UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
            ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO




       PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS
                          SIBiUSP




                 Bárbara de Brito e Caparroz
                    Fabiana Alves Costa
                  Fabio Henrique de Souza
                 Fernanda Vofchuk Markus
                Jaqueline Bragatti de Oliveira
                   Tamires Valuta Barussi




                         São Paulo
                            2012
AGÊNCIA SPIN
Projeto Experimental para o SIBiUSP;
Orientadoras Profª. Drª. MyrlaFonsie Profª. Drª. Valéria Siqueira Castro Lopes;
São Paulo, ECA USP, 2012.


Projeto Experimental de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação
Social com ênfase em Relações Públicas) –
Universidade de São Paulo; São Paulo, 2012.


   1.Relações Públicas    2. Projeto Experimental    3. SIBiUSP
   4. Bibliotecas   5. Planejamento de Comunicação
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
            ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO




       PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS
                        SIBiUSP




                                               Bárbara de Brito e Caparroz
                                                        Fabiana Alves Costa
                                                 Fabio Henrique de Souza
                                                 Fernanda Vofchuk Markus
                                             Jaqueline Bragatti de Oliveira
                                                      Tamires Valuta Barussi




                      Trabalho     apresentado    à    disciplina   de   Projeto
                      Experimental de Relações Públicas como requisito
                      parcial à conclusão do curso de Relações Públicas
                      na   Escola      de   Comunicações        e   Artes,   da
                      Universidade de São Paulo.
                                                         Profª. Drª. MyrlaFonsi
                                  Profª. Drª. Valéria de Siqueira Castro Lopes




                       São Paulo
                           2012
Bárbara de Brito e Caparroz
                                   Fabiana Alves Costa
                              Fabio Henrique de Souza
                              Fernanda Vofchuk Markus
                            Jaqueline Bragatti de Oliveira
                               Tamires Valuta Barussi




                     PROJETO EXPERIMENTAL
                     DE RELAÇÕES PÚBLICAS
                                       SIBiUSP


                                                             Aprovado em: __/__/___.
                                                             Nota: ________________


BANCA EXAMINADORA




______________________________________________

Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias


______________________________________________
Prof. Drª. Myrla Fonsi


______________________________________________
Prof. Drª. Nair Yumiko Kobashi


______________________________________________
Anderson Santana (SIBiUSP)
                                       São Paulo
                                          2012
Aos nossos familiares, amigos e professores, que
nos auxiliaram e incentivaram durante a elaboração
deste projeto acadêmico.
RESUMO


         Este trabalho de projeto experimental foi realizado com o intuito de treinar os
alunos que em breve serão recém-formados no mercado de trabalho em como
realizar um Planejamento de Relações Públicas na prática.
         O trabalho propõe ações de comunicação para a organização denominada
Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP),
pertencente ao setor de Educação, mais especificamente o Ensino Superior, no
segmento de Bibliotecas. Essa organização se dedica a integrar e organizar as
bibliotecas da Universidade de São Paulo (USP) e também a promover o
conhecimento.
         Através das informações levantadas, os dados secundários, análises e
pesquisa, foi possível criar um planejamento estratégico em comunicação para a
organização, baseado em aspectos positivos a serem reforçados e aspectos
negativos a serem melhorados, além de oportunidades e ameaças em seu cenário
atual.
         Desse modo, as ações propostas pela Agência Spin, agência experimental
criada por alunos do curso de Relações Públicas da USP, têm o objetivo de
aperfeiçoar a imagem percebida da organização, criar e manter um relacionamento
saudável com seus usuários potenciais além de fortalecer a marca.


Palavras-chave: Biblioteca; comunicação; imagem; marca; usuários; relações
públicas.
ABSTRACT


       This experimental work was done in order to train students who will soon
graduate in the labor market to perform a Public Relations Planein practice.
       The paper proposes communication actions for the organization called
Integrated Library System of the University of São Paulo (SIBiUSP),which belongs to
the sector of education, specifically higher education, in the segment of Libraries. It
dedicates to integrate and organize the libraries of the University of São Paulo (USP)
and also promote knowledge.
       Through the information gathered, secondary data, analysis and research, it
was possible to create a communicationstrategic plan for the organization, based on
the positive and negative aspects which need to be strengthened and improved, as
well as opportunities and threats in its current scenario.
       Being so, the actions proposed by the SpinAgency, experimental agency
created by students of Public Relations of USP, aim to improve the perceived image
of the organization, creating and maintaining a healthy relationship with its potential
users and strengthening the brand.


Keywords: Library;communication; image; brand; users; public relations.
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
1    AGÊNCIA SPIN COMUNICAÇÃO ......................................................................... 12
    1.1   Nosso Perfil ........................................................................................................... 12
    1.2   Setor de Atuação ................................................................................................... 12
    1.3   Nosso Conceito ..................................................................................................... 12
    1.4   Nossos Serviços.................................................................................................... 13
    1.5   Princípios Organizacionais................................................................................... 13
    1.6   A marca Spin ......................................................................................................... 14
    1.7   Nossa Papelaria..................................................................................................... 15
2    BRIEFING............................................................................................................. 17
    2.1   Contatos................................................................................................................. 18
    2.2   História ................................................................................................................... 19
      2.2.1. Linha do Tempo .................................................................................................. 20
    2.3   Estrutura Organizacional e Administrativa.......................................................... 23
    2.4   Perfil Organizacional ............................................................................................. 28
    2.5   Identidade Visual da Organização........................................................................ 32
    2.6   Considerações Gerais........................................................................................... 35
3    ANÁLISE ESTRATÉGICA..................................................................................... 37
    3.1   Análise setorial ...................................................................................................... 37
      3.1.1     Panorama Geral do Ensino Superior................................................................. 38
      3.1.2     Amplitude e crescimento da pesquisa e pós-graduação no Brasil ..................... 42
      3.1.3 Rankings internacionais em Educação Superior: classificações da USP e do
      Brasil 43
      3.1.4     O SIBi e o Ensino Superior – Posicionamento da organização no setor............ 45
      3.1.5     A concorrência no setor público – O SIBiUSP e os concorrentes parceiros ...... 47
      3.1.6     Benchmarking ................................................................................................... 49
      3.1.6.2 Análise sobre práticas de comunicação do SIBi e seus parceiros ..................... 55
      3.1.6.3 Columbia University .......................................................................................... 57
      3.1.6.4 University of Cambridge .................................................................................... 60
      3.1.7     Públicos ............................................................................................................ 63
      3.1.7.1 Classificação dos públicos ................................................................................ 65
    3.2   ANÁLISE MACROAMBIENTE ................................................................................ 67
      3.2.1     Aspectos legais que podem afetar a atuação do SIBiUSP ................................ 74
    3.3   Análise SWOT ........................................................................................................ 76
                                                                                                                                       8
3.3.1     Oportunidades .................................................................................................. 78
         3.3.2     Ameaças ........................................................................................................... 80
         3.3.3     Forças............................................................................................................... 82
         3.3.4     Fraquezas ......................................................................................................... 83
         3.3.5     Análise Cruzada................................................................................................ 84
4       PESQUISA ........................................................................................................... 88
    4.1      Problema ................................................................................................................ 88
    4.2      Objetivo Primário................................................................................................... 88
    4.3      Objetivos Secundários.......................................................................................... 88
    4.4      Metodologia ........................................................................................................... 89
    4.5      Amostra e Pressupostos de Pesquisa ................................................................. 90
    4.6      Resultados da Pesquisa ....................................................................................... 92
         4.6.1     Perfil Alunos de Graduação .............................................................................. 92
         4.6.2     Perfil Alunos de Pós-Graduação ....................................................................... 95
         4.6.3     Perfil Docentes.................................................................................................. 97
         4.6.4     Cruzamento das análises.................................................................................. 99
5 DIAGNÓSTICO .................................................................................................... 101
    5.1      Princípios Organizacionais e Estilo Administrativo.......................................... 101
    5.2      Públicos estratégicos e Posicionamento .......................................................... 104
    5.3      Produtos e serviços do SIBi ............................................................................... 106
    5.4      Comunicação ....................................................................................................... 109
6       PROGNÓSTICO – MAPA ESTRATÉGICO .......................................................... 112
7       JUSTIFICATIVA TEÓRICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS ................................................... 120
8       CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO .................................................................... 124
    8.1      DE SIBI PARA SIBI .............................................................................................. 124
    8.2      APROSIBI-SE ....................................................................................................... 151
    8.3      POS-SIBI-LIDADES .............................................................................................. 186
    8.4      Orçamento Total das Campanhas ...................................................................... 214
    8.5      Cronograma Total das Campanhas.................................................................... 214
    9     Considerações finais.............................................................................................. 215
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 220
ANEXO A - ROTEIRO DE ENTREVISTA ......................................................................... 227
ANEXO 2 – ORGANOGRAMA DO SIB I USP ............................................................. 230
ANEXO 3 – LINHA DO TEMPO SIB I USP ....................................................................... 231



                                                                                                                                         9
INTRODUÇÃO


      A dinâmica econômica atual e a emergência das novas tecnologias de
informação colocam as organizações em um cenário de constante transformação e
exigem dos profissionais de todas as áreas um olhar mais crítico e multilateral. A
comunicação, acompanhando essas novas demandas, tem se posicionado de forma
cada vez mais estratégica, trazendo novas perspectivas não só no campo acadêmico,
mas também empírico.

      Dessa forma, é fundamental que os profissionais desenvolvam, durante o seu
período acadêmico, experiências que contribuam para a construção de uma visão
mais interpretativa e que traga para a prática aspectos e conceitos estudados na
teoria. Assim, o presente Projeto Experimental de Relações Públicas é um trabalho
aplicado com fundamentação teórica e prática e que consiste no desenvolvimento de
um projeto global de Relações Públicas para uma organização específica. Este
Projeto engloba todas as fases que antecedem à elaboração do programa de
Relações Públicas propriamente dito, compreendendo também todo o embasamento
teórico, análise de cenários, pesquisa, diagnóstico, prognóstico e mapa estratégico.

       Portanto, este estudo tem o intuito de aproximar os conhecimentos adquiridos
pelos alunos do curso de Relações Públicas, da Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (ECA-USP), durante sua experiência acadêmica na
Universidade à experiência empírica. Além disso, o Projeto também teve como
objetivo desenvolver o senso crítico e analítico no sentido de estimular a compreensão
da estrutura do negócio de uma organização, incluindo o seu relacionamento com
públicos internos e externos. A conciliação dos conhecimentos acadêmicos com a
situação prática possibilitou o desenvolvimento da habilidade de planejar, organizar e
executar projetos práticos envolvendo as Relações Públicas e a Comunicação
Organizacional.

      Nos três semestres de desenvolvimento do Projeto, os alunos puderam
observar de forma prática diversos mecanismos e processos do campo da
Comunicação e das Relações Públicas que vai desde o desenvolvimento de uma
agência até a concepção de um plano de Relações Públicas para um cliente real.
O trabalho proporcionou, assim, a vivência de situações inéditas que vão ajudar a

                                                                                       10
direcionar   a     vida   acadêmica   e   profissional   dos   integrantes,   além   de,
fundamentalmente, contribuir com o conhecimento e crescimento dos mesmos.

      A Agência Spin Comunicação foi criada em agosto de 2011 e a definição do
seu escopo procurou conciliar as linhas de interesse de todos os integrantes do grupo,
ao mesmo tempo em que se aproximava de um tema considerado pertinente e que
tem recebido cada vez mais atenção no âmbito nacional e internacional: a educação e
a aquisição/transmissão de conhecimento.

      A oportunidade de trabalhar com um cliente que também pertence à
Universidade de São Paulo (USP), com o qual a Agência iniciou relacionamento no
final do ano de 2011, veio ao encontro das expectativas de trabalho do grupo e ao
desejo de contribuir, de alguma forma, com a melhoria e o desenvolvimento da
Universidade que proporcionou conhecimento não só acadêmico, mas também
empírico e pessoal. A chance de poder deixar um pouco do que foi adquirido no
período acadêmico para a própria Universidade contribui ainda mais para o
engajamento dos alunos com o Projeto.

      Durante dois semestres o presente estudo esteve focado em levantar os
principais aspectos da organização e do ambiente em que atua para propor soluções
com foco nas Relações Públicas, uma vez que a atividade deve, cada vez mais,
assumir um caráter eminentemente estratégico, próximo da liderança organizacional e
focado na sustentabilidade e na consolidação da missão, visão e dos valores
organizacionais.

      Nesse sentido, a área “(...) se respalda cada vez mais no tripé pesquisa-
comunicação-participação, ou seja, na produção de conhecimento teórico; na
reprodução desse conhecimento mediante o ensino; e na aplicação das práticas no
vínculo com o mercado profissional” (KUNSCH, 2009, p. 7). É partindo dessa
perspectiva que este Projeto Experimental vai se desenvolver, conciliando as
perspectivas teóricas e práticas das Relações Públicas e da Comunicação
Organizacional para propor soluções viáveis e que atendam às necessidades do
cliente em questão.




                                                                                      11
1     AGÊNCIA SPIN COMUNICAÇÃO


      Somos uma agência experimental formada por alunos de graduação em
Relações Públicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
(ECA – USP), que oferece serviços de assessoria em comunicação e relações
públicas para organizações de cunho educacional.




1.1   NOSSO PERFIL


      A Spin Comunicação pretende se diferenciar no mercado no qual está inserida
por atender ao segmento específico da educação. Por meio de conhecimentos
acadêmicos e práticos adquiridos ao longo da graduação dos integrantes deste grupo,
na Universidade de São Paulo, buscou-se oferecer serviço qualificado e integrado,
atendendo às necessidades específicas do campo da educação. A estrutura
consolidada e o empenho em realizar um atendimento personalizado e confiável são
fatores que destacam a agência Spin de suas concorrentes no mercado.




1.2   SETOR DE ATUAÇÃO


      O foco da agência Spin Comunicação é o setor educacional, voltando-se para
instituições de ensino superior. Esse foco foi escolhido por apresentar oportunidades
de atuação que desafiam as capacidades e habilidades dos profissionais da agência,
que visam conciliar um ramo mais conservador com ideias criativas.




1.3   NOSSO CONCEITO


      “Viver é estar em relação”. Esse é o princípio do filósofo grego Spinoza que
inspirou o conceito da Spin Comunicação, transmitindo o valor do conhecimento e os
conceitos de fluxo e afeto que se estabelece em todos os relacionamentos da
agência.

                                                                                   12
As pessoas afetam o mundo e são afetadas por ele. A agência Spin traz esse
conceito para a comunicação, atrelando aos negócios e à imagem de seus clientes a
importância dos relacionamentos, das interações e das trocas.

      O ramo educacional é o foco e o conhecimento é o valor que a agência
destaca. Assim, a Spin Comunicação se diferencia ao resgatar e consolidar a
essência institucional por meio da intelectualidade e sensibilidade.




1.4   NOSSOS SERVIÇOS


      o Reforçar o papel social da educação para a formação humana;
      o Assegurar relacionamentos saudáveis e colaborativos;
      o Avaliar a situação/contexto do cliente e reposicioná-lo no mercado se
          houver necessidade;
      o Avaliar os processos e canais de comunicação vigentes e propor
          melhorias;
      o Elaborar um plano de ação a partir do diagnóstico obtido por meio de
          pesquisa.




1.5   PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS




      MISSÃO
      “A Spin Comunicação busca desenvolver uma imagem positiva para seus
clientes por meio da construção de relacionamentos efetivos e afetivos com os seus
públicos de interesse.”


      VISÃO
      Ser reconhecida por suas soluções criativas em comunicação e em relações
públicas, que garantam o sucesso dos negócios e serviços dos clientes, agregando
valor à sua imagem.


                                                                                13
VALORES
          Excelência; Qualidade; Comprometimento; Confiança; Respeito; Criatividade; e
Dedicação.




1.6       A MARCA SPIN


          Para a construção da identidade visual da agência Spin, foram retomados
alguns pensamentos de Spinoza na voz do prof. Clóvis de Barros Filho que, em sua
interpretação, ensina:


                        A vida, para Spinoza, é entendida como uma sucessão de relações entre
                        partes do todo. Viver significa relacionar-se. A substância da vida são as
                        relações com o mundo. Relacionar-se é, por sua vez, transformar. Nós
                        transformamos o mundo e o mundo nos transforma. (VÍDEO AULA: O amor
                        II, 2011).


          Os relacionamentos e a transformação são os pontos-chave da teoria de
Spinoza para as funções da agência Spin. Entende-se que pequenas ações podem
resultar em grandes mudanças. Na natureza, vê-se a água se modificar com as
alterações de sua temperatura – ela se condensa, se liquefaz, se sublima, sem perder
sua essência. E sublimar, para quem comunica, é também enaltecer, tornar sublime,
elevar.

          Da substância da vida por Spinoza, da transformação e da sublimação foi
trazida a inspiração para o elemento visual estampado nos materiais da agência. Uma
substância que transita entre o natural e o divino, que é percebida ao observar os
estados físicos da água em transformação, que remete à sublimação, à elevação, a
um estado superior.

          Também não há como pensar na abreviação “Spin” sem nos remeter à palavra
inglesa para movimentos rápidos, girar, correr, jogar. Do movimento do spin
trouxemos para a marca a cor laranja, quente e ativa, que também significa
movimento e espontaneidade. Na comunicação visual, a cor laranja é responsável por
aumentar a atenção, é estimulante e motivadora, agindo da mesma forma que a cor
vermelha, mas com resultados um pouco mais moderados. (FARINA, M. 1990)


                                                                                                14
1.7    NOSSA PAPELARIA




Figura 1. Formas de uso da logomarca da Agência Spin Comunicação.




Figura 2. Cartão de visita Agência Spin Comunicação.




                                                                    15
Figura 3. Envelope da Agência Spin Comunicação.




                                                  16
2      BRIEFING


       O Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP)
foi criado em 1981 e é formado por 44 bibliotecas distribuídas pelas faculdades,
escolas e institutos em nove cidades do Estado de São Paulo. Além disso, um
departamento técnico e um Conselho Supervisor, composto por docentes,
funcionários e alunos da USP, se responsabilizam pelo gerenciamento de suas
atividades.

       Sediado na Universidade de São Paulo, instituição à qual pertence, o SIBiUSP
iniciou suas atividades em março de 1982, oferecendo prioritariamente suporte às
atividades de ensino, pesquisa e extensão de docentes, pesquisadores e alunos de
graduação e pós-graduação da USP.

       O Departamento Técnico do SIBiUSP1 – o SIBiDT - localiza-se na Rua da
Praça do Relógio, 109 - Bloco K - 4º andar, CEP 05508-050, Cidade Universitária, São
Paulo e responde sob a razão social da USP - Universidade de São Paulo, CNPJ
63.025.530.0001/04. Os volumes do acervo estão distribuídos em 71 pontos de
atendimento, espalhados pelos seis campi da Universidade.

       Atualmente, mais de 800 profissionais, entre níveis superior, técnico e médio,
são responsáveis pelos acervos bibliográficos, que atingem hoje aproximadamente
seis milhões de volumes.




1
  O Departamento Técnico do SIBiUSP coordena, junto às bibliotecas, as atividades sistêmicas de
informação na USP, como suporte ao ensino e à pesquisa, por meio de programas cooperativos e de
racionalização, que exigem definição de procedimentos padrões. O Departamento Técnico gerencia
as atividades de entrada, consulta, aquisição e outros serviços automatizados por meio do
Banco DEDALUS, supervisiona a formação, a manutenção, a preservação e a conservação dos
acervos, publica boletins com dados a respeito de catálogos, séries e informações estatísticas de
todo o sistema de bibliotecas, além da prestação de serviços ao usuário.
                                                                                                17
Figura 4. Fachada do prédio da Administração Central da USP, local da sede do SIBiUSP.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens.




2.1     CONTATOS


        Os representantes do SIBiUSP que acompanham o presente grupo para
desenvolvimento do Projeto Experimental são: Sueli Mara Soares Pinto Ferreira -
Professora titular da USP Ribeirão Preto e diretora do SIBiUSP -                 e       Anderson
Santana - bibliotecário, Chefe técnico da Divisão de Gestão de Sistemas de
Comunicação e Disseminação de Produtos e Serviços – DGCD – do SIBiUSP.




Figura 5. Sueli Mara Soares Pinto Ferreira – Atual diretora do SIBiUSP.
Foto: Francisco Emolo/Jornal da USP.

                                                                                               18
A comunicação oficial com a organização se dá pelos endereços eletrônicos e
telefones na tabela a seguir:


Tabela 1. Contatos do SIBiUSP

Nome                             Email                            Telefone

Sueli Ferreira                   sueli.ferreira@dt.sibi.usp.br    (11) 3091-4195 / (11) 3091-1547

Anderson Santanta                algalord@usp.br                  (11) 3091-1567

Email institucional                                     dtsibi@usp.br

Endereço Eletrônico                                     http://www.usp.br/SIBi/
Fonte: http://www.usp.br/sibi/




2.2      HISTÓRIA


         O SIBiUSP é resultado da necessidade de se criar um sistema para integrar as
bibliotecas da Universidade de São Paulo. Criado em 1981, marcou uma revolução à
época, integrando as atividades que vinham sendo desenvolvidas por diversas
bibliotecas isoladamente.

         O crescimento da Universidade2 e o consequente surgimento de novas
faculdades e escolas suscitaram a criação de um sistema que integrasse todos os
acervos numa base única e que desse apoio a todas as unidades.

         Além disso, a discussão de propostas no Seminário de Bibliotecas
Universitárias, realizado entre os dias 20 e 24 de maio de 1974, em Brasília, detectou
a necessidade de integração das unidades. O conceito e a definição dos serviços das
bibliotecas definidos no seminário foram adotados pela Universidade de São Paulo,
sendo o ponto de partida para a criação do Sistema Integrado.

         Com essas decisões tomadas, as bibliotecas convertem-se em centros de
decisiva importância para a atualidade e o futuro nas universidades. Centros cujas
características operacionais devem ser: atender às demandas de seus usuários,
2
 Faculdades como as de Direito, Medicina, Farmácia e Odontologia e a Escola Politécnica já
possuíam suas próprias bibliotecas antes da formação da Universidade de São Paulo, em 1934.
Atualmente, a USP conta com diferentes campi, distribuídos pelas cidades de São Paulo, Ribeirão
Preto, Piracicaba, São Carlos, Pirassununga, Bauru e Lorena, além de unidades de ensino, museus e
centros de pesquisa situados fora desses espaços e em diferentes municípios.
                                                                                                    19
oferecer agilidade de acesso e facilidade para uso, com rapidez, atualidade, precisão
e confiabilidade das informações nos diferentes graus de especialização.

      Em seu caminho à consolidação, o processo de integração focou na
organização dos suportes físicos e no acesso presencial à informação já disponível
nas bibliotecas da Universidade, com a formação de acervos especializados em
diversas áreas do conhecimento, como Medicina, Direito e Engenharia. Desde então,
o SIBiUSP busca atualização constante de seus serviços, visando um atendimento
sempre adequado às mudanças no ensino, pesquisa e extensão.

     Os produtos, serviços e projetos do SIBiUSP desenvolvem-se em torno de
duas vertentes: aumentar a visibilidade e acessibilidade à produção intelectual da
Universidade de São Paulo e fomentar a formação e o desenvolvimento de
competências no uso, acesso e produção de informação da comunidade USP nas
suas distintas áreas de atuação.




2.2.1. LINHA DO TEMPO


      Uma figura simulando uma linha do tempo foi criada (conferir Anexo 3) para
uma apresentação mais visual do histórico da organização. A seguir, a linha do tempo
dividida em tópicos.


      o 1981
              •   Criação do SIBiUSP – Portaria

      o 1982
              •   Início das atividades

      o 1990/1991
              •   Início do Cadastramento on-line no DEDALUS, pelas bibliotecas.

      o 1993
              •   Rede de Bibliotecas com DEDALUS disponível pela internet
                  (Telnet);



                                                                                   20
o 1994
     •   Programa de Modernização do SIBiUSP;

     •   Serviço Disque Braille.

o 1996
     •   Criação do website do SIBiUSP (primeira home page);

o 1997
     •   Consolidação da SIBiNet, Rede de Serviços do SIBiUSP (website)
         com DEDALUS disponível pela web.

o 1998
     •   Instituição da Semana do Livro e da Biblioteca na USP;

     •   Promoção do Curso de Especialização para Bibliotecários do
         SIBiUSP, com a PUCCAMP.

o 1999
     •   Instituição da Biblioteca Virtual na SIBiNet com acesso on-line a
         revistas eletrônicas e bases de dados;

o 2000
     •   Lançamento do livro Bibliotheca Universitatis: catálogo de obras
         raras/especiais dos acervos da USP dos séculos XV e XVI.

o 2001
     •   Participação na implantação da Biblioteca Digital de Teses e
         Dissertações da USP/Portal do Conhecimento SABER;
     •   Implantação do Catálogo Coletivo de Livros em Braille e Falados,
         na web;
     •   Lançamento do segundo volume do livro Bibliotheca Universitatis:
         catálogo de obras raras/especiais dos acervos da USP dos séculos
         XVII;
     •   PROTAP–SIBiUSP: Programa de Administração da Inovação
         Científica e Tecnológica nos Serviços de Informação;
     •   Novo Modelo de Gestão para o SIBiUSP.




                                                                        21
o 2002
     •   Início do PAQ, Programa de Avaliação da Qualidade dos serviços e
         produtos do SIBiUSP;
     •   Participação do Portal CAPES de Periódicos: acesso on-line a
         revistas eletrônicas.

o 2003
     •   Lançamento da Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais da
         USP/Portal do Conhecimento SABER.

o 2004
     •   Convênio com o IBGE para fornecimento de publicações para o
         acervo SIBiUSP.

o 2005
     •   Acesso on-line ao Vocabulário Controlado USP a partir da SIBiNet.
     •   Início de ações de capacitação com recursos de Educação à
         Distância (EaD).

o 2007
     •   Acesso on-line a Livros Eletrônicos.

o 2008
     •   Lançamento da Busca Unificada aos Livros Eletrônicos (e-books);
     •   Lançamento do Portal de Revistas da USP;
     •   Inauguração da Oficina de Digitalização do SIBiUSP;

o 2010
     •   Lançamento do Portal SIBiNet.

o 2012
     •   Exposição “Conhecimento: Custódia e Acesso”, exibida de 13 de
         março a 13 de maio no Museu da Língua Portuguesa, em São
         Paulo.
     •   Participação em feiras educativas, como a Bienal do Livro.




                                                                           22
2.3       ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA

                                3
Figura 6. Organograma da empresa .




Hierarquia de Funções e Cargos da Organização


          A hierarquia da organização pode ser considerada tanto relativamente a todas
as bibliotecas supervisionadas pelo SIBiUSP quanto pela hierarquia da central,
localizada no campus da Cidade Universitária, em São Paulo.

          O departamento central (administrativo) do SIBiUSP é exíguo. Grande parte de
suas divisões são dirigidas por analistas de sistemas e bibliotecários. Esses
profissionais são responsáveis por toda administração de cada divisão do SIBiUSP.

          No entanto, considerada em relação a todas as bibliotecas supervisionadas, o
SIBiUSP atende um conjunto de 44 bibliotecas, instaladas em diversos campi da USP,



3
    O organograma em alta resolução pode ser encontrado nos anexos deste documento.
                                                                                      23
com um total de 800 funcionários. A estrutura hierárquica e os organogramas são
vinculados a cada Unidade de Ensino onde está situada a biblioteca.




Conselho Supervisor


         Integrado por seis professores da USP, dois bibliotecários (diretores de
bibliotecas eleitos entre seus pares) e o bibliotecário diretor do Departamento Técnico
do SIBiUSP. Eles possuem a função de apreciar os assuntos referentes às atividades
que constituem a finalidade da organização.


Tabela 2. Conselho Supervisor SIBiUSP

Prof. Dr. Pedro Luis Puntoni - Presidente (FFLCH – Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas)
Prof. Dr. Fernando Henrique de Oliveira Iazzetta (ECA – Escola de Comunicações e
Artes)
Prof. Dr. Caetano Traina Junior (ICMC - Instituto de Ciências Matemáticas e de
Computação)
Profa. Dra. Regina Melo Silveira (LARC - Laboratory of Computer Networks and
Architecture)
Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher (MZ - Museu de Zoologia)

Prof. Dr. Chao Lung Wen (FM – Faculdade de Medicina)

Profa. Dra. Sueli Mara Soares Pinto Ferreira (Diretora Técnica do SIBiUSP)

Bibliotecária Maria Imaculada Cardoso Sampaio

Bibliotecária Dina Elisabete Uliana
Fonte: http://www.usp.br/sibi/




Departamento Técnico


         Realiza a coordenação junto às bibliotecas, as atividades sistêmicas de
informação na USP, assim como oferece suporte ao ensino e à pesquisa, por meio de
programas cooperativos e de racionalização, que exigem definição de procedimentos.

         A Diretoria Técnica é composta pelos seguintes membros:


                                                                                      24
Tabela 3. Departamento Técnico SIBiUSP.
                 Nome                                                      Cargo

Profa. Dra. Sueli Mara Soares
                                               Diretora Técnica
Pinto Ferreira

Mariza Leal de Meirelles do
                                               Diretoria Adjunta
Coutto

Zacharias da Costa Gadelha
                                               Divisão de Gestão de Sistemas de Apoio Técnico
Neto

Eidi Raquel Franco Abdalla                     Divisão de Gestão de Projetos

Elisabeth Adriana Dudziak                      Divisão de Gestão de Desenvolvimento e Inovação

Maria Adelaide Alves Mestriner                 Divisão de Gestão de Formação e Manutenção do Acervo

Adriana Nascimento Flamino                     Divisão de Gestão de Tratamento da Informação

                                               Divisão de Gestão de Sistemas de Comunicação e Disseminação
Anderson de Santana
                                               de Produtos/Serviços

André Serradas                                 Seção de Apoio ao Credenciamento de Revistas USP

Luíza Inês Raspantini Salvador                 Seção de Apoio Administrativo

Fonte: Site oficial. http://www.usp.br/sibi/




Perfil dos funcionários


         Os dirigentes das divisões possuem formações superiores parecidas, o que
ocasiona muitas vezes certa dificuldade para lidar com assuntos estratégicos de forma
diferenciada. A organização busca contratar funcionários de diferentes áreas, como
comunicadores, educadores e pedagogos. Apesar disso, a abertura de novas vagas é
custosa devido aos processos burocráticos da Universidade de São Paulo.

         No nível técnico, é possível identificar um atendimento razoável das
necessidades da organização: há um equilíbrio entre funcionários de nível técnico e
nível superior.




                                                                                                        25
Porte da organização


      O SIBiUSP é considerado, de acordo com a classificação do IBGE, uma
organização de grande porte, uma vez que possui em torno de 800 funcionários.
Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma empresa é considerada de
grande porte quando apresenta mais de 500 funcionários. Os colaboradores do
SIBiUSP estão localizados tanto na central administrativa e estratégica, quanto nas
bibliotecas de cada Unidade de Ensino.




Situação Econômica


      Como o SIBiUSP é um órgão da Universidade de São Paulo, sua receita está
vinculada à própria Universidade. O repasse de verbas da Universidade para o
SIBiUSP é extremamente alto, figurando entre os órgãos que mais recebem
investimento. Por questões de segurança de informação, o entrevistado Anderson
Santana preferiu não compartilhar com o grupo os valores que a USP destina ao
SIBiUSP.




Estilo Administrativo


      A organização adota uma gestão hierárquica, conforme organograma visto no
capítulo   Estrutura   Organizacional   e   Administrativa.   Fazendo   uma     análise
descendente, em primeiro lugar, está a administração da USP, ou seja, o reitor. Logo
abaixo, está o Conselho Supervisor. Quem responde ao Conselho é o Departamento
Técnico e sua Diretora que, por sua vez, tem relatos de cada uma das Divisões e
Seções de Apoio.

      Apesar da hierarquia bem definida, o relacionamento dentro da central SIBiUSP
é amigável e próximo. Nesse ambiente trabalham 60 pessoas, sendo que parte
desses funcionários pertence às seis Divisões de Gestão e ao Departamento Técnico.
Isso ocorre porque todos estão instalados dentro de um único grande gabinete.


                                                                                     26
Já a relação entre a central administrativa e as bibliotecas é mais restrita.
A gestão das bibliotecas é dividida entre o SIBiUSP e as diretorias das unidades de
ensino. Demandas como profissionais contratados e reformas, por exemplo, são
responsabilidade das unidades de ensino. Outras questões como a administração do
acervo e o apoio ao desenvolvimento estão sob gestão do SIBiUSP.

      Como a função da central do SIBiUSP é organizar e uniformizar as funções
administrativas, há uma forte centralização dos processos e verticalização da
comunicação. Há pouca abertura para participação das bibliotecas em qualquer
processo de decisão.

      Uma biblioteca, por exemplo, não pode adquirir nenhum livro sem a aprovação
da central. Sendo assim, no que se refere às funções administrativas e técnicas, as
bibliotecas não possuem participação nem poder de mudança. Porém, as funções
gerenciais das bibliotecas - como, por exemplo, nomeação de cargos e contratação de
funcionários - e de infraestrutura - são responsabilidades das mesmas e das Unidades
as quais são vinculadas, o que confere certa autonomia gerencial a cada uma.




Comunicação


      Integrar o acervo do conhecimento, contribuir para o desenvolvimento e a
inovação das bibliotecas e a gestão do fornecimento de recursos estão entre os
objetivos do SIBiUSP. A organização centraliza essas atividades, que são
desenvolvidas por diversas unidades isoladas, para que as mesmas possam ser
centralizadas em um único lugar de fácil acesso. Dessa forma, o relacionamento
próximo com as bibliotecas acaba não acontecendo, e o vínculo acaba constituído
apenas por contatos pontuais destinados a funções administrativas como: aquisição
de livros, controle dos acervos, problemas técnicos relacionados aos sistemas
SIBiUSP, informes e comunicados oficiais e divulgação de eventos.

      Não há nenhuma forma de manutenção do relacionamento com as bibliotecas
e também não existe nenhum tipo de feedback com relação aos processos internos.
A principal forma de monitoramento e de comunicação entre a central SIBiUSP e as
bibliotecas vinculadas ao sistema é o relatório anual.

                                                                                  27
Por outro lado, dados vindos das bibliotecas, como número de empréstimos,
número de acessos ao sistema, entre outros, são obtidos em tempo real pelo próprio
sistema SIBiUSP. Alguns outros dados, como número de visitantes, no entanto, são
passados à central pelas bibliotecas por meio do relatório anual.




Novos Projetos


       Existe uma tentativa de disponibilizar dados em tempo real, ramificando o
relatório anual em diversos relatórios feitos ao longo do ano, para gerar um controle
maior e mais dinâmico do que está acontecendo em cada biblioteca. Outro projeto em
vista é a construção de um espaço no portal que seja possível o compartilhamento de
agenda de atividades entre as bibliotecas.

       Além disso, uma das metas da organização é ser cada vez mais acessível não
só à comunidade acadêmica, mas também à toda sociedade, de forma que as
bibliotecas possam ser crescentemente reconhecidas como espaços construídos para
servir a todos.




2.4    PERFIL ORGANIZACIONAL




       Assim como qualquer outra organização, o SIBi também tem seu perfil
organizacional particular, uma identidade corporativa própria que o caracteriza e
distingue e destaca das demais instituições. Esses elementos de distinção foram
reunidos para levantar o perfil organizacional do cliente, conforme segue abaixo.




Princípios Organizacionais


       O SIBi tem uma identidade corporativa, isto é, uma missão, uma visão e um
conjunto de valores definidos. Segundo o próprio órgão, o posicionamento da
organização é estabelecido a partir das informações a seguir:

                                                                                    28
Identidade Organizacional


      MISSÃO
      “Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo
para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do
conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos.”


      VISÃO
      Consolidar sistema de gestão até 2012.


      VALORES
      Manter o compromisso com a democratização do acesso à informação de
forma equitativa, respeitando a ética, os valores humanos e a sustentabilidade.




Produtos e Serviços


      O principal produto do SIBiUSP atualmente é o portal DEDALUS, vinculado ao
SIBinet, que é um banco de dados bibliográficos da USP. Segundo a organização,
esse produto é o carro-chefe. Além desse, podemos citar ainda:

      o Revistas Eletrônicas;
      o Livros eletrônicos (e-books) fornecidos pelo Consórcio CRUESP de
          Bibliotecas e que conta com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à
          Pesquisa do Estado de São Paulo) e que coloca à disposição das três
          Universidades Estaduais Paulistas (USP, UNESP e UNICAMP) livros
          eletrônicos relacionados às mais diversas áreas do conhecimento;
      o Portal de Revistas da USP que hoje disponibiliza 60 revistas eletrônicas,
          que ao final de 2012 vai passar a contar com aproximadamente 200
          publicações;
      o Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais e a Biblioteca Digital de
          Teses e Dissertações.



                                                                                  29
Todos esses recursos estão disponíveis para a comunidade USP e usuários
das bibliotecas de acordo com contratos de licença firmados junto aos fornecedores.
Os produtos e serviços são oferecidos nos sete campi universitários da USP: São
Paulo, Bauru, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba, Pirassununga e Lorena. Assim,
o SIBiUSP pode ser considerado o único órgão da USP que está presente em todos
os campi.

      Atualmente, também há uma forte tendência de migração para acervos on-line:
a digitalização de obras raras e a disponibilização de e-Books fazem parte dessa
tentativa. Além disso, desde o fim de 2011, o SIBiUSP mantém uma parceria com a
Brasiliana USP para digitalizar livros raros das bibliotecas. Duas máquinas Skyview
adquiridas pelo SIBiUSP, que permitem a digitalização de grandes formatos, foram
emprestadas para a Brasiliana. O SIBi conseguiu a aquisição dessas duas máquinas
por meio de sua parceria com a FAPESP.




Comunicação


      As    formas   de      comunicação   identificadas   no   SIBiUSP   contemplam,
fundamentalmente, a comunicação administrativa, aquela que viabiliza o processo
operacional e organizacional.

      Não existem canais de comunicação formalizados e nem diálogo aberto e
qualificado com seus públicos. Cada biblioteca gerenciada pelo SIBiUSP é
responsável pela comunicação com a unidade onde está localizada e com seus
públicos de interesse de maneira independente.

      Entretanto, o SIBiUSP demonstrou conhecimento acerca da importância da
comunicação estruturada e, com o recente posicionamento de caráter mais
estratégico, considera importante o estreitamento com os públicos de seu interesse
direto e de interesse das bibliotecas que administra. A organização também entende
que o diálogo qualificado com os stakeholders é um ponto-chave para atingir seus
objetivos organizacionais.

      No que se refere aos canais e veículos impressos, não é possível identificar
publicações formais. Eventualmente, a organização produz internamente cartazes de

                                                                                   30
divulgação do SIBiUSP ou de eventos específicos e distribuem via malote para todas
as unidades de bibliotecas dos campi.

       No campus principal, em São Paulo, há esforço para impressão da agenda
semanal dos diretores de modo que fique exposta em local comum e visível para
todos. Recentemente, essa unidade do SIBiUSP adquiriu uma televisão para que as
agendas fossem disponibilizadas, mas o equipamento ainda não é utilizado.

       O SIBiUSP possui contas no Facebook e no Twitter, bem como um site
institucional, todos administrados por funcionários do SIBiUSP. No entanto, o diálogo
com seus públicos por meio desses canais ainda está em fase de aperfeiçoamento,
devido a falta de recursos humanos e expertise.

       O SIBiUSP envia comunicados sobre processos e eventos para seus públicos,
em situações pontuais, por meio de ferramentas não institucionais, oferecidas pelo
Google - como o Google Groups, por exemplo - uma vez que o e-mail USP não
permite o envio para mais de 300 endereços simultaneamente. Além disso, organizam
o mailing de contatos da USP - alunos, comunidade científica e públicos externos à
Universidade – no Google Docs.

       A comunicação face a face é um recurso utilizado pelos funcionários que
naturalmente veem essa forma de interação como meio de agilizar processos e
aproximar pessoas. Esse canal de comunicação pode ser identificado, por exemplo,
no campus principal de São Paulo, onde todos trabalham no mesmo espaço físico.
Essa interação, no entanto, não acontece entre as unidades de bibliotecas que estão
distribuídas   em   diferentes   regiões   do   Estado.   Essas   unidades   possuem
relacionamento estritamente administrativo e de reporte de informações ao SIBiUSP,
o que configura um quadro de pouca ou nenhuma interação entre elas.

       Além disso, o SIBiUSP não tem contrato, nem parceria com agências de
comunicação ou assessorias de imprensa. Os conteúdos são produzidos localmente e
encaminhados para os contatos da Imprensa USP, do Jornal da USP, da USP Online
e de outros canais internos da Universidade.

       O SIBiUSP realiza ações pontuais de comunicação em eventos de museus,
como a exposição itinerante ao longo do Estado de São Paulo, “Conhecimento:
custódia e acesso” em comemoração aos 30 anos de atividade do SIBiUSP. Também
participa esporadicamente de feiras voltadas ao setor de biblioteconomia e programas
                                                                                   31
de TV. Atualmente, por exemplo, possue um quadro em parceria com a TV USP, que
entrevista e promove debates com personalidades da Universidade.




Figura 7. Painel da exposição “Conhecimento: custódia e acesso”, promovida pelo SIBiUSP.
Fonte: Site oficial da USP, Sala de Imprensa. Disponível em: <http://www.usp.br/imprensa/?p=18927>.




        Quanto à comunicação entre seus funcionários, não há uma intranet. Para
oficializar a comunicação são utilizados e-mails institucionais e ferramentas do
Google, como Google Groups, Google Agenda e Google Docs, que são
compartilhados entre os funcionários.




2.5     IDENTIDADE VISUAL DA ORGANIZAÇÃO




        Durante a sua história, o SIBiUSP adotou várias logomarcas. Ao longo de muito
tempo, veiculou logomarcas diferentes em diversos canais. Por conta disso, não está
associado a uma marca ou identidade visual única. Na figura 8 podemos observar a
evolução da identidade visual do SIBiUSP:



                                                                                                      32
Figura 8. Logomarcas que o SIBiUSP já utilizou.

            Fonte: Site SIBi, disponível em: < http://www.usp.br/sibi//>.




          A organização tentou corrigir esse conflito de várias imagens com a
modificação da logomarca para o aniversário de 30 anos. O SIBiUSP pretende utilizar
a nova logomarca, desenhado pelo Prof. Heliodoro Teixeira Bastos Filho, da Escola
de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). O professor,
conhecido como Dorinho, redesenhou a logomarca especialmente para a exposição
do Museu da Língua Portuguesa - “Conhecimento: Custódia e Acesso” -, mas a nova
logomarca foi utilizada em outros canais e divulgações, na tentativa de unificar e
consolidar a marca.




Figura 9. Logomarca do SIBiUSP para o aniversário de 30 anos de atividade do órgão.
Fonte: Hotsite comemorativo do SIBi, disponível em: < http://www.sibi.usp.br/30anos/>




                                                                                        33
Públicos de relacionamento


      Os públicos abaixo estão citados em ordem de interesse, de acordo com a
organização:

      1) Dirigentes das Unidades;
      2) Docentes;
      3) Pós-Graduandos;
      4) Graduandos;
      5) Funcionários.




Certificações


      Nem o SIBiUSP e nem sua área de atuação possuem certificados
reconhecidos. No entanto, existem duas bibliotecas da Universidade que ganharam
um prêmio de Qualidade por terem seguido com excelência sistemas e processos
como o 5S em suas bibliotecas. As instituições premiadas foram a biblioteca da
ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" e a biblioteca do IFSC -
Instituto de Física de São Carlos.




Temas de Relevância Social


      O SIBiUSP doa livros - que não se enquadram às bibliotecas de nenhuma das
unidades - à comunidades e aos cidadãos interessados em material de qualidade,
desde que a retirada desse material seja combinada com antecedência junto ao
Departamento Técnico. Além disso, como a organização está trocando os
equipamentos das bibliotecas, pretendem doar os antigos para o Departamento de
Ciência e Tecnologia da Universidade de Angola.




                                                                               34
2.6   CONSIDERAÇÕES GERAIS




      A percepção dos públicos e da comunidade em geral sobre o SIBiUSP é uma
questão relativamente vaga para essa organização e para o setor em que a mesma
está inserida. Esse quadro é reforçado pelo fato de não existirem pesquisas referentes
ao tema, no contexto nacional. Contudo, na literatura internacional, é possível
encontrar pesquisas realizadas no sentido de identificar a percepção das pessoas
sobre as bibliotecas públicas.

      De forma geral, a organização acredita que a maior parte do público atingido
direta ou indiretamente pelos seus produtos e serviços não tem conhecimento sobre a
sua atuação dentro ou fora da Universidade. Segundo o SIBiUSP, se existe algum tipo
de percepção inicial com relação ao trabalho por eles desenvolvido, a mesma está
relacionada às bibliotecas, ou seja, as opiniões tendem a se dividir entre quem
confunde o SIBiUSP com as bibliotecas que são administradas por ele e entre quem
entende que as bibliotecas respondem apenas à sua unidade de ensino.

      Além disso, também não há nenhum tipo de monitoramento sobre a inserção
do SIBi na mídia geral ou especializada, o que dificulta uma análise mais profunda
sobre a imagem que essa organização constrói perante seus públicos. Além disso,
devido a ausência desse monitoramento, não é possível fazer inferências sobre como
tem sido o posicionamento do SIBi ao longo dos últimos anos e como esse tem sido
retratado pelos veículos de comunicação.

      Nesse contexto, é importante verificar se o que a imprensa tem veiculado com
relação ao SIBiUSP está alinhado a sua estratégia e ao papel que a organização quer
assumir perante à comunidade USP e ao público externo. O SIBiUSP, conforme já
citado, conta com a Agência de Notícias da USP e com a distribuição de conteúdo
institucional para um mailing adquirido ao longo de sua atuação.

      Fora isso, o único esforço realizado neste sentido foi o levantamento realizado
após a inserção do SIBiUSP na exposição do Museu da Língua Portuguesa, que
gerou mídia espontânea, mas ao qual não foi obtido acesso para este estudo.

      Como mencionado anteriormente, no Brasil, existem poucos estudos recentes
e pertinentes sobre a percepção a respeito das bibliotecas, e se as mesmas estão
                                                                                    35
vinculadas a instituições públicas ou privadas. A maior parte das pesquisas e
trabalhos publicados sobre o tema estão relacionados à avaliação dos produtos e
serviços oferecidos por bibliotecas espalhadas pelo país. Segundo o SIBiUSP é
possível perceber que a utilização das bibliotecas tem diminuído em todo o mundo,
devido ao acesso fácil e rápido à novas tecnologias fornecedoras dos mais diversos
conteúdos como, por exemplo, a internet e as novas plataformas digitais vinculadas a
ela.

       A partir disto, e considerando o que foi dito com relação à visão do SIBiUSP
para os próximos anos, a organização quer vincular a sua percepção à gestão
estratégica da informação, também almeja ser reconhecido como um espaço de
inovação, ligado aos três pilares da Universidade (Ensino, Pesquisa e Extensão), que
cumpre seu papel de fornecedor e promotor do conhecimento. Vale destacar ainda
que a organização entende que o que é divulgado sobre o seu trabalho é muito
importante para a consolidação e alinhamento da marca com a estratégia de
posicionamento.




                                                                                  36
3     ANÁLISE ESTRATÉGICA




      Após realizado o briefing do cliente, com seus detalhamentos que serão
fundamentais no decorrer do projeto, segue a criação de uma criteriosa e completa
análise estratégica, afim de mapear riscos e pontos de atenção. Segundo
DORNELAS:

                     No plano de Negócios deve ser dada ênfase à análise dos ambientes
                     externo e interno, onde se medem os riscos inerentes ao negócio, as
                     oportunidades de mercado identificadas, os pontos fortes da empresa (seus
                     diferenciais) e, ainda, os seus pontos fracos (onde a empresa precisa
                     melhorar). Só depois de uma análise ambiental criteriosa é que a empresa
                     poderá estabelecer seus objetivos e metas, bem como as estratégias que
                     implementará para atingi-los. (DORNELAS, 2005, p.154).




3.1   ANÁLISE SETORIAL




      O SIBiUSP, como unidade vinculada à Universidade de São Paulo, também
pode ser considerada uma organização pública. As suas atividades estão inseridas
dentro do contexto da Universidade, ligadas ao conhecimento e à pesquisa. Nesse
sentido, mesmo dentro de uma dinâmica diferente, o SIBi está diretamente ligado ao
Ensino Superior e ao seu desenvolvimento no País. Por isso, será baseado no Ensino
Superior o desenvolvimento da análise setorial.

      Antes serem analisados os atores da Educação Superior no Brasil, como
concorrência e mercado consumidor, é necessário o entendimento sobre o contexto
do setor em questão, principalmente no âmbito da pesquisa e pós-graduação. Para
tal, serão apresentandos dados que apontam a amplitude e o crescimento do
segmento. O intuito é situar a área e posicionar o SIBiUSP dentro do crescimento do
País no âmbito educacional e científico, utilizando diversos rankings internacionais e
pesquisas realizadas nos últimos anos.

      Para começar, é importante dizer que o ensino superior é considerado o nível
mais elevado dos sistemas educativos. Desde 1950, a Convenção Europeia dos
Direitos Humanos obriga todos os signatários, incluindo o Brasil, a garantir o direito à
educação. O Pacto Mundial dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, das Nações
                                                                                            37
Unidas, de 1966, estabelece que “a educação superior deverá tornar-se de acesso
igualitário a todos, com base na capacidade, por todos os meios apropriados e, em
particular, pela introdução progressiva da educação gratuita”.



3.1.1 PANORAMA GERAL DO ENSINO SUPERIOR




Tendências Mundiais


       Segundo Porto e Régnier (2003), a transformação mais marcante no ensino
superior em escala mundial está ligada à expansão do acesso ao longo da última
década. Analisando o comportamento desse setor nos últimos anos, os autores citam
uma afirmação de um documento da UNESCO (Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura), de 1999:

                        a experiência comum de numerosos países é que o ensino superior não é
                        mais uma pequena parcela especializada ou esotérica da vida de um país.
                        Ele se encontra no próprio coração das atividades da sociedade, é um
                        elemento essencial do bem-estar econômico de um país ou região, um
                        parceiro estratégico do setor do comércio e da indústria, dos poderes
                        públicos, assim como das organizações internacionais. (UNESCO, 1999,
                        p.246).


       Abaixo alguns dados sobre a distribuição de estudantes segundo regiões:

Tabela 4. Número de estudantes, por 100.000 habitantes, por região, 1980-1995.




Fonte: UNESCO – CRUB 1999 – p. 247
                                                                                             38
Ainda segundo Porto e Régnier (2003), o setor vem se transformando devido à
globalização e as novas dinâmicas econômicas. A intensificação da competição, o
surgimento da “indústria” do conhecimento, a desverticalização das universidades e a
formação de parcerias, estimulam as principais mudanças no setor. Além disso, as
mudanças na estrutura setorial estão levando ao surgimento de novos protagonistas
concorrentes e parceiros das Universidades em todo o mundo.

      Nesse sentido, a própria relação das Universidades com a sociedade se
modifica: “ao extrapolar seus papéis clássicos, as Universidades se tornaram mais
visíveis, vulneráveis e menos protegidas perante a sociedade” (PORTO;
RÉGNIER, 2003, p. 20). A natureza da prestação de serviços tende, cada vez
mais, para uma aprendizagem continuada e também para a diversificação dos
serviços e ausência de fronteiras rígidas entre esses dois aspectos. Com isso, “o
modo de execução das atividades acadêmicas tende a sofrer profundas mudanças,
influenciadas pelas novas tecnologias e pelo modelo de produção em massa”
(PORT; RÉGNIER, 2003, p. 21).

      Além disso, existem transformações relativas tanto ao macro contexto
internacional quanto ao contexto específico de desenvolvimento do ensino
superior, cujos contornos definem as principais tendências para os próximos anos.
Para os autores, no que se refere às tendências já consolidadas pode-se citar: o
declínio das taxas de crescimento demográfico e progressivo envelhecimento da
população; aceleração da produção científica e tecnológica; mudança nos padrões
de competitividade das nações; crescente disponibilidade de novas tecnologias
para a educação e crescimento da educação à distância; redefinição da estrutura
do mercado de trabalho, do conteúdo do trabalho e das condições de
empregabilidade; crescimento da educação continuada; consolidação da educação
como objeto de aspiração dos jovens e de suas famílias.

      Como mudanças em andamento e tendências para o futuro podemos citar:
globalização do mercado de trabalho; incremento no fluxo internacional de
estudantes; empresas produtoras de tecnologia atuando como certificadoras de
conhecimento; desterritorialização e internacionalização da oferta de ensino
superior e serviços associados; maior presença das universidades corporativas;
novos arranjos institucionais – criação de universidades virtuais e a formação de
consórcios; formação de parcerias entre instituições de ensino superior;
                                                                                  39
acirramento da concorrência e transformação no padrão de atuação das
instituições de ensino superior; e presença de novos atores no campo da
educação.




O cenário brasileiro


      Para Porter e Régnier (2003), o sistema de ensino superior brasileiro está
passando    por   profundas     transformações.   A   diversificação   dos   tipos   e
modalidades de cursos oferecidos; a profissionalização da gestão das instituições
de ensino; a difusão da cultura da avaliação; e a atração de novos investimentos
estão entre as principais mudanças do contexto. As instituições privadas
configuram-se como um ator cada vez mais relevante nesse cenário e podem
ajudar o setor a se expandir.

      No Brasil, segundo o Governo Federal, o ensino superior é oferecido por
universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e centros de
educação tecnológica. Assim, os cidadãos podem optar por três tipos de graduação:
bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Os cursos de pós-graduação são
divididos entre lato sensu (especializações e MBAs) e strictu sensu (mestrados e
doutorados).

      Ainda segundo o Governo Federal, além da forma presencial, em que o aluno
deve ter frequência em pelo menos 75% das aulas e avaliações, ainda é possível
formar-se por ensino a distância (EAD). Nessa modalidade, o aluno recebe livros,
apostilas e conta com o suporte da internet. A presença do aluno não é necessária
dentro da sala de aula. Existem também cursos semipresenciais, com aulas em sala
e também à distância.

      A unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja
cumprida para garantir a qualidade dos cursos superiores no País é a Secretaria
de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), órgão do Ministério da
Educação. O Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano e
coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC), é utilizado em todo o País
para medir a qualidade dos cursos de graduação. O IGC usa como base uma
                                                                                     40
média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do
número de matrículas, somados às notas de pós-graduação de cada instituição de
ensino superior.

      Segundo dados atuais do Inep, a velocidade do crescimento do ensino
superior no Brasil diminuiu fortemente a partir do ano de 2005. A tendência é
preocupante, uma vez que a economia do país está em crescimento e demanda
profissionais qualificados.

      Em 2010, por exemplo, as instituições de ensino superior públicas formaram
178.407 profissionais, 24 mil a menos do que os 202.262 de 2004. Nesses seis
anos, a queda no número de concluintes foi de 1,8% ao ano. Essa desaceleração é
generalizada, mas atinge de forma menos intensa as instituições privadas do setor.
A queda na taxa de crescimento é mais intensa justamente nas instituições de
ensino superior classificadas como universidades, onde se espera aliar ensino e
pesquisa para formar os estudantes de forma mais completa. De 1995 a 2005, a
taxa média de crescimento foi de 11% por ano. A partir de 2005, o crescimento
tem sido pequeno, girando em torno de 0,2% ao ano. Com isso, em 2010, menos
estudantes se graduaram em universidades do que em 2007.

      Os efeitos atingem também os cursos de pós-graduação: de 1995 a 2004, o
número de doutores formados cresceu ao ritmo de 15% ao ano. De 2005 a 2010, o
ritmo de crescimento caiu para um terço, 5% por ano. Em 2010, titularam-se
menos doutores do que em 2009.

      Com o fim do crescimento no sistema público, a privatização do Ensino
Superior após 2003 avançou de maneira nunca vista. Em 1995, 37% dos
concluintes completaram seus estudos em instituições públicas. Em 2003, foram
32% e em 2010, o percentual caiu para apenas 22%.

      As razões para essa “parada” no crescimento pode estar ligada a política
recente do MEC que privilegia a expansão do número de instituições do ensino
superior federal sem levar em conta a distribuição no território nacional do número
de estudantes que concluem o ensino médio. Outro fator importante é o fraco
desempenho das instituições de ensino médio no país. A universalização do
acesso ao ensino fundamental, nos anos 1990, trouxe a expectativa de um


                                                                                 41
aumento forte no ensino médio, mas em 2010 houve menos concluintes do que em
2003, com um decréscimo anual de 0,5% ao ano.

      Apesar desse quadro de diminuição do crescimento do ensino superior no País,
a pesquisa “Olhares sobre a educação Ibero-Americana”, divulgada em setembro de
2012 pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, a Ciência e a
Cultura (OEI) traz outro olhar. Nos países da América Central e América Latina, a
população acredita que a educação vai melhorar na última década. Os brasileiros
estão entre os mais otimistas em relação ao futuro da educação no País nos próximos
dez anos. Para 62% dos entrevistados, a educação vai melhorar, 26% acreditam que
ficará no mesmo patamar e 9% avaliam que irá piorar.

      Para o secretário-geral da OEI, esse otimismo do cidadão é um fator de
enorme pressão aos sistemas educativos, uma vez que as expectativas positivas
contribuem fortemente para que a educação funcione. Apenas o Paraguai tem um
resultado melhor: 64% esperam avanços na área. Já os hondurenhos são os que
menos acreditam no futuro do sistema educacional: só 26% acham que a situação irá
melhorar, enquanto 37% acreditam que ficará no mesmo nível e 23% preveem piora.
Em todos os países, o percentual de pessoas que avaliam de forma positiva o futuro
da educação é superior ao daquelas que têm uma percepção negativa.

      Por outro lado, os brasileiros estão entre os que têm a pior avaliação sobre a
qualidade do ensino público. A nota atribuída pelos entrevistados, em uma escala de 0
a 10, foi 5,2 pontos, a quarta mais baixa entre os países pesquisados, ao lado de
Honduras. O país que, na avaliação dos entrevistados, tem o pior sistema de ensino é
o Chile, cuja nota foi 4,6. Os mais satisfeitos são os costa-riquenhos e os
nicaraguenses, que atribuíram nota 7 à educação.




3.1.2 AMPLITUDE E CRESCIMENTO DA PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL




      Segundo informações contidas no site do Governo Federal, o Brasil é o 13º
país em maior volume em produção científica no mundo. Nossa taxa de crescimento
na elaboração de trabalhos científicos tem sido de 8% ao ano, enquanto a média
                                                                                   42
mundial circula em torno de 2%. Esses números são auxiliados principalmente pelos
órgãos governamentais de apoio à pesquisa brasileira, como a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também fazem parte do incentivo
à pesquisa iniciativas de empresas privadas.

      Ainda segundo dados do Governo, nos últimos anos, o país aumentou cerca de
50% o número de artigos publicados em periódicos internacionais especializados do
segmento. Aproximadamente 2% de toda produção científica do mundo hoje é
brasileira. Além disso, o País possui um número de estudantes de mestrado e
doutorado cerca de 10 vezes maior do que há 20 anos.

      Já no âmbito da pós-graduação, segundo avaliação realizada em 2011 pela
Capes, o número de cursos no Brasil cresceu 20,8% nos últimos três anos. A região
Sudeste é a que concentra o maior índice de cursos - por volta de 50% de todo o país
- e também possui a maior taxa de cursos de excelência – cursos com notas 6 ou 7 na
avaliação - , com 78%.

      A região Norte do País é a que tem apresentado o maior crescimento nos
últimos anos, que fica em torno de 35%. Esse crescimento está ligado, em grande
parte, ao baixo nível de desenvolvimento do Ensino Superior em anos anteriores na
região. Contudo, no que se refere à qualidade, a região Norte possui apenas dois
cursos considerados de excelência, ou seja, 1% do total da região, que é de 157
cursos. A maioria tem a nota mínima exigida pela avaliação.




3.1.3 RANKINGS           INTERNACIONAIS        EM      EDUCAÇÃO        SUPERIOR:
CLASSIFICAÇÕES DA USP E DO BRASIL




      Comparada às outras Universidades do Estado de São Paulo, a Universidade
de São Paulo é a que possui maior reconhecimento internacional, tendo em vista suas
posições em rankings como o “World Reputation Ranking 2012”, que elege as 100
universidades com melhor reputação mundial. Nele, a USP está classificada na
categoria 61-70. Entre as Universidades com menos de 50 anos, a UNESP e
UNICAMP foram listadas em 2012 entre as 100 melhores do mundo, segundo a
                                                                                  43
tradicional instituição londrina Times Higher Education que, pela primeira vez, realizou
uma pesquisa segmentada no ramo.

      No QS World University Ranking, divulgado no início de setembro de 2012, da
organização inglesa Quacquarelli Symonds, a Universidade de São Paulo ocupa a
posição do 139º lugar no ranking das 700 maiores. Isso representa uma subida de 30
posições em relação a 2011. Apenas outras duas universidades brasileiras
contemplam posições entre os primeiros 400 nomes: a Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), em 228º, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
em 333º. Já no ranking que contempla somente as universidades da América Latina, a
USP recebeu a primeira posição, ficando o segundo lugar para a Pontificia
Universidad Católica de Chile e o terceiro para a Unicamp.

      Já no Times Higher Education 2011, o ranking das 200 melhores universidades
do mundo, a USP está na 178ª posição e também é a única representante da América
Latina. O diferencial desse ranking é seu embasamento em 13 indicadores, com
destaque para investimento à pesquisa, publicações científicas, número de
doutorados e de estudantes estrangeiros.

      O ARWU (Academic Ranking of World Universities), sigla em inglês, é realizado
pela Universidade Jiao Tong, de Xangai e também analisa as melhores universidades
do mundo. A edição de 2011 detectou que a USP é a Universidade com maior número
de doutorados defendidos. Neste mesmo ranking, encontramos as três maiores
universidades brasileiras: a USP na categoria 101-150, a UNICAMP em 201-300 e a
UNESP na categoria 301-400. O universo dessa pesquisa abrange um total de 682
instituições globais. Vale lembrar que, neste cenário, o nome SIBiUSP, aliado à
Universidade, pode ser uma força para a atuação deste órgão no Brasil.

      Outro ranking importante para as universidades brasileiras é o Webometric,
publicado pelo site Web of the World Universities. Na edição de 2012, a USP aparece
em primeiro lugar entre as melhores universidades da América Latina. A Universidade
Estadual Paulista (UNESP) é a quarta melhor instituição de ensino, atrás da
Universidade de São Paulo, da Universidad Nacional Autónoma de México e da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

      No Índice Geral de Cursos (IGC), ranking brasileiro divulgado pelo MEC em
2011, a UNICAMP foi considerada a melhor universidade do país. O índice mede a
                                                                                      44
qualidade de cursos de graduação considerando o Conceito Preliminar de Curso
(CPC), em combinação com o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade). A Universidade de São Paulo não é avaliada por esse índice, uma vez que
não participa do Enade. Vale ressaltar que 2011 foi o primeiro ano em que a
UNICAMP se classificou no IGC, pois nos outros anos, ela também não participava do
Exame Nacional.

      No caso do Brasil, identificamos ainda que essa situação possibilitou também a
projeção do país como referência em pesquisa e produção científica. Os indicadores
FAPESP de Ciência, Tecnologia e Inovação afirmam que os pesquisadores no Brasil
são responsáveis por 56% dos artigos científicos publicados pela América Latina.
Segundo a FAPESP, pesquisadores no Estado de São Paulo publicaram, de 2008 a
2010, 43.535 artigos científicos em revistas cadastradas no Web of Science,
quantidade que supera a quantidade de todos os outros países latino-americanos
somados.

      Ao observar as classificações tanto da Universidade de São Paulo quanto do
Brasil nos rankings, é possivel afirmar que o contexto atual é propício ao
desenvolvimento de pesquisas científicas e exposição do Brasil no setor acadêmico
mundial. Dessa forma, o apoio à pesquisa tende a ganhar força dentro da atuação do
SIBiUSP. Além disso, os serviços da organização encontram nessas classificações
uma oportunidade para ganhar destaque tanto no país quanto no mundo, tendo em
vista que o mesmo é uma das principais fontes de busca utilizada nessas produções.



3.1.4 O    SIBI   E   O   ENSINO      SUPERIOR      –   POSICIONAMENTO          DA
ORGANIZAÇÃO NO SETOR




      Analisando o exposto acima, é possível identificar algumas tendências do setor
na realidade do SIBiUSP. A aceleração da produção científica e tecnológica e a
crescente disponibilidade de novas tecnologias para a educação são dois pontos que
se aproximam muito da atuação do SIBi. Segundo o Relatório da Gestão da Diretoria
Técnica do SIBiUSP (Set. 2007-Abr. 2010), a ação da organização transcende as


                                                                                     45
estruturas administrativas e perpassa, horizontalmente, por todos os segmentos da
Universidade.

      Além disso, é importante destacar que, segundo Porto e Régnier (2003), as
organizações produtoras de tecnologia tendem a atuar como certificadoras de
conhecimento e a parceria entre instituições de ensino tendem a crescer. Esses são
outros dois pontos muito representativos para a atuação do SIBiUSP, conforme será
desenvolvido posteriormente.

      Em recente pesquisa feita pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgada no mês de
setembro de 2012, a Universidade de São Paulo lidera o grupo de instituições com
maiores notas entre avaliadores do mercado e da academia. A pesquisa foi feita em
dois grupos: profissionais de Recursos Humanos foram entrevistados e apontaram as
universidades, faculdades e centros universitários cujos formados têm preferência nos
seus processos seletivos. Já os pesquisadores citaram quais escolas superiores do
país, na sua avaliação, oferecem o melhor ensino. Nas figuras abaixo podemos
observar a liderança da USP nas duas avaliações:




                 Figura 10. RH X Cientistas – As melhores instituições de
                 ensino, segundo empresas e pesquisadores.
                 Fonte: Editoria de Arte – Folhapress.



      Nessa pesquisa, a Folha analisou nove indicadores das Universidades
relacionados à pesquisa científica, como proporção de professores com doutorado,
número de artigos científicos por docente e número de publicações. Numa escala de 0
a 55, a USP foi a campeã com 54,38 pontos. Essas informações somadas aos dados

                                                                                   46
que os rankings levantados acima fornecem, demonstram qual é a importância e a
posição que o SIBiUSP assume no setor.

      Apesar das adaptações que a organização precisa desenvolver para atender
às novas demandas do ensino superior e competir com o “mercado” internacional, a
USP está sempre classificada entre as melhores posições de quase todos os rankings
avaliados e se destaca nos cenário nacional e internacional.

      A pesquisa acadêmica tende a se fortalecer nos próximos anos e já tem sido
avaliada de forma positiva na USP. O SIBiUSP, portanto, precisa acompanhar e gerir
de forma estratégica todas essas tendências. A Universidade de São Paulo já
conquistou um grande terreno no ensino superior brasileiro e usufrui de uma boa
reputação. O SIBiUSP, então, tem potencial para se tornar uma organização não só
de referência, mas também de excelência no seu campo de atuação, de forma a se
posicionar entre as maiores do setor.




3.1.5 A CONCORRÊNCIA NO SETOR PÚBLICO – O SIBIUSP E OS
CONCORRENTES PARCEIROS




      Segundo Porter (1986), “a essência da formulação de uma estratégia
competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente. Embora o meio
ambiente relevante seja muito amplo, abrangendo tanto forças sociais como
econômicas, o aspecto principal do meio ambiente da empresa é a indústria ou as
indústrias em que ela compete” (PORTER, 1986, p. 22). O conceito de
competitividade discutido atualmente segue, em grande parte, a abordagem sugerida
por Michael Porter, conhecido por ser um ícone importante dos princípios
fundamentais da concorrência. Para o autor, a competitividade é a habilidade ou
talento resultantes de conhecimentos adquiridos capazes de criar e sustentar um
desempenho superior ao desenvolvido pelos seus concorrentes.

      Contudo, se considerarmos o SIBiUSP como uma instituição vinculada à uma
Universidade pública, ou seja, que recebe recursos e investimentos do Governo (no
caso da USP, do Governo Estadual) para desenvolver suas atividades, o conceito de

                                                                                47
concorrência proposto por Porter ganha outras dimensões. Visto que, a Universidade
e, por consequência, o próprio SIBiUSP, não procuram obter lucro com os serviços
que são oferecidos por eles, não faz sentido falarmos, por exemplo, em concorrentes
diretos. A realidade que envolve organizações ligadas ao primeiro setor é diferente,
uma vez que o principal componente “disputado”, o lucro, não está presente neste
contexto.

       É claro que, ainda assim, é importante que exista um conhecimento prévio dos
prováveis movimentos de cada organização inserida no mesmo setor de atuação do
SIBiUSP, já que elas podem interagir entre si e esse contato é fundamental para se
entender as condições futuras do ramo. Entretanto, essas organizações, assumem
aqui, um sentido muito mais de “parceiras” do que de “concorrentes” propriamente
ditos. Sendo assim, elas podem construir relações que beneficiem ambos os lados.
Porter (1986) também aborda a concorrência sob a perspectiva da cooperação, na
qual, como dito anteriormente, não há disputa por lucro.

       É interessante destacar ainda a questão da expansão dessas organizações
que, mesmo não prevendo lucro em suas atividades, demonstram certo empenho em
atrair e atingir cada vez mais usuários. Mesmo assim, os movimentos desses
“parceiros”, por assim dizer, não têm como objetivo prejudicar o desempenho das
atividades do outro, mas podem, em alguns casos, convergir e trazer benefícios para
todo setor. Outro ponto interessante é que, pela ausência de concorrência direta, os
“parceiros” podem compartilhar melhores práticas em determinadas questões e
processos, contribuindo para o aprimoramento de pontos falhos. O intuito, neste caso,
é a melhoria do setor, pois, se o mesmo cresce e se desenvolve, todos podem se
beneficiar.

       Sendo assim, toda a análise feita em relação à concorrência, à partir daqui, vai
considerar a ideia de “parceiros” pelos motivos acima expostos. A importância de
destacar esse ponto está no fato de que muitos conceitos e abordagens presentes na
análise da concorrência, não se aplicam ao SIBiUSP ou precisam ser adaptados à sua
realidade, considerando-se que é uma organização diretamente ligada à uma
instituição pública de ensino e que, portanto, pode ser enquadrada no chamado
primeiro setor.



                                                                                     48
3.1.6 BENCHMARKING




        Para realizar o benchmarking da organização, foram escolhidas duas dentre as
maiores universidades do mundo de acordo com o ranking da QS Top Universities e
também as duas universidades parceiras do SIBiUSP.

        As duas universidades escolhidas para o benchmark mundial foram a
Universidade de Columbia e a Universidade de Cambridge. A escolha se deteve em
uma universidade dos Estados Unidos e uma universidade da Inglaterra para tentar
abranger dois lugares muito diferentes do ponto de vista cultural e também porque a
partir do ranking esses são os dois países cujas universidades aparecem nos
primeiros lugares da lista.

        As universidades brasileiras escolhidas foram as duas consideradas
concorrentes parceiras pela própria organização, que são a Unesp e a Unicamp.

        O benchmarking foi realizado com base na observação de websites e produtos
digitais das universidades citadas acima.




O SIBiUSP e os principais parceiros no setor


        O SIBiUSP é uma organização que dispõe de um banco de dados muito
extenso e, por isso, é necessário fazer algumas inferências considerando aspectos
como acervo, rankings e gráficos. Nessa etapa, serão analisados numericamente os
dados disponíveis, conforme listados na tabela a seguir do ano de 2009, fornecida
pela organização. Estas informações serão utilizadas em comparação com cada
parceiro:


Tabela 5: Acervo das bibliotecas da USP.

                                  Livros e     Empréstimos/                  Número de     Número de
            Instituição                                          Usuários
                                   outros       Consultas                    Bibliotecas    Alunos

         USP (SIBiUSP)            2.514.080       4.968.845      138.293          44        88.962

Fonte: SIBiNET USP. Disponível em SIBiUSP em números: <http://www.usp.br/sibi/>



                                                                                                       49
Entre os principais serviços oferecidos pelo SIBiUSP e identificados em outros
parceiros do setor, pode-se citar:


       o Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Campinas (SBU -
          UNICAMP);
       o Portal do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São
          Paulo (CRUESP), consórcio que reúne o acervo digital das bibliotecas da
          USP, UNICAMP e UNESP;
       o ATHENA, que permite pesquisar os livros, dissertações e e-books da
          UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita);
       o SBI, Sistemas de Bibliotecas e Informação da Pontifícia Universidade
          Católica de Campinas (PUC-CAMP).


       O CRUESP foi fundado depois do SIBiUSP, no ano de 1994. Porém, apesar
do menor tempo de existência, seu acervo é de enorme representatividade para o
campo da pesquisa acadêmica brasileira. Atualmente, o consórcio é composto por 93
bibliotecas e conta com mais de oito milhões de itens bibliográficos.

       Assim, ao avaliar os resultados tais como quantidade de bibliotecas, frequência
de uso ou acervo de obras, o CRUESP é, em números, um órgão superior ao
SIBiUSP. Vale lembrar que ele se utiliza dos dados do DEDALUS/USP para a
construção de uma plataforma única que engloba os acervos das grandes
Universidades públicas do Estado de São Paulo. Portanto, dentro desse cenário, o
SIBiUSP é uma das peças para a formação de um sistema maior, remetendo à
questão dos “parceiros”.

       O ATHENA, por sua vez, é constituído pelo acervo de 32 bibliotecas das
Unidades Universitárias Experimentais da UNESP, distribuídas em 23 cidades do
Estado de São Paulo. Entre livros, periódicos, partituras, teses e dissertações, seu
acervo é composto pelo total de aproximadamente 1,02 milhões de itens.
Considerando esses dados, avalia-se que o sistema da UNESP, em abrangência - no
que se refere à presença de bibliotecas e à quantidade de arquivos - aproxima-se do
SIBiUSP. É o terceiro sistema mais representativo do Estado de São Paulo, atrás
apenas do CRUESP e do próprio SIBiUSP.


                                                                                    50
Já SBU da UNICAMP é composto por uma Biblioteca Central e outras 26
bibliotecas em faculdades e institutos. Movimenta aproximadamente 1,2 milhão de
consultas anuais a livros, revistas, teses e jornais, incluindo os empréstimos
domiciliares, realizadas por cerca de 30 mil usuários regulares das bibliotecas.
O acervo bibliográfico é constituído por cerca de 505 mil volumes. A Universidade
investe no sistema, a cada ano, recursos da ordem de R$ 10 milhões.

       As coleções das bibliotecas estão à disposição de toda a comunidade para
consulta local, mas o empréstimo é exclusivo para a comunidade UNICAMP.
A localização dos livros, teses e periódicos pode ser realizada através da Internet, por
meio do "Acervus", o sistema de acesso ao banco de dados bibliográficos do SBU,
similar ao DEDALUS.

       Em números, o sistema da UNICAMP ainda é inferior ao SIBiUSP e ao
ATHENA, porém a sua importância é de grande valia para a pesquisa brasileira, visto
que apresenta números altos no que se refere à consultas, empréstimos e recursos.
Como parceiro do SIBiUSP, o SBU contribui de forma significativa para a formação de
um sistema de banco de dados disponível para pesquisadores.

       A seguir, numa visão ampliada sobre o setor, foram traçados gráficos
comparativos entre os sistemas das universidades parceiras citadas, em termos de
acervo, empréstimos, consultas e número de alunos matriculados.

                                                                         4
Gráfico 1: Comparativo de acervo entre os sistemas SBU, CBG e SIBiUSP.




4
 Fontes: SBU> Anuário Estatístico 2012. Disponível em:
<http://www.aeplan.unicamp.br/anuario_estatistico_2012/index_arquivos/marcador2012_port.pdf>;
CGB: UNESP em números. Disponível em: <http://www.unesp.br/guia/numeros.php/>; USP: SIBiUSP
em números. Disponível em: <http://www.usp.br/sibi/. Acessos em 10 set. 2012.
                                                                                            51
Gráfico 2: Número de alunos na USP, Unesp e Unicamp.




Gráfico 3: Quantidade de Bibliotecas da USP, Unesp e Unicamp.




       O público que utiliza todos estes serviços, tanto do SIBiUSP quanto de seus
concorrentes parceiros é composto, majoritariamente, por alunos, tanto de graduação
como de pós-graduação. Os docentes, por sua vez, compõem a segunda parte desse
público, em menor quantidade que os alunos. Analisando os números, não é possível
identificar se os serviços são mais utilizados por alunos ou docentes.

       Os funcionários das universidades podem ser considerados outra parte do
público que utiliza os serviços. No entanto, é possível que esse segmento use os
serviços de forma mais reduzida, pois não estão diretamente envolvidos com
trabalhos acadêmicos. O público externo também pode acessar os produtos, mas de
forma limitada.

                                                                                 52
Gráfico 4: Comparativo entre os números de empréstimos e consultas entre SBU, CBG e SIBiUSP.




       A partir do gráfico acima, conclui-se que há um número muito maior de
consultas e empréstimos na Universidade de São Paulo. Esse fato pode estar ligado
ao número superior de usuários.

       Os gráficos e tabelas abaixo comparam usuários e potenciais usuários da
UNESP, USP e UNICAMP, a partir dos números de alunos, professores e
funcionários:


Tabela 6: Usuários e potenciais usuários da Unesp, Unicamp e USP.

       Usuário                 Unesp    Unicamp       USP
Alunos de Graduação            34.425   17.083      57.300
    Alunos de Pós              12.031   19.718      28.568
     Professores               3.354     2.052       5.865
       Outros*                 8.196    11.901      21.911
         Total                 58.006   50.754      113.644
                           5
Fonte: UNESP em números.




5
 Fontes: UNESP em números. Disponível em: <http://www.unesp.br/guia/números.php/; Unicamp em
números. Disponível em: <http://www.aeplan.unicamp.br/anuário_estatistico_2012/índex_
arquivos/marcador2012_port.pdf>; USP em números. Disponível em: <http://www5.usp.br/USP-em-
numeros/>.
                                                                                               53
Gráfico 5: Comunidade Unesp.




Gráfico 6: Comunidade Unicamp




Gráfico 7: Comunidade USP.




       Conforme os dados anteriores, o número de usuários potenciais da UNESP e
UNICAMP é inferior ao SIBiUSP. O potencial da USP é grande e os seus usuários
representam um grande público para o SIBiUSP, o que demonstra que é preciso
considerar adequadamente seus respectivos perfis e demandas na elaboração de
suas estratégias para a ampliação de seus usuários.



                                                                             54
3.1.6.2 ANÁLISE SOBRE PRÁTICAS DE comunicação DO SIBI E SEUS
PARCEIROS




       O SIBiUSP participou de algumas divulgações, para valorizar e esclarecer o
que é, o que faz e quais são os seus produtos. Recentemente, a exposição
Conhecimento: custódia e acesso foi inaugurada no Museu da Língua Portuguesa,
pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e tem entre seus objetivos
reconhecer os 30 anos de atividade do SIBiUSP. A exposição ficou aberta de 13 de
Março a 13 de Maio de 20126.

       Outro intuito da exposição – não menos importante – é o de explorar o resgate,
a preservação e o acesso ao conhecimento. Segundo a professora Sueli Ferreira, do
SIBi, a biblioteca não trabalha só com a busca, mas também com a concepção do
conhecimento.

       A visita é aberta ao público em geral e atinge camadas importantes da
sociedade, além de ser gratuita. No entanto, a exposição é destinada, principalmente,
aos alunos do Ensino Médio, universitários e pós-graduandos, pesquisadores,
professores e profissionais interessados em produção do conhecimento, recursos de
acesso e recuperação de informação, acervos e bibliotecas memoriais. Além da
cidade de São Paulo, a exposição visitará diversas cidades do Estado de São Paulo, e
pretende alcançar maior número de pessoas. O catálogo da exposição está disponível
na internet.7

       A construção de um hotsite comemorativo aos 30 anos da organização,
lançado recentemente, alterou significantemente a forma como as informações são
transmitidas, a quantidade de material e o acesso a diferentes formatos.

       Esses esforços para divulgar os serviços e produtos oferecidos pelo SIBi,
contribuem significativamente para a projeção da imagem da organização, no sentido
de aproximar o público do sistema e da produção de pesquisa e mostram que a
organização está disposta a tornar-se mais conhecida e realizar seu propósito maior,
que é a transmissão do conhecimento.

6
  Mais informações sobre a exposição estão disponíveis em
<http://www.museulinguaportuguesa.org.br/noticias_interna.php?id_noticia=259 >.
7
  Disponível em < http://200.144.189.88/30anos/?p=1634 >. Acesso em 07 set. 2012.
                                                                                    55
Essas ações, no entanto, ainda precisam ser aprimoradas, pois, de acordo com
os resultados obtidos nos relatórios de avaliação sobre o SIBi, um dos grandes pontos
negativos do sistema para o público acadêmico é o desconhecimento sobre o papel, o
funcionamento e a gestão do sistema que é desempenhada junto às bibliotecas.

      O Portal do Sistema de Bibliotecas da Unicamp também foi reformulado
recentemente e agora apresenta novo layout e mais informações sobre seus produtos
e serviços. É possível encontrar no site informações sobre as bibliotecas da
Universidade, regulamentações de funcionamento do SBU e outras notícias
relevantes tanto às bibliotecas, quanto ao Ensino e à Pesquisa. Há, inclusive, a opção
de visualizar dados de acesso ao site, como quantidade de visitantes, número de
arquivos baixados, quantidade de páginas vistas etc., contribuindo para o aumento de
transparência da comunicação do sistema. Esse tipo de informação, por exemplo, não
é encontrado de forma clara nos portais dos demais parceiros o que representa
resultados concretos dos esforços do sistema da UNICAMP no sentido de se
aproximar do público e tornar seus produtos e serviços mais conhecidos.

      Além disso, workshops têm sido promovidos pelo Sistema de Bibliotecas para
estimular boas ações desempenhadas pelo SBU, como por exemplo, o incentivo à
preservação correta de acervos. A ação contribui para o desenvolvimento de uma
consciência em relação à importância do acúmulo e acesso ao conhecimento
acadêmico e aumenta a visibilidade dos produtos e serviços da organização.

      A Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP, por sua vez, possui em seu
ambiente digital de artigos científicos e informações sobre seu acervo, mas não
recebe atualização de layout e funcionalidade sobre seus serviços há algum tempo.
Essa desatualização dificulta o acesso a algumas informações e torna a navegação
no portal uma experiência de maior grau de dificuldade. No entanto, é possível baixar
e-books, periódicos, teses e dissertações. Outro ponto positivo do portal é a parte de
comunicação de atividades desempenhadas pela Universidade no que se refere ao
acervo de conhecimento científico. A seção é atualizada regularmente e informa
notícias relevantes à comunidade, como rankings das universidades, principais
softwares ligados à otimização de pesquisas acadêmicas e informações sobre o
vestibular. Contudo, a organização ainda precisa avançar no que se refere à melhoria
da organização das informações e atualização do conteúdo em geral, para que a sua
comunicação institucional ganhe maior relevância.
                                                                                    56
Segundo Oliveira (2002), dois princípios fundamentais devem orientar o
trabalho de um comunicador social dentro de uma instituição pública. O primeiro diz
respeito ao dever da administração pública de prestar contas e o segundo se refere ao
acesso às informações de ciência e tecnologia, que são fundamentais, segundo a
autora, para o exercício pleno da cidadania. “Portanto, não podemos concordar que o
comunicador social público se limite à função de mero porta-voz das ações dos
agentes políticos a quem se reporta” (OLIVEIRA, 2002, p. 126).

        Assim, a comunicação pública precisa, aqui, transcender esse papel apoiando
e orientando os responsáveis pela administração no sentido de fazer o melhor uso
possível dos mecanismos disponíveis para comunicar e reportar ao público as ações e
decisões tomadas. Para Oliveira (2002), a ausência de políticas efetivas de
comunicação para o setor público reflete um desequilíbrio evidente entre os trabalhos
realizados nas áreas pelas diferentes instituições públicas no Brasil.

        Portanto, “a implantação de um trabalho intencional, harmonioso, contínuo e
eficaz de comunicação com a mídia e com o público em geral, no âmbito das
organizações públicas, incluindo as universidades, institutos de pesquisa, fundações
de amparo, secretarias e ministérios, poderia reverter esse quadro” (OLIVEIRA, 2002).
Serão trabalhadas nesse sentido as etapas finais deste projeto.



3.1.6.3 COLUMBIA UNIVERSITY




Figura 11. Logo da Universidade de Columbia.




Fonte: Site oficial. Disponível em: < http://www.columbia.edu/>.


        A Universidade de Columbia foi fundada em 1754 e fica localizada na cidade de
Nova York, nos Estados Unidos. Suas bibliotecas estão organizadas num website


                                                                                   57
central chamado de Columbia University Libraries8. O seu método de busca chama-se
CLIO (Columbia University Libraries online catalog). O site das bibliotecas foi achado
facilmente sendo uma das guias principais no menu dentro do site da universidade.

       Seu acervo possui diversos itens, como o catálogo completo da universidade,
onde se encontram os livros, materiais digitalizados, jornais, vídeos e arquivos de
som, mapas etc.

       Um de seus produtos mais notáveis é um repositório digital, chamado de
Academic Commons9, disponível para o público em geral, que concentra trabalhos
acadêmicos tanto da universidade quanto de seus parceiros. Esse acervo é muito
interessante, pois enriquece a busca online por material acadêmico de qualidade e
dissemina os conhecimentos produzidos pela universidade para o mundo.

       Não foi difícil fazer buscas através do CLIO. Ele concentra materiais
digitalizados, trabalhos acadêmicos da universidade e de seus parceiros e livros que
só podem ser encontrados no acervo físico. Ao fazer uma busca simples, o resultado
encontrado já divulgava onde encontrar o livro, se ele estava disponível ou não e, no
caso de estar disponível online, já conduzia ao link específico, ao qual só era possível
acessar após fazer o login de membro da universidade. Também era possível reservar
o livro pela internet.

       O site continha diversas formas de se comunicar com seus usuários, como:
visitar uma livraria e tirar dúvidas pessoalmente, marcar um horário com um
especialista em determinado assunto para conversar com ele sobre suas pesquisas,
números de contato de todas as bibliotecas, bate-papo online através de um chat,
email ou mensagem de texto via celular. Também havia fóruns para tirar dúvidas,
guias e vídeo-tutoriais para aperfeiçoar a utilização do serviço. Os seus mecanismos
de busca também possuem uma versão mobile para acesso pelo celular. A seguir,
uma imagem após uma busca pelas palavras-chave “collaborative economy”.




8
  COLUMBIA UNIVERSITY. Columbia University Libraries. Disponível em:
<http://library.columbia.edu/>. Acesso em 08 set. 2012.
9
  COLUMBIA UNIVERSITY. Columbia University Academic Commons. Disponível em:
<http://academiccommons.columbia.edu/>. Acesso em 08 set. 2012.
                                                                                      58
Figura 12. Resultados de busca no sistema CLIO.




Fonte: Columbia University Libraries online catalog.


        Através dessa busca, foram encontrados 102 resultados. Na imagem, podemos
ver os três primeiros. O primeiro item está disponível na biblioteca de Business.
O segundo item está disponível online e o terceiro possui diversas disponibilidades.

        Pode-se concluir que o sistema de bibliotecas da Columbia possui diversos
pontos notáveis, que podem ser utilizados para melhorias dos serviços do SIBiUSP,
sendo o principal deles a comunicação entre o usuário e a biblioteca, que é
diversificada e acompanha as novas tecnologias, como possuir interfaces para a
internet móvel dos tablets e smartphones e possibilitar a comunicação via chat e até
mensagem de texto, canal muito difundido entre os jovens. Outro ponto digno de nota
é que em diversas áreas do site é possível encontrar formas de fazer feedbacks sobre
a experiência com o serviço.

        O contato com os usuários é valorizado e foram tomadas diversas providências
para que esses saiam satisfeitos após a experiência com o sistema de bibliotecas.



                                                                                       59
3.1.6.4 UNIVERSITY OF CAMBRIDGE




Figura 13. Logo da Universidade de Cambridge.




Fonte: Site oficial.
Disponível em: <http://www.cam.ac.uk/global/images/identifier4.gif>.




          A Universidade de Cambridge é a segunda no ranking utilizado para a
pesquisa. Uma das mais antigas do mundo, ela foi fundada em 1209 e está localizada
em Trinity Lane, na cidade de Cambridge, no Reino Unido. As bibliotecas da
Universidade de Cambridge estão organizadas no site denominado Libraries
Gateway10, que contém todas as informações e o sistema de busca para as
bibliotecas da universidade, que somam mais de 100.

          Foram encontrados três sistemas de busca, o Newton Library Catalogue11 que
é o principal catálogo, subdividido em outros catálogos menores, disponíveis nas
páginas de cada unidade da universidade; o Library Search12, que fica disponível
diretamente na página inicial do site das bibliotecas da universidade e contém todo o
conteúdo da universidade e o Library Search+13, uma versão de testes onde é
possível encontrar, além de todo o conteúdo do Library Search, também artigos online
de periódicos, textos de e-books e mais de 200 milhões de registros.

          Não é possível realizar buscas através do Newton, pois ele é restrito aos
membros da comunidade da universidade. Ao efetuar-se uma pesquisa através do
Library Search, do termo “McLuhan”, os resultados encontrados estão na figura a
seguir:


10
   UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. Libraries Gateway. Disponível em:
<http://www.lib.cam.ac.uk/libraries/new.html>. Acesso em: 09 set. 2012.
11
   UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. About the Newton catalogue. Disponível em: <http://ul-
newton.lib.cam.ac.uk/vwebv/ui/en_US/htdocs/help/about.htm>. Acesso em: 09 set. 2012.
12
   UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. Library Search. Disponível em: <http://search.lib.cam.ac.uk/>.
Acesso em 09 set. 2012.
13
   UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. Library Search Plus. Disponível em:
<http://searchplus.lib.cam.ac.uk/>. Acesso em 09 set. 2012.
                                                                                             60
Figura 14. Resultados de busca no sistema Library Search.




Fonte: Cambridge Libraries.




        Apesar de retornar 174 resultados, a pesquisa não atingiu o objetivo primário
esperado, que seria listar os livros da autoria de Marshall McLuhan14. Ela mostra, em
sua primeira página, apenas conteúdos que tem a palavra-chave “Mcluhan” em seus
livros, o que mostra uma deficiência do sistema em filtrar os resultados mais
importantes. Porém, ao fazer uma pesquisa direcionada, os resultados são melhores,
como mostra a imagem a seguir:




14
  Marshall McLuhan foi um filósofo e educador canadense. Seus livros, como por exemplo “Os meios
de comunicação como extensão do homem”, são extremamente importantes para a área da
comunicação.
                                                                                               61
Figura 15. Resultados de busca refinada no sistema Library Search.




Fonte: Cambridge Libraries.


        As bibliotecas da Universidade de Cambridge possuem muitos produtos
interessantes, que facilitam o acesso dos alunos e tornam o serviço mais do que um
banco de dados. Alguns dos seus produtos mais notáveis são:


        o Mapa das Bibliotecas: Lá é possível procurar cada biblioteca da
            universidade e encontrá-las facilmente num mapa.
        o Library toolbars: É uma toolbar15 que concentra os conteúdos do sistema
            de buscas Newton e interage com alguns sites onde aparecem livros.
            Um ícone da universidade vai aparecer ao lado de fontes bibliográficas e,
            passando o mouse sobre ele, é possível saber se um determinado livro
            está disponível nas bibliotecas e qual o seu código ISBN16.
        o DSpace@Cambridge: É um repositório institucional da universidade, onde
            é possível encontrar o que foi produzido por ela mesma. Está atualmente
            não disponível devido a mudanças de infra-estrutura.

15
   Uma toolbar é um controle de uso gráfico onde se concentram botões, ícones, menus e outros
elementos para integrar serviços.
16
   ISBN é uma sigla para International Standard Book Number, que é um número identificador único
de um livro.
                                                                                                   62
o Janus: Projeto que provê acesso a catálogos de arquivos e coleções de
          manuscritos sob a tutela da universidade de Cambrigde.
      o Loans Feeds: Permite que se veja as datas de devoluções dos livros
          emprestados dentro dos calendários como Google Calendar, Yahoo
          Calendar, Outlook, entre outros.


      É possível perceber que a universidade está investindo esforços para tornar
seu ambiente online e seus sistemas de busca mais simples para o usuário e também
para inseri-los nas plataformas digitais de maneira dinâmica e interativa. É importante
também ressaltar que todos os serviços têm extensivas explicações sobre como
utilizá-los, instalá-los e ferramentas de feedback para que os serviços sejam
melhorados.




3.1.7 PÚBLICOS




      Para França (2009), a maior preocupação das organizações contemporâneas
se concentra nos relacionamentos com os seus públicos. Segundo o autor, elas
sabem que “deles nascem as estratégias que devem nortear a tomada de decisão
quanto às ações que precisam desenvolver para obterem êxito na administração de
seus negócios” (FRANÇA, 2009, p. 210).

      Dessa forma, segundo Ferreira (1999), o público é um “agregado ou conjunto
instável de pessoas pertencentes a grupos sociais diversos e dispersas sobre
determinada área, que pensam e sentem de modo semelhante a respeito de
problemas, gestos ou movimentos de opinião” (FERREIRA, 1999, p. 1664).

      Nesse sentido, a necessidade de conhecer os públicos para os quais os
projetos de comunicação são dirigidos e com os quais as organizações precisam
necessariamente lidar é fundamental. Os públicos influenciam e interferem na
organização no momento em que se sentem atingidos por ela. São clientes,
acionistas, fornecedores, funcionários, comunidade, entre outros.



                                                                                     63
Dentro do contexto teórico das Relações Públicas, podemos encontrar uma
longa lista de classificação de públicos, de acordo com diversos autores como
Teobaldo Andrade, Lucien Matrat e Edward Freeman. Analisando as diferentes formas
de categorizar os públicos, optou-se por adotar a metodologia de Fábio França, por
considerá-la mais adequada ao perfil de público com os quais o SIBiUSP se relaciona.

       A classificação de Fábio França (2008) compreende uma visão lógica e não
apenas situacional dos públicos. Essa teoria permite, assim, determinar o perfil , o tipo
de relação, o objetivo da relação e o nível de envolvimento17 do público com a
organização.

                       A conceituação lógica é precisa, de caráter universal e estratégico. Examina
                       o ponto de partida da relação e seus desdobramentos no campo dos
                       interesses das partes. Aplica-se a qualquer tipo de relação e de público (...),
                       e esclarece a razão de ser da relação e o que se pretende alcançar com ela
                       (FRANÇA, 2009, p. 234).


       Assim, para organizar o processo de comunicação é preciso, primeiro,
classificar os grupos. Os públicos do SIBiUSP serão classificados, conforme a teoria
de França (2008), em: essenciais, não essenciais e redes de interferência:

       a) Os públicos essenciais são aqueles cujo relacionamento é necessário para
que a organização exista, se mantenha e sobreviva. Ou seja, aqueles ligados à
atividade fim e à missão da organização. Segundo França “são essenciais aqueles
públicos juridicamente ligados ou não à organização e dos quais esta depende para a
sua constituição, manutenção de sua estrutura, sobrevivência e execução de suas
atividades-fim” (2009, p.230),.

       b) Os públicos não essenciais são aqueles que estão ligados às atividades
meio. Agências de publicidade e prestadores de serviço, por exemplo, já que muitas
vezes contribuem para sua visibilidade e credibilidade. “Os públicos não-essenciais
definem-se como redes de interesse específico, pelo grau maior ou menor de
participação nas atividades da organização” (FRANÇA, 2009, p. 231).

       c) Dentro das redes de interferência encontramos os grupos que podem
interferir de uma maneira positiva ou negativa no negócio. São geralmente



17
  Os níveis de relacionamento das organizações com seus públicos podem ser de dependência, de
participação ou de interferência.
                                                                                                    64
representados pela mídia e por concorrentes da organização. As redes de
interferência:
                     (...) representam públicos especiais do cenário externo das organizações,
                     os quais, devido ao seu poder de liderança operacional ou representativa
                     diante do mercado e da opinião pública, podem gerar interferências
                     indesejáveis para a organização ou apoiá-las, como seria esperado.
                     (FRANÇA, 2009, p. 232).




3.1.7.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PÚBLICOS




   Sendo assim, considerando a teoria de França (2008) exposta acima, é possivel
classificar os públicos que se relacionam com o SIBiUSP da seguinte forma:




Públicos essenciais


       A. DIRIGENTES DAS UNIDADES
       É o público de maior interesse do SiBiUSP. Como nele se concentra o poder
decisório dentro de cada Unidade da Universidade de São Paulo, conhecer a
organização é de essencial importância para que ele seja mais e melhor divulgado e
receba apoio na Universidade.

       B. DOCENTES
       É o segundo público em grau de importância. É ele que vai influenciar os
alunos a participarem e conhecerem o SiBiUSP.

       C. PÓS-GRADUANDOS
       Esse é um público de interesse estratégico. Como a frequência em que estão
na Universidade é menor que a dos alunos e, e também por serem pesquisadores,
precisam mais dos produtos e serviços oferecidos pelo SiBiUSP, como, por exemplo,
o acesso remoto ao acervo e a visualização dos diversos periódicos assinados pela
organização.

       D. GRADUANDOS
       Apesar de ser o maior público em número, não é o público de maior interesse
para o SIBiUSP. Segundo a organização, os alunos de graduação têm menos
                                                                                            65
interesse nos serviços oferecidos, com exceção da ferramenta de busca integrada.
Como os acervos físicos de todas as bibliotecas são suficientes, as necessidades dos
graduandos são consideradas como “atendidas”.

       E. FUNCIONÁRIOS
       É o público de menor participação. Como possuem número USP,
automaticamente todos têm acesso ao acervo do SiBiUSP. Porém, os funcionários
têm um interesse reduzido e pontual, provavelmente por não serem nem estudantes,
nem pesquisadores.




Públicos não essenciais


       A. ASSESSORIA DE IMPRENSA USP
       A imprensa da USP é o principal meio de divulgação do SiBiUSP. Ela é a
responsável por expor o SIBiUSP nas redes externas à Universidade. Os principais
veículos de exposição são: TV USP, Canal Universitário, Rádio USP e grupos de
email criados pelos Departamentos da universidade.

       B. GRUPO EX LIBRIS
       O Grupo Ex Libris é a empresa responsável pelo desenvolvimento do Sistema
DEDALUS. O sistema DEDALUS, versão do software Aleph18 - sistema integrado
utilizado na automação de bibliotecas e centros de pesquisa - foi customizado para o
SIBiUSP e é, hoje, um dos principais produtos oferecidos pela organização. Seu
funcionamento correto reflete diretamente na credibilidade do SIBi.




18
   O Grupo Ex Libris é um pioneiro mundial na área de soluções de software para bibliotecas e
                                                                       18
centros de informação. O sistema integrado de bibliotecas ALEPH 500™ é considerado líder de
mercado na automação de bibliotecas e centros de pesquisa. Para mais informações sobre o
sistema, acessar: http://www.exl.com.br/aleph.htm
                                                                                                66
Redes de interferência


      A. MÍDIA
      Um público de relacionamento ainda pouco trabalhado pelo SIBiUSP é a
imprensa externa à USP, na qual há pouca ou nenhuma divulgação de seus produtos,
serviços e ações importantes como eventos e exposições.

      Essa conceituação lógica utilizada para classificar os públicos vai facilitar o
planejamento das mensagens e ajudará na definição dos veículos que devem ser
utilizados para cada público em etapas posteriores deste projeto, evitando a produção
de peças inadequadas e, de certa forma, até reduzindo custos. Na conceituação
utilizada, as preocupações são o relacionamento e a comunicação da organização
com os todos os seus públicos. Para França:


                     (...) essa inovação e visão global da conceituação de públicos exigem que
                     os comunicadores trabalhem de maneira mais estratégica, lembrando-se de
                     que, antes de selecionar os instrumentos da mídia, é necessário que
                     dediquem maior atenção ao conhecimento dos diversos elementos que
                     compõe os relacionamentos das empresas com os públicos, a fim de que
                     possam determinar quais são os públicos estratégicos da organização, para
                     que sejam atingidos de maneira adequada, estratégica e eficaz (FRANÇA,
                     2009, p.255).




      Ou seja, é necessário que seja determinado quem são os públicos estratégicos
da organização, de modo que a partir daí sejam definidos os instrumentos de mídia,
atingindo de maneira adequada, estratégica e eficaz para tais públicos.




3.2   ANÁLISE MACROAMBIENTE




      Segundo Kunsch (2003), um dos pontos de partida para se iniciar o
planejamento estratégico é realizar uma análise ambiental externa, setorial e interna.
Em outras palavras, é nesse momento que se estuda o ambiente em que as
organizações se inserem. Ainda segundo a autora:



                                                                                            67
O ambiente externo ou macroambiente é constituído por um conjunto de
                     variáveis ou fatores externos econômicos, sociais, políticos, legais,
                     demográficos, tecnológicos, culturais e ecológicos que influenciam direta e
                     indiretamente a vida das organizações. É o ambiente total, incontrolável por
                     parte da organização. As organizações, para sobreviver, precisam
                     necessariamente relacionar-se com seu meio ambiente, não só
                     influenciando e causando impacto sobre eles, mas sobretudo sendo
                     influenciadas e sofrendo seus impactos. (KUNSCH, 2003, p.105).




       Por conta disso, deve-se considerar nesta análise os ambientes nos quais a
organização está inserida, aqueles em que as mudanças causarão impactos positivos
ou negativos. Os dois principais ambientes considerados na análise são o tecnológico
e o sociocultural.

       O ambiente tecnológico se refere aos conhecimentos e informações relativos
aos processos e produtos de uma organização. As condições tecnológicas influenciam
na competitividade das empresas principalmente quando se trata de tecnologia que
está sujeita a inovações. A tecnologia e seus avanços, portanto, influenciam
grandemente uma organização. A adoção de uma nova tecnologia permite que sejam
criados produtos revolucionários ou que se tenha o acesso a um grande segmento de
consumidores latentes. Os efeitos da tecnologia no dia-a-dia de todos são cada vez
mais evidentes. O ambiente sociocultural está ligado à cultura dentro do ambiente
social; ou seja, costumes, crenças, valores, estilos de vida e tradições que são
transmitidas através das gerações.

       A partir dessa análise, serão identificados quais são as ameaças e
oportunidades que esse ambiente traz para o cliente. É importante destacar que,
muito embora os ambientes tecnológico e sociocultural tenham sido pesquisados de
maneira separada, eles estão intimamente ligados e sofrem mútua influência. Não se
pode pensar em um ambiente tecnológico que não afete o ambiente sociocultural, e
isso também vale para seu inverso.

       Desse modo, elencam-se alguns dos maiores fatores dos ambientes
tecnológicos e socioculturais que, dentro de si, guardam outras multiplicidades que
desdobram em novas ameaças e oportunidades.




                                                                                               68
O armazenamento digital não pode mais ser ignorado nem considerado como
parte secundária. Uma pesquisa feita pela revista Science19 constatou que, em 2000,
75% da informação era guardada em formatos analógicos. Já em 2007, 94% dos
dados eram digitais. O estudo considerou que a era digital se iniciou em 2002, ano em
que a capacidade de armazenamento digital ultrapassou a analógica. .

        Evidencia-se uma era onde a tecnologia se desenvolve rapidamente. Todo
esse potencial de crescimento das tecnologias de armazenamento digital e sua
posterior manutenção foi acompanhada pelo crescimento da área de TI, tanto no
Brasil quanto no mundo. A Tecnologia da Informação hoje é essencial para o
funcionamento de qualquer organização, pois é ela quem lida com o funcionamento
dos computadores e equipamentos de telecomunicações para guardar, recuperar,
transmitir e manipular dados. Em 2012, estima-se que a Tecnologia da Informação
crescerá 12% no Brasil20, apesar da crise econômica que está afetando o mundo
nos últimos anos, que vem desacelerando o mercado. Isso coloca o Brasil como o
terceiro país no mundo que mais crescerá nessa área, perdendo apenas para China
e Índia.21

        Grande parte desse crescimento da TI também se deve à difusão da
computação em nuvem. O termo “cloud computing”, como utilizado em inglês, foi
introduzido à mídia pelo CEO do Google, Eric Schmidt, em 2006, e se refere à
computação na internet. Suas origens, no entanto, se encontram na evolução das
tecnologias de rede e nos mecanismos de busca, além do uso comercial desse
serviço que foi inserido pela empresa Amazon e suas prateleiras infinitas.22

        A computação em nuvem é uma forma de utilizar softwares complexos e
armazenar dados sem que esses estejam instalados e gravados dentro do disco
rígido de um computador. Isso torna uma máquina de hardware inferior capaz de
acessar dados complexos sem precisar de uma infraestrutura adicional que possui

19
   G1. Capacidade de armazenamento de dados mundial é de 295 exabytes. São Paulo: 11 fev.
2011. Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/02/cientistas-calculam-
armazenamento-global-de-dados-em-295-exabytes.html>. Acesso em: 10 set. 2012.
20
   AGÊNCIA ESTADO. TI deve crescer até 12% no Brasil em 2012. São Paulo: O Estado de S.
Paulo, 17 out. 2011. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/ti/ti-deve-crescer-ate-12-no-brasil-
em-2012-17102011-52.shl>. Acesso em: 28 jun. 2012.
21
   FREITAS, H. Brasil será 3º mercado com maior crescimento da TI em 2012. São Paulo: Portal
Terra, 25 out. 2011. Disponível em: <http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5434440-EI15608,00-
Brasil+sera+mercado+com+maior+crescimento+da+TI+em.html>. Acesso em: 29 jun. 2012.
22
   SHIRKY, C. A Cultura da Participação: criatividade e generosidade no mundo conectado. Rio de
Janeiro: Zahar, 2011.
                                                                                                         69
custos altos e invariavelmente permanecerá subutilizada. Através dela, as empresas
podem obter maior eficiência de seus investimentos em TI e softwares. Contratando-
se um serviço de cloud computing, obtém-se uma grande economia porque o
pagamento é feito pelo uso dos serviços, como uma conta de luz, e não por toda a
infraestrutura para possuí-lo, sendo essa responsabilidade da empresa contratada,
bem como sua atualização e manutenção. Tudo o que se necessita para ter acesso
a softwares complexos e uma quantidade muito grande de arquivos é um
computador – ou similares, como smartphones e tablets – e uma conexão com a
Internet.

       Migra-se para um mundo centralizado no PC de “Personal Computer”, que foi
o centro da computação pessoal durante 30 anos, para uma computação em nuvem
onde o PC é apenas um participante.23 Nesse contexto, são necessários ainda mais
profissionais de TI que sejam capazes de administrar esses dados na nuvem e que
possam manter tal sistema em pleno funcionamento.

       Outro grande impulsionador do crescimento, tanto do armazenamento digital
quanto do mercado de TI é o boom dos dispositivos móveis, como os smartphones e
tablets. A venda desses aparelhos aumentou 83% do primeiro trimestre de 2010
para o mesmo período em 2011.24 As previsões para 2012 preveem que o total de
vendas avance mais de 70%, chegando a 15,4 milhões de smartphones.25
A praticidade e mobilidade que esses aparelhos propiciaram à população aumenta a
necessidade de armazenamento digital nas nuvens e da melhoria do sistema de
telecomunicações, bem como do aumento de profissionais relativos a essas áreas.
Através da internet móvel, o usuário está conectado todo o tempo e, utilizando-se da
computação em nuvem combinada com a mobilidade, é possível ter acesso a
softwares e arquivos de qualquer lugar.

       Aliado a essas tendências, também foi encontrada uma que é tanto
tecnológica quanto sociocultural: as “bibliotecas do futuro”. Não é inovador falar

23
   TAURION. C. PC, de Personal Computer a Personal Cloud. São Paulo: CIO Uol, 2012.
Disponível em: <http://cio.uol.com.br/opiniao/2012/02/13/pc-de-personal-computer-a-personal-
cloud/>. Acesso em 09 set. 2012.
24
   AMCHAM BRASIL. Mercado de tablets e smartphones começa a crescer no Brasil. São Paulo:
25 jun. 2011. Disponível em: <http://www.amcham.com.br/regionais/amcham-sao-
paulo/noticias/2011/evolucao-do-mercado-de-tablets-e-smartphones-e-lenta-no-brasil/>. Acesso em:
29 jun. 2012.
25
   BT GLOBAL SERVICES. Como gerenciar os dispositivos móveis. São Paulo: 04 jun. 2012.
Disponível em: <http://www.blog.bt.com/btbrasil/tag/dispositivos-moveis>. Acesso em: 10 set. 2012.
                                                                                                 70
sobre tal conceito. Desde a década de 50, Vannevar Bush já discutia sobre o futuro
do conhecimento através de seu célebre projeto Memex, invenção considerada
precursora da ideia de hipertexto26. No Brasil, tais especulações quanto à
remodelação das bibliotecas surgiram na década de 90.27 A biblioteca virtual dará
ênfase na digitalização de coleções, conservação de arquivos digitais e melhoria dos
métodos de armazenamento de dados, recuperação, curação e outros serviços.
Acessibilidade remota, disponibilidade infinita das coleções e possibilidade de
transferir conteúdos de maneira infinita são algumas das características desse novo
conceito.

        A partir dessa premissa, em 2012, as bibliotecas estão se tornando centros
para a mudança social e econômica da população. Duas bibliotecas dos Estados
Unidos, a Westport Library, localizada em Connecticut e a Fayetteville Free Library
(FFL), em Nova York, criaram o que está sendo chamado de Makes Spaces ou, em
tradução livre, “Espaços do Fazer”, locais destinados ao desenvolvimento de
projetos que estimulem ideias inovadoras. Isso mostra que as bibliotecas, longe de
estarem com seus dias contados, caminham para um futuro onde estão ganhando
usos alternativos. A criadora do “Fab Lab”28, o Maker Space da FFL, Lauren
Smedley, afirma que as bibliotecas existem para “prover acesso livre e grátis à
informação, tecnologia e ideias”; ou seja, as bibliotecas, mais do que um repositório
para livros, devem ser vistas como um centro do conhecimento. Isso mostra uma
tendência sociocultural atual da sociedade onde não é mais suficiente obter a
informação, afinal, ela está livre e facilmente acessível, mas também utilizá-la para
um propósito.

        Porém, apesar do grande crescimento das vendas dos aparelhos de internet
móvel, da facilidade cada vez maior ao acesso às informações e da tendência a
proatividade em relação à informação, o brasileiro se interessa cada vez menos por
leituras, sejam elas de jornais, revistas, livros ou textos na internet. Estudos feitos pelo
Instituto Pró-Livro apontam que, a partir de uma lista na qual cada um poderia escolher
até cinco opções, 85% dos brasileiros ainda têm a TV como sua atividade predileta nas

26
   Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital.
27
   FERREIRA, S. L. M. S. P. Biblioteca do futuro: sonho ou realidade? Brasília: Ciência da
Informação, 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
19651997000200001>. Acesso em 09 set. 2012.
28
   Sigla que significa “Fabrication Lab” – ou Laboratório de Fabricação, em tradução livre –, e que a
criadora Lauren Smedley chama de “Fabulous Lab” ou “Laboratório Fabuloso”.
                                                                                                        71
horas vagas. A leitura vem em sétimo lugar, com somente 28% das preferências.29 Isso
se deve principalmente à falta de tradição nacional de incentivo à leitura e também ao
fato de poucos membros da família manterem tal hábito, o que acaba influenciando os
mais jovens. Somado a isso, o desinteresse por livros obrigatórios na escola, que
muitas vezes causam pouca identificação com a vida do jovem e são geralmente de
difícil compreensão, leva ao desinteresse por livros em geral.

       A pesquisa do Instituto Pró-Livro também aponta que a leitura de livros
digitais (e-books) é pouco disseminada no Brasil30. Os dados mostram que 70% dos
entrevistados nunca ouviram falar dos livros eletrônicos que podem ser lidos em
equipamentos como tablets e e-readers e dos 30% que já ouviram falar, 82% nunca
leram um livro eletrônico. Mas isso não significa que os brasileiros não estão
utilizando a internet móvel. Estudo feito pela Opera Software31 aponta que 79% dos
entrevistados utiliza seus dispositivos móveis diariamente para acessar a internet.
Os usos mais comuns são para atualizar as redes sociais, baixar conteúdos e
assistir vídeos. Portanto, a falta do hábito de leitura se mantém, mesmo com o maior
acesso a esses conteúdos.

       Ainda a partir da pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro, foi constatado que as
bibliotecas, por sua vez, são consideradas um local para leituras de apenas 12% dos
brasileiros. Porém, ela desponta como um dos principais meios de acesso ao livro,
com 26% de preferência do país, sendo o maior peso entre os países considerados
no estudo.32 Isso mostra uma necessidade latente de tornar as bibliotecas mais
valorizadas pela população, pois ela é um meio importante de acesso entre a
minoria que está interessada na leitura.

       Portanto, o aumento de smartphones e tablets em circulação só será uma
oportunidade se for aumentado o interesse no uso desses dispositivos para a leitura

29
   AGÊNCIA BRASIL. Assistir TV é atividade preferida do brasileiro; leitura fica em 7º. São
Paulo: Terra Networks Brasil, 28 mar. 2012. Disponível em:
<http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5690566-EI8266,00-
Assistir+TV+e+atividade+preferida+do+brasileiro+leitura+fica+em.html>. Acesso em: 09 set. 2012.
30
   JINKINGS. D. Livros digitais ainda são desconhecidos pela maioria dos brasileiros. Brasília:
Agência Brasil, 28 mar. 2012. Disponível em: < http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-
28/livros-digitais-ainda-sao-desconhecidos-pela-maioria-dos-brasileiros>. Acesso em: 28 jun. 2012.
31
   FURLAN. P. O brasileiro e seus hábitos de navegação em dispositivos móveis. São Paulo:
Grupo Padrão, 13 ago. 2012. Disponível em: <http://consumidormoderno.uol.com.br/consumidor-2-
0/o-brasileiro-e-seus-habitos-de-navegac-o-em-dispositivos-moveis>. Acesso em: 10 set. 2012.
32
   CENTRO REGIONAL PARA EL FOMENTO DEL LIBRO EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE.
Comportamento do leitor e hábitos de leitura: comparativo de resultados em alguns países da
América Latina. Bogotá: 2012.
                                                                                                     72
e não somente para outras finalidades, como, por exemplo, o acesso às mídias
sociais. Outro ponto de dificuldade é a qualidade das informações encontradas. Pelo
excesso de dados disponíveis, o usuário muitas vezes se vê incapaz de filtrar o que
pode ser relevante.33 Uma maneira de criar e manter o interesse das pessoas, em
especial os jovens, na leitura, seria utilizar-se dessa tendência encontrada, das
bibliotecas como espaços de criação. Ao frequentar a biblioteca como uma fonte de
aprendizado, o interesse pela leitura poderia florescer.

       Tem-se, então, um panorama no qual a tecnologia está em processo de
rápido desenvolvimento, o acesso às informações está cada vez mais fácil pela
disseminação dos dispositivos móveis e pela possibilidade de armazenamento de
arquivos e softwares nas nuvens e, ainda assim, o interesse pela leitura diminui. Isso
poderia ser considerado negativo para o SIBiUSP porém, ele pode valer-se dessa
ameaça transformando-a em oportunidade ao organizar, disponibilizar e divulgar
conteúdos pela internet de forma que atinja efetivamente seus usuários.

       Em outras palavras, é necessário tornar o leitor que possui os novos aparatos
tecnológicos conhecedor dos serviços do SIBiUSP, além de tornar o acesso a estes
mais fácil e rápido. Com um método de busca fácil, rápido e bem-estruturado, e com
uma divulgação que contemple seus públicos-alvo, o SIBiUSP tem a grande chance
de consolidar sua faceta estratégica, ganhando formadores de opinião que valorizem
e utilizem suas ferramentas, disseminando, entre seus iguais, uma imagem positiva
da organização.

       Por meio do advento das tecnologias, uma nova estrutura sociocultural é
instaurada e a organização apresenta-se como uma inovação em gestão da
informação para setor de bibliotecas, uma vez que ele existe para integrar o sistema
e facilitar a localização de obras do acervo USP. À medida que a sociedade estiver
inserida no contexto tecnológico, uma plataforma digital como o SIBiUSP é bem-
vinda. Porém, a dependência das bibliotecas físicas é uma realidade que deve ser
considerada no momento de se reorganizar para ser referência em busca científica,
mesmo que apenas para membros da comunidade USP. Em suma, ele tem a
grande oportunidade de melhorar sua comunicação com os públicos da USP, além


33
  GIRON, L. A. Umberto Eco: “O excesso de informação provoca amnésia”. São Paulo: Época,
30 dez. 2011. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/12/umberto-eco-o-
excesso-de-informacao-provoca-amnesia.html>. Acesso em: 09 set. 2012.
                                                                                                    73
de modernizar-se não somente através de novas tecnologias, mas também por
inserir-se em um contexto mais “high-tech”, acompanhando os jovens alunos que
procuram por informações mais organizadas e completas de forma fácil e tornando a
biblioteca um local de convivência, mais do que um local para armazenar livros.

      Na figura a seguir, tem-se um esquema simplificado dos fatos apontados no
texto acima. O ponto central da integração é o avanço das tecnologias. Numa
relação de causalidade e também de consequência, temos o boom dos dispositivos
móveis que acabou impulsionando ainda mais o crescimento da área de TI e a
progressão da computação em nuvem.

      A partir da computação em nuvem, pode-se afirmar que o acesso às
informações tornou-se ainda mais fácil e, com isso, ocorreu um processo de
superabundância de informações. Dessa forma, as pessoas começam a se sentir
bombardeadas com informações, o que as leva ao desinteresse em ler.

      O acesso à internet e suas informações, no entanto, continuou alto, mas não
com intenções de pesquisa, nem de leitura e sim para entretenimento, como as
mídias sociais. O grande índice de acesso à internet, por sua vez, leva novamente
ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das novas tecnologias.

      As bibliotecas, apesar de não estarem inseridas efetivamente no ciclo, podem
ser consideradas parte dele se forem inseridas no conceito de biblioteca virtual, ou
seja, que torne acessível informações por meio da internet e se tornem centros de
conhecimento e colaboração.




3.2.1 ASPECTOS LEGAIS QUE PODEM AFETAR A ATUAÇÃO DO SIBIUSP




      Por fim, analisar-se-á nesta etapa o legislativo. Dentro do código brasileiro,
foram identificadas três leis e um decreto que podem influenciar, direta ou
indiretamente, o trabalho do SIBiUSP.

      Em primeiro lugar, é preciso compreender as considerações legais acerca dos
direitos autorais no Brasil. Eventuais mudanças que envolvam as questões de autoria
afetam diretamente o negócio do SIBi e, por isso, devem ser acompanhadas
                                                                                  74
frequentemente. O código atual aplica-se não somente a livros e publicações
acadêmicas, mas também a direitos patrimoniais sobre bases de dados, como pode
ser observado no sétimo capítulo da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998:


                     Capítulo VII
                     Da Utilização de Bases de Dados
                     Art. 87. O titular do direito patrimonial sobre uma base de dados terá o
                     direito exclusivo, a respeito da forma da expressão da estrutura da referida
                     base, de autorizar ou proibir:
                     I - sua reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo;
                     II - sua tradução, adaptação, reordenação ou qualquer outra modificação;
                     III - a distribuição do original ou cópias da base de dados ou a sua
                     comunicação ao público;
                     IV - a reprodução, distribuição ou comunicação ao público dos resultados
                     das operações mencionadas no inciso II deste artigo.
                     (BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998)


      Na conjuntura atual, é fundamental observar as condições de distribuição das
cópias digitais de obras fora do domínio público, bem como as publicações em nome
do SIBi e da USP. Dependendo da proatividade da organização, esse ponto pode ser
uma fraqueza. Se não houver medidas preventivas e acompanhamento frequente das
mudanças legais o SIBiUSP pode enfrentar problemas judiciais e gastos extras para
regularizar a sua situação.

      Além dessa, outra lei sancionada por Fernando Henrique Cardoso em 1998
pode afetar o negócio do SIBiUSP. A Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro 1998, dispõe
sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua
comercialização no País, e outras providências. (BRASIL, 1998)

      Para o SIBiUSP, o carro chefe de seus serviços é a busca no acervo, realizada
por um programa de computador disponível nas bibliotecas, o Aleph 500, em versão
customizada denominada DEDALUS. A atenção se deve ao fato de que o autor se
reserva ao direito de reivindicar a paternidade do programa a qualquer momento e,
além disso, pode recusar customizações e alterações de código se as julgar
inadequadas.

      Essas e outras questões devem ser resolvidas em contratos de licença, mas é
conveniente acompanhar as mudanças da legislação e, mais do que isso, manter um
bom relacionamento com o fornecedor, facilitando as negociações de contrato.




                                                                                               75
Enquanto isso, a Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010 dispõe sobre a
universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País. O ponto chave
desta lei está em seu parágrafo único:


                      Parágrafo único. Será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no
                      mínimo, um título para cada aluno matriculado, cabendo ao respectivo
                      sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua
                      realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação,
                      organização e funcionamento das bibliotecas escolares. (BRASIL, Lei nº
                      12.244, de 24 de maio de 2010)


      Com essa lei, as bibliotecas do SIBiUSP mantêm sua atuação regulamentada e
garantida, mas cabe à organização a responsabilidade de manter o volume do acervo
de acordo com a sua realidade.

      Por fim, temos como ponto de atenção o decreto de Lei brasileiro Nº 5.296, de
2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de
2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, afirma que:


                      Todos os portais e sites da administração pública deverão ter
                      obrigatoriamente seus conteúdos acessíveis para pessoas portadoras de
                      deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informações
                      disponíveis. (BRASIL, Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004)


      Neste momento, a Lei Acessibilidade e Regulamentação ainda não afeta o
SIBiUSP e suas bibliotecas. No entanto, sua expansão pode alcançar os setores
educacionais e de serviços da informação, obrigando a adaptação dos sites
eletrônicos para acessibilidade dos portadores de deficiência visual. É importante que
a equipe esteja alerta para essa modificação, que demandará tempo e orçamento.
Por lei, o SIBi ainda não é obrigado a fazer essa atualização.




3.3   ANÁLISE SWOT




      A análise SWOT fornecerá um direcionamento mais claro sobre o cenário em
que o SIBiUSP está inserido e trará insumos para uma proposta de planejamento
estratégico mais eficiente. Por meio dessa ferramenta será possível identificar qual

                                                                                              76
posição o cliente ocupa no contexto atual e quais as estratégias necessárias para
posicioná-lo de forma mais alinhada às suas metas e à própria visão da organização.

       A análise SWOT consiste em analisar os pontos fortes e fracos da organização,
suas oportunidades e suas ameaças. Alguns autores afirmam que ela consiste em
empreender uma análise interna, levantando as forças e fraquezas, e uma análise
externa, considerando as oportunidades e ameaças do ambiente. Entretanto, não é
possível analisá-los separadamente. De acordo com YANAZE (2006), só se pode
entender a constatação de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças se elas
forem oriundas de uma análise combinada, na qual as condições internas devem ser
sobrepostas e confrontadas com as situações do ambiente. Portanto, forças e
fraquezas só podem ser reconhecidas nos contextos em que ocorrem em relação às
oportunidades e ameaças, ou seja, em relação umas às outras.

       Sendo assim, a análise que segue mapeará externamente oportunidades e
ameaças e, internamente, forças e fraquezas para chegar, com o cruzamento de tudo
que foi levantado, em um diagnóstico mais apurado e que revele a organização dentro
de seu atual contexto.


Figura 16. Análise SWOT.




                                                                                      77
3.3.1 OPORTUNIDADES




      No que se refere à análise do ambiente externo, pautando-se pela análise
macroambiental e setorial realizadas anteriormente, pode-se identificar algumas
oportunidades que devem ser aproveitadas pelo SIBi para expandir os seus serviços
e, ao mesmo tempo, adaptar-se às novas demandas trazidas pela Era Digital. No
atual período em que a disseminação da tecnologia facilita o acesso a todo tipo de
informação, os dispositivos móveis e outros aparatos tecnológicos, como a
disseminação da computação em nuvem, tem criado o seu papel na sociedade.

      Com isso, a área de tecnologia da informação cresceu e, com ela, também as
novas formas de armazenamento digital. A computação em nuvem é mais um fator
que completa tal cenário. Além disso, a insurgência da necessidade nas pessoas de
estar em constante interação e da facilidade comunicacional encontrada nos dias de
hoje, leva a surgir uma nova estrutura sociocultural de relacionamento com a
tecnologia, de alta frequência de uso e de consumo imediato de diversos tipos de
conteúdos que pode ser aproveitada pela organização. O SIBiUSP já está inserido no
mundo digital, mas as plataformas ainda precisam ser aprimoradas e renovadas.

      Considerando esse cenário, o investimento para que seja possível o acesso a
todos os produtos e serviços do SIBi por meio de interfaces móveis é uma
oportunidade. Atualmente, já é possível acessar os sistemas DEDALUS e o Busca
Integrada através do celular, o que aumenta os canais disponíveis para inserção da
marca, tornando-a mais presente no dia-a-dia dos usuários e simplificando o acesso,
o que aumenta as chances de ele ocorrer.

      A tendência à digitalização pode se apresentar como uma ameaça às
bibliotecas, porém, pode se tornar também uma oportunidade, caso o SIBi seja capaz
de acompanhar a tendência constatada no estudo ambiental anterior onde as
bibliotecas estão se tornando locais de convivência, criação de ideias e transmissão
mútua de conhecimento.

      Além disso, a organização pode se aproveitar desse momento de novas
tecnologias disponíveis para aumentar o seu acervo digital, tendência verificada em
outras organizações do mesmo setor. A biblioteca está tornando-se virtual. O novo

                                                                                  78
contexto sociocultural aproximou as pessoas das plataformas digitais e, é possível
verificar que organizações de todos os ramos e setores e dedicadas às mais
diferentes atividade estão migrando para o ambiente digital seja em seus processos
internos ou em suas divulgações externas. Os novos recursos tecnológicos, como o
armazenamento em nuvem, também podem ajudar o SIBiUSP a adquirir sistemas
técnicos, de navegação e de capacidade de busca cada vez mais eficientes a preços
menores.

       A inserção nas mídias sociais, que já acontece através do Twitter e dos
dispositivos de feeds, deve ser continuada de maneira eficiente, com o
compartilhamento de conteúdos do interesse dos usuários e que fortaleçam o vínculo
emocional desses com a marca SIBi, o que lhe darão maior interesse em conhecer e
utilizar todos os produtos e serviços da organização.

       Já com relação ao setor em que a organização está inserida, também pode-se
verificar algumas oportunidades. O crescimento da produção científica no Brasil, maior
que a média mundial, impulsiona e fortalece seu trabalho. A Universidade de São
Paulo (USP), quando comparada a outras universidades Do País, é a que apresenta
maior reconhecimento internacional e está presente e classificada em diversos
rankings mundiais importantes, como descritos na análise setorial do presente estudo.

       O vínculo entre o SIBiUSP e a universidade pode posicioná-lo de forma mais
estratégica no setor. Através da força da marca USP, o SIBi pode ganhar maior
visibilidade e se destacar perante outras organizações do setor de administração de
bibliotecas.

       Sendo assim, através da USP, a pesquisa tende a ganhar força e o SIBi entra
como o ator mais importante na disseminação da produção científica e ao
disponibilizar conteúdos que fomentem essa área. Portanto, ao se utilizar das novas
tendências e tornar os conteúdos virtuais e acessíveis de qualquer lugar através dos
dispositivos móveis conectados à internet, o SIBi será capaz de cumprir seu papel
dentro da Universidade de São Paulo, incentivando o acesso a conhecimentos de
caráter acadêmico e fomentando a pesquisa.




                                                                                    79
3.3.2 AMEAÇAS




      Pode-se elencar alguns pontos que se apresentam como ameaças ao
desenvolvimento do SIBiUSP enquanto referência na busca de dados e
informações. Conforme abordado anteriormente, em uma pesquisa feita pela revista
Science constatou-se que a era digital se iniciou em 2002. Assim, há 10 anos o
cenário ambiental já se apresentava com o princípio da Era Digital. Nos dias de hoje,
os dispositivos móveis tornam todos os processos digitalizados. Portanto, o
processo de digitalização das obras deve alcançar um patamar que seja, senão o
meio principal de acesso, ao menos um dos mais importantes, de forma que seja
capaz de acompanhar as tendências. Um atraso nesse contexto se apresenta como
uma ameaça ao alcance de seus objetivos de incentivo ao conhecimento, à geração
da informação e o fomento à pesquisa científica.

      Outro elemento que deve ser ressaltado é o fato que a cultura de leitura no
Brasil tem enfraquecido, apesar do acesso e a facilidade terem aumentado com os
dispositivos móveis. Através da análise ambiental, também foi constatado que o
brasileiro possui pouco conhecimento dos livros digitais e utiliza a internet móvel
principalmente para uso recreativo. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro
em março de 2012, o número de brasileiros que se consideram leitores caiu de 95,6
milhões em 2007 para 88,2 milhões em 2011. Esses fatos se apresentam como
ameaças, uma vez que o hábito de ler está intrínseco à missão do SIBi e, à medida
em que o brasileiro não possui interesse pelo conhecimento e informação, seus
produtos e serviços não atingirão todo o seu público potencial. Portanto, digitalizar
as obras não será garantia na melhoria dos índices de leitura do país e nem de
maior acesso aos serviços do SIBi. Sem o estímulo correto à leitura, os aparatos
tecnológicos que vem surgindo se consolidarão como ameaça ao invés de suporte à
organização, uma vez que, como fonte de entretenimento e acesso a diversos tipos
de conteúdos, pode concentrar mais atenção do usuário.

      A presença nas mídias sociais pode ser vista como uma oportunidade ou
como ameaça. Ao adentrar o universo das redes sociais, é necessário que haja uma
atualização constante e que sejam disponibilizados conteúdos de interesse geral,
não apenas propagandas e outras ações de marketing, que acabam por causar o
                                                                                   80
efeito contrário, afastando o público. Ao serem postados conteúdos de assuntos
relacionados ao conhecimento, entre outros, o usuário se identifica com a marca e,
consequentemente, se interessará mais em conhecer seus serviços e produtos.
Também deve se tomar extremo cuidado com a divulgação de informações confusas
ou em excesso, pois o usuário hoje se vê bombardeado de conteúdos por todos os
meios e muitas vezes não possui capacidade nem disponibilidade para filtrar todo o
conteúdo. Sua atenção pode acabar sendo desviada em caráter permanente caso
ocorra uma interação inicial negativa com a marca.

      Além disso, o usuário da atualidade está interessado na facilidade extrema.
Ao se deparar com um obstáculo, ele facilmente se transferirá para outro ambiente
que seja mais amigável e atenda às suas necessidades. As plataformas digitais do
SIBiSUP devem, portanto, investir em sua maior funcionalidade e em se tornarem
mais amigáveis àqueles que as acessa, estimulando o uso.

      A busca da facilidade é outro fator que está tornando as bibliotecas menos
usadas. Ao não possuir o hábito de leitura culturalmente, o brasileiro não enxerga valor
em tais ambientes e, com a digitalização extrema de todos os serviços, o deslocamento
até às bibliotecas se torna um esforço desnecessário para parte dos usuários.
O SIBiUSP deve, então, tornar suas bibliotecas mais digitalizadas e buscar transformá-
las num local de estudo e criação de ideias para que não se tornem obsoletas.

      A partir da conjuntura discutida acerca das oportunidades e ameaças do
SIBiUSP no macroambiente, conclui-se que os recursos tecnológicos evoluem
rapidamente, o acesso está cada vez mais facilitado pela disseminação dos dispositivos
móveis e pela possibilidade de armazenamento de arquivos e softwares nas nuvens.
Contudo, ainda assim, o interesse pela leitura diminui e também o acesso às
bibliotecas. Acompanhar tais tendência que podem vir a ser ameaças e torná-las
oportunidades é o grande desafio do SIBiUSP na Era Digital.




                                                                                      81
3.3.3 FORÇAS




       A partir da análise setorial e do benchmarking, é possível identificar algumas
forças que podem levar a organização a se destacar no meio e se tornar fonte de
inspiração para outras instituições do setor, suas parceiras-concorrentes.

       Observa-se que os números gerais do SIBiUSP são superiores aos números
das outras universidades de referência, como Unicamp e Unesp, e possuí número
potencial de usuários elevado, que pode ser melhor trabalhado. O SIBi também é a
única organização vinculada à USP que está presente em todos os campi da
universidade, através das bibliotecas. Toda essa infraestrutura deve ser valorizada
perante os usuários.

       Além disso, a organização possui serviços e produtos que, se fossem mais
conhecidos, poderiam atingir uma grande parcela de usuários que não utiliza esses
recursos    por   não   conhecê-los.   Isso   traria    benefícios   aos   usuários   que,
consequentemente, acabariam por disseminar o SIBiUSP para terceiros, aumentando
o público real da instituição.

       Seus produtos são diversificados e abrangem tanto o ambiente físico - como as
bibliotecas, por exemplo - quanto o ambiente virtual, que pode ser acessado das
bibliotecas ou, de forma limitada, dos computadores pessoais, móveis ou não.

       Levando-se em consideração que os usuários que participam da vida
acadêmica, como professores, alunos de graduação e de pós-graduação,
necessitarão dos serviços SIBiUSP no mínimo uma vez para concretizarem seus
trabalhos acadêmicos, pesquisas e outros projetos, percebe-se que, se a organização
conseguir tornar seus produtos e serviços mais conhecidos por meio de uma boa
comunicação dentro da USP, ela conseguirá atingir um patamar inédito de aceitação e
participação diante das outras instituições do setor.




                                                                                        82
3.3.4 FRAQUEZAS




      Avançando a análise em direção aos pontos que precisam de melhorias dentro
do ambiente interno SIBiUSP, é possível constatar tanto aspectos de âmbito
comunicacional quanto de produtos e serviços. De acordo com o último relatório que
avalia a qualidade do SIBi, realizado pelo próprio órgão em 2009 e disponível em seu
site, o sistema deixa muito a desejar na camada de base do Ensino Superior, a
graduação.

      Esse público foi avaliado como o mais insatisfeito com relação aos produtos e
serviços oferecidos pelo SIBi. Esse segmento não recebe a atenção necessária,
apesar de ser o maior público em termos de números absolutos, em detrimento da
prioridade de esforços nas áreas de pós-graduação, mestrado e demais
especialidades. O usuário, ao desenvolver uma experiência ruim com o serviço logo
em seus primeiros anos de estudos e contatos com a produção acadêmica, poderá
construir uma imagem negativa em relação ao sistema no futuro, o que impactará na
imagem do SIBi e, por consequência, no seu percentual de uso nos próximos estágios
do Ensino Superior que, em geral, estão mais envolvidos com a produção de
pesquisas, teses e dissertações.

      A presença ínfima de campanhas de divulgação sobre o SIBi e o
funcionamento de seus produtos e serviços também é mais um fator que a se listar
como uma de suas fraquezas. Segundo o relatório, uma parcela de alunos da
Universidade simplesmente desconhece o sistema. Outra faixa de matriculados tem
um conhecimento apenas muito superficial do que a organização oferece.
A elaboração de materiais mais informativos e atrativos é importante para que os
esforços e recursos investidos no SIBi sejam percebidos, compreendidos e
aproveitados pela comunidade acadêmica.

      Quanto às plataformas digitais, a modernização do site do órgão, assim como a
melhoria do sistema de busca ao acervo, são outros dois pontos de atenção no que se
refere à melhoria da qualidade de serviços e produtos. Atualmente, além de estarem
com layout pouco atraente e amigável e informações desatualizadas (os últimos
relatórios e dados estatísticos, por exemplo, são de 2009), muitas vezes levam a links

                                                                                    83
que se constituem apenas de números, o que dificulta o acesso automático a tais links
através de memória e dá aos serviços uma aparência de ultrapassados.

      O acesso a alguns produtos por meio de dispositivos móveis já existe, porém, é
necessário que se amplie esse acesso e, quando possível, criar um aplicativo que
integre os serviços digitais do SIBi, incluindo o acesso remoto à biblioteca pois o
usuário muitas vezes não possui o tempo necessário para deslocar-se até uma
biblioteca física para realizar suas pesquisas, optando, então, por outros meios para a
realização de seus trabalhos acadêmicos.

      Além disso, a falta de proximidade do SIBi junto às bibliotecas com relação à
avaliação e gestão de recursos, também é um fator que se avalia como um ponto de
fraqueza. Como constatado anteriormente no briefing, o relacionamento do SIBi com
suas bibliotecas existe apenas para justificar investimentos e viabilizar a aquisição de
produtos e serviços oferecidos, acontecendo prioritariamente por meio de um relatório
anual. O SIBiUSP, como gestor, deve acompanhar mais de perto e com menor tempo
de intervalo a atuação das bibliotecas para que as avaliações ocorram com maior grau
de confiabilidade e para que as fraquezas fiquem mais visíveis, tanto no âmbito
administrativo quanto no âmbito de relacionamento com os usuários, já que as
bibliotecas são quem está próximo do público-alvo da organização. Tendo estas como
aliadas, a imagem do SIBi se fortalecerá também perante seus funcionários, o que
fará com que esses disseminem a marca para os públicos-alvo.




3.3.5 ANÁLISE CRUZADA




      O brasileiro tem lido cada vez menos. Esse desinteresse pela leitura também
extrapola para os dispositivos tecnológicos, visto que na maioria dos casos eles ainda
não são usados para esse fim.

      Como forma de minimizar o impacto do enfraquecimento da cultura da leitura, o
SIBi pode explorar a sua diversidade de produtos e serviços e mostrar aos usuários
que o conceito de bibliotecas físicas não representam sua totalidade. Ele poderia, por
exemplo, demonstrar sua grandiosidade a partir dos museus em que está presente,
levando ao usuário uma experiência não necessariamente atrelada à leitura, mas ao
                                                                                      84
cultural. A partir dessa interface, o SIBiUSP poderá fazer uma tentativa de atingir seus
usuários e desvincular sua imagem apenas às bibliotecas, que não são valorizadas
por aqueles que não possuem o hábito de ler.

      Com os novos recursos tecnológicos disponíveis e, com a consequente
expansão dos novos dispositivos, a potencialidade dos produtos e serviços da
organização cresce exponencialmente ao se tornarem disponíveis nesses meios. Os
usuários poderiam, nesse sentido, ter acesso aos mais diversos conteúdos fornecidos
pela organização, utilizando canais como telefones móveis ou tablets, o que, de certa
forma, também poderia atrair novos usuários que já são usuários frequentes dessas
tecnologias. Apesar de hoje já existir o acesso a alguns recursos através de tais
sistemas, ele ainda é incipiente em relação à necessidade latente dos usuários.

      Desse modo, o conteúdo disponibilizado pelo SIBiUSP poderia se expandir,
tornando as bibliotecas mais virtuais e atingindo mais pessoas, atendendo assim às
demandas dos usuários de forma mais rápida e objetiva. Além disso, outro ponto
importante é a digitalização de obras raras, promovida pela organização, que já
acontece e que está em crescimento. Os e-books, apesar de ainda pouco difundidos
entre os usuários de dispositivos móveis no Brasil, por exemplo, se constituem em um
importante recurso no que se refere à adaptação do SIBiUSP às novas plataformas
digitais. Expandir tal digitalização não somente às obras raras e especiais, mas
também a obras de grande uso pelos usuários e que nem sempre estão disponíveis
em quantidade suficiente nas bibliotecas seria mais um recurso interessante a ser
explorado. Isso tornaria as bibliotecas mais virtuais e incentivaria a sua utilização
perante as tendências encontradas atualmente.

      Vale ressaltar ainda que, com as facilidades que o intercâmbio de informações
encontrou nas redes, o bombardeio de mensagens com características diversas, e
que nem sempre interessam àquele que é atingido por elas, é constante. Essa "chuva
informativa" desestabiliza qualquer tipo de comunicação que vendedores/instituições
pretendam construir com seus clientes/usuários. É necessário, então, repensar a
forma pela qual são transmitidas as mensagens para informar sem exaurir, sendo
objetivo, preciso e certeiro. A comunicação só é caracterizada como efetiva quando
passa uma mensagem clara ao público correto, sempre admitindo, claro, a construção
de um diálogo entre emissor e receptor.

                                                                                      85
O crescimento da produção científica no Brasil é um fato concreto, como
apontado em pesquisas discriminadas na análise setorial. Também é possível
perceber que a USP é vista, com frequência, nos principais rankings de produção
científica do País e internacionais. Segundo o ranking da QS World Universities, que
avalia 700 instituições, a USP avançou 30 posições e é líder entre as universidades
latino-americanas, ocupando a posição de número 139. Ainda segundo o ranking da
QS Quacquarelli Symonds, consultoria britânica especializada em educação superior,
a Universidade de São Paulo é a melhor instituição de ensino da América Latina.

      Esses fatos convergem para a conclusão de que a universidade está
acompanhando a tendência de desenvolvimento do ensino superior nacional e
também internacional. Entretanto, é importante lembrar que o ranking também é
composto por várias outras instituições de apoio e incentivo à pesquisa. Estar
presente em rankings é um ponto positivo para a USP, que semeia e incentiva, desde
sua criação, a produção acadêmica. Porém, sua inclusão nestes rankings deve-se, em
um aspecto primário, além dos incentivos feitos dentro das escolas da Universidade,
às fontes de pesquisa.

      Sem livros de referência e materiais acadêmicos, como se sabe, é impossível
realizar qualquer produção científica. É fundamental que o SIBiUSP repense sua
relação com os membros das bibliotecas, em especial os bibliotecários que atendem
diretamente o público, relacionamento que hoje trabalha apenas com os requisitos
mínimos do diálogo (produção de normas, entrega de relatórios etc.), numa via de
mão única. É preciso estruturar um relacionamento de mão-dupla que além de
informar, compreenda esses parceiros que são, afinal, aqueles que estarão em
constante interação com os usuários que procuram por materiais de consulta para
realizar pesquisas acadêmicas e, que por sua vez, contribuem para a presença da
USP nos principais rankings, conforme apontado anteriormente.

      Em outras palavras, o SIBiUSP deve aprimorar sua comunicação com os
usuários, de forma a divulgar com clareza seus produtos e serviços e também com os
bibliotecários, que divulgarão espontaneamente, positiva ou negativamente, a
organização. Atualmente, esse é um grande desafio de nosso cliente, uma vez que
seu relacionamento com os usuários é pragmático, pouco estruturado, com métodos e
meios de comunicar que não se atualizaram ao longo do tempo. À medida que o
tempo passa, o perfil dos usuários se altera. A USP, por sua vez, recebe novos alunos
                                                                                   86
e forma professores que possuem perfis diferentes daqueles encontrados há alguns
anos atrás. É mandatório para que a organização altere sua percepção de imagem, se
torne estratégica dentro da universidade e uma referência na pesquisa e apoio à
produção científica, que sua comunicação seja sempre muito clara, objetiva e
presente, sendo divulgada pelos meios que atendem à realidade de seus usuários.
Os usuários contam com o SIBiUSP para suas produções acadêmicas, por isso a
comunicação deve ser feita pensando nas possíveis necessidades e demandas desse
público.




                                                                                87
4         PESQUISA




          O projeto de pesquisa realizado pela Agência está discriminado nos itens a
seguir.




4.1       PROBLEMA




          A problemática identificada pelos membros da Agência é a de entender, no
âmbito da comunidade USP, qual é o nível de conhecimento, percepção e qual a
avaliação da imagem pelos usuários e potenciais usuários sobre os produtos e
serviços do SIBiUSP e também da organização em si.




4.2       OBJETIVO PRIMÁRIO




          O objetivo primário definido para guiar a pesquisa é identificar a percepção
sobre a imagem do SIBiUSP frente aos seus usuários.




4.3       OBJETIVOS SECUNDÁRIOS




          Os objetivos secundários, a partir do primário inicial, são:


          a) Avaliar a percepção dos usuários a respeito de pesquisas acadêmicas e
             qual a importâncias das bibliotecas nesse âmbito;
          b) Identificar quais são as práticas referentes às pesquisas acadêmicas de
             cada segmento dos usuários;
          c) Identificar qual é o conhecimento do SIBi, bem como de seus produtos e
             serviços, pelos usuários;
                                                                                    88
d) Avaliar a percepção dos usuários sobre os produtos e serviços oferecidos;
       e) Verificar os atributos positivos e negativos percebidos pelos usuários
          (avaliação da imagem);
       f) Avaliar a divulgação de produtos e serviços realizada pelo SIBiUSP;
       g) Identificar a opinião dos pesquisados sobre a funcionalidade e facilidade de
          acesso aos produtos e serviços do SIBiUSP;
       h) Mapear as demandas dos usuários;




4.4   METODOLOGIA




      O método de estudo escolhido foi o de pesquisa qualitativa, mais
especificamente a entrevista em profundidade. Esse método é utilizado para buscar
conhecimento, entendimento e aprofundamento sobre aspectos complexos do
comportamento humano. Ele fornece dados para o desenvolvimento e compreensão
das relações entre os atores sociais e sua situação, possibilitando a compreensão de
atitudes, antecipar tendências e gerar e desenvolver insights.

      As pesquisas qualitativas geralmente são feitas pelas discussões em grupo ou
entrevistas em profundidade. Em ambos os métodos, é seguido um roteiro aberto que
permite a abordagem direta; ou seja, uma forma aberta de coordenar na qual se
colhem dados espontâneos, a partir do referencial dos respondentes. A entrevista em
profundidade é utilizada para obter-se uma alternativa de abordagem individual, em
oposição a de grupo. São abordagens centradas no depoimento das pessoas.

      Além dos métodos qualitativos também há o que Oliveira (2011) chama de
desk research, que se compõe dos dados secundários, que podem ser, por exemplo,
trabalhos anteriores sobre o mesmo tema, análise do que é publicado na mídia,
levantamento bibliográfico, entre outros. O roteiro utilizado pelo grupo em suas
entrevistas está situado no APÊNDICE A.




                                                                                      89
4.5    AMOSTRA E PRESSUPOSTOS DE PESQUISA




       Os pressupostos consolidados a partir da metodologia foram, em primeiro
lugar, a escolha do público-alvo principal do SIBiUSP. A partir dos dados secundários
e do contato com a organização, foi definido que os usuários seriam: docentes, alunos
de graduação e alunos de pós-graduação.

       Pressupõe-se que os alunos de graduação e pós-graduação não associam o
SIBi aos seus produtos e serviços; entretanto, utilizam-no para realizar suas pesquisas
acadêmicas. Já os docentes possuem um maior conhecimento da organização e
utilizam seus serviços com frequência; porém, não o recomendam para os alunos.

       Também foi estabelecido que o parâmetro de avaliação fosse o campus
principal da USP, localizado em São Paulo, na Zona Oeste, por ser o maior, sendo
considerados os campi da Faculdade de Direito (FD) e da Faculdade de Medicina
(FM) parte do mesmo, apesar de não estarem localizados no mesmo local, no bairro
do Butantã.34 O campus da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) não foi
considerado parte do campus principal da USP.35 Foram escolhidas as seis maiores
escolas do campus principal da USP por meio de amostra não probabilística por cota,
sendo elas: Escola de Comunicações e Artes (ECA), Escola Politécnica (EP),
Faculdade de Direito (FD), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
(FEA), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e a Faculdade de
Medicina (FM). Na tabela a seguir, estão discriminados os números de cada uma
dessas unidades. Os números de não-docentes, apesar de tão expressivos quanto o
número de docentes, não são um público-usuário importante para o Sistema Integrado
de Bibliotecas e, portanto, não fizeram parte da pesquisa.




34
  O campus da FM fica localizado no bairro de Pinheiros e o campus da FD fica localizado no Centro.
35
  O campus da EACH foi incorporado à USP em 2004, sendo visto como um campus à parte do
principal.
                                                                                                 90
Tabela 7. Dados demográficos das seis maiores unidades da USP.
Unidade     Graduação      Pós-Graduação       Docentes     Não-Docentes          Total
FFLCH         10.198            4.152             476             369             15.195
   EP          4.700            2.424             454             486             8.064
  FM           1.409            2.166             362             567             4.504
  FEA          3.099             755              180             133             4.167
   FD          2.423            1.389             157             182             4.151
  ECA          2.185            1.331             195             246             3.957
Fonte: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Anuário Estatístico USP. São Paulo: VREA/USP, 2012.


          A amostra escolhida para a pesquisa foi definida como: um total de 36
entrevistas, sendo elas com seis usuários de cada unidade, a partir das premissas a
seguir:

          a) Dois alunos de graduação de cada uma das seis unidades, totalizando 12;

          b) Dois alunos de pós-graduação de cada uma das seis unidades, totalizando
             12;

          c) Um aluno de residência da Faculdade de Medicina (FM), sendo
             considerado aluno de pós-graduação de outra categoria – foi considerado
             importante por utilizar-se muito do ambiente da biblioteca sem, porém,
             encaixar-se nos outros parâmetros;

          d) Dois docentes de cada uma das seis unidades, exceto a FM, onde foi
             transferido um dos docentes para situar o aluno de residência nos seis
             usuários por unidade.


          Na tabela a seguir, constam os números da amostra:


Tabela 8. Dados da Amostra de Pesquisa
                                                    Pós-Graduação
Unidade     Graduação       Pós-Graduação                                 Docentes         Total
                                                     (Residência)
FFLCH              2                2                       0                     2         6
   EP              2                2                       0                     2         6
   FM              2                2                       1                     1         6
  FEA              2                2                       0                     2         6
   FD              2                2                       0                     2         6
  ECA              2                2                       0                     2         6
Amostra            12              12                       1                 11            36
Fonte: Esse quadro foi elaborado pelo grupo, com base neste site de amostragem:
http://www.lee.dante.br/pesquisa/amostragem/amostra.html
                                                                                                   91
4.6   RESULTADOS DA PESQUISA




      Os resultados da pesquisa, que foi realizada no mês de agosto de 2012, estão
relatados nos tópicos a seguir.



4.6.1 PERFIL ALUNOS DE GRADUAÇÃO




      Após analisadas todas as respostas, de acordo com os itens de roteiro
adotados nesta pesquisa qualitativa, chegou-se a algumas observações e conclusões
que delineiam o perfil dos alunos de graduação da Universidade de São Paulo, na
cidade de São Paulo.

      Percebe-se que esse público tem baixa frequência de uso da biblioteca,
utilizando-a, prioritariamente, somente como espaço físico para estudos – não tem
costume de procurar livros para realizar suas pesquisas e trabalhos acadêmicos. Em
geral, elogiam o atendimento que é prestado nas bibliotecas, ressaltando essa
qualidade em quase todas as entrevistas. Em contrapartida, questionam a quantidade
de livros disponíveis – e apontam a falta de material para atender alunos que cursam
disciplinas básicas. Livros que são usados por alunos de diversos cursos não
apresentam número de exemplares suficientes para serem emprestados.

      Com relação à imagem e conhecimento do SIBi, os alunos de graduação
demonstram ter pouco conhecimento da organização, e não conseguem associar os
serviços do SIBi com seu próprio nome. Por exemplo, há uma grande confusão no
reconhecimento dos nomes DEDALUS e SIBi – a maioria parece entender que o SIBi,
na realidade, chama-se DEDALUS, o que demonstra a falta de conhecimento da
organização. Quanto à renovação e empréstimo de materiais em diversas faculdades
da USP, a maioria aparenta saber que é possível realizá-los com a carteirinha da
faculdade, em qualquer uma das unidades de bibliotecas administradas pelo SIBi.

      Tratando-se de pesquisas acadêmicas, a maioria dos alunos aponta usar
internet e livros. Como mecanismo de busca na internet, usam o site Google para
achar materiais para pesquisa e trabalhos acadêmicos. Além disso, porém em menor
                                                                                  92
frequência, os alunos de graduação também utilizam os materiais disponibilizados nas
Centrais de Cópias. Com menor incidência, está a utilização do mecanismo VPN
(Virtual Private Network).

      Os alunos de graduação apontam a grande rapidez e facilidade com que se
pode realizar uma pesquisa na internet, e ressaltam o aspecto positivo de se ter uma
interface dinâmica. Entretanto, citam também aspectos negativos como informações
genéricas, a baixa confiabilidade das informações que aparecem na rede, e as
“distrações” que estar conectado a um computador causam – por estarem
frequentemente conectados às redes sociais, e-mails etc – os alunos parecem achar
difícil conciliar uma pesquisa focada na internet, sem distraírem-se com outros sites e
mecanismos.

      Quantos aos prós e contras em realizar pesquisas em bibliotecas, os alunos de
graduação ressaltam o aspecto positivo em se ter os livros em suas mãos, por
estarem familiarizados com essa forma de estudo. Além disso, também citam a
confiabilidade do conteúdo publicado em livros. Quanto aos aspectos negativos,
consideram a procura em bibliotecas trabalhosa, cansativa e demorada.

      Com relação ao DEDALUS, a maioria dos alunos de graduação parece
conhecer o sistema, entrando em contato com ele por meio da biblioteca ou de outros
alunos da Universidade. Além disso, em menor frequência, citam ter entrado em
contato pela primeira vez com o sistema por intermédio de uma disciplina ou “palestra”
específica sobre o mesmo. É notável, na maioria das entrevistas, a falta de
associação entre o nome e a ferramenta. Os alunos não identificam uma divulgação
formal do sistema, pelo contrário: consideram a divulgação bastante informal, pois a
maior parte deles soube da existência do DEDALUS indo até a própria biblioteca. Já a
experiência com esse software foi classificada, em geral, como positiva: na maior
parte das vezes, os estudantes encontram o que procuram.

      Entretanto, muitos reforçam a opinião de que não sabem utilizar o sistema
corretamente, desconhecem todos os recursos e conteúdos disponíveis, além de
classificar o sistema como “antigo” e a interface como “desinteressante”. A falta de
entendimento sobre a lógica do sistema – como busca e classificação de resultados –
também é citada pela maioria. Os alunos de graduação comparam o DEDALUS ao
Google, e comentam que o primeiro não é tão “intuitivo e amigável” quando a segunda

                                                                                     93
ferramenta de pesquisa. Um dos pontos levantados pela maioria dos alunos de
graduação é a sincronia lenta entre o fluxo de devolução e atualização no sistema.
Eles comentam que, no sistema, o livro frequentemente aparece como disponível,
mas não é encontrado na biblioteca. É perceptível o fato de que usuários avançados
do sistema tendem a desenvolver experiências melhores com o mesmo, pois parecem
entender mais sobre o seu funcionamento. Em contrapartida, usuários iniciantes
tendem a desenvolver experiências mais negativas, pois uma vez que o mesmo “não
é intuitivo e amigável”, como aponta a maioria, não conseguem estabelecer uma
lógica clara para buscas e resultados.

      Quanto às revistas disponíveis, a maioria parece saber que as mesmas existem
na biblioteca, entretanto não as utilizam. Além disso, a maioria parece não saber
sobre a existência dos periódicos online. Aqueles que procuram os serviços de
empréstimos de revistas comentam sobre a falta de exemplares. Sobre como ficaram
sabendo sobre essa disponibilidade, a maioria aponta a divulgação boca-a-boca.

      Sobre o serviço de Busca Integrada, nenhum aluno de graduação conhecia a
existência do mesmo. Quando perguntado sobre o interesse neste serviço, a maioria
demonstra querer saber mais sobre o assunto.

      As sugestões dadas pelos alunos de graduação do SIBi envolvem aspectos
como: necessidade do SIBi de divulgar mais sobre si mesmo, aumentar o número de
materiais para empréstimo, estender o horário de funcionamento das bibliotecas e
ampliar os espaços para estudo dentro das bibliotecas.

      Quanto ao aspecto da Comunicação, a maioria dos alunos de graduação se
interessa por receber informações por e-mail, com títulos “atrativos”, para incentivar a
leitura – eles argumentam que recebem muitas informações pelo correio eletrônico, e
por isso justificam a necessidade em criar uma atenção maior aos e-mails enviados.
Além disso, os alunos acreditam ser interessante a criação de canais de maior
interação, como blogs e página no Facebook.

      Outra sugestão de Comunicação apontada é a criação de panfletos, cartazes,
materiais do SIBi no kit de boas-vindas dos calouros e a reserva de um espaço das
primeiras aulas do 1º ano na graduação para fazer uma apresentação do SIBi.




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4.6.2 PERFIL ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO




      Quando analisado o perfil dos alunos de pós-graduação da Universidade de
São Paulo, percebe-se que esse público valoriza a biblioteca enquanto instituição de
pesquisa e conhecimento, e lá procuram por materiais básicos para estudos – os
materiais específicos procuram comprar. A maioria dsos alunos de pós-graduação
utiliza a rede VPN (Virtual Private Network) para acessar o acervo.

      Quanto ao conhecimento sobre o SIBi, a maioria parece ter informações sobre
a existência do mesmo, entretanto é baixa a associação entre os serviços utilizados e
o nome “SIBi”, que é a organização que os oferece. A maioria dos alunos de pós-
graduação parece saber que é possível emprestar e renovar livros com a carteirinha
USP, em qualquer biblioteca administrada pelo SIBi.

      Ao se questionar sobre pesquisas acadêmicas, a maioria parece utilizar a
internet, especificamente a ferramenta Google, para procurar por títulos de livros.
Assim que os conseguem, os alunos procuram a biblioteca para emprestar as obras –
e fazem downloads dos bons artigos que encontram na internet. A maioria aponta,
entretanto, que não é estimulada a frequentar a biblioteca – nem pela universidade,
nem pelos docentes.

      Para a maioria dos alunos de pós-graduação, a rapidez, praticidade e
comodidade da pesquisa feita pela internet são os pontos fortes da procura online.
Entretanto, também apontam os pontos negativos, e entre eles o principal: as
informações encontradas podem não ser confiáveis. A respeito da pesquisa em
biblioteca, metade dos alunos cita a confiabilidade e praticidade de se encontrar livros.
A outra metade, no entanto, comenta ser demorado para se encontrar o material
procurado.

      A respeito do DEDALUS, a maior parte dos alunos de pós-graduação
demonstra conhecer o sistema, e o considera como um “sistema de busca” ou “base
de dados” – isso demonstra uma clara confusão de significados. A maioria aponta que
conheceu o sistema na época de graduação ou na própria biblioteca. Em sua opinião,
acreditam não existir uma divulgação formal do serviço, e apontam a divulgação
informal que é realizada do mesmo, dentro das bibliotecas, como boa. A maioria

                                                                                       95
elogia os cursos e disciplinas ministrados pelo próprio bibliotecário, direcionados para
os alunos de pós-graduação.

       Sobre a experiência que tiveram e têm com o DEDALUS, dizem utilizar a
plataforma e gostam da possibilidade de verificar a disponibilidade de um livro por
meio de um computador remoto. A maioria dos alunos de pós-graduação relata a
sincronia lenta entre o fluxo de devolução e atualização no sistema: no sistema, o livro
aparece como disponível, entretanto, ao se realizar imediatamente a pesquisa na
biblioteca, o mesmo não é encontrado. A maioria também comenta sobre a
organização do sistema, que parece não estar clara. Verifica-se também que a
maioria procura por artigos e revistas, entre os materiais digitais disponíveis para
consulta (além disso, afirmam ter conhecido esse serviço por meio da divulgação
boca-a-boca). Apesar de estar familiarizada com o sistema, a maioria não consegue
fornecer uma descrição exata do mesmo.

       Nem todos os alunos de pós-graduação conhecem o VPN, mas os que o
conhecem, relatam que só sabem fazer pesquisas acadêmicas por lá. A maioria
considera o sistema de busca ruim e prefere buscar os materiais primeiramente na
biblioteca, pois lá pode contar com o apoio de um bibliotecário.

       Com relação ao mecanismo de Busca Integrada, somente um aluno da pós-
graduação já tinha ouvido falar do mesmo, mas não compreendia o serviço. Metade
dos alunos aponta ter interesse em conhecer mais sobre essa facilidade, e a outra
metade, não demonstra interesse.

       Entre as sugestões dadas pela maioria dos alunos de pós-graduação, estão:
incentivar que os alunos a terem maior cuidado com a devolução de livros; fornecer
maior número de exemplares, tanto de livros, quanto de revistas; implantar melhorias
no sistema DEDALUS (melhora da interface e repensar as palavras-chaves);
disponibilização de treinamento para usuários do sistema DEDALUS, pois, segundo
eles, é “um sistema complexo e seu uso não é intuitivo”; e maior digitalização dos
materiais e acervo.

       A respeito da Comunicação do SIBi, a maioria dos alunos de pós-graduação
deseja ver uma maior divulgação dos produtos e serviços da organização, além de
desejar receber mais informações de conteúdo inovador e com pouco texto – tudo
isso por e-mail.
                                                                                      96
4.6.3 PERFIL DOCENTES




       Os professores da Universidade de São Paulo frequentam pouco as
bibliotecas, uma vez que o espaço físico destinado à produção acadêmica é suprido
por salas particulares e o acervo da biblioteca não é mais essencial, já que possuem
suas próprias bibliotecas particulares. Para alguns, a especialização de suas áreas
não é acompanhada pelos funcionários, que parecem não ser suficientemente
capacitados para acompanhar as pesquisas.

       Apesar da frequência inferior, o nível de conhecimento sobre o SIBi é maior
entre os professores. Além disso, eles se mostraram mais atualizados quanto aos
serviços oferecidos. Dos entrevistados, a maioria declarou ciência quanto às
novidades como empréstimo com a carteira de identificação USP e a renovação pela
internet.

       Quanto ao perfil de cada entrevistado, identificou-se que o papel de
pesquisador mostra-se mais forte do que de professor. Isso significa que ao pensarem
nos temas “bibliotecas” e “SIBi” o docente pensa instantaneamente em suas
produções, para depois se colocarem no papel de educador.

       Enquanto educadores, os entrevistados afirmam que orientam a utilização da
biblioteca por seus alunos, tendo em vista que é uma fonte mais confiável para
pesquisa. Eles também recomendam o uso do material disponível na Central de
cópias para apostila e da biblioteca virtual, base de dados específica da faculdade e
internet.

       Para suas disciplinas, a maioria dos materiais é disponibilizada na Central de
cópias e a minoria em base de dados da faculdade ou por e-mail. Os docentes
recomendam a compra de livros apenas quando são utilizados por mais de um
semestre. A utilização dos produtos e serviços do SIBi também é recomendada por
ser fundamental para formação do aluno.

       Dentre os produtos recomendados está o DEDALUS. verificou-se por meio da
pesquisa que todos os docentes conhecem a ferramenta. O primeiro contato com o
buscador do SIBi se deu na época da graduação ou pós-graduação (mestrado e
doutorado) ou pela própria biblioteca. Sua funcionalidade, no entanto, é criticada por
                                                                                    97
muitos professores, que a esperavam mais clara e consistente, principalmente junto
aos alunos da graduação.

       Quanto à eficácia de sua divulgação, a opinião varia entre as unidades e não
pode ser claramente definida. O consenso considera necessário o desenvolvimento
de ações do SIBi para divulgar suas melhorias, incluindo o envio de informações por
email, e a distribuição de folders e folhetos. A percepção que os professores têm do
DEDALUS, é de maneira geral boa, mas com muitas ressalvas: por exemplo,
publicações importantes – seja para área de pesquisa ou para disciplinas – não
constam no acervo.

       No cotidiano deles, os artigos acadêmicos e periódicos institucionais são os
mais procurados. No entanto, eles reconhecem que os alunos utilizam mais a internet
do que a própria biblioteca. Para um professor, é difícil fazer os alunos lerem a
bibliografia das disciplinas e a biblioteca não contribui para essa tarefa. Quando um
livro é indicado pelo professor, faltam na biblioteca os exemplares para todos os
alunos e os professores acabam disponibilizando as obras na Central de cópias ou no
STOA.36

       Os professores usam muito o acervo online de revistas e também sabem da
existência do acervo físico. Ainda sobre as revistas, eles consideram o sistema de
busca ruim, já que é preciso conhecer as publicações, as edições exatas para
localizar o que se quer. A “Busca integrada”, que poderia suprir essas dificuldades, é
conhecida por apenas um dos docentes entrevistados – ainda que todos tenham
interesse, não há divulgação adequada das informações.

       Como sugestões de melhoria, os professores indicam três pontos importantes.
Ampliar o processo de digitalização do acervo, unificar os sistemas de busca e
compartilhamento, para que eles deixem de ser fragmentados por unidade e por
professor, bem como investir em salas de estudo nas bibliotecas e melhorarias nas
redes de internet sem fio.




36
  STOA é uma rede social de estudantes, professores, funcionários e ex-membros da Universidade
de São Paulo, a qual possibilita interação, troca e compartilhamento de informações e arquivos de
forma colaborativa. Dado disponível em stoa.usp.br.
                                                                                                    98
4.6.4 CRUZAMENTO DAS ANÁLISES




      Considerando todas as pesquisas realizadas com alunos de graduação, pós-
graduação e docentes das seis maiores faculdades da USP (em número de alunos), e
os perfis traçados sobre cada público após descrição e análises das respostas, foi
produzido um cruzamento que procura encontrar convergências e divergências entre
os pontos levantados por tais públicos. A partir desses encontros, será possível
levantar discussões para criação de ações e estratégias de Relações Públicas que
procurem melhorar o cenário encontrado.

      Nota-se que os alunos de graduação e docentes apresentam baixa frequência
de uso da biblioteca, por motivos diferentes: o primeiro público parece valorizar mais o
espaço físico que a biblioteca proporciona, utilizando-o para estudar e realizar
reuniões em grupo; já o segundo, conforme apontado nas entrevistas realizadas, tem
seu próprio acervo particular de livros e também sua própria sala, de forma que a
biblioteca torna-se um recurso somente em casos em que necessite emprestar
alguma obra muito específica de sua área, que ainda não possua. Com relação aos
alunos de pós-graduação, que já possuem alguns livros de sua época de faculdade, a
biblioteca torna-se o meio pelo qual adquirem obras para seus novos estudos, como
mestrado e doutorado, valorizando mais a oportunidade de emprestar as obras, do
que o espaço de estudo, uma vez que dispõem de pouco tempo para passar dentro
da universidade.

      Todos esses fatores culminam na percepção e conhecimento que os três
grupos têm sobre o SIBi. Os alunos de graduação e pós-graduação são os que menos
entendem e sabem sobre a organização – e mostram confundir os serviços oferecidos
com o que é, na realidade, o SIBi. Isso pode estar ligado à falta de estímulos dados
pelos docentes para o uso das bibliotecas – apesar de apontarem que consideram a
visita às bibliotecas de extrema importância, os docentes disponibilizam seus
materiais em Centrais de cópias, para estimular os alunos a lerem as obras
necessárias para o cumprimento da disciplina. Mesmo assim, os alunos de graduação
demonstram realizar suas pesquisas com bastante frequência na internet; já os alunos
de pós-graduação, realizam a pesquisa na internet para achar títulos de obras
necessárias para pesquisas – e então, as procuram na biblioteca.
                                                                                      99
Quanto às pesquisas realizadas online, tanto alunos de graduação quanto
alunos de pós-graduação apontam a rapidez, facilidade e praticidade de se pesquisar
na internet – e também apontam os mesmos aspectos negativos, como informações
genéricas e pouco confiáveis. Ambos os públicos ressaltam a confiabilidade de
consultar livros na biblioteca – e apontam, concomitantemente, a demora em localizar
os materiais necessários.

      A respeito do uso do DEDALUS, tanto alunos de graduação, pós-graduação e
docentes avaliam a experiência de uso como boa – mas fazem ressalvas quanto à
divulgação do sistema, a sua organização e facilidade de acesso – que é apontado
como pouco intuitivo e não muito amigável. A sincronia lenta entre o fluxo de
devolução e a atualização no sistema também foi citada tanto por alunos de
graduação, quanto por alunos de pós-graduação: ambos dizem que frequentemente o
livro aparece como disponível, mas não é encontrado na biblioteca.

      Nenhum aluno de graduação conhecia a ferramenta de Busca Integrada –
somente um aluno de pós-graduação já havia ouvido falar no tema, mas sem
aprofundamento, e somente um docente conseguiu explicar sobre a funcionalidade.
Todos os três públicos sugerem que o SIBi divulgue mais os seus serviços e a si
mesmo – ou seja, que reforce a Comunicação Institucional. Uma das principais
sugestões dos alunos de graduação é a criação de ambientes de estudo dentro da
biblioteca; já uma das principais sugestões dos alunos de pós-graduação é que se
digitalize mais os materiais do acervo. Já os docentes sugerem, principalmente, a
unificação dos sistemas de busca e compartilhamento (para que não seja
fragmentado por unidade e por professor) e o investimento em salas de estudo, assim
como apontam os alunos de graduação, e melhora nas redes wifi.




                                                                                 100
5 DIAGNÓSTICO




      Segundo Cândido Teobaldo de Souza Andrade (1996, p.46), o diagnóstico de
Relações Públicas é o método de levantamento e análise do desempenho de uma
empresa ou instituição, interna ou externamente, de modo a facilitar a tomada de
decisões.

      Partindo dos dados levantados no briefing, até os resultados das entrevistas,
perpassando pela análise estratégica e hipóteses para as pesquisas, é possível
estabelecer relações entre elementos intrínsecos ao SIBi – administração, princípios
organizacionais, produtos e serviços – à sua percepção perante os alunos de
graduação, pós-graduação e docentes da USP, a fim de diagnosticar sua
comunicação como um todo.

      Para Wiliam Newman, “um bom diagnóstico não especifica somente os
resultados desejados; ele também identifica os obstáculos que devem ser
sobrepujados para alcançar esses fins” (1981, p.105). Levando isso em conta, far-se-á
considerações acerca dos resultados encontrados até esta fase do trabalho e sobre o
desenvolvimento do diagnóstico que direcionará as ações de relações públicas para
orientar o cliente em seu posicionamento institucional.




5.1   PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS E ESTILO ADMINISTRATIVO




      O SIBiUSP surgiu da necessidade de integração entre as bibliotecas da USP,
na medida em que o número de faculdades aumentava e, por consequência, também
aumentavam o número de bibliotecas. A implantação do Sistema Integrado de
Bibliotecas estabeleceu que sua administração ficasse a cargo das diretorias das
faculdades, conferindo autonomia a elas com relação aos procedimentos internos
(reformas e contratação de funcionários), e ao SIBi, a gestão orçamentária e do
acervo, reporte à Reitoria, bem como o papel de centralizador dos sistemas digitais
então criados para permitir acesso às bases de dados, acervos, publicações da
Universidade ou assinadas por ela.
                                                                                  101
Esse modelo administrativo, contudo, mostra-se pouco eficiente no que se
refere à integração das bibliotecas propriamente dita, uma vez que a interação entre o
SIBi e as bibliotecas se dá apenas no âmbito administrativo, de reporte de
informações pontuais, de modo que a organização não está presente no dia a dia das
unidades. A comunicação realizada nesse contexto é denominada por Kunsch como
descendente ou vertical, a qual:


                     (...) liga-se o processo de informação da cúpula diretiva da organização
                     para os subalternos, isto é, a comunicação de cima para baixo, traduzindo
                     as filosofias, normas e as diretrizes da mesma organização. Caracteriza-se
                     sobretudo como comunicação administrativa oficial. (KUNSCH, 2003, p. 85)


      O reflexo da pouca interação entre as bibliotecas e o SIBi foi percebido nas
entrevistas realizadas, as quais apontam que não há alinhamento entre as ações das
bibliotecas no aspecto da comunicação. Isto é, na maneira como alinham
ajustam/afinam seu discurso, a divulgação, as diferentes ações que as bibliotecas
executam etc. Dessa forma, percebe-se que não há uniformidade e referência ao
SIBiUSP enquanto órgão centralizador, o qual deveria conferir unicidade às diferentes
bibliotecas. Isso se dá porque, apesar dos procedimentos formais estabelecidos entre
o SIBi e as unidades e a autonomia das mesmas, o relacionamento efetivo entre eles
não acontece, uma vez que a organização parece não considerar importante a
aproximação com as bibliotecas, bem como um relacionamento entre eles.

      A falta de alinhamento entre as bibliotecas das faculdades da USP, por sua vez,
é refletida na imagem e reputação realizada junto aos públicos entrevistados a partir do
levantamento dos atributos da imagem da organização. Os resultados mostram que há
descompasso entre visão de alunos de graduação, pós-graduação e docentes em
caráter geral e também por faculdade. Além da confusão entre o Sistema Integrado de
Bibliotecas com seus produtos e serviços, as ações das unidades variam de biblioteca
para biblioteca, inclusive dentro de uma mesma faculdade, conforme o seguinte
depoimento de um aluno de graduação da Escola Politécnica:


                     Lá tinha uma coisa muito legal, os livros que eram mais usados, os 20 mais
                     usados, eles deixavam os nomes e o número do código de onde estavam
                     localizados pra você achar na biblioteca, aí facilitava porque nem precisava
                     entrar no DEDALUS, e realmente esses 20 foram os que eu usei na
                     graduação lá. Mas isso era a biblioteca da Mecânica que fazia, na Produção
                     não tem isso. (Depoimento de um aluno de graduação da Escola
                     Politécnica)
                                                                                              102
Sanar a falta de alinhamento entre o SIBi e as unidades é imprescindível, pois
segundo Ferrari (2009, p. 247), “o importante para sobreviver na atual conjuntura, é
analisar tanto o contexto organizacional quanto o social em busca de relação de
interdependência que gerem harmonia entre as partes”.

       Paralelamente ao estilo administrativo estão os princípios organizacionais, que
Ferrari (2009, p. 247) afirma estarem atrelados aos relacionamentos da organização
com seus públicos, os quais estão diretamente vinculados à estrutura de poder e,
consequentemente, aos elementos que moldam a cultura organizacional e suas ações
frente a seus públicos prioritários.

       No caso do SIBi, os princípios organizacionais, sua missão, visão e valores,
fazem referência à promoção do acesso e incentivo ao uso e geração de informação
com objetivo de contribuir para o ensino, a pesquisa e a extensão, oferecendo suporte
às atividades de docentes, pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação da
USP. No entanto, o cliente apresentou interesse em alterar os atuais princípios
organizacionais, pois acredita que os mesmos já não correspondem aos objetivos que
o SIBi tem adotado.

       O SIBi prevê que a mudança eleve seu perfil para um patamar mais estratégico
dentro da Universidade, enquanto órgão provedor de informações estratégicas para
as tomadas de decisões da alta administração da USP, a Reitoria. Externamente, a
nova postura do SIBiUSP prediz um posicionamento para fora da Universidade.
Todavia, Kunsch (2003, p. 252) aponta que para que essa alteração faça sentido, é
imprescindível que a missão de uma organização não se restrinja aos propósitos com
vistas na realização de negócios e nas estratégias competitivas, mas contemple os
valores, a cultura corporativa etc.

       Assim, pode-se dizer que a visão organizacional seria o aspecto recomendado
para assumir a mudança, uma vez que ela prevê estabelecimento de metas, que se
alteram conforme forem atingidas. Contudo, as entrevistas apontam que o SIBiUSP e
suas ações não são conhecidos pela maioria dos alunos de graduação, pós-
graduação e docentes. Isso significa que esses públicos ainda não estão sendo
atendidos pelo SIBi; assim, qualquer iniciativa que assegure que os mesmos já têm
suas demandas supridas está confrontando os resultados obtidos em pesquisa, uma


                                                                                   103
vez que o momento atual é primeiro ser reconhecido internamente, para depois ir para
fora da Universidade.

      Sendo assim, uma vez que o SIBi não cumpriu o papel definido em sua missão
que, como colocado acima, estabelece promoção do acesso e incentivo ao uso e
geração de informações em apoio aos alunos de graduação, pós-graduação e
docentes/pesquisadores, a alteração dos princípios não deve acontecer até que seja
comprovado que a empresa está preparada para assumir novas metas e princípios
organizacionais.




5.2   PÚBLICOS ESTRATÉGICOS E POSICIONAMENTO




      O SIBi considera como públicos prioritários, por ordem de interesse, os
seguintes grupos: dirigentes das unidades, docentes, pós-graduandos, graduandos e
funcionários. A partir da pesquisa feita com esses públicos, os pressupostos do
projeto de pesquisa foram comprovados (alunos de graduação/pós-graduação não
associam o SIBi aos seus produtos e serviços, entretanto utilizam o sistema para
realizar pesquisas acadêmicas, e os docentes associam o SIBi aos seus produtos e
serviços, recomendam seu uso mas sugerem melhorias ao sistema). Nota-se que a
organização precisa seriamente levar em maior consideração esses três públicos,
uma vez que deseja se posicionar estrategicamente. A mudança de perfil deve
começar internamente – enquanto o foco estiver somente em dirigentes das unidades,
fica difícil estabelecer, a longo prazo, um posicionamento sólido para o SIBi.

      Os graduandos, principalmente, mostraram ser um público com o qual a
organização deve rever seu relacionamento, até por que podem se tornar alunos de
pós-graduação e docentes. Eles mostraram, em sua maioria, estar com muitas
dúvidas e reticências sobre a atuação do SIBi dentro da comunidade USP. Os alunos
também são formadores de opinião, uma vez que disseminam seus conceitos sobre
uma determinada organização, para sua rede de contatos e por isso devem estar
alinhados com a identidade do SIBi. É válido ressaltar o que diz a Profa. Sidnéia
Freitas, ao afirmar que “os grupos de interesse têm importante papel na formação da
opinião pública (...) e colocam a controvérsia e esforçam-se para obter aliados entre
                                                                                  104
os desinteressados” (Freitas, 1984, p. 177). Os alunos de pós-graduação, que
parecem entender um pouco mais sobre o que é o SIBi e no que atua, da mesma
forma precisa de mais atenção. Ambos, tanto alunos de graduação quanto alunos de
pós-graduação, têm uma imagem distorcida e dúbia sobre o SIBi – isso, claro,
fazendo referência à amostra da pesquisa.

      Os docentes, em realização de pesquisas específicas, parecem não encontrar
apoio do SIBi. Apesar de entenderem qual é o papel da organização, não a
consideram opção prioritária de suporte para suas pesquisas. Afinal, deve-se levar em
consideração a influência que esse público tem – docentes da USP são formadores
de opinião – tanto em relação à opinião pública quanto à sala de aula. Em outras
palavras, eles também são responsáveis pela construção de imagem do SIBi, e
devem portanto ser ouvidos, e seus apontamentos, analisados.

      Habermas explica o sentido de opinião pública:

                     Através do código comum da linguagem ordinária, eles desempenham
                     também as outras funções, mantendo assim uma relação com a totalidade
                     do mundo da vida. Os núcleos privados do mundo da vida, caracterizados
                     pela intimidade, portanto protegidos da publicidade, estruturam encontros
                     entre parentes, amigos, conhecidos, etc., e entrelaçam as biografias das
                     pessoas conhecidas. A esfera pública mantém uma relação complementar
                     com essa esfera privada, a partir da qual é recrutado o público titular da
                     esfera pública. (HABERMAS, 2003, p. 68)




      Para que possa dar um passo à frente, realizando um trabalho de
relacionamento com a imprensa, dirigentes de unidades etc., a organização precisa,
sem dúvida, construir o relacionamento com os três públicos entrevistados na
pesquisa.   Afirma-se   veementemente        que    não     é   possível    consolidar     um
posicionamento cada vez mais estratégico, quando se notam problemas básicos com
os três principais públicos que são usuários dos produtos e serviços do SIBi.
O cenário atual de relacionamento da organização com esses públicos é
fundamentalmente de mão única, com comunicações que pouco ou nada esperam
com relação ao feedback desses públicos.

             Em outras palavras, e com o intuito de sumarizar os aspectos
ressaltados anteriormente, cita-se “o chamado público interno é um público
multiplicador dos mais importantes da organização” KUNSCH (2003, p. 159),
afirmando que a esse público cabe uma comunicação mais consistente e contínua,
                                                                                            105
realista e transparente. É necessário, em outras palavras, “arrumar a casa” antes de
querer expô-la para seu entorno.




5.3   PRODUTOS E SERVIÇOS DO SIBI




      Para analisar como está a situação dos produtos e serviços do SIBiUSP na
Universidade, levando-se em conta a opinião de alunos e professores vale retomar os
pontos indicados pela própria organização.

      O SIBiUSP gerencia as atividades de entrada, consulta, aquisição e serviços
gerais relacionados a seu acervo por meio do sistema DEDALUS, também
disponibilizado para seus usuários como ferramenta de busca e renovação de
empréstimos de livros. Atualmente, o sistema é considerado pela organização como
seu principal produto entregue ao público.

      Além desse sistema, o SIBiUSP também destaca como produtos de referência
as revistas e os livros que oferece por meios eletrônicos. Nesse sentido, percebe-se
uma forte tendência de migração do acervo físico do SIBiUSP para novos depositórios
online. A digitalização de obras raras, a disponibilização de e-Books e a parceria com
a Brasiliana USP para digitalização de obras fazem parte de um esforço para
acompanhar tal tendência.

      Quanto à distribuição, tem-se que os recursos online e offline estão disponíveis
para a comunidade USP nas sete praças, compostas pelos campi universitários de
São Paulo, Bauru, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba, Pirassununga e Lorena.
O acesso a materiais disponíveis em uma biblioteca ou campus por usuários de outro
local é permitido devido à integração que o SIBiUSP realiza. A organização é o único
órgão da USP presente em todos os campi.

      Considerando esse descritivo como a visão do cliente, encontram-se, no
decorrer da pesquisa, alguns pontos divergentes entre o briefing e a opinião dos
alunos e professores da USP. O que pode ser percebido por meio do contato com os
usuários da rede de bibliotecas o DEDALUS, que não é tão bem visto quanto seu


                                                                                   106
provedor acredita. Os arquivos eletrônicos, por sua vez, são bem avaliados, mas não
são entendidos como produtos do SIBiUSP.

      Observa-se nas pesquisas com alunos de graduação e pós-graduação que, por
mais que a maioria conheça o sistema DEDALUS, e que tenham tido experiências
positivas em suas buscas, a opinião geral considera o serviço antigo, de sincronia
lenta e deficiente. A plataforma não acompanha a dinâmica do relacionamento entre
alunos, professores e materiais disponibilizados pela central de impressão.

      Esse resultado vai de encontro a alguns dos pontos identificados pela agência
Spin na análise ambiental referente aos avanços tecnológicos. Como descrito em tal
etapa, a tecnologia vem se desenvolvendo rapidamente e se beneficia da
disseminação de dispositivos móveis para ampliar seu acesso. Além disso, há o
crescente uso de armazenamento de arquivos e softwares nas nuvens – o chamado
cloud computing. Os avanços tecnológicos permitem então que SIBiUSP disponibilize
e divulgue conteúdos pela internet de forma que atinja efetivamente seus usuários.
Reforça-se o que fora apontado por Pierre Levy “as tecnologias digitais surgiram,
então, como a infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de
sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo mercado da
informação e do conhecimento” (LEVY, 1999, p. 32), também Manuel Castells reforça
a importância da comunicação em redes:


                     Redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades e a
                     difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os
                     resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. [...]
                     Eu afirmaria que essa lógica de redes gera uma determinação social em
                     nível mais alto que a dos interesses sociais específicos expressos por meio
                     das redes: o poder dos fluxos é mais importante que os fluxos do poder. A
                     presença na rede ou a ausência dela e a dinâmica de cada rede em relação
                     às outras são fontes cruciais de dominação e transformação de nossa
                     sociedade: uma sociedade que, portanto, podemos apropriadamente
                     chamar de sociedade em rede, caracterizada pela primazia da morfologia
                     social sobre a ação social (CASTELLS 1999, p. 565).


      Se há a tecnologia disponível no mercado, é preciso rever a utilização do
sistema atual. O formato DEDALUS, apesar de funcional, não atende a seus usuários
em questões de usabilidade e, portanto, o alto investimento destinado a sua
manutenção poderia ser destinado a outras plataformas mais modernas e a melhorias
que envolvam a evolução do sistema Busca Integrada e da oferta de artigos e revistas


                                                                                              107
acadêmicos via VPN, módulo muito bem aceito por todos que o conhecem, mas
pouco conhecido entre os alunos da graduação.

          O problema se volta à comunicação do SIBiUSP com seus públicos, já que, no
entendimento dos entrevistados, os produtos e serviços não são bem divulgados
dentro da Universidade. Por isso, alguns serviços e novidades como a Busca
Integrada não chegam aos alunos e docentes, que continuam vendo o serviço de
localização do material do acervo como antiquado. Outras melhorias, como a
renovação dos livros pela internet, são vistas como mérito único do DEDALUS, sem
menções ao trabalho do SIBi como intermediário entre o sistema e os alunos.

          Imersos em um ambiente digital com avançada tecnologia, os usuários dos
serviços do SIBi buscam fontes que se adaptem melhor ao seu modo de navegação,
como é o caso dos alunos da Faculdade de Medicina, que preferem o sistema
PubMed37, que é uma das principais bases de dados na área da Saúde. O professor
entrevistado desse campus afirma que o orçamento que o SIBiUSP destina ao
DEDALUS deveria ser entregue a novos projetos já que, para eles – os médicos – ,
essa ferramenta já está ultrapassada.

          O DEDALUS desestimula a consulta de livros nas bibliotecas e deixa margem
para os alunos consultarem outras bases de dados. Essa fraqueza é amplificada ao
se somada com o baixo índice de leitura entre os universitários, característica
sociocultural brasileira. Da análise ambiental, sabe-se que o brasileiro se interessa
cada vez menos por leituras, sejam elas de jornais, revistas, livros ou textos na
internet.

          O estudo feito pelo Instituto Pró-Livro, identificou que a leitura aparece apenas
em sétimo lugar, com 28% de adesão. O SIBiUSP também precisa vencer essa
barreira e estimular a leitura, oferecendo, por exemplo, um ambiente agradável – seja
online ou offline – para que alunos e professores adotem o hábito de desenvolver
suas pesquisas junto às bibliotecas, reforçando a necessidade de aproximação e
alinhamento entre eles.




37
     O site da PubMed está disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/
                                                                                        108
5.4    COMUNICAÇÃO




       A partir das entrevistas em profundidade realizadas com alunos de graduação,
pós-graduação e docentes da USP, depreende-se alguns aspectos e problemas
relativos à Comunicação realizada pelo SIBi, tanto com relação a sua própria
identidade, quanto à divulgação de seus produtos e serviços, que acabam sendo
pouco utilizados, grande parte das vezes, por falta de um canal de Comunicação
claro, objetivo e que atenda à demanda dos públicos.

       Para analisar a Comunicação da organização, adotou-se o esquema do Mix de
Comunicação nas Organizações, criado por Kunsch (2003). A partir dessa linha de
pensamento, pontuam-se quais aspectos devem ser destacados sobre o SIBi, ou seja,
a análise prioritária da comunicação institucional e da Comunicação administrativa, as
mais relevantes e ligadas ao negócio de que trata a organização.


Figura 17. O mix da Comunicação nas Organizações (KUNSCH, 2003).




                                                                                   109
Com relação à Comunicação Institucional, que segundo Kunsch “é a
responsável direta, por meio da gestão estratégica das relações públicas, pela
construção e formação de uma imagem e identidade corporativa fortes e positivas de
uma organização” (2003, p. 64), o SIBi demonstra precisar desenvolver mais sua
imagem corporativa dentro da universidade, a fim de firmar seu nome perante os três
públicos entrevistados, alunos de graduação, pós-graduação e docentes, que são
seus principais usuários. Principalmente alunos de graduação e pós-graduação têm
dificuldade em descrever quem é a organização, qual é seu papel e quais serviços
administra. Isso se torna um problema, principalmente, porque a organização
demonstra querer tornar-se conhecida por grandes instituições, mas demonstra pouco
nível de conhecimento dentro da própria USP. É necessário repensar esse aspecto,
uma vez que os alunos, que são usuários, também são formadores de opinião. Isso
também se reflete com os docentes, que apontam algumas ressalvas quanto à
Comunicação Institucional do SIBi – para eles, seria preciso melhorar principalmente a
forma como a organização se mostra para os alunos; de certa forma, também é
necessário mostrar-se como um órgão estratégico para pesquisa docente, de forma a
conquistar também a parceria dos docentes, os quais também são formadores de
opinião.

      Com relação à Comunicação Administrativa, que segundo Kunsch “é aquela
que se processa dentro da organização, no âmbito das funções administrativas (p.15)
[...], que permite viabilizar todo o sistema organizacional, por meio de uma confluência
de fluxos e redes” (2003, p. 154), nota-se que o SIBi tem alguns desafios a serem
superados com relação às 44 bibliotecas que administra. Esse ponto é importante,
pois foi deixado claro que cabe a cada faculdade a administração de sua biblioteca; no
entanto, é também parte importante dos objetivos de comunicação, estreitar o
relacionamento com os bibliotecários, procurando implantar ações de comunicação de
mão dupla, que procure envolvê-los e fazê-los representantes do SIBi – aspecto
também ligado à construção da imagem da organização.

      Nesta linha, James Grunig (1984) aponta que o modelo “excelente” de
Relações Públicas é o simétrico de duas mãos, que busca a compreensão mútua, no
qual ambas as partes (organização e públicos), atinjam seus objetivos. Em outras
palavras, o SIBi parece atuar de maneira muito sistemática e impessoal com as
bibliotecas que administra, fazendo-se pouco presente para seus administradores.
                                                                                     110
Essa atuação meramente de reporte e burocrática não envolve e não abre portas para
a atuação estratégica da organização – esse ponto vai de encontro ao aspecto de
aproximação com os três públicos entrevistados na pesquisa realizada. Isso porque o
atendimento das bibliotecas foi elogiado por aquele público que menos utiliza os
serviços do SIBi (alunos de graduação). Os outros públicos, alunos de pós-graduação
e docentes, apontaram alguns questionamentos/desapontamentos nesse sentido,
com relação ao pouco treinamento dado aos bibliotecários, por exemplo.
É necessário, portanto, estreitar laços e remover barreiras com estes, a fim de que se
melhore, também, a percepção da organização no alcance de seus objetivos.




                                                                                    111
6      PROGNÓSTICO – MAPA ESTRATÉGICO


       Nesta etapa do trabalho, será desenvolvido o prognóstico que consiste em uma
projeção do cenário organizacional desejado a fim de apresentar alternativas para a
resolução de questões e oportunidades identificadas no diagnóstico. O prognóstico é
pensado a partir de uma perspectiva de longo prazo e sustentado pela missão, visão e
valores, de modo a se apontar, por meio dele, possíveis caminhos e estratégias para
a consecução dos objetivos do cliente.

       O mapa estratégico destacado abaixo ilustra o prognóstico criado:


                       O mapa estratégico explicita quais medidas são necessárias ao alcance de
                       cada objetivo proposto, bem como os indicadores que serão utilizados para
                       o monitoramento da execução destas medidas e ainda quais as iniciativas
                       de cada setor envolvido para o cumprimento dessas medidas (...) mostra
                       como a estratégia liga os ativos intangíveis a processos que criam valor
                       para acionistas, clientes, cidadãos (valor que é descrito nas estratégias).
                       Kaplan e Norton argumentam que os valores dos ativos intangíveis não
                       pode ser medido de maneira separada e independente dos ativos tangíveis.
                       (KAPLAN /NORTON, 2000, p.128)



Tabela 9. Pilares e dimensões do Mapa Estratégico




                                                                                               112
Esse mapa estratégico é formado pelo cruzamento entre os pilares e
dimensões. Pilares são os pontos de sustentação para que a organização atinja seus
propósitos. No caso do SIBiUSP, elencam-se Relacionamento, Qualidade/Excelência,
Conhecimento e Inovação como seus pilares. Já as dimensões, são as áreas de
destaque para dar continuidade à organização, isto é, áreas que contribuem para a
realização de seus objetivos e metas. Para tanto, apontam-se Administração,
Comunicação     e Tecnologia     da Informação      como as principais dimensões
organizacionais do SIBi.




Administração x Relacionamento = Funcionários + Marca


      No cruzamento administração e relacionamento, destaca-se a importância
administrativa que deve ser dada aos funcionários e à marca, SIBi nesse contexto.

      Ao longo dos estudos da agência Spin Comunicação, foi possível depreender
aspectos da realidade organizacional a partir do que foi transmitido pelo próprio cliente
e por meio das pesquisas e entrevistas com usuários do Sistema. Ficou evidente que
a gestão administrativa do SIBi não favorece a aproximação e o relacionamento entre
o setor administrativo e as bibliotecas que o compõe, impedindo ações coordenadas
para promoção das melhores estratégias para a organização.

      Um dos possíveis motivos para isso é que a autonomia das unidades ganha
proporções que as isolam entre si, não promovendo o intercâmbio de informações, o
trabalho em equipe para que a melhor solução seja encontrada. Assim, o que se tem
em vigor é o caráter de reporte de informações e contato pontual e esporádico que
afasta as unidades, não permitindo com que reconheçam o SIBi enquanto legítimo
órgão centralizador, no sentido de conferir unicidade ao Sistema.

      Por conta disso, há falta de alinhamento entre as ações de cada unidade, as
quais não se comunicam entre si e nem com o SIBi, impactando em sua imagem
diante de seus usuários e também fora da USP, uma vez que a organização não é
tida como referência dentro da própria Universidade.

      Assim, vê-se a necessidade de integração e relacionamento entre o SIBi e as
bibliotecas como ponto-chave para a resolução de questões que permeiam a gestão

                                                                                      113
administrativa e o estilo pouco participativo da organização. Dessa forma,
determinadas ações de relações públicas poderiam auxiliar na aproximação entre as
partes, influenciando positivamente nos resultados e na imagem do SIBi dentro e fora
da USP.




Administração X Qualidade/Excelência = Funcionários


      No aspecto administração e qualidade/excelência, os funcionários se
apresentam como resposta para o alcance de tais dimensões dentro da organização,
uma vez que é por meio deles, de sua dedicação diária e trabalho que o SIBi
desempenha suas funções.

      Para atingir níveis cada vez mais altos de qualidade e excelência,
características intrínsecas ao perfil e missão da Universidade de São Paulo, é
estratégico ter um órgão da importância do SIBi para a promoção do acesso, incentivo
ao uso e geração da informação.

      Para tanto, investir em ações relacionadas à qualidade e excelência é essencial
para o SIBi caminhar para um patamar estratégico dentro da USP. Tais ações figuram
desde produtos e serviços, como bibliotecas de excelência e sistemas digitais de
qualidade, como também em um estilo administrativo que possibilite um clima
organizacional favorável ao alcance dos objetivos organizacionais.

      Além disso, pode-se pensar em ações que tragam qualidade e excelência para
o dia a dia da operação que os permitam conhecer melhor a própria empresa –
relacionado ao elemento ‘conhecimento’, a ser desenvolvido a seguir – e também
desempenhar melhor o seu trabalho, aprimorando suas habilidades e competências
para geração de valor para o SIBiUSP.




Administração x Conhecimento = Funcionários


      Na interface administração e conhecimento, é fundamental adotar estratégias
para manter os funcionários do SIBiUSP informados acerca da organização, ou seja,
investir para que conheçam sua história, seu perfil, os princípios que a regem, os
                                                                                  114
objetivos e as metas estabelecidas, além de conhecerem, a fundo, seus produtos e
serviços, bem como possíveis particularidades que se apresentarem relevante ao
desempenho de seu trabalho. Dessa forma, será possível elevar o nível de
conhecimentos dos funcionários sobre o SIBi, o que, por sua vez, é fator
condicionante do sucesso organizacional.

      Outro ponto de destaque é o acesso ao conhecimento, isso é, agir de modo
que os funcionários tenham acesso não só ao conhecimento sobre a empresa, mas
também de informações de fora dela, como tendências de mercado, tecnologias da
informação, entre outros elementos que comporão o arcabouço intelectual para
execução de suas atividades e tomada de decisões.




Administração x Inovação = Funcionários


      Para que a organização seja inovadora é necessário estabelecer um sistema
administrativo que promova a integração efetiva das bibliotecas ao Sistema, sem
comprometer sua autonomia, colocando os funcionários como elemento-chave dessa
mudança.

      A integração pode ser realizada por meio de comunicações periódicas,
iniciativas para promover a aproximação e contato face a face, como encontros,
reuniões e visitas para discutir pontos estratégicos da organização, boas práticas,
demandas e necessidades a fim de aprimorar o estilo administrativo, alinhado aos
princípios e objetivos organizacionais.

      Além disso, devido à natureza do negócio do SIBiUSP, é primordial que se
busque inovações em diversos aspectos, como produtos e serviços que serão
trabalhados mais adiante neste prognóstico.




Relacionamento x Comunicação = usuários + funcionários + produtos e
serviços + marca


      Após feitas as pesquisas pela agência Spin Comunicação com alunos de
graduação, pós-graduação e docentes, verificou-se, conforme apresentado no
                                                                                 115
Diagnóstico, que a comunicação com os usuários e funcionários do SIBi precisa ser
renovada e repensada, assim como a comunicação sobre a marca e os produtos e
serviços. É necessário estabelecer um diálogo mais próximo dos alunos de
graduação, pós-graduação e docentes, pensando em ações que os aproximem da
marca SIBi. Por sua vez, o SIBi deve procurar se posicionar de maneira mais próxima
“amigável”, criando identificação e simpatia, reconstruindo e transformando o
relacionamento que as pessoas têm com sua marca, inclusive com seus produtos e
serviços, que são vistos como “pouco amigáveis” e de interface difícil.




Qualidade/Excelência x Comunicação = usuários + funcionários + produtos
e serviços + marca


      A Qualidade/Excelência é um aspecto fundamental para qualquer instituição, e
principalmente para o SIBi, que é responsável pela organização do conhecimento
produzido e recebido dentro e fora da USP. Pensando dessa maneira, é preciso
estender esse aspecto aos pilares usuários, funcionários, produtos e serviços e
marca. Para funcionários, é preciso disseminar dentro do próprio SIBi a ideia de que é
necessário zelar pelo trabalho de qualidade e excelente, de acordo com a missão,
visão e valores da instituição. No que se refere aos usuários, é também necessário
posicionar-se como um órgão estratégico e de referência para pesquisas, para que
eles tenham confiança em utilizar os produtos e serviços do SIBi. A marca SIBi, em
suma, precisa ser referência nesses dois aspectos (qualidade e excelência), para que
consiga   aprimorar    seu   relacionamento     e   tangibilizar   mais   mudanças    e
aperfeiçoamentos.




Conhecimento x Comunicação = usuários + marca


      O SIBi deve ser a marca referência em Conhecimento para seus usuários. Isso
porque é responsável por um dos maiores orçamentos destinados a tal pilar, que
como se sabe, é o mais relevante para a universidade. É preciso posicioná-lo dessa
forma, reforçando sua imagem com ações estratégicas que criem essa identidade,
                                                                                     116
trazendo-a não somente para a biblioteca, mas para o dia a dia dos seus usuários,
para que vivenciem e sintam a marca SIBi dessa maneira.




Inovação x Comunicação = funcionários + usuários + marca


      O pilar da inovação é fundamental para o SIBi, já que, conforme foi
averiguado nas pesquisas aplicadas com seus principais usuários, a imagem da
organização é associada a plataformas ultrapassadas, que não atendem à demanda
de seus públicos. A comunicação, neste caso, deve mostrar que o SIBi é uma marca
inovadora que acompanha as principais mudanças dentro e fora do campus da USP,
trazendo inovações e não medindo esforços para aliar o conhecimento à inovação.
Além disso, a inovação deve estar também presente no cotidiano dos funcionários
do SIBi, que devem trabalhar sob essa mesma lógica, pensando sempre em buscar
algo novo, que fuja do status quo, que entre em sinergia com o novo perfil da
organização.




Tecnologia da Informação x Relacionamento = Produtos e Serviços


      Em relação à tecnologia da informação e relacionamentos, acredita-se que o
link seja por meio dos produtos e serviços. Esses são parte fundamental da
organização SIBiUSP, sua razão de existência. Ao utilizar-se das tecnologias de TI, de
maneira a criar, aperfeiçoar e inovar os produtos e serviços, são produzidas
experiências positivas do usuário em relação à marca, o que o faz tornar a usar e,
posteriormente, passar a ser também um multiplicador, atraindo novos usuários.

      É primordial a área de Tecnologia da Informação dentro do core business do
SIBiUSP, que se utiliza de bancos de dados, cruzamento de informações e grande
quantidade de programação. Por ser uma área em constante crescimento, é
necessário que a equipe esteja sempre em contato com as novidades do mercado,
atualizando-se sempre.



                                                                                    117
Tecnologia da Informação x Conhecimento = Usuários


       A tecnologia da informação, relacionada ao conhecimento, deve ser levada em
conta para aperfeiçoar os produtos e serviços, suprindo as necessidades do usuário.
Ao colocar o foco no consumidor, o SIBiUSP conseguirá atingir e até mesmo superar
as expectativas em relação à organização, melhorando sua imagem e atraindo novos
utilizadores.

       A ampliação de acervos digitalizados e a transferência da biblioteca para a
“biblioteca virtual” é uma corrente positiva em relação às expectativas do usuário
atual, muito ligado à internet. Por ser uma organização disseminadora de
conhecimento, o SIBi deve levar ao usuário de todas as maneiras possíveis esse
conhecimento e a tecnologia da informação é essencial nessa melhoria da experiência
do usuário com os diversos sistemas.




Tecnologia da Informação x Inovação = Usuários/Tendências do mercado


       A partir dos resultados da pesquisa aplicada com os alunos da USP, observou-
se que o SIBi deixa a desejar em aspectos importantes quanto à tecnologia e
inovação. A área de TI é fundamental para aprimorar e propiciar suporte adequado a
alguns dos principais produtos que o SIBi oferece, entre eles, o Dedalus. Esse
sistema de busca, por meio de inovação em TI, pode apresentar resultados mais
assertivos, de forma mais rápida e acessível em diferentes formatos, como mobile, por
exemplo. Tal aprimoramento possui potencial para contribuir em relação à melhora de
relacionamento do SIBiUSP com seus usuários, por poder associar diretamente um de
seus principais produtos a tecnologias modernas e inovadoras, com o intuito de atrair,
facilitar e tornar cada vez mais positiva a experiência do usuário com o SIBi.




Tecnologia da Informação x Qualidade/Excelência = Produtos e Serviços


       Para que a experiência dos públicos com o SIBi tenha potencial cada vez maior
de produzir uma imagem favorável à organização, a área de TI é responsável por
                                                                                    118
oferecer infraestrutura, compatibilidade e inovação em relação aos produtos e
serviços que o órgão oferece. Com o aprimoramento da tecnologia, o acervo digital,
por exemplo, pode ser acessado de maneira mais abrangente e específica, tornando
um documento que muitas vezes é de difícil acesso compartilhado de maneira fácil
por diversas pessoas que o necessitam em suas pesquisas. Para isso, o SIBi precisa
buscar atingir por meio da inovação em tecnologia uma melhoria contínua, almejando
a excelência em relação à disposição de seus produtos e serviços, de modo que o
órgão possa, assim, efetivamente agregar valor à produção de conhecimento.




                                                                                119
7     JUSTIFICATIVA TEÓRICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS




      No contexto do projeto apresentado, a atividade de relações públicas é capaz
de colaborar com a organização no sentido de estabelecer uma política de
comunicação, a fim de conquistar valores intangíveis, como credibilidade, reputação e
imagem. Dessa maneira, é possível manter um bom relacionamento com os públicos,
colaborando para a boa imagem da organização, ao mesmo tempo em que agregará
valor ao seu negócio.

      Como reforça Ferrari (2008, p. 84) “o objetivo das relações públicas é
estabelecer, desenvolver e manter, de forma planejada, ligações, relacionamentos
diretos, gerais ou especializados, entre pessoas, organizações, públicas e privadas,
entre públicos da organização e a sociedade, de forma a transformar essa rede de
relacionamentos em benefícios tangíveis e intangíveis para todos os envolvidos”. Isso
significa que os relacionamentos com os públicos estratégicos agregam valor
financeiro ao negócio das organizações e desse modo, quanto melhor é a relação
com os seus públicos, melhor será a reputação da organização.

      O departamento de comunicação de uma empresa contribui para a efetividade
organizacional ao ajudar na construção dos relacionamentos com os públicos e de
uma imagem positiva. Nesse sentido, Ferrari (2008, p. 84) mostra a importância da
função das relações públicas quando afirma que “o ato comunicacional só se efetiva
quando existe o relacionamento (...) baseado no vínculo, no envolvimento e no
comprometimento”. Analisando o cliente da Spin Comunicação, entende-se que a
construção e manutenção do relacionamento com os públicos é fundamental para seu
negócio; além disso, o bom relacionamento com os públicos influencia diretamente a
boa imagem da organização.

      Os públicos do SIBiUSP são grupos formados por pessoas com capacidade de
discernimento, que podem ser responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso de sua
atuação ao longos dos anos. Eles influenciam e interferem na organização no
momento em que se sentem atingidos por ela. São os funcionários, alunos, docentes,
pesquisadores convidados, entre outros.



                                                                                  120
Entendendo o contexto global vivido atualmente, os públicos tornaram-se mais
exigentes e críticos, fiscalizando as ações organizacionais. As organizações, por sua
vez, mantêm-se atentas aos relacionamentos, aprimorando constantemente o
tratamento que dão ao público e fornecendo produtos e serviços de qualidade. Com
essas medidas, as empresas tentam se manter no mercado e distinguir-se da
concorrência.

      Nesse sentido, a atividade de Relações Públicas atua com a finalidade de
gerenciar os valores organizacionais e as percepções dos diferentes públicos da
organização e, também por mensurá-los com o objetivo de identificar as opiniões e os
resultados obtidos com o desenvolvimento das ações de comunicação.

      Com um sólido planejamento de relações públicas, é possível a uma
organização entender e controlar o contexto em que está inserida, com vistas a
conquistar seu espaço definitivo no mercado, consolidar sua marca e sua reputação e
promover sua credibilidade. Para se adequarem às mudanças do inconstante
mercado, as organizações mais vulneráveis precisam de ações mais eficientes e
flexíveis, o que não significa dizer que empresas menos vulneráveis não devam se
preocupar com sua comunicação. O conhecimento dessa realidade é fundamental
para o SIBi.

       Cabe, portanto, ao profissional de relações públicas, analisar o cenário em que
se encontra a organização, assim como os relacionamentos estabelecidos por seus
públicos, atuando como um estrategista, ou seja, detectando todas as oportunidades
para, através delas, conseguir vantagens que sejam competitivas. Segundo Ferrari:


                     O maior desafio das organizações de hoje é ter a capacidade de responder
                     eficazmente às ameaças e oportunidades impostas pelo ambiente externo,
                     bem como ter seu público interno estimulado para vencer os desafios
                     institucionais propostos. (Ferrari, 2003, p.84)


      Como parte do processo que possibilita à organização vencer os desafios
citados por Ferrari (2003), é necessário que o relações públicas realize pesquisas
para, então, diagnosticar se há a necessidade de mudanças ou de incorporação de
novas atitudes. Com o diagnóstico em mãos, pode-se elaborar o plano de
comunicação para, então, implementá-lo na organização. Esse processo, que resulta



                                                                                          121
em um conjunto de ações capazes de alcançar os objetivos da organização, é
também a principal entrega deste projeto de relações públicas.

      Para a excelência no resultado de suas ações, recomenda-se ao SIBi um
profissional de comunicação, que precisa sempre estar em contato direto com a alta
administração da organização. Essa relação entre os profissionais de comunicação e
os responsáveis pelas decisões nas empresas faz parte da Teoria Geral de Relações
Públicas, formulada por Grunig em sua pesquisa Excellence Study, de 1992.

      Grunig acredita que, se o profissional não estiver em contato permanente com
a alta administração, o que geralmente ocorre em empresas com estrutura piramidal,
demasiadamente hierarquizadas e burocráticas, o departamento não conseguirá
alcançar seu potencial, uma vez que encontrará barreiras internas que podem atrasar
o processo de comunicação. Se o plano de ações criado precisar passar por diversos
níveis hierárquicos até ser examinado pelo tomador de decisões e, então, ser
aprovado para aplicação, o executor das campanhas poderá encontrar o cenário
organizacional em fase de mudanças e a imagem da empresa pode ser prejudicada
pela morosidade do processo.

      Nesse sentido, uma das pesquisas desenvolvidas por Grunig (1992) revelou
que a maioria das crises em organizações tem como resultado a demora das decisões
gerenciais. Quando uma decisão afeta negativamente o público, ele se organiza e cria
problemas para a organização, prejudicando diretamente sua reputação. Ao atuar
junto à alta administração, o relações públicas torna-se um “administrador da
comunicação” e passa a tomar as decisões vitais para os relacionamentos com seus
públicos, tornando-as estratégicas e socialmente responsáveis.

      Para que o plano de relações públicas seja efetivo, é fundamental que o
profissional compreenda algumas etapas. O processo de identificação e classificação
de todos os públicos da organização, por exemplo, é um momento-chave no
planejamento, pois os públicos são o objeto das relações públicas, tanto quanto a
própria organização. Sua classificação evita o envio de uma mesma mensagem a
diferentes públicos, tendo em vista que uma linguagem unificada pode não ser
compreendida corretamente por todos e, por conseguinte, prejudicará a imagem da
empresa. Cada público percebe a organização à sua maneira, podendo interferir
negativamente quando não for devidamente atendido ou entendido.

                                                                                  122
No caso do SIBi, professores, alunos de graduação, alunos de pós-graduação
e funcionários nem sempre são encontrados no mesmo espaço e muitas vezes
entendem o ambiente de forma distinta. É crucial que a organização saiba identificar
as diferenças entre eles para realizar uma comunicação assertiva e ter uma política de
relacionamento diferente para cada um deles.

      O planejamento das ações também exige do profissional de relações públicas a
mensuração dos resultados de sua campanha. Analisar e mensurar as conquistas de
cada ação é a etapa na qual, além de compreendido se o trabalho realizado alcançou
seus objetivos, as relações públicas tornam-se estratégicas para a organização.
O resultado da análise dirá se será necessário promover ou não a continuidade do
planejamento estabelecido para os anos seguintes e quais serão as possíveis
mudanças no plano de ações.

      Assim, entende-se que a avaliação de desempenho das ações de comunicação
nas empresas é responsável por demonstrar os impactos causados pelas campanhas,
mas também é capaz de mostrar aos gestores os pontos ainda falhos do programa e
suas possíveis correções. O monitoramento constante confere às empresas a
sustentação e competitividade no ambiente de mercado, a satisfação de seus públicos
(interno e externo) e o gerenciamento de crises e conflitos.

      Em suma, a atividade de relações públicas é responsável pela análise de
cenários, da previsão de tendências e implantação e avaliação de programas de
comunicação. Para tanto, o comunicador pode se utilizar de pesquisas de opinião, uso
ético dos diferentes tipos de mídia, criação de boletins internos e utilização de outros
instrumentos. Sua atuação é útil para o SIBiUSP na medida em que oferece uma
mediação entre os interesses da organização e os de seus públicos, reduzindo os
conflitos por eles vividos e transformando a imagem da instituição.




                                                                                     123
8     CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO




      Após projetar o mapa estratégico com as diretrizes que devem nortear o
planejamento do SIBiUSP, foram produzidas três campanhas de comunicação,
voltadas às dimensões detectadas como estratégicas. Elas têm como objetivo ser um
dos principais meios de transformação da realidade do cliente. Para cada campanha,
foram elencadas diversas ações que se completam. Um cronograma específico para
cada ação foi estruturado e está no final das campanhas com o intuito de apresentar
ao cliente uma visão macro do investimento necessário para transformar
positivamente o cenário encontrado.




8.1   DE SIBI PARA SIBI




      Problema: Com o intuito de aproximar o SIBiUSP dos colaboradores do
Sistema, tanto em nível administrativo quanto operacional, incluindo as bibliotecas,
criou-se a campanha “De SIBi para SIBi” composta por ações focadas nos princípios
organizacionais, estilo administrativo e comunicação interna.

      De forma a atuar nessas três frentes, a campanha propõe revisitar aspectos da
gestão administrativa do SIBi, atualmente pouco participativa e não-integrada, Com
finalidade de estreitar o relacionamento entre o SIBi e as bibliotecas que o compõem,
de modo que essas compreendam a missão, a visão e os valores da organização e
seu papel, enquanto membro do SIBi, para o alcance dos objetivos organizacionais.
Para que essa integração aconteça, as ações irão se basear em iniciativas que
tornem os colaboradores parte atuante do Sistema, garantindo também o sucesso das
demais campanhas, a serem tratadas adiante.


      Título da Campanha: De SIBi para SIBi.


      Públicos-alvo: funcionários do SIBiUSP.


                                                                                  124
Justificativa: Um programa dessa natureza se mostra adequado uma vez que
procura solucionar questões intrínsecas à administração realizada pelo cliente, que
segundo estudos da agência Spin Comunicação, não considera pontos relevantes
para promoção do engajamento e participação dos colaboradores, que por
consequência, impacta negativamente na sua imagem.

      Para      Kunsch,       em     se     tratando      de      comunicação         para
funcionários/colaboradores:


                     (...) a importância da comunicação interna reside sobretudo nas
                     possibilidades que ela oferece de estímulo ao diálogo e à troca de
                     informações entre a gestão executiva e a base operacional, na busca de
                     qualidade total dos produtos ou serviços e do cumprimento da missão de
                     qualquer organização. (KUNSCH, 2003, p. 159)


      Percebe-se que o SIBi não possui práticas formais voltadas para Comunicação
Interna, fato que gera desalinhamento de mensagens. Nesse sentido, também serão
apresentadas ações que suportarão a Comunicação Interna com o objetivo maior de
estimular o diálogo e a interação entre os funcionários. Para Kunsch, a Comunicação
Interna seria “um setor planejado, com objetivos bem definidos, para viabilizar toda a
interação possível entre organização e seus empregados” (KUNSCH, 2003, p. 154).


      Objetivos:

      o Rever os princípios organizacionais do cliente, de modo que estejam
          alinhados ao seu perfil e objetivos macro.
      o Aproximar o SIBiUSP de seus colaboradores, estimulando o engajamento
          por parte dos mesmos.
      o Uniformizar as ferramentas de comunicação interna para criar unicidade e
          manter os colaboradores informados sobre as iniciativas da organização
          para que atuem a seu favor.


      Metas: Em um ano ter implementado a campanha “De SIBi para SIBi”.


      Orçamento: O orçamento será detalhado por ações, o valor constará ao final
de cada ação e também em uma planilha ao final desta Campanha.


                                                                                        125
Quadro Sinótico das ações: Abaixo está o esquema que ilustra as ações que
compõem a campanha “De SIBi para SIBi”, seguido de sua descrição.




A)     Ações




A.a)   Ação 1: Repense


       Público-alvo: Conselho Supervisor e Departamento Técnico do SIBiUSP.


       Objetivo: A ação “Repense” tem como objetivo ajustar os princípios
organizacionais – missão, visão e valores – e disseminá-los para os colaboradores do
SIBiUSP, a fim de promover maior interação e estreitar o relacionamento entre eles,
de modo que compreendam o papel da organização e a sua contribuição para o
alcance dos objetivos e metas.

       Foi constatado, por meio de reuniões com o cliente, que o SIBi está atingindo
um patamar mais estratégico dentro da Universidade de São Paulo, enquanto órgão
provedor de informações para tomadas de decisões da Reitoria, e agindo em prol do
alcance dos objetivos organizacionais da mesma.

       De modo a apoiar o posicionamento estratégico do SIBiUSP, a Spin
Comunicação, propõe a reflexão acerca dos atuais princípios organizacionais do SIBi -
                                                                                  126
missão, visão e valores - para garantir que a elevação para o nível estratégico ocorra
de forma gradativa e alinhada aos princípios que, originalmente, o regem.


                     A missão de uma organização não deve se restringir aos propósitos com
                     vistas na realização de negócios e nas estratégias competitivas, mas deve
                     contemplar os valores, a cultura corporativa, expressa em padrões e
                     comportamentos dos indivíduos nas organizações. Só assim terá sentido e
                     razão de existir. (KUNSCH, 2003, p. 252).


      Assim, propõe-se um ajuste na Visão, uma vez que:


                     A visão de uma organização está relacionada com o futuro (...) trata-se de
                     ver aonde a organização quer chegar, e como fará e que meios utilizará
                     para alcançar esses objetivo. (KUNSCH, 2003, p. 253).


      A Missão e os Valores foram considerados apropriados à essência
organizacional e aos desafios que o SIBi precisa enfrentar para que, mais tarde,
quando cumpridas essas metas, se for conveniente, dê um novo salto na evolução
dos princípios organizacionais.

      Abaixo está o modelo proposto, no qual, como explicado anteriormente, Missão
e Valores permanecem iguais, e a há uma proposta para ajuste da Visão:
      MISSÃO
      Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo
para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do
conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos.

      VISÃO
      A Visão foi alterada de: Consolidar o sistema de gestão até 2012. Para:
Consolidar sistema de gestão e comunicação sendo reconhecido pelos públicos
internos como referência em conhecimento, qualidade/excelência e inovação.
      VALORES
      Compromisso com a democratização do acesso à informação de forma
equitativa, respeitando a ética, os valores humanos e a sustentabilidade.

      Em uma segunda etapa, a ação Repense também prevê discutir os próximos
passos do SIBi, em termos de comunicação, junto ao Conselho Supervisor,
viabilizando a aplicação das Campanhas de Relações Públicas propostas pela Spin
Comunicação.
                                                                                            127
Estratégia: Após sugestão de princípios organizacionais feita pela Spin
Comunicação, a estratégia adotada para que eles façam parte do dia a dia da
organização é promover sua discussão, por meio de reuniões, primeiramente entre o
Conselho Supervisor do SIBiUSP e, em seguida, levá-los ao Conjunto de Base -
bibliotecas, disseminando-os para que cada unidade assimile localmente.

      As reuniões do Repense com o Conselho Supervisor poderão acontecer no
próprio espaço do SIBiUSP, sendo, para tanto, necessário providenciar uma sala de
reunião que comporte a equipe. A reunião terá duração média de 3 horas, na qual
serão discutidos os princípios organizacionais e as estratégias de comunicação do
SIBiUSP para os próximos anos, contemplando as campanhas de Relações Públicas
apresentadas no presente trabalho.

      Para tanto, sugere-se o envio de convite da reunião por meio de e-mail
marketing que aborde os objetivos gerais do Repense. Também recomenda-se a
elaboração de uma apresentação, em powerpoint, com os pontos a serem tratados,
bem como produção de banners para sinalizar e identificar a sala de reunião.
O conteúdo do banner trará a indicação para o local onde o evento acontecerá e, além
disso, trará o título e a agenda resumida sobre o evento. O tamanho do banner será
de 70x140cm.
      Sugestão de conteúdo:

      Repense
      1º Encontro Administrativo do SIBiUSP


      Agenda:
      8h – Coffe break
      8h30 – Início da apresentação

      Para a apresentação a sugestão é que a diretoria do SIBiUSP faça uma
abertura introduzindo o assunto e destacando a importância do evento. Em seguida, a
apresentação seria realizada contemplando os seguintes itens: expectativas e
propósito do encontro; o que são e qual a importância dos princípios organizacionais;
o papel dos funcionários; discussão sobre a missão, visão e valores.
      10h30 – Abertura para perguntas
      11h - Fechamento

                                                                                  128
Metas:

o Em um mês ter discutido os princípios organizacionais e definido a
   reestruturação da comunicação do SIBiUSP.
o Ao final de 2014, repensar a Visão e ajustá-la conforme o alcance dos
   objetivos.
o A cada cinco anos, em média, refletir sobre os rumos que o SIBiUSP tem
   tomado e avaliar se os princípios acompanham a organização.


Programa e seu desenvolvimento

As etapas desta ação consistem em:

o Verificar possíveis datas favoráveis à realização da reunião, dentro do
   calendário corporativo;
o Reservar a sala de reunião;
o Elaboração do e-mail marketing para convidar os membros do Conselho
   Supervisor e Departamento Técnico do SIBiUSP. Tempo de produção: 2
   semanas. O e-mail marketing será redigido pela própria agência que fará a
   produção do e-mail marketing propriamente dito, com aprovação final do
   SIBiUSP. A ideia é que o e-mail marketing seja uma espécie de convite e
   que, no final, trará a assinatura do SIBiUSP.
o Produção do banner para sinalização da sala de reunião. O conteúdo do
   banner trará a indicação para o local onde o evento acontecerá e, além
   disso, trará o título e a agenda resumida sobre o evento. O tamanho do
   banner será de 70x140cm. Tempo de produção: 2 semanas;
o Envio do e-mail marketing;
o Elaboração da apresentação a ser feita na reunião, conforme roteiro
   incluso na ação;
o Providenciar coffee break;
o Elaboração da pesquisa a ser aplicada no fim do evento, conforme
   orientações presentes na avaliação – 2 semanas;
o Providenciar lista de presença.
   .



                                                                         129
A elaboração do e-mail marketing, a produção do banner, a elaboração da
pesquisa, a elaboração da apresentação e o coffee break podem ser realizados
simultaneamente a fim de ganhar agilidade. O tempo de produção é estimado e pode
variar de acordo com o(s) fornecedor(es) responsáveis por cada item.


      Recursos:

      Recursos Humanos

      o Uma pessoa para coordenar a ação: entrar em contato com Conselho
         Supervisor e Departamento Técnico; fazer interface com fornecedores;
         enviar o e-mail de convite e organizar o espaço no dia do evento (colocar
         o banner, verificar se o coffee break está em ordem, aplicar a pesquisa e a
         lista de presença).
      o Convidados para a reunião – a ser definido pelo cliente. Sugestão: 10
         pessoas.
      o Fornecedor responsável pela produção do e-mail marketing de convite;
      o Fornecedor responsável pela produção do banner;
      o Fornecedor responsável pela produção do coffee break.


      Recursos Materiais:

      o Sala de reunião com projetor, tela, flipchart, canetas e papéis;
      o Materiais referentes ao coffee break (providenciados pelo fornecedor
         escolhido);
      o Banner (também sob a responsabilidade do fornecedor escolhido);
      o Apresentação em powerpoint.


      Recursos Financeiros:

      o Custo da produção do e-mail marketing
      o Custo da produção do banner
      o Custo do coffee break




                                                                                 130
Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.

     Descrição                   Especificidade                Quantidade     Custo
  E-mail marketing           Envio em formato html                 1        R$ 3.062,37
    Apresentação            Apresentação em Power                  1
                        Banner 70x140cm. Material: Lona
                        Acabamento: Bastão de madeira
       Banner                                                      1         4700,11
                          superior/inferior com cordão
                               Impressão: Digital
                       Projetor, Tela, Flip chart, canetas e
   Sala de reunião                                                N/A       Sem custo
                                       papel
                       Água, café, chá, leite, suco, pão de                   R$ 25
    Coffee break                                                   10
                       queijo, mini sanduiches, bolo, frutas                 /pessoa
                                                                            R$ 8.012,48




      Cronograma:

                                       Jan/2013 Fev/2013
        Tempo de Aplicação




      Avaliação: para a ação em questão consistirá em, no fim da reunião:

      o Distribuir pesquisas para avaliar se os participantes compreenderam o
            conteúdo e identificar pontos para possíveis melhorias.
      o Identificar, por meio de uma lista de presença, o número de convocados
            presentes, bem como se os membros-chave compareceram, de modo a
            transmitirem o conteúdo para os ausentes.




A.b) Ação 2: “Encontro SIBibliotecas”


      Públicos-alvo: Diretores das bibliotecas das faculdades da USP.


      Objetivo: A ação “Encontro SIBibliotecas” tem por objetivo aproximar o
SIBiUSP das bibliotecas que compõem o Sistema para estreitar o relacionamento,
                                                                                          131
mapear as necessidades de cada uma e as suas boas práticas. Além disso, é
fundamental que o SIBi aproveite as visitas para apresentar o momento de
reestruturação pelo qual está passando, em termos de comunicação, entre outros
aspectos, a fim de reforçar o papel e a contribuição de cada biblioteca no alcance dos
objetivos macro, como a elevação do patamar estratégico do SIBi dentro da USP.


      Estratégia: A estratégia a ser adotada nesta ação é a visita do SIBi às
bibliotecas para conhecer a equipe que as coordena, aproximando-se delas.
Na ocasião, poderão ser apresentados os resultados do estudo realizado pela Spin
Comunicação, que apontam oportunidades de melhoria na comunicação do SIBi com
seus públicos prioritários, e a consequente reestruturação iniciada na organização.
O evento aconteceria anualmente, sendo que os próximos “Encontros SIBibliotecas”
deveriam abordar a evolução do sistema de gestão e da comunicação do SIBi, além
de temas estratégicos do período como projetos, planejamento, orçamento etc.


      Metas: Em quatro meses, ter visitado todas as bibliotecas do SIBiUSP,
levantado suas necessidades, boas práticas e divulgado a reestruturação da
comunicação do SIBi.


      Programa e seu desenvolvimento

      As etapas desta ação consistem em:

      o Definir a programação de visitas, levando-se em conta localização das
          unidades e disponibilidade dos envolvidos;
      o Pedir para as unidades separarem meio período de um dia para a visita,
          providenciar sala de reunião e coffee break;
      o Elaboração do e-mail marketing para convidar as unidades para o
          “Encontro SIBibliotecas”;
      o Envio do e-mail marketing;
      o Contratar carro ou táxi para visitar as faculdades de São Paulo - Cidade
          Universitária, Clínicas, USP Leste, Largo São Francisco;




                                                                                   132
o Comprar passagens rodoviárias ou fornecer quantia para combustível para
   visitar unidades de Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão
   Preto, São Carlos, São Sebastião.
o Elaboração da apresentação a ser feita na reunião;
o Elaboração de cópias do presente projeto;
o Elaboração da pesquisa a ser aplicada no fim do evento – 2 semanas.


Recursos:

Recursos Humanos

o Uma pessoa para coordenar a ação: entrar em contato com as diretorias
   das unidades e agendar as visitas; preparar a apresentação; fazer
   interface com fornecedores para elaborar o e-mail marketing, enviá-lo, e
   comprar passagens rodoviárias ou contratar carro/taxi.
o Membros da diretoria das bibliotecas de cada faculdade.


Recursos Materiais

o Sala de reunião com projetor, tela, flipchart, canetas e papéis a serem
   disponibilizadosa pelas bibliotecas.
o Apresentação em powerpoint;
o Fornecedor para cópias do projeto
o Carro/táxi ou ônibus para transporte até as unidades.


Recursos Financeiros

o Custo da produção do e-mail marketing
o Custo com combustível, pedágio e aluguel do carro, contratação do táxi ou
   passagens rodoviárias. Aqui fica aberto para decisão do cliente pelo
   transporte mais adequado.
o Possível suporte financeiro ao coffee break.




                                                                         133
Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.
               Descrição        Especificidade      Quantidade     Custo
                               Envio em formato
            E-mail marketing                            1        R$ 3.062,37
                                     html.
                               Power Point .pptx
             Apresentação                               1          R$ 0,00
                                 com 15 slides
                               Ida e volta para 2
               Taxi/ Carro       pessoas em 1           4        R$ 400,00
                                     veículo
               Passagem        Ida e volta para 2
                                                        32       R$ 1.760,00
               rodoviária           pessoas
                                                                 R$ 5.222,37


      Cronograma:

                                      Fev/2013 Mar/2013 Abr/2013 Mai/2013
        Tempo de Aplicação




      Avaliação: para a ação em questão consistirá em:

      o Após cada visita às unidades, enviar uma breve pesquisa online, podendo-
            se utilizar de ferramentas grátis da web como SurveyMonkey. Deverá
            conter de 5 a 10 questões fechadas e uma aberta para avaliar a
            percepção dos participantes sobre o formato do encontro, a discussão
            realizada, o conteúdo apresentado, bem como a disposição das unidades
            para contribuir com as mudanças traçadas pelo SIBi. A pesquisa será
            anônima e, por isso, também poderá levantar pontos de crítica ou
            sugestão. É recomendado enviar a pesquisa logo após cada visita, a fim
            de que ao longo da ação, que tem previsão de duração de quatro meses,
            seja possível identificar possíveis melhorias para aprimorar o Encontro.




                                                                                       134
A.c)   Ação 3: “Ser SIBi”




       Público-alvo: Todos os funcionários do SIBiUSP.


       Objetivo: “Ser SIBi” é uma ação que, alinhada às duas anteriores, permitirá
integração dos funcionários junto à organização para que a conheçam e
compreendam seu papel diante da missão, visão e valores, de modo que se sintam
pertencentes ao seu ambiente de trabalho. Dessa forma, define-se como objetivo da
ação divulgar e manter presente em todos os locais de atuação do SIBi os princípios
organizacionais como fonte de consulta e estímulo à prática dos mesmos.

       Além disso, paralelamente ao reforço dos princípios organizacionais, essa ação
pretende averiguar o nível de conhecimento dos funcionários sobre o SIBi, ou seja,
verificar o quanto eles conhecem do SIBiUSP, sua história, seu perfil, seus objetivos e
metas a fim de, se necessário, informar os funcionários, incentivando maior
conhecimento e elevando o nível de qualidade e excelência de seu trabalho, como
explicado no prognóstico.


       Estratégia: A estratégia para consecução desta ação é colocar quadros em
todas as unidades administrativas e bibliotecas pertencentes ao sistema SIBiUSP
para divulgar seus princípios organizacionais – missão, visão e valores. Ter essa
informação presente de forma física é importante enquanto fonte de consulta para os
funcionários, além de uma forma simples de fazer com que o conceito esteja
disponível em todos os locais onde o SIBi atua. A implantação seria única e a
atualização conforme modificações nos princípios organizacionais.

       Já no que se refere a verificar o nível de conhecimento dos funcionários sobre
o SIBi, prevê-se a realização de uma pesquisa, junto a um instituto especializado em
pesquisas, para diagnosticar tal cenário e definir estratégias e ações administrativas,
de recursos humanos e comunicação para ajudar os funcionários a conhecer melhor
sua empresa, promovendo, também, a qualidade e excelência de seu trabalho.




                                                                                    135
Meta:

o Em seis meses, ter colocado os quadros do “Ser SIBi ” em todas as
   unidades administrativas do SIBiUSP e bibliotecas.
o Em seis meses, ter realizado uma pesquisa com funcionários por meio de
   uma empresa contratada para isso.


Cronograma:



    Tempo de Aplicação          Início              Término

    Permanente                  Jun/2013            ----




Avaliação: para a ação em questão consistirá em:

o Após seis meses do “Encontro SIBibliotecas” e após 1 mês da instalação
   dos quadros do “Ser SIBi” enviar uma pesquisa online mais aprofundada,
   que avalie se a missão, a visão e os valores são conhecidos pelos
   funcionários e se há identificação com eles. A pesquisa pode ser repetida
   anualmente para identificar se há necessidade de repensar os princípios
   organizacionais.




                                                                         136
Layout do quadro de missão, visão e valores desenvolvido pela Spin
Comunicação




                                                                     137
Como extensão da ação “Ser SIBi”, propõe-se a implantação de um Mural Físico para
centralizar as ações de comunicação interna das bibliotecas, como comunicados,
avisos e anúncios.


      Público-alvo: Todos os funcionários do SIBiUSP (administrativo e bibliotecas).


      Objetivo: Concentrar as ações de comunicação, que já acontecem nas
unidades, em um local definido. Tal iniciativa evitaria que mensagens distintas
ficassem dispostas de forma não padronizada em locais inadequados e, ao mesmo
tempo, serviria de apoio a divulgações esporádicas do SIBiUSP.


      Estratégia: Colocar um mural padrão em cada unidade de atuação do
SIBiUSP em local de grande circulação de funcionários, como, por exemplo, cozinha
ou copa. A ação se mostrou uma opção viável por seu baixo custo, fácil implantação e
manutenção. É importante lembrar que essa medida não se propõe a gerir o conteúdo
dos murais, que será feito inteiramente pela própria unidade, respeitando sua
autonomia, o que não invalida o uso dos murais para mensagens institucionais do
SIBi. A implantação dos murais seria única e sua atualização e manutenção
gerenciada pelas próprias unidades.

      Como forma de esclarecer, passo a passo, a instalação dos Quadros e Murais,
propomos a criação de um folder que será um guia rápido para garantir que tais ações
aconteçam de acordo com as estratégias da ação “Ser SIBi”. O folder poderá ser
produzido pelo próprio SIBi, a fim de reduzir os gastos e incluir elementos e
informações específicas de administração. A recomendação da Spin Comunicação é
que o folder contenha necessariamente os seguintes itens:

      o Apresentação da nova fase SIBiUSP: informações sobre as ações de
         comunicação que o SIBi realizará dali em diante e o papel das bibliotecas
         no alcance desses objetivos.
      o Quadro e Mural: explicar o que são e para que servem.




                                                                                  138
o Local: sugerir local no interior das bibliotecas para instalação do Quadro e
         Mural. Por exemplo, Quadros devem ficar à vista dos visitantes, como na
         entrada ou local de grande circulação e o Mural deve ficar em local de
         grande circulação – exclusiva – de funcionários, como cozinha ou copa.
      o Equipamentos: especificar as ferramentas para instalação das peças,
         como furadeira, pregos, martelo etc.
      o Contato SIBiUSP: deverá haver espaço para informações, tais como e-
         mail, telefone e endereço do SIBi , para as unidade que tiverem dúvidas
         entrarem em contato.


      Meta: Colocar um mural físico em cada unidade de atuação do SIBiUSP em
até dois meses após a conclusão da ação “Encontro SIBibliotecas”, que apresentará
essa e as demais ações de comunicação a serem implantadas.


      Exemplo de mural físico:




                                                                                  139
Programa e seu desenvolvimento

As etapas da ação consistem em:

o Produzir quadros dos Princípios Organizacionais;
o Comprar murais físicos para comunicação interna das unidades;
o Elaboração do folder;
o Transporte dos quadros e murais junto com o folder para as unidades;
o Instalação dos quadros e murais físicos seguindo o folder;
o Elaboração da pesquisa a ser aplicada após seis meses da instalação.


Recursos:

Recursos Humanos

o Uma pessoa para coordenar a ação: entrar em contato com fornecedores
   para compra dos murais e produção dos quadros; produção do folder;
   envio para todas as unidades e contato com essas unidades para avisar
   do envio e da necessidade de um funcionário para instalar;
o Um funcionário da biblioteca local para instalar os quadros e murais de
   acordo com o folder;
o Um membro da diretoria de cada biblioteca para checar o recebimento e
   orientar a pessoa que fará a instalação.


Recursos Materiais

o Murais físicos para cada unidade do SIBiUSP;
o Quadros para cada biblioteca do SIBiUSP;
o Ferramentas para instalação dos quadros e murais.


Recursos Financeiros:

o Custo para compra dos murais;
o Custo para produção dos quadros;
o Transporte para as unidades.




                                                                         140
Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.
        Quadros      Dimensão 90cm x 60 cm em acrílico             50    R$ 12.365,00
         Mural
                             90cm x 60cm / 5Kg                     50    R$ 2.500,00
         físico
                 Papel A4 com 3 dobras gramatura de
                  8gr e laminação fosca, tendo capa,
                  folha 1 com apresentação, folha 2
        Folder                                                     50    R$ 48.177,38
                   com informações sobre Mural e
                  Quadros e folha 3 com contatos do
                                 SIBi
      Transporte                 N/A                               50       R$ 50
                      Para reduzir custos, o SIBi poderia
                     designar alguns funcionários da área
       Instalação                                                  N/A       N/A
                     de manutenção da USP para realizar
                               esta instalação.
                                                                         R$ 14.915,00


      Cronograma
       Tempo de Aplicação             Início                Término

       Permanente                     Jun/2013              ----




      Avaliação: para a ação em questão consistirá em, no fim da reunião:

      o Identificar, mensalmente, com o auxílio das próprias bibliotecas, quantos e
            quais tipos de comunicados foram colocados no mural físico;
      o Após seis meses da instalação do mural, enviar uma pesquisa rápida e
            online para identificar se os funcionários têm lido o conteúdo exposto. Em
            caso negativo, levantar possíveis pontos de melhoria (troca de local,
            aumento do tamanho do mural, padronização da identidade visual etc);




                                                                                        141
A.d) Ação 4: “SIBinforma”


      Público-alvo: Todos os funcionários SIBiUSP.


      Objetivo: O “SIBinforma” consiste em uma newsletter (do inglês, boletim
informativo) que será a principal ação de sustentação da Comunicação Interna, a qual
tem por objetivo fornecer informações relevantes a todos os funcionários do SIBiUSP,
facilitando o diálogo e a interação entre a organização e os funcionários das diferentes
unidades.


      Estratégia: O “SIBinforma” terá periodicidade mensal, com conteúdo vinculado
tanto ao setor administrativo do SIBi quanto aos acontecimentos relativos às
bibliotecas. A gestão de conteúdo será feita pelo SIBi e enviada aos funcionários por
uma conta de e-mail institucional. Ainda pensando em disseminar a missão, visão e
valores da organização, o SIBinforma contará com um espaço em sua parte inferior
para destacar um aspecto dos princípios organizacionais, como, por exemplo, dicas
para ser sustentável no dia a dia. Outra novidade que o veículo trará é a abertura de
um canal de e-mail – Fale com o SIBi - voltado para os funcionários estabelecerem
contato direto com a organização. Vale destacar que o veículo é flexível e pode ter
suas editorias alteradas conforme a necessidade de comunicação do cliente.


      Sugestão de editorias:
      o Agenda: Contempla os principais eventos e ações do mês, no qual o SIBi
            e as unidades estarão presentes.
      o Acontece: Informações rápidas sobre projetos em andamento e
            atualizações sobre algum tema específico etc.
      o Notícias: Novidades e curiosidades sobre projetos e ações que
            acontecem nas unidades do SIBiUSP. O diferencial desse espaço é que
            ele será colaborativo: as unidades, por meio do Fale com o SIBi, poderão
            enviar pautas e notícias para divulgação no veículo, estimulando a
            interação, troca de experiências e melhores práticas entre as unidades.
      o Espaço Princípios: Pequeno quadro no qual será destacado, a cada
            período determinado, algum aspecto sobre os princípios organizacionais.
            Sugestão: do mês 1 ao 4 - abordar a missão, trazendo a cada mês uma
                                                                                      142
mensagem para estimular os funcionários a contribuírem com a missão; do
          mês 5 ao 8 - abordar a visão, mostrando, por meio de exemplo e casos de
          outras organizações, como os funcionários em seus respectivos papéis
          podem contribuir para o alcance das metas da organização; do mês 9 ao
          12 - destacar um ou dois valores trazendo exemplos de como podem ser
          incorporados na rotina dos funcionários.
      o Espaço do Funcionário: espaço aberto e destinado a informações
          enviadas pelos próprios funcionários. O intuito dessa seção é trazer um
          conteúdo leve e informal como, por exemplo, fotos realizadas pelos
          funcionários em seu ambiente de trabalho.
      o Fale com o SIBi: Pequeno espaço no fim da newsletter que trará o e-mail
          para contato, envio de sugestões de pauta, esclarecimento de dúvidas,
          envio de reclamações, elogios etc.


      Meta: Veicular o “SIBinforma” após implantação de todas as ações anteriores,
via e-mail, para todos os funcionários do SIBIUSP.


      Layout desenvolvido pela Spin Comunicação




                                                                               143
Variação de Layout:




Programa e seu desenvolvimento

As etapas desta ação consistem em:

o Solicitar junto às unidades o envio de pauta para compor o conteúdo da
   newsletter;
o Prazo para envio das pautas – 1 semana;
o Produção do conteúdo – 2 semanas;
o Revisão dos textos, checagem dos links e checar endereços de e-mail
   para envio – 2 dias;
o Confecção da newsletter – elaboração do layout – 4 dias;
o Envio da newsletter.


                                                                     144
Recursos:

      Recursos Humanos

      o Uma pessoa para coordenar a ação: designar o responsável pela
            produção e confirmar listas de e-mails a serem enviados;
      o Um profissional de comunicação (interno ou terceirizado) para entrar em
            contato com unidades para definição de conteúdo; escrever os textos,
            revisar e checar links; formatar na estrutura do layout e enviar.


      Recursos Materiais

      o Computador com acesso à internet para o profissional elaborar a
            newsletter e telefone para entrar em contato com unidades;


      Recursos Financeiros

      o Custo para criação do layout da newsletter;
      o Custo com contratação do profissional responsável pela produção (gestão
            de conteúdo e finalização).


      Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.


             Descrição        Especificidade Quantidade          Custo
              Criação da                                           R$
                                 4 páginas            1x
              newsletter                                        9.167,66
                                Produção de                        R$
              Finalização                             1x
                               HTML editável                    6.740,62
              Gestão de         1 profissional                     R$
                                                     Mensal
              conteúdo       interno ou terceiro                4.113,52
                                                                  R$
                                                               20.021,80


      Cronograma:

            Tempo de Aplicação            Início                 Término
            Permanente                    Jul/2013               ----


                                                                                145
Avaliação: A avaliação dessa ação consistirá em:

       o Avaliar, mensalmente, as métricas do veículo – quantos funcionários
            abriram o e-mail, quantos clicaram em determinada matéria;
       o Identificar, mensalmente, quantas pautas são enviadas para divulgação no
            “SIBinforma” e, além disso, identificar qual o tema e quais foram as
            unidades que enviaram as informações;
       o Após essa primeira avaliação, fazer uma análise para compreender os
            números apresentados (porque uma unidade envia mais pautas do que
            outra, porque as unidades têm enviado muitas ou poucas pautas etc);
       o Avaliar, mensalmente, o número de interações geradas a partir do veículo.
            Essas interações não se referem ao número de pautas enviadas, mas sim,
            aos e-mails ou contatos telefônicos realizados para tirar dúvidas, fazer
            críticas ou dar sugestões. Como o objetivo do veículo é estimular o
            diálogo, esse tipo de indicativo é relevante para indicar a eficiência da
            ação;
       o Após seis meses do início do envio da newsletter, enviar uma pesquisa
            online, que será divulgada no próprio informativo, para identificar se os
            funcionários têm efetivamente lido o conteúdo veiculado (e se não, por
            quê) e possíveis críticas e sugestões para a melhoria do veículo. O próprio
            número de respondentes da pesquisa já serve como indicativo;




A.e)   Ação 5: “SIBi Fala”




       Público-alvo: Públicos em geral (dentro e fora da USP).


       Objetivo: Visando a produção de um material criativo e interessante para
apresentação formal e institucional do SIBiUSP, a ação “SIBi Fala” propõe o
desenvolvimento de um vídeo que conte um pouco sobre a história da organização,
atuação, grandes números, importância, princípios organizacionais, entre outros
aspectos.


                                                                                    146
Estratégia: O vídeo “SIBi Fala” será utilizado em apresentações institucionais
do SIBi, como eventos, congressos, feiras, palestras e demais iniciativas dentro e fora
da USP. A ideia é que o vídeo seja estruturado de forma dinâmica e traga, entre as
informações relevantes, depoimentos rápidos de líderes, funcionários e usuários,
atingindo os diversos públicos com os quais a organização se relaciona. A produção é
única e a atualização acontece conforme mudança de dados e números.


      Pontos importantes para o roteiro:

      o O que é o SIBi;
      o Breve história do SIBi;
      o Atuação;
      o SIBi em números.


      Meta: Produzir o “SIBi Fala” em até seis meses para iniciar sua veiculação o
mais rápido possível, a fim de apoiar a organização na consolidação de seu
posicionamento institucional.


      Programa e seu desenvolvimento
      As etapas desta ação consistem em:

      o Prospectar empresas produtoras de vídeo;
      o Contratação de produtora de vídeo;
      o Disponibilizar informações/imagens solicitadas pela empresa;
      o Realizar interface entre produtora e as unidades;
      o Disponibilização do material em DVD para as unidades;
      o Disponibilização do vídeo no site do SIBi.


      Recursos:
      Recursos Humanos

      o Uma pessoa para coordenar a ação: prospectar possíveis empresas;
          contratar empresa produtora de vídeo; interface com as unidades;
          acompanhar todo o processo até a finalização do vídeo e sua gravação
          em DVD para envio às unidades, até a divulgação no site.

                                                                                    147
Recursos Materiais

      o Disponibilizar eventuais materiais solicitados pela produtora de vídeo.


      Recursos Financeiros:

      o Custo para contratação de produtora de vídeo;
      o Custo para distribuição dos vídeos em DVD para as unidades.


      Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.

            Descrição        Especificidade Quantidade           Custo
                                                                  R$
       Produção eletrônica   Vídeo de 5 minutos     1x
                                                              145.000,00
            Captação de      Custos baseados
                                                    1x       R$ 4.113,52
             imagens         em hora/homem
        Gravação em DVD           DVD R             1x          R$ 250,00
                                                                  R$
                                                              149.363,52



      Cronograma:
                                          2013    2014   2015
        Tempo de Aplicação




      Avaliação: A avaliação desta ação consistirá em:

      o Identificar, mensalmente, o número de acessos do vídeo, disponível no
            site, e analisá-lo, se tem crescido, diminuído, se está estável e as razões
            do resultado observado
      o Depois de seis meses da veiculação do vídeo, enviar uma pesquisa online,
            que será divulgada pelo “SIBinforma”, para identificar o que os funcionários
            acham do vídeo institucional, se eles se sentem representados, se acreditam
            que esse material realmente transmite a realidade do SIBi. Além disso, a
            pesquisa levantará críticas e sugestões sobre o vídeo que podem servir de
            subsídio para os próximos vídeos, a serem produzidos a cada 2 anos.


                                                                                     148
Vale destacar que muitas das ações propostas neste Programa podem ser
avaliadas mediante o uso de pesquisas. Por isso, uma sugestão é que o SIBi compile
todos os pontos referentes aos novos veículos de comunicação interna, por exemplo,
em uma única pesquisa se avaliem todos de uma só vez para evitar o recolhimento de
informações em blocos e para construir uma visão do projeto como um todo. Esse
procedimento não se aplica à primeira e à segunda ação que são mais pontuais e
específicas. Essa avaliação geral pode ser enviada a cada semestre, sempre com o
intuito de buscar melhorias e atualizações para os veículos, mantendo o sistema de
comunicação interna renovado.




B) Cronograma geral

                                      J F M A M J J A S               O   N    D
Repense
Encontros SIBibliotecas
Ser SIBi
SIBinforma
SIBi Fala


       Outras recomendações

       Durante a elaboração das ações desta Campanha, algumas oportunidades de
melhoria foram identificadas, mas que fogem do escopo das Relações Públicas e, por
isso, constam aqui como recomendações ligadas aos Princípios Organizacionais e
Estilo Administrativo.


       o Fluxo de aprovação (administrativa): Sistema de aprovação eletrônico
            que tornaria solicitações corriqueiras mais rápidas e dinâmicas.
       o Grupos de e-mail: Listas de distribuição de e-mails para facilitar o envio
            da newsletter e de comunicados pontuais não só para funcionários, mas
            também para outros públicos como imprensa, usuários etc.
       o Communicator/MSN Messenger/Skype: Canal de troca de mensagens
            instantâneas para facilitar a comunicação diária.
                                                                                   149
o Manual de identidade visual: Contempla padronização de layouts de
            comunicados e relatórios, bem como de todas as diretrizes de identidade
            visual do SIBi-USP, como utilização de logotipo, cores etc.



        C) Orçamento Total das Ações e da Campanha

                                         De SIBi para SIBi

    Ações                             Especificidade                         Unidade    Custo total
Repense
E-mail marketing                   Envio em formato html                        -       R$ 3.062,37
 Apresentação                            15 slides                              -            -
                                  Banner 70x140cm de lona,
     Banner                                                                     -       R$ 4.700,11
                                      Impressão Digital

 Sala de reunião         Projetor, Tela, Flip chart, canetas e papel            -            -

                      Água, café, chá, leite, suco, pão de queijo, mini
  Coffee break                                                                 10       R$ 250,00
                                  sanduiches, bolo, frutas
Ser SIBi
    Quadros               Dimensão 90cm x 60 cm em acrílico                    50      R$ 12.365,00
   Mural físico                   90cm x 60cm / 5Kg                            50      R$ 2.500,00
                  Papel A4 com 3 dobras gramatura de 8gr e laminação
    Folder                                                                     50      R$ 48.177,38
                                        fosca
  Transporte                               -                                   50        R$ 50,00
Encontros SIBibliotecas
E-mail marketing               Envio em formato HTML                            -       R$ 3.062,37
 Apresentação                         15 slides                                 -            -
   Taxi/ Carro
                    Viagem de ida e volta para 2 pessoas em 1 veículo           4       R$ 400,00
    SIBiUSP
  Passagem
                        Passagem de ida e volta para 2 pessoas                 32       R$ 1.760,00
   rodoviária
Newsletter - SIBinforma
  Criação da
                                          -                                     -      R$ 15.908,28
  newsletter
                    Profissional interno ou terceiro - custos referentes a
   Gestão de                                                                  Pgto
                   um profissional terceiro de agência. Cálculo baseado                 R$ 4.113,52
   conteúdo                                                                  mensal
                                       em 2 dias úteis
Vídeo Institucional - SIBi Fala

    Produção           Vídeo em torno de 5 minutos com 5 diárias de
                                                                                -      R$ 145.000,00
    eletrônica        captação de imagem, versão português e inglês

  Captação de
                             Custos baseados em hora/homem                      -       R$ 4.113,52
    imagens
  Gravação em
                                          DVD R                                50       R$ 250,00
      DVD
                                                                                       R$ 245.712,55
                                                                                                    150
8.2   APROSIBI-SE




      Problema: A fim de estreitar o relacionamento com seus principais públicos
internos (alunos de graduação, pós-graduação e docentes), elaborou-se a campanha
“aproSIBi-se”, composta por objetivos, metas e ações em longo prazo. Os esforços
compreendidos nesta fase do planejamento de Relações Públicas visam transformar o
cenário atual em que se encontra o cliente, ou seja, de relacionamento de mão única,
pouco estruturado e sem criação de ações específicas para os públicos internos, que
compreendam suas necessidades. Com a implantação dessa fase, caminha-se para a
formatação de outro plano de realidade futura, em que SIBi e alunos de graduação,
pós-graduação e docentes possam compreender-se melhor e cooperar de forma mais
harmoniosa.


      Título da campanha: aproSIBi-se


      Públicos-alvo: alunos de graduação, pós-graduação e docentes USP


      Justificativa: Segundo a Profa. Dra. Margarida Kunsch, “o público interno é um
público multiplicador” (2003 p. 159). Partindo dessa premissa, entende-se que é
imprescindível ao SIBi focar no público interno, seus principais usuários, uma vez que
a organização ainda não apresenta programas estratégicos de relacionamento
estruturados que atendam às suas reais necessidades. Ainda segundo a autora,


                     a comunicação institucional, por meio das relações públicas, enfatiza os
                     aspectos relacionados com a missão, a visão, os valores e a filosofia da
                     organização e contribui para o desenvolvimento do subsistema institucional,
                     compreendido pela junção desses atributos. (KUNSCH, 2003, p. 165).




      É essencial que o SIBi compreenda como aproximar-se de seus principais
usuários, de maneira que eles sejam multiplicadores da organização, de seus
produtos, serviços e marca. A pesquisa realizada procurou entender melhor o que
pensam os usuários do SIBi. Segundo Kunsch:


                                                                                             151
é um trabalho de relações públicas via comunicação institucional, buscar
                     conhecer os públicos numa perspectiva da dinâmica do ambiente, levando
                     em conta as contingências, as ameaças e as oportunidades advindas desse
                     universo social e organizacional. (KUNSCH, 2003, p. 167)



      É necessário reforçar, dentre as ferramentas de comunicação institucional, o
uso da propaganda institucional. Com o objetivo de aproximar o nome SIBi dos
usuários, até mesmo para estimular a procura por seus produtos e serviços,
adotaram-se ações dessa área em particular, com conteúdo informativo. Segundo
Kunsch,


                     Outro instrumento utilizado pelas relações públicas, integrante da
                     comunicação institucional, que visa divulgar as realizações das
                     organizações, transmitir sua personalidade e fixar conceitos construtivos do
                     seu fazer e ser, é a propaganda institucional. (Kunsch, 2003, p.174)




      Objetivos

      o Aproximar, organizar e aperfeiçoar o relacionamento do SIBi com seus
          principais públicos internos, de forma planejada e estruturada, baseando-
          se no atual cenário encontrado na pesquisa realizada pela agência Spin;
      o Desenvolver atividades de manutenção de relacionamento com novos
          alunos da USP (graduação e pós-graduação) e docentes, de maneira a
          atender às demandas;


      Metas: implantar as ações prioritárias em até um ano para Campus Butantã e
demais campi USP espalhados pelo Estado de São Paulo, para conseguir:


      o Aumentar o percentual de frequência à biblioteca em 30%
      o Tornar o SIBi conhecido pelo público da Universidade de São Paulo
      o Tornar as funções do SIBi claras para alunos e docentes da Universidade
      o Aumentar a procura pelos produtos e serviços do SIBi




                                                                                              152
Quadro Sinótico das ações

       Abaixo está o esquema que ilustra as ações que compõem a campanha
“aproSIBi-se”, seguido de sua descrição.




A) AÇÕES:




A.a)   Ação 1: SIBixos


       Público-alvo: Calouros de graduação de todos os campi da USP.


       Objetivo: Aproximar os novos alunos de graduação da Universidade de São
Paulo ao convívio com o SIBi desde o início de suas vidas acadêmicas, para que
criem desde cedo familiaridade com a marca SIBi e utilizem seus produtos e serviços
com frequência e com facilidade.


       Meta: Aumentar o grau de conhecimento da marca SIBi entre os alunos de
graduação da universidade.

                                                                                153
Estratégia: Pensando na aproximação com alunos de graduação, a estratégia
planejada para esta ação é acompanhar os alunos desde o primeiro momento em que
entram na USP. Por isso, pensou-se na criação de um kit para os calouros de
graduação, o “SiBixos”. Dentro de cada kit, seriam fornecidos materiais institucionais
que explicam como o SIBi pode auxiliar o aluno ao longo de sua vida acadêmica, além
de outros materiais lúdicos que reiterem a interface amigável do SIBi, como um
esforço para alterar o cenário atual.


         Programa e desenvolvimento: Para desenvolver o kit “SiBixos”, será
necessário elaborar um material educativo com o objetivo de explicar aos alunos o
que é o SIBi, qual sua função na Universidade, porque o aluno pode contar com ele,
quais produtos e serviços oferece e como pode ser contatado pelo aluno. Para tornar
o conteúdo mais atrativo, o kit também oferecerá lápis, borracha, bloco de anotações
– itens que o aluno utilizará em sala de aula – e chaveiro personalizado   , para que a
divulgação da marca ultrapasse as barreiras físicas da faculdade. Também será
incluído no kit um convite para o concurso literário a ser promovido como segunda
ação do plano de comunicação.


         A distribuição do kit deve ser realizada nas primeiras semanas de aulas, em
que os alunos estão conhecendo a Universidade e o que ela pode lhe oferecer.
É importante que o SIBi atue junto ao aluno desde esse primeiro contato com a
faculdade. Como a primeira semana letiva é, geralmente, destinada à integração entre
os alunos, o SIBi ainda poderá atingir alunos veteranos na Universidade, mas que
ainda não tiveram contato com as bibliotecas e demais serviços do SIBi.


         Materiais e recursos: Para esta ação, o SIBi precisará produzir os seguintes
itens:

         o Folder explicativo sobre os principais produtos e serviços do SIBi e
            contatos. Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e
            diagramação do folheto; gráfica para impressão do material
         o Lápis, borracha e bloco de anotações personalizados com a identidade
            visual do SIBi. Recursos necessários: como o material já está


                                                                                    154
desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes
   para a produção do material
o Chaveiro personalizado SIBi, com o mascote Eugênio em versão colorida
   e verso com logo. Recursos necessários: como o material já está
   desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes
   para a produção do material
o Convite   para   o   concurso   “senSIBIlidade”.   Recursos   necessários:
   profissionais para redação do conteúdo e diagramação do folheto; gráfica
   para impressão do material
o Pacotes para manuseio do Kit. Recursos necessários: os funcionários do
   SIBi e uma equipe contratada deverão se responsabilizar pela montagem
   e distribuição dos kits na Universidade, que envolve a compra de pacotes
   para a montagem e equipe para distribuição do material.


Recomendações de layout para as peças:




                                                                          155
Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.
             Descrição        Especificidade           Quantidade                 Custo

                                Folder, lápis,
                             borracha, bloco de
             Kit Sibixos         anotações,                 58.000             R$ 609.348,64
                              chaveiro, convite
                               para concurso



          Cronograma:
          o Prazo para produção do conteúdo do folheto: 5 dias
          o Diagramação do conteúdo no folheto: 3 dias
          o Impressão do folheto: 3 dias
          o Produção de lápis, borracha, blocos de anotação e chaveiros: 15 dias
          o Impressão do convite para concurso cultural: 2 dias


          Cronograma para produção do kit completo:
  Material                   D1   D2   D3   D4    D5   D6    D7      D8   D9   D10 D11 D12 D13 D14 D15
               Conteúdo
  Folder       diagramação
               Impressão
  Lápis
  Borracha
  Bloco de
  anotações
  Chaveiro
  Convite




                                                                                                         156
Com o material produzido, o SIBi e uma equipe especializada precisarão de
uma semana para manuseio dos kits. A distribuição será feita durante dois meses,
com estandes em todos os campi nas duas primeiras semanas de aula do ano e
posteriores entregas nas bibliotecas, centros acadêmicos e atléticas.


                                           D1-D15   D16-D23   D24-D38   D39-D85

       Preparo do material

       Manuseio do kit
       Distribuição concentrada em
       estandes

       Distribuição fixa



      A duração total da ação será de 85 dias, considerando que os dias D16-D38
devem coincidir com as duas primeiras semanas de aula determinadas no calendário
USP do ano vigente.


      Avaliação e Mensuração:

      Os indicadores de desempenho para desta ação são:


      o Primeira etapa: após duas semanas com estande na Universidade
              •   Número de atendimentos realizados nos estandes
              •   Total de kits distribuídos nas duas primeiras semanas
              •   Percentual de alunos frequentando a biblioteca no primeiro mês de
                  aula versus Percentual referente aos anos anteriores


      o Segunda etapa: após os 45 dias de distribuição fixa
              •   Mapa de distribuição dos kits restantes
              •   Frequência de uso das bibliotecas pelos alunos
              •   Número de acesso às ferramentas online
              •   Registro de procura por produtos e serviços do SIBi




                                                                                  157
A.b) Ação 2: senSIBilidade 2013: I Concurso Literário SIBi para alunos de
Graduação




       Público-alvo: Todos os alunos de graduação dos campi USP que possuem
bibliotecas.


       Objetivo: Divulgar o SIBi para os alunos de graduação e estreitar o
relacionamento da organização com esse público.


       Metas:
       o Aumentar em 15% a presença de alunos nas bibliotecas da Universidade;
       o Tornar conhecido o papel do SIBi enquanto órgão integrador das
          bibliotecas da USP.


       Estratégia: O I Concurso Literário SIBi para alunos de Graduação
(senSIBilidade) visa aproximar o aluno de graduação da marca SIBi, proporcionando
maior visibilidade. Seriam convidados a participar nas categorias poesia, contos,
crônicas e depoimentos, os alunos de graduação de todos os campi USP que
possuem bibliotecas. O regulamento de inscrição será retirado nas bibliotecas e
devem ser também disponibilizados no site do SIBi. No final, os melhores textos
seriam expostos nas bibliotecas SIBi, em forma de banner, promovendo a integração
entre as unidades (por exemplo, o texto vencedor da FFLCH seria exposto na POLI).


       Programa e desenvolvimento: O concurso contempla o prazo de divulgação
e chamadas para entregas, prazo de avaliação da comissão julgadora, evento para
anúncio dos vencedores e tempo de veiculação das obras vencedoras na
Universidade. Para divulgação, serão utilizados cartazes e e-mail marketing para
alunos e professores da Universidade. Uma comissão julgadora será organizada com
a presença de professores de diferentes unidades da USP, bem como membros do
SIBi. O evento de divulgação dos vencedores será realizado na Universidade de
São Paulo.



                                                                                158
Recursos Humanos, Financeiros e Materiais:

      Para elaboração do concurso será necessário providenciar:


      o Cartazes a serem colocados nas bibliotecas e dentro das escolas e
            faculdades; E-mail marketing a ser enviado para as secretarias dos cursos
            de todas as escolas e faculdades USP. Recursos necessários:
            profissionais para redação do conteúdo e diagramação do material; gráfica
            para impressão e equipe para gestão do e-mail marketing (disparo e
            avaliação das entregas)
      o Docentes e funcionários USP para formar a comissão julgadora.
      o Produção de evento para divulgação dos vencedores. Recursos
            necessários: Como sugestão da Spin Comunicação, o SIBi poderá realizar
            parcerias dentro da Universidade. Nesse sentido, o SIBi contaria, por
            exemplo, com o auxílio dos alunos de relações públicas da ECA que estão
            participando da matéria “Organização de eventos”.
      o Banners a serem expostos nas bibliotecas da USP com trechos dos textos
            vencedores. Recursos necessários: profissionais para redação do
            conteúdo e diagramação do material; gráfica para impressão e equipe
            para distribuição do material.


      Orçamento O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.

  Descrição              Especificidade              Quantidade (un)      Custo
                  Cartazes A3, 4x0, folha 230gr a
                 serem colocados nas bibliotecas e        450          R$ 5.326,92
                  dentro das escolas e faculdades
                    E-mail marketing html a ser
  Concurso        enviado para as secretarias dos
                                                            -          R$ 3.062,37
senSIBIlidade      cursos de todas as escolas e
                         faculdades USP
                 Banner 70x140cm. Material: Lona.
                  Banners a serem expostos nas
                                                          180          R$ 17.230,11
                  bibliotecas da USP com trechos
                        dos textos vencedores
                                                          TotaL        R$ 25.619,40




                                                                                      159
Cronograma: O concurso contempla o prazo de divulgação e chamadas para
entregas, prazo de avaliação da comissão julgadora, evento para anúncio dos
vencedores e tempo de veiculação das obras vencedoras na Universidade.


Etapas da
ação              Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Divulgação do
concurso
Chamada para
envio das obras
Avaliação pela
comissão
julgadora
Evento para
entrega dos
resultados
Veiculação das
obras
vencedoras na
universidade
Mensuração
dos resultados



        Considerando a execução da ação, serão necessários seis meses de
dedicação do SIBi e sua equipe. Os meses de setembro a novembro serão destinados
apenas à exposição das obras vencedoras no espaço da Universidade. Nesses
meses, o SIBi poderá considerar a ação encerrada. Somente o mês de dezembro
será destinado à mensuração dos resultados, etapa em que o SIBi volta a atuar.


        Avaliação e Mensuração:

        Os indicadores de desempenho para essa ação podem ser:
        o Números de inscritos no concurso;
        o Número de participantes do evento de entrega;
        o Número de alunos que frequentam a biblioteca em cada etapa da ação;
        o Frequência de uso da biblioteca após o encerramento da ação.




                                                                                      160
Regulamento de inscrição:


                               senSIBilidade 2013
     I CONCURSO LITERÁRIO SIBi USP PARA ALUNOS DE GRADUAÇÃO
             (CONTOS, CRÔNICAS, POESIAS E DEPOIMENTOS)


REGULAMENTO


1.      Participantes
Poderão participar do concurso todos os alunos de graduação da USP,
regularmente matriculados em seus cursos, portando número USP válido.


2.      Período de inscrição
As inscrições e entrega dos trabalhos deverão ser feitas por e-mail, pelo
endereço sensibilidade2013@sibi.usp.br, até 31 de março de 2013, sem
possibilidade de prorrogação. O aluno deverá enviar o texto em Word, e no
corpo do e-mail deverá constar nome completo, número USP, escola em que
estuda, departamento e curso.


3.      Modalidades
Conto – 1 por concorrente com o máximo de 06 laudas (páginas)
Crônica – 1 por concorrente, com o máximo de 01 lauda.
Depoimento – 1 por concorrente com o máximo de 06 laudas.
Poesia – até 2 poesias, cada uma com o máximo de 40 versos.


4.      Tema - senSIBIlidade


5.      Textos
5.1.    Deverão ser escritos em língua portuguesa, em Arial ou Times New
Roman, tamanho 12.
5.2.    Não serão aceitos trabalhos manuscritos ou entregues pessoalmente.
5.3.    Os trabalhos deverão ser inéditos, isto é, ainda não publicados.
5.4.    Todos os trabalhos recebidos e aceitos serão protocolados e
numerados pelo SIBi USP.
                                                                           161
5.5.   Os trabalhos ficarão depositados na sede do SIBi USP, aos cuidados
       da secretaria.
       5.6.   Ao SIBi USP, reserva-se o direito de tornar públicos os trabalhos, em
       eventos apropriados, sempre que julgar oportuno, citando o nome do autor e
       não se obrigando a direitos autorais. Também se reserva o direito de expor
       os textos em materiais gráficos dentro e fora da USP.


       6.     Julgamento e Premiação
       8.1. Os trabalhos serão julgados por uma comissão designada pelo SIBi
       USP.
       8.2. As decisões do júri são soberanas, irrecorríveis e inapeláveis.
       8.3. Critérios para o julgamento:
       - sensibilidade;
       - originalidade no desenvolvimento do tema;
       - clareza de ideias;
       - coerência com o tema;
       - criatividade.
       8.4. A divulgação da ordem de classificação e premiação dos vencedores
       será feita durante cerimônia promovida pelo SIBi USP, em data a ser
       anunciada.




A.c)   Ação 3: Pós-SIBi-lidades




       Público-alvo: Novos alunos de pós-graduação de todas os campi da USP em
que serão realizados trabalhos de construção de missão, visão e valores com as
bibliotecas anteriormente citadas.


       Objetivo: Aproximar novos alunos de pós-graduação ao SIBi, desde o início de
suas vidas acadêmicas.


       Meta: Tornar as bibliotecas e serviços do SIBi fontes preferenciais de pesquisa
para os alunos de pós-graduação da USP nos próximos dois anos;
                                                                                   162
Estratégia: Pensando na aproximação com alunos de pós-graduação,
procurando acompanhá-los desde o primeiro momento em que entram na USP,
pensou-se na criação de um Kit para os calouros de pós-graduação, o “Pós-SIBi-
lidades”. Dentro, seriam fornecidos materiais institucionais que explicam como o SIBi
pode auxiliar o aluno ao longo de sua vida acadêmica, além de outros materiais
lúdicos que reiterem a interface amigável do SIBi, como um esforço para alterar o
cenário atual.


       Programa e desenvolvimento: Será necessário elaborar um material
educativo com o objetivo de explicar aos alunos de pós-graduação não apenas o que
é o SIBi, mas quais produtos e serviços são importantes para o jovem pesquisador,
porque ele deve escolher o SIBi como seu principal aliado no desenvolvimento das
pesquisas e como ele pode contar com o SIBi para solicitar o material que precisa
para conquistar o seu título. Para tornar o conteúdo mais atrativo, será montado um kit
com lápis, borracha, bloco de anotações – itens de interesse do aluno – e um
chaveiro, para que a divulgação ultrapasse as barreiras físicas da faculdade.


       Materiais e recursos:

       Para esta ação, o SIBi precisará produzir os seguintes itens:
       o Folheto com conteúdo educativo elaborado para alunos de pós-graduação
          Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e
          diagramação do folheto; gráfica para impressão.
       o Lápis, borracha e bloco de anotações personalizados com a identidade
          visual do SIBi. Recursos necessários: como o material já está
          desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes
          para a produção do material.
       o Chaveiro personalizado SIBi, com o mascote Eugênio em versão colorida
          e verso com logo. Recursos necessários: como o material já está
          desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes
          para a produção do material.




                                                                                    163
o Pacotes para manuseio do Kit. Recursos necessários: os funcionários do
             SIBi e uma equipe contratada deverão se responsabilizar pela montagem
             e distribuição dos kits na Universidade, que envolve a compra de pacotes
             para o manuseio e equipe para distribuição do material.


          Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.

                Descrição               Especificidade      Quantidade (un)        Custo


                                        Folder, lápis,
            Kit Pós-Sibi-Lidades     borracha, bloco de          28.000        R$ 287.976,41
                                    anotações, chaveiro




          Cronograma:

          o Prazo para produção do conteúdo do folheto: 5 dias
          o Diagramação do conteúdo no folheto: 3 dias
          o Impressão do folheto: 3 dias
          o Produção de lápis, borracha, blocos de anotação e chaveiros: 15 dias


          Cronograma para produção do kit completo:
  Material                  D1     D2   D3   D4   D5   D6   D7   D8   D9   D10 D11 D12 D13 D14 D15
              conteúdo
 Folder       diagramação
              impressão
 Lápis
 Borracha
 Bloco de
 anotações
 Chaveiro




                                                                                                 164
Com o material produzido, o SIBi e uma equipe especializada precisarão de
uma semana para manuseio dos kits. A distribuição será feita por um profissional do
SIBi, durante palestra na primeiras semanas de aula de cada ano. Serão
disponibilizados kits para posteriores entregas nas bibliotecas e núcleos de pesquisa
de cada faculdade.
                                                        D1-D15   D16-D23 D24-D38 D39-D85

      Preparo do material
      Manuseio do kit

      Distribuição: palestras
      Distribuição: bibliotecas e núcleos de pesquisa


      A duração total da ação será de 85 dias, considerando que os dias D16-D38
devem coincidir com as duas primeiras semanas de aula da pós-graduação,
determinadas no calendário USP do ano vigente.


      Avaliação e Mensuração:
      Os indicadores de desempenho para essa ação são:


      o Primeira etapa: após duas semanas com palestras em todas as
          unidades na Universidade
              •   Total de kits distribuídos nas duas primeiras semanas
              •   Percentual de alunos frequentando a biblioteca no primeiro mês de
                  aula versus Percentual referente aos anos anteriores


      o Segunda etapa: após os 45 dias de distribuição em bibliotecas e
          núcleos de pesquisa
              •   Mapa de distribuição dos kits restantes
              •   Frequência de uso das bibliotecas pelos alunos de pós-graduação
              •   Número de acesso às ferramentas online
              •   Registro de procura por produtos e serviços do SIBi




                                                                                       165
A.d) Ação 4: Siga o Mestre


      Público-alvo: Docentes da Universidade de São Paulo


      Objetivo: Conquistar o apoio dos professores como incentivadores do uso dos
produtos e serviços oferecidos pelo SIBi.


      Metas:
      o Transformar os professores em disseminadores da marca
      o Aumentar a procura pelos produtos do SIBi
      o Aumentar os acessos dos buscadores Dedalus e BuscaIntegrada


      Estratégia: O contato com os materiais utilizados em cada disciplina é
estabelecido, principalmente, por meio de indicações dos professores. Muitos
disponibilizam os conteúdos da aula na internet ou na Central de cópias das
faculdades e, dessa forma, desestimulam o contato do aluno com a biblioteca e com
os serviços oferecidos pelo SIBi. Com o apoio dos professores na divulgação desses
serviços, e do uso da biblioteca e seu acervo, os alunos se sentirão incentivados a
procurar os conteúdos necessários nas plataformas do SIBi.


      Programa e desenvolvimento:
      o Criação de identidade visual focada no docente, com cartazes e diversos
          materiais expostos, por exemplo, na sala de café dos docentes.


      o Em cada escola, seria feito um cartaz que prenda a atenção do docente,
          como por exemplo:


               •   Cartaz da ECA:
                   COMUNICAÇÃO INTEGRADA É FAZER PROPAGANDA E
                   TEASERS.
                   Professor, não lhe conhecemos, mas já percebemos que você é
                   exigente com o conteúdo de Comunicação e achou o erro
                   rapidamente. E você, nos conhece?

                                                                                166
SIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Nós seguimos o
    mestre.


•   Cartaz da Química:
    A FÓRMULA DA ÁGUA É H202.
    Professor, não lhe conhecemos, mas já percebemos que você é
    exigente com o conteúdo de Química e achou o erro rapidamente.
    E você, nos conhece?
    SIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Nós seguimos o
    mestre.


    Sugestão da Spin Comunicação para layout dos cartazes
    dessa ação:




                                                                167
o Caixa personalizada contendo um pendrive, com conteúdo:
       •   Vídeo institucional, mostrando a história do SIBi e seu papel atual
           na Universidade;
       •   Guia de produtos e serviços explicando claramente o que cada um
           faz e como pode ser utilizado pelos professores e alunos, com links
           para os produtos digitais;
       •   Guia explicando como o professor pode solicitar ao SIBi a compra
           de novos materiais para o acervo;
       •   Convite para os professores recomendarem os serviços do SIBi em
           suas disciplinas, incentivando o acesso à biblioteca por parte dos
           alunos;
       •   Calendário professor 2013.


       Recomendação de layout para o pen drive dos docentes:




o Canal de contato dos docentes com o SIBi, desenvolvido dentro do site
   institucional.


Recursos (humanos, financeiros e materiais):

Para implementação dessa ação será necessário planejar os seguintes itens:

o Calendário 2013 para professor; Cartazes para divulgação para docentes;
   Folder explicativo sobre os principais produtos e serviços do SIBi e
   contatos. Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e
   diagramação de cada material; gráfica para impressão.
o Lápis, borracha e bloco de anotações personalizados com a identidade
   visual do SIBi. Recursos necessários: como o material já está
   desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes
   para a produção do material.


                                                                             168
o Chaveiro personalizado SIBi, com o mascote Eugênio em versão colorida
   e verso com logo. Recursos necessários: como o material já está
   desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes
   para a produção do material.
o Pendrive personalizado do SIBi para docentes. Recursos necessários:
   como o material já está desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar
   uma empresa de brindes para a produção do material e registro dos
   arquivos na mídia.
o Pacotes para manuseio do Kit. Recursos necessários: os funcionários do
   SIBi e uma equipe contratada deverão se responsabilizar pela montagem
   e distribuição dos kits na Universidade, que envolve a compra de pacotes
   para a montagem dos kits e equipe para distribuição do material.
o Layout e programação do canal “Fale com o SIBi” no site institucional.
   Recursos necessários: o SIBi precisará de uma equipe de designers e
   programadores para elaboração do canal e implementação desse no site
   publicado. Uma sugestão da Spin Comunicação é realizar parceiras dentro
   da USP e procurar, por exemplo, empresas juniores como o IME Júnior,
   que podem realizar o trabalho com baixo custo.
o É importante considerar que a produção do kit e seu manuseio exigirão
   três semanas de dedicação da equipe, desconsiderando ainda o tempo de
   produção do vídeo institucional. O desenvolvimento do canal para contato
   no site será demorado e deve ser o primeiro passo a ser tomado, incluindo
   a contratação de um fornecedor, etapas de briefing, programação e layout,
   testes e aprovação pelo SIBi.




                                                                         169
Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.

             Descrição          Especificidade            Quantidade (un)      Custo (em R$)

                                   Calendário
                                                               6.000            R$ 64.852,28
                                 professor 2013

                                 Cartazes para
                                                               450              R$ 7.126,92
                                  divulgação
                                   Pen Drive
            Siga o Mestre      personalizado SIBi              6000            R$ 122.062,53
                                formato mascote
                                Kit Siga o Mestre
                                  (folder, lápis,
                               borracha, bloco de              6000             R$ 75.538,94
                                    anotações,
                                     chaveiro)
                                                               Total           R$ 269.580,67




      Cronograma:

        Cronograma da ação                           Dezembro Janeiro   Fevereiro   Março      Abril
        Layout e programação do canal no site

        Produção dos materiais de apoio

        Início da ação e distribuição dos kits




      Produção dos materiais de apoio, com duração de 7 semanas:

            Siga o Mestre                                         S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7
            Produção do vídeo institucional
            Produção e manuseio do kit docente
            Produção e impressão dos cartazes

            Distribuição dos cartazes pela Universidade

            Início da ação e distribuição dos kits




                                                                                                       170
É necessário considerar algumas etapas de reforço da ação com os docentes,
principalmente em épocas de provas, para que o professor recomende a seus alunos
que procurem os serviços da biblioteca para se prepararem para os momentos finais
de cada semestre.
                JAN FEV   MAR       ABR MAI   JUN      JUL   AGO SET OUT    NOV    DEZ

Siga o Mestre       Primeira ação         Reforço #1                  Reforço #2




       Avaliação e Mensuração:

       Para avaliar os resultados dessa ação, pode-se considerar:

       o Quantidade de acessos à seção “Fale conosco” destinada ao professor
       o Percentual aumento pela procura de livros e materiais utilizados nas
           disciplinas da Universidade
       o Nova aplicação da pesquisa demonstrará que o professor tem papel na
           escolha da fonte de pesquisa do aluno
       o Aumento da presença dos professores na biblioteca




A.e)   Ação 5: Use, abuse, estamos aqui para você!




       Público-alvo: Todos os alunos, professores, pesquisadores e funcionários da
Universidade de São Paulo, bem como público externo convidado.


       Objetivos: Aproximar o SIBI e as bibliotecas do cotidiano dos alunos e
pesquisadores da Universidade, tornando o SIBi um órgão presente no dia a dia de
todos que frequentam os campi da USP.


       Metas:
       o Aumentar o número de visitantes das bibliotecas da Universidade em 30%;
       o Tornar conhecido o papel do SIBi como órgão representante do grupo de
           bibliotecas da USP;
       o Tornar conhecidos os produtos e serviços do SIBi.

                                                                                         171
Estratégia: Foi identificado na pesquisa realizada pela Spin Comunicação que
a frequência dos alunos às bibliotecas da Universidade ainda é baixa – ou pouco
significativa. Além disso, o grau de conhecimento dos entrevistados quanto ao SIBi,
seus produtos e serviços também não foi satisfatório. Entende-se que a presença do
público na biblioteca é um fator essencial para que os produtos e serviços do SIBi,
bem como sua marca e função enquanto órgão administrativo, sejam reconhecidos
pelos alunos.


      Programa e desenvolvimento: Para alcançar esse objetivo, é necessário um
conjunto de ações capazes de trazer o público para dentro do espaço das bibliotecas,
onde o SIBi assumirá a divulgação de seus produtos e serviços, solucionando, dessa
forma, dois dos problemas identificados no diagnóstico. São opções:
      o Eventos especiais em cada biblioteca, promovidos pelo SIBi para estreitar
         o relacionamento com os nichos da USP: exposição de vídeos na
         biblioteca da ECA, concurso de algoritmo na POLI/IME; exposição do
         corpo humano na FE, entre outros.
      o Realização de “cafés acadêmicos” com autores e pesquisadores
         consagrados dentro do espaço das bibliotecas;


      Recomendações de melhorias, fundamentais para potencializar as ações
da campanha:
      o Reforma dos espaços coletivos e criação ou ampliação dos espaços
         destinados ao estudo (ex: salas de estudo em grupo e individual; salas em
         que os alunos possam levar comida e bebida – ambientes agradáveis para
         o estudo);
      o Aquisição de novos computadores e atualização dos que já estão
         disponíveis, acompanhando a qualidade do mercado;
      o Investimento para melhorar a qualidade e velocidade das redes de internet
         com e sem fio, principalmente nos espaços de estudo;




                                                                                  172
Recursos (humanos, financeiros e materiais):

       Além das equipes necessárias para a produção de cada evento (agência
especializada ou parceria com alunos da ECA), esta ação requer atenção para a
divulgação de cada evento e distribuição dos convites para os “cafés acadêmicos”.
Para tal, o SIBi precisará planejar:

       o Comunicação visual unificada dentro dos campi: outdoors, folders e
             postais publicitários.
       o Envio de e-mail marketing para divulgação da campanha e distribuição de
             convite para os eventos. Recursos necessários: profissionais para redação
             do conteúdo e diagramação de cada material; gráfica para impressão das
             peças e montagem dos outdoors; equipe responsável pelo disparo e
             gestão do e-mail marketing.


       Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.

Descrição               Especificidade               Quantidade (un)      Custo (em R$)

                   Outdoor Use e Abuse SIBi                 30             R$ 7.732,47
  Use e
  abuse,      Banners promocionais nas bibliotecas            50           R$ 8.130,11
 estamos
              E-mail marketing divulgando eventos    s/ unidades (envio
 aqui para                                                                 R$ 3.062,37
               do SIBi e a campanha Use e Abuse          eletrônico)
   você!
                 Folder de promoção do uso das
                                                          44.000          R$ 78.544,80
                            bibliotecas
                  Flyer de promoção do uso das
                                                          44.000          R$ 27.000,00
                            bibliotecas
                                                           Total          R$ 124.469,75




       Cronograma:
       O cronograma para essa ação dependerá da realização de cada evento. Cada
evento requer um cronograma próprio, que deverá ser desenvolvido de acordo com
um cronograma macro que organize todos os cafés acadêmicos e exposições ao
longo do ano. Seria interessante criar grupos responsáveis em cada campus, para
que os eventos aconteçam em todas as unidades da USP. A execução dessa ação
exigirá um ano de dedicação ao preparo dos espaços, escolha dos temas e
palestrantes e organização do pré, durante e pós-eventos.

                                                                                          173
Um exemplo de cronograma interessante para o ano de 2014 no campus da Cidade
Universitária seria:


 EVENTOS                                    MAR ABR   MAI   JUN   JUL   AGO SET   OUT   NOV

 Exposição: História da USP (recepção dos
 alunos)

 Café acadêmico: Engenharias

 Café acadêmico: Biológicas

 Exposição sobre história da arte. FAU e
 ECA.

 Café acadêmico: física e química

 Café acadêmico: ciências humanas




        Avaliação e Mensuração:

        Os indicadores de desempenho para essa ação podem ser:

        o Número de participantes de cada evento
        o Número de alunos que frequentam a biblioteca em cada fase da ação
        o Frequência de uso da biblioteca após o encerramento dos eventos
        o Aumento no reconhecimento do papel do SIBi enquanto órgão
           responsável pela administração e integração das bibliotecas;




A.f)    Ação 6: É a cara do SIBi!




        Público-alvo: Todos os alunos (graduação e pós-graduação), professores e
pesquisadores da Universidade


        Objetivo: Desenvolver uma comunicação de caráter informal, que possa ser
facilmente reconhecida por todos os públicos em todas as formas de comunicação
do SIBi.



                                                                                          174
Metas:
      o Criar uma nova forma de identificação para a marca SIBi
      o Tornar a identificação da comunicação do SIBi instantânea para os alunos


      Estratégia: Um dos resultados apresentados no diagnóstico mostra que o
público do SIBi não o reconhece como provedor de serviços muito utilizados na
Universidade, como o portal de busca DEDALUS. Cada instituição assume a
divulgação de suas melhorias deixando, dessa forma, os méritos das mudanças a
cargo das bibliotecas. Para que o SIBi se torne conhecido dentro da Universidade e
para que suas funções sejam reconhecidas pelos alunos e pesquisadores, entende-se
que há a necessidade de explorar melhor a comunicação e a exposição da marca.
Para isso, desenvolveu-se um mascote – o Eugênio - que será responsável por criar
uma identificação amigável entre o público e o SIBi.

      O principal objetivo do mascote é vincular ao SIBi um personagem carismático,
capaz de humanizar a organização e gerar, junto aos públicos, uma identificação mais
direta. O mascote funcionará como um interlocutor entre o SIBi e os alunos e
professores da universidade. Quando for visto nas peças de divulgação, o público logo
entenderá que se trata de um produto ou serviço do SIBi.


      Programa e desenvolvimento:

      O mascote do SIBi, o Eugênio, foi desenvolvido com objetivo de criar empatia
com os públicos mais próximos, transmitindo não apenas a missão e os valores da
empresa, mas criando um vínculo com os alunos e professores, uma cumplicidade no
relacionamento capaz de gerar instantaneamente a identificação da marca em todos
os produtos e serviços.

      Para isso, escolheu-se o livro como representante do SIBi, tendo em vista que
mesmo com as questões de digitalizações e arquivos digitais, ele ainda é
compreendido como símbolo do conhecimento. As cores aplicadas – o laranja e o azul
- são as mesmas utilizadas nas comunicações da Universidade de São Paulo, para
que alunos, professores e demais públicos compreendam o papel do SIBi dentro da
USP. O público se encontra com as cores, por exemplo, nos sites da Universidade,
incluindo o hotsite do SIBi. Por isso, se faz importante a padronização da
comunicação e suas cores.
                                                                                   175
Os óculos foram planejados para mostrar seriedade e também conhecimento,
representando o perfil de “nerds” e “estudiosos”, que levam consigo tal característica
estereotipada. O sorriso traz o carisma e a dedicação dos funcionários das bibliotecas,
que devem sempre estar dispostos a atender seu público. No sorriso entreaberto
também foi deixado um espaço para simular um personagem comunicativo, que
estará sempre disposto a conversar e explicar todas as questões que lhe forem
direcionadas.

      O nome Eugênio tem origem latina e significa “bem nascido, de origem nobre”.
Para o público, mostrará a relação entre o “eu” e a representação de “gênio” enquanto
pessoa com grande capacidade mental. É criada, então, uma simbologia de que o
SIBi é capaz de tornar o seu eu mais desenvolvido intelectualmente.


      Variação de cores do mascote:




      Plano de lançamento: O plano de lançamento do mascote pode estar
alinhado às demais ações desta campanha. É possível incluir em todos os kits e
murais das bibliotecas a arte desenvolvida para apresentação do Eugênio ao público
geral. Recomenda-se, para essa ação, o uso de postais publicitários, que podem ser
disponibilizados nos pontos já existentes na Universidade, como nos restaurantes
universitários, lanchonetes, centros acadêmicos etc. O layout do postal publicitário
poderá seguir o modelo desenvolvido pela Spin Comunicação.

                                                                                    176
Frente do postal:




      Verso do postal:




      Além do plano de lançamento do novo mascote, é interessante que o SIBi
refaça suas principais comunicações atualmente veiculadas na Universidade,
incluindo o mascote em todas as artes. O SIBi também deverá solicitar às bibliotecas
a adoção do mascote e do logotipo do SIBi em todos os materiais que forem
divulgados a seus públicos, considerando inclusive as divulgações cotidianas em
murais internos.

                                                                                  177
Recursos (humanos, financeiros e materiais):

       o Novo mascote: já desenvolvido pela Spin Comunicação
       o Inclusão do mascote nas novas artes produzida para as campanhas: essa
            regra deve estar prevista em todas as etapas de briefing para os designers
            e responsáveis pela produção de cada peça.


       Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações
Públicas.

 Descrição          Especificidade     Quantidade           Custo (em R$)
               Cartazes divulgação        450                R$ 5.326,92
É a cara do
                 E-mail Marketing           -                R$ 3.062,37
   SIBi!
                Arte para wallpaper         -                R$ 5.660,80
                                          Total             R$ 14.050,09




       Cronograma:

                            Produção                    Ações em andamento

                            SEMANA 1       D1     D2   D3    D4   D5   D6   D7   D8   D9   D10

Cartazes divulgação

E-mail Marketing

Arte para wallpaper*


*Todos os computadores USP deverão ser atualizados com o wallpaper para divulgação do SIBi e
seu novo mascote.



       Avaliação e Mensuração:

       o Analisar, após um ano de experimentação da nova comunicação integrada
            do SIBi com suas bibliotecas, se houve o aumento no reconhecimento do
            papel do SIBi enquanto órgão responsável pela administração e
            integração das bibliotecas;
       o Identificar se houve um aumento significativo na percepção da marca SIBi
            dentro da Universidade.


                                                                                             178
A.f)   Ação 7 (para público externo): “SIBintercâmbio de conhecimento -
Empréstimos entre bibliotecas”


       Públicos-alvo: Estudantes de outras universidades do Estado, públicas ou
privadas, cadastradas no sistema de bibliotecas da USP.


       Levando em consideração a missão do SIBiUSP de contribuir para a excelência
do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do conhecimento, com a utilização
eficaz dos recursos públicos, essa ação tem por objetivo aproximar o público externo
dos recursos oferecidos pelo SIBiUSP.

       O já existente “empréstimo entre bibliotecas” é um serviço que o SIBi
disponibiliza aos alunos de outras universidades, sejam elas públicas ou privadas, e
que possibilita a consulta e o empréstimo de obras disponíveis no acervo da USP.
Para tanto, o interessado precisa, primeiro, checar se a biblioteca da sua universidade
está cadastrada no sistema da USP e, depois, retirar na biblioteca da sua própria
faculdade um formulário, que possibilitará o empréstimo sob as mesmas condições
dos alunos USP.


       Objetivo: Aproximar o público externo – de fora da USP, principalmente alunos
de graduação, do SIBiUSP, tornando a organização mais conhecida, a fim de atingir o
status de referência quanto à fonte de consulta e troca de conhecimento e conteúdo.


       Estratégia: A ação consistiria em divulgar esse serviço para os alunos das
universidades cadastradas, por meio de cartazes dispostos nas faculdades e
chamadas no Facebook das faculdades e da USP, que os direcionariam para o site do
SIBiUSP, no qual encontrariam mais informações.

       Além disso, é recomendado realizar um levantamento das faculdades
atualmente não cadastradas ao SIBi e que, por preencherem os requisitos definidos
pela organização, poderiam vir a ser, de modo a manter os cadastros sempre
atualizados e ampliar o banco de dados. O cartaz seria feito a cada três meses,
sempre alterando o teaser.

       É recomendado o envio de, pelo menos, um cartaz para cada universidade
cadastrada e chamada no Facebook para todas. Os cartazes dispostos nas
                                                                                    179
faculdades devem ser trocados a cada três meses, sempre com uma nova mensagem
alinhada aos resultados da pesquisa, e as chamadas no Facebook atualizadas
mensalmente.


      Metas:

      Em um ano, ter divulgado as informações sobre o serviço de empréstimo entre
bibliotecas, procurando atingir o maior número de estudantes externos possíveis.
      Em seis meses, ter levantado as possíveis faculdades a serem cadastradas e
nos próximos seis meses entrar em contato com elas para formalizar o acordo.


      Programa e seu desenvolvimento

      As etapas desta ação consistem em:


      o Produção de cartazes – 2 semanas
      o Produção de chamadas para Facebook – 3 dias
      o Envio dos cartazes para as faculdades cadastradas – 1 semana;
      o Publicação das chamadas no Facebook das faculdades e no da USP – 2
          dias;
      o Levantamento das possíveis faculdades a serem cadastradas – 2
          semanas;
      o Entrar em contato com possíveis faculdades a serem cadastradas para
          explicar sobre o serviço – 2 semanas.


      Recursos:

      Recursos Humanos:

      Uma pessoa do SIBi para coordenar a ação e ser ponto de contato com
fornecedor; enviar os cartazes via correio; fazer levantamento das possíveis
faculdades a serem cadastradas;
      Fornecedor para produção de cartazes e chamadas para Facebook.


      Recursos Materiais:

      Disponibilizar eventuais materiais para os fornecedores.
                                                                                   180
Recursos Financeiros:

      Custo para contratação de fornecedor para produção de cartazes e chamadas
do Facebook.


      Orçamento: O orçamento está detalhando no final dos Programas de
Relações Públicas.


                  Descrição      Especificidade      Quantidade      Custo
                                 4 cores - Formato                      R$
                   Cartazes                               100
                                 A3 (29,7 x 42 cm)                   5.476,92
                                    Criação de 5
              Chamadas para
                                     chamadas              5        R$ 100,00
                Facebook
                                     diferentes
                   Envio dos
                cartazes para
                                      Via SEDEX            50       R$ 850,00
                  faculdades
                 cadastradas
                Administrador     Funcionário SIBi         -            -
                                                                        R$
                                                                     6.426,92




      Cronograma:

    Cronograma da ação                        Semana 1   Semana 2   Semana 3    Semana 4

    Levantamento das possíveis faculdades a
    serem cadastradas
    Entrar em contato com possíveis
    faculdades a serem cadastradas para
    explicar sobre o serviço

    Produção de cartazes

    Produção de chamadas para Facebook

    Envio dos cartazes para as faculdades
    cadastradas
    Publicação das chamadas no Facebook
    das faculdades e no da USP




                                                                                           181
Avaliação
       o Verificar, a cada três meses, se o número de empréstimos externos
            aumentou. Mapear quais as faculdades que mais e menos utilizam o
            serviço e buscar entender as necessidades das últimas a fim de melhorar
            o índice;
       o No momento da devolução, pedir que o aluno responda a uma breve
            pesquisa de avaliação de satisfação. Cada faculdade enviará os
            resultados mensalmente ao SIBiUSP a fim de compor os dados da
            avaliação trimestral acima recomendada.




B)     DISTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES NO CALENDÁRIO USP


        Para conquistar formatação do plano de realidade desejado, com os atores
SIBi, alunos e docentes encontrando-se em harmonia na Universidade de São Paulo,
é preciso compreender as ações de comunicação como contínuas e de longo prazo.

Por isso, a implementação de todas as ações da campanha “aproSIBI-se”
representará um calendário complexo e com ações distribuídas ao longo de todo o
ano, configurando a seguinte agenda:

 AÇÕES                  JAN FEV MAR ABR   MAI   JUN   JUL   AGO SET   OUT NOV   DEZ

 SIBixos

 senSIBilidade

 Pós-SIBi-lidades

 Siga o Mestre

 Use, abuse

 É a cara do SIBi!



       Para melhor compreensão dos resultados dessa campanha, é fundamental
uma nova etapa de aplicação da pesquisa realizada pela Spin Comunicação.
A comparação das respostas antes e depois da campanha concluída mostrará seus
benefícios para o relacionamento entre o SIBi e seu público dentro da Universidade,
bem como mostrará o novo posicionamento do SIBi enquanto marca.


                                                                                      182
C) ORÇAMENTO TOTAL DAS AÇÕES E DA CAMPANHA

                                           APROSIBI-SE

                                                                           Unidad   Custo total
                       Descrição                  Especificidade
                                                                             es       final
SIBixos
                                                                                       R$
    Folder          Folder explicativo          Couché brilho 150g.        58.000
                                                                                    99.544,80
                                             175 x 6.9 mm, 7.6 mm por
                    Lápis com logo e                                                    R$
    Lápis                                   face (hexagonal). Lápis 2B,    58.000
                  identidade visual SIBi                                            101.500,00
                                                       grafite
                       Borracha              3,3 x 2,3 x 0,08cm. Peso:                 R$
  Borracha                                                                 58.000
                   personalizada SIBi                  10/15gr                      87.000,00

   Bloco de        Bloco de anotações       10 x 0,7 cm, 40 folhas, capa                R$
                                                                           58.000
  anotações        personalizado SIBi                  dura                         234.431,61

                      Chaveiro                                                         R$
  Chaveiro                                   Tamanho: 4x6m                 58.000
                 personalizado SIBi                                                 60.062,53
                   Convite para o
                                                                                       R$
   Convite            concurso         Formato A6, 4x0, folha 230gr        58.000
                                                                                    26.809,70
                   SenSIBilidade
senSIBilidade 2013: I Concurso Literário para alunos de graduação

                      Cartazes de                                                       R$
  Cartazes                                 Cartazes A3, 4x0, folha 230gr    450
                      divulgação                                                     5.326,92



   Email          E-mail marketing para                                                 R$
                                              Envio em formato html          -
  marketing            divulgação                                                    3.062,37

                    Banners a serem
                      expostos nas
                                            Banner 70x140cm de lona,                   R$
   Banner          bibliotecas da USP                                       180
                                                Impressão Digital                   17.230,11
                    com trechos dos
                   textos vencedores
Pós-SIBilidades
                                                                                       R$
    Folder          Folder explicativo          Couché brilho 150g         28.000
                                                                                    54.544,80
                                             175 x 6.9 mm, 7.6 mm por
                    Lápis com logo e                                                   R$
    Lápis                                   face (hexagonal). Lápis 2B,    28.000
                  identidade visual SIBi                                            49.000,00
                                                       grafite
                       Borracha              3,3 x 2,3 x 0,08cm. Peso:                 R$
  Borracha                                                                 28.000
                   personalizada SIBi                  10/15gr                      42.000,00

   Bloco de        Bloco de anotações       10 x 0,7 cm, 40 folhas, capa                R$
                                                                           28.000
  anotações        personalizado SIBi                  dura                         114.431,61

                       Chaveiro
  Chaveiro                                           4 x 6 cm              28.000   R$ 28.000
                   personalizado SIBi




                                                                                                  183
Siga o Mestre
                Calendário 2013 para       Chapa de PVC 0.40mm,                       R$
 Calendário                                                               6.000
                       professor             Opaca, 12 x 10cm                      64.852,28
                    Cartazes para
  Cartazes                               Cartazes A3, 4x0, folha 230gr    450     R$ 7.126,92
                      divulgação
                       Pendrive
                                                                                      R$
  Pendrive      personalizado do SIBi            Pendrive 4G              6.000
                                                                                  122.062,53
                    para docentes
                   Folder explicativo    Formato A5 (14,8 x 21,0 cm).
                  sobre os principais      6 páginas. 4x4 (colorido).                 R$
   Folder                                                                 6.000
                produtos e serviços do        Couché brilho 150g.                  21.544,80
                    SIBi e contatos      Acabamento: dobra carteira.
                                           175 x 6.9 mm, 7.6 mm por
                  Lápis com logo e                                                    R$
    Lápis                                 face (hexagonal). Lápis 2B,     6.000
                identidade visual SIBi                                             10.500,00
                                                      grafite
                     Borracha              3,3 x 2,3 x 0,08cm. Peso:
  Borracha                                                                6.000   R$ 9.000,00
                 personalizada SIBi                  10/15gr

   Bloco de      Bloco de anotações      10 x 0,7 cm, 40 folhas, capa                 R$
                                                                          6.000
  anotações      personalizado SIBi                 dura                           26.431,61

                     Chaveiro
  Chaveiro                                         4 x 6 cm               6.000   R$ 8.062,53
                 personalizado SIBi
Use, abuse, estamos aqui para você!
                Outdoor Use e Abuse
   Outdoor                                Tamanho: 9 x 3 m, colorido       30     R$ 7.732,47
                        SIBi
                                         Banner 70x140cm. Material:
                                                    Lona.
                Banners promocionais       Acabamento: Bastão de
   Banner                                                                  50     R$ 8.130,11
                   nas bibliotecas       madeira superior/inferior com
                                                   cordão.
                                             Impressão: Digital.
                   E-mail marketing
                                                                            s/
   Email        divulgando eventos do
                                            Envio em formato html        unidade R$ 3.062,37
  marketing       SIBi e a campanha
                                                                            s
                     Use e Abuse
                                         Formato A5 (14,8 x 21,0 cm).
                 Folder de promoção        6 páginas. 4x4 (colorido).                 R$
   Folder                                                                44.000
                do uso das bibliotecas        Couché brilho 150g.                  78.544,80
                                         Acabamento: dobra carteira.

                Flyer de promoção do        10,5 x 15 cm. Papel                       R$
 Flyer MICA                                                              44.000
                 uso das bibliotecas      RecicladoTriplex 300 g/m²                22.000,00




                                                                                                184
É a cara do SIBi!
                     Mascote do SIBi,
                     Eugênio, auxilia a
   Mascote                                Mascote colorido em formato
                    construção de uma                                      -            -
   Eugênio                                          de livro
                      interface mais
                         amigável
  Cartazes                          Cartazes A3, 4x0, folha 230gr         450     R$ 5.326,92
   Email         Divulgação do novo     Envio em formato html              -      R$ 3.062,37
  Marketing            mascote
  Arte para
                                         Formato A4, colorido              -      R$ 5.660,80
  wallpaper
Ação 7 - SIBintercâmbio de conhecimento
                       Cartaz para        Formato A3 (29,7 x 42 cm) – 4
  Cartazes                                                                100     R$ 5.476,92
                       divulgação                    cores
  Chamadas       Chamadas para
                                             Criação de 5 chamadas         5       R$ 100,00
para Facebook divulgação nas mídias
                Envio dos cartazes
  Custos de
                 para faculdades                   Via SEDEX              50       R$ 850,00
     envio
                   cadastradas
Administrador    Funcionário SIBi                       -                  -            -
                                                                               R$ 1.332.471,88




                                                                                                 185
8.3   POS-SIBI-LIDADES




      Problema: Na pesquisa de campo, detectou-se que a imagem do SIBiUSP não
está bem definida para seus usuários. Produtos de grande utilização, como o
DEDALUS, não são associados diretamente à organização e poucos usuários
conhecem exatamente a sua função. Para tornar a marca SIBi conhecida e associada
a seus produtos, será criada uma campanha de divulgação publicitária e institucional
do SIBiUSP.


      Título da Campanha: PosSIBilidade.


      Públicos-alvo: alunos graduação/pós-graduação/docentes e todos que
frequentam as bibliotecas e os espaços da USP; alunos de outras faculdades
concorrentes/ parceiras - UNESP e UNICAMP.


      Justificativa: Avaliou-se adequado criar uma campanha específica para os
produtos e serviços da organização, pois se detectou, através da pesquisa realizada
pela agência, que os usuários possuem poucas informações a respeito da
organização e de seus produtos e serviços. De acordo com Deonir de Toni:


                    Quanto mais informação o individuo conseguir colher sobre ele, maior se
                    tornará a rede de informações em torno de sua figura, passando aquele
                    objeto do mundo de “desconhecido” para “conhecido”. O que vai tornar a
                    imagem (...) uma unidade à parte (um todo dentro de outro todo maior) é a
                    natureza das conexões entre os dados que vão constitui-la, além das
                    características que apenas [ele] tem. (TONI, 2009, p. 242)




      Portanto, é necessário que haja um fluxo constante de informação sobre
determinado produto ou serviço para que se possa criar uma rede de conexões em
torno de sua figura, fazendo com que, futuramente, uma imagem seja formada. Para
de Toni, “as informações que os diversos públicos recebem sobre a organização
procedem de inúmeras fontes, não somente daquelas diretamente controladas pela
direção ou pelos órgãos formais de comunicação” (2009, p. 237). Para que tal
imagem, por sua vez, seja positiva, é necessário considerar outras fontes de
                                                                                          186
informações não somente da organização, os multiplicadores que, no caso, são os
usuários que já utilizam os produtos e serviços SIBi e tiveram experiências positivas
com eles.

       Foi notado que não há nenhum tipo de comunicação em caráter de divulgação
para os produtos ou serviços do SIBi. O DEDALUS, atualmente o produto mais forte
da organização, é utilizado por muitos usuários, porém poucos o associam ao
SIBiUSP. Com a VPN USP38 acontece o mesmo problema, ou seja, utilizam-na
vastamente, mas não a associam à organização. O sistema chamado de Busca
Integrada, por ser ainda novo, é conhecido e utilizado por poucas pessoas, apesar de
terem existido esforços da organização para divulgá-lo em feiras e outros meios.
Um serviço também pouco conhecido pelos usuários é a disponibilização pelas
bibliotecas de revistas, tanto fisicamente quanto eletronicamente.

       Portanto, para associar a marca SIBiUSP a seus diversos produtos e serviços e
divulgá-los de forma didática e simples para a comunidade USP e, posteriormente, os
de seus parceiros-concorrentes, de forma que seja possível mostrar quais são eles e
como utilizá-los, foi considerada a criação da campanha descrita a seguir.


       Objetivos: Tornar a marca SIBi mais conhecida por seus usuários e pelos
alunos da USP, UNESP e UNICAMP. Aumentar o número de visitações ao Portal e
demais sites ligados ao SIBi. Associar os produtos à organização. Divulgar os
produtos e serviços de maneira a atrair novos usuários.


       Metas: Implantar as ações prioritárias no período de um ano. Refazer a
campanha com novas peças publicitárias no início dos anos, de modo a chamar a
atenção dos calouros. Divulgar os produtos para os concorrentes-parceiros após o
período de dois anos de divulgação dentro da USP.


       Orçamento: O orçamento detalhado por ações está em uma planilha ao final
desta Campanha.




38
 Serviço de acesso à base de dados de livros, periódicos e etc. da USP, mesmo fora do ambiente
da Universidade.
                                                                                                 187
Quadro Sinótico das ações

       Abaixo está o esquema que ilustra as ações da campanha “PoSIBilidade”,
seguido de sua descrição.




A) Ações




A.a)   Ação 1 – Novo SIBiNET




       Público alvo: Todos os usuários do portal SIBi e potenciais usuários.


       Objetivos:
       o Utilizar-se do website do SIBi como uma ferramenta para tornar a imagem
          da organização positiva, moderna, organizada, além de dispor e orientar
          os usuários sobre os principais produtos e serviços.
       o Facilitar a navegação do visitante, despertar o interesse pelo SIBi e pela
          pesquisa, atrair mais usuários, estimular os visitantes a divulgarem e
          compreenderem as potencialidades que o órgão oferece.


                                                                                188
Estratégia: A imagem institucional de um órgão reflete a maneira como ele se
apresenta diante da sociedade. Tal imagem é construída por meio de diferentes
estratégias, como, por exemplo, divulgação em propagandas, publicidade, notícias
publicadas pela imprensa, comunicação por funcionários, posicionamento estratégico,
website, entre outras formas.

      Quando se trata de uma organização que tem como um de seus serviços
fundamentais a pesquisa eletrônica a materiais bibliográficos, um dos principais meios
de comunicação utilizados pelo órgão é o website. Por isso é primordial que o portal
comunique com objetividade seus principais produtos e serviços, assim como
transmita com clareza as suas intenções, valores e princípios.

      Por   meio   da   pesquisa    de   campo    identificou-se   um   alto   grau   de
desconhecimento sobre alguns dos serviços fundamentais que o órgão oferece, por
isso, é importante uma reformulação no layout e funcionalidade do website da
organização.

      Além de divulgar o SIBi com maior amplitude e consistência, por meio das
demais ações propostas a seguir no presente estudo, é preciso que tais informações
possam ser percebidas com maior clareza e objetividade pelos visitantes do portal,
pois não adianta possuírem uma página dessa natureza se essa não estiver
formulada a partir de um planejamento estratégico, no qual seja possível encontrar
facilmente o que se procura, de modo a ajudar a consolidar uma imagem positiva e
correta do órgão perante aqueles que visitam seu website.

      Assim, é preciso aplicar ao portal algumas mudanças, as quais não se limitam
apenas à realocação de espaços e elementos, mas que possibilitem transmitir, de
maneira impactante, aquilo que de fato é mais relevante sobre o SIBiUSP.

      Para tal, é necessário aperfeiçoar a relação entre o que o SIBiUSP comunica
em seu site e aquilo que os públicos prioritários buscam na página. A adequação do
formato do conteúdo que a organização deseja transmitir, alinhada às informações
que aqueles que acessam o site com mais frequência desejam encontrar, é primordial
ao contexto digital. Sem isso, as informações ficam sem sentido, pois, muitas vezes,
um website apresenta uma reprodução de informações que originalmente foram
produzidas para o off-line, não havendo uma adaptação para a internet, o que


                                                                                      189
ocasiona incompreensão e falta de interesse por parte dos visitantes no ambiente
online.

          No meio digital, as possibilidades de formatos e interação com o usuário são
ampliadas em relação ao offline. Ao contrário do texto impresso, que possui uma
limitação física em decorrência do formato do papel, as informações digitais podem
ser utilizadas por diversos recursos multimídia, como aumentar ou diminuir o zoom da
tela, dispor as informações em vídeos, sons, utilizar sistema de busca, oferecer
opções de compartilhamento, ter espaço para comentários, enfim, diversas
possibilidades de interação e adaptação de conteúdo que o digital oferece e o papel
não proporciona.

          Portanto, algumas mudanças consideradas essenciais ao website do SIBiUSP
são sugeridas:

          o Equilibro dos elementos na página: cada elemento no website deve ter
             um motivo para possuir determinado peso e localização. Páginas com um
             layout inadequado geralmente atribuem o mesmo tamanho e formato para
             diferentes assuntos, mesmo esses tendo importâncias distintas. E o que
             se observa acontecer com frequência no portal do SIBi é a aplicação com
             praticamente o mesmo grau de destaque a muitos elementos de naturezas
             diversas, como, por exemplo, a home do portal, que atribui o mesmo
             tamanho e formato tanto para o link com informações sobre o SIBi como
             para endereços de bibliotecas de outras instituições, entre outros
             assuntos, todos com o mesmo destaque. Ou seja, é preciso eleger as
             informações de maior interesse para a maioria dos usuários do portal, isso,
             por meio de pesquisas - inclusive por um mecanismo de busca com um
             campo de “o que você está procurando” localizado na home - e oferecer
             maior relevância na página para tais elementos, assim como remover o
             destaque e retirar das áreas de maior evidência aquilo que é menos
             atrativo para os visitantes em geral.


          o Organização dos conteúdos: após a seleção do que é mais importante
             destacar no website, é necessário organizar os diversos elementos de
             acordo com a classificação dos assuntos e ordem de leitura das pessoas,
             que, em geral, utilizam a sequência da esquerda para a direita, de cima
                                                                                     190
para baixo. Isto é, se caso a pesquisa detectar que a maioria das pessoas
  que acessam o site do SIBi procuram o link de busca por livros e periódicos
  nas bibliotecas, esse elemento deve ser facilmente encontrado próximo ao
  canto esquerdo superior da página da home. Atualmente, isso não acontece
  em relação a informações e serviços fundamentais do SIBi, como, por
  exemplo, a VPN, que não consta nos espaços de maior destaque do portal,
  assim como ocorre com a busca pelo DEDALUS, entre outros.


o Disposição de catálogo e manual de produtos e serviços: é bom
  lembrar que nem sempre o usuário sabe o que é mais importante para ele,
  assim como muitas vezes não conhece minimamente o que a organização
  oferece, e é papel do website ajudá-lo a compreender o que o SIBi
  desempenha de maior relevância, orientá-lo de maneira concisa sobre o
  funcionamento de seus principais produtos e serviços, ordenar a grande
  quantidade de conteúdo que é oferecido no website, de maneira que o
  usuário possa encontrar mais rapidamente o que deseja, bem como o que
  a organização tem mais interesse em informá-lo. Atualmente, por exemplo,
  não se encontra no portal um link de destaque com conteúdo estruturado e
  resumido dos produtos e serviços de maior influência que o órgão dispõe,
  assim como não é de fácil acesso um manual que auxilie o visitante sobre
  como utilizar esses diversos produtos e serviços. É preciso que tais
  elementos sejam simplificados e destacados no portal para que a
  navegação possa ser potencialmente uma experiência mais positiva.


o Adequação do website a dispositivos móveis e a diferentes idiomas:
  Como dito anteriormente na análise estratégica, o crescimento do uso de
  smartphones e tablets para acesso aos conteúdos online é uma realidade.
  Em smartphones, por exemplo, o mercado brasileiro cresceu 77% apenas
  no primeiro semestre de 2012, segundo pesquisa divulgada pela
  consultoria   de   mercado   IDC,   realizada   em   setembro   de   2012.
  A expectativa é que o mercado de mobiles cresça cerca de 80% até o fim
  desse ano (Portal Terra, 2012). Porém, apesar desse aumento de
  dispositivos móveis, o website do SIBi ainda encontra-se estruturado para
  aparelhos fixos, como os monitores de tela grande, os desktops,
                                                                          191
incompatível com as telas reduzidas presentes nos aparelhos mobiles.
         Isso dificulta a navegação para uma parcela considerável de visitantes, os
         quais utilizam cada vez mais os dispositivos móveis para acessar a
         internet. Também é necessário que o website esteja disponível em
         diferentes idiomas, não somente o português, em vista do SIBi ser um
         órgão que busca reconhecimento internacional e pretende possuir
         usuários de diversas nacionalidades na Universidade. Por isso, diante das
         restrições que o atual modelo do website pode ocasionar a essa parcela
         de visitantes, é imprescindível que seja produzido um layout e conteúdo
         compatível aos novos dispositivos, com reconhecimento de sistema
         operacional de smartphones e tablets, identificação do local em que a
         pessoa está acessando o website e adequação de conteúdo de acordo
         com a tela do dispositivo e o idioma desejado.


      Metas:

      o Aumentar o número de acessos ao site;
      o Aumentar o nível de compreensão dos usuários em relação ao SIBi e seus
         produtos e serviços;
      o Elevar o grau de satisfação dos visitantes ao portal;
      o Elevar a frequência de uso do sistema de busca ao banco de dados do
         SIBiUSP.


      Recursos:

      Recursos Humanos: equipe formada por programadores, webdesigner e
atendimento de agência de comunicação online.

  Cronograma (para período de 8 meses)

  Etapas                                                  J F M A M J J A
  Levantamento e arquivo de dados

  Pesquisa com usuários do website

  Desenvolvimento de layout

  Criação de peças


                                                                                192
Aquisição e implementação de ferramenta para adequação
  a dispositivos móveis

  Implementação

  Duração total


      Recursos Materiais e Financeiros:

      O orçamento e os recursos materiais estão detalhados no final dos Programas
de Relações Públicas.


     Descrição                  Especificidade            Quantidade      Custo
                          Reestruturação da interface e
  Reformulação do
                           adaptação de conteúdo em           -        R$ 40.000,00
      website
                              diferentes formatos
                                                                       R$ 40.000,00


Avaliação e Mensuração:

      Etapas: 6 meses após a reformulação.

      o Avaliar o percentual da taxa de acréscimo de visitantes ao website;
      o Quantificar o índice de usuários que retornam ao website do SIBi;
      o Medir a quantidade de tempo utilizado nas páginas;
      o Mensurar o percentual de interações dos usuários com o portal, como
         número de pesquisas feitas, inclusão de endereços de e-mail para
         recebimento de mala direta e perguntas feitas.
      o Avaliar por pesquisa o nível de satisfação de experiência dos visitantes
         com o website.




                                                                                      193
A.b) Ação 2: PosSIBilidade




       Público-alvo: Todos os usuários SIBiUSP, em especial, os alunos.


       Objetivo: Divulgar os principais produtos e serviços do SIBiUSP, relacionando-
os à marca, tornando tal associação natural para o usuário e atraindo novas pessoas
a utilizá-los. Os produtos a serem divulgados serão:


       o DEDALUS: Essa marca é extremamente forte entre os alunos, porém não
           é associada ao SIBi.
       o VPN: Apesar de muito conhecida e utilizada entre alguns nichos dos
           alunos, principalmente os de pós-graduação, a VPN ainda é desconhecida
           pela maioria dos usuários e aqueles que a utilizam não a associam
           à marca.
       o Busca Integrada: Por ser um novo produto, é necessária uma divulgação
           consistente para atrair os usuários. Associando-o à organização desde o
           princípio tornará sua associação natural para os públicos.


       Estratégia: Após criação das campanhas, divulgar para os alunos por diversos
meios, descritos a seguir:

       o E-mail USP: Mandar e-mails para os alunos pelo do sistema de email
           USP, porém criando um layout padrão atraente, com design relacionado à
           marca para que o SIBi comece a ter uma imagem única, não fragmentada
           por biblioteca, campus ou cidade.
       o Jornais e revistas da USP: Anunciar em jornais e revistas acadêmicas de
           circulação dentro dos campi, como, por exemplo, o Jornal do Campus e a
           revista Organicom.39




39
  O Jornal do Campus é produzido pelos alunos de Jornalismo da USP e a revista Organicom é a
Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, produzida em parceria com
a ECA-USP e o Abrapcorp (Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional
e Relações Públicas).
                                                                                             194
o Rádio USP: A princípio, não divulgar por meio de uma peça publicitária,
           como spot de rádio, mas uma entrevista de funcionário do SIBi para que
           ele possa comentar sobre as recentes mudanças no SIBi e também sobre
           seus produtos e serviços. Após a entrevista, realizar a manutenção através
           de spots.
       o Cartazes: Produzir cartazes e colocá-los em pontos-chave dentro de cada
           unidade, como nas bibliotecas e murais dentro de vivências e salas de
           estudo.
       o Outdoors: Colocar outdoors em diversos pontos dos campi da USP nas
           diferentes cidades onde atua.
       o Testeiras: Colocar testeiras40 em cada computador dentro das bibliotecas,
           anunciando os produtos e serviços do SIBi e convidando o usuário a
           conhecer melhor visitando o site.
       o Website: Dentro do próprio website do SIBi, divulgar e manter páginas de
           tutoriais, que provoquem maior interação, iniciada através do anúncio.


       Exemplo de campanha:



            IMPOSSIBiLIDADE.
            Acesso ilimitado à biblioteca de qualquer lugar?
            Com a VPN, você pode.
            SIBiUSP. Saiba mais em: www.usp.br/sibi



            IMPOSSIBiLIDADE
            Todos os recursos das bibliotecas num lugar só?
            Com a Busca Integrada, agora você pode.




            SIBiUSP




40
  Testeiras para computador são anúncios publicitários colocados na parte superior da tela dos
computadores.
                                                                                                 195
IMPOSSIBiLIDADE
   Reservar um livro sem ir até a biblioteca?
   Com o DEDALUS, você pode.
   Visite www.usp.br/sibi/dedalus e saiba mais.




   IMPOSSIBiLIDADE
   Realizar pesquisas acadêmicas de qualidade?
   Com o SIBi, você pode.
   www.usp.br/sibi



Metas:

o Realizar as ações de divulgação do DEDALUS no período de 6 meses a
   partir de março de 2013;
o Introduzir a divulgação dos novos produtos 2 meses após a divulgação do
   DEDALUS ter se iniciado;
o Repetir a campanha anualmente para acostumar os usuários a fazerem
   uma ligação natural entre os produtos e a organização e para recepcionar
   os calouros.


Recursos:

Recursos Humanos

o Responsável por coordenar as ações: entrar em contato com os meios de
   comunicação impressa (jornais e revistas de circulação dentro da USP),
   entrar em contato com a rádio para agendar entrevista e programar spots,
   entrar em contato com a agência e gráfica, distribuir os cartazes e
   coordenar sua divulgação.
o Contratação de agência e gráfica para fabricação das peças.




                                                                        196
Recursos Materiais

      o Cartazes a serem distribuídos pelos campi da USP, tanto no campus
         principal em São Paulo quanto no interior.
      o Gravação de spot para rádio.
      o Testeiras para serem coladas em todos os computadores pertencentes às
         bibliotecas dos campi USP.


      Orçamento: O orçamento está detalhando no final dos Programas de
Relações Públicas.


               Descrição              Especificidade         Quantidade   Custo
                               Criação de layout e impressão
         Cartaz Produtos e
                                   em cartaz padrão para        450     R$ 7.576,92
             Serviços
                                        divulgação
           Testeiras para      Criação de layout e impressão
                                                                360     R$ 2.530,04
           computadores              em papel duplex
         Anúncio em jornal            Criação de layout                   -           R$ 6.798,91
         Anúncio em revista           Criação de layout                   -           R$ 5.660,80
         Aluguel de espaço     Criação de layout e aluguel de
                                                                      5               R$ 9.482,47
         de outdoor na USP              5 outdoors
                                                                                          R$
                                                                                       32.049,14




      Cronograma:


      Cronograma (para o período de um ano)
      Etapas                              J   F   M   A   M   J   J   A       S   O   N   D
      Criação das peças
      Primeira divulgação
      Primeira avaliação dos resultados
      Segunda divulgação
      Avaliação final
      Planejamento para o próximo ano
      Duração total




                                                                                                   197
Avaliação e Mensuração:

       Primeira etapa: 4 meses após a divulgação.

       o Percentual de alunos frequentando a biblioteca nos últimos 4 meses
          versus Percentual referente aos anos anteriores;
       o Número de acessos ao Portal.


       Segunda etapa: 8 meses após a divulgação.

       o Percentual onde houve maior crescimento de frequência;
       o Aumento de distribuição de cartazes onde houve menor frequência de
          aumento;
       o Pesquisa quantitativa simples a ser respondida por todos ao saírem da
          biblioteca, perguntando sobre o atendimento, instalações e detectando o
          conhecimento sobre o SIBiUSP.




A.c)   Ação 3: Folder Institucional com marca-páginas




       Público-alvo: Todos os usuários USP, em especial, os alunos e aqueles que já
frequentam as bibliotecas. Futuramente, os alunos das universidades parceiras,
UNICAMP e UNESP.


       Objetivo: Com intuito de divulgar o SIBiUSP enquanto organização, será
criado um folder institucional do SIBi, a fim de tornar suas funções e tudo o que pode
proporcionar ao usuário, mais conhecido por seus públicos.


       Estratégia: O folder deverá ser criado de maneira a explicar quais são os
principais produtos do SIBi e tornar o usuário mais próximo da marca, de maneira
simples e didática. Um modelo descritivo das páginas do folder está proposto a seguir:


       Conteúdo do folder:
       Sugere-se alguns conteúdos para o folder, entre eles, o perfil/identidade
organizacional, a descrição breve dos seus produtos e serviços e formas de contato.
                                                                                   198
Dentro de cada folder, haverá um marcador de páginas acoplado, para que ocorra
uma associação direta com o livro.
      o Capa:


          Você sabe o que é o SIBiUSP?
          (Logo do SIBi na parte inferior)


      o Primeira página (ao abrir o folder)
          O que é o SIBi?
          O SIBiUSP é o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Ele existe para
          uniformizar a administração das bibliotecas da USP e também para
          fornecer serviços especializados por área de conhecimentos que atendam
          às necessidades e demandas dos usuários USP, tornando o acesso aos
          livros, periódicos e revistas fácil, rápido, preciso e confiável em todos os
          graus de especialização.


          Algumas bibliotecas já existiam antes do SIBi, criado em 1981, como as
          bibliotecas de Direito, Medicina, Farmácia e Odontologia e da Escola
          Politécnica. Porém, com o crescimento da universidade e aumento de
          bibliotecas, viu-se a necessidade de criar um sistema que integrasse
          todos os acervos numa base única e que desse apoio a todas as
          unidades, que vinham se desenvolvendo isoladamente até então.


          Os produtos, serviços e projetos do SIBiUSP desenvolvem-se em torno de
          duas vertentes: aumentar a visibilidade e acessibilidade à produção
          intelectual da Universidade de São Paulo e fomentar a formação e o
          desenvolvimento de competências no uso, acesso e produção de
          informação da comunidade USP nas suas distintas áreas de atuação.




                                                                                   199
o Segunda página:


   Missão
   Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação,
   contribuindo para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas
   as áreas do conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos.


   Visão (a ser discutida na ação “Repense”, da Campanha “De SIBi
   para SIBi”)
   Consolidar sistema de gestão e comunicação, sendo reconhecido pelos
   públicos internos e consolidando sua imagem de maneira uniforme.


   Valores
   Compromisso com a democratização do acesso à informação de forma
   equitativa, respeitando a ética, os valores humanos e a sustentabilidade.


o Terceira Página (miolo):


   Produtos e Serviços


   Bibliotecas
   As bibliotecas físicas do SIBiUSP são seu maior produto. Ao todo são 43
   bibliotecas em todas as cidades em que a Universidade de São Paulo está
   presente. São quase 5 milhões de empréstimos e consultas todos os anos
   e 2,5 milhões de livros, revistas, teses, entre outros, disponíveis para o
   público.
   Visitas: Para fazer empréstimos, entre em qualquer biblioteca e apresente
   a sua carteirinha USP.


   DEDALUS
   O DEDALUS é um banco de dados bibliográficos do acervo USP. Nele é
   possível pesquisar livros, teses, periódicos, filmes e outros itens do
   acervo, descobrir onde ele está armazenado e se está disponível ou não
   para empréstimo e/ou acesso.
                                                                           200
Visite: O banco de dados DEDALUS está disponível em qualquer
   computador pelo link: http://dedalus.usp.br/.


   Periódicos
   A USP assina convênios com diversas organizações que reproduzem
   conteúdo acadêmico como artigos, revistas especializadas e teses
   acadêmicas. Todos esses conteúdos podem ser acessados pela rede
   USP dentro das dependências da universidade e por acesso remoto via
   VPN. Também é possível encontrar revistas especializadas que são
   adquiridas todos os meses e ficam armazenadas nas bibliotecas para
   consulta.
   Visite: Acesse www.sibi.usp.br e entre na aba Revistas Eletrônicas para
   fazer sua pesquisa.


o Quarta Página (miolo):


   Biblioteca Virtual
   A Biblioteca Virtual consiste em uma série de projetos que se propõe a
   digitalizar   livros   da   Universidade   e   torná-los   disponível   para    a
   comunidade. Você sabia que já é possível encontrar a maioria da
   produção intelectual da USP nos meios digitais? Outras bibliotecas digitais
   são a de Obras Raras e Especiais, a Biblioteca Digital do Instituto de
   Estudos Brasileiros (IEB) e o Portal de Revistas da USP.
   Visite: Saiba mais em www.sibi.usp.br, clique na aba Biblioteca Virtual.


   VPN USP
   Quer acessar os mais diversos conteúdos assinados pela USP e sem sair
   de casa? Agora você pode! Instale a VPN USP por meio de nosso tutorial
   em www.sibi.usp.br/tutoriaise acesse de qualquer lugar! Caso ainda haja
   dúvidas, entre em contato com o CCE (Centro de Computação Eletrônica)
   através do (11) 3091.6400.




                                                                                  201
Brasiliana USP
         Você gostaria de saber quais foram as publicações que circularam no
         Brasil durante o período da Independência? Ou ler uma revista literária
         feita por Artur de Azevedo? A Brasiliana USP oferece isso e muito mais.
         Ela é um acervo bibliográfico e documental sobre assuntos brasileiros de
         acesso irrestrito, administrado e ampliado pela Universidade de São
         Paulo. Foi formada pela parceria de instituições públicas e privadas
         dispostas a participar e contribuir para o acesso ao conhecimento e se
         consolida como referência nacional no campo da digitalização de acervos.
         Visite: www.brasiliana.usp.br para fazer pesquisas e saber mais sobre o
         projeto.


      o Verso:


         Contato
         Site
         E-mail
         Telefone
         Twitter
         Facebook
         Endereço


         Para saber os endereços e horários de funcionamento de cada biblioteca,
         acesse nosso site (www.sibi.usp.br).




      Metas: Disponibilizar folders em todas as bibliotecas e pontos-chave das
unidades a partir de março de 2013. Futuramente, divulgar dentro das universidades
parceiras, UNICAMP e UNESP. Repetir anualmente, corrigindo e melhorando o folder
após avaliações.




                                                                               202
Orçamento

      Descrição                 Especificidade             Quantidade            Custo
                                                                                   R$
          Folder          Criação de layout e impressão        44.000
                                                                               78.580,80
                                                                                   R$
  Marca-páginas SIBi      Criação de layout e impressão        44.000
                                                                               23.768,86
                                                                                   R$
                                                                               102.349,66




Cronograma:

 Cronograma (para o período de 1 ano)
 Etapas                            J   F   M   A   M   J   J   A   S   O   N    D

 Criação/impressão

 Distribuição nas bibliotecas

 Avaliação final

 Planejamento para o próximo ano

 Duração total



Avaliação e Mensuração:

Primeira etapa: 4 meses após a divulgação.

o Percentual da frequência de alunos à biblioteca nos últimos 4 meses
   versus Percentual referente aos anos anteriores;
o Número de acessos aos sites dos produtos do SIBi;
o Número de acessos ao Portal SIBiNet;
o Percentual de empréstimos nos últimos 4 meses versus Percentual
   referente dos anos anteriores;
o Percentual de renovações feitas online versus Percentual referente aos
   meses anteriores.




                                                                                        203
Segunda etapa: 7 meses após a divulgação.

      o Pesquisa quantitativa simples a ser respondida por todos ao saírem da
          biblioteca, perguntando sobre o atendimento, instalações e detectando o
          conhecimento sobre o SIBi;
      o Panfletagem em locais onde houve baixo percentual de aumento da
          frequência à biblioteca.




A.d) Ação 4: SIBi-mail




      Público-alvo: Todos os usuários do SIBiUSP, sobretudo os interessados em
receber comunicação do órgão via e-mail marketing.


      Objetivos: Aperfeiçoar o e-mail como uma ferramenta mais eficiente de canal
de comunicação do SIBiUSP.


      Estratégia: É fundamental que o SIBi realize um planejamento estratégico para
campanhas de e-mail marketing, com o intuito de melhorar sua imagem institucional e
atingir maiores parcelas dos públicos de interesse de acordo com os objetivos
organizacionais.

      Para melhorar o gerenciamento da base de e-mails do SIBi, é necessário
realizar uma campanha de aquisição e atualização de e-mails para enviar
comunicação sobre as novidades, ações, eventos e notícias de interesse do público
que se identifica com o órgão e a pesquisa, pois é muito comum o envio de e-mails
para endereços inativos ou pouco utilizados pelos usuários.

      Apesar do SIBi, eventualmente, transmitir mensagens referentes a assuntos
importantes sobre a organização, os e-mails precisam ser aprimorados no que se
refere aos quesitos: layout, conteúdo, endereçamento e periodicidade.

      As mensagens de correio eletrônico criadas pelo SIBi precisam estar
constantemente atualizadas, com informações sobre as atividades que o órgão
desempenha e participa, que possam fazer diferença no cotidiano daqueles que se

                                                                                204
interessam pelo SIBi e a pesquisa. Em uma simples busca na caixa de e-mail USP de
um aluno de graduação, é fácil observar que o SIBi acaba enviando e-mails com
grandes intervalos de tempo entre as mensagens. Essa prática pode contribuir para
que a imagem da organização seja vista como atrasada, inativa e obsoleta.

      Para construir uma base de dados eficiente de endereços de e-mail do SIBi,
uma das alternativas recomendadas é a disposição, nas bibliotecas, de espaços
para os interessados inserirem seus endereços de correio eletrônico que mais
utilizam. Assim, campanhas para relacionamento com os contatos podem trazer
resultados mais satisfatórios.
      O SIBi deve manter seu público sempre interessado, estimular a interatividade,
para tanto, é necessário também reformular o aspecto visual dos e-mails, com
imagens ilustrativas, que atraiam a percepção do leitor e ajude-o a compreender a
mensagem com maior facilidade. Atualmente, os e-mails do SIBi seguem um layout
tradicional, com mensagem em texto padrão, sem divisões, ausência de contraste,
falta de alinhamento, pouca utilização de ilustrações.

      Os e-mails precisam seguir uma identidade visual, que contribua para a fácil
compreensão do leitor, de modo que identifique que a mensagem é proveniente do
SIBi, por meio de cores, espaços e imagens definidas em conformidade com a
identidade da organização. É importante, inclusive, que não se atraia a atenção dos
leitores para assuntos muito corriqueiros, como novidades com baixo grau de impacto
para os usuários, a fim de evitar possíveis aborrecimentos por parte do público, que,
como detectado nas pesquisas da agência Spin Comunicação, espera conteúdos
relevantes e que auxiliem no seu dia a dia.

      Além disso, para a aplicação de tais recomendações, é necessário a escolha
adequada de uma plataforma que suporte o envio de e-mails em grande quantidade,
de preferência, com a identidade do SIBi, que deve estar alinhada à sua estratégia e
ações que pretende desempenhar.




                                                                                  205
Metas:

o Aumentar a base de dados de e-mails do SIBi;
o Melhorar os resultados de acesso ao site e compreensão dos alunos em
   relação ao SIBi e suas atividades por meio do e-mail marketing.


Recursos:

Recursos Humanos:

o Especialista dedicado ao planejamento estratégico para campanhas de
   e-mail marketing.
o Designer que seja responsável pelo planejamento e aplicação do layout
   dos e-mails


Recursos Materiais:

Plataforma adequada de envio de e-mails em grande quantidade.


Cronograma (para período de 4 meses)
Etapas                               J   F   M   A

Levantamento de pautas

Campanha de arrecadação de e-mails

Criação de layout

Disparo de e-mails

Relatórios de monitoramento

Duração total




                                                                     206
Recursos Financeiros:

       O orçamento e os recursos materiais estão detalhados no final dos Programas
de Relações Públicas.
              Descrição                 Especificidade               Quantidade     Custo
                                 Criação de layout, relatórios de
           Planejamento de          monitoramento e custo de
                                                                          -       R$ 5.000,00
           email marketing     ferramenta adequada para disparo
                                            de emails

                                                                                  R$ 5.000,00


       Avaliação e Mensuração:

       Etapas: 6 meses após a reformulação.

       o Avaliar o percentual da taxa de acréscimo de endereços de novos e-mails;
       o Quantificar o índice de abertura dos e-mails do SIBi;
       o Medir o número de cliques aos anúncios feitos nos e-mails;
       o Mensurar o percentual de solicitações de remoção de endereço do banco
          de dados.
       o Avaliar a segmentação do público que está sendo atingido pelos e-mails.




A.e)   Ação 5: SIBi-app




       Público-alvo:     Frequentadores    das bibliotecas          que   costumam     realizar
empréstimos de livros.


       Objetivos:

       Melhorar o serviço de consulta e empréstimo de livros nas bibliotecas.
       Diminuir o tempo de espera e índice de atrasos de devolução de livros.




                                                                                            207
Estratégia: Desenvolver aplicativo que ofereça maior detalhamento de
informação sobre o serviço de empréstimo nas bibliotecas, como, por exemplo, a data
prevista de devolução quando uma obra estiver indisponível, a opção de exibir links
que tragam indicações de livros relacionados ou maiores informações a respeito e o
disparo de mensagem que alerte o usuário quando o material que se deseja estiver
pronto para empréstimo na biblioteca. Para tal, é preciso realizar um levantamento de
quais bibliotecas mais realizam empréstimos, para priorizar, durante a fase inicial de
aplicação, o lançamento do aplicativo para essas unidades. Em seguida, é necessária
uma campanha de divulgação do serviço, com cartazes informativos nas entradas das
bibliotecas. É recomendável que o material seja disponibilizado para downloads no
website do SIBi. O serviço deve estar acessível em diferentes plataformas móveis,
tanto para iPads, iPhone e Androids, em decorrência do aumento de uso de tais
dispositivos, como citado anteriormente (Portal Terra, 2012), e a dificuldade que
muitos encontram de deslocamento até o espaço físico das bibliotecas para realizar
as consultas.


      Metas:

      o Implantar o sistema do aplicativo em todas as bibliotecas da USP.
      o Aumentar a taxa de alunos que realizam empréstimos e consultas nas
          bibliotecas.


      Recursos:

      Recursos Humanos

      Equipe dedicada ao registro de atividades de empréstimos nas bibliotecas e
envio de mensagens aos usuários do sistema do aplicativo


      Recursos Materiais

      Plataforma adequada de banco de dados para registro de fluxo de empréstimos
nas bibliotecas.




                                                                                   208
Recursos Financeiros

      O orçamento e os recursos materiais estão detalhados no final dos Programas
de Relações Públicas.

     Descrição                  Especificidade             Quantidade          Custo

                        Criação de layout, elaboração de
                       programação para banco de dados
      SIBi App              para cadastrar o fluxo de          -            R$ 20.000,00
                       empréstimos; envio de alertas aos
                                    usuários

                                                                            R$ 20.000,00


      Avaliação e Mensuração:

      Primeira etapa: 3 meses após a criação e disposição do aplicativo.

      o Levantamento de números de downloads do aplicativo;
      o Pesquisa quantitativa sobre o nível de conhecimento sobre a existência do
         aplicativo em relação aos freqüentadores das bibliotecas
      o Pesquisa qualitativa sobre o serviço prestado pelo aplicativo com os
         usuários.


      Segunda etapa: 6 meses após a criação e disposição do aplicativo

      o Identificar aumento de número de downloads;
      o Aumento de nível de conhecimento dos alunos sobre a existência do
         aplicativo;
      o Acréscimo de grau de satisfação do usuário com o serviço;
      o Constatar índice de redução de atrasos de entregas nas bibliotecas.


         Cronograma (para o período de 1 ano)
         Etapas                            J   F   M   A   M   J J      A     S   O N      D

         Desenvolvimento do aplicativo

         Divulgação

         Primeira avaliação

         Segunda avaliação

         Duração total

                                                                                               209
A.e)   Ação 6: Recomendação 1 - Melhoria das mídias sociais




       Público-alvo: Todos os seguidores e potenciais seguidores dos perfis.


       Objetivo: Foi constatada que as mídias sociais do SIBi já existem e são
utilizadas com regularidade atualmente. Porém, para que essas sejam completamente
bem aproveitadas, foi considerado pelo grupo recomendar algumas sugestões de
interação com os usuários.

       Ao possuir uma mídia social, supõe-se que os usuários passarão a interagir
mais com a organização, aproximando-se dela e criando vínculos afetivos. Isso ainda
não é uma realidade da organização. Ela utiliza-se das mídias sociais principalmente
como meio divulgador e não como meio de interação.


       Estratégia: Para maior interação tanto com usuários quanto com outros perfis
parceiros é necessário que haja uma pessoa responsável que alimente as respectivas
mídias com conteúdos interessantes e relevantes para o interesse dos usuários, que
divulgue eventos e outros que serão realizados por parceiros e que responda aos
questionamentos dos usuários, quando houver, e também que os incentive a interagir.

       Também é preciso que essa pessoa se prontifique a procurar usuários
potenciais e convidá-los a seguir o perfil no Twitter, ou a curtir a página no Facebook,
para que esses conheçam os perfis SIBi nas mídias sociais. Os interessados, então,
passarão a acompanhar as novidades e os desinteressados vão recusar os convites.
Abaixo, segue um exemplo de como poderia ser melhorado o perfil no Twitter.


       Exemplos de ações no Twitter: O atual perfil do Twitter apenas distribui
notícias. É preciso fazer um monitoramento do que está sendo falado nas redes
sociais, criando um relacionamento próximo com o público e potenciais novos
frequentadores. Dessa forma, o SIBi sabe quando alguém elogia ou reclama de seus
serviços, assim consegue solucionar dúvidas de seus “clientes” e melhorar sua
imagem.



                                                                                     210
o Como é feito hoje:




o Melhores práticas:




                       211
Metas: Duplicar o número de seguidores no período de 1 ano.


      Periodicidade: Permanente.


      Recursos Humanos, Materiais e Financeiros


      Recursos Humanos: Uma pessoa responsável por alimentar, monitorar e
interagir com os usuários nas redes sociais.


      Recursos Materiais:
      o Computador com acesso à internet
      o Imagem a ser colocada como papel de parede tanto do Twitter quanto do
          Facebook


          Cronograma (para o período de 1 ano)
          Etapas                         J F   M   A   M    J   J A   S O   N   D

          Melhorias iniciais

          Primeira avaliação

          Procura por novos seguidores

          Segunda avaliação

          Consolidação das melhorias

          Duração total




      Avaliação e Mensuração

      Primeira etapa: 4 meses após as melhorias iniciais.

      o Aumento de seguidores;
      o Aumento de engajamento das pessoas (Retweets, compartilhamentos,
          comentários etc.);
      o Pesquisa quantitativa simples para avaliação do serviço pelo usuário.




                                                                                    212
Segunda etapa: 11 meses após as novas melhorias.

      o Aumento de seguidores;
      o Aumento de engajamento das pessoas (Retweets, compartilhamentos,
          comentários etc.);
      o Pesquisa quantitativa simples, porém mais direcionada, para avaliação do
          serviço pelo usuário, baseando-se nos resultados da pesquisa anterior.




B) ORÇAMENTO TOTAL DAS AÇÕES E DA CAMPANHA

                                           POSSIBiLIDADE

                                                                              Unida    Custo total
                         Tamanho                   Especificidade
                                                                               des       final
                                             Reestruturação da interface e
   Novo SIBiNET               _                                                 _      R$ 40.000,00
                                               adaptação para mobile

 Cartaz Produtos e    Formato A3 (29,7 x      Folha A3 gramatura 170gr,
                                                                               450      R$ 7.576,92
     Serviços              42 cm)             colorido, acabamento refile

   Testeiras para                           Papel duplex gramatura 250gr,
                         38,1 x 5 cm                                           360      R$ 2.530,04
   computadores                              colorido, acabamento refile

                      Formato A3 (29,7 x     A serem definidas com cada
 Anúncio em jornal                                                              _       R$ 6.798,91
                           42 cm)                    publicação


                      Formato A4 (27,7 x     A serem definidas com cada
 Anúncio em revista                                                             _       R$ 5.660,80
                           21 cm)                    publicação


 Aluguel de espaços
                          Diversos                     Diversos                 5       R$ 9.482,47
 de outdoor da USP

                      Formato A4 (27,7 x
                       21 cm) com duas
       Folder                                     Couché brilho 150g          44.000   R$ 78.580,80
                        dobras que se
                        distam 9,9 cm


                                             Papel couché 250 gr, colorido,
 Marca-páginas SIBi      18 x 4,5 cm                                          44.000   R$ 23.768,86
                                                   acabamento refile


                                                  Criação de layout,
                                             monitoramento e ferramenta
     SIBi-mail                _                                                 _       R$ 5.000,00
                                             para disparo de emails para
                                               base de 50.000 emails

                                              Criação de banco de dados
                                               para cadastrar o fluxo de
      SIBi App                _                                                 _      R$ 20.000,00
                                             empréstimos; envio de alertas
                                                     aos usuários
                                                                                       R$ 199.398,80

                                                                                                       213
8.4   ORÇAMENTO TOTAL DAS CAMPANHAS




              Orçamento Total
        Campanha             Valor
      De SIBi para SIBi R$ 245.712,55
        AproSIBi-se     R$ 1.332.471,88
       PoSIBilidades     R$ 199.398,80
           Total        R$ 1.777.583,23




8.5   CRONOGRAMA TOTAL DAS CAMPANHAS


                Calendário 2013           J F M A M J J A S O N D
                               De SIBi para SIBi
      Repense
      Encontros SIBibliotecas
      Ser SIBi
      SIBinforma
      SIBi Fala
                                 AproSIBi-se
      SIBixos
      Concurso senSIBilidade
      Pós-SIBilidades
      Siga o Mestre
      Use e Abuse, estamos aqui para você!
      É a cara do SIBi
      SIBintercâmbio de conhecimentos
                                  PoSIBilidade
      Novo SIBiNET
      PoSIBilidades
      Folder Institucional
      SIBi-mail
      SIBi-app
      Melhoria das mídias sociais




                                                                    214
9     CONSIDERAÇÕES FINAIS




      Realizou-se uma análise estratégica de relações públicas do Sistema
Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP), e criou-se um plano de ações, a partir
de diagnóstico elaborado com base nas pesquisas qualitativas realizadas, que
correspondessem às necessidades identificadas ao longo do estudo. Os serviços
prestados pela agência foram: reforçar o papel social da educação para a formação
humana,    assegurar    relacionamentos    saudáveis    e   colaborativos,   avaliar    a
situação/contexto do cliente e reposicioná-lo no mercado em caso de necessidade,
avaliar os processos e canais de comunicação, propor melhorias e elaborar um
plano de ações.


      Levando em conta a realidade socioecônomica e cultural da atualidade, na
qual as facilidades tecnológicas permitem um intercâmbio de informações cada vez
mais ágil, obter informações relevantes, de qualidade, é um desafio e realizar tal
façanha é motivo de destaque frente à avalanche de informações recebidas
diariamente. Nesse contexto, a Universidade, que tem por origem contribuir para o
ensino, pesquisa e extensão, alcança uma dimensão e complexidade de atuação
cada vez mais significativa em favor da produção de conhecimento e a transmissão
do mesmo, sendo relevante e notória para a formação do homem em sociedade.


      A Spin Comunicação, criada para atuar no ramo educacional, buscou ao
longo do Projeto de Relações Públicas, analisar os mais distintos aspectos que
caracterizam o cliente - SIBiUSP, como a sua história, a estrutura organizacional e
administrativa, o perfil, os princípios, a natureza do negócio, os produtos e serviços,
para que, com maior número de dados possível, pudesse delinear o atual cenário da
organização frente ao setor em que atua, bem como relacioná-la ao ambiente
externo, para, assim, desenvolver um planejamento estratégico direcionado às
principais necessidades de comunicação do cliente.


      Um aspecto bastante positivo, e que deve ser reforçado, foi a iniciativa do
SIBi em procurar o auxílio de alunos de relações públicas para trazer melhorias para
o dia a dia da organização. Isso demonstra uma grande abertura para o novo, para a
                                                                                       215
cultura de comunicação, para passos que, por menores que agora sejam, agregarão
e tornar-se-ão grandiosos no futuro. Da mesma forma, a iniciativa em contratar um
profissional da área de comunicação foi outro grande passo e conquista do SIBi, e
que será fundamental para colocar em prática as ações sugeridas neste trabalho.


      É importante comentar que o SIBi se mostrou um cliente diferenciado em
termos de estrutura, uma vez que sua tipologia e natureza, não voltada para
lucratividade e competitividade, foi fator desafiador para a agência, que teve de se
aprofundar em estudos a fim de compreender as particularidade da organização.
O SIBi apresenta relevante importância estratégica para a Universidade de São
Paulo, visto que seus objetivos estão profundamente atrelados aos da USP,
principalmente no quesito produção científica. Essa característica exige que as
ações propostas visem, em uma perspectiva de longo prazo, trazer benefícios
relacionados a um posicionamento de destaque para a Universidade em rankings e
reconhecimentos    quanto    à   sua   excelência,   agregando   valor   a   ela,    e
consequentemente, ao SIBi.


      Após o levantamento de informações sobre o cliente, foi possível depreender
que o SIBi não possui uma comunicação estruturada no que se refere a públicos
internos (alunos, docentes e funcionários) e também externos à Universidade. Por
conta disso, a pesquisa de campo realizada tratou de analisar a percepção de seus
usuários prioritários – alunos de graduação, pós-graduação e docentes - buscando
avaliar o nível de conhecimento e utilização dos produtos e serviços. Assim, para
que fosse possível apurar a percepção de tais públicos, a pesquisa qualitativa em
profundidade foi a técnica adotada, a qual trouxe resultados muito satisfatórios
justamente por abranger a experiência dos públicos e aspectos do relacionamento
de grande valia para este estudo.


      Nessa primeira pesquisa, a Spin Comunicação optou por não entrevistar
funcionários do SIBiUSP por questão de viabilidade, porém considera esse público
essencial para o cliente e, por meio de dados secundários apurados, preparou um
programa de ação voltado para os funcionários, visto que para se aproximar dos
demais públicos é primordial o engajamento e contribuição ativa dos funcionários.
Entretanto, ainda recomenda-se, uma próxima averiguação de públicos em que os
                                                                                    216
funcionários sejam contemplados, para que se possa alcançar com eficácia seus
objetivos organizacionais.


      Por meio da pesquisa, foi possível definir três diretrizes de atuação para o
SIBi, a primeira delas é focada nos funcionários, no sentido de engajá-los, mostrar a
eles que são parte fundamental da organização, em um esforço não somente para
comunicar as iniciativas do SIBi, mas para inseri-los de forma mais ativa nesse meio,
visto que até então, não existia um relacionamento qualificado, havendo apenas o
reporte pontual de informações. As propostas voltadas para esse público levam em
consideração a já garantida autonomia das bibliotecas, porém age em favor de uma
integração e maior interação entre elas e o SIBi, buscando uma unicidade para
otimizar iniciativas, boas práticas e desempenhos, bem como contribuir para o
crescimento contínuo.


      A segunda dimensão diagnosticada como crítica refere-se aos públicos de
dentro da USP – alunos de graduação, pós-graduação e docentes – que mostraram
não associar o SIBi a seus produtos e serviços, embora conhecessem e usassem
seus serviços. Tal fator evidencia a necessidade de informá-los sobre o que a
organização é e faz, por meio de mensagens direcionadas a cada um deles, a fim de
estabelecer um relacionamento qualificado com eles, a longo prazo, buscando gerar
confiança e outros atributos positivos que impulsionariam a boa imagem do SIBi
perante eles, os quais têm grande potencial para disseminar sobre o SIBi
externamente, ampliando seu escopo e reconhecimento. Porém, é imprescindível
que esse reconhecimento seja proveniente de dentro da Universidade para ganhar
força e legitimidade.


      A terceira e última dimensão se refere a categoria produtos e serviços, a qual
foi amplamente comentada pelos públicos entrevistados, que, em muitos casos,
fizeram críticas desde sobre aspectos visuais, passando por técnicos, chegando à
comunicação. Tal resultado indica que a percepção a respeito de produtos e
serviços está abalada por conta de dificuldades técnicas e até mesmo pouca
informação sobre o mesmo que compromete a experiência do usuário. Desse modo,
é imprescindível que o SIBi invista constantemente na melhoria de suas plataformas
digitais, bem como nos materiais físicos das bibliotecas, pois se eles não forem de
                                                                                   217
alta qualidade os públicos perderão o interesse pelos mesmos, podendo prejudicá-
lo. Ao mesmo tempo, as demais propostas de ação planejadas perderão força se
não estiverem amparadas pela qualidade e excelência fundamentais à organização.


      Um grande desafio do SIBi é lidar com um público interno tão grande e
diversificado. Alunos de graduação, pós-graduação e docentes têm objetivos e
necessidades diferentes, e por isso precisam de uma comunicação direcionada e
única, que atenda às suas expectativas e necessidades. O objetivo deste projeto foi
entender quais são as principais demandas desses três públicos, que são os
principais usuários do SIBi. Os aspectos relativos a administração, públicos internos
e produtos e serviços foram notados, como pilares específicos que necessitam de
atenção.


      Outro aspecto importante a ser ressaltado é a disposição que alunos de
graduação, pós-graduação e docentes têm em estreitar os laços com o SIBi, a
conhecer mais sobre seus produtos e serviços, a aproveitar mais os espaços e
oportunidades que a organização proporciona, conforme verificou-se nas pesquisas
aplicadas. Lembrando que cada público tem suas necessidades e demandas
específicas.


      Com relação aos funcionários do SIBi, também é necessário estreitar o
relacionamento, reposicionando missão, visão e valores e procurando aproximar a
administração das bibliotecas da organização do SIBi. Essa aproximação é positiva
também porque a administração das bibliotecas é uma das grandes representantes
do SIBi no contato direto com o usuário das mesmas, ou seja, com alunos de
graduação, pós-graduação e docentes. A melhoria dos produtos e serviços e sua
melhor divulgação também criará um ambiente mais favorável ao posicionamento
interno estratégico do SIBi, tornando-o referência de conhecimento na USP.


      Todos os estudos, reflexões e ações de relações públicas propostas neste
trabalho têm um objetivo macro em comum: promover um relacionamento
qualificado entre o SIBi e seus públicos estratégicos, impactando em uma imagem
positiva perante os mesmos, a qual pode ser estendida para outros públicos de fora


                                                                                  218
da Universidade. Assim, em longo prazo, prevê-se a construção de uma reputação
também positiva e alinhada essencialmente à missão, visão e valores do SIBiUSP.


      Considerando a realidade do cliente, a não existência de concorrência direta,
a imagem e a reputação corporativa tornam-se elementos ainda mais importantes a
serem avaliados. Porém, “(...) para que uma organização possa obtê-las, é preciso
um trabalho de longo prazo, fundamentado na construção e na manutenção de bons
relacionamentos com seus diversos públicos” (LOPES, 2005, p. 74). Com isso, os
benefícios para o cliente, diante de sua particularidade de atuação, estão voltados
para agregar valor em termos de reconhecimento, elevação do status da
Universidade de São Paulo nos mais importantes rankings do mundo e,
consequentemente, do patamar estratégico do SIBi dentro da USP pelo impacto e
relevância de seu trabalho para o alcance dos objetivos da Universidade.




                                                                                  219
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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      educação, diz pesquisa. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 2012. Educação.
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________________. TI deve crescer até 12% no Brasil em 2012. São Paulo: O Estado de
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    brasil/>. Acesso em: 29 jun. 2012.


ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Dicionário profissional de relações públicas e
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ANEXO A - ROTEIRO DE ENTREVISTA


Aquecimento
Nome, idade, curso


Frequência e uso dos recursos das bibliotecas
   1) Tem o hábito de ir à biblioteca? O que faz lá? [estudar, consultar e emprestar
      os materiais]

Se não usa:
   2) Por que não costuma ir à biblioteca?
   3) Conte uma experiência (positiva ou negativa, dependendo da resposta do
      entrevistado), que você teve no ambiente da biblioteca ou ao acessar seus
      mecanismos de busca.


Pesquisas acadêmicas

ALUNO
   4) Como você realiza suas pesquisas, trabalhos ou estuda para provas?
   5) Como você procura pelos materiais de apoio à pesquisa? Como chega
      até eles?
   6) Se pudesse fazer uma estimativa, você diria que faz mais pesquisas com
      mecanismos de busca online ou em bibliotecas? Por que?
   7) O que você consideraria como pontos fracos e fortes em suas pesquisas
      feitas em mecanismos de busca online?
   8) O que você consideraria como pontos fracos e fortes em suas pesquisas
      feitas em bibliotecas?

DOCENTE
   9) Como você orienta seus alunos a proceder com pesquisas acadêmicas e
      provas [procura de materiais]?
   10)Você disponibiliza o conteúdo de sua aula de alguma forma? Qual?
      [fotocópia, internet]
   11)Você orienta seus alunos a comprarem livros ou pede para usarem a
      biblioteca? Por quê?

                                                                                  227
12)Você recomendaria a seus alunos a utilização dos produtos e serviços do
       SIBi?


Administração do sistema e da biblioteca e SIBi: nível de conhecimento

   13)Você sabe quem administra e integra as bibliotecas da USP?

Não: É o SIBI. O SIBi é o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Ele administra
as 44 bibliotecas que a USP tem no Brasil. O SIBi possui um portal na internet no
qual disponibiliza seus serviços virtuais e oferece sistemas de pesquisa acadêmica.

   14) O que você acha que um sistema integrado de bibliotecas deveria fazer?

Sim:
   15)O que é o SIBi? O que você sabe sobre ele? O que ele oferece?

Para Não e Sim:
   16)Você sabia que agora pode pegar materiais disponíveis em diferentes
       bibliotecas da USP apenas apresentando sua carteirinha da faculdade?


Produtos e serviços
Dedalus

   17)Você já ouviu falar no Dedalus? Você sabe o que é?

Não: O Dedalus é um banco de dados para localizar livros, teses, periódicos e
revistas disponíveis nas bibliotecas da USP.

Sim:
   18)O que é? Qual foi sua experiência com ele?
   19)Como ficou sabendo desse sistema?
   20)Como você avalia a divulgação do sistema Dedalus?


Revistas

   21)Você sabia que o SIBi disponibiliza em suas bibliotecas revistas nacionais e
       internacionais para consulta?
Se não:
   22)Você tem interesse em acessar essas revistas?
                                                                                  228
Se, sim
   23)Qual foi sua experiência ao acessar esse material?
   24)Como ficou sabendo da disponibilidade desse conteúdo?
   25)Como você avalia a divulgação desse serviço?

Busca Integrada http://www.sibi.usp.br/buscaintegrada/
   26)Você sabia que o SIBI recentemente lançou uma nova plataforma chamada
       Busca Integrada?

Não: A Busca Integrada é uma solução de busca que integra os recursos
informacionais do SIBI, e por meio dela é possível encontrar resultados de arquivos
impressos e digitais disponíveis no Sistema.
   27)Você acha que esse novo serviço seria útil para suas pesquisas acadêmicas?
       Por quê?

Sim:
   28)O que é?
   29)Como ficou sabendo?
   30)Já utilizou? Conte sua experiência
   31)Sabe a diferença entre ele e o Dedalus? Qual?


Sugestões
   32)Você    tem   alguma     sugestão    para   fazer   ao   SIBi,   quanto   a   seus
       produtos/serviços, acesso, comunicação ou qualquer outro aspecto que
       queira comentar?
   33)Você gostaria de receber informações sobre o SIBi e novidade em produtos e
       serviços?
   34)Se não, por quê?
   35)Se sim: Por qual meio?
   36)Mais alguma consideração?




                                                                                      229
ANEXO 2 – ORGANOGRAMA DO SIBIUSP




                                   230
ANEXO 3 – LINHA DO TEMPO SIBIUSP
    Parte 1:




                                   231
Parte 2:




           232

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Projeto Experimental de Relações Públicas - SIBiUSP

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SIBiUSP Bárbara de Brito e Caparroz Fabiana Alves Costa Fabio Henrique de Souza Fernanda Vofchuk Markus Jaqueline Bragatti de Oliveira Tamires Valuta Barussi São Paulo 2012
  • 2. AGÊNCIA SPIN Projeto Experimental para o SIBiUSP; Orientadoras Profª. Drª. MyrlaFonsie Profª. Drª. Valéria Siqueira Castro Lopes; São Paulo, ECA USP, 2012. Projeto Experimental de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação Social com ênfase em Relações Públicas) – Universidade de São Paulo; São Paulo, 2012. 1.Relações Públicas 2. Projeto Experimental 3. SIBiUSP 4. Bibliotecas 5. Planejamento de Comunicação
  • 3. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SIBiUSP Bárbara de Brito e Caparroz Fabiana Alves Costa Fabio Henrique de Souza Fernanda Vofchuk Markus Jaqueline Bragatti de Oliveira Tamires Valuta Barussi Trabalho apresentado à disciplina de Projeto Experimental de Relações Públicas como requisito parcial à conclusão do curso de Relações Públicas na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo. Profª. Drª. MyrlaFonsi Profª. Drª. Valéria de Siqueira Castro Lopes São Paulo 2012
  • 4. Bárbara de Brito e Caparroz Fabiana Alves Costa Fabio Henrique de Souza Fernanda Vofchuk Markus Jaqueline Bragatti de Oliveira Tamires Valuta Barussi PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS SIBiUSP Aprovado em: __/__/___. Nota: ________________ BANCA EXAMINADORA ______________________________________________ Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias ______________________________________________ Prof. Drª. Myrla Fonsi ______________________________________________ Prof. Drª. Nair Yumiko Kobashi ______________________________________________ Anderson Santana (SIBiUSP) São Paulo 2012
  • 5. Aos nossos familiares, amigos e professores, que nos auxiliaram e incentivaram durante a elaboração deste projeto acadêmico.
  • 6. RESUMO Este trabalho de projeto experimental foi realizado com o intuito de treinar os alunos que em breve serão recém-formados no mercado de trabalho em como realizar um Planejamento de Relações Públicas na prática. O trabalho propõe ações de comunicação para a organização denominada Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP), pertencente ao setor de Educação, mais especificamente o Ensino Superior, no segmento de Bibliotecas. Essa organização se dedica a integrar e organizar as bibliotecas da Universidade de São Paulo (USP) e também a promover o conhecimento. Através das informações levantadas, os dados secundários, análises e pesquisa, foi possível criar um planejamento estratégico em comunicação para a organização, baseado em aspectos positivos a serem reforçados e aspectos negativos a serem melhorados, além de oportunidades e ameaças em seu cenário atual. Desse modo, as ações propostas pela Agência Spin, agência experimental criada por alunos do curso de Relações Públicas da USP, têm o objetivo de aperfeiçoar a imagem percebida da organização, criar e manter um relacionamento saudável com seus usuários potenciais além de fortalecer a marca. Palavras-chave: Biblioteca; comunicação; imagem; marca; usuários; relações públicas.
  • 7. ABSTRACT This experimental work was done in order to train students who will soon graduate in the labor market to perform a Public Relations Planein practice. The paper proposes communication actions for the organization called Integrated Library System of the University of São Paulo (SIBiUSP),which belongs to the sector of education, specifically higher education, in the segment of Libraries. It dedicates to integrate and organize the libraries of the University of São Paulo (USP) and also promote knowledge. Through the information gathered, secondary data, analysis and research, it was possible to create a communicationstrategic plan for the organization, based on the positive and negative aspects which need to be strengthened and improved, as well as opportunities and threats in its current scenario. Being so, the actions proposed by the SpinAgency, experimental agency created by students of Public Relations of USP, aim to improve the perceived image of the organization, creating and maintaining a healthy relationship with its potential users and strengthening the brand. Keywords: Library;communication; image; brand; users; public relations.
  • 8. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 1 AGÊNCIA SPIN COMUNICAÇÃO ......................................................................... 12 1.1 Nosso Perfil ........................................................................................................... 12 1.2 Setor de Atuação ................................................................................................... 12 1.3 Nosso Conceito ..................................................................................................... 12 1.4 Nossos Serviços.................................................................................................... 13 1.5 Princípios Organizacionais................................................................................... 13 1.6 A marca Spin ......................................................................................................... 14 1.7 Nossa Papelaria..................................................................................................... 15 2 BRIEFING............................................................................................................. 17 2.1 Contatos................................................................................................................. 18 2.2 História ................................................................................................................... 19 2.2.1. Linha do Tempo .................................................................................................. 20 2.3 Estrutura Organizacional e Administrativa.......................................................... 23 2.4 Perfil Organizacional ............................................................................................. 28 2.5 Identidade Visual da Organização........................................................................ 32 2.6 Considerações Gerais........................................................................................... 35 3 ANÁLISE ESTRATÉGICA..................................................................................... 37 3.1 Análise setorial ...................................................................................................... 37 3.1.1 Panorama Geral do Ensino Superior................................................................. 38 3.1.2 Amplitude e crescimento da pesquisa e pós-graduação no Brasil ..................... 42 3.1.3 Rankings internacionais em Educação Superior: classificações da USP e do Brasil 43 3.1.4 O SIBi e o Ensino Superior – Posicionamento da organização no setor............ 45 3.1.5 A concorrência no setor público – O SIBiUSP e os concorrentes parceiros ...... 47 3.1.6 Benchmarking ................................................................................................... 49 3.1.6.2 Análise sobre práticas de comunicação do SIBi e seus parceiros ..................... 55 3.1.6.3 Columbia University .......................................................................................... 57 3.1.6.4 University of Cambridge .................................................................................... 60 3.1.7 Públicos ............................................................................................................ 63 3.1.7.1 Classificação dos públicos ................................................................................ 65 3.2 ANÁLISE MACROAMBIENTE ................................................................................ 67 3.2.1 Aspectos legais que podem afetar a atuação do SIBiUSP ................................ 74 3.3 Análise SWOT ........................................................................................................ 76 8
  • 9. 3.3.1 Oportunidades .................................................................................................. 78 3.3.2 Ameaças ........................................................................................................... 80 3.3.3 Forças............................................................................................................... 82 3.3.4 Fraquezas ......................................................................................................... 83 3.3.5 Análise Cruzada................................................................................................ 84 4 PESQUISA ........................................................................................................... 88 4.1 Problema ................................................................................................................ 88 4.2 Objetivo Primário................................................................................................... 88 4.3 Objetivos Secundários.......................................................................................... 88 4.4 Metodologia ........................................................................................................... 89 4.5 Amostra e Pressupostos de Pesquisa ................................................................. 90 4.6 Resultados da Pesquisa ....................................................................................... 92 4.6.1 Perfil Alunos de Graduação .............................................................................. 92 4.6.2 Perfil Alunos de Pós-Graduação ....................................................................... 95 4.6.3 Perfil Docentes.................................................................................................. 97 4.6.4 Cruzamento das análises.................................................................................. 99 5 DIAGNÓSTICO .................................................................................................... 101 5.1 Princípios Organizacionais e Estilo Administrativo.......................................... 101 5.2 Públicos estratégicos e Posicionamento .......................................................... 104 5.3 Produtos e serviços do SIBi ............................................................................... 106 5.4 Comunicação ....................................................................................................... 109 6 PROGNÓSTICO – MAPA ESTRATÉGICO .......................................................... 112 7 JUSTIFICATIVA TEÓRICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS ................................................... 120 8 CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO .................................................................... 124 8.1 DE SIBI PARA SIBI .............................................................................................. 124 8.2 APROSIBI-SE ....................................................................................................... 151 8.3 POS-SIBI-LIDADES .............................................................................................. 186 8.4 Orçamento Total das Campanhas ...................................................................... 214 8.5 Cronograma Total das Campanhas.................................................................... 214 9 Considerações finais.............................................................................................. 215 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 220 ANEXO A - ROTEIRO DE ENTREVISTA ......................................................................... 227 ANEXO 2 – ORGANOGRAMA DO SIB I USP ............................................................. 230 ANEXO 3 – LINHA DO TEMPO SIB I USP ....................................................................... 231 9
  • 10. INTRODUÇÃO A dinâmica econômica atual e a emergência das novas tecnologias de informação colocam as organizações em um cenário de constante transformação e exigem dos profissionais de todas as áreas um olhar mais crítico e multilateral. A comunicação, acompanhando essas novas demandas, tem se posicionado de forma cada vez mais estratégica, trazendo novas perspectivas não só no campo acadêmico, mas também empírico. Dessa forma, é fundamental que os profissionais desenvolvam, durante o seu período acadêmico, experiências que contribuam para a construção de uma visão mais interpretativa e que traga para a prática aspectos e conceitos estudados na teoria. Assim, o presente Projeto Experimental de Relações Públicas é um trabalho aplicado com fundamentação teórica e prática e que consiste no desenvolvimento de um projeto global de Relações Públicas para uma organização específica. Este Projeto engloba todas as fases que antecedem à elaboração do programa de Relações Públicas propriamente dito, compreendendo também todo o embasamento teórico, análise de cenários, pesquisa, diagnóstico, prognóstico e mapa estratégico. Portanto, este estudo tem o intuito de aproximar os conhecimentos adquiridos pelos alunos do curso de Relações Públicas, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), durante sua experiência acadêmica na Universidade à experiência empírica. Além disso, o Projeto também teve como objetivo desenvolver o senso crítico e analítico no sentido de estimular a compreensão da estrutura do negócio de uma organização, incluindo o seu relacionamento com públicos internos e externos. A conciliação dos conhecimentos acadêmicos com a situação prática possibilitou o desenvolvimento da habilidade de planejar, organizar e executar projetos práticos envolvendo as Relações Públicas e a Comunicação Organizacional. Nos três semestres de desenvolvimento do Projeto, os alunos puderam observar de forma prática diversos mecanismos e processos do campo da Comunicação e das Relações Públicas que vai desde o desenvolvimento de uma agência até a concepção de um plano de Relações Públicas para um cliente real. O trabalho proporcionou, assim, a vivência de situações inéditas que vão ajudar a 10
  • 11. direcionar a vida acadêmica e profissional dos integrantes, além de, fundamentalmente, contribuir com o conhecimento e crescimento dos mesmos. A Agência Spin Comunicação foi criada em agosto de 2011 e a definição do seu escopo procurou conciliar as linhas de interesse de todos os integrantes do grupo, ao mesmo tempo em que se aproximava de um tema considerado pertinente e que tem recebido cada vez mais atenção no âmbito nacional e internacional: a educação e a aquisição/transmissão de conhecimento. A oportunidade de trabalhar com um cliente que também pertence à Universidade de São Paulo (USP), com o qual a Agência iniciou relacionamento no final do ano de 2011, veio ao encontro das expectativas de trabalho do grupo e ao desejo de contribuir, de alguma forma, com a melhoria e o desenvolvimento da Universidade que proporcionou conhecimento não só acadêmico, mas também empírico e pessoal. A chance de poder deixar um pouco do que foi adquirido no período acadêmico para a própria Universidade contribui ainda mais para o engajamento dos alunos com o Projeto. Durante dois semestres o presente estudo esteve focado em levantar os principais aspectos da organização e do ambiente em que atua para propor soluções com foco nas Relações Públicas, uma vez que a atividade deve, cada vez mais, assumir um caráter eminentemente estratégico, próximo da liderança organizacional e focado na sustentabilidade e na consolidação da missão, visão e dos valores organizacionais. Nesse sentido, a área “(...) se respalda cada vez mais no tripé pesquisa- comunicação-participação, ou seja, na produção de conhecimento teórico; na reprodução desse conhecimento mediante o ensino; e na aplicação das práticas no vínculo com o mercado profissional” (KUNSCH, 2009, p. 7). É partindo dessa perspectiva que este Projeto Experimental vai se desenvolver, conciliando as perspectivas teóricas e práticas das Relações Públicas e da Comunicação Organizacional para propor soluções viáveis e que atendam às necessidades do cliente em questão. 11
  • 12. 1 AGÊNCIA SPIN COMUNICAÇÃO Somos uma agência experimental formada por alunos de graduação em Relações Públicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP), que oferece serviços de assessoria em comunicação e relações públicas para organizações de cunho educacional. 1.1 NOSSO PERFIL A Spin Comunicação pretende se diferenciar no mercado no qual está inserida por atender ao segmento específico da educação. Por meio de conhecimentos acadêmicos e práticos adquiridos ao longo da graduação dos integrantes deste grupo, na Universidade de São Paulo, buscou-se oferecer serviço qualificado e integrado, atendendo às necessidades específicas do campo da educação. A estrutura consolidada e o empenho em realizar um atendimento personalizado e confiável são fatores que destacam a agência Spin de suas concorrentes no mercado. 1.2 SETOR DE ATUAÇÃO O foco da agência Spin Comunicação é o setor educacional, voltando-se para instituições de ensino superior. Esse foco foi escolhido por apresentar oportunidades de atuação que desafiam as capacidades e habilidades dos profissionais da agência, que visam conciliar um ramo mais conservador com ideias criativas. 1.3 NOSSO CONCEITO “Viver é estar em relação”. Esse é o princípio do filósofo grego Spinoza que inspirou o conceito da Spin Comunicação, transmitindo o valor do conhecimento e os conceitos de fluxo e afeto que se estabelece em todos os relacionamentos da agência. 12
  • 13. As pessoas afetam o mundo e são afetadas por ele. A agência Spin traz esse conceito para a comunicação, atrelando aos negócios e à imagem de seus clientes a importância dos relacionamentos, das interações e das trocas. O ramo educacional é o foco e o conhecimento é o valor que a agência destaca. Assim, a Spin Comunicação se diferencia ao resgatar e consolidar a essência institucional por meio da intelectualidade e sensibilidade. 1.4 NOSSOS SERVIÇOS o Reforçar o papel social da educação para a formação humana; o Assegurar relacionamentos saudáveis e colaborativos; o Avaliar a situação/contexto do cliente e reposicioná-lo no mercado se houver necessidade; o Avaliar os processos e canais de comunicação vigentes e propor melhorias; o Elaborar um plano de ação a partir do diagnóstico obtido por meio de pesquisa. 1.5 PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS MISSÃO “A Spin Comunicação busca desenvolver uma imagem positiva para seus clientes por meio da construção de relacionamentos efetivos e afetivos com os seus públicos de interesse.” VISÃO Ser reconhecida por suas soluções criativas em comunicação e em relações públicas, que garantam o sucesso dos negócios e serviços dos clientes, agregando valor à sua imagem. 13
  • 14. VALORES Excelência; Qualidade; Comprometimento; Confiança; Respeito; Criatividade; e Dedicação. 1.6 A MARCA SPIN Para a construção da identidade visual da agência Spin, foram retomados alguns pensamentos de Spinoza na voz do prof. Clóvis de Barros Filho que, em sua interpretação, ensina: A vida, para Spinoza, é entendida como uma sucessão de relações entre partes do todo. Viver significa relacionar-se. A substância da vida são as relações com o mundo. Relacionar-se é, por sua vez, transformar. Nós transformamos o mundo e o mundo nos transforma. (VÍDEO AULA: O amor II, 2011). Os relacionamentos e a transformação são os pontos-chave da teoria de Spinoza para as funções da agência Spin. Entende-se que pequenas ações podem resultar em grandes mudanças. Na natureza, vê-se a água se modificar com as alterações de sua temperatura – ela se condensa, se liquefaz, se sublima, sem perder sua essência. E sublimar, para quem comunica, é também enaltecer, tornar sublime, elevar. Da substância da vida por Spinoza, da transformação e da sublimação foi trazida a inspiração para o elemento visual estampado nos materiais da agência. Uma substância que transita entre o natural e o divino, que é percebida ao observar os estados físicos da água em transformação, que remete à sublimação, à elevação, a um estado superior. Também não há como pensar na abreviação “Spin” sem nos remeter à palavra inglesa para movimentos rápidos, girar, correr, jogar. Do movimento do spin trouxemos para a marca a cor laranja, quente e ativa, que também significa movimento e espontaneidade. Na comunicação visual, a cor laranja é responsável por aumentar a atenção, é estimulante e motivadora, agindo da mesma forma que a cor vermelha, mas com resultados um pouco mais moderados. (FARINA, M. 1990) 14
  • 15. 1.7 NOSSA PAPELARIA Figura 1. Formas de uso da logomarca da Agência Spin Comunicação. Figura 2. Cartão de visita Agência Spin Comunicação. 15
  • 16. Figura 3. Envelope da Agência Spin Comunicação. 16
  • 17. 2 BRIEFING O Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBiUSP) foi criado em 1981 e é formado por 44 bibliotecas distribuídas pelas faculdades, escolas e institutos em nove cidades do Estado de São Paulo. Além disso, um departamento técnico e um Conselho Supervisor, composto por docentes, funcionários e alunos da USP, se responsabilizam pelo gerenciamento de suas atividades. Sediado na Universidade de São Paulo, instituição à qual pertence, o SIBiUSP iniciou suas atividades em março de 1982, oferecendo prioritariamente suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão de docentes, pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação da USP. O Departamento Técnico do SIBiUSP1 – o SIBiDT - localiza-se na Rua da Praça do Relógio, 109 - Bloco K - 4º andar, CEP 05508-050, Cidade Universitária, São Paulo e responde sob a razão social da USP - Universidade de São Paulo, CNPJ 63.025.530.0001/04. Os volumes do acervo estão distribuídos em 71 pontos de atendimento, espalhados pelos seis campi da Universidade. Atualmente, mais de 800 profissionais, entre níveis superior, técnico e médio, são responsáveis pelos acervos bibliográficos, que atingem hoje aproximadamente seis milhões de volumes. 1 O Departamento Técnico do SIBiUSP coordena, junto às bibliotecas, as atividades sistêmicas de informação na USP, como suporte ao ensino e à pesquisa, por meio de programas cooperativos e de racionalização, que exigem definição de procedimentos padrões. O Departamento Técnico gerencia as atividades de entrada, consulta, aquisição e outros serviços automatizados por meio do Banco DEDALUS, supervisiona a formação, a manutenção, a preservação e a conservação dos acervos, publica boletins com dados a respeito de catálogos, séries e informações estatísticas de todo o sistema de bibliotecas, além da prestação de serviços ao usuário. 17
  • 18. Figura 4. Fachada do prédio da Administração Central da USP, local da sede do SIBiUSP. Foto: Marcos Santos/USP Imagens. 2.1 CONTATOS Os representantes do SIBiUSP que acompanham o presente grupo para desenvolvimento do Projeto Experimental são: Sueli Mara Soares Pinto Ferreira - Professora titular da USP Ribeirão Preto e diretora do SIBiUSP - e Anderson Santana - bibliotecário, Chefe técnico da Divisão de Gestão de Sistemas de Comunicação e Disseminação de Produtos e Serviços – DGCD – do SIBiUSP. Figura 5. Sueli Mara Soares Pinto Ferreira – Atual diretora do SIBiUSP. Foto: Francisco Emolo/Jornal da USP. 18
  • 19. A comunicação oficial com a organização se dá pelos endereços eletrônicos e telefones na tabela a seguir: Tabela 1. Contatos do SIBiUSP Nome Email Telefone Sueli Ferreira sueli.ferreira@dt.sibi.usp.br (11) 3091-4195 / (11) 3091-1547 Anderson Santanta algalord@usp.br (11) 3091-1567 Email institucional dtsibi@usp.br Endereço Eletrônico http://www.usp.br/SIBi/ Fonte: http://www.usp.br/sibi/ 2.2 HISTÓRIA O SIBiUSP é resultado da necessidade de se criar um sistema para integrar as bibliotecas da Universidade de São Paulo. Criado em 1981, marcou uma revolução à época, integrando as atividades que vinham sendo desenvolvidas por diversas bibliotecas isoladamente. O crescimento da Universidade2 e o consequente surgimento de novas faculdades e escolas suscitaram a criação de um sistema que integrasse todos os acervos numa base única e que desse apoio a todas as unidades. Além disso, a discussão de propostas no Seminário de Bibliotecas Universitárias, realizado entre os dias 20 e 24 de maio de 1974, em Brasília, detectou a necessidade de integração das unidades. O conceito e a definição dos serviços das bibliotecas definidos no seminário foram adotados pela Universidade de São Paulo, sendo o ponto de partida para a criação do Sistema Integrado. Com essas decisões tomadas, as bibliotecas convertem-se em centros de decisiva importância para a atualidade e o futuro nas universidades. Centros cujas características operacionais devem ser: atender às demandas de seus usuários, 2 Faculdades como as de Direito, Medicina, Farmácia e Odontologia e a Escola Politécnica já possuíam suas próprias bibliotecas antes da formação da Universidade de São Paulo, em 1934. Atualmente, a USP conta com diferentes campi, distribuídos pelas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto, Piracicaba, São Carlos, Pirassununga, Bauru e Lorena, além de unidades de ensino, museus e centros de pesquisa situados fora desses espaços e em diferentes municípios. 19
  • 20. oferecer agilidade de acesso e facilidade para uso, com rapidez, atualidade, precisão e confiabilidade das informações nos diferentes graus de especialização. Em seu caminho à consolidação, o processo de integração focou na organização dos suportes físicos e no acesso presencial à informação já disponível nas bibliotecas da Universidade, com a formação de acervos especializados em diversas áreas do conhecimento, como Medicina, Direito e Engenharia. Desde então, o SIBiUSP busca atualização constante de seus serviços, visando um atendimento sempre adequado às mudanças no ensino, pesquisa e extensão. Os produtos, serviços e projetos do SIBiUSP desenvolvem-se em torno de duas vertentes: aumentar a visibilidade e acessibilidade à produção intelectual da Universidade de São Paulo e fomentar a formação e o desenvolvimento de competências no uso, acesso e produção de informação da comunidade USP nas suas distintas áreas de atuação. 2.2.1. LINHA DO TEMPO Uma figura simulando uma linha do tempo foi criada (conferir Anexo 3) para uma apresentação mais visual do histórico da organização. A seguir, a linha do tempo dividida em tópicos. o 1981 • Criação do SIBiUSP – Portaria o 1982 • Início das atividades o 1990/1991 • Início do Cadastramento on-line no DEDALUS, pelas bibliotecas. o 1993 • Rede de Bibliotecas com DEDALUS disponível pela internet (Telnet); 20
  • 21. o 1994 • Programa de Modernização do SIBiUSP; • Serviço Disque Braille. o 1996 • Criação do website do SIBiUSP (primeira home page); o 1997 • Consolidação da SIBiNet, Rede de Serviços do SIBiUSP (website) com DEDALUS disponível pela web. o 1998 • Instituição da Semana do Livro e da Biblioteca na USP; • Promoção do Curso de Especialização para Bibliotecários do SIBiUSP, com a PUCCAMP. o 1999 • Instituição da Biblioteca Virtual na SIBiNet com acesso on-line a revistas eletrônicas e bases de dados; o 2000 • Lançamento do livro Bibliotheca Universitatis: catálogo de obras raras/especiais dos acervos da USP dos séculos XV e XVI. o 2001 • Participação na implantação da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP/Portal do Conhecimento SABER; • Implantação do Catálogo Coletivo de Livros em Braille e Falados, na web; • Lançamento do segundo volume do livro Bibliotheca Universitatis: catálogo de obras raras/especiais dos acervos da USP dos séculos XVII; • PROTAP–SIBiUSP: Programa de Administração da Inovação Científica e Tecnológica nos Serviços de Informação; • Novo Modelo de Gestão para o SIBiUSP. 21
  • 22. o 2002 • Início do PAQ, Programa de Avaliação da Qualidade dos serviços e produtos do SIBiUSP; • Participação do Portal CAPES de Periódicos: acesso on-line a revistas eletrônicas. o 2003 • Lançamento da Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais da USP/Portal do Conhecimento SABER. o 2004 • Convênio com o IBGE para fornecimento de publicações para o acervo SIBiUSP. o 2005 • Acesso on-line ao Vocabulário Controlado USP a partir da SIBiNet. • Início de ações de capacitação com recursos de Educação à Distância (EaD). o 2007 • Acesso on-line a Livros Eletrônicos. o 2008 • Lançamento da Busca Unificada aos Livros Eletrônicos (e-books); • Lançamento do Portal de Revistas da USP; • Inauguração da Oficina de Digitalização do SIBiUSP; o 2010 • Lançamento do Portal SIBiNet. o 2012 • Exposição “Conhecimento: Custódia e Acesso”, exibida de 13 de março a 13 de maio no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. • Participação em feiras educativas, como a Bienal do Livro. 22
  • 23. 2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA 3 Figura 6. Organograma da empresa . Hierarquia de Funções e Cargos da Organização A hierarquia da organização pode ser considerada tanto relativamente a todas as bibliotecas supervisionadas pelo SIBiUSP quanto pela hierarquia da central, localizada no campus da Cidade Universitária, em São Paulo. O departamento central (administrativo) do SIBiUSP é exíguo. Grande parte de suas divisões são dirigidas por analistas de sistemas e bibliotecários. Esses profissionais são responsáveis por toda administração de cada divisão do SIBiUSP. No entanto, considerada em relação a todas as bibliotecas supervisionadas, o SIBiUSP atende um conjunto de 44 bibliotecas, instaladas em diversos campi da USP, 3 O organograma em alta resolução pode ser encontrado nos anexos deste documento. 23
  • 24. com um total de 800 funcionários. A estrutura hierárquica e os organogramas são vinculados a cada Unidade de Ensino onde está situada a biblioteca. Conselho Supervisor Integrado por seis professores da USP, dois bibliotecários (diretores de bibliotecas eleitos entre seus pares) e o bibliotecário diretor do Departamento Técnico do SIBiUSP. Eles possuem a função de apreciar os assuntos referentes às atividades que constituem a finalidade da organização. Tabela 2. Conselho Supervisor SIBiUSP Prof. Dr. Pedro Luis Puntoni - Presidente (FFLCH – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) Prof. Dr. Fernando Henrique de Oliveira Iazzetta (ECA – Escola de Comunicações e Artes) Prof. Dr. Caetano Traina Junior (ICMC - Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) Profa. Dra. Regina Melo Silveira (LARC - Laboratory of Computer Networks and Architecture) Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher (MZ - Museu de Zoologia) Prof. Dr. Chao Lung Wen (FM – Faculdade de Medicina) Profa. Dra. Sueli Mara Soares Pinto Ferreira (Diretora Técnica do SIBiUSP) Bibliotecária Maria Imaculada Cardoso Sampaio Bibliotecária Dina Elisabete Uliana Fonte: http://www.usp.br/sibi/ Departamento Técnico Realiza a coordenação junto às bibliotecas, as atividades sistêmicas de informação na USP, assim como oferece suporte ao ensino e à pesquisa, por meio de programas cooperativos e de racionalização, que exigem definição de procedimentos. A Diretoria Técnica é composta pelos seguintes membros: 24
  • 25. Tabela 3. Departamento Técnico SIBiUSP. Nome Cargo Profa. Dra. Sueli Mara Soares Diretora Técnica Pinto Ferreira Mariza Leal de Meirelles do Diretoria Adjunta Coutto Zacharias da Costa Gadelha Divisão de Gestão de Sistemas de Apoio Técnico Neto Eidi Raquel Franco Abdalla Divisão de Gestão de Projetos Elisabeth Adriana Dudziak Divisão de Gestão de Desenvolvimento e Inovação Maria Adelaide Alves Mestriner Divisão de Gestão de Formação e Manutenção do Acervo Adriana Nascimento Flamino Divisão de Gestão de Tratamento da Informação Divisão de Gestão de Sistemas de Comunicação e Disseminação Anderson de Santana de Produtos/Serviços André Serradas Seção de Apoio ao Credenciamento de Revistas USP Luíza Inês Raspantini Salvador Seção de Apoio Administrativo Fonte: Site oficial. http://www.usp.br/sibi/ Perfil dos funcionários Os dirigentes das divisões possuem formações superiores parecidas, o que ocasiona muitas vezes certa dificuldade para lidar com assuntos estratégicos de forma diferenciada. A organização busca contratar funcionários de diferentes áreas, como comunicadores, educadores e pedagogos. Apesar disso, a abertura de novas vagas é custosa devido aos processos burocráticos da Universidade de São Paulo. No nível técnico, é possível identificar um atendimento razoável das necessidades da organização: há um equilíbrio entre funcionários de nível técnico e nível superior. 25
  • 26. Porte da organização O SIBiUSP é considerado, de acordo com a classificação do IBGE, uma organização de grande porte, uma vez que possui em torno de 800 funcionários. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma empresa é considerada de grande porte quando apresenta mais de 500 funcionários. Os colaboradores do SIBiUSP estão localizados tanto na central administrativa e estratégica, quanto nas bibliotecas de cada Unidade de Ensino. Situação Econômica Como o SIBiUSP é um órgão da Universidade de São Paulo, sua receita está vinculada à própria Universidade. O repasse de verbas da Universidade para o SIBiUSP é extremamente alto, figurando entre os órgãos que mais recebem investimento. Por questões de segurança de informação, o entrevistado Anderson Santana preferiu não compartilhar com o grupo os valores que a USP destina ao SIBiUSP. Estilo Administrativo A organização adota uma gestão hierárquica, conforme organograma visto no capítulo Estrutura Organizacional e Administrativa. Fazendo uma análise descendente, em primeiro lugar, está a administração da USP, ou seja, o reitor. Logo abaixo, está o Conselho Supervisor. Quem responde ao Conselho é o Departamento Técnico e sua Diretora que, por sua vez, tem relatos de cada uma das Divisões e Seções de Apoio. Apesar da hierarquia bem definida, o relacionamento dentro da central SIBiUSP é amigável e próximo. Nesse ambiente trabalham 60 pessoas, sendo que parte desses funcionários pertence às seis Divisões de Gestão e ao Departamento Técnico. Isso ocorre porque todos estão instalados dentro de um único grande gabinete. 26
  • 27. Já a relação entre a central administrativa e as bibliotecas é mais restrita. A gestão das bibliotecas é dividida entre o SIBiUSP e as diretorias das unidades de ensino. Demandas como profissionais contratados e reformas, por exemplo, são responsabilidade das unidades de ensino. Outras questões como a administração do acervo e o apoio ao desenvolvimento estão sob gestão do SIBiUSP. Como a função da central do SIBiUSP é organizar e uniformizar as funções administrativas, há uma forte centralização dos processos e verticalização da comunicação. Há pouca abertura para participação das bibliotecas em qualquer processo de decisão. Uma biblioteca, por exemplo, não pode adquirir nenhum livro sem a aprovação da central. Sendo assim, no que se refere às funções administrativas e técnicas, as bibliotecas não possuem participação nem poder de mudança. Porém, as funções gerenciais das bibliotecas - como, por exemplo, nomeação de cargos e contratação de funcionários - e de infraestrutura - são responsabilidades das mesmas e das Unidades as quais são vinculadas, o que confere certa autonomia gerencial a cada uma. Comunicação Integrar o acervo do conhecimento, contribuir para o desenvolvimento e a inovação das bibliotecas e a gestão do fornecimento de recursos estão entre os objetivos do SIBiUSP. A organização centraliza essas atividades, que são desenvolvidas por diversas unidades isoladas, para que as mesmas possam ser centralizadas em um único lugar de fácil acesso. Dessa forma, o relacionamento próximo com as bibliotecas acaba não acontecendo, e o vínculo acaba constituído apenas por contatos pontuais destinados a funções administrativas como: aquisição de livros, controle dos acervos, problemas técnicos relacionados aos sistemas SIBiUSP, informes e comunicados oficiais e divulgação de eventos. Não há nenhuma forma de manutenção do relacionamento com as bibliotecas e também não existe nenhum tipo de feedback com relação aos processos internos. A principal forma de monitoramento e de comunicação entre a central SIBiUSP e as bibliotecas vinculadas ao sistema é o relatório anual. 27
  • 28. Por outro lado, dados vindos das bibliotecas, como número de empréstimos, número de acessos ao sistema, entre outros, são obtidos em tempo real pelo próprio sistema SIBiUSP. Alguns outros dados, como número de visitantes, no entanto, são passados à central pelas bibliotecas por meio do relatório anual. Novos Projetos Existe uma tentativa de disponibilizar dados em tempo real, ramificando o relatório anual em diversos relatórios feitos ao longo do ano, para gerar um controle maior e mais dinâmico do que está acontecendo em cada biblioteca. Outro projeto em vista é a construção de um espaço no portal que seja possível o compartilhamento de agenda de atividades entre as bibliotecas. Além disso, uma das metas da organização é ser cada vez mais acessível não só à comunidade acadêmica, mas também à toda sociedade, de forma que as bibliotecas possam ser crescentemente reconhecidas como espaços construídos para servir a todos. 2.4 PERFIL ORGANIZACIONAL Assim como qualquer outra organização, o SIBi também tem seu perfil organizacional particular, uma identidade corporativa própria que o caracteriza e distingue e destaca das demais instituições. Esses elementos de distinção foram reunidos para levantar o perfil organizacional do cliente, conforme segue abaixo. Princípios Organizacionais O SIBi tem uma identidade corporativa, isto é, uma missão, uma visão e um conjunto de valores definidos. Segundo o próprio órgão, o posicionamento da organização é estabelecido a partir das informações a seguir: 28
  • 29. Identidade Organizacional MISSÃO “Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos.” VISÃO Consolidar sistema de gestão até 2012. VALORES Manter o compromisso com a democratização do acesso à informação de forma equitativa, respeitando a ética, os valores humanos e a sustentabilidade. Produtos e Serviços O principal produto do SIBiUSP atualmente é o portal DEDALUS, vinculado ao SIBinet, que é um banco de dados bibliográficos da USP. Segundo a organização, esse produto é o carro-chefe. Além desse, podemos citar ainda: o Revistas Eletrônicas; o Livros eletrônicos (e-books) fornecidos pelo Consórcio CRUESP de Bibliotecas e que conta com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e que coloca à disposição das três Universidades Estaduais Paulistas (USP, UNESP e UNICAMP) livros eletrônicos relacionados às mais diversas áreas do conhecimento; o Portal de Revistas da USP que hoje disponibiliza 60 revistas eletrônicas, que ao final de 2012 vai passar a contar com aproximadamente 200 publicações; o Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais e a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. 29
  • 30. Todos esses recursos estão disponíveis para a comunidade USP e usuários das bibliotecas de acordo com contratos de licença firmados junto aos fornecedores. Os produtos e serviços são oferecidos nos sete campi universitários da USP: São Paulo, Bauru, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba, Pirassununga e Lorena. Assim, o SIBiUSP pode ser considerado o único órgão da USP que está presente em todos os campi. Atualmente, também há uma forte tendência de migração para acervos on-line: a digitalização de obras raras e a disponibilização de e-Books fazem parte dessa tentativa. Além disso, desde o fim de 2011, o SIBiUSP mantém uma parceria com a Brasiliana USP para digitalizar livros raros das bibliotecas. Duas máquinas Skyview adquiridas pelo SIBiUSP, que permitem a digitalização de grandes formatos, foram emprestadas para a Brasiliana. O SIBi conseguiu a aquisição dessas duas máquinas por meio de sua parceria com a FAPESP. Comunicação As formas de comunicação identificadas no SIBiUSP contemplam, fundamentalmente, a comunicação administrativa, aquela que viabiliza o processo operacional e organizacional. Não existem canais de comunicação formalizados e nem diálogo aberto e qualificado com seus públicos. Cada biblioteca gerenciada pelo SIBiUSP é responsável pela comunicação com a unidade onde está localizada e com seus públicos de interesse de maneira independente. Entretanto, o SIBiUSP demonstrou conhecimento acerca da importância da comunicação estruturada e, com o recente posicionamento de caráter mais estratégico, considera importante o estreitamento com os públicos de seu interesse direto e de interesse das bibliotecas que administra. A organização também entende que o diálogo qualificado com os stakeholders é um ponto-chave para atingir seus objetivos organizacionais. No que se refere aos canais e veículos impressos, não é possível identificar publicações formais. Eventualmente, a organização produz internamente cartazes de 30
  • 31. divulgação do SIBiUSP ou de eventos específicos e distribuem via malote para todas as unidades de bibliotecas dos campi. No campus principal, em São Paulo, há esforço para impressão da agenda semanal dos diretores de modo que fique exposta em local comum e visível para todos. Recentemente, essa unidade do SIBiUSP adquiriu uma televisão para que as agendas fossem disponibilizadas, mas o equipamento ainda não é utilizado. O SIBiUSP possui contas no Facebook e no Twitter, bem como um site institucional, todos administrados por funcionários do SIBiUSP. No entanto, o diálogo com seus públicos por meio desses canais ainda está em fase de aperfeiçoamento, devido a falta de recursos humanos e expertise. O SIBiUSP envia comunicados sobre processos e eventos para seus públicos, em situações pontuais, por meio de ferramentas não institucionais, oferecidas pelo Google - como o Google Groups, por exemplo - uma vez que o e-mail USP não permite o envio para mais de 300 endereços simultaneamente. Além disso, organizam o mailing de contatos da USP - alunos, comunidade científica e públicos externos à Universidade – no Google Docs. A comunicação face a face é um recurso utilizado pelos funcionários que naturalmente veem essa forma de interação como meio de agilizar processos e aproximar pessoas. Esse canal de comunicação pode ser identificado, por exemplo, no campus principal de São Paulo, onde todos trabalham no mesmo espaço físico. Essa interação, no entanto, não acontece entre as unidades de bibliotecas que estão distribuídas em diferentes regiões do Estado. Essas unidades possuem relacionamento estritamente administrativo e de reporte de informações ao SIBiUSP, o que configura um quadro de pouca ou nenhuma interação entre elas. Além disso, o SIBiUSP não tem contrato, nem parceria com agências de comunicação ou assessorias de imprensa. Os conteúdos são produzidos localmente e encaminhados para os contatos da Imprensa USP, do Jornal da USP, da USP Online e de outros canais internos da Universidade. O SIBiUSP realiza ações pontuais de comunicação em eventos de museus, como a exposição itinerante ao longo do Estado de São Paulo, “Conhecimento: custódia e acesso” em comemoração aos 30 anos de atividade do SIBiUSP. Também participa esporadicamente de feiras voltadas ao setor de biblioteconomia e programas 31
  • 32. de TV. Atualmente, por exemplo, possue um quadro em parceria com a TV USP, que entrevista e promove debates com personalidades da Universidade. Figura 7. Painel da exposição “Conhecimento: custódia e acesso”, promovida pelo SIBiUSP. Fonte: Site oficial da USP, Sala de Imprensa. Disponível em: <http://www.usp.br/imprensa/?p=18927>. Quanto à comunicação entre seus funcionários, não há uma intranet. Para oficializar a comunicação são utilizados e-mails institucionais e ferramentas do Google, como Google Groups, Google Agenda e Google Docs, que são compartilhados entre os funcionários. 2.5 IDENTIDADE VISUAL DA ORGANIZAÇÃO Durante a sua história, o SIBiUSP adotou várias logomarcas. Ao longo de muito tempo, veiculou logomarcas diferentes em diversos canais. Por conta disso, não está associado a uma marca ou identidade visual única. Na figura 8 podemos observar a evolução da identidade visual do SIBiUSP: 32
  • 33. Figura 8. Logomarcas que o SIBiUSP já utilizou. Fonte: Site SIBi, disponível em: < http://www.usp.br/sibi//>. A organização tentou corrigir esse conflito de várias imagens com a modificação da logomarca para o aniversário de 30 anos. O SIBiUSP pretende utilizar a nova logomarca, desenhado pelo Prof. Heliodoro Teixeira Bastos Filho, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). O professor, conhecido como Dorinho, redesenhou a logomarca especialmente para a exposição do Museu da Língua Portuguesa - “Conhecimento: Custódia e Acesso” -, mas a nova logomarca foi utilizada em outros canais e divulgações, na tentativa de unificar e consolidar a marca. Figura 9. Logomarca do SIBiUSP para o aniversário de 30 anos de atividade do órgão. Fonte: Hotsite comemorativo do SIBi, disponível em: < http://www.sibi.usp.br/30anos/> 33
  • 34. Públicos de relacionamento Os públicos abaixo estão citados em ordem de interesse, de acordo com a organização: 1) Dirigentes das Unidades; 2) Docentes; 3) Pós-Graduandos; 4) Graduandos; 5) Funcionários. Certificações Nem o SIBiUSP e nem sua área de atuação possuem certificados reconhecidos. No entanto, existem duas bibliotecas da Universidade que ganharam um prêmio de Qualidade por terem seguido com excelência sistemas e processos como o 5S em suas bibliotecas. As instituições premiadas foram a biblioteca da ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" e a biblioteca do IFSC - Instituto de Física de São Carlos. Temas de Relevância Social O SIBiUSP doa livros - que não se enquadram às bibliotecas de nenhuma das unidades - à comunidades e aos cidadãos interessados em material de qualidade, desde que a retirada desse material seja combinada com antecedência junto ao Departamento Técnico. Além disso, como a organização está trocando os equipamentos das bibliotecas, pretendem doar os antigos para o Departamento de Ciência e Tecnologia da Universidade de Angola. 34
  • 35. 2.6 CONSIDERAÇÕES GERAIS A percepção dos públicos e da comunidade em geral sobre o SIBiUSP é uma questão relativamente vaga para essa organização e para o setor em que a mesma está inserida. Esse quadro é reforçado pelo fato de não existirem pesquisas referentes ao tema, no contexto nacional. Contudo, na literatura internacional, é possível encontrar pesquisas realizadas no sentido de identificar a percepção das pessoas sobre as bibliotecas públicas. De forma geral, a organização acredita que a maior parte do público atingido direta ou indiretamente pelos seus produtos e serviços não tem conhecimento sobre a sua atuação dentro ou fora da Universidade. Segundo o SIBiUSP, se existe algum tipo de percepção inicial com relação ao trabalho por eles desenvolvido, a mesma está relacionada às bibliotecas, ou seja, as opiniões tendem a se dividir entre quem confunde o SIBiUSP com as bibliotecas que são administradas por ele e entre quem entende que as bibliotecas respondem apenas à sua unidade de ensino. Além disso, também não há nenhum tipo de monitoramento sobre a inserção do SIBi na mídia geral ou especializada, o que dificulta uma análise mais profunda sobre a imagem que essa organização constrói perante seus públicos. Além disso, devido a ausência desse monitoramento, não é possível fazer inferências sobre como tem sido o posicionamento do SIBi ao longo dos últimos anos e como esse tem sido retratado pelos veículos de comunicação. Nesse contexto, é importante verificar se o que a imprensa tem veiculado com relação ao SIBiUSP está alinhado a sua estratégia e ao papel que a organização quer assumir perante à comunidade USP e ao público externo. O SIBiUSP, conforme já citado, conta com a Agência de Notícias da USP e com a distribuição de conteúdo institucional para um mailing adquirido ao longo de sua atuação. Fora isso, o único esforço realizado neste sentido foi o levantamento realizado após a inserção do SIBiUSP na exposição do Museu da Língua Portuguesa, que gerou mídia espontânea, mas ao qual não foi obtido acesso para este estudo. Como mencionado anteriormente, no Brasil, existem poucos estudos recentes e pertinentes sobre a percepção a respeito das bibliotecas, e se as mesmas estão 35
  • 36. vinculadas a instituições públicas ou privadas. A maior parte das pesquisas e trabalhos publicados sobre o tema estão relacionados à avaliação dos produtos e serviços oferecidos por bibliotecas espalhadas pelo país. Segundo o SIBiUSP é possível perceber que a utilização das bibliotecas tem diminuído em todo o mundo, devido ao acesso fácil e rápido à novas tecnologias fornecedoras dos mais diversos conteúdos como, por exemplo, a internet e as novas plataformas digitais vinculadas a ela. A partir disto, e considerando o que foi dito com relação à visão do SIBiUSP para os próximos anos, a organização quer vincular a sua percepção à gestão estratégica da informação, também almeja ser reconhecido como um espaço de inovação, ligado aos três pilares da Universidade (Ensino, Pesquisa e Extensão), que cumpre seu papel de fornecedor e promotor do conhecimento. Vale destacar ainda que a organização entende que o que é divulgado sobre o seu trabalho é muito importante para a consolidação e alinhamento da marca com a estratégia de posicionamento. 36
  • 37. 3 ANÁLISE ESTRATÉGICA Após realizado o briefing do cliente, com seus detalhamentos que serão fundamentais no decorrer do projeto, segue a criação de uma criteriosa e completa análise estratégica, afim de mapear riscos e pontos de atenção. Segundo DORNELAS: No plano de Negócios deve ser dada ênfase à análise dos ambientes externo e interno, onde se medem os riscos inerentes ao negócio, as oportunidades de mercado identificadas, os pontos fortes da empresa (seus diferenciais) e, ainda, os seus pontos fracos (onde a empresa precisa melhorar). Só depois de uma análise ambiental criteriosa é que a empresa poderá estabelecer seus objetivos e metas, bem como as estratégias que implementará para atingi-los. (DORNELAS, 2005, p.154). 3.1 ANÁLISE SETORIAL O SIBiUSP, como unidade vinculada à Universidade de São Paulo, também pode ser considerada uma organização pública. As suas atividades estão inseridas dentro do contexto da Universidade, ligadas ao conhecimento e à pesquisa. Nesse sentido, mesmo dentro de uma dinâmica diferente, o SIBi está diretamente ligado ao Ensino Superior e ao seu desenvolvimento no País. Por isso, será baseado no Ensino Superior o desenvolvimento da análise setorial. Antes serem analisados os atores da Educação Superior no Brasil, como concorrência e mercado consumidor, é necessário o entendimento sobre o contexto do setor em questão, principalmente no âmbito da pesquisa e pós-graduação. Para tal, serão apresentandos dados que apontam a amplitude e o crescimento do segmento. O intuito é situar a área e posicionar o SIBiUSP dentro do crescimento do País no âmbito educacional e científico, utilizando diversos rankings internacionais e pesquisas realizadas nos últimos anos. Para começar, é importante dizer que o ensino superior é considerado o nível mais elevado dos sistemas educativos. Desde 1950, a Convenção Europeia dos Direitos Humanos obriga todos os signatários, incluindo o Brasil, a garantir o direito à educação. O Pacto Mundial dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, das Nações 37
  • 38. Unidas, de 1966, estabelece que “a educação superior deverá tornar-se de acesso igualitário a todos, com base na capacidade, por todos os meios apropriados e, em particular, pela introdução progressiva da educação gratuita”. 3.1.1 PANORAMA GERAL DO ENSINO SUPERIOR Tendências Mundiais Segundo Porto e Régnier (2003), a transformação mais marcante no ensino superior em escala mundial está ligada à expansão do acesso ao longo da última década. Analisando o comportamento desse setor nos últimos anos, os autores citam uma afirmação de um documento da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), de 1999: a experiência comum de numerosos países é que o ensino superior não é mais uma pequena parcela especializada ou esotérica da vida de um país. Ele se encontra no próprio coração das atividades da sociedade, é um elemento essencial do bem-estar econômico de um país ou região, um parceiro estratégico do setor do comércio e da indústria, dos poderes públicos, assim como das organizações internacionais. (UNESCO, 1999, p.246). Abaixo alguns dados sobre a distribuição de estudantes segundo regiões: Tabela 4. Número de estudantes, por 100.000 habitantes, por região, 1980-1995. Fonte: UNESCO – CRUB 1999 – p. 247 38
  • 39. Ainda segundo Porto e Régnier (2003), o setor vem se transformando devido à globalização e as novas dinâmicas econômicas. A intensificação da competição, o surgimento da “indústria” do conhecimento, a desverticalização das universidades e a formação de parcerias, estimulam as principais mudanças no setor. Além disso, as mudanças na estrutura setorial estão levando ao surgimento de novos protagonistas concorrentes e parceiros das Universidades em todo o mundo. Nesse sentido, a própria relação das Universidades com a sociedade se modifica: “ao extrapolar seus papéis clássicos, as Universidades se tornaram mais visíveis, vulneráveis e menos protegidas perante a sociedade” (PORTO; RÉGNIER, 2003, p. 20). A natureza da prestação de serviços tende, cada vez mais, para uma aprendizagem continuada e também para a diversificação dos serviços e ausência de fronteiras rígidas entre esses dois aspectos. Com isso, “o modo de execução das atividades acadêmicas tende a sofrer profundas mudanças, influenciadas pelas novas tecnologias e pelo modelo de produção em massa” (PORT; RÉGNIER, 2003, p. 21). Além disso, existem transformações relativas tanto ao macro contexto internacional quanto ao contexto específico de desenvolvimento do ensino superior, cujos contornos definem as principais tendências para os próximos anos. Para os autores, no que se refere às tendências já consolidadas pode-se citar: o declínio das taxas de crescimento demográfico e progressivo envelhecimento da população; aceleração da produção científica e tecnológica; mudança nos padrões de competitividade das nações; crescente disponibilidade de novas tecnologias para a educação e crescimento da educação à distância; redefinição da estrutura do mercado de trabalho, do conteúdo do trabalho e das condições de empregabilidade; crescimento da educação continuada; consolidação da educação como objeto de aspiração dos jovens e de suas famílias. Como mudanças em andamento e tendências para o futuro podemos citar: globalização do mercado de trabalho; incremento no fluxo internacional de estudantes; empresas produtoras de tecnologia atuando como certificadoras de conhecimento; desterritorialização e internacionalização da oferta de ensino superior e serviços associados; maior presença das universidades corporativas; novos arranjos institucionais – criação de universidades virtuais e a formação de consórcios; formação de parcerias entre instituições de ensino superior; 39
  • 40. acirramento da concorrência e transformação no padrão de atuação das instituições de ensino superior; e presença de novos atores no campo da educação. O cenário brasileiro Para Porter e Régnier (2003), o sistema de ensino superior brasileiro está passando por profundas transformações. A diversificação dos tipos e modalidades de cursos oferecidos; a profissionalização da gestão das instituições de ensino; a difusão da cultura da avaliação; e a atração de novos investimentos estão entre as principais mudanças do contexto. As instituições privadas configuram-se como um ator cada vez mais relevante nesse cenário e podem ajudar o setor a se expandir. No Brasil, segundo o Governo Federal, o ensino superior é oferecido por universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e centros de educação tecnológica. Assim, os cidadãos podem optar por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Os cursos de pós-graduação são divididos entre lato sensu (especializações e MBAs) e strictu sensu (mestrados e doutorados). Ainda segundo o Governo Federal, além da forma presencial, em que o aluno deve ter frequência em pelo menos 75% das aulas e avaliações, ainda é possível formar-se por ensino a distância (EAD). Nessa modalidade, o aluno recebe livros, apostilas e conta com o suporte da internet. A presença do aluno não é necessária dentro da sala de aula. Existem também cursos semipresenciais, com aulas em sala e também à distância. A unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja cumprida para garantir a qualidade dos cursos superiores no País é a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), órgão do Ministério da Educação. O Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano e coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC), é utilizado em todo o País para medir a qualidade dos cursos de graduação. O IGC usa como base uma 40
  • 41. média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do número de matrículas, somados às notas de pós-graduação de cada instituição de ensino superior. Segundo dados atuais do Inep, a velocidade do crescimento do ensino superior no Brasil diminuiu fortemente a partir do ano de 2005. A tendência é preocupante, uma vez que a economia do país está em crescimento e demanda profissionais qualificados. Em 2010, por exemplo, as instituições de ensino superior públicas formaram 178.407 profissionais, 24 mil a menos do que os 202.262 de 2004. Nesses seis anos, a queda no número de concluintes foi de 1,8% ao ano. Essa desaceleração é generalizada, mas atinge de forma menos intensa as instituições privadas do setor. A queda na taxa de crescimento é mais intensa justamente nas instituições de ensino superior classificadas como universidades, onde se espera aliar ensino e pesquisa para formar os estudantes de forma mais completa. De 1995 a 2005, a taxa média de crescimento foi de 11% por ano. A partir de 2005, o crescimento tem sido pequeno, girando em torno de 0,2% ao ano. Com isso, em 2010, menos estudantes se graduaram em universidades do que em 2007. Os efeitos atingem também os cursos de pós-graduação: de 1995 a 2004, o número de doutores formados cresceu ao ritmo de 15% ao ano. De 2005 a 2010, o ritmo de crescimento caiu para um terço, 5% por ano. Em 2010, titularam-se menos doutores do que em 2009. Com o fim do crescimento no sistema público, a privatização do Ensino Superior após 2003 avançou de maneira nunca vista. Em 1995, 37% dos concluintes completaram seus estudos em instituições públicas. Em 2003, foram 32% e em 2010, o percentual caiu para apenas 22%. As razões para essa “parada” no crescimento pode estar ligada a política recente do MEC que privilegia a expansão do número de instituições do ensino superior federal sem levar em conta a distribuição no território nacional do número de estudantes que concluem o ensino médio. Outro fator importante é o fraco desempenho das instituições de ensino médio no país. A universalização do acesso ao ensino fundamental, nos anos 1990, trouxe a expectativa de um 41
  • 42. aumento forte no ensino médio, mas em 2010 houve menos concluintes do que em 2003, com um decréscimo anual de 0,5% ao ano. Apesar desse quadro de diminuição do crescimento do ensino superior no País, a pesquisa “Olhares sobre a educação Ibero-Americana”, divulgada em setembro de 2012 pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) traz outro olhar. Nos países da América Central e América Latina, a população acredita que a educação vai melhorar na última década. Os brasileiros estão entre os mais otimistas em relação ao futuro da educação no País nos próximos dez anos. Para 62% dos entrevistados, a educação vai melhorar, 26% acreditam que ficará no mesmo patamar e 9% avaliam que irá piorar. Para o secretário-geral da OEI, esse otimismo do cidadão é um fator de enorme pressão aos sistemas educativos, uma vez que as expectativas positivas contribuem fortemente para que a educação funcione. Apenas o Paraguai tem um resultado melhor: 64% esperam avanços na área. Já os hondurenhos são os que menos acreditam no futuro do sistema educacional: só 26% acham que a situação irá melhorar, enquanto 37% acreditam que ficará no mesmo nível e 23% preveem piora. Em todos os países, o percentual de pessoas que avaliam de forma positiva o futuro da educação é superior ao daquelas que têm uma percepção negativa. Por outro lado, os brasileiros estão entre os que têm a pior avaliação sobre a qualidade do ensino público. A nota atribuída pelos entrevistados, em uma escala de 0 a 10, foi 5,2 pontos, a quarta mais baixa entre os países pesquisados, ao lado de Honduras. O país que, na avaliação dos entrevistados, tem o pior sistema de ensino é o Chile, cuja nota foi 4,6. Os mais satisfeitos são os costa-riquenhos e os nicaraguenses, que atribuíram nota 7 à educação. 3.1.2 AMPLITUDE E CRESCIMENTO DA PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL Segundo informações contidas no site do Governo Federal, o Brasil é o 13º país em maior volume em produção científica no mundo. Nossa taxa de crescimento na elaboração de trabalhos científicos tem sido de 8% ao ano, enquanto a média 42
  • 43. mundial circula em torno de 2%. Esses números são auxiliados principalmente pelos órgãos governamentais de apoio à pesquisa brasileira, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também fazem parte do incentivo à pesquisa iniciativas de empresas privadas. Ainda segundo dados do Governo, nos últimos anos, o país aumentou cerca de 50% o número de artigos publicados em periódicos internacionais especializados do segmento. Aproximadamente 2% de toda produção científica do mundo hoje é brasileira. Além disso, o País possui um número de estudantes de mestrado e doutorado cerca de 10 vezes maior do que há 20 anos. Já no âmbito da pós-graduação, segundo avaliação realizada em 2011 pela Capes, o número de cursos no Brasil cresceu 20,8% nos últimos três anos. A região Sudeste é a que concentra o maior índice de cursos - por volta de 50% de todo o país - e também possui a maior taxa de cursos de excelência – cursos com notas 6 ou 7 na avaliação - , com 78%. A região Norte do País é a que tem apresentado o maior crescimento nos últimos anos, que fica em torno de 35%. Esse crescimento está ligado, em grande parte, ao baixo nível de desenvolvimento do Ensino Superior em anos anteriores na região. Contudo, no que se refere à qualidade, a região Norte possui apenas dois cursos considerados de excelência, ou seja, 1% do total da região, que é de 157 cursos. A maioria tem a nota mínima exigida pela avaliação. 3.1.3 RANKINGS INTERNACIONAIS EM EDUCAÇÃO SUPERIOR: CLASSIFICAÇÕES DA USP E DO BRASIL Comparada às outras Universidades do Estado de São Paulo, a Universidade de São Paulo é a que possui maior reconhecimento internacional, tendo em vista suas posições em rankings como o “World Reputation Ranking 2012”, que elege as 100 universidades com melhor reputação mundial. Nele, a USP está classificada na categoria 61-70. Entre as Universidades com menos de 50 anos, a UNESP e UNICAMP foram listadas em 2012 entre as 100 melhores do mundo, segundo a 43
  • 44. tradicional instituição londrina Times Higher Education que, pela primeira vez, realizou uma pesquisa segmentada no ramo. No QS World University Ranking, divulgado no início de setembro de 2012, da organização inglesa Quacquarelli Symonds, a Universidade de São Paulo ocupa a posição do 139º lugar no ranking das 700 maiores. Isso representa uma subida de 30 posições em relação a 2011. Apenas outras duas universidades brasileiras contemplam posições entre os primeiros 400 nomes: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 228º, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 333º. Já no ranking que contempla somente as universidades da América Latina, a USP recebeu a primeira posição, ficando o segundo lugar para a Pontificia Universidad Católica de Chile e o terceiro para a Unicamp. Já no Times Higher Education 2011, o ranking das 200 melhores universidades do mundo, a USP está na 178ª posição e também é a única representante da América Latina. O diferencial desse ranking é seu embasamento em 13 indicadores, com destaque para investimento à pesquisa, publicações científicas, número de doutorados e de estudantes estrangeiros. O ARWU (Academic Ranking of World Universities), sigla em inglês, é realizado pela Universidade Jiao Tong, de Xangai e também analisa as melhores universidades do mundo. A edição de 2011 detectou que a USP é a Universidade com maior número de doutorados defendidos. Neste mesmo ranking, encontramos as três maiores universidades brasileiras: a USP na categoria 101-150, a UNICAMP em 201-300 e a UNESP na categoria 301-400. O universo dessa pesquisa abrange um total de 682 instituições globais. Vale lembrar que, neste cenário, o nome SIBiUSP, aliado à Universidade, pode ser uma força para a atuação deste órgão no Brasil. Outro ranking importante para as universidades brasileiras é o Webometric, publicado pelo site Web of the World Universities. Na edição de 2012, a USP aparece em primeiro lugar entre as melhores universidades da América Latina. A Universidade Estadual Paulista (UNESP) é a quarta melhor instituição de ensino, atrás da Universidade de São Paulo, da Universidad Nacional Autónoma de México e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No Índice Geral de Cursos (IGC), ranking brasileiro divulgado pelo MEC em 2011, a UNICAMP foi considerada a melhor universidade do país. O índice mede a 44
  • 45. qualidade de cursos de graduação considerando o Conceito Preliminar de Curso (CPC), em combinação com o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A Universidade de São Paulo não é avaliada por esse índice, uma vez que não participa do Enade. Vale ressaltar que 2011 foi o primeiro ano em que a UNICAMP se classificou no IGC, pois nos outros anos, ela também não participava do Exame Nacional. No caso do Brasil, identificamos ainda que essa situação possibilitou também a projeção do país como referência em pesquisa e produção científica. Os indicadores FAPESP de Ciência, Tecnologia e Inovação afirmam que os pesquisadores no Brasil são responsáveis por 56% dos artigos científicos publicados pela América Latina. Segundo a FAPESP, pesquisadores no Estado de São Paulo publicaram, de 2008 a 2010, 43.535 artigos científicos em revistas cadastradas no Web of Science, quantidade que supera a quantidade de todos os outros países latino-americanos somados. Ao observar as classificações tanto da Universidade de São Paulo quanto do Brasil nos rankings, é possivel afirmar que o contexto atual é propício ao desenvolvimento de pesquisas científicas e exposição do Brasil no setor acadêmico mundial. Dessa forma, o apoio à pesquisa tende a ganhar força dentro da atuação do SIBiUSP. Além disso, os serviços da organização encontram nessas classificações uma oportunidade para ganhar destaque tanto no país quanto no mundo, tendo em vista que o mesmo é uma das principais fontes de busca utilizada nessas produções. 3.1.4 O SIBI E O ENSINO SUPERIOR – POSICIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO NO SETOR Analisando o exposto acima, é possível identificar algumas tendências do setor na realidade do SIBiUSP. A aceleração da produção científica e tecnológica e a crescente disponibilidade de novas tecnologias para a educação são dois pontos que se aproximam muito da atuação do SIBi. Segundo o Relatório da Gestão da Diretoria Técnica do SIBiUSP (Set. 2007-Abr. 2010), a ação da organização transcende as 45
  • 46. estruturas administrativas e perpassa, horizontalmente, por todos os segmentos da Universidade. Além disso, é importante destacar que, segundo Porto e Régnier (2003), as organizações produtoras de tecnologia tendem a atuar como certificadoras de conhecimento e a parceria entre instituições de ensino tendem a crescer. Esses são outros dois pontos muito representativos para a atuação do SIBiUSP, conforme será desenvolvido posteriormente. Em recente pesquisa feita pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgada no mês de setembro de 2012, a Universidade de São Paulo lidera o grupo de instituições com maiores notas entre avaliadores do mercado e da academia. A pesquisa foi feita em dois grupos: profissionais de Recursos Humanos foram entrevistados e apontaram as universidades, faculdades e centros universitários cujos formados têm preferência nos seus processos seletivos. Já os pesquisadores citaram quais escolas superiores do país, na sua avaliação, oferecem o melhor ensino. Nas figuras abaixo podemos observar a liderança da USP nas duas avaliações: Figura 10. RH X Cientistas – As melhores instituições de ensino, segundo empresas e pesquisadores. Fonte: Editoria de Arte – Folhapress. Nessa pesquisa, a Folha analisou nove indicadores das Universidades relacionados à pesquisa científica, como proporção de professores com doutorado, número de artigos científicos por docente e número de publicações. Numa escala de 0 a 55, a USP foi a campeã com 54,38 pontos. Essas informações somadas aos dados 46
  • 47. que os rankings levantados acima fornecem, demonstram qual é a importância e a posição que o SIBiUSP assume no setor. Apesar das adaptações que a organização precisa desenvolver para atender às novas demandas do ensino superior e competir com o “mercado” internacional, a USP está sempre classificada entre as melhores posições de quase todos os rankings avaliados e se destaca nos cenário nacional e internacional. A pesquisa acadêmica tende a se fortalecer nos próximos anos e já tem sido avaliada de forma positiva na USP. O SIBiUSP, portanto, precisa acompanhar e gerir de forma estratégica todas essas tendências. A Universidade de São Paulo já conquistou um grande terreno no ensino superior brasileiro e usufrui de uma boa reputação. O SIBiUSP, então, tem potencial para se tornar uma organização não só de referência, mas também de excelência no seu campo de atuação, de forma a se posicionar entre as maiores do setor. 3.1.5 A CONCORRÊNCIA NO SETOR PÚBLICO – O SIBIUSP E OS CONCORRENTES PARCEIROS Segundo Porter (1986), “a essência da formulação de uma estratégia competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente. Embora o meio ambiente relevante seja muito amplo, abrangendo tanto forças sociais como econômicas, o aspecto principal do meio ambiente da empresa é a indústria ou as indústrias em que ela compete” (PORTER, 1986, p. 22). O conceito de competitividade discutido atualmente segue, em grande parte, a abordagem sugerida por Michael Porter, conhecido por ser um ícone importante dos princípios fundamentais da concorrência. Para o autor, a competitividade é a habilidade ou talento resultantes de conhecimentos adquiridos capazes de criar e sustentar um desempenho superior ao desenvolvido pelos seus concorrentes. Contudo, se considerarmos o SIBiUSP como uma instituição vinculada à uma Universidade pública, ou seja, que recebe recursos e investimentos do Governo (no caso da USP, do Governo Estadual) para desenvolver suas atividades, o conceito de 47
  • 48. concorrência proposto por Porter ganha outras dimensões. Visto que, a Universidade e, por consequência, o próprio SIBiUSP, não procuram obter lucro com os serviços que são oferecidos por eles, não faz sentido falarmos, por exemplo, em concorrentes diretos. A realidade que envolve organizações ligadas ao primeiro setor é diferente, uma vez que o principal componente “disputado”, o lucro, não está presente neste contexto. É claro que, ainda assim, é importante que exista um conhecimento prévio dos prováveis movimentos de cada organização inserida no mesmo setor de atuação do SIBiUSP, já que elas podem interagir entre si e esse contato é fundamental para se entender as condições futuras do ramo. Entretanto, essas organizações, assumem aqui, um sentido muito mais de “parceiras” do que de “concorrentes” propriamente ditos. Sendo assim, elas podem construir relações que beneficiem ambos os lados. Porter (1986) também aborda a concorrência sob a perspectiva da cooperação, na qual, como dito anteriormente, não há disputa por lucro. É interessante destacar ainda a questão da expansão dessas organizações que, mesmo não prevendo lucro em suas atividades, demonstram certo empenho em atrair e atingir cada vez mais usuários. Mesmo assim, os movimentos desses “parceiros”, por assim dizer, não têm como objetivo prejudicar o desempenho das atividades do outro, mas podem, em alguns casos, convergir e trazer benefícios para todo setor. Outro ponto interessante é que, pela ausência de concorrência direta, os “parceiros” podem compartilhar melhores práticas em determinadas questões e processos, contribuindo para o aprimoramento de pontos falhos. O intuito, neste caso, é a melhoria do setor, pois, se o mesmo cresce e se desenvolve, todos podem se beneficiar. Sendo assim, toda a análise feita em relação à concorrência, à partir daqui, vai considerar a ideia de “parceiros” pelos motivos acima expostos. A importância de destacar esse ponto está no fato de que muitos conceitos e abordagens presentes na análise da concorrência, não se aplicam ao SIBiUSP ou precisam ser adaptados à sua realidade, considerando-se que é uma organização diretamente ligada à uma instituição pública de ensino e que, portanto, pode ser enquadrada no chamado primeiro setor. 48
  • 49. 3.1.6 BENCHMARKING Para realizar o benchmarking da organização, foram escolhidas duas dentre as maiores universidades do mundo de acordo com o ranking da QS Top Universities e também as duas universidades parceiras do SIBiUSP. As duas universidades escolhidas para o benchmark mundial foram a Universidade de Columbia e a Universidade de Cambridge. A escolha se deteve em uma universidade dos Estados Unidos e uma universidade da Inglaterra para tentar abranger dois lugares muito diferentes do ponto de vista cultural e também porque a partir do ranking esses são os dois países cujas universidades aparecem nos primeiros lugares da lista. As universidades brasileiras escolhidas foram as duas consideradas concorrentes parceiras pela própria organização, que são a Unesp e a Unicamp. O benchmarking foi realizado com base na observação de websites e produtos digitais das universidades citadas acima. O SIBiUSP e os principais parceiros no setor O SIBiUSP é uma organização que dispõe de um banco de dados muito extenso e, por isso, é necessário fazer algumas inferências considerando aspectos como acervo, rankings e gráficos. Nessa etapa, serão analisados numericamente os dados disponíveis, conforme listados na tabela a seguir do ano de 2009, fornecida pela organização. Estas informações serão utilizadas em comparação com cada parceiro: Tabela 5: Acervo das bibliotecas da USP. Livros e Empréstimos/ Número de Número de Instituição Usuários outros Consultas Bibliotecas Alunos USP (SIBiUSP) 2.514.080 4.968.845 138.293 44 88.962 Fonte: SIBiNET USP. Disponível em SIBiUSP em números: <http://www.usp.br/sibi/> 49
  • 50. Entre os principais serviços oferecidos pelo SIBiUSP e identificados em outros parceiros do setor, pode-se citar: o Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Campinas (SBU - UNICAMP); o Portal do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (CRUESP), consórcio que reúne o acervo digital das bibliotecas da USP, UNICAMP e UNESP; o ATHENA, que permite pesquisar os livros, dissertações e e-books da UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita); o SBI, Sistemas de Bibliotecas e Informação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMP). O CRUESP foi fundado depois do SIBiUSP, no ano de 1994. Porém, apesar do menor tempo de existência, seu acervo é de enorme representatividade para o campo da pesquisa acadêmica brasileira. Atualmente, o consórcio é composto por 93 bibliotecas e conta com mais de oito milhões de itens bibliográficos. Assim, ao avaliar os resultados tais como quantidade de bibliotecas, frequência de uso ou acervo de obras, o CRUESP é, em números, um órgão superior ao SIBiUSP. Vale lembrar que ele se utiliza dos dados do DEDALUS/USP para a construção de uma plataforma única que engloba os acervos das grandes Universidades públicas do Estado de São Paulo. Portanto, dentro desse cenário, o SIBiUSP é uma das peças para a formação de um sistema maior, remetendo à questão dos “parceiros”. O ATHENA, por sua vez, é constituído pelo acervo de 32 bibliotecas das Unidades Universitárias Experimentais da UNESP, distribuídas em 23 cidades do Estado de São Paulo. Entre livros, periódicos, partituras, teses e dissertações, seu acervo é composto pelo total de aproximadamente 1,02 milhões de itens. Considerando esses dados, avalia-se que o sistema da UNESP, em abrangência - no que se refere à presença de bibliotecas e à quantidade de arquivos - aproxima-se do SIBiUSP. É o terceiro sistema mais representativo do Estado de São Paulo, atrás apenas do CRUESP e do próprio SIBiUSP. 50
  • 51. Já SBU da UNICAMP é composto por uma Biblioteca Central e outras 26 bibliotecas em faculdades e institutos. Movimenta aproximadamente 1,2 milhão de consultas anuais a livros, revistas, teses e jornais, incluindo os empréstimos domiciliares, realizadas por cerca de 30 mil usuários regulares das bibliotecas. O acervo bibliográfico é constituído por cerca de 505 mil volumes. A Universidade investe no sistema, a cada ano, recursos da ordem de R$ 10 milhões. As coleções das bibliotecas estão à disposição de toda a comunidade para consulta local, mas o empréstimo é exclusivo para a comunidade UNICAMP. A localização dos livros, teses e periódicos pode ser realizada através da Internet, por meio do "Acervus", o sistema de acesso ao banco de dados bibliográficos do SBU, similar ao DEDALUS. Em números, o sistema da UNICAMP ainda é inferior ao SIBiUSP e ao ATHENA, porém a sua importância é de grande valia para a pesquisa brasileira, visto que apresenta números altos no que se refere à consultas, empréstimos e recursos. Como parceiro do SIBiUSP, o SBU contribui de forma significativa para a formação de um sistema de banco de dados disponível para pesquisadores. A seguir, numa visão ampliada sobre o setor, foram traçados gráficos comparativos entre os sistemas das universidades parceiras citadas, em termos de acervo, empréstimos, consultas e número de alunos matriculados. 4 Gráfico 1: Comparativo de acervo entre os sistemas SBU, CBG e SIBiUSP. 4 Fontes: SBU> Anuário Estatístico 2012. Disponível em: <http://www.aeplan.unicamp.br/anuario_estatistico_2012/index_arquivos/marcador2012_port.pdf>; CGB: UNESP em números. Disponível em: <http://www.unesp.br/guia/numeros.php/>; USP: SIBiUSP em números. Disponível em: <http://www.usp.br/sibi/. Acessos em 10 set. 2012. 51
  • 52. Gráfico 2: Número de alunos na USP, Unesp e Unicamp. Gráfico 3: Quantidade de Bibliotecas da USP, Unesp e Unicamp. O público que utiliza todos estes serviços, tanto do SIBiUSP quanto de seus concorrentes parceiros é composto, majoritariamente, por alunos, tanto de graduação como de pós-graduação. Os docentes, por sua vez, compõem a segunda parte desse público, em menor quantidade que os alunos. Analisando os números, não é possível identificar se os serviços são mais utilizados por alunos ou docentes. Os funcionários das universidades podem ser considerados outra parte do público que utiliza os serviços. No entanto, é possível que esse segmento use os serviços de forma mais reduzida, pois não estão diretamente envolvidos com trabalhos acadêmicos. O público externo também pode acessar os produtos, mas de forma limitada. 52
  • 53. Gráfico 4: Comparativo entre os números de empréstimos e consultas entre SBU, CBG e SIBiUSP. A partir do gráfico acima, conclui-se que há um número muito maior de consultas e empréstimos na Universidade de São Paulo. Esse fato pode estar ligado ao número superior de usuários. Os gráficos e tabelas abaixo comparam usuários e potenciais usuários da UNESP, USP e UNICAMP, a partir dos números de alunos, professores e funcionários: Tabela 6: Usuários e potenciais usuários da Unesp, Unicamp e USP. Usuário Unesp Unicamp USP Alunos de Graduação 34.425 17.083 57.300 Alunos de Pós 12.031 19.718 28.568 Professores 3.354 2.052 5.865 Outros* 8.196 11.901 21.911 Total 58.006 50.754 113.644 5 Fonte: UNESP em números. 5 Fontes: UNESP em números. Disponível em: <http://www.unesp.br/guia/números.php/; Unicamp em números. Disponível em: <http://www.aeplan.unicamp.br/anuário_estatistico_2012/índex_ arquivos/marcador2012_port.pdf>; USP em números. Disponível em: <http://www5.usp.br/USP-em- numeros/>. 53
  • 54. Gráfico 5: Comunidade Unesp. Gráfico 6: Comunidade Unicamp Gráfico 7: Comunidade USP. Conforme os dados anteriores, o número de usuários potenciais da UNESP e UNICAMP é inferior ao SIBiUSP. O potencial da USP é grande e os seus usuários representam um grande público para o SIBiUSP, o que demonstra que é preciso considerar adequadamente seus respectivos perfis e demandas na elaboração de suas estratégias para a ampliação de seus usuários. 54
  • 55. 3.1.6.2 ANÁLISE SOBRE PRÁTICAS DE comunicação DO SIBI E SEUS PARCEIROS O SIBiUSP participou de algumas divulgações, para valorizar e esclarecer o que é, o que faz e quais são os seus produtos. Recentemente, a exposição Conhecimento: custódia e acesso foi inaugurada no Museu da Língua Portuguesa, pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e tem entre seus objetivos reconhecer os 30 anos de atividade do SIBiUSP. A exposição ficou aberta de 13 de Março a 13 de Maio de 20126. Outro intuito da exposição – não menos importante – é o de explorar o resgate, a preservação e o acesso ao conhecimento. Segundo a professora Sueli Ferreira, do SIBi, a biblioteca não trabalha só com a busca, mas também com a concepção do conhecimento. A visita é aberta ao público em geral e atinge camadas importantes da sociedade, além de ser gratuita. No entanto, a exposição é destinada, principalmente, aos alunos do Ensino Médio, universitários e pós-graduandos, pesquisadores, professores e profissionais interessados em produção do conhecimento, recursos de acesso e recuperação de informação, acervos e bibliotecas memoriais. Além da cidade de São Paulo, a exposição visitará diversas cidades do Estado de São Paulo, e pretende alcançar maior número de pessoas. O catálogo da exposição está disponível na internet.7 A construção de um hotsite comemorativo aos 30 anos da organização, lançado recentemente, alterou significantemente a forma como as informações são transmitidas, a quantidade de material e o acesso a diferentes formatos. Esses esforços para divulgar os serviços e produtos oferecidos pelo SIBi, contribuem significativamente para a projeção da imagem da organização, no sentido de aproximar o público do sistema e da produção de pesquisa e mostram que a organização está disposta a tornar-se mais conhecida e realizar seu propósito maior, que é a transmissão do conhecimento. 6 Mais informações sobre a exposição estão disponíveis em <http://www.museulinguaportuguesa.org.br/noticias_interna.php?id_noticia=259 >. 7 Disponível em < http://200.144.189.88/30anos/?p=1634 >. Acesso em 07 set. 2012. 55
  • 56. Essas ações, no entanto, ainda precisam ser aprimoradas, pois, de acordo com os resultados obtidos nos relatórios de avaliação sobre o SIBi, um dos grandes pontos negativos do sistema para o público acadêmico é o desconhecimento sobre o papel, o funcionamento e a gestão do sistema que é desempenhada junto às bibliotecas. O Portal do Sistema de Bibliotecas da Unicamp também foi reformulado recentemente e agora apresenta novo layout e mais informações sobre seus produtos e serviços. É possível encontrar no site informações sobre as bibliotecas da Universidade, regulamentações de funcionamento do SBU e outras notícias relevantes tanto às bibliotecas, quanto ao Ensino e à Pesquisa. Há, inclusive, a opção de visualizar dados de acesso ao site, como quantidade de visitantes, número de arquivos baixados, quantidade de páginas vistas etc., contribuindo para o aumento de transparência da comunicação do sistema. Esse tipo de informação, por exemplo, não é encontrado de forma clara nos portais dos demais parceiros o que representa resultados concretos dos esforços do sistema da UNICAMP no sentido de se aproximar do público e tornar seus produtos e serviços mais conhecidos. Além disso, workshops têm sido promovidos pelo Sistema de Bibliotecas para estimular boas ações desempenhadas pelo SBU, como por exemplo, o incentivo à preservação correta de acervos. A ação contribui para o desenvolvimento de uma consciência em relação à importância do acúmulo e acesso ao conhecimento acadêmico e aumenta a visibilidade dos produtos e serviços da organização. A Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP, por sua vez, possui em seu ambiente digital de artigos científicos e informações sobre seu acervo, mas não recebe atualização de layout e funcionalidade sobre seus serviços há algum tempo. Essa desatualização dificulta o acesso a algumas informações e torna a navegação no portal uma experiência de maior grau de dificuldade. No entanto, é possível baixar e-books, periódicos, teses e dissertações. Outro ponto positivo do portal é a parte de comunicação de atividades desempenhadas pela Universidade no que se refere ao acervo de conhecimento científico. A seção é atualizada regularmente e informa notícias relevantes à comunidade, como rankings das universidades, principais softwares ligados à otimização de pesquisas acadêmicas e informações sobre o vestibular. Contudo, a organização ainda precisa avançar no que se refere à melhoria da organização das informações e atualização do conteúdo em geral, para que a sua comunicação institucional ganhe maior relevância. 56
  • 57. Segundo Oliveira (2002), dois princípios fundamentais devem orientar o trabalho de um comunicador social dentro de uma instituição pública. O primeiro diz respeito ao dever da administração pública de prestar contas e o segundo se refere ao acesso às informações de ciência e tecnologia, que são fundamentais, segundo a autora, para o exercício pleno da cidadania. “Portanto, não podemos concordar que o comunicador social público se limite à função de mero porta-voz das ações dos agentes políticos a quem se reporta” (OLIVEIRA, 2002, p. 126). Assim, a comunicação pública precisa, aqui, transcender esse papel apoiando e orientando os responsáveis pela administração no sentido de fazer o melhor uso possível dos mecanismos disponíveis para comunicar e reportar ao público as ações e decisões tomadas. Para Oliveira (2002), a ausência de políticas efetivas de comunicação para o setor público reflete um desequilíbrio evidente entre os trabalhos realizados nas áreas pelas diferentes instituições públicas no Brasil. Portanto, “a implantação de um trabalho intencional, harmonioso, contínuo e eficaz de comunicação com a mídia e com o público em geral, no âmbito das organizações públicas, incluindo as universidades, institutos de pesquisa, fundações de amparo, secretarias e ministérios, poderia reverter esse quadro” (OLIVEIRA, 2002). Serão trabalhadas nesse sentido as etapas finais deste projeto. 3.1.6.3 COLUMBIA UNIVERSITY Figura 11. Logo da Universidade de Columbia. Fonte: Site oficial. Disponível em: < http://www.columbia.edu/>. A Universidade de Columbia foi fundada em 1754 e fica localizada na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Suas bibliotecas estão organizadas num website 57
  • 58. central chamado de Columbia University Libraries8. O seu método de busca chama-se CLIO (Columbia University Libraries online catalog). O site das bibliotecas foi achado facilmente sendo uma das guias principais no menu dentro do site da universidade. Seu acervo possui diversos itens, como o catálogo completo da universidade, onde se encontram os livros, materiais digitalizados, jornais, vídeos e arquivos de som, mapas etc. Um de seus produtos mais notáveis é um repositório digital, chamado de Academic Commons9, disponível para o público em geral, que concentra trabalhos acadêmicos tanto da universidade quanto de seus parceiros. Esse acervo é muito interessante, pois enriquece a busca online por material acadêmico de qualidade e dissemina os conhecimentos produzidos pela universidade para o mundo. Não foi difícil fazer buscas através do CLIO. Ele concentra materiais digitalizados, trabalhos acadêmicos da universidade e de seus parceiros e livros que só podem ser encontrados no acervo físico. Ao fazer uma busca simples, o resultado encontrado já divulgava onde encontrar o livro, se ele estava disponível ou não e, no caso de estar disponível online, já conduzia ao link específico, ao qual só era possível acessar após fazer o login de membro da universidade. Também era possível reservar o livro pela internet. O site continha diversas formas de se comunicar com seus usuários, como: visitar uma livraria e tirar dúvidas pessoalmente, marcar um horário com um especialista em determinado assunto para conversar com ele sobre suas pesquisas, números de contato de todas as bibliotecas, bate-papo online através de um chat, email ou mensagem de texto via celular. Também havia fóruns para tirar dúvidas, guias e vídeo-tutoriais para aperfeiçoar a utilização do serviço. Os seus mecanismos de busca também possuem uma versão mobile para acesso pelo celular. A seguir, uma imagem após uma busca pelas palavras-chave “collaborative economy”. 8 COLUMBIA UNIVERSITY. Columbia University Libraries. Disponível em: <http://library.columbia.edu/>. Acesso em 08 set. 2012. 9 COLUMBIA UNIVERSITY. Columbia University Academic Commons. Disponível em: <http://academiccommons.columbia.edu/>. Acesso em 08 set. 2012. 58
  • 59. Figura 12. Resultados de busca no sistema CLIO. Fonte: Columbia University Libraries online catalog. Através dessa busca, foram encontrados 102 resultados. Na imagem, podemos ver os três primeiros. O primeiro item está disponível na biblioteca de Business. O segundo item está disponível online e o terceiro possui diversas disponibilidades. Pode-se concluir que o sistema de bibliotecas da Columbia possui diversos pontos notáveis, que podem ser utilizados para melhorias dos serviços do SIBiUSP, sendo o principal deles a comunicação entre o usuário e a biblioteca, que é diversificada e acompanha as novas tecnologias, como possuir interfaces para a internet móvel dos tablets e smartphones e possibilitar a comunicação via chat e até mensagem de texto, canal muito difundido entre os jovens. Outro ponto digno de nota é que em diversas áreas do site é possível encontrar formas de fazer feedbacks sobre a experiência com o serviço. O contato com os usuários é valorizado e foram tomadas diversas providências para que esses saiam satisfeitos após a experiência com o sistema de bibliotecas. 59
  • 60. 3.1.6.4 UNIVERSITY OF CAMBRIDGE Figura 13. Logo da Universidade de Cambridge. Fonte: Site oficial. Disponível em: <http://www.cam.ac.uk/global/images/identifier4.gif>. A Universidade de Cambridge é a segunda no ranking utilizado para a pesquisa. Uma das mais antigas do mundo, ela foi fundada em 1209 e está localizada em Trinity Lane, na cidade de Cambridge, no Reino Unido. As bibliotecas da Universidade de Cambridge estão organizadas no site denominado Libraries Gateway10, que contém todas as informações e o sistema de busca para as bibliotecas da universidade, que somam mais de 100. Foram encontrados três sistemas de busca, o Newton Library Catalogue11 que é o principal catálogo, subdividido em outros catálogos menores, disponíveis nas páginas de cada unidade da universidade; o Library Search12, que fica disponível diretamente na página inicial do site das bibliotecas da universidade e contém todo o conteúdo da universidade e o Library Search+13, uma versão de testes onde é possível encontrar, além de todo o conteúdo do Library Search, também artigos online de periódicos, textos de e-books e mais de 200 milhões de registros. Não é possível realizar buscas através do Newton, pois ele é restrito aos membros da comunidade da universidade. Ao efetuar-se uma pesquisa através do Library Search, do termo “McLuhan”, os resultados encontrados estão na figura a seguir: 10 UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. Libraries Gateway. Disponível em: <http://www.lib.cam.ac.uk/libraries/new.html>. Acesso em: 09 set. 2012. 11 UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. About the Newton catalogue. Disponível em: <http://ul- newton.lib.cam.ac.uk/vwebv/ui/en_US/htdocs/help/about.htm>. Acesso em: 09 set. 2012. 12 UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. Library Search. Disponível em: <http://search.lib.cam.ac.uk/>. Acesso em 09 set. 2012. 13 UNIVERSITY OF CAMBRIDGE. Library Search Plus. Disponível em: <http://searchplus.lib.cam.ac.uk/>. Acesso em 09 set. 2012. 60
  • 61. Figura 14. Resultados de busca no sistema Library Search. Fonte: Cambridge Libraries. Apesar de retornar 174 resultados, a pesquisa não atingiu o objetivo primário esperado, que seria listar os livros da autoria de Marshall McLuhan14. Ela mostra, em sua primeira página, apenas conteúdos que tem a palavra-chave “Mcluhan” em seus livros, o que mostra uma deficiência do sistema em filtrar os resultados mais importantes. Porém, ao fazer uma pesquisa direcionada, os resultados são melhores, como mostra a imagem a seguir: 14 Marshall McLuhan foi um filósofo e educador canadense. Seus livros, como por exemplo “Os meios de comunicação como extensão do homem”, são extremamente importantes para a área da comunicação. 61
  • 62. Figura 15. Resultados de busca refinada no sistema Library Search. Fonte: Cambridge Libraries. As bibliotecas da Universidade de Cambridge possuem muitos produtos interessantes, que facilitam o acesso dos alunos e tornam o serviço mais do que um banco de dados. Alguns dos seus produtos mais notáveis são: o Mapa das Bibliotecas: Lá é possível procurar cada biblioteca da universidade e encontrá-las facilmente num mapa. o Library toolbars: É uma toolbar15 que concentra os conteúdos do sistema de buscas Newton e interage com alguns sites onde aparecem livros. Um ícone da universidade vai aparecer ao lado de fontes bibliográficas e, passando o mouse sobre ele, é possível saber se um determinado livro está disponível nas bibliotecas e qual o seu código ISBN16. o DSpace@Cambridge: É um repositório institucional da universidade, onde é possível encontrar o que foi produzido por ela mesma. Está atualmente não disponível devido a mudanças de infra-estrutura. 15 Uma toolbar é um controle de uso gráfico onde se concentram botões, ícones, menus e outros elementos para integrar serviços. 16 ISBN é uma sigla para International Standard Book Number, que é um número identificador único de um livro. 62
  • 63. o Janus: Projeto que provê acesso a catálogos de arquivos e coleções de manuscritos sob a tutela da universidade de Cambrigde. o Loans Feeds: Permite que se veja as datas de devoluções dos livros emprestados dentro dos calendários como Google Calendar, Yahoo Calendar, Outlook, entre outros. É possível perceber que a universidade está investindo esforços para tornar seu ambiente online e seus sistemas de busca mais simples para o usuário e também para inseri-los nas plataformas digitais de maneira dinâmica e interativa. É importante também ressaltar que todos os serviços têm extensivas explicações sobre como utilizá-los, instalá-los e ferramentas de feedback para que os serviços sejam melhorados. 3.1.7 PÚBLICOS Para França (2009), a maior preocupação das organizações contemporâneas se concentra nos relacionamentos com os seus públicos. Segundo o autor, elas sabem que “deles nascem as estratégias que devem nortear a tomada de decisão quanto às ações que precisam desenvolver para obterem êxito na administração de seus negócios” (FRANÇA, 2009, p. 210). Dessa forma, segundo Ferreira (1999), o público é um “agregado ou conjunto instável de pessoas pertencentes a grupos sociais diversos e dispersas sobre determinada área, que pensam e sentem de modo semelhante a respeito de problemas, gestos ou movimentos de opinião” (FERREIRA, 1999, p. 1664). Nesse sentido, a necessidade de conhecer os públicos para os quais os projetos de comunicação são dirigidos e com os quais as organizações precisam necessariamente lidar é fundamental. Os públicos influenciam e interferem na organização no momento em que se sentem atingidos por ela. São clientes, acionistas, fornecedores, funcionários, comunidade, entre outros. 63
  • 64. Dentro do contexto teórico das Relações Públicas, podemos encontrar uma longa lista de classificação de públicos, de acordo com diversos autores como Teobaldo Andrade, Lucien Matrat e Edward Freeman. Analisando as diferentes formas de categorizar os públicos, optou-se por adotar a metodologia de Fábio França, por considerá-la mais adequada ao perfil de público com os quais o SIBiUSP se relaciona. A classificação de Fábio França (2008) compreende uma visão lógica e não apenas situacional dos públicos. Essa teoria permite, assim, determinar o perfil , o tipo de relação, o objetivo da relação e o nível de envolvimento17 do público com a organização. A conceituação lógica é precisa, de caráter universal e estratégico. Examina o ponto de partida da relação e seus desdobramentos no campo dos interesses das partes. Aplica-se a qualquer tipo de relação e de público (...), e esclarece a razão de ser da relação e o que se pretende alcançar com ela (FRANÇA, 2009, p. 234). Assim, para organizar o processo de comunicação é preciso, primeiro, classificar os grupos. Os públicos do SIBiUSP serão classificados, conforme a teoria de França (2008), em: essenciais, não essenciais e redes de interferência: a) Os públicos essenciais são aqueles cujo relacionamento é necessário para que a organização exista, se mantenha e sobreviva. Ou seja, aqueles ligados à atividade fim e à missão da organização. Segundo França “são essenciais aqueles públicos juridicamente ligados ou não à organização e dos quais esta depende para a sua constituição, manutenção de sua estrutura, sobrevivência e execução de suas atividades-fim” (2009, p.230),. b) Os públicos não essenciais são aqueles que estão ligados às atividades meio. Agências de publicidade e prestadores de serviço, por exemplo, já que muitas vezes contribuem para sua visibilidade e credibilidade. “Os públicos não-essenciais definem-se como redes de interesse específico, pelo grau maior ou menor de participação nas atividades da organização” (FRANÇA, 2009, p. 231). c) Dentro das redes de interferência encontramos os grupos que podem interferir de uma maneira positiva ou negativa no negócio. São geralmente 17 Os níveis de relacionamento das organizações com seus públicos podem ser de dependência, de participação ou de interferência. 64
  • 65. representados pela mídia e por concorrentes da organização. As redes de interferência: (...) representam públicos especiais do cenário externo das organizações, os quais, devido ao seu poder de liderança operacional ou representativa diante do mercado e da opinião pública, podem gerar interferências indesejáveis para a organização ou apoiá-las, como seria esperado. (FRANÇA, 2009, p. 232). 3.1.7.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PÚBLICOS Sendo assim, considerando a teoria de França (2008) exposta acima, é possivel classificar os públicos que se relacionam com o SIBiUSP da seguinte forma: Públicos essenciais A. DIRIGENTES DAS UNIDADES É o público de maior interesse do SiBiUSP. Como nele se concentra o poder decisório dentro de cada Unidade da Universidade de São Paulo, conhecer a organização é de essencial importância para que ele seja mais e melhor divulgado e receba apoio na Universidade. B. DOCENTES É o segundo público em grau de importância. É ele que vai influenciar os alunos a participarem e conhecerem o SiBiUSP. C. PÓS-GRADUANDOS Esse é um público de interesse estratégico. Como a frequência em que estão na Universidade é menor que a dos alunos e, e também por serem pesquisadores, precisam mais dos produtos e serviços oferecidos pelo SiBiUSP, como, por exemplo, o acesso remoto ao acervo e a visualização dos diversos periódicos assinados pela organização. D. GRADUANDOS Apesar de ser o maior público em número, não é o público de maior interesse para o SIBiUSP. Segundo a organização, os alunos de graduação têm menos 65
  • 66. interesse nos serviços oferecidos, com exceção da ferramenta de busca integrada. Como os acervos físicos de todas as bibliotecas são suficientes, as necessidades dos graduandos são consideradas como “atendidas”. E. FUNCIONÁRIOS É o público de menor participação. Como possuem número USP, automaticamente todos têm acesso ao acervo do SiBiUSP. Porém, os funcionários têm um interesse reduzido e pontual, provavelmente por não serem nem estudantes, nem pesquisadores. Públicos não essenciais A. ASSESSORIA DE IMPRENSA USP A imprensa da USP é o principal meio de divulgação do SiBiUSP. Ela é a responsável por expor o SIBiUSP nas redes externas à Universidade. Os principais veículos de exposição são: TV USP, Canal Universitário, Rádio USP e grupos de email criados pelos Departamentos da universidade. B. GRUPO EX LIBRIS O Grupo Ex Libris é a empresa responsável pelo desenvolvimento do Sistema DEDALUS. O sistema DEDALUS, versão do software Aleph18 - sistema integrado utilizado na automação de bibliotecas e centros de pesquisa - foi customizado para o SIBiUSP e é, hoje, um dos principais produtos oferecidos pela organização. Seu funcionamento correto reflete diretamente na credibilidade do SIBi. 18 O Grupo Ex Libris é um pioneiro mundial na área de soluções de software para bibliotecas e 18 centros de informação. O sistema integrado de bibliotecas ALEPH 500™ é considerado líder de mercado na automação de bibliotecas e centros de pesquisa. Para mais informações sobre o sistema, acessar: http://www.exl.com.br/aleph.htm 66
  • 67. Redes de interferência A. MÍDIA Um público de relacionamento ainda pouco trabalhado pelo SIBiUSP é a imprensa externa à USP, na qual há pouca ou nenhuma divulgação de seus produtos, serviços e ações importantes como eventos e exposições. Essa conceituação lógica utilizada para classificar os públicos vai facilitar o planejamento das mensagens e ajudará na definição dos veículos que devem ser utilizados para cada público em etapas posteriores deste projeto, evitando a produção de peças inadequadas e, de certa forma, até reduzindo custos. Na conceituação utilizada, as preocupações são o relacionamento e a comunicação da organização com os todos os seus públicos. Para França: (...) essa inovação e visão global da conceituação de públicos exigem que os comunicadores trabalhem de maneira mais estratégica, lembrando-se de que, antes de selecionar os instrumentos da mídia, é necessário que dediquem maior atenção ao conhecimento dos diversos elementos que compõe os relacionamentos das empresas com os públicos, a fim de que possam determinar quais são os públicos estratégicos da organização, para que sejam atingidos de maneira adequada, estratégica e eficaz (FRANÇA, 2009, p.255). Ou seja, é necessário que seja determinado quem são os públicos estratégicos da organização, de modo que a partir daí sejam definidos os instrumentos de mídia, atingindo de maneira adequada, estratégica e eficaz para tais públicos. 3.2 ANÁLISE MACROAMBIENTE Segundo Kunsch (2003), um dos pontos de partida para se iniciar o planejamento estratégico é realizar uma análise ambiental externa, setorial e interna. Em outras palavras, é nesse momento que se estuda o ambiente em que as organizações se inserem. Ainda segundo a autora: 67
  • 68. O ambiente externo ou macroambiente é constituído por um conjunto de variáveis ou fatores externos econômicos, sociais, políticos, legais, demográficos, tecnológicos, culturais e ecológicos que influenciam direta e indiretamente a vida das organizações. É o ambiente total, incontrolável por parte da organização. As organizações, para sobreviver, precisam necessariamente relacionar-se com seu meio ambiente, não só influenciando e causando impacto sobre eles, mas sobretudo sendo influenciadas e sofrendo seus impactos. (KUNSCH, 2003, p.105). Por conta disso, deve-se considerar nesta análise os ambientes nos quais a organização está inserida, aqueles em que as mudanças causarão impactos positivos ou negativos. Os dois principais ambientes considerados na análise são o tecnológico e o sociocultural. O ambiente tecnológico se refere aos conhecimentos e informações relativos aos processos e produtos de uma organização. As condições tecnológicas influenciam na competitividade das empresas principalmente quando se trata de tecnologia que está sujeita a inovações. A tecnologia e seus avanços, portanto, influenciam grandemente uma organização. A adoção de uma nova tecnologia permite que sejam criados produtos revolucionários ou que se tenha o acesso a um grande segmento de consumidores latentes. Os efeitos da tecnologia no dia-a-dia de todos são cada vez mais evidentes. O ambiente sociocultural está ligado à cultura dentro do ambiente social; ou seja, costumes, crenças, valores, estilos de vida e tradições que são transmitidas através das gerações. A partir dessa análise, serão identificados quais são as ameaças e oportunidades que esse ambiente traz para o cliente. É importante destacar que, muito embora os ambientes tecnológico e sociocultural tenham sido pesquisados de maneira separada, eles estão intimamente ligados e sofrem mútua influência. Não se pode pensar em um ambiente tecnológico que não afete o ambiente sociocultural, e isso também vale para seu inverso. Desse modo, elencam-se alguns dos maiores fatores dos ambientes tecnológicos e socioculturais que, dentro de si, guardam outras multiplicidades que desdobram em novas ameaças e oportunidades. 68
  • 69. O armazenamento digital não pode mais ser ignorado nem considerado como parte secundária. Uma pesquisa feita pela revista Science19 constatou que, em 2000, 75% da informação era guardada em formatos analógicos. Já em 2007, 94% dos dados eram digitais. O estudo considerou que a era digital se iniciou em 2002, ano em que a capacidade de armazenamento digital ultrapassou a analógica. . Evidencia-se uma era onde a tecnologia se desenvolve rapidamente. Todo esse potencial de crescimento das tecnologias de armazenamento digital e sua posterior manutenção foi acompanhada pelo crescimento da área de TI, tanto no Brasil quanto no mundo. A Tecnologia da Informação hoje é essencial para o funcionamento de qualquer organização, pois é ela quem lida com o funcionamento dos computadores e equipamentos de telecomunicações para guardar, recuperar, transmitir e manipular dados. Em 2012, estima-se que a Tecnologia da Informação crescerá 12% no Brasil20, apesar da crise econômica que está afetando o mundo nos últimos anos, que vem desacelerando o mercado. Isso coloca o Brasil como o terceiro país no mundo que mais crescerá nessa área, perdendo apenas para China e Índia.21 Grande parte desse crescimento da TI também se deve à difusão da computação em nuvem. O termo “cloud computing”, como utilizado em inglês, foi introduzido à mídia pelo CEO do Google, Eric Schmidt, em 2006, e se refere à computação na internet. Suas origens, no entanto, se encontram na evolução das tecnologias de rede e nos mecanismos de busca, além do uso comercial desse serviço que foi inserido pela empresa Amazon e suas prateleiras infinitas.22 A computação em nuvem é uma forma de utilizar softwares complexos e armazenar dados sem que esses estejam instalados e gravados dentro do disco rígido de um computador. Isso torna uma máquina de hardware inferior capaz de acessar dados complexos sem precisar de uma infraestrutura adicional que possui 19 G1. Capacidade de armazenamento de dados mundial é de 295 exabytes. São Paulo: 11 fev. 2011. Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/02/cientistas-calculam- armazenamento-global-de-dados-em-295-exabytes.html>. Acesso em: 10 set. 2012. 20 AGÊNCIA ESTADO. TI deve crescer até 12% no Brasil em 2012. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 17 out. 2011. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/ti/ti-deve-crescer-ate-12-no-brasil- em-2012-17102011-52.shl>. Acesso em: 28 jun. 2012. 21 FREITAS, H. Brasil será 3º mercado com maior crescimento da TI em 2012. São Paulo: Portal Terra, 25 out. 2011. Disponível em: <http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5434440-EI15608,00- Brasil+sera+mercado+com+maior+crescimento+da+TI+em.html>. Acesso em: 29 jun. 2012. 22 SHIRKY, C. A Cultura da Participação: criatividade e generosidade no mundo conectado. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. 69
  • 70. custos altos e invariavelmente permanecerá subutilizada. Através dela, as empresas podem obter maior eficiência de seus investimentos em TI e softwares. Contratando- se um serviço de cloud computing, obtém-se uma grande economia porque o pagamento é feito pelo uso dos serviços, como uma conta de luz, e não por toda a infraestrutura para possuí-lo, sendo essa responsabilidade da empresa contratada, bem como sua atualização e manutenção. Tudo o que se necessita para ter acesso a softwares complexos e uma quantidade muito grande de arquivos é um computador – ou similares, como smartphones e tablets – e uma conexão com a Internet. Migra-se para um mundo centralizado no PC de “Personal Computer”, que foi o centro da computação pessoal durante 30 anos, para uma computação em nuvem onde o PC é apenas um participante.23 Nesse contexto, são necessários ainda mais profissionais de TI que sejam capazes de administrar esses dados na nuvem e que possam manter tal sistema em pleno funcionamento. Outro grande impulsionador do crescimento, tanto do armazenamento digital quanto do mercado de TI é o boom dos dispositivos móveis, como os smartphones e tablets. A venda desses aparelhos aumentou 83% do primeiro trimestre de 2010 para o mesmo período em 2011.24 As previsões para 2012 preveem que o total de vendas avance mais de 70%, chegando a 15,4 milhões de smartphones.25 A praticidade e mobilidade que esses aparelhos propiciaram à população aumenta a necessidade de armazenamento digital nas nuvens e da melhoria do sistema de telecomunicações, bem como do aumento de profissionais relativos a essas áreas. Através da internet móvel, o usuário está conectado todo o tempo e, utilizando-se da computação em nuvem combinada com a mobilidade, é possível ter acesso a softwares e arquivos de qualquer lugar. Aliado a essas tendências, também foi encontrada uma que é tanto tecnológica quanto sociocultural: as “bibliotecas do futuro”. Não é inovador falar 23 TAURION. C. PC, de Personal Computer a Personal Cloud. São Paulo: CIO Uol, 2012. Disponível em: <http://cio.uol.com.br/opiniao/2012/02/13/pc-de-personal-computer-a-personal- cloud/>. Acesso em 09 set. 2012. 24 AMCHAM BRASIL. Mercado de tablets e smartphones começa a crescer no Brasil. São Paulo: 25 jun. 2011. Disponível em: <http://www.amcham.com.br/regionais/amcham-sao- paulo/noticias/2011/evolucao-do-mercado-de-tablets-e-smartphones-e-lenta-no-brasil/>. Acesso em: 29 jun. 2012. 25 BT GLOBAL SERVICES. Como gerenciar os dispositivos móveis. São Paulo: 04 jun. 2012. Disponível em: <http://www.blog.bt.com/btbrasil/tag/dispositivos-moveis>. Acesso em: 10 set. 2012. 70
  • 71. sobre tal conceito. Desde a década de 50, Vannevar Bush já discutia sobre o futuro do conhecimento através de seu célebre projeto Memex, invenção considerada precursora da ideia de hipertexto26. No Brasil, tais especulações quanto à remodelação das bibliotecas surgiram na década de 90.27 A biblioteca virtual dará ênfase na digitalização de coleções, conservação de arquivos digitais e melhoria dos métodos de armazenamento de dados, recuperação, curação e outros serviços. Acessibilidade remota, disponibilidade infinita das coleções e possibilidade de transferir conteúdos de maneira infinita são algumas das características desse novo conceito. A partir dessa premissa, em 2012, as bibliotecas estão se tornando centros para a mudança social e econômica da população. Duas bibliotecas dos Estados Unidos, a Westport Library, localizada em Connecticut e a Fayetteville Free Library (FFL), em Nova York, criaram o que está sendo chamado de Makes Spaces ou, em tradução livre, “Espaços do Fazer”, locais destinados ao desenvolvimento de projetos que estimulem ideias inovadoras. Isso mostra que as bibliotecas, longe de estarem com seus dias contados, caminham para um futuro onde estão ganhando usos alternativos. A criadora do “Fab Lab”28, o Maker Space da FFL, Lauren Smedley, afirma que as bibliotecas existem para “prover acesso livre e grátis à informação, tecnologia e ideias”; ou seja, as bibliotecas, mais do que um repositório para livros, devem ser vistas como um centro do conhecimento. Isso mostra uma tendência sociocultural atual da sociedade onde não é mais suficiente obter a informação, afinal, ela está livre e facilmente acessível, mas também utilizá-la para um propósito. Porém, apesar do grande crescimento das vendas dos aparelhos de internet móvel, da facilidade cada vez maior ao acesso às informações e da tendência a proatividade em relação à informação, o brasileiro se interessa cada vez menos por leituras, sejam elas de jornais, revistas, livros ou textos na internet. Estudos feitos pelo Instituto Pró-Livro apontam que, a partir de uma lista na qual cada um poderia escolher até cinco opções, 85% dos brasileiros ainda têm a TV como sua atividade predileta nas 26 Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital. 27 FERREIRA, S. L. M. S. P. Biblioteca do futuro: sonho ou realidade? Brasília: Ciência da Informação, 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 19651997000200001>. Acesso em 09 set. 2012. 28 Sigla que significa “Fabrication Lab” – ou Laboratório de Fabricação, em tradução livre –, e que a criadora Lauren Smedley chama de “Fabulous Lab” ou “Laboratório Fabuloso”. 71
  • 72. horas vagas. A leitura vem em sétimo lugar, com somente 28% das preferências.29 Isso se deve principalmente à falta de tradição nacional de incentivo à leitura e também ao fato de poucos membros da família manterem tal hábito, o que acaba influenciando os mais jovens. Somado a isso, o desinteresse por livros obrigatórios na escola, que muitas vezes causam pouca identificação com a vida do jovem e são geralmente de difícil compreensão, leva ao desinteresse por livros em geral. A pesquisa do Instituto Pró-Livro também aponta que a leitura de livros digitais (e-books) é pouco disseminada no Brasil30. Os dados mostram que 70% dos entrevistados nunca ouviram falar dos livros eletrônicos que podem ser lidos em equipamentos como tablets e e-readers e dos 30% que já ouviram falar, 82% nunca leram um livro eletrônico. Mas isso não significa que os brasileiros não estão utilizando a internet móvel. Estudo feito pela Opera Software31 aponta que 79% dos entrevistados utiliza seus dispositivos móveis diariamente para acessar a internet. Os usos mais comuns são para atualizar as redes sociais, baixar conteúdos e assistir vídeos. Portanto, a falta do hábito de leitura se mantém, mesmo com o maior acesso a esses conteúdos. Ainda a partir da pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro, foi constatado que as bibliotecas, por sua vez, são consideradas um local para leituras de apenas 12% dos brasileiros. Porém, ela desponta como um dos principais meios de acesso ao livro, com 26% de preferência do país, sendo o maior peso entre os países considerados no estudo.32 Isso mostra uma necessidade latente de tornar as bibliotecas mais valorizadas pela população, pois ela é um meio importante de acesso entre a minoria que está interessada na leitura. Portanto, o aumento de smartphones e tablets em circulação só será uma oportunidade se for aumentado o interesse no uso desses dispositivos para a leitura 29 AGÊNCIA BRASIL. Assistir TV é atividade preferida do brasileiro; leitura fica em 7º. São Paulo: Terra Networks Brasil, 28 mar. 2012. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5690566-EI8266,00- Assistir+TV+e+atividade+preferida+do+brasileiro+leitura+fica+em.html>. Acesso em: 09 set. 2012. 30 JINKINGS. D. Livros digitais ainda são desconhecidos pela maioria dos brasileiros. Brasília: Agência Brasil, 28 mar. 2012. Disponível em: < http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03- 28/livros-digitais-ainda-sao-desconhecidos-pela-maioria-dos-brasileiros>. Acesso em: 28 jun. 2012. 31 FURLAN. P. O brasileiro e seus hábitos de navegação em dispositivos móveis. São Paulo: Grupo Padrão, 13 ago. 2012. Disponível em: <http://consumidormoderno.uol.com.br/consumidor-2- 0/o-brasileiro-e-seus-habitos-de-navegac-o-em-dispositivos-moveis>. Acesso em: 10 set. 2012. 32 CENTRO REGIONAL PARA EL FOMENTO DEL LIBRO EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Comportamento do leitor e hábitos de leitura: comparativo de resultados em alguns países da América Latina. Bogotá: 2012. 72
  • 73. e não somente para outras finalidades, como, por exemplo, o acesso às mídias sociais. Outro ponto de dificuldade é a qualidade das informações encontradas. Pelo excesso de dados disponíveis, o usuário muitas vezes se vê incapaz de filtrar o que pode ser relevante.33 Uma maneira de criar e manter o interesse das pessoas, em especial os jovens, na leitura, seria utilizar-se dessa tendência encontrada, das bibliotecas como espaços de criação. Ao frequentar a biblioteca como uma fonte de aprendizado, o interesse pela leitura poderia florescer. Tem-se, então, um panorama no qual a tecnologia está em processo de rápido desenvolvimento, o acesso às informações está cada vez mais fácil pela disseminação dos dispositivos móveis e pela possibilidade de armazenamento de arquivos e softwares nas nuvens e, ainda assim, o interesse pela leitura diminui. Isso poderia ser considerado negativo para o SIBiUSP porém, ele pode valer-se dessa ameaça transformando-a em oportunidade ao organizar, disponibilizar e divulgar conteúdos pela internet de forma que atinja efetivamente seus usuários. Em outras palavras, é necessário tornar o leitor que possui os novos aparatos tecnológicos conhecedor dos serviços do SIBiUSP, além de tornar o acesso a estes mais fácil e rápido. Com um método de busca fácil, rápido e bem-estruturado, e com uma divulgação que contemple seus públicos-alvo, o SIBiUSP tem a grande chance de consolidar sua faceta estratégica, ganhando formadores de opinião que valorizem e utilizem suas ferramentas, disseminando, entre seus iguais, uma imagem positiva da organização. Por meio do advento das tecnologias, uma nova estrutura sociocultural é instaurada e a organização apresenta-se como uma inovação em gestão da informação para setor de bibliotecas, uma vez que ele existe para integrar o sistema e facilitar a localização de obras do acervo USP. À medida que a sociedade estiver inserida no contexto tecnológico, uma plataforma digital como o SIBiUSP é bem- vinda. Porém, a dependência das bibliotecas físicas é uma realidade que deve ser considerada no momento de se reorganizar para ser referência em busca científica, mesmo que apenas para membros da comunidade USP. Em suma, ele tem a grande oportunidade de melhorar sua comunicação com os públicos da USP, além 33 GIRON, L. A. Umberto Eco: “O excesso de informação provoca amnésia”. São Paulo: Época, 30 dez. 2011. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/12/umberto-eco-o- excesso-de-informacao-provoca-amnesia.html>. Acesso em: 09 set. 2012. 73
  • 74. de modernizar-se não somente através de novas tecnologias, mas também por inserir-se em um contexto mais “high-tech”, acompanhando os jovens alunos que procuram por informações mais organizadas e completas de forma fácil e tornando a biblioteca um local de convivência, mais do que um local para armazenar livros. Na figura a seguir, tem-se um esquema simplificado dos fatos apontados no texto acima. O ponto central da integração é o avanço das tecnologias. Numa relação de causalidade e também de consequência, temos o boom dos dispositivos móveis que acabou impulsionando ainda mais o crescimento da área de TI e a progressão da computação em nuvem. A partir da computação em nuvem, pode-se afirmar que o acesso às informações tornou-se ainda mais fácil e, com isso, ocorreu um processo de superabundância de informações. Dessa forma, as pessoas começam a se sentir bombardeadas com informações, o que as leva ao desinteresse em ler. O acesso à internet e suas informações, no entanto, continuou alto, mas não com intenções de pesquisa, nem de leitura e sim para entretenimento, como as mídias sociais. O grande índice de acesso à internet, por sua vez, leva novamente ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das novas tecnologias. As bibliotecas, apesar de não estarem inseridas efetivamente no ciclo, podem ser consideradas parte dele se forem inseridas no conceito de biblioteca virtual, ou seja, que torne acessível informações por meio da internet e se tornem centros de conhecimento e colaboração. 3.2.1 ASPECTOS LEGAIS QUE PODEM AFETAR A ATUAÇÃO DO SIBIUSP Por fim, analisar-se-á nesta etapa o legislativo. Dentro do código brasileiro, foram identificadas três leis e um decreto que podem influenciar, direta ou indiretamente, o trabalho do SIBiUSP. Em primeiro lugar, é preciso compreender as considerações legais acerca dos direitos autorais no Brasil. Eventuais mudanças que envolvam as questões de autoria afetam diretamente o negócio do SIBi e, por isso, devem ser acompanhadas 74
  • 75. frequentemente. O código atual aplica-se não somente a livros e publicações acadêmicas, mas também a direitos patrimoniais sobre bases de dados, como pode ser observado no sétimo capítulo da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998: Capítulo VII Da Utilização de Bases de Dados Art. 87. O titular do direito patrimonial sobre uma base de dados terá o direito exclusivo, a respeito da forma da expressão da estrutura da referida base, de autorizar ou proibir: I - sua reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo; II - sua tradução, adaptação, reordenação ou qualquer outra modificação; III - a distribuição do original ou cópias da base de dados ou a sua comunicação ao público; IV - a reprodução, distribuição ou comunicação ao público dos resultados das operações mencionadas no inciso II deste artigo. (BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998) Na conjuntura atual, é fundamental observar as condições de distribuição das cópias digitais de obras fora do domínio público, bem como as publicações em nome do SIBi e da USP. Dependendo da proatividade da organização, esse ponto pode ser uma fraqueza. Se não houver medidas preventivas e acompanhamento frequente das mudanças legais o SIBiUSP pode enfrentar problemas judiciais e gastos extras para regularizar a sua situação. Além dessa, outra lei sancionada por Fernando Henrique Cardoso em 1998 pode afetar o negócio do SIBiUSP. A Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro 1998, dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no País, e outras providências. (BRASIL, 1998) Para o SIBiUSP, o carro chefe de seus serviços é a busca no acervo, realizada por um programa de computador disponível nas bibliotecas, o Aleph 500, em versão customizada denominada DEDALUS. A atenção se deve ao fato de que o autor se reserva ao direito de reivindicar a paternidade do programa a qualquer momento e, além disso, pode recusar customizações e alterações de código se as julgar inadequadas. Essas e outras questões devem ser resolvidas em contratos de licença, mas é conveniente acompanhar as mudanças da legislação e, mais do que isso, manter um bom relacionamento com o fornecedor, facilitando as negociações de contrato. 75
  • 76. Enquanto isso, a Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010 dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País. O ponto chave desta lei está em seu parágrafo único: Parágrafo único. Será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas escolares. (BRASIL, Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010) Com essa lei, as bibliotecas do SIBiUSP mantêm sua atuação regulamentada e garantida, mas cabe à organização a responsabilidade de manter o volume do acervo de acordo com a sua realidade. Por fim, temos como ponto de atenção o decreto de Lei brasileiro Nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, afirma que: Todos os portais e sites da administração pública deverão ter obrigatoriamente seus conteúdos acessíveis para pessoas portadoras de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informações disponíveis. (BRASIL, Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004) Neste momento, a Lei Acessibilidade e Regulamentação ainda não afeta o SIBiUSP e suas bibliotecas. No entanto, sua expansão pode alcançar os setores educacionais e de serviços da informação, obrigando a adaptação dos sites eletrônicos para acessibilidade dos portadores de deficiência visual. É importante que a equipe esteja alerta para essa modificação, que demandará tempo e orçamento. Por lei, o SIBi ainda não é obrigado a fazer essa atualização. 3.3 ANÁLISE SWOT A análise SWOT fornecerá um direcionamento mais claro sobre o cenário em que o SIBiUSP está inserido e trará insumos para uma proposta de planejamento estratégico mais eficiente. Por meio dessa ferramenta será possível identificar qual 76
  • 77. posição o cliente ocupa no contexto atual e quais as estratégias necessárias para posicioná-lo de forma mais alinhada às suas metas e à própria visão da organização. A análise SWOT consiste em analisar os pontos fortes e fracos da organização, suas oportunidades e suas ameaças. Alguns autores afirmam que ela consiste em empreender uma análise interna, levantando as forças e fraquezas, e uma análise externa, considerando as oportunidades e ameaças do ambiente. Entretanto, não é possível analisá-los separadamente. De acordo com YANAZE (2006), só se pode entender a constatação de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças se elas forem oriundas de uma análise combinada, na qual as condições internas devem ser sobrepostas e confrontadas com as situações do ambiente. Portanto, forças e fraquezas só podem ser reconhecidas nos contextos em que ocorrem em relação às oportunidades e ameaças, ou seja, em relação umas às outras. Sendo assim, a análise que segue mapeará externamente oportunidades e ameaças e, internamente, forças e fraquezas para chegar, com o cruzamento de tudo que foi levantado, em um diagnóstico mais apurado e que revele a organização dentro de seu atual contexto. Figura 16. Análise SWOT. 77
  • 78. 3.3.1 OPORTUNIDADES No que se refere à análise do ambiente externo, pautando-se pela análise macroambiental e setorial realizadas anteriormente, pode-se identificar algumas oportunidades que devem ser aproveitadas pelo SIBi para expandir os seus serviços e, ao mesmo tempo, adaptar-se às novas demandas trazidas pela Era Digital. No atual período em que a disseminação da tecnologia facilita o acesso a todo tipo de informação, os dispositivos móveis e outros aparatos tecnológicos, como a disseminação da computação em nuvem, tem criado o seu papel na sociedade. Com isso, a área de tecnologia da informação cresceu e, com ela, também as novas formas de armazenamento digital. A computação em nuvem é mais um fator que completa tal cenário. Além disso, a insurgência da necessidade nas pessoas de estar em constante interação e da facilidade comunicacional encontrada nos dias de hoje, leva a surgir uma nova estrutura sociocultural de relacionamento com a tecnologia, de alta frequência de uso e de consumo imediato de diversos tipos de conteúdos que pode ser aproveitada pela organização. O SIBiUSP já está inserido no mundo digital, mas as plataformas ainda precisam ser aprimoradas e renovadas. Considerando esse cenário, o investimento para que seja possível o acesso a todos os produtos e serviços do SIBi por meio de interfaces móveis é uma oportunidade. Atualmente, já é possível acessar os sistemas DEDALUS e o Busca Integrada através do celular, o que aumenta os canais disponíveis para inserção da marca, tornando-a mais presente no dia-a-dia dos usuários e simplificando o acesso, o que aumenta as chances de ele ocorrer. A tendência à digitalização pode se apresentar como uma ameaça às bibliotecas, porém, pode se tornar também uma oportunidade, caso o SIBi seja capaz de acompanhar a tendência constatada no estudo ambiental anterior onde as bibliotecas estão se tornando locais de convivência, criação de ideias e transmissão mútua de conhecimento. Além disso, a organização pode se aproveitar desse momento de novas tecnologias disponíveis para aumentar o seu acervo digital, tendência verificada em outras organizações do mesmo setor. A biblioteca está tornando-se virtual. O novo 78
  • 79. contexto sociocultural aproximou as pessoas das plataformas digitais e, é possível verificar que organizações de todos os ramos e setores e dedicadas às mais diferentes atividade estão migrando para o ambiente digital seja em seus processos internos ou em suas divulgações externas. Os novos recursos tecnológicos, como o armazenamento em nuvem, também podem ajudar o SIBiUSP a adquirir sistemas técnicos, de navegação e de capacidade de busca cada vez mais eficientes a preços menores. A inserção nas mídias sociais, que já acontece através do Twitter e dos dispositivos de feeds, deve ser continuada de maneira eficiente, com o compartilhamento de conteúdos do interesse dos usuários e que fortaleçam o vínculo emocional desses com a marca SIBi, o que lhe darão maior interesse em conhecer e utilizar todos os produtos e serviços da organização. Já com relação ao setor em que a organização está inserida, também pode-se verificar algumas oportunidades. O crescimento da produção científica no Brasil, maior que a média mundial, impulsiona e fortalece seu trabalho. A Universidade de São Paulo (USP), quando comparada a outras universidades Do País, é a que apresenta maior reconhecimento internacional e está presente e classificada em diversos rankings mundiais importantes, como descritos na análise setorial do presente estudo. O vínculo entre o SIBiUSP e a universidade pode posicioná-lo de forma mais estratégica no setor. Através da força da marca USP, o SIBi pode ganhar maior visibilidade e se destacar perante outras organizações do setor de administração de bibliotecas. Sendo assim, através da USP, a pesquisa tende a ganhar força e o SIBi entra como o ator mais importante na disseminação da produção científica e ao disponibilizar conteúdos que fomentem essa área. Portanto, ao se utilizar das novas tendências e tornar os conteúdos virtuais e acessíveis de qualquer lugar através dos dispositivos móveis conectados à internet, o SIBi será capaz de cumprir seu papel dentro da Universidade de São Paulo, incentivando o acesso a conhecimentos de caráter acadêmico e fomentando a pesquisa. 79
  • 80. 3.3.2 AMEAÇAS Pode-se elencar alguns pontos que se apresentam como ameaças ao desenvolvimento do SIBiUSP enquanto referência na busca de dados e informações. Conforme abordado anteriormente, em uma pesquisa feita pela revista Science constatou-se que a era digital se iniciou em 2002. Assim, há 10 anos o cenário ambiental já se apresentava com o princípio da Era Digital. Nos dias de hoje, os dispositivos móveis tornam todos os processos digitalizados. Portanto, o processo de digitalização das obras deve alcançar um patamar que seja, senão o meio principal de acesso, ao menos um dos mais importantes, de forma que seja capaz de acompanhar as tendências. Um atraso nesse contexto se apresenta como uma ameaça ao alcance de seus objetivos de incentivo ao conhecimento, à geração da informação e o fomento à pesquisa científica. Outro elemento que deve ser ressaltado é o fato que a cultura de leitura no Brasil tem enfraquecido, apesar do acesso e a facilidade terem aumentado com os dispositivos móveis. Através da análise ambiental, também foi constatado que o brasileiro possui pouco conhecimento dos livros digitais e utiliza a internet móvel principalmente para uso recreativo. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro em março de 2012, o número de brasileiros que se consideram leitores caiu de 95,6 milhões em 2007 para 88,2 milhões em 2011. Esses fatos se apresentam como ameaças, uma vez que o hábito de ler está intrínseco à missão do SIBi e, à medida em que o brasileiro não possui interesse pelo conhecimento e informação, seus produtos e serviços não atingirão todo o seu público potencial. Portanto, digitalizar as obras não será garantia na melhoria dos índices de leitura do país e nem de maior acesso aos serviços do SIBi. Sem o estímulo correto à leitura, os aparatos tecnológicos que vem surgindo se consolidarão como ameaça ao invés de suporte à organização, uma vez que, como fonte de entretenimento e acesso a diversos tipos de conteúdos, pode concentrar mais atenção do usuário. A presença nas mídias sociais pode ser vista como uma oportunidade ou como ameaça. Ao adentrar o universo das redes sociais, é necessário que haja uma atualização constante e que sejam disponibilizados conteúdos de interesse geral, não apenas propagandas e outras ações de marketing, que acabam por causar o 80
  • 81. efeito contrário, afastando o público. Ao serem postados conteúdos de assuntos relacionados ao conhecimento, entre outros, o usuário se identifica com a marca e, consequentemente, se interessará mais em conhecer seus serviços e produtos. Também deve se tomar extremo cuidado com a divulgação de informações confusas ou em excesso, pois o usuário hoje se vê bombardeado de conteúdos por todos os meios e muitas vezes não possui capacidade nem disponibilidade para filtrar todo o conteúdo. Sua atenção pode acabar sendo desviada em caráter permanente caso ocorra uma interação inicial negativa com a marca. Além disso, o usuário da atualidade está interessado na facilidade extrema. Ao se deparar com um obstáculo, ele facilmente se transferirá para outro ambiente que seja mais amigável e atenda às suas necessidades. As plataformas digitais do SIBiSUP devem, portanto, investir em sua maior funcionalidade e em se tornarem mais amigáveis àqueles que as acessa, estimulando o uso. A busca da facilidade é outro fator que está tornando as bibliotecas menos usadas. Ao não possuir o hábito de leitura culturalmente, o brasileiro não enxerga valor em tais ambientes e, com a digitalização extrema de todos os serviços, o deslocamento até às bibliotecas se torna um esforço desnecessário para parte dos usuários. O SIBiUSP deve, então, tornar suas bibliotecas mais digitalizadas e buscar transformá- las num local de estudo e criação de ideias para que não se tornem obsoletas. A partir da conjuntura discutida acerca das oportunidades e ameaças do SIBiUSP no macroambiente, conclui-se que os recursos tecnológicos evoluem rapidamente, o acesso está cada vez mais facilitado pela disseminação dos dispositivos móveis e pela possibilidade de armazenamento de arquivos e softwares nas nuvens. Contudo, ainda assim, o interesse pela leitura diminui e também o acesso às bibliotecas. Acompanhar tais tendência que podem vir a ser ameaças e torná-las oportunidades é o grande desafio do SIBiUSP na Era Digital. 81
  • 82. 3.3.3 FORÇAS A partir da análise setorial e do benchmarking, é possível identificar algumas forças que podem levar a organização a se destacar no meio e se tornar fonte de inspiração para outras instituições do setor, suas parceiras-concorrentes. Observa-se que os números gerais do SIBiUSP são superiores aos números das outras universidades de referência, como Unicamp e Unesp, e possuí número potencial de usuários elevado, que pode ser melhor trabalhado. O SIBi também é a única organização vinculada à USP que está presente em todos os campi da universidade, através das bibliotecas. Toda essa infraestrutura deve ser valorizada perante os usuários. Além disso, a organização possui serviços e produtos que, se fossem mais conhecidos, poderiam atingir uma grande parcela de usuários que não utiliza esses recursos por não conhecê-los. Isso traria benefícios aos usuários que, consequentemente, acabariam por disseminar o SIBiUSP para terceiros, aumentando o público real da instituição. Seus produtos são diversificados e abrangem tanto o ambiente físico - como as bibliotecas, por exemplo - quanto o ambiente virtual, que pode ser acessado das bibliotecas ou, de forma limitada, dos computadores pessoais, móveis ou não. Levando-se em consideração que os usuários que participam da vida acadêmica, como professores, alunos de graduação e de pós-graduação, necessitarão dos serviços SIBiUSP no mínimo uma vez para concretizarem seus trabalhos acadêmicos, pesquisas e outros projetos, percebe-se que, se a organização conseguir tornar seus produtos e serviços mais conhecidos por meio de uma boa comunicação dentro da USP, ela conseguirá atingir um patamar inédito de aceitação e participação diante das outras instituições do setor. 82
  • 83. 3.3.4 FRAQUEZAS Avançando a análise em direção aos pontos que precisam de melhorias dentro do ambiente interno SIBiUSP, é possível constatar tanto aspectos de âmbito comunicacional quanto de produtos e serviços. De acordo com o último relatório que avalia a qualidade do SIBi, realizado pelo próprio órgão em 2009 e disponível em seu site, o sistema deixa muito a desejar na camada de base do Ensino Superior, a graduação. Esse público foi avaliado como o mais insatisfeito com relação aos produtos e serviços oferecidos pelo SIBi. Esse segmento não recebe a atenção necessária, apesar de ser o maior público em termos de números absolutos, em detrimento da prioridade de esforços nas áreas de pós-graduação, mestrado e demais especialidades. O usuário, ao desenvolver uma experiência ruim com o serviço logo em seus primeiros anos de estudos e contatos com a produção acadêmica, poderá construir uma imagem negativa em relação ao sistema no futuro, o que impactará na imagem do SIBi e, por consequência, no seu percentual de uso nos próximos estágios do Ensino Superior que, em geral, estão mais envolvidos com a produção de pesquisas, teses e dissertações. A presença ínfima de campanhas de divulgação sobre o SIBi e o funcionamento de seus produtos e serviços também é mais um fator que a se listar como uma de suas fraquezas. Segundo o relatório, uma parcela de alunos da Universidade simplesmente desconhece o sistema. Outra faixa de matriculados tem um conhecimento apenas muito superficial do que a organização oferece. A elaboração de materiais mais informativos e atrativos é importante para que os esforços e recursos investidos no SIBi sejam percebidos, compreendidos e aproveitados pela comunidade acadêmica. Quanto às plataformas digitais, a modernização do site do órgão, assim como a melhoria do sistema de busca ao acervo, são outros dois pontos de atenção no que se refere à melhoria da qualidade de serviços e produtos. Atualmente, além de estarem com layout pouco atraente e amigável e informações desatualizadas (os últimos relatórios e dados estatísticos, por exemplo, são de 2009), muitas vezes levam a links 83
  • 84. que se constituem apenas de números, o que dificulta o acesso automático a tais links através de memória e dá aos serviços uma aparência de ultrapassados. O acesso a alguns produtos por meio de dispositivos móveis já existe, porém, é necessário que se amplie esse acesso e, quando possível, criar um aplicativo que integre os serviços digitais do SIBi, incluindo o acesso remoto à biblioteca pois o usuário muitas vezes não possui o tempo necessário para deslocar-se até uma biblioteca física para realizar suas pesquisas, optando, então, por outros meios para a realização de seus trabalhos acadêmicos. Além disso, a falta de proximidade do SIBi junto às bibliotecas com relação à avaliação e gestão de recursos, também é um fator que se avalia como um ponto de fraqueza. Como constatado anteriormente no briefing, o relacionamento do SIBi com suas bibliotecas existe apenas para justificar investimentos e viabilizar a aquisição de produtos e serviços oferecidos, acontecendo prioritariamente por meio de um relatório anual. O SIBiUSP, como gestor, deve acompanhar mais de perto e com menor tempo de intervalo a atuação das bibliotecas para que as avaliações ocorram com maior grau de confiabilidade e para que as fraquezas fiquem mais visíveis, tanto no âmbito administrativo quanto no âmbito de relacionamento com os usuários, já que as bibliotecas são quem está próximo do público-alvo da organização. Tendo estas como aliadas, a imagem do SIBi se fortalecerá também perante seus funcionários, o que fará com que esses disseminem a marca para os públicos-alvo. 3.3.5 ANÁLISE CRUZADA O brasileiro tem lido cada vez menos. Esse desinteresse pela leitura também extrapola para os dispositivos tecnológicos, visto que na maioria dos casos eles ainda não são usados para esse fim. Como forma de minimizar o impacto do enfraquecimento da cultura da leitura, o SIBi pode explorar a sua diversidade de produtos e serviços e mostrar aos usuários que o conceito de bibliotecas físicas não representam sua totalidade. Ele poderia, por exemplo, demonstrar sua grandiosidade a partir dos museus em que está presente, levando ao usuário uma experiência não necessariamente atrelada à leitura, mas ao 84
  • 85. cultural. A partir dessa interface, o SIBiUSP poderá fazer uma tentativa de atingir seus usuários e desvincular sua imagem apenas às bibliotecas, que não são valorizadas por aqueles que não possuem o hábito de ler. Com os novos recursos tecnológicos disponíveis e, com a consequente expansão dos novos dispositivos, a potencialidade dos produtos e serviços da organização cresce exponencialmente ao se tornarem disponíveis nesses meios. Os usuários poderiam, nesse sentido, ter acesso aos mais diversos conteúdos fornecidos pela organização, utilizando canais como telefones móveis ou tablets, o que, de certa forma, também poderia atrair novos usuários que já são usuários frequentes dessas tecnologias. Apesar de hoje já existir o acesso a alguns recursos através de tais sistemas, ele ainda é incipiente em relação à necessidade latente dos usuários. Desse modo, o conteúdo disponibilizado pelo SIBiUSP poderia se expandir, tornando as bibliotecas mais virtuais e atingindo mais pessoas, atendendo assim às demandas dos usuários de forma mais rápida e objetiva. Além disso, outro ponto importante é a digitalização de obras raras, promovida pela organização, que já acontece e que está em crescimento. Os e-books, apesar de ainda pouco difundidos entre os usuários de dispositivos móveis no Brasil, por exemplo, se constituem em um importante recurso no que se refere à adaptação do SIBiUSP às novas plataformas digitais. Expandir tal digitalização não somente às obras raras e especiais, mas também a obras de grande uso pelos usuários e que nem sempre estão disponíveis em quantidade suficiente nas bibliotecas seria mais um recurso interessante a ser explorado. Isso tornaria as bibliotecas mais virtuais e incentivaria a sua utilização perante as tendências encontradas atualmente. Vale ressaltar ainda que, com as facilidades que o intercâmbio de informações encontrou nas redes, o bombardeio de mensagens com características diversas, e que nem sempre interessam àquele que é atingido por elas, é constante. Essa "chuva informativa" desestabiliza qualquer tipo de comunicação que vendedores/instituições pretendam construir com seus clientes/usuários. É necessário, então, repensar a forma pela qual são transmitidas as mensagens para informar sem exaurir, sendo objetivo, preciso e certeiro. A comunicação só é caracterizada como efetiva quando passa uma mensagem clara ao público correto, sempre admitindo, claro, a construção de um diálogo entre emissor e receptor. 85
  • 86. O crescimento da produção científica no Brasil é um fato concreto, como apontado em pesquisas discriminadas na análise setorial. Também é possível perceber que a USP é vista, com frequência, nos principais rankings de produção científica do País e internacionais. Segundo o ranking da QS World Universities, que avalia 700 instituições, a USP avançou 30 posições e é líder entre as universidades latino-americanas, ocupando a posição de número 139. Ainda segundo o ranking da QS Quacquarelli Symonds, consultoria britânica especializada em educação superior, a Universidade de São Paulo é a melhor instituição de ensino da América Latina. Esses fatos convergem para a conclusão de que a universidade está acompanhando a tendência de desenvolvimento do ensino superior nacional e também internacional. Entretanto, é importante lembrar que o ranking também é composto por várias outras instituições de apoio e incentivo à pesquisa. Estar presente em rankings é um ponto positivo para a USP, que semeia e incentiva, desde sua criação, a produção acadêmica. Porém, sua inclusão nestes rankings deve-se, em um aspecto primário, além dos incentivos feitos dentro das escolas da Universidade, às fontes de pesquisa. Sem livros de referência e materiais acadêmicos, como se sabe, é impossível realizar qualquer produção científica. É fundamental que o SIBiUSP repense sua relação com os membros das bibliotecas, em especial os bibliotecários que atendem diretamente o público, relacionamento que hoje trabalha apenas com os requisitos mínimos do diálogo (produção de normas, entrega de relatórios etc.), numa via de mão única. É preciso estruturar um relacionamento de mão-dupla que além de informar, compreenda esses parceiros que são, afinal, aqueles que estarão em constante interação com os usuários que procuram por materiais de consulta para realizar pesquisas acadêmicas e, que por sua vez, contribuem para a presença da USP nos principais rankings, conforme apontado anteriormente. Em outras palavras, o SIBiUSP deve aprimorar sua comunicação com os usuários, de forma a divulgar com clareza seus produtos e serviços e também com os bibliotecários, que divulgarão espontaneamente, positiva ou negativamente, a organização. Atualmente, esse é um grande desafio de nosso cliente, uma vez que seu relacionamento com os usuários é pragmático, pouco estruturado, com métodos e meios de comunicar que não se atualizaram ao longo do tempo. À medida que o tempo passa, o perfil dos usuários se altera. A USP, por sua vez, recebe novos alunos 86
  • 87. e forma professores que possuem perfis diferentes daqueles encontrados há alguns anos atrás. É mandatório para que a organização altere sua percepção de imagem, se torne estratégica dentro da universidade e uma referência na pesquisa e apoio à produção científica, que sua comunicação seja sempre muito clara, objetiva e presente, sendo divulgada pelos meios que atendem à realidade de seus usuários. Os usuários contam com o SIBiUSP para suas produções acadêmicas, por isso a comunicação deve ser feita pensando nas possíveis necessidades e demandas desse público. 87
  • 88. 4 PESQUISA O projeto de pesquisa realizado pela Agência está discriminado nos itens a seguir. 4.1 PROBLEMA A problemática identificada pelos membros da Agência é a de entender, no âmbito da comunidade USP, qual é o nível de conhecimento, percepção e qual a avaliação da imagem pelos usuários e potenciais usuários sobre os produtos e serviços do SIBiUSP e também da organização em si. 4.2 OBJETIVO PRIMÁRIO O objetivo primário definido para guiar a pesquisa é identificar a percepção sobre a imagem do SIBiUSP frente aos seus usuários. 4.3 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS Os objetivos secundários, a partir do primário inicial, são: a) Avaliar a percepção dos usuários a respeito de pesquisas acadêmicas e qual a importâncias das bibliotecas nesse âmbito; b) Identificar quais são as práticas referentes às pesquisas acadêmicas de cada segmento dos usuários; c) Identificar qual é o conhecimento do SIBi, bem como de seus produtos e serviços, pelos usuários; 88
  • 89. d) Avaliar a percepção dos usuários sobre os produtos e serviços oferecidos; e) Verificar os atributos positivos e negativos percebidos pelos usuários (avaliação da imagem); f) Avaliar a divulgação de produtos e serviços realizada pelo SIBiUSP; g) Identificar a opinião dos pesquisados sobre a funcionalidade e facilidade de acesso aos produtos e serviços do SIBiUSP; h) Mapear as demandas dos usuários; 4.4 METODOLOGIA O método de estudo escolhido foi o de pesquisa qualitativa, mais especificamente a entrevista em profundidade. Esse método é utilizado para buscar conhecimento, entendimento e aprofundamento sobre aspectos complexos do comportamento humano. Ele fornece dados para o desenvolvimento e compreensão das relações entre os atores sociais e sua situação, possibilitando a compreensão de atitudes, antecipar tendências e gerar e desenvolver insights. As pesquisas qualitativas geralmente são feitas pelas discussões em grupo ou entrevistas em profundidade. Em ambos os métodos, é seguido um roteiro aberto que permite a abordagem direta; ou seja, uma forma aberta de coordenar na qual se colhem dados espontâneos, a partir do referencial dos respondentes. A entrevista em profundidade é utilizada para obter-se uma alternativa de abordagem individual, em oposição a de grupo. São abordagens centradas no depoimento das pessoas. Além dos métodos qualitativos também há o que Oliveira (2011) chama de desk research, que se compõe dos dados secundários, que podem ser, por exemplo, trabalhos anteriores sobre o mesmo tema, análise do que é publicado na mídia, levantamento bibliográfico, entre outros. O roteiro utilizado pelo grupo em suas entrevistas está situado no APÊNDICE A. 89
  • 90. 4.5 AMOSTRA E PRESSUPOSTOS DE PESQUISA Os pressupostos consolidados a partir da metodologia foram, em primeiro lugar, a escolha do público-alvo principal do SIBiUSP. A partir dos dados secundários e do contato com a organização, foi definido que os usuários seriam: docentes, alunos de graduação e alunos de pós-graduação. Pressupõe-se que os alunos de graduação e pós-graduação não associam o SIBi aos seus produtos e serviços; entretanto, utilizam-no para realizar suas pesquisas acadêmicas. Já os docentes possuem um maior conhecimento da organização e utilizam seus serviços com frequência; porém, não o recomendam para os alunos. Também foi estabelecido que o parâmetro de avaliação fosse o campus principal da USP, localizado em São Paulo, na Zona Oeste, por ser o maior, sendo considerados os campi da Faculdade de Direito (FD) e da Faculdade de Medicina (FM) parte do mesmo, apesar de não estarem localizados no mesmo local, no bairro do Butantã.34 O campus da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) não foi considerado parte do campus principal da USP.35 Foram escolhidas as seis maiores escolas do campus principal da USP por meio de amostra não probabilística por cota, sendo elas: Escola de Comunicações e Artes (ECA), Escola Politécnica (EP), Faculdade de Direito (FD), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e a Faculdade de Medicina (FM). Na tabela a seguir, estão discriminados os números de cada uma dessas unidades. Os números de não-docentes, apesar de tão expressivos quanto o número de docentes, não são um público-usuário importante para o Sistema Integrado de Bibliotecas e, portanto, não fizeram parte da pesquisa. 34 O campus da FM fica localizado no bairro de Pinheiros e o campus da FD fica localizado no Centro. 35 O campus da EACH foi incorporado à USP em 2004, sendo visto como um campus à parte do principal. 90
  • 91. Tabela 7. Dados demográficos das seis maiores unidades da USP. Unidade Graduação Pós-Graduação Docentes Não-Docentes Total FFLCH 10.198 4.152 476 369 15.195 EP 4.700 2.424 454 486 8.064 FM 1.409 2.166 362 567 4.504 FEA 3.099 755 180 133 4.167 FD 2.423 1.389 157 182 4.151 ECA 2.185 1.331 195 246 3.957 Fonte: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Anuário Estatístico USP. São Paulo: VREA/USP, 2012. A amostra escolhida para a pesquisa foi definida como: um total de 36 entrevistas, sendo elas com seis usuários de cada unidade, a partir das premissas a seguir: a) Dois alunos de graduação de cada uma das seis unidades, totalizando 12; b) Dois alunos de pós-graduação de cada uma das seis unidades, totalizando 12; c) Um aluno de residência da Faculdade de Medicina (FM), sendo considerado aluno de pós-graduação de outra categoria – foi considerado importante por utilizar-se muito do ambiente da biblioteca sem, porém, encaixar-se nos outros parâmetros; d) Dois docentes de cada uma das seis unidades, exceto a FM, onde foi transferido um dos docentes para situar o aluno de residência nos seis usuários por unidade. Na tabela a seguir, constam os números da amostra: Tabela 8. Dados da Amostra de Pesquisa Pós-Graduação Unidade Graduação Pós-Graduação Docentes Total (Residência) FFLCH 2 2 0 2 6 EP 2 2 0 2 6 FM 2 2 1 1 6 FEA 2 2 0 2 6 FD 2 2 0 2 6 ECA 2 2 0 2 6 Amostra 12 12 1 11 36 Fonte: Esse quadro foi elaborado pelo grupo, com base neste site de amostragem: http://www.lee.dante.br/pesquisa/amostragem/amostra.html 91
  • 92. 4.6 RESULTADOS DA PESQUISA Os resultados da pesquisa, que foi realizada no mês de agosto de 2012, estão relatados nos tópicos a seguir. 4.6.1 PERFIL ALUNOS DE GRADUAÇÃO Após analisadas todas as respostas, de acordo com os itens de roteiro adotados nesta pesquisa qualitativa, chegou-se a algumas observações e conclusões que delineiam o perfil dos alunos de graduação da Universidade de São Paulo, na cidade de São Paulo. Percebe-se que esse público tem baixa frequência de uso da biblioteca, utilizando-a, prioritariamente, somente como espaço físico para estudos – não tem costume de procurar livros para realizar suas pesquisas e trabalhos acadêmicos. Em geral, elogiam o atendimento que é prestado nas bibliotecas, ressaltando essa qualidade em quase todas as entrevistas. Em contrapartida, questionam a quantidade de livros disponíveis – e apontam a falta de material para atender alunos que cursam disciplinas básicas. Livros que são usados por alunos de diversos cursos não apresentam número de exemplares suficientes para serem emprestados. Com relação à imagem e conhecimento do SIBi, os alunos de graduação demonstram ter pouco conhecimento da organização, e não conseguem associar os serviços do SIBi com seu próprio nome. Por exemplo, há uma grande confusão no reconhecimento dos nomes DEDALUS e SIBi – a maioria parece entender que o SIBi, na realidade, chama-se DEDALUS, o que demonstra a falta de conhecimento da organização. Quanto à renovação e empréstimo de materiais em diversas faculdades da USP, a maioria aparenta saber que é possível realizá-los com a carteirinha da faculdade, em qualquer uma das unidades de bibliotecas administradas pelo SIBi. Tratando-se de pesquisas acadêmicas, a maioria dos alunos aponta usar internet e livros. Como mecanismo de busca na internet, usam o site Google para achar materiais para pesquisa e trabalhos acadêmicos. Além disso, porém em menor 92
  • 93. frequência, os alunos de graduação também utilizam os materiais disponibilizados nas Centrais de Cópias. Com menor incidência, está a utilização do mecanismo VPN (Virtual Private Network). Os alunos de graduação apontam a grande rapidez e facilidade com que se pode realizar uma pesquisa na internet, e ressaltam o aspecto positivo de se ter uma interface dinâmica. Entretanto, citam também aspectos negativos como informações genéricas, a baixa confiabilidade das informações que aparecem na rede, e as “distrações” que estar conectado a um computador causam – por estarem frequentemente conectados às redes sociais, e-mails etc – os alunos parecem achar difícil conciliar uma pesquisa focada na internet, sem distraírem-se com outros sites e mecanismos. Quantos aos prós e contras em realizar pesquisas em bibliotecas, os alunos de graduação ressaltam o aspecto positivo em se ter os livros em suas mãos, por estarem familiarizados com essa forma de estudo. Além disso, também citam a confiabilidade do conteúdo publicado em livros. Quanto aos aspectos negativos, consideram a procura em bibliotecas trabalhosa, cansativa e demorada. Com relação ao DEDALUS, a maioria dos alunos de graduação parece conhecer o sistema, entrando em contato com ele por meio da biblioteca ou de outros alunos da Universidade. Além disso, em menor frequência, citam ter entrado em contato pela primeira vez com o sistema por intermédio de uma disciplina ou “palestra” específica sobre o mesmo. É notável, na maioria das entrevistas, a falta de associação entre o nome e a ferramenta. Os alunos não identificam uma divulgação formal do sistema, pelo contrário: consideram a divulgação bastante informal, pois a maior parte deles soube da existência do DEDALUS indo até a própria biblioteca. Já a experiência com esse software foi classificada, em geral, como positiva: na maior parte das vezes, os estudantes encontram o que procuram. Entretanto, muitos reforçam a opinião de que não sabem utilizar o sistema corretamente, desconhecem todos os recursos e conteúdos disponíveis, além de classificar o sistema como “antigo” e a interface como “desinteressante”. A falta de entendimento sobre a lógica do sistema – como busca e classificação de resultados – também é citada pela maioria. Os alunos de graduação comparam o DEDALUS ao Google, e comentam que o primeiro não é tão “intuitivo e amigável” quando a segunda 93
  • 94. ferramenta de pesquisa. Um dos pontos levantados pela maioria dos alunos de graduação é a sincronia lenta entre o fluxo de devolução e atualização no sistema. Eles comentam que, no sistema, o livro frequentemente aparece como disponível, mas não é encontrado na biblioteca. É perceptível o fato de que usuários avançados do sistema tendem a desenvolver experiências melhores com o mesmo, pois parecem entender mais sobre o seu funcionamento. Em contrapartida, usuários iniciantes tendem a desenvolver experiências mais negativas, pois uma vez que o mesmo “não é intuitivo e amigável”, como aponta a maioria, não conseguem estabelecer uma lógica clara para buscas e resultados. Quanto às revistas disponíveis, a maioria parece saber que as mesmas existem na biblioteca, entretanto não as utilizam. Além disso, a maioria parece não saber sobre a existência dos periódicos online. Aqueles que procuram os serviços de empréstimos de revistas comentam sobre a falta de exemplares. Sobre como ficaram sabendo sobre essa disponibilidade, a maioria aponta a divulgação boca-a-boca. Sobre o serviço de Busca Integrada, nenhum aluno de graduação conhecia a existência do mesmo. Quando perguntado sobre o interesse neste serviço, a maioria demonstra querer saber mais sobre o assunto. As sugestões dadas pelos alunos de graduação do SIBi envolvem aspectos como: necessidade do SIBi de divulgar mais sobre si mesmo, aumentar o número de materiais para empréstimo, estender o horário de funcionamento das bibliotecas e ampliar os espaços para estudo dentro das bibliotecas. Quanto ao aspecto da Comunicação, a maioria dos alunos de graduação se interessa por receber informações por e-mail, com títulos “atrativos”, para incentivar a leitura – eles argumentam que recebem muitas informações pelo correio eletrônico, e por isso justificam a necessidade em criar uma atenção maior aos e-mails enviados. Além disso, os alunos acreditam ser interessante a criação de canais de maior interação, como blogs e página no Facebook. Outra sugestão de Comunicação apontada é a criação de panfletos, cartazes, materiais do SIBi no kit de boas-vindas dos calouros e a reserva de um espaço das primeiras aulas do 1º ano na graduação para fazer uma apresentação do SIBi. 94
  • 95. 4.6.2 PERFIL ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO Quando analisado o perfil dos alunos de pós-graduação da Universidade de São Paulo, percebe-se que esse público valoriza a biblioteca enquanto instituição de pesquisa e conhecimento, e lá procuram por materiais básicos para estudos – os materiais específicos procuram comprar. A maioria dsos alunos de pós-graduação utiliza a rede VPN (Virtual Private Network) para acessar o acervo. Quanto ao conhecimento sobre o SIBi, a maioria parece ter informações sobre a existência do mesmo, entretanto é baixa a associação entre os serviços utilizados e o nome “SIBi”, que é a organização que os oferece. A maioria dos alunos de pós- graduação parece saber que é possível emprestar e renovar livros com a carteirinha USP, em qualquer biblioteca administrada pelo SIBi. Ao se questionar sobre pesquisas acadêmicas, a maioria parece utilizar a internet, especificamente a ferramenta Google, para procurar por títulos de livros. Assim que os conseguem, os alunos procuram a biblioteca para emprestar as obras – e fazem downloads dos bons artigos que encontram na internet. A maioria aponta, entretanto, que não é estimulada a frequentar a biblioteca – nem pela universidade, nem pelos docentes. Para a maioria dos alunos de pós-graduação, a rapidez, praticidade e comodidade da pesquisa feita pela internet são os pontos fortes da procura online. Entretanto, também apontam os pontos negativos, e entre eles o principal: as informações encontradas podem não ser confiáveis. A respeito da pesquisa em biblioteca, metade dos alunos cita a confiabilidade e praticidade de se encontrar livros. A outra metade, no entanto, comenta ser demorado para se encontrar o material procurado. A respeito do DEDALUS, a maior parte dos alunos de pós-graduação demonstra conhecer o sistema, e o considera como um “sistema de busca” ou “base de dados” – isso demonstra uma clara confusão de significados. A maioria aponta que conheceu o sistema na época de graduação ou na própria biblioteca. Em sua opinião, acreditam não existir uma divulgação formal do serviço, e apontam a divulgação informal que é realizada do mesmo, dentro das bibliotecas, como boa. A maioria 95
  • 96. elogia os cursos e disciplinas ministrados pelo próprio bibliotecário, direcionados para os alunos de pós-graduação. Sobre a experiência que tiveram e têm com o DEDALUS, dizem utilizar a plataforma e gostam da possibilidade de verificar a disponibilidade de um livro por meio de um computador remoto. A maioria dos alunos de pós-graduação relata a sincronia lenta entre o fluxo de devolução e atualização no sistema: no sistema, o livro aparece como disponível, entretanto, ao se realizar imediatamente a pesquisa na biblioteca, o mesmo não é encontrado. A maioria também comenta sobre a organização do sistema, que parece não estar clara. Verifica-se também que a maioria procura por artigos e revistas, entre os materiais digitais disponíveis para consulta (além disso, afirmam ter conhecido esse serviço por meio da divulgação boca-a-boca). Apesar de estar familiarizada com o sistema, a maioria não consegue fornecer uma descrição exata do mesmo. Nem todos os alunos de pós-graduação conhecem o VPN, mas os que o conhecem, relatam que só sabem fazer pesquisas acadêmicas por lá. A maioria considera o sistema de busca ruim e prefere buscar os materiais primeiramente na biblioteca, pois lá pode contar com o apoio de um bibliotecário. Com relação ao mecanismo de Busca Integrada, somente um aluno da pós- graduação já tinha ouvido falar do mesmo, mas não compreendia o serviço. Metade dos alunos aponta ter interesse em conhecer mais sobre essa facilidade, e a outra metade, não demonstra interesse. Entre as sugestões dadas pela maioria dos alunos de pós-graduação, estão: incentivar que os alunos a terem maior cuidado com a devolução de livros; fornecer maior número de exemplares, tanto de livros, quanto de revistas; implantar melhorias no sistema DEDALUS (melhora da interface e repensar as palavras-chaves); disponibilização de treinamento para usuários do sistema DEDALUS, pois, segundo eles, é “um sistema complexo e seu uso não é intuitivo”; e maior digitalização dos materiais e acervo. A respeito da Comunicação do SIBi, a maioria dos alunos de pós-graduação deseja ver uma maior divulgação dos produtos e serviços da organização, além de desejar receber mais informações de conteúdo inovador e com pouco texto – tudo isso por e-mail. 96
  • 97. 4.6.3 PERFIL DOCENTES Os professores da Universidade de São Paulo frequentam pouco as bibliotecas, uma vez que o espaço físico destinado à produção acadêmica é suprido por salas particulares e o acervo da biblioteca não é mais essencial, já que possuem suas próprias bibliotecas particulares. Para alguns, a especialização de suas áreas não é acompanhada pelos funcionários, que parecem não ser suficientemente capacitados para acompanhar as pesquisas. Apesar da frequência inferior, o nível de conhecimento sobre o SIBi é maior entre os professores. Além disso, eles se mostraram mais atualizados quanto aos serviços oferecidos. Dos entrevistados, a maioria declarou ciência quanto às novidades como empréstimo com a carteira de identificação USP e a renovação pela internet. Quanto ao perfil de cada entrevistado, identificou-se que o papel de pesquisador mostra-se mais forte do que de professor. Isso significa que ao pensarem nos temas “bibliotecas” e “SIBi” o docente pensa instantaneamente em suas produções, para depois se colocarem no papel de educador. Enquanto educadores, os entrevistados afirmam que orientam a utilização da biblioteca por seus alunos, tendo em vista que é uma fonte mais confiável para pesquisa. Eles também recomendam o uso do material disponível na Central de cópias para apostila e da biblioteca virtual, base de dados específica da faculdade e internet. Para suas disciplinas, a maioria dos materiais é disponibilizada na Central de cópias e a minoria em base de dados da faculdade ou por e-mail. Os docentes recomendam a compra de livros apenas quando são utilizados por mais de um semestre. A utilização dos produtos e serviços do SIBi também é recomendada por ser fundamental para formação do aluno. Dentre os produtos recomendados está o DEDALUS. verificou-se por meio da pesquisa que todos os docentes conhecem a ferramenta. O primeiro contato com o buscador do SIBi se deu na época da graduação ou pós-graduação (mestrado e doutorado) ou pela própria biblioteca. Sua funcionalidade, no entanto, é criticada por 97
  • 98. muitos professores, que a esperavam mais clara e consistente, principalmente junto aos alunos da graduação. Quanto à eficácia de sua divulgação, a opinião varia entre as unidades e não pode ser claramente definida. O consenso considera necessário o desenvolvimento de ações do SIBi para divulgar suas melhorias, incluindo o envio de informações por email, e a distribuição de folders e folhetos. A percepção que os professores têm do DEDALUS, é de maneira geral boa, mas com muitas ressalvas: por exemplo, publicações importantes – seja para área de pesquisa ou para disciplinas – não constam no acervo. No cotidiano deles, os artigos acadêmicos e periódicos institucionais são os mais procurados. No entanto, eles reconhecem que os alunos utilizam mais a internet do que a própria biblioteca. Para um professor, é difícil fazer os alunos lerem a bibliografia das disciplinas e a biblioteca não contribui para essa tarefa. Quando um livro é indicado pelo professor, faltam na biblioteca os exemplares para todos os alunos e os professores acabam disponibilizando as obras na Central de cópias ou no STOA.36 Os professores usam muito o acervo online de revistas e também sabem da existência do acervo físico. Ainda sobre as revistas, eles consideram o sistema de busca ruim, já que é preciso conhecer as publicações, as edições exatas para localizar o que se quer. A “Busca integrada”, que poderia suprir essas dificuldades, é conhecida por apenas um dos docentes entrevistados – ainda que todos tenham interesse, não há divulgação adequada das informações. Como sugestões de melhoria, os professores indicam três pontos importantes. Ampliar o processo de digitalização do acervo, unificar os sistemas de busca e compartilhamento, para que eles deixem de ser fragmentados por unidade e por professor, bem como investir em salas de estudo nas bibliotecas e melhorarias nas redes de internet sem fio. 36 STOA é uma rede social de estudantes, professores, funcionários e ex-membros da Universidade de São Paulo, a qual possibilita interação, troca e compartilhamento de informações e arquivos de forma colaborativa. Dado disponível em stoa.usp.br. 98
  • 99. 4.6.4 CRUZAMENTO DAS ANÁLISES Considerando todas as pesquisas realizadas com alunos de graduação, pós- graduação e docentes das seis maiores faculdades da USP (em número de alunos), e os perfis traçados sobre cada público após descrição e análises das respostas, foi produzido um cruzamento que procura encontrar convergências e divergências entre os pontos levantados por tais públicos. A partir desses encontros, será possível levantar discussões para criação de ações e estratégias de Relações Públicas que procurem melhorar o cenário encontrado. Nota-se que os alunos de graduação e docentes apresentam baixa frequência de uso da biblioteca, por motivos diferentes: o primeiro público parece valorizar mais o espaço físico que a biblioteca proporciona, utilizando-o para estudar e realizar reuniões em grupo; já o segundo, conforme apontado nas entrevistas realizadas, tem seu próprio acervo particular de livros e também sua própria sala, de forma que a biblioteca torna-se um recurso somente em casos em que necessite emprestar alguma obra muito específica de sua área, que ainda não possua. Com relação aos alunos de pós-graduação, que já possuem alguns livros de sua época de faculdade, a biblioteca torna-se o meio pelo qual adquirem obras para seus novos estudos, como mestrado e doutorado, valorizando mais a oportunidade de emprestar as obras, do que o espaço de estudo, uma vez que dispõem de pouco tempo para passar dentro da universidade. Todos esses fatores culminam na percepção e conhecimento que os três grupos têm sobre o SIBi. Os alunos de graduação e pós-graduação são os que menos entendem e sabem sobre a organização – e mostram confundir os serviços oferecidos com o que é, na realidade, o SIBi. Isso pode estar ligado à falta de estímulos dados pelos docentes para o uso das bibliotecas – apesar de apontarem que consideram a visita às bibliotecas de extrema importância, os docentes disponibilizam seus materiais em Centrais de cópias, para estimular os alunos a lerem as obras necessárias para o cumprimento da disciplina. Mesmo assim, os alunos de graduação demonstram realizar suas pesquisas com bastante frequência na internet; já os alunos de pós-graduação, realizam a pesquisa na internet para achar títulos de obras necessárias para pesquisas – e então, as procuram na biblioteca. 99
  • 100. Quanto às pesquisas realizadas online, tanto alunos de graduação quanto alunos de pós-graduação apontam a rapidez, facilidade e praticidade de se pesquisar na internet – e também apontam os mesmos aspectos negativos, como informações genéricas e pouco confiáveis. Ambos os públicos ressaltam a confiabilidade de consultar livros na biblioteca – e apontam, concomitantemente, a demora em localizar os materiais necessários. A respeito do uso do DEDALUS, tanto alunos de graduação, pós-graduação e docentes avaliam a experiência de uso como boa – mas fazem ressalvas quanto à divulgação do sistema, a sua organização e facilidade de acesso – que é apontado como pouco intuitivo e não muito amigável. A sincronia lenta entre o fluxo de devolução e a atualização no sistema também foi citada tanto por alunos de graduação, quanto por alunos de pós-graduação: ambos dizem que frequentemente o livro aparece como disponível, mas não é encontrado na biblioteca. Nenhum aluno de graduação conhecia a ferramenta de Busca Integrada – somente um aluno de pós-graduação já havia ouvido falar no tema, mas sem aprofundamento, e somente um docente conseguiu explicar sobre a funcionalidade. Todos os três públicos sugerem que o SIBi divulgue mais os seus serviços e a si mesmo – ou seja, que reforce a Comunicação Institucional. Uma das principais sugestões dos alunos de graduação é a criação de ambientes de estudo dentro da biblioteca; já uma das principais sugestões dos alunos de pós-graduação é que se digitalize mais os materiais do acervo. Já os docentes sugerem, principalmente, a unificação dos sistemas de busca e compartilhamento (para que não seja fragmentado por unidade e por professor) e o investimento em salas de estudo, assim como apontam os alunos de graduação, e melhora nas redes wifi. 100
  • 101. 5 DIAGNÓSTICO Segundo Cândido Teobaldo de Souza Andrade (1996, p.46), o diagnóstico de Relações Públicas é o método de levantamento e análise do desempenho de uma empresa ou instituição, interna ou externamente, de modo a facilitar a tomada de decisões. Partindo dos dados levantados no briefing, até os resultados das entrevistas, perpassando pela análise estratégica e hipóteses para as pesquisas, é possível estabelecer relações entre elementos intrínsecos ao SIBi – administração, princípios organizacionais, produtos e serviços – à sua percepção perante os alunos de graduação, pós-graduação e docentes da USP, a fim de diagnosticar sua comunicação como um todo. Para Wiliam Newman, “um bom diagnóstico não especifica somente os resultados desejados; ele também identifica os obstáculos que devem ser sobrepujados para alcançar esses fins” (1981, p.105). Levando isso em conta, far-se-á considerações acerca dos resultados encontrados até esta fase do trabalho e sobre o desenvolvimento do diagnóstico que direcionará as ações de relações públicas para orientar o cliente em seu posicionamento institucional. 5.1 PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS E ESTILO ADMINISTRATIVO O SIBiUSP surgiu da necessidade de integração entre as bibliotecas da USP, na medida em que o número de faculdades aumentava e, por consequência, também aumentavam o número de bibliotecas. A implantação do Sistema Integrado de Bibliotecas estabeleceu que sua administração ficasse a cargo das diretorias das faculdades, conferindo autonomia a elas com relação aos procedimentos internos (reformas e contratação de funcionários), e ao SIBi, a gestão orçamentária e do acervo, reporte à Reitoria, bem como o papel de centralizador dos sistemas digitais então criados para permitir acesso às bases de dados, acervos, publicações da Universidade ou assinadas por ela. 101
  • 102. Esse modelo administrativo, contudo, mostra-se pouco eficiente no que se refere à integração das bibliotecas propriamente dita, uma vez que a interação entre o SIBi e as bibliotecas se dá apenas no âmbito administrativo, de reporte de informações pontuais, de modo que a organização não está presente no dia a dia das unidades. A comunicação realizada nesse contexto é denominada por Kunsch como descendente ou vertical, a qual: (...) liga-se o processo de informação da cúpula diretiva da organização para os subalternos, isto é, a comunicação de cima para baixo, traduzindo as filosofias, normas e as diretrizes da mesma organização. Caracteriza-se sobretudo como comunicação administrativa oficial. (KUNSCH, 2003, p. 85) O reflexo da pouca interação entre as bibliotecas e o SIBi foi percebido nas entrevistas realizadas, as quais apontam que não há alinhamento entre as ações das bibliotecas no aspecto da comunicação. Isto é, na maneira como alinham ajustam/afinam seu discurso, a divulgação, as diferentes ações que as bibliotecas executam etc. Dessa forma, percebe-se que não há uniformidade e referência ao SIBiUSP enquanto órgão centralizador, o qual deveria conferir unicidade às diferentes bibliotecas. Isso se dá porque, apesar dos procedimentos formais estabelecidos entre o SIBi e as unidades e a autonomia das mesmas, o relacionamento efetivo entre eles não acontece, uma vez que a organização parece não considerar importante a aproximação com as bibliotecas, bem como um relacionamento entre eles. A falta de alinhamento entre as bibliotecas das faculdades da USP, por sua vez, é refletida na imagem e reputação realizada junto aos públicos entrevistados a partir do levantamento dos atributos da imagem da organização. Os resultados mostram que há descompasso entre visão de alunos de graduação, pós-graduação e docentes em caráter geral e também por faculdade. Além da confusão entre o Sistema Integrado de Bibliotecas com seus produtos e serviços, as ações das unidades variam de biblioteca para biblioteca, inclusive dentro de uma mesma faculdade, conforme o seguinte depoimento de um aluno de graduação da Escola Politécnica: Lá tinha uma coisa muito legal, os livros que eram mais usados, os 20 mais usados, eles deixavam os nomes e o número do código de onde estavam localizados pra você achar na biblioteca, aí facilitava porque nem precisava entrar no DEDALUS, e realmente esses 20 foram os que eu usei na graduação lá. Mas isso era a biblioteca da Mecânica que fazia, na Produção não tem isso. (Depoimento de um aluno de graduação da Escola Politécnica) 102
  • 103. Sanar a falta de alinhamento entre o SIBi e as unidades é imprescindível, pois segundo Ferrari (2009, p. 247), “o importante para sobreviver na atual conjuntura, é analisar tanto o contexto organizacional quanto o social em busca de relação de interdependência que gerem harmonia entre as partes”. Paralelamente ao estilo administrativo estão os princípios organizacionais, que Ferrari (2009, p. 247) afirma estarem atrelados aos relacionamentos da organização com seus públicos, os quais estão diretamente vinculados à estrutura de poder e, consequentemente, aos elementos que moldam a cultura organizacional e suas ações frente a seus públicos prioritários. No caso do SIBi, os princípios organizacionais, sua missão, visão e valores, fazem referência à promoção do acesso e incentivo ao uso e geração de informação com objetivo de contribuir para o ensino, a pesquisa e a extensão, oferecendo suporte às atividades de docentes, pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação da USP. No entanto, o cliente apresentou interesse em alterar os atuais princípios organizacionais, pois acredita que os mesmos já não correspondem aos objetivos que o SIBi tem adotado. O SIBi prevê que a mudança eleve seu perfil para um patamar mais estratégico dentro da Universidade, enquanto órgão provedor de informações estratégicas para as tomadas de decisões da alta administração da USP, a Reitoria. Externamente, a nova postura do SIBiUSP prediz um posicionamento para fora da Universidade. Todavia, Kunsch (2003, p. 252) aponta que para que essa alteração faça sentido, é imprescindível que a missão de uma organização não se restrinja aos propósitos com vistas na realização de negócios e nas estratégias competitivas, mas contemple os valores, a cultura corporativa etc. Assim, pode-se dizer que a visão organizacional seria o aspecto recomendado para assumir a mudança, uma vez que ela prevê estabelecimento de metas, que se alteram conforme forem atingidas. Contudo, as entrevistas apontam que o SIBiUSP e suas ações não são conhecidos pela maioria dos alunos de graduação, pós- graduação e docentes. Isso significa que esses públicos ainda não estão sendo atendidos pelo SIBi; assim, qualquer iniciativa que assegure que os mesmos já têm suas demandas supridas está confrontando os resultados obtidos em pesquisa, uma 103
  • 104. vez que o momento atual é primeiro ser reconhecido internamente, para depois ir para fora da Universidade. Sendo assim, uma vez que o SIBi não cumpriu o papel definido em sua missão que, como colocado acima, estabelece promoção do acesso e incentivo ao uso e geração de informações em apoio aos alunos de graduação, pós-graduação e docentes/pesquisadores, a alteração dos princípios não deve acontecer até que seja comprovado que a empresa está preparada para assumir novas metas e princípios organizacionais. 5.2 PÚBLICOS ESTRATÉGICOS E POSICIONAMENTO O SIBi considera como públicos prioritários, por ordem de interesse, os seguintes grupos: dirigentes das unidades, docentes, pós-graduandos, graduandos e funcionários. A partir da pesquisa feita com esses públicos, os pressupostos do projeto de pesquisa foram comprovados (alunos de graduação/pós-graduação não associam o SIBi aos seus produtos e serviços, entretanto utilizam o sistema para realizar pesquisas acadêmicas, e os docentes associam o SIBi aos seus produtos e serviços, recomendam seu uso mas sugerem melhorias ao sistema). Nota-se que a organização precisa seriamente levar em maior consideração esses três públicos, uma vez que deseja se posicionar estrategicamente. A mudança de perfil deve começar internamente – enquanto o foco estiver somente em dirigentes das unidades, fica difícil estabelecer, a longo prazo, um posicionamento sólido para o SIBi. Os graduandos, principalmente, mostraram ser um público com o qual a organização deve rever seu relacionamento, até por que podem se tornar alunos de pós-graduação e docentes. Eles mostraram, em sua maioria, estar com muitas dúvidas e reticências sobre a atuação do SIBi dentro da comunidade USP. Os alunos também são formadores de opinião, uma vez que disseminam seus conceitos sobre uma determinada organização, para sua rede de contatos e por isso devem estar alinhados com a identidade do SIBi. É válido ressaltar o que diz a Profa. Sidnéia Freitas, ao afirmar que “os grupos de interesse têm importante papel na formação da opinião pública (...) e colocam a controvérsia e esforçam-se para obter aliados entre 104
  • 105. os desinteressados” (Freitas, 1984, p. 177). Os alunos de pós-graduação, que parecem entender um pouco mais sobre o que é o SIBi e no que atua, da mesma forma precisa de mais atenção. Ambos, tanto alunos de graduação quanto alunos de pós-graduação, têm uma imagem distorcida e dúbia sobre o SIBi – isso, claro, fazendo referência à amostra da pesquisa. Os docentes, em realização de pesquisas específicas, parecem não encontrar apoio do SIBi. Apesar de entenderem qual é o papel da organização, não a consideram opção prioritária de suporte para suas pesquisas. Afinal, deve-se levar em consideração a influência que esse público tem – docentes da USP são formadores de opinião – tanto em relação à opinião pública quanto à sala de aula. Em outras palavras, eles também são responsáveis pela construção de imagem do SIBi, e devem portanto ser ouvidos, e seus apontamentos, analisados. Habermas explica o sentido de opinião pública: Através do código comum da linguagem ordinária, eles desempenham também as outras funções, mantendo assim uma relação com a totalidade do mundo da vida. Os núcleos privados do mundo da vida, caracterizados pela intimidade, portanto protegidos da publicidade, estruturam encontros entre parentes, amigos, conhecidos, etc., e entrelaçam as biografias das pessoas conhecidas. A esfera pública mantém uma relação complementar com essa esfera privada, a partir da qual é recrutado o público titular da esfera pública. (HABERMAS, 2003, p. 68) Para que possa dar um passo à frente, realizando um trabalho de relacionamento com a imprensa, dirigentes de unidades etc., a organização precisa, sem dúvida, construir o relacionamento com os três públicos entrevistados na pesquisa. Afirma-se veementemente que não é possível consolidar um posicionamento cada vez mais estratégico, quando se notam problemas básicos com os três principais públicos que são usuários dos produtos e serviços do SIBi. O cenário atual de relacionamento da organização com esses públicos é fundamentalmente de mão única, com comunicações que pouco ou nada esperam com relação ao feedback desses públicos. Em outras palavras, e com o intuito de sumarizar os aspectos ressaltados anteriormente, cita-se “o chamado público interno é um público multiplicador dos mais importantes da organização” KUNSCH (2003, p. 159), afirmando que a esse público cabe uma comunicação mais consistente e contínua, 105
  • 106. realista e transparente. É necessário, em outras palavras, “arrumar a casa” antes de querer expô-la para seu entorno. 5.3 PRODUTOS E SERVIÇOS DO SIBI Para analisar como está a situação dos produtos e serviços do SIBiUSP na Universidade, levando-se em conta a opinião de alunos e professores vale retomar os pontos indicados pela própria organização. O SIBiUSP gerencia as atividades de entrada, consulta, aquisição e serviços gerais relacionados a seu acervo por meio do sistema DEDALUS, também disponibilizado para seus usuários como ferramenta de busca e renovação de empréstimos de livros. Atualmente, o sistema é considerado pela organização como seu principal produto entregue ao público. Além desse sistema, o SIBiUSP também destaca como produtos de referência as revistas e os livros que oferece por meios eletrônicos. Nesse sentido, percebe-se uma forte tendência de migração do acervo físico do SIBiUSP para novos depositórios online. A digitalização de obras raras, a disponibilização de e-Books e a parceria com a Brasiliana USP para digitalização de obras fazem parte de um esforço para acompanhar tal tendência. Quanto à distribuição, tem-se que os recursos online e offline estão disponíveis para a comunidade USP nas sete praças, compostas pelos campi universitários de São Paulo, Bauru, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba, Pirassununga e Lorena. O acesso a materiais disponíveis em uma biblioteca ou campus por usuários de outro local é permitido devido à integração que o SIBiUSP realiza. A organização é o único órgão da USP presente em todos os campi. Considerando esse descritivo como a visão do cliente, encontram-se, no decorrer da pesquisa, alguns pontos divergentes entre o briefing e a opinião dos alunos e professores da USP. O que pode ser percebido por meio do contato com os usuários da rede de bibliotecas o DEDALUS, que não é tão bem visto quanto seu 106
  • 107. provedor acredita. Os arquivos eletrônicos, por sua vez, são bem avaliados, mas não são entendidos como produtos do SIBiUSP. Observa-se nas pesquisas com alunos de graduação e pós-graduação que, por mais que a maioria conheça o sistema DEDALUS, e que tenham tido experiências positivas em suas buscas, a opinião geral considera o serviço antigo, de sincronia lenta e deficiente. A plataforma não acompanha a dinâmica do relacionamento entre alunos, professores e materiais disponibilizados pela central de impressão. Esse resultado vai de encontro a alguns dos pontos identificados pela agência Spin na análise ambiental referente aos avanços tecnológicos. Como descrito em tal etapa, a tecnologia vem se desenvolvendo rapidamente e se beneficia da disseminação de dispositivos móveis para ampliar seu acesso. Além disso, há o crescente uso de armazenamento de arquivos e softwares nas nuvens – o chamado cloud computing. Os avanços tecnológicos permitem então que SIBiUSP disponibilize e divulgue conteúdos pela internet de forma que atinja efetivamente seus usuários. Reforça-se o que fora apontado por Pierre Levy “as tecnologias digitais surgiram, então, como a infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo mercado da informação e do conhecimento” (LEVY, 1999, p. 32), também Manuel Castells reforça a importância da comunicação em redes: Redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades e a difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. [...] Eu afirmaria que essa lógica de redes gera uma determinação social em nível mais alto que a dos interesses sociais específicos expressos por meio das redes: o poder dos fluxos é mais importante que os fluxos do poder. A presença na rede ou a ausência dela e a dinâmica de cada rede em relação às outras são fontes cruciais de dominação e transformação de nossa sociedade: uma sociedade que, portanto, podemos apropriadamente chamar de sociedade em rede, caracterizada pela primazia da morfologia social sobre a ação social (CASTELLS 1999, p. 565). Se há a tecnologia disponível no mercado, é preciso rever a utilização do sistema atual. O formato DEDALUS, apesar de funcional, não atende a seus usuários em questões de usabilidade e, portanto, o alto investimento destinado a sua manutenção poderia ser destinado a outras plataformas mais modernas e a melhorias que envolvam a evolução do sistema Busca Integrada e da oferta de artigos e revistas 107
  • 108. acadêmicos via VPN, módulo muito bem aceito por todos que o conhecem, mas pouco conhecido entre os alunos da graduação. O problema se volta à comunicação do SIBiUSP com seus públicos, já que, no entendimento dos entrevistados, os produtos e serviços não são bem divulgados dentro da Universidade. Por isso, alguns serviços e novidades como a Busca Integrada não chegam aos alunos e docentes, que continuam vendo o serviço de localização do material do acervo como antiquado. Outras melhorias, como a renovação dos livros pela internet, são vistas como mérito único do DEDALUS, sem menções ao trabalho do SIBi como intermediário entre o sistema e os alunos. Imersos em um ambiente digital com avançada tecnologia, os usuários dos serviços do SIBi buscam fontes que se adaptem melhor ao seu modo de navegação, como é o caso dos alunos da Faculdade de Medicina, que preferem o sistema PubMed37, que é uma das principais bases de dados na área da Saúde. O professor entrevistado desse campus afirma que o orçamento que o SIBiUSP destina ao DEDALUS deveria ser entregue a novos projetos já que, para eles – os médicos – , essa ferramenta já está ultrapassada. O DEDALUS desestimula a consulta de livros nas bibliotecas e deixa margem para os alunos consultarem outras bases de dados. Essa fraqueza é amplificada ao se somada com o baixo índice de leitura entre os universitários, característica sociocultural brasileira. Da análise ambiental, sabe-se que o brasileiro se interessa cada vez menos por leituras, sejam elas de jornais, revistas, livros ou textos na internet. O estudo feito pelo Instituto Pró-Livro, identificou que a leitura aparece apenas em sétimo lugar, com 28% de adesão. O SIBiUSP também precisa vencer essa barreira e estimular a leitura, oferecendo, por exemplo, um ambiente agradável – seja online ou offline – para que alunos e professores adotem o hábito de desenvolver suas pesquisas junto às bibliotecas, reforçando a necessidade de aproximação e alinhamento entre eles. 37 O site da PubMed está disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/ 108
  • 109. 5.4 COMUNICAÇÃO A partir das entrevistas em profundidade realizadas com alunos de graduação, pós-graduação e docentes da USP, depreende-se alguns aspectos e problemas relativos à Comunicação realizada pelo SIBi, tanto com relação a sua própria identidade, quanto à divulgação de seus produtos e serviços, que acabam sendo pouco utilizados, grande parte das vezes, por falta de um canal de Comunicação claro, objetivo e que atenda à demanda dos públicos. Para analisar a Comunicação da organização, adotou-se o esquema do Mix de Comunicação nas Organizações, criado por Kunsch (2003). A partir dessa linha de pensamento, pontuam-se quais aspectos devem ser destacados sobre o SIBi, ou seja, a análise prioritária da comunicação institucional e da Comunicação administrativa, as mais relevantes e ligadas ao negócio de que trata a organização. Figura 17. O mix da Comunicação nas Organizações (KUNSCH, 2003). 109
  • 110. Com relação à Comunicação Institucional, que segundo Kunsch “é a responsável direta, por meio da gestão estratégica das relações públicas, pela construção e formação de uma imagem e identidade corporativa fortes e positivas de uma organização” (2003, p. 64), o SIBi demonstra precisar desenvolver mais sua imagem corporativa dentro da universidade, a fim de firmar seu nome perante os três públicos entrevistados, alunos de graduação, pós-graduação e docentes, que são seus principais usuários. Principalmente alunos de graduação e pós-graduação têm dificuldade em descrever quem é a organização, qual é seu papel e quais serviços administra. Isso se torna um problema, principalmente, porque a organização demonstra querer tornar-se conhecida por grandes instituições, mas demonstra pouco nível de conhecimento dentro da própria USP. É necessário repensar esse aspecto, uma vez que os alunos, que são usuários, também são formadores de opinião. Isso também se reflete com os docentes, que apontam algumas ressalvas quanto à Comunicação Institucional do SIBi – para eles, seria preciso melhorar principalmente a forma como a organização se mostra para os alunos; de certa forma, também é necessário mostrar-se como um órgão estratégico para pesquisa docente, de forma a conquistar também a parceria dos docentes, os quais também são formadores de opinião. Com relação à Comunicação Administrativa, que segundo Kunsch “é aquela que se processa dentro da organização, no âmbito das funções administrativas (p.15) [...], que permite viabilizar todo o sistema organizacional, por meio de uma confluência de fluxos e redes” (2003, p. 154), nota-se que o SIBi tem alguns desafios a serem superados com relação às 44 bibliotecas que administra. Esse ponto é importante, pois foi deixado claro que cabe a cada faculdade a administração de sua biblioteca; no entanto, é também parte importante dos objetivos de comunicação, estreitar o relacionamento com os bibliotecários, procurando implantar ações de comunicação de mão dupla, que procure envolvê-los e fazê-los representantes do SIBi – aspecto também ligado à construção da imagem da organização. Nesta linha, James Grunig (1984) aponta que o modelo “excelente” de Relações Públicas é o simétrico de duas mãos, que busca a compreensão mútua, no qual ambas as partes (organização e públicos), atinjam seus objetivos. Em outras palavras, o SIBi parece atuar de maneira muito sistemática e impessoal com as bibliotecas que administra, fazendo-se pouco presente para seus administradores. 110
  • 111. Essa atuação meramente de reporte e burocrática não envolve e não abre portas para a atuação estratégica da organização – esse ponto vai de encontro ao aspecto de aproximação com os três públicos entrevistados na pesquisa realizada. Isso porque o atendimento das bibliotecas foi elogiado por aquele público que menos utiliza os serviços do SIBi (alunos de graduação). Os outros públicos, alunos de pós-graduação e docentes, apontaram alguns questionamentos/desapontamentos nesse sentido, com relação ao pouco treinamento dado aos bibliotecários, por exemplo. É necessário, portanto, estreitar laços e remover barreiras com estes, a fim de que se melhore, também, a percepção da organização no alcance de seus objetivos. 111
  • 112. 6 PROGNÓSTICO – MAPA ESTRATÉGICO Nesta etapa do trabalho, será desenvolvido o prognóstico que consiste em uma projeção do cenário organizacional desejado a fim de apresentar alternativas para a resolução de questões e oportunidades identificadas no diagnóstico. O prognóstico é pensado a partir de uma perspectiva de longo prazo e sustentado pela missão, visão e valores, de modo a se apontar, por meio dele, possíveis caminhos e estratégias para a consecução dos objetivos do cliente. O mapa estratégico destacado abaixo ilustra o prognóstico criado: O mapa estratégico explicita quais medidas são necessárias ao alcance de cada objetivo proposto, bem como os indicadores que serão utilizados para o monitoramento da execução destas medidas e ainda quais as iniciativas de cada setor envolvido para o cumprimento dessas medidas (...) mostra como a estratégia liga os ativos intangíveis a processos que criam valor para acionistas, clientes, cidadãos (valor que é descrito nas estratégias). Kaplan e Norton argumentam que os valores dos ativos intangíveis não pode ser medido de maneira separada e independente dos ativos tangíveis. (KAPLAN /NORTON, 2000, p.128) Tabela 9. Pilares e dimensões do Mapa Estratégico 112
  • 113. Esse mapa estratégico é formado pelo cruzamento entre os pilares e dimensões. Pilares são os pontos de sustentação para que a organização atinja seus propósitos. No caso do SIBiUSP, elencam-se Relacionamento, Qualidade/Excelência, Conhecimento e Inovação como seus pilares. Já as dimensões, são as áreas de destaque para dar continuidade à organização, isto é, áreas que contribuem para a realização de seus objetivos e metas. Para tanto, apontam-se Administração, Comunicação e Tecnologia da Informação como as principais dimensões organizacionais do SIBi. Administração x Relacionamento = Funcionários + Marca No cruzamento administração e relacionamento, destaca-se a importância administrativa que deve ser dada aos funcionários e à marca, SIBi nesse contexto. Ao longo dos estudos da agência Spin Comunicação, foi possível depreender aspectos da realidade organizacional a partir do que foi transmitido pelo próprio cliente e por meio das pesquisas e entrevistas com usuários do Sistema. Ficou evidente que a gestão administrativa do SIBi não favorece a aproximação e o relacionamento entre o setor administrativo e as bibliotecas que o compõe, impedindo ações coordenadas para promoção das melhores estratégias para a organização. Um dos possíveis motivos para isso é que a autonomia das unidades ganha proporções que as isolam entre si, não promovendo o intercâmbio de informações, o trabalho em equipe para que a melhor solução seja encontrada. Assim, o que se tem em vigor é o caráter de reporte de informações e contato pontual e esporádico que afasta as unidades, não permitindo com que reconheçam o SIBi enquanto legítimo órgão centralizador, no sentido de conferir unicidade ao Sistema. Por conta disso, há falta de alinhamento entre as ações de cada unidade, as quais não se comunicam entre si e nem com o SIBi, impactando em sua imagem diante de seus usuários e também fora da USP, uma vez que a organização não é tida como referência dentro da própria Universidade. Assim, vê-se a necessidade de integração e relacionamento entre o SIBi e as bibliotecas como ponto-chave para a resolução de questões que permeiam a gestão 113
  • 114. administrativa e o estilo pouco participativo da organização. Dessa forma, determinadas ações de relações públicas poderiam auxiliar na aproximação entre as partes, influenciando positivamente nos resultados e na imagem do SIBi dentro e fora da USP. Administração X Qualidade/Excelência = Funcionários No aspecto administração e qualidade/excelência, os funcionários se apresentam como resposta para o alcance de tais dimensões dentro da organização, uma vez que é por meio deles, de sua dedicação diária e trabalho que o SIBi desempenha suas funções. Para atingir níveis cada vez mais altos de qualidade e excelência, características intrínsecas ao perfil e missão da Universidade de São Paulo, é estratégico ter um órgão da importância do SIBi para a promoção do acesso, incentivo ao uso e geração da informação. Para tanto, investir em ações relacionadas à qualidade e excelência é essencial para o SIBi caminhar para um patamar estratégico dentro da USP. Tais ações figuram desde produtos e serviços, como bibliotecas de excelência e sistemas digitais de qualidade, como também em um estilo administrativo que possibilite um clima organizacional favorável ao alcance dos objetivos organizacionais. Além disso, pode-se pensar em ações que tragam qualidade e excelência para o dia a dia da operação que os permitam conhecer melhor a própria empresa – relacionado ao elemento ‘conhecimento’, a ser desenvolvido a seguir – e também desempenhar melhor o seu trabalho, aprimorando suas habilidades e competências para geração de valor para o SIBiUSP. Administração x Conhecimento = Funcionários Na interface administração e conhecimento, é fundamental adotar estratégias para manter os funcionários do SIBiUSP informados acerca da organização, ou seja, investir para que conheçam sua história, seu perfil, os princípios que a regem, os 114
  • 115. objetivos e as metas estabelecidas, além de conhecerem, a fundo, seus produtos e serviços, bem como possíveis particularidades que se apresentarem relevante ao desempenho de seu trabalho. Dessa forma, será possível elevar o nível de conhecimentos dos funcionários sobre o SIBi, o que, por sua vez, é fator condicionante do sucesso organizacional. Outro ponto de destaque é o acesso ao conhecimento, isso é, agir de modo que os funcionários tenham acesso não só ao conhecimento sobre a empresa, mas também de informações de fora dela, como tendências de mercado, tecnologias da informação, entre outros elementos que comporão o arcabouço intelectual para execução de suas atividades e tomada de decisões. Administração x Inovação = Funcionários Para que a organização seja inovadora é necessário estabelecer um sistema administrativo que promova a integração efetiva das bibliotecas ao Sistema, sem comprometer sua autonomia, colocando os funcionários como elemento-chave dessa mudança. A integração pode ser realizada por meio de comunicações periódicas, iniciativas para promover a aproximação e contato face a face, como encontros, reuniões e visitas para discutir pontos estratégicos da organização, boas práticas, demandas e necessidades a fim de aprimorar o estilo administrativo, alinhado aos princípios e objetivos organizacionais. Além disso, devido à natureza do negócio do SIBiUSP, é primordial que se busque inovações em diversos aspectos, como produtos e serviços que serão trabalhados mais adiante neste prognóstico. Relacionamento x Comunicação = usuários + funcionários + produtos e serviços + marca Após feitas as pesquisas pela agência Spin Comunicação com alunos de graduação, pós-graduação e docentes, verificou-se, conforme apresentado no 115
  • 116. Diagnóstico, que a comunicação com os usuários e funcionários do SIBi precisa ser renovada e repensada, assim como a comunicação sobre a marca e os produtos e serviços. É necessário estabelecer um diálogo mais próximo dos alunos de graduação, pós-graduação e docentes, pensando em ações que os aproximem da marca SIBi. Por sua vez, o SIBi deve procurar se posicionar de maneira mais próxima “amigável”, criando identificação e simpatia, reconstruindo e transformando o relacionamento que as pessoas têm com sua marca, inclusive com seus produtos e serviços, que são vistos como “pouco amigáveis” e de interface difícil. Qualidade/Excelência x Comunicação = usuários + funcionários + produtos e serviços + marca A Qualidade/Excelência é um aspecto fundamental para qualquer instituição, e principalmente para o SIBi, que é responsável pela organização do conhecimento produzido e recebido dentro e fora da USP. Pensando dessa maneira, é preciso estender esse aspecto aos pilares usuários, funcionários, produtos e serviços e marca. Para funcionários, é preciso disseminar dentro do próprio SIBi a ideia de que é necessário zelar pelo trabalho de qualidade e excelente, de acordo com a missão, visão e valores da instituição. No que se refere aos usuários, é também necessário posicionar-se como um órgão estratégico e de referência para pesquisas, para que eles tenham confiança em utilizar os produtos e serviços do SIBi. A marca SIBi, em suma, precisa ser referência nesses dois aspectos (qualidade e excelência), para que consiga aprimorar seu relacionamento e tangibilizar mais mudanças e aperfeiçoamentos. Conhecimento x Comunicação = usuários + marca O SIBi deve ser a marca referência em Conhecimento para seus usuários. Isso porque é responsável por um dos maiores orçamentos destinados a tal pilar, que como se sabe, é o mais relevante para a universidade. É preciso posicioná-lo dessa forma, reforçando sua imagem com ações estratégicas que criem essa identidade, 116
  • 117. trazendo-a não somente para a biblioteca, mas para o dia a dia dos seus usuários, para que vivenciem e sintam a marca SIBi dessa maneira. Inovação x Comunicação = funcionários + usuários + marca O pilar da inovação é fundamental para o SIBi, já que, conforme foi averiguado nas pesquisas aplicadas com seus principais usuários, a imagem da organização é associada a plataformas ultrapassadas, que não atendem à demanda de seus públicos. A comunicação, neste caso, deve mostrar que o SIBi é uma marca inovadora que acompanha as principais mudanças dentro e fora do campus da USP, trazendo inovações e não medindo esforços para aliar o conhecimento à inovação. Além disso, a inovação deve estar também presente no cotidiano dos funcionários do SIBi, que devem trabalhar sob essa mesma lógica, pensando sempre em buscar algo novo, que fuja do status quo, que entre em sinergia com o novo perfil da organização. Tecnologia da Informação x Relacionamento = Produtos e Serviços Em relação à tecnologia da informação e relacionamentos, acredita-se que o link seja por meio dos produtos e serviços. Esses são parte fundamental da organização SIBiUSP, sua razão de existência. Ao utilizar-se das tecnologias de TI, de maneira a criar, aperfeiçoar e inovar os produtos e serviços, são produzidas experiências positivas do usuário em relação à marca, o que o faz tornar a usar e, posteriormente, passar a ser também um multiplicador, atraindo novos usuários. É primordial a área de Tecnologia da Informação dentro do core business do SIBiUSP, que se utiliza de bancos de dados, cruzamento de informações e grande quantidade de programação. Por ser uma área em constante crescimento, é necessário que a equipe esteja sempre em contato com as novidades do mercado, atualizando-se sempre. 117
  • 118. Tecnologia da Informação x Conhecimento = Usuários A tecnologia da informação, relacionada ao conhecimento, deve ser levada em conta para aperfeiçoar os produtos e serviços, suprindo as necessidades do usuário. Ao colocar o foco no consumidor, o SIBiUSP conseguirá atingir e até mesmo superar as expectativas em relação à organização, melhorando sua imagem e atraindo novos utilizadores. A ampliação de acervos digitalizados e a transferência da biblioteca para a “biblioteca virtual” é uma corrente positiva em relação às expectativas do usuário atual, muito ligado à internet. Por ser uma organização disseminadora de conhecimento, o SIBi deve levar ao usuário de todas as maneiras possíveis esse conhecimento e a tecnologia da informação é essencial nessa melhoria da experiência do usuário com os diversos sistemas. Tecnologia da Informação x Inovação = Usuários/Tendências do mercado A partir dos resultados da pesquisa aplicada com os alunos da USP, observou- se que o SIBi deixa a desejar em aspectos importantes quanto à tecnologia e inovação. A área de TI é fundamental para aprimorar e propiciar suporte adequado a alguns dos principais produtos que o SIBi oferece, entre eles, o Dedalus. Esse sistema de busca, por meio de inovação em TI, pode apresentar resultados mais assertivos, de forma mais rápida e acessível em diferentes formatos, como mobile, por exemplo. Tal aprimoramento possui potencial para contribuir em relação à melhora de relacionamento do SIBiUSP com seus usuários, por poder associar diretamente um de seus principais produtos a tecnologias modernas e inovadoras, com o intuito de atrair, facilitar e tornar cada vez mais positiva a experiência do usuário com o SIBi. Tecnologia da Informação x Qualidade/Excelência = Produtos e Serviços Para que a experiência dos públicos com o SIBi tenha potencial cada vez maior de produzir uma imagem favorável à organização, a área de TI é responsável por 118
  • 119. oferecer infraestrutura, compatibilidade e inovação em relação aos produtos e serviços que o órgão oferece. Com o aprimoramento da tecnologia, o acervo digital, por exemplo, pode ser acessado de maneira mais abrangente e específica, tornando um documento que muitas vezes é de difícil acesso compartilhado de maneira fácil por diversas pessoas que o necessitam em suas pesquisas. Para isso, o SIBi precisa buscar atingir por meio da inovação em tecnologia uma melhoria contínua, almejando a excelência em relação à disposição de seus produtos e serviços, de modo que o órgão possa, assim, efetivamente agregar valor à produção de conhecimento. 119
  • 120. 7 JUSTIFICATIVA TEÓRICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS No contexto do projeto apresentado, a atividade de relações públicas é capaz de colaborar com a organização no sentido de estabelecer uma política de comunicação, a fim de conquistar valores intangíveis, como credibilidade, reputação e imagem. Dessa maneira, é possível manter um bom relacionamento com os públicos, colaborando para a boa imagem da organização, ao mesmo tempo em que agregará valor ao seu negócio. Como reforça Ferrari (2008, p. 84) “o objetivo das relações públicas é estabelecer, desenvolver e manter, de forma planejada, ligações, relacionamentos diretos, gerais ou especializados, entre pessoas, organizações, públicas e privadas, entre públicos da organização e a sociedade, de forma a transformar essa rede de relacionamentos em benefícios tangíveis e intangíveis para todos os envolvidos”. Isso significa que os relacionamentos com os públicos estratégicos agregam valor financeiro ao negócio das organizações e desse modo, quanto melhor é a relação com os seus públicos, melhor será a reputação da organização. O departamento de comunicação de uma empresa contribui para a efetividade organizacional ao ajudar na construção dos relacionamentos com os públicos e de uma imagem positiva. Nesse sentido, Ferrari (2008, p. 84) mostra a importância da função das relações públicas quando afirma que “o ato comunicacional só se efetiva quando existe o relacionamento (...) baseado no vínculo, no envolvimento e no comprometimento”. Analisando o cliente da Spin Comunicação, entende-se que a construção e manutenção do relacionamento com os públicos é fundamental para seu negócio; além disso, o bom relacionamento com os públicos influencia diretamente a boa imagem da organização. Os públicos do SIBiUSP são grupos formados por pessoas com capacidade de discernimento, que podem ser responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso de sua atuação ao longos dos anos. Eles influenciam e interferem na organização no momento em que se sentem atingidos por ela. São os funcionários, alunos, docentes, pesquisadores convidados, entre outros. 120
  • 121. Entendendo o contexto global vivido atualmente, os públicos tornaram-se mais exigentes e críticos, fiscalizando as ações organizacionais. As organizações, por sua vez, mantêm-se atentas aos relacionamentos, aprimorando constantemente o tratamento que dão ao público e fornecendo produtos e serviços de qualidade. Com essas medidas, as empresas tentam se manter no mercado e distinguir-se da concorrência. Nesse sentido, a atividade de Relações Públicas atua com a finalidade de gerenciar os valores organizacionais e as percepções dos diferentes públicos da organização e, também por mensurá-los com o objetivo de identificar as opiniões e os resultados obtidos com o desenvolvimento das ações de comunicação. Com um sólido planejamento de relações públicas, é possível a uma organização entender e controlar o contexto em que está inserida, com vistas a conquistar seu espaço definitivo no mercado, consolidar sua marca e sua reputação e promover sua credibilidade. Para se adequarem às mudanças do inconstante mercado, as organizações mais vulneráveis precisam de ações mais eficientes e flexíveis, o que não significa dizer que empresas menos vulneráveis não devam se preocupar com sua comunicação. O conhecimento dessa realidade é fundamental para o SIBi. Cabe, portanto, ao profissional de relações públicas, analisar o cenário em que se encontra a organização, assim como os relacionamentos estabelecidos por seus públicos, atuando como um estrategista, ou seja, detectando todas as oportunidades para, através delas, conseguir vantagens que sejam competitivas. Segundo Ferrari: O maior desafio das organizações de hoje é ter a capacidade de responder eficazmente às ameaças e oportunidades impostas pelo ambiente externo, bem como ter seu público interno estimulado para vencer os desafios institucionais propostos. (Ferrari, 2003, p.84) Como parte do processo que possibilita à organização vencer os desafios citados por Ferrari (2003), é necessário que o relações públicas realize pesquisas para, então, diagnosticar se há a necessidade de mudanças ou de incorporação de novas atitudes. Com o diagnóstico em mãos, pode-se elaborar o plano de comunicação para, então, implementá-lo na organização. Esse processo, que resulta 121
  • 122. em um conjunto de ações capazes de alcançar os objetivos da organização, é também a principal entrega deste projeto de relações públicas. Para a excelência no resultado de suas ações, recomenda-se ao SIBi um profissional de comunicação, que precisa sempre estar em contato direto com a alta administração da organização. Essa relação entre os profissionais de comunicação e os responsáveis pelas decisões nas empresas faz parte da Teoria Geral de Relações Públicas, formulada por Grunig em sua pesquisa Excellence Study, de 1992. Grunig acredita que, se o profissional não estiver em contato permanente com a alta administração, o que geralmente ocorre em empresas com estrutura piramidal, demasiadamente hierarquizadas e burocráticas, o departamento não conseguirá alcançar seu potencial, uma vez que encontrará barreiras internas que podem atrasar o processo de comunicação. Se o plano de ações criado precisar passar por diversos níveis hierárquicos até ser examinado pelo tomador de decisões e, então, ser aprovado para aplicação, o executor das campanhas poderá encontrar o cenário organizacional em fase de mudanças e a imagem da empresa pode ser prejudicada pela morosidade do processo. Nesse sentido, uma das pesquisas desenvolvidas por Grunig (1992) revelou que a maioria das crises em organizações tem como resultado a demora das decisões gerenciais. Quando uma decisão afeta negativamente o público, ele se organiza e cria problemas para a organização, prejudicando diretamente sua reputação. Ao atuar junto à alta administração, o relações públicas torna-se um “administrador da comunicação” e passa a tomar as decisões vitais para os relacionamentos com seus públicos, tornando-as estratégicas e socialmente responsáveis. Para que o plano de relações públicas seja efetivo, é fundamental que o profissional compreenda algumas etapas. O processo de identificação e classificação de todos os públicos da organização, por exemplo, é um momento-chave no planejamento, pois os públicos são o objeto das relações públicas, tanto quanto a própria organização. Sua classificação evita o envio de uma mesma mensagem a diferentes públicos, tendo em vista que uma linguagem unificada pode não ser compreendida corretamente por todos e, por conseguinte, prejudicará a imagem da empresa. Cada público percebe a organização à sua maneira, podendo interferir negativamente quando não for devidamente atendido ou entendido. 122
  • 123. No caso do SIBi, professores, alunos de graduação, alunos de pós-graduação e funcionários nem sempre são encontrados no mesmo espaço e muitas vezes entendem o ambiente de forma distinta. É crucial que a organização saiba identificar as diferenças entre eles para realizar uma comunicação assertiva e ter uma política de relacionamento diferente para cada um deles. O planejamento das ações também exige do profissional de relações públicas a mensuração dos resultados de sua campanha. Analisar e mensurar as conquistas de cada ação é a etapa na qual, além de compreendido se o trabalho realizado alcançou seus objetivos, as relações públicas tornam-se estratégicas para a organização. O resultado da análise dirá se será necessário promover ou não a continuidade do planejamento estabelecido para os anos seguintes e quais serão as possíveis mudanças no plano de ações. Assim, entende-se que a avaliação de desempenho das ações de comunicação nas empresas é responsável por demonstrar os impactos causados pelas campanhas, mas também é capaz de mostrar aos gestores os pontos ainda falhos do programa e suas possíveis correções. O monitoramento constante confere às empresas a sustentação e competitividade no ambiente de mercado, a satisfação de seus públicos (interno e externo) e o gerenciamento de crises e conflitos. Em suma, a atividade de relações públicas é responsável pela análise de cenários, da previsão de tendências e implantação e avaliação de programas de comunicação. Para tanto, o comunicador pode se utilizar de pesquisas de opinião, uso ético dos diferentes tipos de mídia, criação de boletins internos e utilização de outros instrumentos. Sua atuação é útil para o SIBiUSP na medida em que oferece uma mediação entre os interesses da organização e os de seus públicos, reduzindo os conflitos por eles vividos e transformando a imagem da instituição. 123
  • 124. 8 CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO Após projetar o mapa estratégico com as diretrizes que devem nortear o planejamento do SIBiUSP, foram produzidas três campanhas de comunicação, voltadas às dimensões detectadas como estratégicas. Elas têm como objetivo ser um dos principais meios de transformação da realidade do cliente. Para cada campanha, foram elencadas diversas ações que se completam. Um cronograma específico para cada ação foi estruturado e está no final das campanhas com o intuito de apresentar ao cliente uma visão macro do investimento necessário para transformar positivamente o cenário encontrado. 8.1 DE SIBI PARA SIBI Problema: Com o intuito de aproximar o SIBiUSP dos colaboradores do Sistema, tanto em nível administrativo quanto operacional, incluindo as bibliotecas, criou-se a campanha “De SIBi para SIBi” composta por ações focadas nos princípios organizacionais, estilo administrativo e comunicação interna. De forma a atuar nessas três frentes, a campanha propõe revisitar aspectos da gestão administrativa do SIBi, atualmente pouco participativa e não-integrada, Com finalidade de estreitar o relacionamento entre o SIBi e as bibliotecas que o compõem, de modo que essas compreendam a missão, a visão e os valores da organização e seu papel, enquanto membro do SIBi, para o alcance dos objetivos organizacionais. Para que essa integração aconteça, as ações irão se basear em iniciativas que tornem os colaboradores parte atuante do Sistema, garantindo também o sucesso das demais campanhas, a serem tratadas adiante. Título da Campanha: De SIBi para SIBi. Públicos-alvo: funcionários do SIBiUSP. 124
  • 125. Justificativa: Um programa dessa natureza se mostra adequado uma vez que procura solucionar questões intrínsecas à administração realizada pelo cliente, que segundo estudos da agência Spin Comunicação, não considera pontos relevantes para promoção do engajamento e participação dos colaboradores, que por consequência, impacta negativamente na sua imagem. Para Kunsch, em se tratando de comunicação para funcionários/colaboradores: (...) a importância da comunicação interna reside sobretudo nas possibilidades que ela oferece de estímulo ao diálogo e à troca de informações entre a gestão executiva e a base operacional, na busca de qualidade total dos produtos ou serviços e do cumprimento da missão de qualquer organização. (KUNSCH, 2003, p. 159) Percebe-se que o SIBi não possui práticas formais voltadas para Comunicação Interna, fato que gera desalinhamento de mensagens. Nesse sentido, também serão apresentadas ações que suportarão a Comunicação Interna com o objetivo maior de estimular o diálogo e a interação entre os funcionários. Para Kunsch, a Comunicação Interna seria “um setor planejado, com objetivos bem definidos, para viabilizar toda a interação possível entre organização e seus empregados” (KUNSCH, 2003, p. 154). Objetivos: o Rever os princípios organizacionais do cliente, de modo que estejam alinhados ao seu perfil e objetivos macro. o Aproximar o SIBiUSP de seus colaboradores, estimulando o engajamento por parte dos mesmos. o Uniformizar as ferramentas de comunicação interna para criar unicidade e manter os colaboradores informados sobre as iniciativas da organização para que atuem a seu favor. Metas: Em um ano ter implementado a campanha “De SIBi para SIBi”. Orçamento: O orçamento será detalhado por ações, o valor constará ao final de cada ação e também em uma planilha ao final desta Campanha. 125
  • 126. Quadro Sinótico das ações: Abaixo está o esquema que ilustra as ações que compõem a campanha “De SIBi para SIBi”, seguido de sua descrição. A) Ações A.a) Ação 1: Repense Público-alvo: Conselho Supervisor e Departamento Técnico do SIBiUSP. Objetivo: A ação “Repense” tem como objetivo ajustar os princípios organizacionais – missão, visão e valores – e disseminá-los para os colaboradores do SIBiUSP, a fim de promover maior interação e estreitar o relacionamento entre eles, de modo que compreendam o papel da organização e a sua contribuição para o alcance dos objetivos e metas. Foi constatado, por meio de reuniões com o cliente, que o SIBi está atingindo um patamar mais estratégico dentro da Universidade de São Paulo, enquanto órgão provedor de informações para tomadas de decisões da Reitoria, e agindo em prol do alcance dos objetivos organizacionais da mesma. De modo a apoiar o posicionamento estratégico do SIBiUSP, a Spin Comunicação, propõe a reflexão acerca dos atuais princípios organizacionais do SIBi - 126
  • 127. missão, visão e valores - para garantir que a elevação para o nível estratégico ocorra de forma gradativa e alinhada aos princípios que, originalmente, o regem. A missão de uma organização não deve se restringir aos propósitos com vistas na realização de negócios e nas estratégias competitivas, mas deve contemplar os valores, a cultura corporativa, expressa em padrões e comportamentos dos indivíduos nas organizações. Só assim terá sentido e razão de existir. (KUNSCH, 2003, p. 252). Assim, propõe-se um ajuste na Visão, uma vez que: A visão de uma organização está relacionada com o futuro (...) trata-se de ver aonde a organização quer chegar, e como fará e que meios utilizará para alcançar esses objetivo. (KUNSCH, 2003, p. 253). A Missão e os Valores foram considerados apropriados à essência organizacional e aos desafios que o SIBi precisa enfrentar para que, mais tarde, quando cumpridas essas metas, se for conveniente, dê um novo salto na evolução dos princípios organizacionais. Abaixo está o modelo proposto, no qual, como explicado anteriormente, Missão e Valores permanecem iguais, e a há uma proposta para ajuste da Visão: MISSÃO Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos. VISÃO A Visão foi alterada de: Consolidar o sistema de gestão até 2012. Para: Consolidar sistema de gestão e comunicação sendo reconhecido pelos públicos internos como referência em conhecimento, qualidade/excelência e inovação. VALORES Compromisso com a democratização do acesso à informação de forma equitativa, respeitando a ética, os valores humanos e a sustentabilidade. Em uma segunda etapa, a ação Repense também prevê discutir os próximos passos do SIBi, em termos de comunicação, junto ao Conselho Supervisor, viabilizando a aplicação das Campanhas de Relações Públicas propostas pela Spin Comunicação. 127
  • 128. Estratégia: Após sugestão de princípios organizacionais feita pela Spin Comunicação, a estratégia adotada para que eles façam parte do dia a dia da organização é promover sua discussão, por meio de reuniões, primeiramente entre o Conselho Supervisor do SIBiUSP e, em seguida, levá-los ao Conjunto de Base - bibliotecas, disseminando-os para que cada unidade assimile localmente. As reuniões do Repense com o Conselho Supervisor poderão acontecer no próprio espaço do SIBiUSP, sendo, para tanto, necessário providenciar uma sala de reunião que comporte a equipe. A reunião terá duração média de 3 horas, na qual serão discutidos os princípios organizacionais e as estratégias de comunicação do SIBiUSP para os próximos anos, contemplando as campanhas de Relações Públicas apresentadas no presente trabalho. Para tanto, sugere-se o envio de convite da reunião por meio de e-mail marketing que aborde os objetivos gerais do Repense. Também recomenda-se a elaboração de uma apresentação, em powerpoint, com os pontos a serem tratados, bem como produção de banners para sinalizar e identificar a sala de reunião. O conteúdo do banner trará a indicação para o local onde o evento acontecerá e, além disso, trará o título e a agenda resumida sobre o evento. O tamanho do banner será de 70x140cm. Sugestão de conteúdo: Repense 1º Encontro Administrativo do SIBiUSP Agenda: 8h – Coffe break 8h30 – Início da apresentação Para a apresentação a sugestão é que a diretoria do SIBiUSP faça uma abertura introduzindo o assunto e destacando a importância do evento. Em seguida, a apresentação seria realizada contemplando os seguintes itens: expectativas e propósito do encontro; o que são e qual a importância dos princípios organizacionais; o papel dos funcionários; discussão sobre a missão, visão e valores. 10h30 – Abertura para perguntas 11h - Fechamento 128
  • 129. Metas: o Em um mês ter discutido os princípios organizacionais e definido a reestruturação da comunicação do SIBiUSP. o Ao final de 2014, repensar a Visão e ajustá-la conforme o alcance dos objetivos. o A cada cinco anos, em média, refletir sobre os rumos que o SIBiUSP tem tomado e avaliar se os princípios acompanham a organização. Programa e seu desenvolvimento As etapas desta ação consistem em: o Verificar possíveis datas favoráveis à realização da reunião, dentro do calendário corporativo; o Reservar a sala de reunião; o Elaboração do e-mail marketing para convidar os membros do Conselho Supervisor e Departamento Técnico do SIBiUSP. Tempo de produção: 2 semanas. O e-mail marketing será redigido pela própria agência que fará a produção do e-mail marketing propriamente dito, com aprovação final do SIBiUSP. A ideia é que o e-mail marketing seja uma espécie de convite e que, no final, trará a assinatura do SIBiUSP. o Produção do banner para sinalização da sala de reunião. O conteúdo do banner trará a indicação para o local onde o evento acontecerá e, além disso, trará o título e a agenda resumida sobre o evento. O tamanho do banner será de 70x140cm. Tempo de produção: 2 semanas; o Envio do e-mail marketing; o Elaboração da apresentação a ser feita na reunião, conforme roteiro incluso na ação; o Providenciar coffee break; o Elaboração da pesquisa a ser aplicada no fim do evento, conforme orientações presentes na avaliação – 2 semanas; o Providenciar lista de presença. . 129
  • 130. A elaboração do e-mail marketing, a produção do banner, a elaboração da pesquisa, a elaboração da apresentação e o coffee break podem ser realizados simultaneamente a fim de ganhar agilidade. O tempo de produção é estimado e pode variar de acordo com o(s) fornecedor(es) responsáveis por cada item. Recursos: Recursos Humanos o Uma pessoa para coordenar a ação: entrar em contato com Conselho Supervisor e Departamento Técnico; fazer interface com fornecedores; enviar o e-mail de convite e organizar o espaço no dia do evento (colocar o banner, verificar se o coffee break está em ordem, aplicar a pesquisa e a lista de presença). o Convidados para a reunião – a ser definido pelo cliente. Sugestão: 10 pessoas. o Fornecedor responsável pela produção do e-mail marketing de convite; o Fornecedor responsável pela produção do banner; o Fornecedor responsável pela produção do coffee break. Recursos Materiais: o Sala de reunião com projetor, tela, flipchart, canetas e papéis; o Materiais referentes ao coffee break (providenciados pelo fornecedor escolhido); o Banner (também sob a responsabilidade do fornecedor escolhido); o Apresentação em powerpoint. Recursos Financeiros: o Custo da produção do e-mail marketing o Custo da produção do banner o Custo do coffee break 130
  • 131. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo E-mail marketing Envio em formato html 1 R$ 3.062,37 Apresentação Apresentação em Power 1 Banner 70x140cm. Material: Lona Acabamento: Bastão de madeira Banner 1 4700,11 superior/inferior com cordão Impressão: Digital Projetor, Tela, Flip chart, canetas e Sala de reunião N/A Sem custo papel Água, café, chá, leite, suco, pão de R$ 25 Coffee break 10 queijo, mini sanduiches, bolo, frutas /pessoa R$ 8.012,48 Cronograma: Jan/2013 Fev/2013 Tempo de Aplicação Avaliação: para a ação em questão consistirá em, no fim da reunião: o Distribuir pesquisas para avaliar se os participantes compreenderam o conteúdo e identificar pontos para possíveis melhorias. o Identificar, por meio de uma lista de presença, o número de convocados presentes, bem como se os membros-chave compareceram, de modo a transmitirem o conteúdo para os ausentes. A.b) Ação 2: “Encontro SIBibliotecas” Públicos-alvo: Diretores das bibliotecas das faculdades da USP. Objetivo: A ação “Encontro SIBibliotecas” tem por objetivo aproximar o SIBiUSP das bibliotecas que compõem o Sistema para estreitar o relacionamento, 131
  • 132. mapear as necessidades de cada uma e as suas boas práticas. Além disso, é fundamental que o SIBi aproveite as visitas para apresentar o momento de reestruturação pelo qual está passando, em termos de comunicação, entre outros aspectos, a fim de reforçar o papel e a contribuição de cada biblioteca no alcance dos objetivos macro, como a elevação do patamar estratégico do SIBi dentro da USP. Estratégia: A estratégia a ser adotada nesta ação é a visita do SIBi às bibliotecas para conhecer a equipe que as coordena, aproximando-se delas. Na ocasião, poderão ser apresentados os resultados do estudo realizado pela Spin Comunicação, que apontam oportunidades de melhoria na comunicação do SIBi com seus públicos prioritários, e a consequente reestruturação iniciada na organização. O evento aconteceria anualmente, sendo que os próximos “Encontros SIBibliotecas” deveriam abordar a evolução do sistema de gestão e da comunicação do SIBi, além de temas estratégicos do período como projetos, planejamento, orçamento etc. Metas: Em quatro meses, ter visitado todas as bibliotecas do SIBiUSP, levantado suas necessidades, boas práticas e divulgado a reestruturação da comunicação do SIBi. Programa e seu desenvolvimento As etapas desta ação consistem em: o Definir a programação de visitas, levando-se em conta localização das unidades e disponibilidade dos envolvidos; o Pedir para as unidades separarem meio período de um dia para a visita, providenciar sala de reunião e coffee break; o Elaboração do e-mail marketing para convidar as unidades para o “Encontro SIBibliotecas”; o Envio do e-mail marketing; o Contratar carro ou táxi para visitar as faculdades de São Paulo - Cidade Universitária, Clínicas, USP Leste, Largo São Francisco; 132
  • 133. o Comprar passagens rodoviárias ou fornecer quantia para combustível para visitar unidades de Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos, São Sebastião. o Elaboração da apresentação a ser feita na reunião; o Elaboração de cópias do presente projeto; o Elaboração da pesquisa a ser aplicada no fim do evento – 2 semanas. Recursos: Recursos Humanos o Uma pessoa para coordenar a ação: entrar em contato com as diretorias das unidades e agendar as visitas; preparar a apresentação; fazer interface com fornecedores para elaborar o e-mail marketing, enviá-lo, e comprar passagens rodoviárias ou contratar carro/taxi. o Membros da diretoria das bibliotecas de cada faculdade. Recursos Materiais o Sala de reunião com projetor, tela, flipchart, canetas e papéis a serem disponibilizadosa pelas bibliotecas. o Apresentação em powerpoint; o Fornecedor para cópias do projeto o Carro/táxi ou ônibus para transporte até as unidades. Recursos Financeiros o Custo da produção do e-mail marketing o Custo com combustível, pedágio e aluguel do carro, contratação do táxi ou passagens rodoviárias. Aqui fica aberto para decisão do cliente pelo transporte mais adequado. o Possível suporte financeiro ao coffee break. 133
  • 134. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo Envio em formato E-mail marketing 1 R$ 3.062,37 html. Power Point .pptx Apresentação 1 R$ 0,00 com 15 slides Ida e volta para 2 Taxi/ Carro pessoas em 1 4 R$ 400,00 veículo Passagem Ida e volta para 2 32 R$ 1.760,00 rodoviária pessoas R$ 5.222,37 Cronograma: Fev/2013 Mar/2013 Abr/2013 Mai/2013 Tempo de Aplicação Avaliação: para a ação em questão consistirá em: o Após cada visita às unidades, enviar uma breve pesquisa online, podendo- se utilizar de ferramentas grátis da web como SurveyMonkey. Deverá conter de 5 a 10 questões fechadas e uma aberta para avaliar a percepção dos participantes sobre o formato do encontro, a discussão realizada, o conteúdo apresentado, bem como a disposição das unidades para contribuir com as mudanças traçadas pelo SIBi. A pesquisa será anônima e, por isso, também poderá levantar pontos de crítica ou sugestão. É recomendado enviar a pesquisa logo após cada visita, a fim de que ao longo da ação, que tem previsão de duração de quatro meses, seja possível identificar possíveis melhorias para aprimorar o Encontro. 134
  • 135. A.c) Ação 3: “Ser SIBi” Público-alvo: Todos os funcionários do SIBiUSP. Objetivo: “Ser SIBi” é uma ação que, alinhada às duas anteriores, permitirá integração dos funcionários junto à organização para que a conheçam e compreendam seu papel diante da missão, visão e valores, de modo que se sintam pertencentes ao seu ambiente de trabalho. Dessa forma, define-se como objetivo da ação divulgar e manter presente em todos os locais de atuação do SIBi os princípios organizacionais como fonte de consulta e estímulo à prática dos mesmos. Além disso, paralelamente ao reforço dos princípios organizacionais, essa ação pretende averiguar o nível de conhecimento dos funcionários sobre o SIBi, ou seja, verificar o quanto eles conhecem do SIBiUSP, sua história, seu perfil, seus objetivos e metas a fim de, se necessário, informar os funcionários, incentivando maior conhecimento e elevando o nível de qualidade e excelência de seu trabalho, como explicado no prognóstico. Estratégia: A estratégia para consecução desta ação é colocar quadros em todas as unidades administrativas e bibliotecas pertencentes ao sistema SIBiUSP para divulgar seus princípios organizacionais – missão, visão e valores. Ter essa informação presente de forma física é importante enquanto fonte de consulta para os funcionários, além de uma forma simples de fazer com que o conceito esteja disponível em todos os locais onde o SIBi atua. A implantação seria única e a atualização conforme modificações nos princípios organizacionais. Já no que se refere a verificar o nível de conhecimento dos funcionários sobre o SIBi, prevê-se a realização de uma pesquisa, junto a um instituto especializado em pesquisas, para diagnosticar tal cenário e definir estratégias e ações administrativas, de recursos humanos e comunicação para ajudar os funcionários a conhecer melhor sua empresa, promovendo, também, a qualidade e excelência de seu trabalho. 135
  • 136. Meta: o Em seis meses, ter colocado os quadros do “Ser SIBi ” em todas as unidades administrativas do SIBiUSP e bibliotecas. o Em seis meses, ter realizado uma pesquisa com funcionários por meio de uma empresa contratada para isso. Cronograma: Tempo de Aplicação Início Término Permanente Jun/2013 ---- Avaliação: para a ação em questão consistirá em: o Após seis meses do “Encontro SIBibliotecas” e após 1 mês da instalação dos quadros do “Ser SIBi” enviar uma pesquisa online mais aprofundada, que avalie se a missão, a visão e os valores são conhecidos pelos funcionários e se há identificação com eles. A pesquisa pode ser repetida anualmente para identificar se há necessidade de repensar os princípios organizacionais. 136
  • 137. Layout do quadro de missão, visão e valores desenvolvido pela Spin Comunicação 137
  • 138. Como extensão da ação “Ser SIBi”, propõe-se a implantação de um Mural Físico para centralizar as ações de comunicação interna das bibliotecas, como comunicados, avisos e anúncios. Público-alvo: Todos os funcionários do SIBiUSP (administrativo e bibliotecas). Objetivo: Concentrar as ações de comunicação, que já acontecem nas unidades, em um local definido. Tal iniciativa evitaria que mensagens distintas ficassem dispostas de forma não padronizada em locais inadequados e, ao mesmo tempo, serviria de apoio a divulgações esporádicas do SIBiUSP. Estratégia: Colocar um mural padrão em cada unidade de atuação do SIBiUSP em local de grande circulação de funcionários, como, por exemplo, cozinha ou copa. A ação se mostrou uma opção viável por seu baixo custo, fácil implantação e manutenção. É importante lembrar que essa medida não se propõe a gerir o conteúdo dos murais, que será feito inteiramente pela própria unidade, respeitando sua autonomia, o que não invalida o uso dos murais para mensagens institucionais do SIBi. A implantação dos murais seria única e sua atualização e manutenção gerenciada pelas próprias unidades. Como forma de esclarecer, passo a passo, a instalação dos Quadros e Murais, propomos a criação de um folder que será um guia rápido para garantir que tais ações aconteçam de acordo com as estratégias da ação “Ser SIBi”. O folder poderá ser produzido pelo próprio SIBi, a fim de reduzir os gastos e incluir elementos e informações específicas de administração. A recomendação da Spin Comunicação é que o folder contenha necessariamente os seguintes itens: o Apresentação da nova fase SIBiUSP: informações sobre as ações de comunicação que o SIBi realizará dali em diante e o papel das bibliotecas no alcance desses objetivos. o Quadro e Mural: explicar o que são e para que servem. 138
  • 139. o Local: sugerir local no interior das bibliotecas para instalação do Quadro e Mural. Por exemplo, Quadros devem ficar à vista dos visitantes, como na entrada ou local de grande circulação e o Mural deve ficar em local de grande circulação – exclusiva – de funcionários, como cozinha ou copa. o Equipamentos: especificar as ferramentas para instalação das peças, como furadeira, pregos, martelo etc. o Contato SIBiUSP: deverá haver espaço para informações, tais como e- mail, telefone e endereço do SIBi , para as unidade que tiverem dúvidas entrarem em contato. Meta: Colocar um mural físico em cada unidade de atuação do SIBiUSP em até dois meses após a conclusão da ação “Encontro SIBibliotecas”, que apresentará essa e as demais ações de comunicação a serem implantadas. Exemplo de mural físico: 139
  • 140. Programa e seu desenvolvimento As etapas da ação consistem em: o Produzir quadros dos Princípios Organizacionais; o Comprar murais físicos para comunicação interna das unidades; o Elaboração do folder; o Transporte dos quadros e murais junto com o folder para as unidades; o Instalação dos quadros e murais físicos seguindo o folder; o Elaboração da pesquisa a ser aplicada após seis meses da instalação. Recursos: Recursos Humanos o Uma pessoa para coordenar a ação: entrar em contato com fornecedores para compra dos murais e produção dos quadros; produção do folder; envio para todas as unidades e contato com essas unidades para avisar do envio e da necessidade de um funcionário para instalar; o Um funcionário da biblioteca local para instalar os quadros e murais de acordo com o folder; o Um membro da diretoria de cada biblioteca para checar o recebimento e orientar a pessoa que fará a instalação. Recursos Materiais o Murais físicos para cada unidade do SIBiUSP; o Quadros para cada biblioteca do SIBiUSP; o Ferramentas para instalação dos quadros e murais. Recursos Financeiros: o Custo para compra dos murais; o Custo para produção dos quadros; o Transporte para as unidades. 140
  • 141. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Quadros Dimensão 90cm x 60 cm em acrílico 50 R$ 12.365,00 Mural 90cm x 60cm / 5Kg 50 R$ 2.500,00 físico Papel A4 com 3 dobras gramatura de 8gr e laminação fosca, tendo capa, folha 1 com apresentação, folha 2 Folder 50 R$ 48.177,38 com informações sobre Mural e Quadros e folha 3 com contatos do SIBi Transporte N/A 50 R$ 50 Para reduzir custos, o SIBi poderia designar alguns funcionários da área Instalação N/A N/A de manutenção da USP para realizar esta instalação. R$ 14.915,00 Cronograma Tempo de Aplicação Início Término Permanente Jun/2013 ---- Avaliação: para a ação em questão consistirá em, no fim da reunião: o Identificar, mensalmente, com o auxílio das próprias bibliotecas, quantos e quais tipos de comunicados foram colocados no mural físico; o Após seis meses da instalação do mural, enviar uma pesquisa rápida e online para identificar se os funcionários têm lido o conteúdo exposto. Em caso negativo, levantar possíveis pontos de melhoria (troca de local, aumento do tamanho do mural, padronização da identidade visual etc); 141
  • 142. A.d) Ação 4: “SIBinforma” Público-alvo: Todos os funcionários SIBiUSP. Objetivo: O “SIBinforma” consiste em uma newsletter (do inglês, boletim informativo) que será a principal ação de sustentação da Comunicação Interna, a qual tem por objetivo fornecer informações relevantes a todos os funcionários do SIBiUSP, facilitando o diálogo e a interação entre a organização e os funcionários das diferentes unidades. Estratégia: O “SIBinforma” terá periodicidade mensal, com conteúdo vinculado tanto ao setor administrativo do SIBi quanto aos acontecimentos relativos às bibliotecas. A gestão de conteúdo será feita pelo SIBi e enviada aos funcionários por uma conta de e-mail institucional. Ainda pensando em disseminar a missão, visão e valores da organização, o SIBinforma contará com um espaço em sua parte inferior para destacar um aspecto dos princípios organizacionais, como, por exemplo, dicas para ser sustentável no dia a dia. Outra novidade que o veículo trará é a abertura de um canal de e-mail – Fale com o SIBi - voltado para os funcionários estabelecerem contato direto com a organização. Vale destacar que o veículo é flexível e pode ter suas editorias alteradas conforme a necessidade de comunicação do cliente. Sugestão de editorias: o Agenda: Contempla os principais eventos e ações do mês, no qual o SIBi e as unidades estarão presentes. o Acontece: Informações rápidas sobre projetos em andamento e atualizações sobre algum tema específico etc. o Notícias: Novidades e curiosidades sobre projetos e ações que acontecem nas unidades do SIBiUSP. O diferencial desse espaço é que ele será colaborativo: as unidades, por meio do Fale com o SIBi, poderão enviar pautas e notícias para divulgação no veículo, estimulando a interação, troca de experiências e melhores práticas entre as unidades. o Espaço Princípios: Pequeno quadro no qual será destacado, a cada período determinado, algum aspecto sobre os princípios organizacionais. Sugestão: do mês 1 ao 4 - abordar a missão, trazendo a cada mês uma 142
  • 143. mensagem para estimular os funcionários a contribuírem com a missão; do mês 5 ao 8 - abordar a visão, mostrando, por meio de exemplo e casos de outras organizações, como os funcionários em seus respectivos papéis podem contribuir para o alcance das metas da organização; do mês 9 ao 12 - destacar um ou dois valores trazendo exemplos de como podem ser incorporados na rotina dos funcionários. o Espaço do Funcionário: espaço aberto e destinado a informações enviadas pelos próprios funcionários. O intuito dessa seção é trazer um conteúdo leve e informal como, por exemplo, fotos realizadas pelos funcionários em seu ambiente de trabalho. o Fale com o SIBi: Pequeno espaço no fim da newsletter que trará o e-mail para contato, envio de sugestões de pauta, esclarecimento de dúvidas, envio de reclamações, elogios etc. Meta: Veicular o “SIBinforma” após implantação de todas as ações anteriores, via e-mail, para todos os funcionários do SIBIUSP. Layout desenvolvido pela Spin Comunicação 143
  • 144. Variação de Layout: Programa e seu desenvolvimento As etapas desta ação consistem em: o Solicitar junto às unidades o envio de pauta para compor o conteúdo da newsletter; o Prazo para envio das pautas – 1 semana; o Produção do conteúdo – 2 semanas; o Revisão dos textos, checagem dos links e checar endereços de e-mail para envio – 2 dias; o Confecção da newsletter – elaboração do layout – 4 dias; o Envio da newsletter. 144
  • 145. Recursos: Recursos Humanos o Uma pessoa para coordenar a ação: designar o responsável pela produção e confirmar listas de e-mails a serem enviados; o Um profissional de comunicação (interno ou terceirizado) para entrar em contato com unidades para definição de conteúdo; escrever os textos, revisar e checar links; formatar na estrutura do layout e enviar. Recursos Materiais o Computador com acesso à internet para o profissional elaborar a newsletter e telefone para entrar em contato com unidades; Recursos Financeiros o Custo para criação do layout da newsletter; o Custo com contratação do profissional responsável pela produção (gestão de conteúdo e finalização). Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo Criação da R$ 4 páginas 1x newsletter 9.167,66 Produção de R$ Finalização 1x HTML editável 6.740,62 Gestão de 1 profissional R$ Mensal conteúdo interno ou terceiro 4.113,52 R$ 20.021,80 Cronograma: Tempo de Aplicação Início Término Permanente Jul/2013 ---- 145
  • 146. Avaliação: A avaliação dessa ação consistirá em: o Avaliar, mensalmente, as métricas do veículo – quantos funcionários abriram o e-mail, quantos clicaram em determinada matéria; o Identificar, mensalmente, quantas pautas são enviadas para divulgação no “SIBinforma” e, além disso, identificar qual o tema e quais foram as unidades que enviaram as informações; o Após essa primeira avaliação, fazer uma análise para compreender os números apresentados (porque uma unidade envia mais pautas do que outra, porque as unidades têm enviado muitas ou poucas pautas etc); o Avaliar, mensalmente, o número de interações geradas a partir do veículo. Essas interações não se referem ao número de pautas enviadas, mas sim, aos e-mails ou contatos telefônicos realizados para tirar dúvidas, fazer críticas ou dar sugestões. Como o objetivo do veículo é estimular o diálogo, esse tipo de indicativo é relevante para indicar a eficiência da ação; o Após seis meses do início do envio da newsletter, enviar uma pesquisa online, que será divulgada no próprio informativo, para identificar se os funcionários têm efetivamente lido o conteúdo veiculado (e se não, por quê) e possíveis críticas e sugestões para a melhoria do veículo. O próprio número de respondentes da pesquisa já serve como indicativo; A.e) Ação 5: “SIBi Fala” Público-alvo: Públicos em geral (dentro e fora da USP). Objetivo: Visando a produção de um material criativo e interessante para apresentação formal e institucional do SIBiUSP, a ação “SIBi Fala” propõe o desenvolvimento de um vídeo que conte um pouco sobre a história da organização, atuação, grandes números, importância, princípios organizacionais, entre outros aspectos. 146
  • 147. Estratégia: O vídeo “SIBi Fala” será utilizado em apresentações institucionais do SIBi, como eventos, congressos, feiras, palestras e demais iniciativas dentro e fora da USP. A ideia é que o vídeo seja estruturado de forma dinâmica e traga, entre as informações relevantes, depoimentos rápidos de líderes, funcionários e usuários, atingindo os diversos públicos com os quais a organização se relaciona. A produção é única e a atualização acontece conforme mudança de dados e números. Pontos importantes para o roteiro: o O que é o SIBi; o Breve história do SIBi; o Atuação; o SIBi em números. Meta: Produzir o “SIBi Fala” em até seis meses para iniciar sua veiculação o mais rápido possível, a fim de apoiar a organização na consolidação de seu posicionamento institucional. Programa e seu desenvolvimento As etapas desta ação consistem em: o Prospectar empresas produtoras de vídeo; o Contratação de produtora de vídeo; o Disponibilizar informações/imagens solicitadas pela empresa; o Realizar interface entre produtora e as unidades; o Disponibilização do material em DVD para as unidades; o Disponibilização do vídeo no site do SIBi. Recursos: Recursos Humanos o Uma pessoa para coordenar a ação: prospectar possíveis empresas; contratar empresa produtora de vídeo; interface com as unidades; acompanhar todo o processo até a finalização do vídeo e sua gravação em DVD para envio às unidades, até a divulgação no site. 147
  • 148. Recursos Materiais o Disponibilizar eventuais materiais solicitados pela produtora de vídeo. Recursos Financeiros: o Custo para contratação de produtora de vídeo; o Custo para distribuição dos vídeos em DVD para as unidades. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo R$ Produção eletrônica Vídeo de 5 minutos 1x 145.000,00 Captação de Custos baseados 1x R$ 4.113,52 imagens em hora/homem Gravação em DVD DVD R 1x R$ 250,00 R$ 149.363,52 Cronograma: 2013 2014 2015 Tempo de Aplicação Avaliação: A avaliação desta ação consistirá em: o Identificar, mensalmente, o número de acessos do vídeo, disponível no site, e analisá-lo, se tem crescido, diminuído, se está estável e as razões do resultado observado o Depois de seis meses da veiculação do vídeo, enviar uma pesquisa online, que será divulgada pelo “SIBinforma”, para identificar o que os funcionários acham do vídeo institucional, se eles se sentem representados, se acreditam que esse material realmente transmite a realidade do SIBi. Além disso, a pesquisa levantará críticas e sugestões sobre o vídeo que podem servir de subsídio para os próximos vídeos, a serem produzidos a cada 2 anos. 148
  • 149. Vale destacar que muitas das ações propostas neste Programa podem ser avaliadas mediante o uso de pesquisas. Por isso, uma sugestão é que o SIBi compile todos os pontos referentes aos novos veículos de comunicação interna, por exemplo, em uma única pesquisa se avaliem todos de uma só vez para evitar o recolhimento de informações em blocos e para construir uma visão do projeto como um todo. Esse procedimento não se aplica à primeira e à segunda ação que são mais pontuais e específicas. Essa avaliação geral pode ser enviada a cada semestre, sempre com o intuito de buscar melhorias e atualizações para os veículos, mantendo o sistema de comunicação interna renovado. B) Cronograma geral J F M A M J J A S O N D Repense Encontros SIBibliotecas Ser SIBi SIBinforma SIBi Fala Outras recomendações Durante a elaboração das ações desta Campanha, algumas oportunidades de melhoria foram identificadas, mas que fogem do escopo das Relações Públicas e, por isso, constam aqui como recomendações ligadas aos Princípios Organizacionais e Estilo Administrativo. o Fluxo de aprovação (administrativa): Sistema de aprovação eletrônico que tornaria solicitações corriqueiras mais rápidas e dinâmicas. o Grupos de e-mail: Listas de distribuição de e-mails para facilitar o envio da newsletter e de comunicados pontuais não só para funcionários, mas também para outros públicos como imprensa, usuários etc. o Communicator/MSN Messenger/Skype: Canal de troca de mensagens instantâneas para facilitar a comunicação diária. 149
  • 150. o Manual de identidade visual: Contempla padronização de layouts de comunicados e relatórios, bem como de todas as diretrizes de identidade visual do SIBi-USP, como utilização de logotipo, cores etc. C) Orçamento Total das Ações e da Campanha De SIBi para SIBi Ações Especificidade Unidade Custo total Repense E-mail marketing Envio em formato html - R$ 3.062,37 Apresentação 15 slides - - Banner 70x140cm de lona, Banner - R$ 4.700,11 Impressão Digital Sala de reunião Projetor, Tela, Flip chart, canetas e papel - - Água, café, chá, leite, suco, pão de queijo, mini Coffee break 10 R$ 250,00 sanduiches, bolo, frutas Ser SIBi Quadros Dimensão 90cm x 60 cm em acrílico 50 R$ 12.365,00 Mural físico 90cm x 60cm / 5Kg 50 R$ 2.500,00 Papel A4 com 3 dobras gramatura de 8gr e laminação Folder 50 R$ 48.177,38 fosca Transporte - 50 R$ 50,00 Encontros SIBibliotecas E-mail marketing Envio em formato HTML - R$ 3.062,37 Apresentação 15 slides - - Taxi/ Carro Viagem de ida e volta para 2 pessoas em 1 veículo 4 R$ 400,00 SIBiUSP Passagem Passagem de ida e volta para 2 pessoas 32 R$ 1.760,00 rodoviária Newsletter - SIBinforma Criação da - - R$ 15.908,28 newsletter Profissional interno ou terceiro - custos referentes a Gestão de Pgto um profissional terceiro de agência. Cálculo baseado R$ 4.113,52 conteúdo mensal em 2 dias úteis Vídeo Institucional - SIBi Fala Produção Vídeo em torno de 5 minutos com 5 diárias de - R$ 145.000,00 eletrônica captação de imagem, versão português e inglês Captação de Custos baseados em hora/homem - R$ 4.113,52 imagens Gravação em DVD R 50 R$ 250,00 DVD R$ 245.712,55 150
  • 151. 8.2 APROSIBI-SE Problema: A fim de estreitar o relacionamento com seus principais públicos internos (alunos de graduação, pós-graduação e docentes), elaborou-se a campanha “aproSIBi-se”, composta por objetivos, metas e ações em longo prazo. Os esforços compreendidos nesta fase do planejamento de Relações Públicas visam transformar o cenário atual em que se encontra o cliente, ou seja, de relacionamento de mão única, pouco estruturado e sem criação de ações específicas para os públicos internos, que compreendam suas necessidades. Com a implantação dessa fase, caminha-se para a formatação de outro plano de realidade futura, em que SIBi e alunos de graduação, pós-graduação e docentes possam compreender-se melhor e cooperar de forma mais harmoniosa. Título da campanha: aproSIBi-se Públicos-alvo: alunos de graduação, pós-graduação e docentes USP Justificativa: Segundo a Profa. Dra. Margarida Kunsch, “o público interno é um público multiplicador” (2003 p. 159). Partindo dessa premissa, entende-se que é imprescindível ao SIBi focar no público interno, seus principais usuários, uma vez que a organização ainda não apresenta programas estratégicos de relacionamento estruturados que atendam às suas reais necessidades. Ainda segundo a autora, a comunicação institucional, por meio das relações públicas, enfatiza os aspectos relacionados com a missão, a visão, os valores e a filosofia da organização e contribui para o desenvolvimento do subsistema institucional, compreendido pela junção desses atributos. (KUNSCH, 2003, p. 165). É essencial que o SIBi compreenda como aproximar-se de seus principais usuários, de maneira que eles sejam multiplicadores da organização, de seus produtos, serviços e marca. A pesquisa realizada procurou entender melhor o que pensam os usuários do SIBi. Segundo Kunsch: 151
  • 152. é um trabalho de relações públicas via comunicação institucional, buscar conhecer os públicos numa perspectiva da dinâmica do ambiente, levando em conta as contingências, as ameaças e as oportunidades advindas desse universo social e organizacional. (KUNSCH, 2003, p. 167) É necessário reforçar, dentre as ferramentas de comunicação institucional, o uso da propaganda institucional. Com o objetivo de aproximar o nome SIBi dos usuários, até mesmo para estimular a procura por seus produtos e serviços, adotaram-se ações dessa área em particular, com conteúdo informativo. Segundo Kunsch, Outro instrumento utilizado pelas relações públicas, integrante da comunicação institucional, que visa divulgar as realizações das organizações, transmitir sua personalidade e fixar conceitos construtivos do seu fazer e ser, é a propaganda institucional. (Kunsch, 2003, p.174) Objetivos o Aproximar, organizar e aperfeiçoar o relacionamento do SIBi com seus principais públicos internos, de forma planejada e estruturada, baseando- se no atual cenário encontrado na pesquisa realizada pela agência Spin; o Desenvolver atividades de manutenção de relacionamento com novos alunos da USP (graduação e pós-graduação) e docentes, de maneira a atender às demandas; Metas: implantar as ações prioritárias em até um ano para Campus Butantã e demais campi USP espalhados pelo Estado de São Paulo, para conseguir: o Aumentar o percentual de frequência à biblioteca em 30% o Tornar o SIBi conhecido pelo público da Universidade de São Paulo o Tornar as funções do SIBi claras para alunos e docentes da Universidade o Aumentar a procura pelos produtos e serviços do SIBi 152
  • 153. Quadro Sinótico das ações Abaixo está o esquema que ilustra as ações que compõem a campanha “aproSIBi-se”, seguido de sua descrição. A) AÇÕES: A.a) Ação 1: SIBixos Público-alvo: Calouros de graduação de todos os campi da USP. Objetivo: Aproximar os novos alunos de graduação da Universidade de São Paulo ao convívio com o SIBi desde o início de suas vidas acadêmicas, para que criem desde cedo familiaridade com a marca SIBi e utilizem seus produtos e serviços com frequência e com facilidade. Meta: Aumentar o grau de conhecimento da marca SIBi entre os alunos de graduação da universidade. 153
  • 154. Estratégia: Pensando na aproximação com alunos de graduação, a estratégia planejada para esta ação é acompanhar os alunos desde o primeiro momento em que entram na USP. Por isso, pensou-se na criação de um kit para os calouros de graduação, o “SiBixos”. Dentro de cada kit, seriam fornecidos materiais institucionais que explicam como o SIBi pode auxiliar o aluno ao longo de sua vida acadêmica, além de outros materiais lúdicos que reiterem a interface amigável do SIBi, como um esforço para alterar o cenário atual. Programa e desenvolvimento: Para desenvolver o kit “SiBixos”, será necessário elaborar um material educativo com o objetivo de explicar aos alunos o que é o SIBi, qual sua função na Universidade, porque o aluno pode contar com ele, quais produtos e serviços oferece e como pode ser contatado pelo aluno. Para tornar o conteúdo mais atrativo, o kit também oferecerá lápis, borracha, bloco de anotações – itens que o aluno utilizará em sala de aula – e chaveiro personalizado , para que a divulgação da marca ultrapasse as barreiras físicas da faculdade. Também será incluído no kit um convite para o concurso literário a ser promovido como segunda ação do plano de comunicação. A distribuição do kit deve ser realizada nas primeiras semanas de aulas, em que os alunos estão conhecendo a Universidade e o que ela pode lhe oferecer. É importante que o SIBi atue junto ao aluno desde esse primeiro contato com a faculdade. Como a primeira semana letiva é, geralmente, destinada à integração entre os alunos, o SIBi ainda poderá atingir alunos veteranos na Universidade, mas que ainda não tiveram contato com as bibliotecas e demais serviços do SIBi. Materiais e recursos: Para esta ação, o SIBi precisará produzir os seguintes itens: o Folder explicativo sobre os principais produtos e serviços do SIBi e contatos. Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e diagramação do folheto; gráfica para impressão do material o Lápis, borracha e bloco de anotações personalizados com a identidade visual do SIBi. Recursos necessários: como o material já está 154
  • 155. desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes para a produção do material o Chaveiro personalizado SIBi, com o mascote Eugênio em versão colorida e verso com logo. Recursos necessários: como o material já está desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes para a produção do material o Convite para o concurso “senSIBIlidade”. Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e diagramação do folheto; gráfica para impressão do material o Pacotes para manuseio do Kit. Recursos necessários: os funcionários do SIBi e uma equipe contratada deverão se responsabilizar pela montagem e distribuição dos kits na Universidade, que envolve a compra de pacotes para a montagem e equipe para distribuição do material. Recomendações de layout para as peças: 155
  • 156. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo Folder, lápis, borracha, bloco de Kit Sibixos anotações, 58.000 R$ 609.348,64 chaveiro, convite para concurso Cronograma: o Prazo para produção do conteúdo do folheto: 5 dias o Diagramação do conteúdo no folheto: 3 dias o Impressão do folheto: 3 dias o Produção de lápis, borracha, blocos de anotação e chaveiros: 15 dias o Impressão do convite para concurso cultural: 2 dias Cronograma para produção do kit completo: Material D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 D9 D10 D11 D12 D13 D14 D15 Conteúdo Folder diagramação Impressão Lápis Borracha Bloco de anotações Chaveiro Convite 156
  • 157. Com o material produzido, o SIBi e uma equipe especializada precisarão de uma semana para manuseio dos kits. A distribuição será feita durante dois meses, com estandes em todos os campi nas duas primeiras semanas de aula do ano e posteriores entregas nas bibliotecas, centros acadêmicos e atléticas. D1-D15 D16-D23 D24-D38 D39-D85 Preparo do material Manuseio do kit Distribuição concentrada em estandes Distribuição fixa A duração total da ação será de 85 dias, considerando que os dias D16-D38 devem coincidir com as duas primeiras semanas de aula determinadas no calendário USP do ano vigente. Avaliação e Mensuração: Os indicadores de desempenho para desta ação são: o Primeira etapa: após duas semanas com estande na Universidade • Número de atendimentos realizados nos estandes • Total de kits distribuídos nas duas primeiras semanas • Percentual de alunos frequentando a biblioteca no primeiro mês de aula versus Percentual referente aos anos anteriores o Segunda etapa: após os 45 dias de distribuição fixa • Mapa de distribuição dos kits restantes • Frequência de uso das bibliotecas pelos alunos • Número de acesso às ferramentas online • Registro de procura por produtos e serviços do SIBi 157
  • 158. A.b) Ação 2: senSIBilidade 2013: I Concurso Literário SIBi para alunos de Graduação Público-alvo: Todos os alunos de graduação dos campi USP que possuem bibliotecas. Objetivo: Divulgar o SIBi para os alunos de graduação e estreitar o relacionamento da organização com esse público. Metas: o Aumentar em 15% a presença de alunos nas bibliotecas da Universidade; o Tornar conhecido o papel do SIBi enquanto órgão integrador das bibliotecas da USP. Estratégia: O I Concurso Literário SIBi para alunos de Graduação (senSIBilidade) visa aproximar o aluno de graduação da marca SIBi, proporcionando maior visibilidade. Seriam convidados a participar nas categorias poesia, contos, crônicas e depoimentos, os alunos de graduação de todos os campi USP que possuem bibliotecas. O regulamento de inscrição será retirado nas bibliotecas e devem ser também disponibilizados no site do SIBi. No final, os melhores textos seriam expostos nas bibliotecas SIBi, em forma de banner, promovendo a integração entre as unidades (por exemplo, o texto vencedor da FFLCH seria exposto na POLI). Programa e desenvolvimento: O concurso contempla o prazo de divulgação e chamadas para entregas, prazo de avaliação da comissão julgadora, evento para anúncio dos vencedores e tempo de veiculação das obras vencedoras na Universidade. Para divulgação, serão utilizados cartazes e e-mail marketing para alunos e professores da Universidade. Uma comissão julgadora será organizada com a presença de professores de diferentes unidades da USP, bem como membros do SIBi. O evento de divulgação dos vencedores será realizado na Universidade de São Paulo. 158
  • 159. Recursos Humanos, Financeiros e Materiais: Para elaboração do concurso será necessário providenciar: o Cartazes a serem colocados nas bibliotecas e dentro das escolas e faculdades; E-mail marketing a ser enviado para as secretarias dos cursos de todas as escolas e faculdades USP. Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e diagramação do material; gráfica para impressão e equipe para gestão do e-mail marketing (disparo e avaliação das entregas) o Docentes e funcionários USP para formar a comissão julgadora. o Produção de evento para divulgação dos vencedores. Recursos necessários: Como sugestão da Spin Comunicação, o SIBi poderá realizar parcerias dentro da Universidade. Nesse sentido, o SIBi contaria, por exemplo, com o auxílio dos alunos de relações públicas da ECA que estão participando da matéria “Organização de eventos”. o Banners a serem expostos nas bibliotecas da USP com trechos dos textos vencedores. Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e diagramação do material; gráfica para impressão e equipe para distribuição do material. Orçamento O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade (un) Custo Cartazes A3, 4x0, folha 230gr a serem colocados nas bibliotecas e 450 R$ 5.326,92 dentro das escolas e faculdades E-mail marketing html a ser Concurso enviado para as secretarias dos - R$ 3.062,37 senSIBIlidade cursos de todas as escolas e faculdades USP Banner 70x140cm. Material: Lona. Banners a serem expostos nas 180 R$ 17.230,11 bibliotecas da USP com trechos dos textos vencedores TotaL R$ 25.619,40 159
  • 160. Cronograma: O concurso contempla o prazo de divulgação e chamadas para entregas, prazo de avaliação da comissão julgadora, evento para anúncio dos vencedores e tempo de veiculação das obras vencedoras na Universidade. Etapas da ação Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Divulgação do concurso Chamada para envio das obras Avaliação pela comissão julgadora Evento para entrega dos resultados Veiculação das obras vencedoras na universidade Mensuração dos resultados Considerando a execução da ação, serão necessários seis meses de dedicação do SIBi e sua equipe. Os meses de setembro a novembro serão destinados apenas à exposição das obras vencedoras no espaço da Universidade. Nesses meses, o SIBi poderá considerar a ação encerrada. Somente o mês de dezembro será destinado à mensuração dos resultados, etapa em que o SIBi volta a atuar. Avaliação e Mensuração: Os indicadores de desempenho para essa ação podem ser: o Números de inscritos no concurso; o Número de participantes do evento de entrega; o Número de alunos que frequentam a biblioteca em cada etapa da ação; o Frequência de uso da biblioteca após o encerramento da ação. 160
  • 161. Regulamento de inscrição: senSIBilidade 2013 I CONCURSO LITERÁRIO SIBi USP PARA ALUNOS DE GRADUAÇÃO (CONTOS, CRÔNICAS, POESIAS E DEPOIMENTOS) REGULAMENTO 1. Participantes Poderão participar do concurso todos os alunos de graduação da USP, regularmente matriculados em seus cursos, portando número USP válido. 2. Período de inscrição As inscrições e entrega dos trabalhos deverão ser feitas por e-mail, pelo endereço sensibilidade2013@sibi.usp.br, até 31 de março de 2013, sem possibilidade de prorrogação. O aluno deverá enviar o texto em Word, e no corpo do e-mail deverá constar nome completo, número USP, escola em que estuda, departamento e curso. 3. Modalidades Conto – 1 por concorrente com o máximo de 06 laudas (páginas) Crônica – 1 por concorrente, com o máximo de 01 lauda. Depoimento – 1 por concorrente com o máximo de 06 laudas. Poesia – até 2 poesias, cada uma com o máximo de 40 versos. 4. Tema - senSIBIlidade 5. Textos 5.1. Deverão ser escritos em língua portuguesa, em Arial ou Times New Roman, tamanho 12. 5.2. Não serão aceitos trabalhos manuscritos ou entregues pessoalmente. 5.3. Os trabalhos deverão ser inéditos, isto é, ainda não publicados. 5.4. Todos os trabalhos recebidos e aceitos serão protocolados e numerados pelo SIBi USP. 161
  • 162. 5.5. Os trabalhos ficarão depositados na sede do SIBi USP, aos cuidados da secretaria. 5.6. Ao SIBi USP, reserva-se o direito de tornar públicos os trabalhos, em eventos apropriados, sempre que julgar oportuno, citando o nome do autor e não se obrigando a direitos autorais. Também se reserva o direito de expor os textos em materiais gráficos dentro e fora da USP. 6. Julgamento e Premiação 8.1. Os trabalhos serão julgados por uma comissão designada pelo SIBi USP. 8.2. As decisões do júri são soberanas, irrecorríveis e inapeláveis. 8.3. Critérios para o julgamento: - sensibilidade; - originalidade no desenvolvimento do tema; - clareza de ideias; - coerência com o tema; - criatividade. 8.4. A divulgação da ordem de classificação e premiação dos vencedores será feita durante cerimônia promovida pelo SIBi USP, em data a ser anunciada. A.c) Ação 3: Pós-SIBi-lidades Público-alvo: Novos alunos de pós-graduação de todas os campi da USP em que serão realizados trabalhos de construção de missão, visão e valores com as bibliotecas anteriormente citadas. Objetivo: Aproximar novos alunos de pós-graduação ao SIBi, desde o início de suas vidas acadêmicas. Meta: Tornar as bibliotecas e serviços do SIBi fontes preferenciais de pesquisa para os alunos de pós-graduação da USP nos próximos dois anos; 162
  • 163. Estratégia: Pensando na aproximação com alunos de pós-graduação, procurando acompanhá-los desde o primeiro momento em que entram na USP, pensou-se na criação de um Kit para os calouros de pós-graduação, o “Pós-SIBi- lidades”. Dentro, seriam fornecidos materiais institucionais que explicam como o SIBi pode auxiliar o aluno ao longo de sua vida acadêmica, além de outros materiais lúdicos que reiterem a interface amigável do SIBi, como um esforço para alterar o cenário atual. Programa e desenvolvimento: Será necessário elaborar um material educativo com o objetivo de explicar aos alunos de pós-graduação não apenas o que é o SIBi, mas quais produtos e serviços são importantes para o jovem pesquisador, porque ele deve escolher o SIBi como seu principal aliado no desenvolvimento das pesquisas e como ele pode contar com o SIBi para solicitar o material que precisa para conquistar o seu título. Para tornar o conteúdo mais atrativo, será montado um kit com lápis, borracha, bloco de anotações – itens de interesse do aluno – e um chaveiro, para que a divulgação ultrapasse as barreiras físicas da faculdade. Materiais e recursos: Para esta ação, o SIBi precisará produzir os seguintes itens: o Folheto com conteúdo educativo elaborado para alunos de pós-graduação Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e diagramação do folheto; gráfica para impressão. o Lápis, borracha e bloco de anotações personalizados com a identidade visual do SIBi. Recursos necessários: como o material já está desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes para a produção do material. o Chaveiro personalizado SIBi, com o mascote Eugênio em versão colorida e verso com logo. Recursos necessários: como o material já está desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes para a produção do material. 163
  • 164. o Pacotes para manuseio do Kit. Recursos necessários: os funcionários do SIBi e uma equipe contratada deverão se responsabilizar pela montagem e distribuição dos kits na Universidade, que envolve a compra de pacotes para o manuseio e equipe para distribuição do material. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade (un) Custo Folder, lápis, Kit Pós-Sibi-Lidades borracha, bloco de 28.000 R$ 287.976,41 anotações, chaveiro Cronograma: o Prazo para produção do conteúdo do folheto: 5 dias o Diagramação do conteúdo no folheto: 3 dias o Impressão do folheto: 3 dias o Produção de lápis, borracha, blocos de anotação e chaveiros: 15 dias Cronograma para produção do kit completo: Material D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 D9 D10 D11 D12 D13 D14 D15 conteúdo Folder diagramação impressão Lápis Borracha Bloco de anotações Chaveiro 164
  • 165. Com o material produzido, o SIBi e uma equipe especializada precisarão de uma semana para manuseio dos kits. A distribuição será feita por um profissional do SIBi, durante palestra na primeiras semanas de aula de cada ano. Serão disponibilizados kits para posteriores entregas nas bibliotecas e núcleos de pesquisa de cada faculdade. D1-D15 D16-D23 D24-D38 D39-D85 Preparo do material Manuseio do kit Distribuição: palestras Distribuição: bibliotecas e núcleos de pesquisa A duração total da ação será de 85 dias, considerando que os dias D16-D38 devem coincidir com as duas primeiras semanas de aula da pós-graduação, determinadas no calendário USP do ano vigente. Avaliação e Mensuração: Os indicadores de desempenho para essa ação são: o Primeira etapa: após duas semanas com palestras em todas as unidades na Universidade • Total de kits distribuídos nas duas primeiras semanas • Percentual de alunos frequentando a biblioteca no primeiro mês de aula versus Percentual referente aos anos anteriores o Segunda etapa: após os 45 dias de distribuição em bibliotecas e núcleos de pesquisa • Mapa de distribuição dos kits restantes • Frequência de uso das bibliotecas pelos alunos de pós-graduação • Número de acesso às ferramentas online • Registro de procura por produtos e serviços do SIBi 165
  • 166. A.d) Ação 4: Siga o Mestre Público-alvo: Docentes da Universidade de São Paulo Objetivo: Conquistar o apoio dos professores como incentivadores do uso dos produtos e serviços oferecidos pelo SIBi. Metas: o Transformar os professores em disseminadores da marca o Aumentar a procura pelos produtos do SIBi o Aumentar os acessos dos buscadores Dedalus e BuscaIntegrada Estratégia: O contato com os materiais utilizados em cada disciplina é estabelecido, principalmente, por meio de indicações dos professores. Muitos disponibilizam os conteúdos da aula na internet ou na Central de cópias das faculdades e, dessa forma, desestimulam o contato do aluno com a biblioteca e com os serviços oferecidos pelo SIBi. Com o apoio dos professores na divulgação desses serviços, e do uso da biblioteca e seu acervo, os alunos se sentirão incentivados a procurar os conteúdos necessários nas plataformas do SIBi. Programa e desenvolvimento: o Criação de identidade visual focada no docente, com cartazes e diversos materiais expostos, por exemplo, na sala de café dos docentes. o Em cada escola, seria feito um cartaz que prenda a atenção do docente, como por exemplo: • Cartaz da ECA: COMUNICAÇÃO INTEGRADA É FAZER PROPAGANDA E TEASERS. Professor, não lhe conhecemos, mas já percebemos que você é exigente com o conteúdo de Comunicação e achou o erro rapidamente. E você, nos conhece? 166
  • 167. SIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Nós seguimos o mestre. • Cartaz da Química: A FÓRMULA DA ÁGUA É H202. Professor, não lhe conhecemos, mas já percebemos que você é exigente com o conteúdo de Química e achou o erro rapidamente. E você, nos conhece? SIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Nós seguimos o mestre. Sugestão da Spin Comunicação para layout dos cartazes dessa ação: 167
  • 168. o Caixa personalizada contendo um pendrive, com conteúdo: • Vídeo institucional, mostrando a história do SIBi e seu papel atual na Universidade; • Guia de produtos e serviços explicando claramente o que cada um faz e como pode ser utilizado pelos professores e alunos, com links para os produtos digitais; • Guia explicando como o professor pode solicitar ao SIBi a compra de novos materiais para o acervo; • Convite para os professores recomendarem os serviços do SIBi em suas disciplinas, incentivando o acesso à biblioteca por parte dos alunos; • Calendário professor 2013. Recomendação de layout para o pen drive dos docentes: o Canal de contato dos docentes com o SIBi, desenvolvido dentro do site institucional. Recursos (humanos, financeiros e materiais): Para implementação dessa ação será necessário planejar os seguintes itens: o Calendário 2013 para professor; Cartazes para divulgação para docentes; Folder explicativo sobre os principais produtos e serviços do SIBi e contatos. Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e diagramação de cada material; gráfica para impressão. o Lápis, borracha e bloco de anotações personalizados com a identidade visual do SIBi. Recursos necessários: como o material já está desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes para a produção do material. 168
  • 169. o Chaveiro personalizado SIBi, com o mascote Eugênio em versão colorida e verso com logo. Recursos necessários: como o material já está desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes para a produção do material. o Pendrive personalizado do SIBi para docentes. Recursos necessários: como o material já está desenvolvido, o SIBi precisará apenas contatar uma empresa de brindes para a produção do material e registro dos arquivos na mídia. o Pacotes para manuseio do Kit. Recursos necessários: os funcionários do SIBi e uma equipe contratada deverão se responsabilizar pela montagem e distribuição dos kits na Universidade, que envolve a compra de pacotes para a montagem dos kits e equipe para distribuição do material. o Layout e programação do canal “Fale com o SIBi” no site institucional. Recursos necessários: o SIBi precisará de uma equipe de designers e programadores para elaboração do canal e implementação desse no site publicado. Uma sugestão da Spin Comunicação é realizar parceiras dentro da USP e procurar, por exemplo, empresas juniores como o IME Júnior, que podem realizar o trabalho com baixo custo. o É importante considerar que a produção do kit e seu manuseio exigirão três semanas de dedicação da equipe, desconsiderando ainda o tempo de produção do vídeo institucional. O desenvolvimento do canal para contato no site será demorado e deve ser o primeiro passo a ser tomado, incluindo a contratação de um fornecedor, etapas de briefing, programação e layout, testes e aprovação pelo SIBi. 169
  • 170. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade (un) Custo (em R$) Calendário 6.000 R$ 64.852,28 professor 2013 Cartazes para 450 R$ 7.126,92 divulgação Pen Drive Siga o Mestre personalizado SIBi 6000 R$ 122.062,53 formato mascote Kit Siga o Mestre (folder, lápis, borracha, bloco de 6000 R$ 75.538,94 anotações, chaveiro) Total R$ 269.580,67 Cronograma: Cronograma da ação Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Layout e programação do canal no site Produção dos materiais de apoio Início da ação e distribuição dos kits Produção dos materiais de apoio, com duração de 7 semanas: Siga o Mestre S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 Produção do vídeo institucional Produção e manuseio do kit docente Produção e impressão dos cartazes Distribuição dos cartazes pela Universidade Início da ação e distribuição dos kits 170
  • 171. É necessário considerar algumas etapas de reforço da ação com os docentes, principalmente em épocas de provas, para que o professor recomende a seus alunos que procurem os serviços da biblioteca para se prepararem para os momentos finais de cada semestre. JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Siga o Mestre Primeira ação Reforço #1 Reforço #2 Avaliação e Mensuração: Para avaliar os resultados dessa ação, pode-se considerar: o Quantidade de acessos à seção “Fale conosco” destinada ao professor o Percentual aumento pela procura de livros e materiais utilizados nas disciplinas da Universidade o Nova aplicação da pesquisa demonstrará que o professor tem papel na escolha da fonte de pesquisa do aluno o Aumento da presença dos professores na biblioteca A.e) Ação 5: Use, abuse, estamos aqui para você! Público-alvo: Todos os alunos, professores, pesquisadores e funcionários da Universidade de São Paulo, bem como público externo convidado. Objetivos: Aproximar o SIBI e as bibliotecas do cotidiano dos alunos e pesquisadores da Universidade, tornando o SIBi um órgão presente no dia a dia de todos que frequentam os campi da USP. Metas: o Aumentar o número de visitantes das bibliotecas da Universidade em 30%; o Tornar conhecido o papel do SIBi como órgão representante do grupo de bibliotecas da USP; o Tornar conhecidos os produtos e serviços do SIBi. 171
  • 172. Estratégia: Foi identificado na pesquisa realizada pela Spin Comunicação que a frequência dos alunos às bibliotecas da Universidade ainda é baixa – ou pouco significativa. Além disso, o grau de conhecimento dos entrevistados quanto ao SIBi, seus produtos e serviços também não foi satisfatório. Entende-se que a presença do público na biblioteca é um fator essencial para que os produtos e serviços do SIBi, bem como sua marca e função enquanto órgão administrativo, sejam reconhecidos pelos alunos. Programa e desenvolvimento: Para alcançar esse objetivo, é necessário um conjunto de ações capazes de trazer o público para dentro do espaço das bibliotecas, onde o SIBi assumirá a divulgação de seus produtos e serviços, solucionando, dessa forma, dois dos problemas identificados no diagnóstico. São opções: o Eventos especiais em cada biblioteca, promovidos pelo SIBi para estreitar o relacionamento com os nichos da USP: exposição de vídeos na biblioteca da ECA, concurso de algoritmo na POLI/IME; exposição do corpo humano na FE, entre outros. o Realização de “cafés acadêmicos” com autores e pesquisadores consagrados dentro do espaço das bibliotecas; Recomendações de melhorias, fundamentais para potencializar as ações da campanha: o Reforma dos espaços coletivos e criação ou ampliação dos espaços destinados ao estudo (ex: salas de estudo em grupo e individual; salas em que os alunos possam levar comida e bebida – ambientes agradáveis para o estudo); o Aquisição de novos computadores e atualização dos que já estão disponíveis, acompanhando a qualidade do mercado; o Investimento para melhorar a qualidade e velocidade das redes de internet com e sem fio, principalmente nos espaços de estudo; 172
  • 173. Recursos (humanos, financeiros e materiais): Além das equipes necessárias para a produção de cada evento (agência especializada ou parceria com alunos da ECA), esta ação requer atenção para a divulgação de cada evento e distribuição dos convites para os “cafés acadêmicos”. Para tal, o SIBi precisará planejar: o Comunicação visual unificada dentro dos campi: outdoors, folders e postais publicitários. o Envio de e-mail marketing para divulgação da campanha e distribuição de convite para os eventos. Recursos necessários: profissionais para redação do conteúdo e diagramação de cada material; gráfica para impressão das peças e montagem dos outdoors; equipe responsável pelo disparo e gestão do e-mail marketing. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade (un) Custo (em R$) Outdoor Use e Abuse SIBi 30 R$ 7.732,47 Use e abuse, Banners promocionais nas bibliotecas 50 R$ 8.130,11 estamos E-mail marketing divulgando eventos s/ unidades (envio aqui para R$ 3.062,37 do SIBi e a campanha Use e Abuse eletrônico) você! Folder de promoção do uso das 44.000 R$ 78.544,80 bibliotecas Flyer de promoção do uso das 44.000 R$ 27.000,00 bibliotecas Total R$ 124.469,75 Cronograma: O cronograma para essa ação dependerá da realização de cada evento. Cada evento requer um cronograma próprio, que deverá ser desenvolvido de acordo com um cronograma macro que organize todos os cafés acadêmicos e exposições ao longo do ano. Seria interessante criar grupos responsáveis em cada campus, para que os eventos aconteçam em todas as unidades da USP. A execução dessa ação exigirá um ano de dedicação ao preparo dos espaços, escolha dos temas e palestrantes e organização do pré, durante e pós-eventos. 173
  • 174. Um exemplo de cronograma interessante para o ano de 2014 no campus da Cidade Universitária seria: EVENTOS MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Exposição: História da USP (recepção dos alunos) Café acadêmico: Engenharias Café acadêmico: Biológicas Exposição sobre história da arte. FAU e ECA. Café acadêmico: física e química Café acadêmico: ciências humanas Avaliação e Mensuração: Os indicadores de desempenho para essa ação podem ser: o Número de participantes de cada evento o Número de alunos que frequentam a biblioteca em cada fase da ação o Frequência de uso da biblioteca após o encerramento dos eventos o Aumento no reconhecimento do papel do SIBi enquanto órgão responsável pela administração e integração das bibliotecas; A.f) Ação 6: É a cara do SIBi! Público-alvo: Todos os alunos (graduação e pós-graduação), professores e pesquisadores da Universidade Objetivo: Desenvolver uma comunicação de caráter informal, que possa ser facilmente reconhecida por todos os públicos em todas as formas de comunicação do SIBi. 174
  • 175. Metas: o Criar uma nova forma de identificação para a marca SIBi o Tornar a identificação da comunicação do SIBi instantânea para os alunos Estratégia: Um dos resultados apresentados no diagnóstico mostra que o público do SIBi não o reconhece como provedor de serviços muito utilizados na Universidade, como o portal de busca DEDALUS. Cada instituição assume a divulgação de suas melhorias deixando, dessa forma, os méritos das mudanças a cargo das bibliotecas. Para que o SIBi se torne conhecido dentro da Universidade e para que suas funções sejam reconhecidas pelos alunos e pesquisadores, entende-se que há a necessidade de explorar melhor a comunicação e a exposição da marca. Para isso, desenvolveu-se um mascote – o Eugênio - que será responsável por criar uma identificação amigável entre o público e o SIBi. O principal objetivo do mascote é vincular ao SIBi um personagem carismático, capaz de humanizar a organização e gerar, junto aos públicos, uma identificação mais direta. O mascote funcionará como um interlocutor entre o SIBi e os alunos e professores da universidade. Quando for visto nas peças de divulgação, o público logo entenderá que se trata de um produto ou serviço do SIBi. Programa e desenvolvimento: O mascote do SIBi, o Eugênio, foi desenvolvido com objetivo de criar empatia com os públicos mais próximos, transmitindo não apenas a missão e os valores da empresa, mas criando um vínculo com os alunos e professores, uma cumplicidade no relacionamento capaz de gerar instantaneamente a identificação da marca em todos os produtos e serviços. Para isso, escolheu-se o livro como representante do SIBi, tendo em vista que mesmo com as questões de digitalizações e arquivos digitais, ele ainda é compreendido como símbolo do conhecimento. As cores aplicadas – o laranja e o azul - são as mesmas utilizadas nas comunicações da Universidade de São Paulo, para que alunos, professores e demais públicos compreendam o papel do SIBi dentro da USP. O público se encontra com as cores, por exemplo, nos sites da Universidade, incluindo o hotsite do SIBi. Por isso, se faz importante a padronização da comunicação e suas cores. 175
  • 176. Os óculos foram planejados para mostrar seriedade e também conhecimento, representando o perfil de “nerds” e “estudiosos”, que levam consigo tal característica estereotipada. O sorriso traz o carisma e a dedicação dos funcionários das bibliotecas, que devem sempre estar dispostos a atender seu público. No sorriso entreaberto também foi deixado um espaço para simular um personagem comunicativo, que estará sempre disposto a conversar e explicar todas as questões que lhe forem direcionadas. O nome Eugênio tem origem latina e significa “bem nascido, de origem nobre”. Para o público, mostrará a relação entre o “eu” e a representação de “gênio” enquanto pessoa com grande capacidade mental. É criada, então, uma simbologia de que o SIBi é capaz de tornar o seu eu mais desenvolvido intelectualmente. Variação de cores do mascote: Plano de lançamento: O plano de lançamento do mascote pode estar alinhado às demais ações desta campanha. É possível incluir em todos os kits e murais das bibliotecas a arte desenvolvida para apresentação do Eugênio ao público geral. Recomenda-se, para essa ação, o uso de postais publicitários, que podem ser disponibilizados nos pontos já existentes na Universidade, como nos restaurantes universitários, lanchonetes, centros acadêmicos etc. O layout do postal publicitário poderá seguir o modelo desenvolvido pela Spin Comunicação. 176
  • 177. Frente do postal: Verso do postal: Além do plano de lançamento do novo mascote, é interessante que o SIBi refaça suas principais comunicações atualmente veiculadas na Universidade, incluindo o mascote em todas as artes. O SIBi também deverá solicitar às bibliotecas a adoção do mascote e do logotipo do SIBi em todos os materiais que forem divulgados a seus públicos, considerando inclusive as divulgações cotidianas em murais internos. 177
  • 178. Recursos (humanos, financeiros e materiais): o Novo mascote: já desenvolvido pela Spin Comunicação o Inclusão do mascote nas novas artes produzida para as campanhas: essa regra deve estar prevista em todas as etapas de briefing para os designers e responsáveis pela produção de cada peça. Orçamento: O orçamento está detalhado no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo (em R$) Cartazes divulgação 450 R$ 5.326,92 É a cara do E-mail Marketing - R$ 3.062,37 SIBi! Arte para wallpaper - R$ 5.660,80 Total R$ 14.050,09 Cronograma: Produção Ações em andamento SEMANA 1 D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 D9 D10 Cartazes divulgação E-mail Marketing Arte para wallpaper* *Todos os computadores USP deverão ser atualizados com o wallpaper para divulgação do SIBi e seu novo mascote. Avaliação e Mensuração: o Analisar, após um ano de experimentação da nova comunicação integrada do SIBi com suas bibliotecas, se houve o aumento no reconhecimento do papel do SIBi enquanto órgão responsável pela administração e integração das bibliotecas; o Identificar se houve um aumento significativo na percepção da marca SIBi dentro da Universidade. 178
  • 179. A.f) Ação 7 (para público externo): “SIBintercâmbio de conhecimento - Empréstimos entre bibliotecas” Públicos-alvo: Estudantes de outras universidades do Estado, públicas ou privadas, cadastradas no sistema de bibliotecas da USP. Levando em consideração a missão do SIBiUSP de contribuir para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos, essa ação tem por objetivo aproximar o público externo dos recursos oferecidos pelo SIBiUSP. O já existente “empréstimo entre bibliotecas” é um serviço que o SIBi disponibiliza aos alunos de outras universidades, sejam elas públicas ou privadas, e que possibilita a consulta e o empréstimo de obras disponíveis no acervo da USP. Para tanto, o interessado precisa, primeiro, checar se a biblioteca da sua universidade está cadastrada no sistema da USP e, depois, retirar na biblioteca da sua própria faculdade um formulário, que possibilitará o empréstimo sob as mesmas condições dos alunos USP. Objetivo: Aproximar o público externo – de fora da USP, principalmente alunos de graduação, do SIBiUSP, tornando a organização mais conhecida, a fim de atingir o status de referência quanto à fonte de consulta e troca de conhecimento e conteúdo. Estratégia: A ação consistiria em divulgar esse serviço para os alunos das universidades cadastradas, por meio de cartazes dispostos nas faculdades e chamadas no Facebook das faculdades e da USP, que os direcionariam para o site do SIBiUSP, no qual encontrariam mais informações. Além disso, é recomendado realizar um levantamento das faculdades atualmente não cadastradas ao SIBi e que, por preencherem os requisitos definidos pela organização, poderiam vir a ser, de modo a manter os cadastros sempre atualizados e ampliar o banco de dados. O cartaz seria feito a cada três meses, sempre alterando o teaser. É recomendado o envio de, pelo menos, um cartaz para cada universidade cadastrada e chamada no Facebook para todas. Os cartazes dispostos nas 179
  • 180. faculdades devem ser trocados a cada três meses, sempre com uma nova mensagem alinhada aos resultados da pesquisa, e as chamadas no Facebook atualizadas mensalmente. Metas: Em um ano, ter divulgado as informações sobre o serviço de empréstimo entre bibliotecas, procurando atingir o maior número de estudantes externos possíveis. Em seis meses, ter levantado as possíveis faculdades a serem cadastradas e nos próximos seis meses entrar em contato com elas para formalizar o acordo. Programa e seu desenvolvimento As etapas desta ação consistem em: o Produção de cartazes – 2 semanas o Produção de chamadas para Facebook – 3 dias o Envio dos cartazes para as faculdades cadastradas – 1 semana; o Publicação das chamadas no Facebook das faculdades e no da USP – 2 dias; o Levantamento das possíveis faculdades a serem cadastradas – 2 semanas; o Entrar em contato com possíveis faculdades a serem cadastradas para explicar sobre o serviço – 2 semanas. Recursos: Recursos Humanos: Uma pessoa do SIBi para coordenar a ação e ser ponto de contato com fornecedor; enviar os cartazes via correio; fazer levantamento das possíveis faculdades a serem cadastradas; Fornecedor para produção de cartazes e chamadas para Facebook. Recursos Materiais: Disponibilizar eventuais materiais para os fornecedores. 180
  • 181. Recursos Financeiros: Custo para contratação de fornecedor para produção de cartazes e chamadas do Facebook. Orçamento: O orçamento está detalhando no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo 4 cores - Formato R$ Cartazes 100 A3 (29,7 x 42 cm) 5.476,92 Criação de 5 Chamadas para chamadas 5 R$ 100,00 Facebook diferentes Envio dos cartazes para Via SEDEX 50 R$ 850,00 faculdades cadastradas Administrador Funcionário SIBi - - R$ 6.426,92 Cronograma: Cronograma da ação Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Levantamento das possíveis faculdades a serem cadastradas Entrar em contato com possíveis faculdades a serem cadastradas para explicar sobre o serviço Produção de cartazes Produção de chamadas para Facebook Envio dos cartazes para as faculdades cadastradas Publicação das chamadas no Facebook das faculdades e no da USP 181
  • 182. Avaliação o Verificar, a cada três meses, se o número de empréstimos externos aumentou. Mapear quais as faculdades que mais e menos utilizam o serviço e buscar entender as necessidades das últimas a fim de melhorar o índice; o No momento da devolução, pedir que o aluno responda a uma breve pesquisa de avaliação de satisfação. Cada faculdade enviará os resultados mensalmente ao SIBiUSP a fim de compor os dados da avaliação trimestral acima recomendada. B) DISTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES NO CALENDÁRIO USP Para conquistar formatação do plano de realidade desejado, com os atores SIBi, alunos e docentes encontrando-se em harmonia na Universidade de São Paulo, é preciso compreender as ações de comunicação como contínuas e de longo prazo. Por isso, a implementação de todas as ações da campanha “aproSIBI-se” representará um calendário complexo e com ações distribuídas ao longo de todo o ano, configurando a seguinte agenda: AÇÕES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ SIBixos senSIBilidade Pós-SIBi-lidades Siga o Mestre Use, abuse É a cara do SIBi! Para melhor compreensão dos resultados dessa campanha, é fundamental uma nova etapa de aplicação da pesquisa realizada pela Spin Comunicação. A comparação das respostas antes e depois da campanha concluída mostrará seus benefícios para o relacionamento entre o SIBi e seu público dentro da Universidade, bem como mostrará o novo posicionamento do SIBi enquanto marca. 182
  • 183. C) ORÇAMENTO TOTAL DAS AÇÕES E DA CAMPANHA APROSIBI-SE Unidad Custo total Descrição Especificidade es final SIBixos R$ Folder Folder explicativo Couché brilho 150g. 58.000 99.544,80 175 x 6.9 mm, 7.6 mm por Lápis com logo e R$ Lápis face (hexagonal). Lápis 2B, 58.000 identidade visual SIBi 101.500,00 grafite Borracha 3,3 x 2,3 x 0,08cm. Peso: R$ Borracha 58.000 personalizada SIBi 10/15gr 87.000,00 Bloco de Bloco de anotações 10 x 0,7 cm, 40 folhas, capa R$ 58.000 anotações personalizado SIBi dura 234.431,61 Chaveiro R$ Chaveiro Tamanho: 4x6m 58.000 personalizado SIBi 60.062,53 Convite para o R$ Convite concurso Formato A6, 4x0, folha 230gr 58.000 26.809,70 SenSIBilidade senSIBilidade 2013: I Concurso Literário para alunos de graduação Cartazes de R$ Cartazes Cartazes A3, 4x0, folha 230gr 450 divulgação 5.326,92 Email E-mail marketing para R$ Envio em formato html - marketing divulgação 3.062,37 Banners a serem expostos nas Banner 70x140cm de lona, R$ Banner bibliotecas da USP 180 Impressão Digital 17.230,11 com trechos dos textos vencedores Pós-SIBilidades R$ Folder Folder explicativo Couché brilho 150g 28.000 54.544,80 175 x 6.9 mm, 7.6 mm por Lápis com logo e R$ Lápis face (hexagonal). Lápis 2B, 28.000 identidade visual SIBi 49.000,00 grafite Borracha 3,3 x 2,3 x 0,08cm. Peso: R$ Borracha 28.000 personalizada SIBi 10/15gr 42.000,00 Bloco de Bloco de anotações 10 x 0,7 cm, 40 folhas, capa R$ 28.000 anotações personalizado SIBi dura 114.431,61 Chaveiro Chaveiro 4 x 6 cm 28.000 R$ 28.000 personalizado SIBi 183
  • 184. Siga o Mestre Calendário 2013 para Chapa de PVC 0.40mm, R$ Calendário 6.000 professor Opaca, 12 x 10cm 64.852,28 Cartazes para Cartazes Cartazes A3, 4x0, folha 230gr 450 R$ 7.126,92 divulgação Pendrive R$ Pendrive personalizado do SIBi Pendrive 4G 6.000 122.062,53 para docentes Folder explicativo Formato A5 (14,8 x 21,0 cm). sobre os principais 6 páginas. 4x4 (colorido). R$ Folder 6.000 produtos e serviços do Couché brilho 150g. 21.544,80 SIBi e contatos Acabamento: dobra carteira. 175 x 6.9 mm, 7.6 mm por Lápis com logo e R$ Lápis face (hexagonal). Lápis 2B, 6.000 identidade visual SIBi 10.500,00 grafite Borracha 3,3 x 2,3 x 0,08cm. Peso: Borracha 6.000 R$ 9.000,00 personalizada SIBi 10/15gr Bloco de Bloco de anotações 10 x 0,7 cm, 40 folhas, capa R$ 6.000 anotações personalizado SIBi dura 26.431,61 Chaveiro Chaveiro 4 x 6 cm 6.000 R$ 8.062,53 personalizado SIBi Use, abuse, estamos aqui para você! Outdoor Use e Abuse Outdoor Tamanho: 9 x 3 m, colorido 30 R$ 7.732,47 SIBi Banner 70x140cm. Material: Lona. Banners promocionais Acabamento: Bastão de Banner 50 R$ 8.130,11 nas bibliotecas madeira superior/inferior com cordão. Impressão: Digital. E-mail marketing s/ Email divulgando eventos do Envio em formato html unidade R$ 3.062,37 marketing SIBi e a campanha s Use e Abuse Formato A5 (14,8 x 21,0 cm). Folder de promoção 6 páginas. 4x4 (colorido). R$ Folder 44.000 do uso das bibliotecas Couché brilho 150g. 78.544,80 Acabamento: dobra carteira. Flyer de promoção do 10,5 x 15 cm. Papel R$ Flyer MICA 44.000 uso das bibliotecas RecicladoTriplex 300 g/m² 22.000,00 184
  • 185. É a cara do SIBi! Mascote do SIBi, Eugênio, auxilia a Mascote Mascote colorido em formato construção de uma - - Eugênio de livro interface mais amigável Cartazes Cartazes A3, 4x0, folha 230gr 450 R$ 5.326,92 Email Divulgação do novo Envio em formato html - R$ 3.062,37 Marketing mascote Arte para Formato A4, colorido - R$ 5.660,80 wallpaper Ação 7 - SIBintercâmbio de conhecimento Cartaz para Formato A3 (29,7 x 42 cm) – 4 Cartazes 100 R$ 5.476,92 divulgação cores Chamadas Chamadas para Criação de 5 chamadas 5 R$ 100,00 para Facebook divulgação nas mídias Envio dos cartazes Custos de para faculdades Via SEDEX 50 R$ 850,00 envio cadastradas Administrador Funcionário SIBi - - - R$ 1.332.471,88 185
  • 186. 8.3 POS-SIBI-LIDADES Problema: Na pesquisa de campo, detectou-se que a imagem do SIBiUSP não está bem definida para seus usuários. Produtos de grande utilização, como o DEDALUS, não são associados diretamente à organização e poucos usuários conhecem exatamente a sua função. Para tornar a marca SIBi conhecida e associada a seus produtos, será criada uma campanha de divulgação publicitária e institucional do SIBiUSP. Título da Campanha: PosSIBilidade. Públicos-alvo: alunos graduação/pós-graduação/docentes e todos que frequentam as bibliotecas e os espaços da USP; alunos de outras faculdades concorrentes/ parceiras - UNESP e UNICAMP. Justificativa: Avaliou-se adequado criar uma campanha específica para os produtos e serviços da organização, pois se detectou, através da pesquisa realizada pela agência, que os usuários possuem poucas informações a respeito da organização e de seus produtos e serviços. De acordo com Deonir de Toni: Quanto mais informação o individuo conseguir colher sobre ele, maior se tornará a rede de informações em torno de sua figura, passando aquele objeto do mundo de “desconhecido” para “conhecido”. O que vai tornar a imagem (...) uma unidade à parte (um todo dentro de outro todo maior) é a natureza das conexões entre os dados que vão constitui-la, além das características que apenas [ele] tem. (TONI, 2009, p. 242) Portanto, é necessário que haja um fluxo constante de informação sobre determinado produto ou serviço para que se possa criar uma rede de conexões em torno de sua figura, fazendo com que, futuramente, uma imagem seja formada. Para de Toni, “as informações que os diversos públicos recebem sobre a organização procedem de inúmeras fontes, não somente daquelas diretamente controladas pela direção ou pelos órgãos formais de comunicação” (2009, p. 237). Para que tal imagem, por sua vez, seja positiva, é necessário considerar outras fontes de 186
  • 187. informações não somente da organização, os multiplicadores que, no caso, são os usuários que já utilizam os produtos e serviços SIBi e tiveram experiências positivas com eles. Foi notado que não há nenhum tipo de comunicação em caráter de divulgação para os produtos ou serviços do SIBi. O DEDALUS, atualmente o produto mais forte da organização, é utilizado por muitos usuários, porém poucos o associam ao SIBiUSP. Com a VPN USP38 acontece o mesmo problema, ou seja, utilizam-na vastamente, mas não a associam à organização. O sistema chamado de Busca Integrada, por ser ainda novo, é conhecido e utilizado por poucas pessoas, apesar de terem existido esforços da organização para divulgá-lo em feiras e outros meios. Um serviço também pouco conhecido pelos usuários é a disponibilização pelas bibliotecas de revistas, tanto fisicamente quanto eletronicamente. Portanto, para associar a marca SIBiUSP a seus diversos produtos e serviços e divulgá-los de forma didática e simples para a comunidade USP e, posteriormente, os de seus parceiros-concorrentes, de forma que seja possível mostrar quais são eles e como utilizá-los, foi considerada a criação da campanha descrita a seguir. Objetivos: Tornar a marca SIBi mais conhecida por seus usuários e pelos alunos da USP, UNESP e UNICAMP. Aumentar o número de visitações ao Portal e demais sites ligados ao SIBi. Associar os produtos à organização. Divulgar os produtos e serviços de maneira a atrair novos usuários. Metas: Implantar as ações prioritárias no período de um ano. Refazer a campanha com novas peças publicitárias no início dos anos, de modo a chamar a atenção dos calouros. Divulgar os produtos para os concorrentes-parceiros após o período de dois anos de divulgação dentro da USP. Orçamento: O orçamento detalhado por ações está em uma planilha ao final desta Campanha. 38 Serviço de acesso à base de dados de livros, periódicos e etc. da USP, mesmo fora do ambiente da Universidade. 187
  • 188. Quadro Sinótico das ações Abaixo está o esquema que ilustra as ações da campanha “PoSIBilidade”, seguido de sua descrição. A) Ações A.a) Ação 1 – Novo SIBiNET Público alvo: Todos os usuários do portal SIBi e potenciais usuários. Objetivos: o Utilizar-se do website do SIBi como uma ferramenta para tornar a imagem da organização positiva, moderna, organizada, além de dispor e orientar os usuários sobre os principais produtos e serviços. o Facilitar a navegação do visitante, despertar o interesse pelo SIBi e pela pesquisa, atrair mais usuários, estimular os visitantes a divulgarem e compreenderem as potencialidades que o órgão oferece. 188
  • 189. Estratégia: A imagem institucional de um órgão reflete a maneira como ele se apresenta diante da sociedade. Tal imagem é construída por meio de diferentes estratégias, como, por exemplo, divulgação em propagandas, publicidade, notícias publicadas pela imprensa, comunicação por funcionários, posicionamento estratégico, website, entre outras formas. Quando se trata de uma organização que tem como um de seus serviços fundamentais a pesquisa eletrônica a materiais bibliográficos, um dos principais meios de comunicação utilizados pelo órgão é o website. Por isso é primordial que o portal comunique com objetividade seus principais produtos e serviços, assim como transmita com clareza as suas intenções, valores e princípios. Por meio da pesquisa de campo identificou-se um alto grau de desconhecimento sobre alguns dos serviços fundamentais que o órgão oferece, por isso, é importante uma reformulação no layout e funcionalidade do website da organização. Além de divulgar o SIBi com maior amplitude e consistência, por meio das demais ações propostas a seguir no presente estudo, é preciso que tais informações possam ser percebidas com maior clareza e objetividade pelos visitantes do portal, pois não adianta possuírem uma página dessa natureza se essa não estiver formulada a partir de um planejamento estratégico, no qual seja possível encontrar facilmente o que se procura, de modo a ajudar a consolidar uma imagem positiva e correta do órgão perante aqueles que visitam seu website. Assim, é preciso aplicar ao portal algumas mudanças, as quais não se limitam apenas à realocação de espaços e elementos, mas que possibilitem transmitir, de maneira impactante, aquilo que de fato é mais relevante sobre o SIBiUSP. Para tal, é necessário aperfeiçoar a relação entre o que o SIBiUSP comunica em seu site e aquilo que os públicos prioritários buscam na página. A adequação do formato do conteúdo que a organização deseja transmitir, alinhada às informações que aqueles que acessam o site com mais frequência desejam encontrar, é primordial ao contexto digital. Sem isso, as informações ficam sem sentido, pois, muitas vezes, um website apresenta uma reprodução de informações que originalmente foram produzidas para o off-line, não havendo uma adaptação para a internet, o que 189
  • 190. ocasiona incompreensão e falta de interesse por parte dos visitantes no ambiente online. No meio digital, as possibilidades de formatos e interação com o usuário são ampliadas em relação ao offline. Ao contrário do texto impresso, que possui uma limitação física em decorrência do formato do papel, as informações digitais podem ser utilizadas por diversos recursos multimídia, como aumentar ou diminuir o zoom da tela, dispor as informações em vídeos, sons, utilizar sistema de busca, oferecer opções de compartilhamento, ter espaço para comentários, enfim, diversas possibilidades de interação e adaptação de conteúdo que o digital oferece e o papel não proporciona. Portanto, algumas mudanças consideradas essenciais ao website do SIBiUSP são sugeridas: o Equilibro dos elementos na página: cada elemento no website deve ter um motivo para possuir determinado peso e localização. Páginas com um layout inadequado geralmente atribuem o mesmo tamanho e formato para diferentes assuntos, mesmo esses tendo importâncias distintas. E o que se observa acontecer com frequência no portal do SIBi é a aplicação com praticamente o mesmo grau de destaque a muitos elementos de naturezas diversas, como, por exemplo, a home do portal, que atribui o mesmo tamanho e formato tanto para o link com informações sobre o SIBi como para endereços de bibliotecas de outras instituições, entre outros assuntos, todos com o mesmo destaque. Ou seja, é preciso eleger as informações de maior interesse para a maioria dos usuários do portal, isso, por meio de pesquisas - inclusive por um mecanismo de busca com um campo de “o que você está procurando” localizado na home - e oferecer maior relevância na página para tais elementos, assim como remover o destaque e retirar das áreas de maior evidência aquilo que é menos atrativo para os visitantes em geral. o Organização dos conteúdos: após a seleção do que é mais importante destacar no website, é necessário organizar os diversos elementos de acordo com a classificação dos assuntos e ordem de leitura das pessoas, que, em geral, utilizam a sequência da esquerda para a direita, de cima 190
  • 191. para baixo. Isto é, se caso a pesquisa detectar que a maioria das pessoas que acessam o site do SIBi procuram o link de busca por livros e periódicos nas bibliotecas, esse elemento deve ser facilmente encontrado próximo ao canto esquerdo superior da página da home. Atualmente, isso não acontece em relação a informações e serviços fundamentais do SIBi, como, por exemplo, a VPN, que não consta nos espaços de maior destaque do portal, assim como ocorre com a busca pelo DEDALUS, entre outros. o Disposição de catálogo e manual de produtos e serviços: é bom lembrar que nem sempre o usuário sabe o que é mais importante para ele, assim como muitas vezes não conhece minimamente o que a organização oferece, e é papel do website ajudá-lo a compreender o que o SIBi desempenha de maior relevância, orientá-lo de maneira concisa sobre o funcionamento de seus principais produtos e serviços, ordenar a grande quantidade de conteúdo que é oferecido no website, de maneira que o usuário possa encontrar mais rapidamente o que deseja, bem como o que a organização tem mais interesse em informá-lo. Atualmente, por exemplo, não se encontra no portal um link de destaque com conteúdo estruturado e resumido dos produtos e serviços de maior influência que o órgão dispõe, assim como não é de fácil acesso um manual que auxilie o visitante sobre como utilizar esses diversos produtos e serviços. É preciso que tais elementos sejam simplificados e destacados no portal para que a navegação possa ser potencialmente uma experiência mais positiva. o Adequação do website a dispositivos móveis e a diferentes idiomas: Como dito anteriormente na análise estratégica, o crescimento do uso de smartphones e tablets para acesso aos conteúdos online é uma realidade. Em smartphones, por exemplo, o mercado brasileiro cresceu 77% apenas no primeiro semestre de 2012, segundo pesquisa divulgada pela consultoria de mercado IDC, realizada em setembro de 2012. A expectativa é que o mercado de mobiles cresça cerca de 80% até o fim desse ano (Portal Terra, 2012). Porém, apesar desse aumento de dispositivos móveis, o website do SIBi ainda encontra-se estruturado para aparelhos fixos, como os monitores de tela grande, os desktops, 191
  • 192. incompatível com as telas reduzidas presentes nos aparelhos mobiles. Isso dificulta a navegação para uma parcela considerável de visitantes, os quais utilizam cada vez mais os dispositivos móveis para acessar a internet. Também é necessário que o website esteja disponível em diferentes idiomas, não somente o português, em vista do SIBi ser um órgão que busca reconhecimento internacional e pretende possuir usuários de diversas nacionalidades na Universidade. Por isso, diante das restrições que o atual modelo do website pode ocasionar a essa parcela de visitantes, é imprescindível que seja produzido um layout e conteúdo compatível aos novos dispositivos, com reconhecimento de sistema operacional de smartphones e tablets, identificação do local em que a pessoa está acessando o website e adequação de conteúdo de acordo com a tela do dispositivo e o idioma desejado. Metas: o Aumentar o número de acessos ao site; o Aumentar o nível de compreensão dos usuários em relação ao SIBi e seus produtos e serviços; o Elevar o grau de satisfação dos visitantes ao portal; o Elevar a frequência de uso do sistema de busca ao banco de dados do SIBiUSP. Recursos: Recursos Humanos: equipe formada por programadores, webdesigner e atendimento de agência de comunicação online. Cronograma (para período de 8 meses) Etapas J F M A M J J A Levantamento e arquivo de dados Pesquisa com usuários do website Desenvolvimento de layout Criação de peças 192
  • 193. Aquisição e implementação de ferramenta para adequação a dispositivos móveis Implementação Duração total Recursos Materiais e Financeiros: O orçamento e os recursos materiais estão detalhados no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo Reestruturação da interface e Reformulação do adaptação de conteúdo em - R$ 40.000,00 website diferentes formatos R$ 40.000,00 Avaliação e Mensuração: Etapas: 6 meses após a reformulação. o Avaliar o percentual da taxa de acréscimo de visitantes ao website; o Quantificar o índice de usuários que retornam ao website do SIBi; o Medir a quantidade de tempo utilizado nas páginas; o Mensurar o percentual de interações dos usuários com o portal, como número de pesquisas feitas, inclusão de endereços de e-mail para recebimento de mala direta e perguntas feitas. o Avaliar por pesquisa o nível de satisfação de experiência dos visitantes com o website. 193
  • 194. A.b) Ação 2: PosSIBilidade Público-alvo: Todos os usuários SIBiUSP, em especial, os alunos. Objetivo: Divulgar os principais produtos e serviços do SIBiUSP, relacionando- os à marca, tornando tal associação natural para o usuário e atraindo novas pessoas a utilizá-los. Os produtos a serem divulgados serão: o DEDALUS: Essa marca é extremamente forte entre os alunos, porém não é associada ao SIBi. o VPN: Apesar de muito conhecida e utilizada entre alguns nichos dos alunos, principalmente os de pós-graduação, a VPN ainda é desconhecida pela maioria dos usuários e aqueles que a utilizam não a associam à marca. o Busca Integrada: Por ser um novo produto, é necessária uma divulgação consistente para atrair os usuários. Associando-o à organização desde o princípio tornará sua associação natural para os públicos. Estratégia: Após criação das campanhas, divulgar para os alunos por diversos meios, descritos a seguir: o E-mail USP: Mandar e-mails para os alunos pelo do sistema de email USP, porém criando um layout padrão atraente, com design relacionado à marca para que o SIBi comece a ter uma imagem única, não fragmentada por biblioteca, campus ou cidade. o Jornais e revistas da USP: Anunciar em jornais e revistas acadêmicas de circulação dentro dos campi, como, por exemplo, o Jornal do Campus e a revista Organicom.39 39 O Jornal do Campus é produzido pelos alunos de Jornalismo da USP e a revista Organicom é a Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, produzida em parceria com a ECA-USP e o Abrapcorp (Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas). 194
  • 195. o Rádio USP: A princípio, não divulgar por meio de uma peça publicitária, como spot de rádio, mas uma entrevista de funcionário do SIBi para que ele possa comentar sobre as recentes mudanças no SIBi e também sobre seus produtos e serviços. Após a entrevista, realizar a manutenção através de spots. o Cartazes: Produzir cartazes e colocá-los em pontos-chave dentro de cada unidade, como nas bibliotecas e murais dentro de vivências e salas de estudo. o Outdoors: Colocar outdoors em diversos pontos dos campi da USP nas diferentes cidades onde atua. o Testeiras: Colocar testeiras40 em cada computador dentro das bibliotecas, anunciando os produtos e serviços do SIBi e convidando o usuário a conhecer melhor visitando o site. o Website: Dentro do próprio website do SIBi, divulgar e manter páginas de tutoriais, que provoquem maior interação, iniciada através do anúncio. Exemplo de campanha: IMPOSSIBiLIDADE. Acesso ilimitado à biblioteca de qualquer lugar? Com a VPN, você pode. SIBiUSP. Saiba mais em: www.usp.br/sibi IMPOSSIBiLIDADE Todos os recursos das bibliotecas num lugar só? Com a Busca Integrada, agora você pode. SIBiUSP 40 Testeiras para computador são anúncios publicitários colocados na parte superior da tela dos computadores. 195
  • 196. IMPOSSIBiLIDADE Reservar um livro sem ir até a biblioteca? Com o DEDALUS, você pode. Visite www.usp.br/sibi/dedalus e saiba mais. IMPOSSIBiLIDADE Realizar pesquisas acadêmicas de qualidade? Com o SIBi, você pode. www.usp.br/sibi Metas: o Realizar as ações de divulgação do DEDALUS no período de 6 meses a partir de março de 2013; o Introduzir a divulgação dos novos produtos 2 meses após a divulgação do DEDALUS ter se iniciado; o Repetir a campanha anualmente para acostumar os usuários a fazerem uma ligação natural entre os produtos e a organização e para recepcionar os calouros. Recursos: Recursos Humanos o Responsável por coordenar as ações: entrar em contato com os meios de comunicação impressa (jornais e revistas de circulação dentro da USP), entrar em contato com a rádio para agendar entrevista e programar spots, entrar em contato com a agência e gráfica, distribuir os cartazes e coordenar sua divulgação. o Contratação de agência e gráfica para fabricação das peças. 196
  • 197. Recursos Materiais o Cartazes a serem distribuídos pelos campi da USP, tanto no campus principal em São Paulo quanto no interior. o Gravação de spot para rádio. o Testeiras para serem coladas em todos os computadores pertencentes às bibliotecas dos campi USP. Orçamento: O orçamento está detalhando no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo Criação de layout e impressão Cartaz Produtos e em cartaz padrão para 450 R$ 7.576,92 Serviços divulgação Testeiras para Criação de layout e impressão 360 R$ 2.530,04 computadores em papel duplex Anúncio em jornal Criação de layout - R$ 6.798,91 Anúncio em revista Criação de layout - R$ 5.660,80 Aluguel de espaço Criação de layout e aluguel de 5 R$ 9.482,47 de outdoor na USP 5 outdoors R$ 32.049,14 Cronograma: Cronograma (para o período de um ano) Etapas J F M A M J J A S O N D Criação das peças Primeira divulgação Primeira avaliação dos resultados Segunda divulgação Avaliação final Planejamento para o próximo ano Duração total 197
  • 198. Avaliação e Mensuração: Primeira etapa: 4 meses após a divulgação. o Percentual de alunos frequentando a biblioteca nos últimos 4 meses versus Percentual referente aos anos anteriores; o Número de acessos ao Portal. Segunda etapa: 8 meses após a divulgação. o Percentual onde houve maior crescimento de frequência; o Aumento de distribuição de cartazes onde houve menor frequência de aumento; o Pesquisa quantitativa simples a ser respondida por todos ao saírem da biblioteca, perguntando sobre o atendimento, instalações e detectando o conhecimento sobre o SIBiUSP. A.c) Ação 3: Folder Institucional com marca-páginas Público-alvo: Todos os usuários USP, em especial, os alunos e aqueles que já frequentam as bibliotecas. Futuramente, os alunos das universidades parceiras, UNICAMP e UNESP. Objetivo: Com intuito de divulgar o SIBiUSP enquanto organização, será criado um folder institucional do SIBi, a fim de tornar suas funções e tudo o que pode proporcionar ao usuário, mais conhecido por seus públicos. Estratégia: O folder deverá ser criado de maneira a explicar quais são os principais produtos do SIBi e tornar o usuário mais próximo da marca, de maneira simples e didática. Um modelo descritivo das páginas do folder está proposto a seguir: Conteúdo do folder: Sugere-se alguns conteúdos para o folder, entre eles, o perfil/identidade organizacional, a descrição breve dos seus produtos e serviços e formas de contato. 198
  • 199. Dentro de cada folder, haverá um marcador de páginas acoplado, para que ocorra uma associação direta com o livro. o Capa: Você sabe o que é o SIBiUSP? (Logo do SIBi na parte inferior) o Primeira página (ao abrir o folder) O que é o SIBi? O SIBiUSP é o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Ele existe para uniformizar a administração das bibliotecas da USP e também para fornecer serviços especializados por área de conhecimentos que atendam às necessidades e demandas dos usuários USP, tornando o acesso aos livros, periódicos e revistas fácil, rápido, preciso e confiável em todos os graus de especialização. Algumas bibliotecas já existiam antes do SIBi, criado em 1981, como as bibliotecas de Direito, Medicina, Farmácia e Odontologia e da Escola Politécnica. Porém, com o crescimento da universidade e aumento de bibliotecas, viu-se a necessidade de criar um sistema que integrasse todos os acervos numa base única e que desse apoio a todas as unidades, que vinham se desenvolvendo isoladamente até então. Os produtos, serviços e projetos do SIBiUSP desenvolvem-se em torno de duas vertentes: aumentar a visibilidade e acessibilidade à produção intelectual da Universidade de São Paulo e fomentar a formação e o desenvolvimento de competências no uso, acesso e produção de informação da comunidade USP nas suas distintas áreas de atuação. 199
  • 200. o Segunda página: Missão Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo para a excelência do ensino, pesquisa e extensão, em todas as áreas do conhecimento, com a utilização eficaz dos recursos públicos. Visão (a ser discutida na ação “Repense”, da Campanha “De SIBi para SIBi”) Consolidar sistema de gestão e comunicação, sendo reconhecido pelos públicos internos e consolidando sua imagem de maneira uniforme. Valores Compromisso com a democratização do acesso à informação de forma equitativa, respeitando a ética, os valores humanos e a sustentabilidade. o Terceira Página (miolo): Produtos e Serviços Bibliotecas As bibliotecas físicas do SIBiUSP são seu maior produto. Ao todo são 43 bibliotecas em todas as cidades em que a Universidade de São Paulo está presente. São quase 5 milhões de empréstimos e consultas todos os anos e 2,5 milhões de livros, revistas, teses, entre outros, disponíveis para o público. Visitas: Para fazer empréstimos, entre em qualquer biblioteca e apresente a sua carteirinha USP. DEDALUS O DEDALUS é um banco de dados bibliográficos do acervo USP. Nele é possível pesquisar livros, teses, periódicos, filmes e outros itens do acervo, descobrir onde ele está armazenado e se está disponível ou não para empréstimo e/ou acesso. 200
  • 201. Visite: O banco de dados DEDALUS está disponível em qualquer computador pelo link: http://dedalus.usp.br/. Periódicos A USP assina convênios com diversas organizações que reproduzem conteúdo acadêmico como artigos, revistas especializadas e teses acadêmicas. Todos esses conteúdos podem ser acessados pela rede USP dentro das dependências da universidade e por acesso remoto via VPN. Também é possível encontrar revistas especializadas que são adquiridas todos os meses e ficam armazenadas nas bibliotecas para consulta. Visite: Acesse www.sibi.usp.br e entre na aba Revistas Eletrônicas para fazer sua pesquisa. o Quarta Página (miolo): Biblioteca Virtual A Biblioteca Virtual consiste em uma série de projetos que se propõe a digitalizar livros da Universidade e torná-los disponível para a comunidade. Você sabia que já é possível encontrar a maioria da produção intelectual da USP nos meios digitais? Outras bibliotecas digitais são a de Obras Raras e Especiais, a Biblioteca Digital do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e o Portal de Revistas da USP. Visite: Saiba mais em www.sibi.usp.br, clique na aba Biblioteca Virtual. VPN USP Quer acessar os mais diversos conteúdos assinados pela USP e sem sair de casa? Agora você pode! Instale a VPN USP por meio de nosso tutorial em www.sibi.usp.br/tutoriaise acesse de qualquer lugar! Caso ainda haja dúvidas, entre em contato com o CCE (Centro de Computação Eletrônica) através do (11) 3091.6400. 201
  • 202. Brasiliana USP Você gostaria de saber quais foram as publicações que circularam no Brasil durante o período da Independência? Ou ler uma revista literária feita por Artur de Azevedo? A Brasiliana USP oferece isso e muito mais. Ela é um acervo bibliográfico e documental sobre assuntos brasileiros de acesso irrestrito, administrado e ampliado pela Universidade de São Paulo. Foi formada pela parceria de instituições públicas e privadas dispostas a participar e contribuir para o acesso ao conhecimento e se consolida como referência nacional no campo da digitalização de acervos. Visite: www.brasiliana.usp.br para fazer pesquisas e saber mais sobre o projeto. o Verso: Contato Site E-mail Telefone Twitter Facebook Endereço Para saber os endereços e horários de funcionamento de cada biblioteca, acesse nosso site (www.sibi.usp.br). Metas: Disponibilizar folders em todas as bibliotecas e pontos-chave das unidades a partir de março de 2013. Futuramente, divulgar dentro das universidades parceiras, UNICAMP e UNESP. Repetir anualmente, corrigindo e melhorando o folder após avaliações. 202
  • 203. Orçamento Descrição Especificidade Quantidade Custo R$ Folder Criação de layout e impressão 44.000 78.580,80 R$ Marca-páginas SIBi Criação de layout e impressão 44.000 23.768,86 R$ 102.349,66 Cronograma: Cronograma (para o período de 1 ano) Etapas J F M A M J J A S O N D Criação/impressão Distribuição nas bibliotecas Avaliação final Planejamento para o próximo ano Duração total Avaliação e Mensuração: Primeira etapa: 4 meses após a divulgação. o Percentual da frequência de alunos à biblioteca nos últimos 4 meses versus Percentual referente aos anos anteriores; o Número de acessos aos sites dos produtos do SIBi; o Número de acessos ao Portal SIBiNet; o Percentual de empréstimos nos últimos 4 meses versus Percentual referente dos anos anteriores; o Percentual de renovações feitas online versus Percentual referente aos meses anteriores. 203
  • 204. Segunda etapa: 7 meses após a divulgação. o Pesquisa quantitativa simples a ser respondida por todos ao saírem da biblioteca, perguntando sobre o atendimento, instalações e detectando o conhecimento sobre o SIBi; o Panfletagem em locais onde houve baixo percentual de aumento da frequência à biblioteca. A.d) Ação 4: SIBi-mail Público-alvo: Todos os usuários do SIBiUSP, sobretudo os interessados em receber comunicação do órgão via e-mail marketing. Objetivos: Aperfeiçoar o e-mail como uma ferramenta mais eficiente de canal de comunicação do SIBiUSP. Estratégia: É fundamental que o SIBi realize um planejamento estratégico para campanhas de e-mail marketing, com o intuito de melhorar sua imagem institucional e atingir maiores parcelas dos públicos de interesse de acordo com os objetivos organizacionais. Para melhorar o gerenciamento da base de e-mails do SIBi, é necessário realizar uma campanha de aquisição e atualização de e-mails para enviar comunicação sobre as novidades, ações, eventos e notícias de interesse do público que se identifica com o órgão e a pesquisa, pois é muito comum o envio de e-mails para endereços inativos ou pouco utilizados pelos usuários. Apesar do SIBi, eventualmente, transmitir mensagens referentes a assuntos importantes sobre a organização, os e-mails precisam ser aprimorados no que se refere aos quesitos: layout, conteúdo, endereçamento e periodicidade. As mensagens de correio eletrônico criadas pelo SIBi precisam estar constantemente atualizadas, com informações sobre as atividades que o órgão desempenha e participa, que possam fazer diferença no cotidiano daqueles que se 204
  • 205. interessam pelo SIBi e a pesquisa. Em uma simples busca na caixa de e-mail USP de um aluno de graduação, é fácil observar que o SIBi acaba enviando e-mails com grandes intervalos de tempo entre as mensagens. Essa prática pode contribuir para que a imagem da organização seja vista como atrasada, inativa e obsoleta. Para construir uma base de dados eficiente de endereços de e-mail do SIBi, uma das alternativas recomendadas é a disposição, nas bibliotecas, de espaços para os interessados inserirem seus endereços de correio eletrônico que mais utilizam. Assim, campanhas para relacionamento com os contatos podem trazer resultados mais satisfatórios. O SIBi deve manter seu público sempre interessado, estimular a interatividade, para tanto, é necessário também reformular o aspecto visual dos e-mails, com imagens ilustrativas, que atraiam a percepção do leitor e ajude-o a compreender a mensagem com maior facilidade. Atualmente, os e-mails do SIBi seguem um layout tradicional, com mensagem em texto padrão, sem divisões, ausência de contraste, falta de alinhamento, pouca utilização de ilustrações. Os e-mails precisam seguir uma identidade visual, que contribua para a fácil compreensão do leitor, de modo que identifique que a mensagem é proveniente do SIBi, por meio de cores, espaços e imagens definidas em conformidade com a identidade da organização. É importante, inclusive, que não se atraia a atenção dos leitores para assuntos muito corriqueiros, como novidades com baixo grau de impacto para os usuários, a fim de evitar possíveis aborrecimentos por parte do público, que, como detectado nas pesquisas da agência Spin Comunicação, espera conteúdos relevantes e que auxiliem no seu dia a dia. Além disso, para a aplicação de tais recomendações, é necessário a escolha adequada de uma plataforma que suporte o envio de e-mails em grande quantidade, de preferência, com a identidade do SIBi, que deve estar alinhada à sua estratégia e ações que pretende desempenhar. 205
  • 206. Metas: o Aumentar a base de dados de e-mails do SIBi; o Melhorar os resultados de acesso ao site e compreensão dos alunos em relação ao SIBi e suas atividades por meio do e-mail marketing. Recursos: Recursos Humanos: o Especialista dedicado ao planejamento estratégico para campanhas de e-mail marketing. o Designer que seja responsável pelo planejamento e aplicação do layout dos e-mails Recursos Materiais: Plataforma adequada de envio de e-mails em grande quantidade. Cronograma (para período de 4 meses) Etapas J F M A Levantamento de pautas Campanha de arrecadação de e-mails Criação de layout Disparo de e-mails Relatórios de monitoramento Duração total 206
  • 207. Recursos Financeiros: O orçamento e os recursos materiais estão detalhados no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo Criação de layout, relatórios de Planejamento de monitoramento e custo de - R$ 5.000,00 email marketing ferramenta adequada para disparo de emails R$ 5.000,00 Avaliação e Mensuração: Etapas: 6 meses após a reformulação. o Avaliar o percentual da taxa de acréscimo de endereços de novos e-mails; o Quantificar o índice de abertura dos e-mails do SIBi; o Medir o número de cliques aos anúncios feitos nos e-mails; o Mensurar o percentual de solicitações de remoção de endereço do banco de dados. o Avaliar a segmentação do público que está sendo atingido pelos e-mails. A.e) Ação 5: SIBi-app Público-alvo: Frequentadores das bibliotecas que costumam realizar empréstimos de livros. Objetivos: Melhorar o serviço de consulta e empréstimo de livros nas bibliotecas. Diminuir o tempo de espera e índice de atrasos de devolução de livros. 207
  • 208. Estratégia: Desenvolver aplicativo que ofereça maior detalhamento de informação sobre o serviço de empréstimo nas bibliotecas, como, por exemplo, a data prevista de devolução quando uma obra estiver indisponível, a opção de exibir links que tragam indicações de livros relacionados ou maiores informações a respeito e o disparo de mensagem que alerte o usuário quando o material que se deseja estiver pronto para empréstimo na biblioteca. Para tal, é preciso realizar um levantamento de quais bibliotecas mais realizam empréstimos, para priorizar, durante a fase inicial de aplicação, o lançamento do aplicativo para essas unidades. Em seguida, é necessária uma campanha de divulgação do serviço, com cartazes informativos nas entradas das bibliotecas. É recomendável que o material seja disponibilizado para downloads no website do SIBi. O serviço deve estar acessível em diferentes plataformas móveis, tanto para iPads, iPhone e Androids, em decorrência do aumento de uso de tais dispositivos, como citado anteriormente (Portal Terra, 2012), e a dificuldade que muitos encontram de deslocamento até o espaço físico das bibliotecas para realizar as consultas. Metas: o Implantar o sistema do aplicativo em todas as bibliotecas da USP. o Aumentar a taxa de alunos que realizam empréstimos e consultas nas bibliotecas. Recursos: Recursos Humanos Equipe dedicada ao registro de atividades de empréstimos nas bibliotecas e envio de mensagens aos usuários do sistema do aplicativo Recursos Materiais Plataforma adequada de banco de dados para registro de fluxo de empréstimos nas bibliotecas. 208
  • 209. Recursos Financeiros O orçamento e os recursos materiais estão detalhados no final dos Programas de Relações Públicas. Descrição Especificidade Quantidade Custo Criação de layout, elaboração de programação para banco de dados SIBi App para cadastrar o fluxo de - R$ 20.000,00 empréstimos; envio de alertas aos usuários R$ 20.000,00 Avaliação e Mensuração: Primeira etapa: 3 meses após a criação e disposição do aplicativo. o Levantamento de números de downloads do aplicativo; o Pesquisa quantitativa sobre o nível de conhecimento sobre a existência do aplicativo em relação aos freqüentadores das bibliotecas o Pesquisa qualitativa sobre o serviço prestado pelo aplicativo com os usuários. Segunda etapa: 6 meses após a criação e disposição do aplicativo o Identificar aumento de número de downloads; o Aumento de nível de conhecimento dos alunos sobre a existência do aplicativo; o Acréscimo de grau de satisfação do usuário com o serviço; o Constatar índice de redução de atrasos de entregas nas bibliotecas. Cronograma (para o período de 1 ano) Etapas J F M A M J J A S O N D Desenvolvimento do aplicativo Divulgação Primeira avaliação Segunda avaliação Duração total 209
  • 210. A.e) Ação 6: Recomendação 1 - Melhoria das mídias sociais Público-alvo: Todos os seguidores e potenciais seguidores dos perfis. Objetivo: Foi constatada que as mídias sociais do SIBi já existem e são utilizadas com regularidade atualmente. Porém, para que essas sejam completamente bem aproveitadas, foi considerado pelo grupo recomendar algumas sugestões de interação com os usuários. Ao possuir uma mídia social, supõe-se que os usuários passarão a interagir mais com a organização, aproximando-se dela e criando vínculos afetivos. Isso ainda não é uma realidade da organização. Ela utiliza-se das mídias sociais principalmente como meio divulgador e não como meio de interação. Estratégia: Para maior interação tanto com usuários quanto com outros perfis parceiros é necessário que haja uma pessoa responsável que alimente as respectivas mídias com conteúdos interessantes e relevantes para o interesse dos usuários, que divulgue eventos e outros que serão realizados por parceiros e que responda aos questionamentos dos usuários, quando houver, e também que os incentive a interagir. Também é preciso que essa pessoa se prontifique a procurar usuários potenciais e convidá-los a seguir o perfil no Twitter, ou a curtir a página no Facebook, para que esses conheçam os perfis SIBi nas mídias sociais. Os interessados, então, passarão a acompanhar as novidades e os desinteressados vão recusar os convites. Abaixo, segue um exemplo de como poderia ser melhorado o perfil no Twitter. Exemplos de ações no Twitter: O atual perfil do Twitter apenas distribui notícias. É preciso fazer um monitoramento do que está sendo falado nas redes sociais, criando um relacionamento próximo com o público e potenciais novos frequentadores. Dessa forma, o SIBi sabe quando alguém elogia ou reclama de seus serviços, assim consegue solucionar dúvidas de seus “clientes” e melhorar sua imagem. 210
  • 211. o Como é feito hoje: o Melhores práticas: 211
  • 212. Metas: Duplicar o número de seguidores no período de 1 ano. Periodicidade: Permanente. Recursos Humanos, Materiais e Financeiros Recursos Humanos: Uma pessoa responsável por alimentar, monitorar e interagir com os usuários nas redes sociais. Recursos Materiais: o Computador com acesso à internet o Imagem a ser colocada como papel de parede tanto do Twitter quanto do Facebook Cronograma (para o período de 1 ano) Etapas J F M A M J J A S O N D Melhorias iniciais Primeira avaliação Procura por novos seguidores Segunda avaliação Consolidação das melhorias Duração total Avaliação e Mensuração Primeira etapa: 4 meses após as melhorias iniciais. o Aumento de seguidores; o Aumento de engajamento das pessoas (Retweets, compartilhamentos, comentários etc.); o Pesquisa quantitativa simples para avaliação do serviço pelo usuário. 212
  • 213. Segunda etapa: 11 meses após as novas melhorias. o Aumento de seguidores; o Aumento de engajamento das pessoas (Retweets, compartilhamentos, comentários etc.); o Pesquisa quantitativa simples, porém mais direcionada, para avaliação do serviço pelo usuário, baseando-se nos resultados da pesquisa anterior. B) ORÇAMENTO TOTAL DAS AÇÕES E DA CAMPANHA POSSIBiLIDADE Unida Custo total Tamanho Especificidade des final Reestruturação da interface e Novo SIBiNET _ _ R$ 40.000,00 adaptação para mobile Cartaz Produtos e Formato A3 (29,7 x Folha A3 gramatura 170gr, 450 R$ 7.576,92 Serviços 42 cm) colorido, acabamento refile Testeiras para Papel duplex gramatura 250gr, 38,1 x 5 cm 360 R$ 2.530,04 computadores colorido, acabamento refile Formato A3 (29,7 x A serem definidas com cada Anúncio em jornal _ R$ 6.798,91 42 cm) publicação Formato A4 (27,7 x A serem definidas com cada Anúncio em revista _ R$ 5.660,80 21 cm) publicação Aluguel de espaços Diversos Diversos 5 R$ 9.482,47 de outdoor da USP Formato A4 (27,7 x 21 cm) com duas Folder Couché brilho 150g 44.000 R$ 78.580,80 dobras que se distam 9,9 cm Papel couché 250 gr, colorido, Marca-páginas SIBi 18 x 4,5 cm 44.000 R$ 23.768,86 acabamento refile Criação de layout, monitoramento e ferramenta SIBi-mail _ _ R$ 5.000,00 para disparo de emails para base de 50.000 emails Criação de banco de dados para cadastrar o fluxo de SIBi App _ _ R$ 20.000,00 empréstimos; envio de alertas aos usuários R$ 199.398,80 213
  • 214. 8.4 ORÇAMENTO TOTAL DAS CAMPANHAS Orçamento Total Campanha Valor De SIBi para SIBi R$ 245.712,55 AproSIBi-se R$ 1.332.471,88 PoSIBilidades R$ 199.398,80 Total R$ 1.777.583,23 8.5 CRONOGRAMA TOTAL DAS CAMPANHAS Calendário 2013 J F M A M J J A S O N D De SIBi para SIBi Repense Encontros SIBibliotecas Ser SIBi SIBinforma SIBi Fala AproSIBi-se SIBixos Concurso senSIBilidade Pós-SIBilidades Siga o Mestre Use e Abuse, estamos aqui para você! É a cara do SIBi SIBintercâmbio de conhecimentos PoSIBilidade Novo SIBiNET PoSIBilidades Folder Institucional SIBi-mail SIBi-app Melhoria das mídias sociais 214
  • 215. 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS Realizou-se uma análise estratégica de relações públicas do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP), e criou-se um plano de ações, a partir de diagnóstico elaborado com base nas pesquisas qualitativas realizadas, que correspondessem às necessidades identificadas ao longo do estudo. Os serviços prestados pela agência foram: reforçar o papel social da educação para a formação humana, assegurar relacionamentos saudáveis e colaborativos, avaliar a situação/contexto do cliente e reposicioná-lo no mercado em caso de necessidade, avaliar os processos e canais de comunicação, propor melhorias e elaborar um plano de ações. Levando em conta a realidade socioecônomica e cultural da atualidade, na qual as facilidades tecnológicas permitem um intercâmbio de informações cada vez mais ágil, obter informações relevantes, de qualidade, é um desafio e realizar tal façanha é motivo de destaque frente à avalanche de informações recebidas diariamente. Nesse contexto, a Universidade, que tem por origem contribuir para o ensino, pesquisa e extensão, alcança uma dimensão e complexidade de atuação cada vez mais significativa em favor da produção de conhecimento e a transmissão do mesmo, sendo relevante e notória para a formação do homem em sociedade. A Spin Comunicação, criada para atuar no ramo educacional, buscou ao longo do Projeto de Relações Públicas, analisar os mais distintos aspectos que caracterizam o cliente - SIBiUSP, como a sua história, a estrutura organizacional e administrativa, o perfil, os princípios, a natureza do negócio, os produtos e serviços, para que, com maior número de dados possível, pudesse delinear o atual cenário da organização frente ao setor em que atua, bem como relacioná-la ao ambiente externo, para, assim, desenvolver um planejamento estratégico direcionado às principais necessidades de comunicação do cliente. Um aspecto bastante positivo, e que deve ser reforçado, foi a iniciativa do SIBi em procurar o auxílio de alunos de relações públicas para trazer melhorias para o dia a dia da organização. Isso demonstra uma grande abertura para o novo, para a 215
  • 216. cultura de comunicação, para passos que, por menores que agora sejam, agregarão e tornar-se-ão grandiosos no futuro. Da mesma forma, a iniciativa em contratar um profissional da área de comunicação foi outro grande passo e conquista do SIBi, e que será fundamental para colocar em prática as ações sugeridas neste trabalho. É importante comentar que o SIBi se mostrou um cliente diferenciado em termos de estrutura, uma vez que sua tipologia e natureza, não voltada para lucratividade e competitividade, foi fator desafiador para a agência, que teve de se aprofundar em estudos a fim de compreender as particularidade da organização. O SIBi apresenta relevante importância estratégica para a Universidade de São Paulo, visto que seus objetivos estão profundamente atrelados aos da USP, principalmente no quesito produção científica. Essa característica exige que as ações propostas visem, em uma perspectiva de longo prazo, trazer benefícios relacionados a um posicionamento de destaque para a Universidade em rankings e reconhecimentos quanto à sua excelência, agregando valor a ela, e consequentemente, ao SIBi. Após o levantamento de informações sobre o cliente, foi possível depreender que o SIBi não possui uma comunicação estruturada no que se refere a públicos internos (alunos, docentes e funcionários) e também externos à Universidade. Por conta disso, a pesquisa de campo realizada tratou de analisar a percepção de seus usuários prioritários – alunos de graduação, pós-graduação e docentes - buscando avaliar o nível de conhecimento e utilização dos produtos e serviços. Assim, para que fosse possível apurar a percepção de tais públicos, a pesquisa qualitativa em profundidade foi a técnica adotada, a qual trouxe resultados muito satisfatórios justamente por abranger a experiência dos públicos e aspectos do relacionamento de grande valia para este estudo. Nessa primeira pesquisa, a Spin Comunicação optou por não entrevistar funcionários do SIBiUSP por questão de viabilidade, porém considera esse público essencial para o cliente e, por meio de dados secundários apurados, preparou um programa de ação voltado para os funcionários, visto que para se aproximar dos demais públicos é primordial o engajamento e contribuição ativa dos funcionários. Entretanto, ainda recomenda-se, uma próxima averiguação de públicos em que os 216
  • 217. funcionários sejam contemplados, para que se possa alcançar com eficácia seus objetivos organizacionais. Por meio da pesquisa, foi possível definir três diretrizes de atuação para o SIBi, a primeira delas é focada nos funcionários, no sentido de engajá-los, mostrar a eles que são parte fundamental da organização, em um esforço não somente para comunicar as iniciativas do SIBi, mas para inseri-los de forma mais ativa nesse meio, visto que até então, não existia um relacionamento qualificado, havendo apenas o reporte pontual de informações. As propostas voltadas para esse público levam em consideração a já garantida autonomia das bibliotecas, porém age em favor de uma integração e maior interação entre elas e o SIBi, buscando uma unicidade para otimizar iniciativas, boas práticas e desempenhos, bem como contribuir para o crescimento contínuo. A segunda dimensão diagnosticada como crítica refere-se aos públicos de dentro da USP – alunos de graduação, pós-graduação e docentes – que mostraram não associar o SIBi a seus produtos e serviços, embora conhecessem e usassem seus serviços. Tal fator evidencia a necessidade de informá-los sobre o que a organização é e faz, por meio de mensagens direcionadas a cada um deles, a fim de estabelecer um relacionamento qualificado com eles, a longo prazo, buscando gerar confiança e outros atributos positivos que impulsionariam a boa imagem do SIBi perante eles, os quais têm grande potencial para disseminar sobre o SIBi externamente, ampliando seu escopo e reconhecimento. Porém, é imprescindível que esse reconhecimento seja proveniente de dentro da Universidade para ganhar força e legitimidade. A terceira e última dimensão se refere a categoria produtos e serviços, a qual foi amplamente comentada pelos públicos entrevistados, que, em muitos casos, fizeram críticas desde sobre aspectos visuais, passando por técnicos, chegando à comunicação. Tal resultado indica que a percepção a respeito de produtos e serviços está abalada por conta de dificuldades técnicas e até mesmo pouca informação sobre o mesmo que compromete a experiência do usuário. Desse modo, é imprescindível que o SIBi invista constantemente na melhoria de suas plataformas digitais, bem como nos materiais físicos das bibliotecas, pois se eles não forem de 217
  • 218. alta qualidade os públicos perderão o interesse pelos mesmos, podendo prejudicá- lo. Ao mesmo tempo, as demais propostas de ação planejadas perderão força se não estiverem amparadas pela qualidade e excelência fundamentais à organização. Um grande desafio do SIBi é lidar com um público interno tão grande e diversificado. Alunos de graduação, pós-graduação e docentes têm objetivos e necessidades diferentes, e por isso precisam de uma comunicação direcionada e única, que atenda às suas expectativas e necessidades. O objetivo deste projeto foi entender quais são as principais demandas desses três públicos, que são os principais usuários do SIBi. Os aspectos relativos a administração, públicos internos e produtos e serviços foram notados, como pilares específicos que necessitam de atenção. Outro aspecto importante a ser ressaltado é a disposição que alunos de graduação, pós-graduação e docentes têm em estreitar os laços com o SIBi, a conhecer mais sobre seus produtos e serviços, a aproveitar mais os espaços e oportunidades que a organização proporciona, conforme verificou-se nas pesquisas aplicadas. Lembrando que cada público tem suas necessidades e demandas específicas. Com relação aos funcionários do SIBi, também é necessário estreitar o relacionamento, reposicionando missão, visão e valores e procurando aproximar a administração das bibliotecas da organização do SIBi. Essa aproximação é positiva também porque a administração das bibliotecas é uma das grandes representantes do SIBi no contato direto com o usuário das mesmas, ou seja, com alunos de graduação, pós-graduação e docentes. A melhoria dos produtos e serviços e sua melhor divulgação também criará um ambiente mais favorável ao posicionamento interno estratégico do SIBi, tornando-o referência de conhecimento na USP. Todos os estudos, reflexões e ações de relações públicas propostas neste trabalho têm um objetivo macro em comum: promover um relacionamento qualificado entre o SIBi e seus públicos estratégicos, impactando em uma imagem positiva perante os mesmos, a qual pode ser estendida para outros públicos de fora 218
  • 219. da Universidade. Assim, em longo prazo, prevê-se a construção de uma reputação também positiva e alinhada essencialmente à missão, visão e valores do SIBiUSP. Considerando a realidade do cliente, a não existência de concorrência direta, a imagem e a reputação corporativa tornam-se elementos ainda mais importantes a serem avaliados. Porém, “(...) para que uma organização possa obtê-las, é preciso um trabalho de longo prazo, fundamentado na construção e na manutenção de bons relacionamentos com seus diversos públicos” (LOPES, 2005, p. 74). Com isso, os benefícios para o cliente, diante de sua particularidade de atuação, estão voltados para agregar valor em termos de reconhecimento, elevação do status da Universidade de São Paulo nos mais importantes rankings do mundo e, consequentemente, do patamar estratégico do SIBi dentro da USP pelo impacto e relevância de seu trabalho para o alcance dos objetivos da Universidade. 219
  • 220. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA BRASIL. Assistir TV é atividade preferida do brasileiro; leitura fica em 7º. São Paulo: Terra Networks Brasil, 28 mar. 2012. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5690566-EI8266,00- Assistir+TV+e+atividade+preferida+do+brasileiro+leitura+fica+em.html>. Acesso em: 09 set. 2012. _______________. Brasileiros estão entre os mais otimistas sobre o futuro da educação, diz pesquisa. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 2012. Educação. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,brasileiros-estao-entre-os- mais-otimistas-sobre-futuro-da-educacao-diz-pesquisa,926915,0.htm>. Acesso em 07 set. 2012. AGÊNCIA ESTADO. Livro detalha o mapa da leitura no Brasil. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 10 ago. 2012. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,livro-detalha-o-mapa-da-leitura-no- brasil,917394,0.htm>. Acesso em: 10 set. 2012. ________________. TI deve crescer até 12% no Brasil em 2012. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 17 out. 2011. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/ti/ti-deve- crescer-ate-12-no-brasil-em-2012-17102011-52.shl>. Acesso em: 28 jun. 2012. ALEPH. Integrated Library System. Disponível em < http://www.exl.com.br/aleph.htm >. Acesso em 08 set. 2012. AMCHAM BRASIL. Mercado de tablets e smartphones começa a crescer no Brasil. São Paulo: 25 jun. 2011. Disponível em: <http://www.amcham.com.br/regionais/amcham- sao-paulo/noticias/2011/evolucao-do-mercado-de-tablets-e-smartphones-e-lenta-no- brasil/>. Acesso em: 29 jun. 2012. ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Dicionário profissional de relações públicas e comunicação e glossário de termos anglo-americanos. 29ª ed. revista e ampliada. São Paulo: Summus, 1996. ARWU. Academic Ranking of World Universities 2012. Shangai: 2012. Disponível em: <http://www.shanghairanking.com/>. Acesso em 07 set. 2012. BLUMEN, F. Biblioteca do futuro é espaço de inovação e compartilhamento de ideias. São Paulo: Catraca Livre, 29 ago. 2012. Disponível em: <http://catracalivre.folha.uol.com.br/2012/08/qual-o-futuro-das-bibliotecas/>. Acesso em: 09 set. 2012. 220
  • 221. BRASIL. Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no País, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 20 fev. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9609.htm Acesso em: 17 de maio de 2012. _____. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 20 fev. 1998. Disponível em: http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/5198.html Acesso em: 17 de maio de 2012. _____. Decreto n.º 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, DF, 2 dez. 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2004/decreto/d5296.htm Acesso em: 17 de maio de 2012. _____. Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010. Dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País. Diário Oficial da União. Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2010/Lei/L12244.htm Acesso em: 17 de maio de 2012. BT GLOBAL SERVICES. Como gerenciar os dispositivos móveis. São Paulo: 04 jun. 2012. Disponível em: <http://www.blog.bt.com/btbrasil/tag/dispositivos-moveis/>. Acesso em: 10 set. 2012. CENTRO REGIONAL PARA EL FOMENTO DEL LIBRO EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Comportamento do leitor e hábitos de leitura: comparativo de resultados em alguns países da América Latina. Bogotá: 2012. COLUMBIA UNIVERSITY. Columbia University Libraries. Disponível em: <http://library.columbia.edu/>. Acesso em 08 set. 2012. _____________________. Columbia University Academic Commons. Disponível em: <http://academiccommons.columbia.edu/>. Acesso em 08 set. 2012. CRUZ, C. H. de B. A parada no crescimento do ensino superior. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/506815- aparadanocrescimentodoensinosuperior>. Acesso em 07 set. 2012. DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo – transformando ideias em negócios. 3. Ed. Rio de Janeiro; Elsevier, 2005. 221
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  • 224. KUNSCH, W. L. Gênese e desenvolvimento do campo profissional e acadêmico das relações públicas no Brasil. In: KUNSCH, M. M. K. (org). Relações Públicas – História, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 7-42. MCCUE. TJ. First Public Library to Create a Maker Space. New York: Forbes, 15 nov. 2011. Disponível em: <http://www.forbes.com/sites/tjmccue/2011/11/15/first-public- library-to-create-a-maker-space/>. Acesso em: 10 set. 2012. MOBILIDADE E NEGÓCIOS. Brasileiro adere à internet móvel, mesmo sem smartphone. São Paulo: 09 ago. 2012. Disponível em: <http://www.mobilidadeenegocios.com.br/noticia.php?id=1690>. Acesso em: 10 set. 2012. MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Exposição “Conhecimento: custódia e acesso” ficará mais tempo em exibição no Museu da Língua Portuguesa. São Paulo: 2012. Disponível em: <http://www.museulinguaportuguesa.org.br/noticias_interna.php?id_noticia=259>. Acesso em 07 set. 2012. OLIVEIRA, D. M. T. Introdução à Pesquisa Qualitativa. In: HERLINGER, M. & PERDIGÃO, D. M. & WHITE, O. M. Teoria e prática da pesquisa aplicada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. OLIVEIRA, F. Comunicação Pública e Cultura Científica. In: KUNSCH, M.; FISCHMANN, R. (org). Mídia e Tolerância – A ciência construindo caminhos de liberdade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002. p. 121-130. RANKING Web of University. Disponível em < http://www.webometrics.info/ >. Acesso em 07 set. 2012. ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS IBERO-AMERICANOS PARA EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA (OEI). Olhares sobre a educação Ibero-Americana. Disponível em: < http://www.oei.es/miradas2012.pdf>. Acesso em 20 de setembro de 2012. PORTAL CAPES. Cresce 20,8% o número de cursos de mestrados e doutorados no Brasil. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/servicos/sala-de- imprensa/36-noticias/4073-cresce-208-o-numero-de-cursos-de-mestrados-e- doutorados-no-brasil>. Acesso em: 07 set. 2012. PORTER, M. Estratégia Competitiva. São Paulo: Editora Campus Elsevier, 2005 - 2ª ed. PORTO, C.; RÉGNIER, K. O Ensino Superior no Mundo e no Brasil - Condicionantes, Tendências e Cenários para o Horizonte 2003-2025 - Uma Abordagem Exploratória. São Paulo: Dezembro, 2003. Disponível em < http://macroplan.com.br/Documentos/MonitoramentoCenarioMacroplan20091116175 954.pdf >. Acesso em 07 set. 2012. 224
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  • 227. ANEXO A - ROTEIRO DE ENTREVISTA Aquecimento Nome, idade, curso Frequência e uso dos recursos das bibliotecas 1) Tem o hábito de ir à biblioteca? O que faz lá? [estudar, consultar e emprestar os materiais] Se não usa: 2) Por que não costuma ir à biblioteca? 3) Conte uma experiência (positiva ou negativa, dependendo da resposta do entrevistado), que você teve no ambiente da biblioteca ou ao acessar seus mecanismos de busca. Pesquisas acadêmicas ALUNO 4) Como você realiza suas pesquisas, trabalhos ou estuda para provas? 5) Como você procura pelos materiais de apoio à pesquisa? Como chega até eles? 6) Se pudesse fazer uma estimativa, você diria que faz mais pesquisas com mecanismos de busca online ou em bibliotecas? Por que? 7) O que você consideraria como pontos fracos e fortes em suas pesquisas feitas em mecanismos de busca online? 8) O que você consideraria como pontos fracos e fortes em suas pesquisas feitas em bibliotecas? DOCENTE 9) Como você orienta seus alunos a proceder com pesquisas acadêmicas e provas [procura de materiais]? 10)Você disponibiliza o conteúdo de sua aula de alguma forma? Qual? [fotocópia, internet] 11)Você orienta seus alunos a comprarem livros ou pede para usarem a biblioteca? Por quê? 227
  • 228. 12)Você recomendaria a seus alunos a utilização dos produtos e serviços do SIBi? Administração do sistema e da biblioteca e SIBi: nível de conhecimento 13)Você sabe quem administra e integra as bibliotecas da USP? Não: É o SIBI. O SIBi é o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Ele administra as 44 bibliotecas que a USP tem no Brasil. O SIBi possui um portal na internet no qual disponibiliza seus serviços virtuais e oferece sistemas de pesquisa acadêmica. 14) O que você acha que um sistema integrado de bibliotecas deveria fazer? Sim: 15)O que é o SIBi? O que você sabe sobre ele? O que ele oferece? Para Não e Sim: 16)Você sabia que agora pode pegar materiais disponíveis em diferentes bibliotecas da USP apenas apresentando sua carteirinha da faculdade? Produtos e serviços Dedalus 17)Você já ouviu falar no Dedalus? Você sabe o que é? Não: O Dedalus é um banco de dados para localizar livros, teses, periódicos e revistas disponíveis nas bibliotecas da USP. Sim: 18)O que é? Qual foi sua experiência com ele? 19)Como ficou sabendo desse sistema? 20)Como você avalia a divulgação do sistema Dedalus? Revistas 21)Você sabia que o SIBi disponibiliza em suas bibliotecas revistas nacionais e internacionais para consulta? Se não: 22)Você tem interesse em acessar essas revistas? 228
  • 229. Se, sim 23)Qual foi sua experiência ao acessar esse material? 24)Como ficou sabendo da disponibilidade desse conteúdo? 25)Como você avalia a divulgação desse serviço? Busca Integrada http://www.sibi.usp.br/buscaintegrada/ 26)Você sabia que o SIBI recentemente lançou uma nova plataforma chamada Busca Integrada? Não: A Busca Integrada é uma solução de busca que integra os recursos informacionais do SIBI, e por meio dela é possível encontrar resultados de arquivos impressos e digitais disponíveis no Sistema. 27)Você acha que esse novo serviço seria útil para suas pesquisas acadêmicas? Por quê? Sim: 28)O que é? 29)Como ficou sabendo? 30)Já utilizou? Conte sua experiência 31)Sabe a diferença entre ele e o Dedalus? Qual? Sugestões 32)Você tem alguma sugestão para fazer ao SIBi, quanto a seus produtos/serviços, acesso, comunicação ou qualquer outro aspecto que queira comentar? 33)Você gostaria de receber informações sobre o SIBi e novidade em produtos e serviços? 34)Se não, por quê? 35)Se sim: Por qual meio? 36)Mais alguma consideração? 229
  • 230. ANEXO 2 – ORGANOGRAMA DO SIBIUSP 230
  • 231. ANEXO 3 – LINHA DO TEMPO SIBIUSP Parte 1: 231
  • 232. Parte 2: 232