REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DEPRESSÃO
AUTOR: MICAELA MENDES
LUANDA/2024
1.INTRODUÇÃO
A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais
comuns. De acordo com a Organização Mundial da Saúde,
a depressão é um dos principais problemas de saúde no
mundo desenvolvido.
Estima-se que uma em cada quatro mulheres e um
em cada dez homens possam ter crises de depressão em
alguma fase da sua vida e as crianças também podem ser
afetadas.
2.OBEJECTIVO DA PESQUISA
Nenhum pesquisador poderá ter êxitos no seu trabalho, se não traçar as
metas a atingir. Sendo assim, para o estudo que pretendemos realizar, formulamos
os seguintes objectivos:
2.1. Geral:
Compreender a Depressão.
2.2. Específicos:
Descrever os seguintes subtemas:
• Causas;
• Sinais e Sintomas;
• Tipos;
• Tratamento.
3.FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
3.1.Definições de conceitos
A depressão é definida como um estado subjectivo interno de “tristeza” ou
“infelicidade” acompanhado por pensamentos negativos acerca de si próprio, do seu passado e
futuro. E de sintomas físicos que, em conjunto, limitam o funcionamento habitual,
profissional, social, interpessoal, etc. No entanto, a maioria de nós pode sentir-se triste às
vezes, porém pode não significar que esteja a sofrer de depressão.
3.2.Causcas
Um acontecimento negativo na vida, como a perda de um ente querido, o desemprego,
uma doença somática grave, bem como stress grave ou prolongado, pode desencadear um
episódio depressivo, mas, algumas vezes, a depressão pode ocorrer na ausência de uma causa
evidente. Outros factores em interacção contribuem para o aparecimento e persistência da
depressão, incluindo factores genéticos, alterações dos níveis hormonais, determinadas
condições médicas, stress, luto ou circunstâncias difíceis da vida.
A depressão é biopsicossocial e o seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Isto
significa que, para explicar o desenvolvimento da depressão, é preciso ter em conta a
interacção de factores biológicos, psicológicos e sociais.
3.3.Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de depressão mais comuns são:
 Humor persistentemente triste, ansioso, irritável, de ‘vazio’ ou tédio;
 Perda de interesse em actividades que antes eram desejadas e agradáveis;
 Fadiga e baixo nível de energia;
 Perda de apetite com perda de peso ou comer demasiado com ganho de peso;
 Alterações do sono como a insónia ou hipersónia;
 Perda da expressão emocional;
 Sentimentos de desesperança, pessimismo, culpa, inutilidade, ou desamparo;
 Isolamento social;
 Dificuldade de concentração, de memória, tomada de decisões;
 Agitação ou lentificação motora;
 Problemas físicos persistentes como dores de cabeça persistentes, queixas
digestivas, etc;
 Pensamentos sobre a morte, ideias de suicídio, tentativas de suicídio ou auto-
mutilação.
3.4.Diagnóstico
O diagnóstico de “depressão” ou “episódio depressivo” é feito quando um certo número
de sintomas estão presentes ao longo de um período de pelo menos duas semanas.
Dependendo da quantidade e intensidade dos sintomas podemos distinguir vários tipos de
depressão: depressão leve, moderada e grave.
3.5.Factores de riscos
Os factores de risco que nos tornam mais vulnerável à depressão incluem:
 Acontecimentos de vida traumáticos: perda de um ente querido, fim de uma relação
significativa, acontecimentos stressantes;
 Dificuldades de longa duração: dificuldades financeiras, pobreza, ser cuidador de
pessoa incapacitada, etc;
 Isolamento: viver sem contactos sociais como família e/ou amigos;
 Histórico pessoal e/ou familiar de depressão;
 Doenças físicas, dores crónicas e medicamentos;
 Características da personalidade;
 Problemas conjugais ou relacionais, situações de abuso físico, psicológico e privação,
abandono ou negligência de cuidados parentais;
 Gravidez, parto, menopausa;
 Abuso de substâncias, como álcool e cannabis nos adolescentes;
 Perturbações do sono e vigília.
Depressão em Homens:
Normalmente, estão menos atentos às suas emoções. Como resposta apresentam
alguns sinais que podem incluir: fadiga, irritabilidade, problemas de sono e perda de
interesse no trabalho e hobbies. Pode ainda incluir: raiva, agressão, comportamento
imprudente e abuso de substâncias.
Depressão em Mulheres:
Podem expressar sinais como: culpa, sono excessivo, comer demasiado e ganho de
peso. Uma das causas pode ser devida a factores hormonais durante o período, gravidez
e menopausa.
Depressão na adolescência:
Caracterizada por emoções como: irritabilidade e raiva. A tristeza, habitualmente,
não se assume como emoção principal. Podem ter sintomas como: dores de cabeça,
dores de estômago ou outras dores físicas.
Depressão em idosos:
Demonstram sinais como: fadiga, dores inexplicáveis e problemas de memória.
Eles também podem negligenciar o auto-cuidado e parar de tomar medicamentos
essenciais para a sua saúde.
3.6.Subtipos de depressão
Episódio Depressivo
A forma mais comum e típica de depressão é o episódio depressivo. Um episódio
depressivo simples ocorre ao longo de semanas a anos, manifestando-se através de uma
combinação de sintomas, mas sempre com uma duração superior a duas semanas. Os episódios
depressivos simples são descritos como unipolares.
Perturbação Depressiva Recorrente ou Depressão Major
Quando um episódio depressivo se repete, falamos de perturbação depressiva
recorrente ou perturbação depressiva major. Esta inicia-se habitualmente durante a adolescência
ou no início da idade adulta. Cerca de 50% das depressões major têm início até aos 26 anos de
idade. Os indivíduos com este tipo de depressão recorrente experienciarão fases depressivas, que
podem durar meses ou anos, intercaladas por fases de humor normal.
Distimia
A distimia é caracterizada por sintomas mais ligeiros e menos evidentes em
comparação com um episódio depressivo ou depressão recorrente. Porém, a perturbação é
persistente e os sintomas prolongam-se durante muito mais tempo, pelo menos dois anos, por
vezes décadas. Razão pela qual está perturbação também é chamada “depressão crónica”. A
perturbação é unipolar e afecta o funcionamento, mas é menos incapacitante.
Depressão Bipolar tipo I
Este tipo de depressão ocorre na perturbação bipolar, a qual anteriormente era
conhecida por doença maníaco-depressiva, e é menos comum que a depressão unipolar.
Esta doença envolve uma alternância entre fases depressivas, fases de humor normal e as
chamadas “fases maníacas”. As fases maníacas são caracterizadas por um humor eufórico
excessivo, associado a hiperactividade, inquietação e necessidade reduzida de dormir.
Depressão Bipolar tipo II ou do Espectro Bipolar
Mais parecida com uma perturbação depressiva recorrente do que com uma
perturbação bipolar, as pessoas afectadas por uma depressão bipolar de tipo II ou do
espectro bipolar parecem apresentar, à primeira vista, apenas fases de humor triste.
Trata
Episódio Misto de Ansiedade e Depressão
Apesar de a ansiedade e os sintomas psicológicos e somáticos que a
acompanham serem características comuns da depressão, e de os sintomas depressivos
estarem frequentemente presentes nas perturbações de ansiedade, em geral é fácil
diagnosticar se a depressão é o principal problema.
Episódio Depressivo Psicótico
A depressão psicótica ou delirante é uma forma particular de episódio depressivo. A
psicose envolve a visão ou a audição de coisas irreais (alucinações) e/ou o
desenvolvimento de ideias ou crenças falsas (delírios).
Depressão Atípica
Este tipo de depressão é caracterizado por hipersensibilidade e
mudanças de humor, um apetite excessivo e hipersónia (excesso de
sono), podendo ainda ocorrer ataques de pânico. Este tipo de
depressão é ligeiro e pode ter uma natureza do espectro bipolar.
Perturbação Depressiva Sazonal
Este tipo de depressão diz-se semelhante à depressão atípica e
ocorre sazonalmente durante alterações do clima, por exemplo no
Outono ou no Inverno. Habitualmente, quando a estação que causa a
fase depressiva termina, as pessoas recuperam o seu nível de
funcionamento normal.
Perturbação Depressiva Breve Recorrente
Trata-se de uma forma ligeira e menor de depressão que pode
comprometer o funcionamento normal da pessoa. Afecta
principalmente jovens, sendo caracterizada por períodos breves de
humor deprimido ou misto (alternadamente humor deprimido e
normal). Duram tipicamente menos de duas semanas, mas de elevada
recorrência.
3.6. Prevenção
Embora não seja possível prevenir a depressão, existem alguns hábitos de vida que
pode adotar para a manutenção da sua saúde mental:
 Encontrar formas de gerir o stress e melhorar a autoestima;
 Cuidar bem de si: dormir o suficiente, adotar uma alimentação saudável e praticar
exercício físico com regularidade;
 Procurar apoio na família e amigos nas alturas mais difíceis;
 Fazer consultas de rotina com regularidade e consultar o seu médico assistente se não
se sentir bem;
 Procurar ajuda se se sentir deprimido; não espere, pois poderá pior a situação.
3.7.Tratamento
O tratamento psicológico refere-se à psicoterapia ou “terapia”, que tem vários
subtipos teóricos e clínicos. A psicoterapia pode ser aplicada isoladamente, em formas
menos graves de depressão, ou em combinação com medicação em casos mais graves
de depressão.
As intervenções sociais e ambientais que incluem a adopção de estilos de
vida saudáveis são também de extrema importância.
O tratamento psicológico é um dos outros pilares específicos do tratamento da
depressão. A psicoterapia é a forma mais comum de tratamento psicológico. Existem
dois tipos validados de psicoterapia: a terapia cognitivo-comportamental e a
psicoterapia psicodinâmica.
Terapia cognitivo-comportamental
A terapia cognitivo-comportamental (CBT – cognitive behaviour therapy) é um
tipo de terapia cuja eficácia foi comprovada no tratamento da depressão. Baseia-se na
ideia de que os sentimentos negativos provêm de pensamentos não úteis que podem
levar a comportamentos negativos numa espécie de “espiral descendente”.
Psicoterapia psicodinâmica
Ao contrário da psicanálise, este tipo de psicoterapia irá lidar, em primeira linha,
com conflitos internos atuais e com os relacionamentos do doente com terceiros. O
tratamento é realizado na posição sentada e o terapeuta e o doente mantêm contacto
visual. A abordagem do terapeuta pode ir de passiva a participativa, e à oferta de estrutura.
Normalmente, esta terapia consta de uma a duas sessões por semana. No seu
conjunto, o tratamento pode ser curto, na forma de psicoterapia interpessoal breve com
uma duração de 16-24 sessões, ou tornar-se mais prolongado, podendo atingir 50-100
sessões, ou mais.
CONCLUSÃO
A depressão afecta as emoções e sentimentos, os pensamentos e as funções do
corpo. Adoecer com depressão significa desenvolver emoções intensas e sentimentos
negativos como tristeza, fadiga, alterações no sono, perda de interesse na actividade
sexual e no peso ou apetite, ideias negativas, tais como pessimismo, baixa auto-estima,
indecisão e ideação suicida, e outros sintomas específicos.
Em geral, estes sintomas irão produzir um efeito indesejável na vida das pessoas,
por exemplo impacto negativo no bem-estar pessoal, no trabalho e nas relações
interpessoais.
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  • 1. REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA SAÚDE DEPRESSÃO AUTOR: MICAELA MENDES LUANDA/2024
  • 2. 1.INTRODUÇÃO A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais comuns. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão é um dos principais problemas de saúde no mundo desenvolvido. Estima-se que uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens possam ter crises de depressão em alguma fase da sua vida e as crianças também podem ser afetadas.
  • 3. 2.OBEJECTIVO DA PESQUISA Nenhum pesquisador poderá ter êxitos no seu trabalho, se não traçar as metas a atingir. Sendo assim, para o estudo que pretendemos realizar, formulamos os seguintes objectivos: 2.1. Geral: Compreender a Depressão. 2.2. Específicos: Descrever os seguintes subtemas: • Causas; • Sinais e Sintomas; • Tipos; • Tratamento.
  • 4. 3.FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 3.1.Definições de conceitos A depressão é definida como um estado subjectivo interno de “tristeza” ou “infelicidade” acompanhado por pensamentos negativos acerca de si próprio, do seu passado e futuro. E de sintomas físicos que, em conjunto, limitam o funcionamento habitual, profissional, social, interpessoal, etc. No entanto, a maioria de nós pode sentir-se triste às vezes, porém pode não significar que esteja a sofrer de depressão. 3.2.Causcas Um acontecimento negativo na vida, como a perda de um ente querido, o desemprego, uma doença somática grave, bem como stress grave ou prolongado, pode desencadear um episódio depressivo, mas, algumas vezes, a depressão pode ocorrer na ausência de uma causa evidente. Outros factores em interacção contribuem para o aparecimento e persistência da depressão, incluindo factores genéticos, alterações dos níveis hormonais, determinadas condições médicas, stress, luto ou circunstâncias difíceis da vida. A depressão é biopsicossocial e o seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Isto significa que, para explicar o desenvolvimento da depressão, é preciso ter em conta a interacção de factores biológicos, psicológicos e sociais.
  • 5. 3.3.Sinais e sintomas Os sinais e sintomas de depressão mais comuns são:  Humor persistentemente triste, ansioso, irritável, de ‘vazio’ ou tédio;  Perda de interesse em actividades que antes eram desejadas e agradáveis;  Fadiga e baixo nível de energia;  Perda de apetite com perda de peso ou comer demasiado com ganho de peso;  Alterações do sono como a insónia ou hipersónia;  Perda da expressão emocional;  Sentimentos de desesperança, pessimismo, culpa, inutilidade, ou desamparo;  Isolamento social;  Dificuldade de concentração, de memória, tomada de decisões;  Agitação ou lentificação motora;  Problemas físicos persistentes como dores de cabeça persistentes, queixas digestivas, etc;  Pensamentos sobre a morte, ideias de suicídio, tentativas de suicídio ou auto- mutilação.
  • 6. 3.4.Diagnóstico O diagnóstico de “depressão” ou “episódio depressivo” é feito quando um certo número de sintomas estão presentes ao longo de um período de pelo menos duas semanas. Dependendo da quantidade e intensidade dos sintomas podemos distinguir vários tipos de depressão: depressão leve, moderada e grave. 3.5.Factores de riscos Os factores de risco que nos tornam mais vulnerável à depressão incluem:  Acontecimentos de vida traumáticos: perda de um ente querido, fim de uma relação significativa, acontecimentos stressantes;  Dificuldades de longa duração: dificuldades financeiras, pobreza, ser cuidador de pessoa incapacitada, etc;  Isolamento: viver sem contactos sociais como família e/ou amigos;  Histórico pessoal e/ou familiar de depressão;  Doenças físicas, dores crónicas e medicamentos;  Características da personalidade;  Problemas conjugais ou relacionais, situações de abuso físico, psicológico e privação, abandono ou negligência de cuidados parentais;  Gravidez, parto, menopausa;  Abuso de substâncias, como álcool e cannabis nos adolescentes;  Perturbações do sono e vigília.
  • 7. Depressão em Homens: Normalmente, estão menos atentos às suas emoções. Como resposta apresentam alguns sinais que podem incluir: fadiga, irritabilidade, problemas de sono e perda de interesse no trabalho e hobbies. Pode ainda incluir: raiva, agressão, comportamento imprudente e abuso de substâncias. Depressão em Mulheres: Podem expressar sinais como: culpa, sono excessivo, comer demasiado e ganho de peso. Uma das causas pode ser devida a factores hormonais durante o período, gravidez e menopausa. Depressão na adolescência: Caracterizada por emoções como: irritabilidade e raiva. A tristeza, habitualmente, não se assume como emoção principal. Podem ter sintomas como: dores de cabeça, dores de estômago ou outras dores físicas. Depressão em idosos: Demonstram sinais como: fadiga, dores inexplicáveis e problemas de memória. Eles também podem negligenciar o auto-cuidado e parar de tomar medicamentos essenciais para a sua saúde.
  • 8. 3.6.Subtipos de depressão Episódio Depressivo A forma mais comum e típica de depressão é o episódio depressivo. Um episódio depressivo simples ocorre ao longo de semanas a anos, manifestando-se através de uma combinação de sintomas, mas sempre com uma duração superior a duas semanas. Os episódios depressivos simples são descritos como unipolares. Perturbação Depressiva Recorrente ou Depressão Major Quando um episódio depressivo se repete, falamos de perturbação depressiva recorrente ou perturbação depressiva major. Esta inicia-se habitualmente durante a adolescência ou no início da idade adulta. Cerca de 50% das depressões major têm início até aos 26 anos de idade. Os indivíduos com este tipo de depressão recorrente experienciarão fases depressivas, que podem durar meses ou anos, intercaladas por fases de humor normal. Distimia A distimia é caracterizada por sintomas mais ligeiros e menos evidentes em comparação com um episódio depressivo ou depressão recorrente. Porém, a perturbação é persistente e os sintomas prolongam-se durante muito mais tempo, pelo menos dois anos, por vezes décadas. Razão pela qual está perturbação também é chamada “depressão crónica”. A perturbação é unipolar e afecta o funcionamento, mas é menos incapacitante.
  • 9. Depressão Bipolar tipo I Este tipo de depressão ocorre na perturbação bipolar, a qual anteriormente era conhecida por doença maníaco-depressiva, e é menos comum que a depressão unipolar. Esta doença envolve uma alternância entre fases depressivas, fases de humor normal e as chamadas “fases maníacas”. As fases maníacas são caracterizadas por um humor eufórico excessivo, associado a hiperactividade, inquietação e necessidade reduzida de dormir. Depressão Bipolar tipo II ou do Espectro Bipolar Mais parecida com uma perturbação depressiva recorrente do que com uma perturbação bipolar, as pessoas afectadas por uma depressão bipolar de tipo II ou do espectro bipolar parecem apresentar, à primeira vista, apenas fases de humor triste. Trata Episódio Misto de Ansiedade e Depressão Apesar de a ansiedade e os sintomas psicológicos e somáticos que a acompanham serem características comuns da depressão, e de os sintomas depressivos estarem frequentemente presentes nas perturbações de ansiedade, em geral é fácil diagnosticar se a depressão é o principal problema. Episódio Depressivo Psicótico A depressão psicótica ou delirante é uma forma particular de episódio depressivo. A psicose envolve a visão ou a audição de coisas irreais (alucinações) e/ou o desenvolvimento de ideias ou crenças falsas (delírios).
  • 10. Depressão Atípica Este tipo de depressão é caracterizado por hipersensibilidade e mudanças de humor, um apetite excessivo e hipersónia (excesso de sono), podendo ainda ocorrer ataques de pânico. Este tipo de depressão é ligeiro e pode ter uma natureza do espectro bipolar. Perturbação Depressiva Sazonal Este tipo de depressão diz-se semelhante à depressão atípica e ocorre sazonalmente durante alterações do clima, por exemplo no Outono ou no Inverno. Habitualmente, quando a estação que causa a fase depressiva termina, as pessoas recuperam o seu nível de funcionamento normal. Perturbação Depressiva Breve Recorrente Trata-se de uma forma ligeira e menor de depressão que pode comprometer o funcionamento normal da pessoa. Afecta principalmente jovens, sendo caracterizada por períodos breves de humor deprimido ou misto (alternadamente humor deprimido e normal). Duram tipicamente menos de duas semanas, mas de elevada recorrência.
  • 11. 3.6. Prevenção Embora não seja possível prevenir a depressão, existem alguns hábitos de vida que pode adotar para a manutenção da sua saúde mental:  Encontrar formas de gerir o stress e melhorar a autoestima;  Cuidar bem de si: dormir o suficiente, adotar uma alimentação saudável e praticar exercício físico com regularidade;  Procurar apoio na família e amigos nas alturas mais difíceis;  Fazer consultas de rotina com regularidade e consultar o seu médico assistente se não se sentir bem;  Procurar ajuda se se sentir deprimido; não espere, pois poderá pior a situação. 3.7.Tratamento O tratamento psicológico refere-se à psicoterapia ou “terapia”, que tem vários subtipos teóricos e clínicos. A psicoterapia pode ser aplicada isoladamente, em formas menos graves de depressão, ou em combinação com medicação em casos mais graves de depressão. As intervenções sociais e ambientais que incluem a adopção de estilos de vida saudáveis são também de extrema importância.
  • 12. O tratamento psicológico é um dos outros pilares específicos do tratamento da depressão. A psicoterapia é a forma mais comum de tratamento psicológico. Existem dois tipos validados de psicoterapia: a terapia cognitivo-comportamental e a psicoterapia psicodinâmica. Terapia cognitivo-comportamental A terapia cognitivo-comportamental (CBT – cognitive behaviour therapy) é um tipo de terapia cuja eficácia foi comprovada no tratamento da depressão. Baseia-se na ideia de que os sentimentos negativos provêm de pensamentos não úteis que podem levar a comportamentos negativos numa espécie de “espiral descendente”. Psicoterapia psicodinâmica Ao contrário da psicanálise, este tipo de psicoterapia irá lidar, em primeira linha, com conflitos internos atuais e com os relacionamentos do doente com terceiros. O tratamento é realizado na posição sentada e o terapeuta e o doente mantêm contacto visual. A abordagem do terapeuta pode ir de passiva a participativa, e à oferta de estrutura. Normalmente, esta terapia consta de uma a duas sessões por semana. No seu conjunto, o tratamento pode ser curto, na forma de psicoterapia interpessoal breve com uma duração de 16-24 sessões, ou tornar-se mais prolongado, podendo atingir 50-100 sessões, ou mais.
  • 13. CONCLUSÃO A depressão afecta as emoções e sentimentos, os pensamentos e as funções do corpo. Adoecer com depressão significa desenvolver emoções intensas e sentimentos negativos como tristeza, fadiga, alterações no sono, perda de interesse na actividade sexual e no peso ou apetite, ideias negativas, tais como pessimismo, baixa auto-estima, indecisão e ideação suicida, e outros sintomas específicos. Em geral, estes sintomas irão produzir um efeito indesejável na vida das pessoas, por exemplo impacto negativo no bem-estar pessoal, no trabalho e nas relações interpessoais.