Amaury Gremaud
HEG II 1º semestre 2017
Aula 03: A Revolução Industrial e a
Grande divergência
“A Revolução industrial
assemelhou-se à prova do fruto da
árvore do conhecimento por Eva:
o mundo nunca mais foi o
mesmo.”
D. Landes
Aberta a Caixa de Pandora:
estabelece-se a Grande Divergência
Várias visões sobre
“Grande Divergência”
 Termo Grande Divergência: afastamento do
Ocidente em relação ao Oriente em termos de
renda, riqueza etc
 Mundo capitalista x resto
 Para outros Grande divergência
 Processo de ampliação das desigualdades
 Entre países – não apenas entre Ocidente x Oriente, mas
entre países ocidentais (capitalistas)
 Entre grupos sociais
Definição de Revolução Industrial
(I)
 Definição genérica
“Mudança (ou conjunto de mudanças)
tecnológica(s) rápida”
Como nos referimos a “qualquer” conjunto de
mudança, varias revoluções industriais são
possíveis:
o revolução industrial no neolítico,
o revolução industrial do XIII
o primeira, segunda, terceira revolução
industrial
Definição da Revolução Industrial (II): O
ritmo e o estilo de crescimento
 Revolução Industrial – mudança no ritmo do crescimento
 Debate entre cliometristas – a questão quantitativa
 Nova História Econômica: mudança de ritmo não tão importante, alteração em outros
momentos
 Tb altos e baixos no período anterior e posterior
 Decada 90 – restabelece-se diferenciação imposta no período da revolução industrial
 Restabelece o caráter revolucionário da revolução industrial
 Discussão em termos do estilo de crescimento
 Crescimentos extensivo
 Ampliação dos fatores de produção (terras, pessoas)
 Crescimento smithiano
 Ganhos de produtividade decorrentes da divisão do trabalho e especialização
 Ambos podem ser interrompidos por crises malthusianas
 Existem retornos decrescentes dado a oferta quase fixa de terras e crescimento
smithiano é lento
 Crescimento kuznetziano ou schumpeteriano, em que se associa aos ganhos
smithianos de produtividade os ganhos decorrentes das inovações tecnológicas
 Para grande parte da historiografia processo de endogeneização
do progresso técnico é a marca da revolução industrial do XVIII
Mudanças tecnológicas ...
 Alterações tecnológicas - 2ª metade do Século XVIII
 Interação de diferentes setores e progressos cumulativos –
Mudança gera mudança
 não 1 ou 2 descobertas fundamentais
 conjunto grande de mudanças e descobertas em diferentes campos
que se complementam e pressionam setores correlatos
 Com Revolução Industrial passamos a ter um
avanço cumulativo e sustentado da tecnologia
 Avanços materiais: quantidade e variedade
 Produtividade, novos e impensáveis produtos
 Supera antigos avanços retidos malthusianamente
 desigual no espaço e no tempo – não regular e equilibrado
 Alterações setoriais – não sempre mesmos setores
 Até onde se pode pensar em ascensão infinita ?
 Até onde sempre benéfica ?
Definição de revolução Industrial III:
O crescimento econômico moderno
 Por um lado
 Revolução Industrial – mudança no ritmo do
crescimento
 Aceleração dos ganhos de produtividade por
especialização
 processo de endogeneização do progresso técnico
 Revolução Industrial - alteração na composição
do processo produtivo
 Aspectos qualitativos da revolução industrial
Economia agrária e
dominada por
habilidade artesanal
Economia dominada
por indústria e
fabricação mecanizada
Revolução Industrial
Revolução Industrial ...
Definição de Revolução Industrial (IV)
aspectos qualitativos
Substituição
das habilidades
humanas por
dispositivos
mecânicos
Melhora
nos métodos
de extração
e
transformaçã
o de matéria
prima
Energia
inanimada
(vapor) toma
lugar de
força
humana e
animal
Alterações na organização
produtiva
 Unidades produtoras são maiores
 Maquinas e energia exigem e
permitem concentração da fabricação
 Oficinas/salas de trabalho dão lugar a fábricas/usinas
 Fabricas – não local de produção ou unidade de trabalho mas
um sistema de produção (divisão do processo produtivo)
 Intensificação da divisão do trabalho (já existia), racionalização,
submissão ao relógio e ao ritmo da máquina
 Separação: meios de produção x produtor
 Principal divisão: empregador x operário
 Empregador – contrata mão de obra, comercializa produto acabado,
fornece meios de produção (equipamentos) e supervisiona seu uso
 Trabalhador – não mais capaz de possuir e fornecer meios de produção
 Estabelece a relação salarial (dentro do marxismo é aqui que se
define o capitalismo)
Mudança é
demoníaca, cria
mas também
destrói
Mudanças sócio-políticas (I)
Se de um lado propicia a possibilidade de progresso e
conforto material mas muitos problemas:
 Polarização da sociedade (assalariados x proprietários)
 Perda do “domínio” do trabalhador sobre processo
 Aguça clivagem empregador - empregado e hiato entre ricos e pobres
 Abre a porta para o reforço dos conflitos de classe:
 Ampliação e Concentração das classes trabalhadoras
 Condições de vida diferenciadas (bairros miseráveis)
 Consciência de classe – organização (sindicatos, partidos)
 “Tropas da revolução pela esquerda”
 Cuidado com exageros em relação à polarização da sociedade
 Sempre existiu
 Ao lado do proliferação do proletariado fabril, existe também crescimento
dos “prestadores de serviços” e profissionais liberais
 Setor terciário acaba por ter um crescimento ainda maior que
indústria
Mudanças sócio-políticas (II)
 cria sociedade mais rica e mais complexa
 Existe burgueses x proletariado ,
 Mas também trabalhadores e empreendedores do
“terceiro setor”
 Burguesia heterogênea
 nuances de renda, origem e estilo
 Gera oportunidades de ascensão social
 Nem todos podem (ou conseguem) aproveitá-la,
 migração campo – cidade não necessariamente para
melhor
 Existe um processo de concentração e centralização do
capital
 não elimina pequenas empresas, mas as torna obsoletas,
 no processo muitas empresas e empresários sucumbem,
 Vitimas e parte dos sobreviventes – ação política
 Pressão sobre o Estado
 “Tropas da revolução pela direita”
Mudanças sócio-políticas (III)
 Desloca-se o equilíbrio entre posição social e poder, em
maior ou menor grau, da antiga elite rural para os novos
ricos da indústria e do comércio
 Migração do campo para cidade em detrimento das terras
marginais
 Separação entre aristocracia e massa populacional
camponesa
 diminuição das forças rurais na vida nacional
 Desperta novos inimigos para o sistema político burguês
 Mão de obra concentrada e dotada de alguma consciência
de classe
 Vitimas “burguesas” da mudança econômico-social:
 empresários marginalizados, insatisfeitos e déclassés
 Conflito político tem varias e diferentes saídas
dependendo das estruturas e tradições existentes
onda que vem junto com Revolução Industrial não é
homogênea (modernização assume diferentes aspectos)
 Modernização, particularmente industrialização se
dá na inicialmente na Inglaterra no fim do XVIII
 Depois se difunde, de forma desigual, pela
Europa e Além-Mar,
 Elementos da modernização: interdependentes
mas com algum grau de autonomia, possível
progredir em algumas áreas mais que em
outras – desequilíbrios
Países centrais: industrialização e mudanças
tecnológicas grosso modo pari passu com
outros componentes
 poupados dos problemas do amadurecimento
desequilibrado característicos das modernizações
tardias
Modernização
Combinação de mudanças que possibilita a uma sociedade
manter-se no século XX
• Competir em termos de igualdade na geração de
riquezas materiais e culturais
• Preservar sua independência
• Promover novas mudanças e se adaptar a elas
Modernização implica em processos interdependentes :
• Industrialização
• Urbanização
• Transição demográfica
• Estatização
• Revolução educativa
Mudanças socioeconômicas (I)
Industrialização: “coração da modernização”
 Deslocamento da mão de obra e dos recursos da agricultura
para o setor industrial
 Interação demanda e oferta:
Demanda: produtos agrícolas: elasticidade renda menor que 1
Oferta: aumento forte da produtividade e queda dos preços
manufaturados
 Acompanhado por processo de maturidade tecnológica
Urbanização
 Concentração da população em cidades que servem como
núcleos de produção industrial, de administração e de
atividade intelectual e artística
Mudanças socioeconômicas (II)
A
Taxa
de
natalidade
e
taxa
de
mortalidade
Anos
B
C
Natalidade
Mortalidade
Transição Demográfica
 Redução acentuada das taxas de mortalidade e
natalidade em comparação com níveis tradicionais
Estatização
 Aumento da presenças do Estado em “setores chaves” e
o estabelecimento de um burocracia eficaz e bastante
centralizada
Revolução Educativa
 Criação de um sistema educacional capaz de formar e
socializar as crianças levando a um nível de aquisição
de habilidades e competências compatível com aptidões
e os conhecimentos contemporâneos de modo a
capacitá-los a utilizar a tecnologia atualizada

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  • 1. Amaury Gremaud HEG II 1º semestre 2017 Aula 03: A Revolução Industrial e a Grande divergência
  • 2. “A Revolução industrial assemelhou-se à prova do fruto da árvore do conhecimento por Eva: o mundo nunca mais foi o mesmo.” D. Landes
  • 3. Aberta a Caixa de Pandora: estabelece-se a Grande Divergência Várias visões sobre “Grande Divergência”  Termo Grande Divergência: afastamento do Ocidente em relação ao Oriente em termos de renda, riqueza etc  Mundo capitalista x resto  Para outros Grande divergência  Processo de ampliação das desigualdades  Entre países – não apenas entre Ocidente x Oriente, mas entre países ocidentais (capitalistas)  Entre grupos sociais
  • 4. Definição de Revolução Industrial (I)  Definição genérica “Mudança (ou conjunto de mudanças) tecnológica(s) rápida” Como nos referimos a “qualquer” conjunto de mudança, varias revoluções industriais são possíveis: o revolução industrial no neolítico, o revolução industrial do XIII o primeira, segunda, terceira revolução industrial
  • 5. Definição da Revolução Industrial (II): O ritmo e o estilo de crescimento  Revolução Industrial – mudança no ritmo do crescimento  Debate entre cliometristas – a questão quantitativa  Nova História Econômica: mudança de ritmo não tão importante, alteração em outros momentos  Tb altos e baixos no período anterior e posterior  Decada 90 – restabelece-se diferenciação imposta no período da revolução industrial  Restabelece o caráter revolucionário da revolução industrial  Discussão em termos do estilo de crescimento  Crescimentos extensivo  Ampliação dos fatores de produção (terras, pessoas)  Crescimento smithiano  Ganhos de produtividade decorrentes da divisão do trabalho e especialização  Ambos podem ser interrompidos por crises malthusianas  Existem retornos decrescentes dado a oferta quase fixa de terras e crescimento smithiano é lento  Crescimento kuznetziano ou schumpeteriano, em que se associa aos ganhos smithianos de produtividade os ganhos decorrentes das inovações tecnológicas  Para grande parte da historiografia processo de endogeneização do progresso técnico é a marca da revolução industrial do XVIII
  • 6. Mudanças tecnológicas ...  Alterações tecnológicas - 2ª metade do Século XVIII  Interação de diferentes setores e progressos cumulativos – Mudança gera mudança  não 1 ou 2 descobertas fundamentais  conjunto grande de mudanças e descobertas em diferentes campos que se complementam e pressionam setores correlatos  Com Revolução Industrial passamos a ter um avanço cumulativo e sustentado da tecnologia  Avanços materiais: quantidade e variedade  Produtividade, novos e impensáveis produtos  Supera antigos avanços retidos malthusianamente  desigual no espaço e no tempo – não regular e equilibrado  Alterações setoriais – não sempre mesmos setores  Até onde se pode pensar em ascensão infinita ?  Até onde sempre benéfica ?
  • 7. Definição de revolução Industrial III: O crescimento econômico moderno  Por um lado  Revolução Industrial – mudança no ritmo do crescimento  Aceleração dos ganhos de produtividade por especialização  processo de endogeneização do progresso técnico  Revolução Industrial - alteração na composição do processo produtivo  Aspectos qualitativos da revolução industrial
  • 8. Economia agrária e dominada por habilidade artesanal Economia dominada por indústria e fabricação mecanizada Revolução Industrial Revolução Industrial ...
  • 9. Definição de Revolução Industrial (IV) aspectos qualitativos
  • 10. Substituição das habilidades humanas por dispositivos mecânicos Melhora nos métodos de extração e transformaçã o de matéria prima Energia inanimada (vapor) toma lugar de força humana e animal
  • 11. Alterações na organização produtiva  Unidades produtoras são maiores  Maquinas e energia exigem e permitem concentração da fabricação  Oficinas/salas de trabalho dão lugar a fábricas/usinas  Fabricas – não local de produção ou unidade de trabalho mas um sistema de produção (divisão do processo produtivo)  Intensificação da divisão do trabalho (já existia), racionalização, submissão ao relógio e ao ritmo da máquina  Separação: meios de produção x produtor  Principal divisão: empregador x operário  Empregador – contrata mão de obra, comercializa produto acabado, fornece meios de produção (equipamentos) e supervisiona seu uso  Trabalhador – não mais capaz de possuir e fornecer meios de produção  Estabelece a relação salarial (dentro do marxismo é aqui que se define o capitalismo)
  • 13. Mudanças sócio-políticas (I) Se de um lado propicia a possibilidade de progresso e conforto material mas muitos problemas:  Polarização da sociedade (assalariados x proprietários)  Perda do “domínio” do trabalhador sobre processo  Aguça clivagem empregador - empregado e hiato entre ricos e pobres  Abre a porta para o reforço dos conflitos de classe:  Ampliação e Concentração das classes trabalhadoras  Condições de vida diferenciadas (bairros miseráveis)  Consciência de classe – organização (sindicatos, partidos)  “Tropas da revolução pela esquerda”  Cuidado com exageros em relação à polarização da sociedade  Sempre existiu  Ao lado do proliferação do proletariado fabril, existe também crescimento dos “prestadores de serviços” e profissionais liberais  Setor terciário acaba por ter um crescimento ainda maior que indústria
  • 14. Mudanças sócio-políticas (II)  cria sociedade mais rica e mais complexa  Existe burgueses x proletariado ,  Mas também trabalhadores e empreendedores do “terceiro setor”  Burguesia heterogênea  nuances de renda, origem e estilo  Gera oportunidades de ascensão social  Nem todos podem (ou conseguem) aproveitá-la,  migração campo – cidade não necessariamente para melhor  Existe um processo de concentração e centralização do capital  não elimina pequenas empresas, mas as torna obsoletas,  no processo muitas empresas e empresários sucumbem,  Vitimas e parte dos sobreviventes – ação política  Pressão sobre o Estado  “Tropas da revolução pela direita”
  • 15. Mudanças sócio-políticas (III)  Desloca-se o equilíbrio entre posição social e poder, em maior ou menor grau, da antiga elite rural para os novos ricos da indústria e do comércio  Migração do campo para cidade em detrimento das terras marginais  Separação entre aristocracia e massa populacional camponesa  diminuição das forças rurais na vida nacional  Desperta novos inimigos para o sistema político burguês  Mão de obra concentrada e dotada de alguma consciência de classe  Vitimas “burguesas” da mudança econômico-social:  empresários marginalizados, insatisfeitos e déclassés  Conflito político tem varias e diferentes saídas dependendo das estruturas e tradições existentes onda que vem junto com Revolução Industrial não é homogênea (modernização assume diferentes aspectos)
  • 16.  Modernização, particularmente industrialização se dá na inicialmente na Inglaterra no fim do XVIII  Depois se difunde, de forma desigual, pela Europa e Além-Mar,  Elementos da modernização: interdependentes mas com algum grau de autonomia, possível progredir em algumas áreas mais que em outras – desequilíbrios Países centrais: industrialização e mudanças tecnológicas grosso modo pari passu com outros componentes  poupados dos problemas do amadurecimento desequilibrado característicos das modernizações tardias
  • 17. Modernização Combinação de mudanças que possibilita a uma sociedade manter-se no século XX • Competir em termos de igualdade na geração de riquezas materiais e culturais • Preservar sua independência • Promover novas mudanças e se adaptar a elas Modernização implica em processos interdependentes : • Industrialização • Urbanização • Transição demográfica • Estatização • Revolução educativa
  • 18. Mudanças socioeconômicas (I) Industrialização: “coração da modernização”  Deslocamento da mão de obra e dos recursos da agricultura para o setor industrial  Interação demanda e oferta: Demanda: produtos agrícolas: elasticidade renda menor que 1 Oferta: aumento forte da produtividade e queda dos preços manufaturados  Acompanhado por processo de maturidade tecnológica Urbanização  Concentração da população em cidades que servem como núcleos de produção industrial, de administração e de atividade intelectual e artística
  • 19. Mudanças socioeconômicas (II) A Taxa de natalidade e taxa de mortalidade Anos B C Natalidade Mortalidade Transição Demográfica  Redução acentuada das taxas de mortalidade e natalidade em comparação com níveis tradicionais Estatização  Aumento da presenças do Estado em “setores chaves” e o estabelecimento de um burocracia eficaz e bastante centralizada Revolução Educativa  Criação de um sistema educacional capaz de formar e socializar as crianças levando a um nível de aquisição de habilidades e competências compatível com aptidões e os conhecimentos contemporâneos de modo a capacitá-los a utilizar a tecnologia atualizada