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HISTÓRIA DA INDUMENTÁRIA E MODA 
SÉCULO XX – 1900 / 1910 
MODA E COMPORTAMENTO 
PROF. ODAIR TUONO
BELLE ÉPOQUE 
Bela Época, em francês, foi um período 
de cultura cosmopolita européia que 
começou em 1871 e durou até a eclosão 
da Primeira Guerra Mundial em 1914. 
A expressão designava o clima intelectual 
e artístico do período marcado por profun-das 
transformações culturais que se tra-duziram 
em novos modos de pensar e 
viver o quotidiano. 
A Belle Époque foi considerada uma era 
de ouro da beleza, inovação e paz entre 
os países europeus. A cena cultural esta-va 
em efervescência: cabarés, o cancan, 
e o cinema haviam nascido, e a arte to-mava 
novas formas com o Impressionis-mo 
e a Art Nouveau.
BELLE ÉPOQUE 
Inovações como o telefone, o telégrafo 
sem fio, o cinema, a bicicleta, o automó-vel, 
o avião, inspiravam novas percep-ções 
da realidade. 
Paris com seus cafés-concertos, balés, 
operetas, livrarias, teatros, boulevards 
e Alta Costura, tranformou-se na Cidade 
Luz, o centro produtor e exportador da 
cultura mundial. 
O romance de Henri Murger, Scènes de la 
vie de bohème (1848) imortalizou a boe-mia, 
aos lado dos escritos de Baudelaire, 
Rimbaud, Verlaine, Zola, Anatole 
France e Balzac. 
Ir a Paris ao menos uma vez por ano era 
uma obrigação entre as elites, pois garan-tia 
o vínculo com a atualidade do mundo. 
René Gruau
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL 
As exposições universais foram montadas 
a partir do século XIX em Londres, Paris, 
Chicago entre outras cidades que eram os 
epicentros da modernidade. 
O retrato do estágio mais avançado da ci-vilização 
ocidental, que convivia com os 
problemas advindos da desigualdade e da 
marginalização de grande parcela da po-pulação. 
As exposições queriam ser uma miniatura 
desse mundo moderno avançado, com-posto 
de espetáculos nos campos da ci-ência, 
das artes, da arquitetura, dos cos-tumes 
e da tecnologia. A torre Eiffel, o 
palácio de cristal e a roda gigante eram os 
símbolos visíveis do avanço tecnológi-co 
exibido nas feiras mundiais.
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL 
O século XIX foi o cenário de um espeta-cular 
progresso produtivo ligado às ne-cessidades 
da população industrial e ao 
crescimento da urbanização. Novos mate-riais 
foram empregados nas construções 
como aço e cimento, vidro e cristal. 
A Torre Eiffel (1889), projetada por 
Gustave Eiffel, era parte integrante da 
exposição tecnológica, realizada naquele 
ano na capital francesa em paralelo com 
as celebrações do centenário da revolu-ção. 
O monumento fazia parte do conjunto da 
exposição temporária e quase foi destruí-do 
em 1909, quando descobriram sua uti-lização 
para transmissão de sinais de rá-dio, 
tornando-se um dos mais famosos 
monumentos do mundo.
ERA EDUARDIANA 
Os rígidos valores morais da Era 
Vitoriana foram quebrados no final 
do século XIX, quando o primogênito 
real, Edward VII, assume o trono 
inglês. 
O príncipe de Gales, gostava de 
exibir as novidades da moda, o 
tecido “príncipe de Gales", batizado 
em sua homenagem, foi usado por 
ele pela primeira vez em 1876 e 
existe até hoje como um padrão 
clássico de xadrez.
ERA EDUARDIANA 
O ideal de beleza se dividia em dois: o 
estilo Edwardiano, pois o rei tinha uma 
clara preferência por mulheres maduras, 
que sustentaram a tendência de cabelos 
em tons cinza/ branco e as "Gibson Girl", 
popularizada pelos desenhos de Charles 
Dana Gibson sobre sua esposa. 
A atriz Gabrielle Edwardian Ray foi dan-çarina 
do Maxim’s e na produção do 
espetáculo "The Merry Widow" realizava 
acrobacias e rodopios sustentada por 04 
homens levando a platéia da época ao 
delírio. 
Vários cartões postais vintage retratam a 
dançarina que por alguns é considera a 
primeira “super model”.
ART NOUVEAU 
Forma de arte decorativa que se 
disseminou pela Europa na década de 
1890. Apesar do estilo expressar-se 
principalmente na arquitetura, decoração 
de interiores e no desenho de mobiliário, 
abrangeu também jóias e tecidos. 
O Art Nouveau utilizava elementos do 
clássico e do barroco, linhas ondulantes e 
temas ligados ao mundo vegetal. 
Criou uma nova unidade nas artes visuais 
– predominava o plano bidimensional – e 
a utilização de linhas curvas, gerando 
leveza, movimento e organicidade às 
imagens.
1900 – BELLE EPOQUE 
Robert Delaunay, 1913
1900 – BELLE EPOQUE 
O corpo feminino ideal deveria ter 
aproximadamente 40 cm de circun-ferência 
na cintura, os espartilhos e 
as ancas conferiam a chamada si-lhueta 
“S” (busto para frente e qua-dris 
para trás). 
As mulheres começavam a praticar 
esportes como a equitação, o tênis, 
o jogo de peteca, arco e flecha e 
andar de bicicleta. 
A moda para o dia-a-dia era com-posto 
de casaco e saia do mesmo 
tecido chamado de tailleur. 
A mulher da Belle Epoque represen-tava 
para sociedade o poder e pres-tígio 
alcançados pelos homens, ad-quirindo 
assim a imagem de um 
“Bibelot”.
BELLE EPOQUE
HAUTE COUTURE – WORTH 
Charles Frederick Worth (1826- 
1895) é considerado o “pai da Alta 
Costura”. Apresentava suas coleçõ-es 
em modelos vivos para a alta no-breza 
européia, entre elas a impe-ratriz 
Eugênia e a rainha Vitória. 
A Alta Costura desenvolve peças 
únicas, sob medida e finalizadas à 
mão. 
Para ser um haute couturier, um 
estilista deve ter no mínimo 20 cos-tureiras, 
apresentar duas coleções 
em Paris, a partir de 75 modelos, 
todos executados à mão e sob me-dida.
Os homens das classes do-minantes 
estavam a frente 
das industrias, o que exigia 
um caráter de sobriedade, 
a roupa utilizada era reflexo 
da necessidade de peças 
funcionais e práticas. 
Os tons escuros para ter-nos 
com coletes eram pre-dominantes, 
camisas bran-cas 
de gola alta, o chapéu 
e a bengala caracterizavam 
a figura de um magnata. 
O homem omitia qualquer 
enfeite, à exceção da gra-vata, 
da cartola e da cor-rente 
do relógio de bolso, 
que ficava aparente sobre o 
colete. 
BELLE EPOQUE
BELLE EPOQUE 
A prática dos “banhos de mar” 
ganham cada vez mais adeptos no 
sentido terapêutico de sua utilização. 
Peças de malha cobriam o tronco e 
as pernas até o joelho, acompa-nhadas 
de meias, sapatos e capa 
para maior proteção ao excesso de 
exposição. 
O lazer dos banhos de mar influ-enciou 
a criação de uma roupa 
própria para criança, surgiu o estilo 
marinheiro que se tornou um clássi-co 
deste público que utilizava roupas 
de adulto em miniatura.
VIDA CULTURAL 
Em 1900 estreava a ópera "Tosca", de 
Giacomo Puccini (1858–1924), em Roma. 
O compositor italiano levou ao palco, em 
termos de grande realismo, a representa-ção 
dramática dos amores da cantora 
Tosca com o pintor Cavaradossi, envolvi-do 
em atividades revolucionárias, situa-ção 
que o chefe da polícia Scarpia tenta-va 
aproveitar, sendo morto por Tosca. 
Puccini foi autor de doze óperas, entre as 
quais “Manon Lescaut” (1893), La Bohè-me 
(1896), “Madama Butterfly” (1904), La 
rondine (1917), Il trittico (1918) e Turandot 
(1926). 
Hariclé Darclée, soprano romena, convi-dada 
para ser a primeira interprete da 
ópera “Tosca”.
VIDA CULTURAL 
A celebre atriz Sarah Bernhardt (1844- 
1923) e dançarina Isadora Duncan 
(1878-1927) são referências no cenário 
cultural. 
No entanto o exotismo do Balé Russo, 
dirigido por Sergue Diaghilev, trouxe ao 
público parisiense Vaslav Nijinski consi-derado 
o maior dançarino de sua épo-ca. 
Nijinski (1890–1950) criou para os bai-lados 
russos: O espectro da rosa, A 
tarde de um fauno e Sherazade, 
contagiando platéias e influenciando a 
criação de moda para o orientalismo.
1900 – ACONTECIMENTOS 
O formato das roupas segue os valores 
da estética curvilínea do Art Nouveau. 
O namoro começava após a autoriza-ção 
do pai da mulher. Se o noivado era 
desfeito, a mulher tinha mais dificulda-des 
para arranjar um segundo preten-dente. 
Expectativa de vida era de 40 
anos. 
1900 – Sigmund Freud publica “A Inter-pretação 
dos Sonhos”, marco na psica-nálise. 
1901 – Marconi inventa o rádio. 
1906 – Santos Dumont voa sobre Paris 
no avião 14-Bis. 1907 – Início do movi-mento 
dos escoteiros. 1908 - Os pri-meiros 
imigrantes japoneses desembar-cam 
no Brasil.
ANOS 10
ANOS 10 
Em 1910, com o aparecimento das má-quinas, 
a costura torna-se uma profissão 
autônoma. 
Para toilette feminina surgiram as cintas-ligas, 
as meias cor-da-pele, a saia-calça e 
o sutiã moderno. 
A I Guerra Mundial põe fim a utilização do 
espartilho e ancas. As mulheres passa-vam 
a assumir o posto de trabalho do ma-rido. 
Devido a escassez de produtos, as pes-soas 
foram incentivadas a serem mais 
simples, e adotar o gosto por roupas práti-cas, 
um pouco masculinizadas. 
Novos materiais começaram a ser trazi-dos 
para a moda, como a borracha. Essa 
fusão resultou no primeiro tênis chamado 
Ked's (1917).
HENRY FORD 
Fundador da Ford Motor Company 
desenvolveu a linha de montagem 
em série (1913). 
A alta produção tinha como carac-terística 
marcante a cor do veículo, 
que era preta. 
Reduzindo os custos de produção 
e adaptando a linha de montagem 
construiu carros simples e tradi-cionais. 
O modelo “T” da Ford ven-deu 
mais de 15 milhões de unida-des. 
"Você pode ter o carro da cor que 
quiser, contanto que ele seja pre-to". 
Henry Ford
I GUERRA MUNDIAL 
A causa do conflito foi o assassinato 
em Sarajevo do herdeiro do trono 
austro-húngaro, arquiduque Francisco 
Ferdinando, por um sérvio (1914). 
O resultado foi uma corrida armamen-tista 
e a formação de alianças diplomá-tico- 
militares. 
• Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria, 
Itália. 
• Tríplice Entente: França, Inglaterra, 
Rússia. 
Em 1918 foram realizadas negociaçõ-es 
entre as potências encerrando des-ta 
forma a I Guerra Mundial com a 
Conferência de Paz de Paris. 
33 Países em conflito 
74 Milhões 
Recrutados 
10 Milhões 
Mortos 
20 Milhões 
Mutilados 
208 U$ Bilhões 
Gastos militares
ANOS 10 – ACONTECIMENTOS 
O grande aliado das mulheres foi o 
sutiã, que surgiu como dois lenços 
amarrados num laço, criado por Mary 
Phelps Jacob. 
Os papéis eram claros no casamento: 
o homem sustentava a família e 
mandava no lar. A mulher cuidava da 
casa e dos filhos. 
1911 – Descoberta a cidade inca de 
Macchu Picchu, Peru. 1912 – O tran-satlântico 
britânico Titanic naufraga 
após bater em um iceberg. 1916 – In-ventados 
os primeiros eletrodomésti-cos: 
o liquidificador, a batedeira elétri-ca 
e o espremedor de frutas. 1919 – 
Ghandi prega a não-violência contra os 
ingleses na Índia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BAUDOT, François. Moda do Século. São Paulo: Cosac Naify, 2005. 
LEHNERT, Gertrud. História da Moda do Século XX. Colónia: Könemann, 2001. 
MENDES, Valerie e HAYE, Amy de la. A Moda do Século XX. São Paulo: Martins 
fontes, 2003. 
PEACOCK, John. The Chronicle of Western Costume. Londres: Thames and 
Hudson Ltd., 1991. 
RECCO, Claúdio Barbosa. História Geral. Endereço eletrônico: www.historianet. 
com.br 
ROBERTS, J. M. O Livro de Ouro da História do Mundo – da Pré-História à Idade 
Contemporânea. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. 
VEILLON, Dominique. Moda & Guerra – Um retrato da França ocupada. Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.

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SÉCULO XX - 1900 BELLE ÉPOQUE + I GUERRA MUNDIAL

  • 1. HISTÓRIA DA INDUMENTÁRIA E MODA SÉCULO XX – 1900 / 1910 MODA E COMPORTAMENTO PROF. ODAIR TUONO
  • 2. BELLE ÉPOQUE Bela Época, em francês, foi um período de cultura cosmopolita européia que começou em 1871 e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914. A expressão designava o clima intelectual e artístico do período marcado por profun-das transformações culturais que se tra-duziram em novos modos de pensar e viver o quotidiano. A Belle Époque foi considerada uma era de ouro da beleza, inovação e paz entre os países europeus. A cena cultural esta-va em efervescência: cabarés, o cancan, e o cinema haviam nascido, e a arte to-mava novas formas com o Impressionis-mo e a Art Nouveau.
  • 3. BELLE ÉPOQUE Inovações como o telefone, o telégrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automó-vel, o avião, inspiravam novas percep-ções da realidade. Paris com seus cafés-concertos, balés, operetas, livrarias, teatros, boulevards e Alta Costura, tranformou-se na Cidade Luz, o centro produtor e exportador da cultura mundial. O romance de Henri Murger, Scènes de la vie de bohème (1848) imortalizou a boe-mia, aos lado dos escritos de Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Zola, Anatole France e Balzac. Ir a Paris ao menos uma vez por ano era uma obrigação entre as elites, pois garan-tia o vínculo com a atualidade do mundo. René Gruau
  • 4. EXPOSIÇÃO UNIVERSAL As exposições universais foram montadas a partir do século XIX em Londres, Paris, Chicago entre outras cidades que eram os epicentros da modernidade. O retrato do estágio mais avançado da ci-vilização ocidental, que convivia com os problemas advindos da desigualdade e da marginalização de grande parcela da po-pulação. As exposições queriam ser uma miniatura desse mundo moderno avançado, com-posto de espetáculos nos campos da ci-ência, das artes, da arquitetura, dos cos-tumes e da tecnologia. A torre Eiffel, o palácio de cristal e a roda gigante eram os símbolos visíveis do avanço tecnológi-co exibido nas feiras mundiais.
  • 5. EXPOSIÇÃO UNIVERSAL O século XIX foi o cenário de um espeta-cular progresso produtivo ligado às ne-cessidades da população industrial e ao crescimento da urbanização. Novos mate-riais foram empregados nas construções como aço e cimento, vidro e cristal. A Torre Eiffel (1889), projetada por Gustave Eiffel, era parte integrante da exposição tecnológica, realizada naquele ano na capital francesa em paralelo com as celebrações do centenário da revolu-ção. O monumento fazia parte do conjunto da exposição temporária e quase foi destruí-do em 1909, quando descobriram sua uti-lização para transmissão de sinais de rá-dio, tornando-se um dos mais famosos monumentos do mundo.
  • 6. ERA EDUARDIANA Os rígidos valores morais da Era Vitoriana foram quebrados no final do século XIX, quando o primogênito real, Edward VII, assume o trono inglês. O príncipe de Gales, gostava de exibir as novidades da moda, o tecido “príncipe de Gales", batizado em sua homenagem, foi usado por ele pela primeira vez em 1876 e existe até hoje como um padrão clássico de xadrez.
  • 7. ERA EDUARDIANA O ideal de beleza se dividia em dois: o estilo Edwardiano, pois o rei tinha uma clara preferência por mulheres maduras, que sustentaram a tendência de cabelos em tons cinza/ branco e as "Gibson Girl", popularizada pelos desenhos de Charles Dana Gibson sobre sua esposa. A atriz Gabrielle Edwardian Ray foi dan-çarina do Maxim’s e na produção do espetáculo "The Merry Widow" realizava acrobacias e rodopios sustentada por 04 homens levando a platéia da época ao delírio. Vários cartões postais vintage retratam a dançarina que por alguns é considera a primeira “super model”.
  • 8. ART NOUVEAU Forma de arte decorativa que se disseminou pela Europa na década de 1890. Apesar do estilo expressar-se principalmente na arquitetura, decoração de interiores e no desenho de mobiliário, abrangeu também jóias e tecidos. O Art Nouveau utilizava elementos do clássico e do barroco, linhas ondulantes e temas ligados ao mundo vegetal. Criou uma nova unidade nas artes visuais – predominava o plano bidimensional – e a utilização de linhas curvas, gerando leveza, movimento e organicidade às imagens.
  • 9. 1900 – BELLE EPOQUE Robert Delaunay, 1913
  • 10. 1900 – BELLE EPOQUE O corpo feminino ideal deveria ter aproximadamente 40 cm de circun-ferência na cintura, os espartilhos e as ancas conferiam a chamada si-lhueta “S” (busto para frente e qua-dris para trás). As mulheres começavam a praticar esportes como a equitação, o tênis, o jogo de peteca, arco e flecha e andar de bicicleta. A moda para o dia-a-dia era com-posto de casaco e saia do mesmo tecido chamado de tailleur. A mulher da Belle Epoque represen-tava para sociedade o poder e pres-tígio alcançados pelos homens, ad-quirindo assim a imagem de um “Bibelot”.
  • 12. HAUTE COUTURE – WORTH Charles Frederick Worth (1826- 1895) é considerado o “pai da Alta Costura”. Apresentava suas coleçõ-es em modelos vivos para a alta no-breza européia, entre elas a impe-ratriz Eugênia e a rainha Vitória. A Alta Costura desenvolve peças únicas, sob medida e finalizadas à mão. Para ser um haute couturier, um estilista deve ter no mínimo 20 cos-tureiras, apresentar duas coleções em Paris, a partir de 75 modelos, todos executados à mão e sob me-dida.
  • 13. Os homens das classes do-minantes estavam a frente das industrias, o que exigia um caráter de sobriedade, a roupa utilizada era reflexo da necessidade de peças funcionais e práticas. Os tons escuros para ter-nos com coletes eram pre-dominantes, camisas bran-cas de gola alta, o chapéu e a bengala caracterizavam a figura de um magnata. O homem omitia qualquer enfeite, à exceção da gra-vata, da cartola e da cor-rente do relógio de bolso, que ficava aparente sobre o colete. BELLE EPOQUE
  • 14. BELLE EPOQUE A prática dos “banhos de mar” ganham cada vez mais adeptos no sentido terapêutico de sua utilização. Peças de malha cobriam o tronco e as pernas até o joelho, acompa-nhadas de meias, sapatos e capa para maior proteção ao excesso de exposição. O lazer dos banhos de mar influ-enciou a criação de uma roupa própria para criança, surgiu o estilo marinheiro que se tornou um clássi-co deste público que utilizava roupas de adulto em miniatura.
  • 15. VIDA CULTURAL Em 1900 estreava a ópera "Tosca", de Giacomo Puccini (1858–1924), em Roma. O compositor italiano levou ao palco, em termos de grande realismo, a representa-ção dramática dos amores da cantora Tosca com o pintor Cavaradossi, envolvi-do em atividades revolucionárias, situa-ção que o chefe da polícia Scarpia tenta-va aproveitar, sendo morto por Tosca. Puccini foi autor de doze óperas, entre as quais “Manon Lescaut” (1893), La Bohè-me (1896), “Madama Butterfly” (1904), La rondine (1917), Il trittico (1918) e Turandot (1926). Hariclé Darclée, soprano romena, convi-dada para ser a primeira interprete da ópera “Tosca”.
  • 16. VIDA CULTURAL A celebre atriz Sarah Bernhardt (1844- 1923) e dançarina Isadora Duncan (1878-1927) são referências no cenário cultural. No entanto o exotismo do Balé Russo, dirigido por Sergue Diaghilev, trouxe ao público parisiense Vaslav Nijinski consi-derado o maior dançarino de sua épo-ca. Nijinski (1890–1950) criou para os bai-lados russos: O espectro da rosa, A tarde de um fauno e Sherazade, contagiando platéias e influenciando a criação de moda para o orientalismo.
  • 17. 1900 – ACONTECIMENTOS O formato das roupas segue os valores da estética curvilínea do Art Nouveau. O namoro começava após a autoriza-ção do pai da mulher. Se o noivado era desfeito, a mulher tinha mais dificulda-des para arranjar um segundo preten-dente. Expectativa de vida era de 40 anos. 1900 – Sigmund Freud publica “A Inter-pretação dos Sonhos”, marco na psica-nálise. 1901 – Marconi inventa o rádio. 1906 – Santos Dumont voa sobre Paris no avião 14-Bis. 1907 – Início do movi-mento dos escoteiros. 1908 - Os pri-meiros imigrantes japoneses desembar-cam no Brasil.
  • 19. ANOS 10 Em 1910, com o aparecimento das má-quinas, a costura torna-se uma profissão autônoma. Para toilette feminina surgiram as cintas-ligas, as meias cor-da-pele, a saia-calça e o sutiã moderno. A I Guerra Mundial põe fim a utilização do espartilho e ancas. As mulheres passa-vam a assumir o posto de trabalho do ma-rido. Devido a escassez de produtos, as pes-soas foram incentivadas a serem mais simples, e adotar o gosto por roupas práti-cas, um pouco masculinizadas. Novos materiais começaram a ser trazi-dos para a moda, como a borracha. Essa fusão resultou no primeiro tênis chamado Ked's (1917).
  • 20. HENRY FORD Fundador da Ford Motor Company desenvolveu a linha de montagem em série (1913). A alta produção tinha como carac-terística marcante a cor do veículo, que era preta. Reduzindo os custos de produção e adaptando a linha de montagem construiu carros simples e tradi-cionais. O modelo “T” da Ford ven-deu mais de 15 milhões de unida-des. "Você pode ter o carro da cor que quiser, contanto que ele seja pre-to". Henry Ford
  • 21. I GUERRA MUNDIAL A causa do conflito foi o assassinato em Sarajevo do herdeiro do trono austro-húngaro, arquiduque Francisco Ferdinando, por um sérvio (1914). O resultado foi uma corrida armamen-tista e a formação de alianças diplomá-tico- militares. • Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria, Itália. • Tríplice Entente: França, Inglaterra, Rússia. Em 1918 foram realizadas negociaçõ-es entre as potências encerrando des-ta forma a I Guerra Mundial com a Conferência de Paz de Paris. 33 Países em conflito 74 Milhões Recrutados 10 Milhões Mortos 20 Milhões Mutilados 208 U$ Bilhões Gastos militares
  • 22. ANOS 10 – ACONTECIMENTOS O grande aliado das mulheres foi o sutiã, que surgiu como dois lenços amarrados num laço, criado por Mary Phelps Jacob. Os papéis eram claros no casamento: o homem sustentava a família e mandava no lar. A mulher cuidava da casa e dos filhos. 1911 – Descoberta a cidade inca de Macchu Picchu, Peru. 1912 – O tran-satlântico britânico Titanic naufraga após bater em um iceberg. 1916 – In-ventados os primeiros eletrodomésti-cos: o liquidificador, a batedeira elétri-ca e o espremedor de frutas. 1919 – Ghandi prega a não-violência contra os ingleses na Índia.
  • 23. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAUDOT, François. Moda do Século. São Paulo: Cosac Naify, 2005. LEHNERT, Gertrud. História da Moda do Século XX. Colónia: Könemann, 2001. MENDES, Valerie e HAYE, Amy de la. A Moda do Século XX. São Paulo: Martins fontes, 2003. PEACOCK, John. The Chronicle of Western Costume. Londres: Thames and Hudson Ltd., 1991. RECCO, Claúdio Barbosa. História Geral. Endereço eletrônico: www.historianet. com.br ROBERTS, J. M. O Livro de Ouro da História do Mundo – da Pré-História à Idade Contemporânea. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. VEILLON, Dominique. Moda & Guerra – Um retrato da França ocupada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.