EHROS TOMASINI 1
EHROS
TOMASINI
VIUVINHA
VIUVINHA2
EHROS TOMASINI 3
Viuvinha - Parte 01
Ninguém diria que ele tinha apenas trinta e cinco anos
de idade. Sua figura denotava bem mais que isso. Era
alto, de longas barbas e cabelos desgrenhados, com as rou-
pas imundas. Fedia. Poder-se-ia acreditar que sua tez era
mulata, se não estivesse tão suja. Também teria um andar
elegante, se não estivesse tão bêbado.
Era seguido a uma certa distância por um trio de
pessoas bem vestidas. Dois homens de paletós pretos e de
óculos escuros acompanhavam uma mulher loira de rosto
belíssimo, sentada numa cadeira de rodas. Era uma cadei-
ra moderna, denotando que sua proprietária tinha muito
dinheiro pra gastar. Mesmo assim, o suposto mulato cam-
baleava sem se importar com ela. Estava com sede e seguia
para o primeiro bar que encontrasse aberto naquela aveni-
da de bairro nobre do Recife.
VIUVINHA4
Ainda não eram seis da noite, mas os bares já esta-
vam cheios de fregueses naquela sexta-feira. O mulato pa-
rou na frente de um boteco e olhou em volta. Pareceu não
encontrar ninguém conhecido. Um garçom aproximou-se
dele pedindo para que saísse do estabelecimento pois não
era permitido pedintes ali. O sujeito imundo fez que não
ouviu o que o cara lhe dizia. Ia caminhar até o balcão mas
o barman colocou o pé na sua frente. O bêbado desequili-
brou-se e foi ao chão. Fez uma cara de impaciência e ten-
tou se levantar com esforço visível. Um dos homens de
paletó e óculos escuros lhe ofereceu a mão para que se
erguesse. O bêbado olhou cismado para ele. No entanto,
depois de ficar de pé ajudado pelo desconhecido, pergun-
tou o que este queria.
- É o senhor Bafo de Onça? - Perguntou o sujeito de
óculos escuros.
- Quem quer saber?
- A senhorita Bárbara Sampaio quer falar com você.
Conhece?
- A aleijada que estava com você? Nunca a vi mais
gorda.
- Venha comigo. Depois, te pagamos um trago.
- Assim é que se fala, companheiro - disse o sujeito
imundo, abrindo um sorriso franco.
Pouco depois, estava diante da jovem loira de rosto
belíssimo que esperava a uma certa distância do bar. Tom-
bou e por pouco não caiu por cima dela. Foi empurrado
com violência pelo outro cara de óculos que estava perto
da moça. Caiu sentado no chão. O sujeito que o levou até
ali ofereceu-lhe novamente a mão para que se levantasse.
Dessa vez, não foi preciso. Com incrível agilidade, o mula-
to projetou as pernas para a frente e ficou rapidamente em
pé. Ato contínuo, deu um murro no que o tinha empurra-
EHROS TOMASINI 5
do tão forte que o cara foi projetado a uns três metros de
distância e não mais se levantou. O casal pareceu não dar
nenhuma atenção ao fato. O mulato imundo perguntou:
- Vão dizer o que querem comigo? Estou com uma
sede do caralho.
- Comporte-se diante da senhorita, por favor - disse
o segurança que o tinha buscado no bar.
- Vai te foder, empacotado. Não gosto de gente da
laia de vocês. Fedem a problema.
- E você fede a sujeira. Por isso, vou dizer a que vie-
mos, de modo a me afastar de você o mais rápido possível
- disse a jovem, pondo a mão no nariz.
- Então, desembucha.
- Sabe ler? - Perguntou ela.
- Claro.
O sujeito de óculos escuros meteu a mão dentro do
bolso do paletó. O mulato ficou tenso, preparado para re-
agir se ele puxasse dali alguma arma. Mas o cara só tirou
um cartão de lá. Entregou-o ao mendigo. A mulher voltou
a falar:
- Tome um banho, ajeite-se e me procure neste ende-
reço. Tem dinheiro para comprar umas roupas decentes?
- Claro que não.
- Rogério, dê-lhe algum dinheiro. - Ordenou a loira.
O cara cochichou algo ao ouvido dela. Ela perguntou
pro mulato:
- Promete não usar o dinheiro para se embriagar?
- Não garanto. Mas prometo fazer todo o possível.
Porém, quero saber logo o que querem de mim. - Disse o
sujeito, contando o dinheiro recebido. Tinha mais de 300
reais ali.
- Queremos que mate alguém - disse sem nenhum
constrangimento a jovem paraplégica.
VIUVINHA6
O mulato esteve olhando fixamente para ela. A loira
não desviou o olhar. Ao cabo de alguns segundos, ele de-
volveu o dinheiro ao cara de óculos, tirando do maço de
cédulas uma nota de cinquenta reais. Disse:
- Estou fora. Obrigado pela grana. Te devolvo depois.
Dito isso, o sujeito botou a nota no bolso da camisa,
deu as costas ao casal e voltou para o bar. A paraplégica
viu quando ele se aproximou do garçom e mostrou-lhe a
nota. O cara o mandou se sentar numa cadeira afastada da
clientela. Ele fez o que o garçom pediu. Logo, recebia uma
cerveja geladíssima. A loira falou:
- Ele aceitou o serviço. Carregue teu companheiro
desacordado e vamos embora.
O mulato imundo esteve tomando duas cervejas.
Depois, remexeu os bolsos. Tirou de lá um celular. Discou
um número. Quando atenderam, ele disse simplesmente:
- Estou dentro. Mas só nos encontraremos amanhã.
Hoje, estou afim de beber - E desligou o aparelho.
Após alguns minutos, acionou de novo o celular e
fez nova ligação. Esteve falando com alguém. Desligou e
pediu mais uma cerveja. Cerca de vinte minutos depois,
acercou-se dele uma morena tão imunda quanto ele. O
mulato entregou-lhe a nota de cinquenta reais. Ela o bei-
jou no rosto e foi-se embora. Quando ela desapareceu de
vistas, ele pediu a conta ao garçom que havia colocado o
pé para ele cair. No entanto, assim que o cara foi buscar a
“dolorosa”, ele levantou-se e foi embora sem pagar.
No outro dia, antes das dez da manhã, a loira pa-
raplégica recebeu a visita de um mulato bonitão e bem
vestido, cheirando a perfume Azzaro. Tinha o cabelo bem
EHROS TOMASINI 7
cortado e estava sem nenhum vestígio de barba. O cara
tinha um charme natural e caminhava de forma felina. Es-
tava tão limpo e bem vestido que ninguém o reconheceria
como o sujeito bêbado e imundo do dia anterior. A jovem
loira o esperava no terraço de uma enorme mansão em
Boa Viagem, bairro nobre do Recife. Estava ladeada dos
dois guarda-costas de paletós negros e de óculos escuros.
Um deles tinha o rosto inchado. Disse para o mulato, se
armando para briga:
- Ontem você me pegou de surpresa, cão rabugento.
Quero ver se consegue me vencer de novo.
Mais uma vez o mulato agiu de forma rápida e sur-
preendente. Bloqueou o murro que o outro soltou em di-
reção ao seu rosto e, em seguida, torceu o braço do sujeito
e lhe deu um único golpe violento acima do cotovelo. Por
pouco o osso não pulou fora do paletó. Antes que o sujeito
gritasse de dor mais de uma vez, o mulato aplicou-lhe um
murro de lado do rosto que lhe destroçou a mandíbula.
O segurança caiu no chão, desacordado. Mais uma vez, o
casal não interveio. O mulato postou-se diante da mulher
na cadeira de rodas. Abriu as pernas e cruzou os braços
como se estivesse à espera de alguma reação dela. A jovem
apenas disse:
- Deixe-nos a sós, Rogério.
- Eu devo, senhora? - Perguntou o segurança moreno
e de corpo tão atlético quanto o do mulato.
- Deve, sim. Não se preocupe, ele não me fará mal.
- Respondeu ela - Você pode folgar o resto do dia. Antes,
porém, livre-se desse imbecil de braço quebrado e mandí-
bula destroçada.
- Obrigado, senhora. Eu o levarei a um hospital.
O segurança jogou o companheiro desacordado so-
bre o ombro e caminhou até um Palio estacionado perto.
VIUVINHA8
Depositou o cara no banco traseiro, entrou pela porta da
frente e deu partida no veículo. Logo, desaparecia além
dos portões da residência. A loira levantou-se da cadei-
ra de rodas e abraçou-se ao mulato. Em seguida, beijou-o
longamente nos lábios. Ele retribuiu o beijo com fervor.
Quando se separaram, ele perguntou:
- Faz quanto tempo que voltou a andar?
- Menos de uma semana, amor. Mas estava em São
Paulo, em tratamento. Só retornei para cá ontem. Está em
alguma missão?
- Sim, mas posso dar um tempo, se você tiver algo
mais importante.
- Tenho, sim. Quero dar uma foda daquelas que me
deixam satisfeita por dias. Só depois, conversaremos sobre
trabalho. Vamos entrar?
Nem bem entraram na sala luxuosa da mansão, ela
tirou toda a roupa rapidamente. Já estava sem calcinha.
Disse para ele:
- Sem preliminares. Você já sabe do que eu gosto.
Ele puxou uma cadeira da grande mesa que havia no
recinto e fez com que ela se sentasse. Em seguida, abriu o
fecho da calça e ela fez o resto: retirou da cueca o enorme
caralho dele e o levou à boca. Apesar de dizer que esta-
va louca para foder, ela não teve pressa: mamou o cacete
dele demoradamente, até que este ficou todo lambuzado
de saliva. Então, levantou-se da cadeira e segurou-se no
encosto desta com as duas mãos, apoiando o pé no assento
e ficando de costas para ele. O mulato parafusou o caralho
entre as pregas dela e empurrou com firmeza. Ela gemeu
de dor e prazer. Disse:
- Ai, parece que ele está maior e mais grosso, amor.
Mas não precisa me poupar da dor. Mete no meu rabo sem
pena, mete...
EHROS TOMASINI 9
Quando ele fincou a pica até o talo, ela começou a
movimentar o bumbum de forma frenética. Ele acompa-
nhou seu ritmo com movimentos de quadris, socando em
seu rabo com ligeireza. Não demorou a ela abrir muito a
boca e entrar em frenesi. Estava gozando pelo cu, como
sempre acontecia quando transava com ele. A loira agar-
rou-se mais ao encosto da cadeira e empinou a bunda. Ge-
mia:
- Vai... soca no meu cu... arromba ele com força... faz
um bebezinho de merda, seu escroto.
Ele aumentou o ritmo do coito. Ela gemeu mais alto.
Reclamou:
- Ainda estou fraca das pernas... Vou baixa-la...
Quando fez isso, ele a abraçou pela cintura, por
trás. Ela fechou bem as pernas e continuou os movimen-
tos de cópula, agarrada com uma das mãos na nuca dele.
Ele também movimentava os quadris, querendo enraba-la
cada vez mais profundo. Num dado momento, ela voltou
a se sentar na cadeira. Ficou lambendo o pau dele do talo
até a glande. A cada passada de língua na total extensão do
caralho grande dele, o mulato estremecia de prazer. De-
pois, ela ficou movimentando o punho com os dedos em
forma de anel, girando a mão enquanto chupava a glande.
Quando ele não esperava, ela correu até a mesa da sala e
deitou-se sobre o seu tampo de costas. Levantou as pernas
e as abraçou por trás dos joelhos, expondo o cu para ele.
O mulato, mais uma vez, parafusou a pica em suas pregas,
antes de enraba-la. Com um braço, ela abraçava as duas
pernas suspensas e dobradas. Com a outra mão, abria mais
a bunda. O cu exposto foi fodido magistralmente e ela
urrava de prazer. Finalmente, ele também urrou:
- Vou gozar, porra... vou gozar...
VIUVINHA10
Ela levantou-se rapidamente da mesa e se ajoelhou
entre as pernas dele. Implorou:
- Me dá todo o teu gozo. Lança o leitinho na minha
cara...
A gozada que ele deu em seu rosto foi cavalar e de-
morada. Ela se lambuzou toda de esperma. Depois, sugou
a pica com os lábios, até não restar nem um pingo de gala
nela.
FIM DA PRIMEIRA PARTE
EHROS TOMASINI 11
Viuvinha - Parte 02
Agora estavam deitados numa cama grande e confortável.
Ela apoiava a cabeça no peito dele. Ele fumava um cigar-
ro. Depois das últimas baforadas, o mulato apagou o bran-
quinho num cinzeiro que estava no chão. Só então, falou:
- Qual é a bronca, Viúva?
- Não me chame de Viúva. Sabe que eu não gosto.
- Também não gosto de ser chamado de Bafo de Onça
e você amestrou teus cães a me chamarem assim. Por falar
nisso, quem são eles?
- O que você mandou para o hospital é tão burro que
eu até lhe esqueci o nome. O outro, mais inteligente, chama-
-se Rogério. Ambos foram indicados pela Agência para me
assessorar. Mas são incapazes de cumprir a missão que quero
dar pra você.
- Que seria?...
- Matar meu noivo.
VIUVINHA12
O mulato esteve espantado por alguns segundos. De-
pois, disse:
- Puta merda. Você sabe que não posso fazer isso. A
Polícia iria logo desconfiar de mim. O cara é meu rival, gata.
E todo mundo sabe disso.
- Foi ele quem me deixou paraplégica, amor.
- É, ouvi dizer... só que nunca acreditei nisso. Você sabe
lutar Karatê e Kung Fu muito bem. Se brincar, até ganha pra
mim. Então, ele não conseguiria te machucar.
- É verdade. Por isso, pagou quatro asseclas dele para
me quebrarem de pau e me estuprarem. Os caras eram bons
de briga. Me venceram, quando cansei. Depois, fui currada
por eles. Fiquei uma semana de buceta e cu ardidos.
Ele esteve pensativo, depois argumentou;
- Por que não os denuncia à Polícia? Dessa forma, seria
mais rápido pegá-los.
- A Agência não quer que eu a exponha e é o que acon-
teceria se a Polícia entrasse na história. No entanto, me de-
ram carta branca para eu me vingar. Contanto que eu usasse
os dois paletós-pretos que me ofereceram. Eles limpariam
a minha bagunça, se fosse preciso, entende? Mas você viu
como são ineptos.
- Então, você usou o mais esquentadinho para me irri-
tar. Com ele no hospital, você pede à Agência para que seja
substituído por mim, é isso?
Ela o beijou nos lábios. Estava elogiando a sua inteli-
gência. O gesto era a confirmação das suas palavras. Mesmo
assim, ele continuou pensativo. Ela perguntou:
- Você não quer me vingar?
- Vou pensar nesse assunto com calma. Como te disse,
estou em meio a uma investigação.
- Coisa feia?
EHROS TOMASINI 13
- Aparentemente, sim. Ao ponto de um pool de farmá-
cias me contratar para descobrir se a denúncia procede.
- Quer dizer que não está trabalhando para a Agência?
- Desde que você me sacaneou, larguei deles. Não são
mais meus patrões.
- Eu não sabia. Desculpa. Por isso, esteve tão longe de
mim?
- Você estava noiva. E eu não queria me indispor mais
com a Agência.
Ela esteve calada por uns minutos, pensativa. Depois,
prometeu:
- Olha, amor. Eu sei que te sacaneei, mas estava fazen-
do o meu trabalho. Deixa eu te prometer uma coisa: se matar
meu noivo, ficaremos juntos para sempre. Prometo largar a
Agência e viver só pra você.
- Você sabe que não é tão fácil largar a Agência. Eles
fariam contigo o mesmo que quiseram fazer comigo.
- Sim, iriam tentar me matar. Mas você conseguiu de-
mover-lhes a ideia. Lembro que fiquei aflita quando passa-
ram a te perseguir. Mas você foi muito corajoso e inteligente.
Conseguiu um bom acordo.
- É, mas poderia ter sido morto.
Nisso, o telefone celular dele toca. O mulato reconhe-
ceu o zumbido, mesmo o aparelho estando a alguns metros
de distância. É que ele configurou o telefone para um toque
diferente para cada contato. Caminhou nu até a sala e pegou
o objeto. Atendeu a ligação. Disse, apenas:
- Está bem. Chego já aí pra gente conversar.
A loira belíssima apareceu nua na porta do quarto. Per-
guntou:
- Quem era, amor?
- Minha ajudante. Precisa falar comigo. Vou ao encon-
VIUVINHA14
tro dela.
- Vai me deixar por aquela fedorenta?
- Ela não fede o tempo todo. Aquilo é o disfarce que
estamos usando para a nossa investigação.
- Pois eu quase não te reconheci, de tão imundo, barbu-
do e cabeludo que estavas.
- Peruca e barba postiças. Mas a sujeira era real. Passo
dias sem me banhar, para dar mais veracidade ao disfarce.
- O que está rolando? - Perguntou ela.
Ele demorou a responder:
- Parece que estão sequestrando mendigos de Pernam-
buco para lhes drenar todo o sangue. Alguns apareceram
mortos, a maioria das vezes jogados nos rios. Dão a impres-
são de que morreram afogados, mas eu e minha parceira des-
confiamos de que os corpos inchados pela água camuflam a
falta de sangue neles.
- Puta merda. Isso é grave. Mas qual o interesse das in-
dústrias farmacêuticas nisso?
- Desconfiam que está sendo testada uma nova droga
capaz de limpar o sangue desses indivíduos, antes do líquido
vital ser coletado. Querem a fórmula, claro. Um composto
desses pode prevenir muitas doenças e isso não interessa às
indústrias farmacêuticas. Para elas, é melhor que a população
permaneça doente. É com isso que ganham dinheiro. Portan-
to, querem abortar qualquer projeto que venha de encontro
aos seus lucros. Este é o motivo pelo qual eu e minha assis-
tente estamos agindo disfarçados de mendigos.
- Você parece gostar dela, não é verdade?
- Devo a minha vida a ela. Sem a sua ajuda, eu não teria
conseguido me livrar da Agência - disse ele, já vestido e an-
dando em direção à porta - Mas deixe-me ir que parece que
minha assistente descobriu algo que requer minha presença
urgente.
EHROS TOMASINI 15
Assim que o mulato saiu, a loira recebeu um telefone-
ma. Era Rogério. Dizia-lhe que havia levado o colega de tra-
balho para uma clínica particular, mas haviam cobrado mui-
to caro. Perguntava se ela assumiria o tratamento do cara. A
jovem bonitona respondeu:
- Não vou assumir tratamento desse inútil, nem se fos-
se barato. Mate-o. Mas faça isso parecer decorrência da surra
que ele levou do mendigo.
********************************************
Pouco depois, o mulato estava sentado em um banco
de praça ao lado da morena imunda. Esta lhe informou:
- Parece que uma máfia ligada ao governador de Per-
nambuco está desviando recursos da Saúde para montar uma
rede de farmácias. Vendem remédios muito baratos porém
inócuos, como se fossem verdadeiros, à população. Com isso,
estão quebrando redes de farmácias que atuam no Estado.
Algumas já fecharam.
- Cacete! Então, teremos outro escândalo de lavagem
de dinheiro em pouco tempo, como aquele caso da transpor-
tadora que diziam pertencer ao já falecido governador que
sofreu um acidente aéreo difícil da gente engolir.
- Tomara. Se isso acontecer, eu me aposento com a gra-
na que vou ganhar do pool de farmácias. - Disse a morena.
- Continue investigando. Mas vou querer que faça uma
outra investigação paralela: preciso achar o noivo da Viúva.
A mendiga olhou para ele, espantada. Disse:
- Já não basta o que você passou por causa dela?
- O cara contratou quatro capangas para estuprá-la,
Marisa. Os sujeitos a deixaram paraplégica. Mas ela fez um
tratamento e voltou a andar, embora com alguma dificulda-
de.
- Que se foda. Não devia mais se envolver com ela. Por
VIUVINHA16
mais que você me diga que ela te fodeu a vida por estar numa
missão para a Agência, não confio nem gosto dela.
- Está com ciúmes?
- E daí, se estiver? Lembre-se que eu quase me fodo
pra salvar a tua vida. Depois disso, não quero que morra de
graça.
- Eu te serei eternamente grato. Mas sempre achei que
você você era apaixonada por mim.
- Eu fui, sim. Mas só no início. Porém, agora que conse-
guimos um bom entrosamento no nosso trabalho, dependo
de ti para me aposentar cedo.
- Está bem. Eu te pago uma grana apenas para encon-
trar os quatro caras que a estupraram. Com os testemunhos
deles, colocamos o noivo na cadeia, está bom assim?
- E o que vai fazer com os quatro caras?
- Mata-los, claro.
Ela esteve pensativa. Depois, disse:
- Eu me encarrego deles. Sem raiva dos putos, farei um
trabalho mais limpo que você. Quando eu te disser, trate de
conseguir um bom álibi.
- Ok. Agora eu vou tomar umas cervejas. Não quer me
acompanhar?
- Não posso. Tenho que ficar sóbria para o caso de de-
saparecer mais um mendigo. Mas deixe umas três long-necks
na tua geladeira. Quando eu largar, vou querer uns tragos.
- Ainda tem a chave do meu apê?
- Acha que preciso de chaves pra entrar em algum lu-
gar?
Quando ela se levantou do banco de cimento da pra-
ça e caminhou, ele ficou observando seu corpo. Ela tinha a
silhueta de uma falsa magra. Quando estava sem disfarce e
limpa, era capaz de chamar a atenção dos homens, por onde
passasse. Devia ser uns cinco anos mais velha que o mulato.
EHROS TOMASINI 17
A morena nunca falou da sua vida para ele. Mas demonstra-
va ter um ódio incontido de alguém. Era perigosíssima, pois
matava sem piedade. Lembrou-se de como a conheceu:
- Oi, pode me acender o cigarro?
Na época, ele estava embriagado, sentado a uma mesa
de bar. Tinha consciência de que tinha sido aliciado por uma
loira jovem e belíssima, que se dizia apaixonada por ele, para
matar um cara. Havia sido o primeiro trabalho do mulato
para a Agência, cujo chefe era um gorducho que pertencia à
máfia italiana. Recebera sua primeira arma do mafioso, para
assassinar um concorrente deste. Depois de matar o alvo, no
outro dia descobriu, através dos telejornais, que ele era, na
verdade, um delegado de Polícia que estava investigando os
crimes da Agência no Recife. Revoltou-se contra a Agência
e jurou denunciar seus membros à Polícia Federal. A loira o
demoveu da ideia. Pediu para fugirem juntos para algum lu-
gar distante dali. No entanto, logo na primeira noite de fuga,
ela aproveitou-se de que ele dormia após fazerem sexo e ati-
rou duas vezes contra seu peito. Por sorte, por estar chorando
e nervosa, ela errou o alvo. Só uma das balas lhe pegou de
raspão. O mulato a acertou com dois murros no estômago e
ela desmaiou. Ele, porém, não teve coragem de mata-la. Fu-
giu, deixando-a sangrando pela boca e pela vagina. Só de-
pois, descobriu que ela estava grávida do chefão mafioso e
perdera o bebê. O cara era casado, mas tinha várias amantes
além da loira. Sua esposa nunca conseguiu dar o filho que
o gorducho tanto queria. Por causa da morte do feto, o cara
passou a perseguir o mulato bonito.
Naquela noite, ele havia se decidido a não mais fugir.
Também, não queria morrer sóbrio. Bêbado, aceitaria me-
lhor a sua morte. Aí, aquela morena gostosa chegou perto
dele para que acendesse um cigarro.
- Não fumo, dona. Mas, se quiser beber, pode se sentar
VIUVINHA18
à mesa.
- Não gosto muito de cerveja. Prefiro uísque. - Disse
ela, se sentando.
- Então, peça um ao garçom. Eu pago.
Quando um jovem garçom trouxe a dose de uísque e
se afastou, o mulato sentiu uma pontada na coxa. A morena
disse:
- Eu vim te matar. A recompensa oferecida pela Agên-
cia por tua vida é muito alta. Estou com um punhal afiadís-
simo e uma pistola apontada pra ti, por baixo da mesa. Mas
não sou idiota de te matar aqui, em público. Portanto, chame
o garçom e reclame que o uísque que ele trouxe é falsificado.
Exija que ele me traga uma outra dose. Ele vai te expulsar da-
qui. Talvez até te bata. Você toma a minha pistola e atira nele.
É aí que eu vou te apunhalar, fingindo defender o garçom.
Entendeu?
- Okay. Me dê a pistola antes de eu reclamar do uísque.
Não pretendo apanhar antes de morrer, tá?
Ela lhe entregou uma pequena pistola por debaixo da
mesa. No entanto, ao invés dele chamar o garçom, o mula-
to apontou a arma para ela. Em seguida, pediu que ela lhe
entregasse o punhal. Ela levantou as duas mãos, uma com
o punhal, continuando sentada. Com um sorriso de vitória
no rosto, ele tomou a lâmina que ela levantou ao se render.
Muita gente no bar viu a cena e saiu correndo dali, prevendo
a confusão. Ele, acreditando que ela estava desarmada, ficou
lhe apontando a pistola e esperando que os fregueses saíssem
do bar. Levou uma furada no estômago. Ela tinha outro pu-
nhal que saía do bico do sapato que usava. Bastou um pon-
tapé por baixo da mesa para acertá-lo em cheio na barriga.
Em seguida, desarmou-o do punhal que ele lhe tomara. Acer-
tou-o mais duas vezes nos braços, sem se preocupar com a
pistola. Ele apertou o gatilho. Não saiu nenhum disparo. Só
EHROS TOMASINI 19
então, o mulato percebeu que era uma arma de brinquedo.
Jogou-a nela. Ela parou de apunhala-lo para se desviar do
objeto arremessado. Levou um murro na testa que lhe proje-
tou para trás.
Mesmo ferido, o mulato agachou-se perto dela e reco-
lheu o punhal. Tirou também seus dois sapatos, alijando-a
das lâminas neles. Alguns fregueses que não conseguiram se
evadir acreditavam que o cara iria feri-la com o punhal ou
atirar nela, sem saberem que a arma era de brinquedo. Ao in-
vés disso, ele chamou o garçom. Quando o cara se aproximou
temeroso, ele pediu:
- Chame uma ambulância para mim e para ela, por fa-
vor.
- O que foi isso que vimos aqui, senhor?
- Ela é minha namorada. E é muito ciumenta. Desco-
briu que tenho outra e resolveu me dar uma lição. - Mentiu
ele - Mas nós nos amamos. Tudo ficará bem...
Uma voz interrompeu as lembranças do mulato. Era a
morena imunda que havia voltado. Repetiu para ele:
- Pode me acender o cigarro? Desisti de voltar ao traba-
lho, por hoje. Vamos para a tua casa?
Ele comprou uma caixa de cervejas geladas e levaram
para o apê. O mulato deitou-se totalmente despido na cama e
ficou esperando que ela se banhasse. Mas a morena demorou
muito a tirar a sujeira do corpo. Quando voltou para perto
dele, descobriu que dormira. Ficou frustrada. Mesmo assim,
subiu na cama e manuseou o enorme cacete do cara. O pau
ficou rijo quase no mesmo instante. Ela o chupou com leveza,
para não acordá-lo. De vez em quando ele gemia ou se movia,
mas não abria os olhos. Ela continuou a chupada. Também
passou a masturba-lo suavemente, enquanto tinha seu cara-
lho na boca. Sentiu o membro inchar. Apressou a chupada
VIUVINHA20
e a punheta. O mulato gemeu mais alto. Quando ele abriu
os olhos surpreso, não conseguiu conter a ejaculação. Gozou
bem muito na boca dela.
FIM DA SEGUNDA PARTE
EHROS TOMASINI 21
Ela fumava, deitada na cama. Parecia pensativa. O mulato
também fumava, olhando para ela. A morena perguntou:
- O que foi?
- Acho você muito bonita.
- Obrigada.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- Esta deve ter sido a quinta ou sexta vez que transa-
mos. No entanto, você me faz gozar e nunca permite que eu
te devolva o carinho. Por quê?
- Quer mesmo saber?
- Sim, claro.
- Eu sou aidética. Descobri isso há alguns meses. Nun-
ca se perguntou o porquê de eu sempre me meter em encren-
cas?
- Sim, mas você sempre fugiu das minhas perguntas.
Por que está me dizendo que é aidética agora?
- Você não poderia fazer nada por mim.
VIUVINHA22
- Poderia, sim. Te pagaria um tratamento mais eficaz,
sei lá...
- Não gosto que tenham pena de mim. Eu mesma pago
meu tratamento. Entrei nessa nova investigação porque a
grana é alta. Será meu último trabalho. Depois, passarei o
resto dos meus dias viajando, conhecendo o mundo.
- Eu sinto muito, Marisa. Nem de longe eu desconfiava.
Mas gostaria de fazer algo por ti.
- Você já fez. Obrigada.
- O que eu fiz?
- Nada. E esse papo já está ficando chato. Vou-me em-
bora.
- Okay. Não vou insistir para que você fique pois sei
que seria inútil. Mas um dia gostaria de saber o que te levou
a entrar nessa vida perigosa.
- Não. Você não gostaria. - Disse ela, jogando o toco de
cigarro fora e se levantando nua da cama.
A morena foi ao banheiro e tomou um demorado ba-
nho. Gritou de lá:
- Amanhã, vou tirar o dia de folga. Você deveria fazer
isso, também.
- Seria suspeito nós dois desaparecermos das ruas ao
mesmo tempo. Tire sua folga. Eu continuo de olho nos men-
digos.
Depois que ela saiu, ele deu um tempo fumando mais
um cigarro. Continuou recordando como a conheceu.
Quando a morena acordou, ele estava sentado numa
cadeira ao lado da sua cama. Ela percebeu suas ataduras no
braço e na barriga. Depois viu que ela mesma recebia uma
bolsa de sangue nas veias. Perguntou para ele:
- Por que me socorreu? Eu tentei te matar.
- É, mas eu simpatizei contigo. Não parece uma assas-
EHROS TOMASINI 23
sina a soldo. Foi atrás de mim por estar precisando de grana?
- E se foi por isso?
- Quanto te ofereceram pela minha morte?
- Isso não te interessa.
- Claro que sim! Ademais, posso cobrir a oferta. Pago-
-te em dobro se me ajudar a acabar com a vida do mafioso
que anda querendo me foder.
Ela esteve um tempo calada, antes de dizer:
- Feito. Mas nada de mata-lo. Daremos uma lição a ele
que o faça desistir de te pegar. Eu já tenho um plano. Só falto
amadurecer a ideia.
A ideia era simples: depois que saíssem do hospital, ela
telefonaria para o chefão da máfia italiana que agia no Recife
dizendo ter pego o mulato. A morena sabia que o cara gor-
do iria querer matar pessoalmente o sujeito. Com certeza, o
mafioso levaria os seus capangas para a armadilha armada
por ela que intencionava matar todos. Enquanto isso, para
dar-lhe vantagem, o mulato, agora seu aliado, faria a esposa
do cara de refém.
Mais uma vez as lembranças do mulato foram inter-
rompidas. Alguém batia à sua porta. Ele nem se vestiu: cor-
reu até onde estava pendurada sua pistola e foi até a porta.
Visualizou, através do olho-mágico, um rosto conhecido. Nu,
abriu a porta de arma na mão. O visitante se espantou mais
com o tamanho do seu caralho do que com a arma que lhe
era apontada. O mulato perguntou:
- Como me encontrou?
- A agência sempre soube do teu endereço. Estou pre-
cisando da tua ajuda.
- Para quê?
- Estou com meu amigo aí no carro, o que você mas-
sacrou. Nem a Agência, nem minha patroa loira quer cuidar
VIUVINHA24
dele. Não posso leva-lo para um hospital comum, pois seria
pego pela Polícia, e não tenho grana para pagar-lhes um tra-
tamento particular...
- E o que quer que eu faça?
- Primeiro, feche a porta. Segundo, vá vestir-se pois eu
estou incomodado com esse cacete enorme à vista. Por últi-
mo, que pague um tratamento para meu amigo.
- Puta que o pariu! O cara tentou me foder. Aí, você
quer que eu gaste com ele? - Irritou-se o mulato, puxando o
cara para dentro do apê e fechando a porta.
- Por favor. Ele é meio bronco, mas é o meu melhor
amigo.
- Não parece. Você deixou que eu o massacrasse sem
intervir.
- Eu errei. Pensei que ele te venceria fácil. E eu sou leal.
Não seria justo lutar contigo quando ele já fazia isso. Seria-
mos dois contra um.
- Pois eu teria ajudado um amigo, se este estivesse em
apuros. Mas de quanto você precisa para leva-lo a uma clíni-
ca particular?
Pouco depois, o mulato assinava um cheque para o la-
caio da loira. O sujeito agradeceu. Afirmou que poderia con-
tar consigo, se fosse preciso.
- Me ajudaria, mesmo ficando contra a Agência?
- Depende do tipo de ajuda que precisasse. Eu não fi-
caria contra a Agência por hipótese nenhuma. Não quero
morrer.
- Quem te deu meu endereço?
O cara de paletó negro demorou a responder:
- Dona Giselda. Ela me disse que o marido jamais pa-
garia um tratamento para um cara que falhasse numa missão
tão simples. Mas pediu que eu te procurasse.
- Pensei que ela tivesse ódio de mim.
EHROS TOMASINI 25
- Eu sei que você a manteve refém, há alguns anos atrás.
Ela também te mandou um recado: quer que você volte a tra-
balhar para a Agência.
- Sem chances.
- Fale, ao menos, com ela.
- O gorducho não deixaria que eu me aproximasse dela
novamente.
- Eu posso arranjar um encontro entre vocês.
- Peraí, cara... qual o teu interesse nisso?
Mais uma vez o cara demorou a responder:
- Ela me pediu que eu te dissesse isso: corre um zum-
-zum-zum que o marido está muito doente. Na verdade,
nunca mais o vimos. Ela pode ter planos pra tu, cara.
- Não me interessa mais trabalhar para a Agência, repi-
to. Mas posso ouvir a proposta que ela quer me fazer. Marque
com ela. Eu irei. Mas se for alguma armadilha, você e ela vão
me pagar caro.
- Ela está no carro. Tinha certeza de que você iria topar
o encontro. Posso pedir para que venha até aqui?
Pouco depois, o cara de preto e óculos escuros volta-
va ao apartamento com uma mulher. Dona Giselda era uma
coroa bonita e gostosona, de pele clara. Vestia-se muito bem,
sem parecer uma perua. Ela disse ao lacaio do marido:
- Vá levar seu amigo à clínica. Quero falar a sós com
ele.
- Mas senhora... Não acho que devo. Não posso deixa-
-la sozinha com ele.
- Isso é uma ordem. Na ausência do meu marido, man-
do eu. Depois, te ligo para que você venha me buscar aqui.
- Sim, senhora.
Quando o sujeito saiu, a mulher olhou fixamente para
o mulato. Inesperadamente, aproximou-se dele e lhe deu um
VIUVINHA26
longo beijo na boca. O mulato não reagiu, de tão espantado
que estava. Quando ela descolou, ele perguntou:
- O que significa isso?
Ela recuperou o fôlego antes de dizer:
- Desde que me manteve tua refém que eu pensei em
fazer isso. Ninguém nunca enfrentou o meu marido. Depois
daquele dia, por várias vezes ele tentou se vingar de você, mas
eu o demovi da ideia. Queria te preservar para ser meu sócio.
- Sócio em quê?
- Posso me sentar?
- Oh, claro. Perdão pela minha falta de educação.
Depois de se sentar graciosamente, a coroa disse:
- Meu marido está morrendo. Preciso de alguém forte
perto de mim senão perderei o domínio da Agência para os
rivais dele. Quero fazer um acordo contigo: você mata meu
marido e fingimos ser amantes. A máfia italiana te respeita.
Sabendo que você assumiu a Agência, não irão mexer conti-
go.
- Acabei de dizer pro teu lacaio que a Agência não me
interessa.
- E eu, não te interesso?
- Não duvide que sim. Mas o preço a pagar para estar
contigo é muito alto. Mesmo que a máfia me respeite, a Polí-
cia irá investigar. Lembre-se que matei um delegado.
- Meu marido já molhou a mão de alguns policiais cor-
ruptos, inclusive da polícia federal. Não irão te incomodar.
- Com a morte do teu marido, as coisas mudarão. Vão
querer fazer novos acordos. Podem fazer chantagens. Se não
cedermos, podem levar as investigações adiante.
- Você pensa em tudo. É o substituto perfeito para o
meu marido. Não vai querer avaliar a mercadoria?
Pouco depois, ela tinha o enorme caralho dele na boca.
EHROS TOMASINI 27
Estavam disposto num sessenta e nove e ele se posicionou
por cima. Ela chupava o seu pênis com gula enquanto ele
lambia a sua xoxota. Quando percebeu que a coroa estava
doida por rola, o mulato, ao invés de ceder-lhe, enfiou um
dedo no cuzinho dela. Ela foi à loucura e explodiu em gozo
na sua boca. Ele não parou de mexer o dedo dentro do anel
dela. Enfiou mais um dedo, depois outro no ânus da bran-
quela. Ela chorava:
- Ai, gostoso. Que foda da porra. Vou morrer de tanto
gozar. Fode minha tabaca, agora...
Ele saiu de cima dela e a virou de costas para si. Quan-
do ela percebeu as suas intenções, gemeu:
- Não. Por aí, não. Não sou acostumada. Sempre neguei
isso ao meu marido...
- Mas eu vou querer o anal todas as vezes que foder-
mos. Senão, não haverá acordo. É pegar ou largar.
- Ai, estou gozando antes mesmo de você meter no
meu cuzinho. Então, eu pego! Eu pego! Mas vá com calma...
Ele não teve calma. Apenas salivou a pica e parafusou
o trambolho no cu dela. Ela gritou de dor. Ele nem ligou. Na
verdade, queria que ela desistisse de ficar consigo. No entan-
to, ela movimentou o corpo e dobrou as pernas. Empinou
mais a bunda formosa, ficando na posição galetinho. Com as
duas mãos, arreganhou as próprias nádegas. A coroa estava
gostando!
O mulato não mais pensou em lhe infringir dor. Apon-
tou novamente a glande e foi enfiando devagar. Ela gemeu
arrastado e ele podia jurar que sentiu as pregas dela se rom-
pendo. Ela levou a mão à racha e começou a se masturbar
enquanto tomava no cu. Gozou mais de uma vez, lançando
esperma na cama. Ele apressou as fincadas. Ela se mijou toda,
gritando alto:
VIUVINHA28
- Ahhhhhhhhhhhhh, caralho... Me fode toda... Arrom-
ba meu rabo, vai... Eu... Adoreeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiii...
FIM DA TERCEIRA PARTE
EHROS TOMASINI 29
Viuvinha - Parte 04
A coroa Giselda estava se vestindo quando perguntou:
- E então, temos um acordo?
- Tenho que falar com a minha parceira, primeiro. Es-
tamos no meio de uma investigação.
- Ainda está com a morena Marisa? É ela a tua parceira?
- Sim, por quê?
- Nada. Achei que não estavam mais juntos. Ela te falou
que tem AIDS?
- Você já sabia disso?
- Sim. Sabia. Mas achei que ela já era rica o bastante
para querer estar nessa vida perigosa.
- Rica? Como assim?
- Ela nunca te contou?
- Contar o quê?
- Nada não. Se ela não te contou, não sou eu que irei
dizer alguma coisa. A menos que você aceite o que te propus.
VIUVINHA30
- Eu posso perguntar pra ela do que você está falando.
Ou perguntar à Bárbara. Ela também quer me contratar para
matar o noivo.
- Viuvinha quer te contratar? Para matar o noivo? Não
caia na onda daquela catraia.
- Por que não?
- Você sabe por que a chamam de Viúva?
- Tenho um palpite. Mas nunca procurei saber com
certeza.
- Meu marido a usava para sexo e para ganhar a con-
fiança de homens casados. Ela tem um corpo irresistível e um
charme especial. Logo, os homens ficavam loucos por aquela
puta. Ela fazia eles deixarem as esposas para se casarem com
ela. Meu marido os matava e ela recebia uma enorme quantia
em dinheiro do seguro que eles faziam em nome dela.
- Ouvi histórias a esse respeito.
- Ela já estava podre de rica quando se apaixonou por
ti, um pobretão. Meu marido quis afasta-la de você, mas ela
disse que te amava. Meu esposo pediu que ela fizesse um úl-
timo trabalho: seduzir o delegado de Polícia. Ele ficou doido
por ela, mas foi quando descobriu que tinha AIDS. Por sorte,
ela não havia tido relações sexuais com ele. O delegado já sa-
bia que estava doente e evitou isso. Ele sabia que iria morrer
logo. Então, aceitou o seguro que meu marido lhe ofereceu. O
sujeito não tinha coragem de dizer à esposa que tinha AIDS
mas queria deixar uma grana preta para ela, quando morres-
se.
- Como a Viúva entra nessa história?
- O delegado não queria definhar até a morte. E, para a
esposa ganhar o seguro, ele tinha que morrer de morte ma-
tada, entende?
- Ainda não.
- Entende, sim. A Viúva ficou encarregada de mata-lo.
Mas não teve coragem. Te contratou. Pagou um terço do que
ia ganhar para você fazer o serviço que cabia a ela. Ficou com
EHROS TOMASINI 31
a maior parte da grana oferecida por meu marido. Aí, você
fez a merda de dizer que iria denunciar tudo à Polícia. Meu
marido a culpou de te ter trazido para a Agência. Ela quis
sair. Ele não deixou. Foi quando eu descobri que ela estava
grávida do meu marido. E que você havia matado a criança
com socos na barriga dela.
- Disso, eu já sei. O que aconteceu depois?
- Meu marido quis te matar usando a desculpa de você
ter ameaçado alcaguetar a Agência. Mas o verdadeiro motivo
era que ele queria aquele filho dela e você a fez abortar.
- Tem lógica no que você me diz. Mas por quê eu não
posso confiar nela?
A coroa esteve calada por alguns segundos. Depois,
continuou:
- Para afasta-la do meu marido, exigi que ela se casasse
com um sobrinho meu. Senão, eu a mataria. Meu sobrinho
é boiola, não gosta nem um pouco de mulher. Foi a minha
forma de castiga-la. Ele, no entanto, ficou noivo de Bárbara
só porque eu pedi. Ele me devia um favor. Ela não tolerava
ele. Botou-lhe um monte de chifres, já que ele não fodia com
ela. Aí, aquela puta engravidou. Desconfiamos que pagou a
quatro caras para estuprá-la, querendo esconder a paterni-
dade do bebê. Meu sobrinho sabe que o filho não é dele. Ela,
no entanto, afirma que sim. Aí, meu sobrinho pediu que eu a
matasse. Ela soube dessa ordem e quer mata-lo antes, já que
não consegue chegar até mim. Você consegue entender?
- Sim, claro. Mas não acredito no que está me dizendo.
Ela esteve um tempo paralítica, porra.
- Coisa nenhuma! Ela está investindo numa parceria
com uma indústria de fabricação de cadeiras de rodas super-
modernas. Ela fingiu estar paraplégica para testar o produ-
to mais abertamente. Investigue e verá que eu tenho razão.
- Disse ela, terminando de se vestir.
VIUVINHA32
A coroa retocava o batom diante do espelho. Quando
terminou, disse para o mulato:
- Vou ligar para Rogério para ele vir me buscar. Pense
no que eu te disse. Continuo quererndo você ao meu lado,
mesmo que não sejamos amantes. Mas teremos que fingir
isso, ok?
- Qual a função de Rogério junto à Viuvinha?
- Vigia-la pra mim. Se ela chegar perto do meu sobri-
nho, pedi que ele a matasse. Não esperava que ela te pedisse
ajuda.
- Se sabe que ela é tão nociva, por que a mantém viva?
- Eu ia usa-la para matar meu marido. Mas ela parece
gostar mesmo dele. Então, vou usa-la como bode expiatório.
Você mata meu esposo e eu juro de pés juntos para a Polícia
que foi ela. - Disse a coroa, fazendo uma ligação. Pouco de-
pois, Rogério aparecia na porta. Ela se despediu do mulato
com um aperto de mão e pediu que o cara de paletó preto a
levasse embora.
Quando ela saiu, deixou o mulato pensativo. Tudo o
que ela dizia tinha lógica. Mas a história do delegado o tinha
deixado encucado. Pensou em ligar para Marisa, para falar
sobre isso, mas tinha certeza de que ela havia desligado o ce-
lular por estar de folga. Resolveu-se a tirar uma folga tam-
bém. Por isso, saiu de casa sem colocar o disfarce de mendi-
go. Já estava anoitecendo e ele pensou em ir a alguma boate.
Conhecia uma em Boa Viagem que costumava frequentar
quando não estava em alguma investigação. Pegou um táxi
para ir para lá. Como era muito cedo, a boate estava quase
vazia. Uma morena muito bonita, que bebia sozinha, lhe cha-
mou a atenção. Ela estava sentada ao balcão. Ele sentou-se ao
seu lado. Perguntou:
- Posso te pagar um drink?
Ela o olhou sem nenhum interesse. Disse com frieza
EHROS TOMASINI 33
na voz:
- Estou esperando alguém. Gostaria que me deixasse
em paz.
- Oh, desculpe. Não quis incomodar. Uma mulher tão
bonita deve mesmo já estar acompanhada.
O barman que ouvia a conversa, perguntou:
- Posso te ajudar, cavalheiro? Vai beber alguma coisa?
- Vou, sim. Por favor, me dê uma dose do que ela está
bebendo, só que com suco de laranja.
- Refere-se ao Campari, senhor?
- Sim. Mas vou levar para aquela mesa.
Quando recebeu a dose, ele deixou uma nota de vinte
reais sobre o balcão. Disse ao cara:
- Fique com o troco.
O mulato foi se sentar à mesa, sem dar mais atenção à
bela morena. Ficou bebericando sua dose como se estivesse
alheio ao ambiente. Tanto que nem percebeu quando uma
morena se sentou frente a ele. Ela perguntou:
- Pode me acender um cigarro?
Só então o mulato viu tratar-se de Marisa. A sua as-
sistente estava muito bonita e elegante. Quase irreconhecível
com uma peruca ruiva. Ele perguntou:
- O que está fazendo aqui?
- Curtindo minha folga, claro. Costumo vir aqui de vez
em quando. Foi aqui que conheci meu ex marido.
- Você nunca me falou dele. Onde ele está?
- Morreu de AIDS.
- Porra, sinto muito.
- Não sinta. Estou muito bem sem ele. Ele me traía.
- Quer me falar sobre isso?
- Não vale a pena. Mudando de pau pra cacete, vi que
VIUVINHA34
ficou interessado na morena do balcão.
- Ela está esperando alguém.
- Eu a conheço. Quer que eu te apresente?
- Ela é comprometida. Não gosto de me meter com
mulher que já tem dono.
- Okay, baby. Mas te garanto que iria gostar de conhe-
ce-la.
- Por que a insistência?
- Ela tem um irmão mendigo. O cara desapareceu faz
uns dois meses. Venho seguindo-a, já há algum tempo, para
o caso de ela o reencontrar por aí.
- Pensei que estivesse de folga.
- Estou. Encontrei-a aqui por acaso.
- Quando foi a última vez que conversou com ela?
- Ontem, depois que você me incumbiu de encontrar
os caras que estupraram a galega. Por coincidência, ela é irmã
de um deles.
- Uau, você é rápida e eficiente. Não me canso de te
admirar.
- Obrigada, amor. Quer conversar com ela? Talvez ela
desembuche contigo onde está o irmão. Não quis me dizer de
jeito nenhum.
Nisso, um cara entrou na boate e se dirigiu diretamente
ao balcão. Beijou a morena nos lábios. O mulato o reconhe-
ceu: tratava-se de Rogério, o cara de paletó preto que ele ti-
nha pago um tratamento clínico pro amigo. O sujeito estava
vestido com roupas esportivas mas mantinha os óculos escu-
ros no rosto. O mulato disse para a parceira:
- Aquele é um lacaio da Agência. Está vigiando a Bár-
bara. Muito suspeito ele conhecer a irmã de um dos caras que
estuprou a loira.
- Não está pensando que...
- Estou, sim -, admitiu o mulato - ele deve ser um dos
supostos agressores da Viúva.
EHROS TOMASINI 35
- Puta merda. Não pensei nisso. Pensei que ele estivesse
envolvido com o desaparecimento do irmão dela.
- Também pode ser. Fique aqui. Eu vou lá falar com ele.
Marisa pegou no braço do mulato. Disse baixinho:
- Agora, não. Eles estão discutindo. Acenda meu cigar-
ro e eu vou esperar o cara lá fora. Quero segui-lo. Talvez ele
me leve aos outros supostos estupradores.
- Okay. Mas tenha cuidado. O cara parece perigoso.
- Eu também sou.
De fato, pouco depois Rogério foi embora, deixando a
morena furiosa. Ela olhou em volta, até avistar o mulato na
mesa. Levantou-se e caminhou até ele. Perguntou:
- Pode me pagar um drink agora?
- Achei que estivesse esperando alguém - disse o mula-
to, sem querer demonstrar que a viu com um cara.
- Ele já se foi. Nós brigamos. Então, fiquei com sede.
Gostaria de experimentar o Campari com suco de laranja.
Sempre o bebo puro, apenas com gelo.
O mulato fez um aceno para o barman. Este mandou
um garçom à mesa. Ela pediu a bebida com suco e o cara
trouxe em seguida. O detetive perguntou:
- Posso saber por que brigaram?
- Ele prometeu encontrar meu irmão. Fiz sexo com
ele, mesmo sem querer, em troca desse favor. Ele fica me en-
rolando, sem me dar notícias, mas continua tendo relações
comigo. Cansei. Disse-lhe que só voltaríamos a foder se ele
encontrasse meu mano.
- Quando foi a última vez que o viu?
- Há uns dois meses. Ele ficou desempregado e come-
çou a beber muito. Perdeu o controle e bateu na esposa. Ela o
expulsou de casa. Foi pior para ele. Entregou-se mais à bebi-
da. Certa vez, me procurou dizendo que estava fazendo um
VIUVINHA36
tratamento para deixa-lo sóbrio. Desapareceu um dia depois
de me dizer isso.
- Como você conheceu o cara que saiu daqui quase ain-
da agora?
- Ele é amigo do meu irmão desaparecido e de um ou-
tro irmão que tenho que vive se metendo em encrencas. O
Rogério está sempre conseguindo biscates para ele, mas des-
confio que sejam trabalhos escusos.
O mulato demorou um pouco pensativo para dizer:
- Eu sou detetive. Posso te ajudar a encontrar teu irmão.
Ela olhou espantada para ele. Depois, baixou a cabeça.
Disse:
- Eu... não posso pagar por teu trabalho. Sou uma sim-
ples assalariada.
- Não precisa me pagar. Só quero que me dê umas in-
formações. Inclusive, sobre o teu namorado e teu irmão en-
crenqueiro.
- Por quê? Vai querer prendê-los?
- Não. Eles podem me levar a teu irmão desaparecido.
- E não vai me cobrar nada para achar meu irmão?
- Por que a pergunta?
- Todos me cobram sexo para fazer algo para mim.
Você seria o primeiro, se não me cobrasse.
- Não te cobrarei. Não se preocupe.
Ela esteve de cabeça baixa antes de dizer:
- Fiquei frustrada. Achei que me queria.
- Você é muito bonita e muito formosa. Mas tenho in-
teresse, realmente, em achar teu irmão. Depois que encon-
trar-lhe, se ainda estiver disposta, poderemos ter sexo.
Ela o beijou na boca. Seus lábios eram doces e macios.
O beijo foi suave, mas o deixou de pau duro. Ele disse:
EHROS TOMASINI 37
- Se continuar me beijando assim, iremos antes do pre-
visto pra cama.
Foram. A boate tinha quartos de aluguel. Se instalaram
num deles. Quando ela tirou a roupa, revelou um corpão.
Ele também lhe revelou o enorme cacete. Ela gostou do que
viu. Acariciou o membro dele antes de beija-lo novamente na
boca. O mulato também já estava totalmente nu. Quando ela
encostou o corpo no seu, a glande roçou a racha dela. A mo-
rena tinha a vulva molhada. Ele nem precisou apontar a rola.
A glande encontrou sozinha a entrada da buceta dela. Em
pé, ele a penetrou pela primeira vez. Ela mordeu seus lábios
quando sentiu dor. Ele empurrou mais o cacete. Ela levantou
uma das pernas e dobrou-a, facilitando a penetração. Quan-
do o caralho entrou por inteiro, ela sussurrou ao seu ouvido:
- Ahhhhhhhhhhhh, estou sentindo ele no meu ventre.
Eu não tenho mais útero, notou?
- Sim. Assim fica melhor de engolir minha peia toda
mais profundo.
- Não goze ainda. Vou quere-la no meu cuzinho. Gos-
ta?
- Adoro. Quer que eu o foda agora?
- Agora, não. Quero dar de comer à minha xaninha,
primeiro...
- Encoste na parede de costas para mim... Eu continuo
te fodendo a xana mas num faz-de-conta...
Ela virou-se imediatamente. Espalmou as mãos na pa-
rede. Quando o mulato roçou a glande na racha encharcada,
o seu celular tocou.
FIM DA QUARTA PARTE
VIUVINHA38
Viuvinha - Parte 05
Omulato não ia atender à ligação. A morena também não
queria que ele parasse a foda. Ele terminou de gozar na
buceta dela, antes de pegar o celular. Viu que era o número da
sua parceira. Atendeu:
- Oi, Marisa. O que manda?
- Eu... caí. Fui... emboscada. Me perdoa...
- Onde você está?
- Duas... esquinas... perto da boate...
- Chego já aí.
Quando ele chegou ao local indicado, ela se esvaía em
sangue. Ele chamou uma ambulância por telefone. Só então,
correu para perto da morena. Perguntou:
- O que aconteceu?
- O mendigo... emboscada. O guarda-costas de... Bár-
bara viu... mas... não me socorreu...
EHROS TOMASINI 39
- Filho de uma puta. Depois, me acerto com ele. No
momento, devo cuidar de ti. Já chamei uma ambulância.
- Ambulância... não. Hospital... não...
- Está bem. Te levo pra minha casa e depois chamo um
médico particular.
- Minha... irmã é... médica. Chame... ela.
O mulato procurou o primeiro carro estacionado per-
to. Quebrou sua janela com a coronha da pistola. Entrou no
veículo e fez ligação direta. Carregou a morena nos braços
e a deitou no banco de trás. Deu partida no carro. Ela havia
desmaiado antes de dar o telefone da irmã. Quando chegou
em seu apartamento, o cara a colocou na cama. Só então, pro-
curou nos bolsos dela. Achou o celular. Catou o número de
telefone da irmã dela. Por sorte, ela o tinha gravado como
Marisa-irmã. Ele fez a ligação do próprio telefone da parcei-
ra. A irmã atendeu depressa:
- Oi, mana. Resolveu dar o ar da graça?
O mulato explicou rapidamente o que estava aconte-
cendo. Ela disse que estava de plantão, mas que ia cuidar da
irmã. Pouco depois, ela chegou aflita na residência do cara.
Perguntou, assim que ele abriu a porta:
- Como ela está?
- Mal. Mas acho que vai sobreviver.
- Em que vocês estão metidos agora?
- Mendigos estão desaparecendo das ruas. Acredita-
mos que estejam sendo raptados. Um deles a esfaqueou. O
problema é que ela me disse ter AIDS. Temo que isso agrave
seu estado de saúde.
- AIDS? Que história é essa?
- Também fiquei sabendo ontem. Você não sabia que o
marido dela morreu com o HIV?
- Sim. Mas ela me procurou para fazer uns testes, logo
após a morte dele. Porém, os exames não detectaram o vírus.
VIUVINHA40
- Ela pode ter escondido isso de ti, depois de novos tes-
tes. Mas ainda preciso investigar essa história direitinho. Vai
precisar de mim para cuidar dela?
- Onde você vai?
- Pegar quem fez isso com a Marisa. Ele não vai escapar.
- Vai mata-lo? Soube que você é um assassino.
- Vou trazê-lo para cá. Se Marisa morrer, ele também
morre.
- Espere. Você sabe onde minha irmã mora?
- Ela nunca quis me dizer. Eu respeitei sua vontade.
- Tome a chave que ela me deu. Te dou o endereço. Pe-
gue algumas roupas dela e traga para cá. As que ela veste es-
tão muito sujas de sangue.
- Acha que ela sobrevive?
- Não deixarei minha irmã morrer.
Pouco depois, o mulato voltava ao local do atentado.
Mesmo as ruas sendo mal iluminadas, ele viu uma câmera
bem próximo onde encontrou a morena caída. Pertencia a
um condomínio de luxo. Ainda estava com o carro que fur-
tara para socorrer Marisa. Também tinha as roupas sujas do
sangue dela. Tirou a camisa e deixou-a sobre o assento do ve-
ículo. Depois, se encaminhou para o prédio grã fino. O por-
teiro, quando o viu nu da cintura para cima com uma pistola
na cintura, apertou um botão que havia embaixo do balcão.
O mulato disse:
- Acabei de socorrer uma amiga que foi esfaqueada
perto daqui. Vi que o condomínio tem câmeras viradas para
a rua. Quero assistir ao vídeo. Depois, te deixo em paz.
O cara olhou bem para ele. Não estava com medo. Dis-
se:
- Eu te vi socorrendo a moça. Mas não te reconheci
logo assim sem camisa. Já chamei a segurança. Dê-me sua
arma e deixo que veja a gravação.
EHROS TOMASINI 41
O mulato esteve indeciso. Depois, retirou a arma da
cintura e a deu para o cara. O porteiro, imediatamente, a
apontou para ele. O mulato não se alterou. Virou um note-
book que estava sobre o balcão de frente para si e manuseou
o aparelho. Logo, encontrou as imagens de duas câmeras de
rua. Voltou um pouco o vídeo até ver o ataque do mendi-
go à parceira. O sujeito a tinha pego de surpresa, por trás,
enquanto ela seguia o guarda-costas de Bárbara. Logo após
esfaquear a morena, o mendigo fez sinal com o dedo polegar
em riste. Um furgão parou perto dele. O pedinte entrou nele.
Em seguida, o furgão parou mais na frente, para Rogério en-
trar. O mulato congelou o vídeo. Perguntou:
- Tem uma caneta, para eu anotar a placa?
- PARADO!!! - Gritaram três seguranças de arma em
punho. O mulato não lhes deu atenção. Apenas falou:
- Passe-me a caneta e um pedaço de papel e eu te deixo
em paz.
- Eu tenho a arma apontada para você. Vamos chamar
a Polícia. Bote as mãos para cima, depressa! - Disse o cara
diante dele.
- Essa arma está descarregada. Tirei as balas dela antes
de vir para cá.
O porteiro fez um movimento rápido. Devia ter sido do
Exército pois, num instante, examinou a arma. Conferiu que
ela não tinha mesmo munição. Gritou para os outros:
- Ele está limpo. Podem baixar as armas.
Dito isso, o cara abriu uma gaveta e tirou de lá um
bloco de anotações com uma caneta. Entregou-os ao mula-
to. Este agradeceu. Anotou o número da placa do furgão e
guardou no bolso da calça. Os outros seguranças, no entanto,
não baixaram as armas. Se aproximaram do cara, os três ao
mesmo tempo, e um deles lhe encostou um revólver na fron-
VIUVINHA42
te. Levou um murro que o fez ser projetado longe. O mulato
disse com raiva:
- Estou com pressa. Se insistirem nessa palhaçada, pa-
garão caro, ouviram?
O porteiro voltou a dizer, entregando a arma vazia para
ele:
- O cara é limpeza, gente. Socorreu a mulher que foi
esfaqueada...
- Mas terá que esperar a Polícia chegar - insistiu um
dos seguranças. O que estava no chão não se levantou mais.
Estava desmaiado.
Num movimento rápido, o mulato retirou o pente va-
zio da pistola, deixando-o cair no chão. Já tinha outro pente
cheio na mão, retirado do bolso da calça sem que ninguém ti-
vesse visto. Aproveitou-se da surpresa dos vigilantes e atirou
duas vezes. Acertou ambos no ombro da mão armada. Em
seguida, apontou a pistola para o porteiro. Disse:
- Agradeço a sua ajuda, mas não posso perder mais
tempo. Mande esses três para alguma clínica particular. Eu
virei aqui amanhã e pagarei o tratamento deles. Mas agora
tenho que ir embora.
O cara saiu sem olhar para trás. Nem pegou de volta
o pente de balas que tinha deixado cair no chão. Nele, tinha
gravado o seu nome: Percival Mathias. O recepcionista do
prédio apanhou o objeto e leu o que estava escrito. Sorriu.
Não havia reconhecido o cara, mas servira ao Exército com
ele. O mulato chegara a tenente mas se entregara à cachaça e
foi expulso das Forças Armadas. Por seu hábito de beber cana
pura, foi apelidado de Bafo de Onça.
Percival entrou no carro furtado e se dirigiu ao endere-
ço dado pela irmã de Marisa. Sabia que ela possuía computa-
EHROS TOMASINI 43
dor em casa. Também devia ter Internet. Pesquisaria lá para
achar a quem pertencia o furgão. Aproveitaria para pegar
umas roupas para a parceira.
Marisa morava num apartamento modesto mas muito
bem mobiliado. A primeira coisa que ele viu na parede da
sala foi uma foto das duas irmãs juntas. Ambas estavam des-
contraídas e ele achou a médica mais bonita que sua parceira.
Numa outra foto que estava sobre um móvel, ele viu a irmã de
Marisa de biquini. A doutora tinha um corpo perfeito. Mas a
terceira fotografia que encontrou foi a que mais lhe chamou a
atenção: nela, a parceira estava abraçada a um cara. Um cara
que ele conheceu. Um cara que ele havia matado anos antes.
Por causa dessa imagem, Percival, então, ficou sabendo que
a morena era esposa do delegado que ele havia assassinado.
Num dos quartos da modesta residência, ele encontrou
uma verdadeira parafernália eletrônica: computadores de úl-
tima geração, seis monitores grandes de TV onde se podia
ver imagens de câmeras espalhadas por toda a cidade, além
de um arsenal em armas. Percival estava estupefato. Havia
até um site aberto onde se podia pesquisar placas do Detran.
Mas não era um site autorizado. Percebia-se que este havia
sido construído por hackers. Ele concentrou sua busca pelo
número da placa do furgão. Aí, teve a sua quinta surpresa da
noite, ali naquela residência: o carro estava em nome da loira
Bárbara Sampaio. Mas havia sido dada uma queixa de seu
roubo cerca de dois meses atrás. Não foi difícil para o mulato
adivinhar quem era o motorista que recolheu o mendigo cri-
minoso e o guarda-costas da Viuvinha.
Cerca de uma hora e meia depois, ele estava de volta ao
seu próprio apê com as roupas da parceira. Encontrou a mé-
dica adormecida ao lado da cama, perto da irmã, vestida só
VIUVINHA44
de sutiã e calcinha. Marisa dormia tranquila. Ele procurou na
área de serviço e encontrou as roupas da médica manchadas
de sangue. Colocou-as na máquina de lavar. Esperou o tempo
necessário para retirá-las do tanque e estendê-las para secar.
Quando voltou ao quarto, a médica havia acordado com o
barulho que a lavadora fez. Ele disse:
- Oi, acabei de lavar tuas roupas. Vão demorar a secar.
Algum problema, se ficar esse tempo semidespida?
- Para mim, não. Costumo ficar totalmente nua, quan-
do estou em casa. Mas lá, não tenho plateia. Você não vai me
tarar, vai?
- Só se você assim o desejar.
Ela sorriu. Depois, revelou:
- Minha irmã certa vez me disse que você tem um ca-
ralho enorme. Eu ainda sou virgem, apesar dos meus trinta
e cinco anos de idade. Minha profissão não me deixa tempo
para namorar. Por isso, tenho inveja de Marisa, que tem al-
guém ao seu lado, apesar de não concordar com a vida que
vocês levam.
- Ela quer parar. Este seria seu último trabalho.
- Que bom. Trouxe as roupas dela?
- Sim, estão numa sacola na sala.
- Ótimo. As vestes dela cabem em mim, também. Usa-
mos o mesmo número. Vou pegá-las.
- Deixe que eu as trago aqui. Se bem que eu te preferia
nua.
Ela sorriu. Quando ele voltou com a sacola, ela estava
totalmente despida. Perguntou:
- Assim está melhor?
- Oh, claro. Mas é bem capaz de eu não conseguir cum-
prir minha promessa de me comportar diante de ti.
- Venha cá. Você merece ser meu dono, por salvar a
vida de minha irmã. Mas não quero que ela saiba que tivemos
EHROS TOMASINI 45
um caso. Ela já me disse certa vez que gosta de ti. Não quero
deixá-la chateada. Com raiva, ela sempre foi perigosa.
- Tem medo dela?
- Não. Mas também não quero contraria-la. É a única
irmã que eu tenho. Não quero que fique zangada comigo. No
entanto, sempre quis saber como era uma foda. Mostra pra
mim?
- Está disposta a perder a virgindade comigo?
- Mmmmm... não. Mas podemos transar sem que eu
perca meu cabacinho, não?
- Sim. Mas sexo completo é mais gostoso.
- Ainda não estou preparada para perder meu hímen.
Mas sinto saudades de uma boa chupada. Eu e Marisa costu-
mávamos transar uma com a outra, quando adolescentes. Eu
adorava quando ela me lambia a xoxotinha...
- Posso fazer isso, também. Mas não tenho outra cama.
Vamos para o sofá da sala?
- Vamos, antes que ela desperte da anestesia geral que
lhe dei.
O sofá era amplo e a médica deitou-se nele. Tinha a
vulva muito peluda, como se nunca houvesse se depilado.
Ele afastou os pelos e aproximou o rosto da racha. Quando
lhe abriu os grandes e pequenos lábios vaginais, confirmou
que ela tinha ainda o hímem intacto. Lambeu-lhe a fenda.
Ela pareceu ter recebido um choque elétrico. Ele continuou
lambendo. Com pouco tempo, a médica estava encharcada.
No início, ela se afastava toda vez que ele encostava a
boca ali. Tinha muita sensibilidade naquela região. Depois,
acostumou-se ao seu toque. Gemia:
- Aiiiiiiii, que gostoso. Nem me lembrava mais como
era tão bom. Chupa meu grelinho com força, como minha
mana costumava fazer...
VIUVINHA46
Era uma chupada seguida de uma gozada. Ela esguiça-
va gozo na cara dele. Dez minutos minutos depois, a médica
estava destruída. Aí, gemeu para ele:
- Uhmmmmmmmm... Deixa eu recuperar o fôlego que
também quero te chupar...
Ele levantou-se. Ficou de pé diante dela. Roçou o enor-
me cacete em seu rosto. A médica estava toda mole, mas pe-
gou seu cacete com ambas as mãos. Ela mesma o roçou nos
biquinhos dos seios que estavam duríssimos. Depois, esfre-
gou o cacete dele entre os peitos, enquanto tocava com a lín-
gua no buraquinho de mijar. Quando ela se recuperou mais
da modorra que sentia, manipulou o caralho melhor. Levou-
-o à boca e mamou-o com gosto. Pediu que ele não gozasse
de vez. Queria tomar seu leitinho aos poucos.
No entanto, mais uma vez Percival teve a foda inter-
rompida naquela noite. Marisa despertou, chamando pela
irmã:
- Mana, você está aqui? Acho que sonhei contigo cui-
dando de mim...
FIM DA QUINTA PARTE
EHROS TOMASINI 47
Viuvinha - Parte 06
Percival disse baixinho para a irmã de Marisa:
- Entretenha tua mana, enquanto eu visto as roupas.
- Melhor que saia. Dê uma volta por aí. Ela não pode
saber que está aqui. - Falou ela no mesmo tom.
- Okay.
O mulato vestiu-se e saiu de casa sem fazer barulho. A
médica voltou para o quarto. Já era quase duas da madruga-
da. Ele não sabia onde ir àquela hora. Aí, lembrou-se do bar
onde tinha saído sem pagar ao garçom. Foi para lá.
O local ainda estava aberto, apesar de ter uns poucos
retardatários bebendo. O garçom não lhe reconheceu sem
barba e cabelos desgrenhados. Serviu ao mulato sem proble-
mas. Ele ainda estava de pau duro, pois não tinha gozado com
a irmã de Marisa. Olhou em volta e só tinha mulher acompa-
VIUVINHA48
nhada. Quando o atendente passou por perto, ele perguntou:
- Este bar não é frequentado por mulheres? Estou afim
de foder.
O cara lhe confidenciou:
- A maioria já foi embora. Mas conheço uma que vem
sempre aqui quando estamos pra fechar. Dê um tempo que
ela logo aparece.
Quando a mulher apareceu, cerca de dez minutos de-
pois, não despertou o interesse do mulato. Apesar de possuir
um corpo desejável, tinha o rosto de uma mulher vulgar. O
garçom a apontou discretamente. Ele declinou de convida-la
para a mesa. Ela, no entanto, o notou. Levantou-se da mesa
onde se sentara e caminhou até ele. Perguntou:
- Está sozinho ou espera alguém?
- Sozinho.
- Posso me sentar um pouco?
- À vontade. Mas se deseja um programa, não estou
interessado.
- É tão evidente assim que faço programas?
- Para mim, sim.
- Hoje não foi um bom dia para mim. Não descolei
nem um puto. Estou sem dinheiro. Paga-me uma cerveja?
- Ok. Peça ao garçom.
Ela pediu. Quando a bebida veio, ela perguntou:
- Não gosta de prostitutas?
- Não, não gosto. Detestaria pegar uma venérea.
- Eu sou limpinha. Vou ao médico ginecologista uma
vez por mês.
- Isso é bom. Mas não estou interessado.
- Não quer nem uma chupadinha? Sei fazer gostoso.
- Não, obrigado. Eu sou casado - Mentiu ele.
- Que pena. Gostei de você. Parece ser um cara legal.
EHROS TOMASINI 49
Eu te chuparia de graça. Não consigo passar um dia sequer
sem mamar num caralho.
- Cada um tem seu vício.
- Qual é o teu?
Ele demorou a responder:
- Foder cu. Adoro.
Ela olhou para ele espantada. Depois, disse;
- Não dou. Tenho hemorroidas e me doem terrivel-
mente. Fui estuprada, quando criança, e o cara era um rolu-
do. Estraçalhou meu pobre cuzinho.
- Entendo. Mas você não sabe o que está perdendo. De-
pois do estupro, não deu mais a bunda?
- Dei, sim, a um mendigo de rua. O cara tinha grana e
me ofereceu duzentos paus para foder meu cuzinho. Como
tinha rola pequena e fina, não tive problemas.
- Onde conheceu esse mendigo? - Perguntou o mulato,
interessado na resposta.
- Ele fazia ponto aqui perto. Mas parece que encontrou
trabalho, pois nunca mais o vi.
- Sabe o nome dele?
- Não. Mas sei que é irmão de uma puta que conheci
numa boate. Ele me pediu por tudo para eu não dizer a ela
que o tinha visto. O cara deve estar metido em encrencas.
Mas parece ter dinheiro. Muito dinheiro.
- Eu estou à procura desse cara.
- Você é policial?
- Não. Sou detetive particular. Fui contratado pela irmã
dele para encontra-lo. Se me der uma boa dica, te pago uma
grana.
- Estamos falando de quanto?
- Você é quem diz.
Ela esteve pensativa. Depois, disse:
- Mil paus. E o teu de lambuja para eu chupar hoje.
VIUVINHA50
- Sem acordo. Metade disso, sem chupadas. Não estou
afim.
- Aceito metade, mas com chupada. Estou carente de
um caralho na minha boca. Quanto maior, melhor.
- Mulher para me chupar tem que me dar o cuzinho. E
você não aguentaria meu caralho. É muito grande.
- Isso quem decide sou eu. Me mostra?
O garçom ia passando perto deles nessa hora. Advertiu:
- Você sabe que não toleramos safadezas aqui, Ângela.
Leve-o para tua casa. Sei que mora por perto.
- Está com ciúmes? - Ela perguntou.
- Sem essa. Deixo você permanecer por aqui porque
estamos quase fechando. Mas sabe muito bem que o dono
detesta putas.
- Tá, tá, tá... Vamos lá pra casa, moreno? Fica perto.
- Não. Só quando você me conseguir uma boa informa-
ção. Antes, não.
- Então, não te falo mais nada - disse a mulher, se le-
vantando da mesa. O mulato não se alterou. Deixou que ela
se fosse. Aí, o garçom se aproximou novamente dele:
- Não se interessou pela cadela?
- Não gosto desse tipo de animal. Arrisco perder a pica
por causa de doenças venéreas.
- Entendo. Essa é limpinha. Ninguém nunca reclamou.
Ouvi direito que você procura um mendigo?
- Sim. A irmã me pediu para acha-lo. O cara está desa-
parecido.
- Não vai acha-lo mais com vida.
- Mesmo? Por quê?
- Eu ouvi uma notícia de que um mendigo foi morto e
jogado no rio. Pode ser quem você procura.
- Onde ouviu isso?
- No rádio, quase ainda agora. Deve sair na reportagem
de amanhã.
EHROS TOMASINI 51
- Onde foi encontrado?
- No Rio Capibaribe, perto do Correio Central. Per-
gunte ao outro garçom. Ele conhecia o cara.
- Chame-o aqui. Se o que ele disser me convencer, vo-
cês dois ganham uma grana extra.
- Sério?
- Sim.
Pouco depois, o outro garçom se aproximou do mulato.
Explicou:
- Tavinho estava metido em coisa grande. Uns caras o
pegaram na rua e o fizeram participar de uma experiência.
Ele estava ganhando uma nota preta para se submeter a uma
transfusão de sangue por semana. Encontraram-no dentro
d’água, nas imediações de um furgão roubado. A Polícia o
encontrou boiando, não faz nem uma hora. O corpo ainda
deve estar lá, cercado de policiais.
Percival botou as mãos nos bolsos e retirou de lá duas
notas de cem reais. Deu uma a cada garçom. Os caras ficaram
muito contentes. Ele terminou seu último gole de cerveja, pa-
gou a conta, inclusive a da puta, e foi-se embora. Pegou um
táxi e se dirigiu ao local indicado pelos caras. Encontrou o
corpo à beira do rio, retirado da água. Havia vários curiosos
em volta do cadáver exangue. Ele pegou seu celular e foto-
grafou o defunto e o furgão. A placa batia com a do carro que
tinha dado carona ao mendigo e ao guarda-costas de Bárba-
ra. As fotos serviriam para mostrar a irmã do cara que ele o
tinha encontrado. Mas só iria até ela no outro dia. A cerveja
lhe dera sono e o que queria mais era dormir. Procurou um
hotel barato, para não voltar à sua residência. Num instante,
dormiu.
No dia seguinte, acordou por volta das dez da manhã.
Tomou um banho demorado, pagou o hotel e foi-se embora.
VIUVINHA52
Mas não foi logo para casa. Antes, passou pelo prédio perto
de onde Marisa tinha sido esfaqueada. Prometera uma grana
para o porteiro que lhe mostrou o vídeo, para que este so-
corresse os outros vigilantes, e foi saldar sua dívida. O cara
estava ainda lá, acompanhado de um sujeito bonitão. Assim
que o reconheceu, o recepcionista apontou-o para o sujeito.
Disse:
- Pronto, olha ele aí. Prometeu voltar e voltou.
Percival se aproximou dos dois. O bonitão mostrou-lhe
um distintivo da Polícia Federal. Perguntou:
- Tem porte de arma, negrão?
O mulato tirou da carteira um papel dobrado e o mos-
trou ao sujeito. Este deu uma rápida olhada e questionou:
- Por que atirou nos seguranças?
- Acho que o porteiro já contou a versão dele. Assino
embaixo.
- É policial?
- Não. Detetive particular.
- E por que voltou?
- Vim saldar uma dívida com o porteiro.
- Ele pediu que eu levasse os três seguranças para uma
clínica particular. Disse que me daria o dinheiro, mas eu não
confiei. Levei-os para um hospital comum. - Informou o
moço da portaria.
- O porteiro me disse que uma amiga tua foi esfaquea-
da perto daqui. Procede?
- Sim. Estive investigando. Acharam o corpo do cara
que a esfaqueou no rio. Perto de um furgão que o recolheu
após o atentado. Já viu o vídeo?
- Sim. O cara aí me mostrou. Qual é a bronca?
- Podemos ter uma conversa a sós?
- Sim, mas não tente me embromar. E se tentar fugir,
atiro em você.
EHROS TOMASINI 53
- Combinado. Deixe eu me acertar com ele e podemos
tomar umas para conversar.
- Não bebo em serviço. Mas te acompanho com um
refrigerante.
Depois de dar uma grana suficiente para o cara da por-
taria pagar o tratamento dos amigos, os dois foram ao primei-
ro bar que encontraram. Só então, o bonitão se apresentou:
- Meu nome é Cassandra, detetive. E não tenho ne-
nhum prazer em conhece-lo.
- Pois que se foda. Apesar da voz grossa, você me pare-
ce um boiola. Não sou chegado...
- Se disser isso mais uma vez, te dou um murro.
- Olha, vamos pular essas amabilidades que eu tenho
algo sério para te dizer.
- Ok. Desembuche.
O mulato demorou a falar:
- Tem alguém raptando mendigos das ruas e drenando
o sangue deles. Eu e a minha assistente, a que foi esfaqueada,
acreditamos que se trata de algum esquema de tráfico de san-
gue, ou alguma experiência clandestina.
- Acha que tem algo a haver com o atentado que tua
parceira sofreu?
- Talvez. Ela investigava o tal mendigo. Mas estávamos
numa investigação paralela. Quatro caras bateram muito e
estupraram uma amiga minha. Eles a deixaram paraplégica
por uns tempos. Eu acredito que o cara que dirigia o furgão
que você viu no vídeo era irmão do mendigo.
- Está me dizendo que o próprio irmão o matou?
- Não. Digo que deve aparecer outro corpo jogado nal-
gum lugar. O cara que os matou, acredito eu, estava sendo
seguido por minha parceira e depois pegou aquele veículo.
Deve ter matado os dois, mas jogou cada corpo num lugar,
abandonando depois o furgão.
VIUVINHA54
- Tem lógica. E o carro que você roubou da frente do
prédio para socorrer tua assistente?
- Está na rua, lá na frente de minha residência. A polí-
cia o achará e o devolverá ao dono.
- Posso te prender por agressão a mão armada e roubo
de carro...
- Acredito. Mas faça isso depois que eu acabar as mi-
nhas investigações, por favor. Tem muita grana envolvida.
Mas você pode ficar com os louros.
O bonitão sacou o celular do bolso e fez uma ligação.
Percival percebeu que o cara tinha seios, como uma mulher.
Mas a maneira de agir e o timbre retumbante de voz não dei-
xavam dúvidas da sua masculinidade. Cassandra disse:
- Estou num bar perto de onde aquela mulher foi es-
faqueada. Um detetive me contou uma história interessante.
Venha para cá. Você vai assumir as diligências.
Quando a morena lindíssima estacionou na frente do
bar, o mulato ficou encantado. Ela era a cópia fiel do homeni-
na. A diferença era que este tinha os cabelos curtos. Ela tinha
lindos e sedosos cabelos longos e negros. O andar da moça
era um arraso. O homenina a apresentou:
- Este é o detetive Percival. Ouça o que ele tem a dizer.
Esta é a minha irmã Cassandra, também agente federal. Não
se engane com a aparência frágil dela. É bem capaz de te der-
rubar com um único golpe.
- Tem namorado? - Perguntou o mulato.
Ela deu-lhe um sorriso delicioso. Em seguida, beijou-o
na boca, pegando-o de surpresa. O homenina levantou-se e
se despediu de ambos:
- Tenho o que fazer. Vou-me embora. E vou levar teu
carro, mana. Por falar nisso, depois prenda esse sujeito. Ele
roubou um carro ontem.
EHROS TOMASINI 55
- Foi por uma boa causa. - Disse Percival.
Quando o homenina foi embora, a morena perguntou:
- Tem caralho grande?
- Como é que é?
- Tem pinto grande? Se me agradar, não te prenderei.
- Algo perto de quarenta centímetros.
- Uau. Então, vamos para um motel. Conversaremos lá.
Chamaram um táxi e logo estavam nalgum motel. A
morena era malvada. A primeira coisa que fez depois que o
jogou na cama foi dar-lhe uma mordida no peito. Tirou san-
gue do mulato. A princípio, ele ficou irritado. Ela lhe deu um
tapa forte no rosto. Tirou sangue dos lábios do cara. Então,
ele revidou. Derrubou-a com violência sobre a cama e ati-
rou-se sobre ela. Esquivou-se de uma joelhada nos testículos.
Com raiva, acertou um murro no rosto dela. Levou outro de
volta. Virou-a de costas para si, sobre a cama, e quase arran-
cou sua saia. Conseguiu levantar o tecido, deixando-a com
a calcinha preta à mostra. Ela jogou o cotovelo, mas ele blo-
queou o golpe. Percival arrancou sua calcinha de um puxão,
deixando-a com a bunda nua. Deu-lhe uma gravata, imobi-
lizando-a finalmente. Ela sorria, antecipando o seu próximo
movimento. Quando ele tocou com a glande no anel dela, ela
empinou o rabo e enfiou-se de vez, até o talo, no caralho do
mulato. Gemeu:
- Se deixa-lo escorregar do meu cuzinho, eu juro que te
arranco o sexo fora, caralho...
FIM DA SEXTA PARTE
VIUVINHA56
Viuvinha - Parte 07
Foram três fodas quase seguidas com a morena bonita e
violenta. Depois da terceira, o mulato caiu exausto sobre
ela. Ela riu. Tirou-o de cima de si com carinho e depois acen-
deu um cigarro. Ele ficou deitado sobre a cama, destruído.
Ela pesquisou através da Internet do seu celular e achou um
vídeo onde retiravam o corpo do mendigo do rio. Assistiu a
filmagem duas vezes. Era uma reportagem onde um jornalis-
ta dizia que o carro havia sido roubado alguns dias atrás. A
dona havia prestado queixa do desaparecimento do veículo
mas, até então, a Polícia não o tinha encontrado. Porém, o
repórter não dizia a quem pertencia o carro. A agente federal
sacudiu o mulato, despertando-o:
- Acabou a mamata. Precisamos descobrir a quem per-
tence esse furgão.
- Não é preciso -, gemeu o cara - eu já investiguei isso.
- Ótimo. E quem é o mendigo?
EHROS TOMASINI 57
- Um tal de Tavinho. A irmã o estava procurando já há
algum tempo.
- Se já sabe tudo isso, por que meu irmão quis que eu te
prestasse ajuda com uma investigação?
- É que a coisa é fedorenta. Deve haver órgãos públicos
envolvidos.
- Ih, caralho. Me explica isso...
- Vou repetir o que eu disse para teu irmão: mendi-
gos estão desaparecendo e sendo encontrados mortos sem
nem uma gota de sangue. Acredito que uma quadrilha está
ganhando grana alta com o Hemope ou qualquer clínica que
trabalhe com transfusões por conta disso. Mais: um pool de
farmácias reclama que uma nova rede está vendendo remé-
dios baratos mas inócuos à população. Alguns concorrentes
já fecharam suas portas por não aguentarem a disputa des-
leal de preços. Contrataram a mim e à minha parceira para
descobrirmos se a informação procede. Minha assistente
foi esfaqueada por um mendigo. Agora, ele aparece morto e
exangue. Tem algo grande acontecendo - disse o cara, quase
sem força na voz.
- Eu e meu irmão estamos investigando um caso de
desvio de verbas de um programa popular de saúde gerido
pelo Estado - disse ela. - Parece que tem gente do governo
roubando dinheiro do Lafepe, o laboratório estadual, para
aplicar em outra coisa. Podem estar desviando grana para
essa tal nova rede de farmácias. Mas isso é uma operação fe-
deral, não vamos permitir civis envolvidos.
- Tudo bem, eu já esperava por isso. Se vocês vão assu-
mir as investigações, dou por terminado meu trabalho para
o pool de clientes. Recebo minha grana e vocês se viram para
continuar investigando.
- Mas não poderá dizer o que eu te informei sobre o
desvio de verbas. Senão, os ratos vão fugir da ratoeira.
- Olha, eu continuaria as diligências se não tivesse en-
VIUVINHA58
contrado vocês. Estou sendo pago para isso. Essa informação
é importante para os meus clientes e valiosa para mim. Posso
dizer-lhes que eles não façam alarde, por enquanto, mas vo-
cês terão de convencê-los de não usar essa informação. Para
evitar que eles saibam agora o que está se passando, você tem
duas opções: me prende ou trabalha junto comigo.
- Isso é chantagem?
- Não, porra. É logística. Eu podia te negar informação
e ceder a eles. Não vou fazer isso. Mas também não quero
perder a grana alta que tenho pra ganhar, e que vou dividir
com minha parceira. Esse é seu último trabalho. Ela vai se
aposentar.
- Vou ter que falar com meu irmão.
- Pode falar até com Deus, mas eu não abro mão dessa
investigação. Até porque tenho que vingar minha assistente.
Ela levou duas facadas e corre risco de morte.
- Ok. Entendi. Façamos um acordo: você procura quem
fodeu tua parceira e eu cuido do resto. Fecho os olhos para o
que você fará com o filho da puta que a machucou, contanto
que não o mate, fechado?
- Se ela morrer, ele morre. Isso, se já não estiver morto.
- Como assim?
- Pergunte a teu irmão. Ele viu o vídeo da tentativa de
assassinato da minha parceira. Ou fale com o porteiro e peça
o vídeo a ele. Verá que não estou exagerando.
- Muito bem. Farei isso. E você, o que vai fazer agora?
- Visitar minha parceira. Ver se ela está bem.
- Não vamos dar outra?
- O quê? Vai matar o cão!!! Estou todo cheio de hema-
tomas e de mordidas que você me deu, porra. Que mulher
violenta do caralho...
Ela riu. Um riso gostoso. Terminou de fumar e foi to-
mar banho. Ele foi com ela, mas não fizeram sexo no banhei-
ro. Pouco depois, ela dizia:
EHROS TOMASINI 59
- Vou-me embora. Mantenho contato. Pague o motel
e faça o que disse. Depois, nos encontramos de novo, ainda
hoje.
********************************************
A irmã de Marisa voltou para o quarto assim que o mu-
lato escapuliu. A médica ficou contente porque a mana pare-
cia melhor. Perguntou:
- Como você está?
- Onde estou?
- No apartamento do teu parceiro. Ele me telefonou
para que eu te socorresse e nos trouxe para cá.
- E onde está ele?
- Eu... acho que foi atrás do cara que te fez isso.
- Estou zonza e quase não me lembro do que aconte-
ceu. Fui atacada por trás. Meu amigo sabe quem foi?
- Acho que sim. Mas que história foi aquela de dizer
para ele que está aidética? Ou você andou me mentindo?
- Não... Eu fiz uma promessa diante da sepultura do
meu falecido marido de que iria respeita-lo até o fim dos
meus dias. Que não me casaria mais com ninguém. Mas des-
cobri que o puto me traía. E me apaixonei pelo homem que
o matou.
- Eu nunca entendi essa história direito, mana...
- Não é difícil. Meu marido contraiu AIDS. Quando
descobriu isso, não teve coragem de me dizer. Pediu para a
Agência mata-lo a tiros, como se tivesse morrido em servi-
ço. Por causa de sua morte violenta, me deixou um seguro
milionário. Passei uns tempos achando que também estava
infectada, fiz vários testes de HIV e não acusou o vírus em
mim. Mas eu queria castigar quem matou o amor da minha
vida. Por isso, inventei essa história para Percival.
- Cruz Credo, irmã. Você está se privando de ter um
amante maravilhoso.
VIUVINHA60
- Você gostou dele?
- Bem... eu... sim, claro - gaguejou a médica que não
queria que a irmã soubesse que também estava apaixonada
pelo mulato. - Ele é mesmo um assassino?
- Tanto quanto eu, mana. Nossa profissão não nos dá
muita escolha: ou matamos, ou morremos.
- Entendo. Vou refazer teus curativos. Pare de falar,
para não ficar cansada. Preciso te aplicar um sedativo nova-
mente, está bem? - Perguntou a doutora, intencionada em fa-
zer a irmã dormir e continuar a foda que dava com o detetive.
Mas o mulato não tinha nenhuma intenção de voltar
tão cedo pro apartamento. Queria saber do paradeiro do ir-
mão do mendigo assassinado. O guarda-costas Rogério po-
deria lhe tirar essa dúvida. Desconfiava que o cara de paletó
preto tivesse dado um fim aos dois irmãos. Mas... por qual
motivo? Pensou em encontra-lo na casa da loira que passara
uns tempos paraplégica. Acertou em cheio.
Rogério ia saindo da casa da loira Bárbara Sampaio.
Quando viu o mulato, parou o carro. Botou a cabeça para
fora do veículo para dizer:
- Se veio saber do meu amigo, ele está bem. Graças à
grana que você me deu.
- Não vim saber dele. Vim saber por que esfaqueou mi-
nha assistente.
- Tua... puta merda. Aquela morena que Tavinho furou
ontem era a tua assistente? Eu não sabia, cara.
- Você não me engana, seu porra. Deve tê-la percebido
te seguindo e ligou pra teu compincha.
- Não, não... juro que não tenho nada com isso. Tavi-
nho entrou no carro dizendo que pediram para ele se livrar
de uma mulher perigosa. Por isso, ele a atacou à traição.
- Quem dirigia o furgão?
- O irmão dele.
EHROS TOMASINI 61
- Você sabe que aquele carro foi roubado de Bárbara,
não sabe?
- Sim, claro. Foi dona Giselda que pagou aos irmãos
para rouba-lo. Iriam usar o automóvel para incriminar dona
Bárbara, caso ela matasse o sobrinho boiola da coroa.
- Faz sentido. Mas cadê o irmão do mendigo?
- Eu não sei, cara. Eles me deixaram num bar perto
da casa de dona Bárbara. Tomei umas cachaças por lá, pois
estava chateado com uma ex nega minha. Pode ir no bar e
perguntar por mim. Dirão que saí bêbado pra caralho de lá.
- Okay. Então, quero que faça um favor para mim: des-
cubra quem matou o mendigo e o paradeiro do irmão dele.
Pode ser?
- Por que quer saber isso?
- Porque estou desconfiado de que querem me envol-
ver numa parada diabólica. A Polícia Federal está na minha
cola por causa do atentado à minha parceira. Não vou poder
investigar. Pague o favor que me deve me esclarecendo essas
duas questões. Aí, estaremos quites.
Quando o mulato voltou, finalmente, para o seu apar-
tamento, a médica o esperava ansiosa. Marisa estava dormin-
do, após ser sedada, e ela não hesitou em se atirar em seus
braços. Ele, no entanto, disse para ela:
- Olha, sinto muito mas estou cansado pra cacete. Po-
demos deixar para amanhã?
- Poxa... eu sedei Marisa acreditando que continuaría-
mos de onde paramos...
- Vamos fazer isso, mas não agora, tá? Estou realmente
esgotado.
- Foi trepar com outra?
- Não, claro que não. - Mentiu - Fui atrás do cara que
quis foder tua irmã.
- Pegou ele?
- Não. Fui pego pela Polícia Federal.
VIUVINHA62
- Ai, meu Deus. Estava preso?
- Quase isso. Mas foi difícil me livrar deles. Por isso,
demorei tanto.
- Ah, tadinho. Então, deixe-me ao menos te dar um
banho, enquanto minha irmã dorme. Fiquei afim de ver teu
cacetão novamente.
- Tudo bem. Mas se você tiver algo que me deixe exci-
tado, a gente transa.
Ela se animou. Correu até a bolsa que havia levado pra
lá, tirou um talão e escreveu uma receita. Entregou o papel a
ele. Disse:
- Você encontra isso em qualquer farmácia. É uma es-
pécie de Viagra, mas tem fórmula natural. Nós, médicos, o
usamos quando estamos esgotados, depois de um turno lon-
go.
Quando ele voltou e engoliu as pílulas, ela nem lhe deu
um banho. Baixou suas calças e não demorou muito ao pau
do mulato ficar duro. Tá certo que ainda estava meio bambo.
Mas já dava para conseguir uma penetração. Ela o ajudou
chupando a glande com leveza. Beijou-o nos lábios com fer-
vor. Ele sentiu dor. Ela perguntou o que tinha sido aquele
machucão. Mais uma vez, ele mentiu:
- Os federais me esbofetearam na boca.
- Oh, meu pobre querido. Desculpa ter te magoado.
E a médica foi descendo com a boca pelo seu pescoço,
depois por seu peito. Aí, viu a mordida. Estava muito verme-
lha. Ela fechou a cara. Rosnou:
- Seu safado. Você estava com mulher. Não quero mais
saber de foder contigo!
- Mas logo agora, que você me deu algo para ficar de
pau duro?
- Foda-se. Bata uma punheta. Não boto mais minha
EHROS TOMASINI 63
boca aí. Deve estar fedendo a cu. Daqui já sinto o odor.
- Está bem. Eu confesso: saí daqui doido pra foder e fui
atrás de uma antiga namorada minha.
- Eu sabia! Assim que você saiu, eu pensei: vai descar-
regar o óleo por aí. Eu estava certa.
- Sinto muito, mas fiquei tarado em comer teu cuzinho.
Como fomos interrompidos, saí daqui doido. Sinto, mesmo.
Ela entronchou a cara. Não queria saber de desculpas.
Ele resignou-se a tomar um banho demorado para que pas-
sasse o efeito da droga que ingerira. Seu caralho, no entanto,
não amoleceu. Ele pegou um lençol e foi se deitar no sofá da
sala. Ela ficou emburrada ao lado da cama onde a irmã dor-
mia. Cansado, o mulato não demorou a adormecer.
Mas acordou sendo chupado pela doutora. Estava qua-
se gozando e ela aumentou o ritmo das chupadas. Também
masturbava seu enorme caralho. Percival passou a se prender
para não gozar logo. Mas ela sabia que ele não iria conseguir
se segurar por muito tempo. Apressou o ritmo da punheta.
Ele deixou escorrer um veio de porra. Ela o mamou com ur-
gência. Disse:
- Solta mais. É gostoso...
- Ele gemeu alto, pois fazia enorme esforço para não
gozar. Ela repetiu:
- Vai... Solta mais um pouco na minha boca...
- Se eu soltar, posso não me conter. Vou gozar de vez.
- Não... eu aperto teu pau... quando ver que está sain-
do... muita...
- Não dá. Não é como mijar...
- Então, goza... goza bem muito... em minha... boca...
Ele gozou. Mas a quantidade foi pequena para o que ela
esperava. Então, ela continuou masturbando-o, na esperança
de sair mais leitinho. A glande estava intocável de tão sen-
VIUVINHA64
sível, porém ela continuava a punheta. Aí, ele sentiu o gozo
aflorar de novo lá no seu âmago. A pica inchou. Ela percebeu
e ficou contente. Pouco depois, ele dava uma gozada cavalar.
Ela se lambuzou toda de porra.
FIM DA SÉTIMA PARTE.
EHROS TOMASINI 65
Viuvinha - Parte 08
Eram quase oito da noite quando Percival chegou à boate
onde tinha conhecido a irmã do mendigo. Encontrou-a
bebendo Campari com suco de laranja. Quando ela o viu,
teve uma crise de choro. Ele percebeu logo que ela já sabia
da morte do irmão. Aproximou-se da mesa dela e perguntou:
- Posso me sentar?
- Sim, claro amor.
- Já deve saber da morte do teu brother, não é?
- Sim. Vi a reportagem na TV. Mas agora, meu outro
irmão é quem está desaparecido. Recebi um telefonema dele
pedindo para que eu ligasse a televisão naquele instante. Foi
quando vi a notícia. Ele disse também estar sendo perseguido
e avisou que eu não o procurasse. Passaria um tempo arri-
bado. Mas eu fico sem saber se ele continua vivo ou se está
morto, como Tavinho...
- Certo. Eu prometi achar teu irmão mendigo e falhei.
VIUVINHA66
Dessa vez, prometo achar esse outro com vida.
- Continuará sem me cobrar pelo trabalho? Sabe que
não tenho grana.
- Não se preocupe.
Ela o beijou na boca. Depois, disse:
- Vou te dar meu endereço. Meu nome é Odete. E o teu?
- Percival.
- Diferente. Não quer ir lá pra casa? Assim, fica saben-
do onde é...
- Basta me dar o endereço e teu número do celular,
Odete. Estou esgotado. Andei trabalhando muito esses dias.
- Está bem. Eu também não estou muito disposta a
sexo hoje. Estou triste por ter perdido meu mano.
- Imagino. Anote-me o que pedi e vá pra casa. Quando
achar o outro, te aviso. Como é o nome dele?
- Todos temos nomes iniciados com a letra “O”. O que
morreu era Otaviano, eu sou Odete e o outro se chama Ole-
gário.
- Ah, tá. - Disse o mulato, recebendo um pedaço de
papel com o nome, endereço e telefone dela escritos. Ela per-
guntou, antes de ir:
- Pode pagar minha conta? Depois, te devolvo a grana.
Fazia algum tempo que ela tinha ido embora quando
ele viu entrar na boate a dona rabuda com cara de prostituta.
Quando o viu, ela veio diretamente para a sua mesa. Nem
perguntou, sentou-se logo. Só então, quis saber:
- Ainda está querendo informações sobre o mendigo?
- Não. Sei que foi assassinado. Esteve nos telejornais.
Por quê?
- Ele tinha um irmão e uma irmã. Eu a vi sair daqui
quase ainda agora, mas evitou falar comigo. Que se foda.
Também não lhe dei o recado que Olegário mandou dar para
ela - disse a puta, visivelmente bicada.
EHROS TOMASINI 67
- Sabe onde posso encontra-lo?
- Sim. Quanto está disposto a pagar pela dica?
- Menos do que da outra vez. Apenas duzentos paus.
Sem chupadinha.
- Já tenho quem me deixe dar chupadinhas. Passa pra
cá a grana...
- Só te dou depois de ter certeza de que não está me
enganando.
- Essa é fácil de ganhar, caralho: ele pediu para passar
uns tempos lá na minha casa. É ele quem eu chupo, agora.
Percival passou-lhe o dinheiro. Porém, queria que ela
o levasse ao cara. A puta pediu para tomar duas cervejas an-
tes. Depois, o levaria lá. Ele esperou. Até tomou mais uma
cerva com ela. Pouco depois, desciam de um táxi na frente
de uma casa modesta. Encontraram o cara dormindo. Ele as-
sustou-se, quando viu o mulato. Mas Percival o tranquilizou,
dizendo:
- Só quero conversar. Se me der algumas informações
úteis, ganha uma grana fácil.
- Pode se fiar nele, Olegário. O cara é de pagar promes-
sas. Já me deu uma grana pra trazer-lhe até aqui. - Asseverou
a prostituta.
- O que quer saber? - Perguntou o irmão de Odete, sen-
tando-se na cama.
- Primeiro, quem matou teu irmão?
- Foi uma mulher jovem, mas de cabelos totalmente
loiros, cara.
- Você a conhecia?
- Não. Mas meu irmão a conhecia. Ele estava fazendo
um trampo pra ela.
- Ela se chama Bárbara?
- A Viuvinha?
- Sim.
- Não, cara. Viuvinha é gente fina. Sabe que roubamos
VIUVINHA68
o carro dela, mas não fez nada contra a gente. É outra mulher.
Uma mais velha que ela. Parece ter uns quarenta anos.
- A mafiosa Giselda?
- Não, não, uma mais bonita que ela, se bem que dona
Giselda é mais gostosona.
- Então, de quem se trata?
- Essa tem negócios com as duas. Mas não sei o nome
dela. Ia matar nós dois, depois de deixarmos o lacaio de Bár-
bara em casa. Escapei fedendo, cara. Ela matou meu irmão na
minha frente. Vou foder aquela catraia, vou sim.
- Quem dirigia o furgão?
- Ela, cara. Apanhou meu irmão, assim que ele furou
uma putinha. Acho que o trabalho foi encomendado por ela.
Embora eu acredite que tem o dedo da mafiosa naquilo.
- Acha que dona Giselda encomendou a morte da mi-
nha parceira?
O cara olhou espantado para o mulato. Perguntou:
- A putinha era tua parceira?
- Ainda é. Não morreu.
- Caralho, cara. Então, tome cuidado. O próximo a ser
furado pode ser você.
- Por que diz isso?
- A loira perguntou para meu irmão, quando estáva-
mos a caminho do rio: cadê o parceiro dela? Meu irmão disse
que tinha recebido ordens apenas para matar tua amiga. A
loira disse que ele devia ter feito o serviço completo, antes
de lhe meter a faca duas vezes. Depois, quis me esfaquear
também. Mas tive a sorte de conseguir fugir. Agora me lem-
bro: ela tem um nome estrangeiro. Ouvi quando meu mano
a chamou de Hauer, Tauer, sei lá... Eu devia ter tirado uma
foto dela com o celular do mano. Mas, na fuga, o deixei cair
no banco traseiro.
- Teu irmão mendigo tinha celular?
- Tinha, sim. Recebeu-o dela pra fazer os contatos.
EHROS TOMASINI 69
- Ótimo. Vamos fazer uma visita ao necrotério. Os po-
liciais o podem ter pego no furgão abandonado. Devem tê-lo
levado para lá ou para a delegacia. Tentaremos primeiro na
morgue.
- Porra, cara. Eu não posso fazer isso. Não vou aguentar
ver meu mano morto...
- Okay. Eu vou sozinho. - Disse o mulato, botando a
mão do bolso. Tirou de lá uns trezentos paus em dinheiro
trocado. Nem contou, deu para o cara. Ele ficou muito con-
tente.
Pouco tempo depois, o detetive estava no necrotério.
Conhecia um funcionário de lá. Falou com o cara e ele o dei-
xou entrar. Encontrou o corpo nu, ainda à espera de ser pre-
parado para a autópsia. Perguntou ao funcionário da morgue:
- Cadê as roupas dele?
- O que procura?
- Um celular.
- Uma parente dele esteve aqui. Levou tudo e até pagou
para que o cremássemos. Foi buscar a autorização que pedi.
- Como era ela?
- Uma quarentona loira. Saiu daqui faz umas duas ho-
ras. Ah, nós sempre gravamos quem chega aqui procurando
parentes. Quer ver a fita?
- Quero, sim.
Pouco depois, o mulato via umas imagens. Não co-
nhecia a coroa, mas achou-a muito elegante e bonita. Porém,
seus cabelos não era loiros e sim totalmente brancos. Bran-
quíssimos. À noite, poderiam parecer loiros.
- Ela deixou um nome?
- Deixa eu ver... Não. Não deixou. Apenas disse que
voltaria com uns documentos para liberar a cremação.
- Posso ter uma cópia dessas imagens?
- Ok. Quanto irá me pagar por isso?
VIUVINHA70
Quando ele botou a mão no bolso, o cara perguntou:
- Costuma andar com dinheiro, o tempo todo, cara?
Sempre que tu vens aqui estás de bolsos cheios...
- Quase sempre. Detetive precisa “molhar” a mão de
alguém para conseguir informações, já percebeu?
Pouco depois, na saída do necrotério, Percival ligava
para o celular da agente Cassandra. Ela atendeu com sua voz
melodiosa. Ele disse:
- Tenho boas notícias. Onde e quando podemos nos
encontrar?
- No bar mais próximo de onde estiver. Mas tem que
ser coisa importante. Estou no meio de uma investigação.
- É coisa importante.
- Então, me dá as coordenadas de onde está.
Pouco depois, bebiam em um bar chique de Boa Via-
gem. Ela pediu uma dose de Perignon Safra 55, antes de dizer:
- Desembucha.
Ele sacou o telefone celular do bolso. O cara do necro-
tério havia conseguido transferir as imagens para o aparelho
através da Internet. Mostrou-as à linda morena. Ela estreitou
os olhos. Disse:
- Maria Bauer. Agora tudo se explica.
- Conhece?
- Se conheço? Eu e meu irmão estamos atrás dessa puta
há muito tempo. Com certeza, o padre Lázaro está com ela.
Ele deve ter matado o mendigo.
- Não. Recebi informações que ela mesma assassinou o
pedinte. Ia matar o irmão dele, se este não tivesse conseguido
fugir.
- Acha que o cara estaria disposto a depor para a Polí-
cia?
EHROS TOMASINI 71
- Posso convencê-lo.
- Você é dos meus. Precisamos pegar essa dupla o quan-
to antes. E, se for como eu penso, a madre superiora também
está com eles.
- Madre superiora? Quem é?
- O três fazem parte dos meus piores pesadelos. Cas-
sandra ficará contente por você ter reencontrado a pista deles.
- Afinal, quem é Cassandra? Tu ou teu irmão boiola?
- Nunca fale isso perto dele. Eu sou Cassandra, mas ele
me usurpou o nome. Porém, isso é uma longa história. Preci-
samos falar com meu irmão. Urgente.
Pouco depois, o homenina aparecia, vindo num táxi.
Desceu dele um cara jovem e bonitão, acompanhando-o. O
detetive perguntou ao irmão da morena:
- Teu macho?
O motorista do táxi se afastou um pouco, imediatamen-
te, quando ouviu essas palavras. O homenina, no entanto, pa-
receu não ligar pro que ouviu. Apenas disse, sem se alterar:
- Não vou te alertar novamente. Cadê as imagens?
Depois que deu uma olhada no vídeo, concordou:
- Sim, é aquela rapariga safada. Espero que dessa vez
possamos botar nossas mãos nela. O frango preto aí já sabe
da história?
- Contei a ele. - Disse a morena. - Mas sem detalhes,
claro.
- Quanto o pool de farmácias vai te pagar pela tua in-
vestigação? - O homenina perguntou ao mulato.
- Uma grana preta, pra boiola nenhum botar defeito.
O mulato nem soube o que o acertou no meio da testa.
Foi um único murro. Ele caiu para trás, desmaiado e derru-
bando a cadeira onde estava sentado. O taxista e a morena
VIUVINHA72
sorriram. O mulato não sabia com quem estava mexendo. O
homenina disse para a irmã:
- Veja quanto lhe devemos e pague a ele. Retire-o da
investigação. Depois, se junte a nós.
- Desculpa, mano, mas desta vez vou ficar com ele. O
cara é bom. E vai querer vingar a parceira. Vou ajudar-lhe. E
ele nos ajuda.
- Ficou afim dele?
- O cara aguenta meu rojão. Acho que vou ficar uns
tempos com ele, sim.
- Quem sabe é você. Mas não se abestalhe. E diga-lhe
para não me provocar de novo.
- Acho que ele aprendeu a lição.
Pouco depois, o mulato sacudia a cabeça. Estava ainda
zonzo por causa do “tijolaço” na testa. Os clientes do bar já
tinham sido apaziguados pela morena. Ela mentiu para eles,
dizendo-lhes que se tratara apenas uma refrega entre irmãos.
Voltaram aos seus lugares e não deram mais atenção ao mu-
lato caído. Este perguntou, quando se sentou no chão:
- O que me acertou?
- Tua teimosia, claro. Cassandra já tinha te avisado.
- Puta merda, nem vi a mão do puto se mover. Que
murro do caralho!
- Deixe por isso mesmo. Não convém irrita-lo mais.
- Quem era o outro?
- Santo, um amigo nosso e agente como a gente.
- Foi ele quem me acertou por trás?
A morena deu uma sonora gargalhada. O mulato en-
tendeu que o cara nem se meteu na briga. Ainda estava estu-
pefato. Nunca alguém lhe havia acertado assim, para derru-
ba-lo inconsciente. Ela disse:
- Esqueça o incidente. Vamos te pagar o que você acer-
tou com teus clientes. Te ajudo a pegar quem fodeu tua par-
EHROS TOMASINI 73
ceira e xau. Não nos encontraremos mais, apesar de eu ter
dito a meu irmão que tinha ficado afim de ti. Mas você já
demonstrou não acompanhar meu pique, nego.
- Eu faço amor e não a guerra. Tu faz sexo pra matar o
outro, caralho. Estou fora.
- Foi o que pensei. Por onde começamos?
- Como assim?
- Não vai querer pegar quem fodeu tua parceira?
- Claro que sim. Temos como chegar até essa... senhora
Bauer?
- Vai ser a nossa missão, minha e tua, enquanto meu
irmão e o motorista Santo investigam o paradeiro dos cúm-
plices dela. Então, pergunto de novo: por onde começamos?
- Procurando a mandante do quase assassinato de mi-
nha parceira. Acho que tem negócios com a tal... Bauer.
- É provável. Então, trata-se de uma outra mulher?
Sabe quem é?
- Desconfio. Mas para chegarmos até ela, tenho que ir
sozinho. A mulher tem uma porrada de capangas que guar-
dam a mansão que tem perto daqui.
- Então, vamos lá. Estou afim de dar uns tiros.
- Não será preciso. Basta me deixar ir sozinho.
- O que está querendo aprontar, caralho?
- Depois, te digo.
Pouco depois, ele estava perante a esposa do mafioso.
Giselda pediu para ficar sozinha com ele. Os lacaios sairam
da sala mas, cismados com o mulato, disseram que estariam
por perto. Quando desapareceram de vistas, a mulher per-
guntou:
- Você é doido? O que faz aqui? Se quisesse falar comi-
go, bastava mandar recado por Rogério.
- Sei que você mandou matar minha parceira. Não
minta para mim. Senão, não teremos mais nenhum acordo.
VIUVINHA74
Ela esteve um tempo calada, depois confirmou:
- Sim, mandei mata-la. Mas aquele puto foi incompe-
tente.
- Por que a queria morta?
- Promete que não vai me agredir?
- Prometo. Eu não tocarei em você.
- Ela, com vida, me impedia de te ter aqui. Matando-a,
você poderia aceitar assassinar meu marido para ficar comi-
go, como combinamos.
- Não combinamos nada. Você apenas me propôs isso.
- É verdade. Mas esperava que, se apressasse as coisas,
fosse mais fácil de te ter aqui.
- Qual o teu envolvimento com a mulher de cabelos
brancos?
- Como sabe dela?
- Sou detetive, porra.
- Nossa, como você está zangado! Meu marido tem
negócios com ela. Ela criou um composto que limpa o san-
gue de gente doente, livrando-o de impurezas. O compos-
to funciona, pois meu marido está cada vez melhor de sua
enfermidade. Por isso, quero mata-lo, antes que se recupere
totalmente. O cara está a ponto de voltar a andar. Já começa a
querer garanhar comigo. E eu não o quero mais. Quero você.
- Está bem. Como chego a essa médica?
- Só por telefone. Mas ela marca os encontros, não nós.
Liga de número oculto. Teme armadilhas.
- Exija que ela me mate. Dê-lhe o meu endereço.
- Mas...
- Faça isso. Depois, dê um tempo e apareça lá em casa.
Aí, nós faremos sexo novamente.
- Mesmo? Jura?
- Juro.
- E matará meu marido?
- Lá, resolvemos isso.
- Está bem. Ligo para ela agora. Mas é melhor você ir.
EHROS TOMASINI 75
Não quero que os homens do meu marido ainda te vejam por
aqui. Podem desconfiar que temos negócios. Isso será ruim
para nós dois. Não podem saber que nós temos um love, com
meu marido ainda vivo.
- Okay. Vou indo. Faça o que pedi.
Pouco depois, ele saía da residência. Andou um pouco
até aparecer um táxi. Este era dirigido pelo cara que a morena
chamava de Santo. O taxista perguntou:
- Onde quer que eu te deixe?
- Onde está a Cassandra fêmea.
- A testa ainda te doi?
- Vai te foder. Se disser mais uma palavra sobre isso,
desconto minha raiva em você.
O cara deu um sorriso divertido, mas não gargalhou.
Percival ligou para o telefone de Marisa. Ela mesma atendeu,
ao ver que era uma ligação dele. O mulato disse:
- A mulher que encomendou a tua morte vai aí tentar te
matar. Acha que pode foder-lhe sem a minha ajuda? Mas não
poderá dar nenhuma chance a ela.
- De quem se trata?
- Da mafiosa Giselda.
- Foi ela? Deixa comigo. Sou mais perigosa do que
aquela catraia pensa. E você, o que vai fazer?
- Antes, ela vai mandar alguém dar cabo da minha
vida. Eu cuido dessa pessoa antes que ela entre na minha
casa. Você fode a manda-chuva da Agência. Combinado?
- Isso não vai nos trazer problemas?
- Verá que não.
- Então, fechado.
Pouco depois, o motorista deixava o mulato no mesmo
bar onde ele estivera com a morena. Ela estava ainda lá. Ele
perguntou:
VIUVINHA76
- Gravou?
- Sim. Com a câmera que escondi em você, tenho toda
a confissão dela.
- Será que um júri aceitaria a gravação como prova?
- O caso não irá a julgamento. Já enviei o vídeo para
Cassandra, meu irmão. Ele me deu carta branca para agir.
Mas sem alarde.
- Certo. Agora, poderemos ir para algum lugar e dar
umas fodas. Não acho que a mulher de cabelos brancos vá me
atacar agora. - Disse o mulato.
- É verdade. Ela irá planejar melhor e te atacará ama-
nhã. Eu a conheço. A gente tem o tempo necessário para fo-
der. Então, vamos lá. Santo nos leva a um motel. E ficará vi-
giando perto da tua casa, caso as duas cismem de te procurar
hoje.
Mas, aí, o celular do mulato tocou. Ele olhou pro visor
e atendeu. Disse:
- Fale, Bárbara.
- Onde você está? Estou precisando de tua ajuda...
- Ué, cadê Rogério?
- Não sei. Saiu. Mas ele não pode saber que estou do-
ente...
- Doente? Então, chego já aí.
Quando desligou, o mulato disse ao casal:
- Tenho que socorrer uma amiga. Aproveito para ga-
nhar mais tempo para descansar das fodas que demos. Ainda
estou esgotado.
- Nós te deixamos onde tua amiga está. - Disse o mo-
torista bonitão.
- Ok. Poderiam nos dar uma carona até um hospital?
- Claro.
Quando o mulato chegou à casa da loira lindíssima,
EHROS TOMASINI 77
que a Agência apelidava de Viuva, esta estava caída no chão
da sala. Não havia conseguido chegar até a cadeira de rodas
moderna que usava. Ele a acudiu. Perguntou-lhe:
- O que houve? O que faz no chão?
- Não sei o que houve, amorzinho. Faltaram-me forças
nas pernas, de repente. Caí com todo o corpo no chão. Acho
que estou paralítica de novo, meu Deus...
- Assim, de repente?
- Eu... faço um tratamento com uma médica que me
procurou quando eu estava hospitalizada. Passei mais de dois
meses fazendo hemodiálise, trocando o meu próprio sangue
por um que ela aplicava em minhas veias. Foram mais de dez
transfusões em dois meses. Aproveitaram para me contratar
para testar esse novo modelo de cadeira de rodas. Tudo pago
com dinheiro desviado do Governo de PE.
Nisso, a dupla de agentes federais invadiu a residência
da loira. A morena belíssima disse:
- Considere-se presa. Irá responder uma série de per-
guntas na sede da Polícia Federal.
- Mas... temos que levar-lhe a um hospital - disse o mu-
lato.
- Não será preciso. Vamos prender a médica imediata-
mente. Cassandra a localizou rondando o teu apartamento.
Ela quis agir contra ti antes do que eu esperava. Meu irmão
acaba de lhe dar voz de prisão. Ela nem tentou fugir. A dou-
tora Bauer cuidará da tua amiga lá mesmo, na sede da Polícia
Federal. Providenciaremos o que for necessário.
- Estavam na escuta?
- Claro. Você não se lembrou de tirar o “grampo” que
nós havíamos colocado em ti, quando foi à casa da mafiosa...
- Caralho, esqueci completamente. Mesmo assim, obri-
gado por socorre-la.
**********************************************
VIUVINHA78
Foi uma foda gostosa. Dessa vez, a morena policial não
usou da violência. Mas exigiu ter o rabo bem fodido por Per-
cival, como da primeira vez que transaram. Ela limitou-se a
curtir a sua enorme penca entrando e saindo totalmente do
seu cuzinho, arrombando-lhe as pregas ainda doloridas. Ele
a cobria com seu corpo e parecia não ter pressa em gozar na
sua bunda. Movimentava-se lentamente e, de vez em quando,
ela revirava graciosamente os olhinhos, deliciada. Não para-
va de repetir:
- Está gostando de foder meu cuzinho?
- Ele ainda é apertadinho...
- Promete que vai deixa-lo bem arrombado, promete?
- Vou te deixar cagando frouxo...
- Ai, eu vou adorar. Vai gozar nele, vai, amor?
- Vou. Mas vou demorar mais um tempo...
- Assim, sem violência, está melhor?
- Sim. Não gosto daquelas fodas doidas...
- Mas vai foder também minha buceta?
- Só se ela também for apertadinha, como teu cuzinho...
- Ela não é... anos e anos de fodas, amor. Me deixaram
do jeito que eu gosto: bem afolosada.
- Gosto de bucetas e de cus apertadinhos. Quem tem os
dois arrombados são as putas...
- Pois eu quero ser tua putinha, amor.
- Então, vai ter que me dar esse cu mais vezes. Até que
eu o deixe peidando sem nenhum controle...
- Ai, amor, como você é tão romântico...
- Cala a boca e remexe a bundinha. Adoro. Empina
mais ela. Tô quase gozando...
- Ah, não. Agora, não... O ruim de foder suavemente
é que demoro a gozar, seu puto. Não vai me deixar na mão.
Não vai, mesmo!
- Cala a boca, senão te dou umas porradas.
EHROS TOMASINI 79
Ela lançou o cotovelo para trás. Acertou-o nas costelas.
A dor foi enorme. Mesmo assim, foi ela quem gemeu:
- Agora, revida... Me bate, também... e... eu... deixo tu...
gozar...
- Não vou fazer o que você quer. Mas, se me bater de
novo, retiro minha peia da tua bunda.
- Nãaaaaaaaaaaaaaoooooooo. Você não é doido!!! Se
fizer isso, atiro em você...
- Então cala a boca e rebola. Te enfia mais
na minha rola... depois... remexe... o... bumbum...
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
FIM DA OITAVA PARTE
VIUVINHA80
Viuvinha - Parte 09
Depois do coito, Percival acendeu dois cigarros de uma só
vez. Ofereceu um para ela. A morena agradeceu e deu
uma demorada tragada. Soltou a fumaça, fazendo com ela
um anel no ar. Ele também tentou fazer, mas não conseguiu.
Ela riu. Ele lhe perguntou:
- Quando foi que você começou a ser sadomasoquista?
- Nem lembro mais. Acho que era adolescente. Eu já era
bonitinha e gostosinha, por isso meu irmão tinha ciúmes de
mim com outros caras. Batia em quem ousasse se aproximar
de sua irmãzinha única. Então, um dia eu achei que ele era
afim de mim. Disse-lhe que estava doida pra perder meu ca-
bacinho. Ele tentou me demover da ideia. Então, eu quase o
obriguei a me pegar. Disse-lhe que, já que afastava os rapazes
de mim, seria ele o meu dono. Nossa mãe vivia eternamente
bêbada ou drogada, depois que meu pai a deixou. Eu queria
sair de casa. Ter a minha própria vida. Como não trabalhava,
EHROS TOMASINI 81
queria encontrar um marido que cuidasse de mim. Achava
que para conquistar um homem tinha que dar pra ele.
- Afinal, teu irmão fodeu contigo ou não?
- Sim. Várias vezes. Mas ele o fazia com raiva da mi-
nha insistência. Cassandra tem um caralho enorme, quase
do tamanho do teu. Não queria foder minha bucetinha para
que eu casasse virgem. Mas nunca teve pena do meu cuzinho.
Como me fodia com ódio, era o tempo todo violento. Eu me
acostumei. Passei até a gostar disso.
- Percebi que ele tem seios do tamanho dos teus. Aqui-
lo é...?
- Não, não. São naturais. Os seios dele cresceram antes
dos meus. Os amigos começaram a fazer piadas. Para provar
sua macheza, ele os cobria de porradas. Um deles, certa vez,
revidou. Por pouco ele não apanha do cara. Aí, esperou-o
num terreno baldio perto da escola onde estudávamos. Bateu
muito no cara. Depois, fodeu-lhe o cu. A merda é que gostou
de foder cu de macho. Só de macho, não de boiolas, entende?
Com raiva de minha insistência, não quis mais saber de sexo
com mulheres. No entanto, adora foder cu de homens. É as-
sim que os castiga.
- Que coisa. A Polícia Federal sabe disso?
- Sim. Começamos a trabalhar ao mesmo tempo e nos-
sa primeira missão foi desbaratar uma quadrilha de tráfico
de mulheres para o Exterior. Foi quando começamos a usar
nossos disfarces.
- Qual disfarce?
- Ele travestiu-se. Ficava com aparência igual à minha.
E vestíamos roupas iguais também. Buscávamos traficantes
de mulheres nas boates. Eu paquerava o cara que sabíamos
que sequestrava menininhas para envia-las contra sua vonta-
de para outros países. Dopavam-nas, para tira-las do Brasil.
Elas serviam de prostitutas por lá, na esperança de conseguir
dinheiro para voltar para casa. Aí, quando o cara estava bê-
bado, Cassandra trocava de lugar comigo. Levava-o para um
VIUVINHA82
motel e fodia o rabo do cara. Fotografava-o sendo enrabado
por ele. Deixava as fotos sobre a cama, com um bilhete dizen-
do que ia coloca-las na Internet. O sujeito com vergonha de
ter dado o cu sem resistência, partia do Brasil e nunca mais
voltava.
- Puta que pariu. Teu irmão é bem sacana.
- Quando prendíamos alguém, o acusado contratava
um ou mais advogados e continuava explorando e exportan-
do as meninas. Com Cassandra os enrabando, diminuímos o
tráfico de mulheres para menos de um terço. A Federal teve
que se curvar a nós.
- Entendo. O que vão fazer com a tal doutora e sua gan-
gue?
- Ela será presa. É uma cientista de muitos talentos.
Será útil para nós se ajudar-nos em pesquisas. O padre Láza-
ro será estudado por nossos pesquisadores. Queremos saber
como ele faz para voltar dos mortos...
- Como é que é?
- A médica Maria Bauer criou um composto que pare-
ce dar vida eterna ao ex padre. Ele já morreu algumas vezes,
mas ressuscitou. Queremos descobrir como faz isso. É o mais
perigoso do grupo. Mata sem piedade. Sua mulher, também.
A ex freira é tão assassina quanto ele.
- E depois que descobrirem os segredos da dupla as-
sassina?
- Eu e Cassandra os mataremos. Perdemos muitos
agentes, amigos nossos, mortos pelo grupo.
- Vocês têm licença para matar?
- Claro que não. Isso é coisa de filmes de espionagem.
Mas nós não seguimos a cartilha da PF. Daremos um jeito
de faze-los desaparecer da face da terra sem que saibam que
fomos nós.
- E eu que pensava que só eu e minha parceira éramos
assassinos...
- Por isso, estamos fazendo acordos com vocês. Cas-
EHROS TOMASINI 83
sandra te investigou, junto com Santo. Você não tem um fi-
cha policial muito ampla nem muito suja.
- Não tenho mesmo. Mas também tenho meus esquele-
tos guardados no armário.
- Acredito. Mas preciso ir embora, amoreco. Acabou
minha folga. Volto a me encontrar com os rapazes, para aju-
dar-lhes no interrogatório. Iremos encontrar o padre e a frei-
ra, pode ter certeza. Ah, eu ia te dizer: tua parceira matou a
mafiosa. Deu-lhe dois tiros no meio do peito. Cassandra me
pediu para não te contar, mas eu não acho justo. Ele também
me deu uma bolada em dinheiro para te entregar. Não terá
prejuízo com teus clientes. Divida o dinheiro com a tua assis-
tente e mande-a para fora do País. Mas faça isso hoje mesmo.
Depois, começaremos a procurar por ela por todo o Brasil.
- Mesmo sabendo que ela estará no Exterior?
- Mesmo sabendo que ela estará no Exterior. Se eu fosse
você, também sairia do País. A menos que tenha interesse em
assumir a Agência. Não aconselho. Vamos acabar com aquele
antro de crime e extorsão.
- Não tenho vocação para mafioso.
- Ótimo. Então, aproveite a grana que vou te dar e suma
desta merda também.
- Está querendo mesmo se livrar de mim, não é?
- Já te disse que quando completarmos essa operação,
vai ser tchau pra nós dois. Duvida?
- Não, não duvido. Vou esperar você ir embora e vou
ficar neste motel mais um pouco. Tenho muito que planejar.
- Tchau, amore. Dê-me o número da tua conta. Eu de-
positarei nela.
- Eu prefiro que me dê uma mala com o dinheiro. De-
pósito em banco pode ser rastreado. E não quero a Receita
Federal no meu pé.
- Como queira. Mandarei Santo levar a grana ao teu
apê, pode ser?
- Sim. Dividirei com minha parceira, lá. Aproveito para
VIUVINHA84
conversar seriamente com ela. Obrigado.
- Obrigada, também. Você trepa muito bem. Do jeito
que eu gosto. Quem sabe ainda daremos uma saideira, qual-
quer dia desses?
- É... quem sabe?
Quando ela saiu, o mulato ligou para Marisa. Ela aten-
deu preocupada:
- Cadê você? Me deixou sem notícias esse tempo todo...
- Fui detido pela Polícia Federal. - Mentiu ele - Me sol-
taram neste instante. Você ainda está na minha casa?
- Não. Estou na casa da minha irmã. Já soube que matei
a puta mafiosa? Temi que a Agência mandasse seus lacaios
me procurar na tua casa, aí minha irmã me ofereceu ficar uns
tempos aqui.
- Ela está aí contigo?
- Agora, não. Foi trabalhar. Venha pra cá. Tenho algo a
te confessar. Anote o endereço...
- Tenho que passar no meu apê, primeiro. Depois, vou
para aí.
Cerca de uma hora depois, ele saltou de um táxi na en-
trada do prédio onde morava. Pagou ao taxista e subiu, pois
morava no terceiro andar. Quando ia meter a chave na fe-
chadura, estancou. Percebeu que a porta estava apenas en-
costada. Tirou uma pistola da cintura e a abriu com cautela.
Tinha um cara sentado no sofá, apontando-lhe um revólver.
O mulato não se alterou. Disse:
- Oi, Rogério. Está esperando há muito tempo?
- Sim. Desde que soube que você matou a minha pa-
troa.
- - Não matei ninguém. Estive detido pela Polícia Fe-
deral até agora.
- Onde está Bárbara?
- Também foi detida. Ficou lá. Guarde essa arma. Não
EHROS TOMASINI 85
gosto dessa coisa apontanda para mim.
- Oh, desculpa. Não estou te ameaçando, cara. Você é
legal. - Disse o sujeito de paletó preto, guardando o revólver.
- O que faz aqui?
- Dê uma olhada na tua cozinha. Depois, a gente con-
versa.
Percival fez o que ele disse. Voltou ainda espantado.
Havia achado um corpo estendido no chão. De volta à sala,
perguntou:
- O que aconteceu com teu amigo?
- Eu o matei, cara. Ele não acreditou que foi você que
lhe pagou o tratamento. Veio aqui te matar. Queria vingar a
patroa. Tentei impedi-lo, mas ele se voltou contra mim. Tive
que mata-lo, cara. Estou triste. Ele era um bom amigo. Matar
um amigo é a pior coisa do mundo.
- Imagino. O que quer com Bárbara?
- Ela me pediu pra fazer o trabalho que tinha acertado
contigo: matar o boiola, sobrinho da dona Giselda. Mas eu
sabia que o cara era inocente. Foi dona Bárbara quem saca-
neou com ele. Mesmo assim, eu lhe dei um tiro na barriga.
Tô fodido, cara. A Agência está me procurando para dar fim
à minha vida. Preciso da tua ajuda, negão.
- Não posso fazer nada por ti. Mas não se preocupe com
a Agência. A PF está na cola dela. Logo, serão todos presos.
- Então, vou ter que fugir pra longe daqui, cara. Eu
também tenho o rabo preso. Matei pessoas por encomenda-
ção da Agência.
- O que quer que eu faça por você?
- Fale com o patrão. Ele pensa que fui eu que matei
dona Giselda a pedido de dona Bárbara.
- Acha que ele iria acreditar em mim? O cara é meu
inimigo, porra. Andou querendo me matar.
- Pois mate-o por mim. Aí, eu assumo a Agência.
- Já te disse que a PF está na cola daquela máfia. Você
VIUVINHA86
logo seria preso, se assumisse a direção de lá.
- Eu vou preso de qualquer jeito, cara. Tomo a Agên-
cia, arrombo o cofre, pego o dinheiro deles e me mando pro
Exterior.
- Você quer que eu seja teu cúmplice em roubo? Não
sou ladrão, Rogério. Não conte comigo pra isso. E é melhor ir
embora. A Polícia Federal ainda está de olho em mim. Agora
vou fazer um café. Quer um pouco? Depois você se vai.
- Quero meia xícara - disse o cara, num fio de voz.
Quando o mulato chegou à cozinha e procurava as xí-
caras no armário, escutou um tiro. Correu para a sala. O ho-
mem de paletó preto tinha atirado contra a própria cabeça.
Havia miolos espalhados pelo chão. Percival ficou triste. Não
esperava que o cara fosse tão fraco. Pegou o telefone conven-
cional e ligou para a portaria. Disse a quem o atendeu:
- Houve um duplo homicídio no meu apartamento.
Chame a Polícia, por favor.
Pouco depois, o mulato dava depoimento aos quatro
policiais que estavam diante de si. Ninguém acreditou nele.
Queriam leva-lo preso, acusando-o de duplo assassinato. Foi
quando Santo apareceu na porta, com uma valise na mão.
Perguntou:
- Que foi que houve? - Ele mostrava o distintivo da PF.
- Boa noite, senhor - disse um dos policiais - Estamos
acusando este negro de duplo homicídio.
- Deixem o cara comigo e podem ir embora. Eu cuido
dele.
- Mas senhor...
- Saiam. Não me façam exigir respeito à minha autori-
dade.
- Sim, senhor. Desculpe-me.
Quando os tiras saíram, o bonitão perguntou:
EHROS TOMASINI 87
- O que aconteceu aqui?
O mulato fez um resumo dos fatos. Santo pediu que ele
estendesse as mãos.
- Você vai me prender, caralho?
- Deixe-me cheirar teus dedos. E não quero sentir o
odor de pólvora, fui claro?
O mulato relaxou. Estendeu ambas as mãos para ele. O
bonitão, depois, também farejou as mãos dos defuntos. Fi-
nalmente, concluiu:
- Foi o da sala que atirou no outro e depois em si mes-
mo. O barulho dos disparos não chamou a atenção dos vizi-
nhos?
- Este apartamento, quando está de portas fechadas, é à
prova de som. Não ouviram nenhum barulho de estampido.
- Ah, entendi. Bem, trouxe tua grana. A morena reco-
mendou-te uma viagem ao Exterior. Se eu fosse você, segui-
ria o conselho dela.
- Obrigado, cara. Prometo pensar nisso. Eu vou fazer
café. Quer uma xícara?
- Quero, sim. Quanto mais quente, melhor. Enquanto
você o faz, ligo pra Cassandra. Ele mandará alguém pra dar
um jeito nessa bagunça.
- Agradeço.
Cerca de duas horas depois, ele chegava à residência da
irmã de Marisa. Ela o esperava apenas de calcinha. Exibia os
dois ferimentos no tórax, ambos com curativos recentes. Ele
perguntou:
- Como você está?
- Preocupada com você. Ainda bem que chegou. O que
tem na valise?
- Grana pra te financiar um bom tratamento contra a
AIDS no Exterior. É o dinheiro do pool de farmácias. A PF
VIUVINHA88
me deu para abandonarmos o caso. Eles vão cuidar do assun-
to. A grana é toda tua. Não tirei minha parte.
- Obrigada, amor -, disse ela, beijando-o suavemente
nos lábios - mas era sobre isso que eu queria falar: eu te men-
ti. Não tenho o vírus.
- Então, por que me disse aquilo?
- É uma longa história. Prefiro conta-la com nós dois
tomando um vinho gelado. Pedi para minha irmã comprar.
Já está na geladeira.
- Fico contente que estejas sem o HIV. Mas teremos que
adiar a bebemoração. A Polícia Federal está atrás de tu. Vão
nos dar um dia e depois começarão a te caçar.
Ela ficou triste e pensativa. Depois, disse:
- Não vou fugir. A menos que você venha comigo.
- Eu também não sou de fugir, você bem sabe disso.
Está mesmo disposta a ser presa?
- Seja o que Deus quiser.
- Então, vamos tomar o vinho. Essa conversa me deu
sede.
O vinho pegou rápido. Marisa logo estava rindo à toa.
Ajoelhou-se entre as pernas do mulato, disposta a chupa-lo.
Ele, no entanto, insistiu:
- Deixa que eu te faça isso. Nunca senti o gosto da tua
bucetinha...
- Não. Hoje não. Ainda estou fraca da perda de sangue
e os ferimentos me doem. E eu adoro te chupar. Acho essa
penca muito saborosa. Quando melhorar, quero-a na minha
bucetinha.
- Eu prefiro foder teu cu.
- Safado. Minha irmã me disse que eu interrompi uma
trepada tua com ela. Você gosta dela?
- Acho-a bonita, mas prefiro você.
- Não precisa mentir para mim. Aceito se você trepar
EHROS TOMASINI 89
com ela. Mas só com ela, viu? E eu preciso estar presente.
- Por quê?
- Eu não aguentaria te dar o cuzinho. Mas ela adora.
Então, você fode minha buceta e depois o cu dela. Faço tudo
pra te deixar satisfeito, amor.
- Tem certeza de que não ficará com ciúmes?
- Dela, não. Mas deixa eu matar minha vontade agora.
Bote o cacete para fora...
- Tire-o daí você mesma.
- Você quer que eu o chupe todo, ou somente a cabe-
cinha?
- Quem sabe é você. Mas o ideal seria que revezasse as
chupadas.
- Quer que te lamba os bagos?
- Sim, enquanto me bate uma bronha.
- Promete se guardar para gozar na minha boquinha?
- Quando for gozar, te aviso. Mas você perceberá o pau
ficar mais grosso e pulsante.
- Vai pensar em minha irmãzinha, enquanto te chupo?
- Você quer?
- Quero que grite o nome dela. Aí, quando estiver fo-
dendo ela, quero que grite o meu nome.
- Como é mesmo o nome dela?
- Márcia. Mas eu a chamo de Cinha.
- Então, Cinha, me chupa gostoso. Depois, engole meu
pau até o talo.
- Sempre pensei em fazer isso, amor. Mas temi não con-
seguir. Vou tentar, tá?
- Tá. quero senti-lo bem fundo na tua garganta.
Ela começou a abocanhar a jeba dele. Engasgou-se vá-
rias vezes, mas não desistiu. Percival viu sua calcinha enchar-
cada. Disse a ela:
- Tire a calcinha...
- Não vou parar agora. Acho que já peguei o jeito...
VIUVINHA90
- É que eu quero ver tua buceta pingando. Mostra pra
mim...
- Ela tirou rapidamente a calcinha. Voltou imediata-
mente para os seus afazeres. De fato, escorria um líquido
viscoso e branco da racha dela. Pingava no chão. Ele ficou
olhando para a buceta estufada. Ela tinha uma vulva enorme
e testuda. Ele ficou mais excitado. Aí, ela forçou mais a pene-
tração da glande. Ele sentiu a quentura da goela dela, a pica
enfiada bem lá dentro. Ela respirou profundamente pelo na-
riz. Depois, ficou contraindo a garganta, causando-lhe uma
gostosa sensação de prazer. Ele anunciou:
- Vou gozar, Cinha... Está muito gostoso... E excitante...
Tua... garganta... me lembra... um cu... bem apertadinho.
Ela não respondeu. Ficou fazendo movimentos com a
cabeça. A glande, por várias vezes, quase saiu totalmente da
sua boca, só para ela voltar a engoli-la mais profundo. Ela
começou a gemer. Ele também:
- Ai, Cinha. Me fode com a goela, Cinha. Vou gozar.
Vou gozar. Vou... go... zaaaaaaaaaaaar...
Ela retirou totalmente o caralho da boca e ficou baten-
do uma punheta vigorosa nele. Gemeu:
- Goza, amor. Quero sentir teu leitinho espirrando no
meu rosto. Goza. Goza. Goza.
Ele gritou no momento em que a médica abriu a porta
e entrou:
- Ahhhhhhhhhhhhh Cinhaaaaaaaaaaaa... sua... puti-
nha... gostosaaaaaaaaaaa...
FIM DA NONA PARTE
EHROS TOMASINI 91
Viuvinha - Parte 10
Quando viu o casal fodendo na sala, Cinha jogou sua va-
lise médica em qualquer lugar e foi logo tirando as rou-
pas. Perguntou:
- Ouvi chamar o meu nome?
- Sim, irmã. Mas você chegou atrasada. Ele acabou de
gozar, como deve ter visto.
- É uma pena. Mas posso esperar. Lembrem-se que es-
tou na fila. E você não deveria estar fazendo esses esforços,
com esses dois ferimentos abertos. Veja: já estão sangrando
novamente.
De fato, já se podia ver manchas de sangue nas gases.
Cinha terminou de despir-se e pegou de volta a valise de so-
corros médicos. Refez os curativos. O mulato aproveitou para
descansar. Mas acabou pegando no sono sem trepar com a
médica. Deixaram-no dormir.
VIUVINHA92
No outro dia, quando acordou, nehuma das duas esta-
va em casa. Marisa deixou um bilhete dizendo que fora com
a irmã ao hospital, pois os ferimentos haviam infeccionado
e a médica precisava fazer uma limpeza mais apurada neles,
além de aplicar-lhe uns antibióticos que ela não tinha na vali-
se. Percival deixou uma resposta da mensagem sobre a mesa
da sala, dizendo que iria para casa. Que, depois, entraria em
contato com as duas. No entanto, nem bem saiu da casa delas,
seu celular tocou. Era uma voz de homem. O mulato ouviu:
- Estou com a tua parceira e com a irmã dela. São mi-
nhas reféns. Encontre-se comigo ou eu mato as duas.
- Quem fala?
- Lázaro. Você já deve estar sabendo quem sou.
- Sei: o padre assassino. O que quer comigo?
- Preciso da tua ajuda.
- Não é desse jeito que se pede ajuda a alguém.
- Foda-se. Vem até mim, ou mato as duas? Não preciso
delas, só de você.
- Ok. Onde posso te encontrar?
- Um táxi vai parar perto de você daqui a alguns minu-
tos. Entre nele. E, se ligar para alguém, eu mato as mulheres.
Percival olhou em volta. Avistou uma câmera de rua,
dessas utilizadas pela Polícia. Concluiu que o cara o estava
monitorando. Por isso, desligou o celular e esperou. Pouco
depois, um táxi parou bem perto dele. Uma mulher de cabe-
los totalmente brancos abriu a porta do passageiro para ele.
Ele a reconheceu do vídeo do necrotério. Cassandra, a more-
na, tinha dito a ele que ela havia sido presa sem resistência.
Como ela havia conseguido fugir?
A taxista disse:
- Surpreso? Nós não somos fáceis de ser pegos. Com-
porte-se e eu te levo ao padre, ok? Mas vou precisar deixar-te
EHROS TOMASINI 93
desacordado...
- Sem essa de...
O mulato não completou a frase. A doutora Bauer en-
fiou-lhe uma seringa na coxa. Ele gritou de dor. É que a serin-
ga continha um líquido esverdeado que lhe queimava as veias
do corpo inteiro. Ele nem teve tempo de se recuperar da dor.
Ela enfiou-lhe outra agulha, esta contendo alguma droga que
o fez perder os sentidos quase que imediatamente.
Quando despertou, estava totalmente nu e sentiu-se
chupado. Estava amarrado a uma cadeira onde lhe haviam
sentado. Ela estava ajoelhada entre as pernas dele. Tinha seu
enorme caralho na boca. Ele já estava a ponto de gozar. Ela
percebeu que ele havia acordado e falou:
- Relaxe. Não prenda teu gozo. Preciso ainda de mais
um pouco esperma. Depois, te deixo em paz.
Percival ouviu uma voz vinda de um outro canto da
pequena sala onde estavam. Havia uma cadeira de rodas mo-
derna e um cara magérrimo sentado nela. Ele exigiu:
- Lembre-se de deixar também para mim.
- Não tenha dúvidas, querido. Deixarei também para
tua esposa.
O mulato gozou na boca dela. Ela engoliu cada gota do
seu sêmen. Depois, lambeu os lábios, querendo aproveitar o
restinho. Aí o cara se aproximou dela e a puxou de perto de
Percival. Parecia ter urgência. O detetive notou que, apesar
de ter gozado, seu pau continuava duríssimo. Ficou incomo-
dado quando o cara se curvou e começou a mamar no ca-
ralho dele. O mulato sacudiu o corpo, querendo dificultar o
trabalho do sujeito. A mulher de cabelos brancos advertiu:
- Deixe-o te chupar, senão te aplico outro sedativo.
- Tudo isso só para esse boiola me chupar? Não seria
VIUVINHA94
melhor pagar uns putos pra vocês fazerem boquetes neles?
- Talvez. Mas precisamos de você. - Disse a doutora.
A médica esperou um pouco para que o padre conse-
guisse uma gozada na boca. Depois, explicou:
- Nós adquirimos uma doença degenerativa que está
nos matando rapidamente. Precisamos de esperma humano
para amenizar as dores que sentimos e adquirir novas forças.
Mas isso está cada vez fazendo menos efeito.
- E eu com isso?
- Eu infectei as duas irmãs com um concentrado desse
vírus. Elas têm apenas um dia de vida, se eu não lhe adminis-
trar o antídoto. Você também está infectado, mas com uma
quantidade ínfima do vírus.
- E qual o propósito disso tudo?
- Queremos que vá à Polícia Federal e liberte minha
sósia. Ela é uma mistura de mim e de Lázaro. Tem as minhas
habilidades e o instinto assassino dele. Se não conseguir res-
gata-la, mate-a. Não a queremos nas mãos do inimigo. Eles
têm métodos de tortura extraordinários. Podem obrigá-la a
dizer onde e como nos encontrar. Você tem vinte e quatro
horas pra fazer isso. É tempo suficiente para você planejar
o resgate. Lembre-se de que cada minuto conta para que as
duas irmãs recebam o antídoto. E tenha certeza de que esta-
remos o tempo todo te vigiando.
- É pouco tempo para planejar um ataque à sede da PF.
Dê-me mais uns dias...
- Um único dia a mais. Só isso. Vou aplicar o antídoto
nelas, mas volto a inserir-lhes o vírus novamente, amanhã.
Aí a doutora botou as mãos no rosto e começou a ge-
mer. O padre Lázaro ignorou seu sofrimento. Estava impassí-
vel. Quando a cientista parou de sofrer e retirou as mãos das
faces, seu rosto estava mudado: parecia uns dez anos mais
jovem. O assassino disse:
EHROS TOMASINI 95
- Você voltou a estar linda.
- Obrigada, paixão. Você já terminou?
- Sim. Solte-o. Ele não nos atacará. Mostre-lhe minha
esposa.
- Acha que devemos?
- Sim. Ele verá porque estamos fazendo tudo isso. - Dis-
se o ex padre, fazendo a volta com a moderníssima cadeira de
rodas, saindo da sala e fechando a porta atrás de si.
A médica pegou um bisturi e cortou as cordas que
prendiam o mulato com rara habilidade. Ele perguntou:
- Que porra aplicou em mim? Ainda estou de cacete
ereto e doido pra trepar.
- Se você me prometer se comportar, te alivio dessa
agonia.
- Como fará isso?
- Depois, verá. Antes, quero te mostrar uma coisa. Ve-
nha comigo.
Ele a seguiu até uma sala contígua. Lá, estava deitada
numa cama uma mulher magérrima e desacordada. A dou-
tora explicou:
- Esta é a esposa de Lázaro. Faz mais de um ano que
está em coma. Recebeu uma bala na cabeça que comprome-
teu seriamente seu cérebro. Continua viva mas a bala ainda
está lá.
- Não seria melhor se vocês abreviassem seu sofrimen-
to?
- Lázaro não quer a eutanásia. Confia nas minhas ha-
bilidades e nos meus conhecimentos médicos e científicos.
Insiste que eu conseguirei salvar-lhe. Eu tenho me esforça-
do. Fiz várias tentativas para reanima-la. Todas falharam. O
vírus que temos no sangue complicou mais a situação dela.
Eu também não quero morrer. Estou trabalhando dia e noite
para descobrir a cura da rara enfermidade que temos. Encon-
VIUVINHA96
trei um peixe raríssimo que achei que tinha poderes milagro-
sos mas ele, ao invés disso, parece ter acelerado o processo da
nossa morte.
- Quem financia tuas experiências?
- Muita gente: governos do Brasil e empresários do
mundo todo, principalmente os dos Estados Unidos da Amé-
rica.
- Então, a falsificação de remédios populares aqui em
Pernambuco é ideia tua?
- Com a conivência do governador. Ele desvia dinheiro
do Lafepe. Usa a grana adquirida com a venda dos remédios
falsos para financiar uma rede de farmácias, e uma indústria
de cadeiras de rodas ultramodernas, para vender no Exterior.
Elas são caríssimas mas muito procuradas por milionários de
todo o mundo.
- Não seria mais econômico aplicar a fórmula que você
descobriu para fazer as pessoas voltarem a andar?
- Sim, claro. Mas a fórmula ainda está embrionária.
Porém, já consegui grandes avanços. No entanto, o produto
ainda tem falhas. Por isso, preciso de mais tempo. Não posso
ser presa agora, entende?
- Se você se entregar à Polícia Federal, poderá usar os
laboratórios e a grana deles pra trabalhar na tua pesquisa.
- Acha que a intenção daqueles escrotos é científica?
Querem usurpar minhas pesquisas para vende-las a outros
países, só isso lhes interessa. Já passei por essa situação. Gen-
te da própria PF tentou me iludir com propostas de ajuda
para depois roubar minhas experiências. Não caio mais nes-
sa. E também não quero estar prisioneira de ninguém.
- Mudando de pau pra cacete: a doutora Bauer que está
presa na sede da PF é um clone?
- Sim. Uma versão violenta de mim, infectada pela
crueldade de Lázaro.
- Mesmo assim, você parece gostar dele...
- Ele e a esposa foram os primeiros a acreditarem no
EHROS TOMASINI 97
meu trabalho. Financiaram minhas pesquisas por longos
anos. Inclusive, eu e Lázaro chegamos a ser amantes. Mas ele
sempre amou a madre.
- Okay. Vou fazer o que me pedem. Mas não garanto
trazer a clone viva. É muito difícil sair de lá de dentro. A se-
gurança é severa.
- Nós sabemos. Por isso precisamos da tua ajuda. Des-
cobrimos que você tem amizade com os agentes mais peri-
gosos deles. Será mais fácil entrar lá do que nós. Mate minha
sósia e eu prometo aplicar o antídoto nas duas irmãs imedia-
tamente. Pode fazer isso? Sei que é um assassino.
- Não mato inocentes, só bandidos. Mas vou tentar tra-
zê-la com vida, sim.
Inesperadamente, a doutora lhe beijou os lábios. Pare-
cia agradecida mas o mulato achou que era mais que isso.
Teve a certeza quando ela pegou em seu caralho ainda pul-
sante. Ele continuava totalmente nu. Ela tirou imediatamen-
te toda a roupa branca que vestia. Agarrou seu caralho com
urgência e o apontou para a racha. Enfiou-se nele, de pé, no
meio da pequena sala que servia de quarto de hospital. Ele
voltou a beijar-lhe os lábios. Eram doces e carnudos. Macios
e gostosos de beijar. Ela correspondeu ao carinho enfiando-
-se mais na peia dele. Gemeu arrastado, pois era apertadinha.
Mas estava tão encharcada que logo o cacete entrou em sua
total extensão. Ela tinha que ficar nas pontas dos pés para
alcançar a boca dele. Ele a suspendeu nos braços e a encos-
tou na parede. Imprensou seu corpo contra o cimento e fê-la
gozar pela primeira vez. Ela o puxou pela mão e deitou-se
sobre uma mesa de tampo de vidro que tinha naquele am-
biente. Suspendeu as pernas, demonstrando grande forma
física. Apontou sua pica de novo para a vulva encharcada. Ele
a retirou dali e parafusou no cu dela. Ela gemeu:
- Por aí, não, querido. Faz tempos que não dou meu
buraquinho. Nem mesmo tinha sexo vaginal nesse período.
VIUVINHA98
Só me interessava em chupar caralhos, para me alimentar do
seu leitinho.
- Eu gosto de cu. Fodo bucetas só por distração. Às ve-
zes, pulo até as preliminares...
- Não. Façamos o seguinte... Ai!
Ele havia metido só a cabeçorra em seu cu. Pediu:
- Continue falando...
- Eu... prometo te dar... meu buraquinho... quando
você... Aiiiiiiiiii.
Ela estava ofegante e ele aproveitou enquanto a douto-
ra falava para lhe enfiar mais o enorme caralho no cuzinho
apertado, sem cuspe. O mulato retrucou:
- Não. Eu quero agora. E quando voltar, vou querer de
novo. Senão, não há acordo com vocês.
- Não acredito que deixaria as duas irmãs mor...
Uuuuuuuuuiiiiiiiiiii.
- Se eu voltar e elas tiverem morrido, juro que chamo
Cassandra aqui para, juntos, arrombarmos tu cu antes de te
matar.
- Não. Não. O homenina é violento e iria mesmo me
arromb... Aaaaaaaaaaaaaar...
- Isso mesmo. Agora, eu é que digo pra você relaxar. Já
entrou tudo.
- Uuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhh... então... mete... mete...
bem... gostosooooooooooooooo...
A médica gozou, dessa vez pelo cuzinho. O mulato des-
pejou uma enorme quantidade de porra dentro do rabo dela.
FIM DA DÉCIMA PARTE
EHROS TOMASINI 99
Viuvinha - Parte 11
Quando o mulato parou de lhe foder o cu, a médica conti-
nuou agoniada, sem fôlego. Disse com dificuldade:
- Estou cada vez pior da saúde. Antes, conseguia dar
várias fodas seguidas sem ficar resfolegante. Agora, só falto
morrer com falta de ar.
- Desculpe, não consegui me conter. Ainda bem que
o caralho murchou. Já estava ficando de cacete dolorido de
tanto tesão.
- O Sangue... de Cristo... é melhor... que Viagra. Não
causa... problemas ao... coração - disse ela - mas provoca de-
pendência.
- Eu abomino drogas.
- Entendo. Eu também não gosto. Mas essa enfermi-
dade tem um lado bom: todo dia tenho que estar com um
caralho na boca. - Disse ela, já recuperada da má respiração.
- Não faz estoques?
VIUVINHA100
- Fazia. Mas descobri que, mesmo as ampolas guarda-
das em geladeira, o esperma contido nelas perdem seu efeito
rápido demais. Então, é melhor coletar “in loco”.
- O ex padre gosta de chupar machos?
- Detesta. Deu trabalho convencê-lo a botar um pau
alheio na boca. Mas depois admitiu que o efeito do sêmen
colhido diretamente do caralho é mais duradouro. No entan-
to, ele costuma matar o doador assim que a quantidade de
esperma deste diminui.
- Então, preciso ficar atento ao cara. Mas agora eu gos-
taria que aplicasse o antídoto nas irmãs, como prometeu.
- Eu farei isso. Antes do Lázaro aparecer aqui, porém,
deixa eu te dizer uma coisa...
- Diga.
- Se não conseguir libertar minha sósia nem mata-la,
não volte. Lázaro odeia quem falha. E eu não conseguiria im-
pedi-lo de assassinar as meninas.
- Por que está me ajudando?
- Eu não sou má, meu garoto. Você também parece ser
uma boa pessoa. Eu queria ter menos idade e não estar do-
ente.
- Quantos anos você tem?
- Eu sou de um tempo em que as mulheres escondiam,
a todo custo, a sua idade dos homens. Mas acredite que sou
bem mais velha do que aparento.
- Você me parece uma bela mulher de uns trinta e cinco
anos.
- Obrigada, mas...
Aí o padre entrou na sala com sua cadeira de rodas.
Perguntou:
- E então, já sabe porque apoio a doutora?
- Amar tua esposa não te faz um sujeito melhor - res-
pondeu o mulato, ainda nu. A médica se vestia.
- Vejo que já aliviou o tesão. Sinal de que concordou em
EHROS TOMASINI 101
resgatar a clone da doutora?
- Sim. Mas não garanto trazê-la aqui com vida.
- É o bastante se mata-la. É um clone defeituoso. Muito
rebelde. Faz o que quer. E sabe que está morrendo. Por isso é
tão revoltada. Não nos tem utilidade.
- De todo jeito, é uma vida humana.
- Nós não vemos assim. O fato é que posso clonar a
doutora Maria de novo, quantas vezes quisermos.
- Então, por que não clona tua mulher?
- Tentamos várias vezes. As cópias dela não vivem por
muito tempo. Quando muito, uns dois ou três meses. Depois,
morrem já adultas.
- Bem, eu vou vestir-me e ir embora.
- Não tão depressa. - Afirmou o assassino - Maria vai te
aplicar um sedativo e depois te deixar de táxi perto da sede da
PF. Antes, você vai ligar, na minha frente, e marcar com teus
amigos pentelhos um encontro lá.
- Ok. Dê-me meu celular que estava no bolso da minha
calça.
Pouco depois, já vestido, o mulato ligava para a agente
Cassandra. Quando ela atendeu, disse com ironia:
- Oi, já está com muita saudade de mim? Ou aconteceu
alguma coisa que não sei?
- Conseguiram fazer a doutora falar?
- Ainda não. Ela é resistente, mas vamos lhe quebrando
aos poucos.
- Eu tenho uma forma de conseguir o que querem. Dei-
xe-me interroga-la.
- E o que você faria que nós não podemos fazer?
- Concorde que eu tenha uma breve entrevista com ela
e saberá.
- Okay, baby. Vou falar com Cassandra. Não se afaste
do telefone, ouviu?
VIUVINHA102
Não demorou cinco minutos e ela ligou de volta:
- Tudo bem, amore. Meu irmão concordou. Mas terá
que interroga-la na nossa presença.
- Zero bronca. Chego já aí.
Quando desligou, o ex padre lhe pediu o celular de vol-
ta. Disse:
- Irá sem ele. Não quero que ligue para ela, no meio do
caminho, alertando-a sobre as duas irmãs.
- É justo. Mas como eu faria isso se vou estar sedado?
- Nunca se sabe. Eu consigo escapar de situações pio-
res. Você pode ser capaz de fazer o mesmo. Portanto, não vou
arriscar. Mas você está agindo bem. Enganou a puta morena
com muita habilidade. Continue assim e até poderemos ser
amigos.
- Sem essa. Não me junto com certos tipos de gente.
O ex padre fechou a cara, mas não retrucou. Percival
viu uma sentença morte estampada em seus olhos. Sorriu
intimamente. Tudo estava saindo como ele havia planejado
enquanto fodia a doutora.
- Já tem um plano de resgate? - Perguntou o sujeito,
depois de respirar fundo.
- Sim.
- E um plano de fuga?
- Idem.
- Qual?
- Não vou te dizer. Guarde bem meu aparelho. Vou
quere-lo intacto quando voltar.
- Terá. Prometo.
O mulato facilitou o ombro. A médica já estava vesti-
da e com uma seringa com sedativo na mão. O ex padre, no
entanto, disse:
- Aplique-lhe o sonífero quando ele estiver no táxi.
EHROS TOMASINI 103
Você não gostaria de carrega-lo até lá e sabe que eu não pos-
so fazer esse esforço.
- Bem pensado, amor.
Lázaro foi seguido pelo casal, de perto, até o carro. O
negro sentou-se no banco de passageiros, ao lado do moto-
rista, e ela lhe injetou o sedativo. Ele logo arriou na cadeira.
O ex padre alertou à mulher:
- Vá, mas não se aproxime muito da sede da Polícia Fe-
deral.
- Espero ele voltar, para lhe facilitar a fuga?
- Não. Deixe ele se virar. De qualquer forma, vou ma-
ta-lo assim que cumprir sua missão, resgatando ou não a tua
cópia defeituosa. Ele também não saberá voltar aqui. Nós o
trouxemos desacordado e ele sai também desmaiado. Não
conseguirá nos achar sem ver o caminho. Depois, eu mando
alguém mata-lo, seja no apartamento dele ou no das irmãs,
onde o pegamos na frente.
- É necessário mesmo assassina-lo?
- Por quê? Você gostou dele?
- Sim. Ele me lembra alguém que conheci há muito
tempo.
- Sem sentimentalismo. Precisamos preservar as nossas
vidas para você continuar tuas pesquisas. É pena que aque-
le peixe estranho que você roubou da vila de pescadores(*)
morreu sem que você tivesse encontrado utilidade para ele. E
deixe esse táxi lá e pegue outro para vir embora. Esse é rou-
bado. Mesmo se a Polícia investigue, nunca chegará ao dono
pois já o matamos e enterramos.
- Você o matou e enterrou, não nós.
- Você está ficando mole.
- A idade e a doença implacável me fizeram repensar
muitas coisas. Mas deixe-me ir embora. Quanto mais cedo
resolvermos o caso da minha sósia, melhor.
VIUVINHA104
********************************************
Quando Percival acordou, viu que estava no mesmo
táxi, perto da sede da PF. Ainda estava zonzo. A chave do
carro estava na ignição. Ele a retirou e guardou no bolso. Re-
compôs-se e entrou no prédio federal. Identificou-se ao cara
da portaria que ligou para Cassandra. O sujeito disse, depois:
- Cassandra autorizou a tua permanência no prédio.
Alguém vem te buscar.
- Qual Cassandra, a morena ou o boiola?
- Estou vendo um inchaço na tua cara. Foi coisa de
boiola?
- Vai te foder.
O cara riu. Um agente veio, assim que o elevador abriu
as portas. Chamou o mulato:
- Detetive, vamos subir.
Quando Percival entrou no elevador, este se apresen-
tou:
- Agente Samuel. Está armado?
- Não.
- Posso te revistar?
- Claro.
Pouco depois, a morena Cassandra o beijava na boca.
Estava ao lado de Santo e do irmão. O homenina não lhe res-
pondeu o cumprimento. O mulato não demonstrou ter fica-
do incomodado com isso. Estavam diante da clone de Maria
Bauer, que estava algemada a um catre. Parecia cansada ou
doente.
- Posso falar com ela agora? - Perguntou o detetive.
- Pode - respondeu o homenina.
EHROS TOMASINI 105
O mulato caminhou resoluto em direção à mulher de
cabelos branquíssimos e, de repente, quebrou-lhe rapida-
mente o pescoço. O homenina rosnou:
- Puta que pariu. Vou foder esse cuzão...
O agente partiu para cima do mulato, de punhos arma-
dos para lhe dar um murro. Soltou o soco em direção ao de-
tetive. Este bloqueou o golpe com uma mão e retribuiu com
o punho também cerrado. Planejara isso desde onde estivera
prisioneiro. Previu que justamente o homenina iria atacá-lo,
quando matasse a mulher. Por isso, se preparou pra receber
o tijolaço. Depois de bloquear o golpe, Percival deu-lhe um
murro tão potente na testa que o homenina voou uns três
metros e caiu com todo o corpo no chão. Não mais se le-
vantou. Santo não se moveu. A irmã de Cassandra também.
O agente que o levou até ali finalmente reagiu ao espanto e
puxou a arma da cintura. Apontou-a para o detetive. Percival
disse:
- Agradeço a compreensão de todos vocês. Mas agora
tenho pressa.
- O que está acontecendo? - Perguntou a morena, sem
dar atenção ao irmão caído.
O mulato explicou tudo rapidamente. Eles ficaram im-
pressionados. O agente continuava de arma apontada para
Percival. Santo disse:
- Guarde a arma, Samuel. Não precisará dela.
- Mas... ele bateu no chefe!!!
- Apenas revidou uma porrada que meu irmão lhe dera
antes, agente. Isso sai na urina. Temos urgência em prender o
padre. Você sabe onde esteve prisioneiro, Percival?
- Não. Mas eles deixaram o táxi aí na frente. Temos a
placa.
- Pode ser um carro roubado, amore.
- Sim, sim... mas eles ficaram com meu celular. Ele tem
VIUVINHA106
rastreador. Podemos localizar o endereço da casa onde fiquei.
Só precisamos de um computador que tenha o programa de
rastreamento.
- Todos têm - disse Santo, sentando-se diante de um
notebook.
Para o azar deles, não era possível rastrear o aparelho.
Ele estava incomunicável.
- O filho da puta deve ter descoberto o GPS e destruiu
teu celular, cara - disse o agente Samuel.
- Tudo bem. Entre no site da Polícia. Eu vi que tem vá-
rias câmeras guardando a sede.
- Bem pensado - disse Santo, mexendo no teclado. Di-
gitou uma senha e o site de vigilância do Detran abriu. Ele
projetou as imagens do computador para uma grande tela
que tinha na sala. Depois, voltou as gravações de uma das
câmeras. Viu o táxi abandonado na frente da sede da PF.
- Volte mais um pouco - pediu Cassandra.
- Ali. É a doutora Bauer saindo do táxi. Mas... - Disse o
agente Samuel, espantado. Ele olhou para trás e a sósia dela
continuava lá, algemada e de pescoço quebrado.
- A que pegamos é mais uma sósia da filha da puta da
doutora. Por isso a matou?
- Sim. Principalmente porque ela é uma cópia progra-
mada para matar a sangue frio, já que sabe que morrerá em
breve por ser um clone defeituoso. E nós temos que localizar
o padre o quanto antes. As irmãs correm risco de morte.
- Ok, amore. Santo, vá voltando as imagens e seguindo
o táxi até sabermos de onde ele veio. Espero que as câmeras
cubram todo o percurso. - Disse a morena.
- Tenho uma ideia melhor - Falou Santo - Vou seguir as
imagens da doutora depois que ela saiu do táxi. Vejamos se
ela pegou outra condução.
A médica havia parado outro táxi que passava por ali
EHROS TOMASINI 107
logo depois. Anotaram a placa do veículo. Santo pesquisou
no site do Detran e encontrou o nome do proprietário: era
uma empresa de teletáxis. Uma das câmeras havia capturado
o número da empresa, estampado na porta do carro. Cassan-
dra ligou para o telefone escrito na lateral, identificou-se e
pediu para a atendente devolver a ligação. Quando a moça o
fez, ela atendeu ao aparelho antigo que tocava na sala:
- Alô?
- Eu sou a atendente do Teletáxi. A senhora pediu para
eu ligar. Está confirmado o número da PF. O que a senhora
deseja?
- Obrigada, amor. Eu quero o celular do taxista que di-
rige o carro cuja placa eu vou te dizer o número agora...
Pouco depois, a voz feminina retornava. Disse para a
agente:
- Pronto, senhora. Coloquei-o na linha. Se ele tiver pas-
sageiro, este não poderá ouvir a conversa pelo rádio.
- Obrigada. Você é um amor. Era isso mesmo que eu
queria.
O taxista atendeu. Ela falou:
- Aqui é a Polícia Federal. Disfarce e responda à per-
gunta: ainda está com uma passageira de cabelos totalmente
brancos ao teu lado?
- Sim, senhora. Estou com uma passageira.
- Okay. Continue disfarçando. Ela é perigosa. Estamos
à sua procura há tempos. Assim que a deixar no endereço que
ela pediu, ligue de volta para mim e diga-me onde a deixou,
entendeu?
- Sim, senhora. Vou deixar a cliente em casa e te ligo de
volta. Vai me esperar? Está bem. Vou perguntar à passageira
onde ela vai ficar. Espere um pouco.
- Apenas dirija. Não vou te dizer aonde vou. Mas já es-
tamos perto - disse zangada a médica.
VIUVINHA108
- Aguarde só uns dez minutos mais, senhora. - Conti-
nuou fingindo o taxista ao celular - Depois, se eu demorar,
pegue outro táxi, está bem? Vou ter que desligar. Celular me
tira a atenção do trânsito.
Assim que o cara desligou, a morena Cassandra disse:
- Preparem uma equipe, a melhor que dispomos. Hoje,
pegaremos aquele trio diabólico. Vem conosco, amore?
- Sim. Mas não me responsabilizo por meus atos se eles
tiverem matado as irmãs.
- O que faremos com o chefe? - Perguntou o agente Sa-
muel.
- Deite-o num sofá e deixe-o dormindo. Meu irmão
está muito cansado.
Pouco depois, a equipe de federais prendiam o trio
numa residência modesta em Boa Viagem. O taxista esper-
to havia dado exatamente o endereço onde deixara a mulher
de cabelos brancos. Doente e fraco, o ex padre não ofereceu
resistência. A médica Maria Bauer, no entanto, negou-se a
aplicar o antídoto nas irmãs, com raiva do mulato ter-lhes
denunciado. Cassandra não se aperreou. Disse para o mulato:
- Não se preocupe. Acho que sei o que essa galinha in-
seriu no sangue das meninas. Santo tem um pequeno estoque
do composto esverdeado que ela aplica nos machos para se
alimentar de porra. Deve haver uma relação entre as drogas.
Levem essa piranha. E os outros, também. Encontraram mais
alguém na casa?
- Não, senhora -, respondeu alguém da equipe - mas
encontramos roupas jovens em dois armários. Deve haver
outros clones por aí.
- Nós os encontraremos.
Depois de dar mais algumas ordens, a agente federal
virou-se para Percival. Disse-lhe:
EHROS TOMASINI 109
- Estou orgulhosa de você, caralho. Além de haver tido
a coragem de peitar meu irmão, matando uma prisioneira
sob a guarda dele, teve sua revanche e promoveu a captura
desse trio, que por anos foi a pedra em nosso sapato. Merece
uma bela foda por causa disso.
- Está me convidando para algum motel?
- Dessa vez, não. Quero te levar para a minha casa em
Olinda, topa?
- Estou preocupado com as duas irmãs.
- Elas estão em boas mãos. A tal de Viuvinha, também.
As três ficarão um tempo internadas na própria PF. Eu, pes-
soalmente, prometo acompanhar a evolução do tratamento
delas. Por conta destas excelentes prisões, eu ganho alguns
dias de férias. Gostaria de goza-las contigo, literalmente.
- E quanto a Cassandra?
- De meu irmão, cuido eu. Estou adorando ele ter per-
dido aquela briga pra ti. Vai ficar puto ao saber que eu e você
estaremos juntos. Vai me xingar pra cacete, mas eu aguento.
- Está bem. Fico contigo. Mas com uma condição: não
faremos sexo violento. Eu não gosto.
Não teve jeito. Nem bem chegaram à casa dela, a more-
na o surprenedeu logo assim que lhe deu uma taça de vinho
caríssimo, dizendo que queria fazer um brinde à prisão do
ex padre e das duas mulheres, suas companheiras. Percival
sorveu a taça de um só gole, como ela pediu. o mulato logo
se sentiu estranho. Percebeu tarde demais que havia sido do-
pado. Caiu sentado no sofá, lutando contra o efeito da droga
ingerida. Ela ria.
Quando recuperou os sentidos, o mulato estava com
esparadrapo tapando sua boca e algemado à uma cama. Seu
corpo estava disposto em xis e ele estava totalmente nu. Ela
também estava nua e se deliciava com uma taça de vinho ge-
lado. Disse para ele:
VIUVINHA110
- Ainda bem que despertou rápido, amor. Eu menti.
Sexo sem violência não tem graça para mim. Então, vou te
torturar até matar a minha vontade de foder bem muito con-
tigo. Vamos começar? Não precisa responder, se não quiser.
O mulato a olhava com ódio. Acreditava que ela o havia
dominado à espera do irmão que iria querer se vingar dele. Já
era noite e ela bebia à luz de velas. O quarto estava decorado
para um encontro amoroso, cheio de pétalas de rosas espa-
lhadas pela cama e pelo chão. Havia uns palitos de incenso
queimando num canto, perfumando o ambiente. Ela retirou
uma vela acesa do castiçal e pingou a cera quente no peito
dele. O mulato não gritou. Imediatamente, ela derramou um
pouco de vinho no local e lambeu ali. Repetiu o ato várias
vezes. Algumas delas, pingando no mesmo local de antes.
Dessa vez o mulato gemeu. Ela sorriu. Arrancou-lhe o espa-
radrapo da boca. Sem pressa, terminou de beber a taça de vi-
nho. Então, abriu uma gaveta do guarda-roupa e retirou de lá
uns apetrechos sexuais. Colocou alguns sobre a cama, entre
as pernas abertas de Percival. No meio dos brinquedos, havia
uma espécie de pênis de plástico inflável que media cerca de
um metro, com os dois lados rombudos. Percival arrepiou-se,
quando viu o objeto. Sabia para que ele servia. Ele disse:
- Aconselho a não continuar. Posso me livrar facilmen-
te destas algemas.
- Du-vi-de-ó-dó. Vou foder teu cu ao mesmo tempo
que foderei o meu. Meu irmão também sempre fugiu desse
tipo de sexo. Isso me deixou querendo ainda mais.
- Não ouse. Não tolero esse tipo de coisa. Nem preciso
te dizer que sou macho pra caralho.
- Du-vi-de-ó-dó! Depois que eu te enfiar essa trolha no
cu, tenho certeza de que irá gostar. - Disse ela, enfiando uma
das pontas do tubo flexível e inflável na buceta. Quando en-
trou a metade, ela lambuzou as pregas do mulato com cuspe.
Depois, apontou o outro lado do tubo para o cu dele.
EHROS TOMASINI 111
Foi quando o Percival fez um movimento rápido e
poderoso, puxando as quatro algemas com força. Para sua
surpresa, todas se abriram facilmente ao mesmo tempo. Es-
tavam já abertas. Ela deu uma sonora gargalhada, zombando
dele. O mulato ficou irado. Agarrou-a pelos cabelos e jogou-a
de cara na cama. Ela ainda ria-se a valer. Ele ficou mais irrita-
do ainda. Nem lubrificou a peia. Meteu-a até o talo na bunda
dela, de uma única fincada. Ela empinou mais a bunda. Ele
copulou seu ânus. Ela ria e gemia de prazer ao mesmo tempo.
Forçou mais a bunda contra o enorme caralho dele, até que
ficou numa posição que podia masturbar a xana, enfiando e
retirando o tubo plástico da vulva. Gozava pela frente e por
trás ao mesmo tempo. Ele bombeou a pica sem pena. Ela sor-
ria, repetindo:
- Ih, nem está doendo. Ih, não está doendo... soca mais
forte, amor.
Ele urrava de tesão, fodendo o cu apertado dela. Ela
gozou várias vezes, depois caiu de cara na cama. Estava pros-
trada. Mesmo assim, ainda repetia:
- Ih, nem doeu. Ih, tu tens um pau mixuruca... nem...
gozei... porra....
E caiu de cara no lençol, desmaiada mas com um sor-
riso feliz no rosto.
FIM DA DÉCIMA PRIMEIRA PARTE.
(*) Ver a série O Homem Que matou Mona, deste autor.
VIUVINHA112
Viuvinha - Parte 12
Anoite foi longa. Por volta das dez da manhã, o mulato
despertou com um barulho vindo da sala. Retesou os
músculos. Acordou a morena. Esta disse, ainda de olhos fe-
chados, destruída:
- Sem problemas. Deve ser meu mano. Ele tem a chave.
- Puta que pariu - sussurrou o mulato - o cara vai me
pegar mole de tanto trepar contigo. Vou levar uma surra do
caralho.
- Relaxa, negrão. Não vou deixar ele bater em tu. Mas
deve ter acontecido algo importante para ele vir aqui a essa
hora. Sabe que me acordo depois do meio dia.
- Mas estamos nus... - Ainda cochichou ele.
- E daí? Pior seria se ELE estivesse. Tu iria ficar de cu
ardido, como eu.
O homenina gritou da sala:
EHROS TOMASINI 113
- Mana, temos problemas. Vista-se e vamos pra sede
de PF.
- Já vou. Aliás, por que não vem aqui? Sabe que não ligo
se me ver nua...
Ele caminhou até o quarto que estava de porta aberta.
Começou dizendo:
- Não vim porque você costuma estar acomp... Ih, é tu,
seu bosta?
- Que é? Vamos brigar de novo a esta hora da madru-
gada?
- Já são mais de dez da manhã, seu puto.
- Ah, olha quem me chama de puto! Quisera eu, ter
esses dois peitões.
A morena colocou as mãos cobrindo o rosto. Não que-
ria nem ver o estrago que seria a nova briga entre os dois.
O homenina, no entanto, aproximou-se de braço estendido.
Oferecia a mão para o mulato apertar:
- Toca aqui, fodão. Vim dar os parabéns a vocês. Captu-
raram a tropa toda do padreco. Só fiquei arretado porque não
me chamaram pra ir junto.
- Depois conversaremos sobre isso, mano. Tive meus
motivos. E tu, negrão, aperta logo a porra da mão dele e se
veste pra gente ir embora.
- Eu? Não trabalho pra vocês. Vão sós. Vou dormir
mais um pouco.
- Não vai querer saber das tuas amigas? - Perguntou o
federal, depois de ter apertado a mão do mulato. Não parecia
chateado.
- Percival relaxou com aquela atitude. Porém, apertara
a mão estendida esperando ser um truque do outro para dar-
-lhe um murro. Mas estava enganado. O cara não foi agressi-
vo. Percival perguntou:
- O que houve. Aconteceu algo a elas?
VIUVINHA114
- Indiretamente. Mas conversamos a caminho.
Já no carro e em direção à sede da Polícia Federal, o
homenina explicou:
- O padre negou-se a tomar porra cedida pelos agentes.
Faleceu hoje de manhã cedo.
- Faleceu? Puta que pariu - disse o casal ao mesmo tem-
po.
- Faleceu. Não se suicidou, como da outra vez.
- Caralho. Por essa eu não esperava - disse a morena. -
Então o cara estava bem doente mesmo.
- A médica segue o mesmo caminho. Não quer tomar
a nossa porra para preservar sua vida. Mas pediu para cuidar
da tal Bárbara, amiga do cara aí atrás.
- Eu falo com a mulher dos cabelos brancos. Acredito
que a convencerei a tomar a minha porra. - Disse Percival.
- Agradeço. Ela mandou mesmo te buscar. Disse que
queria falar contigo. Mas não aconselho. Aquele trio é ardi-
loso. Pelo que os agentes me disseram de como foi efetuada a
prisão, ela deve estar querendo te foder.
- Eu me garanto com ela. Podem deixar.
- E a esposa do padreco? - Perguntou a morena.
- Do mesmo jeito. Está em coma. Conseguimos dar
“leitinho” a ela porém não houve reação.
Quando chegaram à sede, os policiais foram recebidos
por um agente com uma má notícia: a esposa de Lázaro tam-
bém havia falecido assim que ele saiu. O homenina falou pra
irmã:
- Devem ter ingerido algum veneno antes de serem
presos. Só pode ser isso.
- Eu não acredito. Eles não esperavam que eu os traísse
- afirmou o mulato.
Quando chegaram defronte à sala onde ficava os cárce-
EHROS TOMASINI 115
res da PF, Percival pediu:
- Deixe-me falar a sós com ela. Se houver escutas na
sala, desliguem.
- Tem assistido muitos filmes policiais americanos, seu
bosta. Aqui, não existe dessas coisas.
- Melhor assim. - Disse o detetive, afastando-se para
que abrissem a porta eletrônica da cela da médica.
Quando ficaram a sós, ela o beijou na boca. Ele não
esperava por isso. Depois, correspondeu ao beijo. Ela já tinha
a aparência de uma senhora. Perdera a juventude e a beleza
em pouco tempo. Perguntou a ela:
- O que queria falar comigo?
- Eu fiz um trato com a tua amiga Bárbara. Prometi
fazê-la andar até seus últimos dias, se ela me matasse quando
eu terminasse de cuidar dela. Mas isso foi antes de Lázaro e
a esposa dele morrerem. Não quero mais ser assassinada. Ao
menos, não antes de me deixarem dar uma olhada no corpo
dos dois. Os federais não atenderam a esse meu pedido.
- O que quer que eu faça?
- Dê o recado à Bárbara: não precisa mais me matar.
Depois, convença à Polícia a me deixar ver os corpos dos
meus amigos.
- E quanto às minha duas amigas, as irmãs que vocês
capturaram e infectaram com o vírus?
- Eu menti. Não existe tal vírus. Lembre-se que eu sou
médica. Minhas pesquisas são para salvar vidas, não para ti-
rar. Errei em te convencer de que as meninas corriam peri-
go. Eu lhes tinha aplicado apenas um sedativo. Logo, estarão
bem. Pode acreditar.
- Como posso ter certeza?
- Peça aos médicos daqui para dar uma olhada nelas.
Apliquem-lhes um revigorante. Verá que tenho razão.
- Por que resolveu se matar, aliás, pedir para Bárbara
VIUVINHA116
te matar?
- Deixe-me dar uma olhada nos cadáveres. Prometo te
dizer. Mas terá de fazer duas coisas por mim.
- O que quer?
- Primeiro, mamar no teu caralho. O sêmen que tão
gentilmente me ofereceram na boquinha não serve para
mim. Tem que ser o teu ou o de Santo.
- O de Santo? Por quê?
- Prometo te contar isso depois. Mas você não pode
deixar que ninguém saiba do que vou te dizer, está bem?
- Vai confiar em mim?
- Sim. Eu sabia que você iria nos trair. Contava com
isso.
- Como é que é?
- Estamos... perdendo... tempo. Já estou... ficando can-
sada de novo. Preciso... da tua... porra.
Ele botou o caralho pra fora. Ela, no entanto, disse:
- Não. Tem que se aplicar... o líquido... esverdeado.
Dei... seringa e... umas ampolas... a Bárbara. Depressa...
O mulato saiu apressado da cela. Cassandra perguntou:
- O que houve?
- Não posso dizer agora. Fiz um trato com ela. Levem-
-me à sala de Bárbara. Depressa.
O agente Samuel fez o que pediu. Bárbara assustou-se
quando o viu entrar afobado. Ele disse:
- Dê-me depressa as ampolas do líquido esverdeado. E
a doutora Bauer pediu que eu te dissesse que não cumprisse
mais a ordem dela. Depois converso contigo.
Pegou as ampolas que a loira lhe deu, encheu uma se-
ringa, escondeu-a e correu de volta para onde estava encar-
cerada a médica. Ia aplicar o líquido nela quando a senhora
EHROS TOMASINI 117
pediu:
- Não. Em mim, não... aplique... em você.
Ele fez isso rápido. Conseguiu não gritar de dor. Quan-
do melhorou, ela pediu seu caralho na boca. Já estava duríssi-
mo. A médica mamou gulosamente nele. Pouco depois, nem
parecia estar doente. Disse:
- Obrigada. Vou querer mais, depois. Antes, tente con-
vencer os federais a deixarem que eu veja os corpos.
Percival guardou segredo do que tinha conversado com
Maria Bauer, sobre o líquido esverdeado, como prometera.
Demorou, mas conseguiu convencer os irmãos Cassandra a
deixarem que a doutora examinasse os cadáveres. Afirmou
não saber o porquê desse pedido dela. Por fim, a revistaram
e deixaram ela ver o que queria. A doutora Bauer saiu do ne-
crotério onde estavam os dois cadáveres muito satisfeita. Até
sorria. Os policiais ficaram desconcertados. De volta à cela,
a médica disse:
- Podem preparar a moça para o tratamento. Vou pre-
cisar de vinte litros de sangue compatível com o dela. Agora,
me deixem em paz.
E a médica adormeceu quase que imediatamente.
Cassandra insistiu com Percival, mas este não falou do
composto verde que havia ido buscar com Bárbara. Não que-
ria que o líquido caísse nas mãos da Polícia. Ela tinha razão
em não confiar neles. Percival também não confiava. Mas
queria falar com Santo. Deu um tempo e foi ter uma conversa
particular com ele. O cara o chamou para um bar. Parecia sa-
ber do que ele queria falar. Pediram duas cervejas longnecks
antes do bonitão perguntar:
- E aí, o que está rolando?
- Fiquei encucado com o que a doutora me disse: que
VIUVINHA118
você tem um estoque do líquido esverdeado criado por ela.
- Eu tenho, sim. Ela me deu algumas ampolas que eu
uso de vez em quando em mim, quando quero foder por
mais tempo.
- Por que não as cedeu para a PF?
- Eu cedi. Mas cedi de um estoque antigo que apreen-
demos dela há anos. Ela me orientou a fazer isso.
- Como é que é?
- Ela não te disse que sou filho dela?
- Puta que pariu! A PF sabe disso?
- Acho que não. Mas os irmãos Cassandra, meu pai, o
taxista de quem tomo o carro emprestado e o Açougueiro,
sabem.
- Quem são essas pessoas?
- Juntos, formam a nossa equipe de combate ao crime.
Se continuar trabalhando conosco, irá conhecendo os caras
aos poucos. Ainda tem um escritor, um tal de Tomasini, que
nos conhece bem. Mas esse só trabalhou uma única vez co-
nosco. É um negro que parece contigo. Ou tu pareces com
ele, pois és mais jovem.
- Eu pretendo me aposentar, logo que termine esse
caso. Já tenho grana bastante para isso.
- Felizardo. A PF não nos paga tão bem mas gostamos
do que fazemos.
- Entendo. Me conta essa história da médica ser tua
mãe.
- Eu não tenho bem certeza. Meu pai é fechadão, não
fala sobre isso. Mas descobri que tenho o líquido verde nas
veias desde que fui criado num convento de freiras.
- De freiras?
- Sim. Eu achava que o padre Lázaro era meu pai e a
madre superiora era minha mãe. Depois, descobri que meu
pai havia tido caso com as duas. O convento me recolheu das
ruas ainda criança, magro e doente. Estava à beira da morte.
A médica me recuperou usando o líquido esverdeado. Cresci
EHROS TOMASINI 119
como garoto de programa da Igreja. A Ordem das Irmãs de
Maria Madalena ganhava uma nota preta em doações para
freiras, padres e até evangélicos transarem comigo. Também
tinha várias grã finas que me usavam para sexo. Essas eram as
financiadoras das experiências da doutora Bauer.
- Você não a chama de mãe?
- Não. E não gosto dela. Ela usa as pessoas. Mas sempre
cumpre o que promete.
- Ah, bom. Ela me deu umas ampolas para me auto
aplicar, sempre que for ceder porra a ela. Acha que devo fazer
isso?
- Faça, cara. Ela me disse que pode fazer tua amiga loira
andar. Acredito nela. Tua fórmula do Sangue de Cristo deve
ser mais atual que a minha. Significa que é menos concentra-
da. Posso dar uma olhada?
O mulato tirou o frasco do bolso, acondicionado num
recipiente que mantinha o conteúdo resfriado por vários dias.
O moreno deu uma olhada demorada. Depois, sacou do bol-
so um recipiente idêntico e comparou os dois líquidos. O dele
era de um verde mais escuro. Mostrou a diferença ao mulato.
Este concordou com o argumento dele. Percival perguntou:
- Pretende deixa-la permanecer trancafiada?
- Sim. Você não?
- Então, fiquem de olho nela. Ela saiu do necrotério da
PF sorrindo. Isso não é normal.
- Ela deve ter um plano de fuga. Confesso que não me
preocupo tanto com ela. O padre era o mais perigoso. Dei
graças a Deus ele ter se fodido.
- Cassandra disse que ele costuma ressuscitar.
- Eu não acredito nessa história. Sempre achei que
quem morria eram os clones dele. Ele já usou muitos.
- Faz sentido. Mas repito que ela estava muito confian-
te.
- Que se foda. Vamos beber e comemorar a prisão de-
VIUVINHA120
les. Se fugirem, um dia o recapturaremos. Gosta da morena?
- Qual delas?
- A policial. É mais bonita do que as tuas amigas, não
acha?
- Porra, aquela mulher é doida!
O moreno bonitão deu uma risada. Disse:
- Ninguém passa muito tempo com ela, cara. Na maio-
ria das vezes, dão uma única chibatada e somem.
- Eu escutei isso - ouviram uma voz feminina dizer.
- Oi, Cassandrinha. Toma umas com a gente? - Pergun-
tou Santo.
- Vim pra isso. E pra dizer a vocês que fui promovida.
Vou ter a minha própria equipe. Briguei com meu irmão e
ele não quer ceder nenhum de vocês. Alguém se voluntaria?
Os dois homens a abraçaram ao mesmo tempo. Ela
exigiu um beijo na boca aos dois. Santo foi menos efusivo.
O mulato a beijou com mais gosto. O moreno bonitão per-
guntou:
- Como foi tua briga com Cassandra?
- Olha, desde criança que meu irmão me protege. Che-
gou a assumir a minha identidade, porra. Poucas veze me
dá uma missão solitária, como dá a todo mundo. Parece não
confiar em mim. Então, cansei. Me chamaram para me para-
benizar pela prisão do padre Lázaro e aproveitei para pedir
uma promoção. Deram-me sem pestanejar. Implorei a Cas-
sandra para dividir a nossa equipe e ele se arretou. Mandei-o
se foder pela primeira vez na minha vida. Estou contente pra
caralho com isso. Devo a força ao negrão aí, que o enfrentou
sem nenhum cagaço.
- Obrigado pela parte que me toca, mas a equipe de
vocês é do caralho. Queria eu ter uma assim.
- Pois eu te convido e a tua namorada para fazer parte
da minha equipe. Que diz?
EHROS TOMASINI 121
- Minha namorada? Qual delas?
- Seu safado. Achei que só tivesse a mim! - Disse ela,
rindo. - Depois, completou:
- Eu sei que a loira Bárbara é afim de ti. As duas irmãs,
também. Foi a primeira pessoa de quem perguntaram, logo
assim que despertaram. Ah, antes que eu esqueça: acordaram
e estão passando muito bem. O ferimento da... Marisa não
mais infeccionou. Logo, ambas estarão indo pra casa.
- Fizeram um checkup nas duas?
- Sim. Como a doutora disse: estavam apenas sedadas.
O exame de sangue não acusou nenhum vírus.
- Ainda bem. - suspirou o negrão - Mas sente-se. Vai
querer tomar o quê?
- Pode ser porra dos dois?
- Caralho! Tu só pensa naquilo, mulher. - Disse o mu-
lato.
Os três riram. Ela pediu Perignon da safra de 1955. O
bar não tinha. Ela tomou cervejas com eles.
No outro dia de manhã, Percival deixava as duas irmãs
na casa da médica. Cinha agradeceu e disse que iria tirar um
cochilo. Mas que não a acordassem para trabalhar, pois iria
ficar mais um dia de folga. Então, o mulato achou por bem
levar Marisa para o seu próprio apê. Ela foi contente. Já no
carro, perguntou para ele:
- Sabe cuidar de um ferimento? O meu não está total-
mente sarado.
- Sim, eu fui militar. Servi sob as ordens do capitão Bol-
sonaro.
- Mesmo? Puxa. Como era estar ao comando dele?
- Deixa eu ficar calado. Não tenho coisas boas a dizer.
- Vixe. Já não está mais aqui quem falou.
Quando chegaram no apartamento do mulato, ele per-
VIUVINHA122
guntou:
- Posso dar uma olhada nos ferimentos?
- Melhor não. Refizeram os curativos pouco antes de
me liberarem. Amanhã você dá uma olhada. Também estou
com soninho. O dia hoje foi todo de exames de saúde. Ufa!
Percival não insistiu. Fez-lhe uma sopa saborosa e de-
pois a botou para dormir. Deu-lhe um longo beijo nos lábios
e voltou à cozinha para tomar o resto da sopa. Aí, as luzes do
apartamento se apagaram todas. Ele olhou pela janela e tinha
energia em outros blocos do edifício. Ficou tenso. Não esta-
va armado. Rapidamente, pegou a panela com sopa quente e
enfiou-se debaixo da mesa da cozinha. Esperou.
Demorou um pouco a acostumar a visão ao escuro.
Mas viu uma sombra armada entrar na cozinha. Ouviu três
vozes diferentes cochichando. Todas masculinas. Depois, ou-
viu Marisa gritar. Alguém lhe perguntou:
- Onde está ele?
Foi quando agiu. Jogou o pé contra a perna que viu por
debaixo da mesa. Alguém gritou e caiu dom a cara perto dele.
Ele jogou-lhe a sopa quente da panela. O sujeito gritou de
dor. Percival tomou-lhe a pistola e atirou contra o rosto dele.
Saiu debaixo da mesa e escondeu-se ao lado da porta aberta
da cozinha, com a panela vazia na mão. Gritaram da sala:
- Largue a arma e entregue-se ou mataremos a mulher.
O mulato também gritou:
- Ok. Vou jogar minha pistola pela porta da cozinha.
E jogou a panela vazia. Ela fez barulho ao cair no chão.
Alguém disse:
- Voltem a acender as luzes.
EHROS TOMASINI 123
Imediatamente Percival colocou a mão protegendo os
olhos contra a claridade. Depois, atirou em direção onde ou-
vira a voz. Alguém gritou de dor. Ele tirou a mão dos olhos e
viu um cara ajoelhado ainda com uma arma na mão. Atirou
novamente. Silêncio. Depois, ouviu Marisa gemer abafado.
Alguém ainda estava no quarto com ela.
O mulato desfez-se das sandálias esportivas que usava.
Ficou descalço. Respirou fundo. Depois, caminhou resoluto
para o quarto com a pistola apontada. Surpeendeu-se ao se
deparar com o chefão da Agência. Ele estava posicionado por
trás da sua parceira Marina. O cara disse:
- Largue essa porra de arma ou eu a mato.
- Se matá-la, ficará à descoberto. Aí, eu te mato.
O mafioso foi pego de surpresa. Pensou um pouco, de-
pois disse:
- Está bem. Só vim conversar. Não atire. Eu vou...
Recebeu uma cabeçada pra trás, dada pela detetive, que
lhe acertou o nariz. Ela virou-se rápido e deu-lhe um golpe
de caratê, acertando a carótida do cara. Pegou a arma dele em
pleno ar e apontou-a para a testa do sujeito que levara a mão
à parte atingida. Engatilhou a pistola. Percival gritou:
- Não!
Ela olhou para ele, espantada. Perguntou:
- Só você pode matar?
- Não, amor. Precisamos dele vivo. Ligue para a morena
Cassandra. Eu perdi meu telefone. O padre o destruiu.
Inesperadamente, a morena Marina baixou a arma que
tinha em mãos e atirou duas vezes, destroçando os joelhos do
cara. Só então, disse:
- Agora eu ligo. Esse filho da puta me acordou. Fiquei
irada.
VIUVINHA124
O mafioso gemia no chão, quando o mulato se aproxi-
mou dele e apontou-lhe a pistola. O cara implorou:
- Não me mate. Vim fazer um acordo.
- Que acordo?
- Sei que matou a minha mulher. Ela tramava ficar com
a Agência. Vim te oferecer uma parceria.
- Não me interessa. A Polícia Federal está de olho em
vocês.
- Sei que você foi convidado a fazer parte da equipe
da PF. Eu mesmo sugeri isso ao comando da Polícia Fede-
ral. Tenho vários chefões deles na minha lista de pagamento.
Una-se a mim e não seremos incomodados.
- Não me interessa - Disse o mulato, atirando no meio
dos peitos do cara.
- Porra, por que fez isso? - Perguntou Marisa - Eu já
tinha ligado para a morena Cassandra. Pedi, inclusive, que
ela conseguisse um celular novo pra ti.
- Não permito que nenhum filho da puta invada minha
casa e me ameace. A Agência vai ser desbaratada. Esse puto
deve ter algum dossiê contra mim e você. Precisamos des-
truir isso, antes que caia em mãos erradas. Não quero a PF
sabendo das nossas merdas.
- Mas Cassandra está vindo pra cá.
- Deixe-a vir. Você a entretem enquanto eu vou à Agên-
cia. Essa deve ter sido uma ação em desepero de causa. Os
ratos devem ter abandonado o porão. Não acredito que tenha
muita gente por lá.
- E se tiver?
- Mato todos.
Quando chegou à Agência, no entanto, Santo já estava
lá. Entregou-lhe uma pasta com vários documentos. Disse
para o mulato:
- Achei isso no cofre fechado deles. Cassandra não
EHROS TOMASINI 125
pode ver isso. Seria ruim para ti. Destrua esse spapéis bem
destruídos.
- Por que está me ajudando?
- Você vai me ajudar em breve. Agora, desapareça da-
qui. Não direi que esteve comigo. Depois, tomaremos umas.
- Pode ser hoje à note?
- Claro. Na mesma hora e local de ontem. Está bom
assim?
Percival voltou para o apartamento. Havia lido e depois
ateado fogo no dossiê dado por Santo. Cassandra o esperava
lá. Perguntou:
- Aonde foi?
- Na Agência. Fui acabar com o resto da gangue mas já
havia policiais federais lá.
- Meu irmão está responsável pelo fechamento da
Agência. Não devia ter ido. Ele foi procurar evidências de en-
volvimento de vocês dois em alguns crimes daquele antro de
corrupção e assassinato.
- Não têm nada que nos ligue, eu e a minha parceira, à
Agência.
- Que bom. Meu irmão não acredita nisso.
- E você?
- Tanto faz. Quero vocês dois trabalhando comigo e
não com meu mano. Isso é o que me importa.
- Dê-nos um tempo pra pensar. - Disse Marisa.
- Ok, baby. Estou indo. Nem devia ter vindo. Deixe que
meus homens vão limpar teu apartamento e tirar esse lixo
daqui. Depois, invento uma história para justificar a morte
do mafioso. Tem alguma ideia?
- Sim. Diga que eu tive um caso com a falecida mulher
dele e ele veio se vingar.
- Isso procede, garanhão? - Perguntou a agente.
- Em parte. É uma longa história.
- Vou querer ouvi-la tomando um vinho gelado.
VIUVINHA126
- Só se eu estiver presente - afirmou a parceira do mu-
lato, com ciúmes.
A morena detetive não teve mais sono. Pediu para que
ele não se afastasse dela. Ficou beijando-o e acariciando-o
por muito tempo. Quem dormiu foi o mulato.
À note, ele se encontrou com Santo. O cara já o espe-
rava tomando cervejas. Quando o mulato apareceu, o taxista
lhe entregou um celular novíssimo. Disse:
- Presente da morena Cassandra. Ela recuperou toda
a tua agenda. Mas suprimiu dela o telefone da médica Maria
Bauer. Deve estar cismada de que você esconde algo com ela.
- Obrigado, cara. Não tenho nada com a doutora -
mentiu ele.
- Por mim, tudo bem. Eu quero te apresentar uns ami-
gos. Ficaram de aparecer por aqui.
- Quem são?
- Você verá.
O primeiro a aparecer foi um coroa sarado. Santo o
apresentou como Antônio, seu pai. Ambos simpatizaram
mutuamente. Depois, chegou um casal. Ele era alto, forte e
careca. Ela, uma mulata bonita e gostosíssima. Percival ficou
encantado com a sua beleza. Ela também não tirou os olhos
dele. O careca apresentou:
- Esta é minha sobrinha. De vez em quando trabalha
conosco. Eu sou o Açougueiro. Trabalhava com Cassandra
já havia alguns anos. Eu disse que iria trabalhar com a irmã
dele e o cara zangou-se comigo. Minha sobrinha vai pra onde
eu for.
- Como é o nome dela?
O careca titubeou, antes de dizer:
- Pergunte a ela. Mas ela só dirá se gostar de você.
EHROS TOMASINI 127
- Eu gostei, tio. Depois, sussurro meu nome no ouvido
dele. - Disse maliciosamente.
Beberam bastante e conversaram sobre vários assuntos.
Percival adorou aquelas pessoas. Todas estavam dispostas a
abandonar o homenina para ficar com sua irmã Cassandra.
Esta não compareceu. Antônio, o sujeito com cara de pugilis-
ta, foi o que ficou mais amigo do mulato. Já era tarde, quando
o cara disse:
- Bem, eu já tomei o bastante. Vou-me embora.
- Eu também vou contigo - disse o careca. Nos dá uma
carona?
- Okay. Quem mais vai comigo?
- Eu vou ficar, tio - disse a bela e gostosa mulata. A me-
nos que o garotão queira ir-se, também.
- Fico contigo, se quiser tomar mais uma.
Foi mais de uma. Ela o olhava com insistência, mas ele
estava empulhado. Tinha que voltar ao seu apê. Marisa o es-
tava esperando. No entanto, ela tomou a iniciativa:
- Eu costumo dar uma foda com os meus novos com-
panheiros. Se te agrado, podemos ir para um motel.
- Me agrada, sim. Mas tenho alguém esperando por
mim lá em casa.
- Tua esposa?
- Não. Minha parceira. Eu acho que ela também fará
parte da equipe.
- É ciumenta?
- Muito.
- Então, teremos que ser discretos. Nada de motéis. Va-
mos lá pra casa?
Foram se pegando desde o bar. Quando tomaram um
táxi, ela sentou-se no seu colo. Estava sem calcinha por baixo
da minissaia que vestia. O motorista percebeu a putaria mas
VIUVINHA128
não reclamou. Subiram um morro do Recife e ela fez o táxi
parar na frente da sua casa. Entrou com o mulato. Era uma
casa modesta, mas muito bem arrumada e cheirosa. Ela o fez
se sentar no sofá da sala e perguntou:
- Vai querer beber algo?
- Não. Acho que bebi bastante.
- Pois eu quero - disse ela, ajoelhando-se entre suas
pernas e abrindo o fecho da calça dele. Fez pular o enorme
caralho. Assoviou. Perguntou:
- Por que será que agentes da PF são todos pauzudos?
- Não entendo nada disso.
- Claro que não. Mas sempre me fiz essa pergunta.
- Já fodeu muitos deles?
- Que nada. Acho que é porque eu prefiro os homens
de cor, e não existem muitos na Polícia Federal. - Disse ela,
colocando o pau de Percival na boca. Perguntou:
- O que você mais curte no sexo?
- Adoro um cu.
- Ui, me arrepiei. Adoro dar meu cuzinho. Mas gostaria
que começasse fodendo minha xaninha, pode ser?
- Sem problemas. Aguenta meu cacete inteiro?
- Não sei. Só vendo. Posso sentar-me no teu colo?
- Não precisa pedir.
- Eu gosto de pedir. Você me masturba enquanto me
sento de costas pra ti?
- Com apenas uma das mãos. Com a outra, prefiro bo-
linar teus seios. São muito bonitos.
- Não quer mama-los antes? Eu deixo.
- Também me deixa lamber tua bucetona?
- Ui, agora me deixou excitada. A maioria dos homens
que conheci não gostam muito de chupar minha xaninha.
Parece que ninguém gosta da minha diluviana.
- Diluviana?
- Sim. Quer saber por que a chamo assim?
- Claro.
EHROS TOMASINI 129
- Então, chupa ela...
Ele ergueu-se do sofá e fê-la sentar-se em seu lugar.
Abriu suavemente as pernas dela e meteu a língua na racha.
Ela gemeu alto. Ele continuou chupando-a de leve. Não de-
morou muito e ela espirrar o primeiro gozo na cara dele. Ele
lambeu e chupou o grelo com mais ênfase. Ela gozou nova-
mente. O mulato ficou todo molhado de um líquido esbran-
quiçado. Agora, ela ia ao delírio com as chupadas dele. Pediu:
- Enfia o dedo no meu cuzinho. Enfia o dedo...
Ele nem lambuzou o dedo, enfiou com urgência no bu-
raquinho dela. Ela gozou mais uma bez na boca e no rosto
dele, fazendo-o perder o fôlego. Foi quando ele ajoelhou-se
entre as suas pernas e parafusou o caralho no cu dela. Ela
agachou-se para beija-lo na boca. Lambeu o próprio esperma
do rosto dele. A mulata levantou-se rápido e subiu no sofá.
Sentou-se no colo do mulato, de frente para ele, e agarrou-se
no encosto do móvel, facilitando a invasão mais profunda do
seu buraquinho. Ela era muito apertada por ali. Tanto que,
quando o detetive enterrou a pica totalmente no cu dela, e ela
começou a rebolar na sua rola, ele esporrou dentro do ânus
da mulata.
Ela reclamou. Disse que queria mais. Mas, depois, o
beijou com carinho. Falou:
- Ainda temos toda a madrugada para conseguirmos
transar do jeito que eu gosto.
FIM DA DÉCIMA SEGUNDA PARTE
VIUVINHA130
Viuvinha - Parte 13
De manhã cedo, quando voltou ao seu apartamento, o
mulato não encontrou Marisa lá. Ela havia lhe deixado
um bilhete dizendo que sabia que ele estava de caso com a
agente federal e que ela não admitia dividi-lo com outra se-
não sua irmã Cinha. Disse haver telefonado para a médica e
esta concordou que também não mais estava interessada em
continuar com ele. Desejou-lhe felicidades. Ela não iria acei-
tar trabalhar com a Polícia Federal. Pensava em fazer uma
longa viagem e talvez não mais voltasse.
Percival ficou triste. Havia perdido duas amantes de
uma só tacada. Lamentava mais por Marisa. A longa con-
vivência com ela o fizera enamorar-se da detetive. Mas não
era de chorar sobre o leite derramado. Ainda tinha a morena
Cassandra e a mulata que fodera até quase àquela hora com
ela. Tomou um demorado banho, depois deitou-se pensativo.
EHROS TOMASINI 131
Por volta das dez da manhã, chegou à sede da PF. Levava uma
última ampola do líquido verde cedido por Bárbara. Deixara
em casa a amostra dada por Santo. Esperou a doutora Bauer
fazer a primeira transfusão total de sangue em Bárbara, de-
pois lhe deu de mamar na pica. A doutora lhe agradeceu. Per-
guntou se ele ainda tinha o líquido esverdeado. Ele mentiu,
dizendo que não. Não queria que ela soubesse que Santo lhe
dera uma única ampola.
Ela esteve pensativa. Depois, disse:
- Consegue anotar mentalmente um número de tele-
fone?
- Sim, claro. A quem pertence?
- A um clone meu que mantenho em segredo. Nem o
padre, nem a madre superiora sabiam da sua existência. Ela é
minha cópia mais perfeita e tão inteligente quanto eu. Vou te
dar o número do celular dela, mas terá que me prometer que
nunca vai falar dela para ninguém. Promete?
- Você já sabe que sim. Onde essa cópia de ti se escon-
de?
- Isso, eu não vou te dizer. Ligue para ela e e dê-lhe a
senha: sonho esmeralda. Ela saberá de que se trata. Dará um
jeito de te encontrar.
- Está bem. Diga o número...
Por volta das oito da noite, Percival esperava no Aero-
porto Internacional dos Guararapes. Não foi difícil reconhe-
cer o clone da doutora por causa dos seus cabelos totalmente
brancos. Ela se aproximou sorridente, vestindo um blazer
lilás claro com um lenço amarrado na cintura, fazendo um
conjunto muito moderno de roupa e acessórios. Um short
curto de cor branca, combinando com os cabelos cortados
curtinhos, completava o visual. Ela caminhava graciosamen-
te em sua direção. Beijou-o nos lábios. Ele perguntou:
- Como me reconheceu?
VIUVINHA132
- Eu e minha mãe estamos em sintonia. Eu consigo so-
nhar com o que ela vive. Eu te vi em mais de um sonho, tran-
sando com ela. Teu rosto ficou gravado em minha memória.
- Impressionante. Trouxe o que ela pediu?
- Claro. Tenho estoque para mais de um mês. Leve-me
a um hotel e te darei o que for necessário para a sobrevivência
de minha mãe.
- Não quer ficar no meu apartamento?
- Não. Recebi ordens expressas da minha mãe para que
não fosse vista contigo. A Polícia Federal deve estar te vigian-
do. Agora, eu preciso ir ao banheiro. Pode me dar licença?
Pouco depois ela voltou do banheiro totalmente muda-
da: vestia um conjunto esportivo de camisa de malha e calça
jeans e usava uma peruca. Seus cabelos agora eram ruivos.
Ao invés da valize lilás que tinha nas mãos ao desembarcar,
agora levava uma bolsa tiracolo descolada, cheia de flores.
Estava linda e caminhava de forma graciosa. Seu corpo era
perfeito: nem magro nem cheinho. Sua bunda era redondi-
nha e atraente. O mulato suspirou. Ficou de pau duríssimo.
Ela perguntou:
- Está de carro?
- Não. Pegaremos um táxi.
- Então, vamos?
Caminharam até um ponto de táxis. Um dos veículos,
no entanto, saiu da fila e encostou perto do casal. Percival
surpreendeu-se quando reconheceu quem dirigia: tratava-se
da mulata que estivera com ele a noite toda. Ela lhe fez um si-
nal para que não a delatasse. O mulato sentou-se no banco de
trás com a ruiva. Perguntou de onde ela tinha vindo. A moça
disse que viera do Rio de Janeiro e que iria voltar para lá as-
sim que resolvesse uns assuntos no Recife. O mulato tentou
puxar mais conversa, mas ela disse estar cansada da viagem e
depois conversariam. E calou-se.
EHROS TOMASINI 133
Desceram do táxi na frente de um hotel do Centro do
Recife e ele pagou a corrida, despedindo-se da mulata como
se não a conhecesse. Quando o táxi partiu, a ruiva disse a
caminho da portaria:
- Chame outro táxi. Leve-me para outro hotel. Pode ser
um menos caro. Um motel me basta.
- Por que não fica aqui? Eu pago as despesas.
- Agradeço, mas minha mãe me alertou. Essa taxista
que nos trouxe aqui é da Polícia Federal. Eu a vi em sonho
interrogando minha mãe. Deixe que ela pense que continuo
aqui. Leve-me para outro lugar, por favor.
O mulato estava impressionado. A ruiva não errava
uma. E era mesmo inteligente, como disse a doutora. Mesmo
assim, ele insistiu:
- Se quer que a mulata acredite que está aqui, vamos
preencher a ficha do hotel. Entraremos juntos no quarto. De-
pois, fugimos às escondidas, está bem?
- Você é esperto. Bem que minha mãe me disse.
- Quando foi a última vez que falou com ela?
- Quase ainda agora. Não precisamos de telefones para
nos comunicar. Basta que eu me concentre. Falo telepatica-
mente com ela.
Percival não acreditou naquelas palavras mas também
não as contestou. Se registraram na recepção, receberam um
par de chaves e entraram no elevador. Recusaram a compa-
nhia de um carregador que queria deixa-los nos seus aposen-
tos. O cara ficou decepcionado. Mesmo assim, aproximou-se
do recepcionista e perguntou:
- Ficaram em que quarto?
- No número 116. No décimo primeiro andar. Avise
Cassandra.
- A mulata é quem está comandando esta operação. Li-
VIUVINHA134
gue para ela. Dê-lhe a informação.
- Deixa comigo.
Pouco depois, um sujeito vestido como funcionário do
hotel saía do elevador carregando uma mala grande, arras-
tada por um carrinho de rodas. O carregador uniformizado
parou na frente do hotel e dele aproximou-se de um táxi que
estava parado no estacionamento. O taxista ajudou-o a colo-
car a pesada mala no carro. Depois que o cara vestido com a
farda do hotel se acomodou ao veículo, ele perguntou:
- Para onde, cavalheiro?
- Para o aeroporto, por favor.
O motorista se dirigiu para lá. No entanto, quando pa-
rou num sinal três quadras adiante, o sujeito vestido de boy
de hotel lhe deu uma pancada na nuca. O cara desmaiou. Ele
o puxou da cadeira de motorista e o colocou no banco do
carona. Depois, assumiu o lugar do taxista. Seguiu viagem.
Uma hora depois, parou na frente de uma pousada de subúr-
bio. Pediu ajuda ao cara da portaria para carregar a pesada
mala até um dos quartos. Pagou uma diária na recepção e
foi para o aposento onde tinha deixado a mala. Abriu-a ime-
diatamente. A ruiva saiu de dentro dela. Estava esbaforida.
Disse:
- Ufa. Quase sufoco. Mas valeu. Acha que te reconhece-
ram saindo do hotel?
- Não. Senão, teriam me parado. O dono destas roupas
ainda deve estar desmaiado e nu, lá no quarto que alugamos.
Dê-me, por favor, minhas roupas que estão na mala...
- Está bem. Preciso tomar um banho, pois estou mo-
lhada de suor. Vai querer me banhar?
- Mmmmmmm... melhor não. Se você consegue se co-
municar com tua mãe, ela decerto pode fazer isso também
contigo, não é mesmo?
- Não. Eu sou autônoma. Minha mãe não consegue ver
EHROS TOMASINI 135
o que eu sonho ou vejo.
- Bom saber.
- Você gosta dela?
- Confesso que sim.
- Ótimo. Gostar dela é gostar de mim. E eu gosto de
quem minha mãe gosta.
- Você a chama de mãe o tempo todo?
- Sim. Isso te incomoda?
- Não, não... foi só curiosidade.
- Então, venha comigo ao banheiro. Matará outras
curiosidades...
Ambos ficaram totalmente nus, antes de entrarem no
banheiro da pousada. O cômodo era uma espécie de suíte.
Nua, ela era deslumbrante. O mulato logo ficou de pau duro.
Ela o beijou na boca. Depois, agarrou seu caralho e o apontou
para a racha. Passou a cabeçorra ali, devagar e com carinho.
Tentou enfiar-se na pica mas gemeu arrastado e não conse-
guiu. Perguntou ao Mulato:
- Se minha mãe consegue, por que eu não consigo?
- Você já transou alguma vez?
- Não. Mas sempre tive vontade. Posso te chupar como
minha mãe me ensina em sonhos. Porém, eu não preciso de
porra para viver, como ela. Sou saudável.
- Então, tomemos banho e vamos para a cama. Eu que-
ro averiguar uma coisa...
Fizeram isso. Quando ela deitou-se na cama, ele a exa-
minou entre as pernas. A cópia de Maria Bauer era virgem!
Ele disse a ela:
- Você não consegue a penetração porque ainda tem o
hímen intacto, garota. E eu tenho uma rola muito grande e
grossa. Você não vai aguentar ser descabaçada por mim.
- Ah, eu queria!
- Tudo bem. Eu posso tirar a tua virgindade. Mas não
VIUVINHA136
acho que devo. Estaria me aproveitando de você.
- Minha mãe me disse em sonho que eu deveria ser tua.
Não vou desobedece-la.
- Está bem, se insiste nisso. Mas isso não se faz assim,
do dia pra noite ou vice-versa. Temos que tentar várias ve-
zes, até você estar preparada para receber minha jeba. O ideal
seria que nós ficássemos numa casa de praia. Iria ser mais
relaxante, além de tirarmos umas férias. Você trabalha, lá no
Rio?
- Eu não moro no Rio. Disse aquilo para tirar a agente
taxista de tempo.
- Então, onde você mora?
- Moro em Roma. Nasci lá e me criei, também. Num
convento pertencente à Ordem das Irmãs de Santa Madalena.
- Nunca ouvi falar de tal convento. Mas de uns dias pra
cá, já é a segunda vez que tocam no nome dessa Ordem.
- Ela é uma entidade filantrópica clandestina. Não é
benquista pela Igreja Católica. É até perseguida, por causa da
minha tia.
- O que foi que a tua tia fez à Igreja?
- Tentou dominar o Vaticano. Tinha um esquema de
prostituição para padres e bispos de lá. Ela fazia chantagens
com eles. Dizem que até o papa João Paulo II se envolveu
com putas. Quiseram matar minha tia e ela fugiu de volta
para o Brasil. Hoje, está desaparecida.
- Trata-se da madre superiora?
- Você a conheceu?
- Sim. Ela faleceu ontem.
- Não é verdade. Eu não sonhei com isso.
- Desculpe, mas é verdade, sim. Eu mesmo vi o corpo.
O padre Lázaro faleceu também.
- Mentira! Se fosse verdade, minha mãe me diria. Por
que está tentando me enganar?
- Infelizmente, não estou. Não sei porque você não
consegue sonhar com isso. Será algum bloqueio mental feito
EHROS TOMASINI 137
por tua mãe?
- Ela não faria isso comigo. Você pode me provar que
estão mortos?
- Que prova você iria querer?
Ela esteve pensativa. Depois, disse:
- Leve-me à sede da Polícia Federal. Eu preciso ver os
cadáveres.
- Já consegui que tua mãe os visse. Eu não conseguiria
convencer os federais de novo. Não sem denunciar a tua exis-
tência. Mas tua mãe não iria querer isso.
- Não. Não iria. Você é inteligente. Ache uma forma de
eu ver meus tios. Aí, eu te dou meu cabacinho.
- Eu prefiro comer teu cu, mocinha.
Mais uma vez ela esteve pensativa. Depois, falou:
- Eu vejo minha mãe te dando o buraquinho estreito
dela. Foi muito dolorido. Mas eu gostaria de tentar.
- Okay. Deixa eu ver se encontro um meio de te fazer
ver os corpos. Depois, te cobro essa tua promessa.
- Podemos fazer isso agora. Eu confio em Percival.
- Como sabe meu nome? Eu não te disse.
- Escuto minha mãe gemendo teu nome neste momen-
to. Acho que ela está se masturbando. Isso me deixa mais ex-
citada. Quero te dar meu cuzinho agora. Vem...
Ela suspendeu as pernas, ainda deitada na cama, exi-
bindo as pregas piscando. Estava mesmo ansiosa. A sua vagi-
na estava encharcada. Ele apontou a pica para a racha. Ela a
retirou dali e parafusou com uma mão a trolha dele no pró-
prio cu. A clone gemeu:
- Na buceta não, querido. Agora fiquei querendo tua
peia enorme no meu buraquinho.
- Eu gosto mesmo é de cuzinhos. Fodo bucetas só por
distração. Às vezes, pulo até as preliminares...
VIUVINHA138
- Sim. Façamos o seguinte... Ai!
Ele havia metido só a cabeçorra em seu cu. Pediu:
- Continue falando...
- Eu... prometo te dar... meu buraquinho... todas as ve-
zes que... Aiiiiiiiiii.
Ela estava ofegante e ele aproveitou para retirar o cara-
lho do cu dela e lambuza-lo na buceta escorregadia.
- Nãaaaaaaaaaooo. Já te disse que agora quero no cu...
- Eu ouvi. Mas é uma boa oportunidade para te fazer se
acostumar com ele na xaninha.
- Não. Eu quero arrombar meu buraquinho agora. E
quando você voltar, vou querer de novo.
Ele forçou ainda um pouco mais na racha dela. Ela en-
colheu-se toda. Empurrou-o com as duas pernas. Ele se reti-
rou do anel da sósia da doutora e voltou a enfiar no rabo dela.
Ela pressionou a bunda de encontro ao caralho enorme dele
com muita determinação. Ele gemeu:
- Isso mesmo. Agora, eu preciso pedir pra você relaxar.
Já entrou quase tudo. Vou dar uma paradinha pra você se
acostumar com ele dentro.
- Uuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhh... Se tá tudo... dentro..
então... mete... mete... bem... gostosooooooooooooooo...
Ele começou os movimentos de cópula bem devagar. A
cada fincada, ela dava um gritinho de prazer. Repetia:
- É bom. É bom, minha Santa Madalena... Muito bom...
Vou querer... todos... os dias! Ooooooooooooohhhhhhhh...
FIM DA DÉCIMA TERCEIRA PARTE
EHROS TOMASINI 139
Viuvinha - Parte 14
Nem bem eles gozaram, o celular doado pela morena
Cassandra tocou. Percival demorou a atender. Quando
o fez, reconheceu a voz da mulata:
- Onde você está?
- Você mesma nos deixou aqui no hotel, oras.
- Mas você não está no hotel. Teu GPS indica que está
bem distante dele.
- Ah, então foi para isso que me deram tão gentilmente
um celular novo: para me espionar!
- Ideia da morena Cassandra. Pelo jeito, não confia em
ti.
- Depois dessa, eu tampouco confio nela. Do que que
mais eu preciso saber?
- Na verdade, eu é que preciso saber. Por exemplo:
quem é essa mulher?
- Não te interessa. Vão se foder. Não quero mais fazer
VIUVINHA140
parte desse ninho de cobras que é a equipe de vocês.
- Eu também ficaria chateada. Mas estou apenas fazen-
do o meu trabalho. Sou subordinada aos dois irmãos. Você
precisa entender isso.
- Eu não sou subordinado a ninguém, porra. E detesto
ser enganado. Então, repito: vão se foder!
- Diga-me apenas quem é a moça e te deixo e paz.
- Não vou repetir mais uma vez. E vou destruir essa
porra de celular grampeado.
- Não. Não, não faça isso. Assim, você me fode perante
meus superiores. Não vão gostar nada de eu ter te perdido
de vistas. Façamos um trato, eu e você: você me devolve o
aparelho e eu o coloco no hotel. Pra todo efeito, você fugiu
deixando o celular lá. Direi a Cassandra que você desconfiou
de que ele estava com grampo.
- E o que eu ganho salvando teu rabo?
- Eu te conto um segredo. Mas você não vai gostar.
Ele esteve em dúvida. Depois, falou:
- Ok. Onde nos encontramos?
- Na minha casa?
- Nem pensar. Lá é propício para uma armadilha. Pou-
cas ruas para fuga. E não confio mais em você.
- Pois devia. Não quero o teu mal. Nem eu, nem Santo.
Antônio também está do teu lado.
- Ainda não me convenceu. Marque num local neutro e
eu vou. Senão, nada feito.
Pouco depois a morena se encontrava com ele numa
boate de pouca frequência. Ele havia chegado primeiro, para
prevenir armadilhas. Não viu nenhum agente federal por lá,
nem farejou nenhum lhe seguindo. Ela chegou quase meia
hora depois, esbaforida. Perguntou:
- Trouxe o celular? Estão ainda tentando te localizar. Eu
jurei que você continuava no hotel, mas querem invadir teu
EHROS TOMASINI 141
quarto. Preciso deixar o aparelho lá, imediatamente. Prometo
que volto. É só o tempo de deixar o celular lá e retornar pra
cá.
- Não sei se devo confiar.
- O celular não te servirá mais, caralho. Por favor.
Ele meteu a mão no bolso e tirou de lá o aparelho quase
que totalmente desmontado, dentro de um saco plástico. Ela
assoviou:
- Caralho! Muito esperto. Livrou meu rabo. Deixo-o lá
assim, desse jeito, mesmo. Está armado?
- Não.
Ela sacou uma arma de trás do corpo, guardada na cin-
tura. Deu a pistola segurando-a pelo cano, para ele. Afirmou:
- Está limpa e sem rastreador. O número de fabricação
também está raspado. Fique com ela.
- Por que está me dando isso?
- Porque não confio no homenina. Ele pode mandar
gente te foder. O puto disfarça, mas tem raiva de ti. Acha que
você foi pivô da separação dele da irmã.
- Acredita que ele seria capaz de me matar?
- De Cassandra, espero tudo. O cara é demoniado. Às
vezes, tenho medo dele. Mas deixe-me ir. Cada minuto conta
para eu limpar a minha barra. Pode ter certeza: eu volto!
Ela voltou. Retornou mais tranquila. Pediu uma cerve-
ja. Uma garçonete bonitona, quase nua, a atendeu. A mulata
disse:
- Deu tempo, obrigada. Cheguei quando se prepara-
vam para invadir. Plantei a arma sem que me vissem. Depois,
voltei para cá. Mas me diga aí: quem é a ruiva?
- Conte-me o segredo que prometeu e eu avalio se te
digo ou não.
- É justo. A morena Cassandra me pediu que eu me
VIUVINHA142
oferecesse a ti. O objetivo era fazer com que você não voltasse
para o apartamento, onde deixou a tua ajudante ferida.
- Para que isso?
- Não adivinha? - Perguntou a mulata, tomando um
longo gole de cerveja.
- Ela queria que Marisa ficasse com raiva de mim, é
isso?
- Sim. Você é um privilegiado: a morena te ama. Apai-
xonou-se por ti. Eu, também.
- Como é que é?
- Sim. Essa nossa vida é muito corrida. Não tenho tem-
po de namorar. Por outro lado, sou médica. Dou plantões
para ajudar as comunidades carentes. Fazia meses que eu não
dava uma foda. Não costumo gozar. Gozei contigo, porra.
- Em troca, você me fez perder a minha parceira.
- Não fui eu. Tá certo que eu ajudei nisso. Mas enquan-
to trepávamos, Cassandra visitou Marisa. Exigiu que ela te
deixasse, ou encontraria um motivo pra fodê-la. Nem que ti-
vesse de prendê-la sem provas, entende? A puta também me
usou, por saber que eu estava em jejum sexual havia tanto
tempo.
- Por que está se abrindo comigo?
- Santo gostou de ti. Ele também foi promovido. Ga-
nhou o direito de escolher uma equipe para trabalhar con-
sigo. Disse que quer o pai, meu tio e a mim na equipe dele.
Também está disposto a te contratar e à tua parceira para atu-
ar conosco. Todos nós desconfiamos que a moça que veio do
Rio de Janeiro é mais uma clone de Maria Bauer. O que ela
veio fazer aqui?
- Vocês estão enganados. Aquela moça teve os pais as-
sassinados pelo padre Lázaro. Veio aqui se vingar. - Mentiu
descaradamente o mulato.
- Como é que é?
- Sim, ela é minha amiga. Quando prendemos o trio, eu
entrei em contato com ela. Ela veio disposta a invadir a sede
EHROS TOMASINI 143
da Polícia Federal para matar os três. E eu iria ajuda-la.
- Puta que pariu! É isso? Vocês são doidos, porra.
- Sou, sim. Você viu que matei o clone da médica na
frente do homenina. Eu não temo ninguém. Por isso, não
trabalho em equipe. Não daria certo, eu recebendo ordens
de quem quer que seja. Eu só faria o que me desse na telha,
compreende?
- Caralho. Não esperava por isso. Invadir a sede da Po-
lícia e matar o trio? Todas as unidades nacionais iriam te ca-
çar, cacete.
- Eu não me inportaria. Já passei por situações pareci-
das. Vocês não sabem da minha vida um terço. Mas agora,
isso não mais importa. O padre está morto. A madre supe-
riora, também. Resta apenas a doutora Bauer. A mocinha irá
matá-la e desaparecer do mapa.
- Com a tua ajuda?
- Sim. Com a minha ajuda.
- Porra, cara, vai esculhambar tua vida para sempre, se
fizer isso. Não é melhor pegar tua grana e ir curtir umas férias
no Exterior?
- Talvez. Mas fiz uma promessa à mocinha. Pretendo
cumpri-la. Depois, sim, tiro minhas merecidas férias.
- Dentro de um caixão? É o que o homenina vai fazer:
te crivar de balas. E eu não quero isso! - Disse a mulata, bei-
jando-lhe a boca sofregamente.
Depois do beijo, ela implorou:
- Olha, Santo não quer que a mãe morra. A doutora
Bauer não é tão má quanto o casal. Agora, com o padre mor-
to, irá nos ajudar com nossas pesquisas na Polícia.
- Ela não vai querer ajudar vocês. Já me disse isso. Eu
falei para Santo que acho que ela planeja fugir. Saiu sorrindo
do necrotério. Está tramando algo.
Ela demorou a dizer:
VIUVINHA144
- Está bem. Eu vou te confessar uma coisa, mas que
fique só entre nós. Posso?
- Deve.
- Santo pretende libertar a mãe. Eu, Antônio e meu tio
prometemos ajuda-lo. Você não precisa mata-la. Demova a
moça da ideia e nós também a convidamos para fazer parte
do grupo.
- Eu a conheço bem. Ela não topará. Já me disse que
quando matar os três, irá pendurar as armas. Seu objetivo é
vingar os pais assassinados, só isso. - Mentiu ele de novo.
A mulata esteve novamente pensativa. Depois disse:
- Eu tenho uma ideia doida. Talvez dê certo.
- Qual seria?
- Ela já sabe que o padre e a madre superiora estão
mortos?
- Claro que não. Eu não lhe disse ainda. Ia fazer isso
quando você ligou pra mim. - Continuou mentindo.
- Ótimo. Não lhe diga já. Deixe-me conversar com San-
to. Acredito que, se a moça confirmar a morte dos três, encer-
rará a sua vingança.
- O que propõe?
- Armamos um teatro: facilitamos a entrada dela na
sede da Polícia e ela verá os três mortos no necrotério.
- Ela pode querer confirmar a morte deles. E se perce-
ber que a médica ainda está viva?
- Não perceberá. Deixe isso com a gente. Você só tem
que levá-la aonde a gente quer: o necrotério da PF, onde estão
guardados os corpos em geladeiras.
- Pretende matar também a médica? Ela pode não con-
cordar com o plano de vocês.
- Não será preciso. Ela estará morta!
Como assim?
- Deixa eu te explicar...
EHROS TOMASINI 145
E a agente, também médica, explanou como realiza-
riam a farsa. Percival ficou contente. Era bem o que ele que-
ria. Se a clone da doutora pretendia ver os cadáveres para ter
certeza de suas mortes, ela os veria. A ideia da mulata era
genial. Só faltava um detalhe:
- Como eu e a minha amiga vamos fazer para chegar-
mos ao necrotério sem que ninguem da PF nos veja?
- Simples: existe uma entrada pouco usada por nós que
liga o necrotério à parte de trás da sede da PF. Te faço um
mapa. Mas terão que chegar lá apenas usando uma lanterna.
- Melhor assim. Não quero surpresas. Acha que Santo e
os outros irão concordar?
- Tenho certeza. Mas depois ligo pra ti.
- Não tenho mais celular.
- Ah, é verdade! Te empresto o meu e ligo depois pro
meu próprio número.
- Sinto muito, mas ainda não confio. Posso ser rastrea-
do, já que sabem teu número.
- Tem razão. O que sugere?
- Eu mesmo compro um celular novo, limpo. Mas se-
ria melhor se nos comunicássemos pela Internet. Eu tenho
e-mail.
- Porra, claro! Anote aí meu endereço. E aguarde meu
contato. Te mandarei também um mapa detalhado do cami-
nho de entrada e saída do necrotério.
- Já vai?
- Preciso ir. Fico te devendo uma foda.
- Vou te cobrar.
Cerca de uma hora depois, o mulato retornava à pou-
sada. A sósia de Maria Bauer agarrou-se com ele. Choramin-
gou:
- Pensei que fosse me trair...
- Por que pensou isso?
- Minha mãe me disse que você já lhe traiu.
VIUVINHA146
- Mesmo assim, ela confiou de novo em mim.
- Mas pediu que eu te matasse, se fizesse isso de novo.
Porém, eu não teria coragem... - Disse ela, beijando-o sofre-
gamente. Em seguida, afirmou:
- Quero sexo de novo. Mas desta vez quero por mais
tempo. Estive pensando: estou disposta a perder meu caba-
cinho com você, como minha mãe pediu. Permite que eu te
aplique o Sangue de Cristo? Eu sei que dói muito...
- Faça isso. Eu já sei como posso te provar que os dois
estão mortos.
- Sabe? Então, me diga...
- É uma longa conversa. Deixemos para depois do sexo,
entre um cigarro e outro.
- Eu não fumo. Só fodo. - Disse ela.
Pouco depois, ele estava de cacete duríssimo após re-
ceber o líquido nas veias. Percebeu que o composto que ela
lhe aplicou tinha coloração mais escura, ainda mais do que o
que Santo havia lhe dado uma amostra. Também, doeu muito
mais. Mas o efeito foi mais imediato e duradouro.
Ela resistiu bem à dor. Ele ficou revezando: forçava um
pouco a glande na racha dela, depois tirava de lá e enfiava em
seu cuzinho. Dessa vez não foi preciso enganá-la para foder-
-lhe o cu. Ela cedeu com muita vontade de gozar. Ele a fez
gozar várias vezes seguidas e o caralho não amoleceu. Parecia
ficar mais duro ainda. Ao cabo de umas duas horas trepando,
ela estava exausta. Já não aguentava mais gozar pelo cuzinho.
Este estava estufado, com as veias salientes e pulando para
fora. Ela gemeu:
- Chega... chega, amor... Estou deflorada e destruída...
Ai, meu Deus, como isso é bom...
- Aguenta só mais um pouco? Uma última gozada mi-
nha?
- Sim, sim, meta no meu cuzinho novamente. Estava
EHROS TOMASINI 147
tão bom...
Ao invés disso, ele apontou-lhe o caralho para a racha
encharcada. Ela arregalou os olhos de dor, mas estava mui-
to fraca de tanto gozar para conseguir impedir a penetração.
Gritou alto, quando a cabeçorra lhe rompeu o hímen. O san-
gue espirrou. Ela chorou de dor. Mesmo assim, ele continuou
enfiando. Ela pedia:
- Não para... não para... enfia toda de vez...
- Ele sentiu a glande topar na entrada do útero. Não
forçou mais. Mas ficou movimentando o pélvis devagar, sen-
tindo o sangue dela escorrer pelo membro duríssimo dele.
Ela chorava de dor, mas não parava de dizer:
- Vai... Vaiii... estou conseguindo aguentar... Mete...
mete com força... Vaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
Ela teve seu primeiro orgasmo vaginal. Parecia que
estava recebendo descargas elétricas. Seu corpo entrou em
convulsão orgásticas até que ela, finalmente, desfaleceu de
prazer. Ele ainda estava tarado. Virou-a de bunda para cima
e enfiou o caralho ainda duro ali. Só parou de lhe foder o cu
quando a pica amoleceu totalmente.
FIM DA DÉCIMA QUARTA PARTE
VIUVINHA148
Viuvinha - Parte 15
Ocasal passou o dia inteiro enfurnado no quarto da pou-
sada. Só por volta das dez da noite, resolveram sair.
Cada um tinha uma lanterna guardada. Ele usava a pistola
dada pela mulata agente federal. A clone da doutora Maria
Bauer não quis nenhuma arma. Disse detestar esse tipo de
objeto. Ele estava gostando disso.
- Pegaram um táxi e saltaram nas imediações da sede
da Polícia Federal, mas tiveram que fazer um percurso a pé
até se posicionarem por trás do prédio, que dava para uma
rua erma. Antes de avançar, ambos deram uma demorada
olhada para ver se naquela área havia câmeras de segurança.
Ele disse:
- O caminho está limpo. Vamos depressa, antes que
passe alguém na rua.
A porta estava apenas encostada. Percival achou que
EHROS TOMASINI 149
tinha sido a mulata a lhe facilitar o acesso. A entrada, escon-
dida por trás do prédio, dava num corredor escuro. Ela ia
acender a lanterna, mas ele lhe cochichou:
- Agora não. Precisamos ter certeza de que não sere-
mos surpreendidos.
- Você conhece esse caminho, amor?
- Sim - mentiu ele. Mas era a primeira vez que passava
por ali.
Mas não tiveram dificuldades em encontrar o que que-
riam, quando o corredor desembocou bem de frente a uma
outra porta, metálica, onde havia um letreiro indicando que
ali era o necrotério. Já de longe sentiram o cheiro nauseabun-
do de cadáveres conservados em formol. Havia três mesas
posicionadas, uma ao lado das outras, onde estavam deitados
a mesma quantidade de corpos. Depois de semifechar a pe-
sada porta de metal, o casal acendeu as lanternas. A moci-
nha estava tremendo de medo. Tocou com a mão no braço de
Percival e esta estava gelada. Ele sussurrou:
- Calma. Daremos uma olhada e logo sairemos daqui.
Mortos só incomodam por causa do mau cheiro. Afora isso,
não fazem mai a ninguém.
- Eu tenho pavor à morte, amor.
Foi ela quem apontou primeiro o facho da lanterna
para os cadáveres enfileirados. Deveria haver outros nas ge-
ladeiras embutidas nas paredes mas eram aqueles três que
interessavam a ela. Ela quase gritou:
- Minha mãe! Ai, meu Deus, minha mãe está morta.
Não. Não. Não...
- Calma, linda. Veja mais de perto. Pode não ser ela.
Na verdade, Percival sabia que o corpo deitado ali não
pertencia à doutora e sim ao clone dela que ele quebrara o
pescoço diante do homenina. Aquela tinha sido a ideia genial
VIUVINHA150
da mulata: colocar os cadáveres do padre e da madre superio-
ra ao lado do corpo já em decomposição da sósia assassina da
médica, para enganar a moça. Tendo a certeza da morte dos
três, ela desistiria da sua vingança.
Tremendo-se de corpo inteiro, a jovem de cabelos
branquíssimos aproximou-se mais daquela que achava ser
sua mãe. Tocou com as pontas dos dedos o corpo putrefato.
Aí, para surpresa do mulato, afirmou:
- Esta não é minha mãe. Parece-se com ela, mas não é
ela!
- Como pode ter certeza?
- Não importa. O que me interessa é que ela não é mi-
nha mãezinha. Isso significa que ela está viva! Obrigada, meu
Deus.
Depois, a mocinha virou o facho de luz para os outros
dois corpos. Choramingou:
- São eles. São os meus tios. Esse... é o tio Lázaro. Essa...
é a tia, esposa dele... Obrigada mais uma vez, meu Deus.
- Está dando graças a Deus eles estarem mortos?
- Não, não, não... Deus me livre disso. Eles estão vivos!
- Como é que é?
O mulato tocou nos cadáveres. Estavam gelados. Para
ele, estava claro que ali não existia vida. Ela, porém, insistiu:
- Sim. Estão vivos. Vamos sair daqui. Já vi o que queria
ver...
- Pode me explicar?
- Depois. Depois te explico. Agora, vamo-nos embora,
por favor. Não quero mais ficar aqui.
Pouco depois, estavam sentados numa mesa de bar. Ela
não quis tomar nada que contivesse álcool. Mas aceitou um
refrigerante. Ele perguntou?
EHROS TOMASINI 151
- Pode me explicar agora?
- Sim, amor. Eu já te disse que sou diferente. Senti que
meu tio e minha tia estão apenas adormecidos. Logo, desper-
tarão, graças a Deus.
- Pois eu os toquei. Para mim, estão bem mortos, mi-
nha linda.
- Não. Você não entende. Meu tio tem o dom de voltar
dos mortos. Agora tenho certeza de que minha tia também,
amor. Estou tão feliz!
O mulato olhou bem para ela. Naquele momento, acha-
va que ela era doida. Mas não fez nenhum comentário. Pedira
uma cerveja. Ingeriu o primeiro copo de vez, de um só gole.
Tornou a encher o recipiente. Ela disse:
- Não fique embriagado, por favor, amor. Vou querer
outra noite daquela de ontem com você. Estou muito feliz,
mesmo. Minha viagem da Itália para cá não foi perdida.
- E agora, o que faremos?
- Sexo. Sexo, sexo e sexo, enquanto esperamos.
- Esperamos o quê?
- Um sinal da minha mãe. Ela me avisará em sonho,
quando for a hora de resgatá-la.
- Pretende invadir a sede da Polícia e resgatá-la? Não
aconselho...
- Não, não será preciso, amor. É só a gente esperar. Ela
mesma vai dar um jeito de sair de lá.
- Se você diz... - o mulato estava cético.
- Não se preocupe. Mas eu gostaria que você alugasse
uma casa de praia, como sugeriu. Quero estar bem bonita e
bronzeada, quando ela for se juntar a nós.
Percival ainda tomou mais duas cervejas, antes de irem
embora. Não lhes convinha que algum federal os visse por
perto da sede da Polícia. Além do mais, ela não estava disfar-
çada com a peruca ruiva. Tinha os brancos cabelos à mostra,
VIUVINHA152
cortados curtinhos. Ele a achava linda. Ela parecia mesmo
feliz. Beijou-o várias vezes na boca. Depois, encostou a cabe-
ça em seu peito. Quando ele terminou a terceira cerveja, ela
pediu:
- Vamos para a pousada? Estou com frio. Quero que
você me aqueça, lá...
- Vamos sim. Ainda está disposta a fazer sexo?
- Sim, amor. E muito. Mas hoje eu vou querer que você
foda só minha bucetinha, como minha mãezinha me pediu,
pode ser?
- Está bem. Mas não vou usar o líquido verde, tá? Se-
não, me dará vontade de foder teu cuzinho de novo.
Quando desceram do táxi defronte à pousada, ela es-
tava arfante. É que vieram se pegando desde o bar. O taxista,
um senhor evangélico, reclamou da safadeza do casal, mas
eles não lhe deram atençao. Percival pagou a corrida e o cara
seguiu zangado. Pegaram a chave na recepção e entraram no
quarto se beijando. Ela disse:
- Olha, amor: como eu sei que gosta de foder meu cuzi-
nho, vou te dar de novo uma única vez hoje. Depois, quero
que goze na minha buceta, tá?
- Por que a insistência em me ceder a buceta e não o
cuzinho, como eu tanto gosto?
- É que eu quero um filho teu!
Ele estancou. Olhou fixamente para ela. Beijou-a terna-
mente e depois perguntou:
- Tem certeza disso? Nós nem nos conhecemos direi-
to...
- Eu vim para ter um filho teu. Minha mãe me pediu
isso.
- Não acha muito cedo e precipitado engravidar de
mim?
- Você não quer?
EHROS TOMASINI 153
- Oh, não é isso. Eu sempre quis um filho. Mas minha
vida era muito agitada e perigosa. Então...
- Não se preocupe. Enquanto vida eu tiver, você não
correrá mais perigo. Eu te prometo. Também não quero de-
sobedecer minha mãe. Se ela diz que eu devo ter um filho teu,
eu terei. E ponto final.
O mulato não mais discutiu. Ela havia se despido total-
mente e ele estava de pau duríssimo só de vê-la nua. Ela tirou
sua roupa com uma graça que ele nunca houvera visto antes.
Estaria apaixonado ou enfeitiçado por aquela mulher. Não
importava mais isso. Ele a queria. E ponto final.
Naquela noite, ele desistiu de comer o rabinho dela.
Chupou sua xoxota até que ela se derramou toda em gozos
frenéticos e contínuos. Jogou-o sobre a cama e o chupou com
vontade. Depois, subiu sobre ele e se enfiou sensualmente em
sua pica. Teve dificuldades para engolir toda a rola do mulato,
mas dessa vez não deu um grito sequer. Ele ficou frustrado.
Era um tanto sádico e adorava quando ela gemia de prazer
e dor. Ao invés disso, ela gargalhava de prazer todas as ve-
zes que sentia se aproximar o gozo. Como não havia injetado
o composto nele, pediu que o mulato se segurasse para não
gozar logo. No entanto, quando a estava chupando, ele per-
cebeu que ela ainda tinha o hímen intacto. A jovem possuía
um hímen complacente. Ele teria que descabaça-la várias ve-
zes até ela perder o cabaço de vez. O sangue vaginal escorreu
de novo pelo seu caralho enorme. Mas ela ria. A mulher de
cabelos brancos levou a mão à xoxota e sujou-a com seu san-
gue. Lambeu a mão e depois passou um pouco do líquido
viscoso no rosto dele. E ria feliz, como se tivesse ouvido uma
piada hilária. Ele estava cada vez mais apaixonado.
Aí, sentiu se aproximar o gozo. O caralho inchou den-
tro da vagina ensanguentada dela. Ela começou a gemer alto,
VIUVINHA154
quando pressentiu que ele iria gozar. Minutos depois, os dois
gozavam ao mesmo tempo.
FIM DA DÉCIMA QUINTA PARTE
EHROS TOMASINI 155
Viuvinha - Parte 16
Percival alugou uma casa de praia em Pau Amarelo, muni-
cípio de Paulista, já mobiliada. A residência ficava à beira
mar e quase isolada das outras moradas. Ela adorou. Con-
tinuava feliz. O mulato, também. Haviam passado a manhã
se banhando de mar. Na hora do almoço, como não tinham
levado comidas para a casa, ele a chamou para andarem pela
orla até encontrar um bar ou restaurante. Acharam um bar-
zinho de pescadores, onde serviam pescados. Sentaram-se e
o dono foi muito gentil com ambos. A sósia de Maria Bauer
encantou os poucos clientes que estavam no local. Conversou
com todos como se já os conhecesse havia muito tempo. En-
tão de repente, ela estancou. O mulato perguntou:
- Que foi, amor? Ficou pálida de repente...
- Tem alguém nos observando. Posso sentir. Mas não o
estou vendo.
VIUVINHA156
Percival olhou em volta. Viu um carro parado distan-
te. Um homem estava em pé perto dele. Fumava um cigarro.
Mesmo de longe, o detetive o reconheceu. Disse para a moça:
- Fique aqui. Já volto.
Pouco depois, ele apertava a mão de Santo. Perguntou-
-lhe:
- O que faz aqui?
- Estou te seguindo, óbvio.
- Como conseguiu me localizar?
- A mulata te entregou uma arma?
- Sim.
- Pois é. Ela tem um chip de localização. Mas não se
apoquente com a jovem. Ela não sabia disso.
- Puta que pariu. Vocês são fodas. Não dá para confiar.
- Dá, sim. Eu mesmo lhe dei aquela pistola porque sa-
bia que iria precisar da tua ajuda.
- Com quê?
- Hoje, pela manhã, foi a última sessão de transfusão
de sangue da tua amiga Bárbara. A doutora Bauer pediu um
favor a ela, por fazê-la voltar a andar: que me pedisse que eu
raptasse os corpos de Lázaro e sua esposa, assim como o dela.
- Está me dizendo que a médica morreu?
- Ainda não. Fui falar com ela e ela me disse que, a par-
tir de hoje, começa uma greve de fome. Quer morrer de mor-
te natural. Pediu-me que eu não interferisse na sua decisão,
mas quer que eu leve os cadáveres, inclusive o seu próprio,
para um lugar que só eu saiba. E me disse que não enterrasse
ninguém.
- O que significa esse pedido?
- Acredito que ela vai querer ressuscitar, como faz o pa-
dre.
- Caralho! Você acredita mesmo nisso?
- Sim. Já vi coisas piores, vindas dessa médica. Está co-
migo?
EHROS TOMASINI 157
- O que pretende fazer, cara?
- Sequestrar os corpos dos três. A médica pediu que eu
impedisse que fossem dissecados. Foi difícil convencer a di-
retoria da PF de que eles, mortos, não tinham serventia. Mas
como agora tenho minha própria equipe, ganhei o direito de
requisitar os corpos. O homenina está numa missão em Bra-
sília. Não vai ser problema pra gente. Mas a irmã dele está de
olho em mim. Temos que tira-la de tempo.
- Você fala como se eu já tivesse aceitado essa missão.
- Tenho certeza de que sim.
- Vejamos: o que quer que eu faça?
- A morena Cassandra vai me escoltar até o cemitério
Parque das Flores, onde a médica pediu para ser enterrada.
Quer ter certeza de que os corpos continuarão lá, pois já
mandou instalar câmeras de vigilância defronte aos túmu-
los que a própria médica pagou já há anos. Temos em mãos
os documentos das compras dos jazigos. O que eu preciso é
roubar os corpos antes de chegarem ao cemitério. Lembre-se
de que a agente Cassandra estará me seguindo de perto. Eu
estarei no carro funerário, logo à sua frente.
- Quem estará conosco?
- Ninguém. Não posso dizer pro meu pai que vou lesar
a PF. O Açougueiro talvez topasse, mas é um cara que não
sabe guardar segredos, entende? Sobra-me a mulata, mas as
duas Cassandra estão de olho nela.
- Já tem um plano?
- Não. Deixo isso com você. E nem quero saber o que
vai fazer. Desse modo, se eu for interrogado, não saberei res-
ponder.
- Entendo. Vou pensar em algo. Mas não garanto.
Quanto tempo eu tenho?
- Pouco. É só a médica falecer e fazemos os enterros
pois o clone dela, assassinado por você, já está fedendo. Feliz-
mente, está guardado em geladeira.
- Comece enterrando essa cópia dela. Eu vou precisar
VIUVINHA158
desse corpo.
- Já formou um plano? Posso autorizar o enterro hoje
mesmo.
- Qual casa funerária vai cuidar do féretro?
- Isso importa?
- Muito.
- Okay. Vejo isso e te mando pela Internet. Já tem cone-
xão na nova casa?
- Não, nem vou querer. Mas já comprei um celular
novo. Tenho conexão através dele. Não se preocupe.
- Está bem. Quem é a moça que está contigo?
Pouco depois, o agente federal estava pasmo diante da
sósia de Maria Bauer. O mulato apresentou-os:
- Santo, essa é tua irmã. Maria, este é Santo, filho da
doutora, também.
Ela olhou bem para o rapaz. Depois, levantou-se e
abraçou-se com ele. Disse:
- Minha mãe já havia me falado que tinha um filho.
Não pensei que fosse tão bonito.
- Você é um clone, como as outras?
- Não como as outras. Minha mãe me disse que sou
especial. Não sou defeituosa, como a maioria. E tenho uma
conexão mental com ela. Com você, também. Percebi quan-
do nos observava. Pergunte a Percival...
- Não preciso. Eu acredito - disse Santo, afagando-a ter-
namente. Como você está?
- Estou feliz. Primeiro, encontrei esse negrão maravi-
lhoso. Agora, encontro um irmão. Sim. Estou maravilhosa-
mente feliz. O que faz aqui, mano?
Percival e Santo abriram o jogo para ela. A sósia ficou
preocupada, mas concordava com a ideia de resgatar os cor-
pos. Ofereceu-se para ajudar. Santo voltou até o veículo onde
EHROS TOMASINI 159
estivera parado perto e veio com ele até o barzinho. Saiu do
carro, o mesmo táxi que dirigia, com um notebook. Abriu-o
e ligou-o, diante de alguns curiosos do local. O agente não se
importou. Localizou o que queria: o nome da casa funerá-
ria que trabalhava para a Polícia Federal. Copiou o endereço
num guardanapo e entregou-o a Percival. Apenas, disse:
- Pronto. O resto é com você.
O mulato dobrou e guardou o pedaço de papel. Depois,
disse:
- Viemos almoçar. Está convidado.
- Claro que aceito. Aproveitamos para conversar um
pouco mais. Quero conhecer melhor a mana.
No outro dia, logo pela manhã, Santo enviou um e-mail
para o mulato com uma propaganda de caixões de defunto.
Havia três modelos grifados. Junto ao arquivo, o agente fe-
deral também mandou uma cópia do documento de com-
pra dos caixões. Porém, o que interessava a Percival naquele
momento, era a notícia de que a médica já entrara na greve
de fome e tinha passado muito mal. Era tempo dele agir. Es-
creveu para Santo perguntando onde iriam enterrar o clone.
A PF não quis gastar com a cópia da médica. Mandou enter-
ra-la como indigente num dos cemitérios mais populares de
Recife: o de Santo Amaro. O mulato ficou sabendo o número
da cova. À noite, faria uma visita ao coveiro.
Não foi difícil enganar o cara que já estava bêbado por
volta das onze da noite. Percival passou farinha de trigo nos
braços e no rosto, para que ficasse parecido com uma alma
penada. Entrou furtivamente no cemitário e se posicionou
atrás do cara que estava sentado num banquinho e tinha uma
garrafa de aguardente perto de si. Quando o sujeito pressen-
tiu alguém perto de si e voltou-se, o mulato fez:
- Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
VIUVINHA160
O cara deu um pulo, verdadeiramente assustado, e cor-
reu em direção à saída do cemitério. Estava tão amedrontado
que fugiu deixando a bebida. Percival riu. Limpou a sujeira
branca da cara e procurou a cova pertencente ao clone. Não
demorou a encontrar o que queria. Ligou para a sósia de Ma-
ria Bauer. Esta se aproximou do portão do cemitério dirigin-
do um carro que ele tinha alugado. Esperou o mulato teme-
rosa, pois era muito supersticiosa e temia os mortos. Mas ele
não demorou. Apareceu trazendo um corpo enrolado num
lençol que ele mesmo tinha levado para lá. Depositou o ca-
dáver no porta malas do carro. Foram-se embora antes que
o coveiro voltasse com alguém para ajuda-lo a espantar a as-
sombração.
Ao chegarem à casa de praia, ele colocou o cadáver den-
tro do freezer que foi alugado junto com a residência. Este já
estava cheio de cubos de gelo comprados em sacos em algum
posto de gasolina. Mesmo já sendo quase meia-noite, foram
tomar banho de praia. A água estava morna e a lua estava lin-
da. Não havia mais ninguém por perto. Ficaram ambos nus e
se banharam juntos. Em um dado momento, ela quis chupar-
-lhe dentro do mar. Mergulhou e abocanhou o caralho dele.
Quando perdeu o fôlego e emergiu, ele a beijou na boca. Seus
sexos se tocaram. Ele estava de pau duro. Encaixou a peia
entre as pernas dela. Ela, no entanto, reagiu:
- Ontem você foi bem comportado. Merece comer mi-
nha bundinha hoje, amor. Mas quero aqui, dentro dágua.
Ele não falou nada. Virou-a de costas e a beijou desde a
nuca até alcançar seu buraquinho redondo. Lambeu ali, mes-
mo estando submerso. Ela jogou a bunda para trás, adorando
a carícia. Ele roçou a cabeçorra entre as nádegas dela. A pica
entrou rasgando. Ela gemeu alto, como ele gostava de ouvir.
O caralho entrou mais um pouco. Ela choramingou:
EHROS TOMASINI 161
- Vai. Vai... Não me deixe ansiosa. Empurra logo ela
toda no meu cuzinho. Eu adoro, amor...
FIM DA DÉCIMA SEXTA PARTE
VIUVINHA162
Viuvinha - Parte 17
Três dias depois de terem roubado o corpo da clone, a
sósia de Maria Bauer acordou assustada. Gritou alto e o
mulato perguntou o que estava acontecendo. Ela disse:
- Sonhei com a minha mãe. Ela me deu um recado:
quer que a deixemos morrer. E eu... não quero que ela morra.
- Pode ser apenas um sonho, linda.
- Não. Não é apenas um sonho. Ela está me dando um
aviso. Precisamos fazer alguma coisa. Não dá para esperar
que ela seja mandada pro cemitério. A agente Cassandra a
interrogou hoje. Quer que ela lhe conte o segredo das ressur-
reições do tio Lázaro. Minha mãe se negou a dizer. Insistiu
em afirmar que não sabe do que ela está falando. Teremos
que mudar o teu plano, amor.
- O que você sugere?
- Não sei. Mas precisamos tirá-la da Polícia Federal o
quanto antes. Senão, vão mata-la.
EHROS TOMASINI 163
Um tempo depois, o mulato ligava para a morena Cas-
sandra. Quando esta atendeu, ele lhe disse:
- Vocês estão com a médica errada. Descobri que a que
está aí é apenas mais um clone da doutora verdadeira. Mas
não tenho certeza. Pode atestar isso?
- O que foi que disse?
- Você ouviu. Consegui contatar uma jovem igual ao
clone que matei aí na sede da Polícia. Na verdade, ela me
procurou para matar vocês. Desconfio que seja a verdadeira
médica.
- Puta que pariu. Onde ela está?
- Tenho um encontro marcado com ela hoje à noite
para a gente discutir alguns detalhes. Mas eu não a conheço
bem. Queria que um de vocês confirmassem a sua identida-
de.
- Marque o encontro. Diga-me onde é e eu mesma vou
averiguar quem ela é.
- Também não é assim. Vou discutir meu preço com ela
para matar vocês. Devo cobrar-lhe uma grana alta.
- E eu com isso?
- Se quiserem pegá-la, terão de me dar o dobro do que
ela aceitar me pagar.
- Caralho! Seja quanto for, é muita grana pra eu con-
seguir. Não poderei convencer meus chefes a gastar esse di-
nheiro todo. Ofereço metade do que ela vai te dar...
- Vai te foder. Errei em te contatar. Soube que Santo
também ganhou uma equipe. Vou negociar com...
- Espera. Deixe Santo fora dessa jogada e eu vejo o que
posso fazer. Só quero uma prova de que não está mentindo.
- Dê-me teu número do WhatsApp e te mando uma
foto que tirei dela comigo.
- Como conseguiu?
- Já disse: ela entrou em contato. Eu tenho uma nova
assistente, já que você me sacaneou com a minha ex parceira
VIUVINHA164
Marisa, lembra? Ela tirou uma foto de mim conversando com
a mulher.
- Quem te disse que eu te sacaneei?
- Ela mesma. Marisa. Me deixou um bilhete dizendo
que você tinha ameaçado de jogar as merdas dela no venti-
lador. Você ganhou. Ela me deixou. Mas agora, você vai me
pagar caro por isso.
- Porra, eu a afastei de ti porque te amo, caralho.
- Não. Você a afastou de mim porque é uma puta trai-
çoeira. Aliás, esquece... Vou negociar com Santo ou com teu
irmão.
- Meu irmão não está no Recife.
- Então, me viro com Santo mesmo.
- Não, porra. Preciso solucionar esse caso a contento
para impressionar meus diretores. Mostre uma foto recente
dela. Se for verdade o que diz, acho um jeito de te pagar.
Pouco depois de receber a foto de um casal conversan-
do num bar, ela disse:
- Puta que me pariu. É ela mesmo. Aquela catraia que
prendemos nos enganou direitinho...
- A quem se refere?
- Ao clone que temos prisioneira, claro. Ela parecia
mesmo a médica. Enganou até o Santo, caralho. Então, negó-
cio fechado. Te pago o dobro do que ela te oferecer, nem que
tenha de assaltar um banco pra pegar essa grana.
- Quem sabe é você. Mas vou te dar um aviso.
- Qual?
- Se me sacanear, eu te mato.
- Eu sou uma agente federal. Todos os agentes federais
iriam atrás de ti.
- Eu te mato assim mesmo. - E o mulato desligou.
Ele estava sentado na mesma peixaria onde Santo o en-
controu. Tinha a clone de Maria Bauer ao seu lado. Guardou
EHROS TOMASINI 165
o celular e disse para ela:
- Ela mordeu a isca. Daqui a pouco ligará para mim.
- Tem certeza?
Antes dele dizer que sim, seu celular tocou. Ele aten-
deu. Era a morena de novo. Ela quis informar:
- Meus chefes toparam teu acordo.
- Tão rápido?
- Elas sabem a importância de pegar a verdadeira mé-
dica.
- Ok. Fico no aguardo do telefonema da doutora.
- Certo. Mas vai prometer não dizer nada para meu ir-
mão. Nem para Santo. Promete?
- Se me pagar certinho, eles não saberão.
- E o que fazemos com a clone da médica que temos
em mãos?
- O que pretende fazer? - Perguntou Percival.
- Deixá-la morrer de fome. Não mais nos interessa.
- Pois faça isso. Mas nada de mata-la. Deixe-a morrer
sem comer. Aí, não será responsável pela morte dela, perante
a PF.
- Vou fazer melhor: Santo tem ódio dela. Vou pedir
para que mate a sósia que temos em mãos. Depois de interro-
garmos a verdadeira, que ele faça o que quiser.
- Não quero saber disso. É problema de vocês. Onde
você está?
- Em casa, amor. Não quer passar por aqui antes de se
encontrar com a doutora?
- Você sabe que não gosto de sexo selvagem.
- Prometo pegar leve contigo. Estou carente, doida para
receber teu caralho enorme no meu cu.
- Está bem. Já chego aí.
Quando o mulato desligou, a sósia da médica olhava
ansiosa para ele. Perguntou:
VIUVINHA166
- E aí?
- Ela caiu na armadilha. Reagiu como previ. Mas você
terá que fazer algo por mim.
- Eu faço, amor. O que é?
- Deixa eu ligar pra Santo. Depois, te falo.
Tá certo.
Assim que Santo atendeu, Percival falou:
- Ela agiu como nós esperávamos. Vou segura-la comi-
go, enquanto você transporta os corpos do padre e da mulher
dele.
- Certo. Mas... e a médica? O que faremos com ela?
- A morena Cassandra vai te pedir para assassina-la,
pensando que ela é mesmo uma clone. Peça para Bárbara dar
o recado a ela: que deve se fingir de morta quando você a
esganar na frente de alguém da PF. Faça com que fiquem as
marcas das tuas mãos no pescoço dela. Esteja com um este-
toscópio por perto, pra você mesmo atestar a sua morte sem
precisar que um médico faça isso. Ninguém irá se envolver
nesse rolo. Pedirão para você mesmo limpar tua sujeira.
- E depois? - Perguntou Santo.
- Depois, você carrega o corpo para o necrotério. Dei-
xa-o lá, junto dos outros corpos, enquanto liga para a funerá-
ria e pede três caixões. E deixa o resto comigo.
- Acho que entendi o plano. Pode dar certo. Vou ter que
desligar. Cassandra está ligando para mim.
- Ótimo. Diga a ela que só topará matar a clone se ela
deixar que você mesmo leve os corpos para o cemitério Par-
que das Flores.
- Pra que isso? Lembre-se que ela já instalou câmeras
lá. Vai querer ver as imagens dos corpos sendo enterrados.
- Ela verá. Confie em mim. Peça os três caixões e deixe
que eu faço o resto.
- Ok.
EHROS TOMASINI 167
Cerca de três horas depois, Percival chegava à casa
da morena. Ela já o esperava totalmente nua. Atirou-se nos
braços dele e o beijou longamente. Tirou-lhe as roupas, en-
quanto o beijava. Só então, o levou para o quarto sem nem
se preocupar em girar a chave na porta de entrada. O mulato
agradeceu aos céus por ela ter esquecido de fecha-la. Senão,
teria que fazer isso quando ela se descuidasse. Antes do casal
começar a se pegar na cama, a mocinha de cabelos totalmen-
te brancos apareceu de arma em punho. Percival e Cassandra
estavam nus e desarmados. A agente federal estava espantada
com a aparição da suposta médica, apesar da doutora estar
bastante rejuvenescida. Mas a morena já tinha visto a cientis-
ta mais jovem do que naquele instante. Rosnou:
- Como achou minha residência?
- Eu e Lázaro sempre soubemos teu endereço, rapariga
safada. E eu lamento não ter te matado a mais tempo. No en-
tanto, dessa vez eu precisava ver com meus próprios olhos a
traição do detetive. Por isso, o segui até aqui.
- O que pensa em fazer conosco? - Levou o teatrinho
adiante o mulato, fingindo ter sido pego de surpresa.
- Vou atirar nos dois, claro. Principalmente nessa puta.
Ela ameaçou matar minha... clone, hoje. - Disse a cópia de
Maria Bauer, improvisando no que Percival, Santo e ela mes-
ma, combinaram. Porém, o mulato deixou rolar. Não iria se
intrometer no improviso da mulher de cabelos totalmente
brancos. Esta continuou:
- Você torturou minha... a prisioneira. Por isso ela está
moribunda. Vai me pagar por isso.
- Deixe-a em paz. Aponte essa arma para mim... - Con-
tinuou fingindo o mulato.
- Aguarde sua vez, mocinho. Antes de matar, vou alei-
jar essa puta. Depois, invado a PF e fujo levando os corpos de
Lázaro e sua esposa.
- Tem alguém me dando cobertura. Você não vai esca-
par - blefou a morena policial.
VIUVINHA168
- Mentira. Estive vendo vocês dois se amassando desde
que ele chegou. Nesse ínterim, dei uma olhada com calma em
volta. Não tem ning...
Um tiro de pistola se fez ouvir naquele instante. A mo-
rena levou as mãos à barriga, atingida por uma bala.
- Porra, o que você fez?... - Perguntou o mulato.
- Apertei o gatilho sem querer, amor. Não esperava
que...
- Puta que pariu! Temos que socorre-la. Se ela morrer,
o irmão nos caçará além dos confins da Terra...
A morena desabou no chão, depois desmaiou. Percival
aperreou-se. O mulato encostou dois dedos na jugular dela.
Ainda havia batimentos cardíacos. Ele ligou imediatamente
para Santo. Teve que repetir:
- A morena Cassandra foi baleada sem querer. Ainda
não pegamos os corpos do necrotério. O que faremos?
O agente demorou a responder:
- Sigam o plano. Mas socorram Cassandra, pelo amor
de Deus. Se for preciso, contratem um médico particular.
- Eu posso socorre-la, amor, enquanto você resgata
meus tios e minha mãe. Traga-os pra cá. Mas não demore,
por favor. E me desculpe. Me empolguei com o teatro...
Ele deu-lhe um rápido beijo na boca e saiu depressa.
Estava com um carro alugado. A sósia da médica havia vindo
escondida em seu porta-malas, com a conivência dele. Ela
ficou na casa da policial, em Olinda, enquanto ele foi embora.
Alguns vizinhos quiseram saber o que estava acontecendo,
depois de ouvirem o tiro. Mas a clone colocou a peruca ruiva
e disse, sem quase abrir a porta, que a morena havia dispa-
rado sua arma sem querer. Como a maioria sabia que ela era
EHROS TOMASINI 169
policial, voltaram às suas casas. A moça correu para socorrer
a morena. Sabia muito bem os primeiros socorros.
Santo havia seguido o plano engendrado pelo detetive.
Fingira esganar a médica na frente de alguns policiais, di-
zendo tratar-se de mais um clone. Levou o cadáver para o
necrotério, sob olhares reprovadores de alguns, e ligou para a
casa funerária. Pediu três caixões e requisitou os serviços de
preparadores para enterros à casa. Estes disseram chegar em
meia hora.
O mulato havia localizado o endereço da casa funerá-
ria. Aguardava num trecho menos movimentado de uma rua
que levava em direção à sede da PF. Assaltou o carro onde
vinha dois funcionários. Botou-os pra dormir aplicando-lhes
sedativos. Os sujeitos não entendiam pra que o cara queria
um carro fúnebre. Percival enganchou o carro funerário atrás
do veículo que alugara e seguiu em direção ao prédio da Po-
lícia. Desengatou os dois veículos numa rua perto e levou o
carro alugado para trás do edifício-sede, estacionando-o na
entrada que usara com a sósia para chegar ao necrotério. Vol-
tou a pé para o carro fúnebre. Finalmente, estacionou-o na
frente do prédio. Vestia um uniforme da empresa funerária
e estava disfarçado, com peruca e barbas e bigodes postiços.
Procurou por Santo. Indicaram-lhe o caminho até o necroté-
rio, onde os cadáveres esperavam para serem preparados para
o enterro. Ele pediu ajuda a alguns agentes para transportar
os caixões para dentro do prédio. O próprio Santo apareceu
e se voluntariou para ajudá-lo. Os agentes suspiraram alivia-
dos. Não lhes interessava fazer essa tarefa fúnebre. Ninguém
da PF sabia ainda que a morena havia sido baleada. Santo
ocultou-lhes esse detalhe. Quando se viram a sós, o detetive
perguntou:
- Cadê a doutora?
- Fingiu bem e está deitada lá no mármore frio do ne-
VIUVINHA170
crotério, junto com o casal. Como faremos para levá-los de
lá?
Pouco depois, a médica era colocada, fragilizada de
fome e com hematomas no rosto e braços, dentro do carro
alugado que estava estacionado na parte de trás do prédio.
Enquanto Santo a carregava nos braços, o mulato levava o
cadáver de Lázaro e o depositava no banco de trás do veículo.
Percival fez o mesmo com o corpo da madre superiora. Jun-
tos, carregaram os funcionários desacordados que estavam
acondicionados no porta-malas do veículo alugado. Coloca-
ram um e outro dentro de cada caixão. Ficou um vazio. O
mulato disse:
- Levemos esses dois caixões lá pra fora, antes que os
caras que trabalham na funerária acordem.
Carregaram juntos um caixão de cada vez e acomoda-
ram dentro do carro fúnebre. Quando voltaram para o ne-
crotério, onde restava um único caixão, o agente perguntou:
- E agora? O que fazemos com esse caixão que sobrou
vazio?
- Entra nele - disse o detetive - pois vamos fingir que te
dominei e te sequestrei dentro do carro fúnebre.
- Caralho! Sacanagem, negrão. Se é assim, me dá uma
pancada com algo que me faça sangrar. Por trás. Dê com for-
ça, para que eu desmaie, ok?
- Como queira.
Pouco depois, o mulato disfarçado de funcionário da
funerária voltava à frente do prédio procurando o agente:
- Cadê aquele cara que estava me ajudando a carregar
os defuntos?
- Ué, não estava com você?
- Disse que ia dar uma cagadinha e não mais voltou.
EHROS TOMASINI 171
Dois agentes que aguardavam na frente do edifício,
perto do carro funerário, riram a valer. Depois, um deles se
compadeceu:
- Faltam quantos caixões para trazer pra cá?
- Apenas um. Mas não dá pra eu carrega-lo sozinho.
- Vamos lá busca-lo. Eu te ajudo.
Pouco depois, depositavam o último caixão com o
agente dentro no carro funerário. O mulato disfarçado agra-
deceu e fez a manobra. Logo, desaparecia numa esquina. Pa-
rou o carro fúnebre lá, despiu-se do macacão da funerária e
deixou a porta do carro aberta com os três féretros dentro.
Arrodeou andando pela outra rua e saiu detrás do prédio
da Polícia Federal. Em seguida, estava a caminho da casa de
Cassandra, em Olinda. A médica, sentada ao seu lado, falou
com voz débil:
- Deu tudo certo?
- Quase. Tua filha atirou na morena Cassandra, sem
querer. Não podemos deixa-la morrer. O que foram esses
machucões?
- A própria morena que agora está baleada me tortu-
rou. Mas não se preocupe: vou salvá-la. Porém, para isso, pre-
cisarei da tua porra. Ainda tem o composto?
- Peguei um, antes de sair de casa. Está acondiciona-
do em uma embalagem resfriada, dentro do porta-luvas. Vai
precisar de mais?
- Não... Um único... me basta...
Quando chegaram em Olinda, a agente descansava. Es-
tava sedada pela clone da médica. A senhora tratou de pedir
urgente a peia do mulato para mamar nela. Ele aplicou-se do
líquido esverdeado e logo a alimentava de sêmen. A moça fi-
cou excitada quando viu a mãe mamando no caralho de Per-
cival. Passava a língua nos lábios enquanto a coroa o chupava.
O mulato gozou por três vezes na boca dela mas ainda ficou
VIUVINHA172
de caralho duro. A mocinha perguntou:
- Ainda aguenta uma comigo, amor?
- Até duas. Acho que exagerei na dose.
- Ainda bem. Eu estava muito fraca. Mas vão para outro
local. Preciso cuidar da agente Cassandra. - Pediu a senhora
que ainda estava com aparência de uma coroa.
- A filha perguntou:
- Vai cuidar dela, mãe? Ela não tentou te torturar e te
matar?
- Estava fazendo o trabalho dela. Não lhe tenho raiva,
filha. Você também não deveria ter.
A mocinha não disse nada, pegando o mulato pela mão
e o levando para o quarto. Mas Percival notou ódio nos olhos
dela. Era a primeira vez que o mulato via isso na moça que
parecia diferente da outra clone, a assassina. Mesmo assim, o
rapaz precisava aliviar o tesão e foi com ela.
Dessa vez a mocinha fez sexo de forma diferente. Não
foi suave. Parecia estar copiando a maneira de ser da morena.
Transava de forma sadomasoquista, como a policial federal.
Mordeu o peito do mulato, lhe arranhou as costas com as
unhas, machucou o caralho dele quando o chupou, pediu
que ele metesse sem pena em seu cuzinho. Percival estanhava
aquele comportamento, mas estava com muito tesão para pa-
rar a foda e reclamar. Gozou duas vezes no cuzinho dela. Ela
urrou de prazer. Sua maneira de demonstrar o orgasmo, no
entanto, era idêntica à da morena Cassandra.
FIM DA DÉCIMA SÉTIMA PARTE
EHROS TOMASINI 173
Viuvinha - Parte 18
Percival descansava da foda quando seu celular tocou.
Atendeu, já sabendo quem lhe ligava:
- Diz, Santo. Tudo bem?
- Tudo bem. Tudo corre como planejamos.
- Como fez para sair do caixão lacrado?
- Como você me deixou com o celular na mão, acen-
di sua lanterna e depois liguei para a PF. Foram me salvar.
Os caras da funerária ainda estavam desacordados. Mas não
posso esperar que acordem aqui, na sede da Polícia. Os agen-
tes que me salvaram não abriram os caixões, achando que
quem está lá é o casal do mal: Lázaro e a esposa. Foi o que
eu lhes disse. Aleguei ter sido atingido por uma pancada na
cabeça, talvez dada pelo cara da funerária. Eles acreditaram.
Como ninguém sabia de Cassandra, e o celular dela está des-
ligado, os chefes me autorizaram a levar os corpos para o ce-
mitério. Ainda pensam que ficou um cadáver lá, o da doutora
VIUVINHA174
que estava nossa prisioneira. E agora, o que eu faço?
- Calma. Finja descansar um pouco, antes de ir enterrar
os outros corpos. Peça pra alguém fazer um curativo na tua
cabeça, já que te feri. Isso me dará o tempo necessário para
pegar o cadáver da clone que deixei no freezer da casa de
praia e devolvê-lo ao necrotério. Aí, você o coloca no caixão
que sobrou e pede que o ajudem a transportar ao carro fúne-
bre.
- Entendi. Em uma hora, dá pra você devolver o corpo
da clone ao necrotério da PF?
- Pode contar com isso.
Depois de desligar, Percival disse para a clone da dou-
tora:
- Preciso devolver o corpo da tua irmã para o necroté-
rio. Volto já.
- Eu posso ir contigo, amor, te ajudar a devolver minha
irmã à PF?
- Não. Você fica comigo, minha filha. Estou ainda en-
fraquecida. Vai me ajudar a salvar a vida da agente. Ela não
está nada bem... - Disse a doutora Bauer.
- Mas mãe...
- Fique, minha linda. Não poderemos deixar que algo
de mau aconteça a Cassandra. Precisamos dela viva. - Insistiu
Percival.
Cerca de uma hora depois, Santo parava o carro fúne-
bre numa rua erma. Um automóvel parou logo atrás. Dele,
desceu o mulato. Percival perguntou:
- E os caras da funerária?
- Ainda estão desacordados. Assim que pude, abri os
caixões. Desse modo, puderam respirar melhor. Você pegou
pesado com eles, né?
- Errei a dose. Nunca tinha usado sedativos. Ajude-me
a coloca-los no meu carro.
EHROS TOMASINI 175
Pouco depois, se despediam:
- Boa sorte, rapaz. Não se preocupe por Cassandra. Ela
está em boas mãos. - Afirmou Percival.
- Tomara. Seria muito azar se a morena morresse. O
homenina não brinca em serviço. Logo, descobriria o que
nós fizemos.
- Você o teme?
- Claro, caralho. Você não o conhece bem ainda. Se o
conhecesse, não faria uma pergunta dessas.
- Ok. Desculpa. O cara é mesmo um fodão. Vou-me
embora. Depois de fingir enterrar os corpos no cemitério,
deixe o carro funerário onde combinamos. Preciso comple-
mentar a operação.
- Está bem.
Os dois funcionários da funerária acordaram quase ao
mesmo tempo. Ainda estavam confusos. Um deles pergun-
tou:
- O que aconteceu?
- Um cara barbudo nos parou. Aplicou-te uma injeção
e me apontou a pistola. Arrodeou o carro e veio com uma
seringa já preparada para mim. Ainda lhe perguntei para que
queria um carro fúnebre, mas ele não respondeu. Lembro-
-me apenas de que me injetou alguma coisa. Desmaiei em
seguida - disse o motorista.
- Que coisa mais estranha. Será que nos roubou os cai-
xões? Vou dar uma olhada. - Disse o outro, saindo do carro
funerário. Voltou para o veículo dizendo:
- Putaquepariu. Roubaram os três esquifes. E agora?
- Agora, voltamos para a funerária. O chefe que se las-
que pra resolver essa bronca.
Quando Cassandra despertou, encontrava-se sozinha
em casa. Estava deitada, nua na cama, com a barriga enfai-
VIUVINHA176
xada. Levantou-se rápido e correu até a sala. A cabeça rodou.
Não encontrou Percival. Gritou por ele. Nada. Ela localizou
sua pistola pequenina e feminina na sala, junto com as suas
roupas. Olhou em todos os aposentos. Não achou o mulato
nem encontrou nenhum vestígio de sangue. Aperreou-se. Li-
gou para Santo. Disse:
- Santo, fui baleada. Mas parece que a assassina cuidou
de mim. Percival, que estava comigo, sumiu. Tem notícias
dele?
- Sim. Uns policiais de uma viatura o encontraram de-
sacordado dentro de um carro alugado. Levaram-no para um
hospital, mas ele parece bem. Onde você está?
- Eu... estou na minha casa. Mas ainda estou confusa. E
muito fraca das pernas. Pode me mandar alguém aqui?
- Eu mesmo irei.
Quando o agente chegou à casa dela, a morena parecia
agitada. Suava muito e resfolegava. Nem bem abriu a porta
pro cara, baixou-lhe as calças, rápido.
- Ei, ei, ei... O que está havendo, mocinha? Sei que você
age como louca, mas nunca foi tão tarada...
- Não sei o que está havendo comigo. - Disse ela, bo-
tando seu caralho pra fora das calças - Estou afim de chupar
um pau. Preciso urgente de porra. O que fizeram comigo, ca-
ralho?
- Calma. Como está essa ferida? Deixe-me ver esse fe-
rimento na barriga...
- Depois. Depois que gozar na minha boca...
Ele parou de falar. Ela bateu-lhe uma punheta urgente,
querendo que ele gozasse o quanto antes. Ele disse:
- Não estou afim de gozar, cacete. Você me pegou de
surpresa.
- Goza. Goza, ou enfio o dedo no teu cu...
- Não é preciso. Acho que posso gozar. Mas não garan-
EHROS TOMASINI 177
to matar essa tua sede de porra. Do que você se lembra?
- Goza. Goza. Depois, conversamos.
Ele disse:
- Deixe-me meter em tua buceta, primeiro. Assim, só
na punheta, eu não vou conseguir...
- Na buceta, não. Irá me doer o ferimento. Quer foder
meu cuzinho?
- Se me der, aceito. Achei que estava com o mulato... -
Disse o agente, se posicionando por trás dela.
- Sim, eu estava. Aí, aquela puta apareceu. Acho que vi-
nha seguindo-o. Ameaçou-me com uma pistola e, antes que
eu pudesse reagir, atirou em mim.
- Assim, de repente?
- Acho que a arma disparou. Não sei. Está tudo muito
confuso na minha cabeça. Tem certeza... de que... Per.. cival...
está... bem? - Ela quase não conseguiu articular a frase, go-
zando pelo cuzinho.
Santo, ao perceber que ela estava gozando, apressou o
ritmo das fincadas. Ela chorava de gozo. Ele avisou:
- Tá vindo... Tá... vindo...
Ela retirou-se do pau dele. Ajoelhou-se perante o agen-
te e bateu-lhe uma punheta apressada. Ele esguichou um jato
no rosto dela. Ela abocanhou seu caralho. Mamou-lhe a pica
até não restar nem um pingo. Depois, passou as mãos no ros-
to, lambendo os dedos em seguida.
- Caralho... foi pouco. Preciso de mais, cacete...
- Espera um pouco. Vou no carro e já volto.
- Não. Eu quero mais porra...
- Terá. Até se fartar. Não se preocupe.
Quando voltou do carro, o agente taxista estava de pau
duríssimo novamente. Ela perguntou:
VIUVINHA178
- Como conseguiu?
- Eu ando com uma ampola daquelas que a doutora
Bauer me aplicou, certa vez. Pode mamar até se fartar. Acho
que sei o que fizeram contigo.
- Você acha que...
- Sim, acho.
- Puta que pariu! Aquela médica piranha me injetou o
Sangue de Cristo? Então, eu me fodi. Vou precisar de sêmen
até umas horas...
- Mama na minha pica. Quando se fartar, conversamos
sobre isso.
Percival estava deitado num leito de hospital, quando
Bárbara, a loirinha linda, chegou para uma visita. Ele sorriu.
Ela beijou-lhe demoradamente os lábios. Perguntou, aflita:
- O que houve, amor? Soube por Santo que Cassandra
foi baleada. Mas ele pediu que eu não contasse a ninguém.
Disse que só você e ele sabiam.
- É verdade. Mas fui traído pela clone da médica. Ela
já havia atirado em Cassandra, mas disse que foi sem querer.
Levei Maria Bauer para cuidar do ferimento de Cassandra, e
ajudei Santo a recuperar os corpos do casal Lázaro e a madre
assassina. Quando voltei para a casa da morena policial, a só-
sia da médica me acertou por trás. Desmaiei. Colocaram-me
no carro que eu havia alugado e me largaram em um lugar
qualquer. Uma viatura policial me socorreu e me trouxe para
cá. Estão esperando alguém da Polícia Federal para vir me
interrogar. Você está bem?
- Eu deveria estar descansando, mas Santo pediu que
eu viesse te avisar de que quem vai te interrogar é ele. Estás
muito machucado?
- Só no orgulho. Levei uma cacetada na cabeça, mas os
médicos já cuidaram do ferimento. Por isso, estou de atadu-
ras no quengo.
EHROS TOMASINI 179
- Tadinho. Depois que Santo vier, te levo pra minha
casa. Não há mais perigo de voltar pra lá. A Agência não exis-
te mais, sabia?
- Sim, sabia. Eu preferia ir para o meu própria apê, Bar-
bara. Lá, eu me sentiria mais seguro.
- Deixa Santo chegar que a gente resolve isso.
Quando o agente federal chegou, Percival estava dor-
mindo e a loira tinha a cabeça encostada no peito dele. Tam-
bém dormia sentada numa cadeira ao lado da cama do mula-
to. Santo acordou ambos. Disse:
- Precisamos sair daqui. O homenina voltou de São
Paulo. Soube da própria irmã que ela foi baleada. Descon-
fia de mim e de tu. Acha que nós dois planejamos a fuga da
prisioneira e o sequestro dos corpos da dupla de assassinos:
Lázaro e sua esposa.
- Fugir é atestar minha culpa. Não vou fazer isso.
- Quem sabe é você. Volto para perto da morena Cas-
sandra. Ela me protegerá da ira do irmão.
- Será? - Duvidou a loiríssima Bárbara - A morena tor-
turou a médica. Com certeza, a médica irá querer se vingar.
- Já fez isso. Aplicou o Sangue de Cristo em Cassandra.
- Puta que pariu. Por isso, as duas me tiraram de tempo.
- Afirmou Percival.
- Do quê vocês estão falando? - Perguntou a loira.
- Nada não. - Desconversou o agente. - Consiga uma
cadeira de rodas. Precisamos tirar Percival daqui.
- Eu já disse que...
Inesperadamente, Santo lhe aplicou uma seringa. O
mulato apagou na hora. Bárbara correu atrás de uma cadei-
ra de rodas. Trouxe uma em minutos. Santo falava com dois
policiais que estavam de guarda. Eles não reagiram quando
o rapaz colocou Percival na cadeira e saiu empurrando. Nem
bem foram embora, o homenina chegou à enfermaria onde
VIUVINHA180
estava o mulato. Perguntou por ele. Disseram que havia sido
transferido de hospital.
- Ele foi para aonde?
- Não sei, senhor. Acho que o levaram para uma clínica
particular. Havia um casal com ele. A mulher era loiríssima
e muito bonita.
- A puta da Bárbara - disse entredentes o agente fede-
ral. - O outro deve ter sido Santo, aquele traidor.
- Como disse, senhor? - Perguntou um dos policiais.
- Nada não. Obrigado pela informação. Vou atrás do
fugitivo.
Quando o homenina entrou em seu carro, ligou para
a irmã:
- O filho da puta do mulato fugiu. Estou indo pra tua
casa.
- Ele não tem nenhuma culpa por eu estar ferida. Até
me defendeu.
- Quando eu chegar aí, conversaremos. Santo também
deve estar em conluio com eles. Não respondeu minhas cha-
madas e agora desligou o aparelho.
- Santo esteve comigo quase ainda agora. Fui eu que
pedi que ele levasse o mulato do hospital. Venha pra cá. Pre-
cisamos conversar.
Assim que o homenina encetou a marcha e mano-
brou para sair do estacionamento do hospital, foi picado no
pescoço por uma agulha. Alguém lhe injetou um sedativo.
O atacante usava uma máscara branca de tecido que cobria
toda a cabeça. Havia duas aberturas toscas para os olhos, fei-
tas apressadamente por tesouras. Foi só isso que o homenina
pode perceber, antes de perder totalmente os sentidos.
FIM DA DÉCIMA OITAVA PARTE
EHROS TOMASINI 181
Viuvinha - Parte 19
Percival acordou-se na casa de praia. Ainda zonzo, viu o ho-
menina desmaiado perto de si. Notou que havia algumas
pessoas por perto. Sua visão ainda estava turva. Escutou:
- Pronto. Ele está acordando.
O mulato olhou naquela direção. Viu uma figura de mu-
lher. Reconheceu-a. Perguntou:
- Oi, Bárbara. Onde estou?
- Na casa que você alugou, amor. Santo te raptou do hos-
pital bem a tempo. O homenina chegou furioso. Iria te dar umas
porradas.
O mulato olhou de lado. Cassandra permanecia desacor-
dado. Percival perguntou:
- Por que o trouxeram para cá?
- Não se preocupe. Logo o estaremos levando-o para a
VIUVINHA182
casa da irmã ou de volta ao estacionamento do hospital. A dou-
tora já terminou os procedimentos com ele.
- Que procedimentos?
- Os mesmo que fez com a morena Cassandra: agora eles
dependem do Sangue de Cristo, como eu e você.
- E como eu e a irmã - complementou Santo.
- Pra que tudo isso, caralho?
- Quando esse puto acordar, vai sentir sede de esperma.
Precisará ser alimentado de porra, senão morrerá. Foi a vingan-
ça da minha irmã para com eles - afirmou Santo.
- Caralho! Por que, então, me aplicaram aquele líquido
verde? Eu estava ajudando a médica e a filha dela, cacete!
- É verdade. E elas sabem disso. O líquido esverdeado ser-
ve para suprir a médica de porra. Eu e você seremos doadores
de esperma para ela, mas por pouco tempo. Quando a doutora
ressuscitar, não precisará mais de sêmen. Eu e você, no entanto,
vamos adquirir um fortalecimento imunológico sem igual: esta-
remos livres de doenças e nossas feridas cicatrizarão bem mais
rápido que o normal. Era nessa pesquisa na qual a doutora esta-
va empenhada. Por isso, eu a estava ajudando. - Afirmou Santo.
- Eu não pedi isso que me deram, porra.
- Sinto muito. Agora é tarde.
- Cadê a doutora e a filha dela?
- Estão descansando. Trabalharam um bom tempo para
deixar Cassandra dependente de porra.
- Pra que tudo isso, cara? - Repetiu o mulato, ainda de
cabeça confusa.
- Já te disse: foi a vingança da doutora e sua filha. Os ir-
mãos Cassandra vão sentir na pele o que é precisar de esperma
todo dia, como minha mãe e o casal.
- A filha dela não precisa se alimentar de esperma?
- Não. Ela é o clone mais perfeito que minha mãe produ-
ziu. No entanto, consegue adquirir característica de outras pes-
soas que ela entra em contato.
- É, eu percebi. - Disse Percival - Notei que ela estava agin-
EHROS TOMASINI 183
do igual à morena Cassandra.
- Por falar nisso, quero te dar meus parabéns: minha irmã
está grávida de ti.
- Como é que é? - Espantou-se o mulato.
- Isso mesmo que ouviu: antes de irem dormir, minha
mãe a examinou. Ela está grávida. Se a gravidez vingar, será a
primeira vez que uma clone tem um bebê pelo processo natural.
Portanto, parabéns.
- Isso não foi com o meu consentimento, cara.
- Eu sei. Mas minha irmã veio de Roma para engravidar
de ti. A pedido de minha mãe. Ela te ama. Aliás, ambas gostam
de você. Vai ser um problema uma desistir de ti.
Bárbaraestavadecabeçabaixa.Pareciatriste.Percivalper-
cebeu. Perguntou o que a estava incomodando. Ela confessou:
- Eu também te amo, negrão. Mas devo minha saúde aos
experimentos da doutora. Pensei que jamais iria voltar a andar.
- Quem capturou o homenina? - Quis saber o mulato.
- Fui eu - Confessou a loira - Nós sabíamos que ele estava
indo para o hospital querendo te foder. Escondi-me e o esperei
no estacionamento de lá. O puto deixou a porta do carro aberta,
de tão furioso que estava. Foi fácil pra mim entrar no veículo e
me esconder no banco de trás, já com um sedativo preparado.
Injetei-lheadrogaeotrouxeparacá.Euestava puta da vida com
ele por ter autorizado a irmã a torturar a pobre doutora.
- Puta que pariu. Se ele souber que foi tu que o capturasse,
vais estar fodida.
- Não ligo. Já está tudo certo para eu ir para a Itália, com a
médica e a filha dela. Elas vão te chamar para ir, também. Santo
já se decidiu a ir conosco. Você vai?
- Não sei. Tenho que pensar nisso. E o casal que resgata-
mos da PF? - Perguntou o mulato.
Dessa vez, foi Santo quem respondeu:
- Minha mãe está crente de que ambos vão ressuscitar em
VIUVINHA184
breve. Eu acredito nela.
- Isso é loucura, meu Deus... - afirmou o mulato.
Então, ouviram uma voz feminina:
- Não, não é. Eu, finalmente, descobri o mistério da res-
surreição do padre Lázaro: ele tinha que morrer de morte natu-
ral, se quisesse ressuscitar e viver sem precisar do líquido verde.
Por isso, recusou-se a comer. Minhas pesquisas me levaram a
essa descoberta: o novo composto que criei não causa mais de-
pendência de esperma. Por isso, apliquei uma nova fórmula em
você. Ela fortaleceu teu sêmen e possibilitou minha filha engra-
vidar. A nova fórmula não causa nenhum problema ao coração.
Desenvolverei estudos para produzir um novo tipo de Viagra.
Junto com o método de troca total do sangue do paciente, tes-
tado em Bárbara e em alguns mendigos, promoverei a cura de
quaisquer doenças.
- Isso, se a PF não cair de pau encima de ti - advertiu Per-
cival.
Santo ponderou:
- Cassandra foi a São Paulo e depois a Brasília denunciar
o desvio de verbas do governo pernambucano para as pesquisas
da minha mãe. Recebeu ordens de parar as investigações. A coi-
sa é maior do que a gente pensava. Há comitês internacionais de
saúde interessados nas pesquisas. Apostam na cura do Câncer e
da AIDS com o composto criado por minha mãe.
- Percebo que agora a chama o tempo todo de “minha
mãe”. - Observou o mulato.
- Sim. Antes, evitava chama-la assim para não suscitar
desconfianças da Polícia Federal. Decidi que vou largar meu
emprego. Minha mãe agora é rica, depois dos resultados do
tratamento à base de transfusões. Podemos conseguir asilo em
qualquer país do mundo, cara.
- Venha conosco, amor. - Disse a doutora - Minha filha já
concordou em te dividir comigo e com Bárbara. Moraremos os
EHROS TOMASINI 185
cinco juntos: eu, você, Santo, Maria e Bárbara.
- Você está disposta a isso, loira? - perguntou Percival.
- Sim, amor. Eu só não te dividiria com a puta da Cassan-
dra. Ela jogou sujo contigo, com a doutora e com tua parceira
detetive. Vi quando ela a ameaçou de denuncia-la por vários cri-
mes, se não te deixasse.
- É, Marisa me deixou um bilhete.
- Eu ia matar a puta Cassandra. Santo é quem não deixou.
- O castigo que minha mãe e minha irmã infligiu aos ir-
mãos Cassandra é o bastante. Eu queria estar por perto pra ver o
homenina mamando num caralho, ele que é tão machão. Lázaro
passou por isso. Por esse motivo, passou a ser tão mais agressivo.
- Conversa. Pelo que me consta, o cara foi sempre um fi-
lho da puta - rebateu Percival.
- Antes de se decidir a morrer de fome e sede de esperma,
Lázaro pediu para que eu o deixasse aqui no Brasil, junto com
a esposa. Quer ficar de olho no homenina e na irmã, seus mais
ferrenhos adversários. - Informou a doutora.
- Quando ele deve estar ressuscitando? - Perguntou Per-
cival.
********************************************
O homenina acordou no próprio carro, estacionado den-
tro das dependências do hospital. Levou a mão ao pescoço e
notou o inchaço provocado pela picada de agulha. Sentiu algo
incômodo no tórax e percebeu que estava enfaixado ali. Sentiu
dores no local. Mas o que mais o incomodou foi a vontade louca
de beber porra. Procurou seu celular, para ligar para a irmã, e
não encontrou. Também não achou sua arma, que sempre tra-
zia presa a um coldre, por baixo do terno que usava. Encetou
a marcha do veículo e manobrou para sair do estacionamento.
Pretendia ir à casa da irmã, em Olinda. A vontade, porém, de
mamar numa pica era terrível. Sacudiu várias vezes a cabeça,
para afastar aqueles pensamentos, mas a ânsia de beber esperma
VIUVINHA186
persistia. Deu garças a Deus quando chegou à casa da irmã.
Ela veio abrir a porta assim que reconheceu o barulho do
motor do automóvel do irmão. Ele perguntou:
- Você está bem, mana?
- Não, não estou. Por que demorou tanto? Sinto uma sede
enorme de porra. Dê-me teu caralho, depressa.
- Eu também estou sentindo o mesmo. O que será que
fizeram conosco?
Ela não respondeu. Já chupava seu caralho enorme, mes-
mo ele ainda estando mole. Mas logo ficou duro, quando ela
passou a língua na glande. A morena estava ajoelhada entre as
pernas do homenina, sem nem ter fechado a porta. Ele o fez,
sem deixar de oferecer-lhe o cacete. Demorou bastante ao agen-
te gozar. Ela sugou sua porra com sofreguidão. A quantidade de
líquido jorrado não foi suficiente. Ela implorou:
- Deixe-me continuar te chupando, mano. Ainda estou
com sede...
- Não. A próxima gozada é minha. Também estou pre-
cisando. Mas continue chupando. Quando eu estiver prestes a
gozar, te aviso.
- Está bem. Então vamos pra minha cama. Lá, fico numa
posição mais confortável. Aqui, os joelhos me doem. Mas como
vai fazer para beber teu próprio esperma?
- Um copo. Vá para a cama. Vou pegar um copo na cozi-
nha.
Ele deixou o copo sobre um criado-mudo que havia no
quarto e tirou toda a roupa. Ela perguntou:
- Como você se feriu?
- Não sei. Me botaram pra dormir quando entrei no carro.
Fui ao hospital dar umas porradas no negrão, por ter atirado em
ti, mas ele não estava mais lá. Santo o está ajudando. Deve tê-lo
tirado de lá antes que eu chegasse.
EHROS TOMASINI 187
- Por que bater em Percival? Ele não atirou em mim. Foi a
puta da doutora. Só que ela está incrivelmente mais jovem.
- Ele deve saber onde Maria está. Fui lá arrancar essa in-
formação dele.
- Santo! Santo tem um pequeno estoque do líquido verde
que aumenta a quantidade de porra. Vou ligar para ele.
- Já te disse que o filho da puta está com a mãe. Não acho
que nos ajudará. Se brincar, foi ele quem me deixou desacorda-
do no estacionamento.
- Pode ser. Mas precisamos do Sangue de Cristo. Se eu
conversar com ele, ele me dará, sim.
- Pois tente. Porém, se eu o pegar, dou-lhe uma surra. Es-
tou logo avisando. Mas continue chupando. Estou com ânsias de
tomar porra.
Aí, tocaram a campainha da porta. Os irmão se entreo-
lharam, cismados. A morena pegou sua pequena pistola. Mes-
mo nua, foi atender à porta. Teve uma grata surpresa: era Santo
quem tocava a campainha. Ele sorriu, ao vê-la nua. Disse:
- Espero não estar interrompendo uma foda...
- Não. Você chegou numa ótima hora. Mas meu irmão
sabe que você está metido com a doutora. É verdade?
- Sim. É verdade. Minha mãe parece ter encontrado a cura
do câncer e da AIDS. Isso supera a minha rivalidade com ela.
- Mas a minha, não! - Afirmou Cassandra, aparecendo nu
na sala.
- Tudo bem, cara. Mas ela já fugiu do Brasil - mentiu o
agente - e dessa vez eu acho que não volta. Mas deixou um pre-
sente para vocês dois.
-Presente?Dequesetrata?-Perguntouohomenina,mais
calmo.
- Está no carro. Vou buscar pra cá.
O agente taxista retornou com duas caixas grandes. De-
positou-as na sala e abriu uma delas. Continha uma grande
VIUVINHA188
quantidade de ampolas com o líquido esverdeado.
- Essas caixas acondicionam uma quantidade de Sangue
de Cristo suficiente para um ano de uso para vocês dois. É o
tempo necessário para minha mãe descobrir a cura para a de-
pendência da droga. Mantenham-nas na geladeira.
O homenina demorou para aceitar o presente. A irmã,
não. Pegou logo uma ampola e correu até o quarto. Catou uma
seringa numa das gavetas. Voltou à sala com a seringa pronta
para aplicar. Perguntou:
- Quem se habilita? Estou sedenta de porra.
Santo abriu o fecho da calça. Botou o caralho para fora.
Ela o puxou para o quarto. Disse pro irmão:
- Venha, mano. Não vou perder essa oportunidade de fo-
der com dois.
O homenina esteve indeciso, depois seguiu o casal. Mas
disse:
- Vou logo avisando: não vou mamar no caralho de nin-
guém.
- Não é preciso, cara. - Santo procurou algo nos bolsos -
Eu passei numa farmácia a caminho daqui e comprei algumas
camisinhas. Você pode usá-las para colher teu próprio esperma.
- Tenho ideia melhor - afirmou a morena Cassandra.
Em seguida, ela aplicou a seringa preparada no irmão.
Esse gritou de dor, ao receber o líquido na coxa. Mas o pau do
homenina reagiu logo, ficando imediatamente duro. Santo disse:
- No começo dói, mas depois você se acostuma, cara. Mas
isso tem suas vantagens: você pode passar mais tempo fodendo
um cu...
- Ele vai começar fodendo o meu, enquanto te chupo. Vis-
ta uma das camisinhas trazidas por Santo, mano. Depois, meta
no meu cu sem pena até gozar. Aí, você despeja o gozo no copo
EHROS TOMASINI 189
e toma.
- Boa ideia - concordou o homenina.
Santo deitou-se na cama de pernas afastadas uma da ou-
tra. Ela ficou de quatro diante dele. Empinou bem a bunda. Cas-
sandra parafusou a enorme rola vestida com o preservativo. Este
só lhe cobriu metade do pau, de tão grande que era. A more-
na gemeu alto, quando foi enrabada. Depois que acondicionou
toda a rola do homenina na bunda, começou a mamar Santo.
Este falou:
- Pode se fartar. Eu me apliquei o líquido, antes de vir para
cá. - O jovem não quis dizer que a versão do Sangue de Cristo
que se aplicou era de um estoque atual, muito mais poderoso do
que o que a morena havia aplicado no irmão.
No início, o homenina não estava muito entusiasmado
para foder o cu da irmã. Mas o desejo de tomar porra era cada
vez mais forte. Assim que começou os movimentos de coito, já
sentiu se aproximar o gozo. Logo, dizia:
- Porra, já vou gozar.
- Sim. Goze, mas não tire de dentro. Só quando gozar pela
segunda ou terceira vez no meu cuzinho, mano. Tá é bom...
Ela voltou a chupar e a punhetar Santo. Ele também não
demoroumuitoadar-lheaprimeiragozadanaboca.Elaengoliu
toda a porra de imediato e continuou chupando e pedindo mais:
- Vai, amor. Goza de novo na minha boquinha. Estou tão
carente de porra...
- Remexe a bunda, mana -, exigiu o homenina - vou gozar
novamente.
O homenina apressou as estocadas. Ela gemia com mais
vontade. De repente, esguichou gozo na cama. Estava gozando
pelo cu. Recebeu outra dose de porra na boca. O irmão retirou-
-se do cusinho dela, depois da morena sentir a rola inchar den-
VIUVINHA190
tro de si. Ele correu para o criado-mudo. Retirou a camisinha
com cuidado e depositou o líquido no copo. Bebeu tudo de um
só gole.
Mesmo assim, o líquido viscoso não matou sua sede. Vol-
tou a se posicionar atrás da irmã, depois de pegar novo preser-
vativo trazido por Santo. A segunda fincada no cu da morena já
o encontrou mais relaxado. Ela nem gritou. Estava achando era
bom.
FIM DA DÉCIMA NONA PARTE
EHROS TOMASINI 191
Viuvinha - Parte final
Quando Santo se foi, Cassandra perguntou para a irmã:
- O que acha que devemos fazer com ele?
- Nada. Se for verdade que a mãe descobriu a cura para
o câncer e a AIDS - coisa que não duvido nada - devemos até
agradecê-la, mano. Ademais, Santo disse que ela já fugiu do
Brasil. Deixou de ser da nossa alçada.
- Se eu descobrir onde ela está escondida, vou atrás
dela. Nem que seja para saber o que aquela puta fez conosco.
Santo enterrou os outros dois?
- Não sei. Coloquei câmeras no cemitério. Vamos ver?
Pouco depois, diante de um computador, os irmãos
atestavam a chegada do agente taxista ao cemitério. Ele pedia
ajuda a um funcionário de lá para carregar os caixões. Ela
não tinha dúvidas:
- Sim, ele fez o prometido. Achei que iria fugir com os
VIUVINHA192
corpos. Ainda bem que não o fez. - Disse ela.
- Soube que Santo foi promovido, como você. Ficarei
de olho nele. Se tirar alguma licença para viajar, eu o sigo.
Decerto, irá se encontrar com a doutora.
- Santo já nos ajudou muito. Se eu fosse você, deixava
o cara em paz.
- Nunca! Eu odeio a doutora. Principalmente agora que
nos fez depender de porra. Vou obriga-la a reverter o proces-
so e depois matá-la!
********************************************
Já havia se passado três dias desde a morte de Lázaro e
sua esposa. A doutora estava eufórica. Aquele, para ela, seria
o grande dia: iria atestar a sua teoria de que o casal voltaria
à vida. Os corpos, já fedendo, estavam disposto sobre uma
mesa. O cadáver da clone assassina continuava no freezer. A
médica pretendia fazer experiências com ele, depois. Santo,
Percival, Bárbara e a clone de Maria Bauer estavam senta-
dos em cadeiras e poltronas, dispostos na sala, esperando o
milagre da ressurreição. Para o assombro do mulato, Lázaro
foi o primeiro a se mover. Parecia que tinha os nervos todos
entravados. Gritou de dor assim que abriu os olhos e tentou
se levantar. Com esforço, sentou-se na mesa. Olhou em volta
de si e pareceu reconhecer todos. Tentou falar, mas só saíram
grunhidos da sua garganta. A médica disse:
- Procure não fazer esforço, amor. Você ainda deve es-
tar muito fragilizado.
O assassino viu o corpo da esposa deitado em outra
mesa. Com penúria, conseguiu se levantar e andou até ela.
O cadáver tinha um ferimento aberto na fronte. A doutora
disse:
- Retirei a bala que estava alojada na cabeça dela. Dei-
xei o ferimento aberto porque...
EHROS TOMASINI 193
Não chegou a terminar a frase. O ferimento começou
a sangrar. A doutora Bauer correu para suturar e fazer um
curativo ali. Pouco depois, a madre superiora se moveu mui-
to lentamente. Gritou de dor. A médica aplicou-lhe um seda-
tivo imediatamente. Disse:
- Ela sente dor no ferimento. Precisava ser sedada. Mas,
graças a Deus, está ressuscitada.
O padre assassino caiu no chão, fraco das pernas. Santo
apressou-se em ampará-lo. Percival e Bárbara ainda estavam
assombrados com aquelas cenas tétricas. A filha da médica
apenas sorria. Estava muito contente com o sucesso da mãe.
Pegou na mão do mulato. Ele estava chateado por ela o ter
agredido, batendo em sua cabeça à traição. Ainda mantinha
o curativo desde que saíra do hospital. Ela disse:
- Vamos dar uma olhada nesse curativo, amor? Acho
que não precisará mais dele.
De fato, o detetive não sentia mais dores ali. A própria
jovem pegou uma tesoura e cortou as ataduras. Examinou-
-lhe a cabeça. Já não existia nenhum sinal do ferimento. Ela
chamou a mãe para dar uma olhada. Santo também o fez.
Bárbara falou:
- Não há vestígios de ferimento, paixão. A cura foi mi-
lagrosa. Bem que a doutora falou que o líquido esverdeado
iria funcionar bem.
Percival passou a mão no local onde havia ferimento.
Atestou a veracidade do que ela dizia. Agradeceu à doutora.
Esta disse:
- Teu fator imunológico foi alterado. Irá sarar com mais
facilidade, seja qual for o ferimento. Só não pode ser uma
ferida mortal.
- Podem acreditar que não vou querer testar a veraci-
VIUVINHA194
dade disso.
Todos riram, menos Santo. O mulato perguntou-lhe:
- O que está pegando, companheiro?
- Pensando nos irmãos Cassandra. Não vou poder pe-
dir demissão agora. Eles iriam me seguir para ver onde estou,
querendo chegar à minha mãe. Eu lhes disse que a doutora já
havia fugido pro Exterior. Não creio que o homenina tenha
acreditado. Precisamos ter cuidado. Então, prefiro permane-
cer aqui, no Brasil, para ficar de olho nele. Vocês devem par-
tir assim que o casal estiver mais recuperado.
- Sim. Primeiro iremos para Roma, onde mora minha
filha. A casa lá é grande e dará para todos. Também dará para
eu montar meu laboratório. Você pode ir conosco, meu fi-
lho. Lázaro ficará vigiando os gêmeos Cassandra. - Afirmou
a médica.
- Não, mãe. Eu quero ficar. Não vou deixar que o tio
Lázaro mate eles. São meus amigos. Apesar de achar o home-
nina muito radical, gosto dos dois.
- Quem sabe é você. Mas continue se aplicando o novo
Sangue de Cristo que te dei. Aumentará a tua imunidade.
Pode te salvar a vida.
- Sim, mãe.
No outro dia, livre das ataduras na cabeça, Percival foi
até onde morava Marisa. Não encontrou ninguém em casa
nem na casa da irmã dela. Foi procurar a médica onde ela tra-
balhava. Disseram que havia pedido demissão já havia alguns
dias. Aí, ele se convenceu de que as duas estavam mesmo
fora do País. Ficou triste. Ainda esperava encontrar a antiga
parceira detetive. Não estava muito afim de ir para a Itália.
Também não amava a doutora Bauer e sua filha. E não tinha
nenhum interesse no dinheiro delas, até porque possuía a sua
própria pequena fortuna. Por outro lado, não se via um cara
casado. Sempre fora independente, nunca pensara em viver
EHROS TOMASINI 195
com alguém.
Procurou um bar. Precisava pensar na vida, e umas
cervejas o ajudariam nisso.
Encontrou um barzinho discreto mas bem aconche-
gante. Uma coroa triste, toda vestida de preto, veio atende-lo.
Parecia ser a dona do local. Ele pediu uma cerveja. Ela trouxe
uma super gelada. Só tinha ele de cliente. Perfeito para o que
ele queria: refletir, tomar decisões difíceis. Bebericava, quan-
do a mulher de preto voltou à sua mesa com um copo vazio.
Pediu para ele encher. O mulato o fez. Ela agradeceu, depois
perguntou se incomodava se permanecesse sentada à sua
mesa. Ele lhe disse que podia se sentar mas não estava sen-
do sincero. Preferia ficar sozinho. Porém, observou melhor
a dona do bar: ela era bonita, apesar de não usar nenhuma
maquiagem. Também parecia ter um corpão, apesar da roupa
comportada não deixar muito à mostra. Mas sua expressão
era de tristeza absoluta. Ele perguntou:
- O que a aflige, senhora? Parece triste.
Ela se remexeu na cadeira. Parecia incomodada com
aquela pergunta. Finalmente, falou:
- Hoje, completa-se três anos que perdi meu marido. A
Polícia nunca descobriu quem o matou. Eu prometi a mim
mesma guardar luto enquanto não fosse revelado o seu assas-
sino. Mas já começo a perder as esperanças.
- Onde ele foi assassinado?
- Aqui, na frente do bar. Estava fechando o estabele-
cimento, quando atiraram nele. Dois tiros, à queima-roupa.
- Ele tinha algum inimigo declarado?
- Que eu saiba, não. Mas acho que me traía. Já havia
chegado algumas vezes com a camisa manchada de batom.
Eu ficava triste, mas não brigava com ele. Ele queria que eu
lhe desse um filho, mas eu nunca consegui.
VIUVINHA196
- A senhora não pode ter filhos?
- Pareço tão velha assim para me chamar de senhora?
- Desculpe-me. Não me parece velha. Eu te daria uns
quarenta anos.
- Menos. Tenho trinta e sete. Mas sempre me disseram
que aparento bem mais, depois da morte de Rodolfo.
- Quem investigava a morte dele?
- Um delegado que morreu há pouco tempo. Dizem
que tinha ligações com uma tal Agência, fechada pela Polícia
Federal dia desses. Meu cunhado, também recém-falecido,
vivia envolvido com a tal máfia.
- Como era o nome do teu cunhado? - O mulato per-
guntou já sabendo a resposta.
- Rogério. O meu falecido marido e ele viviam pedindo
dinheiro emprestado à tal Agência. Foi com um empréstimo
que ele abriu este bar para mim. Parece que já adivinhava que
iria morrer.
- Quem está investigando o caso, agora?
- Acho que ninguém. Ficam me mandando de um in-
vestigador para outro, meu Deus - disse ela, desabando num
choro convulsivo.
Ele esteve pensativo. Depois, disse para a bela jovem:
- Eu... sou detetive, moça. Posso tentar investigar a
morte do teu marido.
- Eu agradeceria muito se tivesse dinheiro pra te pagar,
moço. Veja a situação do bar: ninguém mais se arrisca a be-
ber aqui, temendo que venham me matar também. Logo, irei
à falência. E não me resta nenhuma outra fonte de renda.
- Eu entendo. Não vou te cobrar por meus serviços.
- Não? Por que faria isso?
- Eu costumo fazer uma boa ação por mês - mentiu o
mulato - e ainda não fiz nenhuma nestes trinta dias.
Ela baixou a cabeça, envergonhada. Sabia que ele iria
EHROS TOMASINI 197
pedir alguma coisa por seu trabalho. O que todos pediam:
sexo. A jovem sorriu, mesmo acanhada. Estava disposta a se
dar a ele, pois fazia muito tempo que estava em jejum sexual.
Inesperadamente, deu-lhe um rápido beijo na boca. O mula-
to foi pego de surpresa. Porém, ficou imediatamente de pau
duro. Quando ela se afastou ainda acanhada, tocou com o
braço no copo de cerveja do cara. O líquido entornou no colo
de Percival. Ela correu ao balcão, pegou um pano e passou
no caralho duro dele, por fora das calças. Pedia desculpas o
tempo todo:
- Desculpe, moço. Eu sou mesmo desastrada. Deixe
que eu limpo. Deixe que eu...
Pervival pegou em sua nuca e a puxou para perto de si.
Deu-lhe um beijo, dessa vez demorado e de língua. Ela estre-
meceu com aquele contato físico. A jovem liberou um cheiro
forte de perfume e sua saliva ficou com um gosto mais ativo.
Ela agarrou-se mais ao mulato. Sussurrava:
- Não... moço... assim... você me mata... de desejo...
- Desejo de quê? - Insistiu ele.
- Desejo... de ter... essa rola... enorme em mim. Pronto.
Falei.
- E por que não a tira daí de dentro? - Ele perguntou,
ainda a beijando.
- Não... posso. Fiz... fiz... uma promessa.
- E se eu te disser que já sei quem matou teu marido?
- Eu... não acreditaria. Você... estaria... me mentindo.
- Teu cunhado era solteiro?
- Sim... Mas o que isso tem a ver? - Ela falou, finalmente
descolando os lábios dos dele.
- Eu conheci o Rogério, moça. Um sujeito que anda-
va de terno preto e óculos escuros. Ele parecia ter um gande
peso na consciência. Ao ponto de matar seu melhor amigo e
se suicidar.
- Sim, é esse mesmo. Eu soube disso. Mas que motivo
VIUVINHA198
ele teria para matar o próprio irmão?
- Uma loira belíssima.
- Como é que é?
- Uma loira belíssima foi o pivô da morte do teu mari-
do. Ela se chama Bárbara Sampaio. A Agência a chamava de
Viuvinha. É uma mulher de fazer fácil os homens se apaixo-
narem por ela . Teu marido ficou afim dela, mas o próprio
irmão também a amava. Rogério faria de tudo para tê-la só
para ele. A Viuvinha é conhecida por separar casais. Deve ter
prometido ao teu marido que ficaria com ele. Rodolfo fechou
o bar já pensando em te pedir a separação ou o divórcio. Se
isso acontecesse, o lacaio da Agência perderia a loira para o
irmão pra sempre. Então, o matou. Com a consciência pesa-
da, matou-se, depois de assassinar o melhor amigo.
Ela estava chorando ao ponto de soluçar. Ele disse:
- Sinto muito. Mas é melhor você ficar sabendo dessa
história direitinho. Eu só preciso averiguar com a tal loira.
Mas tenho certeza de que já matei a charada.
- Eu... Você pode investigar isso pra mim? - Perguntou
a moça, depois que se acalmou um pouco.
- Claro. Amanhã, a esta mesma hora, te darei notícias.
Ela olhou para o relógio afixado na parede do bar. Per-
guntou:
- Não quer ficar aqui comigo? Daqui a pouco vou fe-
char o bar. Não vem ninguém, mesmo...
- Melhor eu não ficar. Já te disse que não fiz a boa ação
do mês ainda.
- Pois faça uma: me deixe feliz. Ao menos, por esta noi-
te. Eu moro aqui mesmo, no bar, na parte de cima. É só o
tempo de fechar as portas. Ninguém irá nos incmodar.
O mulato voltou a beijá-la. Ela se tremia toda nos bra-
ços dele. Finalmente, abriu seu fecho da calça. O pau saltou,
EHROS TOMASINI 199
enorme e duro. Ela sorriu. Levou-o à boca. Chupou-o com
uma gula tão grande que ele temeu que ela o machucasse.
Mas ela sabia chupar bem. Agachou-se sobre o colo dele sem
se importar com quem passasse na rua. Nenhum cliente apa-
receu enquanto ela mamava seu cacete. Ela lambia seu saco,
chupava a cabeçorra, punhetava o mulato à espera de engo-
lir sua porra. Percival se prendia. Desviou a mente enquanto
ela se empenhava na chupada. Mas o cara não conseguiu se
segurar por muito tempo. Uma enorme quantidade de porra
foi vertida na boca dela. Ela continuou a masturbação, en-
quanto sugava toda a sua gozada. Resfolegava:
- Já... nem me lembrava... do gosto... de esperma...
- Vamos fechar o bar? É melhor do que sermos flagra-
dos assim.
- Eu adoro foder sob o perigo de ser flagrada. Fazia isso
com meu marido. Às vezes fodíamos nus na rua, mas sempre
de madrugada, quando não passava ninguém. Fomos pegos
duas vezes. Uma delas por um carro de Polícia.
- Estou bem arranjado. - Disse o mulato - Eu não cos-
tumo foder em público.
- Do quê você mais gosta?
- Adoro um cusinho.
- Eu dava ao meu marido, mas ele parecia não gostar
muito. Todas as vezes que fazíamos anal, ele corria para se
lavar. Acho que tinha nojo. Eu adorava. Mas ele não tinha
uma rola tão grande quanto a tua. Não sei se iria aguenta-la
no meu buraquinho que está muito apertadinho.
- Vamos tentar?
- Você me chuparia primeiro?
- Claro. Chupo tua buceta e depois teu cuzinho, antes
de meter nele.
- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Fiquei toda arrepiada. Me ajuda a fe-
char? Depois, subimos.
No entanto, depois de várias tentativas, ela não con-
VIUVINHA200
seguiu aguentar o enorme pau dele no cuzinho apertado. O
mulato ficou frustrado. Acabou apenas chupando sua buceta
e a fazendo gozar várias vezes. Ela estava chateada quando ele
tomou um banho e se vestiu para ir embora. Ela perguntou,
triste:
- Não volta mais, não é? Eu fui um fracasso...
- Nem sempre conseguimos da primeira vez. Amanhã
volto aqui com um pouco de vaselina e um líquido esverdea-
do que é melhor que Viagra.
- Líquido verde? Eu não conheço.
- É. Você não conhece.
- Vai voltar mesmo? Promete?
- Sim. Prometo.
Ao invés de voltar à casa de praia, o mulato foi para o
seu próprio apê. Para a sua surpresa, encontrou Bárbara es-
perando na portaria. Ela abraçou-se a ele e o beijou. Depois,
disse:
- Sabia que iria encontra-lo aqui. Faz tempo que estava
te esperando. Você foi pra onde?
- Fui tomar umas e pensar um pouco, Bárbara. Aí, de-
cidi que não quero ir para a Itália.
- Eu também não quero ir, amor. Lá, eu iria te dividir
com as outras. Se você ficar, eu também ficarei.
- Não sei... Eu não fui feito para viver com alguém.
Prefiro a minha liberdade. Por outro lado, aquelas duas me
fizeram coisas sem me consultar. Não quero passar de novo
por isso.
- Então, façamos o seguinte: eu vou, pois ainda preciso
continuar meu tratamento, depois volto. É o tempo de você
pensar melhor. Ou já tem outra mulher na jogada?
- Não - mentiu ele - não tem. Mas nós dois nunca de-
mos certo, Bárbara. Não seria agora que iria dar...
- Você não me ama?
- Não... não amo.
EHROS TOMASINI 201
- Tudo bem. Mas eu te amo. Para mim, é o bastante. Se
você quiser, pode ter outras mulheres. Contanto que nunca
me deixe, amor.
- O que houve entre você e Rogério? - Perguntou ele,
de supetão.
Ela parou, espantada. Olhou bem para ele. Depois, per-
guntou:
- Por que isso agora? Isso foi anterior a nós voltarmos
a foder, amor.
- Tudo bem. Estou querendo apenas matar uma chara-
da. Rogério matou o amigo e se suicidou. Por quê?
- Você tem cervejas lá encima? Pode ser uma longa his-
tória.
Pouco depois, bebiam na sala da mansão onde ela mo-
rava. Ele não tinha bebidas no freezer e ela o chamou para a
própria casa. Já haviam consumido duas cervejas quando ele
disse:
- Conte a tal história para mim.
Ela se ajeitou no sofá e sorveu um grande gole de cer-
veja. Começou a falar:
- Meu noivo, como sabe, é boiola. Ia se casar comigo
obrigado. Eu morria de vontade de fazer sexo. Rogério e o
irmão foram designados pelo chefão da Agência para serem
meus guardas costas, quando na verdade estavam comigo
para me espionarem. Primeiro, eu dei para Rogério. Depois,
pro amigo dele, pois o cara que você bateu nele me viu tran-
sando com Rogério. Ameaçou contar à tia do meu noivo,
aquela catraia. Então, deixei de transar com os dois e arris-
quei Rodolfo. Eu sabia que o cara era casado e não iria me
chantagear como o outro. Além do mais, Rodolfo era o mais
gostoso dos três. Aí, engravidei do cara. Infelizmente, você
me fez perder o bebê.
VIUVINHA202
- Aí você inventou aquela história do estupro...
- Não inventei. Eu fui estuprada. Um dos estupradores
era Rodolfo, para me livrar do castigo do meu noivo. Rogé-
rio descobriu a farsa e matou o próprio irmão. Exigiu que eu
continuasse dando para ele. Aí, eu tive a ideia de te contratar.
Eu sabia que você chegaria até ele. Ele me ameaçou, dizendo
que iria te matar também. Mas, quando te viu em ação, pas-
sou a te admirar. Ao ponto de matar também o amigo para te
preservar a vida. Fim da história.
Percival esteve pensativo, depois aquiesceu:
- Tua história faz sentido. Acredito em você. Mas isso
não muda o fato de você ter me usado mais uma vez. Então,
não quero mais conversa contigo.
Ela baixou a cabeça. Começou a chorar. Ele bebeu o
resto de cerveja do copo e levantou-se. Disse para ela:
- Vou-me embora. Me faça um último favor: diga a
Santo que foi um prazer conhece-lo.
- E o que digo às duas? Que você não vai mais com elas?
- Não. Não precisa dizer nada. Elas saberão, quando me
procurarem e não me encontrarem.
- Não pode me dizer aonde irá?
- Não quero que ninguém fique sabendo. Vou desapa-
recer por uns tempos.
- Então, tchau amor. Um dia ainda vou querer dar ou-
tras contigo.
Quando Percival chegou à casa da mulher toda vestida
de preto, ela se atirou em seus braços. Beijou-o com paixão.
Ele lhe mostrou duas ampolas do líquido esverdeado. Ela
também tinha uma surpresa para ele.
- Olha o que encontrei nas minhas coisas: um consolo
que usava quando meu marido passava as noites fora. Estive
enfiando-o no cusinho, pensando em ti. Agora, quero testar
EHROS TOMASINI 203
tua rola de novo. Acho que vou aguenta-la.
- Então, deixa eu aplicar o líquido em mim.
Ela ficou assustada quando ele gemeu de dor por al-
guns minutos. Mas, quando viu o pau ficar duríssimo e pul-
sante, arrastou-o para o sofá e ficou de costas para ele. Nem
era preciso dizer:
- Vai. Atola ele todinho em meu cu, atola. Sem pena.
mesmo se eu gritar, não pare...
FIM DA SÉRIE.
VIUVINHA204

Mais conteúdo relacionado

PDF
EM DOMICILIO completo
PDF
CENAS DE SEXO
PDF
OFERTA SAFADA DA CASA
PDF
MINHA IRMÃ BUNDEIRA
PDF
Primeiro capítulo "Outra Vez"
PDF
TRECHOS DO LIVRO SEXO GOSTOSO E ALGUMAS ILUSTRAÇÕES
PDF
VICIADA EM SEXO
PDF
CRIATURA - Livro erotico
EM DOMICILIO completo
CENAS DE SEXO
OFERTA SAFADA DA CASA
MINHA IRMÃ BUNDEIRA
Primeiro capítulo "Outra Vez"
TRECHOS DO LIVRO SEXO GOSTOSO E ALGUMAS ILUSTRAÇÕES
VICIADA EM SEXO
CRIATURA - Livro erotico

Mais procurados (20)

PDF
TARADOS - Livro erotico
PDF
DOMESTICO - Livro erótico
PDF
Jane da pra todo mundo
PDF
Sexo em cores
PDF
Eu te sinto irene cao
PDF
ALCATEIAS - Livro erótico
PDF
O homem que matou mona
PDF
Minha noiva e uma puta
PDF
Assassina completo
PDF
Brigite - Sexo, Amor & Crime
PDF
Um estranho no espelho sheldon
PDF
Gangbangnoveller
DOCX
Aku tersesat
DOCX
Cerita bro
PDF
Utroskapsnoveller
RTF
12 nopti de dragoste jean de letraz
PDF
Cerita yang gak tahu arahnya kemana
DOCX
Cerita seks ngentot teteh hot
DOCX
Cerita seks bokep ngetot tante hot
TARADOS - Livro erotico
DOMESTICO - Livro erótico
Jane da pra todo mundo
Sexo em cores
Eu te sinto irene cao
ALCATEIAS - Livro erótico
O homem que matou mona
Minha noiva e uma puta
Assassina completo
Brigite - Sexo, Amor & Crime
Um estranho no espelho sheldon
Gangbangnoveller
Aku tersesat
Cerita bro
Utroskapsnoveller
12 nopti de dragoste jean de letraz
Cerita yang gak tahu arahnya kemana
Cerita seks ngentot teteh hot
Cerita seks bokep ngetot tante hot
Anúncio

Semelhante a VIUVINHA - Livro erótico (20)

PDF
O DETETIVE CEGO - Livro erótico
PDF
MULATA NOTA DEZ
PDF
MOTORISTA DE UBER
DOCX
Infortunados
PDF
SANGUE RUIM
PDF
O Taxista
PDF
DECADENCIA
PPTX
Fique com a morte
PDF
O sequestro
DOCX
Pecado #1- Primeiro capítulo
PDF
QU4RTO DESAMP4RO
PDF
Dificil ser mulher...
PDF
Mulher e mãe
PDF
Dificil ser mulher...
PDF
Mulher e mãe
PDF
Mulher e mãe
PPS
Estágio Empresarial
PPS
Estrategia empresarial
PPS
Estagio Empresarial
PDF
INSÔNIA
O DETETIVE CEGO - Livro erótico
MULATA NOTA DEZ
MOTORISTA DE UBER
Infortunados
SANGUE RUIM
O Taxista
DECADENCIA
Fique com a morte
O sequestro
Pecado #1- Primeiro capítulo
QU4RTO DESAMP4RO
Dificil ser mulher...
Mulher e mãe
Dificil ser mulher...
Mulher e mãe
Mulher e mãe
Estágio Empresarial
Estrategia empresarial
Estagio Empresarial
INSÔNIA
Anúncio

Mais de Angelo Tomasini (7)

PDF
De santa a puta
PDF
Vira lata completo
PDF
SEXO DO FUTURO
PDF
Phroybido
PDF
O Menino Balão
PDF
Cara de Quê?
PDF
De santa a puta
Vira lata completo
SEXO DO FUTURO
Phroybido
O Menino Balão
Cara de Quê?

Último (20)

PPTX
Apresentação Treinamento Percepção de Riscos-1.pptx
PDF
Mudanças Climáticas. Texto e atividade
PDF
_Filosofia_-_SLIDES___questões.pdf.pptx (3).pdf
PDF
E-BOOK-Inovacao-em-Ciencia-e-Tecnologia-de-Alimentos.pdf
PDF
APOSTILA PARA FORMAÇÃO E RECICLAGEM DE VIGILANTES.pdf
PDF
Historia da Gastronomia Mundial por Daianna Marques dos Santos
PPTX
História da enfermagem 14.07.2025_040859.pptx
PDF
Caderno do Futuro 1º Ano CIÊNCIAS Aluno.pdf
PDF
Apresentação Conteúdo sepsebdbsbdbb.pptx
PPTX
NR 5 Treinamento completo gestão CIPA.pptx
PDF
DECISÃO (2).pdf Derrota histórica do Sintero expõe racha interno e fragilidad...
PPTX
Primeiros Socorros. Aula 1 VEROUVIRSENTIR.pptx
PPTX
São João Eudes, 1601 – 1680, padre e fondador, Francés.pptx
PDF
historia-e-geografia-do-amapa.pdf slides
PPTX
Slides Lição 9, CPAD, Uma Igreja que se Arrisca, 3Tr25.pptx
PPTX
Aula 2 (Citologia).pptxlllllllllllllllllllllllll
PDF
Sociologia Cultural, Aspecto teóricos e conceitos
PPTX
Solos usos e impactos...............pptx
PPTX
Treinamento de Espaço Confinado_Trabalhadores e Vigias NR 33.pptx
DOCX
Aula 3- Direitos Humanos e Prevenção à Violência .docx
Apresentação Treinamento Percepção de Riscos-1.pptx
Mudanças Climáticas. Texto e atividade
_Filosofia_-_SLIDES___questões.pdf.pptx (3).pdf
E-BOOK-Inovacao-em-Ciencia-e-Tecnologia-de-Alimentos.pdf
APOSTILA PARA FORMAÇÃO E RECICLAGEM DE VIGILANTES.pdf
Historia da Gastronomia Mundial por Daianna Marques dos Santos
História da enfermagem 14.07.2025_040859.pptx
Caderno do Futuro 1º Ano CIÊNCIAS Aluno.pdf
Apresentação Conteúdo sepsebdbsbdbb.pptx
NR 5 Treinamento completo gestão CIPA.pptx
DECISÃO (2).pdf Derrota histórica do Sintero expõe racha interno e fragilidad...
Primeiros Socorros. Aula 1 VEROUVIRSENTIR.pptx
São João Eudes, 1601 – 1680, padre e fondador, Francés.pptx
historia-e-geografia-do-amapa.pdf slides
Slides Lição 9, CPAD, Uma Igreja que se Arrisca, 3Tr25.pptx
Aula 2 (Citologia).pptxlllllllllllllllllllllllll
Sociologia Cultural, Aspecto teóricos e conceitos
Solos usos e impactos...............pptx
Treinamento de Espaço Confinado_Trabalhadores e Vigias NR 33.pptx
Aula 3- Direitos Humanos e Prevenção à Violência .docx

VIUVINHA - Livro erótico

  • 3. EHROS TOMASINI 3 Viuvinha - Parte 01 Ninguém diria que ele tinha apenas trinta e cinco anos de idade. Sua figura denotava bem mais que isso. Era alto, de longas barbas e cabelos desgrenhados, com as rou- pas imundas. Fedia. Poder-se-ia acreditar que sua tez era mulata, se não estivesse tão suja. Também teria um andar elegante, se não estivesse tão bêbado. Era seguido a uma certa distância por um trio de pessoas bem vestidas. Dois homens de paletós pretos e de óculos escuros acompanhavam uma mulher loira de rosto belíssimo, sentada numa cadeira de rodas. Era uma cadei- ra moderna, denotando que sua proprietária tinha muito dinheiro pra gastar. Mesmo assim, o suposto mulato cam- baleava sem se importar com ela. Estava com sede e seguia para o primeiro bar que encontrasse aberto naquela aveni- da de bairro nobre do Recife.
  • 4. VIUVINHA4 Ainda não eram seis da noite, mas os bares já esta- vam cheios de fregueses naquela sexta-feira. O mulato pa- rou na frente de um boteco e olhou em volta. Pareceu não encontrar ninguém conhecido. Um garçom aproximou-se dele pedindo para que saísse do estabelecimento pois não era permitido pedintes ali. O sujeito imundo fez que não ouviu o que o cara lhe dizia. Ia caminhar até o balcão mas o barman colocou o pé na sua frente. O bêbado desequili- brou-se e foi ao chão. Fez uma cara de impaciência e ten- tou se levantar com esforço visível. Um dos homens de paletó e óculos escuros lhe ofereceu a mão para que se erguesse. O bêbado olhou cismado para ele. No entanto, depois de ficar de pé ajudado pelo desconhecido, pergun- tou o que este queria. - É o senhor Bafo de Onça? - Perguntou o sujeito de óculos escuros. - Quem quer saber? - A senhorita Bárbara Sampaio quer falar com você. Conhece? - A aleijada que estava com você? Nunca a vi mais gorda. - Venha comigo. Depois, te pagamos um trago. - Assim é que se fala, companheiro - disse o sujeito imundo, abrindo um sorriso franco. Pouco depois, estava diante da jovem loira de rosto belíssimo que esperava a uma certa distância do bar. Tom- bou e por pouco não caiu por cima dela. Foi empurrado com violência pelo outro cara de óculos que estava perto da moça. Caiu sentado no chão. O sujeito que o levou até ali ofereceu-lhe novamente a mão para que se levantasse. Dessa vez, não foi preciso. Com incrível agilidade, o mula- to projetou as pernas para a frente e ficou rapidamente em pé. Ato contínuo, deu um murro no que o tinha empurra-
  • 5. EHROS TOMASINI 5 do tão forte que o cara foi projetado a uns três metros de distância e não mais se levantou. O casal pareceu não dar nenhuma atenção ao fato. O mulato imundo perguntou: - Vão dizer o que querem comigo? Estou com uma sede do caralho. - Comporte-se diante da senhorita, por favor - disse o segurança que o tinha buscado no bar. - Vai te foder, empacotado. Não gosto de gente da laia de vocês. Fedem a problema. - E você fede a sujeira. Por isso, vou dizer a que vie- mos, de modo a me afastar de você o mais rápido possível - disse a jovem, pondo a mão no nariz. - Então, desembucha. - Sabe ler? - Perguntou ela. - Claro. O sujeito de óculos escuros meteu a mão dentro do bolso do paletó. O mulato ficou tenso, preparado para re- agir se ele puxasse dali alguma arma. Mas o cara só tirou um cartão de lá. Entregou-o ao mendigo. A mulher voltou a falar: - Tome um banho, ajeite-se e me procure neste ende- reço. Tem dinheiro para comprar umas roupas decentes? - Claro que não. - Rogério, dê-lhe algum dinheiro. - Ordenou a loira. O cara cochichou algo ao ouvido dela. Ela perguntou pro mulato: - Promete não usar o dinheiro para se embriagar? - Não garanto. Mas prometo fazer todo o possível. Porém, quero saber logo o que querem de mim. - Disse o sujeito, contando o dinheiro recebido. Tinha mais de 300 reais ali. - Queremos que mate alguém - disse sem nenhum constrangimento a jovem paraplégica.
  • 6. VIUVINHA6 O mulato esteve olhando fixamente para ela. A loira não desviou o olhar. Ao cabo de alguns segundos, ele de- volveu o dinheiro ao cara de óculos, tirando do maço de cédulas uma nota de cinquenta reais. Disse: - Estou fora. Obrigado pela grana. Te devolvo depois. Dito isso, o sujeito botou a nota no bolso da camisa, deu as costas ao casal e voltou para o bar. A paraplégica viu quando ele se aproximou do garçom e mostrou-lhe a nota. O cara o mandou se sentar numa cadeira afastada da clientela. Ele fez o que o garçom pediu. Logo, recebia uma cerveja geladíssima. A loira falou: - Ele aceitou o serviço. Carregue teu companheiro desacordado e vamos embora. O mulato imundo esteve tomando duas cervejas. Depois, remexeu os bolsos. Tirou de lá um celular. Discou um número. Quando atenderam, ele disse simplesmente: - Estou dentro. Mas só nos encontraremos amanhã. Hoje, estou afim de beber - E desligou o aparelho. Após alguns minutos, acionou de novo o celular e fez nova ligação. Esteve falando com alguém. Desligou e pediu mais uma cerveja. Cerca de vinte minutos depois, acercou-se dele uma morena tão imunda quanto ele. O mulato entregou-lhe a nota de cinquenta reais. Ela o bei- jou no rosto e foi-se embora. Quando ela desapareceu de vistas, ele pediu a conta ao garçom que havia colocado o pé para ele cair. No entanto, assim que o cara foi buscar a “dolorosa”, ele levantou-se e foi embora sem pagar. No outro dia, antes das dez da manhã, a loira pa- raplégica recebeu a visita de um mulato bonitão e bem vestido, cheirando a perfume Azzaro. Tinha o cabelo bem
  • 7. EHROS TOMASINI 7 cortado e estava sem nenhum vestígio de barba. O cara tinha um charme natural e caminhava de forma felina. Es- tava tão limpo e bem vestido que ninguém o reconheceria como o sujeito bêbado e imundo do dia anterior. A jovem loira o esperava no terraço de uma enorme mansão em Boa Viagem, bairro nobre do Recife. Estava ladeada dos dois guarda-costas de paletós negros e de óculos escuros. Um deles tinha o rosto inchado. Disse para o mulato, se armando para briga: - Ontem você me pegou de surpresa, cão rabugento. Quero ver se consegue me vencer de novo. Mais uma vez o mulato agiu de forma rápida e sur- preendente. Bloqueou o murro que o outro soltou em di- reção ao seu rosto e, em seguida, torceu o braço do sujeito e lhe deu um único golpe violento acima do cotovelo. Por pouco o osso não pulou fora do paletó. Antes que o sujeito gritasse de dor mais de uma vez, o mulato aplicou-lhe um murro de lado do rosto que lhe destroçou a mandíbula. O segurança caiu no chão, desacordado. Mais uma vez, o casal não interveio. O mulato postou-se diante da mulher na cadeira de rodas. Abriu as pernas e cruzou os braços como se estivesse à espera de alguma reação dela. A jovem apenas disse: - Deixe-nos a sós, Rogério. - Eu devo, senhora? - Perguntou o segurança moreno e de corpo tão atlético quanto o do mulato. - Deve, sim. Não se preocupe, ele não me fará mal. - Respondeu ela - Você pode folgar o resto do dia. Antes, porém, livre-se desse imbecil de braço quebrado e mandí- bula destroçada. - Obrigado, senhora. Eu o levarei a um hospital. O segurança jogou o companheiro desacordado so- bre o ombro e caminhou até um Palio estacionado perto.
  • 8. VIUVINHA8 Depositou o cara no banco traseiro, entrou pela porta da frente e deu partida no veículo. Logo, desaparecia além dos portões da residência. A loira levantou-se da cadei- ra de rodas e abraçou-se ao mulato. Em seguida, beijou-o longamente nos lábios. Ele retribuiu o beijo com fervor. Quando se separaram, ele perguntou: - Faz quanto tempo que voltou a andar? - Menos de uma semana, amor. Mas estava em São Paulo, em tratamento. Só retornei para cá ontem. Está em alguma missão? - Sim, mas posso dar um tempo, se você tiver algo mais importante. - Tenho, sim. Quero dar uma foda daquelas que me deixam satisfeita por dias. Só depois, conversaremos sobre trabalho. Vamos entrar? Nem bem entraram na sala luxuosa da mansão, ela tirou toda a roupa rapidamente. Já estava sem calcinha. Disse para ele: - Sem preliminares. Você já sabe do que eu gosto. Ele puxou uma cadeira da grande mesa que havia no recinto e fez com que ela se sentasse. Em seguida, abriu o fecho da calça e ela fez o resto: retirou da cueca o enorme caralho dele e o levou à boca. Apesar de dizer que esta- va louca para foder, ela não teve pressa: mamou o cacete dele demoradamente, até que este ficou todo lambuzado de saliva. Então, levantou-se da cadeira e segurou-se no encosto desta com as duas mãos, apoiando o pé no assento e ficando de costas para ele. O mulato parafusou o caralho entre as pregas dela e empurrou com firmeza. Ela gemeu de dor e prazer. Disse: - Ai, parece que ele está maior e mais grosso, amor. Mas não precisa me poupar da dor. Mete no meu rabo sem pena, mete...
  • 9. EHROS TOMASINI 9 Quando ele fincou a pica até o talo, ela começou a movimentar o bumbum de forma frenética. Ele acompa- nhou seu ritmo com movimentos de quadris, socando em seu rabo com ligeireza. Não demorou a ela abrir muito a boca e entrar em frenesi. Estava gozando pelo cu, como sempre acontecia quando transava com ele. A loira agar- rou-se mais ao encosto da cadeira e empinou a bunda. Ge- mia: - Vai... soca no meu cu... arromba ele com força... faz um bebezinho de merda, seu escroto. Ele aumentou o ritmo do coito. Ela gemeu mais alto. Reclamou: - Ainda estou fraca das pernas... Vou baixa-la... Quando fez isso, ele a abraçou pela cintura, por trás. Ela fechou bem as pernas e continuou os movimen- tos de cópula, agarrada com uma das mãos na nuca dele. Ele também movimentava os quadris, querendo enraba-la cada vez mais profundo. Num dado momento, ela voltou a se sentar na cadeira. Ficou lambendo o pau dele do talo até a glande. A cada passada de língua na total extensão do caralho grande dele, o mulato estremecia de prazer. De- pois, ela ficou movimentando o punho com os dedos em forma de anel, girando a mão enquanto chupava a glande. Quando ele não esperava, ela correu até a mesa da sala e deitou-se sobre o seu tampo de costas. Levantou as pernas e as abraçou por trás dos joelhos, expondo o cu para ele. O mulato, mais uma vez, parafusou a pica em suas pregas, antes de enraba-la. Com um braço, ela abraçava as duas pernas suspensas e dobradas. Com a outra mão, abria mais a bunda. O cu exposto foi fodido magistralmente e ela urrava de prazer. Finalmente, ele também urrou: - Vou gozar, porra... vou gozar...
  • 10. VIUVINHA10 Ela levantou-se rapidamente da mesa e se ajoelhou entre as pernas dele. Implorou: - Me dá todo o teu gozo. Lança o leitinho na minha cara... A gozada que ele deu em seu rosto foi cavalar e de- morada. Ela se lambuzou toda de esperma. Depois, sugou a pica com os lábios, até não restar nem um pingo de gala nela. FIM DA PRIMEIRA PARTE
  • 11. EHROS TOMASINI 11 Viuvinha - Parte 02 Agora estavam deitados numa cama grande e confortável. Ela apoiava a cabeça no peito dele. Ele fumava um cigar- ro. Depois das últimas baforadas, o mulato apagou o bran- quinho num cinzeiro que estava no chão. Só então, falou: - Qual é a bronca, Viúva? - Não me chame de Viúva. Sabe que eu não gosto. - Também não gosto de ser chamado de Bafo de Onça e você amestrou teus cães a me chamarem assim. Por falar nisso, quem são eles? - O que você mandou para o hospital é tão burro que eu até lhe esqueci o nome. O outro, mais inteligente, chama- -se Rogério. Ambos foram indicados pela Agência para me assessorar. Mas são incapazes de cumprir a missão que quero dar pra você. - Que seria?... - Matar meu noivo.
  • 12. VIUVINHA12 O mulato esteve espantado por alguns segundos. De- pois, disse: - Puta merda. Você sabe que não posso fazer isso. A Polícia iria logo desconfiar de mim. O cara é meu rival, gata. E todo mundo sabe disso. - Foi ele quem me deixou paraplégica, amor. - É, ouvi dizer... só que nunca acreditei nisso. Você sabe lutar Karatê e Kung Fu muito bem. Se brincar, até ganha pra mim. Então, ele não conseguiria te machucar. - É verdade. Por isso, pagou quatro asseclas dele para me quebrarem de pau e me estuprarem. Os caras eram bons de briga. Me venceram, quando cansei. Depois, fui currada por eles. Fiquei uma semana de buceta e cu ardidos. Ele esteve pensativo, depois argumentou; - Por que não os denuncia à Polícia? Dessa forma, seria mais rápido pegá-los. - A Agência não quer que eu a exponha e é o que acon- teceria se a Polícia entrasse na história. No entanto, me de- ram carta branca para eu me vingar. Contanto que eu usasse os dois paletós-pretos que me ofereceram. Eles limpariam a minha bagunça, se fosse preciso, entende? Mas você viu como são ineptos. - Então, você usou o mais esquentadinho para me irri- tar. Com ele no hospital, você pede à Agência para que seja substituído por mim, é isso? Ela o beijou nos lábios. Estava elogiando a sua inteli- gência. O gesto era a confirmação das suas palavras. Mesmo assim, ele continuou pensativo. Ela perguntou: - Você não quer me vingar? - Vou pensar nesse assunto com calma. Como te disse, estou em meio a uma investigação. - Coisa feia?
  • 13. EHROS TOMASINI 13 - Aparentemente, sim. Ao ponto de um pool de farmá- cias me contratar para descobrir se a denúncia procede. - Quer dizer que não está trabalhando para a Agência? - Desde que você me sacaneou, larguei deles. Não são mais meus patrões. - Eu não sabia. Desculpa. Por isso, esteve tão longe de mim? - Você estava noiva. E eu não queria me indispor mais com a Agência. Ela esteve calada por uns minutos, pensativa. Depois, prometeu: - Olha, amor. Eu sei que te sacaneei, mas estava fazen- do o meu trabalho. Deixa eu te prometer uma coisa: se matar meu noivo, ficaremos juntos para sempre. Prometo largar a Agência e viver só pra você. - Você sabe que não é tão fácil largar a Agência. Eles fariam contigo o mesmo que quiseram fazer comigo. - Sim, iriam tentar me matar. Mas você conseguiu de- mover-lhes a ideia. Lembro que fiquei aflita quando passa- ram a te perseguir. Mas você foi muito corajoso e inteligente. Conseguiu um bom acordo. - É, mas poderia ter sido morto. Nisso, o telefone celular dele toca. O mulato reconhe- ceu o zumbido, mesmo o aparelho estando a alguns metros de distância. É que ele configurou o telefone para um toque diferente para cada contato. Caminhou nu até a sala e pegou o objeto. Atendeu a ligação. Disse, apenas: - Está bem. Chego já aí pra gente conversar. A loira belíssima apareceu nua na porta do quarto. Per- guntou: - Quem era, amor? - Minha ajudante. Precisa falar comigo. Vou ao encon-
  • 14. VIUVINHA14 tro dela. - Vai me deixar por aquela fedorenta? - Ela não fede o tempo todo. Aquilo é o disfarce que estamos usando para a nossa investigação. - Pois eu quase não te reconheci, de tão imundo, barbu- do e cabeludo que estavas. - Peruca e barba postiças. Mas a sujeira era real. Passo dias sem me banhar, para dar mais veracidade ao disfarce. - O que está rolando? - Perguntou ela. Ele demorou a responder: - Parece que estão sequestrando mendigos de Pernam- buco para lhes drenar todo o sangue. Alguns apareceram mortos, a maioria das vezes jogados nos rios. Dão a impres- são de que morreram afogados, mas eu e minha parceira des- confiamos de que os corpos inchados pela água camuflam a falta de sangue neles. - Puta merda. Isso é grave. Mas qual o interesse das in- dústrias farmacêuticas nisso? - Desconfiam que está sendo testada uma nova droga capaz de limpar o sangue desses indivíduos, antes do líquido vital ser coletado. Querem a fórmula, claro. Um composto desses pode prevenir muitas doenças e isso não interessa às indústrias farmacêuticas. Para elas, é melhor que a população permaneça doente. É com isso que ganham dinheiro. Portan- to, querem abortar qualquer projeto que venha de encontro aos seus lucros. Este é o motivo pelo qual eu e minha assis- tente estamos agindo disfarçados de mendigos. - Você parece gostar dela, não é verdade? - Devo a minha vida a ela. Sem a sua ajuda, eu não teria conseguido me livrar da Agência - disse ele, já vestido e an- dando em direção à porta - Mas deixe-me ir que parece que minha assistente descobriu algo que requer minha presença urgente.
  • 15. EHROS TOMASINI 15 Assim que o mulato saiu, a loira recebeu um telefone- ma. Era Rogério. Dizia-lhe que havia levado o colega de tra- balho para uma clínica particular, mas haviam cobrado mui- to caro. Perguntava se ela assumiria o tratamento do cara. A jovem bonitona respondeu: - Não vou assumir tratamento desse inútil, nem se fos- se barato. Mate-o. Mas faça isso parecer decorrência da surra que ele levou do mendigo. ******************************************** Pouco depois, o mulato estava sentado em um banco de praça ao lado da morena imunda. Esta lhe informou: - Parece que uma máfia ligada ao governador de Per- nambuco está desviando recursos da Saúde para montar uma rede de farmácias. Vendem remédios muito baratos porém inócuos, como se fossem verdadeiros, à população. Com isso, estão quebrando redes de farmácias que atuam no Estado. Algumas já fecharam. - Cacete! Então, teremos outro escândalo de lavagem de dinheiro em pouco tempo, como aquele caso da transpor- tadora que diziam pertencer ao já falecido governador que sofreu um acidente aéreo difícil da gente engolir. - Tomara. Se isso acontecer, eu me aposento com a gra- na que vou ganhar do pool de farmácias. - Disse a morena. - Continue investigando. Mas vou querer que faça uma outra investigação paralela: preciso achar o noivo da Viúva. A mendiga olhou para ele, espantada. Disse: - Já não basta o que você passou por causa dela? - O cara contratou quatro capangas para estuprá-la, Marisa. Os sujeitos a deixaram paraplégica. Mas ela fez um tratamento e voltou a andar, embora com alguma dificulda- de. - Que se foda. Não devia mais se envolver com ela. Por
  • 16. VIUVINHA16 mais que você me diga que ela te fodeu a vida por estar numa missão para a Agência, não confio nem gosto dela. - Está com ciúmes? - E daí, se estiver? Lembre-se que eu quase me fodo pra salvar a tua vida. Depois disso, não quero que morra de graça. - Eu te serei eternamente grato. Mas sempre achei que você você era apaixonada por mim. - Eu fui, sim. Mas só no início. Porém, agora que conse- guimos um bom entrosamento no nosso trabalho, dependo de ti para me aposentar cedo. - Está bem. Eu te pago uma grana apenas para encon- trar os quatro caras que a estupraram. Com os testemunhos deles, colocamos o noivo na cadeia, está bom assim? - E o que vai fazer com os quatro caras? - Mata-los, claro. Ela esteve pensativa. Depois, disse: - Eu me encarrego deles. Sem raiva dos putos, farei um trabalho mais limpo que você. Quando eu te disser, trate de conseguir um bom álibi. - Ok. Agora eu vou tomar umas cervejas. Não quer me acompanhar? - Não posso. Tenho que ficar sóbria para o caso de de- saparecer mais um mendigo. Mas deixe umas três long-necks na tua geladeira. Quando eu largar, vou querer uns tragos. - Ainda tem a chave do meu apê? - Acha que preciso de chaves pra entrar em algum lu- gar? Quando ela se levantou do banco de cimento da pra- ça e caminhou, ele ficou observando seu corpo. Ela tinha a silhueta de uma falsa magra. Quando estava sem disfarce e limpa, era capaz de chamar a atenção dos homens, por onde passasse. Devia ser uns cinco anos mais velha que o mulato.
  • 17. EHROS TOMASINI 17 A morena nunca falou da sua vida para ele. Mas demonstra- va ter um ódio incontido de alguém. Era perigosíssima, pois matava sem piedade. Lembrou-se de como a conheceu: - Oi, pode me acender o cigarro? Na época, ele estava embriagado, sentado a uma mesa de bar. Tinha consciência de que tinha sido aliciado por uma loira jovem e belíssima, que se dizia apaixonada por ele, para matar um cara. Havia sido o primeiro trabalho do mulato para a Agência, cujo chefe era um gorducho que pertencia à máfia italiana. Recebera sua primeira arma do mafioso, para assassinar um concorrente deste. Depois de matar o alvo, no outro dia descobriu, através dos telejornais, que ele era, na verdade, um delegado de Polícia que estava investigando os crimes da Agência no Recife. Revoltou-se contra a Agência e jurou denunciar seus membros à Polícia Federal. A loira o demoveu da ideia. Pediu para fugirem juntos para algum lu- gar distante dali. No entanto, logo na primeira noite de fuga, ela aproveitou-se de que ele dormia após fazerem sexo e ati- rou duas vezes contra seu peito. Por sorte, por estar chorando e nervosa, ela errou o alvo. Só uma das balas lhe pegou de raspão. O mulato a acertou com dois murros no estômago e ela desmaiou. Ele, porém, não teve coragem de mata-la. Fu- giu, deixando-a sangrando pela boca e pela vagina. Só de- pois, descobriu que ela estava grávida do chefão mafioso e perdera o bebê. O cara era casado, mas tinha várias amantes além da loira. Sua esposa nunca conseguiu dar o filho que o gorducho tanto queria. Por causa da morte do feto, o cara passou a perseguir o mulato bonito. Naquela noite, ele havia se decidido a não mais fugir. Também, não queria morrer sóbrio. Bêbado, aceitaria me- lhor a sua morte. Aí, aquela morena gostosa chegou perto dele para que acendesse um cigarro. - Não fumo, dona. Mas, se quiser beber, pode se sentar
  • 18. VIUVINHA18 à mesa. - Não gosto muito de cerveja. Prefiro uísque. - Disse ela, se sentando. - Então, peça um ao garçom. Eu pago. Quando um jovem garçom trouxe a dose de uísque e se afastou, o mulato sentiu uma pontada na coxa. A morena disse: - Eu vim te matar. A recompensa oferecida pela Agên- cia por tua vida é muito alta. Estou com um punhal afiadís- simo e uma pistola apontada pra ti, por baixo da mesa. Mas não sou idiota de te matar aqui, em público. Portanto, chame o garçom e reclame que o uísque que ele trouxe é falsificado. Exija que ele me traga uma outra dose. Ele vai te expulsar da- qui. Talvez até te bata. Você toma a minha pistola e atira nele. É aí que eu vou te apunhalar, fingindo defender o garçom. Entendeu? - Okay. Me dê a pistola antes de eu reclamar do uísque. Não pretendo apanhar antes de morrer, tá? Ela lhe entregou uma pequena pistola por debaixo da mesa. No entanto, ao invés dele chamar o garçom, o mula- to apontou a arma para ela. Em seguida, pediu que ela lhe entregasse o punhal. Ela levantou as duas mãos, uma com o punhal, continuando sentada. Com um sorriso de vitória no rosto, ele tomou a lâmina que ela levantou ao se render. Muita gente no bar viu a cena e saiu correndo dali, prevendo a confusão. Ele, acreditando que ela estava desarmada, ficou lhe apontando a pistola e esperando que os fregueses saíssem do bar. Levou uma furada no estômago. Ela tinha outro pu- nhal que saía do bico do sapato que usava. Bastou um pon- tapé por baixo da mesa para acertá-lo em cheio na barriga. Em seguida, desarmou-o do punhal que ele lhe tomara. Acer- tou-o mais duas vezes nos braços, sem se preocupar com a pistola. Ele apertou o gatilho. Não saiu nenhum disparo. Só
  • 19. EHROS TOMASINI 19 então, o mulato percebeu que era uma arma de brinquedo. Jogou-a nela. Ela parou de apunhala-lo para se desviar do objeto arremessado. Levou um murro na testa que lhe proje- tou para trás. Mesmo ferido, o mulato agachou-se perto dela e reco- lheu o punhal. Tirou também seus dois sapatos, alijando-a das lâminas neles. Alguns fregueses que não conseguiram se evadir acreditavam que o cara iria feri-la com o punhal ou atirar nela, sem saberem que a arma era de brinquedo. Ao in- vés disso, ele chamou o garçom. Quando o cara se aproximou temeroso, ele pediu: - Chame uma ambulância para mim e para ela, por fa- vor. - O que foi isso que vimos aqui, senhor? - Ela é minha namorada. E é muito ciumenta. Desco- briu que tenho outra e resolveu me dar uma lição. - Mentiu ele - Mas nós nos amamos. Tudo ficará bem... Uma voz interrompeu as lembranças do mulato. Era a morena imunda que havia voltado. Repetiu para ele: - Pode me acender o cigarro? Desisti de voltar ao traba- lho, por hoje. Vamos para a tua casa? Ele comprou uma caixa de cervejas geladas e levaram para o apê. O mulato deitou-se totalmente despido na cama e ficou esperando que ela se banhasse. Mas a morena demorou muito a tirar a sujeira do corpo. Quando voltou para perto dele, descobriu que dormira. Ficou frustrada. Mesmo assim, subiu na cama e manuseou o enorme cacete do cara. O pau ficou rijo quase no mesmo instante. Ela o chupou com leveza, para não acordá-lo. De vez em quando ele gemia ou se movia, mas não abria os olhos. Ela continuou a chupada. Também passou a masturba-lo suavemente, enquanto tinha seu cara- lho na boca. Sentiu o membro inchar. Apressou a chupada
  • 20. VIUVINHA20 e a punheta. O mulato gemeu mais alto. Quando ele abriu os olhos surpreso, não conseguiu conter a ejaculação. Gozou bem muito na boca dela. FIM DA SEGUNDA PARTE
  • 21. EHROS TOMASINI 21 Ela fumava, deitada na cama. Parecia pensativa. O mulato também fumava, olhando para ela. A morena perguntou: - O que foi? - Acho você muito bonita. - Obrigada. - Posso te fazer uma pergunta? - Claro. - Esta deve ter sido a quinta ou sexta vez que transa- mos. No entanto, você me faz gozar e nunca permite que eu te devolva o carinho. Por quê? - Quer mesmo saber? - Sim, claro. - Eu sou aidética. Descobri isso há alguns meses. Nun- ca se perguntou o porquê de eu sempre me meter em encren- cas? - Sim, mas você sempre fugiu das minhas perguntas. Por que está me dizendo que é aidética agora? - Você não poderia fazer nada por mim.
  • 22. VIUVINHA22 - Poderia, sim. Te pagaria um tratamento mais eficaz, sei lá... - Não gosto que tenham pena de mim. Eu mesma pago meu tratamento. Entrei nessa nova investigação porque a grana é alta. Será meu último trabalho. Depois, passarei o resto dos meus dias viajando, conhecendo o mundo. - Eu sinto muito, Marisa. Nem de longe eu desconfiava. Mas gostaria de fazer algo por ti. - Você já fez. Obrigada. - O que eu fiz? - Nada. E esse papo já está ficando chato. Vou-me em- bora. - Okay. Não vou insistir para que você fique pois sei que seria inútil. Mas um dia gostaria de saber o que te levou a entrar nessa vida perigosa. - Não. Você não gostaria. - Disse ela, jogando o toco de cigarro fora e se levantando nua da cama. A morena foi ao banheiro e tomou um demorado ba- nho. Gritou de lá: - Amanhã, vou tirar o dia de folga. Você deveria fazer isso, também. - Seria suspeito nós dois desaparecermos das ruas ao mesmo tempo. Tire sua folga. Eu continuo de olho nos men- digos. Depois que ela saiu, ele deu um tempo fumando mais um cigarro. Continuou recordando como a conheceu. Quando a morena acordou, ele estava sentado numa cadeira ao lado da sua cama. Ela percebeu suas ataduras no braço e na barriga. Depois viu que ela mesma recebia uma bolsa de sangue nas veias. Perguntou para ele: - Por que me socorreu? Eu tentei te matar. - É, mas eu simpatizei contigo. Não parece uma assas-
  • 23. EHROS TOMASINI 23 sina a soldo. Foi atrás de mim por estar precisando de grana? - E se foi por isso? - Quanto te ofereceram pela minha morte? - Isso não te interessa. - Claro que sim! Ademais, posso cobrir a oferta. Pago- -te em dobro se me ajudar a acabar com a vida do mafioso que anda querendo me foder. Ela esteve um tempo calada, antes de dizer: - Feito. Mas nada de mata-lo. Daremos uma lição a ele que o faça desistir de te pegar. Eu já tenho um plano. Só falto amadurecer a ideia. A ideia era simples: depois que saíssem do hospital, ela telefonaria para o chefão da máfia italiana que agia no Recife dizendo ter pego o mulato. A morena sabia que o cara gor- do iria querer matar pessoalmente o sujeito. Com certeza, o mafioso levaria os seus capangas para a armadilha armada por ela que intencionava matar todos. Enquanto isso, para dar-lhe vantagem, o mulato, agora seu aliado, faria a esposa do cara de refém. Mais uma vez as lembranças do mulato foram inter- rompidas. Alguém batia à sua porta. Ele nem se vestiu: cor- reu até onde estava pendurada sua pistola e foi até a porta. Visualizou, através do olho-mágico, um rosto conhecido. Nu, abriu a porta de arma na mão. O visitante se espantou mais com o tamanho do seu caralho do que com a arma que lhe era apontada. O mulato perguntou: - Como me encontrou? - A agência sempre soube do teu endereço. Estou pre- cisando da tua ajuda. - Para quê? - Estou com meu amigo aí no carro, o que você mas- sacrou. Nem a Agência, nem minha patroa loira quer cuidar
  • 24. VIUVINHA24 dele. Não posso leva-lo para um hospital comum, pois seria pego pela Polícia, e não tenho grana para pagar-lhes um tra- tamento particular... - E o que quer que eu faça? - Primeiro, feche a porta. Segundo, vá vestir-se pois eu estou incomodado com esse cacete enorme à vista. Por últi- mo, que pague um tratamento para meu amigo. - Puta que o pariu! O cara tentou me foder. Aí, você quer que eu gaste com ele? - Irritou-se o mulato, puxando o cara para dentro do apê e fechando a porta. - Por favor. Ele é meio bronco, mas é o meu melhor amigo. - Não parece. Você deixou que eu o massacrasse sem intervir. - Eu errei. Pensei que ele te venceria fácil. E eu sou leal. Não seria justo lutar contigo quando ele já fazia isso. Seria- mos dois contra um. - Pois eu teria ajudado um amigo, se este estivesse em apuros. Mas de quanto você precisa para leva-lo a uma clíni- ca particular? Pouco depois, o mulato assinava um cheque para o la- caio da loira. O sujeito agradeceu. Afirmou que poderia con- tar consigo, se fosse preciso. - Me ajudaria, mesmo ficando contra a Agência? - Depende do tipo de ajuda que precisasse. Eu não fi- caria contra a Agência por hipótese nenhuma. Não quero morrer. - Quem te deu meu endereço? O cara de paletó negro demorou a responder: - Dona Giselda. Ela me disse que o marido jamais pa- garia um tratamento para um cara que falhasse numa missão tão simples. Mas pediu que eu te procurasse. - Pensei que ela tivesse ódio de mim.
  • 25. EHROS TOMASINI 25 - Eu sei que você a manteve refém, há alguns anos atrás. Ela também te mandou um recado: quer que você volte a tra- balhar para a Agência. - Sem chances. - Fale, ao menos, com ela. - O gorducho não deixaria que eu me aproximasse dela novamente. - Eu posso arranjar um encontro entre vocês. - Peraí, cara... qual o teu interesse nisso? Mais uma vez o cara demorou a responder: - Ela me pediu que eu te dissesse isso: corre um zum- -zum-zum que o marido está muito doente. Na verdade, nunca mais o vimos. Ela pode ter planos pra tu, cara. - Não me interessa mais trabalhar para a Agência, repi- to. Mas posso ouvir a proposta que ela quer me fazer. Marque com ela. Eu irei. Mas se for alguma armadilha, você e ela vão me pagar caro. - Ela está no carro. Tinha certeza de que você iria topar o encontro. Posso pedir para que venha até aqui? Pouco depois, o cara de preto e óculos escuros volta- va ao apartamento com uma mulher. Dona Giselda era uma coroa bonita e gostosona, de pele clara. Vestia-se muito bem, sem parecer uma perua. Ela disse ao lacaio do marido: - Vá levar seu amigo à clínica. Quero falar a sós com ele. - Mas senhora... Não acho que devo. Não posso deixa- -la sozinha com ele. - Isso é uma ordem. Na ausência do meu marido, man- do eu. Depois, te ligo para que você venha me buscar aqui. - Sim, senhora. Quando o sujeito saiu, a mulher olhou fixamente para o mulato. Inesperadamente, aproximou-se dele e lhe deu um
  • 26. VIUVINHA26 longo beijo na boca. O mulato não reagiu, de tão espantado que estava. Quando ela descolou, ele perguntou: - O que significa isso? Ela recuperou o fôlego antes de dizer: - Desde que me manteve tua refém que eu pensei em fazer isso. Ninguém nunca enfrentou o meu marido. Depois daquele dia, por várias vezes ele tentou se vingar de você, mas eu o demovi da ideia. Queria te preservar para ser meu sócio. - Sócio em quê? - Posso me sentar? - Oh, claro. Perdão pela minha falta de educação. Depois de se sentar graciosamente, a coroa disse: - Meu marido está morrendo. Preciso de alguém forte perto de mim senão perderei o domínio da Agência para os rivais dele. Quero fazer um acordo contigo: você mata meu marido e fingimos ser amantes. A máfia italiana te respeita. Sabendo que você assumiu a Agência, não irão mexer conti- go. - Acabei de dizer pro teu lacaio que a Agência não me interessa. - E eu, não te interesso? - Não duvide que sim. Mas o preço a pagar para estar contigo é muito alto. Mesmo que a máfia me respeite, a Polí- cia irá investigar. Lembre-se que matei um delegado. - Meu marido já molhou a mão de alguns policiais cor- ruptos, inclusive da polícia federal. Não irão te incomodar. - Com a morte do teu marido, as coisas mudarão. Vão querer fazer novos acordos. Podem fazer chantagens. Se não cedermos, podem levar as investigações adiante. - Você pensa em tudo. É o substituto perfeito para o meu marido. Não vai querer avaliar a mercadoria? Pouco depois, ela tinha o enorme caralho dele na boca.
  • 27. EHROS TOMASINI 27 Estavam disposto num sessenta e nove e ele se posicionou por cima. Ela chupava o seu pênis com gula enquanto ele lambia a sua xoxota. Quando percebeu que a coroa estava doida por rola, o mulato, ao invés de ceder-lhe, enfiou um dedo no cuzinho dela. Ela foi à loucura e explodiu em gozo na sua boca. Ele não parou de mexer o dedo dentro do anel dela. Enfiou mais um dedo, depois outro no ânus da bran- quela. Ela chorava: - Ai, gostoso. Que foda da porra. Vou morrer de tanto gozar. Fode minha tabaca, agora... Ele saiu de cima dela e a virou de costas para si. Quan- do ela percebeu as suas intenções, gemeu: - Não. Por aí, não. Não sou acostumada. Sempre neguei isso ao meu marido... - Mas eu vou querer o anal todas as vezes que foder- mos. Senão, não haverá acordo. É pegar ou largar. - Ai, estou gozando antes mesmo de você meter no meu cuzinho. Então, eu pego! Eu pego! Mas vá com calma... Ele não teve calma. Apenas salivou a pica e parafusou o trambolho no cu dela. Ela gritou de dor. Ele nem ligou. Na verdade, queria que ela desistisse de ficar consigo. No entan- to, ela movimentou o corpo e dobrou as pernas. Empinou mais a bunda formosa, ficando na posição galetinho. Com as duas mãos, arreganhou as próprias nádegas. A coroa estava gostando! O mulato não mais pensou em lhe infringir dor. Apon- tou novamente a glande e foi enfiando devagar. Ela gemeu arrastado e ele podia jurar que sentiu as pregas dela se rom- pendo. Ela levou a mão à racha e começou a se masturbar enquanto tomava no cu. Gozou mais de uma vez, lançando esperma na cama. Ele apressou as fincadas. Ela se mijou toda, gritando alto:
  • 28. VIUVINHA28 - Ahhhhhhhhhhhhh, caralho... Me fode toda... Arrom- ba meu rabo, vai... Eu... Adoreeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiii... FIM DA TERCEIRA PARTE
  • 29. EHROS TOMASINI 29 Viuvinha - Parte 04 A coroa Giselda estava se vestindo quando perguntou: - E então, temos um acordo? - Tenho que falar com a minha parceira, primeiro. Es- tamos no meio de uma investigação. - Ainda está com a morena Marisa? É ela a tua parceira? - Sim, por quê? - Nada. Achei que não estavam mais juntos. Ela te falou que tem AIDS? - Você já sabia disso? - Sim. Sabia. Mas achei que ela já era rica o bastante para querer estar nessa vida perigosa. - Rica? Como assim? - Ela nunca te contou? - Contar o quê? - Nada não. Se ela não te contou, não sou eu que irei dizer alguma coisa. A menos que você aceite o que te propus.
  • 30. VIUVINHA30 - Eu posso perguntar pra ela do que você está falando. Ou perguntar à Bárbara. Ela também quer me contratar para matar o noivo. - Viuvinha quer te contratar? Para matar o noivo? Não caia na onda daquela catraia. - Por que não? - Você sabe por que a chamam de Viúva? - Tenho um palpite. Mas nunca procurei saber com certeza. - Meu marido a usava para sexo e para ganhar a con- fiança de homens casados. Ela tem um corpo irresistível e um charme especial. Logo, os homens ficavam loucos por aquela puta. Ela fazia eles deixarem as esposas para se casarem com ela. Meu marido os matava e ela recebia uma enorme quantia em dinheiro do seguro que eles faziam em nome dela. - Ouvi histórias a esse respeito. - Ela já estava podre de rica quando se apaixonou por ti, um pobretão. Meu marido quis afasta-la de você, mas ela disse que te amava. Meu esposo pediu que ela fizesse um úl- timo trabalho: seduzir o delegado de Polícia. Ele ficou doido por ela, mas foi quando descobriu que tinha AIDS. Por sorte, ela não havia tido relações sexuais com ele. O delegado já sa- bia que estava doente e evitou isso. Ele sabia que iria morrer logo. Então, aceitou o seguro que meu marido lhe ofereceu. O sujeito não tinha coragem de dizer à esposa que tinha AIDS mas queria deixar uma grana preta para ela, quando morres- se. - Como a Viúva entra nessa história? - O delegado não queria definhar até a morte. E, para a esposa ganhar o seguro, ele tinha que morrer de morte ma- tada, entende? - Ainda não. - Entende, sim. A Viúva ficou encarregada de mata-lo. Mas não teve coragem. Te contratou. Pagou um terço do que ia ganhar para você fazer o serviço que cabia a ela. Ficou com
  • 31. EHROS TOMASINI 31 a maior parte da grana oferecida por meu marido. Aí, você fez a merda de dizer que iria denunciar tudo à Polícia. Meu marido a culpou de te ter trazido para a Agência. Ela quis sair. Ele não deixou. Foi quando eu descobri que ela estava grávida do meu marido. E que você havia matado a criança com socos na barriga dela. - Disso, eu já sei. O que aconteceu depois? - Meu marido quis te matar usando a desculpa de você ter ameaçado alcaguetar a Agência. Mas o verdadeiro motivo era que ele queria aquele filho dela e você a fez abortar. - Tem lógica no que você me diz. Mas por quê eu não posso confiar nela? A coroa esteve calada por alguns segundos. Depois, continuou: - Para afasta-la do meu marido, exigi que ela se casasse com um sobrinho meu. Senão, eu a mataria. Meu sobrinho é boiola, não gosta nem um pouco de mulher. Foi a minha forma de castiga-la. Ele, no entanto, ficou noivo de Bárbara só porque eu pedi. Ele me devia um favor. Ela não tolerava ele. Botou-lhe um monte de chifres, já que ele não fodia com ela. Aí, aquela puta engravidou. Desconfiamos que pagou a quatro caras para estuprá-la, querendo esconder a paterni- dade do bebê. Meu sobrinho sabe que o filho não é dele. Ela, no entanto, afirma que sim. Aí, meu sobrinho pediu que eu a matasse. Ela soube dessa ordem e quer mata-lo antes, já que não consegue chegar até mim. Você consegue entender? - Sim, claro. Mas não acredito no que está me dizendo. Ela esteve um tempo paralítica, porra. - Coisa nenhuma! Ela está investindo numa parceria com uma indústria de fabricação de cadeiras de rodas super- modernas. Ela fingiu estar paraplégica para testar o produ- to mais abertamente. Investigue e verá que eu tenho razão. - Disse ela, terminando de se vestir.
  • 32. VIUVINHA32 A coroa retocava o batom diante do espelho. Quando terminou, disse para o mulato: - Vou ligar para Rogério para ele vir me buscar. Pense no que eu te disse. Continuo quererndo você ao meu lado, mesmo que não sejamos amantes. Mas teremos que fingir isso, ok? - Qual a função de Rogério junto à Viuvinha? - Vigia-la pra mim. Se ela chegar perto do meu sobri- nho, pedi que ele a matasse. Não esperava que ela te pedisse ajuda. - Se sabe que ela é tão nociva, por que a mantém viva? - Eu ia usa-la para matar meu marido. Mas ela parece gostar mesmo dele. Então, vou usa-la como bode expiatório. Você mata meu esposo e eu juro de pés juntos para a Polícia que foi ela. - Disse a coroa, fazendo uma ligação. Pouco de- pois, Rogério aparecia na porta. Ela se despediu do mulato com um aperto de mão e pediu que o cara de paletó preto a levasse embora. Quando ela saiu, deixou o mulato pensativo. Tudo o que ela dizia tinha lógica. Mas a história do delegado o tinha deixado encucado. Pensou em ligar para Marisa, para falar sobre isso, mas tinha certeza de que ela havia desligado o ce- lular por estar de folga. Resolveu-se a tirar uma folga tam- bém. Por isso, saiu de casa sem colocar o disfarce de mendi- go. Já estava anoitecendo e ele pensou em ir a alguma boate. Conhecia uma em Boa Viagem que costumava frequentar quando não estava em alguma investigação. Pegou um táxi para ir para lá. Como era muito cedo, a boate estava quase vazia. Uma morena muito bonita, que bebia sozinha, lhe cha- mou a atenção. Ela estava sentada ao balcão. Ele sentou-se ao seu lado. Perguntou: - Posso te pagar um drink? Ela o olhou sem nenhum interesse. Disse com frieza
  • 33. EHROS TOMASINI 33 na voz: - Estou esperando alguém. Gostaria que me deixasse em paz. - Oh, desculpe. Não quis incomodar. Uma mulher tão bonita deve mesmo já estar acompanhada. O barman que ouvia a conversa, perguntou: - Posso te ajudar, cavalheiro? Vai beber alguma coisa? - Vou, sim. Por favor, me dê uma dose do que ela está bebendo, só que com suco de laranja. - Refere-se ao Campari, senhor? - Sim. Mas vou levar para aquela mesa. Quando recebeu a dose, ele deixou uma nota de vinte reais sobre o balcão. Disse ao cara: - Fique com o troco. O mulato foi se sentar à mesa, sem dar mais atenção à bela morena. Ficou bebericando sua dose como se estivesse alheio ao ambiente. Tanto que nem percebeu quando uma morena se sentou frente a ele. Ela perguntou: - Pode me acender um cigarro? Só então o mulato viu tratar-se de Marisa. A sua as- sistente estava muito bonita e elegante. Quase irreconhecível com uma peruca ruiva. Ele perguntou: - O que está fazendo aqui? - Curtindo minha folga, claro. Costumo vir aqui de vez em quando. Foi aqui que conheci meu ex marido. - Você nunca me falou dele. Onde ele está? - Morreu de AIDS. - Porra, sinto muito. - Não sinta. Estou muito bem sem ele. Ele me traía. - Quer me falar sobre isso? - Não vale a pena. Mudando de pau pra cacete, vi que
  • 34. VIUVINHA34 ficou interessado na morena do balcão. - Ela está esperando alguém. - Eu a conheço. Quer que eu te apresente? - Ela é comprometida. Não gosto de me meter com mulher que já tem dono. - Okay, baby. Mas te garanto que iria gostar de conhe- ce-la. - Por que a insistência? - Ela tem um irmão mendigo. O cara desapareceu faz uns dois meses. Venho seguindo-a, já há algum tempo, para o caso de ela o reencontrar por aí. - Pensei que estivesse de folga. - Estou. Encontrei-a aqui por acaso. - Quando foi a última vez que conversou com ela? - Ontem, depois que você me incumbiu de encontrar os caras que estupraram a galega. Por coincidência, ela é irmã de um deles. - Uau, você é rápida e eficiente. Não me canso de te admirar. - Obrigada, amor. Quer conversar com ela? Talvez ela desembuche contigo onde está o irmão. Não quis me dizer de jeito nenhum. Nisso, um cara entrou na boate e se dirigiu diretamente ao balcão. Beijou a morena nos lábios. O mulato o reconhe- ceu: tratava-se de Rogério, o cara de paletó preto que ele ti- nha pago um tratamento clínico pro amigo. O sujeito estava vestido com roupas esportivas mas mantinha os óculos escu- ros no rosto. O mulato disse para a parceira: - Aquele é um lacaio da Agência. Está vigiando a Bár- bara. Muito suspeito ele conhecer a irmã de um dos caras que estuprou a loira. - Não está pensando que... - Estou, sim -, admitiu o mulato - ele deve ser um dos supostos agressores da Viúva.
  • 35. EHROS TOMASINI 35 - Puta merda. Não pensei nisso. Pensei que ele estivesse envolvido com o desaparecimento do irmão dela. - Também pode ser. Fique aqui. Eu vou lá falar com ele. Marisa pegou no braço do mulato. Disse baixinho: - Agora, não. Eles estão discutindo. Acenda meu cigar- ro e eu vou esperar o cara lá fora. Quero segui-lo. Talvez ele me leve aos outros supostos estupradores. - Okay. Mas tenha cuidado. O cara parece perigoso. - Eu também sou. De fato, pouco depois Rogério foi embora, deixando a morena furiosa. Ela olhou em volta, até avistar o mulato na mesa. Levantou-se e caminhou até ele. Perguntou: - Pode me pagar um drink agora? - Achei que estivesse esperando alguém - disse o mula- to, sem querer demonstrar que a viu com um cara. - Ele já se foi. Nós brigamos. Então, fiquei com sede. Gostaria de experimentar o Campari com suco de laranja. Sempre o bebo puro, apenas com gelo. O mulato fez um aceno para o barman. Este mandou um garçom à mesa. Ela pediu a bebida com suco e o cara trouxe em seguida. O detetive perguntou: - Posso saber por que brigaram? - Ele prometeu encontrar meu irmão. Fiz sexo com ele, mesmo sem querer, em troca desse favor. Ele fica me en- rolando, sem me dar notícias, mas continua tendo relações comigo. Cansei. Disse-lhe que só voltaríamos a foder se ele encontrasse meu mano. - Quando foi a última vez que o viu? - Há uns dois meses. Ele ficou desempregado e come- çou a beber muito. Perdeu o controle e bateu na esposa. Ela o expulsou de casa. Foi pior para ele. Entregou-se mais à bebi- da. Certa vez, me procurou dizendo que estava fazendo um
  • 36. VIUVINHA36 tratamento para deixa-lo sóbrio. Desapareceu um dia depois de me dizer isso. - Como você conheceu o cara que saiu daqui quase ain- da agora? - Ele é amigo do meu irmão desaparecido e de um ou- tro irmão que tenho que vive se metendo em encrencas. O Rogério está sempre conseguindo biscates para ele, mas des- confio que sejam trabalhos escusos. O mulato demorou um pouco pensativo para dizer: - Eu sou detetive. Posso te ajudar a encontrar teu irmão. Ela olhou espantada para ele. Depois, baixou a cabeça. Disse: - Eu... não posso pagar por teu trabalho. Sou uma sim- ples assalariada. - Não precisa me pagar. Só quero que me dê umas in- formações. Inclusive, sobre o teu namorado e teu irmão en- crenqueiro. - Por quê? Vai querer prendê-los? - Não. Eles podem me levar a teu irmão desaparecido. - E não vai me cobrar nada para achar meu irmão? - Por que a pergunta? - Todos me cobram sexo para fazer algo para mim. Você seria o primeiro, se não me cobrasse. - Não te cobrarei. Não se preocupe. Ela esteve de cabeça baixa antes de dizer: - Fiquei frustrada. Achei que me queria. - Você é muito bonita e muito formosa. Mas tenho in- teresse, realmente, em achar teu irmão. Depois que encon- trar-lhe, se ainda estiver disposta, poderemos ter sexo. Ela o beijou na boca. Seus lábios eram doces e macios. O beijo foi suave, mas o deixou de pau duro. Ele disse:
  • 37. EHROS TOMASINI 37 - Se continuar me beijando assim, iremos antes do pre- visto pra cama. Foram. A boate tinha quartos de aluguel. Se instalaram num deles. Quando ela tirou a roupa, revelou um corpão. Ele também lhe revelou o enorme cacete. Ela gostou do que viu. Acariciou o membro dele antes de beija-lo novamente na boca. O mulato também já estava totalmente nu. Quando ela encostou o corpo no seu, a glande roçou a racha dela. A mo- rena tinha a vulva molhada. Ele nem precisou apontar a rola. A glande encontrou sozinha a entrada da buceta dela. Em pé, ele a penetrou pela primeira vez. Ela mordeu seus lábios quando sentiu dor. Ele empurrou mais o cacete. Ela levantou uma das pernas e dobrou-a, facilitando a penetração. Quan- do o caralho entrou por inteiro, ela sussurrou ao seu ouvido: - Ahhhhhhhhhhhh, estou sentindo ele no meu ventre. Eu não tenho mais útero, notou? - Sim. Assim fica melhor de engolir minha peia toda mais profundo. - Não goze ainda. Vou quere-la no meu cuzinho. Gos- ta? - Adoro. Quer que eu o foda agora? - Agora, não. Quero dar de comer à minha xaninha, primeiro... - Encoste na parede de costas para mim... Eu continuo te fodendo a xana mas num faz-de-conta... Ela virou-se imediatamente. Espalmou as mãos na pa- rede. Quando o mulato roçou a glande na racha encharcada, o seu celular tocou. FIM DA QUARTA PARTE
  • 38. VIUVINHA38 Viuvinha - Parte 05 Omulato não ia atender à ligação. A morena também não queria que ele parasse a foda. Ele terminou de gozar na buceta dela, antes de pegar o celular. Viu que era o número da sua parceira. Atendeu: - Oi, Marisa. O que manda? - Eu... caí. Fui... emboscada. Me perdoa... - Onde você está? - Duas... esquinas... perto da boate... - Chego já aí. Quando ele chegou ao local indicado, ela se esvaía em sangue. Ele chamou uma ambulância por telefone. Só então, correu para perto da morena. Perguntou: - O que aconteceu? - O mendigo... emboscada. O guarda-costas de... Bár- bara viu... mas... não me socorreu...
  • 39. EHROS TOMASINI 39 - Filho de uma puta. Depois, me acerto com ele. No momento, devo cuidar de ti. Já chamei uma ambulância. - Ambulância... não. Hospital... não... - Está bem. Te levo pra minha casa e depois chamo um médico particular. - Minha... irmã é... médica. Chame... ela. O mulato procurou o primeiro carro estacionado per- to. Quebrou sua janela com a coronha da pistola. Entrou no veículo e fez ligação direta. Carregou a morena nos braços e a deitou no banco de trás. Deu partida no carro. Ela havia desmaiado antes de dar o telefone da irmã. Quando chegou em seu apartamento, o cara a colocou na cama. Só então, pro- curou nos bolsos dela. Achou o celular. Catou o número de telefone da irmã dela. Por sorte, ela o tinha gravado como Marisa-irmã. Ele fez a ligação do próprio telefone da parcei- ra. A irmã atendeu depressa: - Oi, mana. Resolveu dar o ar da graça? O mulato explicou rapidamente o que estava aconte- cendo. Ela disse que estava de plantão, mas que ia cuidar da irmã. Pouco depois, ela chegou aflita na residência do cara. Perguntou, assim que ele abriu a porta: - Como ela está? - Mal. Mas acho que vai sobreviver. - Em que vocês estão metidos agora? - Mendigos estão desaparecendo das ruas. Acredita- mos que estejam sendo raptados. Um deles a esfaqueou. O problema é que ela me disse ter AIDS. Temo que isso agrave seu estado de saúde. - AIDS? Que história é essa? - Também fiquei sabendo ontem. Você não sabia que o marido dela morreu com o HIV? - Sim. Mas ela me procurou para fazer uns testes, logo após a morte dele. Porém, os exames não detectaram o vírus.
  • 40. VIUVINHA40 - Ela pode ter escondido isso de ti, depois de novos tes- tes. Mas ainda preciso investigar essa história direitinho. Vai precisar de mim para cuidar dela? - Onde você vai? - Pegar quem fez isso com a Marisa. Ele não vai escapar. - Vai mata-lo? Soube que você é um assassino. - Vou trazê-lo para cá. Se Marisa morrer, ele também morre. - Espere. Você sabe onde minha irmã mora? - Ela nunca quis me dizer. Eu respeitei sua vontade. - Tome a chave que ela me deu. Te dou o endereço. Pe- gue algumas roupas dela e traga para cá. As que ela veste es- tão muito sujas de sangue. - Acha que ela sobrevive? - Não deixarei minha irmã morrer. Pouco depois, o mulato voltava ao local do atentado. Mesmo as ruas sendo mal iluminadas, ele viu uma câmera bem próximo onde encontrou a morena caída. Pertencia a um condomínio de luxo. Ainda estava com o carro que fur- tara para socorrer Marisa. Também tinha as roupas sujas do sangue dela. Tirou a camisa e deixou-a sobre o assento do ve- ículo. Depois, se encaminhou para o prédio grã fino. O por- teiro, quando o viu nu da cintura para cima com uma pistola na cintura, apertou um botão que havia embaixo do balcão. O mulato disse: - Acabei de socorrer uma amiga que foi esfaqueada perto daqui. Vi que o condomínio tem câmeras viradas para a rua. Quero assistir ao vídeo. Depois, te deixo em paz. O cara olhou bem para ele. Não estava com medo. Dis- se: - Eu te vi socorrendo a moça. Mas não te reconheci logo assim sem camisa. Já chamei a segurança. Dê-me sua arma e deixo que veja a gravação.
  • 41. EHROS TOMASINI 41 O mulato esteve indeciso. Depois, retirou a arma da cintura e a deu para o cara. O porteiro, imediatamente, a apontou para ele. O mulato não se alterou. Virou um note- book que estava sobre o balcão de frente para si e manuseou o aparelho. Logo, encontrou as imagens de duas câmeras de rua. Voltou um pouco o vídeo até ver o ataque do mendi- go à parceira. O sujeito a tinha pego de surpresa, por trás, enquanto ela seguia o guarda-costas de Bárbara. Logo após esfaquear a morena, o mendigo fez sinal com o dedo polegar em riste. Um furgão parou perto dele. O pedinte entrou nele. Em seguida, o furgão parou mais na frente, para Rogério en- trar. O mulato congelou o vídeo. Perguntou: - Tem uma caneta, para eu anotar a placa? - PARADO!!! - Gritaram três seguranças de arma em punho. O mulato não lhes deu atenção. Apenas falou: - Passe-me a caneta e um pedaço de papel e eu te deixo em paz. - Eu tenho a arma apontada para você. Vamos chamar a Polícia. Bote as mãos para cima, depressa! - Disse o cara diante dele. - Essa arma está descarregada. Tirei as balas dela antes de vir para cá. O porteiro fez um movimento rápido. Devia ter sido do Exército pois, num instante, examinou a arma. Conferiu que ela não tinha mesmo munição. Gritou para os outros: - Ele está limpo. Podem baixar as armas. Dito isso, o cara abriu uma gaveta e tirou de lá um bloco de anotações com uma caneta. Entregou-os ao mula- to. Este agradeceu. Anotou o número da placa do furgão e guardou no bolso da calça. Os outros seguranças, no entanto, não baixaram as armas. Se aproximaram do cara, os três ao mesmo tempo, e um deles lhe encostou um revólver na fron-
  • 42. VIUVINHA42 te. Levou um murro que o fez ser projetado longe. O mulato disse com raiva: - Estou com pressa. Se insistirem nessa palhaçada, pa- garão caro, ouviram? O porteiro voltou a dizer, entregando a arma vazia para ele: - O cara é limpeza, gente. Socorreu a mulher que foi esfaqueada... - Mas terá que esperar a Polícia chegar - insistiu um dos seguranças. O que estava no chão não se levantou mais. Estava desmaiado. Num movimento rápido, o mulato retirou o pente va- zio da pistola, deixando-o cair no chão. Já tinha outro pente cheio na mão, retirado do bolso da calça sem que ninguém ti- vesse visto. Aproveitou-se da surpresa dos vigilantes e atirou duas vezes. Acertou ambos no ombro da mão armada. Em seguida, apontou a pistola para o porteiro. Disse: - Agradeço a sua ajuda, mas não posso perder mais tempo. Mande esses três para alguma clínica particular. Eu virei aqui amanhã e pagarei o tratamento deles. Mas agora tenho que ir embora. O cara saiu sem olhar para trás. Nem pegou de volta o pente de balas que tinha deixado cair no chão. Nele, tinha gravado o seu nome: Percival Mathias. O recepcionista do prédio apanhou o objeto e leu o que estava escrito. Sorriu. Não havia reconhecido o cara, mas servira ao Exército com ele. O mulato chegara a tenente mas se entregara à cachaça e foi expulso das Forças Armadas. Por seu hábito de beber cana pura, foi apelidado de Bafo de Onça. Percival entrou no carro furtado e se dirigiu ao endere- ço dado pela irmã de Marisa. Sabia que ela possuía computa-
  • 43. EHROS TOMASINI 43 dor em casa. Também devia ter Internet. Pesquisaria lá para achar a quem pertencia o furgão. Aproveitaria para pegar umas roupas para a parceira. Marisa morava num apartamento modesto mas muito bem mobiliado. A primeira coisa que ele viu na parede da sala foi uma foto das duas irmãs juntas. Ambas estavam des- contraídas e ele achou a médica mais bonita que sua parceira. Numa outra foto que estava sobre um móvel, ele viu a irmã de Marisa de biquini. A doutora tinha um corpo perfeito. Mas a terceira fotografia que encontrou foi a que mais lhe chamou a atenção: nela, a parceira estava abraçada a um cara. Um cara que ele conheceu. Um cara que ele havia matado anos antes. Por causa dessa imagem, Percival, então, ficou sabendo que a morena era esposa do delegado que ele havia assassinado. Num dos quartos da modesta residência, ele encontrou uma verdadeira parafernália eletrônica: computadores de úl- tima geração, seis monitores grandes de TV onde se podia ver imagens de câmeras espalhadas por toda a cidade, além de um arsenal em armas. Percival estava estupefato. Havia até um site aberto onde se podia pesquisar placas do Detran. Mas não era um site autorizado. Percebia-se que este havia sido construído por hackers. Ele concentrou sua busca pelo número da placa do furgão. Aí, teve a sua quinta surpresa da noite, ali naquela residência: o carro estava em nome da loira Bárbara Sampaio. Mas havia sido dada uma queixa de seu roubo cerca de dois meses atrás. Não foi difícil para o mulato adivinhar quem era o motorista que recolheu o mendigo cri- minoso e o guarda-costas da Viuvinha. Cerca de uma hora e meia depois, ele estava de volta ao seu próprio apê com as roupas da parceira. Encontrou a mé- dica adormecida ao lado da cama, perto da irmã, vestida só
  • 44. VIUVINHA44 de sutiã e calcinha. Marisa dormia tranquila. Ele procurou na área de serviço e encontrou as roupas da médica manchadas de sangue. Colocou-as na máquina de lavar. Esperou o tempo necessário para retirá-las do tanque e estendê-las para secar. Quando voltou ao quarto, a médica havia acordado com o barulho que a lavadora fez. Ele disse: - Oi, acabei de lavar tuas roupas. Vão demorar a secar. Algum problema, se ficar esse tempo semidespida? - Para mim, não. Costumo ficar totalmente nua, quan- do estou em casa. Mas lá, não tenho plateia. Você não vai me tarar, vai? - Só se você assim o desejar. Ela sorriu. Depois, revelou: - Minha irmã certa vez me disse que você tem um ca- ralho enorme. Eu ainda sou virgem, apesar dos meus trinta e cinco anos de idade. Minha profissão não me deixa tempo para namorar. Por isso, tenho inveja de Marisa, que tem al- guém ao seu lado, apesar de não concordar com a vida que vocês levam. - Ela quer parar. Este seria seu último trabalho. - Que bom. Trouxe as roupas dela? - Sim, estão numa sacola na sala. - Ótimo. As vestes dela cabem em mim, também. Usa- mos o mesmo número. Vou pegá-las. - Deixe que eu as trago aqui. Se bem que eu te preferia nua. Ela sorriu. Quando ele voltou com a sacola, ela estava totalmente despida. Perguntou: - Assim está melhor? - Oh, claro. Mas é bem capaz de eu não conseguir cum- prir minha promessa de me comportar diante de ti. - Venha cá. Você merece ser meu dono, por salvar a vida de minha irmã. Mas não quero que ela saiba que tivemos
  • 45. EHROS TOMASINI 45 um caso. Ela já me disse certa vez que gosta de ti. Não quero deixá-la chateada. Com raiva, ela sempre foi perigosa. - Tem medo dela? - Não. Mas também não quero contraria-la. É a única irmã que eu tenho. Não quero que fique zangada comigo. No entanto, sempre quis saber como era uma foda. Mostra pra mim? - Está disposta a perder a virgindade comigo? - Mmmmm... não. Mas podemos transar sem que eu perca meu cabacinho, não? - Sim. Mas sexo completo é mais gostoso. - Ainda não estou preparada para perder meu hímen. Mas sinto saudades de uma boa chupada. Eu e Marisa costu- mávamos transar uma com a outra, quando adolescentes. Eu adorava quando ela me lambia a xoxotinha... - Posso fazer isso, também. Mas não tenho outra cama. Vamos para o sofá da sala? - Vamos, antes que ela desperte da anestesia geral que lhe dei. O sofá era amplo e a médica deitou-se nele. Tinha a vulva muito peluda, como se nunca houvesse se depilado. Ele afastou os pelos e aproximou o rosto da racha. Quando lhe abriu os grandes e pequenos lábios vaginais, confirmou que ela tinha ainda o hímem intacto. Lambeu-lhe a fenda. Ela pareceu ter recebido um choque elétrico. Ele continuou lambendo. Com pouco tempo, a médica estava encharcada. No início, ela se afastava toda vez que ele encostava a boca ali. Tinha muita sensibilidade naquela região. Depois, acostumou-se ao seu toque. Gemia: - Aiiiiiiii, que gostoso. Nem me lembrava mais como era tão bom. Chupa meu grelinho com força, como minha mana costumava fazer...
  • 46. VIUVINHA46 Era uma chupada seguida de uma gozada. Ela esguiça- va gozo na cara dele. Dez minutos minutos depois, a médica estava destruída. Aí, gemeu para ele: - Uhmmmmmmmm... Deixa eu recuperar o fôlego que também quero te chupar... Ele levantou-se. Ficou de pé diante dela. Roçou o enor- me cacete em seu rosto. A médica estava toda mole, mas pe- gou seu cacete com ambas as mãos. Ela mesma o roçou nos biquinhos dos seios que estavam duríssimos. Depois, esfre- gou o cacete dele entre os peitos, enquanto tocava com a lín- gua no buraquinho de mijar. Quando ela se recuperou mais da modorra que sentia, manipulou o caralho melhor. Levou- -o à boca e mamou-o com gosto. Pediu que ele não gozasse de vez. Queria tomar seu leitinho aos poucos. No entanto, mais uma vez Percival teve a foda inter- rompida naquela noite. Marisa despertou, chamando pela irmã: - Mana, você está aqui? Acho que sonhei contigo cui- dando de mim... FIM DA QUINTA PARTE
  • 47. EHROS TOMASINI 47 Viuvinha - Parte 06 Percival disse baixinho para a irmã de Marisa: - Entretenha tua mana, enquanto eu visto as roupas. - Melhor que saia. Dê uma volta por aí. Ela não pode saber que está aqui. - Falou ela no mesmo tom. - Okay. O mulato vestiu-se e saiu de casa sem fazer barulho. A médica voltou para o quarto. Já era quase duas da madruga- da. Ele não sabia onde ir àquela hora. Aí, lembrou-se do bar onde tinha saído sem pagar ao garçom. Foi para lá. O local ainda estava aberto, apesar de ter uns poucos retardatários bebendo. O garçom não lhe reconheceu sem barba e cabelos desgrenhados. Serviu ao mulato sem proble- mas. Ele ainda estava de pau duro, pois não tinha gozado com a irmã de Marisa. Olhou em volta e só tinha mulher acompa-
  • 48. VIUVINHA48 nhada. Quando o atendente passou por perto, ele perguntou: - Este bar não é frequentado por mulheres? Estou afim de foder. O cara lhe confidenciou: - A maioria já foi embora. Mas conheço uma que vem sempre aqui quando estamos pra fechar. Dê um tempo que ela logo aparece. Quando a mulher apareceu, cerca de dez minutos de- pois, não despertou o interesse do mulato. Apesar de possuir um corpo desejável, tinha o rosto de uma mulher vulgar. O garçom a apontou discretamente. Ele declinou de convida-la para a mesa. Ela, no entanto, o notou. Levantou-se da mesa onde se sentara e caminhou até ele. Perguntou: - Está sozinho ou espera alguém? - Sozinho. - Posso me sentar um pouco? - À vontade. Mas se deseja um programa, não estou interessado. - É tão evidente assim que faço programas? - Para mim, sim. - Hoje não foi um bom dia para mim. Não descolei nem um puto. Estou sem dinheiro. Paga-me uma cerveja? - Ok. Peça ao garçom. Ela pediu. Quando a bebida veio, ela perguntou: - Não gosta de prostitutas? - Não, não gosto. Detestaria pegar uma venérea. - Eu sou limpinha. Vou ao médico ginecologista uma vez por mês. - Isso é bom. Mas não estou interessado. - Não quer nem uma chupadinha? Sei fazer gostoso. - Não, obrigado. Eu sou casado - Mentiu ele. - Que pena. Gostei de você. Parece ser um cara legal.
  • 49. EHROS TOMASINI 49 Eu te chuparia de graça. Não consigo passar um dia sequer sem mamar num caralho. - Cada um tem seu vício. - Qual é o teu? Ele demorou a responder: - Foder cu. Adoro. Ela olhou para ele espantada. Depois, disse; - Não dou. Tenho hemorroidas e me doem terrivel- mente. Fui estuprada, quando criança, e o cara era um rolu- do. Estraçalhou meu pobre cuzinho. - Entendo. Mas você não sabe o que está perdendo. De- pois do estupro, não deu mais a bunda? - Dei, sim, a um mendigo de rua. O cara tinha grana e me ofereceu duzentos paus para foder meu cuzinho. Como tinha rola pequena e fina, não tive problemas. - Onde conheceu esse mendigo? - Perguntou o mulato, interessado na resposta. - Ele fazia ponto aqui perto. Mas parece que encontrou trabalho, pois nunca mais o vi. - Sabe o nome dele? - Não. Mas sei que é irmão de uma puta que conheci numa boate. Ele me pediu por tudo para eu não dizer a ela que o tinha visto. O cara deve estar metido em encrencas. Mas parece ter dinheiro. Muito dinheiro. - Eu estou à procura desse cara. - Você é policial? - Não. Sou detetive particular. Fui contratado pela irmã dele para encontra-lo. Se me der uma boa dica, te pago uma grana. - Estamos falando de quanto? - Você é quem diz. Ela esteve pensativa. Depois, disse: - Mil paus. E o teu de lambuja para eu chupar hoje.
  • 50. VIUVINHA50 - Sem acordo. Metade disso, sem chupadas. Não estou afim. - Aceito metade, mas com chupada. Estou carente de um caralho na minha boca. Quanto maior, melhor. - Mulher para me chupar tem que me dar o cuzinho. E você não aguentaria meu caralho. É muito grande. - Isso quem decide sou eu. Me mostra? O garçom ia passando perto deles nessa hora. Advertiu: - Você sabe que não toleramos safadezas aqui, Ângela. Leve-o para tua casa. Sei que mora por perto. - Está com ciúmes? - Ela perguntou. - Sem essa. Deixo você permanecer por aqui porque estamos quase fechando. Mas sabe muito bem que o dono detesta putas. - Tá, tá, tá... Vamos lá pra casa, moreno? Fica perto. - Não. Só quando você me conseguir uma boa informa- ção. Antes, não. - Então, não te falo mais nada - disse a mulher, se le- vantando da mesa. O mulato não se alterou. Deixou que ela se fosse. Aí, o garçom se aproximou novamente dele: - Não se interessou pela cadela? - Não gosto desse tipo de animal. Arrisco perder a pica por causa de doenças venéreas. - Entendo. Essa é limpinha. Ninguém nunca reclamou. Ouvi direito que você procura um mendigo? - Sim. A irmã me pediu para acha-lo. O cara está desa- parecido. - Não vai acha-lo mais com vida. - Mesmo? Por quê? - Eu ouvi uma notícia de que um mendigo foi morto e jogado no rio. Pode ser quem você procura. - Onde ouviu isso? - No rádio, quase ainda agora. Deve sair na reportagem de amanhã.
  • 51. EHROS TOMASINI 51 - Onde foi encontrado? - No Rio Capibaribe, perto do Correio Central. Per- gunte ao outro garçom. Ele conhecia o cara. - Chame-o aqui. Se o que ele disser me convencer, vo- cês dois ganham uma grana extra. - Sério? - Sim. Pouco depois, o outro garçom se aproximou do mulato. Explicou: - Tavinho estava metido em coisa grande. Uns caras o pegaram na rua e o fizeram participar de uma experiência. Ele estava ganhando uma nota preta para se submeter a uma transfusão de sangue por semana. Encontraram-no dentro d’água, nas imediações de um furgão roubado. A Polícia o encontrou boiando, não faz nem uma hora. O corpo ainda deve estar lá, cercado de policiais. Percival botou as mãos nos bolsos e retirou de lá duas notas de cem reais. Deu uma a cada garçom. Os caras ficaram muito contentes. Ele terminou seu último gole de cerveja, pa- gou a conta, inclusive a da puta, e foi-se embora. Pegou um táxi e se dirigiu ao local indicado pelos caras. Encontrou o corpo à beira do rio, retirado da água. Havia vários curiosos em volta do cadáver exangue. Ele pegou seu celular e foto- grafou o defunto e o furgão. A placa batia com a do carro que tinha dado carona ao mendigo e ao guarda-costas de Bárba- ra. As fotos serviriam para mostrar a irmã do cara que ele o tinha encontrado. Mas só iria até ela no outro dia. A cerveja lhe dera sono e o que queria mais era dormir. Procurou um hotel barato, para não voltar à sua residência. Num instante, dormiu. No dia seguinte, acordou por volta das dez da manhã. Tomou um banho demorado, pagou o hotel e foi-se embora.
  • 52. VIUVINHA52 Mas não foi logo para casa. Antes, passou pelo prédio perto de onde Marisa tinha sido esfaqueada. Prometera uma grana para o porteiro que lhe mostrou o vídeo, para que este so- corresse os outros vigilantes, e foi saldar sua dívida. O cara estava ainda lá, acompanhado de um sujeito bonitão. Assim que o reconheceu, o recepcionista apontou-o para o sujeito. Disse: - Pronto, olha ele aí. Prometeu voltar e voltou. Percival se aproximou dos dois. O bonitão mostrou-lhe um distintivo da Polícia Federal. Perguntou: - Tem porte de arma, negrão? O mulato tirou da carteira um papel dobrado e o mos- trou ao sujeito. Este deu uma rápida olhada e questionou: - Por que atirou nos seguranças? - Acho que o porteiro já contou a versão dele. Assino embaixo. - É policial? - Não. Detetive particular. - E por que voltou? - Vim saldar uma dívida com o porteiro. - Ele pediu que eu levasse os três seguranças para uma clínica particular. Disse que me daria o dinheiro, mas eu não confiei. Levei-os para um hospital comum. - Informou o moço da portaria. - O porteiro me disse que uma amiga tua foi esfaquea- da perto daqui. Procede? - Sim. Estive investigando. Acharam o corpo do cara que a esfaqueou no rio. Perto de um furgão que o recolheu após o atentado. Já viu o vídeo? - Sim. O cara aí me mostrou. Qual é a bronca? - Podemos ter uma conversa a sós? - Sim, mas não tente me embromar. E se tentar fugir, atiro em você.
  • 53. EHROS TOMASINI 53 - Combinado. Deixe eu me acertar com ele e podemos tomar umas para conversar. - Não bebo em serviço. Mas te acompanho com um refrigerante. Depois de dar uma grana suficiente para o cara da por- taria pagar o tratamento dos amigos, os dois foram ao primei- ro bar que encontraram. Só então, o bonitão se apresentou: - Meu nome é Cassandra, detetive. E não tenho ne- nhum prazer em conhece-lo. - Pois que se foda. Apesar da voz grossa, você me pare- ce um boiola. Não sou chegado... - Se disser isso mais uma vez, te dou um murro. - Olha, vamos pular essas amabilidades que eu tenho algo sério para te dizer. - Ok. Desembuche. O mulato demorou a falar: - Tem alguém raptando mendigos das ruas e drenando o sangue deles. Eu e a minha assistente, a que foi esfaqueada, acreditamos que se trata de algum esquema de tráfico de san- gue, ou alguma experiência clandestina. - Acha que tem algo a haver com o atentado que tua parceira sofreu? - Talvez. Ela investigava o tal mendigo. Mas estávamos numa investigação paralela. Quatro caras bateram muito e estupraram uma amiga minha. Eles a deixaram paraplégica por uns tempos. Eu acredito que o cara que dirigia o furgão que você viu no vídeo era irmão do mendigo. - Está me dizendo que o próprio irmão o matou? - Não. Digo que deve aparecer outro corpo jogado nal- gum lugar. O cara que os matou, acredito eu, estava sendo seguido por minha parceira e depois pegou aquele veículo. Deve ter matado os dois, mas jogou cada corpo num lugar, abandonando depois o furgão.
  • 54. VIUVINHA54 - Tem lógica. E o carro que você roubou da frente do prédio para socorrer tua assistente? - Está na rua, lá na frente de minha residência. A polí- cia o achará e o devolverá ao dono. - Posso te prender por agressão a mão armada e roubo de carro... - Acredito. Mas faça isso depois que eu acabar as mi- nhas investigações, por favor. Tem muita grana envolvida. Mas você pode ficar com os louros. O bonitão sacou o celular do bolso e fez uma ligação. Percival percebeu que o cara tinha seios, como uma mulher. Mas a maneira de agir e o timbre retumbante de voz não dei- xavam dúvidas da sua masculinidade. Cassandra disse: - Estou num bar perto de onde aquela mulher foi es- faqueada. Um detetive me contou uma história interessante. Venha para cá. Você vai assumir as diligências. Quando a morena lindíssima estacionou na frente do bar, o mulato ficou encantado. Ela era a cópia fiel do homeni- na. A diferença era que este tinha os cabelos curtos. Ela tinha lindos e sedosos cabelos longos e negros. O andar da moça era um arraso. O homenina a apresentou: - Este é o detetive Percival. Ouça o que ele tem a dizer. Esta é a minha irmã Cassandra, também agente federal. Não se engane com a aparência frágil dela. É bem capaz de te der- rubar com um único golpe. - Tem namorado? - Perguntou o mulato. Ela deu-lhe um sorriso delicioso. Em seguida, beijou-o na boca, pegando-o de surpresa. O homenina levantou-se e se despediu de ambos: - Tenho o que fazer. Vou-me embora. E vou levar teu carro, mana. Por falar nisso, depois prenda esse sujeito. Ele roubou um carro ontem.
  • 55. EHROS TOMASINI 55 - Foi por uma boa causa. - Disse Percival. Quando o homenina foi embora, a morena perguntou: - Tem caralho grande? - Como é que é? - Tem pinto grande? Se me agradar, não te prenderei. - Algo perto de quarenta centímetros. - Uau. Então, vamos para um motel. Conversaremos lá. Chamaram um táxi e logo estavam nalgum motel. A morena era malvada. A primeira coisa que fez depois que o jogou na cama foi dar-lhe uma mordida no peito. Tirou san- gue do mulato. A princípio, ele ficou irritado. Ela lhe deu um tapa forte no rosto. Tirou sangue dos lábios do cara. Então, ele revidou. Derrubou-a com violência sobre a cama e ati- rou-se sobre ela. Esquivou-se de uma joelhada nos testículos. Com raiva, acertou um murro no rosto dela. Levou outro de volta. Virou-a de costas para si, sobre a cama, e quase arran- cou sua saia. Conseguiu levantar o tecido, deixando-a com a calcinha preta à mostra. Ela jogou o cotovelo, mas ele blo- queou o golpe. Percival arrancou sua calcinha de um puxão, deixando-a com a bunda nua. Deu-lhe uma gravata, imobi- lizando-a finalmente. Ela sorria, antecipando o seu próximo movimento. Quando ele tocou com a glande no anel dela, ela empinou o rabo e enfiou-se de vez, até o talo, no caralho do mulato. Gemeu: - Se deixa-lo escorregar do meu cuzinho, eu juro que te arranco o sexo fora, caralho... FIM DA SEXTA PARTE
  • 56. VIUVINHA56 Viuvinha - Parte 07 Foram três fodas quase seguidas com a morena bonita e violenta. Depois da terceira, o mulato caiu exausto sobre ela. Ela riu. Tirou-o de cima de si com carinho e depois acen- deu um cigarro. Ele ficou deitado sobre a cama, destruído. Ela pesquisou através da Internet do seu celular e achou um vídeo onde retiravam o corpo do mendigo do rio. Assistiu a filmagem duas vezes. Era uma reportagem onde um jornalis- ta dizia que o carro havia sido roubado alguns dias atrás. A dona havia prestado queixa do desaparecimento do veículo mas, até então, a Polícia não o tinha encontrado. Porém, o repórter não dizia a quem pertencia o carro. A agente federal sacudiu o mulato, despertando-o: - Acabou a mamata. Precisamos descobrir a quem per- tence esse furgão. - Não é preciso -, gemeu o cara - eu já investiguei isso. - Ótimo. E quem é o mendigo?
  • 57. EHROS TOMASINI 57 - Um tal de Tavinho. A irmã o estava procurando já há algum tempo. - Se já sabe tudo isso, por que meu irmão quis que eu te prestasse ajuda com uma investigação? - É que a coisa é fedorenta. Deve haver órgãos públicos envolvidos. - Ih, caralho. Me explica isso... - Vou repetir o que eu disse para teu irmão: mendi- gos estão desaparecendo e sendo encontrados mortos sem nem uma gota de sangue. Acredito que uma quadrilha está ganhando grana alta com o Hemope ou qualquer clínica que trabalhe com transfusões por conta disso. Mais: um pool de farmácias reclama que uma nova rede está vendendo remé- dios baratos mas inócuos à população. Alguns concorrentes já fecharam suas portas por não aguentarem a disputa des- leal de preços. Contrataram a mim e à minha parceira para descobrirmos se a informação procede. Minha assistente foi esfaqueada por um mendigo. Agora, ele aparece morto e exangue. Tem algo grande acontecendo - disse o cara, quase sem força na voz. - Eu e meu irmão estamos investigando um caso de desvio de verbas de um programa popular de saúde gerido pelo Estado - disse ela. - Parece que tem gente do governo roubando dinheiro do Lafepe, o laboratório estadual, para aplicar em outra coisa. Podem estar desviando grana para essa tal nova rede de farmácias. Mas isso é uma operação fe- deral, não vamos permitir civis envolvidos. - Tudo bem, eu já esperava por isso. Se vocês vão assu- mir as investigações, dou por terminado meu trabalho para o pool de clientes. Recebo minha grana e vocês se viram para continuar investigando. - Mas não poderá dizer o que eu te informei sobre o desvio de verbas. Senão, os ratos vão fugir da ratoeira. - Olha, eu continuaria as diligências se não tivesse en-
  • 58. VIUVINHA58 contrado vocês. Estou sendo pago para isso. Essa informação é importante para os meus clientes e valiosa para mim. Posso dizer-lhes que eles não façam alarde, por enquanto, mas vo- cês terão de convencê-los de não usar essa informação. Para evitar que eles saibam agora o que está se passando, você tem duas opções: me prende ou trabalha junto comigo. - Isso é chantagem? - Não, porra. É logística. Eu podia te negar informação e ceder a eles. Não vou fazer isso. Mas também não quero perder a grana alta que tenho pra ganhar, e que vou dividir com minha parceira. Esse é seu último trabalho. Ela vai se aposentar. - Vou ter que falar com meu irmão. - Pode falar até com Deus, mas eu não abro mão dessa investigação. Até porque tenho que vingar minha assistente. Ela levou duas facadas e corre risco de morte. - Ok. Entendi. Façamos um acordo: você procura quem fodeu tua parceira e eu cuido do resto. Fecho os olhos para o que você fará com o filho da puta que a machucou, contanto que não o mate, fechado? - Se ela morrer, ele morre. Isso, se já não estiver morto. - Como assim? - Pergunte a teu irmão. Ele viu o vídeo da tentativa de assassinato da minha parceira. Ou fale com o porteiro e peça o vídeo a ele. Verá que não estou exagerando. - Muito bem. Farei isso. E você, o que vai fazer agora? - Visitar minha parceira. Ver se ela está bem. - Não vamos dar outra? - O quê? Vai matar o cão!!! Estou todo cheio de hema- tomas e de mordidas que você me deu, porra. Que mulher violenta do caralho... Ela riu. Um riso gostoso. Terminou de fumar e foi to- mar banho. Ele foi com ela, mas não fizeram sexo no banhei- ro. Pouco depois, ela dizia:
  • 59. EHROS TOMASINI 59 - Vou-me embora. Mantenho contato. Pague o motel e faça o que disse. Depois, nos encontramos de novo, ainda hoje. ******************************************** A irmã de Marisa voltou para o quarto assim que o mu- lato escapuliu. A médica ficou contente porque a mana pare- cia melhor. Perguntou: - Como você está? - Onde estou? - No apartamento do teu parceiro. Ele me telefonou para que eu te socorresse e nos trouxe para cá. - E onde está ele? - Eu... acho que foi atrás do cara que te fez isso. - Estou zonza e quase não me lembro do que aconte- ceu. Fui atacada por trás. Meu amigo sabe quem foi? - Acho que sim. Mas que história foi aquela de dizer para ele que está aidética? Ou você andou me mentindo? - Não... Eu fiz uma promessa diante da sepultura do meu falecido marido de que iria respeita-lo até o fim dos meus dias. Que não me casaria mais com ninguém. Mas des- cobri que o puto me traía. E me apaixonei pelo homem que o matou. - Eu nunca entendi essa história direito, mana... - Não é difícil. Meu marido contraiu AIDS. Quando descobriu isso, não teve coragem de me dizer. Pediu para a Agência mata-lo a tiros, como se tivesse morrido em servi- ço. Por causa de sua morte violenta, me deixou um seguro milionário. Passei uns tempos achando que também estava infectada, fiz vários testes de HIV e não acusou o vírus em mim. Mas eu queria castigar quem matou o amor da minha vida. Por isso, inventei essa história para Percival. - Cruz Credo, irmã. Você está se privando de ter um amante maravilhoso.
  • 60. VIUVINHA60 - Você gostou dele? - Bem... eu... sim, claro - gaguejou a médica que não queria que a irmã soubesse que também estava apaixonada pelo mulato. - Ele é mesmo um assassino? - Tanto quanto eu, mana. Nossa profissão não nos dá muita escolha: ou matamos, ou morremos. - Entendo. Vou refazer teus curativos. Pare de falar, para não ficar cansada. Preciso te aplicar um sedativo nova- mente, está bem? - Perguntou a doutora, intencionada em fa- zer a irmã dormir e continuar a foda que dava com o detetive. Mas o mulato não tinha nenhuma intenção de voltar tão cedo pro apartamento. Queria saber do paradeiro do ir- mão do mendigo assassinado. O guarda-costas Rogério po- deria lhe tirar essa dúvida. Desconfiava que o cara de paletó preto tivesse dado um fim aos dois irmãos. Mas... por qual motivo? Pensou em encontra-lo na casa da loira que passara uns tempos paraplégica. Acertou em cheio. Rogério ia saindo da casa da loira Bárbara Sampaio. Quando viu o mulato, parou o carro. Botou a cabeça para fora do veículo para dizer: - Se veio saber do meu amigo, ele está bem. Graças à grana que você me deu. - Não vim saber dele. Vim saber por que esfaqueou mi- nha assistente. - Tua... puta merda. Aquela morena que Tavinho furou ontem era a tua assistente? Eu não sabia, cara. - Você não me engana, seu porra. Deve tê-la percebido te seguindo e ligou pra teu compincha. - Não, não... juro que não tenho nada com isso. Tavi- nho entrou no carro dizendo que pediram para ele se livrar de uma mulher perigosa. Por isso, ele a atacou à traição. - Quem dirigia o furgão? - O irmão dele.
  • 61. EHROS TOMASINI 61 - Você sabe que aquele carro foi roubado de Bárbara, não sabe? - Sim, claro. Foi dona Giselda que pagou aos irmãos para rouba-lo. Iriam usar o automóvel para incriminar dona Bárbara, caso ela matasse o sobrinho boiola da coroa. - Faz sentido. Mas cadê o irmão do mendigo? - Eu não sei, cara. Eles me deixaram num bar perto da casa de dona Bárbara. Tomei umas cachaças por lá, pois estava chateado com uma ex nega minha. Pode ir no bar e perguntar por mim. Dirão que saí bêbado pra caralho de lá. - Okay. Então, quero que faça um favor para mim: des- cubra quem matou o mendigo e o paradeiro do irmão dele. Pode ser? - Por que quer saber isso? - Porque estou desconfiado de que querem me envol- ver numa parada diabólica. A Polícia Federal está na minha cola por causa do atentado à minha parceira. Não vou poder investigar. Pague o favor que me deve me esclarecendo essas duas questões. Aí, estaremos quites. Quando o mulato voltou, finalmente, para o seu apar- tamento, a médica o esperava ansiosa. Marisa estava dormin- do, após ser sedada, e ela não hesitou em se atirar em seus braços. Ele, no entanto, disse para ela: - Olha, sinto muito mas estou cansado pra cacete. Po- demos deixar para amanhã? - Poxa... eu sedei Marisa acreditando que continuaría- mos de onde paramos... - Vamos fazer isso, mas não agora, tá? Estou realmente esgotado. - Foi trepar com outra? - Não, claro que não. - Mentiu - Fui atrás do cara que quis foder tua irmã. - Pegou ele? - Não. Fui pego pela Polícia Federal.
  • 62. VIUVINHA62 - Ai, meu Deus. Estava preso? - Quase isso. Mas foi difícil me livrar deles. Por isso, demorei tanto. - Ah, tadinho. Então, deixe-me ao menos te dar um banho, enquanto minha irmã dorme. Fiquei afim de ver teu cacetão novamente. - Tudo bem. Mas se você tiver algo que me deixe exci- tado, a gente transa. Ela se animou. Correu até a bolsa que havia levado pra lá, tirou um talão e escreveu uma receita. Entregou o papel a ele. Disse: - Você encontra isso em qualquer farmácia. É uma es- pécie de Viagra, mas tem fórmula natural. Nós, médicos, o usamos quando estamos esgotados, depois de um turno lon- go. Quando ele voltou e engoliu as pílulas, ela nem lhe deu um banho. Baixou suas calças e não demorou muito ao pau do mulato ficar duro. Tá certo que ainda estava meio bambo. Mas já dava para conseguir uma penetração. Ela o ajudou chupando a glande com leveza. Beijou-o nos lábios com fer- vor. Ele sentiu dor. Ela perguntou o que tinha sido aquele machucão. Mais uma vez, ele mentiu: - Os federais me esbofetearam na boca. - Oh, meu pobre querido. Desculpa ter te magoado. E a médica foi descendo com a boca pelo seu pescoço, depois por seu peito. Aí, viu a mordida. Estava muito verme- lha. Ela fechou a cara. Rosnou: - Seu safado. Você estava com mulher. Não quero mais saber de foder contigo! - Mas logo agora, que você me deu algo para ficar de pau duro? - Foda-se. Bata uma punheta. Não boto mais minha
  • 63. EHROS TOMASINI 63 boca aí. Deve estar fedendo a cu. Daqui já sinto o odor. - Está bem. Eu confesso: saí daqui doido pra foder e fui atrás de uma antiga namorada minha. - Eu sabia! Assim que você saiu, eu pensei: vai descar- regar o óleo por aí. Eu estava certa. - Sinto muito, mas fiquei tarado em comer teu cuzinho. Como fomos interrompidos, saí daqui doido. Sinto, mesmo. Ela entronchou a cara. Não queria saber de desculpas. Ele resignou-se a tomar um banho demorado para que pas- sasse o efeito da droga que ingerira. Seu caralho, no entanto, não amoleceu. Ele pegou um lençol e foi se deitar no sofá da sala. Ela ficou emburrada ao lado da cama onde a irmã dor- mia. Cansado, o mulato não demorou a adormecer. Mas acordou sendo chupado pela doutora. Estava qua- se gozando e ela aumentou o ritmo das chupadas. Também masturbava seu enorme caralho. Percival passou a se prender para não gozar logo. Mas ela sabia que ele não iria conseguir se segurar por muito tempo. Apressou o ritmo da punheta. Ele deixou escorrer um veio de porra. Ela o mamou com ur- gência. Disse: - Solta mais. É gostoso... - Ele gemeu alto, pois fazia enorme esforço para não gozar. Ela repetiu: - Vai... Solta mais um pouco na minha boca... - Se eu soltar, posso não me conter. Vou gozar de vez. - Não... eu aperto teu pau... quando ver que está sain- do... muita... - Não dá. Não é como mijar... - Então, goza... goza bem muito... em minha... boca... Ele gozou. Mas a quantidade foi pequena para o que ela esperava. Então, ela continuou masturbando-o, na esperança de sair mais leitinho. A glande estava intocável de tão sen-
  • 64. VIUVINHA64 sível, porém ela continuava a punheta. Aí, ele sentiu o gozo aflorar de novo lá no seu âmago. A pica inchou. Ela percebeu e ficou contente. Pouco depois, ele dava uma gozada cavalar. Ela se lambuzou toda de porra. FIM DA SÉTIMA PARTE.
  • 65. EHROS TOMASINI 65 Viuvinha - Parte 08 Eram quase oito da noite quando Percival chegou à boate onde tinha conhecido a irmã do mendigo. Encontrou-a bebendo Campari com suco de laranja. Quando ela o viu, teve uma crise de choro. Ele percebeu logo que ela já sabia da morte do irmão. Aproximou-se da mesa dela e perguntou: - Posso me sentar? - Sim, claro amor. - Já deve saber da morte do teu brother, não é? - Sim. Vi a reportagem na TV. Mas agora, meu outro irmão é quem está desaparecido. Recebi um telefonema dele pedindo para que eu ligasse a televisão naquele instante. Foi quando vi a notícia. Ele disse também estar sendo perseguido e avisou que eu não o procurasse. Passaria um tempo arri- bado. Mas eu fico sem saber se ele continua vivo ou se está morto, como Tavinho... - Certo. Eu prometi achar teu irmão mendigo e falhei.
  • 66. VIUVINHA66 Dessa vez, prometo achar esse outro com vida. - Continuará sem me cobrar pelo trabalho? Sabe que não tenho grana. - Não se preocupe. Ela o beijou na boca. Depois, disse: - Vou te dar meu endereço. Meu nome é Odete. E o teu? - Percival. - Diferente. Não quer ir lá pra casa? Assim, fica saben- do onde é... - Basta me dar o endereço e teu número do celular, Odete. Estou esgotado. Andei trabalhando muito esses dias. - Está bem. Eu também não estou muito disposta a sexo hoje. Estou triste por ter perdido meu mano. - Imagino. Anote-me o que pedi e vá pra casa. Quando achar o outro, te aviso. Como é o nome dele? - Todos temos nomes iniciados com a letra “O”. O que morreu era Otaviano, eu sou Odete e o outro se chama Ole- gário. - Ah, tá. - Disse o mulato, recebendo um pedaço de papel com o nome, endereço e telefone dela escritos. Ela per- guntou, antes de ir: - Pode pagar minha conta? Depois, te devolvo a grana. Fazia algum tempo que ela tinha ido embora quando ele viu entrar na boate a dona rabuda com cara de prostituta. Quando o viu, ela veio diretamente para a sua mesa. Nem perguntou, sentou-se logo. Só então, quis saber: - Ainda está querendo informações sobre o mendigo? - Não. Sei que foi assassinado. Esteve nos telejornais. Por quê? - Ele tinha um irmão e uma irmã. Eu a vi sair daqui quase ainda agora, mas evitou falar comigo. Que se foda. Também não lhe dei o recado que Olegário mandou dar para ela - disse a puta, visivelmente bicada.
  • 67. EHROS TOMASINI 67 - Sabe onde posso encontra-lo? - Sim. Quanto está disposto a pagar pela dica? - Menos do que da outra vez. Apenas duzentos paus. Sem chupadinha. - Já tenho quem me deixe dar chupadinhas. Passa pra cá a grana... - Só te dou depois de ter certeza de que não está me enganando. - Essa é fácil de ganhar, caralho: ele pediu para passar uns tempos lá na minha casa. É ele quem eu chupo, agora. Percival passou-lhe o dinheiro. Porém, queria que ela o levasse ao cara. A puta pediu para tomar duas cervejas an- tes. Depois, o levaria lá. Ele esperou. Até tomou mais uma cerva com ela. Pouco depois, desciam de um táxi na frente de uma casa modesta. Encontraram o cara dormindo. Ele as- sustou-se, quando viu o mulato. Mas Percival o tranquilizou, dizendo: - Só quero conversar. Se me der algumas informações úteis, ganha uma grana fácil. - Pode se fiar nele, Olegário. O cara é de pagar promes- sas. Já me deu uma grana pra trazer-lhe até aqui. - Asseverou a prostituta. - O que quer saber? - Perguntou o irmão de Odete, sen- tando-se na cama. - Primeiro, quem matou teu irmão? - Foi uma mulher jovem, mas de cabelos totalmente loiros, cara. - Você a conhecia? - Não. Mas meu irmão a conhecia. Ele estava fazendo um trampo pra ela. - Ela se chama Bárbara? - A Viuvinha? - Sim. - Não, cara. Viuvinha é gente fina. Sabe que roubamos
  • 68. VIUVINHA68 o carro dela, mas não fez nada contra a gente. É outra mulher. Uma mais velha que ela. Parece ter uns quarenta anos. - A mafiosa Giselda? - Não, não, uma mais bonita que ela, se bem que dona Giselda é mais gostosona. - Então, de quem se trata? - Essa tem negócios com as duas. Mas não sei o nome dela. Ia matar nós dois, depois de deixarmos o lacaio de Bár- bara em casa. Escapei fedendo, cara. Ela matou meu irmão na minha frente. Vou foder aquela catraia, vou sim. - Quem dirigia o furgão? - Ela, cara. Apanhou meu irmão, assim que ele furou uma putinha. Acho que o trabalho foi encomendado por ela. Embora eu acredite que tem o dedo da mafiosa naquilo. - Acha que dona Giselda encomendou a morte da mi- nha parceira? O cara olhou espantado para o mulato. Perguntou: - A putinha era tua parceira? - Ainda é. Não morreu. - Caralho, cara. Então, tome cuidado. O próximo a ser furado pode ser você. - Por que diz isso? - A loira perguntou para meu irmão, quando estáva- mos a caminho do rio: cadê o parceiro dela? Meu irmão disse que tinha recebido ordens apenas para matar tua amiga. A loira disse que ele devia ter feito o serviço completo, antes de lhe meter a faca duas vezes. Depois, quis me esfaquear também. Mas tive a sorte de conseguir fugir. Agora me lem- bro: ela tem um nome estrangeiro. Ouvi quando meu mano a chamou de Hauer, Tauer, sei lá... Eu devia ter tirado uma foto dela com o celular do mano. Mas, na fuga, o deixei cair no banco traseiro. - Teu irmão mendigo tinha celular? - Tinha, sim. Recebeu-o dela pra fazer os contatos.
  • 69. EHROS TOMASINI 69 - Ótimo. Vamos fazer uma visita ao necrotério. Os po- liciais o podem ter pego no furgão abandonado. Devem tê-lo levado para lá ou para a delegacia. Tentaremos primeiro na morgue. - Porra, cara. Eu não posso fazer isso. Não vou aguentar ver meu mano morto... - Okay. Eu vou sozinho. - Disse o mulato, botando a mão do bolso. Tirou de lá uns trezentos paus em dinheiro trocado. Nem contou, deu para o cara. Ele ficou muito con- tente. Pouco tempo depois, o detetive estava no necrotério. Conhecia um funcionário de lá. Falou com o cara e ele o dei- xou entrar. Encontrou o corpo nu, ainda à espera de ser pre- parado para a autópsia. Perguntou ao funcionário da morgue: - Cadê as roupas dele? - O que procura? - Um celular. - Uma parente dele esteve aqui. Levou tudo e até pagou para que o cremássemos. Foi buscar a autorização que pedi. - Como era ela? - Uma quarentona loira. Saiu daqui faz umas duas ho- ras. Ah, nós sempre gravamos quem chega aqui procurando parentes. Quer ver a fita? - Quero, sim. Pouco depois, o mulato via umas imagens. Não co- nhecia a coroa, mas achou-a muito elegante e bonita. Porém, seus cabelos não era loiros e sim totalmente brancos. Bran- quíssimos. À noite, poderiam parecer loiros. - Ela deixou um nome? - Deixa eu ver... Não. Não deixou. Apenas disse que voltaria com uns documentos para liberar a cremação. - Posso ter uma cópia dessas imagens? - Ok. Quanto irá me pagar por isso?
  • 70. VIUVINHA70 Quando ele botou a mão no bolso, o cara perguntou: - Costuma andar com dinheiro, o tempo todo, cara? Sempre que tu vens aqui estás de bolsos cheios... - Quase sempre. Detetive precisa “molhar” a mão de alguém para conseguir informações, já percebeu? Pouco depois, na saída do necrotério, Percival ligava para o celular da agente Cassandra. Ela atendeu com sua voz melodiosa. Ele disse: - Tenho boas notícias. Onde e quando podemos nos encontrar? - No bar mais próximo de onde estiver. Mas tem que ser coisa importante. Estou no meio de uma investigação. - É coisa importante. - Então, me dá as coordenadas de onde está. Pouco depois, bebiam em um bar chique de Boa Via- gem. Ela pediu uma dose de Perignon Safra 55, antes de dizer: - Desembucha. Ele sacou o telefone celular do bolso. O cara do necro- tério havia conseguido transferir as imagens para o aparelho através da Internet. Mostrou-as à linda morena. Ela estreitou os olhos. Disse: - Maria Bauer. Agora tudo se explica. - Conhece? - Se conheço? Eu e meu irmão estamos atrás dessa puta há muito tempo. Com certeza, o padre Lázaro está com ela. Ele deve ter matado o mendigo. - Não. Recebi informações que ela mesma assassinou o pedinte. Ia matar o irmão dele, se este não tivesse conseguido fugir. - Acha que o cara estaria disposto a depor para a Polí- cia?
  • 71. EHROS TOMASINI 71 - Posso convencê-lo. - Você é dos meus. Precisamos pegar essa dupla o quan- to antes. E, se for como eu penso, a madre superiora também está com eles. - Madre superiora? Quem é? - O três fazem parte dos meus piores pesadelos. Cas- sandra ficará contente por você ter reencontrado a pista deles. - Afinal, quem é Cassandra? Tu ou teu irmão boiola? - Nunca fale isso perto dele. Eu sou Cassandra, mas ele me usurpou o nome. Porém, isso é uma longa história. Preci- samos falar com meu irmão. Urgente. Pouco depois, o homenina aparecia, vindo num táxi. Desceu dele um cara jovem e bonitão, acompanhando-o. O detetive perguntou ao irmão da morena: - Teu macho? O motorista do táxi se afastou um pouco, imediatamen- te, quando ouviu essas palavras. O homenina, no entanto, pa- receu não ligar pro que ouviu. Apenas disse, sem se alterar: - Não vou te alertar novamente. Cadê as imagens? Depois que deu uma olhada no vídeo, concordou: - Sim, é aquela rapariga safada. Espero que dessa vez possamos botar nossas mãos nela. O frango preto aí já sabe da história? - Contei a ele. - Disse a morena. - Mas sem detalhes, claro. - Quanto o pool de farmácias vai te pagar pela tua in- vestigação? - O homenina perguntou ao mulato. - Uma grana preta, pra boiola nenhum botar defeito. O mulato nem soube o que o acertou no meio da testa. Foi um único murro. Ele caiu para trás, desmaiado e derru- bando a cadeira onde estava sentado. O taxista e a morena
  • 72. VIUVINHA72 sorriram. O mulato não sabia com quem estava mexendo. O homenina disse para a irmã: - Veja quanto lhe devemos e pague a ele. Retire-o da investigação. Depois, se junte a nós. - Desculpa, mano, mas desta vez vou ficar com ele. O cara é bom. E vai querer vingar a parceira. Vou ajudar-lhe. E ele nos ajuda. - Ficou afim dele? - O cara aguenta meu rojão. Acho que vou ficar uns tempos com ele, sim. - Quem sabe é você. Mas não se abestalhe. E diga-lhe para não me provocar de novo. - Acho que ele aprendeu a lição. Pouco depois, o mulato sacudia a cabeça. Estava ainda zonzo por causa do “tijolaço” na testa. Os clientes do bar já tinham sido apaziguados pela morena. Ela mentiu para eles, dizendo-lhes que se tratara apenas uma refrega entre irmãos. Voltaram aos seus lugares e não deram mais atenção ao mu- lato caído. Este perguntou, quando se sentou no chão: - O que me acertou? - Tua teimosia, claro. Cassandra já tinha te avisado. - Puta merda, nem vi a mão do puto se mover. Que murro do caralho! - Deixe por isso mesmo. Não convém irrita-lo mais. - Quem era o outro? - Santo, um amigo nosso e agente como a gente. - Foi ele quem me acertou por trás? A morena deu uma sonora gargalhada. O mulato en- tendeu que o cara nem se meteu na briga. Ainda estava estu- pefato. Nunca alguém lhe havia acertado assim, para derru- ba-lo inconsciente. Ela disse: - Esqueça o incidente. Vamos te pagar o que você acer- tou com teus clientes. Te ajudo a pegar quem fodeu tua par-
  • 73. EHROS TOMASINI 73 ceira e xau. Não nos encontraremos mais, apesar de eu ter dito a meu irmão que tinha ficado afim de ti. Mas você já demonstrou não acompanhar meu pique, nego. - Eu faço amor e não a guerra. Tu faz sexo pra matar o outro, caralho. Estou fora. - Foi o que pensei. Por onde começamos? - Como assim? - Não vai querer pegar quem fodeu tua parceira? - Claro que sim. Temos como chegar até essa... senhora Bauer? - Vai ser a nossa missão, minha e tua, enquanto meu irmão e o motorista Santo investigam o paradeiro dos cúm- plices dela. Então, pergunto de novo: por onde começamos? - Procurando a mandante do quase assassinato de mi- nha parceira. Acho que tem negócios com a tal... Bauer. - É provável. Então, trata-se de uma outra mulher? Sabe quem é? - Desconfio. Mas para chegarmos até ela, tenho que ir sozinho. A mulher tem uma porrada de capangas que guar- dam a mansão que tem perto daqui. - Então, vamos lá. Estou afim de dar uns tiros. - Não será preciso. Basta me deixar ir sozinho. - O que está querendo aprontar, caralho? - Depois, te digo. Pouco depois, ele estava perante a esposa do mafioso. Giselda pediu para ficar sozinha com ele. Os lacaios sairam da sala mas, cismados com o mulato, disseram que estariam por perto. Quando desapareceram de vistas, a mulher per- guntou: - Você é doido? O que faz aqui? Se quisesse falar comi- go, bastava mandar recado por Rogério. - Sei que você mandou matar minha parceira. Não minta para mim. Senão, não teremos mais nenhum acordo.
  • 74. VIUVINHA74 Ela esteve um tempo calada, depois confirmou: - Sim, mandei mata-la. Mas aquele puto foi incompe- tente. - Por que a queria morta? - Promete que não vai me agredir? - Prometo. Eu não tocarei em você. - Ela, com vida, me impedia de te ter aqui. Matando-a, você poderia aceitar assassinar meu marido para ficar comi- go, como combinamos. - Não combinamos nada. Você apenas me propôs isso. - É verdade. Mas esperava que, se apressasse as coisas, fosse mais fácil de te ter aqui. - Qual o teu envolvimento com a mulher de cabelos brancos? - Como sabe dela? - Sou detetive, porra. - Nossa, como você está zangado! Meu marido tem negócios com ela. Ela criou um composto que limpa o san- gue de gente doente, livrando-o de impurezas. O compos- to funciona, pois meu marido está cada vez melhor de sua enfermidade. Por isso, quero mata-lo, antes que se recupere totalmente. O cara está a ponto de voltar a andar. Já começa a querer garanhar comigo. E eu não o quero mais. Quero você. - Está bem. Como chego a essa médica? - Só por telefone. Mas ela marca os encontros, não nós. Liga de número oculto. Teme armadilhas. - Exija que ela me mate. Dê-lhe o meu endereço. - Mas... - Faça isso. Depois, dê um tempo e apareça lá em casa. Aí, nós faremos sexo novamente. - Mesmo? Jura? - Juro. - E matará meu marido? - Lá, resolvemos isso. - Está bem. Ligo para ela agora. Mas é melhor você ir.
  • 75. EHROS TOMASINI 75 Não quero que os homens do meu marido ainda te vejam por aqui. Podem desconfiar que temos negócios. Isso será ruim para nós dois. Não podem saber que nós temos um love, com meu marido ainda vivo. - Okay. Vou indo. Faça o que pedi. Pouco depois, ele saía da residência. Andou um pouco até aparecer um táxi. Este era dirigido pelo cara que a morena chamava de Santo. O taxista perguntou: - Onde quer que eu te deixe? - Onde está a Cassandra fêmea. - A testa ainda te doi? - Vai te foder. Se disser mais uma palavra sobre isso, desconto minha raiva em você. O cara deu um sorriso divertido, mas não gargalhou. Percival ligou para o telefone de Marisa. Ela mesma atendeu, ao ver que era uma ligação dele. O mulato disse: - A mulher que encomendou a tua morte vai aí tentar te matar. Acha que pode foder-lhe sem a minha ajuda? Mas não poderá dar nenhuma chance a ela. - De quem se trata? - Da mafiosa Giselda. - Foi ela? Deixa comigo. Sou mais perigosa do que aquela catraia pensa. E você, o que vai fazer? - Antes, ela vai mandar alguém dar cabo da minha vida. Eu cuido dessa pessoa antes que ela entre na minha casa. Você fode a manda-chuva da Agência. Combinado? - Isso não vai nos trazer problemas? - Verá que não. - Então, fechado. Pouco depois, o motorista deixava o mulato no mesmo bar onde ele estivera com a morena. Ela estava ainda lá. Ele perguntou:
  • 76. VIUVINHA76 - Gravou? - Sim. Com a câmera que escondi em você, tenho toda a confissão dela. - Será que um júri aceitaria a gravação como prova? - O caso não irá a julgamento. Já enviei o vídeo para Cassandra, meu irmão. Ele me deu carta branca para agir. Mas sem alarde. - Certo. Agora, poderemos ir para algum lugar e dar umas fodas. Não acho que a mulher de cabelos brancos vá me atacar agora. - Disse o mulato. - É verdade. Ela irá planejar melhor e te atacará ama- nhã. Eu a conheço. A gente tem o tempo necessário para fo- der. Então, vamos lá. Santo nos leva a um motel. E ficará vi- giando perto da tua casa, caso as duas cismem de te procurar hoje. Mas, aí, o celular do mulato tocou. Ele olhou pro visor e atendeu. Disse: - Fale, Bárbara. - Onde você está? Estou precisando de tua ajuda... - Ué, cadê Rogério? - Não sei. Saiu. Mas ele não pode saber que estou do- ente... - Doente? Então, chego já aí. Quando desligou, o mulato disse ao casal: - Tenho que socorrer uma amiga. Aproveito para ga- nhar mais tempo para descansar das fodas que demos. Ainda estou esgotado. - Nós te deixamos onde tua amiga está. - Disse o mo- torista bonitão. - Ok. Poderiam nos dar uma carona até um hospital? - Claro. Quando o mulato chegou à casa da loira lindíssima,
  • 77. EHROS TOMASINI 77 que a Agência apelidava de Viuva, esta estava caída no chão da sala. Não havia conseguido chegar até a cadeira de rodas moderna que usava. Ele a acudiu. Perguntou-lhe: - O que houve? O que faz no chão? - Não sei o que houve, amorzinho. Faltaram-me forças nas pernas, de repente. Caí com todo o corpo no chão. Acho que estou paralítica de novo, meu Deus... - Assim, de repente? - Eu... faço um tratamento com uma médica que me procurou quando eu estava hospitalizada. Passei mais de dois meses fazendo hemodiálise, trocando o meu próprio sangue por um que ela aplicava em minhas veias. Foram mais de dez transfusões em dois meses. Aproveitaram para me contratar para testar esse novo modelo de cadeira de rodas. Tudo pago com dinheiro desviado do Governo de PE. Nisso, a dupla de agentes federais invadiu a residência da loira. A morena belíssima disse: - Considere-se presa. Irá responder uma série de per- guntas na sede da Polícia Federal. - Mas... temos que levar-lhe a um hospital - disse o mu- lato. - Não será preciso. Vamos prender a médica imediata- mente. Cassandra a localizou rondando o teu apartamento. Ela quis agir contra ti antes do que eu esperava. Meu irmão acaba de lhe dar voz de prisão. Ela nem tentou fugir. A dou- tora Bauer cuidará da tua amiga lá mesmo, na sede da Polícia Federal. Providenciaremos o que for necessário. - Estavam na escuta? - Claro. Você não se lembrou de tirar o “grampo” que nós havíamos colocado em ti, quando foi à casa da mafiosa... - Caralho, esqueci completamente. Mesmo assim, obri- gado por socorre-la. **********************************************
  • 78. VIUVINHA78 Foi uma foda gostosa. Dessa vez, a morena policial não usou da violência. Mas exigiu ter o rabo bem fodido por Per- cival, como da primeira vez que transaram. Ela limitou-se a curtir a sua enorme penca entrando e saindo totalmente do seu cuzinho, arrombando-lhe as pregas ainda doloridas. Ele a cobria com seu corpo e parecia não ter pressa em gozar na sua bunda. Movimentava-se lentamente e, de vez em quando, ela revirava graciosamente os olhinhos, deliciada. Não para- va de repetir: - Está gostando de foder meu cuzinho? - Ele ainda é apertadinho... - Promete que vai deixa-lo bem arrombado, promete? - Vou te deixar cagando frouxo... - Ai, eu vou adorar. Vai gozar nele, vai, amor? - Vou. Mas vou demorar mais um tempo... - Assim, sem violência, está melhor? - Sim. Não gosto daquelas fodas doidas... - Mas vai foder também minha buceta? - Só se ela também for apertadinha, como teu cuzinho... - Ela não é... anos e anos de fodas, amor. Me deixaram do jeito que eu gosto: bem afolosada. - Gosto de bucetas e de cus apertadinhos. Quem tem os dois arrombados são as putas... - Pois eu quero ser tua putinha, amor. - Então, vai ter que me dar esse cu mais vezes. Até que eu o deixe peidando sem nenhum controle... - Ai, amor, como você é tão romântico... - Cala a boca e remexe a bundinha. Adoro. Empina mais ela. Tô quase gozando... - Ah, não. Agora, não... O ruim de foder suavemente é que demoro a gozar, seu puto. Não vai me deixar na mão. Não vai, mesmo! - Cala a boca, senão te dou umas porradas.
  • 79. EHROS TOMASINI 79 Ela lançou o cotovelo para trás. Acertou-o nas costelas. A dor foi enorme. Mesmo assim, foi ela quem gemeu: - Agora, revida... Me bate, também... e... eu... deixo tu... gozar... - Não vou fazer o que você quer. Mas, se me bater de novo, retiro minha peia da tua bunda. - Nãaaaaaaaaaaaaaoooooooo. Você não é doido!!! Se fizer isso, atiro em você... - Então cala a boca e rebola. Te enfia mais na minha rola... depois... remexe... o... bumbum... Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... FIM DA OITAVA PARTE
  • 80. VIUVINHA80 Viuvinha - Parte 09 Depois do coito, Percival acendeu dois cigarros de uma só vez. Ofereceu um para ela. A morena agradeceu e deu uma demorada tragada. Soltou a fumaça, fazendo com ela um anel no ar. Ele também tentou fazer, mas não conseguiu. Ela riu. Ele lhe perguntou: - Quando foi que você começou a ser sadomasoquista? - Nem lembro mais. Acho que era adolescente. Eu já era bonitinha e gostosinha, por isso meu irmão tinha ciúmes de mim com outros caras. Batia em quem ousasse se aproximar de sua irmãzinha única. Então, um dia eu achei que ele era afim de mim. Disse-lhe que estava doida pra perder meu ca- bacinho. Ele tentou me demover da ideia. Então, eu quase o obriguei a me pegar. Disse-lhe que, já que afastava os rapazes de mim, seria ele o meu dono. Nossa mãe vivia eternamente bêbada ou drogada, depois que meu pai a deixou. Eu queria sair de casa. Ter a minha própria vida. Como não trabalhava,
  • 81. EHROS TOMASINI 81 queria encontrar um marido que cuidasse de mim. Achava que para conquistar um homem tinha que dar pra ele. - Afinal, teu irmão fodeu contigo ou não? - Sim. Várias vezes. Mas ele o fazia com raiva da mi- nha insistência. Cassandra tem um caralho enorme, quase do tamanho do teu. Não queria foder minha bucetinha para que eu casasse virgem. Mas nunca teve pena do meu cuzinho. Como me fodia com ódio, era o tempo todo violento. Eu me acostumei. Passei até a gostar disso. - Percebi que ele tem seios do tamanho dos teus. Aqui- lo é...? - Não, não. São naturais. Os seios dele cresceram antes dos meus. Os amigos começaram a fazer piadas. Para provar sua macheza, ele os cobria de porradas. Um deles, certa vez, revidou. Por pouco ele não apanha do cara. Aí, esperou-o num terreno baldio perto da escola onde estudávamos. Bateu muito no cara. Depois, fodeu-lhe o cu. A merda é que gostou de foder cu de macho. Só de macho, não de boiolas, entende? Com raiva de minha insistência, não quis mais saber de sexo com mulheres. No entanto, adora foder cu de homens. É as- sim que os castiga. - Que coisa. A Polícia Federal sabe disso? - Sim. Começamos a trabalhar ao mesmo tempo e nos- sa primeira missão foi desbaratar uma quadrilha de tráfico de mulheres para o Exterior. Foi quando começamos a usar nossos disfarces. - Qual disfarce? - Ele travestiu-se. Ficava com aparência igual à minha. E vestíamos roupas iguais também. Buscávamos traficantes de mulheres nas boates. Eu paquerava o cara que sabíamos que sequestrava menininhas para envia-las contra sua vonta- de para outros países. Dopavam-nas, para tira-las do Brasil. Elas serviam de prostitutas por lá, na esperança de conseguir dinheiro para voltar para casa. Aí, quando o cara estava bê- bado, Cassandra trocava de lugar comigo. Levava-o para um
  • 82. VIUVINHA82 motel e fodia o rabo do cara. Fotografava-o sendo enrabado por ele. Deixava as fotos sobre a cama, com um bilhete dizen- do que ia coloca-las na Internet. O sujeito com vergonha de ter dado o cu sem resistência, partia do Brasil e nunca mais voltava. - Puta que pariu. Teu irmão é bem sacana. - Quando prendíamos alguém, o acusado contratava um ou mais advogados e continuava explorando e exportan- do as meninas. Com Cassandra os enrabando, diminuímos o tráfico de mulheres para menos de um terço. A Federal teve que se curvar a nós. - Entendo. O que vão fazer com a tal doutora e sua gan- gue? - Ela será presa. É uma cientista de muitos talentos. Será útil para nós se ajudar-nos em pesquisas. O padre Láza- ro será estudado por nossos pesquisadores. Queremos saber como ele faz para voltar dos mortos... - Como é que é? - A médica Maria Bauer criou um composto que pare- ce dar vida eterna ao ex padre. Ele já morreu algumas vezes, mas ressuscitou. Queremos descobrir como faz isso. É o mais perigoso do grupo. Mata sem piedade. Sua mulher, também. A ex freira é tão assassina quanto ele. - E depois que descobrirem os segredos da dupla as- sassina? - Eu e Cassandra os mataremos. Perdemos muitos agentes, amigos nossos, mortos pelo grupo. - Vocês têm licença para matar? - Claro que não. Isso é coisa de filmes de espionagem. Mas nós não seguimos a cartilha da PF. Daremos um jeito de faze-los desaparecer da face da terra sem que saibam que fomos nós. - E eu que pensava que só eu e minha parceira éramos assassinos... - Por isso, estamos fazendo acordos com vocês. Cas-
  • 83. EHROS TOMASINI 83 sandra te investigou, junto com Santo. Você não tem um fi- cha policial muito ampla nem muito suja. - Não tenho mesmo. Mas também tenho meus esquele- tos guardados no armário. - Acredito. Mas preciso ir embora, amoreco. Acabou minha folga. Volto a me encontrar com os rapazes, para aju- dar-lhes no interrogatório. Iremos encontrar o padre e a frei- ra, pode ter certeza. Ah, eu ia te dizer: tua parceira matou a mafiosa. Deu-lhe dois tiros no meio do peito. Cassandra me pediu para não te contar, mas eu não acho justo. Ele também me deu uma bolada em dinheiro para te entregar. Não terá prejuízo com teus clientes. Divida o dinheiro com a tua assis- tente e mande-a para fora do País. Mas faça isso hoje mesmo. Depois, começaremos a procurar por ela por todo o Brasil. - Mesmo sabendo que ela estará no Exterior? - Mesmo sabendo que ela estará no Exterior. Se eu fosse você, também sairia do País. A menos que tenha interesse em assumir a Agência. Não aconselho. Vamos acabar com aquele antro de crime e extorsão. - Não tenho vocação para mafioso. - Ótimo. Então, aproveite a grana que vou te dar e suma desta merda também. - Está querendo mesmo se livrar de mim, não é? - Já te disse que quando completarmos essa operação, vai ser tchau pra nós dois. Duvida? - Não, não duvido. Vou esperar você ir embora e vou ficar neste motel mais um pouco. Tenho muito que planejar. - Tchau, amore. Dê-me o número da tua conta. Eu de- positarei nela. - Eu prefiro que me dê uma mala com o dinheiro. De- pósito em banco pode ser rastreado. E não quero a Receita Federal no meu pé. - Como queira. Mandarei Santo levar a grana ao teu apê, pode ser? - Sim. Dividirei com minha parceira, lá. Aproveito para
  • 84. VIUVINHA84 conversar seriamente com ela. Obrigado. - Obrigada, também. Você trepa muito bem. Do jeito que eu gosto. Quem sabe ainda daremos uma saideira, qual- quer dia desses? - É... quem sabe? Quando ela saiu, o mulato ligou para Marisa. Ela aten- deu preocupada: - Cadê você? Me deixou sem notícias esse tempo todo... - Fui detido pela Polícia Federal. - Mentiu ele - Me sol- taram neste instante. Você ainda está na minha casa? - Não. Estou na casa da minha irmã. Já soube que matei a puta mafiosa? Temi que a Agência mandasse seus lacaios me procurar na tua casa, aí minha irmã me ofereceu ficar uns tempos aqui. - Ela está aí contigo? - Agora, não. Foi trabalhar. Venha pra cá. Tenho algo a te confessar. Anote o endereço... - Tenho que passar no meu apê, primeiro. Depois, vou para aí. Cerca de uma hora depois, ele saltou de um táxi na en- trada do prédio onde morava. Pagou ao taxista e subiu, pois morava no terceiro andar. Quando ia meter a chave na fe- chadura, estancou. Percebeu que a porta estava apenas en- costada. Tirou uma pistola da cintura e a abriu com cautela. Tinha um cara sentado no sofá, apontando-lhe um revólver. O mulato não se alterou. Disse: - Oi, Rogério. Está esperando há muito tempo? - Sim. Desde que soube que você matou a minha pa- troa. - - Não matei ninguém. Estive detido pela Polícia Fe- deral até agora. - Onde está Bárbara? - Também foi detida. Ficou lá. Guarde essa arma. Não
  • 85. EHROS TOMASINI 85 gosto dessa coisa apontanda para mim. - Oh, desculpa. Não estou te ameaçando, cara. Você é legal. - Disse o sujeito de paletó preto, guardando o revólver. - O que faz aqui? - Dê uma olhada na tua cozinha. Depois, a gente con- versa. Percival fez o que ele disse. Voltou ainda espantado. Havia achado um corpo estendido no chão. De volta à sala, perguntou: - O que aconteceu com teu amigo? - Eu o matei, cara. Ele não acreditou que foi você que lhe pagou o tratamento. Veio aqui te matar. Queria vingar a patroa. Tentei impedi-lo, mas ele se voltou contra mim. Tive que mata-lo, cara. Estou triste. Ele era um bom amigo. Matar um amigo é a pior coisa do mundo. - Imagino. O que quer com Bárbara? - Ela me pediu pra fazer o trabalho que tinha acertado contigo: matar o boiola, sobrinho da dona Giselda. Mas eu sabia que o cara era inocente. Foi dona Bárbara quem saca- neou com ele. Mesmo assim, eu lhe dei um tiro na barriga. Tô fodido, cara. A Agência está me procurando para dar fim à minha vida. Preciso da tua ajuda, negão. - Não posso fazer nada por ti. Mas não se preocupe com a Agência. A PF está na cola dela. Logo, serão todos presos. - Então, vou ter que fugir pra longe daqui, cara. Eu também tenho o rabo preso. Matei pessoas por encomenda- ção da Agência. - O que quer que eu faça por você? - Fale com o patrão. Ele pensa que fui eu que matei dona Giselda a pedido de dona Bárbara. - Acha que ele iria acreditar em mim? O cara é meu inimigo, porra. Andou querendo me matar. - Pois mate-o por mim. Aí, eu assumo a Agência. - Já te disse que a PF está na cola daquela máfia. Você
  • 86. VIUVINHA86 logo seria preso, se assumisse a direção de lá. - Eu vou preso de qualquer jeito, cara. Tomo a Agên- cia, arrombo o cofre, pego o dinheiro deles e me mando pro Exterior. - Você quer que eu seja teu cúmplice em roubo? Não sou ladrão, Rogério. Não conte comigo pra isso. E é melhor ir embora. A Polícia Federal ainda está de olho em mim. Agora vou fazer um café. Quer um pouco? Depois você se vai. - Quero meia xícara - disse o cara, num fio de voz. Quando o mulato chegou à cozinha e procurava as xí- caras no armário, escutou um tiro. Correu para a sala. O ho- mem de paletó preto tinha atirado contra a própria cabeça. Havia miolos espalhados pelo chão. Percival ficou triste. Não esperava que o cara fosse tão fraco. Pegou o telefone conven- cional e ligou para a portaria. Disse a quem o atendeu: - Houve um duplo homicídio no meu apartamento. Chame a Polícia, por favor. Pouco depois, o mulato dava depoimento aos quatro policiais que estavam diante de si. Ninguém acreditou nele. Queriam leva-lo preso, acusando-o de duplo assassinato. Foi quando Santo apareceu na porta, com uma valise na mão. Perguntou: - Que foi que houve? - Ele mostrava o distintivo da PF. - Boa noite, senhor - disse um dos policiais - Estamos acusando este negro de duplo homicídio. - Deixem o cara comigo e podem ir embora. Eu cuido dele. - Mas senhor... - Saiam. Não me façam exigir respeito à minha autori- dade. - Sim, senhor. Desculpe-me. Quando os tiras saíram, o bonitão perguntou:
  • 87. EHROS TOMASINI 87 - O que aconteceu aqui? O mulato fez um resumo dos fatos. Santo pediu que ele estendesse as mãos. - Você vai me prender, caralho? - Deixe-me cheirar teus dedos. E não quero sentir o odor de pólvora, fui claro? O mulato relaxou. Estendeu ambas as mãos para ele. O bonitão, depois, também farejou as mãos dos defuntos. Fi- nalmente, concluiu: - Foi o da sala que atirou no outro e depois em si mes- mo. O barulho dos disparos não chamou a atenção dos vizi- nhos? - Este apartamento, quando está de portas fechadas, é à prova de som. Não ouviram nenhum barulho de estampido. - Ah, entendi. Bem, trouxe tua grana. A morena reco- mendou-te uma viagem ao Exterior. Se eu fosse você, segui- ria o conselho dela. - Obrigado, cara. Prometo pensar nisso. Eu vou fazer café. Quer uma xícara? - Quero, sim. Quanto mais quente, melhor. Enquanto você o faz, ligo pra Cassandra. Ele mandará alguém pra dar um jeito nessa bagunça. - Agradeço. Cerca de duas horas depois, ele chegava à residência da irmã de Marisa. Ela o esperava apenas de calcinha. Exibia os dois ferimentos no tórax, ambos com curativos recentes. Ele perguntou: - Como você está? - Preocupada com você. Ainda bem que chegou. O que tem na valise? - Grana pra te financiar um bom tratamento contra a AIDS no Exterior. É o dinheiro do pool de farmácias. A PF
  • 88. VIUVINHA88 me deu para abandonarmos o caso. Eles vão cuidar do assun- to. A grana é toda tua. Não tirei minha parte. - Obrigada, amor -, disse ela, beijando-o suavemente nos lábios - mas era sobre isso que eu queria falar: eu te men- ti. Não tenho o vírus. - Então, por que me disse aquilo? - É uma longa história. Prefiro conta-la com nós dois tomando um vinho gelado. Pedi para minha irmã comprar. Já está na geladeira. - Fico contente que estejas sem o HIV. Mas teremos que adiar a bebemoração. A Polícia Federal está atrás de tu. Vão nos dar um dia e depois começarão a te caçar. Ela ficou triste e pensativa. Depois, disse: - Não vou fugir. A menos que você venha comigo. - Eu também não sou de fugir, você bem sabe disso. Está mesmo disposta a ser presa? - Seja o que Deus quiser. - Então, vamos tomar o vinho. Essa conversa me deu sede. O vinho pegou rápido. Marisa logo estava rindo à toa. Ajoelhou-se entre as pernas do mulato, disposta a chupa-lo. Ele, no entanto, insistiu: - Deixa que eu te faça isso. Nunca senti o gosto da tua bucetinha... - Não. Hoje não. Ainda estou fraca da perda de sangue e os ferimentos me doem. E eu adoro te chupar. Acho essa penca muito saborosa. Quando melhorar, quero-a na minha bucetinha. - Eu prefiro foder teu cu. - Safado. Minha irmã me disse que eu interrompi uma trepada tua com ela. Você gosta dela? - Acho-a bonita, mas prefiro você. - Não precisa mentir para mim. Aceito se você trepar
  • 89. EHROS TOMASINI 89 com ela. Mas só com ela, viu? E eu preciso estar presente. - Por quê? - Eu não aguentaria te dar o cuzinho. Mas ela adora. Então, você fode minha buceta e depois o cu dela. Faço tudo pra te deixar satisfeito, amor. - Tem certeza de que não ficará com ciúmes? - Dela, não. Mas deixa eu matar minha vontade agora. Bote o cacete para fora... - Tire-o daí você mesma. - Você quer que eu o chupe todo, ou somente a cabe- cinha? - Quem sabe é você. Mas o ideal seria que revezasse as chupadas. - Quer que te lamba os bagos? - Sim, enquanto me bate uma bronha. - Promete se guardar para gozar na minha boquinha? - Quando for gozar, te aviso. Mas você perceberá o pau ficar mais grosso e pulsante. - Vai pensar em minha irmãzinha, enquanto te chupo? - Você quer? - Quero que grite o nome dela. Aí, quando estiver fo- dendo ela, quero que grite o meu nome. - Como é mesmo o nome dela? - Márcia. Mas eu a chamo de Cinha. - Então, Cinha, me chupa gostoso. Depois, engole meu pau até o talo. - Sempre pensei em fazer isso, amor. Mas temi não con- seguir. Vou tentar, tá? - Tá. quero senti-lo bem fundo na tua garganta. Ela começou a abocanhar a jeba dele. Engasgou-se vá- rias vezes, mas não desistiu. Percival viu sua calcinha enchar- cada. Disse a ela: - Tire a calcinha... - Não vou parar agora. Acho que já peguei o jeito...
  • 90. VIUVINHA90 - É que eu quero ver tua buceta pingando. Mostra pra mim... - Ela tirou rapidamente a calcinha. Voltou imediata- mente para os seus afazeres. De fato, escorria um líquido viscoso e branco da racha dela. Pingava no chão. Ele ficou olhando para a buceta estufada. Ela tinha uma vulva enorme e testuda. Ele ficou mais excitado. Aí, ela forçou mais a pene- tração da glande. Ele sentiu a quentura da goela dela, a pica enfiada bem lá dentro. Ela respirou profundamente pelo na- riz. Depois, ficou contraindo a garganta, causando-lhe uma gostosa sensação de prazer. Ele anunciou: - Vou gozar, Cinha... Está muito gostoso... E excitante... Tua... garganta... me lembra... um cu... bem apertadinho. Ela não respondeu. Ficou fazendo movimentos com a cabeça. A glande, por várias vezes, quase saiu totalmente da sua boca, só para ela voltar a engoli-la mais profundo. Ela começou a gemer. Ele também: - Ai, Cinha. Me fode com a goela, Cinha. Vou gozar. Vou gozar. Vou... go... zaaaaaaaaaaaar... Ela retirou totalmente o caralho da boca e ficou baten- do uma punheta vigorosa nele. Gemeu: - Goza, amor. Quero sentir teu leitinho espirrando no meu rosto. Goza. Goza. Goza. Ele gritou no momento em que a médica abriu a porta e entrou: - Ahhhhhhhhhhhhh Cinhaaaaaaaaaaaa... sua... puti- nha... gostosaaaaaaaaaaa... FIM DA NONA PARTE
  • 91. EHROS TOMASINI 91 Viuvinha - Parte 10 Quando viu o casal fodendo na sala, Cinha jogou sua va- lise médica em qualquer lugar e foi logo tirando as rou- pas. Perguntou: - Ouvi chamar o meu nome? - Sim, irmã. Mas você chegou atrasada. Ele acabou de gozar, como deve ter visto. - É uma pena. Mas posso esperar. Lembrem-se que es- tou na fila. E você não deveria estar fazendo esses esforços, com esses dois ferimentos abertos. Veja: já estão sangrando novamente. De fato, já se podia ver manchas de sangue nas gases. Cinha terminou de despir-se e pegou de volta a valise de so- corros médicos. Refez os curativos. O mulato aproveitou para descansar. Mas acabou pegando no sono sem trepar com a médica. Deixaram-no dormir.
  • 92. VIUVINHA92 No outro dia, quando acordou, nehuma das duas esta- va em casa. Marisa deixou um bilhete dizendo que fora com a irmã ao hospital, pois os ferimentos haviam infeccionado e a médica precisava fazer uma limpeza mais apurada neles, além de aplicar-lhe uns antibióticos que ela não tinha na vali- se. Percival deixou uma resposta da mensagem sobre a mesa da sala, dizendo que iria para casa. Que, depois, entraria em contato com as duas. No entanto, nem bem saiu da casa delas, seu celular tocou. Era uma voz de homem. O mulato ouviu: - Estou com a tua parceira e com a irmã dela. São mi- nhas reféns. Encontre-se comigo ou eu mato as duas. - Quem fala? - Lázaro. Você já deve estar sabendo quem sou. - Sei: o padre assassino. O que quer comigo? - Preciso da tua ajuda. - Não é desse jeito que se pede ajuda a alguém. - Foda-se. Vem até mim, ou mato as duas? Não preciso delas, só de você. - Ok. Onde posso te encontrar? - Um táxi vai parar perto de você daqui a alguns minu- tos. Entre nele. E, se ligar para alguém, eu mato as mulheres. Percival olhou em volta. Avistou uma câmera de rua, dessas utilizadas pela Polícia. Concluiu que o cara o estava monitorando. Por isso, desligou o celular e esperou. Pouco depois, um táxi parou bem perto dele. Uma mulher de cabe- los totalmente brancos abriu a porta do passageiro para ele. Ele a reconheceu do vídeo do necrotério. Cassandra, a more- na, tinha dito a ele que ela havia sido presa sem resistência. Como ela havia conseguido fugir? A taxista disse: - Surpreso? Nós não somos fáceis de ser pegos. Com- porte-se e eu te levo ao padre, ok? Mas vou precisar deixar-te
  • 93. EHROS TOMASINI 93 desacordado... - Sem essa de... O mulato não completou a frase. A doutora Bauer en- fiou-lhe uma seringa na coxa. Ele gritou de dor. É que a serin- ga continha um líquido esverdeado que lhe queimava as veias do corpo inteiro. Ele nem teve tempo de se recuperar da dor. Ela enfiou-lhe outra agulha, esta contendo alguma droga que o fez perder os sentidos quase que imediatamente. Quando despertou, estava totalmente nu e sentiu-se chupado. Estava amarrado a uma cadeira onde lhe haviam sentado. Ela estava ajoelhada entre as pernas dele. Tinha seu enorme caralho na boca. Ele já estava a ponto de gozar. Ela percebeu que ele havia acordado e falou: - Relaxe. Não prenda teu gozo. Preciso ainda de mais um pouco esperma. Depois, te deixo em paz. Percival ouviu uma voz vinda de um outro canto da pequena sala onde estavam. Havia uma cadeira de rodas mo- derna e um cara magérrimo sentado nela. Ele exigiu: - Lembre-se de deixar também para mim. - Não tenha dúvidas, querido. Deixarei também para tua esposa. O mulato gozou na boca dela. Ela engoliu cada gota do seu sêmen. Depois, lambeu os lábios, querendo aproveitar o restinho. Aí o cara se aproximou dela e a puxou de perto de Percival. Parecia ter urgência. O detetive notou que, apesar de ter gozado, seu pau continuava duríssimo. Ficou incomo- dado quando o cara se curvou e começou a mamar no ca- ralho dele. O mulato sacudiu o corpo, querendo dificultar o trabalho do sujeito. A mulher de cabelos brancos advertiu: - Deixe-o te chupar, senão te aplico outro sedativo. - Tudo isso só para esse boiola me chupar? Não seria
  • 94. VIUVINHA94 melhor pagar uns putos pra vocês fazerem boquetes neles? - Talvez. Mas precisamos de você. - Disse a doutora. A médica esperou um pouco para que o padre conse- guisse uma gozada na boca. Depois, explicou: - Nós adquirimos uma doença degenerativa que está nos matando rapidamente. Precisamos de esperma humano para amenizar as dores que sentimos e adquirir novas forças. Mas isso está cada vez fazendo menos efeito. - E eu com isso? - Eu infectei as duas irmãs com um concentrado desse vírus. Elas têm apenas um dia de vida, se eu não lhe adminis- trar o antídoto. Você também está infectado, mas com uma quantidade ínfima do vírus. - E qual o propósito disso tudo? - Queremos que vá à Polícia Federal e liberte minha sósia. Ela é uma mistura de mim e de Lázaro. Tem as minhas habilidades e o instinto assassino dele. Se não conseguir res- gata-la, mate-a. Não a queremos nas mãos do inimigo. Eles têm métodos de tortura extraordinários. Podem obrigá-la a dizer onde e como nos encontrar. Você tem vinte e quatro horas pra fazer isso. É tempo suficiente para você planejar o resgate. Lembre-se de que cada minuto conta para que as duas irmãs recebam o antídoto. E tenha certeza de que esta- remos o tempo todo te vigiando. - É pouco tempo para planejar um ataque à sede da PF. Dê-me mais uns dias... - Um único dia a mais. Só isso. Vou aplicar o antídoto nelas, mas volto a inserir-lhes o vírus novamente, amanhã. Aí a doutora botou as mãos no rosto e começou a ge- mer. O padre Lázaro ignorou seu sofrimento. Estava impassí- vel. Quando a cientista parou de sofrer e retirou as mãos das faces, seu rosto estava mudado: parecia uns dez anos mais jovem. O assassino disse:
  • 95. EHROS TOMASINI 95 - Você voltou a estar linda. - Obrigada, paixão. Você já terminou? - Sim. Solte-o. Ele não nos atacará. Mostre-lhe minha esposa. - Acha que devemos? - Sim. Ele verá porque estamos fazendo tudo isso. - Dis- se o ex padre, fazendo a volta com a moderníssima cadeira de rodas, saindo da sala e fechando a porta atrás de si. A médica pegou um bisturi e cortou as cordas que prendiam o mulato com rara habilidade. Ele perguntou: - Que porra aplicou em mim? Ainda estou de cacete ereto e doido pra trepar. - Se você me prometer se comportar, te alivio dessa agonia. - Como fará isso? - Depois, verá. Antes, quero te mostrar uma coisa. Ve- nha comigo. Ele a seguiu até uma sala contígua. Lá, estava deitada numa cama uma mulher magérrima e desacordada. A dou- tora explicou: - Esta é a esposa de Lázaro. Faz mais de um ano que está em coma. Recebeu uma bala na cabeça que comprome- teu seriamente seu cérebro. Continua viva mas a bala ainda está lá. - Não seria melhor se vocês abreviassem seu sofrimen- to? - Lázaro não quer a eutanásia. Confia nas minhas ha- bilidades e nos meus conhecimentos médicos e científicos. Insiste que eu conseguirei salvar-lhe. Eu tenho me esforça- do. Fiz várias tentativas para reanima-la. Todas falharam. O vírus que temos no sangue complicou mais a situação dela. Eu também não quero morrer. Estou trabalhando dia e noite para descobrir a cura da rara enfermidade que temos. Encon-
  • 96. VIUVINHA96 trei um peixe raríssimo que achei que tinha poderes milagro- sos mas ele, ao invés disso, parece ter acelerado o processo da nossa morte. - Quem financia tuas experiências? - Muita gente: governos do Brasil e empresários do mundo todo, principalmente os dos Estados Unidos da Amé- rica. - Então, a falsificação de remédios populares aqui em Pernambuco é ideia tua? - Com a conivência do governador. Ele desvia dinheiro do Lafepe. Usa a grana adquirida com a venda dos remédios falsos para financiar uma rede de farmácias, e uma indústria de cadeiras de rodas ultramodernas, para vender no Exterior. Elas são caríssimas mas muito procuradas por milionários de todo o mundo. - Não seria mais econômico aplicar a fórmula que você descobriu para fazer as pessoas voltarem a andar? - Sim, claro. Mas a fórmula ainda está embrionária. Porém, já consegui grandes avanços. No entanto, o produto ainda tem falhas. Por isso, preciso de mais tempo. Não posso ser presa agora, entende? - Se você se entregar à Polícia Federal, poderá usar os laboratórios e a grana deles pra trabalhar na tua pesquisa. - Acha que a intenção daqueles escrotos é científica? Querem usurpar minhas pesquisas para vende-las a outros países, só isso lhes interessa. Já passei por essa situação. Gen- te da própria PF tentou me iludir com propostas de ajuda para depois roubar minhas experiências. Não caio mais nes- sa. E também não quero estar prisioneira de ninguém. - Mudando de pau pra cacete: a doutora Bauer que está presa na sede da PF é um clone? - Sim. Uma versão violenta de mim, infectada pela crueldade de Lázaro. - Mesmo assim, você parece gostar dele... - Ele e a esposa foram os primeiros a acreditarem no
  • 97. EHROS TOMASINI 97 meu trabalho. Financiaram minhas pesquisas por longos anos. Inclusive, eu e Lázaro chegamos a ser amantes. Mas ele sempre amou a madre. - Okay. Vou fazer o que me pedem. Mas não garanto trazer a clone viva. É muito difícil sair de lá de dentro. A se- gurança é severa. - Nós sabemos. Por isso precisamos da tua ajuda. Des- cobrimos que você tem amizade com os agentes mais peri- gosos deles. Será mais fácil entrar lá do que nós. Mate minha sósia e eu prometo aplicar o antídoto nas duas irmãs imedia- tamente. Pode fazer isso? Sei que é um assassino. - Não mato inocentes, só bandidos. Mas vou tentar tra- zê-la com vida, sim. Inesperadamente, a doutora lhe beijou os lábios. Pare- cia agradecida mas o mulato achou que era mais que isso. Teve a certeza quando ela pegou em seu caralho ainda pul- sante. Ele continuava totalmente nu. Ela tirou imediatamen- te toda a roupa branca que vestia. Agarrou seu caralho com urgência e o apontou para a racha. Enfiou-se nele, de pé, no meio da pequena sala que servia de quarto de hospital. Ele voltou a beijar-lhe os lábios. Eram doces e carnudos. Macios e gostosos de beijar. Ela correspondeu ao carinho enfiando- -se mais na peia dele. Gemeu arrastado, pois era apertadinha. Mas estava tão encharcada que logo o cacete entrou em sua total extensão. Ela tinha que ficar nas pontas dos pés para alcançar a boca dele. Ele a suspendeu nos braços e a encos- tou na parede. Imprensou seu corpo contra o cimento e fê-la gozar pela primeira vez. Ela o puxou pela mão e deitou-se sobre uma mesa de tampo de vidro que tinha naquele am- biente. Suspendeu as pernas, demonstrando grande forma física. Apontou sua pica de novo para a vulva encharcada. Ele a retirou dali e parafusou no cu dela. Ela gemeu: - Por aí, não, querido. Faz tempos que não dou meu buraquinho. Nem mesmo tinha sexo vaginal nesse período.
  • 98. VIUVINHA98 Só me interessava em chupar caralhos, para me alimentar do seu leitinho. - Eu gosto de cu. Fodo bucetas só por distração. Às ve- zes, pulo até as preliminares... - Não. Façamos o seguinte... Ai! Ele havia metido só a cabeçorra em seu cu. Pediu: - Continue falando... - Eu... prometo te dar... meu buraquinho... quando você... Aiiiiiiiiii. Ela estava ofegante e ele aproveitou enquanto a douto- ra falava para lhe enfiar mais o enorme caralho no cuzinho apertado, sem cuspe. O mulato retrucou: - Não. Eu quero agora. E quando voltar, vou querer de novo. Senão, não há acordo com vocês. - Não acredito que deixaria as duas irmãs mor... Uuuuuuuuuiiiiiiiiiii. - Se eu voltar e elas tiverem morrido, juro que chamo Cassandra aqui para, juntos, arrombarmos tu cu antes de te matar. - Não. Não. O homenina é violento e iria mesmo me arromb... Aaaaaaaaaaaaaar... - Isso mesmo. Agora, eu é que digo pra você relaxar. Já entrou tudo. - Uuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhh... então... mete... mete... bem... gostosooooooooooooooo... A médica gozou, dessa vez pelo cuzinho. O mulato des- pejou uma enorme quantidade de porra dentro do rabo dela. FIM DA DÉCIMA PARTE
  • 99. EHROS TOMASINI 99 Viuvinha - Parte 11 Quando o mulato parou de lhe foder o cu, a médica conti- nuou agoniada, sem fôlego. Disse com dificuldade: - Estou cada vez pior da saúde. Antes, conseguia dar várias fodas seguidas sem ficar resfolegante. Agora, só falto morrer com falta de ar. - Desculpe, não consegui me conter. Ainda bem que o caralho murchou. Já estava ficando de cacete dolorido de tanto tesão. - O Sangue... de Cristo... é melhor... que Viagra. Não causa... problemas ao... coração - disse ela - mas provoca de- pendência. - Eu abomino drogas. - Entendo. Eu também não gosto. Mas essa enfermi- dade tem um lado bom: todo dia tenho que estar com um caralho na boca. - Disse ela, já recuperada da má respiração. - Não faz estoques?
  • 100. VIUVINHA100 - Fazia. Mas descobri que, mesmo as ampolas guarda- das em geladeira, o esperma contido nelas perdem seu efeito rápido demais. Então, é melhor coletar “in loco”. - O ex padre gosta de chupar machos? - Detesta. Deu trabalho convencê-lo a botar um pau alheio na boca. Mas depois admitiu que o efeito do sêmen colhido diretamente do caralho é mais duradouro. No entan- to, ele costuma matar o doador assim que a quantidade de esperma deste diminui. - Então, preciso ficar atento ao cara. Mas agora eu gos- taria que aplicasse o antídoto nas irmãs, como prometeu. - Eu farei isso. Antes do Lázaro aparecer aqui, porém, deixa eu te dizer uma coisa... - Diga. - Se não conseguir libertar minha sósia nem mata-la, não volte. Lázaro odeia quem falha. E eu não conseguiria im- pedi-lo de assassinar as meninas. - Por que está me ajudando? - Eu não sou má, meu garoto. Você também parece ser uma boa pessoa. Eu queria ter menos idade e não estar do- ente. - Quantos anos você tem? - Eu sou de um tempo em que as mulheres escondiam, a todo custo, a sua idade dos homens. Mas acredite que sou bem mais velha do que aparento. - Você me parece uma bela mulher de uns trinta e cinco anos. - Obrigada, mas... Aí o padre entrou na sala com sua cadeira de rodas. Perguntou: - E então, já sabe porque apoio a doutora? - Amar tua esposa não te faz um sujeito melhor - res- pondeu o mulato, ainda nu. A médica se vestia. - Vejo que já aliviou o tesão. Sinal de que concordou em
  • 101. EHROS TOMASINI 101 resgatar a clone da doutora? - Sim. Mas não garanto trazê-la aqui com vida. - É o bastante se mata-la. É um clone defeituoso. Muito rebelde. Faz o que quer. E sabe que está morrendo. Por isso é tão revoltada. Não nos tem utilidade. - De todo jeito, é uma vida humana. - Nós não vemos assim. O fato é que posso clonar a doutora Maria de novo, quantas vezes quisermos. - Então, por que não clona tua mulher? - Tentamos várias vezes. As cópias dela não vivem por muito tempo. Quando muito, uns dois ou três meses. Depois, morrem já adultas. - Bem, eu vou vestir-me e ir embora. - Não tão depressa. - Afirmou o assassino - Maria vai te aplicar um sedativo e depois te deixar de táxi perto da sede da PF. Antes, você vai ligar, na minha frente, e marcar com teus amigos pentelhos um encontro lá. - Ok. Dê-me meu celular que estava no bolso da minha calça. Pouco depois, já vestido, o mulato ligava para a agente Cassandra. Quando ela atendeu, disse com ironia: - Oi, já está com muita saudade de mim? Ou aconteceu alguma coisa que não sei? - Conseguiram fazer a doutora falar? - Ainda não. Ela é resistente, mas vamos lhe quebrando aos poucos. - Eu tenho uma forma de conseguir o que querem. Dei- xe-me interroga-la. - E o que você faria que nós não podemos fazer? - Concorde que eu tenha uma breve entrevista com ela e saberá. - Okay, baby. Vou falar com Cassandra. Não se afaste do telefone, ouviu?
  • 102. VIUVINHA102 Não demorou cinco minutos e ela ligou de volta: - Tudo bem, amore. Meu irmão concordou. Mas terá que interroga-la na nossa presença. - Zero bronca. Chego já aí. Quando desligou, o ex padre lhe pediu o celular de vol- ta. Disse: - Irá sem ele. Não quero que ligue para ela, no meio do caminho, alertando-a sobre as duas irmãs. - É justo. Mas como eu faria isso se vou estar sedado? - Nunca se sabe. Eu consigo escapar de situações pio- res. Você pode ser capaz de fazer o mesmo. Portanto, não vou arriscar. Mas você está agindo bem. Enganou a puta morena com muita habilidade. Continue assim e até poderemos ser amigos. - Sem essa. Não me junto com certos tipos de gente. O ex padre fechou a cara, mas não retrucou. Percival viu uma sentença morte estampada em seus olhos. Sorriu intimamente. Tudo estava saindo como ele havia planejado enquanto fodia a doutora. - Já tem um plano de resgate? - Perguntou o sujeito, depois de respirar fundo. - Sim. - E um plano de fuga? - Idem. - Qual? - Não vou te dizer. Guarde bem meu aparelho. Vou quere-lo intacto quando voltar. - Terá. Prometo. O mulato facilitou o ombro. A médica já estava vesti- da e com uma seringa com sedativo na mão. O ex padre, no entanto, disse: - Aplique-lhe o sonífero quando ele estiver no táxi.
  • 103. EHROS TOMASINI 103 Você não gostaria de carrega-lo até lá e sabe que eu não pos- so fazer esse esforço. - Bem pensado, amor. Lázaro foi seguido pelo casal, de perto, até o carro. O negro sentou-se no banco de passageiros, ao lado do moto- rista, e ela lhe injetou o sedativo. Ele logo arriou na cadeira. O ex padre alertou à mulher: - Vá, mas não se aproxime muito da sede da Polícia Fe- deral. - Espero ele voltar, para lhe facilitar a fuga? - Não. Deixe ele se virar. De qualquer forma, vou ma- ta-lo assim que cumprir sua missão, resgatando ou não a tua cópia defeituosa. Ele também não saberá voltar aqui. Nós o trouxemos desacordado e ele sai também desmaiado. Não conseguirá nos achar sem ver o caminho. Depois, eu mando alguém mata-lo, seja no apartamento dele ou no das irmãs, onde o pegamos na frente. - É necessário mesmo assassina-lo? - Por quê? Você gostou dele? - Sim. Ele me lembra alguém que conheci há muito tempo. - Sem sentimentalismo. Precisamos preservar as nossas vidas para você continuar tuas pesquisas. É pena que aque- le peixe estranho que você roubou da vila de pescadores(*) morreu sem que você tivesse encontrado utilidade para ele. E deixe esse táxi lá e pegue outro para vir embora. Esse é rou- bado. Mesmo se a Polícia investigue, nunca chegará ao dono pois já o matamos e enterramos. - Você o matou e enterrou, não nós. - Você está ficando mole. - A idade e a doença implacável me fizeram repensar muitas coisas. Mas deixe-me ir embora. Quanto mais cedo resolvermos o caso da minha sósia, melhor.
  • 104. VIUVINHA104 ******************************************** Quando Percival acordou, viu que estava no mesmo táxi, perto da sede da PF. Ainda estava zonzo. A chave do carro estava na ignição. Ele a retirou e guardou no bolso. Re- compôs-se e entrou no prédio federal. Identificou-se ao cara da portaria que ligou para Cassandra. O sujeito disse, depois: - Cassandra autorizou a tua permanência no prédio. Alguém vem te buscar. - Qual Cassandra, a morena ou o boiola? - Estou vendo um inchaço na tua cara. Foi coisa de boiola? - Vai te foder. O cara riu. Um agente veio, assim que o elevador abriu as portas. Chamou o mulato: - Detetive, vamos subir. Quando Percival entrou no elevador, este se apresen- tou: - Agente Samuel. Está armado? - Não. - Posso te revistar? - Claro. Pouco depois, a morena Cassandra o beijava na boca. Estava ao lado de Santo e do irmão. O homenina não lhe res- pondeu o cumprimento. O mulato não demonstrou ter fica- do incomodado com isso. Estavam diante da clone de Maria Bauer, que estava algemada a um catre. Parecia cansada ou doente. - Posso falar com ela agora? - Perguntou o detetive. - Pode - respondeu o homenina.
  • 105. EHROS TOMASINI 105 O mulato caminhou resoluto em direção à mulher de cabelos branquíssimos e, de repente, quebrou-lhe rapida- mente o pescoço. O homenina rosnou: - Puta que pariu. Vou foder esse cuzão... O agente partiu para cima do mulato, de punhos arma- dos para lhe dar um murro. Soltou o soco em direção ao de- tetive. Este bloqueou o golpe com uma mão e retribuiu com o punho também cerrado. Planejara isso desde onde estivera prisioneiro. Previu que justamente o homenina iria atacá-lo, quando matasse a mulher. Por isso, se preparou pra receber o tijolaço. Depois de bloquear o golpe, Percival deu-lhe um murro tão potente na testa que o homenina voou uns três metros e caiu com todo o corpo no chão. Não mais se le- vantou. Santo não se moveu. A irmã de Cassandra também. O agente que o levou até ali finalmente reagiu ao espanto e puxou a arma da cintura. Apontou-a para o detetive. Percival disse: - Agradeço a compreensão de todos vocês. Mas agora tenho pressa. - O que está acontecendo? - Perguntou a morena, sem dar atenção ao irmão caído. O mulato explicou tudo rapidamente. Eles ficaram im- pressionados. O agente continuava de arma apontada para Percival. Santo disse: - Guarde a arma, Samuel. Não precisará dela. - Mas... ele bateu no chefe!!! - Apenas revidou uma porrada que meu irmão lhe dera antes, agente. Isso sai na urina. Temos urgência em prender o padre. Você sabe onde esteve prisioneiro, Percival? - Não. Mas eles deixaram o táxi aí na frente. Temos a placa. - Pode ser um carro roubado, amore. - Sim, sim... mas eles ficaram com meu celular. Ele tem
  • 106. VIUVINHA106 rastreador. Podemos localizar o endereço da casa onde fiquei. Só precisamos de um computador que tenha o programa de rastreamento. - Todos têm - disse Santo, sentando-se diante de um notebook. Para o azar deles, não era possível rastrear o aparelho. Ele estava incomunicável. - O filho da puta deve ter descoberto o GPS e destruiu teu celular, cara - disse o agente Samuel. - Tudo bem. Entre no site da Polícia. Eu vi que tem vá- rias câmeras guardando a sede. - Bem pensado - disse Santo, mexendo no teclado. Di- gitou uma senha e o site de vigilância do Detran abriu. Ele projetou as imagens do computador para uma grande tela que tinha na sala. Depois, voltou as gravações de uma das câmeras. Viu o táxi abandonado na frente da sede da PF. - Volte mais um pouco - pediu Cassandra. - Ali. É a doutora Bauer saindo do táxi. Mas... - Disse o agente Samuel, espantado. Ele olhou para trás e a sósia dela continuava lá, algemada e de pescoço quebrado. - A que pegamos é mais uma sósia da filha da puta da doutora. Por isso a matou? - Sim. Principalmente porque ela é uma cópia progra- mada para matar a sangue frio, já que sabe que morrerá em breve por ser um clone defeituoso. E nós temos que localizar o padre o quanto antes. As irmãs correm risco de morte. - Ok, amore. Santo, vá voltando as imagens e seguindo o táxi até sabermos de onde ele veio. Espero que as câmeras cubram todo o percurso. - Disse a morena. - Tenho uma ideia melhor - Falou Santo - Vou seguir as imagens da doutora depois que ela saiu do táxi. Vejamos se ela pegou outra condução. A médica havia parado outro táxi que passava por ali
  • 107. EHROS TOMASINI 107 logo depois. Anotaram a placa do veículo. Santo pesquisou no site do Detran e encontrou o nome do proprietário: era uma empresa de teletáxis. Uma das câmeras havia capturado o número da empresa, estampado na porta do carro. Cassan- dra ligou para o telefone escrito na lateral, identificou-se e pediu para a atendente devolver a ligação. Quando a moça o fez, ela atendeu ao aparelho antigo que tocava na sala: - Alô? - Eu sou a atendente do Teletáxi. A senhora pediu para eu ligar. Está confirmado o número da PF. O que a senhora deseja? - Obrigada, amor. Eu quero o celular do taxista que di- rige o carro cuja placa eu vou te dizer o número agora... Pouco depois, a voz feminina retornava. Disse para a agente: - Pronto, senhora. Coloquei-o na linha. Se ele tiver pas- sageiro, este não poderá ouvir a conversa pelo rádio. - Obrigada. Você é um amor. Era isso mesmo que eu queria. O taxista atendeu. Ela falou: - Aqui é a Polícia Federal. Disfarce e responda à per- gunta: ainda está com uma passageira de cabelos totalmente brancos ao teu lado? - Sim, senhora. Estou com uma passageira. - Okay. Continue disfarçando. Ela é perigosa. Estamos à sua procura há tempos. Assim que a deixar no endereço que ela pediu, ligue de volta para mim e diga-me onde a deixou, entendeu? - Sim, senhora. Vou deixar a cliente em casa e te ligo de volta. Vai me esperar? Está bem. Vou perguntar à passageira onde ela vai ficar. Espere um pouco. - Apenas dirija. Não vou te dizer aonde vou. Mas já es- tamos perto - disse zangada a médica.
  • 108. VIUVINHA108 - Aguarde só uns dez minutos mais, senhora. - Conti- nuou fingindo o taxista ao celular - Depois, se eu demorar, pegue outro táxi, está bem? Vou ter que desligar. Celular me tira a atenção do trânsito. Assim que o cara desligou, a morena Cassandra disse: - Preparem uma equipe, a melhor que dispomos. Hoje, pegaremos aquele trio diabólico. Vem conosco, amore? - Sim. Mas não me responsabilizo por meus atos se eles tiverem matado as irmãs. - O que faremos com o chefe? - Perguntou o agente Sa- muel. - Deite-o num sofá e deixe-o dormindo. Meu irmão está muito cansado. Pouco depois, a equipe de federais prendiam o trio numa residência modesta em Boa Viagem. O taxista esper- to havia dado exatamente o endereço onde deixara a mulher de cabelos brancos. Doente e fraco, o ex padre não ofereceu resistência. A médica Maria Bauer, no entanto, negou-se a aplicar o antídoto nas irmãs, com raiva do mulato ter-lhes denunciado. Cassandra não se aperreou. Disse para o mulato: - Não se preocupe. Acho que sei o que essa galinha in- seriu no sangue das meninas. Santo tem um pequeno estoque do composto esverdeado que ela aplica nos machos para se alimentar de porra. Deve haver uma relação entre as drogas. Levem essa piranha. E os outros, também. Encontraram mais alguém na casa? - Não, senhora -, respondeu alguém da equipe - mas encontramos roupas jovens em dois armários. Deve haver outros clones por aí. - Nós os encontraremos. Depois de dar mais algumas ordens, a agente federal virou-se para Percival. Disse-lhe:
  • 109. EHROS TOMASINI 109 - Estou orgulhosa de você, caralho. Além de haver tido a coragem de peitar meu irmão, matando uma prisioneira sob a guarda dele, teve sua revanche e promoveu a captura desse trio, que por anos foi a pedra em nosso sapato. Merece uma bela foda por causa disso. - Está me convidando para algum motel? - Dessa vez, não. Quero te levar para a minha casa em Olinda, topa? - Estou preocupado com as duas irmãs. - Elas estão em boas mãos. A tal de Viuvinha, também. As três ficarão um tempo internadas na própria PF. Eu, pes- soalmente, prometo acompanhar a evolução do tratamento delas. Por conta destas excelentes prisões, eu ganho alguns dias de férias. Gostaria de goza-las contigo, literalmente. - E quanto a Cassandra? - De meu irmão, cuido eu. Estou adorando ele ter per- dido aquela briga pra ti. Vai ficar puto ao saber que eu e você estaremos juntos. Vai me xingar pra cacete, mas eu aguento. - Está bem. Fico contigo. Mas com uma condição: não faremos sexo violento. Eu não gosto. Não teve jeito. Nem bem chegaram à casa dela, a more- na o surprenedeu logo assim que lhe deu uma taça de vinho caríssimo, dizendo que queria fazer um brinde à prisão do ex padre e das duas mulheres, suas companheiras. Percival sorveu a taça de um só gole, como ela pediu. o mulato logo se sentiu estranho. Percebeu tarde demais que havia sido do- pado. Caiu sentado no sofá, lutando contra o efeito da droga ingerida. Ela ria. Quando recuperou os sentidos, o mulato estava com esparadrapo tapando sua boca e algemado à uma cama. Seu corpo estava disposto em xis e ele estava totalmente nu. Ela também estava nua e se deliciava com uma taça de vinho ge- lado. Disse para ele:
  • 110. VIUVINHA110 - Ainda bem que despertou rápido, amor. Eu menti. Sexo sem violência não tem graça para mim. Então, vou te torturar até matar a minha vontade de foder bem muito con- tigo. Vamos começar? Não precisa responder, se não quiser. O mulato a olhava com ódio. Acreditava que ela o havia dominado à espera do irmão que iria querer se vingar dele. Já era noite e ela bebia à luz de velas. O quarto estava decorado para um encontro amoroso, cheio de pétalas de rosas espa- lhadas pela cama e pelo chão. Havia uns palitos de incenso queimando num canto, perfumando o ambiente. Ela retirou uma vela acesa do castiçal e pingou a cera quente no peito dele. O mulato não gritou. Imediatamente, ela derramou um pouco de vinho no local e lambeu ali. Repetiu o ato várias vezes. Algumas delas, pingando no mesmo local de antes. Dessa vez o mulato gemeu. Ela sorriu. Arrancou-lhe o espa- radrapo da boca. Sem pressa, terminou de beber a taça de vi- nho. Então, abriu uma gaveta do guarda-roupa e retirou de lá uns apetrechos sexuais. Colocou alguns sobre a cama, entre as pernas abertas de Percival. No meio dos brinquedos, havia uma espécie de pênis de plástico inflável que media cerca de um metro, com os dois lados rombudos. Percival arrepiou-se, quando viu o objeto. Sabia para que ele servia. Ele disse: - Aconselho a não continuar. Posso me livrar facilmen- te destas algemas. - Du-vi-de-ó-dó. Vou foder teu cu ao mesmo tempo que foderei o meu. Meu irmão também sempre fugiu desse tipo de sexo. Isso me deixou querendo ainda mais. - Não ouse. Não tolero esse tipo de coisa. Nem preciso te dizer que sou macho pra caralho. - Du-vi-de-ó-dó! Depois que eu te enfiar essa trolha no cu, tenho certeza de que irá gostar. - Disse ela, enfiando uma das pontas do tubo flexível e inflável na buceta. Quando en- trou a metade, ela lambuzou as pregas do mulato com cuspe. Depois, apontou o outro lado do tubo para o cu dele.
  • 111. EHROS TOMASINI 111 Foi quando o Percival fez um movimento rápido e poderoso, puxando as quatro algemas com força. Para sua surpresa, todas se abriram facilmente ao mesmo tempo. Es- tavam já abertas. Ela deu uma sonora gargalhada, zombando dele. O mulato ficou irado. Agarrou-a pelos cabelos e jogou-a de cara na cama. Ela ainda ria-se a valer. Ele ficou mais irrita- do ainda. Nem lubrificou a peia. Meteu-a até o talo na bunda dela, de uma única fincada. Ela empinou mais a bunda. Ele copulou seu ânus. Ela ria e gemia de prazer ao mesmo tempo. Forçou mais a bunda contra o enorme caralho dele, até que ficou numa posição que podia masturbar a xana, enfiando e retirando o tubo plástico da vulva. Gozava pela frente e por trás ao mesmo tempo. Ele bombeou a pica sem pena. Ela sor- ria, repetindo: - Ih, nem está doendo. Ih, não está doendo... soca mais forte, amor. Ele urrava de tesão, fodendo o cu apertado dela. Ela gozou várias vezes, depois caiu de cara na cama. Estava pros- trada. Mesmo assim, ainda repetia: - Ih, nem doeu. Ih, tu tens um pau mixuruca... nem... gozei... porra.... E caiu de cara no lençol, desmaiada mas com um sor- riso feliz no rosto. FIM DA DÉCIMA PRIMEIRA PARTE. (*) Ver a série O Homem Que matou Mona, deste autor.
  • 112. VIUVINHA112 Viuvinha - Parte 12 Anoite foi longa. Por volta das dez da manhã, o mulato despertou com um barulho vindo da sala. Retesou os músculos. Acordou a morena. Esta disse, ainda de olhos fe- chados, destruída: - Sem problemas. Deve ser meu mano. Ele tem a chave. - Puta que pariu - sussurrou o mulato - o cara vai me pegar mole de tanto trepar contigo. Vou levar uma surra do caralho. - Relaxa, negrão. Não vou deixar ele bater em tu. Mas deve ter acontecido algo importante para ele vir aqui a essa hora. Sabe que me acordo depois do meio dia. - Mas estamos nus... - Ainda cochichou ele. - E daí? Pior seria se ELE estivesse. Tu iria ficar de cu ardido, como eu. O homenina gritou da sala:
  • 113. EHROS TOMASINI 113 - Mana, temos problemas. Vista-se e vamos pra sede de PF. - Já vou. Aliás, por que não vem aqui? Sabe que não ligo se me ver nua... Ele caminhou até o quarto que estava de porta aberta. Começou dizendo: - Não vim porque você costuma estar acomp... Ih, é tu, seu bosta? - Que é? Vamos brigar de novo a esta hora da madru- gada? - Já são mais de dez da manhã, seu puto. - Ah, olha quem me chama de puto! Quisera eu, ter esses dois peitões. A morena colocou as mãos cobrindo o rosto. Não que- ria nem ver o estrago que seria a nova briga entre os dois. O homenina, no entanto, aproximou-se de braço estendido. Oferecia a mão para o mulato apertar: - Toca aqui, fodão. Vim dar os parabéns a vocês. Captu- raram a tropa toda do padreco. Só fiquei arretado porque não me chamaram pra ir junto. - Depois conversaremos sobre isso, mano. Tive meus motivos. E tu, negrão, aperta logo a porra da mão dele e se veste pra gente ir embora. - Eu? Não trabalho pra vocês. Vão sós. Vou dormir mais um pouco. - Não vai querer saber das tuas amigas? - Perguntou o federal, depois de ter apertado a mão do mulato. Não parecia chateado. - Percival relaxou com aquela atitude. Porém, apertara a mão estendida esperando ser um truque do outro para dar- -lhe um murro. Mas estava enganado. O cara não foi agressi- vo. Percival perguntou: - O que houve. Aconteceu algo a elas?
  • 114. VIUVINHA114 - Indiretamente. Mas conversamos a caminho. Já no carro e em direção à sede da Polícia Federal, o homenina explicou: - O padre negou-se a tomar porra cedida pelos agentes. Faleceu hoje de manhã cedo. - Faleceu? Puta que pariu - disse o casal ao mesmo tem- po. - Faleceu. Não se suicidou, como da outra vez. - Caralho. Por essa eu não esperava - disse a morena. - Então o cara estava bem doente mesmo. - A médica segue o mesmo caminho. Não quer tomar a nossa porra para preservar sua vida. Mas pediu para cuidar da tal Bárbara, amiga do cara aí atrás. - Eu falo com a mulher dos cabelos brancos. Acredito que a convencerei a tomar a minha porra. - Disse Percival. - Agradeço. Ela mandou mesmo te buscar. Disse que queria falar contigo. Mas não aconselho. Aquele trio é ardi- loso. Pelo que os agentes me disseram de como foi efetuada a prisão, ela deve estar querendo te foder. - Eu me garanto com ela. Podem deixar. - E a esposa do padreco? - Perguntou a morena. - Do mesmo jeito. Está em coma. Conseguimos dar “leitinho” a ela porém não houve reação. Quando chegaram à sede, os policiais foram recebidos por um agente com uma má notícia: a esposa de Lázaro tam- bém havia falecido assim que ele saiu. O homenina falou pra irmã: - Devem ter ingerido algum veneno antes de serem presos. Só pode ser isso. - Eu não acredito. Eles não esperavam que eu os traísse - afirmou o mulato. Quando chegaram defronte à sala onde ficava os cárce-
  • 115. EHROS TOMASINI 115 res da PF, Percival pediu: - Deixe-me falar a sós com ela. Se houver escutas na sala, desliguem. - Tem assistido muitos filmes policiais americanos, seu bosta. Aqui, não existe dessas coisas. - Melhor assim. - Disse o detetive, afastando-se para que abrissem a porta eletrônica da cela da médica. Quando ficaram a sós, ela o beijou na boca. Ele não esperava por isso. Depois, correspondeu ao beijo. Ela já tinha a aparência de uma senhora. Perdera a juventude e a beleza em pouco tempo. Perguntou a ela: - O que queria falar comigo? - Eu fiz um trato com a tua amiga Bárbara. Prometi fazê-la andar até seus últimos dias, se ela me matasse quando eu terminasse de cuidar dela. Mas isso foi antes de Lázaro e a esposa dele morrerem. Não quero mais ser assassinada. Ao menos, não antes de me deixarem dar uma olhada no corpo dos dois. Os federais não atenderam a esse meu pedido. - O que quer que eu faça? - Dê o recado à Bárbara: não precisa mais me matar. Depois, convença à Polícia a me deixar ver os corpos dos meus amigos. - E quanto às minha duas amigas, as irmãs que vocês capturaram e infectaram com o vírus? - Eu menti. Não existe tal vírus. Lembre-se que eu sou médica. Minhas pesquisas são para salvar vidas, não para ti- rar. Errei em te convencer de que as meninas corriam peri- go. Eu lhes tinha aplicado apenas um sedativo. Logo, estarão bem. Pode acreditar. - Como posso ter certeza? - Peça aos médicos daqui para dar uma olhada nelas. Apliquem-lhes um revigorante. Verá que tenho razão. - Por que resolveu se matar, aliás, pedir para Bárbara
  • 116. VIUVINHA116 te matar? - Deixe-me dar uma olhada nos cadáveres. Prometo te dizer. Mas terá de fazer duas coisas por mim. - O que quer? - Primeiro, mamar no teu caralho. O sêmen que tão gentilmente me ofereceram na boquinha não serve para mim. Tem que ser o teu ou o de Santo. - O de Santo? Por quê? - Prometo te contar isso depois. Mas você não pode deixar que ninguém saiba do que vou te dizer, está bem? - Vai confiar em mim? - Sim. Eu sabia que você iria nos trair. Contava com isso. - Como é que é? - Estamos... perdendo... tempo. Já estou... ficando can- sada de novo. Preciso... da tua... porra. Ele botou o caralho pra fora. Ela, no entanto, disse: - Não. Tem que se aplicar... o líquido... esverdeado. Dei... seringa e... umas ampolas... a Bárbara. Depressa... O mulato saiu apressado da cela. Cassandra perguntou: - O que houve? - Não posso dizer agora. Fiz um trato com ela. Levem- -me à sala de Bárbara. Depressa. O agente Samuel fez o que pediu. Bárbara assustou-se quando o viu entrar afobado. Ele disse: - Dê-me depressa as ampolas do líquido esverdeado. E a doutora Bauer pediu que eu te dissesse que não cumprisse mais a ordem dela. Depois converso contigo. Pegou as ampolas que a loira lhe deu, encheu uma se- ringa, escondeu-a e correu de volta para onde estava encar- cerada a médica. Ia aplicar o líquido nela quando a senhora
  • 117. EHROS TOMASINI 117 pediu: - Não. Em mim, não... aplique... em você. Ele fez isso rápido. Conseguiu não gritar de dor. Quan- do melhorou, ela pediu seu caralho na boca. Já estava duríssi- mo. A médica mamou gulosamente nele. Pouco depois, nem parecia estar doente. Disse: - Obrigada. Vou querer mais, depois. Antes, tente con- vencer os federais a deixarem que eu veja os corpos. Percival guardou segredo do que tinha conversado com Maria Bauer, sobre o líquido esverdeado, como prometera. Demorou, mas conseguiu convencer os irmãos Cassandra a deixarem que a doutora examinasse os cadáveres. Afirmou não saber o porquê desse pedido dela. Por fim, a revistaram e deixaram ela ver o que queria. A doutora Bauer saiu do ne- crotério onde estavam os dois cadáveres muito satisfeita. Até sorria. Os policiais ficaram desconcertados. De volta à cela, a médica disse: - Podem preparar a moça para o tratamento. Vou pre- cisar de vinte litros de sangue compatível com o dela. Agora, me deixem em paz. E a médica adormeceu quase que imediatamente. Cassandra insistiu com Percival, mas este não falou do composto verde que havia ido buscar com Bárbara. Não que- ria que o líquido caísse nas mãos da Polícia. Ela tinha razão em não confiar neles. Percival também não confiava. Mas queria falar com Santo. Deu um tempo e foi ter uma conversa particular com ele. O cara o chamou para um bar. Parecia sa- ber do que ele queria falar. Pediram duas cervejas longnecks antes do bonitão perguntar: - E aí, o que está rolando? - Fiquei encucado com o que a doutora me disse: que
  • 118. VIUVINHA118 você tem um estoque do líquido esverdeado criado por ela. - Eu tenho, sim. Ela me deu algumas ampolas que eu uso de vez em quando em mim, quando quero foder por mais tempo. - Por que não as cedeu para a PF? - Eu cedi. Mas cedi de um estoque antigo que apreen- demos dela há anos. Ela me orientou a fazer isso. - Como é que é? - Ela não te disse que sou filho dela? - Puta que pariu! A PF sabe disso? - Acho que não. Mas os irmãos Cassandra, meu pai, o taxista de quem tomo o carro emprestado e o Açougueiro, sabem. - Quem são essas pessoas? - Juntos, formam a nossa equipe de combate ao crime. Se continuar trabalhando conosco, irá conhecendo os caras aos poucos. Ainda tem um escritor, um tal de Tomasini, que nos conhece bem. Mas esse só trabalhou uma única vez co- nosco. É um negro que parece contigo. Ou tu pareces com ele, pois és mais jovem. - Eu pretendo me aposentar, logo que termine esse caso. Já tenho grana bastante para isso. - Felizardo. A PF não nos paga tão bem mas gostamos do que fazemos. - Entendo. Me conta essa história da médica ser tua mãe. - Eu não tenho bem certeza. Meu pai é fechadão, não fala sobre isso. Mas descobri que tenho o líquido verde nas veias desde que fui criado num convento de freiras. - De freiras? - Sim. Eu achava que o padre Lázaro era meu pai e a madre superiora era minha mãe. Depois, descobri que meu pai havia tido caso com as duas. O convento me recolheu das ruas ainda criança, magro e doente. Estava à beira da morte. A médica me recuperou usando o líquido esverdeado. Cresci
  • 119. EHROS TOMASINI 119 como garoto de programa da Igreja. A Ordem das Irmãs de Maria Madalena ganhava uma nota preta em doações para freiras, padres e até evangélicos transarem comigo. Também tinha várias grã finas que me usavam para sexo. Essas eram as financiadoras das experiências da doutora Bauer. - Você não a chama de mãe? - Não. E não gosto dela. Ela usa as pessoas. Mas sempre cumpre o que promete. - Ah, bom. Ela me deu umas ampolas para me auto aplicar, sempre que for ceder porra a ela. Acha que devo fazer isso? - Faça, cara. Ela me disse que pode fazer tua amiga loira andar. Acredito nela. Tua fórmula do Sangue de Cristo deve ser mais atual que a minha. Significa que é menos concentra- da. Posso dar uma olhada? O mulato tirou o frasco do bolso, acondicionado num recipiente que mantinha o conteúdo resfriado por vários dias. O moreno deu uma olhada demorada. Depois, sacou do bol- so um recipiente idêntico e comparou os dois líquidos. O dele era de um verde mais escuro. Mostrou a diferença ao mulato. Este concordou com o argumento dele. Percival perguntou: - Pretende deixa-la permanecer trancafiada? - Sim. Você não? - Então, fiquem de olho nela. Ela saiu do necrotério da PF sorrindo. Isso não é normal. - Ela deve ter um plano de fuga. Confesso que não me preocupo tanto com ela. O padre era o mais perigoso. Dei graças a Deus ele ter se fodido. - Cassandra disse que ele costuma ressuscitar. - Eu não acredito nessa história. Sempre achei que quem morria eram os clones dele. Ele já usou muitos. - Faz sentido. Mas repito que ela estava muito confian- te. - Que se foda. Vamos beber e comemorar a prisão de-
  • 120. VIUVINHA120 les. Se fugirem, um dia o recapturaremos. Gosta da morena? - Qual delas? - A policial. É mais bonita do que as tuas amigas, não acha? - Porra, aquela mulher é doida! O moreno bonitão deu uma risada. Disse: - Ninguém passa muito tempo com ela, cara. Na maio- ria das vezes, dão uma única chibatada e somem. - Eu escutei isso - ouviram uma voz feminina dizer. - Oi, Cassandrinha. Toma umas com a gente? - Pergun- tou Santo. - Vim pra isso. E pra dizer a vocês que fui promovida. Vou ter a minha própria equipe. Briguei com meu irmão e ele não quer ceder nenhum de vocês. Alguém se voluntaria? Os dois homens a abraçaram ao mesmo tempo. Ela exigiu um beijo na boca aos dois. Santo foi menos efusivo. O mulato a beijou com mais gosto. O moreno bonitão per- guntou: - Como foi tua briga com Cassandra? - Olha, desde criança que meu irmão me protege. Che- gou a assumir a minha identidade, porra. Poucas veze me dá uma missão solitária, como dá a todo mundo. Parece não confiar em mim. Então, cansei. Me chamaram para me para- benizar pela prisão do padre Lázaro e aproveitei para pedir uma promoção. Deram-me sem pestanejar. Implorei a Cas- sandra para dividir a nossa equipe e ele se arretou. Mandei-o se foder pela primeira vez na minha vida. Estou contente pra caralho com isso. Devo a força ao negrão aí, que o enfrentou sem nenhum cagaço. - Obrigado pela parte que me toca, mas a equipe de vocês é do caralho. Queria eu ter uma assim. - Pois eu te convido e a tua namorada para fazer parte da minha equipe. Que diz?
  • 121. EHROS TOMASINI 121 - Minha namorada? Qual delas? - Seu safado. Achei que só tivesse a mim! - Disse ela, rindo. - Depois, completou: - Eu sei que a loira Bárbara é afim de ti. As duas irmãs, também. Foi a primeira pessoa de quem perguntaram, logo assim que despertaram. Ah, antes que eu esqueça: acordaram e estão passando muito bem. O ferimento da... Marisa não mais infeccionou. Logo, ambas estarão indo pra casa. - Fizeram um checkup nas duas? - Sim. Como a doutora disse: estavam apenas sedadas. O exame de sangue não acusou nenhum vírus. - Ainda bem. - suspirou o negrão - Mas sente-se. Vai querer tomar o quê? - Pode ser porra dos dois? - Caralho! Tu só pensa naquilo, mulher. - Disse o mu- lato. Os três riram. Ela pediu Perignon da safra de 1955. O bar não tinha. Ela tomou cervejas com eles. No outro dia de manhã, Percival deixava as duas irmãs na casa da médica. Cinha agradeceu e disse que iria tirar um cochilo. Mas que não a acordassem para trabalhar, pois iria ficar mais um dia de folga. Então, o mulato achou por bem levar Marisa para o seu próprio apê. Ela foi contente. Já no carro, perguntou para ele: - Sabe cuidar de um ferimento? O meu não está total- mente sarado. - Sim, eu fui militar. Servi sob as ordens do capitão Bol- sonaro. - Mesmo? Puxa. Como era estar ao comando dele? - Deixa eu ficar calado. Não tenho coisas boas a dizer. - Vixe. Já não está mais aqui quem falou. Quando chegaram no apartamento do mulato, ele per-
  • 122. VIUVINHA122 guntou: - Posso dar uma olhada nos ferimentos? - Melhor não. Refizeram os curativos pouco antes de me liberarem. Amanhã você dá uma olhada. Também estou com soninho. O dia hoje foi todo de exames de saúde. Ufa! Percival não insistiu. Fez-lhe uma sopa saborosa e de- pois a botou para dormir. Deu-lhe um longo beijo nos lábios e voltou à cozinha para tomar o resto da sopa. Aí, as luzes do apartamento se apagaram todas. Ele olhou pela janela e tinha energia em outros blocos do edifício. Ficou tenso. Não esta- va armado. Rapidamente, pegou a panela com sopa quente e enfiou-se debaixo da mesa da cozinha. Esperou. Demorou um pouco a acostumar a visão ao escuro. Mas viu uma sombra armada entrar na cozinha. Ouviu três vozes diferentes cochichando. Todas masculinas. Depois, ou- viu Marisa gritar. Alguém lhe perguntou: - Onde está ele? Foi quando agiu. Jogou o pé contra a perna que viu por debaixo da mesa. Alguém gritou e caiu dom a cara perto dele. Ele jogou-lhe a sopa quente da panela. O sujeito gritou de dor. Percival tomou-lhe a pistola e atirou contra o rosto dele. Saiu debaixo da mesa e escondeu-se ao lado da porta aberta da cozinha, com a panela vazia na mão. Gritaram da sala: - Largue a arma e entregue-se ou mataremos a mulher. O mulato também gritou: - Ok. Vou jogar minha pistola pela porta da cozinha. E jogou a panela vazia. Ela fez barulho ao cair no chão. Alguém disse: - Voltem a acender as luzes.
  • 123. EHROS TOMASINI 123 Imediatamente Percival colocou a mão protegendo os olhos contra a claridade. Depois, atirou em direção onde ou- vira a voz. Alguém gritou de dor. Ele tirou a mão dos olhos e viu um cara ajoelhado ainda com uma arma na mão. Atirou novamente. Silêncio. Depois, ouviu Marisa gemer abafado. Alguém ainda estava no quarto com ela. O mulato desfez-se das sandálias esportivas que usava. Ficou descalço. Respirou fundo. Depois, caminhou resoluto para o quarto com a pistola apontada. Surpeendeu-se ao se deparar com o chefão da Agência. Ele estava posicionado por trás da sua parceira Marina. O cara disse: - Largue essa porra de arma ou eu a mato. - Se matá-la, ficará à descoberto. Aí, eu te mato. O mafioso foi pego de surpresa. Pensou um pouco, de- pois disse: - Está bem. Só vim conversar. Não atire. Eu vou... Recebeu uma cabeçada pra trás, dada pela detetive, que lhe acertou o nariz. Ela virou-se rápido e deu-lhe um golpe de caratê, acertando a carótida do cara. Pegou a arma dele em pleno ar e apontou-a para a testa do sujeito que levara a mão à parte atingida. Engatilhou a pistola. Percival gritou: - Não! Ela olhou para ele, espantada. Perguntou: - Só você pode matar? - Não, amor. Precisamos dele vivo. Ligue para a morena Cassandra. Eu perdi meu telefone. O padre o destruiu. Inesperadamente, a morena Marina baixou a arma que tinha em mãos e atirou duas vezes, destroçando os joelhos do cara. Só então, disse: - Agora eu ligo. Esse filho da puta me acordou. Fiquei irada.
  • 124. VIUVINHA124 O mafioso gemia no chão, quando o mulato se aproxi- mou dele e apontou-lhe a pistola. O cara implorou: - Não me mate. Vim fazer um acordo. - Que acordo? - Sei que matou a minha mulher. Ela tramava ficar com a Agência. Vim te oferecer uma parceria. - Não me interessa. A Polícia Federal está de olho em vocês. - Sei que você foi convidado a fazer parte da equipe da PF. Eu mesmo sugeri isso ao comando da Polícia Fede- ral. Tenho vários chefões deles na minha lista de pagamento. Una-se a mim e não seremos incomodados. - Não me interessa - Disse o mulato, atirando no meio dos peitos do cara. - Porra, por que fez isso? - Perguntou Marisa - Eu já tinha ligado para a morena Cassandra. Pedi, inclusive, que ela conseguisse um celular novo pra ti. - Não permito que nenhum filho da puta invada minha casa e me ameace. A Agência vai ser desbaratada. Esse puto deve ter algum dossiê contra mim e você. Precisamos des- truir isso, antes que caia em mãos erradas. Não quero a PF sabendo das nossas merdas. - Mas Cassandra está vindo pra cá. - Deixe-a vir. Você a entretem enquanto eu vou à Agên- cia. Essa deve ter sido uma ação em desepero de causa. Os ratos devem ter abandonado o porão. Não acredito que tenha muita gente por lá. - E se tiver? - Mato todos. Quando chegou à Agência, no entanto, Santo já estava lá. Entregou-lhe uma pasta com vários documentos. Disse para o mulato: - Achei isso no cofre fechado deles. Cassandra não
  • 125. EHROS TOMASINI 125 pode ver isso. Seria ruim para ti. Destrua esse spapéis bem destruídos. - Por que está me ajudando? - Você vai me ajudar em breve. Agora, desapareça da- qui. Não direi que esteve comigo. Depois, tomaremos umas. - Pode ser hoje à note? - Claro. Na mesma hora e local de ontem. Está bom assim? Percival voltou para o apartamento. Havia lido e depois ateado fogo no dossiê dado por Santo. Cassandra o esperava lá. Perguntou: - Aonde foi? - Na Agência. Fui acabar com o resto da gangue mas já havia policiais federais lá. - Meu irmão está responsável pelo fechamento da Agência. Não devia ter ido. Ele foi procurar evidências de en- volvimento de vocês dois em alguns crimes daquele antro de corrupção e assassinato. - Não têm nada que nos ligue, eu e a minha parceira, à Agência. - Que bom. Meu irmão não acredita nisso. - E você? - Tanto faz. Quero vocês dois trabalhando comigo e não com meu mano. Isso é o que me importa. - Dê-nos um tempo pra pensar. - Disse Marisa. - Ok, baby. Estou indo. Nem devia ter vindo. Deixe que meus homens vão limpar teu apartamento e tirar esse lixo daqui. Depois, invento uma história para justificar a morte do mafioso. Tem alguma ideia? - Sim. Diga que eu tive um caso com a falecida mulher dele e ele veio se vingar. - Isso procede, garanhão? - Perguntou a agente. - Em parte. É uma longa história. - Vou querer ouvi-la tomando um vinho gelado.
  • 126. VIUVINHA126 - Só se eu estiver presente - afirmou a parceira do mu- lato, com ciúmes. A morena detetive não teve mais sono. Pediu para que ele não se afastasse dela. Ficou beijando-o e acariciando-o por muito tempo. Quem dormiu foi o mulato. À note, ele se encontrou com Santo. O cara já o espe- rava tomando cervejas. Quando o mulato apareceu, o taxista lhe entregou um celular novíssimo. Disse: - Presente da morena Cassandra. Ela recuperou toda a tua agenda. Mas suprimiu dela o telefone da médica Maria Bauer. Deve estar cismada de que você esconde algo com ela. - Obrigado, cara. Não tenho nada com a doutora - mentiu ele. - Por mim, tudo bem. Eu quero te apresentar uns ami- gos. Ficaram de aparecer por aqui. - Quem são? - Você verá. O primeiro a aparecer foi um coroa sarado. Santo o apresentou como Antônio, seu pai. Ambos simpatizaram mutuamente. Depois, chegou um casal. Ele era alto, forte e careca. Ela, uma mulata bonita e gostosíssima. Percival ficou encantado com a sua beleza. Ela também não tirou os olhos dele. O careca apresentou: - Esta é minha sobrinha. De vez em quando trabalha conosco. Eu sou o Açougueiro. Trabalhava com Cassandra já havia alguns anos. Eu disse que iria trabalhar com a irmã dele e o cara zangou-se comigo. Minha sobrinha vai pra onde eu for. - Como é o nome dela? O careca titubeou, antes de dizer: - Pergunte a ela. Mas ela só dirá se gostar de você.
  • 127. EHROS TOMASINI 127 - Eu gostei, tio. Depois, sussurro meu nome no ouvido dele. - Disse maliciosamente. Beberam bastante e conversaram sobre vários assuntos. Percival adorou aquelas pessoas. Todas estavam dispostas a abandonar o homenina para ficar com sua irmã Cassandra. Esta não compareceu. Antônio, o sujeito com cara de pugilis- ta, foi o que ficou mais amigo do mulato. Já era tarde, quando o cara disse: - Bem, eu já tomei o bastante. Vou-me embora. - Eu também vou contigo - disse o careca. Nos dá uma carona? - Okay. Quem mais vai comigo? - Eu vou ficar, tio - disse a bela e gostosa mulata. A me- nos que o garotão queira ir-se, também. - Fico contigo, se quiser tomar mais uma. Foi mais de uma. Ela o olhava com insistência, mas ele estava empulhado. Tinha que voltar ao seu apê. Marisa o es- tava esperando. No entanto, ela tomou a iniciativa: - Eu costumo dar uma foda com os meus novos com- panheiros. Se te agrado, podemos ir para um motel. - Me agrada, sim. Mas tenho alguém esperando por mim lá em casa. - Tua esposa? - Não. Minha parceira. Eu acho que ela também fará parte da equipe. - É ciumenta? - Muito. - Então, teremos que ser discretos. Nada de motéis. Va- mos lá pra casa? Foram se pegando desde o bar. Quando tomaram um táxi, ela sentou-se no seu colo. Estava sem calcinha por baixo da minissaia que vestia. O motorista percebeu a putaria mas
  • 128. VIUVINHA128 não reclamou. Subiram um morro do Recife e ela fez o táxi parar na frente da sua casa. Entrou com o mulato. Era uma casa modesta, mas muito bem arrumada e cheirosa. Ela o fez se sentar no sofá da sala e perguntou: - Vai querer beber algo? - Não. Acho que bebi bastante. - Pois eu quero - disse ela, ajoelhando-se entre suas pernas e abrindo o fecho da calça dele. Fez pular o enorme caralho. Assoviou. Perguntou: - Por que será que agentes da PF são todos pauzudos? - Não entendo nada disso. - Claro que não. Mas sempre me fiz essa pergunta. - Já fodeu muitos deles? - Que nada. Acho que é porque eu prefiro os homens de cor, e não existem muitos na Polícia Federal. - Disse ela, colocando o pau de Percival na boca. Perguntou: - O que você mais curte no sexo? - Adoro um cu. - Ui, me arrepiei. Adoro dar meu cuzinho. Mas gostaria que começasse fodendo minha xaninha, pode ser? - Sem problemas. Aguenta meu cacete inteiro? - Não sei. Só vendo. Posso sentar-me no teu colo? - Não precisa pedir. - Eu gosto de pedir. Você me masturba enquanto me sento de costas pra ti? - Com apenas uma das mãos. Com a outra, prefiro bo- linar teus seios. São muito bonitos. - Não quer mama-los antes? Eu deixo. - Também me deixa lamber tua bucetona? - Ui, agora me deixou excitada. A maioria dos homens que conheci não gostam muito de chupar minha xaninha. Parece que ninguém gosta da minha diluviana. - Diluviana? - Sim. Quer saber por que a chamo assim? - Claro.
  • 129. EHROS TOMASINI 129 - Então, chupa ela... Ele ergueu-se do sofá e fê-la sentar-se em seu lugar. Abriu suavemente as pernas dela e meteu a língua na racha. Ela gemeu alto. Ele continuou chupando-a de leve. Não de- morou muito e ela espirrar o primeiro gozo na cara dele. Ele lambeu e chupou o grelo com mais ênfase. Ela gozou nova- mente. O mulato ficou todo molhado de um líquido esbran- quiçado. Agora, ela ia ao delírio com as chupadas dele. Pediu: - Enfia o dedo no meu cuzinho. Enfia o dedo... Ele nem lambuzou o dedo, enfiou com urgência no bu- raquinho dela. Ela gozou mais uma bez na boca e no rosto dele, fazendo-o perder o fôlego. Foi quando ele ajoelhou-se entre as suas pernas e parafusou o caralho no cu dela. Ela agachou-se para beija-lo na boca. Lambeu o próprio esperma do rosto dele. A mulata levantou-se rápido e subiu no sofá. Sentou-se no colo do mulato, de frente para ele, e agarrou-se no encosto do móvel, facilitando a invasão mais profunda do seu buraquinho. Ela era muito apertada por ali. Tanto que, quando o detetive enterrou a pica totalmente no cu dela, e ela começou a rebolar na sua rola, ele esporrou dentro do ânus da mulata. Ela reclamou. Disse que queria mais. Mas, depois, o beijou com carinho. Falou: - Ainda temos toda a madrugada para conseguirmos transar do jeito que eu gosto. FIM DA DÉCIMA SEGUNDA PARTE
  • 130. VIUVINHA130 Viuvinha - Parte 13 De manhã cedo, quando voltou ao seu apartamento, o mulato não encontrou Marisa lá. Ela havia lhe deixado um bilhete dizendo que sabia que ele estava de caso com a agente federal e que ela não admitia dividi-lo com outra se- não sua irmã Cinha. Disse haver telefonado para a médica e esta concordou que também não mais estava interessada em continuar com ele. Desejou-lhe felicidades. Ela não iria acei- tar trabalhar com a Polícia Federal. Pensava em fazer uma longa viagem e talvez não mais voltasse. Percival ficou triste. Havia perdido duas amantes de uma só tacada. Lamentava mais por Marisa. A longa con- vivência com ela o fizera enamorar-se da detetive. Mas não era de chorar sobre o leite derramado. Ainda tinha a morena Cassandra e a mulata que fodera até quase àquela hora com ela. Tomou um demorado banho, depois deitou-se pensativo.
  • 131. EHROS TOMASINI 131 Por volta das dez da manhã, chegou à sede da PF. Levava uma última ampola do líquido verde cedido por Bárbara. Deixara em casa a amostra dada por Santo. Esperou a doutora Bauer fazer a primeira transfusão total de sangue em Bárbara, de- pois lhe deu de mamar na pica. A doutora lhe agradeceu. Per- guntou se ele ainda tinha o líquido esverdeado. Ele mentiu, dizendo que não. Não queria que ela soubesse que Santo lhe dera uma única ampola. Ela esteve pensativa. Depois, disse: - Consegue anotar mentalmente um número de tele- fone? - Sim, claro. A quem pertence? - A um clone meu que mantenho em segredo. Nem o padre, nem a madre superiora sabiam da sua existência. Ela é minha cópia mais perfeita e tão inteligente quanto eu. Vou te dar o número do celular dela, mas terá que me prometer que nunca vai falar dela para ninguém. Promete? - Você já sabe que sim. Onde essa cópia de ti se escon- de? - Isso, eu não vou te dizer. Ligue para ela e e dê-lhe a senha: sonho esmeralda. Ela saberá de que se trata. Dará um jeito de te encontrar. - Está bem. Diga o número... Por volta das oito da noite, Percival esperava no Aero- porto Internacional dos Guararapes. Não foi difícil reconhe- cer o clone da doutora por causa dos seus cabelos totalmente brancos. Ela se aproximou sorridente, vestindo um blazer lilás claro com um lenço amarrado na cintura, fazendo um conjunto muito moderno de roupa e acessórios. Um short curto de cor branca, combinando com os cabelos cortados curtinhos, completava o visual. Ela caminhava graciosamen- te em sua direção. Beijou-o nos lábios. Ele perguntou: - Como me reconheceu?
  • 132. VIUVINHA132 - Eu e minha mãe estamos em sintonia. Eu consigo so- nhar com o que ela vive. Eu te vi em mais de um sonho, tran- sando com ela. Teu rosto ficou gravado em minha memória. - Impressionante. Trouxe o que ela pediu? - Claro. Tenho estoque para mais de um mês. Leve-me a um hotel e te darei o que for necessário para a sobrevivência de minha mãe. - Não quer ficar no meu apartamento? - Não. Recebi ordens expressas da minha mãe para que não fosse vista contigo. A Polícia Federal deve estar te vigian- do. Agora, eu preciso ir ao banheiro. Pode me dar licença? Pouco depois ela voltou do banheiro totalmente muda- da: vestia um conjunto esportivo de camisa de malha e calça jeans e usava uma peruca. Seus cabelos agora eram ruivos. Ao invés da valize lilás que tinha nas mãos ao desembarcar, agora levava uma bolsa tiracolo descolada, cheia de flores. Estava linda e caminhava de forma graciosa. Seu corpo era perfeito: nem magro nem cheinho. Sua bunda era redondi- nha e atraente. O mulato suspirou. Ficou de pau duríssimo. Ela perguntou: - Está de carro? - Não. Pegaremos um táxi. - Então, vamos? Caminharam até um ponto de táxis. Um dos veículos, no entanto, saiu da fila e encostou perto do casal. Percival surpreendeu-se quando reconheceu quem dirigia: tratava-se da mulata que estivera com ele a noite toda. Ela lhe fez um si- nal para que não a delatasse. O mulato sentou-se no banco de trás com a ruiva. Perguntou de onde ela tinha vindo. A moça disse que viera do Rio de Janeiro e que iria voltar para lá as- sim que resolvesse uns assuntos no Recife. O mulato tentou puxar mais conversa, mas ela disse estar cansada da viagem e depois conversariam. E calou-se.
  • 133. EHROS TOMASINI 133 Desceram do táxi na frente de um hotel do Centro do Recife e ele pagou a corrida, despedindo-se da mulata como se não a conhecesse. Quando o táxi partiu, a ruiva disse a caminho da portaria: - Chame outro táxi. Leve-me para outro hotel. Pode ser um menos caro. Um motel me basta. - Por que não fica aqui? Eu pago as despesas. - Agradeço, mas minha mãe me alertou. Essa taxista que nos trouxe aqui é da Polícia Federal. Eu a vi em sonho interrogando minha mãe. Deixe que ela pense que continuo aqui. Leve-me para outro lugar, por favor. O mulato estava impressionado. A ruiva não errava uma. E era mesmo inteligente, como disse a doutora. Mesmo assim, ele insistiu: - Se quer que a mulata acredite que está aqui, vamos preencher a ficha do hotel. Entraremos juntos no quarto. De- pois, fugimos às escondidas, está bem? - Você é esperto. Bem que minha mãe me disse. - Quando foi a última vez que falou com ela? - Quase ainda agora. Não precisamos de telefones para nos comunicar. Basta que eu me concentre. Falo telepatica- mente com ela. Percival não acreditou naquelas palavras mas também não as contestou. Se registraram na recepção, receberam um par de chaves e entraram no elevador. Recusaram a compa- nhia de um carregador que queria deixa-los nos seus aposen- tos. O cara ficou decepcionado. Mesmo assim, aproximou-se do recepcionista e perguntou: - Ficaram em que quarto? - No número 116. No décimo primeiro andar. Avise Cassandra. - A mulata é quem está comandando esta operação. Li-
  • 134. VIUVINHA134 gue para ela. Dê-lhe a informação. - Deixa comigo. Pouco depois, um sujeito vestido como funcionário do hotel saía do elevador carregando uma mala grande, arras- tada por um carrinho de rodas. O carregador uniformizado parou na frente do hotel e dele aproximou-se de um táxi que estava parado no estacionamento. O taxista ajudou-o a colo- car a pesada mala no carro. Depois que o cara vestido com a farda do hotel se acomodou ao veículo, ele perguntou: - Para onde, cavalheiro? - Para o aeroporto, por favor. O motorista se dirigiu para lá. No entanto, quando pa- rou num sinal três quadras adiante, o sujeito vestido de boy de hotel lhe deu uma pancada na nuca. O cara desmaiou. Ele o puxou da cadeira de motorista e o colocou no banco do carona. Depois, assumiu o lugar do taxista. Seguiu viagem. Uma hora depois, parou na frente de uma pousada de subúr- bio. Pediu ajuda ao cara da portaria para carregar a pesada mala até um dos quartos. Pagou uma diária na recepção e foi para o aposento onde tinha deixado a mala. Abriu-a ime- diatamente. A ruiva saiu de dentro dela. Estava esbaforida. Disse: - Ufa. Quase sufoco. Mas valeu. Acha que te reconhece- ram saindo do hotel? - Não. Senão, teriam me parado. O dono destas roupas ainda deve estar desmaiado e nu, lá no quarto que alugamos. Dê-me, por favor, minhas roupas que estão na mala... - Está bem. Preciso tomar um banho, pois estou mo- lhada de suor. Vai querer me banhar? - Mmmmmmm... melhor não. Se você consegue se co- municar com tua mãe, ela decerto pode fazer isso também contigo, não é mesmo? - Não. Eu sou autônoma. Minha mãe não consegue ver
  • 135. EHROS TOMASINI 135 o que eu sonho ou vejo. - Bom saber. - Você gosta dela? - Confesso que sim. - Ótimo. Gostar dela é gostar de mim. E eu gosto de quem minha mãe gosta. - Você a chama de mãe o tempo todo? - Sim. Isso te incomoda? - Não, não... foi só curiosidade. - Então, venha comigo ao banheiro. Matará outras curiosidades... Ambos ficaram totalmente nus, antes de entrarem no banheiro da pousada. O cômodo era uma espécie de suíte. Nua, ela era deslumbrante. O mulato logo ficou de pau duro. Ela o beijou na boca. Depois, agarrou seu caralho e o apontou para a racha. Passou a cabeçorra ali, devagar e com carinho. Tentou enfiar-se na pica mas gemeu arrastado e não conse- guiu. Perguntou ao Mulato: - Se minha mãe consegue, por que eu não consigo? - Você já transou alguma vez? - Não. Mas sempre tive vontade. Posso te chupar como minha mãe me ensina em sonhos. Porém, eu não preciso de porra para viver, como ela. Sou saudável. - Então, tomemos banho e vamos para a cama. Eu que- ro averiguar uma coisa... Fizeram isso. Quando ela deitou-se na cama, ele a exa- minou entre as pernas. A cópia de Maria Bauer era virgem! Ele disse a ela: - Você não consegue a penetração porque ainda tem o hímen intacto, garota. E eu tenho uma rola muito grande e grossa. Você não vai aguentar ser descabaçada por mim. - Ah, eu queria! - Tudo bem. Eu posso tirar a tua virgindade. Mas não
  • 136. VIUVINHA136 acho que devo. Estaria me aproveitando de você. - Minha mãe me disse em sonho que eu deveria ser tua. Não vou desobedece-la. - Está bem, se insiste nisso. Mas isso não se faz assim, do dia pra noite ou vice-versa. Temos que tentar várias ve- zes, até você estar preparada para receber minha jeba. O ideal seria que nós ficássemos numa casa de praia. Iria ser mais relaxante, além de tirarmos umas férias. Você trabalha, lá no Rio? - Eu não moro no Rio. Disse aquilo para tirar a agente taxista de tempo. - Então, onde você mora? - Moro em Roma. Nasci lá e me criei, também. Num convento pertencente à Ordem das Irmãs de Santa Madalena. - Nunca ouvi falar de tal convento. Mas de uns dias pra cá, já é a segunda vez que tocam no nome dessa Ordem. - Ela é uma entidade filantrópica clandestina. Não é benquista pela Igreja Católica. É até perseguida, por causa da minha tia. - O que foi que a tua tia fez à Igreja? - Tentou dominar o Vaticano. Tinha um esquema de prostituição para padres e bispos de lá. Ela fazia chantagens com eles. Dizem que até o papa João Paulo II se envolveu com putas. Quiseram matar minha tia e ela fugiu de volta para o Brasil. Hoje, está desaparecida. - Trata-se da madre superiora? - Você a conheceu? - Sim. Ela faleceu ontem. - Não é verdade. Eu não sonhei com isso. - Desculpe, mas é verdade, sim. Eu mesmo vi o corpo. O padre Lázaro faleceu também. - Mentira! Se fosse verdade, minha mãe me diria. Por que está tentando me enganar? - Infelizmente, não estou. Não sei porque você não consegue sonhar com isso. Será algum bloqueio mental feito
  • 137. EHROS TOMASINI 137 por tua mãe? - Ela não faria isso comigo. Você pode me provar que estão mortos? - Que prova você iria querer? Ela esteve pensativa. Depois, disse: - Leve-me à sede da Polícia Federal. Eu preciso ver os cadáveres. - Já consegui que tua mãe os visse. Eu não conseguiria convencer os federais de novo. Não sem denunciar a tua exis- tência. Mas tua mãe não iria querer isso. - Não. Não iria. Você é inteligente. Ache uma forma de eu ver meus tios. Aí, eu te dou meu cabacinho. - Eu prefiro comer teu cu, mocinha. Mais uma vez ela esteve pensativa. Depois, falou: - Eu vejo minha mãe te dando o buraquinho estreito dela. Foi muito dolorido. Mas eu gostaria de tentar. - Okay. Deixa eu ver se encontro um meio de te fazer ver os corpos. Depois, te cobro essa tua promessa. - Podemos fazer isso agora. Eu confio em Percival. - Como sabe meu nome? Eu não te disse. - Escuto minha mãe gemendo teu nome neste momen- to. Acho que ela está se masturbando. Isso me deixa mais ex- citada. Quero te dar meu cuzinho agora. Vem... Ela suspendeu as pernas, ainda deitada na cama, exi- bindo as pregas piscando. Estava mesmo ansiosa. A sua vagi- na estava encharcada. Ele apontou a pica para a racha. Ela a retirou dali e parafusou com uma mão a trolha dele no pró- prio cu. A clone gemeu: - Na buceta não, querido. Agora fiquei querendo tua peia enorme no meu buraquinho. - Eu gosto mesmo é de cuzinhos. Fodo bucetas só por distração. Às vezes, pulo até as preliminares...
  • 138. VIUVINHA138 - Sim. Façamos o seguinte... Ai! Ele havia metido só a cabeçorra em seu cu. Pediu: - Continue falando... - Eu... prometo te dar... meu buraquinho... todas as ve- zes que... Aiiiiiiiiii. Ela estava ofegante e ele aproveitou para retirar o cara- lho do cu dela e lambuza-lo na buceta escorregadia. - Nãaaaaaaaaaooo. Já te disse que agora quero no cu... - Eu ouvi. Mas é uma boa oportunidade para te fazer se acostumar com ele na xaninha. - Não. Eu quero arrombar meu buraquinho agora. E quando você voltar, vou querer de novo. Ele forçou ainda um pouco mais na racha dela. Ela en- colheu-se toda. Empurrou-o com as duas pernas. Ele se reti- rou do anel da sósia da doutora e voltou a enfiar no rabo dela. Ela pressionou a bunda de encontro ao caralho enorme dele com muita determinação. Ele gemeu: - Isso mesmo. Agora, eu preciso pedir pra você relaxar. Já entrou quase tudo. Vou dar uma paradinha pra você se acostumar com ele dentro. - Uuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhh... Se tá tudo... dentro.. então... mete... mete... bem... gostosooooooooooooooo... Ele começou os movimentos de cópula bem devagar. A cada fincada, ela dava um gritinho de prazer. Repetia: - É bom. É bom, minha Santa Madalena... Muito bom... Vou querer... todos... os dias! Ooooooooooooohhhhhhhh... FIM DA DÉCIMA TERCEIRA PARTE
  • 139. EHROS TOMASINI 139 Viuvinha - Parte 14 Nem bem eles gozaram, o celular doado pela morena Cassandra tocou. Percival demorou a atender. Quando o fez, reconheceu a voz da mulata: - Onde você está? - Você mesma nos deixou aqui no hotel, oras. - Mas você não está no hotel. Teu GPS indica que está bem distante dele. - Ah, então foi para isso que me deram tão gentilmente um celular novo: para me espionar! - Ideia da morena Cassandra. Pelo jeito, não confia em ti. - Depois dessa, eu tampouco confio nela. Do que que mais eu preciso saber? - Na verdade, eu é que preciso saber. Por exemplo: quem é essa mulher? - Não te interessa. Vão se foder. Não quero mais fazer
  • 140. VIUVINHA140 parte desse ninho de cobras que é a equipe de vocês. - Eu também ficaria chateada. Mas estou apenas fazen- do o meu trabalho. Sou subordinada aos dois irmãos. Você precisa entender isso. - Eu não sou subordinado a ninguém, porra. E detesto ser enganado. Então, repito: vão se foder! - Diga-me apenas quem é a moça e te deixo e paz. - Não vou repetir mais uma vez. E vou destruir essa porra de celular grampeado. - Não. Não, não faça isso. Assim, você me fode perante meus superiores. Não vão gostar nada de eu ter te perdido de vistas. Façamos um trato, eu e você: você me devolve o aparelho e eu o coloco no hotel. Pra todo efeito, você fugiu deixando o celular lá. Direi a Cassandra que você desconfiou de que ele estava com grampo. - E o que eu ganho salvando teu rabo? - Eu te conto um segredo. Mas você não vai gostar. Ele esteve em dúvida. Depois, falou: - Ok. Onde nos encontramos? - Na minha casa? - Nem pensar. Lá é propício para uma armadilha. Pou- cas ruas para fuga. E não confio mais em você. - Pois devia. Não quero o teu mal. Nem eu, nem Santo. Antônio também está do teu lado. - Ainda não me convenceu. Marque num local neutro e eu vou. Senão, nada feito. Pouco depois a morena se encontrava com ele numa boate de pouca frequência. Ele havia chegado primeiro, para prevenir armadilhas. Não viu nenhum agente federal por lá, nem farejou nenhum lhe seguindo. Ela chegou quase meia hora depois, esbaforida. Perguntou: - Trouxe o celular? Estão ainda tentando te localizar. Eu jurei que você continuava no hotel, mas querem invadir teu
  • 141. EHROS TOMASINI 141 quarto. Preciso deixar o aparelho lá, imediatamente. Prometo que volto. É só o tempo de deixar o celular lá e retornar pra cá. - Não sei se devo confiar. - O celular não te servirá mais, caralho. Por favor. Ele meteu a mão no bolso e tirou de lá o aparelho quase que totalmente desmontado, dentro de um saco plástico. Ela assoviou: - Caralho! Muito esperto. Livrou meu rabo. Deixo-o lá assim, desse jeito, mesmo. Está armado? - Não. Ela sacou uma arma de trás do corpo, guardada na cin- tura. Deu a pistola segurando-a pelo cano, para ele. Afirmou: - Está limpa e sem rastreador. O número de fabricação também está raspado. Fique com ela. - Por que está me dando isso? - Porque não confio no homenina. Ele pode mandar gente te foder. O puto disfarça, mas tem raiva de ti. Acha que você foi pivô da separação dele da irmã. - Acredita que ele seria capaz de me matar? - De Cassandra, espero tudo. O cara é demoniado. Às vezes, tenho medo dele. Mas deixe-me ir. Cada minuto conta para eu limpar a minha barra. Pode ter certeza: eu volto! Ela voltou. Retornou mais tranquila. Pediu uma cerve- ja. Uma garçonete bonitona, quase nua, a atendeu. A mulata disse: - Deu tempo, obrigada. Cheguei quando se prepara- vam para invadir. Plantei a arma sem que me vissem. Depois, voltei para cá. Mas me diga aí: quem é a ruiva? - Conte-me o segredo que prometeu e eu avalio se te digo ou não. - É justo. A morena Cassandra me pediu que eu me
  • 142. VIUVINHA142 oferecesse a ti. O objetivo era fazer com que você não voltasse para o apartamento, onde deixou a tua ajudante ferida. - Para que isso? - Não adivinha? - Perguntou a mulata, tomando um longo gole de cerveja. - Ela queria que Marisa ficasse com raiva de mim, é isso? - Sim. Você é um privilegiado: a morena te ama. Apai- xonou-se por ti. Eu, também. - Como é que é? - Sim. Essa nossa vida é muito corrida. Não tenho tem- po de namorar. Por outro lado, sou médica. Dou plantões para ajudar as comunidades carentes. Fazia meses que eu não dava uma foda. Não costumo gozar. Gozei contigo, porra. - Em troca, você me fez perder a minha parceira. - Não fui eu. Tá certo que eu ajudei nisso. Mas enquan- to trepávamos, Cassandra visitou Marisa. Exigiu que ela te deixasse, ou encontraria um motivo pra fodê-la. Nem que ti- vesse de prendê-la sem provas, entende? A puta também me usou, por saber que eu estava em jejum sexual havia tanto tempo. - Por que está se abrindo comigo? - Santo gostou de ti. Ele também foi promovido. Ga- nhou o direito de escolher uma equipe para trabalhar con- sigo. Disse que quer o pai, meu tio e a mim na equipe dele. Também está disposto a te contratar e à tua parceira para atu- ar conosco. Todos nós desconfiamos que a moça que veio do Rio de Janeiro é mais uma clone de Maria Bauer. O que ela veio fazer aqui? - Vocês estão enganados. Aquela moça teve os pais as- sassinados pelo padre Lázaro. Veio aqui se vingar. - Mentiu descaradamente o mulato. - Como é que é? - Sim, ela é minha amiga. Quando prendemos o trio, eu entrei em contato com ela. Ela veio disposta a invadir a sede
  • 143. EHROS TOMASINI 143 da Polícia Federal para matar os três. E eu iria ajuda-la. - Puta que pariu! É isso? Vocês são doidos, porra. - Sou, sim. Você viu que matei o clone da médica na frente do homenina. Eu não temo ninguém. Por isso, não trabalho em equipe. Não daria certo, eu recebendo ordens de quem quer que seja. Eu só faria o que me desse na telha, compreende? - Caralho. Não esperava por isso. Invadir a sede da Po- lícia e matar o trio? Todas as unidades nacionais iriam te ca- çar, cacete. - Eu não me inportaria. Já passei por situações pareci- das. Vocês não sabem da minha vida um terço. Mas agora, isso não mais importa. O padre está morto. A madre supe- riora, também. Resta apenas a doutora Bauer. A mocinha irá matá-la e desaparecer do mapa. - Com a tua ajuda? - Sim. Com a minha ajuda. - Porra, cara, vai esculhambar tua vida para sempre, se fizer isso. Não é melhor pegar tua grana e ir curtir umas férias no Exterior? - Talvez. Mas fiz uma promessa à mocinha. Pretendo cumpri-la. Depois, sim, tiro minhas merecidas férias. - Dentro de um caixão? É o que o homenina vai fazer: te crivar de balas. E eu não quero isso! - Disse a mulata, bei- jando-lhe a boca sofregamente. Depois do beijo, ela implorou: - Olha, Santo não quer que a mãe morra. A doutora Bauer não é tão má quanto o casal. Agora, com o padre mor- to, irá nos ajudar com nossas pesquisas na Polícia. - Ela não vai querer ajudar vocês. Já me disse isso. Eu falei para Santo que acho que ela planeja fugir. Saiu sorrindo do necrotério. Está tramando algo. Ela demorou a dizer:
  • 144. VIUVINHA144 - Está bem. Eu vou te confessar uma coisa, mas que fique só entre nós. Posso? - Deve. - Santo pretende libertar a mãe. Eu, Antônio e meu tio prometemos ajuda-lo. Você não precisa mata-la. Demova a moça da ideia e nós também a convidamos para fazer parte do grupo. - Eu a conheço bem. Ela não topará. Já me disse que quando matar os três, irá pendurar as armas. Seu objetivo é vingar os pais assassinados, só isso. - Mentiu ele de novo. A mulata esteve novamente pensativa. Depois disse: - Eu tenho uma ideia doida. Talvez dê certo. - Qual seria? - Ela já sabe que o padre e a madre superiora estão mortos? - Claro que não. Eu não lhe disse ainda. Ia fazer isso quando você ligou pra mim. - Continuou mentindo. - Ótimo. Não lhe diga já. Deixe-me conversar com San- to. Acredito que, se a moça confirmar a morte dos três, encer- rará a sua vingança. - O que propõe? - Armamos um teatro: facilitamos a entrada dela na sede da Polícia e ela verá os três mortos no necrotério. - Ela pode querer confirmar a morte deles. E se perce- ber que a médica ainda está viva? - Não perceberá. Deixe isso com a gente. Você só tem que levá-la aonde a gente quer: o necrotério da PF, onde estão guardados os corpos em geladeiras. - Pretende matar também a médica? Ela pode não con- cordar com o plano de vocês. - Não será preciso. Ela estará morta! Como assim? - Deixa eu te explicar...
  • 145. EHROS TOMASINI 145 E a agente, também médica, explanou como realiza- riam a farsa. Percival ficou contente. Era bem o que ele que- ria. Se a clone da doutora pretendia ver os cadáveres para ter certeza de suas mortes, ela os veria. A ideia da mulata era genial. Só faltava um detalhe: - Como eu e a minha amiga vamos fazer para chegar- mos ao necrotério sem que ninguem da PF nos veja? - Simples: existe uma entrada pouco usada por nós que liga o necrotério à parte de trás da sede da PF. Te faço um mapa. Mas terão que chegar lá apenas usando uma lanterna. - Melhor assim. Não quero surpresas. Acha que Santo e os outros irão concordar? - Tenho certeza. Mas depois ligo pra ti. - Não tenho mais celular. - Ah, é verdade! Te empresto o meu e ligo depois pro meu próprio número. - Sinto muito, mas ainda não confio. Posso ser rastrea- do, já que sabem teu número. - Tem razão. O que sugere? - Eu mesmo compro um celular novo, limpo. Mas se- ria melhor se nos comunicássemos pela Internet. Eu tenho e-mail. - Porra, claro! Anote aí meu endereço. E aguarde meu contato. Te mandarei também um mapa detalhado do cami- nho de entrada e saída do necrotério. - Já vai? - Preciso ir. Fico te devendo uma foda. - Vou te cobrar. Cerca de uma hora depois, o mulato retornava à pou- sada. A sósia de Maria Bauer agarrou-se com ele. Choramin- gou: - Pensei que fosse me trair... - Por que pensou isso? - Minha mãe me disse que você já lhe traiu.
  • 146. VIUVINHA146 - Mesmo assim, ela confiou de novo em mim. - Mas pediu que eu te matasse, se fizesse isso de novo. Porém, eu não teria coragem... - Disse ela, beijando-o sofre- gamente. Em seguida, afirmou: - Quero sexo de novo. Mas desta vez quero por mais tempo. Estive pensando: estou disposta a perder meu caba- cinho com você, como minha mãe pediu. Permite que eu te aplique o Sangue de Cristo? Eu sei que dói muito... - Faça isso. Eu já sei como posso te provar que os dois estão mortos. - Sabe? Então, me diga... - É uma longa conversa. Deixemos para depois do sexo, entre um cigarro e outro. - Eu não fumo. Só fodo. - Disse ela. Pouco depois, ele estava de cacete duríssimo após re- ceber o líquido nas veias. Percebeu que o composto que ela lhe aplicou tinha coloração mais escura, ainda mais do que o que Santo havia lhe dado uma amostra. Também, doeu muito mais. Mas o efeito foi mais imediato e duradouro. Ela resistiu bem à dor. Ele ficou revezando: forçava um pouco a glande na racha dela, depois tirava de lá e enfiava em seu cuzinho. Dessa vez não foi preciso enganá-la para foder- -lhe o cu. Ela cedeu com muita vontade de gozar. Ele a fez gozar várias vezes seguidas e o caralho não amoleceu. Parecia ficar mais duro ainda. Ao cabo de umas duas horas trepando, ela estava exausta. Já não aguentava mais gozar pelo cuzinho. Este estava estufado, com as veias salientes e pulando para fora. Ela gemeu: - Chega... chega, amor... Estou deflorada e destruída... Ai, meu Deus, como isso é bom... - Aguenta só mais um pouco? Uma última gozada mi- nha? - Sim, sim, meta no meu cuzinho novamente. Estava
  • 147. EHROS TOMASINI 147 tão bom... Ao invés disso, ele apontou-lhe o caralho para a racha encharcada. Ela arregalou os olhos de dor, mas estava mui- to fraca de tanto gozar para conseguir impedir a penetração. Gritou alto, quando a cabeçorra lhe rompeu o hímen. O san- gue espirrou. Ela chorou de dor. Mesmo assim, ele continuou enfiando. Ela pedia: - Não para... não para... enfia toda de vez... - Ele sentiu a glande topar na entrada do útero. Não forçou mais. Mas ficou movimentando o pélvis devagar, sen- tindo o sangue dela escorrer pelo membro duríssimo dele. Ela chorava de dor, mas não parava de dizer: - Vai... Vaiii... estou conseguindo aguentar... Mete... mete com força... Vaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... Ela teve seu primeiro orgasmo vaginal. Parecia que estava recebendo descargas elétricas. Seu corpo entrou em convulsão orgásticas até que ela, finalmente, desfaleceu de prazer. Ele ainda estava tarado. Virou-a de bunda para cima e enfiou o caralho ainda duro ali. Só parou de lhe foder o cu quando a pica amoleceu totalmente. FIM DA DÉCIMA QUARTA PARTE
  • 148. VIUVINHA148 Viuvinha - Parte 15 Ocasal passou o dia inteiro enfurnado no quarto da pou- sada. Só por volta das dez da noite, resolveram sair. Cada um tinha uma lanterna guardada. Ele usava a pistola dada pela mulata agente federal. A clone da doutora Maria Bauer não quis nenhuma arma. Disse detestar esse tipo de objeto. Ele estava gostando disso. - Pegaram um táxi e saltaram nas imediações da sede da Polícia Federal, mas tiveram que fazer um percurso a pé até se posicionarem por trás do prédio, que dava para uma rua erma. Antes de avançar, ambos deram uma demorada olhada para ver se naquela área havia câmeras de segurança. Ele disse: - O caminho está limpo. Vamos depressa, antes que passe alguém na rua. A porta estava apenas encostada. Percival achou que
  • 149. EHROS TOMASINI 149 tinha sido a mulata a lhe facilitar o acesso. A entrada, escon- dida por trás do prédio, dava num corredor escuro. Ela ia acender a lanterna, mas ele lhe cochichou: - Agora não. Precisamos ter certeza de que não sere- mos surpreendidos. - Você conhece esse caminho, amor? - Sim - mentiu ele. Mas era a primeira vez que passava por ali. Mas não tiveram dificuldades em encontrar o que que- riam, quando o corredor desembocou bem de frente a uma outra porta, metálica, onde havia um letreiro indicando que ali era o necrotério. Já de longe sentiram o cheiro nauseabun- do de cadáveres conservados em formol. Havia três mesas posicionadas, uma ao lado das outras, onde estavam deitados a mesma quantidade de corpos. Depois de semifechar a pe- sada porta de metal, o casal acendeu as lanternas. A moci- nha estava tremendo de medo. Tocou com a mão no braço de Percival e esta estava gelada. Ele sussurrou: - Calma. Daremos uma olhada e logo sairemos daqui. Mortos só incomodam por causa do mau cheiro. Afora isso, não fazem mai a ninguém. - Eu tenho pavor à morte, amor. Foi ela quem apontou primeiro o facho da lanterna para os cadáveres enfileirados. Deveria haver outros nas ge- ladeiras embutidas nas paredes mas eram aqueles três que interessavam a ela. Ela quase gritou: - Minha mãe! Ai, meu Deus, minha mãe está morta. Não. Não. Não... - Calma, linda. Veja mais de perto. Pode não ser ela. Na verdade, Percival sabia que o corpo deitado ali não pertencia à doutora e sim ao clone dela que ele quebrara o pescoço diante do homenina. Aquela tinha sido a ideia genial
  • 150. VIUVINHA150 da mulata: colocar os cadáveres do padre e da madre superio- ra ao lado do corpo já em decomposição da sósia assassina da médica, para enganar a moça. Tendo a certeza da morte dos três, ela desistiria da sua vingança. Tremendo-se de corpo inteiro, a jovem de cabelos branquíssimos aproximou-se mais daquela que achava ser sua mãe. Tocou com as pontas dos dedos o corpo putrefato. Aí, para surpresa do mulato, afirmou: - Esta não é minha mãe. Parece-se com ela, mas não é ela! - Como pode ter certeza? - Não importa. O que me interessa é que ela não é mi- nha mãezinha. Isso significa que ela está viva! Obrigada, meu Deus. Depois, a mocinha virou o facho de luz para os outros dois corpos. Choramingou: - São eles. São os meus tios. Esse... é o tio Lázaro. Essa... é a tia, esposa dele... Obrigada mais uma vez, meu Deus. - Está dando graças a Deus eles estarem mortos? - Não, não, não... Deus me livre disso. Eles estão vivos! - Como é que é? O mulato tocou nos cadáveres. Estavam gelados. Para ele, estava claro que ali não existia vida. Ela, porém, insistiu: - Sim. Estão vivos. Vamos sair daqui. Já vi o que queria ver... - Pode me explicar? - Depois. Depois te explico. Agora, vamo-nos embora, por favor. Não quero mais ficar aqui. Pouco depois, estavam sentados numa mesa de bar. Ela não quis tomar nada que contivesse álcool. Mas aceitou um refrigerante. Ele perguntou?
  • 151. EHROS TOMASINI 151 - Pode me explicar agora? - Sim, amor. Eu já te disse que sou diferente. Senti que meu tio e minha tia estão apenas adormecidos. Logo, desper- tarão, graças a Deus. - Pois eu os toquei. Para mim, estão bem mortos, mi- nha linda. - Não. Você não entende. Meu tio tem o dom de voltar dos mortos. Agora tenho certeza de que minha tia também, amor. Estou tão feliz! O mulato olhou bem para ela. Naquele momento, acha- va que ela era doida. Mas não fez nenhum comentário. Pedira uma cerveja. Ingeriu o primeiro copo de vez, de um só gole. Tornou a encher o recipiente. Ela disse: - Não fique embriagado, por favor, amor. Vou querer outra noite daquela de ontem com você. Estou muito feliz, mesmo. Minha viagem da Itália para cá não foi perdida. - E agora, o que faremos? - Sexo. Sexo, sexo e sexo, enquanto esperamos. - Esperamos o quê? - Um sinal da minha mãe. Ela me avisará em sonho, quando for a hora de resgatá-la. - Pretende invadir a sede da Polícia e resgatá-la? Não aconselho... - Não, não será preciso, amor. É só a gente esperar. Ela mesma vai dar um jeito de sair de lá. - Se você diz... - o mulato estava cético. - Não se preocupe. Mas eu gostaria que você alugasse uma casa de praia, como sugeriu. Quero estar bem bonita e bronzeada, quando ela for se juntar a nós. Percival ainda tomou mais duas cervejas, antes de irem embora. Não lhes convinha que algum federal os visse por perto da sede da Polícia. Além do mais, ela não estava disfar- çada com a peruca ruiva. Tinha os brancos cabelos à mostra,
  • 152. VIUVINHA152 cortados curtinhos. Ele a achava linda. Ela parecia mesmo feliz. Beijou-o várias vezes na boca. Depois, encostou a cabe- ça em seu peito. Quando ele terminou a terceira cerveja, ela pediu: - Vamos para a pousada? Estou com frio. Quero que você me aqueça, lá... - Vamos sim. Ainda está disposta a fazer sexo? - Sim, amor. E muito. Mas hoje eu vou querer que você foda só minha bucetinha, como minha mãezinha me pediu, pode ser? - Está bem. Mas não vou usar o líquido verde, tá? Se- não, me dará vontade de foder teu cuzinho de novo. Quando desceram do táxi defronte à pousada, ela es- tava arfante. É que vieram se pegando desde o bar. O taxista, um senhor evangélico, reclamou da safadeza do casal, mas eles não lhe deram atençao. Percival pagou a corrida e o cara seguiu zangado. Pegaram a chave na recepção e entraram no quarto se beijando. Ela disse: - Olha, amor: como eu sei que gosta de foder meu cuzi- nho, vou te dar de novo uma única vez hoje. Depois, quero que goze na minha buceta, tá? - Por que a insistência em me ceder a buceta e não o cuzinho, como eu tanto gosto? - É que eu quero um filho teu! Ele estancou. Olhou fixamente para ela. Beijou-a terna- mente e depois perguntou: - Tem certeza disso? Nós nem nos conhecemos direi- to... - Eu vim para ter um filho teu. Minha mãe me pediu isso. - Não acha muito cedo e precipitado engravidar de mim? - Você não quer?
  • 153. EHROS TOMASINI 153 - Oh, não é isso. Eu sempre quis um filho. Mas minha vida era muito agitada e perigosa. Então... - Não se preocupe. Enquanto vida eu tiver, você não correrá mais perigo. Eu te prometo. Também não quero de- sobedecer minha mãe. Se ela diz que eu devo ter um filho teu, eu terei. E ponto final. O mulato não mais discutiu. Ela havia se despido total- mente e ele estava de pau duríssimo só de vê-la nua. Ela tirou sua roupa com uma graça que ele nunca houvera visto antes. Estaria apaixonado ou enfeitiçado por aquela mulher. Não importava mais isso. Ele a queria. E ponto final. Naquela noite, ele desistiu de comer o rabinho dela. Chupou sua xoxota até que ela se derramou toda em gozos frenéticos e contínuos. Jogou-o sobre a cama e o chupou com vontade. Depois, subiu sobre ele e se enfiou sensualmente em sua pica. Teve dificuldades para engolir toda a rola do mulato, mas dessa vez não deu um grito sequer. Ele ficou frustrado. Era um tanto sádico e adorava quando ela gemia de prazer e dor. Ao invés disso, ela gargalhava de prazer todas as ve- zes que sentia se aproximar o gozo. Como não havia injetado o composto nele, pediu que o mulato se segurasse para não gozar logo. No entanto, quando a estava chupando, ele per- cebeu que ela ainda tinha o hímen intacto. A jovem possuía um hímen complacente. Ele teria que descabaça-la várias ve- zes até ela perder o cabaço de vez. O sangue vaginal escorreu de novo pelo seu caralho enorme. Mas ela ria. A mulher de cabelos brancos levou a mão à xoxota e sujou-a com seu san- gue. Lambeu a mão e depois passou um pouco do líquido viscoso no rosto dele. E ria feliz, como se tivesse ouvido uma piada hilária. Ele estava cada vez mais apaixonado. Aí, sentiu se aproximar o gozo. O caralho inchou den- tro da vagina ensanguentada dela. Ela começou a gemer alto,
  • 154. VIUVINHA154 quando pressentiu que ele iria gozar. Minutos depois, os dois gozavam ao mesmo tempo. FIM DA DÉCIMA QUINTA PARTE
  • 155. EHROS TOMASINI 155 Viuvinha - Parte 16 Percival alugou uma casa de praia em Pau Amarelo, muni- cípio de Paulista, já mobiliada. A residência ficava à beira mar e quase isolada das outras moradas. Ela adorou. Con- tinuava feliz. O mulato, também. Haviam passado a manhã se banhando de mar. Na hora do almoço, como não tinham levado comidas para a casa, ele a chamou para andarem pela orla até encontrar um bar ou restaurante. Acharam um bar- zinho de pescadores, onde serviam pescados. Sentaram-se e o dono foi muito gentil com ambos. A sósia de Maria Bauer encantou os poucos clientes que estavam no local. Conversou com todos como se já os conhecesse havia muito tempo. En- tão de repente, ela estancou. O mulato perguntou: - Que foi, amor? Ficou pálida de repente... - Tem alguém nos observando. Posso sentir. Mas não o estou vendo.
  • 156. VIUVINHA156 Percival olhou em volta. Viu um carro parado distan- te. Um homem estava em pé perto dele. Fumava um cigarro. Mesmo de longe, o detetive o reconheceu. Disse para a moça: - Fique aqui. Já volto. Pouco depois, ele apertava a mão de Santo. Perguntou- -lhe: - O que faz aqui? - Estou te seguindo, óbvio. - Como conseguiu me localizar? - A mulata te entregou uma arma? - Sim. - Pois é. Ela tem um chip de localização. Mas não se apoquente com a jovem. Ela não sabia disso. - Puta que pariu. Vocês são fodas. Não dá para confiar. - Dá, sim. Eu mesmo lhe dei aquela pistola porque sa- bia que iria precisar da tua ajuda. - Com quê? - Hoje, pela manhã, foi a última sessão de transfusão de sangue da tua amiga Bárbara. A doutora Bauer pediu um favor a ela, por fazê-la voltar a andar: que me pedisse que eu raptasse os corpos de Lázaro e sua esposa, assim como o dela. - Está me dizendo que a médica morreu? - Ainda não. Fui falar com ela e ela me disse que, a par- tir de hoje, começa uma greve de fome. Quer morrer de mor- te natural. Pediu-me que eu não interferisse na sua decisão, mas quer que eu leve os cadáveres, inclusive o seu próprio, para um lugar que só eu saiba. E me disse que não enterrasse ninguém. - O que significa esse pedido? - Acredito que ela vai querer ressuscitar, como faz o pa- dre. - Caralho! Você acredita mesmo nisso? - Sim. Já vi coisas piores, vindas dessa médica. Está co- migo?
  • 157. EHROS TOMASINI 157 - O que pretende fazer, cara? - Sequestrar os corpos dos três. A médica pediu que eu impedisse que fossem dissecados. Foi difícil convencer a di- retoria da PF de que eles, mortos, não tinham serventia. Mas como agora tenho minha própria equipe, ganhei o direito de requisitar os corpos. O homenina está numa missão em Bra- sília. Não vai ser problema pra gente. Mas a irmã dele está de olho em mim. Temos que tira-la de tempo. - Você fala como se eu já tivesse aceitado essa missão. - Tenho certeza de que sim. - Vejamos: o que quer que eu faça? - A morena Cassandra vai me escoltar até o cemitério Parque das Flores, onde a médica pediu para ser enterrada. Quer ter certeza de que os corpos continuarão lá, pois já mandou instalar câmeras de vigilância defronte aos túmu- los que a própria médica pagou já há anos. Temos em mãos os documentos das compras dos jazigos. O que eu preciso é roubar os corpos antes de chegarem ao cemitério. Lembre-se de que a agente Cassandra estará me seguindo de perto. Eu estarei no carro funerário, logo à sua frente. - Quem estará conosco? - Ninguém. Não posso dizer pro meu pai que vou lesar a PF. O Açougueiro talvez topasse, mas é um cara que não sabe guardar segredos, entende? Sobra-me a mulata, mas as duas Cassandra estão de olho nela. - Já tem um plano? - Não. Deixo isso com você. E nem quero saber o que vai fazer. Desse modo, se eu for interrogado, não saberei res- ponder. - Entendo. Vou pensar em algo. Mas não garanto. Quanto tempo eu tenho? - Pouco. É só a médica falecer e fazemos os enterros pois o clone dela, assassinado por você, já está fedendo. Feliz- mente, está guardado em geladeira. - Comece enterrando essa cópia dela. Eu vou precisar
  • 158. VIUVINHA158 desse corpo. - Já formou um plano? Posso autorizar o enterro hoje mesmo. - Qual casa funerária vai cuidar do féretro? - Isso importa? - Muito. - Okay. Vejo isso e te mando pela Internet. Já tem cone- xão na nova casa? - Não, nem vou querer. Mas já comprei um celular novo. Tenho conexão através dele. Não se preocupe. - Está bem. Quem é a moça que está contigo? Pouco depois, o agente federal estava pasmo diante da sósia de Maria Bauer. O mulato apresentou-os: - Santo, essa é tua irmã. Maria, este é Santo, filho da doutora, também. Ela olhou bem para o rapaz. Depois, levantou-se e abraçou-se com ele. Disse: - Minha mãe já havia me falado que tinha um filho. Não pensei que fosse tão bonito. - Você é um clone, como as outras? - Não como as outras. Minha mãe me disse que sou especial. Não sou defeituosa, como a maioria. E tenho uma conexão mental com ela. Com você, também. Percebi quan- do nos observava. Pergunte a Percival... - Não preciso. Eu acredito - disse Santo, afagando-a ter- namente. Como você está? - Estou feliz. Primeiro, encontrei esse negrão maravi- lhoso. Agora, encontro um irmão. Sim. Estou maravilhosa- mente feliz. O que faz aqui, mano? Percival e Santo abriram o jogo para ela. A sósia ficou preocupada, mas concordava com a ideia de resgatar os cor- pos. Ofereceu-se para ajudar. Santo voltou até o veículo onde
  • 159. EHROS TOMASINI 159 estivera parado perto e veio com ele até o barzinho. Saiu do carro, o mesmo táxi que dirigia, com um notebook. Abriu-o e ligou-o, diante de alguns curiosos do local. O agente não se importou. Localizou o que queria: o nome da casa funerá- ria que trabalhava para a Polícia Federal. Copiou o endereço num guardanapo e entregou-o a Percival. Apenas, disse: - Pronto. O resto é com você. O mulato dobrou e guardou o pedaço de papel. Depois, disse: - Viemos almoçar. Está convidado. - Claro que aceito. Aproveitamos para conversar um pouco mais. Quero conhecer melhor a mana. No outro dia, logo pela manhã, Santo enviou um e-mail para o mulato com uma propaganda de caixões de defunto. Havia três modelos grifados. Junto ao arquivo, o agente fe- deral também mandou uma cópia do documento de com- pra dos caixões. Porém, o que interessava a Percival naquele momento, era a notícia de que a médica já entrara na greve de fome e tinha passado muito mal. Era tempo dele agir. Es- creveu para Santo perguntando onde iriam enterrar o clone. A PF não quis gastar com a cópia da médica. Mandou enter- ra-la como indigente num dos cemitérios mais populares de Recife: o de Santo Amaro. O mulato ficou sabendo o número da cova. À noite, faria uma visita ao coveiro. Não foi difícil enganar o cara que já estava bêbado por volta das onze da noite. Percival passou farinha de trigo nos braços e no rosto, para que ficasse parecido com uma alma penada. Entrou furtivamente no cemitário e se posicionou atrás do cara que estava sentado num banquinho e tinha uma garrafa de aguardente perto de si. Quando o sujeito pressen- tiu alguém perto de si e voltou-se, o mulato fez: - Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
  • 160. VIUVINHA160 O cara deu um pulo, verdadeiramente assustado, e cor- reu em direção à saída do cemitério. Estava tão amedrontado que fugiu deixando a bebida. Percival riu. Limpou a sujeira branca da cara e procurou a cova pertencente ao clone. Não demorou a encontrar o que queria. Ligou para a sósia de Ma- ria Bauer. Esta se aproximou do portão do cemitério dirigin- do um carro que ele tinha alugado. Esperou o mulato teme- rosa, pois era muito supersticiosa e temia os mortos. Mas ele não demorou. Apareceu trazendo um corpo enrolado num lençol que ele mesmo tinha levado para lá. Depositou o ca- dáver no porta malas do carro. Foram-se embora antes que o coveiro voltasse com alguém para ajuda-lo a espantar a as- sombração. Ao chegarem à casa de praia, ele colocou o cadáver den- tro do freezer que foi alugado junto com a residência. Este já estava cheio de cubos de gelo comprados em sacos em algum posto de gasolina. Mesmo já sendo quase meia-noite, foram tomar banho de praia. A água estava morna e a lua estava lin- da. Não havia mais ninguém por perto. Ficaram ambos nus e se banharam juntos. Em um dado momento, ela quis chupar- -lhe dentro do mar. Mergulhou e abocanhou o caralho dele. Quando perdeu o fôlego e emergiu, ele a beijou na boca. Seus sexos se tocaram. Ele estava de pau duro. Encaixou a peia entre as pernas dela. Ela, no entanto, reagiu: - Ontem você foi bem comportado. Merece comer mi- nha bundinha hoje, amor. Mas quero aqui, dentro dágua. Ele não falou nada. Virou-a de costas e a beijou desde a nuca até alcançar seu buraquinho redondo. Lambeu ali, mes- mo estando submerso. Ela jogou a bunda para trás, adorando a carícia. Ele roçou a cabeçorra entre as nádegas dela. A pica entrou rasgando. Ela gemeu alto, como ele gostava de ouvir. O caralho entrou mais um pouco. Ela choramingou:
  • 161. EHROS TOMASINI 161 - Vai. Vai... Não me deixe ansiosa. Empurra logo ela toda no meu cuzinho. Eu adoro, amor... FIM DA DÉCIMA SEXTA PARTE
  • 162. VIUVINHA162 Viuvinha - Parte 17 Três dias depois de terem roubado o corpo da clone, a sósia de Maria Bauer acordou assustada. Gritou alto e o mulato perguntou o que estava acontecendo. Ela disse: - Sonhei com a minha mãe. Ela me deu um recado: quer que a deixemos morrer. E eu... não quero que ela morra. - Pode ser apenas um sonho, linda. - Não. Não é apenas um sonho. Ela está me dando um aviso. Precisamos fazer alguma coisa. Não dá para esperar que ela seja mandada pro cemitério. A agente Cassandra a interrogou hoje. Quer que ela lhe conte o segredo das ressur- reições do tio Lázaro. Minha mãe se negou a dizer. Insistiu em afirmar que não sabe do que ela está falando. Teremos que mudar o teu plano, amor. - O que você sugere? - Não sei. Mas precisamos tirá-la da Polícia Federal o quanto antes. Senão, vão mata-la.
  • 163. EHROS TOMASINI 163 Um tempo depois, o mulato ligava para a morena Cas- sandra. Quando esta atendeu, ele lhe disse: - Vocês estão com a médica errada. Descobri que a que está aí é apenas mais um clone da doutora verdadeira. Mas não tenho certeza. Pode atestar isso? - O que foi que disse? - Você ouviu. Consegui contatar uma jovem igual ao clone que matei aí na sede da Polícia. Na verdade, ela me procurou para matar vocês. Desconfio que seja a verdadeira médica. - Puta que pariu. Onde ela está? - Tenho um encontro marcado com ela hoje à noite para a gente discutir alguns detalhes. Mas eu não a conheço bem. Queria que um de vocês confirmassem a sua identida- de. - Marque o encontro. Diga-me onde é e eu mesma vou averiguar quem ela é. - Também não é assim. Vou discutir meu preço com ela para matar vocês. Devo cobrar-lhe uma grana alta. - E eu com isso? - Se quiserem pegá-la, terão de me dar o dobro do que ela aceitar me pagar. - Caralho! Seja quanto for, é muita grana pra eu con- seguir. Não poderei convencer meus chefes a gastar esse di- nheiro todo. Ofereço metade do que ela vai te dar... - Vai te foder. Errei em te contatar. Soube que Santo também ganhou uma equipe. Vou negociar com... - Espera. Deixe Santo fora dessa jogada e eu vejo o que posso fazer. Só quero uma prova de que não está mentindo. - Dê-me teu número do WhatsApp e te mando uma foto que tirei dela comigo. - Como conseguiu? - Já disse: ela entrou em contato. Eu tenho uma nova assistente, já que você me sacaneou com a minha ex parceira
  • 164. VIUVINHA164 Marisa, lembra? Ela tirou uma foto de mim conversando com a mulher. - Quem te disse que eu te sacaneei? - Ela mesma. Marisa. Me deixou um bilhete dizendo que você tinha ameaçado de jogar as merdas dela no venti- lador. Você ganhou. Ela me deixou. Mas agora, você vai me pagar caro por isso. - Porra, eu a afastei de ti porque te amo, caralho. - Não. Você a afastou de mim porque é uma puta trai- çoeira. Aliás, esquece... Vou negociar com Santo ou com teu irmão. - Meu irmão não está no Recife. - Então, me viro com Santo mesmo. - Não, porra. Preciso solucionar esse caso a contento para impressionar meus diretores. Mostre uma foto recente dela. Se for verdade o que diz, acho um jeito de te pagar. Pouco depois de receber a foto de um casal conversan- do num bar, ela disse: - Puta que me pariu. É ela mesmo. Aquela catraia que prendemos nos enganou direitinho... - A quem se refere? - Ao clone que temos prisioneira, claro. Ela parecia mesmo a médica. Enganou até o Santo, caralho. Então, negó- cio fechado. Te pago o dobro do que ela te oferecer, nem que tenha de assaltar um banco pra pegar essa grana. - Quem sabe é você. Mas vou te dar um aviso. - Qual? - Se me sacanear, eu te mato. - Eu sou uma agente federal. Todos os agentes federais iriam atrás de ti. - Eu te mato assim mesmo. - E o mulato desligou. Ele estava sentado na mesma peixaria onde Santo o en- controu. Tinha a clone de Maria Bauer ao seu lado. Guardou
  • 165. EHROS TOMASINI 165 o celular e disse para ela: - Ela mordeu a isca. Daqui a pouco ligará para mim. - Tem certeza? Antes dele dizer que sim, seu celular tocou. Ele aten- deu. Era a morena de novo. Ela quis informar: - Meus chefes toparam teu acordo. - Tão rápido? - Elas sabem a importância de pegar a verdadeira mé- dica. - Ok. Fico no aguardo do telefonema da doutora. - Certo. Mas vai prometer não dizer nada para meu ir- mão. Nem para Santo. Promete? - Se me pagar certinho, eles não saberão. - E o que fazemos com a clone da médica que temos em mãos? - O que pretende fazer? - Perguntou Percival. - Deixá-la morrer de fome. Não mais nos interessa. - Pois faça isso. Mas nada de mata-la. Deixe-a morrer sem comer. Aí, não será responsável pela morte dela, perante a PF. - Vou fazer melhor: Santo tem ódio dela. Vou pedir para que mate a sósia que temos em mãos. Depois de interro- garmos a verdadeira, que ele faça o que quiser. - Não quero saber disso. É problema de vocês. Onde você está? - Em casa, amor. Não quer passar por aqui antes de se encontrar com a doutora? - Você sabe que não gosto de sexo selvagem. - Prometo pegar leve contigo. Estou carente, doida para receber teu caralho enorme no meu cu. - Está bem. Já chego aí. Quando o mulato desligou, a sósia da médica olhava ansiosa para ele. Perguntou:
  • 166. VIUVINHA166 - E aí? - Ela caiu na armadilha. Reagiu como previ. Mas você terá que fazer algo por mim. - Eu faço, amor. O que é? - Deixa eu ligar pra Santo. Depois, te falo. Tá certo. Assim que Santo atendeu, Percival falou: - Ela agiu como nós esperávamos. Vou segura-la comi- go, enquanto você transporta os corpos do padre e da mulher dele. - Certo. Mas... e a médica? O que faremos com ela? - A morena Cassandra vai te pedir para assassina-la, pensando que ela é mesmo uma clone. Peça para Bárbara dar o recado a ela: que deve se fingir de morta quando você a esganar na frente de alguém da PF. Faça com que fiquem as marcas das tuas mãos no pescoço dela. Esteja com um este- toscópio por perto, pra você mesmo atestar a sua morte sem precisar que um médico faça isso. Ninguém irá se envolver nesse rolo. Pedirão para você mesmo limpar tua sujeira. - E depois? - Perguntou Santo. - Depois, você carrega o corpo para o necrotério. Dei- xa-o lá, junto dos outros corpos, enquanto liga para a funerá- ria e pede três caixões. E deixa o resto comigo. - Acho que entendi o plano. Pode dar certo. Vou ter que desligar. Cassandra está ligando para mim. - Ótimo. Diga a ela que só topará matar a clone se ela deixar que você mesmo leve os corpos para o cemitério Par- que das Flores. - Pra que isso? Lembre-se que ela já instalou câmeras lá. Vai querer ver as imagens dos corpos sendo enterrados. - Ela verá. Confie em mim. Peça os três caixões e deixe que eu faço o resto. - Ok.
  • 167. EHROS TOMASINI 167 Cerca de três horas depois, Percival chegava à casa da morena. Ela já o esperava totalmente nua. Atirou-se nos braços dele e o beijou longamente. Tirou-lhe as roupas, en- quanto o beijava. Só então, o levou para o quarto sem nem se preocupar em girar a chave na porta de entrada. O mulato agradeceu aos céus por ela ter esquecido de fecha-la. Senão, teria que fazer isso quando ela se descuidasse. Antes do casal começar a se pegar na cama, a mocinha de cabelos totalmen- te brancos apareceu de arma em punho. Percival e Cassandra estavam nus e desarmados. A agente federal estava espantada com a aparição da suposta médica, apesar da doutora estar bastante rejuvenescida. Mas a morena já tinha visto a cientis- ta mais jovem do que naquele instante. Rosnou: - Como achou minha residência? - Eu e Lázaro sempre soubemos teu endereço, rapariga safada. E eu lamento não ter te matado a mais tempo. No en- tanto, dessa vez eu precisava ver com meus próprios olhos a traição do detetive. Por isso, o segui até aqui. - O que pensa em fazer conosco? - Levou o teatrinho adiante o mulato, fingindo ter sido pego de surpresa. - Vou atirar nos dois, claro. Principalmente nessa puta. Ela ameaçou matar minha... clone, hoje. - Disse a cópia de Maria Bauer, improvisando no que Percival, Santo e ela mes- ma, combinaram. Porém, o mulato deixou rolar. Não iria se intrometer no improviso da mulher de cabelos totalmente brancos. Esta continuou: - Você torturou minha... a prisioneira. Por isso ela está moribunda. Vai me pagar por isso. - Deixe-a em paz. Aponte essa arma para mim... - Con- tinuou fingindo o mulato. - Aguarde sua vez, mocinho. Antes de matar, vou alei- jar essa puta. Depois, invado a PF e fujo levando os corpos de Lázaro e sua esposa. - Tem alguém me dando cobertura. Você não vai esca- par - blefou a morena policial.
  • 168. VIUVINHA168 - Mentira. Estive vendo vocês dois se amassando desde que ele chegou. Nesse ínterim, dei uma olhada com calma em volta. Não tem ning... Um tiro de pistola se fez ouvir naquele instante. A mo- rena levou as mãos à barriga, atingida por uma bala. - Porra, o que você fez?... - Perguntou o mulato. - Apertei o gatilho sem querer, amor. Não esperava que... - Puta que pariu! Temos que socorre-la. Se ela morrer, o irmão nos caçará além dos confins da Terra... A morena desabou no chão, depois desmaiou. Percival aperreou-se. O mulato encostou dois dedos na jugular dela. Ainda havia batimentos cardíacos. Ele ligou imediatamente para Santo. Teve que repetir: - A morena Cassandra foi baleada sem querer. Ainda não pegamos os corpos do necrotério. O que faremos? O agente demorou a responder: - Sigam o plano. Mas socorram Cassandra, pelo amor de Deus. Se for preciso, contratem um médico particular. - Eu posso socorre-la, amor, enquanto você resgata meus tios e minha mãe. Traga-os pra cá. Mas não demore, por favor. E me desculpe. Me empolguei com o teatro... Ele deu-lhe um rápido beijo na boca e saiu depressa. Estava com um carro alugado. A sósia da médica havia vindo escondida em seu porta-malas, com a conivência dele. Ela ficou na casa da policial, em Olinda, enquanto ele foi embora. Alguns vizinhos quiseram saber o que estava acontecendo, depois de ouvirem o tiro. Mas a clone colocou a peruca ruiva e disse, sem quase abrir a porta, que a morena havia dispa- rado sua arma sem querer. Como a maioria sabia que ela era
  • 169. EHROS TOMASINI 169 policial, voltaram às suas casas. A moça correu para socorrer a morena. Sabia muito bem os primeiros socorros. Santo havia seguido o plano engendrado pelo detetive. Fingira esganar a médica na frente de alguns policiais, di- zendo tratar-se de mais um clone. Levou o cadáver para o necrotério, sob olhares reprovadores de alguns, e ligou para a casa funerária. Pediu três caixões e requisitou os serviços de preparadores para enterros à casa. Estes disseram chegar em meia hora. O mulato havia localizado o endereço da casa funerá- ria. Aguardava num trecho menos movimentado de uma rua que levava em direção à sede da PF. Assaltou o carro onde vinha dois funcionários. Botou-os pra dormir aplicando-lhes sedativos. Os sujeitos não entendiam pra que o cara queria um carro fúnebre. Percival enganchou o carro funerário atrás do veículo que alugara e seguiu em direção ao prédio da Po- lícia. Desengatou os dois veículos numa rua perto e levou o carro alugado para trás do edifício-sede, estacionando-o na entrada que usara com a sósia para chegar ao necrotério. Vol- tou a pé para o carro fúnebre. Finalmente, estacionou-o na frente do prédio. Vestia um uniforme da empresa funerária e estava disfarçado, com peruca e barbas e bigodes postiços. Procurou por Santo. Indicaram-lhe o caminho até o necroté- rio, onde os cadáveres esperavam para serem preparados para o enterro. Ele pediu ajuda a alguns agentes para transportar os caixões para dentro do prédio. O próprio Santo apareceu e se voluntariou para ajudá-lo. Os agentes suspiraram alivia- dos. Não lhes interessava fazer essa tarefa fúnebre. Ninguém da PF sabia ainda que a morena havia sido baleada. Santo ocultou-lhes esse detalhe. Quando se viram a sós, o detetive perguntou: - Cadê a doutora? - Fingiu bem e está deitada lá no mármore frio do ne-
  • 170. VIUVINHA170 crotério, junto com o casal. Como faremos para levá-los de lá? Pouco depois, a médica era colocada, fragilizada de fome e com hematomas no rosto e braços, dentro do carro alugado que estava estacionado na parte de trás do prédio. Enquanto Santo a carregava nos braços, o mulato levava o cadáver de Lázaro e o depositava no banco de trás do veículo. Percival fez o mesmo com o corpo da madre superiora. Jun- tos, carregaram os funcionários desacordados que estavam acondicionados no porta-malas do veículo alugado. Coloca- ram um e outro dentro de cada caixão. Ficou um vazio. O mulato disse: - Levemos esses dois caixões lá pra fora, antes que os caras que trabalham na funerária acordem. Carregaram juntos um caixão de cada vez e acomoda- ram dentro do carro fúnebre. Quando voltaram para o ne- crotério, onde restava um único caixão, o agente perguntou: - E agora? O que fazemos com esse caixão que sobrou vazio? - Entra nele - disse o detetive - pois vamos fingir que te dominei e te sequestrei dentro do carro fúnebre. - Caralho! Sacanagem, negrão. Se é assim, me dá uma pancada com algo que me faça sangrar. Por trás. Dê com for- ça, para que eu desmaie, ok? - Como queira. Pouco depois, o mulato disfarçado de funcionário da funerária voltava à frente do prédio procurando o agente: - Cadê aquele cara que estava me ajudando a carregar os defuntos? - Ué, não estava com você? - Disse que ia dar uma cagadinha e não mais voltou.
  • 171. EHROS TOMASINI 171 Dois agentes que aguardavam na frente do edifício, perto do carro funerário, riram a valer. Depois, um deles se compadeceu: - Faltam quantos caixões para trazer pra cá? - Apenas um. Mas não dá pra eu carrega-lo sozinho. - Vamos lá busca-lo. Eu te ajudo. Pouco depois, depositavam o último caixão com o agente dentro no carro funerário. O mulato disfarçado agra- deceu e fez a manobra. Logo, desaparecia numa esquina. Pa- rou o carro fúnebre lá, despiu-se do macacão da funerária e deixou a porta do carro aberta com os três féretros dentro. Arrodeou andando pela outra rua e saiu detrás do prédio da Polícia Federal. Em seguida, estava a caminho da casa de Cassandra, em Olinda. A médica, sentada ao seu lado, falou com voz débil: - Deu tudo certo? - Quase. Tua filha atirou na morena Cassandra, sem querer. Não podemos deixa-la morrer. O que foram esses machucões? - A própria morena que agora está baleada me tortu- rou. Mas não se preocupe: vou salvá-la. Porém, para isso, pre- cisarei da tua porra. Ainda tem o composto? - Peguei um, antes de sair de casa. Está acondiciona- do em uma embalagem resfriada, dentro do porta-luvas. Vai precisar de mais? - Não... Um único... me basta... Quando chegaram em Olinda, a agente descansava. Es- tava sedada pela clone da médica. A senhora tratou de pedir urgente a peia do mulato para mamar nela. Ele aplicou-se do líquido esverdeado e logo a alimentava de sêmen. A moça fi- cou excitada quando viu a mãe mamando no caralho de Per- cival. Passava a língua nos lábios enquanto a coroa o chupava. O mulato gozou por três vezes na boca dela mas ainda ficou
  • 172. VIUVINHA172 de caralho duro. A mocinha perguntou: - Ainda aguenta uma comigo, amor? - Até duas. Acho que exagerei na dose. - Ainda bem. Eu estava muito fraca. Mas vão para outro local. Preciso cuidar da agente Cassandra. - Pediu a senhora que ainda estava com aparência de uma coroa. - A filha perguntou: - Vai cuidar dela, mãe? Ela não tentou te torturar e te matar? - Estava fazendo o trabalho dela. Não lhe tenho raiva, filha. Você também não deveria ter. A mocinha não disse nada, pegando o mulato pela mão e o levando para o quarto. Mas Percival notou ódio nos olhos dela. Era a primeira vez que o mulato via isso na moça que parecia diferente da outra clone, a assassina. Mesmo assim, o rapaz precisava aliviar o tesão e foi com ela. Dessa vez a mocinha fez sexo de forma diferente. Não foi suave. Parecia estar copiando a maneira de ser da morena. Transava de forma sadomasoquista, como a policial federal. Mordeu o peito do mulato, lhe arranhou as costas com as unhas, machucou o caralho dele quando o chupou, pediu que ele metesse sem pena em seu cuzinho. Percival estanhava aquele comportamento, mas estava com muito tesão para pa- rar a foda e reclamar. Gozou duas vezes no cuzinho dela. Ela urrou de prazer. Sua maneira de demonstrar o orgasmo, no entanto, era idêntica à da morena Cassandra. FIM DA DÉCIMA SÉTIMA PARTE
  • 173. EHROS TOMASINI 173 Viuvinha - Parte 18 Percival descansava da foda quando seu celular tocou. Atendeu, já sabendo quem lhe ligava: - Diz, Santo. Tudo bem? - Tudo bem. Tudo corre como planejamos. - Como fez para sair do caixão lacrado? - Como você me deixou com o celular na mão, acen- di sua lanterna e depois liguei para a PF. Foram me salvar. Os caras da funerária ainda estavam desacordados. Mas não posso esperar que acordem aqui, na sede da Polícia. Os agen- tes que me salvaram não abriram os caixões, achando que quem está lá é o casal do mal: Lázaro e a esposa. Foi o que eu lhes disse. Aleguei ter sido atingido por uma pancada na cabeça, talvez dada pelo cara da funerária. Eles acreditaram. Como ninguém sabia de Cassandra, e o celular dela está des- ligado, os chefes me autorizaram a levar os corpos para o ce- mitério. Ainda pensam que ficou um cadáver lá, o da doutora
  • 174. VIUVINHA174 que estava nossa prisioneira. E agora, o que eu faço? - Calma. Finja descansar um pouco, antes de ir enterrar os outros corpos. Peça pra alguém fazer um curativo na tua cabeça, já que te feri. Isso me dará o tempo necessário para pegar o cadáver da clone que deixei no freezer da casa de praia e devolvê-lo ao necrotério. Aí, você o coloca no caixão que sobrou e pede que o ajudem a transportar ao carro fúne- bre. - Entendi. Em uma hora, dá pra você devolver o corpo da clone ao necrotério da PF? - Pode contar com isso. Depois de desligar, Percival disse para a clone da dou- tora: - Preciso devolver o corpo da tua irmã para o necroté- rio. Volto já. - Eu posso ir contigo, amor, te ajudar a devolver minha irmã à PF? - Não. Você fica comigo, minha filha. Estou ainda en- fraquecida. Vai me ajudar a salvar a vida da agente. Ela não está nada bem... - Disse a doutora Bauer. - Mas mãe... - Fique, minha linda. Não poderemos deixar que algo de mau aconteça a Cassandra. Precisamos dela viva. - Insistiu Percival. Cerca de uma hora depois, Santo parava o carro fúne- bre numa rua erma. Um automóvel parou logo atrás. Dele, desceu o mulato. Percival perguntou: - E os caras da funerária? - Ainda estão desacordados. Assim que pude, abri os caixões. Desse modo, puderam respirar melhor. Você pegou pesado com eles, né? - Errei a dose. Nunca tinha usado sedativos. Ajude-me a coloca-los no meu carro.
  • 175. EHROS TOMASINI 175 Pouco depois, se despediam: - Boa sorte, rapaz. Não se preocupe por Cassandra. Ela está em boas mãos. - Afirmou Percival. - Tomara. Seria muito azar se a morena morresse. O homenina não brinca em serviço. Logo, descobriria o que nós fizemos. - Você o teme? - Claro, caralho. Você não o conhece bem ainda. Se o conhecesse, não faria uma pergunta dessas. - Ok. Desculpa. O cara é mesmo um fodão. Vou-me embora. Depois de fingir enterrar os corpos no cemitério, deixe o carro funerário onde combinamos. Preciso comple- mentar a operação. - Está bem. Os dois funcionários da funerária acordaram quase ao mesmo tempo. Ainda estavam confusos. Um deles pergun- tou: - O que aconteceu? - Um cara barbudo nos parou. Aplicou-te uma injeção e me apontou a pistola. Arrodeou o carro e veio com uma seringa já preparada para mim. Ainda lhe perguntei para que queria um carro fúnebre, mas ele não respondeu. Lembro- -me apenas de que me injetou alguma coisa. Desmaiei em seguida - disse o motorista. - Que coisa mais estranha. Será que nos roubou os cai- xões? Vou dar uma olhada. - Disse o outro, saindo do carro funerário. Voltou para o veículo dizendo: - Putaquepariu. Roubaram os três esquifes. E agora? - Agora, voltamos para a funerária. O chefe que se las- que pra resolver essa bronca. Quando Cassandra despertou, encontrava-se sozinha em casa. Estava deitada, nua na cama, com a barriga enfai-
  • 176. VIUVINHA176 xada. Levantou-se rápido e correu até a sala. A cabeça rodou. Não encontrou Percival. Gritou por ele. Nada. Ela localizou sua pistola pequenina e feminina na sala, junto com as suas roupas. Olhou em todos os aposentos. Não achou o mulato nem encontrou nenhum vestígio de sangue. Aperreou-se. Li- gou para Santo. Disse: - Santo, fui baleada. Mas parece que a assassina cuidou de mim. Percival, que estava comigo, sumiu. Tem notícias dele? - Sim. Uns policiais de uma viatura o encontraram de- sacordado dentro de um carro alugado. Levaram-no para um hospital, mas ele parece bem. Onde você está? - Eu... estou na minha casa. Mas ainda estou confusa. E muito fraca das pernas. Pode me mandar alguém aqui? - Eu mesmo irei. Quando o agente chegou à casa dela, a morena parecia agitada. Suava muito e resfolegava. Nem bem abriu a porta pro cara, baixou-lhe as calças, rápido. - Ei, ei, ei... O que está havendo, mocinha? Sei que você age como louca, mas nunca foi tão tarada... - Não sei o que está havendo comigo. - Disse ela, bo- tando seu caralho pra fora das calças - Estou afim de chupar um pau. Preciso urgente de porra. O que fizeram comigo, ca- ralho? - Calma. Como está essa ferida? Deixe-me ver esse fe- rimento na barriga... - Depois. Depois que gozar na minha boca... Ele parou de falar. Ela bateu-lhe uma punheta urgente, querendo que ele gozasse o quanto antes. Ele disse: - Não estou afim de gozar, cacete. Você me pegou de surpresa. - Goza. Goza, ou enfio o dedo no teu cu... - Não é preciso. Acho que posso gozar. Mas não garan-
  • 177. EHROS TOMASINI 177 to matar essa tua sede de porra. Do que você se lembra? - Goza. Goza. Depois, conversamos. Ele disse: - Deixe-me meter em tua buceta, primeiro. Assim, só na punheta, eu não vou conseguir... - Na buceta, não. Irá me doer o ferimento. Quer foder meu cuzinho? - Se me der, aceito. Achei que estava com o mulato... - Disse o agente, se posicionando por trás dela. - Sim, eu estava. Aí, aquela puta apareceu. Acho que vi- nha seguindo-o. Ameaçou-me com uma pistola e, antes que eu pudesse reagir, atirou em mim. - Assim, de repente? - Acho que a arma disparou. Não sei. Está tudo muito confuso na minha cabeça. Tem certeza... de que... Per.. cival... está... bem? - Ela quase não conseguiu articular a frase, go- zando pelo cuzinho. Santo, ao perceber que ela estava gozando, apressou o ritmo das fincadas. Ela chorava de gozo. Ele avisou: - Tá vindo... Tá... vindo... Ela retirou-se do pau dele. Ajoelhou-se perante o agen- te e bateu-lhe uma punheta apressada. Ele esguichou um jato no rosto dela. Ela abocanhou seu caralho. Mamou-lhe a pica até não restar nem um pingo. Depois, passou as mãos no ros- to, lambendo os dedos em seguida. - Caralho... foi pouco. Preciso de mais, cacete... - Espera um pouco. Vou no carro e já volto. - Não. Eu quero mais porra... - Terá. Até se fartar. Não se preocupe. Quando voltou do carro, o agente taxista estava de pau duríssimo novamente. Ela perguntou:
  • 178. VIUVINHA178 - Como conseguiu? - Eu ando com uma ampola daquelas que a doutora Bauer me aplicou, certa vez. Pode mamar até se fartar. Acho que sei o que fizeram contigo. - Você acha que... - Sim, acho. - Puta que pariu! Aquela médica piranha me injetou o Sangue de Cristo? Então, eu me fodi. Vou precisar de sêmen até umas horas... - Mama na minha pica. Quando se fartar, conversamos sobre isso. Percival estava deitado num leito de hospital, quando Bárbara, a loirinha linda, chegou para uma visita. Ele sorriu. Ela beijou-lhe demoradamente os lábios. Perguntou, aflita: - O que houve, amor? Soube por Santo que Cassandra foi baleada. Mas ele pediu que eu não contasse a ninguém. Disse que só você e ele sabiam. - É verdade. Mas fui traído pela clone da médica. Ela já havia atirado em Cassandra, mas disse que foi sem querer. Levei Maria Bauer para cuidar do ferimento de Cassandra, e ajudei Santo a recuperar os corpos do casal Lázaro e a madre assassina. Quando voltei para a casa da morena policial, a só- sia da médica me acertou por trás. Desmaiei. Colocaram-me no carro que eu havia alugado e me largaram em um lugar qualquer. Uma viatura policial me socorreu e me trouxe para cá. Estão esperando alguém da Polícia Federal para vir me interrogar. Você está bem? - Eu deveria estar descansando, mas Santo pediu que eu viesse te avisar de que quem vai te interrogar é ele. Estás muito machucado? - Só no orgulho. Levei uma cacetada na cabeça, mas os médicos já cuidaram do ferimento. Por isso, estou de atadu- ras no quengo.
  • 179. EHROS TOMASINI 179 - Tadinho. Depois que Santo vier, te levo pra minha casa. Não há mais perigo de voltar pra lá. A Agência não exis- te mais, sabia? - Sim, sabia. Eu preferia ir para o meu própria apê, Bar- bara. Lá, eu me sentiria mais seguro. - Deixa Santo chegar que a gente resolve isso. Quando o agente federal chegou, Percival estava dor- mindo e a loira tinha a cabeça encostada no peito dele. Tam- bém dormia sentada numa cadeira ao lado da cama do mula- to. Santo acordou ambos. Disse: - Precisamos sair daqui. O homenina voltou de São Paulo. Soube da própria irmã que ela foi baleada. Descon- fia de mim e de tu. Acha que nós dois planejamos a fuga da prisioneira e o sequestro dos corpos da dupla de assassinos: Lázaro e sua esposa. - Fugir é atestar minha culpa. Não vou fazer isso. - Quem sabe é você. Volto para perto da morena Cas- sandra. Ela me protegerá da ira do irmão. - Será? - Duvidou a loiríssima Bárbara - A morena tor- turou a médica. Com certeza, a médica irá querer se vingar. - Já fez isso. Aplicou o Sangue de Cristo em Cassandra. - Puta que pariu. Por isso, as duas me tiraram de tempo. - Afirmou Percival. - Do quê vocês estão falando? - Perguntou a loira. - Nada não. - Desconversou o agente. - Consiga uma cadeira de rodas. Precisamos tirar Percival daqui. - Eu já disse que... Inesperadamente, Santo lhe aplicou uma seringa. O mulato apagou na hora. Bárbara correu atrás de uma cadei- ra de rodas. Trouxe uma em minutos. Santo falava com dois policiais que estavam de guarda. Eles não reagiram quando o rapaz colocou Percival na cadeira e saiu empurrando. Nem bem foram embora, o homenina chegou à enfermaria onde
  • 180. VIUVINHA180 estava o mulato. Perguntou por ele. Disseram que havia sido transferido de hospital. - Ele foi para aonde? - Não sei, senhor. Acho que o levaram para uma clínica particular. Havia um casal com ele. A mulher era loiríssima e muito bonita. - A puta da Bárbara - disse entredentes o agente fede- ral. - O outro deve ter sido Santo, aquele traidor. - Como disse, senhor? - Perguntou um dos policiais. - Nada não. Obrigado pela informação. Vou atrás do fugitivo. Quando o homenina entrou em seu carro, ligou para a irmã: - O filho da puta do mulato fugiu. Estou indo pra tua casa. - Ele não tem nenhuma culpa por eu estar ferida. Até me defendeu. - Quando eu chegar aí, conversaremos. Santo também deve estar em conluio com eles. Não respondeu minhas cha- madas e agora desligou o aparelho. - Santo esteve comigo quase ainda agora. Fui eu que pedi que ele levasse o mulato do hospital. Venha pra cá. Pre- cisamos conversar. Assim que o homenina encetou a marcha e mano- brou para sair do estacionamento do hospital, foi picado no pescoço por uma agulha. Alguém lhe injetou um sedativo. O atacante usava uma máscara branca de tecido que cobria toda a cabeça. Havia duas aberturas toscas para os olhos, fei- tas apressadamente por tesouras. Foi só isso que o homenina pode perceber, antes de perder totalmente os sentidos. FIM DA DÉCIMA OITAVA PARTE
  • 181. EHROS TOMASINI 181 Viuvinha - Parte 19 Percival acordou-se na casa de praia. Ainda zonzo, viu o ho- menina desmaiado perto de si. Notou que havia algumas pessoas por perto. Sua visão ainda estava turva. Escutou: - Pronto. Ele está acordando. O mulato olhou naquela direção. Viu uma figura de mu- lher. Reconheceu-a. Perguntou: - Oi, Bárbara. Onde estou? - Na casa que você alugou, amor. Santo te raptou do hos- pital bem a tempo. O homenina chegou furioso. Iria te dar umas porradas. O mulato olhou de lado. Cassandra permanecia desacor- dado. Percival perguntou: - Por que o trouxeram para cá? - Não se preocupe. Logo o estaremos levando-o para a
  • 182. VIUVINHA182 casa da irmã ou de volta ao estacionamento do hospital. A dou- tora já terminou os procedimentos com ele. - Que procedimentos? - Os mesmo que fez com a morena Cassandra: agora eles dependem do Sangue de Cristo, como eu e você. - E como eu e a irmã - complementou Santo. - Pra que tudo isso, caralho? - Quando esse puto acordar, vai sentir sede de esperma. Precisará ser alimentado de porra, senão morrerá. Foi a vingan- ça da minha irmã para com eles - afirmou Santo. - Caralho! Por que, então, me aplicaram aquele líquido verde? Eu estava ajudando a médica e a filha dela, cacete! - É verdade. E elas sabem disso. O líquido esverdeado ser- ve para suprir a médica de porra. Eu e você seremos doadores de esperma para ela, mas por pouco tempo. Quando a doutora ressuscitar, não precisará mais de sêmen. Eu e você, no entanto, vamos adquirir um fortalecimento imunológico sem igual: esta- remos livres de doenças e nossas feridas cicatrizarão bem mais rápido que o normal. Era nessa pesquisa na qual a doutora esta- va empenhada. Por isso, eu a estava ajudando. - Afirmou Santo. - Eu não pedi isso que me deram, porra. - Sinto muito. Agora é tarde. - Cadê a doutora e a filha dela? - Estão descansando. Trabalharam um bom tempo para deixar Cassandra dependente de porra. - Pra que tudo isso, cara? - Repetiu o mulato, ainda de cabeça confusa. - Já te disse: foi a vingança da doutora e sua filha. Os ir- mãos Cassandra vão sentir na pele o que é precisar de esperma todo dia, como minha mãe e o casal. - A filha dela não precisa se alimentar de esperma? - Não. Ela é o clone mais perfeito que minha mãe produ- ziu. No entanto, consegue adquirir característica de outras pes- soas que ela entra em contato. - É, eu percebi. - Disse Percival - Notei que ela estava agin-
  • 183. EHROS TOMASINI 183 do igual à morena Cassandra. - Por falar nisso, quero te dar meus parabéns: minha irmã está grávida de ti. - Como é que é? - Espantou-se o mulato. - Isso mesmo que ouviu: antes de irem dormir, minha mãe a examinou. Ela está grávida. Se a gravidez vingar, será a primeira vez que uma clone tem um bebê pelo processo natural. Portanto, parabéns. - Isso não foi com o meu consentimento, cara. - Eu sei. Mas minha irmã veio de Roma para engravidar de ti. A pedido de minha mãe. Ela te ama. Aliás, ambas gostam de você. Vai ser um problema uma desistir de ti. Bárbaraestavadecabeçabaixa.Pareciatriste.Percivalper- cebeu. Perguntou o que a estava incomodando. Ela confessou: - Eu também te amo, negrão. Mas devo minha saúde aos experimentos da doutora. Pensei que jamais iria voltar a andar. - Quem capturou o homenina? - Quis saber o mulato. - Fui eu - Confessou a loira - Nós sabíamos que ele estava indo para o hospital querendo te foder. Escondi-me e o esperei no estacionamento de lá. O puto deixou a porta do carro aberta, de tão furioso que estava. Foi fácil pra mim entrar no veículo e me esconder no banco de trás, já com um sedativo preparado. Injetei-lheadrogaeotrouxeparacá.Euestava puta da vida com ele por ter autorizado a irmã a torturar a pobre doutora. - Puta que pariu. Se ele souber que foi tu que o capturasse, vais estar fodida. - Não ligo. Já está tudo certo para eu ir para a Itália, com a médica e a filha dela. Elas vão te chamar para ir, também. Santo já se decidiu a ir conosco. Você vai? - Não sei. Tenho que pensar nisso. E o casal que resgata- mos da PF? - Perguntou o mulato. Dessa vez, foi Santo quem respondeu: - Minha mãe está crente de que ambos vão ressuscitar em
  • 184. VIUVINHA184 breve. Eu acredito nela. - Isso é loucura, meu Deus... - afirmou o mulato. Então, ouviram uma voz feminina: - Não, não é. Eu, finalmente, descobri o mistério da res- surreição do padre Lázaro: ele tinha que morrer de morte natu- ral, se quisesse ressuscitar e viver sem precisar do líquido verde. Por isso, recusou-se a comer. Minhas pesquisas me levaram a essa descoberta: o novo composto que criei não causa mais de- pendência de esperma. Por isso, apliquei uma nova fórmula em você. Ela fortaleceu teu sêmen e possibilitou minha filha engra- vidar. A nova fórmula não causa nenhum problema ao coração. Desenvolverei estudos para produzir um novo tipo de Viagra. Junto com o método de troca total do sangue do paciente, tes- tado em Bárbara e em alguns mendigos, promoverei a cura de quaisquer doenças. - Isso, se a PF não cair de pau encima de ti - advertiu Per- cival. Santo ponderou: - Cassandra foi a São Paulo e depois a Brasília denunciar o desvio de verbas do governo pernambucano para as pesquisas da minha mãe. Recebeu ordens de parar as investigações. A coi- sa é maior do que a gente pensava. Há comitês internacionais de saúde interessados nas pesquisas. Apostam na cura do Câncer e da AIDS com o composto criado por minha mãe. - Percebo que agora a chama o tempo todo de “minha mãe”. - Observou o mulato. - Sim. Antes, evitava chama-la assim para não suscitar desconfianças da Polícia Federal. Decidi que vou largar meu emprego. Minha mãe agora é rica, depois dos resultados do tratamento à base de transfusões. Podemos conseguir asilo em qualquer país do mundo, cara. - Venha conosco, amor. - Disse a doutora - Minha filha já concordou em te dividir comigo e com Bárbara. Moraremos os
  • 185. EHROS TOMASINI 185 cinco juntos: eu, você, Santo, Maria e Bárbara. - Você está disposta a isso, loira? - perguntou Percival. - Sim, amor. Eu só não te dividiria com a puta da Cassan- dra. Ela jogou sujo contigo, com a doutora e com tua parceira detetive. Vi quando ela a ameaçou de denuncia-la por vários cri- mes, se não te deixasse. - É, Marisa me deixou um bilhete. - Eu ia matar a puta Cassandra. Santo é quem não deixou. - O castigo que minha mãe e minha irmã infligiu aos ir- mãos Cassandra é o bastante. Eu queria estar por perto pra ver o homenina mamando num caralho, ele que é tão machão. Lázaro passou por isso. Por esse motivo, passou a ser tão mais agressivo. - Conversa. Pelo que me consta, o cara foi sempre um fi- lho da puta - rebateu Percival. - Antes de se decidir a morrer de fome e sede de esperma, Lázaro pediu para que eu o deixasse aqui no Brasil, junto com a esposa. Quer ficar de olho no homenina e na irmã, seus mais ferrenhos adversários. - Informou a doutora. - Quando ele deve estar ressuscitando? - Perguntou Per- cival. ******************************************** O homenina acordou no próprio carro, estacionado den- tro das dependências do hospital. Levou a mão ao pescoço e notou o inchaço provocado pela picada de agulha. Sentiu algo incômodo no tórax e percebeu que estava enfaixado ali. Sentiu dores no local. Mas o que mais o incomodou foi a vontade louca de beber porra. Procurou seu celular, para ligar para a irmã, e não encontrou. Também não achou sua arma, que sempre tra- zia presa a um coldre, por baixo do terno que usava. Encetou a marcha do veículo e manobrou para sair do estacionamento. Pretendia ir à casa da irmã, em Olinda. A vontade, porém, de mamar numa pica era terrível. Sacudiu várias vezes a cabeça, para afastar aqueles pensamentos, mas a ânsia de beber esperma
  • 186. VIUVINHA186 persistia. Deu garças a Deus quando chegou à casa da irmã. Ela veio abrir a porta assim que reconheceu o barulho do motor do automóvel do irmão. Ele perguntou: - Você está bem, mana? - Não, não estou. Por que demorou tanto? Sinto uma sede enorme de porra. Dê-me teu caralho, depressa. - Eu também estou sentindo o mesmo. O que será que fizeram conosco? Ela não respondeu. Já chupava seu caralho enorme, mes- mo ele ainda estando mole. Mas logo ficou duro, quando ela passou a língua na glande. A morena estava ajoelhada entre as pernas do homenina, sem nem ter fechado a porta. Ele o fez, sem deixar de oferecer-lhe o cacete. Demorou bastante ao agen- te gozar. Ela sugou sua porra com sofreguidão. A quantidade de líquido jorrado não foi suficiente. Ela implorou: - Deixe-me continuar te chupando, mano. Ainda estou com sede... - Não. A próxima gozada é minha. Também estou pre- cisando. Mas continue chupando. Quando eu estiver prestes a gozar, te aviso. - Está bem. Então vamos pra minha cama. Lá, fico numa posição mais confortável. Aqui, os joelhos me doem. Mas como vai fazer para beber teu próprio esperma? - Um copo. Vá para a cama. Vou pegar um copo na cozi- nha. Ele deixou o copo sobre um criado-mudo que havia no quarto e tirou toda a roupa. Ela perguntou: - Como você se feriu? - Não sei. Me botaram pra dormir quando entrei no carro. Fui ao hospital dar umas porradas no negrão, por ter atirado em ti, mas ele não estava mais lá. Santo o está ajudando. Deve tê-lo tirado de lá antes que eu chegasse.
  • 187. EHROS TOMASINI 187 - Por que bater em Percival? Ele não atirou em mim. Foi a puta da doutora. Só que ela está incrivelmente mais jovem. - Ele deve saber onde Maria está. Fui lá arrancar essa in- formação dele. - Santo! Santo tem um pequeno estoque do líquido verde que aumenta a quantidade de porra. Vou ligar para ele. - Já te disse que o filho da puta está com a mãe. Não acho que nos ajudará. Se brincar, foi ele quem me deixou desacorda- do no estacionamento. - Pode ser. Mas precisamos do Sangue de Cristo. Se eu conversar com ele, ele me dará, sim. - Pois tente. Porém, se eu o pegar, dou-lhe uma surra. Es- tou logo avisando. Mas continue chupando. Estou com ânsias de tomar porra. Aí, tocaram a campainha da porta. Os irmão se entreo- lharam, cismados. A morena pegou sua pequena pistola. Mes- mo nua, foi atender à porta. Teve uma grata surpresa: era Santo quem tocava a campainha. Ele sorriu, ao vê-la nua. Disse: - Espero não estar interrompendo uma foda... - Não. Você chegou numa ótima hora. Mas meu irmão sabe que você está metido com a doutora. É verdade? - Sim. É verdade. Minha mãe parece ter encontrado a cura do câncer e da AIDS. Isso supera a minha rivalidade com ela. - Mas a minha, não! - Afirmou Cassandra, aparecendo nu na sala. - Tudo bem, cara. Mas ela já fugiu do Brasil - mentiu o agente - e dessa vez eu acho que não volta. Mas deixou um pre- sente para vocês dois. -Presente?Dequesetrata?-Perguntouohomenina,mais calmo. - Está no carro. Vou buscar pra cá. O agente taxista retornou com duas caixas grandes. De- positou-as na sala e abriu uma delas. Continha uma grande
  • 188. VIUVINHA188 quantidade de ampolas com o líquido esverdeado. - Essas caixas acondicionam uma quantidade de Sangue de Cristo suficiente para um ano de uso para vocês dois. É o tempo necessário para minha mãe descobrir a cura para a de- pendência da droga. Mantenham-nas na geladeira. O homenina demorou para aceitar o presente. A irmã, não. Pegou logo uma ampola e correu até o quarto. Catou uma seringa numa das gavetas. Voltou à sala com a seringa pronta para aplicar. Perguntou: - Quem se habilita? Estou sedenta de porra. Santo abriu o fecho da calça. Botou o caralho para fora. Ela o puxou para o quarto. Disse pro irmão: - Venha, mano. Não vou perder essa oportunidade de fo- der com dois. O homenina esteve indeciso, depois seguiu o casal. Mas disse: - Vou logo avisando: não vou mamar no caralho de nin- guém. - Não é preciso, cara. - Santo procurou algo nos bolsos - Eu passei numa farmácia a caminho daqui e comprei algumas camisinhas. Você pode usá-las para colher teu próprio esperma. - Tenho ideia melhor - afirmou a morena Cassandra. Em seguida, ela aplicou a seringa preparada no irmão. Esse gritou de dor, ao receber o líquido na coxa. Mas o pau do homenina reagiu logo, ficando imediatamente duro. Santo disse: - No começo dói, mas depois você se acostuma, cara. Mas isso tem suas vantagens: você pode passar mais tempo fodendo um cu... - Ele vai começar fodendo o meu, enquanto te chupo. Vis- ta uma das camisinhas trazidas por Santo, mano. Depois, meta no meu cu sem pena até gozar. Aí, você despeja o gozo no copo
  • 189. EHROS TOMASINI 189 e toma. - Boa ideia - concordou o homenina. Santo deitou-se na cama de pernas afastadas uma da ou- tra. Ela ficou de quatro diante dele. Empinou bem a bunda. Cas- sandra parafusou a enorme rola vestida com o preservativo. Este só lhe cobriu metade do pau, de tão grande que era. A more- na gemeu alto, quando foi enrabada. Depois que acondicionou toda a rola do homenina na bunda, começou a mamar Santo. Este falou: - Pode se fartar. Eu me apliquei o líquido, antes de vir para cá. - O jovem não quis dizer que a versão do Sangue de Cristo que se aplicou era de um estoque atual, muito mais poderoso do que o que a morena havia aplicado no irmão. No início, o homenina não estava muito entusiasmado para foder o cu da irmã. Mas o desejo de tomar porra era cada vez mais forte. Assim que começou os movimentos de coito, já sentiu se aproximar o gozo. Logo, dizia: - Porra, já vou gozar. - Sim. Goze, mas não tire de dentro. Só quando gozar pela segunda ou terceira vez no meu cuzinho, mano. Tá é bom... Ela voltou a chupar e a punhetar Santo. Ele também não demoroumuitoadar-lheaprimeiragozadanaboca.Elaengoliu toda a porra de imediato e continuou chupando e pedindo mais: - Vai, amor. Goza de novo na minha boquinha. Estou tão carente de porra... - Remexe a bunda, mana -, exigiu o homenina - vou gozar novamente. O homenina apressou as estocadas. Ela gemia com mais vontade. De repente, esguichou gozo na cama. Estava gozando pelo cu. Recebeu outra dose de porra na boca. O irmão retirou- -se do cusinho dela, depois da morena sentir a rola inchar den-
  • 190. VIUVINHA190 tro de si. Ele correu para o criado-mudo. Retirou a camisinha com cuidado e depositou o líquido no copo. Bebeu tudo de um só gole. Mesmo assim, o líquido viscoso não matou sua sede. Vol- tou a se posicionar atrás da irmã, depois de pegar novo preser- vativo trazido por Santo. A segunda fincada no cu da morena já o encontrou mais relaxado. Ela nem gritou. Estava achando era bom. FIM DA DÉCIMA NONA PARTE
  • 191. EHROS TOMASINI 191 Viuvinha - Parte final Quando Santo se foi, Cassandra perguntou para a irmã: - O que acha que devemos fazer com ele? - Nada. Se for verdade que a mãe descobriu a cura para o câncer e a AIDS - coisa que não duvido nada - devemos até agradecê-la, mano. Ademais, Santo disse que ela já fugiu do Brasil. Deixou de ser da nossa alçada. - Se eu descobrir onde ela está escondida, vou atrás dela. Nem que seja para saber o que aquela puta fez conosco. Santo enterrou os outros dois? - Não sei. Coloquei câmeras no cemitério. Vamos ver? Pouco depois, diante de um computador, os irmãos atestavam a chegada do agente taxista ao cemitério. Ele pedia ajuda a um funcionário de lá para carregar os caixões. Ela não tinha dúvidas: - Sim, ele fez o prometido. Achei que iria fugir com os
  • 192. VIUVINHA192 corpos. Ainda bem que não o fez. - Disse ela. - Soube que Santo foi promovido, como você. Ficarei de olho nele. Se tirar alguma licença para viajar, eu o sigo. Decerto, irá se encontrar com a doutora. - Santo já nos ajudou muito. Se eu fosse você, deixava o cara em paz. - Nunca! Eu odeio a doutora. Principalmente agora que nos fez depender de porra. Vou obriga-la a reverter o proces- so e depois matá-la! ******************************************** Já havia se passado três dias desde a morte de Lázaro e sua esposa. A doutora estava eufórica. Aquele, para ela, seria o grande dia: iria atestar a sua teoria de que o casal voltaria à vida. Os corpos, já fedendo, estavam disposto sobre uma mesa. O cadáver da clone assassina continuava no freezer. A médica pretendia fazer experiências com ele, depois. Santo, Percival, Bárbara e a clone de Maria Bauer estavam senta- dos em cadeiras e poltronas, dispostos na sala, esperando o milagre da ressurreição. Para o assombro do mulato, Lázaro foi o primeiro a se mover. Parecia que tinha os nervos todos entravados. Gritou de dor assim que abriu os olhos e tentou se levantar. Com esforço, sentou-se na mesa. Olhou em volta de si e pareceu reconhecer todos. Tentou falar, mas só saíram grunhidos da sua garganta. A médica disse: - Procure não fazer esforço, amor. Você ainda deve es- tar muito fragilizado. O assassino viu o corpo da esposa deitado em outra mesa. Com penúria, conseguiu se levantar e andou até ela. O cadáver tinha um ferimento aberto na fronte. A doutora disse: - Retirei a bala que estava alojada na cabeça dela. Dei- xei o ferimento aberto porque...
  • 193. EHROS TOMASINI 193 Não chegou a terminar a frase. O ferimento começou a sangrar. A doutora Bauer correu para suturar e fazer um curativo ali. Pouco depois, a madre superiora se moveu mui- to lentamente. Gritou de dor. A médica aplicou-lhe um seda- tivo imediatamente. Disse: - Ela sente dor no ferimento. Precisava ser sedada. Mas, graças a Deus, está ressuscitada. O padre assassino caiu no chão, fraco das pernas. Santo apressou-se em ampará-lo. Percival e Bárbara ainda estavam assombrados com aquelas cenas tétricas. A filha da médica apenas sorria. Estava muito contente com o sucesso da mãe. Pegou na mão do mulato. Ele estava chateado por ela o ter agredido, batendo em sua cabeça à traição. Ainda mantinha o curativo desde que saíra do hospital. Ela disse: - Vamos dar uma olhada nesse curativo, amor? Acho que não precisará mais dele. De fato, o detetive não sentia mais dores ali. A própria jovem pegou uma tesoura e cortou as ataduras. Examinou- -lhe a cabeça. Já não existia nenhum sinal do ferimento. Ela chamou a mãe para dar uma olhada. Santo também o fez. Bárbara falou: - Não há vestígios de ferimento, paixão. A cura foi mi- lagrosa. Bem que a doutora falou que o líquido esverdeado iria funcionar bem. Percival passou a mão no local onde havia ferimento. Atestou a veracidade do que ela dizia. Agradeceu à doutora. Esta disse: - Teu fator imunológico foi alterado. Irá sarar com mais facilidade, seja qual for o ferimento. Só não pode ser uma ferida mortal. - Podem acreditar que não vou querer testar a veraci-
  • 194. VIUVINHA194 dade disso. Todos riram, menos Santo. O mulato perguntou-lhe: - O que está pegando, companheiro? - Pensando nos irmãos Cassandra. Não vou poder pe- dir demissão agora. Eles iriam me seguir para ver onde estou, querendo chegar à minha mãe. Eu lhes disse que a doutora já havia fugido pro Exterior. Não creio que o homenina tenha acreditado. Precisamos ter cuidado. Então, prefiro permane- cer aqui, no Brasil, para ficar de olho nele. Vocês devem par- tir assim que o casal estiver mais recuperado. - Sim. Primeiro iremos para Roma, onde mora minha filha. A casa lá é grande e dará para todos. Também dará para eu montar meu laboratório. Você pode ir conosco, meu fi- lho. Lázaro ficará vigiando os gêmeos Cassandra. - Afirmou a médica. - Não, mãe. Eu quero ficar. Não vou deixar que o tio Lázaro mate eles. São meus amigos. Apesar de achar o home- nina muito radical, gosto dos dois. - Quem sabe é você. Mas continue se aplicando o novo Sangue de Cristo que te dei. Aumentará a tua imunidade. Pode te salvar a vida. - Sim, mãe. No outro dia, livre das ataduras na cabeça, Percival foi até onde morava Marisa. Não encontrou ninguém em casa nem na casa da irmã dela. Foi procurar a médica onde ela tra- balhava. Disseram que havia pedido demissão já havia alguns dias. Aí, ele se convenceu de que as duas estavam mesmo fora do País. Ficou triste. Ainda esperava encontrar a antiga parceira detetive. Não estava muito afim de ir para a Itália. Também não amava a doutora Bauer e sua filha. E não tinha nenhum interesse no dinheiro delas, até porque possuía a sua própria pequena fortuna. Por outro lado, não se via um cara casado. Sempre fora independente, nunca pensara em viver
  • 195. EHROS TOMASINI 195 com alguém. Procurou um bar. Precisava pensar na vida, e umas cervejas o ajudariam nisso. Encontrou um barzinho discreto mas bem aconche- gante. Uma coroa triste, toda vestida de preto, veio atende-lo. Parecia ser a dona do local. Ele pediu uma cerveja. Ela trouxe uma super gelada. Só tinha ele de cliente. Perfeito para o que ele queria: refletir, tomar decisões difíceis. Bebericava, quan- do a mulher de preto voltou à sua mesa com um copo vazio. Pediu para ele encher. O mulato o fez. Ela agradeceu, depois perguntou se incomodava se permanecesse sentada à sua mesa. Ele lhe disse que podia se sentar mas não estava sen- do sincero. Preferia ficar sozinho. Porém, observou melhor a dona do bar: ela era bonita, apesar de não usar nenhuma maquiagem. Também parecia ter um corpão, apesar da roupa comportada não deixar muito à mostra. Mas sua expressão era de tristeza absoluta. Ele perguntou: - O que a aflige, senhora? Parece triste. Ela se remexeu na cadeira. Parecia incomodada com aquela pergunta. Finalmente, falou: - Hoje, completa-se três anos que perdi meu marido. A Polícia nunca descobriu quem o matou. Eu prometi a mim mesma guardar luto enquanto não fosse revelado o seu assas- sino. Mas já começo a perder as esperanças. - Onde ele foi assassinado? - Aqui, na frente do bar. Estava fechando o estabele- cimento, quando atiraram nele. Dois tiros, à queima-roupa. - Ele tinha algum inimigo declarado? - Que eu saiba, não. Mas acho que me traía. Já havia chegado algumas vezes com a camisa manchada de batom. Eu ficava triste, mas não brigava com ele. Ele queria que eu lhe desse um filho, mas eu nunca consegui.
  • 196. VIUVINHA196 - A senhora não pode ter filhos? - Pareço tão velha assim para me chamar de senhora? - Desculpe-me. Não me parece velha. Eu te daria uns quarenta anos. - Menos. Tenho trinta e sete. Mas sempre me disseram que aparento bem mais, depois da morte de Rodolfo. - Quem investigava a morte dele? - Um delegado que morreu há pouco tempo. Dizem que tinha ligações com uma tal Agência, fechada pela Polícia Federal dia desses. Meu cunhado, também recém-falecido, vivia envolvido com a tal máfia. - Como era o nome do teu cunhado? - O mulato per- guntou já sabendo a resposta. - Rogério. O meu falecido marido e ele viviam pedindo dinheiro emprestado à tal Agência. Foi com um empréstimo que ele abriu este bar para mim. Parece que já adivinhava que iria morrer. - Quem está investigando o caso, agora? - Acho que ninguém. Ficam me mandando de um in- vestigador para outro, meu Deus - disse ela, desabando num choro convulsivo. Ele esteve pensativo. Depois, disse para a bela jovem: - Eu... sou detetive, moça. Posso tentar investigar a morte do teu marido. - Eu agradeceria muito se tivesse dinheiro pra te pagar, moço. Veja a situação do bar: ninguém mais se arrisca a be- ber aqui, temendo que venham me matar também. Logo, irei à falência. E não me resta nenhuma outra fonte de renda. - Eu entendo. Não vou te cobrar por meus serviços. - Não? Por que faria isso? - Eu costumo fazer uma boa ação por mês - mentiu o mulato - e ainda não fiz nenhuma nestes trinta dias. Ela baixou a cabeça, envergonhada. Sabia que ele iria
  • 197. EHROS TOMASINI 197 pedir alguma coisa por seu trabalho. O que todos pediam: sexo. A jovem sorriu, mesmo acanhada. Estava disposta a se dar a ele, pois fazia muito tempo que estava em jejum sexual. Inesperadamente, deu-lhe um rápido beijo na boca. O mula- to foi pego de surpresa. Porém, ficou imediatamente de pau duro. Quando ela se afastou ainda acanhada, tocou com o braço no copo de cerveja do cara. O líquido entornou no colo de Percival. Ela correu ao balcão, pegou um pano e passou no caralho duro dele, por fora das calças. Pedia desculpas o tempo todo: - Desculpe, moço. Eu sou mesmo desastrada. Deixe que eu limpo. Deixe que eu... Pervival pegou em sua nuca e a puxou para perto de si. Deu-lhe um beijo, dessa vez demorado e de língua. Ela estre- meceu com aquele contato físico. A jovem liberou um cheiro forte de perfume e sua saliva ficou com um gosto mais ativo. Ela agarrou-se mais ao mulato. Sussurrava: - Não... moço... assim... você me mata... de desejo... - Desejo de quê? - Insistiu ele. - Desejo... de ter... essa rola... enorme em mim. Pronto. Falei. - E por que não a tira daí de dentro? - Ele perguntou, ainda a beijando. - Não... posso. Fiz... fiz... uma promessa. - E se eu te disser que já sei quem matou teu marido? - Eu... não acreditaria. Você... estaria... me mentindo. - Teu cunhado era solteiro? - Sim... Mas o que isso tem a ver? - Ela falou, finalmente descolando os lábios dos dele. - Eu conheci o Rogério, moça. Um sujeito que anda- va de terno preto e óculos escuros. Ele parecia ter um gande peso na consciência. Ao ponto de matar seu melhor amigo e se suicidar. - Sim, é esse mesmo. Eu soube disso. Mas que motivo
  • 198. VIUVINHA198 ele teria para matar o próprio irmão? - Uma loira belíssima. - Como é que é? - Uma loira belíssima foi o pivô da morte do teu mari- do. Ela se chama Bárbara Sampaio. A Agência a chamava de Viuvinha. É uma mulher de fazer fácil os homens se apaixo- narem por ela . Teu marido ficou afim dela, mas o próprio irmão também a amava. Rogério faria de tudo para tê-la só para ele. A Viuvinha é conhecida por separar casais. Deve ter prometido ao teu marido que ficaria com ele. Rodolfo fechou o bar já pensando em te pedir a separação ou o divórcio. Se isso acontecesse, o lacaio da Agência perderia a loira para o irmão pra sempre. Então, o matou. Com a consciência pesa- da, matou-se, depois de assassinar o melhor amigo. Ela estava chorando ao ponto de soluçar. Ele disse: - Sinto muito. Mas é melhor você ficar sabendo dessa história direitinho. Eu só preciso averiguar com a tal loira. Mas tenho certeza de que já matei a charada. - Eu... Você pode investigar isso pra mim? - Perguntou a moça, depois que se acalmou um pouco. - Claro. Amanhã, a esta mesma hora, te darei notícias. Ela olhou para o relógio afixado na parede do bar. Per- guntou: - Não quer ficar aqui comigo? Daqui a pouco vou fe- char o bar. Não vem ninguém, mesmo... - Melhor eu não ficar. Já te disse que não fiz a boa ação do mês ainda. - Pois faça uma: me deixe feliz. Ao menos, por esta noi- te. Eu moro aqui mesmo, no bar, na parte de cima. É só o tempo de fechar as portas. Ninguém irá nos incmodar. O mulato voltou a beijá-la. Ela se tremia toda nos bra- ços dele. Finalmente, abriu seu fecho da calça. O pau saltou,
  • 199. EHROS TOMASINI 199 enorme e duro. Ela sorriu. Levou-o à boca. Chupou-o com uma gula tão grande que ele temeu que ela o machucasse. Mas ela sabia chupar bem. Agachou-se sobre o colo dele sem se importar com quem passasse na rua. Nenhum cliente apa- receu enquanto ela mamava seu cacete. Ela lambia seu saco, chupava a cabeçorra, punhetava o mulato à espera de engo- lir sua porra. Percival se prendia. Desviou a mente enquanto ela se empenhava na chupada. Mas o cara não conseguiu se segurar por muito tempo. Uma enorme quantidade de porra foi vertida na boca dela. Ela continuou a masturbação, en- quanto sugava toda a sua gozada. Resfolegava: - Já... nem me lembrava... do gosto... de esperma... - Vamos fechar o bar? É melhor do que sermos flagra- dos assim. - Eu adoro foder sob o perigo de ser flagrada. Fazia isso com meu marido. Às vezes fodíamos nus na rua, mas sempre de madrugada, quando não passava ninguém. Fomos pegos duas vezes. Uma delas por um carro de Polícia. - Estou bem arranjado. - Disse o mulato - Eu não cos- tumo foder em público. - Do quê você mais gosta? - Adoro um cusinho. - Eu dava ao meu marido, mas ele parecia não gostar muito. Todas as vezes que fazíamos anal, ele corria para se lavar. Acho que tinha nojo. Eu adorava. Mas ele não tinha uma rola tão grande quanto a tua. Não sei se iria aguenta-la no meu buraquinho que está muito apertadinho. - Vamos tentar? - Você me chuparia primeiro? - Claro. Chupo tua buceta e depois teu cuzinho, antes de meter nele. - Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Fiquei toda arrepiada. Me ajuda a fe- char? Depois, subimos. No entanto, depois de várias tentativas, ela não con-
  • 200. VIUVINHA200 seguiu aguentar o enorme pau dele no cuzinho apertado. O mulato ficou frustrado. Acabou apenas chupando sua buceta e a fazendo gozar várias vezes. Ela estava chateada quando ele tomou um banho e se vestiu para ir embora. Ela perguntou, triste: - Não volta mais, não é? Eu fui um fracasso... - Nem sempre conseguimos da primeira vez. Amanhã volto aqui com um pouco de vaselina e um líquido esverdea- do que é melhor que Viagra. - Líquido verde? Eu não conheço. - É. Você não conhece. - Vai voltar mesmo? Promete? - Sim. Prometo. Ao invés de voltar à casa de praia, o mulato foi para o seu próprio apê. Para a sua surpresa, encontrou Bárbara es- perando na portaria. Ela abraçou-se a ele e o beijou. Depois, disse: - Sabia que iria encontra-lo aqui. Faz tempo que estava te esperando. Você foi pra onde? - Fui tomar umas e pensar um pouco, Bárbara. Aí, de- cidi que não quero ir para a Itália. - Eu também não quero ir, amor. Lá, eu iria te dividir com as outras. Se você ficar, eu também ficarei. - Não sei... Eu não fui feito para viver com alguém. Prefiro a minha liberdade. Por outro lado, aquelas duas me fizeram coisas sem me consultar. Não quero passar de novo por isso. - Então, façamos o seguinte: eu vou, pois ainda preciso continuar meu tratamento, depois volto. É o tempo de você pensar melhor. Ou já tem outra mulher na jogada? - Não - mentiu ele - não tem. Mas nós dois nunca de- mos certo, Bárbara. Não seria agora que iria dar... - Você não me ama? - Não... não amo.
  • 201. EHROS TOMASINI 201 - Tudo bem. Mas eu te amo. Para mim, é o bastante. Se você quiser, pode ter outras mulheres. Contanto que nunca me deixe, amor. - O que houve entre você e Rogério? - Perguntou ele, de supetão. Ela parou, espantada. Olhou bem para ele. Depois, per- guntou: - Por que isso agora? Isso foi anterior a nós voltarmos a foder, amor. - Tudo bem. Estou querendo apenas matar uma chara- da. Rogério matou o amigo e se suicidou. Por quê? - Você tem cervejas lá encima? Pode ser uma longa his- tória. Pouco depois, bebiam na sala da mansão onde ela mo- rava. Ele não tinha bebidas no freezer e ela o chamou para a própria casa. Já haviam consumido duas cervejas quando ele disse: - Conte a tal história para mim. Ela se ajeitou no sofá e sorveu um grande gole de cer- veja. Começou a falar: - Meu noivo, como sabe, é boiola. Ia se casar comigo obrigado. Eu morria de vontade de fazer sexo. Rogério e o irmão foram designados pelo chefão da Agência para serem meus guardas costas, quando na verdade estavam comigo para me espionarem. Primeiro, eu dei para Rogério. Depois, pro amigo dele, pois o cara que você bateu nele me viu tran- sando com Rogério. Ameaçou contar à tia do meu noivo, aquela catraia. Então, deixei de transar com os dois e arris- quei Rodolfo. Eu sabia que o cara era casado e não iria me chantagear como o outro. Além do mais, Rodolfo era o mais gostoso dos três. Aí, engravidei do cara. Infelizmente, você me fez perder o bebê.
  • 202. VIUVINHA202 - Aí você inventou aquela história do estupro... - Não inventei. Eu fui estuprada. Um dos estupradores era Rodolfo, para me livrar do castigo do meu noivo. Rogé- rio descobriu a farsa e matou o próprio irmão. Exigiu que eu continuasse dando para ele. Aí, eu tive a ideia de te contratar. Eu sabia que você chegaria até ele. Ele me ameaçou, dizendo que iria te matar também. Mas, quando te viu em ação, pas- sou a te admirar. Ao ponto de matar também o amigo para te preservar a vida. Fim da história. Percival esteve pensativo, depois aquiesceu: - Tua história faz sentido. Acredito em você. Mas isso não muda o fato de você ter me usado mais uma vez. Então, não quero mais conversa contigo. Ela baixou a cabeça. Começou a chorar. Ele bebeu o resto de cerveja do copo e levantou-se. Disse para ela: - Vou-me embora. Me faça um último favor: diga a Santo que foi um prazer conhece-lo. - E o que digo às duas? Que você não vai mais com elas? - Não. Não precisa dizer nada. Elas saberão, quando me procurarem e não me encontrarem. - Não pode me dizer aonde irá? - Não quero que ninguém fique sabendo. Vou desapa- recer por uns tempos. - Então, tchau amor. Um dia ainda vou querer dar ou- tras contigo. Quando Percival chegou à casa da mulher toda vestida de preto, ela se atirou em seus braços. Beijou-o com paixão. Ele lhe mostrou duas ampolas do líquido esverdeado. Ela também tinha uma surpresa para ele. - Olha o que encontrei nas minhas coisas: um consolo que usava quando meu marido passava as noites fora. Estive enfiando-o no cusinho, pensando em ti. Agora, quero testar
  • 203. EHROS TOMASINI 203 tua rola de novo. Acho que vou aguenta-la. - Então, deixa eu aplicar o líquido em mim. Ela ficou assustada quando ele gemeu de dor por al- guns minutos. Mas, quando viu o pau ficar duríssimo e pul- sante, arrastou-o para o sofá e ficou de costas para ele. Nem era preciso dizer: - Vai. Atola ele todinho em meu cu, atola. Sem pena. mesmo se eu gritar, não pare... FIM DA SÉRIE.