Como está sua caixa de ferramentas?
Imagem gerada via Chat GPT.

Como está sua caixa de ferramentas?

Enquanto fazia uma especialização, durante um almoço com colegas, soltei a frase: “Eu não sou criativo.” Essa declaração provocou um intenso debate. Minha justificativa era simples: vindo de uma formação técnica em finanças, somada aos anos de experiência no mercado financeiro e uma visão mais “realista” da vida, acreditava que isso me tornara uma pessoa sem criatividade.

Os colegas, porém, rebateram com argumentos sólidos. Após uma série de perguntas sobre minha trajetória, mostraram que eu já havia resolvido diversas situações de forma criativa. Concordei com isso, e eles foram além, afirmando que a criatividade poderia ser desenvolvida. Um dos pontos mais marcantes da discussão foi a ideia de que a criatividade é como uma caixa de ferramentas que vamos preenchendo ao longo da vida.

Essa metáfora fez muito sentido para mim. Passei a buscar situações que me ajudassem a expandir essa caixa. Ler livros fora da minha área de conhecimento foi um bom começo. Mas logo percebi que a vivência prática seria ainda mais eficaz. Diante da quantidade de experiências e leituras necessárias para ser mais criativo, percebi que o tempo disponível não seria suficiente. Então, com meu viés financeiro, perguntei: como tornar esse processo mais eficiente?

A resposta surgiu rapidamente: formar um grupo de pessoas com experiências e conhecimentos variados. Em outras palavras, criar um time multidisciplinar e diverso. Providencialmente, eu estava em transição de carreira e montando uma equipe. Coloquei a ideia em prática e notei que não apenas me tornei mais criativo, mas também ajudei o grupo a desenvolver seu potencial. Alguns integrantes até descobriram novas carreiras. Entretanto, trabalhar com pessoas tão diferentes trouxe desafios. Gerenciar um time diverso exige do gestor/líder competências como empatia, escuta ativa, mente aberta e paciência.

No fim, minha conclusão foi mais ampla do que apenas a importância de um time multidisciplinar e as competências necessárias para um gestor/líder montá-lo e gerenciá-lo. Percebi que em todas as experiências que vivi e que me trouxeram até aqui eu nunca estive sozinho. Exemplo é este próprio relato e outros que já compartilhei aqui: a pessoa que me emprestou cheques para eu fazer meu curso pré-vestibular, o debate com colegas que me ajudou a montar meus objetivos, a construção da minha família etc.

Você já percebeu que nada em sua vida você fez sozinho? E você, gestor/líder, está montando um time que complemente suas limitações e as dos outros, ou está na zona de conforto com pessoas “iguais” a você?

Terminarei este artigo diferentemente dos outros, não apenas com perguntas, mas com a mesma afirmação que fiz no início do post: NADA SE FAZ SOZINHO!

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