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A P R E S E N T A:

COISAS DO
NOSSO ALGARV E
Não clicar – passagem automática
Franck Pourcel – Little Man
Seosazulejosfalassem
Diz a história que sofremos influência árabe no que respeita às
técnicas utilizadas para a produção da azulejaria. Estamos
representados por pequenos quadrados de gesso e cimento cozido
e envernizado.
Painel existente na INATEL em
Albufeira.
O fundo é do painel da
Fonte Coberta
No que concerne à decoração, ou seja à pintura dos
azulejos, a influência proveio do continente europeu.
Painel existente em Ferragudo concelho
de Lagoa
Os motivos florais e a diversidade de cores,
imperam na nossa decoração.
Painel existente na Estrada que sai de Almancil para
Quarteira
Olá! Eu sou a Maria, uma
algarvia do barrocal.

Painel existente na Estrada que sai
de Almancil para Quarteira
O barrocal é onde acaba a serra e
começa o campo até ao litoral. É por
aqui que guardo as minhas ovelhas.

Painel existente na Estrada que sai de
Almancil para Quarteira
Olá! Eu sou o Manel, o marido
da Maria e trabalho no campo.
Vou ao poço com o meu burrito
buscar água.

Painel existente na Estrada que sai
de Almancil para Quarteira
Olá! Eu sou a ti Bia, a mãe da
Maria e por esta altura apanho
laranjas para as ir vender lá
abaixo, na praça de Quarteira.

Painel existente na Estrada que sai de
Almancil para Quarteira
Olá! Eu sou a mãe da ti Bia, a avó da Maria e todas as semanas
amaço o pão que levo ao forno para sustento da família.

Painel existente na Estrada que sai de Almancil para
Quarteira
Olá! Eu sou o ti Joaquim, o pai do
Manel, a mim cabe-me fazer cadeiras e
repará-las. Faço os entrançados de
bunho muito utilizado nesta região
para o revestimento do fundo das
cadeiras.

Painel existente na Estrada que sai de
Almancil para Quarteira
Olá! Eu sou o irmão da Maria, sou
eu que transporta a mercadoria
para o litoral. Todos me
conhecem, pois por onde passo
dou de vaia a toda a gente.

Painel existente na Estrada que sai
de Almancil para Quarteira
Olá! E eu sou a Toina, a irmã do
Manel. Entretenho-me, por
vezes, com o mó, a moer o
milho para fazer xarém, comida
típica cá da minha região.

Painel existente na Estrada que sai de
Almancil para Quarteira
Para além das magníficas
praias e do clima ameno que se
faz sentir todo o ano, o Algarve
tem um riquíssimo património
etnográfico que vale bem a
pena partilhar com os prazeres
do Sol e do Mar. Ou então
dedicar-lhe um tempo próprio.
Na Estrada entre Almancil e
Quarteira, a meio caminho, no
lado esquerdo – FONTE
COBERTA - encontra-se um
riquíssimo painel de azulejos,
do artista, sediado em Loulé,
Ricardo A. C. Inácio.
Aqui ficou retratado algumas
passagens das gentes do
barrocal Algarvio.
A chaminé – “cartão de visita
algarvio” – tem diversas variantes:
rendilhadas, fendidas, a forma de
catavento, de pombal, de torre de
igreja, etc. e é uma autêntica obra de
arte.
São um símbolo da região e uma
prova da influência de cinco séculos
de ocupação árabe.
Dizem os antigos que no Algarve não
havia duas chaminés iguais. Quanto
mais tempo levava a ser construída,
mais motivos decorativos tinham, por
isso era sempre prestigioso e objecto
de vaidade para o seu proprietário.
Era costume o mestre perguntar
quantos dias queriam de chaminé
para avaliar o seu valor, que se
traduzia no tempo que as mesmas
demoravam a erigir.
Seosazulejosfalassem
Às portas de Faro, em São Lourenço – Almancil, o interior da Igreja
ilustra diversas passagens da vida de São Lourenço, através do
revestimento por azulejos datados de 1730. Seu autor foi Policarpo
de Oliveira Bernardes, um dos notáveis da azulejaria portuguesa.
Para o outro lado do Algarve, em Alcoutim,
vários painéis de azulejos retractam a vida difícil
do século passado: O contrabandista e a guarda
fiscal.
Também, em muitas Vilas e Aldeias do interior do “nosso”
Algarve, a azulejaria espelha de forma realista os meios de
transportes utilizados e fins a que se destinavam.
Poder-se-á dizer sem margem de dúvidas, que
foi em 1925 que surge o primeiro autocarro
conduzido por Manuel Gonçalves dos Santos,
um jovem de 26 anos que estabeleceu uma
carreira entre a sua terra, Albufeira, e a estação
de caminhos de ferro de Ferreiras. Mais tarde,
mudou-se para São Brás de Alportel
Seosazulejosfalassem
Para os apreciadores de bonitos painéis de azulejaria, deixo aqui uma
dica: O Terminal de Quarteira tem exposto na fachada central um
histórico muito completo sobre transportes rodoviários do Algarve e de
chaminés algarvias.
A evolução da arte da
azulejaria, transformou-se
rapidamente, evoluindo de tal
forma que, em 1969, o fotógrafo
e estilista Jack Bodi escolheu o
Algarve para uma produção
fotográfica com modelos
internacionais. Entre várias
mostras de passagem de
modelos da linha «Micia», que
lançou em 1964, usados pelas
mulheres do interior algarvio,
se destaca, o fato de banho
com o padrão dos azulejos da
fachada de um casa algarvia.
Uma produção e realização de:
www.umraiodeluzdigital.blogspot.com
oantmasantos2@gmail.com

Deixo aqui registado os respectivos créditos aos
autores dos slides 3, 4, 18 e 23, sendo os restantes,
pertença do autor deste trabalho.

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E N D

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Seosazulejosfalassem

  • 1. www.umraiodeluzefezseluz.blogspot .com A P R E S E N T A: COISAS DO NOSSO ALGARV E Não clicar – passagem automática Franck Pourcel – Little Man
  • 3. Diz a história que sofremos influência árabe no que respeita às técnicas utilizadas para a produção da azulejaria. Estamos representados por pequenos quadrados de gesso e cimento cozido e envernizado. Painel existente na INATEL em Albufeira. O fundo é do painel da Fonte Coberta
  • 4. No que concerne à decoração, ou seja à pintura dos azulejos, a influência proveio do continente europeu. Painel existente em Ferragudo concelho de Lagoa
  • 5. Os motivos florais e a diversidade de cores, imperam na nossa decoração. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 6. Olá! Eu sou a Maria, uma algarvia do barrocal. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 7. O barrocal é onde acaba a serra e começa o campo até ao litoral. É por aqui que guardo as minhas ovelhas. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 8. Olá! Eu sou o Manel, o marido da Maria e trabalho no campo. Vou ao poço com o meu burrito buscar água. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 9. Olá! Eu sou a ti Bia, a mãe da Maria e por esta altura apanho laranjas para as ir vender lá abaixo, na praça de Quarteira. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 10. Olá! Eu sou a mãe da ti Bia, a avó da Maria e todas as semanas amaço o pão que levo ao forno para sustento da família. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 11. Olá! Eu sou o ti Joaquim, o pai do Manel, a mim cabe-me fazer cadeiras e repará-las. Faço os entrançados de bunho muito utilizado nesta região para o revestimento do fundo das cadeiras. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 12. Olá! Eu sou o irmão da Maria, sou eu que transporta a mercadoria para o litoral. Todos me conhecem, pois por onde passo dou de vaia a toda a gente. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 13. Olá! E eu sou a Toina, a irmã do Manel. Entretenho-me, por vezes, com o mó, a moer o milho para fazer xarém, comida típica cá da minha região. Painel existente na Estrada que sai de Almancil para Quarteira
  • 14. Para além das magníficas praias e do clima ameno que se faz sentir todo o ano, o Algarve tem um riquíssimo património etnográfico que vale bem a pena partilhar com os prazeres do Sol e do Mar. Ou então dedicar-lhe um tempo próprio. Na Estrada entre Almancil e Quarteira, a meio caminho, no lado esquerdo – FONTE COBERTA - encontra-se um riquíssimo painel de azulejos, do artista, sediado em Loulé, Ricardo A. C. Inácio. Aqui ficou retratado algumas passagens das gentes do barrocal Algarvio.
  • 15. A chaminé – “cartão de visita algarvio” – tem diversas variantes: rendilhadas, fendidas, a forma de catavento, de pombal, de torre de igreja, etc. e é uma autêntica obra de arte. São um símbolo da região e uma prova da influência de cinco séculos de ocupação árabe. Dizem os antigos que no Algarve não havia duas chaminés iguais. Quanto mais tempo levava a ser construída, mais motivos decorativos tinham, por isso era sempre prestigioso e objecto de vaidade para o seu proprietário. Era costume o mestre perguntar quantos dias queriam de chaminé para avaliar o seu valor, que se traduzia no tempo que as mesmas demoravam a erigir.
  • 17. Às portas de Faro, em São Lourenço – Almancil, o interior da Igreja ilustra diversas passagens da vida de São Lourenço, através do revestimento por azulejos datados de 1730. Seu autor foi Policarpo de Oliveira Bernardes, um dos notáveis da azulejaria portuguesa.
  • 18. Para o outro lado do Algarve, em Alcoutim, vários painéis de azulejos retractam a vida difícil do século passado: O contrabandista e a guarda fiscal.
  • 19. Também, em muitas Vilas e Aldeias do interior do “nosso” Algarve, a azulejaria espelha de forma realista os meios de transportes utilizados e fins a que se destinavam.
  • 20. Poder-se-á dizer sem margem de dúvidas, que foi em 1925 que surge o primeiro autocarro conduzido por Manuel Gonçalves dos Santos, um jovem de 26 anos que estabeleceu uma carreira entre a sua terra, Albufeira, e a estação de caminhos de ferro de Ferreiras. Mais tarde, mudou-se para São Brás de Alportel
  • 22. Para os apreciadores de bonitos painéis de azulejaria, deixo aqui uma dica: O Terminal de Quarteira tem exposto na fachada central um histórico muito completo sobre transportes rodoviários do Algarve e de chaminés algarvias.
  • 23. A evolução da arte da azulejaria, transformou-se rapidamente, evoluindo de tal forma que, em 1969, o fotógrafo e estilista Jack Bodi escolheu o Algarve para uma produção fotográfica com modelos internacionais. Entre várias mostras de passagem de modelos da linha «Micia», que lançou em 1964, usados pelas mulheres do interior algarvio, se destaca, o fato de banho com o padrão dos azulejos da fachada de um casa algarvia.
  • 24. Uma produção e realização de: www.umraiodeluzdigital.blogspot.com oantmasantos2@gmail.com Deixo aqui registado os respectivos créditos aos autores dos slides 3, 4, 18 e 23, sendo os restantes, pertença do autor deste trabalho. Até breve - A bientôt - see you soon E N D E N D

Notas do Editor