Problemática da Promoção
das Aprendizagens
4º Ciências de Educação
Docente: Rosângela Varela
Segundo Cruz e Stefanini (1998), dificuldade de aprendizagem (DA) é
um termo geral que se refere a um grupo heterogéneo de
transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na
aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou
habilidades matemáticas. Esses transtornos são intrínsecos ao
indivíduo, supondo-se devido ao sistema nervoso central, e podem
ocorrer ao longo do ciclo vital. Podem existir, junto com as
dificuldades de aprendizagem, problemas na conduta de auto-
regulação, percepção social e interação social, mas não constituem,
por si próprias, uma dificuldade de aprendizagem.
Desta forma, as dificuldades de aprendizagem se apresentam na
escrita, na leitura, no cálculo, na ortografia, no raciocínio dentre
outros aspectos que fazem parte da vida escolar e são inerentes aos
alunos já que elas se acentuam durante a vida escolar ou por
desenvolvimento (a criança já nasce com esse problema) ou
adquirem durante algum momento da vida (acidentes, AVC).
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Correia (2004) afirma que a compreensão do que venha a ser as
dificuldades de aprendizagem surgiu da necessidade de entender a
razão pela qual alguns alunos, ditos normais, apresentavam
diariamente insucesso escolar especificamente na leitura, escrita e
cálculo.
PASSADO E O PRESENTE DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Passado das Didificuldades de Aprendizagem através da
apresentação dos conceitos e teorias de alguns dos pioneiros mais
representativos.
As concepções iniciais tendiam para uma visão unidimensional, de
que são exemplo os modelos psiquiátricos, psicométricos,
neuropsicológicos, pedagogizantes ou socializantes exclusivistas.
Dentro destes podemos destacar as teorias de organização
neurológica (Doman e Delaeato 1954, Zucman 1960, etc. ), as
teorias de dominância hemisférica (Orton 1931), as teorias
perceptivas (Bender 1957, Frostig 1966, Cruickshank 1931, 1972,
Wepman 1969, etc. ). Estas teorias focam apenas um aspecto das
Dificuldades de Aprendizagem com exclusão de outras abordagens.
É óbvio que tais concepções estão inequivocadamente marcadas
pela sua limitação disciplinar.
PASSADO E PRESENTE ADS DIFUCLDADES DE APRENDIZAGEM
Os estudos de Hallahan e Kauffman 1973, Myers e Hammill 1976,
McCarthy e McCarthy 1969, Jonhson e Myklebust 1967, e de
outros, evidenciam claramente a heterogeneidade da população
das crianças com dificuldade de aprendizagem.
O modelo das teorias unidimensionais não respeita a interacção
que está contida no conceito das DA (Dificuldades de
Aprendizagem), na qual as condições internas (neurobiológicas) e
as condições externas (socioculturais) desempenham funções
dialécticas (psicoemocionais) que estão em jogo na aprendizagem
humana
Na aprendizagem humana, os factores psicobiológicos internos (da
criança) encontram-se, permanente e dialecticamente, em
interacção com os factores situacionais externos (da escola, do
professor, etc. )
Segundo Jeanne S. Chall 1979, o cenário anterior a 1950 e até 1960
nos Estados Unidos, era marcada pelo modelo psicométrico (medir o
quoficiente inteletual QI), negligenciavam fatores externos como
uma inadequada intervenção do professor. Muito menos se fazia
referência a perspectivas de informação ou às perspectivas neuro e
psicolinguísticas.
Mas investigadores como Werner, demostrou a ineficácia do modelo
psicométrico, demostrando que é preciso ir mais além dos resultados
nos testes estandardizados (Medir as capacidades) não basta
quantificar (quocientizar); é necessário analisar os processos mentais
e os processos de assimilação, conservação e utilização da
informação que estão por detrás dos resultados que a criança atinge
nos testes., ou seja é importante considerar o desenvolvimento da
criança.
Strauss e Werner, há mais de 40 anos, já preconizavam uma análise
funcional na abordagem psicológica e educacional da criança
deficiente mental
De acordo com estes aspectos, e segundo os mesmos autores, não
basta preocuparmo-nos com o resultado num teste ou num subteste,
mais sim preocuparmo-nos com como a criança realizou e atingiu tal
resultado. Em complemento, o que é evidente e importante no
diagnóstico são as situações críticas que evidenciam determinados
distúrbios funcionais.
O alcance psicopedagógico desta dimensão é notável, principalmente
pelo que se pode retirar guanto à planificação educacional a
prescrever. “Cada criança deve ser avaliada nas suas possibilidades ou
facilidades (abilities) e nas suas dificuldades (disabilities)” daqui
podemos organizar métodos, técnicas, materiais e processos que
terão de ajustar às necessidades educacionais (perceptivas,
linguísticas, simbólicas e cognitivas) específicas das crianças.
Perspectiva perceptivo-motora das Dificuldades de Aprendizagem
William Cruickshank, Newell Kephart, Gerald Getman, Ray Barsch,
Marianne Frostig, Glenn Doman e Carl Delacato
Estes sete autores, são reconhecidos como os defensores das teorias
perceptivo-motoras no campo das DA.
Essa perpetiva defendia que as aquisições evidenciam a hierarquia e
a interacção entre os processos sensóriomotores e os processos
perceptivo- motores, naturalmente pondo em relevo o papel da
estimulação precoce e das oportunidades de aprendizagem no
desenvolvimento intelectual posterior.
Defende que a percepção é indissociável da resposta motora - não
podemos pensar em actividade perceptiva e em actividade motora
como dois aspectos diferentes
PERPECTIVAS DA LINGUAGEM
Constatou-se historicamente, numa análise crítica, que pouca
atenção se tinha dedicado aos problemas da linguagem, sabendo-se
que é hoje inegável o papel da linguagem no desenvolvimento global
da criança, como é indubitável a relevância das funções receptivas e
expressivas da linguagem na compreensão das DA.
E incontestável que os problemas de linguagem (compreensão
auditiva, fala, leitura e escrita) se encontram envolvidos
preferencialmente no âmbito das DA.
A evolução da linguagem na criança começa a partir das lalações,
desenvolvendo-se à medida que o mecanismo motor da fala se
vai integrando com os centros auditivos, a fim de produzir ecos
dos sons vocais dos outros (ecolalias), sem se dar, todavia, a
compreensão da sua significação. Mais tarde, a associação de
sons a objectos ou ideias que os representam vai-se operando em
paralelo com a expansão do vocabulário, desde os nomes até às
frases, passando pelos verbos.
Essa abordagem defende que atrasos ou défices na aquisição e
desenvolvimento da linguagem, repercutirá em atrasos na
maturação e desenvolvimento harmonioso da criança, estando
assim nas origens das dificuldades de aprendizagem

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  • 1. Problemática da Promoção das Aprendizagens 4º Ciências de Educação Docente: Rosângela Varela
  • 2. Segundo Cruz e Stefanini (1998), dificuldade de aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo heterogéneo de transtornos que se manifestam por dificuldades significativas na aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Esses transtornos são intrínsecos ao indivíduo, supondo-se devido ao sistema nervoso central, e podem ocorrer ao longo do ciclo vital. Podem existir, junto com as dificuldades de aprendizagem, problemas na conduta de auto- regulação, percepção social e interação social, mas não constituem, por si próprias, uma dificuldade de aprendizagem. Desta forma, as dificuldades de aprendizagem se apresentam na escrita, na leitura, no cálculo, na ortografia, no raciocínio dentre outros aspectos que fazem parte da vida escolar e são inerentes aos alunos já que elas se acentuam durante a vida escolar ou por desenvolvimento (a criança já nasce com esse problema) ou adquirem durante algum momento da vida (acidentes, AVC).
  • 3. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Correia (2004) afirma que a compreensão do que venha a ser as dificuldades de aprendizagem surgiu da necessidade de entender a razão pela qual alguns alunos, ditos normais, apresentavam diariamente insucesso escolar especificamente na leitura, escrita e cálculo.
  • 4. PASSADO E O PRESENTE DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Passado das Didificuldades de Aprendizagem através da apresentação dos conceitos e teorias de alguns dos pioneiros mais representativos. As concepções iniciais tendiam para uma visão unidimensional, de que são exemplo os modelos psiquiátricos, psicométricos, neuropsicológicos, pedagogizantes ou socializantes exclusivistas. Dentro destes podemos destacar as teorias de organização neurológica (Doman e Delaeato 1954, Zucman 1960, etc. ), as teorias de dominância hemisférica (Orton 1931), as teorias perceptivas (Bender 1957, Frostig 1966, Cruickshank 1931, 1972, Wepman 1969, etc. ). Estas teorias focam apenas um aspecto das Dificuldades de Aprendizagem com exclusão de outras abordagens. É óbvio que tais concepções estão inequivocadamente marcadas pela sua limitação disciplinar.
  • 5. PASSADO E PRESENTE ADS DIFUCLDADES DE APRENDIZAGEM Os estudos de Hallahan e Kauffman 1973, Myers e Hammill 1976, McCarthy e McCarthy 1969, Jonhson e Myklebust 1967, e de outros, evidenciam claramente a heterogeneidade da população das crianças com dificuldade de aprendizagem. O modelo das teorias unidimensionais não respeita a interacção que está contida no conceito das DA (Dificuldades de Aprendizagem), na qual as condições internas (neurobiológicas) e as condições externas (socioculturais) desempenham funções dialécticas (psicoemocionais) que estão em jogo na aprendizagem humana Na aprendizagem humana, os factores psicobiológicos internos (da criança) encontram-se, permanente e dialecticamente, em interacção com os factores situacionais externos (da escola, do professor, etc. )
  • 6. Segundo Jeanne S. Chall 1979, o cenário anterior a 1950 e até 1960 nos Estados Unidos, era marcada pelo modelo psicométrico (medir o quoficiente inteletual QI), negligenciavam fatores externos como uma inadequada intervenção do professor. Muito menos se fazia referência a perspectivas de informação ou às perspectivas neuro e psicolinguísticas. Mas investigadores como Werner, demostrou a ineficácia do modelo psicométrico, demostrando que é preciso ir mais além dos resultados nos testes estandardizados (Medir as capacidades) não basta quantificar (quocientizar); é necessário analisar os processos mentais e os processos de assimilação, conservação e utilização da informação que estão por detrás dos resultados que a criança atinge nos testes., ou seja é importante considerar o desenvolvimento da criança.
  • 7. Strauss e Werner, há mais de 40 anos, já preconizavam uma análise funcional na abordagem psicológica e educacional da criança deficiente mental De acordo com estes aspectos, e segundo os mesmos autores, não basta preocuparmo-nos com o resultado num teste ou num subteste, mais sim preocuparmo-nos com como a criança realizou e atingiu tal resultado. Em complemento, o que é evidente e importante no diagnóstico são as situações críticas que evidenciam determinados distúrbios funcionais. O alcance psicopedagógico desta dimensão é notável, principalmente pelo que se pode retirar guanto à planificação educacional a prescrever. “Cada criança deve ser avaliada nas suas possibilidades ou facilidades (abilities) e nas suas dificuldades (disabilities)” daqui podemos organizar métodos, técnicas, materiais e processos que terão de ajustar às necessidades educacionais (perceptivas, linguísticas, simbólicas e cognitivas) específicas das crianças.
  • 8. Perspectiva perceptivo-motora das Dificuldades de Aprendizagem William Cruickshank, Newell Kephart, Gerald Getman, Ray Barsch, Marianne Frostig, Glenn Doman e Carl Delacato Estes sete autores, são reconhecidos como os defensores das teorias perceptivo-motoras no campo das DA. Essa perpetiva defendia que as aquisições evidenciam a hierarquia e a interacção entre os processos sensóriomotores e os processos perceptivo- motores, naturalmente pondo em relevo o papel da estimulação precoce e das oportunidades de aprendizagem no desenvolvimento intelectual posterior. Defende que a percepção é indissociável da resposta motora - não podemos pensar em actividade perceptiva e em actividade motora como dois aspectos diferentes
  • 9. PERPECTIVAS DA LINGUAGEM Constatou-se historicamente, numa análise crítica, que pouca atenção se tinha dedicado aos problemas da linguagem, sabendo-se que é hoje inegável o papel da linguagem no desenvolvimento global da criança, como é indubitável a relevância das funções receptivas e expressivas da linguagem na compreensão das DA. E incontestável que os problemas de linguagem (compreensão auditiva, fala, leitura e escrita) se encontram envolvidos preferencialmente no âmbito das DA.
  • 10. A evolução da linguagem na criança começa a partir das lalações, desenvolvendo-se à medida que o mecanismo motor da fala se vai integrando com os centros auditivos, a fim de produzir ecos dos sons vocais dos outros (ecolalias), sem se dar, todavia, a compreensão da sua significação. Mais tarde, a associação de sons a objectos ou ideias que os representam vai-se operando em paralelo com a expansão do vocabulário, desde os nomes até às frases, passando pelos verbos. Essa abordagem defende que atrasos ou défices na aquisição e desenvolvimento da linguagem, repercutirá em atrasos na maturação e desenvolvimento harmonioso da criança, estando assim nas origens das dificuldades de aprendizagem