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Prof. Me. Fernando Cesar Pilan
Introdução
 Seria possível sobrevivermos sem a capacidade de
conhecer?
 A partir de quando começamos a conhecer?
Introdução
 Segundo o filósofo grego, Aristóteles (384-322 a.C.), o ser
humano, por natureza, tende ao conhecer. (Metafísica)
 Ainda, segundo outro filósofo contemporâneo, Karl Popper
(1902-1994), o conhecimento é sem dúvida o maior milagre
do universo. (Conhecimento objetivo)
 Por ser de tal forma intrigante, o conhecimento, então,
tornou-se ao longo da história da filosofia um dos grandes
problemas filosóficos, colocando-se como uma
interrogação desde os primeiros filósofos gregos até os
contemporâneos.
Introdução
 Tradicionalmente, o conhecimento foi descrito como
uma relação entre um sujeito, enquanto agente
conhecedor, e um objeto, enquanto coisa conhecida.
Dois grandes problemas se colocam:
1) Qual a origem do conhecimento?
2) Qual a garantia de que o conhecimento que
temos do mundo corresponde à realidade?
Introdução
RACIONALISMO EMPIRISMO
Tentando responder a estas questões,
racionalismo e empirismo assumem posições
filosóficas opostas acerca do conhecimento e
travam um intenso debate na Filosofia
Moderna.
O racionalismo cartesiano
 O pensador francês René Descartes (1596 – 1650),
fundador do racionalismo moderno.
 Procurou responder às questões
anteriores e encontrou como principal
fundamento de sua teoria a ideia de que
o conhecimento se origina a partir da
razão, na medida em que esta antecede
e explica todo o real.
 Principais obras: Meditações Metafísicas e O Discurso
do Método.
O racionalismo cartesiano
Qual das duas situações é mais agradável ao espírito? Por que?
O racionalismo cartesiano
Descartes coloca-se inicialmente como cético,
duvidando de tudo aquilo que lhe tenha vindo pelos
sentidos, pelos costumes, pela tradição. Enfim, ele
duvida da própria existência, ao argumentar que
muitas vezes temos sonhos tão vívidos que quase nos
convencemos de que são reais.
Será que agora não estamos em um de nossos
sonhos?
O racionalismo cartesiano
 A certeza de que o nosso conhecimento sobre o mundo
condiz com o que ele realmente é está na principal
descoberta da filosofia cartesiana.
“PENSO, LOGO EXISTO.”
O racionalismo cartesiano
 “Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu
queria pensar que tudo era falso,cumpria
necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma
coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo
existo, era tão firme e tão certa que todas as mais
extravagantes suposições dos céticos não seriam
capaz de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem
escrúpulo, como o primeiro princípio de Filosofia que
procurava.” (DESCARTES, Discurso do método)
O racionalismo cartesiano
 Portanto, para o racionalismo há determinados
tipos de conhecimento, a priori, que possuem a
certeza absoluta, como, no caso, penso, logo
existo.
 O “eu” racional é a FONTE do conhecimento,
porque é esta instância humana que permite
clareza e distinção no processo de conhecer.
Tipos de ideias
1) Inatas: “ideias que nascem comigo”
EXEMPLOS:
 Ideia de cogito (pensamento)
 Ideia de Deus
 Ideia de Perfeição
2) Adventícias: “ideias que vieram de fora”
 Ideia de cavalo
3) factícias: “ideias que foram feitas e inventadas por
mim mesmo”
 Ideia de unicórnio.
O empirismo
 O empirismo também é uma das correntes da Filosofia
Moderna que pretende explicar a origem e o processo
de aquisição do conhecimento. Seu fundador foi o
filósofo John Locke (1632-1704)
Para Locke nossa mente seria como
uma folha em branco,
à qual caberia à experiência escrever.
O empirismo de John Locke
 A mente é um tábula rasa. A única fonte do
conhecimento é a experiência.
 Argumento contra ideias inatas: se elas existissem
as crianças também a teriam; outras culturas não têm a
ideia de Deus ou de Deus Perfeito.
O empirismo de John Locke
Duas fontes de ideias:
 Sensação: estímulo externo, provocado pelos
sentidos.
1) Qualidades primárias (pertencem aos objetos, solidez, extensão,
configuração)
2) Qualidades secundárias (relativas ao sujeito que conhece – calor, cor, som,
odor, sabor)
 Reflexão: processo interno, percepção que alma tem
daquilo que nela ocorre.
1) Ideias simples (flor, cavalo, borracha, lápis)
2) Ideias complexas (identidade, existência, substância)
O empirismo de David Hume
 Conheceremos, então, a filosofia de David Hume (1711-
1776), um dos principais filósofos empiristas britânicos
do século XVII:
 Principais obras de David Hume:
Tratado sobre a natureza humana e
Investigações acerca do entendimento
humano.
O empirismo de David Hume
 Contrário ao racionalismo, o empirismo considera
como fonte de todas as nossas representações os dados
fornecidos pelos sentidos. Assim, todo o conhecimento
é a posteriori, isto é, provém da experiência e à
experiência se reduz. Segundo os empiristas, inclusive
as noções matemáticas seriam cópias mentais das
figuras e objetos que se apresentam à percepção.
O ceticismo de David Hume
 Assim, para Hume, só temos conhecimento pela via da
indução.
 Indução: é todo o conhecimento que temos a
partir de experiências particulares (a posteriori),
que nos permite fazer generalizações com
pretensão de validade universal.
O empirismo de David Hume
 David Hume, utiliza o termo ‘percepção’ para referir
quaisquer conteúdos da mente (…). As percepções
ocorrem quando o indivíduo observa, sente, recorda,
imagina, e assim por diante.
O empirismo de David Hume
 Para o autor, nossa mente seria como um “teatro” no
qual desfilam as percepções que penetram nosso
entendimento. Assim, todo nosso conhecimento é
indutivo e, portanto, advém de uma única fonte : as
percepções:
impressões
• Percepções vívidas
ideias
• Percepções fracas
O empirismo de David Hume
 As ideias simples derivam diretamente das impressões.
As ideias complexas são combinações de ideias
simples. Deste modo, a ideia de um peixe-cachorro
nada mais é do que uma ideia complexa composta
pelas ideias mais simples de ‘peixe’ e de ‘cachorro’. E
estas ideias simples derivam, em última análise, da
experiência tida pelo indivíduo de peixes e de
cachorros.
O empirismo de David Hume
Representação da possível ideia de um peixe-
cachorro
Conclusão
 O empirismo e o racionalismo foram correntes
filosóficas opostas que procuraram compreender o
fenômeno do conhecimento. Neste percurso,
escolheram caminhos opostos que, porém, não fazem
destas duas correntes auto excludentes.
 Posteriormente, Immanuel Kant (1724-1804) tentou
mostrar que em alguns aspectos os racionalistas
tinham razão, em outros, os empiristas.
Conclusão
Quadro resumo da aula
Referências
ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P.Filosofando:introdução à filosofia. São Paulo:
Moderna, 2009.
DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução, prefácio e notas João Cruz
Costa. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969.
FAVARETTO, C. Sobre o ensino de Filosofia. Revista da Faculdade de Educação -
USP, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 97-102, jan.jun./1993.Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/rfe/article/viewFile/33514/36252Acesso em: 04/06/2014.
MOREIRA, M.C. Aprendizagem significativa: um conceito subjacente. In: MOREIRA,
M.A., CABALLERO, M.C. e RODRÍGUEZ, M.L. (orgs.) ActasdelEncuentroInternacional
sobre elAprendizaje Significativo.pp. 19-44.Burgos: Ed. Univ. Burgo, 1997.
SILVA, Franklin L. Descartes:a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 1998.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. Tradução de José Oscar
de Almeida Marques. São Paulo: Ed. da UNESP, 1999.
OLIVA, A. Teoria do Conhecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.

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  • 1. Prof. Me. Fernando Cesar Pilan
  • 2. Introdução  Seria possível sobrevivermos sem a capacidade de conhecer?  A partir de quando começamos a conhecer?
  • 3. Introdução  Segundo o filósofo grego, Aristóteles (384-322 a.C.), o ser humano, por natureza, tende ao conhecer. (Metafísica)  Ainda, segundo outro filósofo contemporâneo, Karl Popper (1902-1994), o conhecimento é sem dúvida o maior milagre do universo. (Conhecimento objetivo)  Por ser de tal forma intrigante, o conhecimento, então, tornou-se ao longo da história da filosofia um dos grandes problemas filosóficos, colocando-se como uma interrogação desde os primeiros filósofos gregos até os contemporâneos.
  • 4. Introdução  Tradicionalmente, o conhecimento foi descrito como uma relação entre um sujeito, enquanto agente conhecedor, e um objeto, enquanto coisa conhecida. Dois grandes problemas se colocam: 1) Qual a origem do conhecimento? 2) Qual a garantia de que o conhecimento que temos do mundo corresponde à realidade?
  • 5. Introdução RACIONALISMO EMPIRISMO Tentando responder a estas questões, racionalismo e empirismo assumem posições filosóficas opostas acerca do conhecimento e travam um intenso debate na Filosofia Moderna.
  • 6. O racionalismo cartesiano  O pensador francês René Descartes (1596 – 1650), fundador do racionalismo moderno.  Procurou responder às questões anteriores e encontrou como principal fundamento de sua teoria a ideia de que o conhecimento se origina a partir da razão, na medida em que esta antecede e explica todo o real.  Principais obras: Meditações Metafísicas e O Discurso do Método.
  • 7. O racionalismo cartesiano Qual das duas situações é mais agradável ao espírito? Por que?
  • 8. O racionalismo cartesiano Descartes coloca-se inicialmente como cético, duvidando de tudo aquilo que lhe tenha vindo pelos sentidos, pelos costumes, pela tradição. Enfim, ele duvida da própria existência, ao argumentar que muitas vezes temos sonhos tão vívidos que quase nos convencemos de que são reais. Será que agora não estamos em um de nossos sonhos?
  • 9. O racionalismo cartesiano  A certeza de que o nosso conhecimento sobre o mundo condiz com o que ele realmente é está na principal descoberta da filosofia cartesiana. “PENSO, LOGO EXISTO.”
  • 10. O racionalismo cartesiano  “Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria pensar que tudo era falso,cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capaz de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio de Filosofia que procurava.” (DESCARTES, Discurso do método)
  • 11. O racionalismo cartesiano  Portanto, para o racionalismo há determinados tipos de conhecimento, a priori, que possuem a certeza absoluta, como, no caso, penso, logo existo.  O “eu” racional é a FONTE do conhecimento, porque é esta instância humana que permite clareza e distinção no processo de conhecer.
  • 12. Tipos de ideias 1) Inatas: “ideias que nascem comigo” EXEMPLOS:  Ideia de cogito (pensamento)  Ideia de Deus  Ideia de Perfeição 2) Adventícias: “ideias que vieram de fora”  Ideia de cavalo 3) factícias: “ideias que foram feitas e inventadas por mim mesmo”  Ideia de unicórnio.
  • 13. O empirismo  O empirismo também é uma das correntes da Filosofia Moderna que pretende explicar a origem e o processo de aquisição do conhecimento. Seu fundador foi o filósofo John Locke (1632-1704) Para Locke nossa mente seria como uma folha em branco, à qual caberia à experiência escrever.
  • 14. O empirismo de John Locke  A mente é um tábula rasa. A única fonte do conhecimento é a experiência.  Argumento contra ideias inatas: se elas existissem as crianças também a teriam; outras culturas não têm a ideia de Deus ou de Deus Perfeito.
  • 15. O empirismo de John Locke Duas fontes de ideias:  Sensação: estímulo externo, provocado pelos sentidos. 1) Qualidades primárias (pertencem aos objetos, solidez, extensão, configuração) 2) Qualidades secundárias (relativas ao sujeito que conhece – calor, cor, som, odor, sabor)  Reflexão: processo interno, percepção que alma tem daquilo que nela ocorre. 1) Ideias simples (flor, cavalo, borracha, lápis) 2) Ideias complexas (identidade, existência, substância)
  • 16. O empirismo de David Hume  Conheceremos, então, a filosofia de David Hume (1711- 1776), um dos principais filósofos empiristas britânicos do século XVII:  Principais obras de David Hume: Tratado sobre a natureza humana e Investigações acerca do entendimento humano.
  • 17. O empirismo de David Hume  Contrário ao racionalismo, o empirismo considera como fonte de todas as nossas representações os dados fornecidos pelos sentidos. Assim, todo o conhecimento é a posteriori, isto é, provém da experiência e à experiência se reduz. Segundo os empiristas, inclusive as noções matemáticas seriam cópias mentais das figuras e objetos que se apresentam à percepção.
  • 18. O ceticismo de David Hume  Assim, para Hume, só temos conhecimento pela via da indução.  Indução: é todo o conhecimento que temos a partir de experiências particulares (a posteriori), que nos permite fazer generalizações com pretensão de validade universal.
  • 19. O empirismo de David Hume  David Hume, utiliza o termo ‘percepção’ para referir quaisquer conteúdos da mente (…). As percepções ocorrem quando o indivíduo observa, sente, recorda, imagina, e assim por diante.
  • 20. O empirismo de David Hume  Para o autor, nossa mente seria como um “teatro” no qual desfilam as percepções que penetram nosso entendimento. Assim, todo nosso conhecimento é indutivo e, portanto, advém de uma única fonte : as percepções: impressões • Percepções vívidas ideias • Percepções fracas
  • 21. O empirismo de David Hume  As ideias simples derivam diretamente das impressões. As ideias complexas são combinações de ideias simples. Deste modo, a ideia de um peixe-cachorro nada mais é do que uma ideia complexa composta pelas ideias mais simples de ‘peixe’ e de ‘cachorro’. E estas ideias simples derivam, em última análise, da experiência tida pelo indivíduo de peixes e de cachorros.
  • 22. O empirismo de David Hume Representação da possível ideia de um peixe- cachorro
  • 23. Conclusão  O empirismo e o racionalismo foram correntes filosóficas opostas que procuraram compreender o fenômeno do conhecimento. Neste percurso, escolheram caminhos opostos que, porém, não fazem destas duas correntes auto excludentes.  Posteriormente, Immanuel Kant (1724-1804) tentou mostrar que em alguns aspectos os racionalistas tinham razão, em outros, os empiristas.
  • 25. Referências ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P.Filosofando:introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2009. DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução, prefácio e notas João Cruz Costa. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969. FAVARETTO, C. Sobre o ensino de Filosofia. Revista da Faculdade de Educação - USP, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 97-102, jan.jun./1993.Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rfe/article/viewFile/33514/36252Acesso em: 04/06/2014. MOREIRA, M.C. Aprendizagem significativa: um conceito subjacente. In: MOREIRA, M.A., CABALLERO, M.C. e RODRÍGUEZ, M.L. (orgs.) ActasdelEncuentroInternacional sobre elAprendizaje Significativo.pp. 19-44.Burgos: Ed. Univ. Burgo, 1997. SILVA, Franklin L. Descartes:a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 1998. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. Tradução de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Ed. da UNESP, 1999. OLIVA, A. Teoria do Conhecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.