento de moradias. Tem excelente potencial paisagístico (morro) com
um dos mais bonitos pontos de contemplação da cidade e especialmente da
orla marítima.




                                                                                   73
Fotografia 13 - Estreita faixa de praia com a
Fotografia 12 - Vista panorâmica de parte do
                                               presença de muro de concreto e edificação
trecho. Em primeiro plano a existência de
                                               na faixa de praia. Trecho com déficit de areia
porto de barcos e jangadas evidenciando
                                               e com acesso indireto à zona intermaré.
atividades tradicionais de pesca. Ao fundo a
                                               Privatização da orla através da construção
verticalização da orla (Fonte: Projeto Orla,
                                               de edifícios multifamiliares e hotéis (Fonte,
outubro de 2005).
                                               Jeovah Meireles, janeiro de 2005).



   b) Situação Tendencial




Descaracterização da paisagem com privatização completa da praia pelas
empresas comerciais, hotéis, clubes e prédios de apartamentos. Adensamento
de edificações com verticalização e a expulsão dos moradores tradicionais
(especulação imobiliária), inclusive envolvendo comunidade das imediações do
trecho. Tendência de ampliação da área para comercialização de peixes.
Incremento do tráfego aqüaviário dos barcos pesqueiros e utilizados para
passeios turísticos. Ampliação das áreas de risco no Morro de Santa Terezinha.
Na praia ampliação da área utilizada para depósito de barcos abandonados
(cemitério) e de barracos comerciais na praia dos Botes.




                                                                                                74
c) Situação desejada




Praia regularizada para o uso público. Paisagem litorânea melhorada com
acesso público. Infra-estrutura de apoio para o comércio de peixe (instalações
hidro-sanitárias) e atividades pesqueiras instaladas (local adequado para
guarda e conserto dos barcos). Equipamento para turismo dispostos de forma
adequada (passeios de barco). Tráfego aqüaviário regularizado. Acesso da
população garantido. Bons índices de balneabilidade da praia. Retirados os
barcos abandonados e os barracos da praia dos Botes.




                                                                                 75
Caracterização dos problemas:

           TABELA XXII - UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 1
              Mercado de Peixes do Mucuripe até o Oleoduto da Petrobras
Potencialidades     Problemas       Fatos Geradores     Efeitos e Impactos       Legislação
                                                          Associados ao           Incidente
                                                             Problema
                 1. Poluição      Lançamento de         Perda da                 - Lei
                 hídrica.         dejetos sólidos e     balneabilidade;          7.661/88
                                  derivados de petróleo Danos sócio-             PNGC
                                  em razão da atividade ambientais às            - Lei
                                  portuária;            atividades/ações         6.938/81
                                  Esgotamento sanitário de turismo e lazer.      PNMA
                                  deficiente.                                    - Lei
Turismo e lazer;                                                                 10.257/01
Atividade                                                                        Estatuto das
pesqueira;                                                                       Cidades
Esportes;                                                                        - Lei 9.433
náuticos.                                                                        PNRH
                                                                                 - Lei
                                                                                 11.996/92
                                                                                 PERH
                                                                                 - Decreto
                                                                                 Federal
                                                                                 5.300/04
                                                                                 Gestão da
                                                                                 Orla.


                 2. Utilização de    Ausência de            Poluição hídrica;    - Lei
                 esporte náutico     sinalização do fluxo   Poluição sonora;     7.661/88
                 motorizado          marítimo;              Risco de             PNGC
                 (lanchas, jet      Fiscalização            acidentes; com       - Decreto
                 sky) em área       ineficiente.            banhistas;           Federal
                 não permitida.                             Prejuízo na fauna    5.300/04
                                                            marinha.             Gestão da
                                                                                 Orla



                 3. Privatização    Especulação             Impedimento do       - Lei
                 da orla.           imobiliária;            acesso à praia;      7.661/88
                                    Ocupação irregular de   Interferência na     PNGC
                                    edifícios de alto       dinâmica costeira;   - Lei
                                    padrão;                 Interferência        6.938/81
                                    Fiscalização            negativa no clima    PNMA
                                    ineficiente.            da cidade.           - Lei
                                                                                 Municipal
                                                                                 7.061/92
                                                                                 PDDU
                                                                                 - Decreto




                                                                                                76
4. Barcos       Local adequado para     Impedimento de         - Lei
abandonados e   disposição de sucatas   acesso à praia;        7.661/88
barracos na     de barcos; Ocupação     Perda da               PNGC
praia dos       irregular e acelerada   balneabilidade;        - Lei
Botes.          do espaço urbano;       Depreciação e          Municipal
                Fiscalização            desqualificação do     7.061/92
                ineficiente; Demanda    espaço público;        PDDU
                por atividades de       Danos sócio-           - Lei
                geração de renda        ambientais às          Municipal
                aliada à pressão        atividades/ações       7.987/96
                urbana que impede o     de turismo e lazer.    Uso e
                desenvolvimento de                             Ocupação
                tais atividades em                             o Solo
                locais adequados para                          - Lei
                os pequenos                                    10.257/01
                comerciante                                    Estatuto
                                                               das
                                                               Cidades
                                                               - Decreto
                                                               Federal
                                                               5.300/04
                                                               Gestão da
                                                               Orla
                                                              - Lei
                                                              9.636/98
                                                              Utilização
                                                              dos Bens da
                                                              União




                                                                            77
Propostas de ação:
                                           TABELA XXIII
                                 Problema 1: “ Poluição hídrica.”
        Linha de ação: Ordenamento do destino final dos resíduos sólidos e efluentes.
           Ações e Medidas                      Finalidade         Duração da  Responsável
                                                                    Atividade
1. Levantamento das fontes              Diagnosticar a origem      Curto prazo      PMF
poluidoras.                             dos efluentes.                            CAGECE
2. Monitoramento e fiscalização do      Induzir a ligação do       Médio prazo      PMF
destino dos efluentes.                  esgotamento sanitário                     CAGECE
                                        particular à rede pública;
                                        Definir medidas
                                        compensatórias por
                                        parte dos agentes
                                        poluidores.
    Problema 2: “ Utilização de esporte náutico motorizado (lanchas, jet sky) em área não
                                            permitida.”
                      Linha de ação: Regulamentação do tráfego marítimo
           Ações e Medidas                      Finalidade         Duração da  Responsável
                                                                    Atividade
1. Elaborar zoneamento para a           Ordenar o tráfego          Curto prazo      PMF
definição de área marítima para         marítimo de                             Capitania dos
esportes náuticos.                      embarcações.                               Portos
2. Sinalização de ordenamento do        Tornar visíveis as regras Curto prazo   Capitania dos
tráfego marítimo.                       do tráfego marítimo.                       Portos
3. Fiscalização integrada entre os      Disciplinar o tráfego de   Curto prazo      PMF
diversos órgãos competentes.            embarcações para a                      Capitania dos
                                        prática de esportes                        Portos
                                        náuticos motorizados.
                                Problema 3: “Privatização da orla”
Linha de ação: Diminuição dos danos causados pelo adensamento de moradias e ocupação
                                             irregular
           Ações e Medidas                      Finalidade         Duração da  Responsável
                                                                    Atividade
1. Estudo de alternativas legais para   Prevenir o colapso da      Curto prazo      PMF
disciplinar construções na área e       infra-estrutura local;                     GRPU
impedir a ampliação dos                 Impedir o aumento das                     SEMACE
empreendimentos existentes.             ilhas de calor.
2. Execução de medidas                  Minimizar os impactos      Curto prazo      PMF
compensatórias/mitigadoras por          sócio-ambientais;          Permanente     SEMACE
parte dos particulares.                 Acessibilidade à praia.                   Ministério
                                                                                   Público
3. Educação ambiental.                  Conscientização da         Permanente       PMF
                                        população com relação                     SEMACE
                                        às questões ambientais.
               Problema 4: “Barcos abandonados e barracos na praia dos Botes”
         Linha de ação: Retirada de barcos abandonados e barracos da praia dos Botes
           Ações e Medidas                      Finalidade         Duração da   Responsável
                                                                    Atividade
1. Retirada de barcos abandonados       Retomada da qualidade      Médio Prazo      PMF
(sucata) e de barracos da faixa de      ambiental e melhoria do                 Capitania dos
praia uma vez que não são               acesso à faixa de praia;                   Portos
permitidos pela legislação pertinente   prevenir acidentes com                     GRPU
                                        embarcações.
2. Elaboração participativa de projeto Estabelecer parâmetros      Médio prazo      PMF
de requalificação paisagística e        de utilização;                             GRPU
ambiental do trecho da orla.            Retirar dos barracos da
                                        faixa de praia;
                                        Normatizar o uso da
                                        faixa de praia.


                                                                                                78
UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 2 - do Oleoduto da Petrobras até o
início da praia Mansa

Cenários de usos desejados para a orla:

   a) Situação Atual




O porto de Fortaleza, localizado na área do Mucuripe, atualmente não se
encontra em condições de receber navios de grande porte por apresentar um
baixo calado em decorrência da pouca profundidade do local e deposição de
sedimentos, berços inadequados e equipamentos ultrapassados e ineficientes.
Dispõe de instalações portuárias com armazéns, pátios e infra-estrutura básica,
que em boa parte já estão terceirizadas, principalmente na área de grãos. O
cais pesqueiro carece de infra-estrutura de apoio para os pescadores e seus
produtos. Atualmente é utilizado precariamente como receptor turístico de
embarque e desembarque, necessitando de investimentos para atender à
demanda crescente do turismo. Existe um píer petroleiro, que atende indústrias
de transformação situadas no entorno do cais. As indústrias químicas e de
derivados de petróleo que gravitam nas proximidades do porto, especialmente a
tancagem, oferecem grande perigo à população ali residente (riscos de
incêndios e explosões). Malha viária insuficiente para a demanda do porto.

A alternativa de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Fortaleza proposta
pelo Plano Diretor de Desenvolvimento do Porto (fruto da agenda estratégica
2003-2008), “busca obter o atendimento às demandas através do melhoramento
das instalações existentes com reforço estrutural e aprofundamento dos diversos
trechos de cais acostável. Propõe também nova organização espacial, evitando-
se a construção de novos berços ou terminais, preservando as áreas ao longo do
molhe de abrigo, principalmente a praia Mansa, para usos alternativos ao
atendimento de navios de transporte de cargas”.

É importante salientar que, segundo o Plano Diretor do Porto, para atender ao
tráfego projetado para os próximos 20 anos, deverá ser disponibilizado “terminais
para as movimentações de grãos (trigo/milho); de carga geral, contêineres e
fertilizantes; e de soja, além de instalações para atender aos navios de cruzeiros
marítimos, havendo necessidade de maiores profundidades para o tráfego de
navios com containers e para as exportações de soja, limitando-se, entretanto, à
faixa de 12,0 a 12,5 metros”.
                                                                                     79
Segundo ainda o Plano Diretor do Porto, a Companhia Docas do Ceará, como
Autoridade Portuária, conduzirá o processo de modernização do Porto de
Fortaleza, cujo objetivo maior é torná-lo cada vez mais um porto ágil, competitivo
e de baixos custos operacionais, com maior participação da iniciativa privada na
gestão e nos investimentos para seu reaparelhamento.




                Figura 14 - Fotografia aérea do Porto do Mucuripe,
                praia mansa e espigão do Titanzinho (Escala
                1:8.000, de 2001 - PMF/SEMAM).




                   Fotografia 15 - Ancoradouro do Porto do
                   Mucuripe (Fonte: Projeto Orla, agosto de
                   2005)



   b) Situação Tendencial




       Com a infra-estrutura atual e se não houver investimentos na ampliação
das instalações portuárias, haverá esvaziamento do porto de cargas para outros
portos (Porto do Pecém e outros regionais). Governo do Estado já publicou dois

                                                                                     80
decretos transferindo as indústrias para o Porto do Pecém. O Porto de Fortaleza
tende a ser prioritariamente receptivo turístico dos grandes transatlânticos e em
curto prazo poderá melhorar este serviço atualmente com infra-estrutura
insuficiente.

d)   Situação desejada




Porto com maior movimentação através da Agenda Portuária, formulada pela
Companhia Docas, efetivamente implantada. Para isso, é importante salientar
que a Agenda prevê investimentos relacionados com dragagens
(aprofundamento da bacia de evolução portuária), melhoramento dos berços e
instalação de equipamentos para movimentação de mercadorias e passageiros.
Prevê o fortalecimento e ampliação do Porto do Mucuripe ao longo dos
próximos anos com infra-estrutura no cais pesqueiro para os barcos de médio e
pequeno porte, acarretando um crescimento na produção e renda das
populações adjacentes ao Porto. Sistema de Segurança do Porto
permanentemente implantado dentro dos padrões internacionais.

Projetos paisagísticos e de infra-estrutura do Porto do Mucuripe implantados
com centros cultural, comercial e de lazer. Preservação sócio-ambiental da
Praia Mansa.

A área de tancagem (tanques de derivados petróleo) utilizada de acordo com
suas potencialidades urbanísticas, paisagísticas e industriais, com ampla
participação comunitária, integrada com a conclusão da regularização fundiária
do Serviluz. Parque de tancagem transferido para o Porto do Pecém.




                                                                                    81
Caracterização dos problemas:

           TABELA XXIV- UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 2
                  Do Oleoduto da Petrobras até o início da praia Mansa
Potencialidades        Problemas          Atividades            Efeitos e       Legislação
                                          Geradoras            Impactos          Incidente
                                                            Associados ao
                                                               Problema
                  1. Poluição hídrica. Lançamento de       Possível perda da   - Lei 7.661/88
                                       dejetos sólidos e balneabilidade;       PNGC
                                       derivados de        Danos sócio-        - Lei 6.938/81
                                       petróleo em         ambientais às       PNMA
                                       razão da            atividades/ações    - Lei
                                       atividade           de turismo e        10.257/01
                                       portuária;          pesca.              Estatuto das
                                       Esgotamento                             Cidades
                                       sanitário                               - Lei 9.433
                                       deficiente.                             PNRH
                                                                               - Lei
                                                                               11.996/92
                                                                               PERH
Receptivo                                                                      - Decreto
turístico;                                                                     Federal
Geração de                                                                     5.300/04
emprego;                                                                       Gestão da
Atividade                                                                      Orla
pesqueira.
Regularização
fundiária.




                  2.Desenvolvimento      Tancagem de       Possibilidade de    - Lei 7.661/88
                  de atividades          derivados de      Contaminação do     PNGC
                  portuárias de risco.   petróleo.         solo por agentes    - Lei 6.938/81
                                                           químicos;           PNMA
                                                           Risco de            - Lei Municipal
                                                           explosões com a     - Decreto
                                                           manipulação de      Federal
                                                           substâncias         5.300/04
                                                           inflamáveis;        Gestão da
                                                           Ocupação de         Orla
                                                           áreas de risco.     - Lei Municipal
                                                                               7.061/92
                                                                               PDDU.

                  3. Insuficiência de    Falta de          Redução das         Decreto
                  infra-estrutura para   investimento.     condições           Federal
                  o cais pesqueiro.                        econômicas dos      221/67
                                                           pescadores;
                                                           Perda de
                                                           identidade
                                                           histórica e
                                                           cultural
                                                           relacionadas à
                                                           prática pesqueira
                                                           sustentável.

                                                                                                 82
Propostas de ação:

                                          TABELA XXV
                               Problema 1: “ Poluição hídrica.”
  Linha de ação: Ordenamento do destino final dos resíduos sólidos, efluentes e derivados
                                            de petróleo.
       Ações e Medidas                      Finalidade           Duração da     Responsável
                                                                   Atividade
1. Identificação das fontes      Levantar a origem dos            Curto prazo       PMF
poluidoras.                      efluentes.                                       CAGECE
2. Monitoramento e               Induzir a ligação do             Médio             PMF
fiscalização da origem e         esgotamento sanitário à rede     prazo           CAGECE
destino dos efluentes.           pública;
                                 Definir medidas
                                 compensatórias por parte dos
                                 agentes poluidores.
3. Efetiva execução de           Eliminar as fontes poluidoras e  Curto prazo       PMF
medidas compensatórias por       minimizar os impactos;                           SEMACE
parte dos particulares.          melhorar a acessibilidade à                      Ministério
                                 praia.                                            Público
               Problema 2: “Desenvolvimento de atividades portuárias de risco.”
            Linha de ação: Adequação das atividades de risco às normas pertinentes
       Ações e Medidas                      Finalidade           Duração da     Responsável
                                                                   Atividade
1. Estudo de medidas             Evitar acidentes como            Curto prazo       PMF
protetoras.                      explosões, envenenamento                          DOCAS
                                 etc.                                            Defesa Civil
                                                                                  Corpo de
                                                                                 Bombeiros
2. Articulação com o Estado e    Transferir as atividades         Médio             PMF
a Companhia DOCAS.               inadequadas da localização       prazo            DOCAS
                                 atual para região externa ao                    Governo do
                                 perímetro urbano.                                 Estado
                Problema 3: “Insuficiente infra-estrutura para o cais pesqueiro”
                   Linha de ação: Incentivo à atividade pesqueira sustentável
       Ações e Medidas                      Finalidade           Duração da     Responsável
                                                                   Atividade
1. Mobilização da comunidade Elaborar diagnóstico                 Médio e           PMF
pesqueira.                       comunitário;                     longo prazo      DOCAS
                                 Compartilhar a fiscalização e                  COMUNIDADE
                                 gestão dos equipamentos a
                                 serem implantados junto à
                                 comunidade.
2. Elaboração de projeto de     Criar uma estrutura mínima de     Médio e           PMF
incentivo ao desenvolvimento apoio ao desenvolvimento das         longo prazo      DOCAS
de atividade pesqueira          atividades econômicas da                            CPCE
sustentável.                    comunidade.

3. Desenvolver programas de     Minimizar a pesca predatória e   Médio e          PMF
educação ambiental.             o desequilíbrio ambiental.       longo prazo     DOCAS
                                                                                  CPCE
4. Implantação e                Possibilitar uma estrutura       Médio e          PMF
implementação dos projetos      mínima para o                    Longo           DOCAS
de melhoria sócio-ambientais.   desenvolvimento econômico        prazo            CPCE
                                da comunidade.
                                Evitar a pesca predatória e o
                                desequilíbrio ambiental.

                                                                                                83
UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 3 - Praia Mansa até o molhe do
Titanzinho.
Cenários de usos desejados para a orla:

a)   Situação Atual




 O trecho é composto por uma praia formada a partir da deposição de
sedimentos recentes. Atualmente com cerca de 108.000m², sob a
responsabilidade da Companhia Docas do Ceará. Está situado em uma área
cujas atividades (indústria, porto e comunidade) podem acarretar poluição,
existindo pressão para atividades de turismo e lazer. Trecho com cinco
pequenas barracas de taipas utilizadas como apoio na atividade de pesca
artesanal e três aerogeradores para produção de energia eólica. A paisagem é
formada por vegetação antrópica de pequeno e médio porte, destacando as
gramíneas e as castanholas. O acesso é restrito pelo interior do porto ou por via
marítima, com vigilância dos guardas da Companhia Docas. Praia
frequentemente utilizada para atividades turísticas, através dos passeios de
barco.




                                              Fotografia 17 - Trecho da praia conservada da
                                              praia Mansa utilizado como porto de jangadas.
Fotografia 16 - Trecho da Praia Mansa com a   Excelente local para contemplação da orla
orla conservada. Ao fundo os geradores de     marítima (Fonte: Jeovah Meireles, julho de 2005).
energia eólica e parte dos equipamentos de
engenharia costeira (Fonte: Projeto Orla,
agosto de 2005).




                                                                                              84
b) Situação Tendencial




A considerar a situação atual e se não houver intervenção do Poder Público a
área será passível de ocupação, pois está sendo cobiçada por investidores, já
existindo registro de solicitação para construção de equipamentos turísticos, já
com registro de solicitação na Gerência Regional do Patrimônio da União –
GRPU. Ações de uso e ocupação da praia Mansa, sem levar em conta a
fragilidade da área, poderão acarretar a instalação de processos erosivos e
aumento da degradação ambiental, em virtude da ocupação irregular com
equipamentos turísticos (hotéis, bares, restaurantes, etc.), tanto em função dos
resíduos deixados no local, como também pelo uso indiscriminado pelos
visitantes. No programa de arrendamento, que integra a Agenda Ambiental
Portuária, aprovado pela Resolução n 395/2005, a Praia Mansa é indicada
como uma área destinada à construção de um terminal de
embarque/desembarque para passageiros de navios de cruzeiros marítimos.

c) Situação desejada




Unidade de Conservação instituída devido suas características físicas, sócio-
ambientais e a fragilidade dos ecossistemas de acordo com o Sistema Nacional
de Unidades de Conservação (SNUC). Garantida a continuidade da faixa da
orla como porto de jangadas e de equipamentos para uso dos pescadores
tradicionais nas atividades de pesca. Rígido controle de impactos na visitação e
atividades de lazer e efetivado o desenvolvimento do turismo ecológico.

                                                                                   85
Garantia de contemplação da paisagem costeira. Vias de acesso e de visitação
compatíveis com a fragilidade ambiental.


Caracterização dos problemas:

            TABELA XXVI - UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 3
                          Praia Mansa até o molhe do Titanzinho
Potencialidades        Problemas            Atividades         Efeitos e       Legislação
                                            Geradoras          Impactos         Incidente
                                                           Associados ao
                                                              Problema
                  1. Poluição da faixa   Fragilidade dos    Danos            - Lei 7.661/88
                  de praia.              critérios de       ambientais ao    PNGC
                                         visitação e        ecossistema e    - Lei 6.938/81
                                         utilização da      à paisagem.      PNMA
                                         Praia Mansa;                        - Lei 9.985/00
                                         Inexistência de                     SNUC
                                         esgotamento                         - Decreto
                                         sanitário.                          Federal
                                                                             5.300/04
Turismo                                                                      Gestão da Orla.
ecológico;
Lazer local;
Energia eólica;
Pesca
artesanal;
Valor
paisagístico.


                  2. Pressão imobiliária   Fiscalização   Risco de           - Lei 7.661/88
                  para o                   ineficiente.   verticalização e   PNGC
                  estabelecimento de                      privatização.      - Lei 6.938/81
                  complexos hoteleiros                                       PNMA
                  e receptivos                                               - Lei 9.985/00
                  turísticos.                                                SNUC
                                                                             - Lei 9.605/98
                                                                             Ações Lesivas
                                                                             ao Meio
                                                                             Ambiente
                                                                             - Lei 6.513/77
                                                                             Regulamenta e
                                                                             Incentiva o
                                                                             Turismo
                                                                             - Decreto
                                                                             Federal
                                                                             5.300/04
                                                                             Gestão da Orla.




                                                                                               86
Propostas de ação:

                                      TABELA XXVII
                         Problema 1: “Poluição da faixa de praia”
    Problema 2: “Pressão imobiliária para o estabelecimento de complexos hoteleiros e
                                  receptivos turísticos.”
      Linha de ação: Criação da Unidade de Conservação Municipal da Praia Mansa.
                                                                     Duração da
       Ações e Medidas                     Finalidade                               Responsável
                                                                      Atividade
                                 Embasamento técnico para
                                                                                       PMF
1. Estudo para a Criação da      definição da área a ser
                                                                    Curto prazo       GRPU
Unidade de Conservação.          protegida e do tipo de U. C.
                                                                                      DOCAS
                                 Subsidiar a criação da U. C.
                                 Restrição do uso da área;
2. Instituição de decreto
                                 Preservação da Praia Mansa;
municipal para a criação da                                         Curto prazo        PMF
                                 Incentivo ao turismo
Unidade de Conservação.
                                 sustentável.

                                 Regulamentação dos usos
                                 permitidos na Unidade de
3. Elaboração e implementação
                                 Conservação;                       Médio prazo        PMF
do Plano de Manejo.
                                 Estabelecer as diretrizes e
                                 ações de proteção.

                                 Minimizar a pesca predatória e o   Médio e longo
                                 desequilíbrio ambiental.           prazo              PMF
4. Desenvolver programas de
                                                                                      DOCAS
educação ambiental.
                                                                                       CPCE


5. Incentivo à pesca artesanal   Evitar a pesca predatória e o                         PMF
                                                                    Médio prazo
sustentável.                     desequilíbrio ambiental.




                                                                                                  87
UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 4 - do molhe do Titanzinho até o fim
do Serviluz (Rua Ismael Pordeus).
Trecho prioritário.
Cenários de usos desejados para a orla:

   a)   Situação Atual




O trecho Prioritário da comunidade do Serviluz se apresenta bastante
consolidado com ocupação espontânea, homogênea e irregular em áreas
particulares e da União (Zona de Praia). Moradias horizontalizadas de baixa
renda, sem nenhuma segurança jurídica da posse dos lotes. A comunidade
desenvolveu-se em torno do Farol do Mucuripe (tombado pelo Patrimônio
Histórico Estadual), que hoje é um ponto de apoio de informações turísticas da
Secretaria de Turismo do Estado. No seu entorno o que era antes uma praça,
hoje se encontra ocupado por barracos.

A zona de praia está em expansão pela deposição de sedimentos provenientes
das praias à sudeste, associada ao espigão do Titanzinho. Com a deposição
dos sedimentos e a progradação da praia, ocorreu a ocupação da faixa de pós-
praia por moradias de baixa renda. A Comunidade vive em constante tensão e
perigo devido ao deslocamento dos sedimentos (excesso de areia na praia e
pós-praia) mobilizados pela ação dos ventos na direção das moradias,
invadindo as casas e as vias de acesso. Como conseqüência foram
ocasionados danos sócio-ambientais de elevada magnitude. Este fato vem se
agravando ao longo do tempo, exigindo dessa forma, um estudo mais
aprofundado e uma solução para este problema enfrentado pelas famílias
residentes na área.

Nas imediações do Porto instalou-se o distrito industrial do Mucuripe (tancagem,
galpões e indústria de transformação de derivados de petróleo), com estocagem
de material altamente inflamável.

Neste trecho (comunidade do Serviluz), existe uma população de mais de
20.000 habitantes (IBGE, 2000). A origem se deu em meados do século XX,
tendo como vetor da ocupação as obras do Porto do Mucuripe, trazendo como
herança toda a problemática de ocupação irregular da faixa de praia da cidade
                                                                                   88
de Fortaleza, permanecendo no local as famílias de baixa renda. Faz limite ao
norte com a Avenida Leite Barbosa; a sul, com a Rua Professor Firmeza; a leste
com o Oceano Atlântico e a oeste, com a Avenida Zezé Diogo.

De acordo com a caracterização acima, os problemas a serem abordados de
forma mais urgente estão diretamente associados com a ilegalidade das
moradias e o soterramento das residências pelos sedimentos transportados
pelos ventos.




Fotografia 18 - Parte do trecho com          Fotografia 19 - Vista panorâmica da praia do
problemas associados à invasão das areias    Serviluz. As flechas indicam a direção
nas vias de acesso e residências. Ocupação   preferencial dos ventos e o transporte de
em áreas de engordamento da faixa de praia   sedimentos para o interior da zona
(Fonte: Projeto orla, outubro de 2005).      urbanizada (Fonte: Ernandy Vasconcelos,
                                             novembro de 2004).

   b) Situação Tendencial




Continuidade no processo de transporte de sedimentos, acréscimo da faixa de
praia por acúmulo de areias carreados pelos ventos, ondas e marés, soterrando
cada vez mais o Serviluz. Surgimento de barracas de praia e construções de
moradias nas áreas acrescidas (de uso comum do povo). Tendência de
verticalização das unidades habitacionais. Depreciação da área com a baixa
qualidade de vida e dos serviços públicos existentes. Desqualificação do
Patrimônio Histórico (Farol do Mucuripe) e ocupação mais intensa do seu
entorno.


                                                                                            89
c)   Situação desejada




Garantida a harmonia da comunidade com o meio ambiente, através da
requalificação da área concluída, associada com uma política habitacional
sustentávea implantada e regularização fundiária efetivada. Patrimônio histórico
(Farol do Mucuripe) revitalizado e alcançado bons índices de trabalho e renda.
Parque de tancagem com os procedimentos ambientais e sócio-econômicos
definidos de forma participativa. Área com assentamento das populações
deslocadas das áreas de preservação permanente e de risco (dunas e praia).
Potencialidades para as atividades industriais efetivadas. Zona Especial de
Interesse Social (ZEIS) definida e implantada.

Caracterização dos problemas:
         TABELA XXVIII - UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 4
                 do molhe do Titanzinho até o fim do Serviluz (Rua Ismael Pordeus)
 Potencialidades          Problemas          Atividades      Efeitos e Impactos       Legislação
                                             Geradoras          Associados ao          Incidente
                                                                   Problema
                       1.Ocupação         Ocupação           Diminuição da           - Lei 7.661/88
                       irregular da       irregular e        acessibilidade à        PNGC
                       faixa de praia e   acelerada do       praia;                  - Lei Municipal
                       pós-praia.         espaço urbano; Degradação                  7.061/92
                                          Pressão            paisagística e          PDDU
                                          urbana em          ambiental               - Lei Municipal
                                          outras áreas da (contaminação dos          7.987/96 Uso
                                          cidade,            recursos hídricos       e Ocupação o
Geração de                                expulsando os      por águas               Solo
emprego e renda                           moradores          residuárias in          - Lei 10.257/01
por ser próximo de                        para áreas         natura);                Estatuto das
um importante pólo                        irregulares;       Formação de áreas       Cidades
portuário;                                Política           de risco                - Decreto
Valor paisagístico,                       Habitacional       (soterramento das       Federal
histórico e cultural;                     deficiente.        residências pela        5.300/04
Pesca sustentável;                                           ação dos                Gestão da
Organização                                                  sedimentos              Orla
comunitária.                                                 transportados
                                                             através dos ventos);
                                                             Proliferação de
                                                             agentes vetores de
                                                             doenças.




                                                                                                       90
2. Degradação     Ocupação         Perda da identidade   - Lei 6.513/77
                    do patrimônio     irregular da     cultural da           Regulamenta
                    histórico e       área;            comunidade;           e Incentiva o
                    arquitetônico     Política         Desvalorização do     Turismo
                    (Farol do         Habitacional     espaço público.       - Lei Municipal
                    Mucuripe).        deficiente.                            7.061/92
                                                                             PDDU
                                                                             - Lei Municipal
                                                                             7.987/96 Uso
                                                                             e Ocupação o
                                                                             Solo.


Propostas de ação:

                                          TABELA XXIX
                Problema 1: “Ocupação irregular da faixa de praia e pós-praia”.
                            Linha de Ação: Regularização Fundiária
         Ações e Medidas                       Finalidade            Duração    Responsável
                                                                         da
                                                                     Atividade
1. Assinatura de Convênio           Pactuar parceria com os          Curto          SPU
Específico.                         diversos órgãos envolvidos,      Prazo          PMF
                                    definindo matriz de                              MF
                                    responsabilidades.                              TRE
                                                                                 Governo do
                                                                                   Estado
2. Assinatura de Convênio de        Simplificar e tornar gratuito    Curto        Cartórios
Cooperação técnica com              primeiro registro;               Prazo          PMF
cartórios (com elaboração de        Pactuar parceria com os
provimento junto ao tribunal de     diversos órgãos envolvidos,
justiça).                           definindo matriz de
                                    responsabilidades.
3. Levantamento cartográfico e      Certificar a dominialidade e     Curto          PMF
dominial/registrário.               existência de registro do        Prazo
                                    imóvel.
4. Determinação das poligonais      Definir, com precisão, a área    Curto          SPU
das áreas consideradas              do assentamento a ser            Prazo          PMF
regularizáveis.                     regularizado.
5. Formalização do pedido de        Iniciar o processo de            Curto          PMF
cessão das áreas.                   cessão/concessão.                Prazo
6. Consulta ao Ibama ou outro       Obter anuência para a cessão.    Curto         GRPU
órgão ambiental e à Capitania                                        Prazo          SPU
dos Portos, quando couber.
7. Publicação de Portaria           Formalizar a cessão/concessão Curto             SPU
Autorizativa de Cessão e            do domínio útil da área para o   Prazo         PGFN
assinatura de Contrato de           Município.
Cessão.
8.Elaboração de estudo              Embasar uma proposta de          Curto          PMF
ambiental e sócio-econômico.        intervenção melhor elaborada.    prazo
9. Delimitação da área para         Permitir a aprovação de projeto  Médio          PMF
instituição de ZEIS no Plano        de loteamento com parâmetros     Prazo
Diretor.                            urbanísticos diferenciados,
                                    impedindo a especulação
                                    imobiliária.
10. Encontro com a Comunidade       Realizar projeto participativo e Curto          PMF
para apresentação e discussão       conscientizar a população com    prazo
da proposta de ação.                relação ao processo a ser
                                    realizado.
11. Alterações do Plano Diretor     Incorporar ZEIS.                 Médio          PMF
Municipal.                                                           Prazo
12. Elaboração de diagnóstico       Elaborar projeto de acordo com Médio            PMF

                                                                                               91
urbano de carência de infra-          as necessidades da               prazo
estrutura e de equipamentos.          comunidade.
13. Análise e definição dos           Possibilitar a otimização do     Médio     PMF
instrumentos de regularização         processo de regularização        prazo    GRPU
fundiária pertinentes.                fundiária.
14. Fixação das diretrizes            Compatibilizar projetos          Médio    PMF
urbanísticas através do               existentes e subsídios para o    prazo
instrumento legal apropriado.         Projeto Urbanístico.
15. Elaboração de projeto de          Melhorar a condição de           Médio    PMF
intervenção jurídica e urbanística.   habitabilidade local;            prazo
                                      Promover a proteção jurídica
                                      da posse.
16. Elaboração de projeto de          Dotar toda a área de infra-      Médio    PMF
infra-estrutura                       estrutura básica.                prazo
17. Apresentação dos projetos         Fortalecer a participação        Médio    PMF
elaborados para a comunidade.         popular no processo e realizar   prazo
                                      possíveis ajustes.
18. Cadastramento físico e sócio-     Reconhecer realidade do          Médio    SPU
econômico das ocupações que           assentamento para subsídio do    prazo    PMF
atendam aos requisitos do             Projeto Urbanístico.
Município e da SPU.
19. Desmembramento interno do         Gerar RIPs individualizados      Médio    GRPU
imóvel na GRPU.                       para cada unidade e emitir       prazo
                                      “Certidão Autorizativa” para
                                      cada imóvel.
20. Desmembramento do imóvel          Gerar lotes individualizados.    Médio    PMF
mediante averbação no RGI                                              prazo
(cartório de imóveis).
21. Implementação dos projetos        Melhorar a condição de           Longo    PMF
urbanísticos e de infra-estrutura.    habitabilidade local.            prazo
22. Titulação das famílias e          Formalizar a posse dos imóveis   Médio    PMF
Celebração da escritura com os        pelas famílias.                  prazo    SPU.
beneficiários.
23. Lavratura e registro das          Formalizar a posse dos imóveis   Médio    PMF
escrituras no RGI (cartório de        pelas famílias.                  prazo
imóveis).
24. Transferência dos imóveis         Atualizar o cadastro da SPU      Médio    GRPU
em seus registros para o nome         para controle dos imóveis da     prazo
dos novos titulares (alteração        União.
cadastral).
25. Realização de oficinas de      Fortalecer a organização         Médio         PMF
convivência e de educação          comunitária, estimular a         Prazo
ambiental com a comunidade.        preservação ambiental,
                                   conscientizar a população da
                                   importância da não degradação
                                   do local.
26. Projeto de urbanização da      Retirar as barracas e            Médio         PMF
faixa de praia com retirada de     residências da faixa de praia    Prazo        GRPU
ocupações irregulares.             (uma vez que não são
                                   permitidas pela legislação
                                   pertinente) e de áreas de risco;
                                   inibir a privatização da praia e
                                   recuperar a paisagem.
   Problema 2: “Degradação do patrimônio histórico e arquitetônico (Farol do Mucuripe)”.
                  Linha de Ação: Requalificação da área do Farol do Mucuripe
         Ações e Medidas                       Finalidade           Duração   Responsável
                                                                        da
                                                                    Atividade
1. Articulação entre PMF e         Desenvolver projeto de           Curto         PMF
IPHAN.                             requalificação do Farol do       prazo
                                   Mucuripe.
2.Delimitar a área de influência   Identificar a área para proteção Curto        IPHAN

                                                                                            92
histórico cultural para o            do patrimônio histórico.            prazo   Governo do
tombamento do farol.                                                              Estado
                                                                                   PMF
3.Identificar os responsáveis pela   Realizar as articulações            Curto     PMF
gestão atual do farol/museu.         necessárias para viabilizar as      prazo
                                     ações de revitalização.
4. Levantamento cartográfico e       Certificar a dominialidade e        Curto     PMF
dominial/registrário.                existência de registro do           prazo
                                     imóvel.
5. Formalização do pedido de         Iniciar o processo de cessão.       Curto     PMF
cessão da área do farol.                                                 prazo
6. Consulta a Capitania dos          Obter anuência para a cessão.       Curto     GRPU
portos.                                                                  prazo
7. Publicação de Portaria            Formalizar a Cessão do              Curto     GRPU
Autorizativa de Cessão e             domínio útil da área para o         prazo
assinatura de Contrato de            Município.
Cessão.
8. Listar programas e linhas de      Obter recursos para                 Curto     IPHAN
financiamento para revitalização     elaboração e execução dos           prazo   Governo do
de Patrimônio Histórico: inscrição   projetos de restauração e                    Estado
nos programas identificados.         revitalização.                                 PMF
9. Encontro com a comunidade         Fortalecer a identidade local e     Curo      IPHAN
para a conscientização da            resgate histórico.                  prazo      PMF
importância pra preservação do
patrimônio e do resgate da
história.
10. Elaboração do projeto de         Definir as intervenções             Médio     IPHAN
restauração do farol.                necessárias no edifício do farol.   prazo   Governo do
                                                                                  Estado
                                                                                    PMF
11. Implementação do projeto de      Resgatar o patrimônio histórico     Médio     IPHAN
restauração do farol.                do município existente no           prazo   Governo do
                                     bairro.                                      Estado
                                                                                    PMF
12. Elaboração do projeto de         Definir as intervenções             Médio     IPHAN
revitalização da área do farol e     necessárias no entorno/área de      prazo   Governo do
seu entorno (construção de uma       servidão do tombamento.                      Estado
praça no entorno para atividades                                                    PMF
culturais tais como: artesanato,
comidas típicas, apresentações,
etc).
13. Implementação do projeto de      Conservar o patrimônio              Médio     IPHAN
revitalização da área do farol e     histórico além de valorizar e       prazo   Governo do
seu entorno.                         fortalecer a cultura local.                  Estado
                                                                                    PMF
14. Realização de oficinas           Fortalecer a organização            Médio     IPHAN
periódicas de conivência e           comunitária; estimular a            Prazo
educação ambiental com a             preservação ambiental;
comunidade.                          conscientizar a população da
                                     importância da não degradação
                                     do local.




                                                                                              93
2. 4 UNIDADE PAISAGEM IV – Da Rua Ismael Pordeus à foz do
Rio Cocó (margem esquerda)




Figura 10 – Imagem de satélite (Quick Bird, 2004) evidenciando a Unidade IV (acervo da
PMF/SEMAM).

UNIDADE DE PAISAGEM IV - Trecho 1 – da Rua Ismael Pordeus até a Rua
Renato Braga.
Cenários de usos desejados para a orla:

a) Situação Atual:




                                                                                         94
O trecho caracteriza-se pela falta de arborização pública e espaços livres
qualificados de lazer e recreação, pelo adensamento populacional com
moradias de baixa renda, pela presença de edifícios residenciais, de lazer e de
turismo (clube e hotéis), de inúmeras barracas na faixa de praia (muitas delas
apresentando condições insalubres de funcionamento), pela existência dos usos
comercial e misto e pelo início de verticalização. Tudo isso contrasta com os
vazios urbanos encontrados no local oriundos da subutilização de diversos
terrenos. A área apresenta ainda ocupações de indústria petroquímica, com
galpões para armazenamento de derivados de petróleo.




Fotografia 20 - Parte do trecho representado     Fotografia 21 - Parte da praia do Futuro. Setor
pela praia do Futuro. Larga faixa de praia com   de pós-praia com acumulações de areia
mobilização de areia pelo vento na direção da    promovidas pelo transporte eólico. Trecho com
pós-praia e área urbanizada. Ao fundo            barracas de praia e verticalização. Vegetação
verticalização da orla (Fonte: Projeto Orla,     antrópica( Fonte: Projeto Orla, outubro de
outubro de 2005).                                2005).



    b) Situação Tendencial




O trecho tende a apresentar um agravamento do adensamento populacional e
das barracas na faixa de praia, expansão da rede hoteleira e do comércio em
áreas de domínio da orla. O acesso, tanto visual quanto físico, à faixa de praia
será dificultado. Haverá risco de soterramento das edificações devido à
continuidade do processo de migração dos sedimentos continente adentro,
impactando as residências, vias de acesso e demais equipamentos públicos,
gerando dificuldade para ações de manejo na retirada da areia e para a
implantação de projetos paisagísticos e de saneamento.




                                                                                                   95
d) Situação Desejada




        Praia recuperada ambiental e paisagisticamente. Área urbana recuperada
e com livre acesso à faixa de praia garantido. As famílias ocupantes de áreas de
risco e das vias públicas retiradas. Espaços livres e áreas verdes criados. Eficaz
fiscalização com a obediência às legislações municipal referente ao uso e
ocupação do solo (Lei 7.987/96) e ao Código de Obras e Posturas (Lei
5.530/81) garantidos de acordo com o estabelecido a partir do Plano Diretor por
ser uma área de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e
9.636/98 – Patrimônio da União). Barracas de praia retiradas da faixa de praia
uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada.




                                                                                     96
Caracterização dos problemas:

                 TABELA XXX- UNIDADE DE PAISAGEM IV - Trecho 1
                             da Rua Ismael Pordeus até a Rua Renato Braga
Potencialidades            Problemas      Fatos Geradores       Efeitos e Impactos       Legislação
                                                                  Associados ao           Incidente
                                                                     Problema
                       1.Construções    Desenvolvimento de Alteração da dinâmica         - Lei 7.661/88
                       irregulares na   equipamentos          costeira (formação de      PNGC
                       faixa de praia e turísticos e          barreira aos               - Lei Municipal
                       em áreas         comerciais em         sedimentos);               7.061/92
                       públicas.        desconformidade       Degradação                 PDDU
                                        com a legislação      paisagística e             - Lei Municipal
                                        vigente;              ambiental                  7.987/96 Uso
                                        Fiscalização          (contaminação dos          e Ocupação o
                                        ineficiente;          recursos hídricos por      Solo
                                        Pressão urbana        águas residuárias in       - Lei 10.257/01
                                        geradora de           natura);                   Estatuto das
                                        segregação espacial; Privatização da faixa       Cidades
                                        Política Habitacional de praia;                  - Decreto
                                        deficiente;           Diminuição da              Federal
                                        Especulação           permeabilidade do          5300/04
                                        imobiliária.          solo.                      Gestão da
                                                              Ocupação em negativo       Orla
                                                              (ocupação de vias).        - Lei Federal
Atividade turística;                                                                     nº 9636/98
Lazer;                                                                                   Utilização dos
Valor paisagístico;                                                                      Bens da União




                       2.Poluição da     Saneamento básico    Diminuição da              - Lei 7.661/88
                       faixa de praia.   deficiente;          balneabilidade;            PNGC
                                         Ineficiência de      Degradação                 - Lei 6.938/81
                                         programas de         paisagística e             PNMA
                                         educação ambiental   ambiental                  - Lei 6.513/77
                                         para os              (contaminação dos          Regulamenta
                                         freqüentadores,      recursos hídricos por      e Incentiva o
                                         moradores e          águas residuárias in       Turismo
                                         barraqueiros.        natura, desequilíbrio no   - Decreto
                                                              ecossistema marinho);      Federal
                                                              Proliferação de vetores    5.300/04
                                                              de doenças.                Gestão da
                                                                                         Orla




                                                                                                           97
Propostas de ação:

                                            TABELA XXXI
                              Problema 1: “Construções irregulares”
                             Problema 2: “Poluição da faixa de praia”
              Linha de ação: Requalificação urbano-ambiental com reordenamento.
        Ações e Medidas                       Finalidade            Duração da Responsável
                                                                     Atividade
1. Projeto de requalificação      Retirar as barracas;              Médio prazo    PMF
paisagística e ambiental do       Incentivar o turismo sustentável;               GRPU
trecho da orla.                   Adequar à legislação, como área
                                  não edificante, a faixa de praia.
2. Cadastramento multifinalitário Reconhecer quantitativa e         Médio prazo    PMF
de famílias em assentamentos      qualitativamente a realidade dos                GRPU
irregulares.                      assentamentos;                                   MF
                                  Formar banco de dados de                         PFN
                                  demandantes;                                    PGFN
                                  Subsidiar a elaboração de projeto
                                  de reassentamento e
                                  regularização fundiária.
3. Elaboração e implementação Garantir a proteção jurídica da     Médio prazo        PMF
de projeto de reassentamento eposse;                                                GRPU
regularização fundiária.      Resgatar as áreas públicas;
                              Efetivar o direito à moradia.
4. Organização de campanha de Conscientizar a população sobre     Curto prazo        PMF
educação ambiental.           as questões ambientais.                              SEMACE

5. Formação de grupo técnico     Evitar e solucionar os problemas Curto prazo        PMF
para estudo e diagnóstico da     geoambientais existentes;                       Universidades
dinâmica costeira.               Evitar o engordamento da praia;
                                 Evitar a erosão e o assoreamento
                                 dos rios em áreas subseqüentes.
6. Ações conjuntas e             Minimizar os impactos da poluição Médio prazo       PMF
participativas com órgãos        nos recursos hídricos e a                         SEMAC
competentes e sociedade civil    proliferação de vetores de                        CAGECE
para implantação e               doenças.
melhoramento de saneamento
básico.




                                                                                                 98
UNIDADE PAISAGEM IV - TRECHO 2 – Rua Renato Braga até a margem
esquerda do Rio Cocó (Rua Germiniano Jurema).

Cenários de usos desejados para a orla:

   a) Situação Atual




A área se apresenta com inúmeras barracas de alto padrão instaladas nas
faixas de praia e pós-praia, privatizando áreas públicas e dificultando o acesso à
faixa de praia. Os usos correntes encontrados na área são o comercial, o
residencial, o misto e o lazer privado (clubes e hotéis). O uso residencial é
prioritariamente unifamiliar. Neste trecho pode-se verificar o início do processo
de verticalização da Praia do Futuro, problemas relacionados com a falta de
saneamento básico e também a falta de arborização e ausência de espaços
livres e áreas de lazer. Verifica-se ainda o processo de ocupação urbana em
áreas de preservação permanente (dunas fixas e móveis nas proximidades do
rio Cocó).




Fotografia 22 - Desembocadura do rio Cocó.         Fotografia 23 - Vista panorâmica de parte do
Evidencia da presença das barracas de praia e de   trecho evidenciando e elevada densidade das
bancos de areia (Fonte: Projeto Orla, outubro de   barracas de praia (Fonte: Jeovah Meireles,
2005).                                             fevereiro de 2006).




                                                                                            99
b) Situação Tendencial




Há tendência de ampliação das barracas de praia sobre terrenos públicos com
conseqüente diminuição da faixa de praia, expansão da rede hoteleira, do
comércio e do processo de verticalização. Agravamento dos problemas
ambientais (vinculados à ocupação irregular do campo de dunas nas
proximidades do rio Cocó) e de saúde pública (vinculados aos baixos índices de
saneamento básico). Valorização dos terrenos e especulação imobiliária, com
conseqüente aumento da poluição. Problemas urbanísticos e paisagísticos,
como ausência de espaços públicos para a arborização e para o lazer,
permanecerão.


   c) Situação Desejada




Ambiente recuperado e área urbana requalificada com espaços verdes para o
lazer e o turismo instituídos e com melhor qualidade sócio-ambiental. Retirada
das barracas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação
pertinente. Orla disciplinada. Zona Especial de Interesse Ambiental – ZEIA
implantada. Eficaz fiscalização com a obediência à legislação municipal
garantida quanto ao uso e ocupação do solo e ao Código de Obras e Posturas,
estabelecida a partir do Plano Diretor por ser uma área de uso comum (Lei
7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União).



                                                                                 100
Caracterização dos problemas:

                  TABELA XXXII - UNIDADE PAISAGEM IV - TRECHO 2
     Rua Renato Braga até a margem esquerda do Rio Cocó (Rua Germiniano Jurema)

Potencialidades           Problemas       Fatos Geradores        Efeitos e Impactos       Legislação
                                                                   Associados ao           Incidente
                                                                       Problema
                       1. Construções Desenvolvimento de Alteração da dinâmica            - Lei 7.661/88
                       irregulares na   equipamentos          costeira (formação de       PNGC
                       faixa de praia e turísticos comerciais barreira aos sedimentos);   - Lei Municipal
                       em áreas         em desconformidade Degradação paisagística        7.061/92
                       públicas.        com a legislação      e ambiental                 PDDU
                                        vigente;              (contaminação dos           - Lei Municipal
                                        Fiscalização          recursos hídricos por       7.987/96 Uso
                                        ineficiente;          águas residuárias in        e Ocupação o
                                        Pressão urbana        natura);                    Solo
                                        geradora de           Privatização da faixa de    - Lei 10.257/01
                                        segregação espacial; praia;                       Estatuto das
                                        Política Habitacional Diminuição da               Cidades
                                        deficiente;           permeabilidade do solo.     - Lei 6.513/77
                                        Especulação           Ocupação de vias.           Regulamenta
                                        imobiliária.                                      e Incentiva o
                                                                                          Turismo
                                                                                          - Decreto
                                                                                          Federal
Atividade turística;                                                                      5.300/04
Lazer;                                                                                    Gestão da
Valor paisagístico;                                                                       Orla

                       2. Poluição da    Saneamento básico    Diminuição da               - Lei 7.661/88
                       faixa de praia.   deficiente;          balneabilidade;             PNGC
                                         Ineficiência de      Degradação paisagística     - Lei 6.938/81
                                         programas de         e ambiental                 PNMA
                                         educação ambiental   (contaminação dos           - Lei 9.433
                                         para os              recursos hídricos por       PNRH
                                         freqüentadores,      águas residuárias in        -Lei 11.996/92
                                         moradores e          natura, desequilíbrio no    PERH
                                         barraqueiros.        ecossistema marinho);       - Decreto
                                                              Proliferação de vetores     Federal
                                                              de doenças.                 5.300/04
                                                                                          Gestão da
                                                                                          Orla




                                                                                                            101
3. Início do      Especulação         Impactos negativos         - Lei Municipal
                  processo de       imobiliária.        sobre o clima da cidade;   7.061/92
                  verticalização.                       Aumento do tráfego de      PDDU
                                                        veículos;                  - Lei Municipal
                                                        Impermeabilização do       7.987/96 Uso
                                                        solo;                      e Ocupação o
                                                        Pressão sobre as           Solo
                                                        comunidades de baixa
                                                        renda;
                                                        Existência de vazios
                                                        urbanos.



 Propostas de ação:

                                            TABELA XXXIII
                      Problema 1: “Construções irregulares na faixa de praia”
                             Problema 2: “Poluição da faixa de praia”
                         Problema 3: “Início do processo de verticalização”
       Linha de ação: Requalificação urbano-ambiental com reordenamento da ocupação.
        Ações e Medidas                         Finalidade            Duração da Responsável
                                                                       Atividade
1. Projeto de requalificação      Retirar as barracas uma vez que     Médio prazo      PMF
paisagística e ambiental do       não são permitidas pela legislação                  GRPU
trecho da orla.                   pertinente;
                                  Incentivar o turismo sustentável;
                                  Normatizar o uso público da faixa
                                  de praia.
2. Cadastramento multifinalitário Reconhecer quantitativa e           Médio prazo      PMF
de famílias em assentamentos       qualitativamente a realidade dos                   GRPU
irregulares.                       assentamentos;
                                   Formar banco de dados de
                                   demandantes;
                                   Subsidiar a elaboração de projeto
                                   de reassentamento e regularização
                                   fundiária.
4. Elaboração e implementação Garantir a proteção jurídica da         Médio prazo      PMF
de projeto de reassentamento e posse;                                             UNIVERSIDADES
regularização fundiária.           Resgatar das áreas públicas;
                                   Efetivar do direito à moradia.
5. Organização de campanha de Conscientizar a população sobre as Curto prazo           PMF
educação ambiental.                questões ambientais.                             SEMACE

6. Formação de grupo técnico     Evitar e solucionar os problemas    Curto prazo       PMF
para estudo e diagnóstico da     geoambientais;
dinâmica costeira.               Evitar o engordamento da praia;
                                 Evitar a erosão e o assoreamento
                                 dos rios em áreas subseqüentes.
7. Estudo de alternativas legais Realizar o ordenamento das novas Curto prazo          PMF
para coibir a verticalização     construções;
irregular da área e impedir a    Compatibilizar os empreendimentos
ampliação dos empreendimentos à infra-estrutura local;
existentes.                      Impedir o aumento da ilha de calor.
8. Estudos para criação de Zonas Delimitar áreas de proteção e de    Curto prazo       PMF
Especiais de Interesse Social - possíveis Zonas Especiais de
ZEIS e de Zonas Especiais de     Interesse Social;
Interesse Ambiental – ZEIA.      Delimitar áreas de proteção e de
                                 possíveis Zonas Especiais de
                                 Interesse Ambiental;
                                 Definir índices urbanísticos
                                 inibidores de especulação
                                 imobiliária.

                                                                                                     102
9. Criação de ZEIS e ZEIA.      Garantir a preservação ambiental e Curto Prazo    PMF
                                impedir a especulação imobiliária.


10. Articulação com órgãos      Minimizar os impactos da poluição Médio prazo      PMF
competentes para a elaboração   nos recursos hídricos e a                        SEMACE
de projeto de saneamento        proliferação de vetores de doenças.
básico.




                                                                                          103
UNIDADE PAISAGEM IV - Trecho 3 – Entre as margens esquerda e direita
do rio Cocó

Cenários de usos desejados para a orla:

    a) Situação Atual




A área apresenta duas condições distintas. Uma à margem esquerda do rio,
onde se encontra uma grande concentração habitacional de baixa renda, com
ocupação densa de barracas na foz do rio Cocó. Outra, à margem direita do rio,
onde a ocupação de barracas de praia torna-se rarefeita. Observam-se na área
loteamentos e arruamentos. Um fato a ser destacado é a potencialização do
processo de ocupação de área de preservação permanente (dunas, lagoas
costeiras e interdunares, manguezal e faixa de praia), através de especulação
imobiliária induzida pela construção da ponte sobre o Rio Cocó em direção à
praia da Sabiaguaba. Durante a elaboração do EIA/RIMA para o licenciamento
da ponte, foram encontrados achados arqueológicos, caracterizados como
artefatos indígenas. Presença de lixo a céu aberto, inclusive no mangue.
Eletrificação irregular e aterro da margem do rio para ampliação de construções
irregulares.




Fotografia 24 - Rio Cocó nas proximidades da     Fotografia 25 - Vista panorâmica do rio Cocó
desembocadura. Verificar a presença de           com a ponte em processo de construção.
vegetação de mangue e as dunas do Parque         Verificar a presença de barracas de praia.
Natural ao fundo (Fonte: Projeto Orla, outubro   Vegetação de mangue e ao fundo, as dunas
de 2005).                                        do Parque Natural (Fonte: Jeovah Meireles,
                                                 setembro de 2004).




                                                                                                104
a)     Situação Tendencial




Há tendência de adensamento das barracas na faixa de praia e de um
crescimento das atividades comercial e residencial. A finalização da ponte sobre
o rio Cocó intensificará o tráfego no local, a especulação imobiliária com riscos
de ocupação de áreas ambientais de preservação permanente (dunas, lagoas
costeiras, praia e manguezal). Haverá início da verticalização e aceleração do
processo de favelização. Ocorrerá degradação ambiental de uma faixa da
planície costeira conservada, afetando sistemas ambientais de fundamental
importância para a diversidade de fauna e flora e as atividades de ecoturismo e
lazer. Ampliação de áreas de risco ocasionada pelo aterro do manguezal e de
construções irregulares.

   b)     Situação Desejada




Ponte sobre o Rio Cocó concluída e vinculada à recuperação do manguezal e
das áreas de proteção e de preservação permanente. Um fato importante a ser
destacado foi a criação da APA de Sabiaguaba e do Parque Natural Municipal
das Dunas de Sabiaguaba, que ocorreu durante a fase final de elaboração do
Plano de Gestão Integrada. Plano de Manejo elaborado e assegurada a
preservação do patrimônio paisagístico e de biodiversidade, das atividades
tradicionais. Área do Parque Natural Municipal sem ocupação urbana. Efetivado
o desaceleramento da ocupação urbana em áreas de preservação permanente.
Fiscalização eficaz e assegurada a obediência da legislação municipal referente
ao uso e ocupação do solo e ao Código de Obras e Posturas, estabelecida a
partir do Plano Diretor por ser uma área de bem de uso comum (Lei 7.661/88 –
Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União).


                                                                                    105
Caracterização dos problemas:

                    TABELA XXXIV - UNIDADE DE PAISAGEM IV - Trecho 3
                      – Entre as margens esquerda e direita do rio Cocó
   Potencialidades          Problemas        Atividades       Efeitos e Impactos    Legislação
                                             Geradoras          Associados ao        Incidente
                                                                   Problema
                        1.Ocupação      Fiscalização          Alteração da         - Lei 7.661/88
                        irregular com   ineficiente;          dinâmica costeira    PNGC
                        barracas e      Criação de grandes (formação de            - Lei 6.938/81
                        residências.    equipamentos          barreira aos         PNMA
                                        turísticos;           sedimentos);         - Lei Municipal
                                        Política Habitacional Degradação           7.061/92
                                        deficiente            paisagística e       PDDU
                                        Especulação           ambiental            - Lei Municipal
                                        imobiliária.          (contaminação dos    7.987/96 Uso
                                                              recursos hídricos    e Ocupação o
                                                              por águas            Solo
                                                              residuárias in       - Lei 6.513/77
                                                              natura);             Regulamenta
                                                              Privatização da      e Incentiva o
Turismo ecológico;                                            faixa de praia;      Turismo
Biodiversidade;                                               Diminuição da        - Decreto
Valor paisagístico;                                           permeabilidade do    Federal
Pesca sustentável;                                            solo.                5.300/04
Esportes náuticos não-                                                             Gestão da
motorizados.                                                                       Orla.

                      2.Degradação      Saneamento básico     Comprometimento      - Lei 7.661/88
                      ambiental,        deficiente;           da balneabilidade;   PNGC
                      principalmente    Ineficiência de       Degradação           - Lei 6.938/81
                      das dunas e do    programas de          paisagística e       PNMA
                      manguezal.        educação ambiental    ambiental            - Lei Municipal
                                        para os               (contaminação dos    7.061/92
                                        freqüentadores,       recursos hídricos    PDDU
                                        moradores e           por águas            - Lei Municipal
                                        barraqueiros;         residuárias in       7.987/96 Uso
                                        Ocupação irregular.   natura;              e Ocupação o
                                                              desequilíbrio no     Solo
                                                              ecossistema          - Decreto
                                                              marinho;             Federal
                                                              desmatamento da      5.300/04
                                                              área de deflação,    Gestão da
                                                              erosão,              Orla;
                                                              desequilíbrio da     - CONAMA
                                                              flora e da fauna);   001 e 303
                                                              Proliferação de      Impactos
                                                              vetores de           Ambientais e
                                                              doenças.             APP




                                                                                                     106
3. Loteamento   Especulação    Degradação             - CONAMA
em área de      imobiliária.   paisagística e         303/02 e
Preservação                    ambiental;             237/87
Permanente                     Risco de diminuição    - Lei 7.661/88
(dunas,                        da permeabilidade      PNGC
manguezal e                    do solo                - Lei 6.938/81
praia).                        (impedimento da        PNMA
                               recarga do aqüífero,   - Lei Municipal
                               aumento do             7.061/92
                               escoamento             PDDU
                               superficial);          - Lei Municipal
                               Risco de               7.987/96 Uso
                               interferência          e Ocupação o
                               negativa no clima da   Solo
                               cidade;                - Lei 10.257/01
                                Desequilíbrio do      Estatuto das
                                ecossistema de        Cidades
                                mangue.               - Decreto
                                                      Federal
                                                      5.300/04
                                                      Gestão da
                                                      Orla.




                                                                        107
Propostas de ação:

                                           TABELA XXXV
                    Problema 1: “Ocupação irregular com barracas e residências”
           Problema 2: “Degradação ambiental principalmente das dunas e manguezal”
              Problema 3: “Loteamento em Área de Preservação Permanente - APP”
                        Linha de ação: Plano de Manejo da APA do rio Cocó.
           Ações e Medidas                       Finalidade         Duração da Responsável
                                                                     Atividade
1. Articulação com Governo do          Desenvolver um Plano        Curto prazo     PMF
Estado.                                Integrado de Gestão da APA                 GRPU
                                       e projeto paisagístico.
2. Retirada das barracas da faixa de Melhorar a qualidade de vida, Médio prazo     PMF
praia e da eletrificação da foz uma    do acesso público e dos                    GRPU
vez que não são permitidas pela        ecossistemas.                             COELCE
legislação pertinente.

3. Articulação das Unidades de      Integralizar as ações do Plano Médio prazo       PMF
Conservação de Uso Sustentável e    de Manejo com as Diretrizes
de Proteção Integral com o Plano    do PDDU.
Diretor.
4. Normatização dos usos            Realizar o Zoneamento         Médio prazo        PMF
compatíveis com a APA.              ambiental integrado;
                                    Disciplinar o uso e a
                                    ocupação do solo.
5. Organização de campanha de       Conscientizar a população     Curto prazo        PMF
educação ambiental.                 sobre as questões                              SEMACE
                                    ambientais.

6. Formação de grupo técnico para   Evitar e solucionar os         Curto prazo       PMF
estudo e diagnóstico da dinâmica    problemas geoambientais;                     Universidades
costeira.                           Evitar a erosão e o
                                    assoreamento dos rios em
                                    áreas subseqüentes.
7. Articulação com órgãos           Minimizar os impactos da       Médio prazo       PMF
competentes para a elaboração de    poluição nos recursos hídricos                 SEMACE
projeto de saneamento básico.       e a proliferação de vetores de
                                    doenças.




                                                                                                 108
2. 5 UNIDADE DE PAISAGEM V – Início da orla marítima da APA
da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) até a foz do Rio
Pacoti (margem esquerda)




Figura 11 - Delimitação das Unidades de Conservação de Proteção Integral e de Uso
Sustentável (Fonte: SEMAM, imagens Quick Bird, 2004 – PMF/SEMAM).

UNIDADE DE PAISAGEM V - TRECHO 1 - – Início da orla marítima da APA
da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) ao limite nordeste do Parque
Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba

Cenários de usos desejados para a orla:

   a) Situação Atual




A área se apresenta com campos de dunas, rochas de praia (beachrocks),
lagoas costeiras e interdunares, terraços marinhos, praia e ecossistema
manguezal. Há ocupação rarefeita de assentamentos habitacionais irregulares,

                                                                                    109
barracas e pousada na faixa de praia. Observa-se tráfego de bugres nas dunas
e retirada de areia de dunas. Neste trecho, foram encontrados artefatos
arqueológicos que não receberam a devida proteção (preservação de sítios
arqueológicos).




Fotografia 26 - Vista panorâmica do trecho    Fotografia 27 - Faixa de praia na margem
da margem direita do rio Cocó, com a          direita do rio Cocó. Presença de barracas de
presença de dunas móveis e fixas em           praia em bancos de areia originados pelo
processo de ocupação. Proximidades do sítio   transporte de sedimentos a partir das
arqueológico sobre sedimentos eólicos         oscilações de maré (Fonte: Projeto Orla,
(Fonte: jeovah Meireles, setembro de 2004).   fevereiro de 2006).

   b) Situação Tendencial




Com a complementação da obra da ponte sobre o rio Cocó, haverá aceleração
da dinâmica urbana, influindo na especulação imobiliária e na ocupação de área
de preservação permanente. A faixa de praia apresentará adensamento de
barracas, expansão da rede hoteleira, do comércio, de prédios residenciais e do
fluxo automobilístico. O desmonte de dunas será ainda mais freqüente e,
conseqüentemente, crescerá o índice de impermeabilização do solo com danos
à qualidade e à quantidade de água no lençol freático. Os prejuízos no
ecossistema de mangue serão a diminuição da diversidade de fauna e flora e
danos às atividades de pesca tradicional. Ocupação desordenada sem projeto
de arruamento.




                                                                                             110
c) Situação Desejada




Unidade de Conservação de Usos Sustentável (APA de Sabiaguaba)
implantadas e orientando as ações de uso e ocupação. Plano de Manejo
elaborado. Fiscalização garantida e eficaz com plena obediência à legislação
municipal de uso e ocupação do solo, ambiental e patrimonial e ao Código de
Obras e Posturas, estabelecida a partir do Plano Diretor por ser uma área de
bem de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 –
Patrimônio da União). Projeto viário de acordo com projeto urbanístico e plano
de manejo da UC.

Caracterização dos problemas:

              TABELA XXXVI - UNIDADE DE PAISAGEM V - TRECHO 1
    Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem sudeste do rio Cocó) ao limite
               nordeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba.

 Potencialidades          Problemas     Fatos Geradores     Efeitos e Impactos         Legislação
                                                              Associados ao             Incidente
                                                                 Problema
Beleza cênica;           1. Uso       Fiscalização        Degradação                 - Lei 7.661/88
Turismo ecológico;       inadequado   ineficiente;        paisagística e ambiental   PNGC
Biodiversidade;          com ocupação Ineficiência de     (contaminação dos          - Lei 6.938/81
Pesca sustentável;       irregular de programas de        recursos hídricos por      PNMA
Esporte náutico sem      barracas e   educação            águas residuárias in       - Lei Municipal
motorização;             residências. ambiental;          natura, danos nos          7.061/92 PDDU
Maricultura (criatório                Planejamento        ecossistemas               - Lei Municipal
de algas e ostras);                   urbano incoerente manguezal, dunas e           7.987/96 Uso e
Uso sustentável dos                   com a vocação       marinho).                  Ocupação o
ecossistemas pelas                    ambiental da área; Danos à micro-fauna;        Solo
comunidades                            Especulação        Privatização da praia;     - Lei 6.513/77
tradicionais.                          imobiliária;       Desmonte de dunas;         Regulamenta e
                                       Ocupações          Ocupação do espaço         Incentiva o
                                       irregulares, tanto público.                   Turismo
                                       comerciais                                    - CONAMA 303
                                       quanto                                        e 237
                                       residenciais.                                 - Decreto
                                                                                     Federal 5.300/04
                                                                                     Gestão da Orla
                                                                                     - Decreto
                                                                                     Municipal
                                                                                     11.986/06 APA
                                                                                     da Sabiaguaba e
                                                                                     Parque Natural
                                                                                     Municipal das
                                                                                     Dunas da
                                                                                     Sabiaguaba.


                                                                                                        111
Propostas de ação:

                                         TABELA XXXVII
        Problema 1: “Uso Inadequado com ocupação irregular de barracas e residências”;
                                Linha de ação: Plano de manejo
        Ações e Medidas                      Finalidade            Duração da Responsável
                                                                    Atividade
 1. Formação de grupo técnico Evitar e solucionar os problemas     Curto Prazo     PMF
 para pesquisa e diagnóstico   geoambientais;
 da área de modo a efetivar o Evitar a erosão e o assoreamento
 plano de manejo.              do rio Cocó em áreas adjacentes;
                               Evitar déficit de areia na Praia do
                               Futuro e o incremento de processos
                               erosivos;
                               Analisar e diagnosticar a dinâmica
                               costeira;
                               Promover a caracterização das
                               comunidades tradicionais e do uso
                               sustentável dos recursos naturais.
 2. Retirada das barracas da   Melhorar a qualidade de vida, de    Curto prazo     PMF
 faixa de praia uma vez que    acesso público e dos ecossistemas.                 GRPU
 não são permitidas pela
 legislação pertinente.
 3. Articulação das Unidades   Integralizar as ações do Plano de   Curto prazo     PMF
 de Uso Sustentável e de       Manejo com as Diretrizes do PDDU;
 Proteção Integral com o Plano Estruturar um mosaico entre as
 Diretor.                      unidades de conservação.
 4. Elaboração de Plano        Promover o Zoneamento ambiental Médio prazo         PMF
 Urbanístico compatível com a integrado;
 Unidade de Conservação.       Disciplinar o uso e a ocupação do
                               solo;
                               Relacionar as ações com as demais
                               unidades de usos sustentáveis e de
                               proteção integral.
 5. Implantação do Plano       Promover o Zoneamento ambiental Longo prazo         PMF
 Urbanístico.                  integrado;
                               Disciplinar o uso e a ocupação do
                               solo de acordo com as
                               potencialidades e limitações sócio-
                               ambientais.
 6. Educação ambiental.        Divulgar as ações e medidas do      Curto prazo     PMF
                               Plano de Gestão Integrada da Orla
                               e conscientizar a população quanto
                               às questões ambientais.
7. Articulação com órgãos      Minimizar os impactos da poluição Médio prazo       PMF
competentes para a elaboração nos recursos hídricos e a                         SEMACE
de projeto de saneamento       proliferação de vetores de doenças.
básico.




                                                                                            112
UNIDADE PAISAGEM V - TRECHO 2 - – Parque Natural Municipal das
Dunas de Sabiaguaba.
Trecho prioritário.

Cenários de usos desejados para a orla:

a) Situação Atual




A área apresenta as seguintes unidades de conservação: Parque Natural
Municipal das Dunas de Sabiaguaba e Área de Proteção Ambiental de
Sabiaguaba. Caracteriza-se por um complexo costeiro conservado, com poucas
intervenções urbanísticas. O trecho, de excelente potencial aqüífero
subterrâneo e fauna e flora resistentes, abriga o principal campo de dunas fixas
e móveis da cidade, apresentando ainda dunas semifixas. Verificam-se
problemas ambientais promovidos pelo tráfego de veículos de tração (off road) e
bugues, loteamentos inadequados e pela mineração clandestina e irregular em
dunas móveis e fixas.




Fotografia 28 - Dunas moveis pertencentes à   Fotografia 29 - Vista panorâmica de parte do
Unidade de Conservação de Proteção            Parque Natural Municipal das Dunas de
Integral Parque Natural Municipal das Dunas   Sabiaguaba (Fonte: SEMAM, janeiro de
de Sabiaguaba (Fonte: SEMAM, janeiro de       2006).
2006).




                                                                                             113
b) Situação Tendencial




Com a instituição do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba, será
inviabilizada a especulação imobiliária em áreas de preservação permanente
(dunas fixas e móveis, lagoas interdunares e costeiras e a praia) que poderia
ser induzida com a construção da ponte sobre o rio Cocó. Haverá acesso ao
parque para atividades de educação ambiental e pesquisa, sem impactos de
veículos. O adensamento das barracas na faixa de praia em áreas de
preservação ambiental será impedido. A população terá livre acesso à faixa de
praia com baixa intervenção antrópica (sistema ambiental conservado)
conforme orienta o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC – Lei
9.985/2000). Será constituído o Comitê Gestor do Parque e elaborado o plano
de manejo. Haverá controle do processo de expansão, de forma sustentável, da
rede hoteleira e de pousadas no entorno (APA de Sabiaguaba). O desmonte de
dunas (mineração) será proibido, impedindo a diminuição da reserva de água no
subsolo e a extinção de setores de dunas móveis e fixas.

   c) Situação Desejada




Comitês Gestores do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e da
APA de Sabiaguaba efetivados. Qualidade ambiental (paisagística e ambiental)
melhorada com a preservação continuada das dunas, lagoas e a faixa de orla.
Fiscalização eficiente com obediência à legislação municipal de uso e ocupação
do solo, ambiental e patrimonial e ao Código de Obras e Posturas garantidas.

                                                                                 114
Plano de manejo do Parque Natural Municipal implantado. Orla disciplinada.
Local com atividades de prática de ecoturismo e lazer.

Caracterização dos problemas:

               TABELA XXXVIII - UNIDADE PAISAGEM V - TRECHO 2
                Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba
 Potencialidades         Problemas          Atividades         Efeitos e Impactos    Legislação
                                            Geradoras            Associados ao        Incidente
                                                                    Problema
                       1. Trânsito de      Esportes          Degradação ambiental   - CONAMA
                       veículos de         radicais, turismo de dunas fixas,        341/03, 303/02 e
                       tração (off road) e de aventura.      semifixas, móveis e    237/97
                       bugues.                               lagoas costeiras;      - Lei Federal
                                                             Risco de degradação    9.985/2000
                                                             paisagística.          SNUC
                                                                                    - Lei 7.661/88
Beleza cênica;                                                                      PNGC
Turismo ecológico;                                                                  - Lei 6.938/81
Biodiversidade;                                                                     PNMA
Pesca sustentável;                                                                  - Lei Municipal
Pesquisa científica;                                                                7.061/92 PDDU
Esporte náutico não                                                                 - Lei Municipal
motorizado;                                                                         7.987/96 Uso e
Preservação de                                                                      Ocupação o
ecossistemas                                                                        Solo
costeiros.                                                                          - Lei 10.257/01
                                                                                    Estatuto das
                                                                                    Cidades
                                                                                    - Decreto
                                                                                    Federal 5.300/04
                                                                                    Gestão da Orla
                                                                                    - Decreto
                                                                                    Municipal
                                                                                    11.986/06 APA
                                                                                    da Sabiaguaba e
                                                                                    Parque Natural
                                                                                    Municipal das




                                                                                                       115
2. Loteamentos   Especulação      Degradação dos           - Lei 7.661/88
                   irregulares.     imobiliária.     ecossistemas locais;     PNGC
                                                     Desmatamento de          - Lei 6.938/81
                                                     dunas fixas, móveis e    PNMA
                                                     alterações               - Lei Municipal
                                                     morfológicas.            7.061/92 PDDU
                                                                              - Lei Municipal
                                                                              7.987/96 Uso e
                                                                              Ocupação o
                                                                              Solo
                                                                              - Lei 10.257/01
                                                                              Estatuto das
                                                                              Cidades
                                                                              - Lei Federal
                                                                              9.985/2000
                                                                              SNUC
                                                                              - Decreto
                                                                              Federal 5.300/04
                                                                              Gestão da Orla
                                                                              - Decreto
                                                                              Municipal
                                                                              11.986/06 APA
                                                                              da Sabiaguaba e
                                                                              Parque Natural
                                                                              Municipal das
                   3. Extração      Demanda da        Degradação dos          - CONAMA
                   Mineral.         construção civil. ecossistemas locais;    341/03, 303/02 e
                                                      Desmatamento de         237/97
                                                      dunas fixas, móveis e   - Lei Federal
                                                      alterações              9.985/2000
                                                      morfológicas.           SNUC
                                                                              - Decreto-Lei
                                                                              227/67 Código
                                                                              de Mineração
                                                                              - Decreto
                                                                              Municipal
                                                                              11.986/06 APA
                                                                              da Sabiaguaba e
                                                                              Parque Natural
                                                                              Municipal das
                                                                              Dunas da
                                                                              Sabiaguaba.




 Propostas de ação:
                                          TABELA XXXIX
                          Problema 1: “Transito de veículos de tração”;
                            Problema 2: “Loteamentos irregulares”;
                                 Problema 3: “Extração Mineral”
                                 Linha de ação: Plano de Manejo
      Ações e Medidas                        Finalidade             Duração da Responsável
                                                                     Atividade
                              Evitar e solucionar os problemas      Curto Prazo
1. Formação de grupo técnico geoambientais;                                        PMF
para pesquisa e diagnóstico Evitar a implantação de obras de
da área para fundamentar o engenharia costeira para o
plano de manejo.              engordamento da praia;
                              Evitar a erosão e o assoreamento dos
                              rios e áreas adjacentes;
                              Promover análise e diagnóstico da

                                                                                                 116
dinâmica costeira.
2. Articulação das Unidades     Integralizar as ações do Plano de          Curto prazo    PMF
de Uso Sustentável e de         Manejo com as Diretrizes do PDDU;
Proteção Integral com o Plano   Promover processo de formação e
Diretor.                        efetivação dos Comitês Gestores e
                                integração com o Comitê do plano
                                Diretor.
3.Levantamento fundiário.       Identificar os proprietários de terrenos   Curto prazo    PMF
                                localizados na área do Parque.                           GRPU
4. Desapropriação.              Garantir a preservação dos sistemas        Médio prazo    PMF
                                ambientais de relevante interesse                        GRPU
                                sócio-ambiental do Parque Natural
                                Municipal das Dunas de Sabiaguaba.
5. Recuperação de áreas         Evitar o agravamento da degradação         Médio prazo    PMF
degradadas pela mineração. ocasionada pela mineração.
6.Definição dos acessos ao      Regulamentar a utilização de veículos      Médio prazo    PMF
Parque e de infra-estrutura de de fiscalização em áreas específicas;
visitação.                      Estabelecer locais para a instalação de
                                equipamentos de apoio ao Parque.
7. Sinalizar a faixa de praia e Definir as áreas adequadas para            Curto prazo    PMF
o Parque.                       atividades de ecoturismo;
                                Prevenir acidentes;
                                Evitar poluição e degradação
                                ambiental.
8. Educação ambiental.          Conscientizar a população quanto às        Curto prazo    PMF
                                questões ambientais.
9. Articulação com órgãos       Minimizar os impactos da poluição nos      Médio prazo     PMF
competentes para a              recursos hídricos e a proliferação de                    SEMACE
elaboração de projeto de        vetores de doenças.
saneamento básico.




                                                                                                  117
UNIDADE PAISAGEM V – TRECHO 3 - Do limite sudeste do Parque Natural
Municipal das Dunas de Sabiaguaba à margem esquerda do rio Pacoti.


Cenários de usos desejados para a orla:

   a) Situação Atual:




A área pertence à Unidade de Conservação de Uso Sustentável - APA de
Sabiaguaba, criada através do Decreto Municipal n° 11.986/06. A morfologia
natural da margem esquerda do rio Pacoti está alterada (topografia e fisionomia
da desembocadura) por obras de aterramento e construção civil (ainda se pode
observar material de aterro aflorando no local). Em parte do trecho (nas
proximidades do rio Pacoti), o acesso é possível apenas pela COFECO (Colônia
de Férias da Coelce), utilizando a linha de praia ou o próprio rio, o que
caracteriza a obstrução do acesso à faixa de praia devido a privatização do
espaço publico. A faixa de praia, as dunas e lagoas costeiras apresentam-se
ocupadas por residências e são recortadas por vias de acesso. Verifica-se o
desmatamento de resquícios de mata fixadora de dunas. O local é utilizado para
banho, prática de esportes náuticos, pesca artesanal e lazer.

                                            Fotografia 30 - Trecho nas proximidades
                                            da desembocadura do rio Pacoti.
                                            Presença de bancos de areia e dunas
                                            fixas e móveis (Fonte: Projeto Orla, janeiro
                                            de 2006).




                                                                                           118
b) Situação Tendencial




Adensamento populacional na Área de Preservação Permanente. Indução do
processo de especulação imobiliária com a conclusão da ponte sobre o rio
Cocó. Com a venda da COFECO, poderá surgir um grande empreendimento
privatizando a praia e desmatando a vegetação de mangue da margem
esquerda do rio. Haverá aumento do número de barracas na faixa de praia, da
degradação ambiental (assoreamento do Rio, poluição do aqüífero, poluição
atmosférica, emissão de gases nocivos), da impermeabilização do solo com
danos à qualidade e à quantidade de água armazenada no subsolo. O micro-
clima sofrerá alterações e haverá danos sócio-ambientais relacionados com a
diminuição da biodiversidade local.


   c) Situação Desejada




Zoneamento ambiental elaborado para o trecho em função dos frágeis
ecossistemas existentes. Projetos de infra-estrutura em operação para apoio à
Unidade de Conservação criada e de acordo com o Plano de Manejo elaborado.
Retirada das barracas de praia da faixa de praia uma vez que não são
permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Arborização pública
satisfatória e de acordo com a legislação municipal referente ao uso e ocupação
do solo e ao Código de Obras e Posturas, estabelecida a partir do Plano Diretor.
Plena aplicação das legislações ambiental, federal e estadual existentes.
Garantido o livre acesso à praia, de acordo com a Lei 7661/88 art. 10.
Implementada da APA do Rio Pacoti de acordo com o Plano de Manejo
elaborado.
                                                                                   119
Caracterização dos problemas:

             TABELA XL - UNIDADE PAISAGEM V – TRECHO 3
 Do limite sudeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba à
                      margem esquerda do rio Pacoti
 Potencialidades       Problemas         Atividades     Efeitos e Impactos        Legislação
                                         Geradoras        Associados ao            Incidente
                                                             Problema
Beleza cênica;        1. Uso       Fiscalização       Degradação               - Lei 7.661/88
Turismo ecológico;    inadequado   ineficiente;       paisagística e ambiental PNGC
Biodiversidade;       com ocupação Carência de        (contaminação dos        - Lei 6.938/81
Pesca sustentável;    irregular de programas de       recursos hídricos por PNMA
Esporte náutico sem   barracas e   educação           águas residuárias in     - Lei 7.061/92
motorização;          residências. ambiental;         natura, desequilíbrio no PDDU
Uso sustentável dos                Planejamento       ecossistema marinho, - Lei 7.987/96
ecossistemas pelas                 urbano incoerente danos à micro-fauna); Uso e Ocupação
comunidades                        com a vocação      Privatização da praia; o Solo
tradicionais.                      ambiental da área. Desmonte de dunas;       - Lei 10.257/01
                                   Especulação        Ocupação do espaço Estatuto das
                                   imobiliária;       público.                 Cidades
                                   Ocupações                                   - Lei 6.513/77
                                   irregulares, tanto                          Regulamenta e
                                   comerciais quanto                           Incentiva o
                                   residenciais.                               Turismo
                                                                               - CONAMA 303 e
                                                                               237
                                                                               - Decreto Federal
                                                                               5.300/04 Gestão
                                                                               da Orla
                                                                               - Decreto
                                                                               Municipal
                                                                               11.986/06 APA
                                                                               da Sabiaguaba e
                                                                               Parque Natural
                                                                               Municipal das
                                                                               Dunas da
                                                                               Sabiaguaba.




                                                                                                   120
Propostas de ação:

                                            TABELA XLI
       Problema 1: “Uso Inadequado com ocupação irregular de barracas e residências”;
                                  Linha de ação: Plano de manejo
          Ações e Medidas                        Finalidade        Duração da Responsável
                                                                    Atividade
                                       Evitar e solucionar os      Curto Prazo
  1. Formação de grupo técnico para problemas geoambientais;                      PMF
  pesquisa e diagnóstico da área, de Evitar o engordamento da
  modo a fundamentar a elaboração      praia;
  do Plano de Manejo.                  Evitar a erosão e o
                                       assoreamento dos rios em
                                       áreas subseqüentes;
                                       Analisar e diagnosticar a
                                       dinâmica costeira.
2. Convênio de cooperação técnica      Retirar as ocupações da foz Curto prazo    PMF
entre os municípios de Fortaleza e     do rio Pacoti;                            GRPU
Aquiraz.                               Ordenar o uso na foz do Rio
                                       Pacoti.
3. Retirada das barracas e             Melhoria da qualidade de    Curto prazo    PMF
residências da faixa de praia uma vez vida, de acesso da população               GRPU
que não são permitidas pela            e dos ecossistemas.
legislação pertinente.

4. Articulação das Unidades de Uso     Integralizar as ações do Plano   Curto prazo    PMF
Sustentável e de Proteção Integral     de Manejo com as Diretrizes
com o Plano Diretor.                   do PDDU.
5. Elaboração de Plano Urbanístico     Promover zoneamento              Médio prazo    PMF
compatível com a Unidade de            ambiental integrado;
Conservação.                           Disciplinar o uso e a
                                       ocupação do solo.;
                                       Induzir a instalação de
                                       equipamentos relacionados
                                       com a vocação da área.
6. Implantação do Plano Urbanístico.   Promover zoneamento              Longo prazo    PMF
                                       ambiental integrado;
                                       Disciplinar o uso e a
                                       ocupação do solo.
7. Educação ambiental                  Conscientizar a população        Curto prazo    PMF
                                       quanto às questões
                                       ambientais.
8. Articulação com órgãos              Minimizar os impactos da         Médio prazo     PMF
competentes para a elaboração de       poluição nos recursos hídricos                 SEMACE
projeto de saneamento básico.          e a proliferação de vetores de
                                       doenças.




                                                                                               121
3. FORMAS DE LEGITIMAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO

      Com o objetivo de garantir a transparência e a inserção das demandas
da sociedade nas decisões do Projeto de Gestão Integrada da Orla, o município
de Fortaleza, através do Gabinete da Prefeita, realizará uma ampla divulgação
de modo a mobilizar a sociedade civil para participação das consultas públicas e
Audiência Geral.

      Para uma ampla participação da sociedade, o Projeto Orla, ainda em
uma fase de elaboração, foi apresentado em 3 audiências intermediárias. A
Tabela XLII mostra o local, data e número de propostas apresentadas, a
quantidade de participantes e as entidades representativas que comparecerem.

                               TABELA XLII
                  CONSULTAS PUBLICAS INTERMEDIÁRIAS SER`s
  Secretaria/Local/Data        No de       No de Entidade     No de Propostas
                           Participantes   da Sociedade        Apresentadas
                                                Civil
           SER I                342              74                37
 Complexo de Cidadania
 João Marçal de Mesquita
  (15 de março de 2006)
         (18:00h)
          SER II                104              39                35
 Escola Manuel Torres de
           Melo
  (16 de março de 2006)
         (18:00h)
          SER VI                140              36                 8
Escola Moacir Jerônimo do
          Carmo
  (17 de março de 2006)
         (18:00h)
          TOTAL                 586             147                80


       As audiências intermediárias foram coordenadas pelo Gabinete da
Prefeita, com ações de mobilização social (convocação através dos jornais de
grande circulação, folderes, internet e convites às associações comunitárias e
escolas). Durante cada uma das audiências intermediárias procedeu-se a
inscrição dos participantes e das entidades. Seguiu-se com a apresentação do
Projeto Orla, detalhando suas bases conceituais, objetivos, procedimentos
técnicos e metas. Foram apresentadas todas as unidades de paisagem,
detalhado os trechos referentes a cada uma das SER’s. Foram acompanhadas
pela equipe de sistematização do Plano, de modo a informar à assembléia, os
procedimentos metodológicos e os resultados alcançados durante as duas
oficinas, as mais de 40 reuniões e 20 visitas técnicas de campo realizadas para
a elaboração do diagnóstico e o Plano de Gestão Integrada da Orla. Evidenciou-
se também a necessidade da formação do Comitê Gestor, detalhando suas
funções, seu caráter paritário e com ampla representatividade.

       Após as intervenções dos expositores, a sociedade civil foi estimulada a
contribuir com análises dos diversos cenários de uso desejado para a orla.
Todas as intervenções foram registradas e posteriormente analisadas e as
                                                                                   122
relacionadas como compatíveis         com   os   objetivos   do   projeto,   foram
contempladas em linhas de ação.

        Com a sistematização das propostas apresentadas pela ampla
participação da sociedade civil, o Plano de Gestão Integrada da Orla foi
submetido à equipe técnica, para correções e ajustes metodológicos.

3.1 – Mecanismos de envolvimento da sociedade e de mobilização
integrada

      A publicação das datas e locais das consultas públicas no Diário Oficial
do Município e em jornais de grande circulação proporcionou a participação da
sociedade no processo de discussão do Plano de Gestão Integrada da Orla nas
audiências intermediárias à audiência geral.

        Para a continuidade do processo de envolvimento das comunidades e a
legitimação das propostas do Projeto na audiência geral, serão utilizados
diversos canais de comunicação: ampla divulgação e debates nos meios de
comunicação local, nos jornais de grande circulação e na internet (página da
internet oficial da Prefeitura www.fortaleza.gov.br). Serão elaborados panfletos
informativos, com o local e horário da audiência de legitimação em escolas e
nas repartições públicas. Serão disponibilizadas cópias impressas e em meio
digital do projeto nas diversas instituições participantes da equipe de elaboração
do Projeto e as demais entidades poderão acessar pela internet ou solicitar
cópias impressas. Serão também divulgadas informações impressas com a
síntese dos objetivos do Projeto Orla, a metodologia aplicada e os principais
resultados alcançados (durante as oficinas, trabalhos de sistematização e
audiências intermediárias) e, como a sociedade civil poderá efetivamente
participar das discussões durante a audiência geral.

       As associações comunitárias e ONG’s que efetivamente participaram das
oficinas e trabalhos de campo durante a elaboração do Plano de Gestão
Integrada da Orla, serão mobilizadas e assumirão responsabilidades quanto a
mobilização dos atores envolvidos.

      Nos trechos prioritários definidos no Plano de Gestão Integrada da Orla,
a mobilização comunitária deverá ser realizada de modo a proporcionar uma
ampla participação dos envolvidos em cada uma das Unidades de Paisagem e
em seus respectivos trechos.

      A audiência pública de legitimação, que ocorrerá no Plenário da Câmara
de Vereadores, será conduzida de modo a apresentar na íntegra o Plano de
Gestão Integrada da Orla, evidenciando a responsabilidade dos diferentes
segmentos das esferas federal, estadual e municipal, com os objetivos
estabelecidos e as propostas de ação definidas. Desta forma, o Plano
certamente expressará um consenso local, por um compromisso com padrões
de qualidade socioambiental, cultural e econômico que se almeja para a orla do
município.

      Para a mobilização da sociedade civil para a participação da audiência
de legitimação, serão utilizados os mesmos instrumentos de divulgação e
informação empregados para as audiências intermediárias.

                                                                                     123
3.2 – Formação do Comitê Gestor da Orla

       O envolvimento da sociedade civil na elaboração, implementação e
monitoramento do Plano de Gestão Integrada da Orla se complementará na
formação do Comitê Gestor da Orla. Será integrado com os órgãos executores,
co-executores e parceiros. Terá por base as Associações e Organizações
diretamente ligadas aos problemas da Orla, além de representantes dos órgãos
públicos municipais envolvidos com a questão. A composição proposta para
esse Comitê é a que segue:

        O Comitê Gestor Municipal do Projeto Orla Fortaleza terá composição
paritária entre órgãos públicos municipais e a Sociedade Civil.

       As vagas destinadas ao Poder Público Municipal serão ocupadas por 01
(um) representante e respectivo suplente dos seguintes órgãos:

I - Gabinete da Prefeita

II – Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza – HABITAFOR

III – Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano – SEMAM

IV – Secretaria de Infra-Estrutura – SEINF

V – Secretaria de Planejamento – SEPLA

VI – Secretaria Executiva Regional - I

VII – Secretaria Executiva Regional - II

VIII – Secretaria Executiva Regional - VI

IX – Fundação de Cultura, Esporte e Turismo de Fortaleza - FUNCET

      Os representantes dos órgãos citados serão indicados pelo Secretário ou
Presidente cuja pasta estejam vinculados.

       As vagas destinadas aos representantes da Sociedade Civil serão em
número de 09 (nove), devendo ser escolhidos durante a audiência geral que será
realizada na Câmara Municipal.

       Os representantes que compõem o Comitê Gestor do Projeto Orla
Fortaleza terão mandato de 02 (dois) anos, renováveis por mais 02 (dois) anos,
permitida a recondução.

      O Órgão Estadual do Meio Ambiente (Superintendência Estadual de Meio
Ambiente vinculada a Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente) e a
Gerência Regional do Patrimônio da União comporão o Comitê Gestor do Projeto
Orla Fortaleza, ocupando uma vaga cada um.



                                                                                 124
Nas reuniões deliberativas, os órgãos componentes do Comitê Gestor
terão direito a voto.

      O Comitê Gestor Municipal do Projeto Orla Fortaleza terá como atribuições:

       •   Divulgar o Projeto de Gestão Integrada da Orla de Fortaleza;

       •   Disponibilizar na internet e na sede do comitê as atas e deliberação
           das reuniões;

       •   Integrar-se com o PDDU em suas etapas de discussão e de
           encaminhamento das ações de diagnóstico e efetivação de
           programas, projetos paisagísticos e medidas de melhoria da qualidade
           sócio-ambiental da orla marítima;

       •   Discutir os problemas e conjunto de ações adequadas relativamente à
           orla do Município;

       •   Estabelecer as prioridades de intervenção;

       •   Acompanhar a elaboração de estudos e projetos executivos;

       •   Legitimar junto à população as ações do Plano de Gestão Integrada
           por meio de audiências públicas, reuniões, seminários e capacitações;

       •   Mobilizar as comunidades envolvidas;

       •   Articular as políticas públicas desenvolvidas no contexto da orla;

       •   Acompanhar a implantação do Plano de Gestão Integrada da Orla, a
           partir dos relatórios elaborados pela Coordenação Municipal do
           Projeto;

       •   Monitorar, fiscalizar e avaliar as ações executivas desenvolvidas;

       •   Revisar o Plano de Gestão Integrada da Orla.


       O Comitê Gestor encaminhara todas as atribuições, diretrizes e
estratégias do Plano de Gestão Integrada com ampla participação dos entes
federados e da sociedade civil organizada e de acordo com a legislação
pertinente.

3.3 Estratégias de implantação do Plano de Gestão Integrada

        Com a aprovação do Plano de Gestão Integrada e de acordo com as
orientações do Manual Projeto Orla – Guia de Implementação, caberá ao
Comitê Gestor a elaboração de uma agenda imediata, apresentando as ações
priorizadas, cronograma e previsão de recursos financeiros disponíveis e/ou
necessários.



                                                                                   125
O Comitê Gestor da Orla, juntamente com a Comissão Técnica Estadual
encaminhará ações relacionadas com:

   •   Envolvimento dos demais órgãos federais, estaduais e municipais para
       efetivamente participar dos diferentes processos de mobilização e
       discussão das ações a serem implementadas pelo Plano de Gestão
       Integrada da Orla;

   •   Possibilitar o conhecimento metodológico e resultados alcançados no
       Plano de Gestão Integrada da Orla para os demais Conselhos e Comitês
       existentes nas diversas instâncias governamentais e não governamentais;

   •   Participação efetiva, como membro permanente, do Conselho do Plano
       Diretor da Cidade de Fortaleza;

   •   Através do Gabinete da Prefeitura, amplamente articulado com o Comitê
       Gestor da Orla e a sociedade civil, efetivarem campanhas públicas sobre a
       importância da orla e de divulgação das linhas de ação e metas
       estabelecidas.

   •   Elaborar o regimento do Comitê Gestor com a participação da sociedade
       civil, durante as audiências públicas programadas.

       Além das formas de legitimação mencionadas acima, para as áreas
caracterizadas como prioritária, as estratégias de implantação do Plano foram
cuidadosamente definidas e constaram inicialmente da divulgação do Plano de
Gestão Integrada e a continuidade do processo de discussão das potencialidades
sócio-ambientais, dos problemas definidos, atividades geradoras e impactos
associados. Com a caracterização dos problemas e diagnósticos elaborados de
forma participativa, será apresentada na audiência de legitimação as linhas de
ação com seus respectivos cronogramas e responsáveis pelo encaminhamento
dos procedimentos definidos.

      Para os     trechos   prioritários   serão   desencadeados   os   seguintes
procedimentos:

        •   Assinatura do convênio com o SPU;

        •   Mobilização da comunidade para participação de audiências públicas;

        •   Regularização fundiária;

        •   Elaboração dos Projetos executivos e licitação dos projetos
            paisagísticos elaborados;

        •   Assessoramento das famílias carentes dos trechos a serem
            submetidos à regularização fundiária, por parte dos órgãos de ação
            social da Prefeitura;

        •   Campanha de educação ambiental enfocando o desenvolvimento
            cultural e lazer para a comunidade, a melhoria da qualidade sócio-
            ambiental da orla e a reestruturação paisagística;
                                                                                    126
•   Com as ações já devidamente implantadas, seguindo às
            sugestões/orientações do Plano de Gestão Integrada da Orla e do
            Sistema nacional de Unidades de Conservação (SNUC) onde foram
            criadas as UC’s de Proteção Integral e de Uso Sustentável, dá dar
            continuidade com a elaboração e implantação dos planos de manejo
            previstos;

        •   Realização de Seminários para divulgação, discussão e captação de
            recursos para a elaboração e implantação dos Planos de Manejo das
            Unidades de Conservação (UC’s) implantadas;

        •   Licitação do projeto paisagístico levando em conta as UC’s.


3.4 Alternativas de articulação política

      Além de legitimação do Plano de Gestão Integrada da Orla e dos
mecanismos de envolvimento na implementação de suas ações, é de
fundamental importância a participação dos agentes governamentais (municipal,
estadual e federal) na compatibilização das políticas públicas incidentes na orla.


   TABELA XLIII – Instituições envolvidas, competências, atribuições e
         responsabilidades no processo de articulação política.
INSTITUIÇÃO      COMPETÊNCIA        ATRIBUIÇÃO E RESPONSABILIDADE
                                            - Levantar        e   Cadastrar     os    imóveis
                                             irregulares;
                                            - Promover a regularização Fundiária;
                                            - Elaborar        e   executar     projetos   de
 PREFEITURA             Municipal
                                             requalificação da orla;
  MUNICIPAL
                                            - Zonear o uso e ocupação de solo na faixa
                                             de orla;
                                            - Articular com outros atores.
                                            - Legislativo (criar, revisar e atualizar
                                             mecanismos legais);
 CÂMARA DOS             Municipal
                                            - Acompanhar e fiscalizar ações do poder
 VEREADORES
                                             municipal.
                                            - Subsidiar tecnicamente a criação, revisão
                                             e atualização de instrumentos normativos;
                                            - Aplicar os mecanismos legais;
                        Estadual
   SEMACE                                   - Fiscalizar os mecanismos legais;
                                            - Implementar         ações     de     Educação
                                             Ambiental.
                                           - Capacitar micro e pequenos empresários
   SEBRAE                Federal
                                            locais.
                                           -      Subsidiar tecnicamente a criação, revisão
                                             e atualização de instrumentos normativos;
                                           -      Realizar estudos e pesquisas;
                         Federal           -      Aplicar os mecanismos legais;
                                           -      Fiscalizar os mecanismos legais;
    IBAMA
                                           -      Implementar ações de Educação
                                             Ambiental.
                                           -      Apoiar ações para regularização fundiária
                                           -      Programar e aplicar os mecanismos legais
     GRPU                Federal           -      Promover a celebração de Termo de
                                             Convênio
                                           -      Adotar as providências necessárias à

                                                                                                127
regularidade dominial dos bens da união;
                                      -       Administrar o patrimônio imobiliário da
                                          União e zelar por sua conservação;
                                      -       Lavrar, com força de escritura pública, os
                                          contratos de aquisição, alienação, locação,
                                          arrendamento, aforamento, cessão e demais
                                          atos relativos a imóveis da união e
                                          providenciar os registros e as averbações
                                          junto aos cartórios competentes;
                                      -       Promover a alienação dos imóveis da
                                          União não utilizados em serviço público,
                                          segundo regime estabelecido na legislação
                                          vigente;
                                      -       Formular políticas de cadastramento de
                                          imóveis da União, elaborando sua planta de
                                          valores genéricos.
                                      -       Fiscalizar a aplicação de mecanismos
 MP (Ministério                           legais.
   Público)                           -       Fiscalizar as ações dos diversos órgãos
                                          envolvidos.



Base institucional local para as ações previstas

        •   Gabinete da Prefeita
        •   Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano – SEMAM
        •   Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza –
            HABITAFOR
        •   Secretaria de Infra-estrutura SEINF
        •   Secretaria de Planejamento – SEPLA
        •   Secretaria Executiva Regional – SER – I
        •   Secretaria Executiva Regional – SER – II
        •   Secretaria Executiva Regional – SER – VI
        •   Fundação de Cultura, Esporte e Turismo de Fortaleza - FUNCET




                                                                                           128
4. ESTRATÉGIAS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO.
           O Plano de Gestão Integrada da Orla deve ter o desenvolvimento de seus
     produtos e os resultados por eles alcançados acompanhados e avaliados pelo
     Comitê Gestor sistematicamente através de:

                 − Reuniões periódicas;
                 − Fóruns com a participação da sociedade;
                 − Relatórios de acompanhamento e avaliação;
                 − Cronograma para a revisão do plano.




             TABELA XLIV - Estratégias de Acompanhamento e Avaliação
                      UNIDADES/                            SISTEMA DE      ROTINA
  LINHAS DE AÇÃO      TRECHOS         INDICADORES          COLETA DE      TEMPORAL    RESPONSÁVEL
                                                             DADOS

1.Recuperação         Unidade I,    Projeto elaborado;    Observação e
ambiental.            Trecho 1;     Extensão de área      levantamento
                      Unidade II,   verde recuperada;     no local;                       PMF
                      Trecho 1;     Ecossistemas          Informações da Trimestral
                      Unidade II,   preexistentes         SEINF,
                      Trecho 2.     recompostos;          SEMAM e SER
                                    Extensão da rede      I;
                                    pública de            Informações da
                                    saneamento;           CAGECE;
                                    Análise da            Informações da
                                    qualidade da água;    SEMACE.
                                    Análise comparativa
                                    das situações
                                    observadas ao
                                    longo do tempo.
2. Programar e        Unidade I,    Equipamentos          Informações da Semestral        PMF
implantar espaços     Trecho 2.     implantados.          SEINF e
públicos destinados                                       FUNCET
ao desenvolvimento
da cultura, arte e
lazer.
3. Ordenamento da     Unidade I,    Número de              Observação e Bimestral         PMF
ocupação.             Trecho 2;     edificações           levantamento
                      Unidade II,   realocadas;           no local;
                      Trecho 1;     Área da praia         Informações da
                      Unidade II,   recuperada.           SEINF, SER I e
                      Trecho 2;                           SER II.
                      Unidade II,
                      Trecho 4.
4. Recuperação da     Unidade I,    Número de famílias     Observação e Semestral         PMF
duna da Barra do      Trecho 2.     retiradas;            levantamento
Ceará.                              Implantação do        no local;
                                    projeto de            Informações da
                                    contenção;            SEINF, SER I,
                                    Urbanização do        SEMAM e
                                    entorno da duna.      HABITAFOR
5. Extensão da rede   Unidade I,    Projeto Sanear,       Informações da Semestral        PMF

                                                                                                    129
pública de              Trecho 2.     número de famílias       CAGECE e
saneamento.                           beneficiadas;            PMF.
                                      Evolução da rede
                                      de saneamento.
6. Regularização        Unidade I,    Projeto elaborado         Observação e Semestral     PMF
Fundiária.              Trechos 2 e Número de títulos          levantamento
                        3; Unidade entregue;                   no local;
                        II, Trecho 3; Urbanização da           Informações da
                        Unidade III, área.                     SEINF e
                        Trecho 4.                              HABITAFOR.
7. Revisão da           Unidade I,    Articulação com o        Levantamento Semestral      PMF
implantação do          Trecho 3.     Governo do Estado;       de dados em
projeto Avenida                       Celebração de            atividades de
Costa-Oeste.                          termos de ajustes        campo;
                                      de condutas;             Informações da
                                      Projeto revisado.        SEMACE,
                                                               SEINF e
                                                               SEMAM.
8. Estudo para          Unidade II,      Estudo elaborado;     Informações    Semestral    PMF
regularização           Trecho 1.        Projeto finalizado.   da
fundiária do                                                   HABITAFOR.
assentamento
subnormal Moura
Brasil.
9. Retirada das        Unidades I, Número de                   Informações    Trimestral    PMF
barracas de praia em   II, III, IV e V
                                   edificações                 da SEINF,                   GRPU
faixa de praia.        nos seus    realocadas;.                SEMAM e
                       respectivos Área da praia               SER II.
                       trechos.    recuperada.
10. Estudos e projetos Toda a Orla,Artigos científicos e       Informações da Semestral    PMF
integrados para o      com         relatórios técnicos;        equipe técnica
controle da erosão     destaque na Diagnóstico do              especializada.
costeira.              Unidade II, local;
                       Trecho 3.   Projetos
                                   específicos.
11.Requalificação e   Unidade II, Projeto elaborado.           Informações da Semestral    PMF
recuperação do        Trecho 3.    Extensão de orla            SEINF e SER
espaço urbano.                     recuperada;                 II.
                                   Infra-estrutura
                                   implantada.
12. Ordenamento do Unidade II, Infra-estrutura                 Informações da Semestral    PMF
destino final dos     Trecho 4;    implantada;                 SEMAM,
resíduos sólidos,     Unidade III, Análise da                  SEINF e SER
efluentes e derivados Trecho 1;    qualidade da água.          II.
de petróleo.          Unidade III,
                      Trecho 2.
13. Diminuição dos    Unidade II, Aumento da fluidez                          Anual        PMF
danos causados pelo Trecho 4;      do trânsito de
adensamento e         Unidade III, veículos;
ocupação irregular.   Trecho 1.     Análise
                                                                Informações
                                   comparativa das
                                                                  ETTUSA,
                                   situações
                                                                SEINF e SER
                                   observadas ao
                                                                     II.
                                   longo do tempo
                                   relativas ao
                                   adensamento,
                                   verticalização e
                                   clima da cidade.
14.Regulamentação Unidade III, Articulação com a                              Semestral    PMF
do fluxo marítimo.    Trecho 1.    Capitania dos
                                   Portos;
                                   Implantação da

                                                                                                  130
sinalização;
                                      Redução do
                                      acidentes.
15. Adequação das      Unidade III,   Índice de               Informações da Anual       PMF
atividades de risco do Trecho 2.      contaminação do         SEMAM;
Porto do Mucuripe.                    solo e lençol           Informações da
                                      freático;               Companhia
                                      Adoção de medidas       DOCAS.
                                      protetoras.
16. Incentivo à        Unidade III,   Implantação de          Informações da Anual       PMF
atividade pesqueira    Trecho 2;      equipamento             SEINF, SDE e
sustentável.                          comunitário;            SER II.
                                      Melhoria da
                                      capacidade
                                      econômica dos
                                      pescadores;
                                      Recuperação/não
                                      alteração do
                                      equilíbrio ambiental.
17. Criação da         Unidade III,   Relatório de            Informações da Semestral   PMF
Unidade de             Trecho 3.      implantação da UC.      SEMAM.
Conservação                           Edição da lei
Municipal da Praia                    instituidora da APA.
Mansa.                                Elaboração e
                                      implementação do
                                      Plano de Manejo.
18.Requalificação da   Unidade III,   Articulação com o       Observação e Anual         PMF
área do Farol do       Trecho 4;      IPHAN;                  levantamento
Mucuripe.                             Elaboração do           no local;
                                      projeto de              Informações da
                                      intervenção;            FUNCET,
                                      Implementação do        HABITAFOR e
                                      projeto;                SEINF.
                                      Número de famílias
                                      reassentadas.
19.Requalificação      Unidade IV,    Projeto elaborado.      Observação e Semestral     PMF
urbano-ambiental com   Trecho 1;      Extensão de orla        levantamento
reordenamento da       Unidade IV,    recuperada;             no local;
ocupação.              Trecho 2.      Infra-estrutura         Informações da
                                      implantada;             HABITAFOR,
                                      Número de               SEMAM,
                                      edificações             SEINF e SER
                                      realocadas;             II.
                                      Extensão de área
                                      verde recuperada;
                                      Recomposição de
                                      ecossistemas
                                      preexistentes;
                                      Análise comparativa
                                      das situações
                                      observadas ao
                                      longo do tempo.
20. Plano de Manejo    Unidade IV,    Articulação com o       Informações da Semestral   PMF
da APA do rio Cocó.    Trecho 3;      Governo do Estado;      SEMAM.
                                      Elaboração e
                                      implementação do
                                      Plano de Manejo.
21. Plano de Manejo    Unidade V,     Lei de Criação do       Informações da Semestral   PMF
da APA da              Trecho 1;      Parque Municipal        SEMAM.
Sabiaguaba.            Unidade V,     Natural das Dunas
                       Trecho 2;      da Sabiaguaba;
                       Unidade V,     Criação do Plano de

                                                                                               131
Trecho 3.    Manejo.
22.Plano de Gestão   Unidade V,   Elaboração e       Informações da Semestral   PMF
do Parque Municipal Trecho 2;     implementação do   SEMAM.
Natural das Dunas da              Plano de Gestão.
Sabiaguaba



     4.1 Sistemática de acompanhamento, avaliação e revisão do Plano.


     a) Acompanhamento:

           O Plano de Gestão Integrada da Orla deve ter seu desenvolvimento
     acompanhado e avaliado sistematicamente, através de relatórios, além de
     apresentar o cronograma previsto para revisão do mesmo. Esse
     acompanhamento será realizado pelo Comitê Gestor.

           Os relatórios de acompanhamento serão elaborados pela coordenação
     municipal e apresentados e disponibilizados para as entidades do Comitê Gestor
     e de acordo com a rotina temporal estabelecida. Serão também disponibilizados
     em meio digital na internet no sítio oficial da Prefeitura de Fortaleza.

           Os relatórios, abordando informações simplificadas e de fácil interpretação,
     deverão apontar:

            •   Especificação da ação e identificação do responsável;
            •   Apresentação dos produtos parciais concluídos;
            •   Indicação dos produtos não concluídos, mas com ações em curso,
                registrando seu estágio de execução, a nova previsão de prazo, e os
                obstáculos enfrentados;
            •   Indicação de eventuais produtos e/ou operações abandonadas,
                justificando os motivos de tal decisão.

     b) Avaliação:

            O relatório de Avaliação deverá conter informações sobre as ações em
         andamento adotando o seguinte roteiro:

                − Especificação da ação e seu responsável:
            •   Nome da ação/medida;
            •   Relação desta com as linhas de ação do Plano;
            •   Cronograma previsto;
            •   Responsável pela ação e agentes envolvidos.

                − Apresentação do andamento das ações:
            •   Listagem dos produtos parciais;
            •   Listagem dos produtos não concluídos, mas em andamento ( indicar
                estágio de execução, novo prazo para conclusão e dificuldade de
                execução);
            •   Listagem das ações e/ou produtos incluídos no Plano;
            •   Listagem das ações e/ou produtos excluídas ou abandonadas;


                                                                                          132
•   Análise de desempenho pelos indicadores pelos indicadores de aferição
          definidos.

       O Relatório de Avaliação, que é realizado também pelo Comitê Gestor,
deverá apresentar a síntese das análises para cada ação executada, com
aferição de desempenho geral (bom, satisfatório ou insatisfatório). Será
encaminhado para a Coordenação Estadual do Projeto Orla para apreciação,
permitindo assim a divulgação e o intercâmbio de experiências.

        Os relatórios serão disponibilizados para as entidades que farão parte do
Comitê Gestor. Serão também disponibilizados em meio digital na internet no sítio
oficial da Prefeitura de Fortaleza.


C) Revisão do Plano

       Será realizado pelo Comitê Gestor a cada dois anos e/ou após a confecção
de dois relatórios de acompanhamento. Serão avaliados os procedimentos
metodológicos, cumprimento do cronograma estabelecido, monitoramento e
resultados alcançados com as linhas de ação previstas, principalmente nos
trechos prioritários.

       Os resultados serão amplamente disponibilizados para a sociedade através
de audiências públicas. O Comitê Gestor estabelecerá a data para a primeira
reunião de apresentação dos resultados e para a convocação de audiência
pública.

       Para o bom funcionamento das atividades de acompanhamento, avaliação
e revisão do Plano faz-se necessário uma equipe de trabalho multidisciplinar. Ela
deverá atuar na implantação das linhas de ação, desenvolvimento, operação e
monitoramento das atividades ligadas ao projeto. Desta forma deverá ser
composta pelos seguintes especialistas:

      •   Coordenador do Projeto Orla

      •   Equipe técnica
              - Arquitetos – 03
              - Geógrafo – 02
              - Geólogo – 02
              - Agrônomo ou Biólogo – 02
              - Assistente Social – 01
              - Engenheiro sanitarista – 01
              - Advogado – 01
              - Estagiários (como conhecimento em auto-cad e corel draw) –
                  03
              - Estagiários (demais áreas) – 02

      •   Secretário – Nível médio ou estagiário universitário

      •   Consultor (quando se fizer necessário)



                                                                                    133
Para o satisfatório andamento das ações previstas, acompanhamento,
avaliação e revisão do Plano, são imprescindíveis os seguintes materiais e
equipamentos:

           -   Computador – 04
           -   Notebook – 02
           -   Impressora a laser A3 – 01
           -   Aparelho de fax/telefone – 01
           -   Viatura à disposição – 01
           -   Máquina fotográfica digital – 01
           -   Pen-drive 1Gb – 02
           -   Aparelho GPs – 01
           -   Data-show – 01
           -   Material de escritório




                                                                             134
5. APRESENTAÇÃO DO PLANO E CRONOGRAMA GERAL
       Apresenta-se abaixo,   cronograma      referente às   etapas   de
 acompanhamento, Avaliação e Revisão, relacionadas a cada ação ou medida
 proposta.

                      TABELA XLV – Ações programadas e prazos

                                                                           Prazos
                   AÇÕES PROGRAMADAS                                  Curto Médio Longo
Apresentação do Plano para a Prefeita.                                 X
Envio do Plano para os instrutores.                                    X
Articulação para audiências públicas e formação do Comitê              x
Gestor.
Convênio com a SPU para gestão dos terrenos de marinha.                x
Requalificação urbana da Orla e retirada das barracas de praia         X
da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação
pertinente.
Retirada das ocupações nos estuários dos rios.                         X
Retirada das ocupações nas vias públicas.                              X
Elaboração de projetos de reassentamento da população                  X
residente em áreas públicas e em áreas de risco.
Retirada das ocupações em áreas de risco.                              X
Substituição do revestimento asfáltico por paralelepípedo em vias      X
locais e paisagísticas.
Transformação da Av. Zezé Diogo em via paisagística.                   X
Revisão do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo do               X
Município de Fortaleza, assegurando a legislação pertinente.
Elaboração de projeto de recuperação da mata ciliar e do               X
manguezal dos estuários.
Disponibilização de parte das áreas de salinas para recuperação        X
do ecossistema manguezal.
Articulação com órgãos competentes para a regulamentação do            X
Parque do Cocó.
Continuação da construção da ponte sobre o rio Cocó apenas                          X
após a aprovação da Legislação Específica.
Criação da Unidade de Conservação e de proteção integral nas           X
dunas na da Sabiaguaba.
Sinalização e fiscalização na praia.                                   X
Mapeamento dos vazios urbanos para implementação de Zonas                    X
Especiais de Interesse Social.
Estudo da Dinâmica Costeira.                                           X
Promoção de Oficinas de Educação Ambiental (mobilização,               X
sensibilização e capacitação).
Regularização Fundiária das famílias de baixa renda residentes         X
na Orla.
Oficialização de parceria entre Prefeitura Municipal de Fortaleza e          X
de Aquiraz.
Articulação com órgãos competentes para a instalação de infra-         X
estrutura básica e saneamento.


                                                                                          135
Realização de diagnóstico da situação fundiária da região.   X




                                                                 136
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ANEXOS




         144
ANEXO I - Classificação dos parâmetros ambientais, sociais e
econômicos dos trechos.

                               UNIDADE DE PAISAGEM I
 De parte da APA do rio Ceará (margem direita) até a Rua Adriano Martins

                                      TABELA I
Parâmetros Unidade           Trecho I.1        Trecho I.2           Trecho I.3
Ambientais                SA    ST      SD  SA    ST      SD   SA      ST      SD
1. Cobertura vegetal      A     C       A   C     C       B    C       C       B
nativa (%)
2. Valores cênicos        A      C    A     C      C     B     C       C      B
3. Integridade dos        B      C    B     C      C     B     B       C      B
ecossistemas
4. Fragilidade dos        B      C    A     C      C     B     B       B      B
ecossistemas
5. Presença de            B      C    B     B      C     B     C       C      C
Unidade de
Conservação
6. Condição de            C      C    B     C      C     B     C       C      B
balneabilidade
7. Degradação             B      C    C     C      D     B     C       C      B
ambiental
8. Presença de            C      C    A     C      C     A     C       C      A
efluentes (língua
negra)
9. Presença de            C      C    A     C      C     A     B       B      A
resíduos sólidos (lixo)
na orla
10. Presença de           B      C    B     B      C     B     C       C      B
construções
irregulares
11. Potencial para        -      -    -     -      -     -     -       -      -
aproveitamento
mineral
12. Aptidão agrícola      -      -    -     -      -     -     A       C      A
13. Potencial para        -      -    -     -      -     -     -       -      -
extração vegetal
14. Potencial             C      C    B     C      C     B     B       B      A
Pesqueiro
15. Aptidão para          C      C    C     C      C     C     C       C      C
maricultura
Sociais                   SA     ST   SD    SA     ST    SD    SA      ST     SD
16. Presença de           C      C    C     C      C     C     C       C      C
comunidades
tradicionais
17. concentração de       -      -    -     -      -     -     A       A      A
domicílios de veraneio
18. Infra-estrutura de    -      -    A     -      -     B     -       -      -
lazer/turismo
19. Cobertura urbana      B      C    B     C      C     B     -       -      C
ou urbanização
20. domicílios            -      -    -     -      -     -     -       -      -
servidos por água
                                                                                    145
21. Domicílios                  -         -        -        -         -        -        -         -    -
servidos de esgoto
(%)
22. Domicílios                  -         -        -        -         -        -        -         -    -
servidos por coleta de
lixo (%)
23. Domicílios                  -         -        -        -         -        -        -         -    -
servidos pro energia
elétrica (%)
24. Forma de acesso             A         C        B        C         C        B        B         B    B
Econômicos                      SA        ST       SD       SA        ST       SD       SA        ST   SD
25. Pressão                     B         C        A        C         C        B        -         -    -
imobiliária
26. Uso agrícola                C         C        C        C         C        C        C         C    C
27. Uso para extração           C         C        C        C         C        C        -         -    -
vegetal
28. Usos de recursos            A         A        A        A         A        A        A         A    A
pesqueiros
29. Uso para                    C         C        A        C         C        C        -         -    -
maricultura
30. Uso para tráfego            B         B        B        B         B        B        A         A    A
aquaviário ou porteiro
31. Uso industrial              B         B        A        -         -        -        -         -    -
32. Aproveitamento              -         -        -        -         -        -        -         -    -
mineral
33. Atividades                  -         -        -        -         -        -        -         -    -
petrolíferas
34. Atividades                  A         C        A        C         C        B        -         -    A
turísticas

LEGENDA:
SA – Situação Atual
ST – Situação Tendencial
SD – Situação Desejada
Classe A – apresenta ecossistemas primitivos com baixa ocupação.
Classe B - apresenta ecossistemas parcialmente modificados com situação de baixo e médio adensamento
populacional.
Classe C - apresenta ecossistemas já impactados com médio ou auto adensamento populacional.




                                                                                                            146
UNIDADE DE PAISAGEM II
        Do antigo Kartódromo até o Mercado dos Peixes do Mucuripe

                                       TABELA II
        Parâmetros            Trecho 1    Trecho 2   Trecho 3     Trecho 4
Ambientais                    SA ST SD SA ST SD SA ST SD SA ST SD
1. Cobertura Vegetal          C   C    C  C    C   C C   C        C   C
Nativa (%)                                                      -            -
2. Valores Cênicos            C   C    C  C    C   C C   C    C   C   C    C
3. Integridade dos            C   C    B  C    C   B B   C    -   B   C    -
ecossistemas
4. Fragilidade dos            B      B    B    B    B    B    B    B    B    B    B    B
ecossistemas
5. Presença de Unidade de     C      C    C    C    C    C    C    C    -    C    C    -
Conservação
6. Condição de                C      C    B    C    C    B    C    C    B    C    C    B
Balneabilidade
7. Degradação Ambiental       B      C    B    C    C    B    C    C    B    C    C    B
8. Presença de efluentes      B      -    -    -    -    -    C    C    A    C    C    A
(línguas negras)
9. Presença de resíduos       B      -    -    -    -    -    A    A    -    A    A    -
sólidos (lixo) na orla
10. Presença de               C      B    C    B    B    C    C    C    D    C    C    -
construções irregulares
11. Potencial para            -      -    -    -    -    -    -    -    -    -    -    -
aproveitamento mineral
12. Aptidão agrícola          -      -    -    -    -    -    -    -    -    -    -    -
13. Potencial para extração   -      -    -    -    -    -    -    -    -    -    -    -
vegetal
14. Potencial Pesqueiro       B      C    C    C    C    C    C    C    -    C    C    -
15. Aptidão para              C      C    C    C    C    C    C    C    C    C    C    C
maricultura
Sociais                       SA ST SD SA TE SD SA TE SD SA TE SD
16. Presença de               C  C  C  C  C  C  C  C  C  C  C  C
comunidades tradicionais
17. Concentração de           -      -    -    -    -    -    A    A    -    A    A    -
domicílios de veraneio
18. Infra-estrutura de        -      C    C    C    C    C    C    C    C    C    C    C
lazer/turismo
19. Cobertura urbana ou       -      -    -    -    -    -    -    C    C    -    C    C
urbanização
20. Domicílios servidos por   B      C    C    C    C    C    -    -    -    -    -    -
água
21. Domicílios com serviço    B      C    C    C    C    C    -    -    -    -    -    -
de esgoto (%)
22. Domicílios servidos por   C      C    C    C    C    C    -    -    -    -    -    -
coleta de lixo (%)
23. Domicílios servidos por   C      C    C    C    C    C    -    -    -    -    -    -
energia elétrica (%)
24. Forma de acesso           -      C    C    C    C    C    C    C    C    C    C    C
Econômicos                    SA     ST   SD   SA   ST   SD   SA   ST   SD   SA   ST   SD
25. Pressão imobiliária       D      C    C    C    C    C    C    C    C    C    C    C
26. Uso agrícola              -      -    -    -    -    -    -    -    -    -    -    -
27. Uso para extração         -      -    -    -    -    -    -    -    -    -    -    -
vegetal

                                                                                            147
28. Usos de recursos          -   -   -   -   -   -   B   B   B   B   B   B
pesqueiros
29. Uso para maricultura      -   -   -   -   -   -   -   -   -   -   -   -
30. Uso para tráfego          -   C   C   C   C   C   -   -   -   -   -   -
aquaviário ou portuário
31. Uso industrial            -   C   C   C   C   C   -   -   -   -   -   -
32. Aproveitamento mineral    -   -   -   -   -   -   -   -   -   -   -   -
33. Atividades petrolíferas   -   -   -   -   -   -   -   -   -   -   -   -
34. Atividades turísticas     C   C   C   C   C   C   C   C   C   C   C   C




                                                                              148
UNIDADE DE PAISAGEM III
    Do Mercado de Peixes do Mucuripe até o Serviluz (Rua Ismael Pordeus)

                                     TABELA III
 Parâmetros           Trecho I        Trecho II.       Trecho III     Trecho IV
Ambientais         SA    ST    SD   SA   ST     SD   SA   ST    SD   SA   ST    SD
1. Cobertura       C     C     B     -    -     -    -     -    -    C    C     B
Vegetal Nativa
(%)
2. Valores         C     C     B    A     B     A    A    B     A    C    C     B
Cênicos
3. Integridade     C     C     B    A     B     A    A    B     A    C    C     A
dos
ecossistemas
4. Fragilidade     C     C     B    A     B     A    A    B     A    C    C     B
dos
ecossistemas
5. Presença de     C     C     B    C     C     A    C    C     A    -     -    -
Unidade de
Conservação
6. Condição de     B     C     A    A     C     A    A    C     A    *     *    A
Balneabilidade
7. Degradação      C     C     B    A     C     A    A    C     A    C    C     B
Ambiental
8. Presença de     B     C     A    A     B     A    A    B     A    B    C     A
efluentes
(línguas negras)
9. Presença de     B     C     A    C     B     A    C    B     A    B    C     A
resíduos sólidos
(lixo) na orla
10. Presença       C     C     B    A     C     A    A    C     A    C    C     B
de construções
irregulares
11. Potencial       -    -     -     -    -     -    -     -    -    -     -    -
para
aproveitamento
mineral
12. Aptidão         -    -     -     -    -     -    -     -    -    -     -    -
agrícola
13. Potencial       -    -     -     -    -     -    -     -    -    -     -    -
para extração
vegetal
14. Potencial      B     C     A    C     C     A    C    C     A    C    C     B
Pesqueiro
15. Aptidão        B     C     C    C     C     C    C    C     C    -     -    -
para maricultura
Sociais            SA    ST    SD   SA    ST    SD   SA   ST    SD   SA    ST   SD
16. Presença       C     C     B    C     C     C    C    C     C    -     -    -
de
comunidades
tradicionais
17.                A     B     A     -    -     -    -     -    -    -     -    -
Concentração
de domicílios de
veraneio
18. Infra-         B     C     A     -    -     -    -     -    -    -     -    -
estrutura de
lazer/turismo
19. Cobertura      C     C     B    C     C     C    -     -    -    B    C     B
urbana ou
urbanização

                                                                                     149
20. Domicílios     C    C    C    C    C    C    -    -    -    B    C    C
servidos por
água
21. Domicílios     A    A    C    -    -    -    -    -    -    A    A    C
com serviço de
esgoto (%)
22. Domicílios     C    C    C    C    C    C    -    -    -    B    A    C
servidos por
coleta de lixo
(%)
23. Domicílios     C    C    C    C    C    C    -    -    -    C    C    C
servidos por
energia elétrica
(%)
24. Forma de       B    C    B    C    C    C    -    -    -    A    B    B
acesso
Econômicos         SA   ST   SD   SA   ST   SD   SA   ST   SD   SA   ST   SD

25. Pressão        B    C    A    C    C    C    -    -    -    B    B    C
imobiliária
26. Uso            C    C    B    -    -    -    -    -    -    -    -    -
agrícola
27. Uso para       C    C    C    -    -    -    -    -    -    -    -    -
extração
vegetal
28. Usos de        B    B    A    C    C    C    A    B    A    A    A    B
recursos
pesqueiros
29. Uso para       C    C    C    C    -    -    -    -    -    -    -    -
maricultura
30. Uso para       A    C    A    C    C    C    A    A    A    A    A    A
para tráfego
aquaviário ou
portuário
31. Uso            A    B    A    C    C    A    A    A    A    C    C    A
industrial
32.                *    *    *    -    -    -    -    -    -    -    -    -
Aproveitamento
mineral
33. Atividades     A    A    A    C    C    B    -    -    -    -    -    -
turísticas
34. Atividades     C    C    B    -    -    -    A    A    A    -    -    C
turísticas




                                                                               150
UNIDADE DE PAISAGEM IV
         Da Rua Ismael Pordeus à foz do Rio Cocó (margem direita)

                               TABELA IV
   Parâmetros         Trecho:1          Trecho:2            Trecho: 3
Ambientais         SA   ST     SD  SA     ST     SD    SA      ST     SD
1. Cobertura
Vegetal Nativa     B     C        B     B    C     B   B       C      A
(%)
2. Valores         B     C        A     B    C     B   B       C      A
Cênicos
3. Integridade     B     C        B     B    C     B   B       C      A
dos
ecossistemas
4. Fragilidade     B     B        A     B    B     A   B       B      A
dos
ecossistemas
5. Presença de                                         B       B      A
Unidade de          -     -       -     -    -     -
Conservação
6. Condição de                                         B       B      A
Balneabilidade
7. Degradação      B     C        B     B    C     B   B       C      A
Ambiental
8. Presença de     B     C        A     B    C     A   B       C      A
efluentes
(línguas negras)
9. Presença de     B     C        A     B    C     A   B       B      A
resíduos sólidos
(lixo) na orla
10. Presença de
construções        C     C        B     C    C     B   C       C      B
irregulares
11. Potencial
para                -     -       -     -    -     -   -        -     -
aproveitamento
mineral
12. Aptidão                       -
agrícola            -     -             -    -     -   -        -     -
13. Potencial
para extração       -     -       -     -    -     -   -        -     -
vegetal
14. Potencial
Pesqueiro          B     B        B     B    B     B   C       C      C
15. Aptidão para
maricultura         -     -        -    -     -    -    A      B      A
Sociais            SA    ST       SD   SA    ST   SD   SA      ST    SD

16. Presença de
comunidades        C     C        C     C    C    C    C       C      C
tradicionais
17.
Concentração       A     A        A     A    A     A   B       B      A
de domicílios de
veraneio

                                                                           151
18. Infra-         B    C    C    B    C    C    B    B    A
estrutura de
lazer/turismo
19. Cobertura
urbana ou          A    B    A    A    B    A    A    B    A
urbanização
20. Domicílios     C    C    C    C    C    C    A    A    C
servidos por
água
21. Domicílios
com serviço de     C    C    C    C    C    C    A    A    C
esgoto (%)
22. Domicílios
servidos por       C    C    C    C    C    C    B    B    C
coleta de lixo
(%)
23. Domicílios
servidos por       C    C    C    C    C    C    C    C    C
energia elétrica
(%)
24. Forma de       C    C    C    C    C    C    B    C    B
acesso
Econômicos         SA   ST   SD   SA   ST   SD   SA   ST   SD
25. Pressão        C    C    C    C    C    C    B    C    B
imobiliária
26. Uso agrícola   -    -    -    -    -    -    C    C    C
27. Uso para       -    -    -    -    -    -    C    C    C
extração vegetal
28. Usos de
recursos           C    C    C    C    C    C    C    C    C
pesqueiros
29. Uso para       -    -    -    -    -    -    A    A    A
maricultura
30. Uso para
para tráfego       -    -    -    -    -    -    A    A    A
aquaviário ou
portuário
31. Uso            -    -    -    -    -    -    A    A    A
industrial
32.                -    -    -         -    -    -    -    -
Aproveitamento
mineral
33. Atividades     A    A    A    A    A    A    A    A    A
turísticas
34. Atividades
turísticas         C    C    C    C    C    C    C    C    C




                                                                152
UNIDADE DE PAISAGEM V
Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó)
                 até a foz do Rio Pacoti (margem esquerda)
                                     TABELA V
       Parâmetros               Trecho:1            Trecho:2             Trecho: 3
Ambientais                 SA     ST   SD   SA        ST       SD   SA     ST        SD
1. Cobertura Vegetal        A      A    A    B         C        A    A      A         A
Nativa (%)
2. Valores Cênicos         A       A    A       B      B       A    A       A        A
3. Integridade dos         A       B    A       B      C       A    A       A        A
ecossistemas
4. Fragilidade dos         A       B    A       B      B       B    A       A        A
ecossistemas
5. Presença de Unidade     C       C    A       B      B       A    A       A        A
de Conservação
6. Condição de             A       B    A       B      B       B    A       A        A
Balneabilidade
7. Degradação              A       B    A       B      C       A    A       A        A
Ambiental
8. Presença de efluentes   A       B    A       A      A       A    A       A        A
(línguas negras)
9. Presença de resíduos    A       A    A       B      B       A    C       C        A
sólidos (lixo) na orla
10. Presença de            A       B    A       B      C       A    B       B        A
construções irregulares
11. Potencial para          -      -    -       -      -        -    -       -        -
aproveitamento mineral
12. Aptidão agrícola        -      -    -       -      -        -    -       -        -
13. Potencial para          -      -    -       -      -        -    -       -        -
extração vegetal
14. Potencial Pesqueiro    B       B    B       B      B       B    B       B        B
15. Aptidão para           B       B    B       B      B       B    A       A        A
maricultura
Sociais                    SA     ST   SD   SA        ST       SD   SA     ST        SD

16. Presença de            C       C    C       C      C       C    C       C        C
comunidades
tradicionais
17. Concentração de        A       B    A       B      B       A    C       C        C
domicílios de veraneio
18. Infra-estrutura de     A       B    A       B      B       A    A       B        A
lazer/turismo
19. Cobertura urbana ou    A       A    C       A      B       A    A       A        A
urbanização
20. Domicílios servidos    A       A    C       A      A       C    A       B        C
por água
21. Domicílios com         A       A    C       A      A       C    A       A        C
serviço de esgoto (%)
22. Domicílios servidos    A       A    C       B      C       C    A       A        C
por coleta de lixo (%)
23. Domicílios servidos    A       A    C       C      C       C    C       C        C
por energia elétrica (%)
24. Forma de acesso         A      A    A    B         C        B    A      A         A
Econômicos                 SA     ST   SD   SA        ST       SD   SA     ST        SD
25. Pressão imobiliária     A      B    A    B         B        C    A      A         A

                                                                                          153
26. Uso agrícola             C       C      C      C      C      C       C      C      C
27. Uso para extração        C       C      C      C      C      C       C      C      C
vegetal
28. Usos de recursos         C       C      C      A      A      A       A      A      A
pesqueiros
29. Uso para maricultura     A       A      A      A      A       A      A      A      A
30. Uso para tráfego         A       A      A      A      A       A      A      A      A
aquaviário ou portuário
31. Uso industrial           A       A      A      A      A       A      A      A      A
32. Aproveitamento           -       -      -      -      -       -      -      -      -
mineral
33. Atividades turísticas    A       A      A      A      A       A      A      A      A
34. Atividades turísticas    A       A      A      B      B       B      A      A      A

Fonte: as tabelas forma elaboradas de acordo com classificação dos parâmetros ambientais,
sociais e econõmicos dos trechos de acordo com o Manual de Gestão do Projeto Orla –
Fundamentos para a Gestão Integrada (volume II), tomando como base do Decrelo No 5.300/2004,
regulamentador da Lei Federal No 7661/1988 que institui o gerenciamento costeiro no Brasil.




                                                                                               154
ANEXO II

 PLANOS E PROGRAMAS COM AFINIDADE NA ÁREA
                                                  TABELA VI
         PROGRAMAS E AÇÕES                            ATIVIDADE                    COMPETÊNCIA
Projeto Serviluz Praia Verde.                    Contenção de Dunas.                COMUNIDADE
Ponte sobre o rio Cocó.                          Interligação.                    MUNICIPAL - SEINF
Programa de transporte urbano de Fortaleza.      Transportes urbanos.             MUNICIPAL - SEINF
Plano de controle ambiental.                     Preservação paisagística.        MUNICIPAL - SEINF
Convênio de cooperação técnica para a            Regularização Fundiária.            MUNICIPAL
regularização fundiária no Pirambu e Serviluz.
Plano Geral (Master Plan).                     Reordenamento da orla              MUNICIPAL - SEINF
                                               marítima de Fortaleza.
Projeto de Urbanização do patrimônio Histórico Urbanização da Área.               MUNICIPAL - SEINF
e Cultural da Barra do Ceará.
Projeto do Pólo de lazer da Barra do Rio Ceará Urbanização da Área.              MUNICIPAL - SEMAM
e de Urbanização da Ária lindeira a Av. José
Lima Verde.
Projeto de contenção e paisagismo da duna da Contenção e Paisagismo.             MUNICIPAL - SEMAM
Barra do Ceará.
Projeto Fazenda Marinha do Titanzinho.         Geração de emprego com            MUNICIPAL - SEMAM
                                               desenvolvimento sustentável.
Recife Artificial Marinho como ferramenta para Geração de emprego com            MUNICIPAL - SEMAM
o desenvolvimento sustentável da pesca         desenvolvimento sustentável.
artesanal no município de Fortaleza.
Projeto Costa Oeste.                           Construção de Via Costeira.        ESTADUAL - SDLR
Projeto Litoral Oeste.                         Recuperação e Urbanização.         ESTADUAL - SDLR
Execução de obras de recuperação do molhe                                         ESTADUAL - SDLR
da embocadura do rio Ceará e recuperação       Recuperação da Área.
com ampliação do molhe em frente à Rua da
Zambaia, no bairro Barra do Ceará.
PROURB.                                        Desenvolvimento Urbano              ESTADUAL - SDLR
Projeto Guardiões da Praia.                    Ampliação do serviços de           ESTADUAL - SETUR
                                               salvamentos na orla.
PRODETUR.                                      Desenvolvimento do Turismo.        ESTADUAL - SETUR
SANEAR.                                        Rede de Esgoto.                   ESTADUAL - SEINFRA
Projeto Museu do Mar.                          Arquivos da História do Mar.      ESTADUAL - SEINFRA
Centro Multifuncional de Feiras e Eventos.     Realização de Feiras e            ESTADUAL - SEINFRA
                                               Eventos.

Transferência da tancagem de derivados de        Atividade Portuária.            ESTADUAL - SEINFRA
petróleo do mucuripe.
Tábua de Maré.                                   Altura da maré.                 ESTADUAL - FUNCEME
Previsão de Tempo e Clima.                       Informação de Temperatura e     ESTADUAL - FUNCEME
                                                 probabilidade de Chuva.
Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.        Zoneamento Ecológico            ESTADUAL - SEMACE
                                                 Econômico.
Projeto de Turismo.                              Zonear e regularizar o uso.     ESTADUAL - SEMACE
Programa de Infra-Estrutura Básica               Infra-estrutura e saneamento.       ESTADUAL
saneamento de Fortaleza.
Projeto de obra de defesa da linha de costa e    Defesa da linha de Costa e       FEDERAL - ASTEF
construção de porto para os barcos.              Porto para as embarcações.
Estudos da ária marítima e costeira entre à      Estudo da Zona Costeira e        FEDERAL - ASTEF
praia do Pirambu e a embocadura do Rio           Marítima da Área.
Ceará.
Programa de recuperação do litoral da cidade.    Recuperação da Área.            FEDERAL - LABOMAR
 Fonte: Projeto Orla Fortaleza.



                                                                                                 155
LOTEAMENTOS:

                                TABELA VII
 N◦        LOTEAMENTO                LOCAL           APROVADO        DATA
          RESIDENCIAL ÁGUA                                         20/05/1991
952                           PRAIA DA ABREULÂNDIA     SIM
              MARINHA
726       PARQUE MARBELO           SABIAGUABA          SIM         21/06/1971
652     PRAIA ANTÔNIO DIOGO     PRAIA DO FUTURO        SIM         22/10/1954
692   PLANALTO PRAIA SABIAGUÁ      SABIAGUABA          SIM         21/06/1971
646     IMOB. ANTÔNIO DIOGO     PRAIA DO FUTURO        SIM         17/04/1958
643          SÍTIO COCÓ                 -              SIM         25/07/1983
684       PRAIA DO FUTURO       PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
683        ANTÔNIO DIOGO        PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
679       PRAIA DO FUTURO       PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
868        ANTÔNIO DIOGO        PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
810        ANTÔNIO DIOGO        PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
789        ANTÔNIO DIOGO        PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
778        ANTÔNIO DIOGO        PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
806        ANTÔNIO DIOGO        PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
821        ANTÔNIO DIOGO        PRAIA DO FUTURO        NÃO              -
Fonte: SEMAM e SEINF

LICENÇA DE MINERAÇÃO:

                                 TABELA VIII
Processo/Ano     Nome do Requerente   Substancia Ativo       Ponto de amarração
800.087/2000   THC BESSA - ME             Areia      SIM      Latitude +3° 48’ 21” 0
                                                             Longitude +38◦ 27’ 08” 6
800.314/2003   SETE SERVICOS              Areia      SIM      Latitude +3° 45’ 28” 0
               TRANSPORTE E                                  Longitude +38◦ 27’ 49” 1
               EQUIPAMENTOS LTDA.
800.160/2004   CONSTRUTORA G & F LTDA     Areia      SIM      Latitude +3° 47’ 47” 6
                                                             Longitude +38◦ 25’ 19” 8

800.198/2004   BARREIRO DA LAGOA COM.     Areia      SIM      Latitude +3° 48’ 21” 0
               DE ARG. E AREIA LTDA                          Longitude +38◦ 27’ 08” 6
FONTE : DNPN




                                                                                    156
GLOSSÁRIO†
A
AMBIENTE ANTRÓPICO - Ambiente alterado pelo homem, quando este modifica a
configuração natural do ambiente. Nota-se duas divisões quanto ao uso do terreno, ou
seja, zonas antrópicas edificadas onde se verifica o predomínio de edificações com
residências e loteamentos, bem como zona antrópica com sítios onde se nota o domínio
de frutíferas e demais formas de exploração agrícola. Enquadra-se nessa classificação
também: o paisagismo das vias públicas, praças, parques e calçadões, bem como, os
quintais das chácaras, sítios, quintais e demais locais com vegetação modificada pelo
homem.

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) - Unidade de conservação de uso
sustentável, estabelecida pela Lei Federal n.º 6902/81, que outorga ao Poder Executivo,
nos casos de relevante interesse público, o direito de declarar determinadas áreas do
território nacional como de interesse ambiental. A Área de Proteção Ambiental é uma
área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos
abióticos, bióticos, estéticos e culturais especialmente importantes para a qualidade de
vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a
diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade
do uso.
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) – Áreas que pelas suas condições
fisiográficas, geológicas, hidrológicas, botânicas e climatológicas, formam um
ecossistema de importância no meio ambiente natural. Áreas definidas pela Lei no 4.771
de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal) e pela Medida Provisória no 2.166-67, de
24 de agosto de 2001.
ASSOREAMENTO - Entupimento do corpo d’água, ou seja, fenômeno causado pela
deposição de sedimentos minerais (como areia e argila) ou de materiais orgânicos. Com
isso, diminui a profundidade do curso d’água e a força da correnteza.

B
BACIA HIDROGRÁFICA - Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus
afluentes. A noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de cabeceiras
ou nascentes, divisores d’água, cursos d’água principais, afluentes, subafluentes, etc. Em
todas as bacias hidrográficas deve existir uma hierarquização na rede hídrica e a água se
escoa normalmente dos pontos mais altos para os mais baixos.
BERMA – Porção quase horizontal da praia ou pós-praia formada por material arenoso,
ou mais grosseiro, depositado pela ação das ondas. Podem existir, ou não, numa praia.

BANCOS DE AREIA – Acumulações de areia ao longo da zona intermaré da faixa de
praia e nos canais dos sistemas fluviais e fluviomarinhos. Os sedimentos são
transportados pelas mares, ondas e hidrodinâmica fluvial.
C
CESSÃO DE USO - Autorização de uma esfera do Poder Público (União, Estado ou
Município), permitindo que uma outra esfera detenha o domínio de imóvel de sua
propriedade.

COMUNIDADE - Grupo de pessoas que habitam um determinado lugar ou região e
geralmente ligadas por interesses comuns.
CLIMA – Condições meteorológicas, incluindo temperatura, precipitação pluviométrica e
ventos que são caracteristicamente dominantes numa região particular; tempo (weather)
médio à longo prazo.

†
    Elaborado a partir de consultas bibliográficas pela equipe do Projeto Orla de Fortaleza.

                                                                                               157
D
DENSIDADE DEMOGRÁFICA - A expressão designa o numero de pessoas que ocupam
uma unidade de área.

DIAGNÓSTICO - Reconhecimento, identificação dos problemas através das suas
manifestações e/ou conseqüências.
DUNA – Colinas ou morros formados por transporte eólico, normalmente de areia.

DERIVA LITORÂNEA – Transporte de sedimentos ao longo da linha de costa a partir da
ação das ondas e marés.

E
ECOSSISTEMA – Conjunto integrado de fatores físicos, químicos e bióticos, que
caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaço de
dimensões variáveis. Também pode ser uma unidade ecológica constituída pela reunião
do meio abiótico (componentes não-vivos) com a comunidade, no qual ocorre intercâmbio
de matéria e energia. Os ecossistemas são as pequenas unidades funcionais da vida.

EROSÃO – Processo pelo qual a camada superficial do solo ou partes do solo são
retiradas pelo impacto de gotas de chuva, ventos e ondas e são transportadas e
depositadas em outro lugar. Inicia-se como erosão laminar e pode até atingir o grau de
voçoroca.

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA - Jogo de transações imobiliárias que supervalorizava
terrenos e imóveis urbanos que ocorreu principalmente na década de 40 após o ciclo de
transformações urbanas que buscavam uma modernidade contemporânea. Com a
valorização exorbitante dos terrenos após as reformas urbanas, o preço dos aluguéis de
imóveis dispara e desencadeia uma crise na habitação social.

ESPIGÃO – Estrutura de engenharia costeira edificada para o controle do processo
erosivo ao longo da linha de costa
ENGORDA – Processo de preenchimento de uma praia que pode ser feito através de
uma corrente longitudinal natural ou deposição de material artificialmente.
EXPANSÃO URBANA - Caracteriza-se pela ocupação de novas áreas em geral
periféricas ou vizinhas às áreas já urbanizadas, ou em menor escala pela ocupação de
vazios interiores à área urbana.

F
FALÉSIA – Escarpa produzida pelo recorte no sentido da praia pela erosão marinha.

FAVELA – (assentamentos populares, invasão) caracterizam-se pela precariedade das
condições de habitabilidade, tanto no que se refere à moradia (construções feitas com
materiais perecíveis), quanto à oferta de infra-estruturas básicas (saneamento e
drenagem), à ocupação (morfologia etipologia), e à propriedade da terra; 2. Conjunto de
habitações populares toscamente construídas (por via de regra em morros) e com
recursos higiênicos deficientes.

I
IMPACTO AMBIENTAL – Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde, a
segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais econômicas; a biota; as
condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais.




                                                                                          158
L
LINHA DE PREAMAR MÉDIA DE 1831(LPM) - Linha que define a posição da preamar
média do ano de 1831.

LINHA LIMITE DOS TERRENOS DE MARINHA (LTM) - Linha traçada à distância de
33m (trinta e três metros), medidos horizontalmente para os lados do continente, a partir
da LPM.

LINHA DE LIMITE DE ORLA (LLO) - Linha que define área para a interferência na orla.
LINHA DE MARÉ ALTA – A intersecção do plano de maré alta média com a costa. A
linha de costa representada nas cartas náuticas pela NOAA é uma aproximação da linha
de maré alta.
LOTE – Unidade individualizada de terra, devidamente aprovada pelo Poder Público
Municipal e registrada em cartório, onde se estabelecem as construções.

M
MOBILIÁRIO URBANO - O equipamento urbano, público, destinado ao uso da
população, localizado em logradouros públicos.

MANGUEZAL – Ecossistema que ocorre em terrenos baixos, sujeitos à ação das maré,
com substrato formado por lamas lodosas recentes e formação vegetal de porte arbustivo
ou arbóreo desenvolvendo-se do nível médio de maré ao nível da preamar de sizígia
equinocial, em regiões de médio-litoral a médio litoral superior com ocorrência do de
gêneros vegetais dentre os quais: Rhizophora, Avicennia e Laguncularia.

MANANCIAL – Todo corpo d’água utilizado para o abastecimento público de água para
consumo.
MARÉ DE SIZÍGIA – Marés astronômicas de maior amplitude que ocorrem no Oceano
Atlântico, durante o período compreendido por dois dias antes e dois dias depois da lua
cheia e da lua nova.

O
OCUPAÇÃO PREDOMINANTEMENTE HORIZONTAL – Tipologia de ocupação do solo
em assentamentos residenciais de população de renda alta, que se caracterizam pelo
parcelamento formal do solo e pela predominância de lotes ocupados por unidades
uniresidenciais (casas) de alto padrão socioeconômico.

OCUPAÇÃO PREDOMINANTEMENTE VERTICAL – Tipologia de ocupação do solo cujo
padrão de assentamento é caracterizado pela predominância de edifícios de
apartamentos ou de edifícios comerciais e de serviços com cinco pavimentos ou mais.
Corresponde às áreas residenciais de ocupação vertical mais antiga (com altas taxas de
ocupação) e áreas comerciais centrais.

OCUPAÇÃO RAREFEITA – Tipologia de ocupação do solo típica de áreas não urbanas
ou de transição entre áreas urbanas, caracterizada pela predominância de sítios e
chácaras de lazer, mas incluindo também pequenas aglomerações residenciais em
ambientes rurais.
ONDA – Distúrbio que se move sobre a superfície ou através de um meio com uma
velocidade condiciona pelas propriedades do meio.

P
PLANÍCIE DE DEFLAÇÃO – Superfície relativamente plana entre as bermas e o sopé
das dunas, modelada pelo vento que retira areia para formar as dunas. Pode ser


                                                                                            159
escavada pelos corredores preferenciais de deflação. Neste caso pode mostrar
depressões como as bacias de deflação.
PRAIA – Uma zona de material inconsolidado que se estende em direção ao continente
desde a linha inferior da água, até o local onde há uma mudança marcante na natureza
do material ou forma da fisiografia ou da linha de vegetação permanente.

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL - Ação de proteger, contra a destruição e qualquer forma
de dano ou degradação, um ecossistema, uma área geográfica definida ou espécies
animais e vegetais ameaçadas de extinção, adotando-se as medidas preventivas
legalmente necessárias e as medidas de vigilância adequadas.

R
RECURSOS NATURAIS - São as riquezas naturais, como a terra, água, materiais de
construção, reservas minerais, fauna e flora.(Buarque de Holanda, 1986): Fontes de
riquezas materiais que existem em estado natural, tais como florestas, reservas minerais,
etc.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA – Ação voltada para incluir as ocupações irregulares no
contexto da “cidade legal”, com o objetivo de garantir a proteção jurídica da posse dos
moradores e a adequação dos índices urbanísticos. A Regularização Fundiária envolve
também ações de urbanização e melhoria de infra-estrutura nas comunidades
trabalhadas.

S
SALINIDADE – Medida da quantidade de sais dissolvidos na água do mar. É a
quantidade total de sólidos dissolvidos na água do mar em parte por mil (o/oo) em peso
após todo o carbonato ter sido transformado em óxido, brometo e iodeto, em cloreto, e
todas as matérias org6anicas oxidadas. É normalmente calcula através de condutividade,
índice de refração, ou clorinidade.

T
TAXA DE PERMEABILIDADE – Índice que corresponde à capacidade do solo em
absorver água. Áreas com baixo nível de permeabilidade correm maiores risco de
inundações.

TIPOLOGIA HABITACIONAL – Característica das construções de moradia (alvenaria,
taipa, barro batido, etc).

U
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO - Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo
as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo
Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

URBANIZAÇÃO - Difusão da influência dos centros urbanos para a zona interior rural.
Aparecimento de traços ou características urbanas numa população não urbana.

USO DO SOLO - É a avaliação econômica para se ter idéia do potencial agrícola da
região, que leva em conta a fertilidade, localização, de transporte, de mercado, água para
irrigação, pecuária, situação, a intensidade real do uso produtivo do solo utilizado, etc.

Z
ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS) – Área autorizada por lei municipal
com destinação predominante para moradia e índices mais flexíveis de ocupação,
permitindo a construção de casas de tamanho menor do que o normalmente permitido
nas demais áreas da cidade. A gestão das ZEIS é realizada através de um conselho com
participação obrigatória da população residente na área.
                                                                                               160
ANEXO VII

Acrônimos / Abreviaturas

AMIS - Associação dos Amigos da Sabiaguaba
AMPI - Associação dos Moradores da Praia de Iracema
APA - Áreas de Proteção Ambiente.
APP - Área de Preservação Permanente
ASMOFAN - Associação dos Moradores do Serveluz
BNB - Banco do Nordeste do Brasil
BNDS - Banco Nacional de Desenvolvimento Social
CAGECE - Companhia de Águas e Esgoto do Ceará
CEF - Caixa Econômica Federal
CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará
COEMA - Conselho Estadual de Meio Ambiente
COMAM- Conselho Municipal do Meio Ambiente
CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente
DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral
FEPECE - Federação dos Pescadores do Estado do Ceará
FMCP - Federação do Movimento Comunitário do Pirambu.
FUNCEME - Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
FUNDEMA - Fundo Municipal do Meio Ambiente
GERCO-CE - Gerenciamento Costeiro do Ceará
GRPU - Gerência Regional do Patrimônio da União
HABITAFOR - Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza
IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LABOMAR – Instituto de Ciências do Mar
MAVGA - Movimento em Defesa da Vida
MCP - Movimento dos conselhos Popular
MMA - Ministério do Meio Ambiente
MPCE - Ministério Público do Ceará
MPF - Ministério Público Federal
MP- Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
OP - Orçamento Participativo
OAB - Ordem dos Advogados do Brasil
OABCE - Ordem dos Advogados do Ceará
ONGs - Organizações não Governamentais
PMF - Prefeitura Municipal de Fortaleza
PNGS - Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro
PRODEMA - Programa de desenvolvimento e Meio Ambiente
PRODETUR - Programa de Desenvolvimento do Turismo
PROURB - Programa Nacional de Urbanização
PPA - Plano Plurianual
SANEAR - Plano Nacional de Saneamento Básico
SDLR - Secretária do Desenvolvimento Regional e Local
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEINF – Secretaria da Infra-Estrutura e Desenvolvimento Urbano
SEINFRA - Secretaria da Infra-estrutura
SEMACE - Superintendência Estadual de Meio Ambiente
SEMAM - Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano
SEPLA - Secretaria do Planejamento e Gestão
SER - Secretarias Executiva Regional
SETUR – Secretaria do Turismo

                                                                               161
SOMA - Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente
SPU - Secretaria do Patrimônio da União
SQA - Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos
UECE - Universidade Estadual do Ceará
UFC - Universidade Federal do Ceará
ZEE - Zoneamento Ecológico Econômico
ZEEC - Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro




                                                                    162
ANEXO VIII - Cartas topográficas por Unidades e Trechos.
(Fonte: SEINF).




                                                           163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
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  • 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA FORTALEZA Novembro de 2006
  • 2. PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA MARÍTIMA PROJETO ORLA PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA Prefeita Luizianne de Oliveira Lins Coordenadora do Projeto Orla Fortaleza Secretários Daniela Valente Martins Secretária de Meio Ambiente e Controle Urbano Luciano Linhares Feijão Secretário de Infra-estrutura José Meneleu Neto Secretário de Planejamento e Orçamento Olinda Maria Marques dos Santos Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza Mariano Araújo de Freitas Secretaria Executiva Regional – SER I Rogério de Alencar Pinheiro Secretaria Executiva Regional – SER II Paulo Mindêllo Secretaria Executiva Regional – SER VI Elaboração do Plano de Gestão integrada da Orla Equipe Técnica Municipal: Antonio Jeovah de Andrade Meireles Coordenador Executivo – GABINETE Raimundo José Reis Felix – SEMAM José Wilson Uchoa do Carmo – SEMAM Cláudio Alberto Barbosa Bezerra – SEMAM Gledson Ribeiro de Oliveira – SEMAM Cláudio Márcio Fonseca Vilhena – SEMAM Andréa Bezerra Crispim – SEMAM Henrique Botelho Frota – HABITAFOR Fernanda Linard de Paula – HABITAFOR Tatiana Rabello Abitbol – SEINF Murilo Cunha Ferreira – SEINF Adolfo César Viera Viana – SEPLA Cleide Cardoso Guedes – SER II Rossana Barros Silveira – SER I Ana Lúcia Oliveira Viana – SER I Santiago de Souza Freitas – SER I 2
  • 3. Equipe Técnica Estadual: Raimunda Neuma S. da Costa – FUNCEME Maria Amável Sobrinha – SEMACE Maria Lucilene Maranhão Garcês – SEMACE Pedro Igor B. de Moraes – SEMACE Laura Mary Marques Fernandes – SETUR Diana Odete Moura Nogueira – SOMA Estolano Polari Maia Neto – SDLR Cristina Maria Aleme Romcy – SEINFRA Eduardo Ney F. Cardoso – SEINFRA Márcia Lúcia de Oliveira Coutinho – SEINFRA Equipe Técnica Federal: Henrique Mota de Aguiar – GRPU Carlos Roberto de M. Nevares – GRPU Raimundo José de Oliveira – DOCAS-Ce Sociedade Civil: Jane da Silva Guedes – GERMINARE Paulo Norberto Rios Martins – GERMINARE Marcelo Motta Capasso – CEARAH PERIFERIA Gerlena Maria Santana de Siqueira – Rede NUHAB Francisca Márcia Alves – AQUITÃBAQUARA Patrizia Imelda Fosch - MDVGA José Expedito Madeira – Barraqueiro Praia do Futuro Luciana de Medeiros - AMIS Wellinton de Sousa Nepomuceno – MCP Raimundo Felix da Rocha – FEPECE Eliane Fonseca Lima – SOC. DA REDENÇÃO Lucimeire Calandrini Ribeiro - ASMOFAM Colaboradores: Pedro Ivo de Souza Batista - MMA Francisco Filomeno de Abreu Neto – HABITAFOR Will Karlo Brandão Maranhão – HABITAFOR Hélio A. Rodrigues – SEMAM Rosemary Barreto Paiva – SEINF Jânio Rodrigues Carvalho – Art. Gráfico – SEMAM José Reginaldo Lima – LABOMAR – UFC Sociedade Civil e Representações Regionais: Gerência Regional do Patrimônio da União – GRPU Companhia de Docas do Ceará – DOCAS-Ce Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente – SOMA Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE Secretaria de Turismo do Estado – SETUR Secretaria da Infra-estrutura do Estado – SEINFRA Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional – SDLR Federação dos Pescadores do Estado do Ceará – FEPECE Fórum de Proteção do Meio Ambiente do Trabalho Fórum dos Pescadores e Pescadoras do Litoral do Ceará Cearah Periferia Associação Aquitãbaquara - Barra do Ceará Movimento em Defesa da Vida dos Moradores de Goiabeiras e Adjacências – MDVGA Movimento dos Conselhos Populares - MCP Germinare Rede Nuhab – Núcleo de Habitação e Meio Ambiente Sociedade da Redenção - Pirambu Associação dos Moradores do Farol do Mucuripe - ASMOFAM SERVILUZ Associação Amigos da Sabiaguaba – AMIS 3
  • 4. Plano de Gestão Integrada da Orla Marítima Projeto Orla Ministério do Meio Ambiente - MMA Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima Ministra de Estado Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos (SQA) Victor Zveibil Zular Secretário da SQA Rudolf de Noronha Diretor de Programa da SQA Ademilson Zamboni Coordenador do Projeto Orla Nacional Equipe Técnica do Projeto Orla Nacional Márcia Oliveira. João Luiz Nicoldi Silvia Martins Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG Paulo Bernardo Ministro de Estado Secretaria do Patrimônio da União (SPU) Alexandra Reschke Secretária da SPU Paula dos Santos Coordenadora do Programa Nacional de Regularização Fundiária Equipe Técnica da SPU Fernanda F. Guimarães Raquel Roland Vila Nova Comissão Técnica Estadual – CTE Gerência Regional do Patrimônio da União - GRPU Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE Instrutores Nelson Saule Júnior Kátia R. S. Carmona 4
  • 5. Pág. ÍNDICE APRESENTAÇÃO 6 1 – CARACTERIZAÇÃO 7 1.1 Objetivos 7 1.2 Identificação do Executor 9 1.3 Localização e descrição da área de intervenção 10 1.4 Síntese do diagnóstico/ classificação 17 1.5 Principais impactos observados 29 2 – CENÁRIOS DE USOS DESEJADOS PARA A ORLA E PROPOSTAS DE AÇÃO 32 2.1 Unidade de Paisagem I 35 2.2 Unidade de Paisagem II 53 2.3 Unidade de Paisagem III 73 2.4 Unidade de Paisagem IV 94 2.5 Unidade de Paisagem V 109 3. FORMAS DE LEGITIMAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO 122 3.1 Mecanismos de envolvimento da sociedade e de mobilização integrada 123 3.2 Formação do Conselho Gestor da Orla 124 3.3 Estratégias de implantação do Plano Gestão Integrada da Orla 125 3.4 Alternativas de articulação política 127 4. ESTRATÉGIA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO 129 4.1 Sistemática de acompanhamento/monitoramento, avaliação e revisão do Plano 132 5. APRESENTAÇÃO DO PLANO E CRONOGRAMA GERAL 135 REFERÊNCIAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS: 136 ANEXOS 143 I. Classificação dos parâmetros ambientais, sociais e econômicos dos trechos. 145 154 II. Planos e programas com afinidade na área. III. Glossário 156 IV. Acrônimos / Abreviaturas 160 V. Cartas topográficas por Unidades e Trechos. 162 5
  • 6. APRESENTAÇÂO. O Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima – Projeto Orla, é uma iniciativa inovadora do Ministério do Meio Ambiente - MMA, por meio da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos, e da Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – SPU/MPOG. O projeto busca aplicar as diretrizes gerais de ordenamento do uso e ocupação da Orla Marítima em escala nacional. Visando fortalecer a articulação de diferentes atores e compatibilizar as políticas ambiental e patrimonial do governo federal com as políticas locais, o projeto tem a característica de promover a descentralização da gestão da orla. Nesse sentido, sua efetivação depende da articulação entre governos federal, estaduais e, principalmente, municipais, estes últimos sendo responsáveis diretos pela condução dos Planos de Gestão Integrada. No âmbito do Município de Fortaleza, o desenho institucional do Projeto Orla orientou-se de modo a descentralizar ações de planejamento e gestão da orla marítima, tendo envolvido diferentes secretarias em articulação com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará – SEMACE e a Gerência Regional do Patrimônio da União – GRPU, que fazem a coordenação estadual do Projeto Orla. A coordenação municipal é exercida pela Prefeita de Fortaleza, com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano – SEMAM, a Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza – HABITAFOR, a Secretaria de Infra- Estrutura – SEINF, a Secretaria de Planejamento e Orçamento – SEPLA e as Secretarias Executivas Regionais I, II e VI. O projeto tem, ainda, a marca da efetiva participação de organizações não governamentais locais e outras entidades e instituições relacionadas ao patrimônio histórico, artístico e cultural, às questões fundiárias (regularização fundiária), à economia – como pesca, comércio (feiras, artesanatos, ambulantes e barraqueiros) – ao lazer e ao turismo, representando um conjunto de atividades com rebatimento destacado na orla marítima do município. As atividades do Projeto Orla Fortaleza tiveram início com as capacitações técnicas, onde foram envolvidos representantes dos órgãos governamentais das esferas municipal, estadual e federal, e entidades da sociedade civil. Em duas oficinas, orientadas por consultores do Ministério do Meio Ambiente e da Secretaria do Patrimônio da União, e também por meio das atividades de campo e oficinas de sistematização foi realizado um conjunto ordenado de atividades relacionadas com a caracterização da orla, identificação dos problemas, definição de propostas de ação e estratégias para execução, acompanhamento e avaliação do referido plano. Fortaleza, a quinta maior capital do Brasil, apresenta peculiaridades importantes na sua orla marítima. Ao contrário de muitas capitais brasileiras, sua faixa de orla é ocupada por comunidades de baixa renda, com exceção da Praia do Meireles e trechos das praias de Iracema, do Futuro e do Mucuripe. As ocupações caracterizam-se pela precariedade das moradias e pela ausência de titulação quanto à posse dos moradores. O estágio de consolidação é variado, existindo comunidades tradicionais, bem como áreas de risco e ocupações recentes. Nesse contexto, a regularização fundiária surge como ferramenta fundamental de planejamento sustentável da orla marítima de Fortaleza, visando garantir a proteção jurídica da posse e a melhoria da qualidade de vida das famílias de baixa renda. Entendida como processo integrado de ações urbanísticas, ambientais, jurídicas e 6
  • 7. sociais, a regularização fundiária, sendo um dos instrumentos da política urbana, conforme estabelece o Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001), tem por objetivo contribuir com o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. A aplicação de seus instrumentos dá-se mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, assim como a titulação da posse das famílias, consideradas sua situação econômica e as normas ambientais. Tendo em vista os impactos sócio-ambientais da orla de Fortaleza em áreas do Patrimônio da União e o interesse dos poderes públicos municipal, estadual e federal em promover a regularização fundiária, o Projeto Orla Fortaleza destaca-se por incorporar, de forma pioneira, o Programa Nacional de Regularização Fundiária dos Assentamentos Informais em Imóveis da União. Conhecido como Programa “Papel Passado”, criado em 2003 pelo Ministério das Cidades, constitui ação de apoio à regularização fundiária sustentável, atuando segundo uma estratégia que visa à remoção dos obstáculos para a regularização, a disponibilização de terras públicas federais e a aplicação direta de recursos do SPU. Seu público alvo é constituído pela população de baixa renda que mora em favelas, loteamentos e conjuntos habitacionais irregulares. O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), assim como a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) também se tornaram parceiros do programa e estão viabilizando a destinação de imóveis ociosos a programas habitacionais de interesse social e regularização fundiária. A orla de Fortaleza foi analisada em sua totalidade para a elaboração do Plano de Gestão Integrada, com o estabelecimento de diagnósticos e linhas de ação. A complexidade e urgência de determinadas demandas, em especial de regularização fundiária e de proteção ambiental, e a grande extensão da área de intervenção fizeram necessário o estabelecimento de trechos prioritários, que receberam maior atenção quanto a sua caracterização e propostas de ação. Dos estudos de cada trecho da orla resultaram as caracterizações e as tabelas de linhas de ações desenvolvidas. Para cada uma das quatro áreas prioritárias, os produtos dos estudos aprofundados serão apresentados nos capítulos referentes à respectiva unidade e trecho. 1. CARACTERIZAÇÃO 1.1 OBJETIVOS Objetivo Geral Identificar os problemas da orla marítima do município de Fortaleza e estabelecer medidas de planejamento e gestão integradas, estratégicas e disciplinadoras de uso e ocupação da orla marítima, diretamente vinculadas a uma abordagem sustentável e participativa, considerando-se os aspectos sócio- econômicos, ambientais e patrimoniais, através da articulação entre as três esferas de governo e a sociedade civil. Ainda promover ações prioritárias de regularização fundiária nas áreas da União através da celebração do convênio junto à Secretaria do Patrimônio da União – SPU no sentido de garantir a segurança jurídica da posse e melhorar as condições de habitabilidade e de infra-estrutura dos moradores destas áreas. 7
  • 8. Objetivos específicos • Analisar e caracteriza de maneira integrada e participativa as diversas formas de uso e ocupação do solo da orla do Município de Fortaleza, focando as potencialidades, os impactos as ações geradoras e a legislação incidente; • Definir novos critérios e parâmetros que aperfeiçoem o uso e ocupação do solo da orla, tendo como conseqüência a melhoria da qualidade sócio-ambiental da orla marítima de Fortaleza; • Otimizar uma estrutura de gestão para o ordenamento pretendido, disponibilizando as informações necessárias para a ampla participação da sociedade, propondo a criação de fóruns de decisão; • Estabelecer, a partir dos cenários propostos, projetos paisagísticos, ações, medidas, prazos e responsáveis para a efetivação do Plano de Gestão Integrada da Orla Marítima de Fortaleza; • Melhorar a qualidade de vida das populações humanas, levando em consideração a manutenção das atividades tradicionais, da diversidade biológica e da produtividade dos ecossistemas costeiros; • Implantar ações e medidas para a melhoria da qualidade sócio- ambiental da orla marítima e da balneabilidade das praias, em especial para o lazer, turismo, valorização do patrimônio histórico e educação ambiental; • Compatibilizar as políticas públicas nacional, estadual e municipal com as diretrizes do Plano de Gestão Integrada da Orla Marítima de Fortaleza; • Estimular a criação de Unidades de Conservação de Uso Sustentável e de Proteção Integral e orientar a implantação dos planos de manejo de novas unidades e das existentes; • Desenvolver estruturas e processos de integração institucional para gestão e execução do Projeto Orla no município de Fortaleza; • Promover ações que orientem a revitalização do Patrimônio Histórico e Cultural da orla; • Desenvolver mecanismos de mobilização social, de descentralização e participação na gestão integrada da orla; 8
  • 9. 1.2 Identificação do Executor Prefeitura Municipal de Fortaleza Co-executores Gabinete da Prefeita Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano – SEMAM Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza – HABITAFOR Secretaria Municipal de Planejamento - SEPLA Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Desenvolvimento Urbano – SEINF Secretaria Executiva Regional I – SER I Secretaria Executiva Regional II – SER II Secretaria Executiva Regional VI – SER VI Parceiros Gerência Regional do Patrimônio da União – GRPU Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente – SOMA Secretaria de Turismo do Estado – SETUR Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE Secretaria da Infra-estrutura - SEINFRA Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME Companhia de Docas do Ceará Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA Federação dos Pescadores do Estado do Ceará – FEPECE Fórum de Proteção do Meio Ambiente do Trabalho Fórum dos Pescadores e Pescadoras do Litoral do Ceará Centro de Estudos, Articulação e Referência sobre Assentamentos Urbanos - Cearah Periferia Associação Aquitãbaquara - Barra do Ceará Movimento em Defesa da Vida dos Moradores de Goiabeiras e Adjacências – MDVGA Movimento dos Conselhos Populares - MCP Germinare Rede Nuhab – Núcleo de Habitação e Meio Ambiente Sociedade da Redenção - Pirambu Associação dos Moradores do Farol do Mucuripe - ASMOFAM SERVILUZ Associação Amigos da Sabiaguaba – AMIS Coordenação estadual Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE Gerencia Regional do Patrimônio da União - GRPU 9
  • 10. 1.3 Localização e descrição da área de intervenção. O Município de Fortaleza (Figura 1), capital do Estado do Ceará, situa-se na porção nordeste do estado, nas coordenadas de latitude sul: 3° 43’ 2” e longitude oeste: 38° 32’ 35”. Tem como limites a norte o Oceano Atlântico, ao sul os municípios de Pacatuba, Eusébio, Maracanau e Itaitinga, à leste o município de Aquiraz e o Oceano Atlântico e à oeste o município de Caucaia. Figura 1 - Município de Fortaleza com a delimitação das Unidades de Paisagem da orla. A divisão dos trechos em escala de detalhe e georreferenciados encontra-se nas respectivas unidades (mapa georreferenciado elaborado pela Secretária Municipal de Infra-Estrutura e Desenvolvimento Urbano; aerofotogrametria vôo de 1995). Fortaleza possui uma área de 336 Km2 e uma altitude media de 21m, estando dividida oficialmente em 114 bairros, contendo 11.339 ruas e avenidas. A faixa litorânea tem uma extensão de 34,2 km de praia banhada pelo Oceano Atlântico. Incluindo a orla do rio Ceará, abrange uma extensão 43,4km. Caracteriza-se por possuir duas direções preferenciais de orla marítima. A primeira, de sentido leste-oeste, é localizada entre o rio Ceará e o Porto do Mucuripe abrangendo uma extensão de 19,4km (incluindo os 9,2km da margem do rio Ceará, esta faixa passa para 28,4km). A segunda, noroeste-sudeste, é situada entre o Serviluz e a foz do Rio Pacoti, com extensão de aproximadamente 15 km. 10
  • 11. A Orla do Município de Fortaleza é composta por trechos em grande parte modificados por intervenções antrópicas, caracterizadas por ocupação urbana irregular e atividades de forte impacto ambiental. A ação humana desenvolveu o ambiente construído que desencadeou a fixação artificial das dunas, obras de engenharia para a contenção da erosão, portos e demais construções relacionadas com vias de acesso, edifícios residenciais e comerciais e assentamentos subnormais. É ao longo da planície costeira de Sabiaguaba (sudoeste da orla) que ocorre o maior conjunto de unidades ambientais preservadas. O clima do município é tropical, quente e úmido com chuvas de verão e outono. Caracteriza-se por um alto índice de umidade relativa do ar, com mínima de 73% e máxima de 82,5%. Isto se deve à influência marítima e alta taxa de evaporação. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), a precipitação pluviométrica caracteriza-se por uma estação chuvosa que está concentrada no primeiro semestre e tem uma média anual de 1.378,3 mm. O ponto máximo de precipitação é no mês de abril. Há uma predominância de ventos alísios de leste e nordeste durante quase todo o ano, com velocidade média de 4,2 m/s. O sistema ambiental do Município de Fortaleza recebe altos índices de energia solar, onde o calor radiante fornecido pelo sol durante o ano é suficiente para evaporar uma lâmina d’água de 270 mm de altura em qualquer manancial d’água armazenado (segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM). As taxas de evaporação atingem seu ponto máximo no mês de outubro. A temperatura da cidade é elevada durante o ano todo, apresentando uma média anual de 26,6°C. A média máxima é de 29,9°C e a média mínima é de 23,5°C. A seqüência de unidades de paisagem caracterizada ao longo do litoral de Fortaleza compõe uma orla de elevada complexidade morfológica, sócio- ambiental, econômica e cultural. Está repleta de sistemas ambientais de relevante interesse ecológico submetidos a uma ampla variedade de usos e ocupações. Para a delimitação e classificação da orla como um todo e de cada um dos trechos, levou-se em conta os Terrenos de Marinha delimitados, a Linha de Preamar-Média de 1831 (LPM-1831) e a Linha Limite de Marinha (LLM) demarcados. Foi também levado em conta a presença de áreas de conservação e preservação (manguezais e dunas) regidas por legislação específica, de interesse especial e de relevante importância para a biodiversidade e para a melhoria da qualidade de vida. É importante salientar que os limites dos Terrenos de Marinha e da Linha de Preamar Média de 1831 (LPM-1831), foram plotados por técnicos da Secretaria de Infra-estrutura do Município e da Gerência Regional do Patrimônio da União (em processo de homologação). Foram utilizados para delimitação da faixa de orla de gestão da Prefeitura Municipal de Fortaleza em parceria com a Secretaria do Patrimônio de União – SPU, de modo a definir a abrangência geográfica das linhas de ação deste Plano de Gestão Integrada da Orla. Os mapas em escala de detalhe (1:2.000, com respectivas escalas gráficas) de cada trecho estão em anexo. Isto devido à extensão da orla marítima de Fortaleza, à quantidade de trechos e a necessidade de serem representados em escala de detalhe com a linha de preamar máxima e os limites dos terrenos de marinha. 11
  • 12. A área de intervenção inicia-se na margem direita do estuário do rio Ceará, abrangendo parte de uma Unidade de Conservação (APA do rio Ceará), na confluência das Ruas J e Alfa do conjunto habitacional Vila Velha (fase II), nas proximidades das salinas abandonadas. Setor com orla abrigada e associado a resquícios de vegetação de mangue e a uma planície de maré que foi utilizada para a implantação de salinas (atualmente em processo de ocupação em área risco). Seguindo para a desembocadura do rio (de sudoeste para nordeste), após a ponte José Martins Rodrigues sobre o rio Ceará, em um trecho com praia arenosa e ainda em uma orla abrigada, ocorre a presença de uma duna móvel (duna da Barra do Ceará) que, antes da construção da Av. Radialista José Lima Verde, conectava-se com a dinâmica das marés dentro do estuário, contribuindo com um volume de sedimentos adequado para a origem de bancos e flechas de areias no canal do rio e na faixa de praia. Este sistema ambiental encontra-se em processo acelerado de degradação, principalmente com as favela em suas encostas. Na desembocadura do rio, com uma orla associada a obras de engenharia costeira (espigões e muros) o litoral toma o sentido de noroeste para leste-oeste, iniciando uma faixa de praia linear e exposta. A partir de então e em um trecho com uma seqüência de 15 espigões (entre a Barra do Ceará e a Marina de Iracema Park Ltda.), ocorre uma orla com processos erosivos em parte controlados pelas obras de engenharia costeira. No trecho associado às intervenções do projeto Avenida Costa Oeste (praia das Goiabeiras), verificou-se a degradação do calçadão e a supressão do porto das jangadas devido à ação das ondas e marés e a deficiência de sedimentos ao longo da faixa de praia. São praias arenosas (em alguns trechos com faixa estreita de pós-praia) com a dinâmica das ondas e marés e o transporte de sedimentos (deriva litorânea) regidas pelas intervenções antrópicas. A ocorrência de dunas somente é notada pela topografia da área de estudo, pois foram tomadas pela expansão urbana. Trecho com elevado adensamento populacional com moradores de baixa renda. No segmento entre a Igreja de Santa Edwirgens e a praia de Iracema, a orla linear e exposta é praticamente desprovida de areia, com a antropização associada aos espigões da Marina de Iracema Park Ltda. e do estaleiro da Indústria Naval do Ceará (INACE) e os trechos com muros de rochas paralelos à faixa de praia. Logo após o estaleiro, em uma faixa de praia praticamente desprovida de areia, inicia-se o processo de verticalização da orla de Fortaleza, com ocupações residenciais e comerciais e os calçadões. Em frente ao Ideal Clube uma faixa de praia com acúmulo de areia diferenciado (originado com o engordamento artificial) e uma larga faixa de pós-praia. Continuando em uma orla dos tipos arco (entre a Rua Ildefonso Albano e o Mercado dos Peixes do Mucuripe) e semi-abrigada (até o espigão do Titanzinho) predomina uma orla com praia arenosa associada à presença de uma faixa praticamente contínua de pós-praia (entre o limite da preamar e o calçadão), interrompido por setores de praia rochosa baixa, em uma direção aproximadamente leste-oeste. Seguindo com a verticalização da orla. Logo após o mercado dos peixeiros e nas proximidades do cais pesqueiro até o espigão do Titanzinho (à leste da bacia de evolução portuária), a faixa de praia encontra-se bastante antropizada (muros de concreto paralelos à orla, edifícios, espigões) com deficiência de areia na orla e problemas de acesso. Ressalta-se 12
  • 13. a praia Mansa, semi-abrigada, quando o sentido preferencial para linha de costa é sudoeste-nordeste, edificada após a construção do espigão do Porto do Mucuripe. Praia com uma faixa de areia acumulada a partir das interferências das obras de engenharia costeira na dinâmica das ondas e marés e no transporte de sedimentos a parir da praia do Futuro. Um aspecto morfológico importante é representado pelo morro de Santa Terezinha, antiga duna móvel do complexo dunar da praia do Futuro, completamente urbanizado por um adensamento de moradias de baixa renda e em grande parte assentamentos sub-normais. Seguindo agora de noroeste para sudeste a partir do Serviluz (à sul do espigão do Titanzinho) até a desembocadura do rio Cocó, a orla é linear e exposta, com largas faixas de praia e pós-praia com ocupações de barracas. Observam-se acumulações de sedimentos provocadas pela ação dos ventos sobre a pós-praia, principalmente no Serviluz, quando associadas às intervenções antrópicas que acompanharam a progradação da praia a partir da instalação do espigão do Titanzinho. Orla com elevado adensamento de barracas de praia e associada a um calçadão na faixa de pós-praia. Nas proximidades do rio Cocó a dinâmica costeira associada ao transporte de sedimentos pelas ondas e marés, ocasionando a formação de bancos e flechas de areia, de elevada dinâmica e em constante processo de mudanças morfológicas. Nas margens do rio Cocó (orla abrigada) verifica-se a presença de praia arenosa, com ocorrência de setores antropizados com barracas de praia e blocos de rocha dispostos na margem do rio para o controle erosivo. Vegetação de mangue nas margens. É importante salientar que a hidrodinâmica estuarina está influenciada pela construção de uma ponte e à ocupação das dunas na margem direita (sul). Com os critérios definidos no manual “Fundamentos para Gestão Integrada”, os resultados obtidos durante as oficinas e no decorrer dos trabalhos de campo (diagnósticos sócioambientais) e, segundo as peculiaridades e complexidade determinadas e os diversos interesses socioeconômicos instituídos, foram divididas em 5 unidades de paisagem e 17 trechos enumerados a seguir: UNIDADE I – De parte da APA do Rio Ceará (margem direita) até a Rua Adriano Martins (15,4km) Trecho 1 – De parte da APA do Rio Ceará (confluência das Ruas J e Alfa do Conjunto Vila Velha parte II) ao longo de sua margem direita até o Estaleiro Brasil Mar Trecho 2 – Estaleiro Brasil Mar (a partir da Rua Vinte de Janeiro) até o Pólo de Lazer da Barra do Ceará Trecho 3 – Pólo de Lazer da Barra do Ceará até a Rua Adriano Martins UNIDADE II – Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até o Mercado dos Peixes do Mucuripe (8,5km) Trecho 1 – Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até Igreja Santa Edwirgens Trecho 2 – De leste da Igreja Santa Edwirgens até a Avenida Almirante Tamandaré Trecho 3 – Da Avenida Almirante Tamandaré até a Rua Ildefonso Albano 13
  • 14. Trecho 4 – Rua Ildefonso Albano até ao Mercado dos Peixes do Mucuripe UNIDADE III – Do Mercado de Peixes do Mucuripe até ao Serviluz (Rua Ismael Pordeus) (6,0km) Trecho 1 – Mercado de Peixes do Mucuripe até o Oleoduto da Petrobras Trecho 2 – Do Oleoduto da Petrobras até o início da praia Mansa Trecho 3 – Praia Mansa até o molhe do Titanzinho Trecho 4 – Do molhe do Titanzinho até o fim do Serviluz (Rua Ismael Pordeus) UNIDADE IV – Da Rua Ismael Pordeus à foz do Rio Cocó (margem direita) (6,7km) Trecho 1 – Da Rua Ismael Pordeus até a Rua Renato Braga Trecho 2 – Rua Renato Braga até a margem esquerda do Rio Cocó (Rua Germiniano Jurema) Trecho 3 – Entre as margens esquerda e direita do Rio Cocó UNIDADE V – Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) até a foz do Rio Pacoti (margem esquerda) (6,8km) Trecho 1 – Início da Orla Marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do Rio Cocó) ao Limite Nordeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba Trecho 2 – Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba Trecho 3 – Do Limite sudeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba à margem esquerda do Rio Pacoti A descrição dos aspectos morfológicos, dinâmicos, ambientais, interferências antrópicas, delimitação da Linha Limite de Terreno de Marinha (LLTM) e demais critérios utilizados durante as oficinas (classificação da orla, formas de uso e ocupação, impactos ambientais, problemas fundiários, tipos de urbanização, unidades de conservação, diversidade de paisagem e biodiversidade), fundamentou o limite geográfico interior das unidades e trechos. Salientamos que a complexidade do traçado urbano que envolve a área de estudo do Projeto Orla, por onde passa o limite das unidades e seus respectivos trechos, requer uma detalhada descrição, que deverá ser acompanhada pelos mapas de detalhe em anexo. Com a impossibilidade de apresentar a delimitação detalhada nas tabelas, optou-se pela descrição que se segue, sendo utilizada a síntese geográfica de cada trecho. Unidade I: Inicia-se em um setor da APA do Rio Ceará na confluência das Ruas J e Alfa (conjunto habitacional Vila Velha parte II), segue pela Linha Limite de Marinha (LLM) até o prolongamento da Avenida Francisco Sá; segue por essa avenida até a extensão do prolongamento da Rua Ceci; segue por essa rua no sentido norte até a Avenida Pres. Castelo Branco; segue por essa avenida no sentido leste até encontrar a Avenida Dr. Theberge; dá uma deflexão no sentido sul até encontrar a Rua Gomes Passos; segue por esta via no sentido leste até encontrar a Rua Álvaro de Alencar; de onde se liga à Rua Monsenhor Rosa, seguindo por esta até a Rua Jacinto Matos; de onde faz uma pequena deflexão no sentido nordeste para encontrar a Rua Adriano Martins; segue pelo prolongamento dela até a linha de preamar; retorna por esta linha até encontrar o ponto original. 14
  • 15. Unidade II: Inicia-se no encontro da linha de preamar com o prolongamento da Rua Adriano Martins; segue por esta rua até o encontro do muro sul da via férrea (Ruas Aprendizes Marinheiro e Adarias de Lima); segue por este no sentido leste até o início da Rua Dr. João Moreira; continua por esta via até encontrar a Avenida Alberto Nepomuceno; segue nesta via no sentido nordeste até o viaduto; segue pela Avenida Monsenhor Tabosa no sentido leste até fazer uma deflexão no sentido sul na Avenida Rui Barbosa; segue pela Rua Antonele Bezerra no sentido leste até encontrar a Avenida Barão de Studart; dá uma deflexão no sentido sul até encontrar a Rua Silva Jathay; segue por esta rua até o encontro com a Rua Oswaldo Cruz; dá um deflexão no sentido norte até o encontro com a Avenida Abolição; segue por esta via no sentido leste até o cruzamento com a Rua Juvêncio Vasconcelos; segue por esta rua até o muro da via férrea do Mucuripe; segue por ele até o prolongamento da Rua Dalmar; deste ponto segue no sentido norte até encontrar a linha de preamar; retorna por esta linha no sentido oeste até encontrar o ponto original. Unidade III: Inicia-se no encontro da linha de preamar com o prolongamento da Rua Dalmar (mercado dos peixes); segue por seu prolongamento até o muro da via férrea; segue por ele no sentido sudoeste até a Rua Juvêncio Vasconcelos; segue por esta via no sentido sudeste até encontrar a Avenida dos Jangadeiros, onde fará uma pequena deflexão para prosseguir na Rua Terra e Mar; segue por esta via no sentido sudeste até o prolongamento da Rua dos Búzios; segue por ela até o cruzamento com a Rua Estrela do Oriente, que margeia o Mirante de Santa Terezinha; segue pela Avenida Dolor Barreira no sentido norte até encontrar o limite da área de segurança do farol; segue por este limite no sentido nordeste até a Rua José Setúbal Pessoa; segue por esta via no sentido sudeste até o cruzamento com a Rua Ismael Pordeus; segue por esta via até o seu prolongamento encontrar a linha de preamar; segue por esta linha no sentido noroeste margeando os molhes do Titanzinho e do Titan, a Praia Mansa, o Porto até chegar ao ponto inicial. Unidade IV: Inicia-se no encontro da linha de preamar com o prolongamento da Rua Ismael Pordeus; segue por esta via até o cruzamento com a Avenida Dioguinho; segue por esta avenida no sentido sudeste até encontrar a foz do Rio Cocó; na margem direita do mesmo, segue pela delimitação da APA de Sabiaguaba até a linha de preamar, de onde retorna ao ponto inicial. Unidade V: Contempla todo o perímetro de delimitação das Unidades de Conservação Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e parte da Área de Proteção (APA) de Sabiaguaba, instituído por decreto municipal. O acesso poderá ser realizado por barco a partir do final da Av. Dioginho ou pela Estrada da Cofeco e Bairro Sabiaguaba. 15
  • 16. É importante ainda salientar que a orla de Fortaleza está inserida em unidades administrativas denominadas de Secretarias Executivas Regionais (SER’s). Foram instituídas 6 (seis) SER’s em 1997 (Lei no 8.000) objetivando reformular a organização administrativa municipal, utilizado como principal critério os aspectos geográficos da malha urbana. Nesta compartimentação administrativa as unidades e seus respectivos trechos da orla estão relacionadas com as SER`s I, II e VI. A seguir será apresentada a síntese do diagnóstico realizado durante as oficinas, os trabalhos de campo, as audiências intermediárias e as reuniões técnicas de sistematização, com a compartimentação da orla em trechos, com suas respectivas delimitações e características. 16
  • 17. 1.4 Síntese do diagnóstico/classificação da orla Foram devidamente diagnosticados, de acordo com a metodologia proposta, as 5 Unidades de Paisagem e os 17 Trechos. A orla foi compartimentada levando em conta a extensão e complexidade de paisagens repletas de ambientes em diferentes estados de degradação e de preservação ambientais e envolvendo atividades sócio-econômicas e culturais das mais variadas. Sistemas ambientais de preservação permanente, campos de dunas impactados por moradias de baixa renda e associados a áreas de risco foram incorporadas em unidades e trechos específicos. Setores intensamente urbanizados e relacionados a obras de engenharia costeira e projetos de uso e ocupação da orla, também orientaram na compartimentação da orla. As demais intervenções definidas por zonas portuárias, residenciais, de comércio, lazer e administrativa, foram relacionadas de forma interdependente e integradas com os demais aspectos sócio-ambientais existentes na orla. Para a sistematização adequada das linhas de ação, perante os problemas definidos, foram classificadas 4 áreas prioritárias, de acordo com a discussão técnica e contribuições durante a realização do diagnóstico. Desta forma, foram elencadas as diversas ações e medidas a serem implementadas, de acordo com seus respectivos cronogramas de execução e órgãos da administração responsáveis. As áreas prioritárias são: 1. Duna da Barra do Ceará, localizada na Unidade I , Trecho 2; 2. Pirambu, localizado na Unidade I, Trecho 3; 3. Serviluz, localizado na Unidade III, Trecho 4; 4. Sabiaguaba (Parque Natural Municipal das Dunas da Sabiaguaba), localizada na Unidade V, Trecho 2. Foram confeccionados tabelas e quadros evidenciando a delimitação das unidades de paisagem, as características mais peculiares da orla e a classe a qual pertence. Cada unidade está representada em cartografia georreferenciada de detalhe contendo a LPM-1831 e a LLM, o limite interior da área de abrangência do Plano de Gestão Integrada e a individualização de cada trecho. Tomando como base a orla de Fortaleza, cada unidade, com seus respectivos trechos, foi representada em cartografia contendo aspectos topográficos, pontos de referência dos setores utilizados para a elaboração dos perfis de usos atual, tendencial e desejado. 17
  • 18. Salienta-se que a cartografia encontra-se em meio digital, favorecendo a elaboração de mapas temáticos, zoneamento ambiental e caracterização das áreas prioritárias para o desenvolvimento das ações previstas. Será de fundamental importância para a composição de projetos paisagísticos, remoção de comunidades em áreas de risco e de preservação permanente, planos de manejo das Unidades de Conservação (UC’s) e no ordenamento territorial da orla. Com a descrição de cada unidade de paisagem será apresentado o mapa com os respectivos trechos. Devido à necessidade da representação em escala de detalhe (com escala gráfica) de modo a atender a metodologia proposta, encontram-se em anexo, mapas topográficos que auxiliaram na compartimentação, diagnóstico e classificação detalhada da orla. 18
  • 19. TABELA I - UNIDADE DE PAISAGEM I De parte da APA do rio Ceará (margem direita) até a Rua Adriano Martins (Figura 2). Trecho 1 – de parte da APA do Rio Ceará (confluência das Ruas J e Alfa do Conjunto Vila Velha parte II) ao longo de sua margem direita até o Estaleiro Brasil Mar * Delimitação Caracterização Classe Inicia no setor pertencente à Orla linear e abrigada ao longo da margem APA do rio Ceará, entre as direita do rio Ceará com a presença do Ruas J e Alfa onde se ecossistema manguezal e planície de encontram as salinas maré. Setores antropizados. Construções abandonadas, seguindo pela de muros de concreto e espigões para o margem direita do rio, controle erosivo a partir da dinâmica das B acompanhando a LLM até o marés. Presença de ocupações irregulares estaleiro existente mais à na forma de urbanização (moradias formais nordeste. O rio Ceará é o e informais) consolidada ao longo da limite entre os municípios de margem do rio. Caucaia e Fortaleza. Trecho 2 – Estaleiro Brasil Mar (a partir da Rua Vinte de Janeiro) até o Pólo de Lazer da Barra do Ceará Delimitação Caracterização Classe Inicia no extremo nordeste do Orla linear e abrigada com intervenções de estaleiro disposto na margem engenharia costeira (espigões), associada direita do rio Ceará, seguindo a um conjunto dunar com setores móveis e pela orla, incluindo a duna da fixos; dinâmica evolutiva da margem do rio Barra e alcançando o Pólo de associada a bancos de areia e à erosão; C Lazer da Barra do Ceará. ocupações irregulares; urbanização Acesso direto pela Av. consolidada e irregular, construções Coronel Carvalho continuando horizontais, legais e ilegais ao longo da pela Av. Radialista José Lima faixa de orla. Verde. Trecho 3 – Pólo de Lazer da Barra do Ceará até a Rua Adriano Martins Delimitação Caracterização Classe Partindo do extremo leste do Orla linear e exposta com setores Pólo de Lazer da Barra do antropizados por obras de engenharia Ceará (início da Av. Costa- costeira e construção de via paisagística; Oeste) até o antigo faixa de praia estreita e submetida a erosão Kartódromo. Inclui o Próprio em eventos de ressacas e marés de C Nacional do Pirambu (área tempestade; cobertura vegetal é fragmentada da União). O limite sul são (coqueiros); ocupações irregulares sob a as vias Av. Presidente duna; setores com falésia viva (urbanizados); Castelo Branco, Gomes presença de equipamentos públicos em área Passos e Monsenhor Rosa. de preservação permanente (pós-praia); urbanização consolidada de alta densidade e irregular com o predomínio de construções horizontais, legais e ilegais ao longo da faixa de orla. * Classe: classificação dos trechos de acordo com o Manual de Gestão do Projeto Orla – Fundamentos para a Gestão Integrada (volume II), tomando como base do Decrelo No 5.300/2004, regulamentador da Lei o Federal N 7661/1988 que institui o gerenciamento costeiro no Brasil. 19
  • 20. Figura 2 – Mapa da Unidade de Paisagem I com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF) 20
  • 21. TABELA II - UNIDADE DE PAISAGEM II Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até o Mercado dos Peixes do Mucuripe (Figura 3). Trecho 1 – Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até Igreja Santa Edwirgens Delimitação Caracterização Classe A partir do limite Orla com morfologia do tipo linear e exposta; larga faixa oeste do antigo de praia antropizada pela implantação de obras de Kartódromo (Rua engenharia costeira (controle do processo erosivo e Adriano Martins) interferências na hidrodinâmica). Faixa de areia restrita até a Igreja de entre espigões. Trecho com elevada concentração de Santa Edwirges. O equipamentos públicos - Estação de Tratamento de limite sul é gases do interceptor oceânico), IML (Instituto Medico C representado pelo Legal), áreas militares (Bombeiros e Marinha do Brasil) muro da via férrea e Igreja. Faixa de praia com acesso restrito (ETE). Cobertura vegetal é fragmentada. A urbanização é (Ruas Aprendizes consolidada e de alta densidade, construções Marinheiro e horizontalizadas, regular e irregular; presença de Adarias de Lima). barracas de praia. A configuração paisagística e do tipo urbana. Trecho 2 – De leste da Igreja Santa Edwirgens até a Avenida Almirante Tamandaré Delimitação Caracterização Classe Partindo do Orla exposta; acesso restrito em virtude da privatização extremo leste da do espaço público pelo Marina de Iracema Park Ltda. e Igreja de Santa pela indústria naval (estaleiro INACE); urbanização Edwirges seguindo consolidada de alta densidade (casas no alto do morro); pela Av. Monsenhor ocupação irregular, construções horizontais, regular e C Tabosa e irregular; setores de praia antropizados por obras de secundárias até a engenharia costeira (muros e espigões) para contenção Av. Alberto de erosão e formação de uma bacia portuária (marina); Nepomuceno. considerada área de interesse especial por conter um prédio tombado (capela de Santa Edwirges); ocupação de pós-praia por residências em um setor de orla abrigada (Poço da Draga). Trecho 3 – Da Avenida Almirante Tamandaré até a Rua Ildefonso Albano Delimitação Caracterização Classe Da esquina leste da Orla linear e exposta; antropizada através de obras Avenida Alberto de engenharia costeira para a contenção de Nepomuceno com a processos erosivos; urbanização consolidada de alta beira-mar até a Rua C densidade e em processo de verticalização (uso Ildefonso Albano. O misto); ocupação regular correspondendo a uma limite sul é representado pela mancha urbana contínua (residencial comercial e Av. Monsenhor hoteleiro); apresenta importância histórico-cultural; Tabosa. ocorrência de esgotos clandestinos pela rede de galerias pluviais. Trecho 4 – Rua Ildefonso Albano até ao Mercado dos Peixes do Mucuripe Delimitação Caracterização Classe Partindo da esquina Orla tipo arco (enseada) e exposta; cobertura vegetal leste da Rua insipiente; acesso direto; urbanização consolidada Ildefonso Albano com alta densidade. Trecho com verticalização C seguindo até o (edifícios residencial, comercial e hoteleiro). Linha da Mercado dos praia associada a obras de engenharia costeira com Peixeiros. A Av. a construção de espigões de proteção (aterro de Abolição demarca o Iracema). Setor de praia com equipamentos de limite sul. drenagem urbana (galerias pluviais) com ligações clandestinas de esgoto. 21
  • 22. Figura 3 – Mapa da Unidade de Paisagem II com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF). 22
  • 23. TABELA III - UNIDADE DE PAISAGEM III Do Mercado de Peixes do Mucuripe até ao Serviluz ( Rua Ismael Pordeus) (Figura 4). Trecho 1 – Mercado de Peixes do Mucuripe até o Oleoduto da Petrobras Delimitação Caracterização Classe A partir do limite nordeste do Orla semi-abrigada associada a obras de Mercado dos Peixes do engenharia costeira (muros de concreto e Mucuripe seguindo até início do espigões). Setor com alto adensamento de Cais Pesqueiro. Do construções irregulares na orla e em área de prolongamento da Rua Delmar domínio das marés (equipamentos urbanos seguindo pelo muro da via submetido ao ataque das ondas). Praias férrea e adentrando pela privatizadas com variações nos índices de complexa configuração urbana balneabilidade; poluição sanitária, estética e C do morro do Teixeira. visual. Hotel e condomínio residencial (trecho verticalizado) interferindo na dinâmica das ondas e marés (muros de proteção submetidos ao ataque direto das ondas). Engloba parte do campo de dunas da praia do Futuro (morro de Santa Terezinha), com elevada densidade de ocupação urbana e com barracas e bares abandonados. Existência de barracos sem higiene e barcos abandonados na praia dos Botes. Trecho 2 – do Oleoduto da Petrobras até o início da praia Mansa Delimitação Caracterização Classe À nordeste do Cais Pesqueiro Orla semi-abrigada e dinâmica costeira regida em seguindo na direção do Cais grande parte pela presença de obras de Comercial. O limite sul pela via engenharia costeira (espigões). Faixas de areia férrea e prolongamento até o reduzida (erosão costeira). Danos ambientais com comprometimento da balneabilidade. Praias em C espigão do Titanzinho. zona de segurança, com multiplicidade de usos industrial e comercial. Trecho 3 – Praia Mansa até o molhe do Titanzinho Delimitação Caracterização Classe Trecho de praia à oeste do Orla semi-abrigada de praia artificial (originada espigão do Porto do Mucuripe através da acumulação de areia a partir das (Praia Mansa) representada interferências dos espigões no comportamento das A por área acrescida de marinha. ondas e no transporte de sedimentos) com baixa Acesso restrito pelo Porto do ocupação refletindo em uma área conservada. Mucuripe ou por embarcações. Praias privatizadas. Presença de torres de geração de energia eólica sobre faixa de pós-praia. Presença de um porto de ancoragem de jangadas em função de atividades de pesca tradicional. Trecho 4 – do molhe do Titanzinho até o fim do Serviluz (Rua Ismael Pordeus) Delimitação Caracterização Classe Do limite sudeste do espigão do Orla exposta com larga faixa de praia. Zona de Titanzinho seguindo pela faixa acumulação de sedimentos a partir da interferência de praia do Serviluz até a Rua do espigão do Titanzinho. Alto adensamento C Ismael Pordeus. Incluindo o populacional com assentamentos subnormais. Serviluz (com limite sul a Av. Dinâmica eólica com transporte de areia da praia Zezé Diogo) e a área para a pós-praia soterrando vias de acesso e retroportuária. residências. Balneabilidade comprometida pelo precário saneamento público. 23
  • 24. Figura 4 – Mapa da Unidade de Paisagem III com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF). 24
  • 25. TABELA IV - UNIDADE DE PAISAGEM IV Da Rua Ismael Pordeus à foz do Rio Cocó (margem direita) (Figura 5). Trecho 1 – da Rua Ismael Pordeus até a Rua Renato Braga Delimitação Caracterização Classe Partindo do limite sudoeste Orla linear e exposta com a faixa de pós- da Rua Ismael Pordeus até a praia associada a acumulações de areia Rua Renato Braga. pela ação dos ventos. Trecho com acesso B Seguindo pela Av. Dioguinho. direto. Presença de residências e de barracas de praia. Início da verticalização das construções que se prolonga pela praia do Futuro. Pontos de drenagem pluvial com evidências de ligações clandestinas (efluentes domiciliares). Trecho 2 – Rua Renato Braga até a Foz do Rio Cocó Delimitação Caracterização Classe A partir do limite sul da Rua Orla linear e exposta com acesso direto. Renato Braga até a Dunas de pequeno porte relacionadas com desembocadura do rio Cocó. os anteparos provocados pelas barracas Seguindo pela Av. Dioguinho de praia. Presença de bancos e flechas de areia (deposição diferenciada de B sedimentos a partir da ação das ondas e marés) nas proximidades da foz. Trecho com ocupação por residências e barracas de praia sobre a faixa de praia. Continuidade do processo de verticalização até as proximidades da desembocadura do rio Cocó. Trecho 3 – Entre as margens esquerda e direita do rio Cocó (Rua Germiniano Jurema) Delimitação Caracterização Classe Da margem esquerda do rio a Orla abrigada com a evolução morfológica partir da faixa de praia, de suas margens regida pela ação das seguindo até as obras de ondas e marés e os bancos de areia no construção da ponte sobre o leito do estuário. Área de interesse B rio Cocó, ultrapassando seu especial. Presença de ecossistema leito principal e segundo pela manguezal e de campo de dunas móveis e margem direita até a sua fixas. Ocupações irregulares em área de desembocadura. preservação permanente. Urbanização Com acesso principal pela consolidada e desordenada com Av. Dioguinho. construções horizontais e verticalizadas, regulares e irregulares. 25
  • 26. Figura 5 – Mapa da Unidade de Paisagem IV com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF). 26
  • 27. TABELA V - UNIDADE DE PAISAGEM V Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) até a foz do Rio Pacoti (margem esquerda) (Figura 6). Trecho 1 – Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) ao limite nordeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba Delimitação Caracterização Classe Partindo da margem Orla linear e exposta; acesso direto; ambiente direita rio Cocó até a parcialmente preservado na faixa de praia e praia de Sabiaguaba, margem do rio. Processo de ocupação de área A-B extremando com o início de preservação permanente. Resquícios de do Parque. dunas com ocupação urbana e implantação da ponte sobre o rio. Presença de rochas nas faixas de praia e pós-praia. Áreas associadas a lagoas sobre a faixa de pós-praia durante o período de maiores precipitações pluviométricas. Trecho 2 – Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba Delimitação Caracterização Classe Trecho delimitado pelo Orla linear e exposta, associada a campos de Parque Natural dunas fixas e móveis, lagoas costeiras e Municipal das Dunas de interdunares; faixa de praia sem a presença de Sabiaguaba. erosão costeira e com ocorrência de rochas ao A Envolvendo a área longo da faixa intermaré. Área com dunas e delimitada pela UC. lagoas costeiras preservadas. Ocorrência de mineração de areia em dunas fixas e móveis (APP), com desmatamento da cobertura vegetal. Trecho 3 – Do limite sudeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba à margem esquerda do rio Pacoti Delimitação Caracterização Classe A partir do limite Orla parte exposta e abrigada (quando sudeste do Parque associada à esquerda do rio Pacoti). Natural Municipal das Considerada como área de interesse ambiental Dunas de Sabiaguaba especial pela ocorrência de praia, dunas e A-B até a margem do rio manguezal. Ocupações irregulares em área de Pacoti. preservação permanente. Ocupação irregular desordenada com barracas de praia e residências. 27
  • 28. Figura 6 – Mapa da Unidade de Paisagem V com seus respectivos trechos (Fonte: SEINF). 28
  • 29. 1.5 Principais impactos observados Os principais impactos na orla foram identificados durante as atividades de campo e sistematizados e analisados nas reuniões dos grupos de técnicos com a participação dos órgãos de gestão e da sociedade civil. Foram relacionados com a utilização da área de intervenção do Projeto Orla, ambientes de relevante interesse para a regularização fundiária e melhoria sócio-ambiental das diversas formas de uso e ocupação. Foram definidos de forma participativa, em um processo de aprimoração de uma gestão integrada e de modo a favorecer o desenvolvimento sustentável da orla. Tomando a orla como um todo, verificou-se que os principais impactos observados foram relacionados com a necessidade de regularização fundiária e saneamento básico para a melhoria da qualidade de vida das populações e das atividades relacionadas como a pesca, lazer, turismo e a biodiversidade. A recente criação das Unidades de Conservação (Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e da APA de Sabiaguaba), através das orientações e discussões sobre os impactos ambientais ao longo da orla durante as oficinas, bem como antiga aspiração da comunidade fortalezense, representou uma importante medida de preservação da paisagem costeira, amplamente justificada através dos impactos ambientais analisados ao longo da orla. 29
  • 30. TABELA VI – Unidades de paisagens e principais impactos observados UNIDADE DE PAISAGEM I De parte da APA do rio SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS Ceará na confluência das Contaminação dos recursos pesqueiros por metais Ruas J e Alfa (margem pesados e derivados de petróleo; poluição por emissão direita) até a Rua de esgoto direto no rio; contaminação do solo e doenças Adriano Martins. infecto-contagiosas através do acúmulo de lixo; alterações morfológicas através da erosão ao longo das margens do rio; desconfiguração da morfologia dunar por mineração irregular; degradação de áreas verdes de mangue pelo desmatamento; ocupação irregular em áreas de preservação permanente (duna, manguezal e praia); assentamentos humanos irregulares e desordenados na orla (zonas intermaré e pós-praia e em espigões sobre a margem do rio e faixa de praia); proliferação de pragas urbanas (saneamento precário e lixo) com efeitos diretos sobre a saúde pública; depreciação e desqualificação do espaço público; exclusão da área do roteiro turístico da cidade em virtude das condições sócio-ambientais inadequadas do local; redução dos espaços de lazer para a comunidade. UNIDADE DE PAISAGEM II Da Rua Adriano Martins SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS (antigo Kartódromo) até Poluição da praia (zona intermaré e pós-praia) e do mar o Mercado dos Peixes do pela emissão de esgoto; descaracterização de paisagem Mucuripe. dunar e de falésias mortas por construções irregulares; acúmulo de lixo; ocupação irregular em área de drenagem natural; degradação de obras de engenharia costeira (espigões); erosão ao longo da linha de praia; assentamentos humanos e ocupações irregulares; proliferação de pragas urbanas (saneamento precário e lixo) com efeito direto sobre a saúde pública; depreciação e desqualificação do espaço público; edificações em áreas de preservação permanente; exclusão da área do roteiro turístico da cidade em virtude das condições sócio-ambientais inadequadas; redução dos espaços de lazer para a comunidade; implantação de projeto paisagístico em áreas de preservação permanente e em setores com erosão acelerada. UNIDADE DE PAISAGEM III Do Mercado de Peixes SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS do Mucuripe até ao Movimentação de areia ocasionado pela ação dos Serviluz (Rua Ismael ventos e acumulando-se nas moradias, promovendo o Pordeus) entupimento das tubulações (drenagem e esgotos) e interditando vias públicas; privatização da praia; avanço de construções irregulares na praia e pós-praia; esgoto a céu aberto; ocupações irregulares em áreas de risco sobre o morro do Teixeira. Presença de barracos e barcos abandonados na praia dos Botes, comprometendo a segurança dos usuários. 30
  • 31. (continuação Tabela VI) UNIDADE DE PAISAGEM IV Da Rua Ismael Pordeus SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS à foz do Rio Cocó Poluição visual, sonora, atmosférica, hídrica e do solo; (margem direita). provável contaminação do lençol freático; desmonte de dunas; terraplenagem em área de mangue; acúmulo de resíduo sólido; adensamento de barracas na faixa de praia; alteração do micro-clima urbano; verticalização do campo de dunas com o barramento das correntes de ar que adentra à cidade; depreciação imobiliária; privatização da praia; terraplanagem; danos sócio- ambientais relacionadas com a degradação dos ecossistemas manguezal e dunar; comprometimento da das estruturas inacabadas da ponte (degradação dos materiais) e ocupação irregular na margem do rio. Redução da largura do canal e da foz do rio em decorrência de aterros para expansão das invasões. UNIDADE DE PAISAGEM V Início da orla marítima da SITUAÇÃO OBSERVADA E IMPACTOS APA da Sabiaguaba Edificações irregulares (barracas de praia, residências e (margem direita do rio pousadas) que interferem na dinâmica sedimentar e Cocó) até a foz do Rio hidrodinâmica nos estuários; desmatamento do Pacoti (margem manguezal; possível contaminação da água (superficial esquerda). e subterrânea) pelo lançamento de efluentes domiciliares e industriais; impedimento ao livre acesso à praia e à foz do rio por barracas de praia; risco de acidentes (esportes náuticos) com banhistas; prejuízo à fauna marinha; danos à micro-fauna; privatização da praia; comprometimento da flora e fauna terrestre e marinha; redução da recarga do aqüífero; formação de vazios urbanos; equipamentos urbanos em áreas de preservação permanente. 31
  • 32. 2. CENÁRIOS DE USOS DESEJADOS PARA A ORLA E PROPOSTAS DE AÇÃO. Este capítulo apresenta de forma seqüencial e ordenada por Unidades de Paisagem com seus respectivos trechos, os diferentes cenários de usos desejados para a orla marítima. Em cada uma das 5 unidades e 17 trechos foi definida a situação atual, as tendências a partir dos usos existentes e formas de ocupação do território e a composição de cenários desejados. Foram elaborados modelos representativos de cada um dos trechos através de perfis da paisagem costeira transversais à linha de costa. A composição dos perfis com os cenários atual, tendencial e desejado, discutidos de forma participativa durante as oficinas e trabalhos de campo, buscou representar a complexidade da orla e a caracterização dos problemas enfrentados. Evidenciou-se, de forma clara e de fácil compreensão as principais potencialidades, os problemas ambientais, suas atividades geradoras e os respectivos efeitos sócio-ambientais. A partir da análise integrada de cada unidade, foram definidas as ações e medidas estratégicas para enfrentar os problemas relacionados com as diversas formas de uso e ocupação da orla. Foi através do cenário desejado, construído de modo a minimizar os problemas identificados no cenário atual, que surgiram as linhas de ação propostas e medidas adequadas. É importante salientar que foram definidas unidades e trechos prioritários, orientando o processo de implementação do Plano de Intervenção. É importante ainda salientar que os problemas identificados podem ser encontrados em vários trechos e, consequentemente, as ações serão compatíveis, guardando especificidades e as relações de uso e ocupação. Dados os problemas e as características semelhantes que permeiam a orla de Fortaleza, sem distinção de unidades ou trechos, foram reconhecidas linhas de ação comuns a toda a área de intervenção. Tais linhas de ação (Tabela VII) indicam ações e medidas que devem ser traçadas com a finalidade de, havendo a sua implementação, garantir o uso sustentável, adequado e democrático da orla da cidade. As linhas de ações relacionadas com preservação da memória dos povos do mar, serviços eficientes de saneamento básico, educação ambiental, regularização fundiária, instituição de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), retirada das barracas da faixa de praia, recuperação dos danos ambientais, estudos e projetos integrados para o controle da erosão costeira, requalificação urbano-ambiental com reordenamento, entre outras, serão implementadas a partir de uma ampla participação dos entes federados e da sociedade civil organizada, e de acordo com a legislação pertinente. . 32
  • 33. TABELA VII Problema 1: “Possível perda do patrimônio cultural e material”. Linha de Ação: Preservação da memória dos povos do mar. Duração da Ações e Medidas Finalidade Responsável Atividade Identificar as atividades desenvolvidas e os 1- Estudo para identificar respectivos grupos as atividades culturais responsáveis pela mesma. PMF Curto prazo existentes ligadas ao Diagnosticar qualitativamente IPHAN mar. a situação das atividades e dos grupos ligados ao ambiente costeiro. Formar banco de dados das atividades e grupos culturais. 2- Cadastramento dos Subsidiar a elaboração de PMF grupos e atividades Curto prazo projeto de incentivo às IPHAN desenvolvidas. atividades ligadas ao ambiente costeiro. Incentivar a sociedade à valorizar a cultura e as 3- Elaboração atividades características da participativa de projeto área costeira. social, econômico e Desenvolver projetos urbanístico de incentivo concordantes com a realidade PMF à preservação da Médio prazo e com a necessidade do local. IPHAN identidade e das Preservar o patrimônio atividades dos grupos material (formas de construir ligados ao ambiente barcos, redes, cestos, etc.) e costeiro. o cultural (culinária, artesanato, feiras, etc.) 4- Articulação com Integralizar as ações órgãos e secretarias desenvolvidas em todas as competentes para a esferas de governo. PMF divulgação, incentivo e Médio prazo Desenvolver projetos integrais IPHAN desenvolvimento das de incentivo às atividades atividades sustentáveis ligadas ao ambiente costeiro. ligadas ao mar. Problema 2: “Não acessibilidade da área aos portadores de necessidades especiais”. Linha de Ação: Adequabilidade dos projetos às necessidades dos portadores de necessidades especiais. Duração da Ações e Medidas Finalidade Responsável Atividade 1- Mapeamento de todos os pontos Identificar as áreas a serem (passeios, acessos, reformadas para adaptarem- PMF equipamentos) que se às necessidades Curto prazo devem enquadrar-se às especiais. leis de acessibilidade do município de Fortaleza. 2- Elaboração de projeto de Garantir a toda população o PMF Curto prazo acessibilidade aos direito de ir e vir. equipamentos urbanos. 33
  • 34. 3- Divulgação das leis de acessibilidade do Garantir a construção de PMF município de Fortaleza equipamentos acessíveis a Curto prazo e fiscalização eficaz das toda a população. obras na área. Problema 3: “Saneamento básico insuficiente” Linha de Ação: Dotar o local de serviços eficientes de saneamento básico. Duração da Ações e Medidas Finalidade Responsável Atividade 1. Articulação com Minimizar os impactos da órgãos competentes poluição nos recursos PMF para a elaboração de Médio prazo hídricos e a proliferação de SEMACE projeto de saneamento vetores de doenças. básico. 2. Implementação dos Dotar toda a área da orla de PMF projetos de saneamento Médio prazo saneamento básico. SEMACE básico. Problema 4: “Inexistência de programas de educação ambiental” Linha de Ação:Estimular o desenvolvimento de programas de educação ambiental. Duração da Ações e Medidas Finalidade Responsável Atividade 1. Articulação com Sensibilizar a população órgãos competentes com relação às questões para a elaboração de Médio prazo PMF ambientais e sanitárias programas integrados de educação ambiental. Nos trechos definidos como prioritários realizou-se uma caracterização ambiental síntese, enfatizando a necessidade das ações de regularização fundiária e de preservação e conservação ambiental das Unidades de Conservação (Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba). Desta forma, serão apresentados os cenários atual, tendencial e desejados para a orla (com os respectivos perfis esquemáticos), a identificação e caracterização dos problemas relacionados às especificidades de uso e ocupação e as respectivas ações e medidas estratégicas para cada um dos trechos, fundamentais para uma gestão integrada e compartilhada da orla de Fortaleza. 34
  • 35. 2.1 UNIDADE DE PAISAGEM I – DA APA DO RIO CEARÁ ATÉ O ANTIGO KARTÓDROMO UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 1 – de parte da APA do Rio Ceará (confluência das Ruas J e Alfa do Conjunto Vila Velha parte II) ao longo de sua margem direita até o Estaleiro Brasil Mar. Cenário de usos desejados para a orla: a) Situação Atual A área caracteriza-se por ocupações irregulares tanto dentro como fora da Unidade de Conservação. Setores com áreas de risco relacionadas com inundações em períodos de maior vazão fluvial. Ocupação irregular com processo de favelização dentro de áreas de preservação permanente caracterizadas como manguezal e planície de maré (com moradias dentro de antigas salinas), promovendo danos sócio-ambientais de elevada magnitude. Riscos de derramamento de derivados de petróleo associado às atividades do estaleiro e por embarcações motorizadas com a contaminação da água e danos à biodiversidade. Problemas de saneamento básico e de serviços públicos afetando uma população de baixa renda. Orla antropizada com muros e aterros da margem leste do rio. Deficiência de espaços públicos para o lazer e paisagem degradada com baixo atrativo turístico. Atividades de subsistência associadas à pesca tradicional. . 35
  • 36. Fotografia 1 - Problemas relacionados com a precariedade de serviços públicos e de moradia (Fonte: Projeto Orla, outubro de 2005). Fotografia 2 - Limite sudoeste evidenciando salinas abandonadas sendo utilizadas para a construção de moradia. Resultado da pressão urbana em outras áreas da cidade, expulsando os moradores para áreas irregulares. Áreas de risco de inundações e com impactos sócio-ambientais de elevada magnitude (Fonte: Jeovah Meireles, março de 2005). b) Situação Tendencial Consolidação das ocupações irregulares com ampliação da área de risco. Impermeabilização de setores do ecossistema manguezal e da planície de 36
  • 37. maré; continuidade do processo de desmatamento do manguezal com danos à biodiversidade e à qualidade da água do estuário. Perda da biodiversidade com conseqüências nas atividades de pesca tradicional. Continuidade das atividades relacionadas ao estaleiro e barcos motorizados. Agravamento dos danos ambientais ao ambiente estuarino com danos às atividades de turismo e lazer no rio Ceará. Degradação da qualidade de vida e processo de favelização sobre palafitas. c) Situação Desejada Famílias realocadas da área de risco para outro local com infra-estrutura e serviços urbanos. Manguezal com área ampliada refletindo na retomada da biodiversidade e das atividades de pesca tradicional, lazer e turismo ecológico. Recuperação do patrimônio histórico cultural (antigas instalações do hidroporto Condor e Panan) e projeto paisagístico na orla. Recursos naturais utilizados de forma sustentável com níveis adequados de qualidade da água. Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do rio Ceará implantado. 37
  • 38. Caracterização dos problemas: TABELA VIII - UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 1 de parte da APA do Rio Ceará (confluência das Ruas J e Alfa do Conjunto Vila Velha parte II) ao longo de sua margem direita até o Estaleiro Brasil Mar Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema Turismo ecológico; Ocupação e uso Pressão urbana Obstrução do acesso à - Lei Municipal Pesca sustentável; inadequados de em outras áreas praia; 7.061/92 Biodiversidade; edificações em da cidade, Degradação PDDU Valor histórico – áreas de risco e expulsando os paisagística e ambiental - Lei Municipal cultural para a cidade de preservação. moradores para (redução da 7.987/96 Uso e de Fortaleza (origens áreas irregulares; biodiversidade, ocupação do da ocupação do Política desmatamento, erosão, Solo território de Habitacional assoreamento e -Lei 7.661/88 Fortaleza); deficiente; contaminação dos PNGC Valor paisagístico. Fiscalização recursos hídricos por - Lei 9.985/00 ineficiente. águas residuárias in SNUC natura, metais pesados - Lei 5.197/65 e derivados de Proteção a petróleo); Fauna e Flora Formação de áreas de - CONAMA 001 risco; e 303 Impactos Diminuição dos Ambientais e recursos pesqueiros APP Proliferação de agentes (manguezal) vetores de doenças. 38
  • 39. Propostas de ação: TABELA IX – Problema 1: “Ocupação e uso irregulares de edificações em áreas de risco e de preservação”. Linha de Ação: Recuperação ambiental Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1- Projeto habitacional. Reassentar famílias Médio PMF ocupantes de área de risco. Prazo Desenvolvimento de ações de educação ambiental. 2- Elaboração e implementação Recuperar a Unidade de Médio PMF de projeto de recuperação Conservação e áreas Prazo IBAMA ambiental e paisagística. remanescentes. SEMACE 3- Articulação entre os diversos Estabelecer uma política de Médio PMF órgãos fiscalizadores. fiscalização integrada. Prazo IBAMA SEMACE 39
  • 40. UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 2 - Estaleiro Brasil Mar (a partir da Rua Vinte de Janeiro) até o Pólo de Lazer da Barra do Ceará. Trecho prioritário Figura 7 – Imagem de satélite (Quick Bird, 2004) evidenciando o estaleiro Brasil Mar, a duna da Barra do Ceará e o Pólo de Lazer da Barra do Ceará (acervo da PMF/SEMAM). Cenário de usos desejados para a orla: a) Situação Atual Amplamente utilizado para o lazer em uma orla fortemente impactada com muros e pequenos espigões (controle do processo erosivo). Ocorrência de ocupações irregulares sobre a duna da Barra do Ceará, promovendo setores de risco e a contaminação do lençol freático devido ao precário saneamento básico. Ocupação por moradia, barracas de praia e pequenos comércios em áreas de preservação permanente. Ocupações espontâneas com tipologias de favelas. Atividade de turismo em área de baixo atrativo. 40
  • 41. Foi nas imediações da Barra do Ceará, local onde foram edificados os fortes de São Tiago (1603) e São Sebastião (1612), onde a cidade de Fortaleza nasceu. Estes monumentos não fazem parte da paisagem atual, resguardam somente seus registros em textos históricos e em cartografias antigas. Representa a paisagem costeira onde ocorreram as primeiras intervenções, seguidas, ao longo da orla a construção (1649) da capela de Nossa Senhora de Assunção e da Praça das Armas. Constitui assim relevante valor histórico e de elevada beleza paisagística, uma vez que está associado a ambientes dunares na desembocadura de um importante recurso hídrico que limita geograficamente a cidade em sua porção oeste. Ocupações de baixa renda, provenientes da pressão urbana em outras áreas da cidade, política habitacional historicamente deficiente e fiscalização ineficiente, foram as principais atividades geradoras para a ocupação da duna da Barra do Ceará. Foram então ocupadas áreas morfologicamente inadequadas, de risco e de elevada vulnerabilidade ambiental. A necessidade da regularização fundiária, com a retirada de habitações sobre a duna e em áreas de risco associada a essa morfologia, aliada ao reassentamento das famílias em áreas localizadas nas proximidades e com condições adequadas de moradia dos atuais ocupantes, foram utilizados como critérios para classificá-lo como trecho prioritário. Fotografia 3 - Duna da Barra do Ceará Fotografia 4 - Vista panorâmica da duna e em processo de favelização (Fonte: ponte sobre o rio Ceará, evidenciando o Projeto Orla, outubro de 2001). adensamento populacional em áreas de risco e de preservação permanente (Fonte: Jeovah Meireles, março de 2005). 41
  • 42. b) Situação Tendencial Descaracterização da paisagem formada com a ocupação da duna. Contaminação das águas superficial (rio) e subterrânea (duna) com níveis danosos à saúde pública. Perda da biodiversidade do estuário com conseqüências na pesca tradicional. Desconfiguração da paisagem de modo a alcançar padrões inaceitáveis para o desenvolvimento de atividades econômicas (turismo ecológico) e de lazer (balneabilidade). Aumento na densidade de barracas ao longo da margem e nas proximidades do Pólo de Lazer da Barra do Ceará. Ampliação do processo de favelização sobre a duna e circunvizinhança com danos à qualidade sócio-ambiental. c) Situação desejada Qualidade ambiental e da paisagem da duna recuperadas com a retirada das moradias irregulares, contenção do processo de migração da duna, recomposição morfológica do sistema dunar e a inclusão de equipamentos públicos para a contemplação da paisagem. Regularização fundiária no entorno da duna. Ações com reflexos na geração de emprego e renda (turismo ecológico), melhoria da paisagem e do lazer. Equipamento público de cultura, arte e lazer implantados, favorecendo programas de inclusão social através da arte, esportes e educação para a sustentabilidade. Retirada das barracas de 42
  • 43. praia e de pequenos comércios da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Eficaz fiscalização com a obediência às legislações municipal referente ao uso e ocupação do solo (Lei 7.987/96) e ao Código de Obras e Posturas (Lei 5.530/81) garantidos de acordo com o estabelecido a partir do Plano Diretor por ser uma área de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União). Saneamento básico. Patrimônio histórico preservado com a recuperação do antigo hidroporto de Fortaleza. Caracterização dos problemas: TABELA X - UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 2 - Estaleiro Brasil Mar (a partir da Rua Vinte de Janeiro) até o Pólo de Lazer da Barra do Ceará Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema 1. Ocupação irregular Pressão urbana em Obstrução do acesso - Lei Municipal de edificações em outras áreas da à praia; 7.061/92 áreas de risco e de cidade, expulsando Degradação PDDU preservação. os moradores para paisagística e - Lei Municipal áreas irregulares; ambiental (desmonte 7.987/96 Uso e Política Habitacional da duna, redução da Ocupação do deficiente; biodiversidade, Solo Fiscalização erosão, - Lei 7.661/88 ineficiente. assoreamento e PNGC 2. Ocupação da duna contaminação dos - Lei 6.938/81 móvel da Barra do recursos hídricos por PNMA Turismo Ceara. águas residuárias in - Lei 5.530/80 ecológico; natura); Regulamenta o Pesca Formação de área Uso do Solo sustentável; de risco; em Zona Biodiversidade; Poluição sonora e Especial de Valor histórico visual. Proteção cultural, valor paisagístico. 3. Deficiência de Concentração de Perda da identidade - Lei Municipal equipamentos investimentos histórico-cultural da 7.061/92 públicos de cultura, públicos em áreas de população local. PDDU arte e lazer capazes concentração de - Decreto de proporcionar população de maior Federal atividades que poder aquisitivo da 5.300/04 contribuam no cidade, dificultando o Gestão da desenvolvimento das acesso de grande Orla comunidades locais. parte da população - Lei aos equipamentos 10.257/01 de cultura, arte e Estatuto das lazer. Cidades 43
  • 44. 4. Insuficiência de Dinâmica Degradação - Lei 9.433/88 saneamento básico. ocupacional ambiental; PNRH acelerada e irregular Contaminação dos - Lei recursos hídricos 11.996/92 por águas PERH residuárias in - Lei 7.061/92 natura; PDDU Proliferação de agentes vetores de doenças. Propostas de ação: TABELA XI Problema 1: “Ocupação irregular de edificações em áreas de risco e de preservação” Linha de Ação: Ordenamento da ocupação. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1- Cadastramento Identificar a população local e Médio Prazo PMF multifinalitário das ocupações. a realidade das ocupações e GRPU de seus ocupantes; Gerar banco de dados de demandantes para o projeto de urbanização. 2- Estudo para redefinição de Evitar formação de ilhas de Médio Prazo PMF índices urbanísticos dispostos calor e tendência a na lei de uso e ocupação do verticalização; solo para esta microzona de Minimizar os impactos sociais. densidade. 3- Projeto de urbanização para Retirar as barracas de praia Médio prazo PMF o uso sustentável da faixa de e pequenos comércios da GRPU praia. faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Evitar a privatização da faixa de praia; Recuperar a paisagem litorânea. Problema 2: “Ocupação da duna móvel da Barra do Ceara” Linha de Ação: Recuperação da duna. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1- Implantar o Projeto de Recuperar e preservar a duna Curto Prazo PMF Contenção da Duna móvel da da Barra do Ceará. IBAMA Barra do Ceará. 2- Projeto de reassentamento Desocupar a duna com Curto Prazo PMF com realocação das famílias garantia do direito à moradia para uma área próxima. dos atuais ocupantes da área. Problema 3: “Ausência de equipamentos públicos de cultura, arte e lazer capazes de proporcionar atividades que contribuam no desenvolvimento das comunidades locais.” Linha de Ação: Programar e implantar espaços públicos destinados ao desenvolvimento da cultura, arte e lazer local. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1- Implantação de um centro Valorização histórico-cultural e Curto Prazo PMF integrado de cultura, arte e das práticas e saberes da lazer. população local; Incentivar as práticas esportivas. 2- Estimular iniciativas Inclusão social de jovens. Médio Prazo PMF esportivas relacionadas com esportes (surf, windsurfe, 44
  • 45. vôlei, futebol, etc.). Problema 4: “Insuficiência de saneamento básico” Linha de ação: Potencializar a rede de esgoto existente Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1- Ligação residencial à rede Saneamento com melhoria da Longo Prazo PMF de esgoto com efetivo qualidade de vida da CAGECE monitoramento e fiscalização. população. 2- Educação Ambiental. Melhorar a qualidade de vida Permanente PMF da população; Utilizar de forma sustentável a orla. 45
  • 46. UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 3 – Pólo de Lazer da Barra do Ceará até a Rua Adriano Martins. Trecho prioritário Figura 8 – Imagem de satélite (Quick Bird, 2004) evidenciando o trecho 3 da Unidade I (acervo PMF/SEMAM). Cenário de usos desejados para a orla: a) Situação Atual Estágio de urbanização consolidado de alta densidade com ocupações espontâneas e irregulares. Verifica-se o predomínio de construções horizontais de baixa renda dispostas sobre área de preservação permanente que levaram à descaracterização paisagística de dunas e falésias. Problemas sócio-ambientais de elevada magnitude associados ao precário saneamento básico (esgotos nas faixas de praia e pós-praia e disposição irregular de resíduos sólidos). Faixa de praia com elevada densidade de obras de engenharia costeira (muros e espigões) para contenção de erosão acelerada. Setores entre espigões evidenciando erosão, com praias estreitas e deficitárias de areia (estado de erosão). Está em curso uma intervenção de grande impacto nesta área. Trata-se da construção da Avenida Costa Oeste, que compõe o Programa de Recuperação e Complementação do Sistema Viário da Porção Oeste da Cidade de Fortaleza, sob 46
  • 47. responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Local e Regional – SDLR do Governo do Estado do Ceará, com extensão de 5,36km. Fotografia 5 - Trecho da Avenida Costa Oeste Fotografia 6 - Vista panorâmica do Pólo de lazer em processo de degradação por ter sido da Barra do Ceará e da desembocadura do rio. instalado em área de domínio das marés e em Mostra também o início da Av. Costa Oeste. uma faixa de praia submetida a processo Evidenciar o adensamento de barracas de praia erosivo acelerado (Fonte: Projeto Orla, fevereiro (Fonte: Jeovah Meireles, fevereiro de 2006). de 2006). Fotografia 7 - Porto de jangadas nas Fotografia 8 - Faixa de praia associada a obras proximidades da Avenida Costa Oeste. Trecho de engenharia costeira (espigão) objetivando da praia em processo erosivo com supressão de controlar a erosão costeira (Fonte: Projeto Orla, faixa de praia adequada para ancorar as setembro de 2005). jangadas (Fonte: Projeto Orla, set. de 2005). Os assentamentos no Pirambu encontram-se já consolidados, sendo utilizada, na grande maioria das construções, alvenaria de barro (taipa), com a presença de barracos de papelão. As ruas, em sua maioria, são pavimentadas, tendo sido alvo de projetos anteriores de infra-estrutura. A área conta com serviços de água, luz, esgoto, iluminação pública e transporte público próximo. Caracteriza-se pela heterogeneidade de realidades urbanísticas encontradas. Assim, à margem da Av. Presidente Castelo Branco, os espaços possuem melhor oferta dos equipamentos urbanos, alto nível de acessibilidade e maior qualidade das construções. Em trecho intermediário, as situações urbanística e sócio- econômica são agravadas, sendo marca constante o grande adensamento. 47
  • 48. b) Situação Tendencial A possibilidade de especulação imobiliária e privatização da orla em conseqüência da construção da Avenida Costa Oeste. Continuidade do processo erosivo de trechos da avenida, danificando as estruturas de engenharia e maximizando efeitos erosivos neste trecho. Impermeabilização e contaminação do solo ao longo da linha de praia. Erosão progressiva com supressão de areia gerando uma faixa de praia entre os espigões cada vez mais estreita. Incremento do processo erosivo e supressão de trechos ainda utilizados para o lazer. Índices inadequados de balneabilidade com efeitos danosos à biodiversidade marinha e do ecossistema manguezal (trechos integrados pela dinâmica das marés). Adensamento de barracas de praia e incremento de áreas de risco. Início de um processo de verticalização, acarretando aumento do desconforto térmico na cidade. Extinção do porto de jangadas e expulsão dos moradores tradicionais. 48
  • 49. c) Situação desejada Regularização fundiária das áreas da União efetivada e a implantação do Projeto Costa-Oeste revisada, envolvendo uma ação consorciada com a participação comunitária em todas as fases de implantação e operação. Permanência das comunidades tradicionais de pescadores e dos portos de jangadas. Barracas de praia retiradas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Mananciais existentes despoluídos, principalmente os relacionados com a orla e o aqüífero dunar. Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) implantada e regularização fundiária realizada. Incentivos ao lazer e turismo em cooperação com as associações comunitárias e escolas públicas. 49
  • 50. Caracterização dos problemas: TABELA XII - UNIDADE DE PAISAGEM I - TRECHO 3 - Pólo de Lazer da Barra do Ceará até a Rua Adriano Martins Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema 1. Ocupação Pressão urbana Formação de áreas - Lei Municipal irregular da faixa em outras áreas de risco; 7.061/92 de praia e da cidade, Dificuldade de PDDU grandes expulsando os acesso à praia; - Lei Municipal ocupações moradores para Insegurança quanto 7.987/96 Uso e irregulares áreas irregulares; à posse; Ocupação do consolidadas. Política Carência de Solo Habitacional espaços públicos - Lei 7.661/88 deficiente; de lazer; PNGC Fiscalização Degradação - Lei 5.530/80 ineficiente. paisagística e Regulamenta o ambiental Uso do Solo em (contaminação dos Zona Especial recursos hídricos de Proteção Turismo ecológico; por águas - Lei 10.257/01 Pesca sustentável; residuárias in Estatuto das Valor histórico – natura); Cidades cultural para a cidade Proliferação de - Lei 9.605/98 de Fortaleza (origens agentes vetores de Ações Lesivas da ocupação do doenças. ao Meio território de Ambiente. Fortaleza); - Lei 9.636/98 Organização Utilização dos comunitária. Bens da União 2. Impactos Localização da via Gastos constantes - Lei Municipal sócio-ambientais em zona de em manutenção da 7.061/92 oriundos do Berma; via; PDDU projeto Avenida Intervenção física Erosão da faixa de - Lei Municipal Costa-Oeste desarticulada da praia; 7.987/96 Uso e intervenção social; Dano sócio- Ocupação do Ausência de Plano econômico da Solo de Regularização atividade - Lei 7.661/88 Fundiária. pesqueira; PNGC Realocação de - Lei 5.530/80 famílias para áreas Regulamenta o não condizentes Uso do Solo em com sua cultura e Zona Especial de história. Proteção - Lei 10.257/01 Estatuto das Cidades - Lei 9.636/98 Utilização dos Bens da União. 50
  • 51. Propostas de ação: TABELA XIII Problema 1: “Ocupação irregular da faixa de praia e grandes ocupações irregulares consolidadas”. Linha de Ação: Regularização Fundiária Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Assinatura de Convênio Pactuar parceria com os diversos Curto Prazo SPU Específico para início do processo órgãos envolvidos, definindo matriz PMF de regularização fundiária. de responsabilidades MF administrativas. TRE Governo do Estado 2. Assinatura de Convenio de Simplificar e gratuidade do Curto Prazo Cartórios Cooperação técnica com cartórios primeiro registro PMF (com elaboração de provimento Pactuar parceria com os diversos junto ao tribunal de justiça). órgãos envolvidos, definindo matriz de responsabilidades. 3. Levantamento cartográfico e Certificar a dominialidade e Curto Prazo PMF dominial/registrário. existência de registro do imóvel. SPU 4. Determinação das poligonais Definir, com precisão, a área do Curto Prazo SPU das áreas consideradas assentamento a ser regularizado. PMF regularizáveis. 5. Formalização do pedido de Iniciar o processo de cessão. Curto Prazo PMF cessão das áreas. 6. Consulta ao Ibama ou outro Obter autorização para a cessão. Curto Prazo GRPU órgão ambiental e à Capitania dos SPU portos, quando couber .* 7. Publicação de Portaria Formalizar a Cessão do domínio Curto Prazo SPU Autorizativa de Cessão e útil da área para o Município. PGFN assinatura de Contrato de Cessão. 8.Elaboração de estudo ambiental Embasar uma proposta de Curto prazo PMF e sócio-econômico. intervenção melhor elaborada. 9. Delimitação da área para Permitir a aprovação de projeto de Médio Prazo PMF instituição de ZEIS no Plano loteamento com parâmetros Diretor. urbanísticos diferenciados, impedindo a especulação imobiliária. 10. Encontro com a Comunidade Realizar o projeto participativo, Curto prazo PMF para apresentação e discussão da conscientizar a população a proposta de ação. respeito do processo a ser realizado e dos conceitos básicos. 11. Alterações do Plano Diretor Incorporar ZEIS. Médio Prazo PMF Municipal. 12. Elaboração de diagnóstico Elaborar projeto de acordo com as Médio prazo PMF urbano de carência de infra- necessidades da comunidade. estrutura e de equipamentos. 13. Análise e definição dos Possibilitar a otimização do Médio prazo PMF instrumentos de regularização processo de regularização fundiária pertinentes. fundiária. 14. Fixação das diretrizes Compatibilizar projetos existentes Médio prazo PMF urbanísticas através do e subsídio para o Projeto instrumento legal apropriado (Ex. Urbanístico. Decreto). 15. Elaboração de projeto de Melhorar a condição de Médio prazo PMF intervenção jurídica e urbanística. habitabilidade local; Proteger juridicamente a posse. 16. Elaboração de projeto de infra- Dotar toda a área de infra-estrutura Médio prazo PMF 51
  • 52. estrutura básica. 17. Apresentação dos projetos Fortalecer a participação popular Médio prazo PMF elaborados para a comunidade. no processo e realização de possíveis ajustes. 18. Cadastramento físico e sócio- Reconhecer a realidade do Médio prazo SPU econômico das ocupações que assentamento e subsídio para o PMF atendam aos requisitos do Projeto Urbanístico. Município e da SPU. 19. Desmembramento interno do Gerar RIPs individualizados para Médio prazo GRPU imóvel na GRPU. cada unidade e emitir “Certidão Autorizativa” para cada imóvel 20. Desmembramento do imóvel Gerar lotes individualizados Médio prazo PMF mediante averbação no RGI (cartório de imóveis). 21. Implementação dos projetos Melhorar a condição de Longo prazo PMF urbanísticos e de infra-estrutura. habitabilidade local. 22. Titulação das famílias e Formalizar a posse dos imóveis Médio prazo PMF Celebração da escritura com os pelas famílias. SPU. beneficiários. 23. Lavrar as escrituras e registrá- Formalizar a posse dos imóveis Médio prazo PMF las no RGI (cartório de imóveis). pelas famílias. 24. Transferência dos imóveis em Atualizar o cadastro da SPU para Médio prazo GRPU seus registros para o nome dos controle dos imóveis da União. novos titulares (alteração cadastral). 25. Realização de oficinas Fortalecer a organização Médio Prazo PMF periódicas de convivência e de comunitária, estimular a educação ambiental com a preservação ambiental, comunidade durante o período de conscientizar a população da no mínimo um ano. importância da não degradação do local. 26. Projeto de urbanização da Retirar as barracas e residências Médio Prazo PMF faixa de praia com retira de da faixa de praia e áreas de risco GRPU ocupações irregulares uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente; inibir a privatização da praia e recuperar a paisagem. Problema 2: “Impactos sócio-ambientais oriundos do Projeto Costa-Oeste”. Linha de Ação: Revisão da implantação do Projeto Avenida Costa-Oeste Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Articulação entre Prefeitura e Estabelecer um canal de diálogo Curto Prazo PMF Governo do Estado. institucional. 2. Adequação do projeto aos Minimizar os impactos sócio- Curto Prazo PMF aspectos sócio-ambientais da ambientais oriundos do projeto SPU área. Avenida Costa-Oeste. ESTADO Recuperação da faixa de praia. 52
  • 53. 2.2 UNIDADE DE PAISAGEM II – Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até o Mercado dos Peixes do Mucuripe. UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 1- Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até Igreja Santa Edwirgens Figura 9 – Imagem de satélite (Quick Bird) da Unidade II (acervo PMF/SEMAM) Cenário de usos desejados para a orla: a) Situação Atual Trecho intensamente utilizado para o lazer da classe de baixa renda (banho de mar e surf). Problemas de balneabilidade e de antropização da faixa de praia pela presença de espigões. Estágio de urbanização consolidado de alta densidade (construções irregulares) com ocupações regular e irregular. Resíduos sólidos associados às barracas de praia (precário tratamento de efluentes). Arborização incipiente. Necessidade de ampliação do saneamento básico. Necessidade de regularização fundiária. Exclusão social. Degradação da paisagem em um trecho com elevada potencialidade para o turismo e contemplação da orla marítima. 53
  • 54. Fotografia 9 – Trecho da Av. Leste-oeste (Fonte: Projeto Orla, outubro de 2005). b) Situação Tendencial Danos sócio-ambientais relacionados com a precariedade do saneamento básico e da balneabilidade. Incremento da erosão e conseqüente aumento da antropização da faixa de praia (muros paralelos para contenção da erosão) e limitação de acesso para o lazer. Aumento da privatização da orla marítima, desordenamento urbano e pressão imobiliária associada à verticalização. Impermeabilização do solo e supressão de áreas verdes. Redução do potencial turístico e de lazer. 54
  • 55. c) Situação desejada Orla requalificada e patrimônio histórico-cultural do local (práticas e saberes populares) e espaços públicos valorizados. Rede de saneamento básico recuperada. Regularização fundiária efetivada e bons índices de desenvolvimento da economia local (refletindo na geração de trabalho e renda) alcançados. Acessos à faixa de praia garantido. Espaços livres e áreas verdes criados. Eficaz fiscalização com a obediência às legislações municipal referente ao uso e ocupação do solo (Lei 7.987/96) e ao Código de Obras e Posturas (Lei 5.530/81) garantidos de acordo com o estabelecido a partir do Plano Diretor por ser uma área de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União). Barracas de praia retiradas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Caracterização dos problemas: TABELA XIV - UNIDADE DE PAISAGEM II – Trecho 1 Da Rua Adriano Martins (antigo Kartódromo) até Igreja Santa Edwirgens Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema 1. Ocupação Fiscalização - Lei 7.661/88 irregular de ineficiente; Dificuldade de PNGC barracas de Demanda por acesso à praia e - Lei 6.938/81 praia. atividades de impermeabilização PNMA geração de renda do solo em virtude - Lei Municipal aliada à pressão de construções de 7.061/92 urbana que impede alvenaria. PDDU o desenvolvimento Poluição visual. - Lei Municipal de tais atividades 7.987/96 Uso em locais e Ocupação o adequados para os Solo pequenos - Lei 9636/98 Área propícia ao comerciantes. Utilização dos 55
  • 56. 2. Ocupações Pressão urbana em Insegurança quanto - Lei 7.661/88 irregulares em outras áreas da à posse; PNGC áreas de cidade, expulsando Carência de espaços - Lei 6.938/81 risco. os moradores para públicos de lazer na PNMA áreas irregulares; área do Moura - Lei Municipal Política Brasil. 7.061/92 Habitacional PDDU deficiente; - Lei Municipal Ausência de Plano 7.987/96 Uso de regularização e Ocupação o fundiária Solo -Lei 10.257/01 Estatuto das Cidades. 3. Incômodo do odor Contaminação - Lei 7.661/88 Degradação pela Estação de marinha. PNGC ambiental. Pré- Depreciação da - Lei 6.938/81 Condicionamento qualidade da água e PNMA (EPC). do ar. - Decreto Lançamento de Federal efluentes urbanos 5.300/04 pelo interceptor Gestao da oceânico; Orla Poluição do riacho - Lei Jacarecanga. 11.996/92 PERH - CONAMA 001/86 e 303/02 Impactos Ambientais Propostas de ação: Tabela XV Problema 1: “Ocupação irregular de barracas de praia” Linha de Ação: Retirada das ocupações em faixa de praia. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Elaboração participativa de projeto Estabelecer parâmetros de PMF de requalificação paisagística e ocupação; GRPU ambiental do trecho da orla. Normatizar o uso público da Médio prazo faixa de praia. 2. Implementação de projeto de Devolver características PMF requalificação paisagística e paisagísticas e ambientais Médio prazo GRPU ambiental do trecho da orla que garantam o uso público sustentável da faixa de praia. Retirada das barracas de praia da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Problema 2: “Ocupações irregulares em áreas de risco” Linha de Ação: Estudo para regularização fundiária do assentamento informal Moura Brasil Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Articulação, através de oficinas e Iniciar diálogo com as Curto prazo PMF rodas de conversa, com lideranças do lideranças. local. Reconhecer os anseios da comunidade com relação à segurança jurídica da posse. 56
  • 57. 2. Diagnóstico da área. Reconhecer,preliminarmente Médio prazo PMF as condições físicas, sociais e urbanas do assentamento. Realizar o diagnóstico preliminar da área. 3. Levantamento planialtimétrico e Reconhecer, de forma Médio prazo PMF social. precisa, as realidades física, urbanística e social das famílias residentes no local. 4. Análise técnica da viabilidade da Julgar, com base nas Médio prazo PMF execução da regularização fundiária. informações técnicas e nos anseios da comunidade, a viabilidade da execução da regularização fundiária. Problema 3: “Degradação Ambiental” Linha de Ação: Recuperação dos danos ambientais. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Elaboração participativa de projeto Estabelecer parâmetros de Médio prazo PMF de requalificação paisagística e ocupação; GRPU ambiental do trecho da orla. Realizar a retirada das barracas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente; Normatizar o uso da faixa de praia. 2. Formação de grupo técnico para Evitar e solucionar os Curto prazo PMF estudo e diagnóstico da dinâmica problemas geoambientais costeira. existentes; Evitar erosão e engordamento da praia; Evitar erosão e assoreamento dos rios em áreas subseqüentes. 3. Organização de campanha de Conscientizar a população Curto prazo PMF educação ambiental. sobre as questões ambientais. 4. Levantamento das fontes Diagnóstico da origem e Curto prazo PMF poluidoras. volume de efluentes que CAGECE poluem a área. 5. Monitoramento e fiscalização da Indução da ligação do Médio Prazo PMF origem e destino dos efluentes. esgotamento sanitários à rede CAGECE pública. 57
  • 58. UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 2 - De leste da Igreja Santa Edwirgens até a Avenida Almirante Tamandaré. a) Situação Atual Ocupação regular consolidada, processo de verticalização (uso misto), depreciação, desqualificação e privatização com a redução do espaço público (Marina de Iracema Park Ltda. e Indústria Naval do Ceará – INACE), exclusão da área da orla do roteiro turístico da cidade, comércio de pequeno e médio porte e atacadista, pressão imobiliária, poluição da orla marítima e do rio Pajeú. Ocupações irregulares e desordenadas no Poço da Draga. b) Situação Tendencial Aumento da ocupação regular no trecho da faixa de orla, urbanização consolidada de alta densidade, processo de verticalização (uso misto), arborização rarefeita, comércio de pequeno e médio porte, privatização da orla marítima e exclusão da área do roteiro turístico da cidade em virtude das condições sócio-ambientais do local e aumento da poluição do rio Pajeú. 58
  • 59. Ampliação do Marina de Iracema Park Ltda. e Indústria Naval do Ceará – INACE. Agravamento das áreas irregulares e desordenadas no Poço da Draga. c) Situação desejada Faixa de praia utilizada de forma adequada através de requalificação da área e termos de ajustes de condutas. Área de patrimônio histórico (Igreja Santa Edwirgens) valorizada. Rio Pajeú recuperado e efetivada a retomada da qualidade ambiental e paisagística. Faixa de praia arborizada. Equipamentos públicos implantados para atividades de lazer e efetivada a melhoria dos aspectos paisagísticos para qualificação de atividades de turismo e geração de renda para a comunidade. Valor histórico resgatado. Rede de saneamento recuperada. Regularização fundiária efetivada no Poço da Draga. Caracterização dos problemas: TABELA XVI - UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 2 De leste da Igreja Santa Edwirgens até a Avenida Almirante Tamandaré Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Legislação Impactos Incidente Associados ao Problema 1. Ocupação irregular Especulação Dificuldade de - Lei 7.661/88 da faixa de praia. imobiliária; acesso à praia. PNGC Fiscalização Privatização da - Lei Municipal ineficiente. Marina e orla; 7.061/92 estaleiro. Tráfego PDDU inadequado de - Lei Municipal Potencialidade veículos de 7.987/96 Uso e turística e grande porte; Ocupação o recreativa; Depreciação da Solo Valor histórico – praia; - Decreto cultural. Perda da Federal balneabilidade. 5.300/04 59
  • 60. 2. Degradação Ausência de políticas Contaminação - Lei 7.661/88 ambiental. ambientais, com dos recursos PNGC monitoramento dos hídricos do - Lei 6.938/81 pontos receptores Riacho Pajeú. PNMA dos efluentes de - Decreto águas residuárias. Federal 5.300/04 Gestão da Orla - COMANA 020/86 3. Ausência de Concentração de Perda da - Lei Municipal equipamentos públicos investimentos identidade 7.061/92 PDDU de cultura, arte e lazer públicos em áreas de histórico-cultural - Decreto capazes de concentração de alto da população Federal proporcionar atividades poder aquisitivo, local. 5.300/04 Gestão que contribuam no dificultando o acesso da Orla desenvolvimento das de grande parte da comunidades locais e população aos do resgate histórico. equipamentos de cultura, arte e lazer. 4. Ocupações e Pressão urbana em Falta de - Lei Municipal irregulares do Poço da outras áreas da equipamentos 7.061/92 PDDU Draga. cidade, expulsando públicos; - Lei 7.987/96 os moradores para A Falta de Uso e áreas irregulares; regularização Ocupação o Política Habitacional através do título Solo deficiente; de posse leva a - Lei 10.257/01 Ausência de Plano uma Estatuto das de regularização desvalorização Cidades fundiária. dos imóveis da - Lei Municipal área; 7.814/95 Aumento da Parcelamento especulação de Uso e imobiliária; Ocupação do Exclusão da Solo da Praia comunidade. de Iracema - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla Propostas de ação: Tabela XVII Problema 1: “Ocupação irregular de barracas de praia” Linha de Ação: Retirada das ocupações em faixa de praia. Ações e Medidas Finalidade Duração Responsável da Atividade 1. Levantamento quantitativo e qualitativo das Diagnosticar o número Médio PMF barracas de praia. e a situação das prazo GRPU barracas (aspectos sanitários, fundiários e físicos). 2. Elaboração participativa de projeto de Estabelecer parâmetros Médio PMF requalificação paisagística e ambiental do de ocupação; prazo GRPU trecho da orla. Retirar as barracas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente; Normatizar o uso da 60
  • 61. faixa de praia. 3. Implementação de projeto de requalificação Devolver características Médio PMF paisagística e ambiental do trecho da orla. paisagísticas e prazo GRPU ambientais que garantam o uso sustentável da faixa de praia. Problema 2: “Degradação Ambiental” Linha de Ação: Recuperação dos danos ambientais. Ações e Medidas Finalidade Duração Responsável da Atividade 1. Elaboração participativa de projeto de Estabelecer parâmetros Médio PMF requalificação paisagística e ambiental do de ocupação; prazo GRPU trecho da orla. Retirada das barracas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente; Normatizar o uso da faixa de praia. 2. Implementação de projeto de requalificação Devolver características Médio PMF paisagística e ambiental do trecho da orla. paisagísticas e prazo GRPU ambientais que garantam o uso sustentável da faixa de praia. 3. Formação de grupo técnico para estudo e Evitar e solucionar os Curto PMF diagnóstico da dinâmica costeira. problemas prazo geoambientais existentes; Evitar erosão e engordamento da praia; Evitar erosão e assoreamento dos rios em áreas subseqüentes. 4. Organização de campanha de educação Conscientizar a Curto PMF ambiental. população sobre as prazo questões ambientais. 5. Levantamento das fontes poluidoras. Diagnóstico da origem e Curto PMF volume de efluentes que prazo CAGECE poluem a área. 6. Monitoramento e fiscalização da origem e Indução da ligação do Médio PMF destino dos efluentes. esgotamento sanitários Prazo CAGECE à rede pública. Problema 3: “Ausência de equipamentos públicos de cultura, arte e lazer capazes de proporcionar atividades que contribuam no desenvolvimento das comunidades locais.” Linha de Ação: Programar e implantar espaços públicos destinados ao desenvolvimento da cultura, arte e lazer local. Ações e Medidas Finalidade Duração Responsável da Atividade 1. Diagnóstico urbano da área. Identificar a demanda Médio PMF por equipamentos da prazo área. Identificar possíveis áreas e/ou edifícios a serem utilizados com a finalidade de promover o desenvolvimento da cultura, arte e lazer 61
  • 62. local. 2. Oficinas com a comunidade. Conhecer as dinâmicas Médio PMF e as realidades sociais; prazo Realizar projetos urbanísticos e arquitetônicos participativos e coerentes com a realidade local. 3. Implantação de projeto (s) destinado (s) ao Estimular a preservação Médio PMF desenvolvimento da cultura, arte e lazer. da cultura, da arte e do prazo lazer locais. Problema 4 “ Ocupações irregulares do Poço da Draga” Linha de ação: Regularização fundiária Ações e Medidas Finalidade Duração Responsável da Atividade 1. Assinatura de Convênio Específico. Pactuar parceria Curto PMF com os diversos Prazo SPU órgãos MF envolvidos, TRE definindo matriz Governo do Estado de responsabilidade s. 2. Assinatura de Convenio de Cooperação Simplificar e Curto Cartórios técnica com cartórios (com elaboração de gratuidade do Prazo PMF provimento junto ao tribunal de justiça). primeiro registro; Pactuar parceria com os diversos órgãos envolvidos, definindo matriz de responsabilidade s. 3. Levantamento cartográfico e Certificar a Curto PMF dominial/registrário. dominialidade e a Prazo existência de registro do imóvel. 4. Determinação das poligonais das áreas Definir, com Curto SPU consideradas regularizáveis. precisão, a área Prazo PMF do assentamento a ser regularizado. 5. Formalização do pedido de cessão das Abertura do Curto PMF áreas. processo de Prazo cessão. 6. Consulta ao Ibama ou outro órgão ambiental Obter autorização Curto GRPU e à Capitania dos portos, quando couber .* para a cessão. Prazo SPU 7. Publicação de Portaria Autorizativa de Formalizar a Curto SPU Cessão e assinatura de Contrato de Cessão. Cessão do Prazo PGFN domínio útil da área para o Município. 8.Elaboração de estudo ambiental e sócio- Embasar uma Curto PMF econômico. proposta de prazo intervenção melhor 62
  • 63. elaborada. 9. Delimitação da área para instituição de ZEIS Permitir a Médio PMF no Plano Diretor. aprovação de Prazo projeto de loteamento com parâmetros urbanísticos diferenciados, impedindo a especulação imobiliária. 10. Encontro com a Comunidade para Realizar projeto Curto PMF apresentação e discussão da proposta de participativo, prazo ação. conscientização da população a respeito do processo a ser realizado e dos conceitos básicos. 11. Alterações do Plano Diretor Municipal. Incorporar ZEIS. Médio PMF Prazo 12. Elaboração de diagnóstico urbano de Elaborar projeto Médio PMF carência de infra-estrutura e de equipamentos. de acordo com as prazo necessidades da comunidade. 13. Análise e definição dos instrumentos de Possibilitar a Médio PMF regularização fundiária pertinentes. otimização do prazo GRPU processo de regularização fundiária. 14. Fixação das diretrizes urbanísticas através Compatibilizar Médio PMF do instrumento legal apropriado (Ex. Decreto). com projetos prazo existentes e subsídio para o Projeto Urbanístico. 15. Elaboração de projeto de intervenção Melhorar a Médio PMF jurídica e urbanística. condição de prazo habitabilidade local; Proteção jurídica da posse. 16. Elaboração de projeto de infra-estrutura. Dotar toda a área Médio PMF de infra-estrutura prazo básica. 17. Apresentação dos projetos elaborados Fortalecer a Médio PMF para a comunidade. participação prazo popular no processo e realização de possíveis ajustes. 18. Cadastramento físico e sócio-econômico Reconhecer a Médio SPU das ocupações que atendam aos requisitos do realidade do prazo PMF Município e da SPU. assentamento e subsídio para o Projeto Urbanístico. 19. Desmembramento interno do imóvel na Gerar Registros Médio GRPU GRPU. Imobiliários prazo Patrimoniais Individualizados 63
  • 64. (RIP`s) individualizadas para cada unidade e emitir “Certidão Autorizativa” para cada imóvel. 20. Desmembramento do imóvel mediante Gerar lotes Médio PMF averbação no RGI (cartório de imóveis). individualizados. prazo 21. Implementação dos projetos urbanísticos e Melhorar a Longo PMF de infra-estrutura. condição de prazo habitabilidade local. 22. Titulação das famílias e Celebração da Formalizar a Médio PMF escritura com os beneficiários. posse dos prazo SPU. imóveis pelas famílias. 23. Lavrar as escrituras e registrá-las no RGI Formalizar a Médio PMF (cartório de imóveis). posse dos prazo imóveis pelas famílias. 24. Transferência dos imóveis em seus Atualizar o Médio GRPU registros para o nome dos novos titulares cadastro da SPU prazo (alteração cadastral). para controle dos imóveis da União. 25. Realização de oficinas periódicas de Fortalecer a Médio PMF convivência e de educação ambiental com a organização Prazo comunidade durante o período de no mínimo comunitária, um ano. estimular a preservação ambiental, conscientizar a população da importância da não degradação do local. 64
  • 65. UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 3 - Da Avenida Almirante Tamandaré até a Rua Ildefonso Albano Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual Ocupação regular no trecho da faixa da orla, estágio de urbanização consolidado de alta densidade. Ocupação irregular de espaços públicos. Especulação imobiliária. Uso incômodo de equipamentos sonoros. Erosão da faixa de praia mesmo em trechos associados a obras de engenharia costeira para contenção da erosão. Verticalização com conseqüências ambientais relacionadas com ilhas de calor e zonas de sombra na linha da costa. Exploração hoteleira e demais atividades econômicas e comerciais ligadas ao turismo. Atividades de pesca esportiva e tradicional. Área de uso residencial com ocupação irregular na faixa de praia. Diminuição drástica do potencial turístico vinculado à paisagem costeira. Degradação do patrimônio histórico. Insuficiência de saneamento básico com dejetos a céu aberto. Fotografia 10 - Trecho com obras de engenharia costeira para contenção da erosão ao longo da orla marítima. Verificar a verticalização e o déficit de areia na faixa de praia (Fonte: Projeto Orla, outubro de 2005). 65
  • 66. b) Situação Tendencial Desqualificação sócio-ambiental e turística do trecho. Incremento da erosão costeira com aumento da área de risco. Ocupação consolidada com continuidade do processo de verticalização, com conseqüências no clima urbano. Adensamento da ocupação do espaço (comunidade da Baixa Pau). Insuficiência de saneamento básico com dejetos a céu aberto. Agravamento das condições de insuficiência saneamento básico. c) Situação desejada Valorização histórico-cultural do local garantida. Ocupação existente adequadas às normas urbanísticas e zona especial de interesse cultural. Ocupações devidamente ordenadas. Requalificação turística do local efetivada e áreas de lazer disponíveis para a população. Equipamentos de poluição sonora restringidos e de acordo com o cumprimento da legislação. Incentivos à construção de centros culturais implementados. Requalificação paisagística efetivada. 66
  • 67. Caracterização dos problemas: TABELA XVIII - UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 3 Da Avenida Almirante Tamandaré até a Rua Ildefonso Albano Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema 1. Erosão Ocupação Déficit de areia na - Lei 7.661/88 costeira desordenada da faixa de praia com a PNGC faixa de praia supressão de trechos - Lei 6.938/81 interferindo nos destinados ao lazer; PNMA processos Antropização da orla - Lei Municipal costeiros (ondas e com a implantação de 7.061/92 PDDU marés). muros de contenção - Lei Municipal da erosão; 7.987/96 Uso e Danos estruturais aos Ocupação o Área propícia ao equipamentos urbanos Solo turismo e ao lazer; públicos e privados; - Decreto Grande valor Danos sócio- Federal histórico – cultural ambientais e 5.300/04 Gestão para Fortaleza; econômicos às da Orla Comércio de atividades/ações de - Lei Municipal pequeno e médio turismo e lazer. 7.814/95 porte. Parcelamento de Uso e Ocupação do Solo da Praia de Iracema. 2. Degradação Casas noturnas e Depreciação e - Lei Municipal do espaço poluição sonora. desqualificação do 7.061/92 PDDU urbano e sócio- espaço público; - Lei Municipal ambiental. Subutilização, 7.987/96 Uso e descaracterização e Ocupação o má utilização da área Solo de roteiro do lazer e - Lei 8.097/97 cultura da cidade em Poluição Sonora virtude das condições - Lei Municipal sócio-ambientais do 7.814/95 local; Parcelamento Perda da atividade de Uso e econômica; Ocupação do Degradação e Solo da Praia de desvalorização do Iracema patrimônio histórico; Prédios públicos ociosos; Especulação imobiliária descaracterizando paisagem e a identidade cultural. 67
  • 68. Propostas de ação: TABELA XIX Problema 1: “Erosão costeira” Linha de Ação: “Estudos e projetos integrados para o controle da erosão costeira” Ações e Medidas Finalidade Duração da Atividade Responsável 1. Promover um estudo Subsidiar a elaboração de Médio e longo prazos PMF evolutivo dos processos projeto executivo para UNIVERSIDADES erosivos a partir da contensão e controle do GRPU construção do Porto do processo erosivo. IBAMA Mucuripe e ocupação do Morro de Santa Terezinha. 2. Implantação de Projeto Conter e controlar o Médio e longo prazo PMF executivo de recuperação processo erosivo UNIVERSIDADES do litoral. LABOMAR GRPU IBAMA 3.Monitoramento integrado Caracterizar e Permanente PMF dos processos costeiros. acompanhar a evolução IBAMA dos processos costeiros SEMACE de forma integrada. Problema 2 “ Degradação do espaço urbano” Linha de ação: Requalificação e recuperação do espaço urbano Ações e Medidas Finalidade Duração da Atividade Responsável 1. Diagnóstico da Detectar os fatores de Médio prazo PMF dinâmica de ocupação e degradação; agentes envolvidos. Apontar os usos compatíveis. 2. Elaboração do projeto Requalificar e promover a Médio prazo PMF de requalificação. melhoria da qualidade sócio-ambiental 3. Implementação do Requalificar e promover a Médio prazo PMF projeto de requalificação melhoria da qualidade urbana (incentivo à sócio-ambiental. criação de centros culturais). 68
  • 69. UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 4 - Rua Ildefonso Albano até o Mercado dos Peixes do Mucuripe. Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual Ocupação desordenada da faixa de praia e pós-praia. Trecho associado a obras de engenharia costeira (espigões e muros de rocha paralelos à linha de costa). Setores com acesso indireto à faixa de praia. Processo de verticalização consolidado com danos ao clima urbano e a formação de sombras na faixa de praia. Poluição da orla pelo lançamento de efluentes nas galerias pluviais e lixo. Área com forte potencial turístico e de lazer. Trecho com forte exploração hoteleira e demais atividades econômicas relacionadas com o turismo. Existência de barracas na faixa de praia. Fotografia 11 - Vista de norte para sul a partir da praia Mansa. Evidencia a verticalização na faixa de praia. Verificaram-se problemas ambientais relacionados com poluição hídrica, ocupação irregular dos espaços públicos (Fonte: Jeovah Meireles, junho de 2005). 69
  • 70. b) Situação tendencial Aumento da ocupação desordenada da faixa de praia e pós-praia (restaurantes e bares). Incremento dos índices de poluição com conseqüências na perda da balneabilidade do trecho. Continuidade da verticalização com danos à paisagem do local. Intensificação dos problemas de tráfego. c) Situação desejada Barracas de praia retiradas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Desenvolvimento do turismo implementado com bases sustentáveis efetivadas e com incentivo ao lazer (prática de esportes de praia). Atrativos turísticos e de esporte e lazer melhorados. Índices de emprego e renda melhorados através de ações na feirinha de artesanato. Praia arborizada e resíduos tratados de forma adequada. Comércio ambulante disciplinado. Tráfego de veículos ordenado. 70
  • 71. Caracterização dos problemas: TABELA XX - UNIDADE DE PAISAGEM II – TRECHO 4 Rua Ildefonso Albano até o Mercado dos Peixes do Mucuripe Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Legislação Impactos Incidente Associados ao Problema 1.Uso e ocupação Ocupação irregular - Lei 7.661/88 desordenada dos e acelerada do Degradação da PNGC espaços públicos e espaço urbano; paisagem; - Lei Municipal da faixa de praia. Fiscalização Diminuição da 7.061/92 PDDU ineficiente; área de passeio; - Lei Municipal Especulação Privatização do 7.987/96 Uso e imobiliária; espaço público; Ocupação o existência de Proliferação do Solo barracas na faixa comércio informal; - Lei 10.257/01 de praia. Restrição da Estatuto das acessibilidade à Cidades Área referência de praia. - Decreto turismo e lazer para a Descaracterização Federal cidade; sócio-ambiental do 5.300/04 Gestão Grande valor porto de barcos e da Orla paisagístico. Área jangadas na praia. - Lei 9.636/98 com porto de barcos Utilização dos e jangadas para a Bens da União pesca tradicional. 2. Poluição hídrica. Origem e destino Poluição da praia - Lei 7.661/88 inadequados dos com perda de PNGC resíduos sólidos; balneabilidade. - Lei 6.938/81 Lançamento de PNMA esgotos “in natura” - Lei 10.257/01 nos cursos d’água Estatuto das (riacho) e nas Cidades galerias pluviais. - Lei 9.433 PNRH - Lei 11.996/92 PERH - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla. 3. Adensamentos Especulação Poluição sonora; - Lei Municipal irregulares de imobiliária; Não fluidez do 7.061/92 PDDU moradias. Ocupação tráfego; - Lei Municipal desordenada e Interferência 7.987/96 Uso e acelerada do negativa no clima Ocupação o espaço urbano; da cidade; Solo Fiscalização Diminuição da - Lei 10.257/01 ineficiente. permeabilidade do Estatuto das solo. Ocupação Cidades. irregular na praia. 71
  • 72. Propostas de ação: TABELA XXI Problema 1: “Uso e Ocupação desordenadas dos espaços públicos e da faixa de praia.” Linha de ação: Ordenamento da ocupação e dos usos Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Elaboração e implantação Requalificar e promover a melhoria Médio prazo PMF de projeto de ordenamento da qualidade sócio-ambiental e GRPU com retirada das barracas dapaisagística; faixa de praia uma vez que Retirar as barracas de praia da não são permitidas pela faixa de praia. legislação pertinente. Melhorar as atividades de infra- estrutura de pesca do porto de barcos e jangadas. 2. Reurbanização do espaço. Criação de local próprio para o Médio prazo PMF comércio ambulante, segundo a legislação específica. Implantar áreas públicas de esporte e lazer. Problema 2: “Poluição hídrica” Linha de ação: Ordenamento do destino final dos resíduos sólidos e efluentes. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Levantamento das fontes Diagnosticar a origem dos Curto prazo PMF poluidoras. efluentes. CAGECE 2. Monitoramento e Identificar e autuar os infratores. Médio prazo PMF fiscalização da origem e Indução da ligação do CAGECE destino dos efluentes. esgotamento sanitário particular à rede pública. 3. Campanha de educação Conscientizar a população com Permanente PMF ambiental. relação às questões ambientais. SEMACE Problema 3: “Adensamento de moradias” Linha de ação: Diminuição dos danos causados pelo adensamento e ocupação irregular. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Estudo para reestruturação Aumentar a fluidez do tráfego de Médio prazo PMF viária e ordenamento do veículos; trânsito da Avenida Beira Mar. Desobstrução do espaço de lazer. 2. Estudo de alternativas Prevenir o colapso da infra- Médio prazo PMF legais para a desaceleração estrutura local; do adensamento de moradias. Impedir o aumento da ilha de calor. 72
  • 73. 2.3 UNIDADE DE PAISAGEM III - Do Mercado de Peixes do Mucuripe até ao Serviluz (Rua Ismael Pordeus). UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 1 - – Mercado de Peixes do Mucuripe até o Oleoduto da Petrobras Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual Presença de empreendimentos comerciais, multifamiliares e turísticos de alto poder aquisitivo privatizando a faixa de praia (inclusive com existência de píer para atracamentos de embarcações particulares). Clube social de alta renda - Iate Clube de Fortaleza. Ao mesmo tempo em que residem populações voltadas para atividades tradicionais de pesca (jangadas, barcos e pequenas lanchas). Atividades turísticas com passeios marítimos utilizando embarcações, com acesso improvisado, alto grau de insegurança (fluxo de embarcações). Poluição hídrica. Embarcações desativadas abandonadas no mar e em terra (cemitério de botes) e barracos comerciais na faixa de praia. Neste setor desenvolve-se atividade comercial através do Mercado dos Peixes do Mucuripe (comercialização de peixes e crustáceos “in natura”), destituído de infra-estrutura para os trabalhadores e clientes. Nas proximidades deste trecho existe uma área bastante consolidada, com construções de baixo padrão sobre o Morro de Santa Terezinha (duna com elevado índice de impermeabilização do solo) e paisagem degradada pelo adensamento de moradias. Tem excelente potencial paisagístico (morro) com um dos mais bonitos pontos de contemplação da cidade e especialmente da orla marítima. 73
  • 74. Fotografia 13 - Estreita faixa de praia com a Fotografia 12 - Vista panorâmica de parte do presença de muro de concreto e edificação trecho. Em primeiro plano a existência de na faixa de praia. Trecho com déficit de areia porto de barcos e jangadas evidenciando e com acesso indireto à zona intermaré. atividades tradicionais de pesca. Ao fundo a Privatização da orla através da construção verticalização da orla (Fonte: Projeto Orla, de edifícios multifamiliares e hotéis (Fonte, outubro de 2005). Jeovah Meireles, janeiro de 2005). b) Situação Tendencial Descaracterização da paisagem com privatização completa da praia pelas empresas comerciais, hotéis, clubes e prédios de apartamentos. Adensamento de edificações com verticalização e a expulsão dos moradores tradicionais (especulação imobiliária), inclusive envolvendo comunidade das imediações do trecho. Tendência de ampliação da área para comercialização de peixes. Incremento do tráfego aqüaviário dos barcos pesqueiros e utilizados para passeios turísticos. Ampliação das áreas de risco no Morro de Santa Terezinha. Na praia ampliação da área utilizada para depósito de barcos abandonados (cemitério) e de barracos comerciais na praia dos Botes. 74
  • 75. c) Situação desejada Praia regularizada para o uso público. Paisagem litorânea melhorada com acesso público. Infra-estrutura de apoio para o comércio de peixe (instalações hidro-sanitárias) e atividades pesqueiras instaladas (local adequado para guarda e conserto dos barcos). Equipamento para turismo dispostos de forma adequada (passeios de barco). Tráfego aqüaviário regularizado. Acesso da população garantido. Bons índices de balneabilidade da praia. Retirados os barcos abandonados e os barracos da praia dos Botes. 75
  • 76. Caracterização dos problemas: TABELA XXII - UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 1 Mercado de Peixes do Mucuripe até o Oleoduto da Petrobras Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema 1. Poluição Lançamento de Perda da - Lei hídrica. dejetos sólidos e balneabilidade; 7.661/88 derivados de petróleo Danos sócio- PNGC em razão da atividade ambientais às - Lei portuária; atividades/ações 6.938/81 Esgotamento sanitário de turismo e lazer. PNMA deficiente. - Lei Turismo e lazer; 10.257/01 Atividade Estatuto das pesqueira; Cidades Esportes; - Lei 9.433 náuticos. PNRH - Lei 11.996/92 PERH - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla. 2. Utilização de Ausência de Poluição hídrica; - Lei esporte náutico sinalização do fluxo Poluição sonora; 7.661/88 motorizado marítimo; Risco de PNGC (lanchas, jet Fiscalização acidentes; com - Decreto sky) em área ineficiente. banhistas; Federal não permitida. Prejuízo na fauna 5.300/04 marinha. Gestão da Orla 3. Privatização Especulação Impedimento do - Lei da orla. imobiliária; acesso à praia; 7.661/88 Ocupação irregular de Interferência na PNGC edifícios de alto dinâmica costeira; - Lei padrão; Interferência 6.938/81 Fiscalização negativa no clima PNMA ineficiente. da cidade. - Lei Municipal 7.061/92 PDDU - Decreto 76
  • 77. 4. Barcos Local adequado para Impedimento de - Lei abandonados e disposição de sucatas acesso à praia; 7.661/88 barracos na de barcos; Ocupação Perda da PNGC praia dos irregular e acelerada balneabilidade; - Lei Botes. do espaço urbano; Depreciação e Municipal Fiscalização desqualificação do 7.061/92 ineficiente; Demanda espaço público; PDDU por atividades de Danos sócio- - Lei geração de renda ambientais às Municipal aliada à pressão atividades/ações 7.987/96 urbana que impede o de turismo e lazer. Uso e desenvolvimento de Ocupação tais atividades em o Solo locais adequados para - Lei os pequenos 10.257/01 comerciante Estatuto das Cidades - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla - Lei 9.636/98 Utilização dos Bens da União 77
  • 78. Propostas de ação: TABELA XXIII Problema 1: “ Poluição hídrica.” Linha de ação: Ordenamento do destino final dos resíduos sólidos e efluentes. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Levantamento das fontes Diagnosticar a origem Curto prazo PMF poluidoras. dos efluentes. CAGECE 2. Monitoramento e fiscalização do Induzir a ligação do Médio prazo PMF destino dos efluentes. esgotamento sanitário CAGECE particular à rede pública; Definir medidas compensatórias por parte dos agentes poluidores. Problema 2: “ Utilização de esporte náutico motorizado (lanchas, jet sky) em área não permitida.” Linha de ação: Regulamentação do tráfego marítimo Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Elaborar zoneamento para a Ordenar o tráfego Curto prazo PMF definição de área marítima para marítimo de Capitania dos esportes náuticos. embarcações. Portos 2. Sinalização de ordenamento do Tornar visíveis as regras Curto prazo Capitania dos tráfego marítimo. do tráfego marítimo. Portos 3. Fiscalização integrada entre os Disciplinar o tráfego de Curto prazo PMF diversos órgãos competentes. embarcações para a Capitania dos prática de esportes Portos náuticos motorizados. Problema 3: “Privatização da orla” Linha de ação: Diminuição dos danos causados pelo adensamento de moradias e ocupação irregular Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Estudo de alternativas legais para Prevenir o colapso da Curto prazo PMF disciplinar construções na área e infra-estrutura local; GRPU impedir a ampliação dos Impedir o aumento das SEMACE empreendimentos existentes. ilhas de calor. 2. Execução de medidas Minimizar os impactos Curto prazo PMF compensatórias/mitigadoras por sócio-ambientais; Permanente SEMACE parte dos particulares. Acessibilidade à praia. Ministério Público 3. Educação ambiental. Conscientização da Permanente PMF população com relação SEMACE às questões ambientais. Problema 4: “Barcos abandonados e barracos na praia dos Botes” Linha de ação: Retirada de barcos abandonados e barracos da praia dos Botes Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Retirada de barcos abandonados Retomada da qualidade Médio Prazo PMF (sucata) e de barracos da faixa de ambiental e melhoria do Capitania dos praia uma vez que não são acesso à faixa de praia; Portos permitidos pela legislação pertinente prevenir acidentes com GRPU embarcações. 2. Elaboração participativa de projeto Estabelecer parâmetros Médio prazo PMF de requalificação paisagística e de utilização; GRPU ambiental do trecho da orla. Retirar dos barracos da faixa de praia; Normatizar o uso da faixa de praia. 78
  • 79. UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 2 - do Oleoduto da Petrobras até o início da praia Mansa Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual O porto de Fortaleza, localizado na área do Mucuripe, atualmente não se encontra em condições de receber navios de grande porte por apresentar um baixo calado em decorrência da pouca profundidade do local e deposição de sedimentos, berços inadequados e equipamentos ultrapassados e ineficientes. Dispõe de instalações portuárias com armazéns, pátios e infra-estrutura básica, que em boa parte já estão terceirizadas, principalmente na área de grãos. O cais pesqueiro carece de infra-estrutura de apoio para os pescadores e seus produtos. Atualmente é utilizado precariamente como receptor turístico de embarque e desembarque, necessitando de investimentos para atender à demanda crescente do turismo. Existe um píer petroleiro, que atende indústrias de transformação situadas no entorno do cais. As indústrias químicas e de derivados de petróleo que gravitam nas proximidades do porto, especialmente a tancagem, oferecem grande perigo à população ali residente (riscos de incêndios e explosões). Malha viária insuficiente para a demanda do porto. A alternativa de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Fortaleza proposta pelo Plano Diretor de Desenvolvimento do Porto (fruto da agenda estratégica 2003-2008), “busca obter o atendimento às demandas através do melhoramento das instalações existentes com reforço estrutural e aprofundamento dos diversos trechos de cais acostável. Propõe também nova organização espacial, evitando- se a construção de novos berços ou terminais, preservando as áreas ao longo do molhe de abrigo, principalmente a praia Mansa, para usos alternativos ao atendimento de navios de transporte de cargas”. É importante salientar que, segundo o Plano Diretor do Porto, para atender ao tráfego projetado para os próximos 20 anos, deverá ser disponibilizado “terminais para as movimentações de grãos (trigo/milho); de carga geral, contêineres e fertilizantes; e de soja, além de instalações para atender aos navios de cruzeiros marítimos, havendo necessidade de maiores profundidades para o tráfego de navios com containers e para as exportações de soja, limitando-se, entretanto, à faixa de 12,0 a 12,5 metros”. 79
  • 80. Segundo ainda o Plano Diretor do Porto, a Companhia Docas do Ceará, como Autoridade Portuária, conduzirá o processo de modernização do Porto de Fortaleza, cujo objetivo maior é torná-lo cada vez mais um porto ágil, competitivo e de baixos custos operacionais, com maior participação da iniciativa privada na gestão e nos investimentos para seu reaparelhamento. Figura 14 - Fotografia aérea do Porto do Mucuripe, praia mansa e espigão do Titanzinho (Escala 1:8.000, de 2001 - PMF/SEMAM). Fotografia 15 - Ancoradouro do Porto do Mucuripe (Fonte: Projeto Orla, agosto de 2005) b) Situação Tendencial Com a infra-estrutura atual e se não houver investimentos na ampliação das instalações portuárias, haverá esvaziamento do porto de cargas para outros portos (Porto do Pecém e outros regionais). Governo do Estado já publicou dois 80
  • 81. decretos transferindo as indústrias para o Porto do Pecém. O Porto de Fortaleza tende a ser prioritariamente receptivo turístico dos grandes transatlânticos e em curto prazo poderá melhorar este serviço atualmente com infra-estrutura insuficiente. d) Situação desejada Porto com maior movimentação através da Agenda Portuária, formulada pela Companhia Docas, efetivamente implantada. Para isso, é importante salientar que a Agenda prevê investimentos relacionados com dragagens (aprofundamento da bacia de evolução portuária), melhoramento dos berços e instalação de equipamentos para movimentação de mercadorias e passageiros. Prevê o fortalecimento e ampliação do Porto do Mucuripe ao longo dos próximos anos com infra-estrutura no cais pesqueiro para os barcos de médio e pequeno porte, acarretando um crescimento na produção e renda das populações adjacentes ao Porto. Sistema de Segurança do Porto permanentemente implantado dentro dos padrões internacionais. Projetos paisagísticos e de infra-estrutura do Porto do Mucuripe implantados com centros cultural, comercial e de lazer. Preservação sócio-ambiental da Praia Mansa. A área de tancagem (tanques de derivados petróleo) utilizada de acordo com suas potencialidades urbanísticas, paisagísticas e industriais, com ampla participação comunitária, integrada com a conclusão da regularização fundiária do Serviluz. Parque de tancagem transferido para o Porto do Pecém. 81
  • 82. Caracterização dos problemas: TABELA XXIV- UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 2 Do Oleoduto da Petrobras até o início da praia Mansa Potencialidades Problemas Atividades Efeitos e Legislação Geradoras Impactos Incidente Associados ao Problema 1. Poluição hídrica. Lançamento de Possível perda da - Lei 7.661/88 dejetos sólidos e balneabilidade; PNGC derivados de Danos sócio- - Lei 6.938/81 petróleo em ambientais às PNMA razão da atividades/ações - Lei atividade de turismo e 10.257/01 portuária; pesca. Estatuto das Esgotamento Cidades sanitário - Lei 9.433 deficiente. PNRH - Lei 11.996/92 PERH Receptivo - Decreto turístico; Federal Geração de 5.300/04 emprego; Gestão da Atividade Orla pesqueira. Regularização fundiária. 2.Desenvolvimento Tancagem de Possibilidade de - Lei 7.661/88 de atividades derivados de Contaminação do PNGC portuárias de risco. petróleo. solo por agentes - Lei 6.938/81 químicos; PNMA Risco de - Lei Municipal explosões com a - Decreto manipulação de Federal substâncias 5.300/04 inflamáveis; Gestão da Ocupação de Orla áreas de risco. - Lei Municipal 7.061/92 PDDU. 3. Insuficiência de Falta de Redução das Decreto infra-estrutura para investimento. condições Federal o cais pesqueiro. econômicas dos 221/67 pescadores; Perda de identidade histórica e cultural relacionadas à prática pesqueira sustentável. 82
  • 83. Propostas de ação: TABELA XXV Problema 1: “ Poluição hídrica.” Linha de ação: Ordenamento do destino final dos resíduos sólidos, efluentes e derivados de petróleo. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Identificação das fontes Levantar a origem dos Curto prazo PMF poluidoras. efluentes. CAGECE 2. Monitoramento e Induzir a ligação do Médio PMF fiscalização da origem e esgotamento sanitário à rede prazo CAGECE destino dos efluentes. pública; Definir medidas compensatórias por parte dos agentes poluidores. 3. Efetiva execução de Eliminar as fontes poluidoras e Curto prazo PMF medidas compensatórias por minimizar os impactos; SEMACE parte dos particulares. melhorar a acessibilidade à Ministério praia. Público Problema 2: “Desenvolvimento de atividades portuárias de risco.” Linha de ação: Adequação das atividades de risco às normas pertinentes Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Estudo de medidas Evitar acidentes como Curto prazo PMF protetoras. explosões, envenenamento DOCAS etc. Defesa Civil Corpo de Bombeiros 2. Articulação com o Estado e Transferir as atividades Médio PMF a Companhia DOCAS. inadequadas da localização prazo DOCAS atual para região externa ao Governo do perímetro urbano. Estado Problema 3: “Insuficiente infra-estrutura para o cais pesqueiro” Linha de ação: Incentivo à atividade pesqueira sustentável Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Mobilização da comunidade Elaborar diagnóstico Médio e PMF pesqueira. comunitário; longo prazo DOCAS Compartilhar a fiscalização e COMUNIDADE gestão dos equipamentos a serem implantados junto à comunidade. 2. Elaboração de projeto de Criar uma estrutura mínima de Médio e PMF incentivo ao desenvolvimento apoio ao desenvolvimento das longo prazo DOCAS de atividade pesqueira atividades econômicas da CPCE sustentável. comunidade. 3. Desenvolver programas de Minimizar a pesca predatória e Médio e PMF educação ambiental. o desequilíbrio ambiental. longo prazo DOCAS CPCE 4. Implantação e Possibilitar uma estrutura Médio e PMF implementação dos projetos mínima para o Longo DOCAS de melhoria sócio-ambientais. desenvolvimento econômico prazo CPCE da comunidade. Evitar a pesca predatória e o desequilíbrio ambiental. 83
  • 84. UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 3 - Praia Mansa até o molhe do Titanzinho. Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual O trecho é composto por uma praia formada a partir da deposição de sedimentos recentes. Atualmente com cerca de 108.000m², sob a responsabilidade da Companhia Docas do Ceará. Está situado em uma área cujas atividades (indústria, porto e comunidade) podem acarretar poluição, existindo pressão para atividades de turismo e lazer. Trecho com cinco pequenas barracas de taipas utilizadas como apoio na atividade de pesca artesanal e três aerogeradores para produção de energia eólica. A paisagem é formada por vegetação antrópica de pequeno e médio porte, destacando as gramíneas e as castanholas. O acesso é restrito pelo interior do porto ou por via marítima, com vigilância dos guardas da Companhia Docas. Praia frequentemente utilizada para atividades turísticas, através dos passeios de barco. Fotografia 17 - Trecho da praia conservada da praia Mansa utilizado como porto de jangadas. Fotografia 16 - Trecho da Praia Mansa com a Excelente local para contemplação da orla orla conservada. Ao fundo os geradores de marítima (Fonte: Jeovah Meireles, julho de 2005). energia eólica e parte dos equipamentos de engenharia costeira (Fonte: Projeto Orla, agosto de 2005). 84
  • 85. b) Situação Tendencial A considerar a situação atual e se não houver intervenção do Poder Público a área será passível de ocupação, pois está sendo cobiçada por investidores, já existindo registro de solicitação para construção de equipamentos turísticos, já com registro de solicitação na Gerência Regional do Patrimônio da União – GRPU. Ações de uso e ocupação da praia Mansa, sem levar em conta a fragilidade da área, poderão acarretar a instalação de processos erosivos e aumento da degradação ambiental, em virtude da ocupação irregular com equipamentos turísticos (hotéis, bares, restaurantes, etc.), tanto em função dos resíduos deixados no local, como também pelo uso indiscriminado pelos visitantes. No programa de arrendamento, que integra a Agenda Ambiental Portuária, aprovado pela Resolução n 395/2005, a Praia Mansa é indicada como uma área destinada à construção de um terminal de embarque/desembarque para passageiros de navios de cruzeiros marítimos. c) Situação desejada Unidade de Conservação instituída devido suas características físicas, sócio- ambientais e a fragilidade dos ecossistemas de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Garantida a continuidade da faixa da orla como porto de jangadas e de equipamentos para uso dos pescadores tradicionais nas atividades de pesca. Rígido controle de impactos na visitação e atividades de lazer e efetivado o desenvolvimento do turismo ecológico. 85
  • 86. Garantia de contemplação da paisagem costeira. Vias de acesso e de visitação compatíveis com a fragilidade ambiental. Caracterização dos problemas: TABELA XXVI - UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 3 Praia Mansa até o molhe do Titanzinho Potencialidades Problemas Atividades Efeitos e Legislação Geradoras Impactos Incidente Associados ao Problema 1. Poluição da faixa Fragilidade dos Danos - Lei 7.661/88 de praia. critérios de ambientais ao PNGC visitação e ecossistema e - Lei 6.938/81 utilização da à paisagem. PNMA Praia Mansa; - Lei 9.985/00 Inexistência de SNUC esgotamento - Decreto sanitário. Federal 5.300/04 Turismo Gestão da Orla. ecológico; Lazer local; Energia eólica; Pesca artesanal; Valor paisagístico. 2. Pressão imobiliária Fiscalização Risco de - Lei 7.661/88 para o ineficiente. verticalização e PNGC estabelecimento de privatização. - Lei 6.938/81 complexos hoteleiros PNMA e receptivos - Lei 9.985/00 turísticos. SNUC - Lei 9.605/98 Ações Lesivas ao Meio Ambiente - Lei 6.513/77 Regulamenta e Incentiva o Turismo - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla. 86
  • 87. Propostas de ação: TABELA XXVII Problema 1: “Poluição da faixa de praia” Problema 2: “Pressão imobiliária para o estabelecimento de complexos hoteleiros e receptivos turísticos.” Linha de ação: Criação da Unidade de Conservação Municipal da Praia Mansa. Duração da Ações e Medidas Finalidade Responsável Atividade Embasamento técnico para PMF 1. Estudo para a Criação da definição da área a ser Curto prazo GRPU Unidade de Conservação. protegida e do tipo de U. C. DOCAS Subsidiar a criação da U. C. Restrição do uso da área; 2. Instituição de decreto Preservação da Praia Mansa; municipal para a criação da Curto prazo PMF Incentivo ao turismo Unidade de Conservação. sustentável. Regulamentação dos usos permitidos na Unidade de 3. Elaboração e implementação Conservação; Médio prazo PMF do Plano de Manejo. Estabelecer as diretrizes e ações de proteção. Minimizar a pesca predatória e o Médio e longo desequilíbrio ambiental. prazo PMF 4. Desenvolver programas de DOCAS educação ambiental. CPCE 5. Incentivo à pesca artesanal Evitar a pesca predatória e o PMF Médio prazo sustentável. desequilíbrio ambiental. 87
  • 88. UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 4 - do molhe do Titanzinho até o fim do Serviluz (Rua Ismael Pordeus). Trecho prioritário. Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual O trecho Prioritário da comunidade do Serviluz se apresenta bastante consolidado com ocupação espontânea, homogênea e irregular em áreas particulares e da União (Zona de Praia). Moradias horizontalizadas de baixa renda, sem nenhuma segurança jurídica da posse dos lotes. A comunidade desenvolveu-se em torno do Farol do Mucuripe (tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual), que hoje é um ponto de apoio de informações turísticas da Secretaria de Turismo do Estado. No seu entorno o que era antes uma praça, hoje se encontra ocupado por barracos. A zona de praia está em expansão pela deposição de sedimentos provenientes das praias à sudeste, associada ao espigão do Titanzinho. Com a deposição dos sedimentos e a progradação da praia, ocorreu a ocupação da faixa de pós- praia por moradias de baixa renda. A Comunidade vive em constante tensão e perigo devido ao deslocamento dos sedimentos (excesso de areia na praia e pós-praia) mobilizados pela ação dos ventos na direção das moradias, invadindo as casas e as vias de acesso. Como conseqüência foram ocasionados danos sócio-ambientais de elevada magnitude. Este fato vem se agravando ao longo do tempo, exigindo dessa forma, um estudo mais aprofundado e uma solução para este problema enfrentado pelas famílias residentes na área. Nas imediações do Porto instalou-se o distrito industrial do Mucuripe (tancagem, galpões e indústria de transformação de derivados de petróleo), com estocagem de material altamente inflamável. Neste trecho (comunidade do Serviluz), existe uma população de mais de 20.000 habitantes (IBGE, 2000). A origem se deu em meados do século XX, tendo como vetor da ocupação as obras do Porto do Mucuripe, trazendo como herança toda a problemática de ocupação irregular da faixa de praia da cidade 88
  • 89. de Fortaleza, permanecendo no local as famílias de baixa renda. Faz limite ao norte com a Avenida Leite Barbosa; a sul, com a Rua Professor Firmeza; a leste com o Oceano Atlântico e a oeste, com a Avenida Zezé Diogo. De acordo com a caracterização acima, os problemas a serem abordados de forma mais urgente estão diretamente associados com a ilegalidade das moradias e o soterramento das residências pelos sedimentos transportados pelos ventos. Fotografia 18 - Parte do trecho com Fotografia 19 - Vista panorâmica da praia do problemas associados à invasão das areias Serviluz. As flechas indicam a direção nas vias de acesso e residências. Ocupação preferencial dos ventos e o transporte de em áreas de engordamento da faixa de praia sedimentos para o interior da zona (Fonte: Projeto orla, outubro de 2005). urbanizada (Fonte: Ernandy Vasconcelos, novembro de 2004). b) Situação Tendencial Continuidade no processo de transporte de sedimentos, acréscimo da faixa de praia por acúmulo de areias carreados pelos ventos, ondas e marés, soterrando cada vez mais o Serviluz. Surgimento de barracas de praia e construções de moradias nas áreas acrescidas (de uso comum do povo). Tendência de verticalização das unidades habitacionais. Depreciação da área com a baixa qualidade de vida e dos serviços públicos existentes. Desqualificação do Patrimônio Histórico (Farol do Mucuripe) e ocupação mais intensa do seu entorno. 89
  • 90. c) Situação desejada Garantida a harmonia da comunidade com o meio ambiente, através da requalificação da área concluída, associada com uma política habitacional sustentávea implantada e regularização fundiária efetivada. Patrimônio histórico (Farol do Mucuripe) revitalizado e alcançado bons índices de trabalho e renda. Parque de tancagem com os procedimentos ambientais e sócio-econômicos definidos de forma participativa. Área com assentamento das populações deslocadas das áreas de preservação permanente e de risco (dunas e praia). Potencialidades para as atividades industriais efetivadas. Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) definida e implantada. Caracterização dos problemas: TABELA XXVIII - UNIDADE DE PAISAGEM III - TRECHO 4 do molhe do Titanzinho até o fim do Serviluz (Rua Ismael Pordeus) Potencialidades Problemas Atividades Efeitos e Impactos Legislação Geradoras Associados ao Incidente Problema 1.Ocupação Ocupação Diminuição da - Lei 7.661/88 irregular da irregular e acessibilidade à PNGC faixa de praia e acelerada do praia; - Lei Municipal pós-praia. espaço urbano; Degradação 7.061/92 Pressão paisagística e PDDU urbana em ambiental - Lei Municipal outras áreas da (contaminação dos 7.987/96 Uso cidade, recursos hídricos e Ocupação o Geração de expulsando os por águas Solo emprego e renda moradores residuárias in - Lei 10.257/01 por ser próximo de para áreas natura); Estatuto das um importante pólo irregulares; Formação de áreas Cidades portuário; Política de risco - Decreto Valor paisagístico, Habitacional (soterramento das Federal histórico e cultural; deficiente. residências pela 5.300/04 Pesca sustentável; ação dos Gestão da Organização sedimentos Orla comunitária. transportados através dos ventos); Proliferação de agentes vetores de doenças. 90
  • 91. 2. Degradação Ocupação Perda da identidade - Lei 6.513/77 do patrimônio irregular da cultural da Regulamenta histórico e área; comunidade; e Incentiva o arquitetônico Política Desvalorização do Turismo (Farol do Habitacional espaço público. - Lei Municipal Mucuripe). deficiente. 7.061/92 PDDU - Lei Municipal 7.987/96 Uso e Ocupação o Solo. Propostas de ação: TABELA XXIX Problema 1: “Ocupação irregular da faixa de praia e pós-praia”. Linha de Ação: Regularização Fundiária Ações e Medidas Finalidade Duração Responsável da Atividade 1. Assinatura de Convênio Pactuar parceria com os Curto SPU Específico. diversos órgãos envolvidos, Prazo PMF definindo matriz de MF responsabilidades. TRE Governo do Estado 2. Assinatura de Convênio de Simplificar e tornar gratuito Curto Cartórios Cooperação técnica com primeiro registro; Prazo PMF cartórios (com elaboração de Pactuar parceria com os provimento junto ao tribunal de diversos órgãos envolvidos, justiça). definindo matriz de responsabilidades. 3. Levantamento cartográfico e Certificar a dominialidade e Curto PMF dominial/registrário. existência de registro do Prazo imóvel. 4. Determinação das poligonais Definir, com precisão, a área Curto SPU das áreas consideradas do assentamento a ser Prazo PMF regularizáveis. regularizado. 5. Formalização do pedido de Iniciar o processo de Curto PMF cessão das áreas. cessão/concessão. Prazo 6. Consulta ao Ibama ou outro Obter anuência para a cessão. Curto GRPU órgão ambiental e à Capitania Prazo SPU dos Portos, quando couber. 7. Publicação de Portaria Formalizar a cessão/concessão Curto SPU Autorizativa de Cessão e do domínio útil da área para o Prazo PGFN assinatura de Contrato de Município. Cessão. 8.Elaboração de estudo Embasar uma proposta de Curto PMF ambiental e sócio-econômico. intervenção melhor elaborada. prazo 9. Delimitação da área para Permitir a aprovação de projeto Médio PMF instituição de ZEIS no Plano de loteamento com parâmetros Prazo Diretor. urbanísticos diferenciados, impedindo a especulação imobiliária. 10. Encontro com a Comunidade Realizar projeto participativo e Curto PMF para apresentação e discussão conscientizar a população com prazo da proposta de ação. relação ao processo a ser realizado. 11. Alterações do Plano Diretor Incorporar ZEIS. Médio PMF Municipal. Prazo 12. Elaboração de diagnóstico Elaborar projeto de acordo com Médio PMF 91
  • 92. urbano de carência de infra- as necessidades da prazo estrutura e de equipamentos. comunidade. 13. Análise e definição dos Possibilitar a otimização do Médio PMF instrumentos de regularização processo de regularização prazo GRPU fundiária pertinentes. fundiária. 14. Fixação das diretrizes Compatibilizar projetos Médio PMF urbanísticas através do existentes e subsídios para o prazo instrumento legal apropriado. Projeto Urbanístico. 15. Elaboração de projeto de Melhorar a condição de Médio PMF intervenção jurídica e urbanística. habitabilidade local; prazo Promover a proteção jurídica da posse. 16. Elaboração de projeto de Dotar toda a área de infra- Médio PMF infra-estrutura estrutura básica. prazo 17. Apresentação dos projetos Fortalecer a participação Médio PMF elaborados para a comunidade. popular no processo e realizar prazo possíveis ajustes. 18. Cadastramento físico e sócio- Reconhecer realidade do Médio SPU econômico das ocupações que assentamento para subsídio do prazo PMF atendam aos requisitos do Projeto Urbanístico. Município e da SPU. 19. Desmembramento interno do Gerar RIPs individualizados Médio GRPU imóvel na GRPU. para cada unidade e emitir prazo “Certidão Autorizativa” para cada imóvel. 20. Desmembramento do imóvel Gerar lotes individualizados. Médio PMF mediante averbação no RGI prazo (cartório de imóveis). 21. Implementação dos projetos Melhorar a condição de Longo PMF urbanísticos e de infra-estrutura. habitabilidade local. prazo 22. Titulação das famílias e Formalizar a posse dos imóveis Médio PMF Celebração da escritura com os pelas famílias. prazo SPU. beneficiários. 23. Lavratura e registro das Formalizar a posse dos imóveis Médio PMF escrituras no RGI (cartório de pelas famílias. prazo imóveis). 24. Transferência dos imóveis Atualizar o cadastro da SPU Médio GRPU em seus registros para o nome para controle dos imóveis da prazo dos novos titulares (alteração União. cadastral). 25. Realização de oficinas de Fortalecer a organização Médio PMF convivência e de educação comunitária, estimular a Prazo ambiental com a comunidade. preservação ambiental, conscientizar a população da importância da não degradação do local. 26. Projeto de urbanização da Retirar as barracas e Médio PMF faixa de praia com retirada de residências da faixa de praia Prazo GRPU ocupações irregulares. (uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente) e de áreas de risco; inibir a privatização da praia e recuperar a paisagem. Problema 2: “Degradação do patrimônio histórico e arquitetônico (Farol do Mucuripe)”. Linha de Ação: Requalificação da área do Farol do Mucuripe Ações e Medidas Finalidade Duração Responsável da Atividade 1. Articulação entre PMF e Desenvolver projeto de Curto PMF IPHAN. requalificação do Farol do prazo Mucuripe. 2.Delimitar a área de influência Identificar a área para proteção Curto IPHAN 92
  • 93. histórico cultural para o do patrimônio histórico. prazo Governo do tombamento do farol. Estado PMF 3.Identificar os responsáveis pela Realizar as articulações Curto PMF gestão atual do farol/museu. necessárias para viabilizar as prazo ações de revitalização. 4. Levantamento cartográfico e Certificar a dominialidade e Curto PMF dominial/registrário. existência de registro do prazo imóvel. 5. Formalização do pedido de Iniciar o processo de cessão. Curto PMF cessão da área do farol. prazo 6. Consulta a Capitania dos Obter anuência para a cessão. Curto GRPU portos. prazo 7. Publicação de Portaria Formalizar a Cessão do Curto GRPU Autorizativa de Cessão e domínio útil da área para o prazo assinatura de Contrato de Município. Cessão. 8. Listar programas e linhas de Obter recursos para Curto IPHAN financiamento para revitalização elaboração e execução dos prazo Governo do de Patrimônio Histórico: inscrição projetos de restauração e Estado nos programas identificados. revitalização. PMF 9. Encontro com a comunidade Fortalecer a identidade local e Curo IPHAN para a conscientização da resgate histórico. prazo PMF importância pra preservação do patrimônio e do resgate da história. 10. Elaboração do projeto de Definir as intervenções Médio IPHAN restauração do farol. necessárias no edifício do farol. prazo Governo do Estado PMF 11. Implementação do projeto de Resgatar o patrimônio histórico Médio IPHAN restauração do farol. do município existente no prazo Governo do bairro. Estado PMF 12. Elaboração do projeto de Definir as intervenções Médio IPHAN revitalização da área do farol e necessárias no entorno/área de prazo Governo do seu entorno (construção de uma servidão do tombamento. Estado praça no entorno para atividades PMF culturais tais como: artesanato, comidas típicas, apresentações, etc). 13. Implementação do projeto de Conservar o patrimônio Médio IPHAN revitalização da área do farol e histórico além de valorizar e prazo Governo do seu entorno. fortalecer a cultura local. Estado PMF 14. Realização de oficinas Fortalecer a organização Médio IPHAN periódicas de conivência e comunitária; estimular a Prazo educação ambiental com a preservação ambiental; comunidade. conscientizar a população da importância da não degradação do local. 93
  • 94. 2. 4 UNIDADE PAISAGEM IV – Da Rua Ismael Pordeus à foz do Rio Cocó (margem esquerda) Figura 10 – Imagem de satélite (Quick Bird, 2004) evidenciando a Unidade IV (acervo da PMF/SEMAM). UNIDADE DE PAISAGEM IV - Trecho 1 – da Rua Ismael Pordeus até a Rua Renato Braga. Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual: 94
  • 95. O trecho caracteriza-se pela falta de arborização pública e espaços livres qualificados de lazer e recreação, pelo adensamento populacional com moradias de baixa renda, pela presença de edifícios residenciais, de lazer e de turismo (clube e hotéis), de inúmeras barracas na faixa de praia (muitas delas apresentando condições insalubres de funcionamento), pela existência dos usos comercial e misto e pelo início de verticalização. Tudo isso contrasta com os vazios urbanos encontrados no local oriundos da subutilização de diversos terrenos. A área apresenta ainda ocupações de indústria petroquímica, com galpões para armazenamento de derivados de petróleo. Fotografia 20 - Parte do trecho representado Fotografia 21 - Parte da praia do Futuro. Setor pela praia do Futuro. Larga faixa de praia com de pós-praia com acumulações de areia mobilização de areia pelo vento na direção da promovidas pelo transporte eólico. Trecho com pós-praia e área urbanizada. Ao fundo barracas de praia e verticalização. Vegetação verticalização da orla (Fonte: Projeto Orla, antrópica( Fonte: Projeto Orla, outubro de outubro de 2005). 2005). b) Situação Tendencial O trecho tende a apresentar um agravamento do adensamento populacional e das barracas na faixa de praia, expansão da rede hoteleira e do comércio em áreas de domínio da orla. O acesso, tanto visual quanto físico, à faixa de praia será dificultado. Haverá risco de soterramento das edificações devido à continuidade do processo de migração dos sedimentos continente adentro, impactando as residências, vias de acesso e demais equipamentos públicos, gerando dificuldade para ações de manejo na retirada da areia e para a implantação de projetos paisagísticos e de saneamento. 95
  • 96. d) Situação Desejada Praia recuperada ambiental e paisagisticamente. Área urbana recuperada e com livre acesso à faixa de praia garantido. As famílias ocupantes de áreas de risco e das vias públicas retiradas. Espaços livres e áreas verdes criados. Eficaz fiscalização com a obediência às legislações municipal referente ao uso e ocupação do solo (Lei 7.987/96) e ao Código de Obras e Posturas (Lei 5.530/81) garantidos de acordo com o estabelecido a partir do Plano Diretor por ser uma área de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União). Barracas de praia retiradas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. 96
  • 97. Caracterização dos problemas: TABELA XXX- UNIDADE DE PAISAGEM IV - Trecho 1 da Rua Ismael Pordeus até a Rua Renato Braga Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema 1.Construções Desenvolvimento de Alteração da dinâmica - Lei 7.661/88 irregulares na equipamentos costeira (formação de PNGC faixa de praia e turísticos e barreira aos - Lei Municipal em áreas comerciais em sedimentos); 7.061/92 públicas. desconformidade Degradação PDDU com a legislação paisagística e - Lei Municipal vigente; ambiental 7.987/96 Uso Fiscalização (contaminação dos e Ocupação o ineficiente; recursos hídricos por Solo Pressão urbana águas residuárias in - Lei 10.257/01 geradora de natura); Estatuto das segregação espacial; Privatização da faixa Cidades Política Habitacional de praia; - Decreto deficiente; Diminuição da Federal Especulação permeabilidade do 5300/04 imobiliária. solo. Gestão da Ocupação em negativo Orla (ocupação de vias). - Lei Federal Atividade turística; nº 9636/98 Lazer; Utilização dos Valor paisagístico; Bens da União 2.Poluição da Saneamento básico Diminuição da - Lei 7.661/88 faixa de praia. deficiente; balneabilidade; PNGC Ineficiência de Degradação - Lei 6.938/81 programas de paisagística e PNMA educação ambiental ambiental - Lei 6.513/77 para os (contaminação dos Regulamenta freqüentadores, recursos hídricos por e Incentiva o moradores e águas residuárias in Turismo barraqueiros. natura, desequilíbrio no - Decreto ecossistema marinho); Federal Proliferação de vetores 5.300/04 de doenças. Gestão da Orla 97
  • 98. Propostas de ação: TABELA XXXI Problema 1: “Construções irregulares” Problema 2: “Poluição da faixa de praia” Linha de ação: Requalificação urbano-ambiental com reordenamento. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Projeto de requalificação Retirar as barracas; Médio prazo PMF paisagística e ambiental do Incentivar o turismo sustentável; GRPU trecho da orla. Adequar à legislação, como área não edificante, a faixa de praia. 2. Cadastramento multifinalitário Reconhecer quantitativa e Médio prazo PMF de famílias em assentamentos qualitativamente a realidade dos GRPU irregulares. assentamentos; MF Formar banco de dados de PFN demandantes; PGFN Subsidiar a elaboração de projeto de reassentamento e regularização fundiária. 3. Elaboração e implementação Garantir a proteção jurídica da Médio prazo PMF de projeto de reassentamento eposse; GRPU regularização fundiária. Resgatar as áreas públicas; Efetivar o direito à moradia. 4. Organização de campanha de Conscientizar a população sobre Curto prazo PMF educação ambiental. as questões ambientais. SEMACE 5. Formação de grupo técnico Evitar e solucionar os problemas Curto prazo PMF para estudo e diagnóstico da geoambientais existentes; Universidades dinâmica costeira. Evitar o engordamento da praia; Evitar a erosão e o assoreamento dos rios em áreas subseqüentes. 6. Ações conjuntas e Minimizar os impactos da poluição Médio prazo PMF participativas com órgãos nos recursos hídricos e a SEMAC competentes e sociedade civil proliferação de vetores de CAGECE para implantação e doenças. melhoramento de saneamento básico. 98
  • 99. UNIDADE PAISAGEM IV - TRECHO 2 – Rua Renato Braga até a margem esquerda do Rio Cocó (Rua Germiniano Jurema). Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual A área se apresenta com inúmeras barracas de alto padrão instaladas nas faixas de praia e pós-praia, privatizando áreas públicas e dificultando o acesso à faixa de praia. Os usos correntes encontrados na área são o comercial, o residencial, o misto e o lazer privado (clubes e hotéis). O uso residencial é prioritariamente unifamiliar. Neste trecho pode-se verificar o início do processo de verticalização da Praia do Futuro, problemas relacionados com a falta de saneamento básico e também a falta de arborização e ausência de espaços livres e áreas de lazer. Verifica-se ainda o processo de ocupação urbana em áreas de preservação permanente (dunas fixas e móveis nas proximidades do rio Cocó). Fotografia 22 - Desembocadura do rio Cocó. Fotografia 23 - Vista panorâmica de parte do Evidencia da presença das barracas de praia e de trecho evidenciando e elevada densidade das bancos de areia (Fonte: Projeto Orla, outubro de barracas de praia (Fonte: Jeovah Meireles, 2005). fevereiro de 2006). 99
  • 100. b) Situação Tendencial Há tendência de ampliação das barracas de praia sobre terrenos públicos com conseqüente diminuição da faixa de praia, expansão da rede hoteleira, do comércio e do processo de verticalização. Agravamento dos problemas ambientais (vinculados à ocupação irregular do campo de dunas nas proximidades do rio Cocó) e de saúde pública (vinculados aos baixos índices de saneamento básico). Valorização dos terrenos e especulação imobiliária, com conseqüente aumento da poluição. Problemas urbanísticos e paisagísticos, como ausência de espaços públicos para a arborização e para o lazer, permanecerão. c) Situação Desejada Ambiente recuperado e área urbana requalificada com espaços verdes para o lazer e o turismo instituídos e com melhor qualidade sócio-ambiental. Retirada das barracas da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Zona Especial de Interesse Ambiental – ZEIA implantada. Eficaz fiscalização com a obediência à legislação municipal garantida quanto ao uso e ocupação do solo e ao Código de Obras e Posturas, estabelecida a partir do Plano Diretor por ser uma área de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União). 100
  • 101. Caracterização dos problemas: TABELA XXXII - UNIDADE PAISAGEM IV - TRECHO 2 Rua Renato Braga até a margem esquerda do Rio Cocó (Rua Germiniano Jurema) Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema 1. Construções Desenvolvimento de Alteração da dinâmica - Lei 7.661/88 irregulares na equipamentos costeira (formação de PNGC faixa de praia e turísticos comerciais barreira aos sedimentos); - Lei Municipal em áreas em desconformidade Degradação paisagística 7.061/92 públicas. com a legislação e ambiental PDDU vigente; (contaminação dos - Lei Municipal Fiscalização recursos hídricos por 7.987/96 Uso ineficiente; águas residuárias in e Ocupação o Pressão urbana natura); Solo geradora de Privatização da faixa de - Lei 10.257/01 segregação espacial; praia; Estatuto das Política Habitacional Diminuição da Cidades deficiente; permeabilidade do solo. - Lei 6.513/77 Especulação Ocupação de vias. Regulamenta imobiliária. e Incentiva o Turismo - Decreto Federal Atividade turística; 5.300/04 Lazer; Gestão da Valor paisagístico; Orla 2. Poluição da Saneamento básico Diminuição da - Lei 7.661/88 faixa de praia. deficiente; balneabilidade; PNGC Ineficiência de Degradação paisagística - Lei 6.938/81 programas de e ambiental PNMA educação ambiental (contaminação dos - Lei 9.433 para os recursos hídricos por PNRH freqüentadores, águas residuárias in -Lei 11.996/92 moradores e natura, desequilíbrio no PERH barraqueiros. ecossistema marinho); - Decreto Proliferação de vetores Federal de doenças. 5.300/04 Gestão da Orla 101
  • 102. 3. Início do Especulação Impactos negativos - Lei Municipal processo de imobiliária. sobre o clima da cidade; 7.061/92 verticalização. Aumento do tráfego de PDDU veículos; - Lei Municipal Impermeabilização do 7.987/96 Uso solo; e Ocupação o Pressão sobre as Solo comunidades de baixa renda; Existência de vazios urbanos. Propostas de ação: TABELA XXXIII Problema 1: “Construções irregulares na faixa de praia” Problema 2: “Poluição da faixa de praia” Problema 3: “Início do processo de verticalização” Linha de ação: Requalificação urbano-ambiental com reordenamento da ocupação. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Projeto de requalificação Retirar as barracas uma vez que Médio prazo PMF paisagística e ambiental do não são permitidas pela legislação GRPU trecho da orla. pertinente; Incentivar o turismo sustentável; Normatizar o uso público da faixa de praia. 2. Cadastramento multifinalitário Reconhecer quantitativa e Médio prazo PMF de famílias em assentamentos qualitativamente a realidade dos GRPU irregulares. assentamentos; Formar banco de dados de demandantes; Subsidiar a elaboração de projeto de reassentamento e regularização fundiária. 4. Elaboração e implementação Garantir a proteção jurídica da Médio prazo PMF de projeto de reassentamento e posse; UNIVERSIDADES regularização fundiária. Resgatar das áreas públicas; Efetivar do direito à moradia. 5. Organização de campanha de Conscientizar a população sobre as Curto prazo PMF educação ambiental. questões ambientais. SEMACE 6. Formação de grupo técnico Evitar e solucionar os problemas Curto prazo PMF para estudo e diagnóstico da geoambientais; dinâmica costeira. Evitar o engordamento da praia; Evitar a erosão e o assoreamento dos rios em áreas subseqüentes. 7. Estudo de alternativas legais Realizar o ordenamento das novas Curto prazo PMF para coibir a verticalização construções; irregular da área e impedir a Compatibilizar os empreendimentos ampliação dos empreendimentos à infra-estrutura local; existentes. Impedir o aumento da ilha de calor. 8. Estudos para criação de Zonas Delimitar áreas de proteção e de Curto prazo PMF Especiais de Interesse Social - possíveis Zonas Especiais de ZEIS e de Zonas Especiais de Interesse Social; Interesse Ambiental – ZEIA. Delimitar áreas de proteção e de possíveis Zonas Especiais de Interesse Ambiental; Definir índices urbanísticos inibidores de especulação imobiliária. 102
  • 103. 9. Criação de ZEIS e ZEIA. Garantir a preservação ambiental e Curto Prazo PMF impedir a especulação imobiliária. 10. Articulação com órgãos Minimizar os impactos da poluição Médio prazo PMF competentes para a elaboração nos recursos hídricos e a SEMACE de projeto de saneamento proliferação de vetores de doenças. básico. 103
  • 104. UNIDADE PAISAGEM IV - Trecho 3 – Entre as margens esquerda e direita do rio Cocó Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual A área apresenta duas condições distintas. Uma à margem esquerda do rio, onde se encontra uma grande concentração habitacional de baixa renda, com ocupação densa de barracas na foz do rio Cocó. Outra, à margem direita do rio, onde a ocupação de barracas de praia torna-se rarefeita. Observam-se na área loteamentos e arruamentos. Um fato a ser destacado é a potencialização do processo de ocupação de área de preservação permanente (dunas, lagoas costeiras e interdunares, manguezal e faixa de praia), através de especulação imobiliária induzida pela construção da ponte sobre o Rio Cocó em direção à praia da Sabiaguaba. Durante a elaboração do EIA/RIMA para o licenciamento da ponte, foram encontrados achados arqueológicos, caracterizados como artefatos indígenas. Presença de lixo a céu aberto, inclusive no mangue. Eletrificação irregular e aterro da margem do rio para ampliação de construções irregulares. Fotografia 24 - Rio Cocó nas proximidades da Fotografia 25 - Vista panorâmica do rio Cocó desembocadura. Verificar a presença de com a ponte em processo de construção. vegetação de mangue e as dunas do Parque Verificar a presença de barracas de praia. Natural ao fundo (Fonte: Projeto Orla, outubro Vegetação de mangue e ao fundo, as dunas de 2005). do Parque Natural (Fonte: Jeovah Meireles, setembro de 2004). 104
  • 105. a) Situação Tendencial Há tendência de adensamento das barracas na faixa de praia e de um crescimento das atividades comercial e residencial. A finalização da ponte sobre o rio Cocó intensificará o tráfego no local, a especulação imobiliária com riscos de ocupação de áreas ambientais de preservação permanente (dunas, lagoas costeiras, praia e manguezal). Haverá início da verticalização e aceleração do processo de favelização. Ocorrerá degradação ambiental de uma faixa da planície costeira conservada, afetando sistemas ambientais de fundamental importância para a diversidade de fauna e flora e as atividades de ecoturismo e lazer. Ampliação de áreas de risco ocasionada pelo aterro do manguezal e de construções irregulares. b) Situação Desejada Ponte sobre o Rio Cocó concluída e vinculada à recuperação do manguezal e das áreas de proteção e de preservação permanente. Um fato importante a ser destacado foi a criação da APA de Sabiaguaba e do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba, que ocorreu durante a fase final de elaboração do Plano de Gestão Integrada. Plano de Manejo elaborado e assegurada a preservação do patrimônio paisagístico e de biodiversidade, das atividades tradicionais. Área do Parque Natural Municipal sem ocupação urbana. Efetivado o desaceleramento da ocupação urbana em áreas de preservação permanente. Fiscalização eficaz e assegurada a obediência da legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo e ao Código de Obras e Posturas, estabelecida a partir do Plano Diretor por ser uma área de bem de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União). 105
  • 106. Caracterização dos problemas: TABELA XXXIV - UNIDADE DE PAISAGEM IV - Trecho 3 – Entre as margens esquerda e direita do rio Cocó Potencialidades Problemas Atividades Efeitos e Impactos Legislação Geradoras Associados ao Incidente Problema 1.Ocupação Fiscalização Alteração da - Lei 7.661/88 irregular com ineficiente; dinâmica costeira PNGC barracas e Criação de grandes (formação de - Lei 6.938/81 residências. equipamentos barreira aos PNMA turísticos; sedimentos); - Lei Municipal Política Habitacional Degradação 7.061/92 deficiente paisagística e PDDU Especulação ambiental - Lei Municipal imobiliária. (contaminação dos 7.987/96 Uso recursos hídricos e Ocupação o por águas Solo residuárias in - Lei 6.513/77 natura); Regulamenta Privatização da e Incentiva o Turismo ecológico; faixa de praia; Turismo Biodiversidade; Diminuição da - Decreto Valor paisagístico; permeabilidade do Federal Pesca sustentável; solo. 5.300/04 Esportes náuticos não- Gestão da motorizados. Orla. 2.Degradação Saneamento básico Comprometimento - Lei 7.661/88 ambiental, deficiente; da balneabilidade; PNGC principalmente Ineficiência de Degradação - Lei 6.938/81 das dunas e do programas de paisagística e PNMA manguezal. educação ambiental ambiental - Lei Municipal para os (contaminação dos 7.061/92 freqüentadores, recursos hídricos PDDU moradores e por águas - Lei Municipal barraqueiros; residuárias in 7.987/96 Uso Ocupação irregular. natura; e Ocupação o desequilíbrio no Solo ecossistema - Decreto marinho; Federal desmatamento da 5.300/04 área de deflação, Gestão da erosão, Orla; desequilíbrio da - CONAMA flora e da fauna); 001 e 303 Proliferação de Impactos vetores de Ambientais e doenças. APP 106
  • 107. 3. Loteamento Especulação Degradação - CONAMA em área de imobiliária. paisagística e 303/02 e Preservação ambiental; 237/87 Permanente Risco de diminuição - Lei 7.661/88 (dunas, da permeabilidade PNGC manguezal e do solo - Lei 6.938/81 praia). (impedimento da PNMA recarga do aqüífero, - Lei Municipal aumento do 7.061/92 escoamento PDDU superficial); - Lei Municipal Risco de 7.987/96 Uso interferência e Ocupação o negativa no clima da Solo cidade; - Lei 10.257/01 Desequilíbrio do Estatuto das ecossistema de Cidades mangue. - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla. 107
  • 108. Propostas de ação: TABELA XXXV Problema 1: “Ocupação irregular com barracas e residências” Problema 2: “Degradação ambiental principalmente das dunas e manguezal” Problema 3: “Loteamento em Área de Preservação Permanente - APP” Linha de ação: Plano de Manejo da APA do rio Cocó. Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Articulação com Governo do Desenvolver um Plano Curto prazo PMF Estado. Integrado de Gestão da APA GRPU e projeto paisagístico. 2. Retirada das barracas da faixa de Melhorar a qualidade de vida, Médio prazo PMF praia e da eletrificação da foz uma do acesso público e dos GRPU vez que não são permitidas pela ecossistemas. COELCE legislação pertinente. 3. Articulação das Unidades de Integralizar as ações do Plano Médio prazo PMF Conservação de Uso Sustentável e de Manejo com as Diretrizes de Proteção Integral com o Plano do PDDU. Diretor. 4. Normatização dos usos Realizar o Zoneamento Médio prazo PMF compatíveis com a APA. ambiental integrado; Disciplinar o uso e a ocupação do solo. 5. Organização de campanha de Conscientizar a população Curto prazo PMF educação ambiental. sobre as questões SEMACE ambientais. 6. Formação de grupo técnico para Evitar e solucionar os Curto prazo PMF estudo e diagnóstico da dinâmica problemas geoambientais; Universidades costeira. Evitar a erosão e o assoreamento dos rios em áreas subseqüentes. 7. Articulação com órgãos Minimizar os impactos da Médio prazo PMF competentes para a elaboração de poluição nos recursos hídricos SEMACE projeto de saneamento básico. e a proliferação de vetores de doenças. 108
  • 109. 2. 5 UNIDADE DE PAISAGEM V – Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) até a foz do Rio Pacoti (margem esquerda) Figura 11 - Delimitação das Unidades de Conservação de Proteção Integral e de Uso Sustentável (Fonte: SEMAM, imagens Quick Bird, 2004 – PMF/SEMAM). UNIDADE DE PAISAGEM V - TRECHO 1 - – Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) ao limite nordeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual A área se apresenta com campos de dunas, rochas de praia (beachrocks), lagoas costeiras e interdunares, terraços marinhos, praia e ecossistema manguezal. Há ocupação rarefeita de assentamentos habitacionais irregulares, 109
  • 110. barracas e pousada na faixa de praia. Observa-se tráfego de bugres nas dunas e retirada de areia de dunas. Neste trecho, foram encontrados artefatos arqueológicos que não receberam a devida proteção (preservação de sítios arqueológicos). Fotografia 26 - Vista panorâmica do trecho Fotografia 27 - Faixa de praia na margem da margem direita do rio Cocó, com a direita do rio Cocó. Presença de barracas de presença de dunas móveis e fixas em praia em bancos de areia originados pelo processo de ocupação. Proximidades do sítio transporte de sedimentos a partir das arqueológico sobre sedimentos eólicos oscilações de maré (Fonte: Projeto Orla, (Fonte: jeovah Meireles, setembro de 2004). fevereiro de 2006). b) Situação Tendencial Com a complementação da obra da ponte sobre o rio Cocó, haverá aceleração da dinâmica urbana, influindo na especulação imobiliária e na ocupação de área de preservação permanente. A faixa de praia apresentará adensamento de barracas, expansão da rede hoteleira, do comércio, de prédios residenciais e do fluxo automobilístico. O desmonte de dunas será ainda mais freqüente e, conseqüentemente, crescerá o índice de impermeabilização do solo com danos à qualidade e à quantidade de água no lençol freático. Os prejuízos no ecossistema de mangue serão a diminuição da diversidade de fauna e flora e danos às atividades de pesca tradicional. Ocupação desordenada sem projeto de arruamento. 110
  • 111. c) Situação Desejada Unidade de Conservação de Usos Sustentável (APA de Sabiaguaba) implantadas e orientando as ações de uso e ocupação. Plano de Manejo elaborado. Fiscalização garantida e eficaz com plena obediência à legislação municipal de uso e ocupação do solo, ambiental e patrimonial e ao Código de Obras e Posturas, estabelecida a partir do Plano Diretor por ser uma área de bem de uso comum (Lei 7.661/88 – Gerenciamento Costeiro e 9.636/98 – Patrimônio da União). Projeto viário de acordo com projeto urbanístico e plano de manejo da UC. Caracterização dos problemas: TABELA XXXVI - UNIDADE DE PAISAGEM V - TRECHO 1 Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem sudeste do rio Cocó) ao limite nordeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba. Potencialidades Problemas Fatos Geradores Efeitos e Impactos Legislação Associados ao Incidente Problema Beleza cênica; 1. Uso Fiscalização Degradação - Lei 7.661/88 Turismo ecológico; inadequado ineficiente; paisagística e ambiental PNGC Biodiversidade; com ocupação Ineficiência de (contaminação dos - Lei 6.938/81 Pesca sustentável; irregular de programas de recursos hídricos por PNMA Esporte náutico sem barracas e educação águas residuárias in - Lei Municipal motorização; residências. ambiental; natura, danos nos 7.061/92 PDDU Maricultura (criatório Planejamento ecossistemas - Lei Municipal de algas e ostras); urbano incoerente manguezal, dunas e 7.987/96 Uso e Uso sustentável dos com a vocação marinho). Ocupação o ecossistemas pelas ambiental da área; Danos à micro-fauna; Solo comunidades Especulação Privatização da praia; - Lei 6.513/77 tradicionais. imobiliária; Desmonte de dunas; Regulamenta e Ocupações Ocupação do espaço Incentiva o irregulares, tanto público. Turismo comerciais - CONAMA 303 quanto e 237 residenciais. - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla - Decreto Municipal 11.986/06 APA da Sabiaguaba e Parque Natural Municipal das Dunas da Sabiaguaba. 111
  • 112. Propostas de ação: TABELA XXXVII Problema 1: “Uso Inadequado com ocupação irregular de barracas e residências”; Linha de ação: Plano de manejo Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade 1. Formação de grupo técnico Evitar e solucionar os problemas Curto Prazo PMF para pesquisa e diagnóstico geoambientais; da área de modo a efetivar o Evitar a erosão e o assoreamento plano de manejo. do rio Cocó em áreas adjacentes; Evitar déficit de areia na Praia do Futuro e o incremento de processos erosivos; Analisar e diagnosticar a dinâmica costeira; Promover a caracterização das comunidades tradicionais e do uso sustentável dos recursos naturais. 2. Retirada das barracas da Melhorar a qualidade de vida, de Curto prazo PMF faixa de praia uma vez que acesso público e dos ecossistemas. GRPU não são permitidas pela legislação pertinente. 3. Articulação das Unidades Integralizar as ações do Plano de Curto prazo PMF de Uso Sustentável e de Manejo com as Diretrizes do PDDU; Proteção Integral com o Plano Estruturar um mosaico entre as Diretor. unidades de conservação. 4. Elaboração de Plano Promover o Zoneamento ambiental Médio prazo PMF Urbanístico compatível com a integrado; Unidade de Conservação. Disciplinar o uso e a ocupação do solo; Relacionar as ações com as demais unidades de usos sustentáveis e de proteção integral. 5. Implantação do Plano Promover o Zoneamento ambiental Longo prazo PMF Urbanístico. integrado; Disciplinar o uso e a ocupação do solo de acordo com as potencialidades e limitações sócio- ambientais. 6. Educação ambiental. Divulgar as ações e medidas do Curto prazo PMF Plano de Gestão Integrada da Orla e conscientizar a população quanto às questões ambientais. 7. Articulação com órgãos Minimizar os impactos da poluição Médio prazo PMF competentes para a elaboração nos recursos hídricos e a SEMACE de projeto de saneamento proliferação de vetores de doenças. básico. 112
  • 113. UNIDADE PAISAGEM V - TRECHO 2 - – Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba. Trecho prioritário. Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual A área apresenta as seguintes unidades de conservação: Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba. Caracteriza-se por um complexo costeiro conservado, com poucas intervenções urbanísticas. O trecho, de excelente potencial aqüífero subterrâneo e fauna e flora resistentes, abriga o principal campo de dunas fixas e móveis da cidade, apresentando ainda dunas semifixas. Verificam-se problemas ambientais promovidos pelo tráfego de veículos de tração (off road) e bugues, loteamentos inadequados e pela mineração clandestina e irregular em dunas móveis e fixas. Fotografia 28 - Dunas moveis pertencentes à Fotografia 29 - Vista panorâmica de parte do Unidade de Conservação de Proteção Parque Natural Municipal das Dunas de Integral Parque Natural Municipal das Dunas Sabiaguaba (Fonte: SEMAM, janeiro de de Sabiaguaba (Fonte: SEMAM, janeiro de 2006). 2006). 113
  • 114. b) Situação Tendencial Com a instituição do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba, será inviabilizada a especulação imobiliária em áreas de preservação permanente (dunas fixas e móveis, lagoas interdunares e costeiras e a praia) que poderia ser induzida com a construção da ponte sobre o rio Cocó. Haverá acesso ao parque para atividades de educação ambiental e pesquisa, sem impactos de veículos. O adensamento das barracas na faixa de praia em áreas de preservação ambiental será impedido. A população terá livre acesso à faixa de praia com baixa intervenção antrópica (sistema ambiental conservado) conforme orienta o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC – Lei 9.985/2000). Será constituído o Comitê Gestor do Parque e elaborado o plano de manejo. Haverá controle do processo de expansão, de forma sustentável, da rede hoteleira e de pousadas no entorno (APA de Sabiaguaba). O desmonte de dunas (mineração) será proibido, impedindo a diminuição da reserva de água no subsolo e a extinção de setores de dunas móveis e fixas. c) Situação Desejada Comitês Gestores do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e da APA de Sabiaguaba efetivados. Qualidade ambiental (paisagística e ambiental) melhorada com a preservação continuada das dunas, lagoas e a faixa de orla. Fiscalização eficiente com obediência à legislação municipal de uso e ocupação do solo, ambiental e patrimonial e ao Código de Obras e Posturas garantidas. 114
  • 115. Plano de manejo do Parque Natural Municipal implantado. Orla disciplinada. Local com atividades de prática de ecoturismo e lazer. Caracterização dos problemas: TABELA XXXVIII - UNIDADE PAISAGEM V - TRECHO 2 Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba Potencialidades Problemas Atividades Efeitos e Impactos Legislação Geradoras Associados ao Incidente Problema 1. Trânsito de Esportes Degradação ambiental - CONAMA veículos de radicais, turismo de dunas fixas, 341/03, 303/02 e tração (off road) e de aventura. semifixas, móveis e 237/97 bugues. lagoas costeiras; - Lei Federal Risco de degradação 9.985/2000 paisagística. SNUC - Lei 7.661/88 Beleza cênica; PNGC Turismo ecológico; - Lei 6.938/81 Biodiversidade; PNMA Pesca sustentável; - Lei Municipal Pesquisa científica; 7.061/92 PDDU Esporte náutico não - Lei Municipal motorizado; 7.987/96 Uso e Preservação de Ocupação o ecossistemas Solo costeiros. - Lei 10.257/01 Estatuto das Cidades - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla - Decreto Municipal 11.986/06 APA da Sabiaguaba e Parque Natural Municipal das 115
  • 116. 2. Loteamentos Especulação Degradação dos - Lei 7.661/88 irregulares. imobiliária. ecossistemas locais; PNGC Desmatamento de - Lei 6.938/81 dunas fixas, móveis e PNMA alterações - Lei Municipal morfológicas. 7.061/92 PDDU - Lei Municipal 7.987/96 Uso e Ocupação o Solo - Lei 10.257/01 Estatuto das Cidades - Lei Federal 9.985/2000 SNUC - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla - Decreto Municipal 11.986/06 APA da Sabiaguaba e Parque Natural Municipal das 3. Extração Demanda da Degradação dos - CONAMA Mineral. construção civil. ecossistemas locais; 341/03, 303/02 e Desmatamento de 237/97 dunas fixas, móveis e - Lei Federal alterações 9.985/2000 morfológicas. SNUC - Decreto-Lei 227/67 Código de Mineração - Decreto Municipal 11.986/06 APA da Sabiaguaba e Parque Natural Municipal das Dunas da Sabiaguaba. Propostas de ação: TABELA XXXIX Problema 1: “Transito de veículos de tração”; Problema 2: “Loteamentos irregulares”; Problema 3: “Extração Mineral” Linha de ação: Plano de Manejo Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade Evitar e solucionar os problemas Curto Prazo 1. Formação de grupo técnico geoambientais; PMF para pesquisa e diagnóstico Evitar a implantação de obras de da área para fundamentar o engenharia costeira para o plano de manejo. engordamento da praia; Evitar a erosão e o assoreamento dos rios e áreas adjacentes; Promover análise e diagnóstico da 116
  • 117. dinâmica costeira. 2. Articulação das Unidades Integralizar as ações do Plano de Curto prazo PMF de Uso Sustentável e de Manejo com as Diretrizes do PDDU; Proteção Integral com o Plano Promover processo de formação e Diretor. efetivação dos Comitês Gestores e integração com o Comitê do plano Diretor. 3.Levantamento fundiário. Identificar os proprietários de terrenos Curto prazo PMF localizados na área do Parque. GRPU 4. Desapropriação. Garantir a preservação dos sistemas Médio prazo PMF ambientais de relevante interesse GRPU sócio-ambiental do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba. 5. Recuperação de áreas Evitar o agravamento da degradação Médio prazo PMF degradadas pela mineração. ocasionada pela mineração. 6.Definição dos acessos ao Regulamentar a utilização de veículos Médio prazo PMF Parque e de infra-estrutura de de fiscalização em áreas específicas; visitação. Estabelecer locais para a instalação de equipamentos de apoio ao Parque. 7. Sinalizar a faixa de praia e Definir as áreas adequadas para Curto prazo PMF o Parque. atividades de ecoturismo; Prevenir acidentes; Evitar poluição e degradação ambiental. 8. Educação ambiental. Conscientizar a população quanto às Curto prazo PMF questões ambientais. 9. Articulação com órgãos Minimizar os impactos da poluição nos Médio prazo PMF competentes para a recursos hídricos e a proliferação de SEMACE elaboração de projeto de vetores de doenças. saneamento básico. 117
  • 118. UNIDADE PAISAGEM V – TRECHO 3 - Do limite sudeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba à margem esquerda do rio Pacoti. Cenários de usos desejados para a orla: a) Situação Atual: A área pertence à Unidade de Conservação de Uso Sustentável - APA de Sabiaguaba, criada através do Decreto Municipal n° 11.986/06. A morfologia natural da margem esquerda do rio Pacoti está alterada (topografia e fisionomia da desembocadura) por obras de aterramento e construção civil (ainda se pode observar material de aterro aflorando no local). Em parte do trecho (nas proximidades do rio Pacoti), o acesso é possível apenas pela COFECO (Colônia de Férias da Coelce), utilizando a linha de praia ou o próprio rio, o que caracteriza a obstrução do acesso à faixa de praia devido a privatização do espaço publico. A faixa de praia, as dunas e lagoas costeiras apresentam-se ocupadas por residências e são recortadas por vias de acesso. Verifica-se o desmatamento de resquícios de mata fixadora de dunas. O local é utilizado para banho, prática de esportes náuticos, pesca artesanal e lazer. Fotografia 30 - Trecho nas proximidades da desembocadura do rio Pacoti. Presença de bancos de areia e dunas fixas e móveis (Fonte: Projeto Orla, janeiro de 2006). 118
  • 119. b) Situação Tendencial Adensamento populacional na Área de Preservação Permanente. Indução do processo de especulação imobiliária com a conclusão da ponte sobre o rio Cocó. Com a venda da COFECO, poderá surgir um grande empreendimento privatizando a praia e desmatando a vegetação de mangue da margem esquerda do rio. Haverá aumento do número de barracas na faixa de praia, da degradação ambiental (assoreamento do Rio, poluição do aqüífero, poluição atmosférica, emissão de gases nocivos), da impermeabilização do solo com danos à qualidade e à quantidade de água armazenada no subsolo. O micro- clima sofrerá alterações e haverá danos sócio-ambientais relacionados com a diminuição da biodiversidade local. c) Situação Desejada Zoneamento ambiental elaborado para o trecho em função dos frágeis ecossistemas existentes. Projetos de infra-estrutura em operação para apoio à Unidade de Conservação criada e de acordo com o Plano de Manejo elaborado. Retirada das barracas de praia da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Orla disciplinada. Arborização pública satisfatória e de acordo com a legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo e ao Código de Obras e Posturas, estabelecida a partir do Plano Diretor. Plena aplicação das legislações ambiental, federal e estadual existentes. Garantido o livre acesso à praia, de acordo com a Lei 7661/88 art. 10. Implementada da APA do Rio Pacoti de acordo com o Plano de Manejo elaborado. 119
  • 120. Caracterização dos problemas: TABELA XL - UNIDADE PAISAGEM V – TRECHO 3 Do limite sudeste do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba à margem esquerda do rio Pacoti Potencialidades Problemas Atividades Efeitos e Impactos Legislação Geradoras Associados ao Incidente Problema Beleza cênica; 1. Uso Fiscalização Degradação - Lei 7.661/88 Turismo ecológico; inadequado ineficiente; paisagística e ambiental PNGC Biodiversidade; com ocupação Carência de (contaminação dos - Lei 6.938/81 Pesca sustentável; irregular de programas de recursos hídricos por PNMA Esporte náutico sem barracas e educação águas residuárias in - Lei 7.061/92 motorização; residências. ambiental; natura, desequilíbrio no PDDU Uso sustentável dos Planejamento ecossistema marinho, - Lei 7.987/96 ecossistemas pelas urbano incoerente danos à micro-fauna); Uso e Ocupação comunidades com a vocação Privatização da praia; o Solo tradicionais. ambiental da área. Desmonte de dunas; - Lei 10.257/01 Especulação Ocupação do espaço Estatuto das imobiliária; público. Cidades Ocupações - Lei 6.513/77 irregulares, tanto Regulamenta e comerciais quanto Incentiva o residenciais. Turismo - CONAMA 303 e 237 - Decreto Federal 5.300/04 Gestão da Orla - Decreto Municipal 11.986/06 APA da Sabiaguaba e Parque Natural Municipal das Dunas da Sabiaguaba. 120
  • 121. Propostas de ação: TABELA XLI Problema 1: “Uso Inadequado com ocupação irregular de barracas e residências”; Linha de ação: Plano de manejo Ações e Medidas Finalidade Duração da Responsável Atividade Evitar e solucionar os Curto Prazo 1. Formação de grupo técnico para problemas geoambientais; PMF pesquisa e diagnóstico da área, de Evitar o engordamento da modo a fundamentar a elaboração praia; do Plano de Manejo. Evitar a erosão e o assoreamento dos rios em áreas subseqüentes; Analisar e diagnosticar a dinâmica costeira. 2. Convênio de cooperação técnica Retirar as ocupações da foz Curto prazo PMF entre os municípios de Fortaleza e do rio Pacoti; GRPU Aquiraz. Ordenar o uso na foz do Rio Pacoti. 3. Retirada das barracas e Melhoria da qualidade de Curto prazo PMF residências da faixa de praia uma vez vida, de acesso da população GRPU que não são permitidas pela e dos ecossistemas. legislação pertinente. 4. Articulação das Unidades de Uso Integralizar as ações do Plano Curto prazo PMF Sustentável e de Proteção Integral de Manejo com as Diretrizes com o Plano Diretor. do PDDU. 5. Elaboração de Plano Urbanístico Promover zoneamento Médio prazo PMF compatível com a Unidade de ambiental integrado; Conservação. Disciplinar o uso e a ocupação do solo.; Induzir a instalação de equipamentos relacionados com a vocação da área. 6. Implantação do Plano Urbanístico. Promover zoneamento Longo prazo PMF ambiental integrado; Disciplinar o uso e a ocupação do solo. 7. Educação ambiental Conscientizar a população Curto prazo PMF quanto às questões ambientais. 8. Articulação com órgãos Minimizar os impactos da Médio prazo PMF competentes para a elaboração de poluição nos recursos hídricos SEMACE projeto de saneamento básico. e a proliferação de vetores de doenças. 121
  • 122. 3. FORMAS DE LEGITIMAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO Com o objetivo de garantir a transparência e a inserção das demandas da sociedade nas decisões do Projeto de Gestão Integrada da Orla, o município de Fortaleza, através do Gabinete da Prefeita, realizará uma ampla divulgação de modo a mobilizar a sociedade civil para participação das consultas públicas e Audiência Geral. Para uma ampla participação da sociedade, o Projeto Orla, ainda em uma fase de elaboração, foi apresentado em 3 audiências intermediárias. A Tabela XLII mostra o local, data e número de propostas apresentadas, a quantidade de participantes e as entidades representativas que comparecerem. TABELA XLII CONSULTAS PUBLICAS INTERMEDIÁRIAS SER`s Secretaria/Local/Data No de No de Entidade No de Propostas Participantes da Sociedade Apresentadas Civil SER I 342 74 37 Complexo de Cidadania João Marçal de Mesquita (15 de março de 2006) (18:00h) SER II 104 39 35 Escola Manuel Torres de Melo (16 de março de 2006) (18:00h) SER VI 140 36 8 Escola Moacir Jerônimo do Carmo (17 de março de 2006) (18:00h) TOTAL 586 147 80 As audiências intermediárias foram coordenadas pelo Gabinete da Prefeita, com ações de mobilização social (convocação através dos jornais de grande circulação, folderes, internet e convites às associações comunitárias e escolas). Durante cada uma das audiências intermediárias procedeu-se a inscrição dos participantes e das entidades. Seguiu-se com a apresentação do Projeto Orla, detalhando suas bases conceituais, objetivos, procedimentos técnicos e metas. Foram apresentadas todas as unidades de paisagem, detalhado os trechos referentes a cada uma das SER’s. Foram acompanhadas pela equipe de sistematização do Plano, de modo a informar à assembléia, os procedimentos metodológicos e os resultados alcançados durante as duas oficinas, as mais de 40 reuniões e 20 visitas técnicas de campo realizadas para a elaboração do diagnóstico e o Plano de Gestão Integrada da Orla. Evidenciou- se também a necessidade da formação do Comitê Gestor, detalhando suas funções, seu caráter paritário e com ampla representatividade. Após as intervenções dos expositores, a sociedade civil foi estimulada a contribuir com análises dos diversos cenários de uso desejado para a orla. Todas as intervenções foram registradas e posteriormente analisadas e as 122
  • 123. relacionadas como compatíveis com os objetivos do projeto, foram contempladas em linhas de ação. Com a sistematização das propostas apresentadas pela ampla participação da sociedade civil, o Plano de Gestão Integrada da Orla foi submetido à equipe técnica, para correções e ajustes metodológicos. 3.1 – Mecanismos de envolvimento da sociedade e de mobilização integrada A publicação das datas e locais das consultas públicas no Diário Oficial do Município e em jornais de grande circulação proporcionou a participação da sociedade no processo de discussão do Plano de Gestão Integrada da Orla nas audiências intermediárias à audiência geral. Para a continuidade do processo de envolvimento das comunidades e a legitimação das propostas do Projeto na audiência geral, serão utilizados diversos canais de comunicação: ampla divulgação e debates nos meios de comunicação local, nos jornais de grande circulação e na internet (página da internet oficial da Prefeitura www.fortaleza.gov.br). Serão elaborados panfletos informativos, com o local e horário da audiência de legitimação em escolas e nas repartições públicas. Serão disponibilizadas cópias impressas e em meio digital do projeto nas diversas instituições participantes da equipe de elaboração do Projeto e as demais entidades poderão acessar pela internet ou solicitar cópias impressas. Serão também divulgadas informações impressas com a síntese dos objetivos do Projeto Orla, a metodologia aplicada e os principais resultados alcançados (durante as oficinas, trabalhos de sistematização e audiências intermediárias) e, como a sociedade civil poderá efetivamente participar das discussões durante a audiência geral. As associações comunitárias e ONG’s que efetivamente participaram das oficinas e trabalhos de campo durante a elaboração do Plano de Gestão Integrada da Orla, serão mobilizadas e assumirão responsabilidades quanto a mobilização dos atores envolvidos. Nos trechos prioritários definidos no Plano de Gestão Integrada da Orla, a mobilização comunitária deverá ser realizada de modo a proporcionar uma ampla participação dos envolvidos em cada uma das Unidades de Paisagem e em seus respectivos trechos. A audiência pública de legitimação, que ocorrerá no Plenário da Câmara de Vereadores, será conduzida de modo a apresentar na íntegra o Plano de Gestão Integrada da Orla, evidenciando a responsabilidade dos diferentes segmentos das esferas federal, estadual e municipal, com os objetivos estabelecidos e as propostas de ação definidas. Desta forma, o Plano certamente expressará um consenso local, por um compromisso com padrões de qualidade socioambiental, cultural e econômico que se almeja para a orla do município. Para a mobilização da sociedade civil para a participação da audiência de legitimação, serão utilizados os mesmos instrumentos de divulgação e informação empregados para as audiências intermediárias. 123
  • 124. 3.2 – Formação do Comitê Gestor da Orla O envolvimento da sociedade civil na elaboração, implementação e monitoramento do Plano de Gestão Integrada da Orla se complementará na formação do Comitê Gestor da Orla. Será integrado com os órgãos executores, co-executores e parceiros. Terá por base as Associações e Organizações diretamente ligadas aos problemas da Orla, além de representantes dos órgãos públicos municipais envolvidos com a questão. A composição proposta para esse Comitê é a que segue: O Comitê Gestor Municipal do Projeto Orla Fortaleza terá composição paritária entre órgãos públicos municipais e a Sociedade Civil. As vagas destinadas ao Poder Público Municipal serão ocupadas por 01 (um) representante e respectivo suplente dos seguintes órgãos: I - Gabinete da Prefeita II – Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza – HABITAFOR III – Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano – SEMAM IV – Secretaria de Infra-Estrutura – SEINF V – Secretaria de Planejamento – SEPLA VI – Secretaria Executiva Regional - I VII – Secretaria Executiva Regional - II VIII – Secretaria Executiva Regional - VI IX – Fundação de Cultura, Esporte e Turismo de Fortaleza - FUNCET Os representantes dos órgãos citados serão indicados pelo Secretário ou Presidente cuja pasta estejam vinculados. As vagas destinadas aos representantes da Sociedade Civil serão em número de 09 (nove), devendo ser escolhidos durante a audiência geral que será realizada na Câmara Municipal. Os representantes que compõem o Comitê Gestor do Projeto Orla Fortaleza terão mandato de 02 (dois) anos, renováveis por mais 02 (dois) anos, permitida a recondução. O Órgão Estadual do Meio Ambiente (Superintendência Estadual de Meio Ambiente vinculada a Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente) e a Gerência Regional do Patrimônio da União comporão o Comitê Gestor do Projeto Orla Fortaleza, ocupando uma vaga cada um. 124
  • 125. Nas reuniões deliberativas, os órgãos componentes do Comitê Gestor terão direito a voto. O Comitê Gestor Municipal do Projeto Orla Fortaleza terá como atribuições: • Divulgar o Projeto de Gestão Integrada da Orla de Fortaleza; • Disponibilizar na internet e na sede do comitê as atas e deliberação das reuniões; • Integrar-se com o PDDU em suas etapas de discussão e de encaminhamento das ações de diagnóstico e efetivação de programas, projetos paisagísticos e medidas de melhoria da qualidade sócio-ambiental da orla marítima; • Discutir os problemas e conjunto de ações adequadas relativamente à orla do Município; • Estabelecer as prioridades de intervenção; • Acompanhar a elaboração de estudos e projetos executivos; • Legitimar junto à população as ações do Plano de Gestão Integrada por meio de audiências públicas, reuniões, seminários e capacitações; • Mobilizar as comunidades envolvidas; • Articular as políticas públicas desenvolvidas no contexto da orla; • Acompanhar a implantação do Plano de Gestão Integrada da Orla, a partir dos relatórios elaborados pela Coordenação Municipal do Projeto; • Monitorar, fiscalizar e avaliar as ações executivas desenvolvidas; • Revisar o Plano de Gestão Integrada da Orla. O Comitê Gestor encaminhara todas as atribuições, diretrizes e estratégias do Plano de Gestão Integrada com ampla participação dos entes federados e da sociedade civil organizada e de acordo com a legislação pertinente. 3.3 Estratégias de implantação do Plano de Gestão Integrada Com a aprovação do Plano de Gestão Integrada e de acordo com as orientações do Manual Projeto Orla – Guia de Implementação, caberá ao Comitê Gestor a elaboração de uma agenda imediata, apresentando as ações priorizadas, cronograma e previsão de recursos financeiros disponíveis e/ou necessários. 125
  • 126. O Comitê Gestor da Orla, juntamente com a Comissão Técnica Estadual encaminhará ações relacionadas com: • Envolvimento dos demais órgãos federais, estaduais e municipais para efetivamente participar dos diferentes processos de mobilização e discussão das ações a serem implementadas pelo Plano de Gestão Integrada da Orla; • Possibilitar o conhecimento metodológico e resultados alcançados no Plano de Gestão Integrada da Orla para os demais Conselhos e Comitês existentes nas diversas instâncias governamentais e não governamentais; • Participação efetiva, como membro permanente, do Conselho do Plano Diretor da Cidade de Fortaleza; • Através do Gabinete da Prefeitura, amplamente articulado com o Comitê Gestor da Orla e a sociedade civil, efetivarem campanhas públicas sobre a importância da orla e de divulgação das linhas de ação e metas estabelecidas. • Elaborar o regimento do Comitê Gestor com a participação da sociedade civil, durante as audiências públicas programadas. Além das formas de legitimação mencionadas acima, para as áreas caracterizadas como prioritária, as estratégias de implantação do Plano foram cuidadosamente definidas e constaram inicialmente da divulgação do Plano de Gestão Integrada e a continuidade do processo de discussão das potencialidades sócio-ambientais, dos problemas definidos, atividades geradoras e impactos associados. Com a caracterização dos problemas e diagnósticos elaborados de forma participativa, será apresentada na audiência de legitimação as linhas de ação com seus respectivos cronogramas e responsáveis pelo encaminhamento dos procedimentos definidos. Para os trechos prioritários serão desencadeados os seguintes procedimentos: • Assinatura do convênio com o SPU; • Mobilização da comunidade para participação de audiências públicas; • Regularização fundiária; • Elaboração dos Projetos executivos e licitação dos projetos paisagísticos elaborados; • Assessoramento das famílias carentes dos trechos a serem submetidos à regularização fundiária, por parte dos órgãos de ação social da Prefeitura; • Campanha de educação ambiental enfocando o desenvolvimento cultural e lazer para a comunidade, a melhoria da qualidade sócio- ambiental da orla e a reestruturação paisagística; 126
  • 127. Com as ações já devidamente implantadas, seguindo às sugestões/orientações do Plano de Gestão Integrada da Orla e do Sistema nacional de Unidades de Conservação (SNUC) onde foram criadas as UC’s de Proteção Integral e de Uso Sustentável, dá dar continuidade com a elaboração e implantação dos planos de manejo previstos; • Realização de Seminários para divulgação, discussão e captação de recursos para a elaboração e implantação dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação (UC’s) implantadas; • Licitação do projeto paisagístico levando em conta as UC’s. 3.4 Alternativas de articulação política Além de legitimação do Plano de Gestão Integrada da Orla e dos mecanismos de envolvimento na implementação de suas ações, é de fundamental importância a participação dos agentes governamentais (municipal, estadual e federal) na compatibilização das políticas públicas incidentes na orla. TABELA XLIII – Instituições envolvidas, competências, atribuições e responsabilidades no processo de articulação política. INSTITUIÇÃO COMPETÊNCIA ATRIBUIÇÃO E RESPONSABILIDADE - Levantar e Cadastrar os imóveis irregulares; - Promover a regularização Fundiária; - Elaborar e executar projetos de PREFEITURA Municipal requalificação da orla; MUNICIPAL - Zonear o uso e ocupação de solo na faixa de orla; - Articular com outros atores. - Legislativo (criar, revisar e atualizar mecanismos legais); CÂMARA DOS Municipal - Acompanhar e fiscalizar ações do poder VEREADORES municipal. - Subsidiar tecnicamente a criação, revisão e atualização de instrumentos normativos; - Aplicar os mecanismos legais; Estadual SEMACE - Fiscalizar os mecanismos legais; - Implementar ações de Educação Ambiental. - Capacitar micro e pequenos empresários SEBRAE Federal locais. - Subsidiar tecnicamente a criação, revisão e atualização de instrumentos normativos; - Realizar estudos e pesquisas; Federal - Aplicar os mecanismos legais; - Fiscalizar os mecanismos legais; IBAMA - Implementar ações de Educação Ambiental. - Apoiar ações para regularização fundiária - Programar e aplicar os mecanismos legais GRPU Federal - Promover a celebração de Termo de Convênio - Adotar as providências necessárias à 127
  • 128. regularidade dominial dos bens da união; - Administrar o patrimônio imobiliário da União e zelar por sua conservação; - Lavrar, com força de escritura pública, os contratos de aquisição, alienação, locação, arrendamento, aforamento, cessão e demais atos relativos a imóveis da união e providenciar os registros e as averbações junto aos cartórios competentes; - Promover a alienação dos imóveis da União não utilizados em serviço público, segundo regime estabelecido na legislação vigente; - Formular políticas de cadastramento de imóveis da União, elaborando sua planta de valores genéricos. - Fiscalizar a aplicação de mecanismos MP (Ministério legais. Público) - Fiscalizar as ações dos diversos órgãos envolvidos. Base institucional local para as ações previstas • Gabinete da Prefeita • Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano – SEMAM • Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza – HABITAFOR • Secretaria de Infra-estrutura SEINF • Secretaria de Planejamento – SEPLA • Secretaria Executiva Regional – SER – I • Secretaria Executiva Regional – SER – II • Secretaria Executiva Regional – SER – VI • Fundação de Cultura, Esporte e Turismo de Fortaleza - FUNCET 128
  • 129. 4. ESTRATÉGIAS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO. O Plano de Gestão Integrada da Orla deve ter o desenvolvimento de seus produtos e os resultados por eles alcançados acompanhados e avaliados pelo Comitê Gestor sistematicamente através de: − Reuniões periódicas; − Fóruns com a participação da sociedade; − Relatórios de acompanhamento e avaliação; − Cronograma para a revisão do plano. TABELA XLIV - Estratégias de Acompanhamento e Avaliação UNIDADES/ SISTEMA DE ROTINA LINHAS DE AÇÃO TRECHOS INDICADORES COLETA DE TEMPORAL RESPONSÁVEL DADOS 1.Recuperação Unidade I, Projeto elaborado; Observação e ambiental. Trecho 1; Extensão de área levantamento Unidade II, verde recuperada; no local; PMF Trecho 1; Ecossistemas Informações da Trimestral Unidade II, preexistentes SEINF, Trecho 2. recompostos; SEMAM e SER Extensão da rede I; pública de Informações da saneamento; CAGECE; Análise da Informações da qualidade da água; SEMACE. Análise comparativa das situações observadas ao longo do tempo. 2. Programar e Unidade I, Equipamentos Informações da Semestral PMF implantar espaços Trecho 2. implantados. SEINF e públicos destinados FUNCET ao desenvolvimento da cultura, arte e lazer. 3. Ordenamento da Unidade I, Número de Observação e Bimestral PMF ocupação. Trecho 2; edificações levantamento Unidade II, realocadas; no local; Trecho 1; Área da praia Informações da Unidade II, recuperada. SEINF, SER I e Trecho 2; SER II. Unidade II, Trecho 4. 4. Recuperação da Unidade I, Número de famílias Observação e Semestral PMF duna da Barra do Trecho 2. retiradas; levantamento Ceará. Implantação do no local; projeto de Informações da contenção; SEINF, SER I, Urbanização do SEMAM e entorno da duna. HABITAFOR 5. Extensão da rede Unidade I, Projeto Sanear, Informações da Semestral PMF 129
  • 130. pública de Trecho 2. número de famílias CAGECE e saneamento. beneficiadas; PMF. Evolução da rede de saneamento. 6. Regularização Unidade I, Projeto elaborado Observação e Semestral PMF Fundiária. Trechos 2 e Número de títulos levantamento 3; Unidade entregue; no local; II, Trecho 3; Urbanização da Informações da Unidade III, área. SEINF e Trecho 4. HABITAFOR. 7. Revisão da Unidade I, Articulação com o Levantamento Semestral PMF implantação do Trecho 3. Governo do Estado; de dados em projeto Avenida Celebração de atividades de Costa-Oeste. termos de ajustes campo; de condutas; Informações da Projeto revisado. SEMACE, SEINF e SEMAM. 8. Estudo para Unidade II, Estudo elaborado; Informações Semestral PMF regularização Trecho 1. Projeto finalizado. da fundiária do HABITAFOR. assentamento subnormal Moura Brasil. 9. Retirada das Unidades I, Número de Informações Trimestral PMF barracas de praia em II, III, IV e V edificações da SEINF, GRPU faixa de praia. nos seus realocadas;. SEMAM e respectivos Área da praia SER II. trechos. recuperada. 10. Estudos e projetos Toda a Orla,Artigos científicos e Informações da Semestral PMF integrados para o com relatórios técnicos; equipe técnica controle da erosão destaque na Diagnóstico do especializada. costeira. Unidade II, local; Trecho 3. Projetos específicos. 11.Requalificação e Unidade II, Projeto elaborado. Informações da Semestral PMF recuperação do Trecho 3. Extensão de orla SEINF e SER espaço urbano. recuperada; II. Infra-estrutura implantada. 12. Ordenamento do Unidade II, Infra-estrutura Informações da Semestral PMF destino final dos Trecho 4; implantada; SEMAM, resíduos sólidos, Unidade III, Análise da SEINF e SER efluentes e derivados Trecho 1; qualidade da água. II. de petróleo. Unidade III, Trecho 2. 13. Diminuição dos Unidade II, Aumento da fluidez Anual PMF danos causados pelo Trecho 4; do trânsito de adensamento e Unidade III, veículos; ocupação irregular. Trecho 1. Análise Informações comparativa das ETTUSA, situações SEINF e SER observadas ao II. longo do tempo relativas ao adensamento, verticalização e clima da cidade. 14.Regulamentação Unidade III, Articulação com a Semestral PMF do fluxo marítimo. Trecho 1. Capitania dos Portos; Implantação da 130
  • 131. sinalização; Redução do acidentes. 15. Adequação das Unidade III, Índice de Informações da Anual PMF atividades de risco do Trecho 2. contaminação do SEMAM; Porto do Mucuripe. solo e lençol Informações da freático; Companhia Adoção de medidas DOCAS. protetoras. 16. Incentivo à Unidade III, Implantação de Informações da Anual PMF atividade pesqueira Trecho 2; equipamento SEINF, SDE e sustentável. comunitário; SER II. Melhoria da capacidade econômica dos pescadores; Recuperação/não alteração do equilíbrio ambiental. 17. Criação da Unidade III, Relatório de Informações da Semestral PMF Unidade de Trecho 3. implantação da UC. SEMAM. Conservação Edição da lei Municipal da Praia instituidora da APA. Mansa. Elaboração e implementação do Plano de Manejo. 18.Requalificação da Unidade III, Articulação com o Observação e Anual PMF área do Farol do Trecho 4; IPHAN; levantamento Mucuripe. Elaboração do no local; projeto de Informações da intervenção; FUNCET, Implementação do HABITAFOR e projeto; SEINF. Número de famílias reassentadas. 19.Requalificação Unidade IV, Projeto elaborado. Observação e Semestral PMF urbano-ambiental com Trecho 1; Extensão de orla levantamento reordenamento da Unidade IV, recuperada; no local; ocupação. Trecho 2. Infra-estrutura Informações da implantada; HABITAFOR, Número de SEMAM, edificações SEINF e SER realocadas; II. Extensão de área verde recuperada; Recomposição de ecossistemas preexistentes; Análise comparativa das situações observadas ao longo do tempo. 20. Plano de Manejo Unidade IV, Articulação com o Informações da Semestral PMF da APA do rio Cocó. Trecho 3; Governo do Estado; SEMAM. Elaboração e implementação do Plano de Manejo. 21. Plano de Manejo Unidade V, Lei de Criação do Informações da Semestral PMF da APA da Trecho 1; Parque Municipal SEMAM. Sabiaguaba. Unidade V, Natural das Dunas Trecho 2; da Sabiaguaba; Unidade V, Criação do Plano de 131
  • 132. Trecho 3. Manejo. 22.Plano de Gestão Unidade V, Elaboração e Informações da Semestral PMF do Parque Municipal Trecho 2; implementação do SEMAM. Natural das Dunas da Plano de Gestão. Sabiaguaba 4.1 Sistemática de acompanhamento, avaliação e revisão do Plano. a) Acompanhamento: O Plano de Gestão Integrada da Orla deve ter seu desenvolvimento acompanhado e avaliado sistematicamente, através de relatórios, além de apresentar o cronograma previsto para revisão do mesmo. Esse acompanhamento será realizado pelo Comitê Gestor. Os relatórios de acompanhamento serão elaborados pela coordenação municipal e apresentados e disponibilizados para as entidades do Comitê Gestor e de acordo com a rotina temporal estabelecida. Serão também disponibilizados em meio digital na internet no sítio oficial da Prefeitura de Fortaleza. Os relatórios, abordando informações simplificadas e de fácil interpretação, deverão apontar: • Especificação da ação e identificação do responsável; • Apresentação dos produtos parciais concluídos; • Indicação dos produtos não concluídos, mas com ações em curso, registrando seu estágio de execução, a nova previsão de prazo, e os obstáculos enfrentados; • Indicação de eventuais produtos e/ou operações abandonadas, justificando os motivos de tal decisão. b) Avaliação: O relatório de Avaliação deverá conter informações sobre as ações em andamento adotando o seguinte roteiro: − Especificação da ação e seu responsável: • Nome da ação/medida; • Relação desta com as linhas de ação do Plano; • Cronograma previsto; • Responsável pela ação e agentes envolvidos. − Apresentação do andamento das ações: • Listagem dos produtos parciais; • Listagem dos produtos não concluídos, mas em andamento ( indicar estágio de execução, novo prazo para conclusão e dificuldade de execução); • Listagem das ações e/ou produtos incluídos no Plano; • Listagem das ações e/ou produtos excluídas ou abandonadas; 132
  • 133. Análise de desempenho pelos indicadores pelos indicadores de aferição definidos. O Relatório de Avaliação, que é realizado também pelo Comitê Gestor, deverá apresentar a síntese das análises para cada ação executada, com aferição de desempenho geral (bom, satisfatório ou insatisfatório). Será encaminhado para a Coordenação Estadual do Projeto Orla para apreciação, permitindo assim a divulgação e o intercâmbio de experiências. Os relatórios serão disponibilizados para as entidades que farão parte do Comitê Gestor. Serão também disponibilizados em meio digital na internet no sítio oficial da Prefeitura de Fortaleza. C) Revisão do Plano Será realizado pelo Comitê Gestor a cada dois anos e/ou após a confecção de dois relatórios de acompanhamento. Serão avaliados os procedimentos metodológicos, cumprimento do cronograma estabelecido, monitoramento e resultados alcançados com as linhas de ação previstas, principalmente nos trechos prioritários. Os resultados serão amplamente disponibilizados para a sociedade através de audiências públicas. O Comitê Gestor estabelecerá a data para a primeira reunião de apresentação dos resultados e para a convocação de audiência pública. Para o bom funcionamento das atividades de acompanhamento, avaliação e revisão do Plano faz-se necessário uma equipe de trabalho multidisciplinar. Ela deverá atuar na implantação das linhas de ação, desenvolvimento, operação e monitoramento das atividades ligadas ao projeto. Desta forma deverá ser composta pelos seguintes especialistas: • Coordenador do Projeto Orla • Equipe técnica - Arquitetos – 03 - Geógrafo – 02 - Geólogo – 02 - Agrônomo ou Biólogo – 02 - Assistente Social – 01 - Engenheiro sanitarista – 01 - Advogado – 01 - Estagiários (como conhecimento em auto-cad e corel draw) – 03 - Estagiários (demais áreas) – 02 • Secretário – Nível médio ou estagiário universitário • Consultor (quando se fizer necessário) 133
  • 134. Para o satisfatório andamento das ações previstas, acompanhamento, avaliação e revisão do Plano, são imprescindíveis os seguintes materiais e equipamentos: - Computador – 04 - Notebook – 02 - Impressora a laser A3 – 01 - Aparelho de fax/telefone – 01 - Viatura à disposição – 01 - Máquina fotográfica digital – 01 - Pen-drive 1Gb – 02 - Aparelho GPs – 01 - Data-show – 01 - Material de escritório 134
  • 135. 5. APRESENTAÇÃO DO PLANO E CRONOGRAMA GERAL Apresenta-se abaixo, cronograma referente às etapas de acompanhamento, Avaliação e Revisão, relacionadas a cada ação ou medida proposta. TABELA XLV – Ações programadas e prazos Prazos AÇÕES PROGRAMADAS Curto Médio Longo Apresentação do Plano para a Prefeita. X Envio do Plano para os instrutores. X Articulação para audiências públicas e formação do Comitê x Gestor. Convênio com a SPU para gestão dos terrenos de marinha. x Requalificação urbana da Orla e retirada das barracas de praia X da faixa de praia uma vez que não são permitidas pela legislação pertinente. Retirada das ocupações nos estuários dos rios. X Retirada das ocupações nas vias públicas. X Elaboração de projetos de reassentamento da população X residente em áreas públicas e em áreas de risco. Retirada das ocupações em áreas de risco. X Substituição do revestimento asfáltico por paralelepípedo em vias X locais e paisagísticas. Transformação da Av. Zezé Diogo em via paisagística. X Revisão do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo do X Município de Fortaleza, assegurando a legislação pertinente. Elaboração de projeto de recuperação da mata ciliar e do X manguezal dos estuários. Disponibilização de parte das áreas de salinas para recuperação X do ecossistema manguezal. Articulação com órgãos competentes para a regulamentação do X Parque do Cocó. Continuação da construção da ponte sobre o rio Cocó apenas X após a aprovação da Legislação Específica. Criação da Unidade de Conservação e de proteção integral nas X dunas na da Sabiaguaba. Sinalização e fiscalização na praia. X Mapeamento dos vazios urbanos para implementação de Zonas X Especiais de Interesse Social. Estudo da Dinâmica Costeira. X Promoção de Oficinas de Educação Ambiental (mobilização, X sensibilização e capacitação). Regularização Fundiária das famílias de baixa renda residentes X na Orla. Oficialização de parceria entre Prefeitura Municipal de Fortaleza e X de Aquiraz. Articulação com órgãos competentes para a instalação de infra- X estrutura básica e saneamento. 135
  • 136. Realização de diagnóstico da situação fundiária da região. X 136
  • 137. REFERÊNCIAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS: ALMEIDA, M. M. P.; VASCONCELOS, F. P. Uso e ocupação atual do baixo curso do Rio Pacoti - Ce. In: VII Encontro de Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará, 2001, Fortaleza. Anais do VII Encontro de Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará - CD-ROM. Fortaleza: EDUECE, 2001. AVALIAÇÃO Ambiental Estratégica do Programa de Transportes Urbanos AAEP – Programa BID Fortaleza/CE, 2001. BARROSO, Gustavo. Praias e várzeas; Alma sertaneja. RJ: José Olympio Editora, 1979. BEZERRA, M. O. M.; LEHUGEUR, Loreci Gislaine de Oliveira; FONTENELE, Clece Maria Lopes; GURGEL, Helena Cavalcante; VASCONCELOS, Mickaelon Belchior; OLIVEIRA, Patrícia Reis Alencar; PINHO, Paulo César Nunes. Avaliação Preliminar dos Impactos Ambientais na Foz do Rio Ceará - Fortaleza, Ce. In: Congresso Brasileiro de Oceanografia 2004, 2004, Itajaí - Santa Catarina. Livro de Resumos, 2004. BRASIL. Diagnóstico Geoambiental e os Principais Problemas de Ocupação do Meio Físico de Região Metropolitana de Fortaleza. CPRM. Projeto/SINFOR/SRH/SEMACE. Fortaleza. 1995. CAMPOS, Alves A. A Zona Costeira do Ceara: diagnóstico Para Gestão Integrada. Fortaleza: S/ed., 2003 - Aquasis. CASTRO, J.W.A.; TENA, F.P.; MEIRELES, A.J.A.; GURGEL, G.A.S. & GURGEL JR., J.B. -1992- Influência dos processos litorâneos na identificação de áreas de risco costeiro nas praias da margem oeste do Rio Ceará. 37º Cong. Bras.Geologia, São Paulo, SP, 1992. Simpósios, Boletim de Resumos Expandidos, V1., 106 a 108p. CAVALCANTE, I.N. & SABADIA. J.A.B. - 1992 - Potencial hídrico subterrâneo: um bem mineral vital ameaçado pela poluição antrópica. Revista de Geologia, 1992, vol. 5: 115- 124. CAVALCANTE, I.N.; VASCONCELOS, S.M.S.; ARAÚJO, A.L.; COSTA LEAL, S.E. & BIANCHI, L. - 1990 - Qualidade das águas subterrâneas de Fortaleza-CE. Revista de Geologia 1990, vol. 3: 89 a 97. CLAUDINO-SALES, V. . Serra, litoral e sertão: unidades geoambientais do Ceará. Propostas Alternativas, Fortaleza, Ceará, v. 11, p. 5-11, 2003. CLAUDINO-SALES, V. . Sistemas Naturais e Degradação sócio-ambiental no Estado do Ceará. In: Fórum Cearense de Desenvolvimento e Meio Ambiente. (Org.). DIAGNÓSTICO SÓCIO-AMBIENTAL DO ESTADO DO CEARÁ. 1 ed. Fortaleza, 1993, v. 1, p. 3-22. CLAUDINO-SALES, V. . Unidades de conservação. In: COELCE. (Org.). O olhar de cada um - Unidades de Conservação no Estado do Ceará. Fortaleza: Ceará, 2004, v. , p. 87-88. CLAUDINO-SALES, V.. A litoralização do Estado do Ceara: significado e significante da ocupação das áreas costeiras cearenses. Espaço Aberto, Fortaleza, v. 02, n. 02, p. 60- 67, 1995. 137
  • 138. CLAUDINO-SALES, V.. Os litorais cearenses. In: Silva, J.B.; Cavalcante, T.M.; Dantas, E.W.C.. (Org.). Geografia do Ceará. 1 ed. Fortaleza, 2005, v. 1, p. 75-95. CLAUDINO-SALES, V.; CAVALCANTE, E. B.; NASCIMENTO, G. S.; PIRES, A. F.; BARBOSA, L. M. Degradação ecológico-ambiental associada ao centro multifuncional de feiras e eventos, Fortaleza, Ceará. In: VI Congresso Brasileiro de Ecologia, 2003, Fortaleza: 2003. p. 264-266. CÓDIGO de Obras e Postura do Município de Fortaleza, PMF - IPM Lei N° 5530 de 17 de dezembro de 1982. CONAMA. Resoluções CONAMA, nº. 274. Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente, 89 p., Brasília, 2000. CORIOLANO, L. N. M. T. A expansão periférica urbana de Fortaleza e seu efeito de segregação e deterioração da qualidade de vida das populações. Revista Cetrede, Fortaleza, 1981. CORIOLANO, L. N. M. T. Turismo e organização espacial em Fortaleza. In: Revista Espaço Aberto AGB. Fortaleza, Fortaleza, 1989. CORREIA, M. L. A.; DANTAS, E. W. C. Campos de Dunas na Praia do Futuro: Contribuição da Legislação na Produção de Políticas Públicas no Litoral Fortalezense. In: Encontro Nacional sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis: Produção e Gestão do Ambiente Construído Sustentável, 2003, São Carlos. Anais do Encontro Nacional sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis. São Carlos, 2003. p. 1-15. DANTAS, Eustógio Wanderley Correia. Mar à vista: estudo da maritimidade em Fortaleza. Fortaleza: Museu do Ceará / Secretaria da Cultura e Desporto do Ceará, 2002. FALCÃO, Tatiana Oliveira; BEZERRA, M. O. M.; PINHEIRO, Lidriana de Souza; PINHEIRO, Laldiane de Souza; SOUSA, Paulo Henrique Gomes de Oliveira. Indicadores Ambientais como Subsídio ao Plano de Gerenciamento de Risco no Porto de Fortaleza-Ce. In: I Encontro Nacional de Geografia e Sustentabilidade, 2005, Fortaleza. I Encontro Nacional de Geografia e Sustentabilidade, 2005. FALCÃO, Tatiana Oliveira; PINHEIRO, Lidriana de Souza; MENEZES, Maria Oziléa Bezerra de.; PINHEIRO, Laldiane de Souza ; SOUSA, Paulo Henrique Oliveira Gomes de . Indicadores Ambientais como subsídio ao plano de gerenciamento de riscos no Porto de Fortaleza-CE. In: I Encontro Nacional de Geografia e Sustentabilidade – ENGS 2005, 2005, Fortaleza. Conflitos Sociais e Desafios Ambientais no Semi-árido. Fortaleza: EDUECE, 2005. v. 1. p. 1. FELIX, Raimundo José Reis, Proposta de um Plano de Intervenção na Orla Marítima de Icapuí-Ce. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente). Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Programa de pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Mossoro-RN-2005. FONTENELE, Clece Maria Lopes; VASCONCELOS, M. B.; BEZERRA, M. O. M. Agravos Ambientais na Foz do Rio Ceará. In: Encontro de Pós - graduação e Pesquisa da UNIFOR, 2003, Fortaleza. Anais do Encontro de Pós - graduação e Pesquisa da UNIFOR, 2003. Freire, G.S.S. (1989):Estude hydrogique et sedimentoligique de l’Estuaire du Rio Pacoti (Fortaleza- Ceará - Brasil). Universie de Nantes, Faculte des Sciences et des Techniques. These de Doctorat. 138
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  • 140. Encontro de Iniciação Científica da UECE, 2001, Fortaleza. Anais do X Encontro de Iniciação Científica da UECE. Fortaleza: FUNECE, 2001. LIMA, I.I.P - 1997 - Análise geoambiental da planície costeira de Sabiaguaba, Fortaleza/CE. Monografia de Graduação, Bacharelado em Geografia, Departamento de Geografia da UFC, Centro de Ciências. 93p., il. LINHARES, Paulo. Fortaleza de água e sal. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha 1991. MAIA, L. P.; MAGALHÃES, Silvania Helena Oliveira. Projeto de manejo de migração de dunas móveis na área do Serviluz, em área de 20,0 ha, no local denominado Serviluz, no município de Fortaleza/CE. 2004. MAIA, L. P.; RAVENTOS, J. S.; MORAIS, Jader Onofre de. Características das ondas e transporte de sedimentos na região costeira de Fortaleza-Ceará. In: XIX Congresso Brasileiro de Geologia, 1996, p. 439-444. MATOS, F. O.; LIMA, D. B.; DANTAS, E. W. C. Valorização dos Espaços Litorâneos da Barra do Ceará-Fortaleza. In: VI Congresso Brasileiro de Geógrafos, 2004, Goiânia. Anais do VI Congresso Brasileiro de Geógrafos. Goiânia: AGB Nacional, 2004. p. 1-5. MEIRELES, A. J. A. Diagnóstico Ambiental Sobre Processo e Erosivo na Praia da Leste-Oeste. Fortaleza, 1994. MEIRELES, A. J. A. Dinâmica Eólica e impactos Ambientais em uma Região Metropolitana: Cidade de Fortaleza, Ceará, NE do Brasil. In: Encontros de Geomorfologia. 1999, Coimbra. Anais, 1999. v. 1. p. 115-122. MEIRELES, A. J. A. Manejo Costeiro em Dunas Móveis na Praia das Goiabeiras- Fortaleza/CE, de Modo a Proteger as Edificações do Avanço Acelerado do Campo de Dunas. 1993. MEIRELES, A. J. A.; Castro J.W.A.; Lima Verde, A. Sedimentologia e Dinâmica Costeira entre as Praias do Futuro e Iparana. In: XXXVI Cong. Bras. Geol, 1990, Natal, RN. São Paulo: SBG, 1990. v. 2. p. 796-805. MEIRELES, A. J. A.; SILVA, E. V. Geomorfologia e dinâmica ambiental da planície litorânea entre as desembocaduras dos rios Pacoti e Ceará. Fortaleza: Revista Geonotas, Universidade Estadual de Marin, v. 5, n. 1, p. 1-30, 2001. MEIRELES, A.J.A & RUBIO, P.R –1999- Geomorfología litoral: una propuesta metodológica sistémica en la llanura costera de Ceará, nordeste de Brasil. Revista de Geografía, Departamentos de História y Geografía de la Universitat de Barcelona -UB; vol. 32-33, 1998-99, pp. 161-180. MORAIS, J. O.; MEIRELES, A. J. A.; FREIRE, G. S. S. Processos Hidrodinâmicos e Material em Suspensão no Estuário do Rio Pacoti - Fortaleza, Ceará. In: Anais do 35º Cong. Brás. Geologia. 1988, Pará: v. 2. p. 581-591. MORAIS, Jader Onofre de, PINHEIRO, L. S.; SILVA, L. P. Riscos Hidrodinâmicos sazonais versus balneabilidade da Praia do Futuro - CE. Revista de Ciência e Tecnologia da Uece, Fortaleza: v. 3, n. 3, 2001. MORAIS, Jader Onofre de. Estudo Correntométrico Preliminar do Rio Ceara. in: I Semana Universitária da UECE, 1996, Fortaleza, 1996. 140
  • 141. MORAIS, Jader Onofre de; CARNEIRO FILHO, A. Zoneamento e recuperação de pequenas áreas degradadas no processo de extração de areias de dunas. In: Anais do V Encontro de Pesquisadores - UECE, 1999, FORTALEZA - CE. UECE, 1999. MORAIS, Jader Onofre de; MAIA, L. P. . Impactos ambientais causados pela ampliação do Porto do Mucuripe. In: Anais III Congresso Internacional de Riscos Urbanos, 1994. NEVES, Berenice Abreu de Castro. Do mar ao museu: a saga da jangada São Pedro. Fortaleza: Museu do Ceará / Secretaria da Cultura e Desporto do Ceará, 2001. PARQUE Pajeú. Governo do Estado do Ceará – Virgílio Távora. Prefeitura Municipal de Fortaleza – Lucio Alcântara. PDDU/FOR – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – Síntese Diagnóstica – Anexos/Mapas – 1991. PINHEIRO, L. S.; MORAIS, Jader Onofre de; PAULA, J. E. A.; MORAIS, Jader Onofre de. Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental do estuário do Rio Ceará: estudos hidrológicos e hidrodinâmicos. 2005. PINHEIRO, Laldiane de Souza; PINHEIRO, Lidriana de Souza. Riscos Morfodinâmicos e Saneamento Ambiental da Faixa de Praia entre o Clube dos Diários e Iate Clube, Fortaleza-CE. In: X Semana Universitária, 2005, Fortaleza. Fortaleza: UECE, 2005. v. 1. PIRES, A. F.; CAVALCANTE, E. B.; NASCIMENTO, G. S.; CARVALHO NETA, M. L.; CLAUDINO-SALES, V. Problemas ambientais associados à construção da ponte sobre o Rio Cocó, Fortaleza, Ceará. In: I Congresso de Gestão Costeira dos Países de Língua Portuguesa, 2003, Recife, Pe. Anais ABEQUA, 2003. p. 1-5. PITOMBEIRA, E. da S. -1994- Processos migratórios na desembocadura do Rio Ceará. Revista de Engenharia - ASTEF/UFC - No 12 - Fortaleza - Ceará. PITOMBEIRA, E. S., Modificação da Linha de Costa pela Construção de Quebra-mar ao Largo. In: Revista de Engenharia. Universidade Federal do Ceará,1995. PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA / Secretaria de Ação Governamental / IPLAM – Lei de uso e ocupação do solo – Lei N° 7987 de 23 de Dezembro de 1996 – Consolidada em 1998. PROJETO ORLA - Manual de Gestão (MMA-SQA MP-SPU), Brasília: S/ed, 2002. PROJETO ORLA (MMA – SQA MP-SPU) Fundamentos para Gestão, Brasília: S/ed., 2005. PROJETO ORLA (MMA – SQA MP-SPU) Roteiro Metodológico para a Classificação da Orla, Brasília: S/ed., 2004. PROJETO ORLA (MMA – SQA MP-SPU) Subsídios para um Projeto de Gestão Integrada, Brasília: S/ed., 2004. RIOS, Kênia Sousa. Campos de concentração no Ceará: isolamento e poder na seca de 1932. Fortaleza: Museu do Ceará / Secretaria da Cultura e Desporto do Ceará, 2005. RODRIGUES, A. C. B.; MAIA, L. P.; FREIRE, George Satander Sá. Avaliação Morfodinâmica Preliminar da Praia de Iracema-Fortaleza. In: Boletim de Resumos do VIII Congresso da ABEQUA, 2001, Imbé. v. 1. p. 71-72. 141
  • 142. RODRIGUES, A. C. B.; MAIA, Luis Parente; FREIRE, George Satander Sá; BEZERRA, Ronaldo Gomes ; MELO, R. R. . Avaliação Morfodinâmica Preliminar da Praia de Iracema, Fortaleza-Ceará. In: VIII Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário, 2001, Mariluz, IMBÉ. Boletim dos Resumos. Porto Alegre: ABEQUA, 2001. v. 01. p. 71-72. SÁ, Tadeu Dote de; MAIA, L. P. . EIA/RIMA do Projeto de proteção costeira da praia do Meireles-Fortaleza/CE, 2000. SÁ, Tadeu Dote de; MAIA, L. P. . Elaboração do estudo ambiental - EA do molhe da praia de Iracema, em área de 14,0 ha, no local denominado praia de Iracema, município de Fortaleza/CE. 2004. SILVA, D. M. da; DANTAS, E. W. C. Grande Pirambu, Uma Praia Infecta? Análise das Políticas Públicas de Saneamento e do Turismo na Construção da Imagem do Grande Pirambu. In: XX Encontro de Iniciação à Pesquisa. Fortaleza. Encontros Universitários - XX Enc. de Iniciação à Pesquisa. Fortaleza: UFC, 2002. p. 046-046. SILVA, E. V. NOGUEIRA, A. G.; MEIRELES, A. J. A. Meio Ambiente e Condições de Sustentabilidade da Planície Flúvio-Marinha do Rio Pacoti - Ceará - Brasil. Revista Geoambiental On Line, Jataí, v. 1, n. 2, p. 1-17, 2004. SILVA, E. V.; LIMA, E. M. S.; MEIRELES, A. J. A. "Ecodinâmica e Áreas de Risco: Estratégias para o Manejo de Manguezais em Fortaleza-CE.". In: III Congresso Nacional do Meio Ambiente, 2004, Fortaleza. Anais do III Congresso Nacional do Meio Ambiente. Fortaleza, 2004. v. 2. p. 571-572. SILVA, E. V.; MEIRELES, A. J. A.; RAVENTOS, J. S. Geomorfologia e Dinâmica Ambiental da Planície Litorânea entre as Desembocaduras dos Rios Pacoti e Ceará, Fortaleza-Ce. Revista GeoNotas, Curitiba, v. 5, n. 2, 2001. SILVA, J. B. Em questão: as cidades que se planejam O caso de Fortaleza. In: Seminário cidades que se planejam, 2003, Fortaleza. Seminário cidades que se planejam. Fortaleza: Planefor, 2003. SILVA, J. O. C.; MAGALHÃES, S. H. O.; RODRIGUES, A. C. B.; FREIRE, George Satander Sá; MORAIS, Jader Onofre de. Análise das Variações Costeiras a Curto Prazo na Região Metropolitana de Fortaleza, utilizando Perfis de Praia. In: VII Congresso da Associação Brasileira do Quaternário, 1999, Porto Seguro. CD Room, 1999. SILVA, L. P.; MORAIS, Jader Onofre de, PINHEIRO, L. S. . Estudos Hidrodinâmicos e Morfodinâmicos na Avaliação de Riscos Sazonais na Praia do Futuro - CE. In: XLI Congresso Brasileiro de Geologia, 2002, João Pessoa. A Geologia e o Homem. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2002. v. 1. p. 113. VASCONCELOS DE LIMA, E. L. Das areias da praia às areias da mordia: um embate socioambiental em Fortaleza/CE. Dissertação de mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, PRODEMA/UFC, 2005, 195p. VASCONCELOS, F. P.; OLIVEIRA, M. A. Considerações sobre a poluição na enseada do porto do Mucuripe (Fortaleza-Ceará-Brasil). In: II Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, 1981, Recife. Anais do II Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca. Recife: FAEPBR, 1981. v. 1. p. 335-345. VASCONCELOS, Fabio Perdigão. Gestão Integrada da Zona Costeira Ocupação Antropica Desordenada, Erosão, Assoreamento e Poluição Ambiental do Litoral. Fortaleza: Premius, 2005. 142
  • 143. VIEIRA Jr, Antonio Otaviano. Entre o futuro e o passado: aspectos urbanos de Fortaleza (1799-1850). Fortaleza: Museu do Ceará / Secretaria da Cultura e Desporto do Ceará, 2005. XAVIER, T. M. B. S. & XAVIER, A.F.S. - 1996 - Alterações climáticas urbanas em Fortaleza - Ceará (1974-1995). 9o Cong. Bras. Meteorologia, Campos do Jordão, 1996. Anais ..., vol. 2, 1172-1176p. *** 143
  • 144. ANEXOS 144
  • 145. ANEXO I - Classificação dos parâmetros ambientais, sociais e econômicos dos trechos. UNIDADE DE PAISAGEM I De parte da APA do rio Ceará (margem direita) até a Rua Adriano Martins TABELA I Parâmetros Unidade Trecho I.1 Trecho I.2 Trecho I.3 Ambientais SA ST SD SA ST SD SA ST SD 1. Cobertura vegetal A C A C C B C C B nativa (%) 2. Valores cênicos A C A C C B C C B 3. Integridade dos B C B C C B B C B ecossistemas 4. Fragilidade dos B C A C C B B B B ecossistemas 5. Presença de B C B B C B C C C Unidade de Conservação 6. Condição de C C B C C B C C B balneabilidade 7. Degradação B C C C D B C C B ambiental 8. Presença de C C A C C A C C A efluentes (língua negra) 9. Presença de C C A C C A B B A resíduos sólidos (lixo) na orla 10. Presença de B C B B C B C C B construções irregulares 11. Potencial para - - - - - - - - - aproveitamento mineral 12. Aptidão agrícola - - - - - - A C A 13. Potencial para - - - - - - - - - extração vegetal 14. Potencial C C B C C B B B A Pesqueiro 15. Aptidão para C C C C C C C C C maricultura Sociais SA ST SD SA ST SD SA ST SD 16. Presença de C C C C C C C C C comunidades tradicionais 17. concentração de - - - - - - A A A domicílios de veraneio 18. Infra-estrutura de - - A - - B - - - lazer/turismo 19. Cobertura urbana B C B C C B - - C ou urbanização 20. domicílios - - - - - - - - - servidos por água 145
  • 146. 21. Domicílios - - - - - - - - - servidos de esgoto (%) 22. Domicílios - - - - - - - - - servidos por coleta de lixo (%) 23. Domicílios - - - - - - - - - servidos pro energia elétrica (%) 24. Forma de acesso A C B C C B B B B Econômicos SA ST SD SA ST SD SA ST SD 25. Pressão B C A C C B - - - imobiliária 26. Uso agrícola C C C C C C C C C 27. Uso para extração C C C C C C - - - vegetal 28. Usos de recursos A A A A A A A A A pesqueiros 29. Uso para C C A C C C - - - maricultura 30. Uso para tráfego B B B B B B A A A aquaviário ou porteiro 31. Uso industrial B B A - - - - - - 32. Aproveitamento - - - - - - - - - mineral 33. Atividades - - - - - - - - - petrolíferas 34. Atividades A C A C C B - - A turísticas LEGENDA: SA – Situação Atual ST – Situação Tendencial SD – Situação Desejada Classe A – apresenta ecossistemas primitivos com baixa ocupação. Classe B - apresenta ecossistemas parcialmente modificados com situação de baixo e médio adensamento populacional. Classe C - apresenta ecossistemas já impactados com médio ou auto adensamento populacional. 146
  • 147. UNIDADE DE PAISAGEM II Do antigo Kartódromo até o Mercado dos Peixes do Mucuripe TABELA II Parâmetros Trecho 1 Trecho 2 Trecho 3 Trecho 4 Ambientais SA ST SD SA ST SD SA ST SD SA ST SD 1. Cobertura Vegetal C C C C C C C C C C Nativa (%) - - 2. Valores Cênicos C C C C C C C C C C C C 3. Integridade dos C C B C C B B C - B C - ecossistemas 4. Fragilidade dos B B B B B B B B B B B B ecossistemas 5. Presença de Unidade de C C C C C C C C - C C - Conservação 6. Condição de C C B C C B C C B C C B Balneabilidade 7. Degradação Ambiental B C B C C B C C B C C B 8. Presença de efluentes B - - - - - C C A C C A (línguas negras) 9. Presença de resíduos B - - - - - A A - A A - sólidos (lixo) na orla 10. Presença de C B C B B C C C D C C - construções irregulares 11. Potencial para - - - - - - - - - - - - aproveitamento mineral 12. Aptidão agrícola - - - - - - - - - - - - 13. Potencial para extração - - - - - - - - - - - - vegetal 14. Potencial Pesqueiro B C C C C C C C - C C - 15. Aptidão para C C C C C C C C C C C C maricultura Sociais SA ST SD SA TE SD SA TE SD SA TE SD 16. Presença de C C C C C C C C C C C C comunidades tradicionais 17. Concentração de - - - - - - A A - A A - domicílios de veraneio 18. Infra-estrutura de - C C C C C C C C C C C lazer/turismo 19. Cobertura urbana ou - - - - - - - C C - C C urbanização 20. Domicílios servidos por B C C C C C - - - - - - água 21. Domicílios com serviço B C C C C C - - - - - - de esgoto (%) 22. Domicílios servidos por C C C C C C - - - - - - coleta de lixo (%) 23. Domicílios servidos por C C C C C C - - - - - - energia elétrica (%) 24. Forma de acesso - C C C C C C C C C C C Econômicos SA ST SD SA ST SD SA ST SD SA ST SD 25. Pressão imobiliária D C C C C C C C C C C C 26. Uso agrícola - - - - - - - - - - - - 27. Uso para extração - - - - - - - - - - - - vegetal 147
  • 148. 28. Usos de recursos - - - - - - B B B B B B pesqueiros 29. Uso para maricultura - - - - - - - - - - - - 30. Uso para tráfego - C C C C C - - - - - - aquaviário ou portuário 31. Uso industrial - C C C C C - - - - - - 32. Aproveitamento mineral - - - - - - - - - - - - 33. Atividades petrolíferas - - - - - - - - - - - - 34. Atividades turísticas C C C C C C C C C C C C 148
  • 149. UNIDADE DE PAISAGEM III Do Mercado de Peixes do Mucuripe até o Serviluz (Rua Ismael Pordeus) TABELA III Parâmetros Trecho I Trecho II. Trecho III Trecho IV Ambientais SA ST SD SA ST SD SA ST SD SA ST SD 1. Cobertura C C B - - - - - - C C B Vegetal Nativa (%) 2. Valores C C B A B A A B A C C B Cênicos 3. Integridade C C B A B A A B A C C A dos ecossistemas 4. Fragilidade C C B A B A A B A C C B dos ecossistemas 5. Presença de C C B C C A C C A - - - Unidade de Conservação 6. Condição de B C A A C A A C A * * A Balneabilidade 7. Degradação C C B A C A A C A C C B Ambiental 8. Presença de B C A A B A A B A B C A efluentes (línguas negras) 9. Presença de B C A C B A C B A B C A resíduos sólidos (lixo) na orla 10. Presença C C B A C A A C A C C B de construções irregulares 11. Potencial - - - - - - - - - - - - para aproveitamento mineral 12. Aptidão - - - - - - - - - - - - agrícola 13. Potencial - - - - - - - - - - - - para extração vegetal 14. Potencial B C A C C A C C A C C B Pesqueiro 15. Aptidão B C C C C C C C C - - - para maricultura Sociais SA ST SD SA ST SD SA ST SD SA ST SD 16. Presença C C B C C C C C C - - - de comunidades tradicionais 17. A B A - - - - - - - - - Concentração de domicílios de veraneio 18. Infra- B C A - - - - - - - - - estrutura de lazer/turismo 19. Cobertura C C B C C C - - - B C B urbana ou urbanização 149
  • 150. 20. Domicílios C C C C C C - - - B C C servidos por água 21. Domicílios A A C - - - - - - A A C com serviço de esgoto (%) 22. Domicílios C C C C C C - - - B A C servidos por coleta de lixo (%) 23. Domicílios C C C C C C - - - C C C servidos por energia elétrica (%) 24. Forma de B C B C C C - - - A B B acesso Econômicos SA ST SD SA ST SD SA ST SD SA ST SD 25. Pressão B C A C C C - - - B B C imobiliária 26. Uso C C B - - - - - - - - - agrícola 27. Uso para C C C - - - - - - - - - extração vegetal 28. Usos de B B A C C C A B A A A B recursos pesqueiros 29. Uso para C C C C - - - - - - - - maricultura 30. Uso para A C A C C C A A A A A A para tráfego aquaviário ou portuário 31. Uso A B A C C A A A A C C A industrial 32. * * * - - - - - - - - - Aproveitamento mineral 33. Atividades A A A C C B - - - - - - turísticas 34. Atividades C C B - - - A A A - - C turísticas 150
  • 151. UNIDADE DE PAISAGEM IV Da Rua Ismael Pordeus à foz do Rio Cocó (margem direita) TABELA IV Parâmetros Trecho:1 Trecho:2 Trecho: 3 Ambientais SA ST SD SA ST SD SA ST SD 1. Cobertura Vegetal Nativa B C B B C B B C A (%) 2. Valores B C A B C B B C A Cênicos 3. Integridade B C B B C B B C A dos ecossistemas 4. Fragilidade B B A B B A B B A dos ecossistemas 5. Presença de B B A Unidade de - - - - - - Conservação 6. Condição de B B A Balneabilidade 7. Degradação B C B B C B B C A Ambiental 8. Presença de B C A B C A B C A efluentes (línguas negras) 9. Presença de B C A B C A B B A resíduos sólidos (lixo) na orla 10. Presença de construções C C B C C B C C B irregulares 11. Potencial para - - - - - - - - - aproveitamento mineral 12. Aptidão - agrícola - - - - - - - - 13. Potencial para extração - - - - - - - - - vegetal 14. Potencial Pesqueiro B B B B B B C C C 15. Aptidão para maricultura - - - - - - A B A Sociais SA ST SD SA ST SD SA ST SD 16. Presença de comunidades C C C C C C C C C tradicionais 17. Concentração A A A A A A B B A de domicílios de veraneio 151
  • 152. 18. Infra- B C C B C C B B A estrutura de lazer/turismo 19. Cobertura urbana ou A B A A B A A B A urbanização 20. Domicílios C C C C C C A A C servidos por água 21. Domicílios com serviço de C C C C C C A A C esgoto (%) 22. Domicílios servidos por C C C C C C B B C coleta de lixo (%) 23. Domicílios servidos por C C C C C C C C C energia elétrica (%) 24. Forma de C C C C C C B C B acesso Econômicos SA ST SD SA ST SD SA ST SD 25. Pressão C C C C C C B C B imobiliária 26. Uso agrícola - - - - - - C C C 27. Uso para - - - - - - C C C extração vegetal 28. Usos de recursos C C C C C C C C C pesqueiros 29. Uso para - - - - - - A A A maricultura 30. Uso para para tráfego - - - - - - A A A aquaviário ou portuário 31. Uso - - - - - - A A A industrial 32. - - - - - - - - Aproveitamento mineral 33. Atividades A A A A A A A A A turísticas 34. Atividades turísticas C C C C C C C C C 152
  • 153. UNIDADE DE PAISAGEM V Início da orla marítima da APA da Sabiaguaba (margem direita do rio Cocó) até a foz do Rio Pacoti (margem esquerda) TABELA V Parâmetros Trecho:1 Trecho:2 Trecho: 3 Ambientais SA ST SD SA ST SD SA ST SD 1. Cobertura Vegetal A A A B C A A A A Nativa (%) 2. Valores Cênicos A A A B B A A A A 3. Integridade dos A B A B C A A A A ecossistemas 4. Fragilidade dos A B A B B B A A A ecossistemas 5. Presença de Unidade C C A B B A A A A de Conservação 6. Condição de A B A B B B A A A Balneabilidade 7. Degradação A B A B C A A A A Ambiental 8. Presença de efluentes A B A A A A A A A (línguas negras) 9. Presença de resíduos A A A B B A C C A sólidos (lixo) na orla 10. Presença de A B A B C A B B A construções irregulares 11. Potencial para - - - - - - - - - aproveitamento mineral 12. Aptidão agrícola - - - - - - - - - 13. Potencial para - - - - - - - - - extração vegetal 14. Potencial Pesqueiro B B B B B B B B B 15. Aptidão para B B B B B B A A A maricultura Sociais SA ST SD SA ST SD SA ST SD 16. Presença de C C C C C C C C C comunidades tradicionais 17. Concentração de A B A B B A C C C domicílios de veraneio 18. Infra-estrutura de A B A B B A A B A lazer/turismo 19. Cobertura urbana ou A A C A B A A A A urbanização 20. Domicílios servidos A A C A A C A B C por água 21. Domicílios com A A C A A C A A C serviço de esgoto (%) 22. Domicílios servidos A A C B C C A A C por coleta de lixo (%) 23. Domicílios servidos A A C C C C C C C por energia elétrica (%) 24. Forma de acesso A A A B C B A A A Econômicos SA ST SD SA ST SD SA ST SD 25. Pressão imobiliária A B A B B C A A A 153
  • 154. 26. Uso agrícola C C C C C C C C C 27. Uso para extração C C C C C C C C C vegetal 28. Usos de recursos C C C A A A A A A pesqueiros 29. Uso para maricultura A A A A A A A A A 30. Uso para tráfego A A A A A A A A A aquaviário ou portuário 31. Uso industrial A A A A A A A A A 32. Aproveitamento - - - - - - - - - mineral 33. Atividades turísticas A A A A A A A A A 34. Atividades turísticas A A A B B B A A A Fonte: as tabelas forma elaboradas de acordo com classificação dos parâmetros ambientais, sociais e econõmicos dos trechos de acordo com o Manual de Gestão do Projeto Orla – Fundamentos para a Gestão Integrada (volume II), tomando como base do Decrelo No 5.300/2004, regulamentador da Lei Federal No 7661/1988 que institui o gerenciamento costeiro no Brasil. 154
  • 155. ANEXO II PLANOS E PROGRAMAS COM AFINIDADE NA ÁREA TABELA VI PROGRAMAS E AÇÕES ATIVIDADE COMPETÊNCIA Projeto Serviluz Praia Verde. Contenção de Dunas. COMUNIDADE Ponte sobre o rio Cocó. Interligação. MUNICIPAL - SEINF Programa de transporte urbano de Fortaleza. Transportes urbanos. MUNICIPAL - SEINF Plano de controle ambiental. Preservação paisagística. MUNICIPAL - SEINF Convênio de cooperação técnica para a Regularização Fundiária. MUNICIPAL regularização fundiária no Pirambu e Serviluz. Plano Geral (Master Plan). Reordenamento da orla MUNICIPAL - SEINF marítima de Fortaleza. Projeto de Urbanização do patrimônio Histórico Urbanização da Área. MUNICIPAL - SEINF e Cultural da Barra do Ceará. Projeto do Pólo de lazer da Barra do Rio Ceará Urbanização da Área. MUNICIPAL - SEMAM e de Urbanização da Ária lindeira a Av. José Lima Verde. Projeto de contenção e paisagismo da duna da Contenção e Paisagismo. MUNICIPAL - SEMAM Barra do Ceará. Projeto Fazenda Marinha do Titanzinho. Geração de emprego com MUNICIPAL - SEMAM desenvolvimento sustentável. Recife Artificial Marinho como ferramenta para Geração de emprego com MUNICIPAL - SEMAM o desenvolvimento sustentável da pesca desenvolvimento sustentável. artesanal no município de Fortaleza. Projeto Costa Oeste. Construção de Via Costeira. ESTADUAL - SDLR Projeto Litoral Oeste. Recuperação e Urbanização. ESTADUAL - SDLR Execução de obras de recuperação do molhe ESTADUAL - SDLR da embocadura do rio Ceará e recuperação Recuperação da Área. com ampliação do molhe em frente à Rua da Zambaia, no bairro Barra do Ceará. PROURB. Desenvolvimento Urbano ESTADUAL - SDLR Projeto Guardiões da Praia. Ampliação do serviços de ESTADUAL - SETUR salvamentos na orla. PRODETUR. Desenvolvimento do Turismo. ESTADUAL - SETUR SANEAR. Rede de Esgoto. ESTADUAL - SEINFRA Projeto Museu do Mar. Arquivos da História do Mar. ESTADUAL - SEINFRA Centro Multifuncional de Feiras e Eventos. Realização de Feiras e ESTADUAL - SEINFRA Eventos. Transferência da tancagem de derivados de Atividade Portuária. ESTADUAL - SEINFRA petróleo do mucuripe. Tábua de Maré. Altura da maré. ESTADUAL - FUNCEME Previsão de Tempo e Clima. Informação de Temperatura e ESTADUAL - FUNCEME probabilidade de Chuva. Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro. Zoneamento Ecológico ESTADUAL - SEMACE Econômico. Projeto de Turismo. Zonear e regularizar o uso. ESTADUAL - SEMACE Programa de Infra-Estrutura Básica Infra-estrutura e saneamento. ESTADUAL saneamento de Fortaleza. Projeto de obra de defesa da linha de costa e Defesa da linha de Costa e FEDERAL - ASTEF construção de porto para os barcos. Porto para as embarcações. Estudos da ária marítima e costeira entre à Estudo da Zona Costeira e FEDERAL - ASTEF praia do Pirambu e a embocadura do Rio Marítima da Área. Ceará. Programa de recuperação do litoral da cidade. Recuperação da Área. FEDERAL - LABOMAR Fonte: Projeto Orla Fortaleza. 155
  • 156. LOTEAMENTOS: TABELA VII N◦ LOTEAMENTO LOCAL APROVADO DATA RESIDENCIAL ÁGUA 20/05/1991 952 PRAIA DA ABREULÂNDIA SIM MARINHA 726 PARQUE MARBELO SABIAGUABA SIM 21/06/1971 652 PRAIA ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO SIM 22/10/1954 692 PLANALTO PRAIA SABIAGUÁ SABIAGUABA SIM 21/06/1971 646 IMOB. ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO SIM 17/04/1958 643 SÍTIO COCÓ - SIM 25/07/1983 684 PRAIA DO FUTURO PRAIA DO FUTURO NÃO - 683 ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO NÃO - 679 PRAIA DO FUTURO PRAIA DO FUTURO NÃO - 868 ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO NÃO - 810 ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO NÃO - 789 ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO NÃO - 778 ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO NÃO - 806 ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO NÃO - 821 ANTÔNIO DIOGO PRAIA DO FUTURO NÃO - Fonte: SEMAM e SEINF LICENÇA DE MINERAÇÃO: TABELA VIII Processo/Ano Nome do Requerente Substancia Ativo Ponto de amarração 800.087/2000 THC BESSA - ME Areia SIM Latitude +3° 48’ 21” 0 Longitude +38◦ 27’ 08” 6 800.314/2003 SETE SERVICOS Areia SIM Latitude +3° 45’ 28” 0 TRANSPORTE E Longitude +38◦ 27’ 49” 1 EQUIPAMENTOS LTDA. 800.160/2004 CONSTRUTORA G & F LTDA Areia SIM Latitude +3° 47’ 47” 6 Longitude +38◦ 25’ 19” 8 800.198/2004 BARREIRO DA LAGOA COM. Areia SIM Latitude +3° 48’ 21” 0 DE ARG. E AREIA LTDA Longitude +38◦ 27’ 08” 6 FONTE : DNPN 156
  • 157. GLOSSÁRIO† A AMBIENTE ANTRÓPICO - Ambiente alterado pelo homem, quando este modifica a configuração natural do ambiente. Nota-se duas divisões quanto ao uso do terreno, ou seja, zonas antrópicas edificadas onde se verifica o predomínio de edificações com residências e loteamentos, bem como zona antrópica com sítios onde se nota o domínio de frutíferas e demais formas de exploração agrícola. Enquadra-se nessa classificação também: o paisagismo das vias públicas, praças, parques e calçadões, bem como, os quintais das chácaras, sítios, quintais e demais locais com vegetação modificada pelo homem. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) - Unidade de conservação de uso sustentável, estabelecida pela Lei Federal n.º 6902/81, que outorga ao Poder Executivo, nos casos de relevante interesse público, o direito de declarar determinadas áreas do território nacional como de interesse ambiental. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos e culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) – Áreas que pelas suas condições fisiográficas, geológicas, hidrológicas, botânicas e climatológicas, formam um ecossistema de importância no meio ambiente natural. Áreas definidas pela Lei no 4.771 de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal) e pela Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001. ASSOREAMENTO - Entupimento do corpo d’água, ou seja, fenômeno causado pela deposição de sedimentos minerais (como areia e argila) ou de materiais orgânicos. Com isso, diminui a profundidade do curso d’água e a força da correnteza. B BACIA HIDROGRÁFICA - Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. A noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d’água, cursos d’água principais, afluentes, subafluentes, etc. Em todas as bacias hidrográficas deve existir uma hierarquização na rede hídrica e a água se escoa normalmente dos pontos mais altos para os mais baixos. BERMA – Porção quase horizontal da praia ou pós-praia formada por material arenoso, ou mais grosseiro, depositado pela ação das ondas. Podem existir, ou não, numa praia. BANCOS DE AREIA – Acumulações de areia ao longo da zona intermaré da faixa de praia e nos canais dos sistemas fluviais e fluviomarinhos. Os sedimentos são transportados pelas mares, ondas e hidrodinâmica fluvial. C CESSÃO DE USO - Autorização de uma esfera do Poder Público (União, Estado ou Município), permitindo que uma outra esfera detenha o domínio de imóvel de sua propriedade. COMUNIDADE - Grupo de pessoas que habitam um determinado lugar ou região e geralmente ligadas por interesses comuns. CLIMA – Condições meteorológicas, incluindo temperatura, precipitação pluviométrica e ventos que são caracteristicamente dominantes numa região particular; tempo (weather) médio à longo prazo. † Elaborado a partir de consultas bibliográficas pela equipe do Projeto Orla de Fortaleza. 157
  • 158. D DENSIDADE DEMOGRÁFICA - A expressão designa o numero de pessoas que ocupam uma unidade de área. DIAGNÓSTICO - Reconhecimento, identificação dos problemas através das suas manifestações e/ou conseqüências. DUNA – Colinas ou morros formados por transporte eólico, normalmente de areia. DERIVA LITORÂNEA – Transporte de sedimentos ao longo da linha de costa a partir da ação das ondas e marés. E ECOSSISTEMA – Conjunto integrado de fatores físicos, químicos e bióticos, que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaço de dimensões variáveis. Também pode ser uma unidade ecológica constituída pela reunião do meio abiótico (componentes não-vivos) com a comunidade, no qual ocorre intercâmbio de matéria e energia. Os ecossistemas são as pequenas unidades funcionais da vida. EROSÃO – Processo pelo qual a camada superficial do solo ou partes do solo são retiradas pelo impacto de gotas de chuva, ventos e ondas e são transportadas e depositadas em outro lugar. Inicia-se como erosão laminar e pode até atingir o grau de voçoroca. ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA - Jogo de transações imobiliárias que supervalorizava terrenos e imóveis urbanos que ocorreu principalmente na década de 40 após o ciclo de transformações urbanas que buscavam uma modernidade contemporânea. Com a valorização exorbitante dos terrenos após as reformas urbanas, o preço dos aluguéis de imóveis dispara e desencadeia uma crise na habitação social. ESPIGÃO – Estrutura de engenharia costeira edificada para o controle do processo erosivo ao longo da linha de costa ENGORDA – Processo de preenchimento de uma praia que pode ser feito através de uma corrente longitudinal natural ou deposição de material artificialmente. EXPANSÃO URBANA - Caracteriza-se pela ocupação de novas áreas em geral periféricas ou vizinhas às áreas já urbanizadas, ou em menor escala pela ocupação de vazios interiores à área urbana. F FALÉSIA – Escarpa produzida pelo recorte no sentido da praia pela erosão marinha. FAVELA – (assentamentos populares, invasão) caracterizam-se pela precariedade das condições de habitabilidade, tanto no que se refere à moradia (construções feitas com materiais perecíveis), quanto à oferta de infra-estruturas básicas (saneamento e drenagem), à ocupação (morfologia etipologia), e à propriedade da terra; 2. Conjunto de habitações populares toscamente construídas (por via de regra em morros) e com recursos higiênicos deficientes. I IMPACTO AMBIENTAL – Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais. 158
  • 159. L LINHA DE PREAMAR MÉDIA DE 1831(LPM) - Linha que define a posição da preamar média do ano de 1831. LINHA LIMITE DOS TERRENOS DE MARINHA (LTM) - Linha traçada à distância de 33m (trinta e três metros), medidos horizontalmente para os lados do continente, a partir da LPM. LINHA DE LIMITE DE ORLA (LLO) - Linha que define área para a interferência na orla. LINHA DE MARÉ ALTA – A intersecção do plano de maré alta média com a costa. A linha de costa representada nas cartas náuticas pela NOAA é uma aproximação da linha de maré alta. LOTE – Unidade individualizada de terra, devidamente aprovada pelo Poder Público Municipal e registrada em cartório, onde se estabelecem as construções. M MOBILIÁRIO URBANO - O equipamento urbano, público, destinado ao uso da população, localizado em logradouros públicos. MANGUEZAL – Ecossistema que ocorre em terrenos baixos, sujeitos à ação das maré, com substrato formado por lamas lodosas recentes e formação vegetal de porte arbustivo ou arbóreo desenvolvendo-se do nível médio de maré ao nível da preamar de sizígia equinocial, em regiões de médio-litoral a médio litoral superior com ocorrência do de gêneros vegetais dentre os quais: Rhizophora, Avicennia e Laguncularia. MANANCIAL – Todo corpo d’água utilizado para o abastecimento público de água para consumo. MARÉ DE SIZÍGIA – Marés astronômicas de maior amplitude que ocorrem no Oceano Atlântico, durante o período compreendido por dois dias antes e dois dias depois da lua cheia e da lua nova. O OCUPAÇÃO PREDOMINANTEMENTE HORIZONTAL – Tipologia de ocupação do solo em assentamentos residenciais de população de renda alta, que se caracterizam pelo parcelamento formal do solo e pela predominância de lotes ocupados por unidades uniresidenciais (casas) de alto padrão socioeconômico. OCUPAÇÃO PREDOMINANTEMENTE VERTICAL – Tipologia de ocupação do solo cujo padrão de assentamento é caracterizado pela predominância de edifícios de apartamentos ou de edifícios comerciais e de serviços com cinco pavimentos ou mais. Corresponde às áreas residenciais de ocupação vertical mais antiga (com altas taxas de ocupação) e áreas comerciais centrais. OCUPAÇÃO RAREFEITA – Tipologia de ocupação do solo típica de áreas não urbanas ou de transição entre áreas urbanas, caracterizada pela predominância de sítios e chácaras de lazer, mas incluindo também pequenas aglomerações residenciais em ambientes rurais. ONDA – Distúrbio que se move sobre a superfície ou através de um meio com uma velocidade condiciona pelas propriedades do meio. P PLANÍCIE DE DEFLAÇÃO – Superfície relativamente plana entre as bermas e o sopé das dunas, modelada pelo vento que retira areia para formar as dunas. Pode ser 159
  • 160. escavada pelos corredores preferenciais de deflação. Neste caso pode mostrar depressões como as bacias de deflação. PRAIA – Uma zona de material inconsolidado que se estende em direção ao continente desde a linha inferior da água, até o local onde há uma mudança marcante na natureza do material ou forma da fisiografia ou da linha de vegetação permanente. PRESERVAÇÃO AMBIENTAL - Ação de proteger, contra a destruição e qualquer forma de dano ou degradação, um ecossistema, uma área geográfica definida ou espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção, adotando-se as medidas preventivas legalmente necessárias e as medidas de vigilância adequadas. R RECURSOS NATURAIS - São as riquezas naturais, como a terra, água, materiais de construção, reservas minerais, fauna e flora.(Buarque de Holanda, 1986): Fontes de riquezas materiais que existem em estado natural, tais como florestas, reservas minerais, etc. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA – Ação voltada para incluir as ocupações irregulares no contexto da “cidade legal”, com o objetivo de garantir a proteção jurídica da posse dos moradores e a adequação dos índices urbanísticos. A Regularização Fundiária envolve também ações de urbanização e melhoria de infra-estrutura nas comunidades trabalhadas. S SALINIDADE – Medida da quantidade de sais dissolvidos na água do mar. É a quantidade total de sólidos dissolvidos na água do mar em parte por mil (o/oo) em peso após todo o carbonato ter sido transformado em óxido, brometo e iodeto, em cloreto, e todas as matérias org6anicas oxidadas. É normalmente calcula através de condutividade, índice de refração, ou clorinidade. T TAXA DE PERMEABILIDADE – Índice que corresponde à capacidade do solo em absorver água. Áreas com baixo nível de permeabilidade correm maiores risco de inundações. TIPOLOGIA HABITACIONAL – Característica das construções de moradia (alvenaria, taipa, barro batido, etc). U UNIDADE DE CONSERVAÇÃO - Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. URBANIZAÇÃO - Difusão da influência dos centros urbanos para a zona interior rural. Aparecimento de traços ou características urbanas numa população não urbana. USO DO SOLO - É a avaliação econômica para se ter idéia do potencial agrícola da região, que leva em conta a fertilidade, localização, de transporte, de mercado, água para irrigação, pecuária, situação, a intensidade real do uso produtivo do solo utilizado, etc. Z ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS) – Área autorizada por lei municipal com destinação predominante para moradia e índices mais flexíveis de ocupação, permitindo a construção de casas de tamanho menor do que o normalmente permitido nas demais áreas da cidade. A gestão das ZEIS é realizada através de um conselho com participação obrigatória da população residente na área. 160
  • 161. ANEXO VII Acrônimos / Abreviaturas AMIS - Associação dos Amigos da Sabiaguaba AMPI - Associação dos Moradores da Praia de Iracema APA - Áreas de Proteção Ambiente. APP - Área de Preservação Permanente ASMOFAN - Associação dos Moradores do Serveluz BNB - Banco do Nordeste do Brasil BNDS - Banco Nacional de Desenvolvimento Social CAGECE - Companhia de Águas e Esgoto do Ceará CEF - Caixa Econômica Federal CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará COEMA - Conselho Estadual de Meio Ambiente COMAM- Conselho Municipal do Meio Ambiente CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral FEPECE - Federação dos Pescadores do Estado do Ceará FMCP - Federação do Movimento Comunitário do Pirambu. FUNCEME - Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos FUNDEMA - Fundo Municipal do Meio Ambiente GERCO-CE - Gerenciamento Costeiro do Ceará GRPU - Gerência Regional do Patrimônio da União HABITAFOR - Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LABOMAR – Instituto de Ciências do Mar MAVGA - Movimento em Defesa da Vida MCP - Movimento dos conselhos Popular MMA - Ministério do Meio Ambiente MPCE - Ministério Público do Ceará MPF - Ministério Público Federal MP- Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão OP - Orçamento Participativo OAB - Ordem dos Advogados do Brasil OABCE - Ordem dos Advogados do Ceará ONGs - Organizações não Governamentais PMF - Prefeitura Municipal de Fortaleza PNGS - Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro PRODEMA - Programa de desenvolvimento e Meio Ambiente PRODETUR - Programa de Desenvolvimento do Turismo PROURB - Programa Nacional de Urbanização PPA - Plano Plurianual SANEAR - Plano Nacional de Saneamento Básico SDLR - Secretária do Desenvolvimento Regional e Local SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEINF – Secretaria da Infra-Estrutura e Desenvolvimento Urbano SEINFRA - Secretaria da Infra-estrutura SEMACE - Superintendência Estadual de Meio Ambiente SEMAM - Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano SEPLA - Secretaria do Planejamento e Gestão SER - Secretarias Executiva Regional SETUR – Secretaria do Turismo 161
  • 162. SOMA - Secretaria da Ouvidoria Geral e do Meio Ambiente SPU - Secretaria do Patrimônio da União SQA - Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos UECE - Universidade Estadual do Ceará UFC - Universidade Federal do Ceará ZEE - Zoneamento Ecológico Econômico ZEEC - Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro 162
  • 163. ANEXO VIII - Cartas topográficas por Unidades e Trechos. (Fonte: SEINF). 163
  • 164. 164
  • 165. 165
  • 166. 166
  • 167. 167
  • 168. 168
  • 169. 169
  • 170. 170
  • 171. 171
  • 172. 172
  • 173. 173
  • 174. 174