Varicela
Docente Irisneth Duarte
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa,
caracterizada por surgimento de exantema de
aspecto maculo-papular e distribuição centrípeta
que, após algumas horas, adquire aspecto vesicular,
evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente,
forma crostas, em 3 a 4 dias.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Podem ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos. A
principal característica clínica é o polimorfismo das
lesões cutâneas, que se apresentam nas diversas formas
evolutivas, acompanhadas de prurido. Em crianças,
geralmente, a doença é benigna e auto-limitada. Em
adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais
exuberante.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Sinonímia - Catapora.
 Agente etiológico - Um vírus RNA, o Varicella-
zoster, da família Herpetoviridae.
 Reservatório - O homem.
 Modo de transmissão - Pessoa a pessoa, pelo
contato direto ou por secreções respiratórias
(disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e,
raramente, através de contato com lesões. Também
pode ser transmitida indiretamente, por objetos
contaminados com secreções de vesículas e
membranas mucosas de pacientes infectados.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Período de incubação - Entre 14 a 16 dias,
podendo variar entre 10 a 20 dias após o contato.
Pode ser mais curto em pacientes imunodeprimidos
e mais longo após imunização passiva.
 Período de transmissibilidade - Varia de 1 a 2
dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento
do primeiro grupo de vesículas.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Complicações –
 Infecção bacteriana secundária de pele: impetigo, absesso,
celulite, erisipela, causada por S. aureus, Streptococcus
pyogenes, que podem levar a quadros sistêmicos de sepse,
com artrite, pneumonia, endocardite; encefalite ou
meningite e glomerulonefrite.
 Pode ocorrer síndrome de Reye, caracterizado por quadro
neurológico de rápida progressão e disfunção hepática,
associado ao uso de ácido acetilsalicílico, principalmente
em crianças.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Infecção fetal, durante a gestação, pode levar à embriopatia, com
síndrome da Varicela congênita (Varicela neonatal que se expressa
por meio de um ou mais dos seguintes sintomas: microoftalmia,
catarata, atrofia óptica e do sistema nervoso central).
 Imunodeprimidos podem ter a forma de Varicela disseminada,
Varicela hemorrágica. A nevralgia pós-herpética é definida como
dor persistente por 4 a 6 semanas após a erupção cutânea. Sua
incidência é claramente associada à idade, atingindo cerca de 40%
dos indivíduos acima de 50 anos. É mais frequente em mulheres e
após comprometimento do trigêmeo.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Diagnóstico - Principalmente, clínico-epidemiológico.
 Diagnóstico laboratorial - Os exames laboratoriais não são
utilizados para confirmação ou descarte dos casos de Varicela, exceto
quando é necessário fazer o diagnóstico diferencial em casos graves. O
vírus pode ser isolado das lesões vesiculares durante os primeiros 3 a 4
dias de erupção. A identificação do VVZ pode ser feita pelo teste direto
de anticorpo fluorescente ou por cultura em tecido, por meio de efeito
citopático específico, porém esse método é de alto custo e sua
disponibilidade é limitada. O PCR é considerado o padrão ouro para
diagnóstico de infecção pelo VVZ.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
Diagnóstico diferencial –
 Varíola (erradicada);
 coxsackioses;
 infecções cutâneas;
 dermatite herpetiforme de During Brocq;
 impetigo;
 erupção variceliforme de Kaposi;
 riquetsioses, entre outras.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
Tratamento
 Sintomático:
-Antihistamínicos sistêmicos, para atenuar o prurido,
-Banhos de permanganato de potássio, na diluição de
1:40.000.
-Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de
antibióticos sistêmicos.
-Varicela em crianças é uma doença benigna, que em
geral não necessita de tratamento específico.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Tópico
-Compressas de permanganato de potássio (1:40.000)
e água boricada a 2%, várias vezes ao dia.
- Deve-se ter o cuidado de proteger os olhos quando da
aplicação do permanganato.
ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS
 Especifico-antivirais
-Crianças: quando indicado, 20mg/kg/dose, VO, 4
vezes ao dia, dose máxima 800mg/dia, durante 5 dias.
- Adultos: (altas doses) - 800mg, VO, 5 vezes ao dia,
durante 7 dias. Só tem efetividade quando iniciado nas
primeiras 24 horas da doença, ficando a indicação a
critério médico.
OBRIGADA!
Referencia
● Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primaria em Saúde.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/doencas-diarreicas-
agudas/doencas-infecciosas-e-parasitarias_-guia-de-
bolso.pdf/view.Acesso em: 29/10/2022.

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  • 2. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto maculo-papular e distribuição centrípeta que, após algumas horas, adquire aspecto vesicular, evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias.
  • 3. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Podem ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos. A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas, que se apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas de prurido. Em crianças, geralmente, a doença é benigna e auto-limitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante.
  • 4. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Sinonímia - Catapora.  Agente etiológico - Um vírus RNA, o Varicella- zoster, da família Herpetoviridae.  Reservatório - O homem.  Modo de transmissão - Pessoa a pessoa, pelo contato direto ou por secreções respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de contato com lesões. Também pode ser transmitida indiretamente, por objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.
  • 5. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Período de incubação - Entre 14 a 16 dias, podendo variar entre 10 a 20 dias após o contato. Pode ser mais curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo após imunização passiva.  Período de transmissibilidade - Varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de vesículas.
  • 6. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Complicações –  Infecção bacteriana secundária de pele: impetigo, absesso, celulite, erisipela, causada por S. aureus, Streptococcus pyogenes, que podem levar a quadros sistêmicos de sepse, com artrite, pneumonia, endocardite; encefalite ou meningite e glomerulonefrite.  Pode ocorrer síndrome de Reye, caracterizado por quadro neurológico de rápida progressão e disfunção hepática, associado ao uso de ácido acetilsalicílico, principalmente em crianças.
  • 7. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Infecção fetal, durante a gestação, pode levar à embriopatia, com síndrome da Varicela congênita (Varicela neonatal que se expressa por meio de um ou mais dos seguintes sintomas: microoftalmia, catarata, atrofia óptica e do sistema nervoso central).  Imunodeprimidos podem ter a forma de Varicela disseminada, Varicela hemorrágica. A nevralgia pós-herpética é definida como dor persistente por 4 a 6 semanas após a erupção cutânea. Sua incidência é claramente associada à idade, atingindo cerca de 40% dos indivíduos acima de 50 anos. É mais frequente em mulheres e após comprometimento do trigêmeo.
  • 8. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Diagnóstico - Principalmente, clínico-epidemiológico.  Diagnóstico laboratorial - Os exames laboratoriais não são utilizados para confirmação ou descarte dos casos de Varicela, exceto quando é necessário fazer o diagnóstico diferencial em casos graves. O vírus pode ser isolado das lesões vesiculares durante os primeiros 3 a 4 dias de erupção. A identificação do VVZ pode ser feita pelo teste direto de anticorpo fluorescente ou por cultura em tecido, por meio de efeito citopático específico, porém esse método é de alto custo e sua disponibilidade é limitada. O PCR é considerado o padrão ouro para diagnóstico de infecção pelo VVZ.
  • 9. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS Diagnóstico diferencial –  Varíola (erradicada);  coxsackioses;  infecções cutâneas;  dermatite herpetiforme de During Brocq;  impetigo;  erupção variceliforme de Kaposi;  riquetsioses, entre outras.
  • 10. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS Tratamento  Sintomático: -Antihistamínicos sistêmicos, para atenuar o prurido, -Banhos de permanganato de potássio, na diluição de 1:40.000. -Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de antibióticos sistêmicos. -Varicela em crianças é uma doença benigna, que em geral não necessita de tratamento específico.
  • 11. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Tópico -Compressas de permanganato de potássio (1:40.000) e água boricada a 2%, várias vezes ao dia. - Deve-se ter o cuidado de proteger os olhos quando da aplicação do permanganato.
  • 12. ASPECTOS CLINICOS EPIDEMIOLOGICOS  Especifico-antivirais -Crianças: quando indicado, 20mg/kg/dose, VO, 4 vezes ao dia, dose máxima 800mg/dia, durante 5 dias. - Adultos: (altas doses) - 800mg, VO, 5 vezes ao dia, durante 7 dias. Só tem efetividade quando iniciado nas primeiras 24 horas da doença, ficando a indicação a critério médico.
  • 14. Referencia ● Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primaria em Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de- conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/doencas-diarreicas- agudas/doencas-infecciosas-e-parasitarias_-guia-de- bolso.pdf/view.Acesso em: 29/10/2022.