REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
(INDE)
Programas do
Ensino Primário
Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física
1º Ciclo
(1ª e 2ª Classes)
Julho de 2015
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Prefácio
Caro Professor!
É com prazer que colocamos, nas suas mãos, os Programas do 1º Ciclo do Ensino Primário, das
disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física.
Os presentes Programas resultam da revisão pontual do Plano Curricular e dos respectivos Programas de
Ensino Básico introduzidos em 2004, com o objectivo de incrementar a qualidade do Ensino Primário
em Moçambique, traduzida no desempenho qualitativo dos alunos na literacia, numeracia e nas
habilidades para a vida.
Esperamos que estes Programas revistos possam auxiliá-lo na execução da sua tarefa diária de
proporcionar aos alunos o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes - com vista a
enfrentarem, de forma adequada, os desafios que lhes são colocados no dia-a-dia - para que se tornem
cidadãos participativos, reflexivos e autónomos, contribuindo, deste modo, para a melhoria da sua vida,
da vida da sua família, da sua comunidade e do País.
É nossa pretensão, também, que os alunos sejam educados dentro do espírito patriótico, versado pela
preservação e desenvolvimento da cultura moçambicana, pela preservação da unidade nacional, pela
cultura de paz, pelo aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos humanos.
Importa ainda salientar que os Programas são abertos e flexíveis, podendo ser adaptados à realidade dos
alunos e da escola.
Estamos certos de que os Programas serão um instrumento de base para as discussões pedagógicas na
sua escola, planificação de aulas, reflexão sobre a prática educativa, análise do material didáctico e
elaboração de projectos educativos, contribuindo para melhorar o seu desempenho profissional – que,
afinal, é um direito seu.
O Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano
Professor Doutor Luís Jorge Manuel António Ferrão
Ficha Técnica
Título original: Programas das Disciplinas do 1º Ciclo do Ensino Primário
Edição: INDE/Ministério da Educação e do Desenvolvimento Humano
Autor: INDE/MINEDH
Capa: INDE
Arranjo gráfico: INDE
Impressão:
Tiragem:
No. De Registo:
Índice
Introdução ....................................................................................................................................................... 1
Programa de Língua Portuguesa do 1º Ciclo ................................................................................................ 11
Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Língua Portuguesa .................................... 14
Porgrama de Língua Portuguesa 1ª Classe .......................................................................................... 27
Programa de Língua Portuguesa 2ª Classe .......................................................................................... 86
Programa de Matemática 1º Ciclo ...............................................................................................................115
Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Matemática ………................................. 118
Programa de Matemática 1ª Classe ....................................................................................................120
Programa de Matemática 2ª Classe ....................................................................................................146
Programa de Educação Física 1º Cíclo ........................................................................................................165
Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Educação Física ...................................... 167
Programa de Educação Física 1ª Classe ............................................................................................ 168
Programa de Educação Física 2ª Classe .............................................................................................172
1
Introdução
O Ensino Primário desempenha um papel importante no processo de socialização das crianças, na
aquisição de conhecimentos, habilidades e valores/atitudes fundamentais para o desenvolvimento
harmonioso da sua personalidade. Esta afirmação é também fundamentada por Seepe (1994), para quem
“as crianças de amanhã devem não só estar preparadas para se adaptarem ao mundo em mudança,
mas também devem preparar-se para criar novas mudanças em benefício da humanidade”.
Em 2004, foi introduzido o Currículo do Ensino Básico, cujo objectivo principal era tornar o ensino
mais relevante, no sentido de responder às diferentes demandas socioculturais, económicas e
políticas, formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida da sua
família, da sua comunidade e do país, dentro do espírito da preservação da unidade nacional,
manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e respeito pelos
direitos humanos, bem como da preservação da cultura moçambicana.
Volvidos mais de dez anos da implementação do Currículo do Ensino Básico, os resultados da
avaliação no âmbito do SACMEQ (2007) e da Avaliação da implementação dos programas do 1º e 2º
ciclos do Ensino Básico (INDE, 2010) revelam que grande parte de alunos do Ensino Primário termina
o 1º ciclo sem saber ler nem escrever. Estas constatações levaram o Ministério da Educação e
Desenvolvimento Humano, através do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação, a
desencadear o processo de revisão pontual do Plano Curricular e dos Programas de Ensino, com vista a
incrementar a qualidade de ensino.
A revisão pontual do Plano Curricular do Ensino Básico incidiu, essencialmente, sobre a:
• Alteração da designação do Plano Curricular do Ensino Básico (PCEB), passando a designar-se
Plano Curricular do Ensino Primário (PCEP).
• Alteração do Plano de Estudos, que compreendeu a redução do número de disciplinas através
da integração de competências e de conteúdos:
 1º ciclo: 1ª e 2ª classes, de 6 para 3 disciplinas;
 2º ciclo: 3ª classe, de 8 para 3 disciplinas, tomando a 3ª classe as características das
classes do 1º ciclo, sendo, por isso, uma classe de consolidação;
 4ª e 5ª classes, de 9 para 6 disciplinas;
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 3º ciclo: 6ª e 7ª classes, de 11 para 9 disciplinas.
• Reorganização dos Programas das diferentes disciplinas:
 Integração de algumas disciplinas;
- No 1º ciclo, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e
Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática.
- No 2º ciclo, a 3ª classe apresenta as mesmas características das classes do 1º ciclo,
sendo a classe de consolidação das competências de leitura e escrita iniciais e
numeracia.
- Na 4ª e 5ª classes, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e
Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa, Ciências
Sociais, Matemática e Ciências Naturais.
 Elaboração das competências por ciclos e respectivas evidências de desempenho;
 Especificação da carga horária;
 Reorganização dos tempos lectivos, de forma a permitir que os alunos possam adquirir,
desenvolver e consolidar a literacia e a numeracia no Ensino Primário.
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Guia de Leitura
Os Programas do Ensino Primário revistos enquadram-se nos princípios básicos que nortearam a
transformação curricular do Ensino Básico, especificamente:
 A concepção da escola como agente de transformação, e não apenas como meio de
transmissão de conhecimentos;
 O reconhecimento da necessidade de formação integral da personalidade, o que leva a que as
diferentes disciplinas sejam abordadas em uma perspectiva integrada;
 Exigência de Programas flexíveis facilmente adaptáveis à realidade: características locais,
pontos de partida e ritmos de aprendizagem diversificados e;
 O predomínio dos aspectos relativos ao desenvolvimento das capacidades de análise, síntese e
ao estímulo da criatividade, da livre crítica, do sentido de responsabilidade e da capacidade de
integração em grupo.
Com estes Programas do Ensino Primário, pretende-se tornar o ensino relevante , de modo a
responder às reais necessidades do aluno e da sociedade moçambicana. Esta relevância fundamenta-
se na percepção de que a Educação é fundamental para o desenvolvimento do capital humano e, por
conseguinte, deve ter em conta a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, para que se torne um
factor por excelência de coesão social e não de exclusão, formando cidadãos capazes de se
integrarem na vida, aplicando os conhecimentos adquiridos em benefício próprio e da comunidade.
Neste contexto, os Programas do Ensino Primário são uma fonte de estudo e de orientação dos
professores para o desenvolvimento de um ensino de qualidade, um ensino que permite que os alunos
desenvolvam as competências determinadas nos diferentes ciclos de aprendizagem e as utilizem para
a resolução dos diferentes problemas do dia-a-dia, da sua comunidade, distrito, província, país, bem
como para responder aos desafios da globalização.
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I - Estrutura dos Programas
Os Programas de Ensino Primário apresentam:
a) A Introdução
b) O Plano Temático (com indicação da unidade temática, os objectivos específicos, os conteúdos,
as competências parciais e a carga horária)
c) As Sugestões Metodológicas
d) A Avaliação
a) Introdução
Na introdução, faz-se uma descrição dos propósitos e significado do Programa, a filosofia que está
por detrás da sua concepção e as principais alterações em relação ao Programa anterior.
b) Plano temático
Para a orientação do professor, apresentamos uma grelha que ajudará a mediar o processo de ensino-
aprendizagem. Apresentamos também orientações para a utilização do plano temático.
Eis a seguir o esquema desse plano:
Unidade
Temática
Objectivos específicos
O aluno deve ser capaz de:
Conteúdos Competências Parciais
O aluno:
Carga
Horária
 A primeira coluna do plano temático apresenta a unidade temática a ser abordada em cada fase.
Para abordar a unidade temática, o professor deverá fazer a leitura completa de toda a linha, para
ter uma ideia global sobre o tratamento da matéria proposta.
 Na 2ª coluna, são apresentados os objectivos especificos. O professor tomará os objectivos
específicos definidos para cada tema como metas a atingir durante e no fim do processo de
ensino-aprendizagem. Cada professor poderá desdobrar os objectivos específicos se o processo
de condução das aulas assim o exigir.
 Na 3ª coluna, são apresentados os conteúdos que indicam ao professor as matérias e noções
concretas que devem ser abordadas em cada tema. É necessário verificar, para cada tema, a
relação dos conteúdos propostos com os propostos nas outras disciplinas curriculares, para
estabelecer a ligação conveniente.
5
 Na 4ª coluna, temos as competências parciais que indicam os principais estágios de aprendizagem
atingidos pelo aluno em um determinado tema. As competências parciais referem-se a estágios de
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes atingidos pelo aluno no processo de ensino-
aprendizagem.
 A 5ª coluna apresenta a carga horária. Apesar de servir de indicativo para o professor, esta carga
horária não deverá ser tomada como tempo rígido de abordagem da unidade temática. O professor
deverá ser flexível em relação à carga horária, podendo compensar as perdas e ganhos de tempo
entre os diferentes conteúdos. Cabe ao professor fazer a planificação analítica das aulas, com base
no plano temático e no ritmo de aprendizagem da turma.
o A carga horária aqui apresentada corresponde a 80% da carga horária total, pois, os
restantes 20% estão reservados para o Currículo Local.
c) Sugestões Metodológicas
Depois do plano temático, são apresentadas as Sugestões Metodológicas que o professor poderá
usar ou adaptar em função das necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo a
desenvolverem as competências definidas para o fim de aprendizagem de cada tema. Nas
Sugestões Metodológicas, por vezes, são apresentadas algumas estratégias de abordagem
metodológica de alguns assuntos. Essas estratégias não são “receitas” para o professor cumprir
mecanicamente; trata-se de sugestões que podem ser úteis para a sua actividade, como facilitador
do processo de ensino e aprendizagem.
d) Avaliação
Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios de Progressão por
Ciclos de Aprendizagem, tendo em conta que a avaliação faz parte do processo de ensino-
aprendizagem. É o meio que permite verificar se os resultados das actividades desenvolvidas
pelos alunos correspondem às competências preconizadas no Programa de Ensino.
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II - Currículo Local
O que é Currículo Local?
O Currículo Local (CL), é uma componente do currículo nacional correspondente a 20% do total
do tempo previsto para a leccionação de cada Disciplina. Esta componente é constituída por
conteúdos definidos localmente como sendo relevantes, para a integração da criança na sua
comunidade.
Qual é o espaço que se considera local?
É o espaço onde se situa a escola que pode ser alargado até à Zip, distrito e mesmo província.
Quem define os conteúdos relevantes a nível local?
A definição dos conteúdos relevantes, a nível local, é feita por todos os intervenientes na
educação da criança, isto é, todos os elementos que fazem parte da comunidade onde se situa
a escola, nomeadamente:
• Professores;
• Alunos;
• Encarregados de educação;
• Líderes e autoridades locais;
• Representantes das diferentes instituições afins;
• Organizações comunitárias.
Este processo é coordenado pela Direcção da Escola e pelo Conselho de Pais a quem cabe a
planificação das actividades que culminarão com elaboração de um Programa do CL para a
escola. Estas acções incluem a realização de encontros com as comunidades para a recolha de
informação que deverá ser sistematizada pelos professores obtendo assim o conjunto de con
teúdos do CL a serem leccionados na escola.
Nesta fase cabe aos professores enquadrar os conteúdos nas diferentes classes e disciplinas (na
respectiva área temática) de forma lógica e coerente, tendo em conta o nível dos alunos.
7
Como é feita a integração de conteúdos definidos localmente?
Após a elaboração do Programa do Currículo Local para a escola, segue-se a fase de integração
nos Programas de cada disciplina, que é feita de duas formas:
a) aprofundamento de conteúdos já previstos no Programa;
b) inserção de novos conteúdos de interesse local, no Programa de ensino.
Caso haja conteúdos de interesse local que o professor não domine, este, em coordenação com a
Direcção Pedagógica e do Conselho de Pais da sua escola, poderá solicitar a colaboração de pais,
encarregados de educação ou outros membros da comunidade para a sua leccionação.
Avaliação
Sendo o CL uma componente do Currículo Nacional, a sua avaliação poderá ser feita de forma
integrada, isto é, algumas questões relativas ao CL poderão ser integradas nas diferentes
avaliações previstas.
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III - Competências do Ensino Primário e Evidências de Desempenho
A reforma do sistema educacional em Moçambique remete-nos para uma nova abordagem por
competências e evidênciasde desempenho. A competência é definida como “evidência de
conhecimentos, habilidades e atitudes na realialização de uma actividade, tarefa ou função ou a forma
de encarar com sucesso qualquer situação. A competência manifesta-se, portanto é observável.
Evidênciasde desempenho são factos observáveis que permitem medir ou avaliar o nível de alcance ou
do desenvolvimento das competências.
1. Competências do Ensino Primário
a) Comunica claramente em Língua Portuguesa (usando frases complexas coordenadas e
subordinadas), tanto na oralidade como na escrita;
b) Comunica em Língua Inglesa, no nível elementar;
c) Comunica, através da arte, de forma criativa;
d) Demonstra o gosto pela leitura de obras diversas;
e) Resolve problemas elementares de aritmética e geometria em diferentes situações da
vida real;
f) Age, de forma crítica e autónoma, em diversas situações da vida;
g) Valoriza a sua cultura através da língua, tradições e padrões de comportamento;
h) Manifesta atitudes de amor e orgulho pela pátria moçambicana e unidade nacional;
i) Manifesta atitudes de preservação da paz;
j) Reconhece os direitos e deveres da criança;
k) Interpreta os fenómenos naturais, usando conhecimentos científicos para o bem-estar
pessoal e colectivo.
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2. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário e respectivas Evidências de Desempenho
Tabela1: Competências e Evidênciasdo 1º Ciclo do Ensino Primário
Competências Evidências de Desempenho
Exprime-se, oralmente, adequando a língua
portuguesa e/ou moçambicana a diferentes
situações básicas de comunicação.
 Responde a mensagens orais relacionadas com
diversas situações do quotidiano;
 Produz mensagens orais com sequência lógica,
pronúncia correcta, vocabulário básico
relacionado com as áreas temáticas em estudo,
adequando-as às situações básicas de
comunicação.
Lê pequenos textos (7 a 10 frases simples),
em letra de imprensa e cursiva.
Lê pequenos textos (7 a 10 frases simples), com tom
de voz audível, pronunciando correctamente (sem
soletrar) as palavras e respeitando os sinais de
pontuação e acentuação.
Interpreta pequenos textos, orais e escritos (7
a 10 frases simples), com vocabulário
familiar.
 Responde, oralmente ou por escrito, a
questionários de compreensão de pequenos
textos (7 a 10 frases simples) lidos ou ouvidos,
extraindo a informação explícita;
 Reconta, oralmente, histórias lidas ou ouvidas,
tendo em conta a sequência lógica e o conteúdo
do texto original, usando as suas próprias
palavras.
Escreve frases e pequenos textos (5 a 8 frases
simples), aplicando regras básicas de
organização e funcionamento da língua.
Escreve frases e pequenos textos (5 a 8 frases
simples), em letra cursiva, caligrafia legível e sem
borrões, obedecendo a uma sequência lógica,
correcção ortográfica e regras básicas de pontuação
(ponto final, ponto de interrogação e vírgula).
Resolve problemas em diferentes situações do
dia-a-dia, usando números naturais até 100.
 Conta os números naturais oralmente, de forma
progressiva e regressiva, por etapas, até 100;
 Ordena e compara números naturais, em
situações concretas e abstractas, até 100;
 Adiciona e subtrai números naturais, em
situações concretas da vida, até 100;
 Multiplica e divide números naturais até 50, em
problemas concretos do dia-a-dia;
 Mede comprimentos de objectos reais, em
centímetros, até 100;
 Compara capacidade e volume de objectos de
uso quotidiano, relacionados com sólidos
geométricos.
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Usa diversos materiais e técnicas de expressão
plástica para o desenvolvimento psicomotor e
do gosto pelo belo.
 Relaciona a imagem à palavra;
 Ilustra as áreas temáticas em estudo;
 Representa, livremente, imagens, de acordo com
a sua percepção da realidade e com a sua faixa
etária.
Distingue sons de diferentes fontes para o
desenvolvimento da percepção auditiva.
 Compara os diferentes sons da natureza;
 Imita diferentes sons de animais e objectos;
 Distingue sons fortes, fracos, altos e baixos.
Reconhece os símbolos da pátria, o dia da
Independência Nacional e dos Heróis
Moçambicanos.
 Toma a posição correcta no içar da Bandeira
Nacional e na entoação do Hino Nacional;
 Relaciona a data da Independência Nacional e
dos Heróis Moçambicanos, com Samora Machel
e Eduardo Mondlane, respectivamente;
 Realiza actividades alusivas à data da
Independência Nacional e aos Heróis
Moçambicanos.
Participa em actividades de conservação e
preservação do ambiente.
 Rega e cuida das plantas;
 Mantém a sala e o recinto escolar limpos;
 Conserva o mobiliário e o material escolar.
Pratica exercícios físicos, para o seu
desenvolvimento integral.
 Pratica exercícios físicos de orientação espacial e
lateralidade, de acordo com a idade;
 Apresenta-se limpo e asseado;
 Relaciona-se bem com os outros;
 Pratica actividades etnoculturais (danças e jogos
tradicionais moçambicanos).
11
Programa de Língua Portuguesa
1ºCiclo
12
1. INTRODUÇÃO
Em Moçambique, a adopção do Português como língua de ensino impõe que se considere a
realidade linguística nacional, onde o Português, Língua Oficial e de Ensino, coexiste com
outras línguas e não é dominado pela maioria da população.
Tomando como base a diversidade de contextos em que o sistema educacional se integra, há a
considerar três situações de aprendizagem do Português: a) em que é língua materna (L1); b)
em que é língua segunda (L2); e c) em que tem características de língua estrangeira (LE).
Tendo em conta a situação linguística do país, desde 2004, no Ensino Primário coexistem duas
modalidades de ensino: Monolingue em Português e Bilingue (línguas Moçambicanas e
Português).
O presente Programa revisto destina-se ao ensino monolingue em Português, mantendo-se a
perspectiva de LE, em conformidade com o Sistema Nacional de Educação (SNE). Nesta
modalidade, a língua de ensino é o Português.
O êxito da implementação deste Programa depende de uma preparação adequada do professor,
para o gerir, na perspectiva de ensino de Português como LE, usando metodologias apropriadas
para diferentes situações de aprendizagem. Assim, o professor poderá implementar o
Programa, ajustar as estratégias de ensino, de modo a satisfazer as necessidades comunicativas
dos alunos que têm o Português como L1, L2 ou mesmo LE.
O Programa de Língua Portuguesa guia-se pelos princípios pedagógicos culturalmente
sensíveis, orientados para a comunicação funcional.
À luz destes princípios, espera-se que o ensino acomode e potencie a vivência cultural e, no
caso específico da língua, a experiência linguística que a criança traz de casa. Deste modo, a
aula de língua deve ser um espaço em que, com o auxílio do professor, a criança adquire
“ferramentas” que lhe permitam organizar e usar a língua, de acordo com as suas necessidades
comunicativas.
Os conteúdos retratados no Programa têm como ponto de partida a realidade mais próxima do
aluno (família, escola, comunidade e ambiente). Assim, o Programa está organizado em
unidades temáticas, tais como: família, escola, comunidade, ambiente, corpo humano, saúde e
higiene e outras, que percorrem todas as classes do Ensino Básico, diferindo apenas na
extensão e profundidade do tratamento.
As competências parciais foram definidas em função dos novos estágios do saber, saber fazer,
saber ser e saber estar, que o aluno deve alcançar, como resultado do processo de ensino-
aprendizagem.
Deste modo, as estratégias de ensino devem basear-se numa metodologia que torne o processo
de ensino-aprendizagem agradável, divertido e útil, dando uma grande relevância à interacção
professor/aluno, aluno/aluno, aluno/comunidade. Esta forma de abordagem proporciona aos
alunos a possibilidade de ouvir, falar, ler e escrever, tendo em conta que só se aprende a ouvir,
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ouvindo; a falar, falando; a ler, lendo e a escrever, escrevendo.
O Programa revisto mantém os seguintes aspectos:
 O desenvolvimento da oralidade, em função das necessidades comunicativas dos
alunos;
 O ensino de todas as letras do alfabeto, maiúsculas e minúsculas, na 1ª classe;
 A perspectiva de ensino da leitura e escrita iniciais com base no método analítico-
sintético, com ênfase no ensino da letra, em vez do som. Assim, deve-se dar um maior
enfoque ao percurso da síntese, exercitando a combinação de letras para a formação de
novas sílabas e palavras.
Entretanto, o presente Programa apresenta as seguintes alterações:
1. Introdução (no plano temático) de dois domínios resultantes das 4 habilidades
linguísticas: ouvir e falar; ler e escrever;
2. No que diz respeito à carga horária, o ensino de cada letra terá um fundo de tempo
correspondente a 10 aulas. Entretanto, o professor deve adequar o tempo disponível ao
ritmo da aprendizagem dos alunos;
3. Na 2ª classe, as competências do conteúdo Formas de Objectos e Medidas, foram
transferidas para a disciplina de Matemática;
4. O programa mantem o ensino do nome da letra (grafema) e não o som da mesma
(fonema), continuando-se a usar o Método Analítico-Sintético com base na letra;
5. O Método Analítico Sintético só é válido na 1ºclasse. Neste sentido, na 2ª classe, a
introdução das combinações grafémicas será feita a partir de frases e pequenos textos;
6. Os ditongos nasais foram transferidos para a 2ª classe.
14
Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo
1a CLASSE 2a CLASSE
Unidade
Temática
Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo
Conteúdos
Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Tempo
ESCOLA
 Expressões para cumprimentar
 Expressões de despedida
 Canções de saudação
6
tempos
 Datas festivas e comemorativas
 Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura/cartaz/
ilustrações
 Redacção de frases sobre datas
comemorativas/festivas
 Canções e danças sobre datas festivas e
comemorativas
 Jogos
18
tempos
 Expressões para identificar
 Intervenientes da escola
 Canções de identificação.
10
tempos
 Contos, fábulas, lenga-lengas, poemas e jogos
 Ilustração
8
tempos
 Expressões para informar sobre o estado de saúde
 Canções sobre o estado de saúde
6
tempos
Funcionamento da Língua
 Artigos definidos e indefinidos
 Flexão em género e em número
6
tempos
 Expressões para indicar tamanho
 Desenho/pintura de objectos para indicar tamanhos
 Modelagem de objectos para indicar tamanhos
 Expressões para indicar o peso
12
tempos
 Introdução do duplo s
 Introdução do s no final de palavras
 Introdução de am, em, im, um, om
18
tempos
Pré –leitura
 Exercícios de coordenação sonora
 Danças.
6
tempos
• Imagens
 Ilustrações
6
tempos
Ouvir e falar
 Normas de convivência escolar
4
tempos
 Expressões para indicar o nome da escola:
 Espaços da escola.
 Função dos espaços escolares.
 Canções sobre a escola.
6
tempos
 Vocabulário sobre material escolar
 Mobiliário escolar
 Expressões para identificar os objectos escolares
12
tempos
15
 Canções sobre material escolar
 Expressões de lateralidade
 Localização do som
10
tempos
Pré-leitura
 Exercícios de coordenação psico- motora
 Manuseamento do material escolar
 Jogos
 Recorte, colagem e dobragem
10
tempos
Ouvir e falar
 Vocabulário sobre instruções de controlo
 Instruções simples
 Expressões para dar instruções
 Expressões para perguntar e responder
 Canções sobre instruções.
10
tempos
 Pedido de licença/ permissão
 Resposta a pedido de licença
 Pedido de desculpas
 Resposta a pedido de desculpas
 Canções sobre pedido de licença/permissão
6
tempos
 Expressões de lateralidade 6
tempos
Pré-escrita
 Grafismos semi-livres
6
tempos
Ouvir e falar
 Expressões e palavras para indicar a posição
8
tempos
 Dias de semana
 Dias úteis.
 Fim-de-semana
 Canções
4
tempos
 Expressões para formular pedidos de desculpas
 Expressões para reagir a pedidos de desculpas
 Expressões para formular pedidos
 Expressões para reagir a pedidos
10
tempos
 Expressões para agradecer
 Expressões para reagir a agradecimentos
4
tempos
 Expressões para felicitar
Expressões para reagir a felicitações
2
tempos
 Expressões para exprimir dor 2 tempos
16
 Expressões para manifestar preferências 2 tempos
Pré-escrita
 Desenho/pintura
 Grafismos orientados para as letras c, d, v, b, r, g
Ler e escrever
 Introdução de: c, d, v, b, r, g
 Letras minúsculas e maiúsculas.
 Letra de imprensa e cursiva
 Sílabas
 Palavras
 Frases
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação imagem-palavra, frase
 Desenho/pintura
4 tempos
60
tempos
(Dez
aulas
para
cada
letra)
17
1a CLASSE 2a CLASSE
Unidade
Temática
Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo
Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar (consolidação)
Tempo
FAMÍLIA
 Desenho dos membros da família
 Membros da família
 Expressões para indicar com quem vive
 Expressões para indicar o nome
 Canções sobre membros da família
8 tempos
 Expressões para dar ordens/instruções
 Expressões para manifestar preferências
10
tempos
 Partes do corpo humano
 Instruções relacionadas com as partes do corpo
 Canções sobre as partes do corpo humano
12
tempos
 Expressões para manifestar interesse e desinteresse
 Expressões para manifestar desejo
7
tempos
 Direcção e sentido (revisão)
4 tempos
 Expressões para manifestar alegria e satisfação:
 Expressões para manifestar medo:
7
tempos
 Peças de vestuário
 Perguntas para identificação das peças de vestuário
 Cor do vestuário
 Canções sobre as peças de vestuário
10
tempos
 Expressões para dar sugestões e conselhos:
6
tempos
 Espaços interiores da casa
 Espaços exteriores da casa
 Função dos espaços da casa
 Desenho da casa.
6 tempos
Funcionamento da Língua:
 Pronomes pessoais
 Frases imperativas
 Canções
14
tempos
 Mobiliário da casa
 Expressões de tamanho: grande/pequeno
 Modelagem do mobiliário da casa
6 tempos
Ler e escrever
 Ditongos nasais: ão, ãe, õe
 Palavras, frases, pequenos textos
8
tempos
 Utensílios domésticos
 Expressões de comparação: igual/diferente
 Expressões de quantidade: muito, pouco, cheio, vazio
 Modelagem de utensílios domésticos
16
tempos
 Imagens
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
16
tempos
 Actividades domésticas
6 tempos
Ouvir e falar
 Membros da família
 Desenho sobre membros da família
 Canções
8
tempos
 Alimentos
 Cuidados com os alimentos.
 Recorte e colagem sobre imagens de alimentos.
6 tempos
 Ocupação dos membros da família
 Tipos de casa: palhota, alvenaria
6
tempos
18
 Canções sobre alimentos.
 Períodos do dia: manhã, tarde e noite
 Relação sol/dia, lua/noite
 Refeições: pequeno almoço/mata-bicho, almoço, lanche
e jantar
6 tempos
 Objectos e utensílios de uso doméstico
 Utilidade dos objectos e utensílios de uso doméstico
 Modelagem
 Canções
6
tempos
Pré-escrita
 Grafismos orientados.
 Representação gráfica do som.
6 tempos
Ler e escrever
 Contos, fábulas, lenga-lengas e poemas
 Jogos
 Ilustração
10
tempos
Ler e escrever
 Introdução das vogais: i, u, o, e, a.
 Modelagem de vogais
 Canções sobre vogais
 Vogais em letra maiúscula e minúscula
 Cópia
 Ditado
 Ditongos orais: ai, oi, ui, ia, au, eu, ao, ei.
 Modelagem
 Desenho, pintura e recorte de vogais
50
tempos
(Dez
tempos
para
cada
vogal)
Ouvir e falar; ler e escrever
Funcionamento da Língua
 Pronomes demonstrativos
 Flexão em género e em número
8
tempos
Ouvir e falar
 Vocabulário relacionado com higiene corporal:
 Desenho/pintura
 Normas de higiene corporal
 Canções sobre higiene corporal
 Palavras que exprimem tempo
 Canções contendo expressões de tempo
10
tempos
Ler e escrever
 Introdução do r intervocálico: are, ari, ura, uro, ira
 Introdução do duplo r
Introdução do s intervocálico: ase, asa, usa
16
tempos
 Normas de convivência familiar
4 aulas
 Imagens
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
18
tempos
 Normas de prevenção de acidentes domésticos
 Canções sobre prevenção de acidentes domésticos
4 aulas
 Histórias e adivinhas 6 aulas
Pré-escrita
 Grafismos orientados para as letras (m, p, t, l, n) 2 aulas
Ler e escrever
 Introdução de m, p, t, l, n.
50
tempos
19
 Letras: cursiva e de imprensa
 Sílabas
 Palavras
 Frases
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação palavra-gravura.
 Recorte e colagem de letras
 Desenho/pintura
 Canções
(Dez
tempos
para
cada
letra)
20
1a CLASSE 2a CLASSE
Unidade
Temática
Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo
Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar (consolidação)
Tempo
COMUNIDADE
Ouvir e falar
 Lugares públicos
 Função dos lugares públicos
 Desenho dos lugares públicos
6 tempos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
16
tempos
 Actividades comunitárias
 Profissões/ocupações
 Relação profissão/ instituição (lugar)
 Canções sobre profissões
8 tempos
Ouvir e falar
 Locais/instituições públicas
 Recorte, colagem, dobragem, desenho e pintura
 Canções
8
tempos
 Histórias, adivinhas e lengalengas
6 tempos
Ler e escrever
 Meios de transporte
 Regras básicas de segurança rodoviária.
 Redacção
 Ilustrações
8
tempos
 Canções típicas da comunidade
 Danças típicas da comunidade 2 tempos
 Meios de comunicação
 Redacções
 Ilustrações, recorte, dobragem e colagens
10
tempos
 Meios de transporte
 Meios de transporte e as vias de circulação
 Utilidade dos meios de transporte
 Modelagem dos meios de transporte
 Desenho/pintura dos meios de transporte
6 tempos
 Contos, fábulas, lengalengas, poemas e jogos
Funcionamento da Língua
 Pronomes demonstrativos:
 Flexão em género e em número
 Palavras antónimas
18
tempos
 Regras de prevenção de acidentes:
 Cuidados a ter com o fogo, com as minas e com os
carros
 Cuidados a ter com o lixo
4 tempos
 Introdução de: al, el, ul, ol, il;
 Introdução de: an, en, in, on, un;
 Palavras, frases, pequenos textos;
 Imagens.
18
tempos
 Datas festivas e comemorativas:
 Canções sobre datas festivas e comemorativas
 Danças
 Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura
6 tempos
• Cópia
• Ditado
• Caligrafia
16
tempos
Pré-escrita
 Grafismos orientados para as letras s, j, f, z, h, q, x
4 tempos
Ler e escrever 70
21
 Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x
 Letra cursiva e de imprensa
 Sílabas
 Palavras
 Frases
 Pequenos textos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação imagem-palavra
tempos
(Dez
tempos
para
cada
letra)
22
1a CLASSE 2a CLASSE
Unidade
Temática
Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo
Conteúdos
Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Tempo
AMBIENTE
 Elementos do ambiente
 Canções sobre o ambiente 4 tempos
 Elementos do ambiente
 Conservação do ambiente
 Cores do ambiente
6
tempos
 Adjectivos avaliativos (revisão).
 Cores
 Estampagem
 Pintura
6 tempos
 Animais domésticos
 Animais selvagens
 Utilidade dos animais domésticos
8
tempos
 Expressões para avaliar a temperatura: quente, frio,
gelado 2 tempos
 Contos, fábulas, lengalengas, e poemas;
 Dramatização
 Jogos.
8
tempos
 Cuidados a ter com o ambiente
2 tempos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
10
tempos
 Animais domésticos
 Animais selvagens
 A importância dos animais domésticos.
 Fontes sonoras
 Desenho/pintura
10
tempos
 Pronomes indefinidos
6
tempos
 Plantas.
 Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto
 Frutos
 Cores: verde, vermelho, amarelo, azul, branco, preto,
castanho
 Sabores: doce, azedo, amargo e picante
 Relação árvore/fruto
 Cuidados a ter com as plantas
 Canções sobre cores
10
tempos
Ouvir e falar
 Fontes de água
 Sabor da água.
4 tempos
 Água limpa e água suja
 Utilidade da água
4 tempos
23
Ler e escrever
 Introdução de k, w, y
 Letra cursiva e de imprensa
 Sílabas
 Palavras
 Frases
 Pequenos textos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação imagem-palavra
 Pontuação: ponto final, vírgula; ponto de interrogação;
 Acentuação: til
30
tempos
(Dez
tempos
para
cada
letra e
seis
aulas
para a
consolid
ação)
Banda Desenhada (BD)
 Redacção
Tema transversal: Prevenção de acidentes
Funcionamento da língua:
 Vocabulário relacionado com o tema Ambiente
 Família de palavras
 Sinonímia
 Antonímia
 Concordância dos elementos na frase
- Flexão dos nomes em género
- Flexão dos nomes em número
39
tempos
24
1a CLASSE 2a CLASSE
Unidade
Temática
Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo
Conteúdos
Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Tempo
CORPO
HUMANO
Ouvir e falar
 Corpo humano: cabeça, tronco e membros
 Timbres corporais
 Higiene corporal
 Canções
8
tempos
Ler e escrever
 Contos, fábulas, lengalengas
 Poemas
 Canções
 Jogos
 Ilustrações
16
tempos
Ler e escrever
Funcionamento da Língua
 Concordância nome/adjectivo
 Pronomes indefinidos
 Pronomes possessivos
6
tempos
Ler e escrever
 Introdução de combinações grafémicas: ch, nh; ce, ci;
ar, er, ir, or, ur
 Imagens.
20
tempo
Ler e escrever
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Imagens
16
tempos
25
1a CLASSE 2a CLASSE
Unidade
Temática
Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo
Conteúdos
Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Tempo
SAÚDE E
HIGIENE
Ouvir e falar
 Peças de vestuário
 Regras básicas de higiene do vestuário
 Regras de higiene alimentar
 Canções
10
tempos
 Limpeza do meio 4
tempos
Ler e escrever
 Contos
 Fábulas
 Lengalengas
 Poemas
6
tempos
Funcionamento da Língua
 Tempos verbais
 Canções
 Expressões interrogativas:
 Pronomes possessivos
20
tempos
 Introdução de combinações grafémicas: lh; az, ez, iz,
oz, uz; gi; ge
 Imagens
20
tempos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
16
tempos
Funcionamento da Língua
 Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí.
 Frases imperativas
8
tempos
 Introdução de combinações grafémicas: br, cr, dr, fr,
gr, pr, tr; bl, cl, fl, gl, dl, pl
 Imagens
20
tempos
Ler e escrever
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
16
tempos
26
Funcionamento da Língua
 Expressões interrogativas
 Pronomes indefinidos
 Pronomes demonstrativos
8
tempos
 Introdução de combinações grafémicas: que, qui,
qua, quo
 Introdução do x com os cinco valores fonéticos.
 Imagens
24
tempos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Redacção
18
tempos
27
Programa de Língua Portuguesa
1ªClasse
28
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA
UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO
I. ESCOLA 7 112
II. FAMÍLIA 9 144
III. ESCOLA 5 80
IV. COMUNIDADE 6 96
V. AMBIENTE 3 48
Sub-total 30 480
CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128
TOTAL 38 608
29
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Usar expressões para cumprimentar
e para se despedir;
 Cantar canções sobre
cumprimentos.
Ouvir e falar
 Expressões para cumprimentar:
- Bom dia/boa tarde/boa noite/olá
- Como está/estás/estão?
- Estou/estamos bem, obrigado(a)
 Expressões de despedida:
- Adeus/até amanhã/até logo
 Expressa-se, com boa educação
e cortesia em contacto social
inicial.
7
tempos
 Usar expressões apropriadas para
perguntar e responder sobre o
estado de saúde;
 Cantar canções sobre o estado de
saúde.
Ouvir e falar
 Expressões para informar sobre o estado de saúde:
 Como estás de saúde?
 Como está de saúde?
 Estou bem. Obrigado (a).
 Como te sentes?
 Como se sente?
 Sinto-me bem. Obrigado (a).
 Canções sobre o estado de saúde
7
tempos
30
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Dizer o seu nome e o do seu
professor;
 Perguntar pelo nome dos seus
colegas;
 Dizer o nome dos seus colegas;
 Usar expressões para identificar
os intervenientes da escola.
 Expressões para identificar:
- Eu chamo-me…/ o meu nome é…/ eu sou…
- O meu professor chama-se/é…
- A minha professora chama-se/é…
- Como te chamas?
- Como se chama o(a)...
- Qual é o teu nome?
- Quem é este(a)/aquele(a) menino(a)?
- Este(a) chama-se.../o (a) menino (a) chama-se...
- Ele(a) chama-se…/ o(a) menino(a) chama-se…
- Ele(a) é o senhor(a) director(a).
 Intervenientes da escola: alunos, professores, Director da
Escola, serventes, guardas, etc.
 Identifica-se e identifica outros
intervenientes, em situações
sociais.
10
tempos
 Comparar tamanhos;
 Distinguir objectos leves dos
pesados.
 Desenhar objectos de diferentes
tamanhos;
 Modelar objectos de diferentes
tamanhos;
Ouvir e falar
 Expressões para indicar tamanho: grande, pequeno, alto,
baixo, gordo, magro, curto, comprido, fino, grosso, largo,
estreito, maior, menor
 Desenho/pintura de objectos para indicar tamanhos
 Modelagem de objectos para indicar tamanhos
 Expressões para indicar o peso: leve/pesado
 Descreve objectos em função do
seu tamanho e peso.
12
tempos
 Identificar sons de diferentes
fontes;
 Cantar canções educativas.
Pré –leitura
 Exercícios de coordenação sonora:
- Canções educativas
- Fontes sonoras (vozes de pessoas, animais, sons de
máquinas; objectos, som do sino da escola, etc.)
- Jogos de identificação de sons
 Distingue sons de diferentes
fontes sonoras;
6
tempos
31
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS
ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz
de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Aplicar as regras
básicas de convivência
na escola;
 Cantar canções sobre
normas de convivência
escolar.
Ouvir e falar
 Normas de convivência escolar:
- Levantar-se para cumprimentar o professor
- Levantar a mão para pedir para falar;
- Ficar na formatura antes de ir para a sala de aula
- Ficar em sentido para cantar o Hino Nacional
- Cantar o Hino Nacional, em sentido
- Limpar, arrumar e ornamentar a sala de aula
- Colocar o lixo no local adequado
 Convive de forma harmoniosa no
ambiente escolar.
4
tempos
 Dizer o nome da sua
escola;
 Usar expressões para
identificar a escola e
seus espaços;
 Usar expressões para
indicar a função dos
espaços da escola;
 Expressões para indicar o nome da escola:
 A minha escola é…
 A minha sala é…;
 Espaços da escola: sala de aula, casa de banho, pátio, etc.
 Função dos espaços escolares.
 Demonstra evidências de
conhecimento dos diferentes
contextos sociais que fazem parte
do seu quotidiano.
6
tempos
32
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Nomear materiais, objectos e
mobiliário escolar;
 Fazer perguntas sobre
materiais, objectos e
mobiliário escolar;
 Usar o material escolar em
contextos apropriados.
Ouvir e falar
 Vocabulário sobre material escolar:
 Caderno, lápis, livro, borracha, afiador, pasta escolar,
quadro, giz, apagador, etc.
 Mobiliário escolar:
 carteira, cadeira, banco, secretária, armário, etc.
 Expressões para identificar os objectos escolares:
 O que é isto?
 Isto é um lápis.
 O que é aquilo?
 Aquilo é um lápis.
 O que é isso?
 Isso é um lápis.
 Esta carteira é minha.
 Essa carteira é minha.
 Aquela carteira é minha.
 Demonstra evidências de
conhecimento dos diferentes
contextos sociais que fazem parte
do seu quotidiano.
12
tempos
33
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Usar expressões de lateralidade para indicar a
posição dos objectos, materiais e mobiliário
escolar;
 Fazer perguntas de identificação da posição
dos objectos, materiais e mobiliário escolar;
 Posicionar-se segundo instruções;
 Movimentar-se segundo instruções;
 Identificar a proveniência do som;
 Localizar a proveniência do som.
Ouvir e falar
 Expressões de lateralidade:
- ao lado/para o lado
- à frente/atrás
- para frente/ para trás
- à direita/ à esquerda
- para dentro/para fora
- em cima/em baixo
 Orienta-se em diferentes espaços.
10
tempos
 Fazer traços livres, rabiscos, garatujas e
desenhos livres;
 Manuseiar o material escolar: cadernos, livros
e folhas de papel;
 Realizar jogos que envolvem movimento;
 Recortar, cortar e dobrar formas simples de
sua criação ou desenhadas pelo professor.
Pré-escrita
 Exercícios de coordenação psico- motora:
- Segurar correctamente o lápis
- Traços livres
- Rabiscos e garatujas
- Desenhos livres
 Manuseamento do material escolar (folhear
cadernos e livros; enrolar folhas de papel ou
jornal)
 Jogos: neca, jogo de pedrinhas e outros
jogos tradicionais
 Recorte, colagem e dobragem
 Realiza com destreza diferentes
actividades manuais, preparatórias
para a escrita.
10
tempos
34
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Responder às instruções de
controlo de presença;
 Obedecer a instruções simples;
 Dar instruções;
 Reagir a instruções;
 Usar expressões para
perguntar e responder sobre
instruções várias;
Ouvir e falar
 Vocabulário sobre instruções de controlo:
- Presente/ausente
 Instruções simples:
-Levantar/sentar, abrir/fechar, entrar/sair,
perguntar/responder, ir/vir, dizer, andar,
correr, saltar, parar, dançar, cantar, jogar, desenhar,
varrer, limpar
 Expressões para dar instruções:
- Levanta-te/senta-te, entra/sai, vai/vem, abre/fecha,
diz, anda, corre, joga, desenha, limpa, varre,
pergunta/responde
 Expressões para perguntar e responder
- O que tu fazes?
- (Eu) abro a porta.
- O que faz o João?
- O João abre a porta.
 Demonstra evidências de
compreensão de instruções
simples.
10
tempos
35
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Usar expressões para pedidos de
permissão e de desculpas;
 Reagir a pedidos de permissão e de
desculpas;
Ouvir e falar
 Pedido de licença/ permissão:
- Com licença/Posso entrar?
- Senhor(a) professor(a), posso sair?
- (Senhor(a) professor(a)), posso ir à casa de
banho?
 Resposta a pedido de licença:
- Sim, podes.
- Não podes.
 Pedido de desculpas:
- Desculpa/Peço desculpas!
 Resposta a pedido de desculpas:
- De nada! /Não faz mal!
 Convive de forma harmoniosa no
ambiente escolar.
6
tempos
 Usar expressões de lateralidade para
indicar a posição dos objectos,
materiais e mobiliário escolar;
 Fazer perguntas de identificação da
posição dos objectos, materiais e
mobiliário escolar;
 Posicionar-se segundo instruções;
Movimentar-se segundo instruções.
Ouvir e falar
 Expressões de lateralidade:
- Dentro/fora; perto/longe; em cima/em baixo
 Orienta-se em diferentes espaços.
6
tempos
 Traçar linhas em diferentes sentidos;
 Fazer círculos de diferentes tamanhos.
Pré-escrita
 Grafismos semi-livres  Escreve grafismos.
6
tempos
36
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Indicar as pessoas com quem
vive;
 Dizer o nome dos membros da
sua família;
 Cantar canções sobre os
membros da família.
Ouvir e falar
 Membros da família: mãe/pai; irmão/irmã; tio/tia;
avô/avó, etc.
 Expressões para indicar com quem vive
-Com quem vives?
-Eu vivo com…
-Ele(a) vive com…
 Expressões para indicar o nome:
- Como se chama a tua mãe?
- A minha mãe chama-se…
- A mãe dele(a) chama-se…
- Como se chama o teu pai?
- O meu pai chama-se...
 Identifica os membros da sua
família em situações sociais. 3
tempos
37
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Nomear as partes do corpo humano;
 Usar expressões relacionadas com as
partes do corpo;
 Segue instruções relacionadas com as
partes do corpo;
 Cantar canções sobre as partes do
corpo humano.
Ouvir e falar
 Partes do corpo humano:
- Cabeça, cabelos, olhos, boca, dentes,
nariz, orelhas, braços, mãos, dedos, unhas,
barriga, pernas, pés
 Instruções relacionadas com as partes do
corpo:
- Levanta a mão
- Levanta o pé
- Bate palmas
- Abre a boca
- Abre o olho
- Fecha a boca
- Fecha o olho
 Reage a instruções relacionadas com
as partes do corpo;
.
6
tempos
 Seguir instruções de direcção e
sentido;
 Usar expressões para dar instruções de
direcção e sentido.
 Direcção e sentido (revisão):
- para frente/para trás
- para a direita/ para a esquerda
- para cima/ para baixo
 Orienta-se em diferentes espaços.
2
tempos
38
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Nomear as peças de vestuário mais usadas na
sua comunidade;
 Fazer perguntas de identificação das peças de
vestuário;
 Responder a perguntas de identificação das
peças de vestuário;
 Identificar a cor de diferentes peças de
vestuário;
 Cantar canções sobre as peças de vestuário.
Ouvir e falar
 Peças de vestuário:
- Saia, blusa, vestido, capulana, bata,
calções, calças, camisa, camisete,
camisola, lenço…
 Perguntas para identificação das peças
de vestuário:
- Que roupa é que o João usou?
- Que roupa é que ele usou?
- Que roupa é que a Amina usou?
- Que roupa é que ela usou?
- O João usou…
- A Amina usou…
 Cor do vestuário
 Descreve o vestuário em função das
cores;
3
tempos
 Nomear os espaços interiores e exteriores de
uma casa;
 Usar expressões que indicam a função de cada
um dos espaços de uma casa;
 Desenha e pinta uma casa.
 Espaços da casa interiores: quarto, sala,
cozinha, casa de banho
 Exteriores: varanda, quintal, latrina
capoeira e outros espaços…
 Função dos espaços da casa
 Desenho da casa
 Descreve os espaços exteriores e
interiores de uma casa, indicando as
funções de cada espaço.
3
tempos
39
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Nomear o mobiliário existente na
sua casa;
 Usar expressões para indicar o
tamanho dos diferentes objectos;
 Modelar objectos, representando
mobiliário da casa.
Ouvir e falar
 Mobiliário da casa:
cadeira, banco, mesa, cama, armário e sofás
 Expressões de tamanho:
grande/pequeno
 Modelagem do mobiliário da casa
 Descreve e identifica utensílios,
mobiliário e actividades domésticas;
 Usa adequadamente as expressões
de comparação e de quantidade;
 Modela utensílios domésticos.
2
tempos
 Nomear os utensílios domésticos
existentes em sua casa;
 Usar expressões para indicar a
utilidade dos utensílios domésticos;
 Usar expressões para comparar
utensílios domésticos de diferentes
tamanhos;
 Usar expressões para indicar
quantidades;
 Modelar objectos representando
utensílios domésticos.
 Utensílios domésticos:
prato, copo, caneca, chávena, pires, colher,
colher de pau, garfo, faca, bacia, panela,
fogão, cestos, peneira, pilão, coador, chaleira,
pote, bilha, cabaça, ferro de engomar
 Expressões de comparação:
igual/diferente
 Expressões de quantidade: muito, pouco, cheio,
vazio
 Modelagem de utensílios domésticos
7
tempos
 Usar expressões para indicar
actividades domésticas.
 Actividades domésticas:
Cozinhar, pilar, varrer, limpar, lavar, estender a
roupa e engomar
2
tempos
40
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Nomear os alimentos mais comuns;
 Indicar os cuidados a ter com a
alimentação;
 Compor imagens de alimentos a partir
de recorte e colagem;
 Cantar canções sobre alimentos.
Ouvir e falar
 Alimentos:
farinha de milho, mapira, mandioca,
amendoim, ovos, peixe, carne, couve,
alface, leite e frutos
 Cuidados com os alimentos
 Nomea os alimentos;
 Identifica os alimentos;
 Descreve os cuidados a ter com os
alimentos.
2
tempos
 Nomear os períodos do dia;
 Indicar os nomes das refeições;
 Identificar os períodos do dia em que
se tomam as diferentes refeições.
 Períodos do dia: manhã, tarde e noite
 Relação sol/dia, lua/noite
 Refeições: pequeno almoço/mata-bicho,
almoço, lanche e jantar
 Relaciona os períodos do dia com as
principais refeições.
2
tempos
41
Habilidade: Pré-escrita
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Desenhar grafismos orientados
para as vogais;
 Representar a duração do som
através de tracinhos curtos e
longos.
Pré-escrita
 Grafismos orientados.
 Representação gráfica do som.
 Lê e escreve as vogais;
 Lê e escreve ditongos orais.
2
tempos
 Identificar as vogais;
 Ler vogais;
 Escrever vogais;
 Modelar vogais;
 Cantar canções sobre vogais;
 Escrever as vogais em letras
minúsculas e maiúsculas;
 Escrever as vogais ditadas;
 Ler ditongos formados por
diferentes vogais;
 Escrever ditongos formados por
diferentes vogais;
 Modelar as vogais para formar
ditongos;
 Desenhar, pintar e recortar
vogais para formar ditongos.
Ler e escrever
 Introdução das vogais: i, u, o, e, a.
 Modelagem de vogais
 Canções sobre vogais
 Vogais em letra maiúscula e minúscula
- Cópia
- Ditado
- Ditongos orais: ai, oi, ui, ia, au, eu, ao,
ei
 Modelagem
 Desenho, pintura e recorte de vogais
50
tempos
(Dez
tempos
para
cada
vogal)
42
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Nomear objectos usados na
higiene corporal;
 Desenhar e pintar objectos
usados na higiene corporal;
 Usar expressões para indicar os
cuidados de higiene corporal;
 Cantar canções sobre higiene
corporal;
 Construir frases usando as
palavras que exprimem o tempo;
 Responder a perguntas sobre os
períodos do dia em que se
realizam as principais
actividades no ambiente
familiar;
 Cantar canções contendo
expressões de tempo.
Ouvir e falar
 Vocabulário relacionado com higiene corporal:
- escova de dentes, mulala, pasta dentífrica,
pente, sabão, sabonete e toalha
 Desenho/pintura
 Normas de higiene corporal:
- tomar banho
- lavar as mãos
- escovar os dentes
- pentear o cabelo
- cortar as unhas
- lavar a roupa
- engomar a roupa
 Palavras que exprimem tempo:
- antes, agora e depois
- ontem, hoje e amanhã
 Fala sobre as principais regras de
higiene;
 Cumpre com as regras de higiene
corporal.
3
tempos
43
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Usar expressões para
cumprimentar e despedir-se dos
familiares.
 Normas de convivência familiar
 Aborda as principais formas de
prevenção de acidentes domésticos;
 Conta pequenas histórias;
 Reconta histórias e adivinhas
relacionadas com a família.
5
tempos
 Cumprir as normas de prevenção
de acidentes domésticos;
 Cantar canções sobre normas de
prevenção de acidentes domésticos.
 Normas de prevenção de acidentes domésticos: ter
cuidado com objectos cortantes, fogo e produtos
inflamáveis e/ou tóxicos
 Canções sobre prevenção de acidentes domésticos
 Recontar, oralmente, histórias e
adivinhas ouvidas, relacionadas
com a família;
 Contar pequenas histórias,
fábulas, adivinhas, relacionadas
com a família.
 Histórias e adivinhas
44
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
FAMÍLIA
 Desenhar grafismos orientados para as
letras em estudo.
Pré-escrita
 Grafismos orientados para as letras (m, p,
t, l, n)
 Lê e escreve palavras e frases, com
as letras já aprendida;
 Distingue a letra cursiva da letra da
imprensa;
 Usa na sua escrita a letra cursiva.
2
tempos
 Identificar letras em estudo;
 Ler sílabas, palavras e frases;
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases,
com caligrafia correcta;
 Interpretar palavras e frases;
 Usar letras maiúsculas e minúsculas na
escrita de letras, palavras e frases;
 Relacionar letra cursiva com a de
imprensa;
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases
ditadas;
 Identificar letras, palavras a partir de
imagens;
 Relacionar imagens com letras, palavras e
frases;
 Recortar e colar letras para formar
palavras;
 Desenhar imagens relacionadas com as
palavras formadas;
 Cantar canções relacionadas com as
palavras formadas.
Ler e escrever
 Introdução de m, p, t, l, n
 Letras:
- Letra cursiva e de imprensa
 Sílabas
 Palavras
 Frases
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação palavra-gravura.
 Recorte e colagem de letras
 Desenho/pintura
 Canções
50
tempos
(Dez
tempos
para
cada
letra)
45
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Identificar a posição relativa à
escola, ao material escolar, aos
alunos e ao professor;
 Posicionar-se seguindo instruções;
 Responder a perguntas de
identificação da posição da escola,
do material escolar, dos colegas e
do seu professor.
Ouvir e falar
 Expressões e palavras para indicar a
posição: à volta de, ao lado de, dentro de,
perto de, longe de, aqui, ali, lá,
próximo/afastado
- O aluno está perto da janela.
- A menina está ao lado da porta.
- Os meninos estão dentro da sala.
- A árvore está longe da sala.
 Orienta-se em diferentes espaços. 4
tempos
 Identificar os dias de semana;
 Constrói frases usando os dias de
semana;
 Cantar canções relacionadas com
os dias de semana.
 Dias de semana: Segunda-feira, Terça-
feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-
feira, Sábado e Domingo
 Dias úteis: Segunda, Terça, Quarta, Quinta
e Sexta
 Fim-de-semana: Sábado e Domingo
 Descreve as actividades que realiza nos
diferentes dias de semana.
2
tempos
46
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS
ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Usar expressões para
formular pedidos;
 Reagir a pedidos.
Ouvir e falar
 Expressões para formular pedidos de
desculpas.
- Desculpa .
- Peço desculpa.
 Expressões para reagir a pedidos de desculpas:
- Não faz mal!
- Estás (está) desculpado!
- Está bem. Eu desculpo!
- Não tem de quê!
 Expressões para formular pedidos:
- Posso falar?
- Podes falar mais alto/baixo?
- Pode explicar melhor?
- Podes repetir?
- Diz outra vez.
- O que é que eu faço?
- Posso abrir o livro/ caderno?
- Por favor, podes ajudar-me a abrir a pasta?
- Podes ajudar-me a carregar a carteira/ limpar
a sala, etc.?
 Expressões para reagir a pedidos:
- Sim, posso ajudar!
- Com certeza!
- Desculpa, não posso!
 Expressa-se com boa educação e cortesia
em situações de formulação de
Pedidos;
 Reaje com boa educação e cortesia em
situações de formulação de
Pedidos.
6
tempos
47
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
 Usar expressões para agradecer;
 Usar expressões para reagir a
agradecimentos.
Ouvir e falar
 Expressões para agradecer:
- Muito obrigada(o)!
 Expressões para reagir a agradecimentos
- De nada!
- Não tem de quê!
- Não tem nada que agradecer.
 Expressa-se com boa educação e cortesia
em situações de agradecimento,
felicitação e manifestação de dor e
preferência.
2
tempos
 Usar expressões para felicitar;
 Usa expressões para reagir a
felicitações.
 Expressões para felicitar:
- Parabéns!
 Expressões para reagir a felicitações
- Obrigada (o)!
1
tempo
 Usar expressões para manifestar
dor.
 Expressões para exprimir dor
- Dói (muito)!
- Sinto muita dor.
1
tempo
 Usar expressões para manifestar
preferências.
 Expressões para manifestar preferências:
- Gosto mais do galo do que do pato.
- Gosto mais da girafa do que do elefante
etc.
- Prefiro o gato.
- Escolho a manga.
2
tempo
48
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
ESCOLA
(continuação)
 Desenhar e/ou pintar imagens relacionadas com
os grafismos;
 Cobrir os grafismos tracejados;
 Desenhar correctamente grafismos orientados
para as letras em estudo.
Pré-escrita
 Desenho/pintura
 Grafismos orientados para as letras
c, d, v, b, r, g
 Lê e escreve sílabas;
 Lê e escreve palavras e frases, com as
letras já aprendidas.
2
tempos
 Ler letras, sílabas, palavras e frases;
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases, com
caligrafia correcta;
 Interpretar palavras e frases;
 Usar letra maiúsculas e minúsculas na escrita de
letras, palavras e frases;
 Relacionar letra cursiva com letra de imprensa;
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases
ditadas;
 Identificar letras e palavras a partir de imagens;
 Relaciona imagens com letras, palavras e frases;
 Desenhar/pintar imagens que representam as
palavras aprendidas.
Ler e escrever
 Introdução de: c, d, v, b, r, g.
 Letras minúsculas e maiúsculas.
 Letra de imprensa e cursiva.
 Sílabas
 Palavras
 Frases
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação imagem-palavra, frase
 Desenho/pintura
60
tempos
(Dez
tempos
para
cada
letra)
49
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
Conteúdos
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
COMUNIDADE
(continuação)
 Identificar os principais lugares públicos;
 Usar expressões para indicar a função
dos lugares públicos;
 Desenhar imagens relacionadas com os
lugares públicos.
Ouvir e falar
 Lugares públicos:
- Escola
- Hospital
- Mercado/loja/ barraca/feira
- Igreja/mesquita
- Jardim
- Campo de jogos
 Função dos lugares públicos
 Desenho dos lugares públicos  Descreve os lugares públicos e as
actividades da sua comunidade;
 Descreve as profissões existentes na
sua comunidade.
6
tempos
 Identificar as profissões/ ocupações mais
comuns na sua comunidade;
 Construir frases empregando profissões;
 Relacionar as profissões com as
instituições/lugares;
 Cantar canções sobre profissões.
Ouvir e falar
 Actividades comunitárias: agricultura,
pastorícia, pesca.
 Profissões/ocupações:
- Professor
- Enfermeiro
- Camponês
- Agricultor
- Comerciante
- Padre/Maulana/Pastor
 Relação profissão/ instituição (lugar).
 Recontar histórias, adivinhas e
lengalengas ouvidas, relacionadas com a
sua comunidade;
 Contar pequenas histórias, adivinhas e
lengalengas relacionadas com a sua
comunidade.
 Cantar canções típicas da sua
comunidade;
 Praticar danças típicas da sua
comunidade.
Ouvir e falar
 Histórias, adivinhas e lengalengas.
 Canções típicas da comunidade
 Danças típicas da comunidade
 Manifesta-se culturalmente através de
danças e hostórias típicas da sua
comunidade.
4
tempos
50
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
COMUNIDADE
(continuação)
 Identificar os meios de transporte mais
comuns;
 Relacionar os meios de transporte com
as vias de circulação;
 Mencionar a utilidade dos meios de
transporte;
 Modelar os meios de transporte;
 Desenhar os meios de transporte.
Ouvir e falar
 Meios de transporte: bicicleta, motorizada,
carro, avião, barco e comboio
 Meios de transporte e as vias de circulação
(Terrestre, aéreo e marítimo)
 Utilidade dos meios de transporte
 Modelagem dos meios de transporte
 Desenho/pintura dos meios de transporte
 Descreve os meios de transporte e a
sua função.
5
tempos
 Indicar as regras de prevenção de
acidentes;
 Depositar o lixo nos lugares
apropriados;
 Evitar brincar com o lixo.
Ouvir e falar
 Regras de prevenção de acidentes:
- Cuidados a ter com o fogo, com as minas e
com os carros
- Cuidados a ter com o lixo (deitar o lixo em
lugares apropriados.)
 Assume atitudes de prevenção de
acidentes.
2
tempos
 Mencionar alguns Heróis
Moçambicanos (Eduardo Mondlane,
Samora Machel e Josina Machel);
 Cantar canções sobre datas festivas e
comemorativas;
 Praticar danças da comunidade
 Utilizar diferentes materiais para
fazer objectos simples alusivos às
datas festivas e comemorativas.
Ouvir e falar
 Datas festivas e comemorativas:
- Dia dos Heróis Moçambicanos: 3 de
Fevereiro
- Dia do pai: 19 de Março
- Dia da Mulher Moçambicana: 7 de
Abril
- Dia da Mãe: 2º domingo de Maio
- Dia da Criança: 1 de Junho
- Dia da Independência Nacional: 25 de
Junho
 Canções sobre datas festivas e
comemorativas.
 Danças
 Demonstra evidências de
conhecimento das datas festivas e
comemorativas;
 Expressa-se sobre o significado de
datas festivas e comemorativas.
5
tempos
51
Habilidade: Pré-escrita
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
COMUNIDADE
(continuação)
 Desenhar grafismos orientados para as
letras em estudo.
Pré-escrita
 Grafismos orientados para as letras s, j,
f, z, h, q, x
 Lê e escreve as letras, as sílabas,
palavras e frases simples e pequenos
textos com as letras já aprendidas.
4
tempos
 Ler sílabas, palavras, frases e pequenos
textos;
 Escrever letras, sílabas, palavras, frases e
pequenos textos, com caligrafia correcta;
 Interpreta palavras e frases, pequenos
textos;
 Relacionar letra cursiva com letra de
imprensa;
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases
ditadas;
 Identificar letras, palavras a partir de
imagens;
 Relacionar imagens com letras, palavras
e frases.
Ler e escrever
 Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x
 Letra cursiva e de imprensa
 Sílabas
 Palavras
 Frases
 Pequenos textos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação imagem-palavra
70
tempos
(Dez
tempos
para
cada
letra)
52
Habilidade: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
AMBIENTE
 Elaborar frases sobre a utilidade dos
elementos do ambiente;
 Identificar elementos que compõem o
ambiente;
 Cantar canções relacionadas com os
elementos do ambiente.
Ouvir e falar
 Elementos do ambiente: areia, água,
pedras, plantas e animais
 Descreve o ambiente, referindo-se aos
seus elementos e preservação;
 Usa no seu discurso oral e escrito os
adjectivos avaliativos; as expressões
de temperatura.
3
4 tempos
 Usar expressões para descrever os elementos
do ambiente;
 Fazer estampagem dos elementos do
ambiente;
 Pintar paisagens.
 Adjectivos avaliativos (revisão): grande,
pequeno, alto, baixo, gordo, magro,
curto, comprido, fino, grosso, largo,
estreito, igual, diferente, maior, menor.
 Cores
4
tempos
 Usar expressões para distinguir diferentes
estados de temperatura dos corpos.
 Expressões para avaliar a temperatura:
quente, frio, gelado
2
tempos
 Explicar os cuidados a ter com o ambiente;
 Aplicar os cuidados a ter com o ambiente.
 Cuidados a ter com o ambiente:
- Evitar queimar as plantas
- Evitar pisar a relva
- Deitar o lixo em locais apropriados
2
tempos
53
Habilidade: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
AMBIENTE
 Identificar os animais domésticos mais
comuns;
 Identificar os animais selvagens mais
conhecidos;
 Distinguir os animais domésticos dos
selvagens;
 Usar expressões para indicar animais
próximos e afastados;
 Indicar a utilidade dos animais domésticos;
 Identificar os nomes dos animais através da
sua voz;
 Desenhar/pintar animais.
Ouvir e falar
 Animais domésticos: galinha, pato,
gato, cão, cabrito, boi, burro e pombo
 Animais selvagens: macaco, girafa,
gazela, elefante, hipopótamo, cobra e
leão
 A importância dos animais domésticos:
- a galinha dá-nos ovos e carne
- a vaca dá-nos carne, leite e pele
- o cão guarda a casa
 Vozes de animais
 Identifica os anumais domésticos;
 Descreve animais domésticos e
selvagens, e sua utilidade.
9
tempos
54
Habilidade: Ouvir e falar
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
AMBIENTE
(Continuação)
 Identificar as plantas do seu meio;
 Identificar as partes de uma planta;
 Nomeiar os frutos mais comuns no seu
meio;
 Descrever os frutos em função da sua cor e
sabor;
 Relacionar a árvore com o fruto;
 Cuidar das plantas;
 Cantar canções sobre frutos e cores.
.
Ouvir e falar
 Plantas
 Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto
 Frutos
 Cores: verde, vermelho, amarelo, azul,
branco, preto, castanho
 Sabores: doce, azedo, amargo e picante:
- a laranja é doce
- o limão é azedo
- o piripiri é picante
- o paracetamol é amargo
 Relação árvore/fruto
 Cuidados a ter com as plantas (regar, não
queimar, etc.)
 Identifica as plantas e as suas partes;
 Descreve as plantas, suas cores,
sabor dos frutos e formas de
protecção.
8
tempos
 Nomeiar as fontes de água;
 Distinguir os sabores da água;
Ouvir e falar
 Fontes de água: poço, fontenária, rio e
lago
 Sabor da água: doce, salgada
 Fala sobre a importância da água.
3
tempos
 Distinguir a água limpa da água suja;
 Usar expressões sobre a utilidade da água.
 Água limpa e água suja
 Utilidade da água:
- Consumo
- Higiene
- Rega
3
tempos
55
Habilidade: Ler e escrever
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
AMBIENTE
 Ler sílabas, palavras, frases e pequenos
textos;
 Escrever letras, sílabas, palavras, frases e
pequenos textos, com caligrafia correcta;
 Interpretar palavras, frases e pequenos
textos;
 Relacionar letra cursiva com a de imprensa;
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases
ditadas;
 Identificar letras e palavras a partir de
imagens;
 Relacionar imagens com letras, palavras e
frases;
 Usar pontuação adequada em frase;
 Usar acentuação adequada em frases.
Ler e escrever
 Introdução de k, w, y
 Letra cursiva e de imprensa
 Sílabas
 Palavras
 Frases
 Pequenos textos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação imagem-palavra
 Pontuação:
- Ponto final;
- Vírgula;
- Ponto de interrogação
 Acentuação
- Til
 Lê e escreve frases e pequenos
textos;
 Identifica a pontuação e a
acentuação. 30
tempos
(Dez
tempos
para
cada
letra e
seis
aulas
para a
consoli
dação)
Currículo Nacional: 480 tempos
Currículo Local: 128 tempos
Total: 608 tempos
56
Sugestões Metodológicas
1ª CLASSE
Em Moçambique, como já nos referimos, a situação linguística das crianças que entram pela primeira
vez na escola, apresenta três cenários principais: crianças que falam Português como língua materna
(L1), crianças que falam Português como língua segunda (L2) e crianças que não falam Português.
Neste contexto, as sugestões que a seguir se apresentam têm em conta os três cenários e visam o
desenvolvimento de competências da Língua Portuguesa relativas aos domínios de ver, ouvir, falar,
ler e escrever.
1. Período de Ambientação
A chegada da criança à escola tem para ela um significado muito especial, pois representa uma
mudança de meio a que está habituada para outro totalmente diferente e desconhecido: a escola.
Torna-se importante que, nos primeiros momentos de contacto entre a criança e a escola, se propicie
um ambiente e clima favoráveis à sua socialização. Para tal, durante o período de ambientação, a
escola deve proporcionar à criança actividades próprias desta fase, tais como jogos, danças e canções
da região, canções acompanhadas de mímica - do seu agrado - manuseio de materiais com que
rabisca, desenha, pinta e recorta.
Nesta faixa etária, as actividades de recorte devem ser realizadas com as mãos, ou com instrumentos
que não constituam perigo para as crianças, como por exemplo, tesouras para papel com pontas
arredondadas. Importa referir que o professor deve valorizar estas práticas, porque são muito
importantes para o desenvolvimento da destreza manual (libertação dos dedos) e da motricidade fina
(delicadeza no manuseio dos materiais).
A criança ainda pequena aprende a desenhar. Mesmo que para os adultos sejam simples rabiscos,
essa forma de expressão da criança é uma descoberta das suas capacidades. O desenho da criança
revela a sua expressão afectiva, porque representa as suas vivências e os seus sonhos. Nesta classe,
todo o desenho do aluno é bom. O professor não deve comparar os desenhos das crianças com os dos
57
adultos, pois os desenhos infantis não são fiéis à realidade. Deste modo, deve ter o cuidado de não
criticá-los, mas sim motivá-los a continuar.
O professor não deve dizer algo que, mesmo vagamente, decepcione a criança, porque pode diminuir
ou anular o seu nível motivacional em relação à escola. Por isso, o professor deve respeitar e estar
atento, porque essas representações criarão um importantíssimo meio de comunicação entre elas.
Assim como na comunicação verbal, a comunicação através da imagem acompanha um processo
mental que percorre todas as etapas do desenvolvimento da criança.
Os desenhos livres podem constituir oportunidades para o desenvolvimento da oralidade. Por isso, o
professor, à medida que vai acompanhando os trabalhos dos alunos, poderá pedir-lhes que falem
sobre o seu conteúdo.
A observação directa de vários sectores da escola pode constituir momentos para conhecer diferentes
espaços da escola, tais como: a sala de aulas, o recreio, o campo de jogos, o jardim, a horta e a casa
de banho/latrina.
Na fase de ambientação, a criança, integrada na sua turma, deverá ser levada a desenvolver pequenas
actividades, a saber: recolha de diversos materiais da natureza e de outro tipo, tais como pauzinhos,
folhas, pedrinhas, assim como pode limpar e embelezar a sala de aulas, conservar o jardim, a horta,
etc. Estas actividades podem contribuir para se estabelecer uma ambientação das crianças à escola,
aos companheiros e, sobretudo, ao professor.
Durante esta fase, é normal que a maioria das crianças, sobretudo nas zonas rurais, não saiba
comunicar em Português. Para contornar esta situação, sempre que se afigure necessário, o professor
pode recorrer ao uso da(s) língua(s) moçambicana(s).
Importa frisar que a língua local só pode ser usada, como recurso, em último caso, isto é, depois de se
usar os meios concretizadores, tais como o cartaz, o desenho, a mímica, os gestos, entre outras
alternativas que possam levar o aluno a entender o que se diz.
58
2. Oralidade
A comunicação oral é o primeiro estágio do ensino-aprendizagem de uma língua. Esta forma de
comunicação, em Português, deve ser uma preocupação constante da escola, em geral e, do professor,
em particular.
Na primeira classe, a oralidade deve percorrer todo o processo de ensino-aprendizagem do Português,
quer dizer, desde a fase de ambientação até à produção de palavras, frases e pequenos textos.
Na fase de aquisição de pré-requisitos da leitura e escrita, a oralidade será feita a partir de actos de
fala/expressões linguísticas. As expressões linguísticas são frases ou sequência de frases que
reportam variadas situações da vida real ou imaginária. Tais situações, como já foi referido, estão
integradas nos conteúdos das diferentes unidades temáticas.
A repetição das palavras durante a aprendizagem da oralidade constituiu um aspecto importante.
Neste caso, o uso da música pode tornar esta actividade mais prazerosa, pois as crianças gostam de
cantar e, por isso, não sentirão o possível desconforto que a repetição pode provocar. Além disso, o
carácter lúdico da música facilita a aprendizagem, pois desenvolve a imaginação, a memória, a
concentração e a auto-disciplina. As canções devem, sempre que possível, ser utilizadas como
estratégias de aprendizagem ou consolidação das competências definidas no Programa de Ensino,
No início da aprendizagem do Português, como língua segunda (L2), deve existir uma etapa de
iniciação à oralidade que antecede a introdução da leitura e da escrita. Assim, propõe-se um fundo de
tempo equivalente a 116 tempos lectivos para a oralidade inicial. Porém, na 1ª classe, a oralidade está
presente em todas as aulas.
A oralidade inicial destina-se, entre outros fins, à aprendizagem de formas elementares de
comunicação. A duração desta fase prévia deve estar de acordo com o nível de domínio da Língua
Portuguesa pelos alunos.
O fundo de tempo proposto foi calculado considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos
que chegam à escola sem falar a Língua Portuguesa.
No caso das crianças que já falam a Língua Portuguesa antes de frequentarem a escola, o professor
pode encurtar o período da oralidade inicial e começar a aprendizagem da leitura e escrita.
59
Normalmente, nas turmas, o professor é confrontado com a coexistência de três contextos
linguísticos:
Alunos que têm o Português como L1, uns que têm o Português como L2 e outros ainda que têm o
Português como LE. Neste caso, o professor deve trabalhar com todos, aproveitando os alunos que já
falam Português para apoiarem os que ainda não falam esta língua, pois os alunos sentem-se
motivados quando são ensinados ou apoiados pelos colegas, ansiando um dia virem a usar tão bem a
língua, quanto os colegas. Podem ainda trabalhar aos pares, ou em grupos.
Durante o processo de ensino-aprendizagem da oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes
aspectos:
 Verificar, sistematicamente, o domínio do vocabulário aprendido através de diálogos, jogos,
simulações, leitura de imagens, canções, dramatizações, etc.
 Retomar o vocabulário anterior quando se introduzem novos vocábulos, como forma de
consolidação permanente.
 Consolidar uma expressão de cada vez, antes de se introduzir a outra. Ex: as expressões
“Adeus, até amanhã, até logo” não podem ser ensinadas todas no mesmo dia.
 Sequenciar a ordem de introdução do vocábulo em função do que existe na escola e à sua
volta.
No momento em que os alunos iniciam a aprendizagem da Língua Portuguesa, o professor deve:
a) Ter consciência de que os alunos possuem uma tendência natural para a oralidade, isto é, a
facilidade que as crianças têm para aprender línguas;
b) Assegurar, tanto quanto possível, a apresentação dos objectos a que se faz referência em
Português;
c) Aproveitar ao máximo todas as formas de comunicação (os gestos, as imagens, as canções , as
danças, os jogos, etc.) como contributo para a compreensão do que diz;
d) Recorrer a vivências dos alunos e sua cultura, como base da comunicação oral adequada, útil
e eficaz.
60
2.1. Oralidade Inicial para os alunos que não falam a Língua Portuguesa
A oralidade inicial é uma fase crucial para as crianças que não falam a Língua Portuguesa quando
chegam à escola e dela depende o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta fase, o
ensino da língua, torna-se mais alegre e menos monótono, combinando actividades de ambientação e
de desenvolvimento psico-motor. Em seguida, apresentam-se algumas sugestões (que completam as
que se encontram no Programa):
 Exercitar o uso do vocabulário básico (palavras ou expressões) previsto nas unidades
temáticas, através de simulações, imagens, dramatização, mímica, canto, dança, jogos, etc.
 Usar constantemente o vocabulário aprendido em diferentes situações de comunicação. Ex:
cumprimento: simular situações de cumprimento na escola, “Bom dia, senhor professor”; na
família “Boa tarde, mamã”; na comunidade “Boa noite, senhor enfermeiro”, etc.
 Manter os vocábulos ou expressões em estudo até à sua consolidação. Ex: ao praticar as
expressões “Como te chamas? / Eu chamo-me...” não se deve ao mesmo tempo usar as outras
expressões alternativas, tais como: “Qual é o teu nome? / Quem és tu?”
 Ornamentar a sala de aula e outros espaços da escola com imagens, cartazes, recortes de
revistas e jornais, dizeres em Português e desenhos ou objectos produzidos pelos alunos para
o treino da oralidade. O professor deve actualizar as imagens de acordo com o conteúdo
programático em estudo.
 Contar, histórias alegres que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que
identifiquem palavras ou expressões que já conhecem.
 Incentivar os alunos a ouvir a rádio ou ver a televisão, para o contacto com o Português, pelo
menos 10 minutos por dia.
 Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor: folhear, tactear, rabiscar, entre
outros.
 Realizar exercícios de reconhecimento de sons semelhantes e diferentes através de jogos,
canções, pequenos poemas (imitar vozes de animais, sons da natureza e de objectos, ruídos
diversos, toques, batidas, timbres corporais, etc.).
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2.2. Oralidade inicial para os alunos que já falam a Língua Portuguesa
Os alunos que já falam a Língua Portuguesa também devem desenvolver uma oralidade inicial
orientada para o desenvolvimento de um vocabulário básico e para a familiarização com diferentes
formas da língua, ao mesmo tempo que se integram no novo ambiente escolar e realizam exercícios
de desenvolvimento psico-motor. Eis algumas sugestões:
 Exercitar o vocabulário básico através de pequenos diálogos, simulações, jogos de papéis, etc.
 Usar constantemente o vocabulário aprendido em diferentes situações de comunicação. Ex:
cumprimento - simular situações de cumprimento na escola, “Bom dia, senhor professor”, na
família “Boa tarde, mamã”, na comunidade “Boa noite, senhor enfermeiro”, etc.
 Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor tais como folhear, tactear, rabiscar,
etc.
 Contar histórias engraçadas que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que
identifiquem as palavras ou expressões que já conhecem e a moral da história.
Por exemplo: ao ensinar as expressões para cumprimentar, o professor pode contar a seguinte
história:
Era uma vez, um menino chamado Malumbe que se esquecia de cumprimentar os pais, ao acordar.
Numa manhã, antes de ir à escola, pediu à mãe que lhe desse pão ou mandioca para o lanche na
escola.
A mãe, muito triste, respondeu-lhe:
- Bom dia! O meu filho ainda está a dormir, pois quando ele acordar, a primeira coisa que vai fazer
será cumprimentar-me dizendo, “Bom dia, mãe!”
O menino ficou envergonhado, pediu desculpas à mãe e prometeu mudar.
Daquele dia em diante, o Malumbe passou a ser um menino educado e cumprimentava toda a gente
dizendo: bom dia, boa tarde, boa noite, conforme o período do dia.
Fonte: Grupo de Lingua Poruguesa do INDE ( 2013)
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2.3. Desenvolvimento da oralidade
O desenvolvimento da oralidade deve ser permanente. Após a aquisição do vocabulário básico, o
professor deve continuar com as actividades que permitam o enriquecimento do vocabulário, tais
como:
 Exercitar novas palavras, recorrendo a objectos e imagens, fazendo sempre relação com a
realidade e com as letras já aprendidas.
 Recontar pequenas histórias ouvidas (do professor, de colegas, de familiares), lidas ou
vividas.
 Realizar jogos de identificação de objectos, dentro e fora da sala de aula.
 Exercitar o uso do vocabulário básico (palavras ou expressões) previsto nas unidades
temáticas, através de simulações, imagens, dramatização, mímica, canto, dança, jogos, etc.
 Ordenar as acções de uma história desordenada, em grupos, para estimular o uso da língua
entre os alunos.
 Fazer exercícios de identificação de palavras do mesmo grupo ou não. Ex: dar um conjunto de
palavras para que os alunos identifiquem a palavra que não faz parte do grupo, ou as que
formam um grupo. Ex: banana, laranja, cão, manga.
Na continuação do processo de ensino-aprendizagem, o desenvolvimento da oralidade deve convergir
com o desenvolvimento da leitura, da compreensão e da produção escrita.
Nesta classe, para o desenvolvimento da expressão oral, propõem-se, de entre outras, as seguintes
actividades:
 Ouvir;
 Falar;
 Agir segundo orientações;
 Observar e descrever imagens;
 Narrar pequenas histórias com o apoio de imagens;
 Recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;
 Recitar poemas;
 Fazer jogos orais;
63
 Dramatizar situações do dia-a-dia;
 Cantar canções educativas.
O canto é um elemento que auxilia no desenvolvimento da oralidade. Quando as crianças cantam
ampliam o seu vocabulário básico. Enfim, ajuda no desenvolvimento da comunicação e da
linguagem, condição essencial para a sobrevivência da pessoa humana.
As canções para a aprendizagem devem ser pequenas e estar de acordo com o tema em tratamento.
No ensino e aprendizagem das canções, apela-se à criatividade do professor, bem como ao uso de
métodos adequados, de forma a satisfazer as necessidades de cada aprendizagem.
Antes de começar a canção, o professor deve preparar psicologicamente os seus alunos, motivando-
os para a actividade que irão realizar em seguida.
É importante que o professor cante primeiro a canção do princípio ao fim, de modo a expô-la
completamente aos seus alunos.
O refrão ou coro numa canção é a parte mais fácil e mais repetida; por isso, aconselha-se que seja a
primeira a ser ensinada, antes das estrofes.
Neste nível, aconselha-se que o professor cante um extracto de uma frase e logo de seguida peça aos
alunos para repeti-lo e, assim, sucessivamente, até ao fim da canção.
Para finalizar a aprendizagem da canção, o professor deve cantá-la toda, estrofe por estrofe e depois
pedir aos alunos para realizarem a mesma actividade.
Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios
didácticos:
 Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;
 Partir do nível de conhecimento dos alunos como base para as aquisições orais seguintes;
 Respeitar os ritmos de aprendizagem individual dos alunos;
 Utilizar exercícios de repetição de frases, palavras e sílabas, como meio de treino do aparelho
fonador (órgão responsável pela fala), sempre que necessário;
 Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da correcta e
fluente, evitando correcções sistemáticas.
64
3. Pré-Leitura e Pré-Escrita
A pré-leitura e a pré-escrita constituem uma fase que antecede a iniciação da leitura e da escrita.
É o momento em que o aluno adquire os pré-requisitos intelectuais e motores que o habilitarão, mais
tarde, a enfrentar, com sucesso, a aprendizagem da leitura e da escrita. O desenvolvimento das
actividades preparatórias da leitura e da escrita devem estar intimamente ligadas à oralidade.
A pré-leitura e a pré-escrita devem ser traduzíveis em acções cuja materialização implique a
interacção professor/aluno, aluno/aluno, com base em situações de comunicação autênticas,
reportadoras de contextos próximos, conhecidos e motivadores da criança.
Nesta fase, o aluno, sob a orientação do professor, deve desenvolver:
Exercícios de coordenação motora - exercícios para ensinar a criança a controlar (coordenar) os
seus movimentos e que desenvolvem a destreza manual e a motricidade fina.
A destreza manual é a capacidade de as mãos e os dedos fazerem movimentos coordenados. Em
crianças, a destreza manual, normalmente, é desenvolvida através de actividades que exigem também
a coordenação motora e visual.
A motricidade fina é a capacidade de executar movimentos finos com controlo e destreza, como por
exemplo, usar com delicadeza uma tesoura ou um lápis. Esta constitui uma das competências-chave a
ser desenvolvida desde tenra idade, possibilitando, à posterior, bons resultados na escrita e na
matemática.
É importante desenhar, rasgar, recortar, colar, modelar e pintar, pela necessidade natural que a
criança tem de se comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.
Estas actividades contribuem para o desenvolvimento infantil e a criatividade, melhorando
consideravelmente a motricidade fina.
Os jogos rítmicos populares (batimento de palmas e pés, estalos com os dedos das mãos, etc.)
permitem o desenvolvimento da psicomotricidade, preparando, assim, a destreza manual da criança.
Exercícios de lateralidade - exercícios para desenvolver a capacidade de orientação no espaço: à
esquerda, à direita, em cima, em baixo, ao lado. A aquisição destes pré-requisitos habilitará o aluno a
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saber, por exemplo, que, em Língua Portuguesa, se escreve da esquerda para direita e de cima para
baixo; distinguir o b do d, o p do q, o n do u; o t do f; o j do i; e o n do m.
Exercícios de percepção auditiva - exercícios que ensinam as crianças a reconhecerem e a
distinguir os diferentes sons. Esta capacidade levá-la-á, posteriormente, a distinguir a pronúncia das
letras, sílabas e palavras, na aprendizagem da leitura e escrita.
No ensino e aprendizagem da leitura inicial, exige-se que a criança conheça e identifique os sons das
letras e das palavras. Neste aspecto, a música pode ajudar no desenvolvimento das capacidades
auditivas que, por sua vez, facilitarão a fixação e memorização dos sons que constituem as letras e
palavras em estudo.
Exercícios de percepção visual - exercícios que ensinam as crianças a distinguir, através da vista, a
forma, a cor e o tamanho de objectos, seres, figuras/imagens. Esta capacidade é importante para o
aluno distinguir, na aprendizagem da leitura e da escrita, a configuração das letras e das sílabas.
Grafismos - os grafismos, como exercícios preparatórios, constituem actividades psicomotoras para
a iniciação da leitura e escrita. Para o sucesso deste trabalho, os grafismos devem:
a) Ser repetidos e retomados antes da iniciação à escrita de cada letra;
b) Ser aproveitados para motivar as actividades de compreensão e de expressão orais;
c) Estar relacionados com o sentido, direcção e a forma desses elementos;
d) Ser explorados em diferentes dimensões, amplitudes e ligações;
e) Evoluir de grafismos livres para dirigidos, sem se deixar de praticar os primeiros;
f) Ter formas ligadas aos movimentos dos seres reais que a criança conhece, por exemplo:
pingos de chuva, fumo, guarda-chuvas abertos e fechados, curvas (de uma estrada ou
caminho), sol, bola, lua, ondas, cobras, ziguezagues, saltos do coelho, montes, etc.
Sugere-se, como exercício de pré-escrita de grafismos e letras, os seguintes passos:
 1° com o dedo no ar;
 2° com o dedo no tampo da carteira;
 3º com um pauzinho no chão;
 4° com giz no quadro;
 5° com o lápis no caderno.
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4. Leitura e Escrita
A aprendizagem da leitura e da escrita, como a de qualquer outra habilidade, passa por três fases: a
fase cognitiva, a fase de domínio e a fase de automatização.
Na fase cognitiva, o aluno apercebe-se da funcionalidade da leitura e dos meios de que se vai servir
para se beneficiar dessa funcionalidade. Para o efeito, o aluno deve ser confrontado com diferentes
tipos de texto (literatura infantil, revistas, jornais, etc.), com e sem imagem, para que se sinta
motivado a conhecer o conteúdo dos mesmos, através da leitura. Em presença de textos interessantes,
cuja mensagem só lhe chega através da leitura do professor, o aluno vai “descobrir” a funcionalidade
da leitura e adquirir a capacidade de ler com maior facilidade.
Na fase de domínio, o aluno deve treinar e aperfeiçoar a realização das actividades necessárias para
atingir a funcionalidade da leitura. Este treino é efectuado a partir de exercícios de pré-escrita, de pré-
leitura e de grafismos.
Na fase de automatização, o aluno tem já habilidades suficientes que lhe permitem ler e escrever,
sem que realize um controlo consciente do acto de ler e de escrever.
A aprendizagem da leitura e escrita deve estar assente na competência comunicativa e ser
desenvolvida por um processo integrado, em que:
 a aprendizagem da leitura e da escrita seja simultânea;
 a aprendizagem da leitura e da escrita da palavra não se desligue de todo um concreto que é
a frase, relacionada com uma situação de comunicação, criada ou aproveitada;
 a frase em situação deve ser o ponto de partida e o ponto de chegada, de acordo com o
objectivo principal da aprendizagem de uma língua: a comunicação;
 o método deve privilegiar a leitura e a interpretação da frase e da palavra, de acordo com a
apreensão sincrética da criança;
 a análise e a síntese da palavra devem estar ao serviço da escrita e da relação visual-sonora
dos seus elementos constituintes: as sílabas e as letras;
 a palavra-chave deve ser a base da formação e da leitura de novas palavras, com vista ao
alargamento da aprendizagem da leitura e escrita do vocabulário;
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 as palavras, frases e textos aparecem em letra de imprensa e cursiva no livro de leitura e
caderno de exercícios, mas o aluno só vai escrever em letra cursiva.
Na fase inicial da leitura, é muito importante que o professor oiça a leitura de cada aluno, a fim de
poder apoiá-lo nas dificuldades que eventualmente enfrente. Para o efeito, os alunos devem, com
bastante frequência, ler letras, sílabas, palavras e frases e relacionar palavras com imagens.
O professor precisa de estar atento à escrita dos alunos para verificar a sua correcção em termos de
caligrafia, ortografia, sentido do traço das letras e a ligação entre elas.
A canção, por exemplo, pode, também, ser um importante recurso na aprendizagem da leitura.
Através do uso de canções apropriadas, o professor pode ensinar vogais e consoantes para além da
exercitação da pronúncia, dicção e articulação das palavras.
É de realçar que a canção é uma fonte inesgotável no auxílio da aprendizagem, pois, através dela, o
professor primário pode introduzir e ensinar quase todas as matérias das disciplinas curriculares desse
nível como a Matemática, Ciências Naturais e outras. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem
sobre os animais domésticos, o professor pode começar por ensinar ou cantar uma canção que retrata
estes animais com os seus alunos, para depois fazer a abordagem sobre os mesmos.
Em seguida, apresenta-se um exemplo de introdução da letra “i”, em 10 aulas.
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Leitura e Escrita - Proposta de aula Exemplificativa
Introdução da vogal i
Frase- chave: É uma ilha.
Ilustração de Moisés Utui
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1ª Aula
 Observação da imagem pelos alunos (em silêncio).
 Interpretação da imagem com base nas seguintes perguntas:
- O que é que vê na imagem?
- O que é que há na ilha?
- O que é que tem à volta da ilha?
- Alguém já viu uma ilha?
 A partir destas perguntas, o professor leva os alunos a construírem oralmente a seguinte frase-
chave: É uma ilha.
Caso os alunos não consigam chegar à frase-chave, o professor terá de dizê-la: É uma ilha.
 Os alunos repetem em coro, aos pares e individualmente a frase-chave: É uma ilha.
 Destaque oral da palavra ilha.
 Os alunos, sob orientação do professor, pronunciam devagar a palavra destacada.
 Sob orientação do professor, os alunos dividem oralmente a palavra-chave em sílabas: i – lha.
 Os alunos repetem i - lha em coro, aos pares e individualmente.
 O professor pergunta aos alunos, o que se ouve primeiro quando se diz: ilha
O professor deve deixar que os alunos descubram sozinhos a letra que se ouve em primeiro lugar.
Caso os alunos não consigam dizer que se ouve primeiro o “i”, o professor pronuncia pausada e
repetidamente a letra em estudo: “i”
 Os alunos repetem “i”, quantas vezes forem necessárias:
a) Toda a turma;
b) Em filas de carteiras;
c) Aos pares;
d) Individualmente.
2ª Aula
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 Jogo oral de identificação de palavras que têm “i”.
O professor diz uma série de palavras umas contendo i e outras não. Cada vez que ele disser uma
palavra com i, os alunos gritam: iiii (tem iiii).
 O professor escreve o “i” no quadro e diz esta letra chama-se“ i”. E repete “i” quantas vezes
forem necessárias.
 Os alunos identificam o “i” em palavras escritas. Exemplo: milho, pilha, fita, pilão, pipoca,
livro, afiador através de:
- circundagem;
- sublinhação;
- marcação de um x ou traço.
 Identificação da letra “i” numa sopa de letras.
 Correcção dos exercícios pelo professor.
 O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta:
Eu leio o “i”
Tu também podes ler.
Eu leio o “i”
Tu também podes ler.
Não custa nada
É só dizer o “i”.
 TPC: Desenho livre.
3ª Aula
 Correcção do TPC.
 O professor inventa uma canção sobre o“ i” e canta com os alunos.
 Treino do grafismo conducente à escrita do “i”:
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- no ar;
- no tampo da carteira;
- no quadro;
- no chão;
- na folha desperdício;
- no caderno diário;
- no livro – caderno.
 Exercícios de escrita de grafismos, com a configuração do “ i”, no livro - caderno.
 Correcção dos exercícios pelo professor.
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4ª Aula
 Treino da escrita do “i”:
- Escrita da letra “i” no ar:
Para a escrita da letra “i” no ar, o professor posiciona-se do lado esquerdo do quadro preto.
Levantando o braço direito, escreve a letra no ar, como se estivesse a escrever no quadro. Ele faz a
demonstração do movimento para a escrita da letra “i”. Os alunos devem observar o movimento.
Em seguida, o professor pede aos alunos para levantarem o braço direito. O professor deve controlar
se todos os alunos levantaram o braço direito e não o esquerdo.
Finalmente, os alunos escrevem a letra “i” no ar: Os alunos acompanham o movimento do braço do
professor, ao mesmo tempo que escrevem a letra ”i” no ar, dizendo: ” para cima, para baixo,
curvamos, pintinha.” Este exercício deve ser repetido cinco vezes.
NB: O professor deve estar atento aos alunos “canhotos” e se tiver a certeza de que são canhotos, não
deve obrigá-los a escrever com a mão direita.
- Escrita da letra ”i” no tampo da carteira: este exercício deve ser realizado caso a escola tenha
carteiras. Nas escolas sem carteiras, escreve-se a letra no chão, com um pauzinho.
- Escrita do “i” no quadro (sobre o tracejado ou escrita gorda).
O professor fica do lado esquerdo do quadro preto e escreve a letra ”i” manuscrita, bem grande e, à
medida que o aluno vai observando, o professor repete a escrita da letra “i” no quadro, várias vezes e
em diferentes tamanhos.
Em seguida, vários alunos vão ao quadro de forma individual para escrevem o “i” no quadro e, os
colegas, com ajuda do professor avaliam a escrita de cada aluno.
O professor elogia os alunos que tiverem escrito correctamente e apoia e encoraja os que ainda
apresentam dificuldades.
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- Escrita da letra “i” na areia
O professor orienta os alunos para que no dia seguinte levem um pauzinho à escola. Contudo, o mais
aconselhável seria o professor preparar pauzinhos para distribuir aos seus alunos e, no fim da aula
recolher.
O professor organiza os alunos em grandes círculos. Caso se trate de uma turma numerosa, deve
formar-se dois círculos, de modo que os alunos tenham um espaço suficiente para escrever.
Os alunos escrevem a letra ”i” 10 vezes. O professor deve ter em conta que cada aluno tem o seu
ritmo de aprendizagem. Logo, nem todos vão atingir o número de vezes recomendado.
N.B. O professor deve controlar o exercício de escrita, elogiando os alunos que escrevem
correctamente: “Estás de parabéns, teu i é muito bonito!”, e apoiando os que apresentam
dificuldades: “O menino, deve melhorar, falta pouco para o teu i ficar bonito, escreve mais ”i.”
 Treino da escrita da letra “ i” no livro - caderno
- sobre o tracejado;
- sobre o ponteado;
- com base no modelo.
O professor leva os alunos a recordar algumas regras sobre o uso do caderno e lápis, nomeadamente:
- Que o caderno tem linhas e margens;
- Que se escreve da esquerda para a direita;
- Que se escreve de cima para baixo;
- Que se pega no lápis com a mão direita.
O professor deve pedir aos alunos que indiquem: as linhas e margens; a direcção da escrita; como se
pega o lápis, enquanto respondem. É impotante que o professor seja persistente na realização deste
tipo de actividade.
O professor indica aos alunos a página e a linha onde devem escrever o “i” no livro-caderno. Chama
a atenção dos alunos que a letra deve assentar na linha de baixo e tocar a linha de cima.
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O professor deve circular pelas carteiras, elogiando os que escrevem correctamente e apoiando os que
apresentam dificuldades.
O professor poderá apoiar-se nos alunos que tiverem escrito correctamente o “i”, para ajudar os que
ainda têm dificuldades.
 TPC: Escrita da letra ”i” no caderno diário, enchendo três linhas.
N.B. O professor deve escrever uma linha com a letra i no caderno de cada aluno, para servir de
modelo.
5ª Aula
 Correcção do TPC.
 Treino da escrita do “i” no caderno diário.
 Correcção dos exercícios pelo professor.
 TPC: Escrita do “i” no caderno diário.
6ª Aula
 Correcção do TPC
 Recapitulação da imagem
 Identificação dos pormenores da imagem:
O que é que há na ilha?
O que é que tem à volta da ilha?
Alguém já viu uma ilha?
 O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta:
Eu escrevo o “i”
Tu também podes escrever.
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Eu escrevo o “i”
Tu também podes escrever.
Não custa nada
É só assim, assim (fazendo o gesto da escrita do “i”).
 A partir de uma sopa de letras (vogais), cada aluno selecciona a letra “i” e coloca-a no quadro
de pregas, ou fixa-a numa esteira/papelão/cartolina.
 Exercício de cópia do “i” no quadro e no caderno diário.
 Correcção dos exercícios pelo professor.
7ª Aula
 Jogo de Identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas
com “i” outras sem ele. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos batem
palmas.
Depois faz o mesmo exercício para:
- pequenos grupos;
- pares de alunos;
- alunos, individualmente.
 Exercício de modelagem do “i”.
 TPC: Escrita do “i” no caderno diário.
8ª Aula
 Correcção do TPC.
 Canto: canção relacionada com o “i”.
 Identificação do “i” num quadro alfabético constituído por vogais através de:
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- circundagem;
- sublinhação;
- marcação de um x ou traço.
 A partir de uma sopa de palavras, cada aluno selecciona aquelas que tiverem “i”, e coloca-as
no quadro de pregas ou fixa-as numa esteira/papelão/cartolina.
 TPC: Desenho livre.
9ª Aula
 Correcção do TPC.
 Exercício de cópia do “i” no:
- quadro;
- caderno diário.
 Correcção do trabalho.
 Na correcção do trabalho, o professor deve estar atento aos seguintes aspectos:
- Se os alunos escrevem bem o “i” e se as letras são bonitas;
- Se as letras tocam a linha superior( de cima) e “assentam“ na linha inferior( de baixo);
- Se as cinco letras de cada linha estão organizadas em colunas, por baixo uma da outra.
 Desenho e pintura da letra “i” em tamanho grande.
10ª Aula
 Jogo de identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas
com “i” e outras, sem “i”. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos dizem iii.
 Depois, faz o mesmo exercício para:
- pequenos grupos;
- pares de alunos;
- alunos individualmente.
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 Exercício de recorte e colagem do “i”.
 TPC: Escrita do “i” no caderno diário. Os alunos escrevem a letra “i” enchendo 10 linhas.
4.1.Métodos de leitura e escrita
A aprendizagem da leitura e da escrita será feita através do método Analítico-Sintético.
Esta aprendizagem parte da análise de uma frase para se chegar à identificação dos grafemas (letras
do alfabeto) e não à pronúncia/leitura do fonema (som da letra).
Cada letra é tratada, como grafema, de maneira sistemática, da análise para a síntese e vice-versa,
obedecendo os seguintes passos:
Análise
 Exploração (história, conversa, interpretação de imagens, jogos, canções, etc);
 Destaque da frase-chave (cujas letras sejam do conhecimento do aluno);
 Interpretação da frase-chave;
 Leitura da frase-chave;
 Destaque da palavra - chave;
 Interpretação da palavra;
 Análise/decomposição/divisão da palavra-chave em sílabas;
 Leitura das sílabas;
 Destaque da letra-chave;
 Identificação/leitura da letra-chave.
Síntese
 Formação da sílaba-chave;
 Leitura da sílaba-chave;
 Leitura da sílaba-chave noutras palavras;
 Formação da palavra-chave;
 Leitura da palavra-chave;
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 Grafismos;
 Escrita da letra-chave;
 Formação de sílabas variantes fonéticas com base na letra em estudo;
 Escrita de sílabas variantes fonéticas;
 Formação de novas palavras com variantes fonéticas;
 Leitura das palavras formadas;
 Interpretação das palavras formadas;
 Formação de frases com as novas palavras;
 Leitura e interpretação das frases formadas;
 Escrita das frases formadas.
O facto de se apresentar o percurso completo dos passos do método analítico sintético para a leitura e
a escrita iniciais, não significa que qualquer unidade programada, ou qualquer aula, passe,
necessariamente, por todas as etapas que aqui se referem.
Nota: Apesar de o Programa recomendar o uso do método analítico-sintético, os
professores podem recorrer a outros métodos, desde que facilitem e garantam o
desenvolvimento das competências de leitura e escrita no 1º ciclo.
No início da escolaridade, o aluno não é capaz de realizar todo o percurso apresentado. À medida que
o processo de iniciação for abarcando mais letras, abre-se a possibilidade de se fazer uma exploração
maior das etapas.
Os alunos só devem escrever ditado de palavras, frases e pequenos textos cujas letras já sejam do seu
conhecimento.
4.2.Alfabeto
Ao terminar a 1ª classe, o aluno deve saber ler (identificar) e escrever o alfabeto em ordem, mas isso
não significa que, no processo da iniciação da leitura e da escrita, siga tal ordem. O que se pretende é
que, findo o processo de iniciação, haja uma sistematização de todo o alfabeto.
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A introdução dos grafemas, maiúsculos e minúsculos em simultâneo, durante o processo de iniciação
à leitura e escrita, obedecerá às seguintes etapas e ordem:
1ª Etapa: I, U, O, E, A
2ª Etapa: M, P, T, L, N
3ª Etapa: C, D, V, B, R, G
4ª Etapa: S, J, F, Z, H, Q, X
5ª Etapa: K, W, Y
Como se pode verificar, no conjunto das 26 letras que constituem o alfabeto, estão incluídos os
grafemas (letras) Y, K, W. Mas, por serem pouco usadas, em Língua Portuguesa, elas devem ser
introduzidas na última etapa.
5. Funcionamento da Língua
No primeiro ciclo, o ensino e aprendizagem da gramática é feito, predominantemente, de forma
implícita, pois está ao serviço da comunicação em Língua Portuguesa.
Basicamente, o ensino e aprendizagem da gramática no 1º ciclo, consiste no seguinte:
a) Uso da língua em situações de comunicação;
b) Prática intensiva de exercícios orais e escritos que vão permitir aos alunos dominar as
estruturas do funcionamento da língua;
c) Apreensão intuitiva de aspectos básicos de funcionamento da língua.
Na 1ª e 2ª classes, os alunos não devem memorizar as regras gramaticais. Não é por saber, de cor, as
regras de gramática, que o aluno aprende a comunicar correctamente.
O facto de as sugestões metodológicas relativas ao funcionamento da língua estarem separadas da
oralidade e da leitura e escrita, não significa que os aspectos gramaticais devem ser tratados de forma
isolada. O ensino e aprendizagem da gramática tem de ser feito associado à oralidade, leitura e
escrita.
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Durante as aulas de oralidade, o professor, através de várias técnicas de ensino, vai introduzindo
material linguístico (actos de fala/expressões linguísticas, vocabulário e verbos) e trabalhando, de
modo a que os alunos possam usá-lo em situações do dia-a-dia. Este procedimento é também
extensivo às aulas de leitura e escrita.
6. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa no Ensino Básico
A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto educativo,
com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-aprendizagem. A
avaliação permite:
 Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas no
Programa;
 Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais da
língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e
procurando (melhores) soluções para os problemas identificados;
 Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem, a fim de detectar
“falhas” e encontrar estratégias de recuperação em função das competências, conteúdos,
estratégias, materiais de ensino e da realidade da turma;
 Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do
processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção.
A avaliação deve estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, isto é, a
avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática.
De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação:
Diagnóstica, Formativa e Sumativa.
Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo, semestre,
ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo, colher informação sobre o nível inicial de
aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e
capacidade.
81
Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam
que todos os alunos desenvolvam as competências previstas no Programa e, por outro, delimitar as
capacidades que o aluno possui para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou
temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados.
No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens:
 Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a
nova matéria, verificando-se o que foi aprendido anteriormente e a consequente recuperação e
consolidação das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade temática;
 No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de
proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação
e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua,
para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso, requerem uma maior atenção.
Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de
modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.
O resultado da avaliação diagnóstica deve ser comunicado aos alunos, individualmente, embora não
se lhes atribua uma classificação.
Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-
aprendizagem. Esta tem uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível
de realização das competências definidas no Programa e incentiva o aluno a empenhar-se cada vez
mais nos estudos.
A avaliação formativa preocupa-se, igualmente, com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a
sua personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social
e linguística. Este conhecimento pode permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como
as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos.
Neste tipo de avaliação, os critérios a adoptar incluem uma auscultação e uma ligação directa com os
82
pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é
necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou relações entre o
passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deve preparar tarefas adicionais
e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente.
Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de
ensino, ano lectivo ou curso.
Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem da língua
e ocorre geralmente após actividades relacionadas com a compreensão oral e escrita, por um lado, e
expressão oral e escrita, por outro.
É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como por
exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes,
os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.
Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais e semestrais, é feita de acordo com
um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa quantitativamente,
numa escala de zero a vinte valores.
O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o
desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua, de acordo com as exigências de cada
ciclo.
A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes habilidades:
a) ouvir e falar;
b) ler e compreender;
c) escrever.
83
a) Ouvir e falar
A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno individualmente é capaz de:
 Fazer perguntas com: onde, quem, o que, quando,como;
 Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);
 Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);
 Usar vocabulário básico.
b) Ler e compreender
Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno é capaz
de:
 Ler entre dez a vinte palavras por minuto;
 Ler frases simples;
 Ler textos com 5 a 10 linhas;
 Compreender a informação contida em textos simples.
c) Escrever
O professor deve procurar saber se cada aluno é capaz de:
 Copiar palavras e frases;
 Escrever palavras e frases simples;
 Escrever palavras e frases ditadas;
 Legendar imagens;
 Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)
 Ordenar frases em sequência lógica.
84
A perspectiva de avaliação proposta deve permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para
o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de aprendizagem, para
que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado ciclo, que lhes possibilita a
progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma progressão por ciclos de aprendizagem.
Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua, onde o
processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se obtenha uma
imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências parciais descritas
nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do processo de ensino-
aprendizagem.
Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos
alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os
estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.
De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a
permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em
coordenação com o Director da Escola e com os pais/encarregados de educação do educando, provar
que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas.
O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.
85
Referências Bibliográficas
Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de Língua
Portuguesa, 7, pp. 54 – 65.
Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian.
Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV:
Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática Pedagógica, pp. 7 – 54, Maputo: INDE.
INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado.
Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do Grau
de Bacharelato em Ciências da Educação. Maputo: Universidade Pedagógica e Escola Superior de
Setúbal.
Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo.
Ministério da Educação e Cultura. (1979). O Ensino da Língua Portuguesa: Avaliação. Documento
apresentado no I Seminário Nacional sobre o Ensino da Língua Portuguesa. Maputo.
Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York: Phoenix
Elt.
Silva, R. M. V. (s/d). O Português São Dois: Variação, mudança, norma e a questão do ensino do
Português no Brasil. In Congresso Internacional Sobre o Português. pp 375 – 401.
86
Programa de Língua Portuguesa
2ªClasse
87
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA
UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO
I. FAMÍLIA 7 110
II. ESCOLA 3 52
III. COMUNIDADE 6 100
IV. AMBIENTE 2 28
V. CORPO HUMANO 4 60
VI. SAÚDE E HIGIENE 8 130
Sub-total 30 480
CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128
TOTAL 38 608
PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
I.
FAMÍLIA
 Formular ordens e instruções;
 Reagir à formulação de ordens e
instruções;
 Usar expressões para manifestar
preferências.
Ouvir e falar
(consolidação)
 Expressões para dar ordens/instruções:
- Levanta/baixa a mão.
- Abre/fecha a porta.
- Abre/ fechao livro.
 Expressões para manifestar preferências:
- Eu gosto mais de leite.
- Prefiro jogar a bola.
 Expressa-se com cortesia para
dar instruções e manifestar
preferências,
interesse/desinteresse e
desejos.
7
tempos
 Usar expressões para manifestar
interesse/desinteresse sobre variadas
situações;
 Usar expressões adequadas para
manifestar desejos;
Ouvir e falar
 Expressões para manifestar interesse e desinteresse:
- Estou interessado em estudar contigo.
- Agora não quero brincar.
 Expressões para manifestar desejo:
- Gostaria de ir à escola
- Apetece-me ver a televisão
6
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
I.
FAMÍLIA
 Usar expressões para manifestar alegria e
satisfação;
 Usar expressões adequadas para
manifestar sentimento de medo.
Ouvir e falar
 Expressões para manifestar alegria e satisfação:
- Que bom!
- Ainda bem que vieste!
- Gostei muito!
 Expressões para manifestar medo:
- Estou com medo!
- Mete medo.
 Expressa-se com cortesia para
manifestar alegria e satisfação,
expressar medo e dar sugestões
e conselhos.
7
tempos
 Usar expressões para dar conselhos. Ouvir e falar
 Expressões para dar sugestões e conselhos:
- É melhor fazer o TPC.
- Seria bom não faltar à escola!
7
tempos
 Construir frases simples usando pronomes
pessoais;
 Formular frases no imperativo;
Ouvir e falar
Funcionamento da Língua
 Pronomes pessoais:
- eu, tu, você, ele/ela
- nós, vocês, eles/elas
 Frases Imperativas:
- Lava as mãos …
- Arruma os livros
- Vai à escola
 Expressa-se, oralmente, com
correcção, usando pronomes
pessoais e frases imperativas.
10
tempos
I.
FAMÍLIA
 Identificar ditongos nasais em palavras;
 Ler palavras, frases e textos que contêm
ditongos nasais;
 Escrever palavras e frases que contêm
ditongos nasais.
Ler e escrever
 Ditongos nasais: ão, ãe, õe
 Palavras, frases, pequenos textos
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos contendo
ditongos nasais.
7
tempos
 Ler palavras, frases e pequenos textos;
 Interpretar palavras, frases, pequenos
textos e imagens;
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases
e pequenos textos com caligrafia correcta
e legível;
Ler e escrever
 Imagens
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
10
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
I.
FAMÍLIA
 Identificar os membros da família;
 Construir frases usando vocabulário sobre
os membros da família;
 Desenhar os membros da família;
 Canta canções sobre os membros da
família.
Ouvir e falar
 Membros da família: pai/ mãe, filho/filha,
irmão/irmã, avô/avó, neto/neta, tio/tia, primo/prima
 Desenho sobre membros da família
 Canções
 Nomea os membros da sua
família;
 desenha os membros da sua
família;
 Descreve a situação sócio-
profissional da família.
7
tempos
 Construir frases usando vocabulário
relacionado com as ocupações dos
membros da família;
 Identificar o tipo de casas da sua
comunidade;
 Construir frases usando vocabulário sobre
tipos de casa.
Ouvir e falar
 Ocupação dos membros da família: camponês,
motorista, pescador, alfaiate e modista
 Tipos de casa: palhota, alvenaria
6
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
I.
FAMÍLIA
 Nomeiar objectos e utensílios de uso
doméstico;
 Construir frases usando vocabulário sobre
objectos e utensílios domésticos;
 Usar expressões sobre a utilidade dos
utensílios domésticos;
 Modelar diferentes tipos de casa e
utensílios domésticos;
 Cantar canções sobre os utensílios
domésticos.
Ouvir e falar
 Objectos e utensílios de uso doméstico:
- prato, copo, chávena, pires, faca, bacia, chaleira,
pote, alguidar, coador, ralador, cabaça, panela,
colher, colher de pau, prato, peneira e fogão
 Utilidade dos objectos e utensílios de uso doméstico
 Modelagem
 Canções
 Descreve a utilidade dos
utensílios em actividades
domésticas.
6
tempos
 Ler contos, fábulas, lengalengas e poemas
variados;
 Interpretar contos, fábulas, canções,
poemas variados;
 Dramatizar contos, fábulas, canções,
poemas variados;
 Produzir pequenas histórias;
 Realizar jogos diversos;
 Ilustrar pequenas histórias.
Ler e escrever
 Contos, fábulas, lenga-lengas e poemas
 Jogos
 Ilustração
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos.
7
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
I.
FAMÍLIA
 Formar frases, usando pronomes
demonstrativos;
 Flexionar, oralmente, palavras em género
e em número.
Ouvir e falar; ler e escrever
Funcionamento da Língua
 Pronomes demonstrativos: Este/esta; estes/estas
 Esse/essa; esses/essas
 Flexão em género
 Flexão em número
 Expressa-se, oralmente e por
escrito, com correcção, usando
pronomes demonstrativos.
8
tempos
 Ler palavras/frases que contêm o r
intervocálico e rr;
 Redigir palavras, frases e pequenos textos
que contêm o s intervocálico.
Ler e escrever
 Introdução do r intervocálico: are, ari, ura, uro, ira
 Introdução do duplo r
 Introdução do s intervocálico: ase, asa, usa  Lê e escreve frases simples e
pequenos textos contendo r
intervocálico, rr e s
intervocálico. .
10
tempos
 Interpretar palavras, frases, pequenos
textos e imagens;
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases
e pequenos textos com caligrafia correcta
e legível.
 Imagens
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
12
tempos
II.
ESCOLA
 Participar em eventos comemorativos
através de jogos e desenhos;
 Ilustrar palavras, frases, pequenos textos
com desenhos;
 Fazer recorte, colagem e dobragem de
brinquedos e bandeirolas;
 Ler pequenos textos sobre datas
comemorativas/festivas;
 Redigir pequenos textos sobre datas
comemorativas/festivas;
 Cantar canções sobre datas festivas e
comemorativas;
 Praticar danças;
 Praticar jogos.
Ler e escrever
 Datas festivas e comemorativas:
- Ano novo: 1 de Janeiro
- Dia dos Heróis moçambicanos: 3 de Fevereiro
- Dia do Pai: 19 de Março
- Dia da Mulher Moçambicana: 7 de Abril
- Dia da Mãe: 2º domingo de Maio
- Dia da Criança: 1 de Junho
- Dia da Independência Nacional: 25 de Junho
- Dia da Paz e Reconciliação - 4 de Outubro
- Dia da Família: 25 de Dezembro
 Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura/cartaz/
ilustrações
 Redacção de frases sobre datas
comemorativas/festivas
 Canções sobre datas festivas e comemorativas
 Danças
 Jogos
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos sobre datas
festivas e comemorativas.
16
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
II.
ESCOLA
 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas
e poemas;
 Dramatizar variados contos, fábulas,
canções e poemas;
 Realizar jogos;
 Escrever pequenas histórias;
 Ilustrar pequenas histórias.
Ler e escrever
 Contos, fábulas, lenga-lengas, poemas
 Jogos
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos.
8
tempos
 Construir frases aplicando artigos
definidos e indefinidos;
 Flexionar artigos em género e número.
Funcionamento da Língua
 Artigos definidos (o/a; os/as) e indefinidos (um/uma,
uns/umas)
 Flexão em género
 Flexão em número
 Expressa-se, oralmente e por
escrito, com correcção,
usando artigos definidos.
6
tempos
 Identificar combinações grafémicas em
palavras;
 Ler palavras e frases que contêm
combinações grafémicas;
 Escrever palavras e frase que contêm
combinações grafémicas.
Ler e escrever
Introdução de combinações grafémicas:
 Introdução do duplo s
 Introdução do s no final de palavras: as, es, is, os, us
 Introdução de am, em, im, um, om
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos com
combinações grafémicas.
16
tempos
 Ler imagens, frases e pequenas histórias;
 Interpretar frases e pequenas histórias;
 Escrever palavras, frases e pequenas
histórias;
 Ilustrar palavras, frases e pequenas
histórias com desenhos;
Ler e escrever
• Imagens
 Ilustrações 6
tempos
NIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
III.
COMUNIDADE
 Interpretar palavras, frases, pequenos
textos e imagens;
 Fazer cópias e ditados de palavras,
frases e pequenos textos com caligrafia
correcta e legível;
 Treinar caligrafia.
Ler e escrever
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos.
14
tempos
 Usar expressões sobre a utilidade dos
locais/instituições públicas existentes
na comunidade;
 Compor imagens sobre lugares
públicos usando várias técnicas.
 Cantar canções sobre lugares públicos.
Ouvir e falar
 Locais/instituições públicas: Hospital, Mercado,
Banco e Esquadra Policial  Descreve os lugares públicos
da sua comunidade
8
tempos
 Identificar os meios de transporte;
 Ler textos sobre regras de segurança
rodoviária;
 Interpretar textos sobre regras de
segurança rodoviária;
 Elaborar redacções sobre meios de
transporte;
 Ilustrar textos sobre meios de
transporte.
Ler e escrever
 Meios de transporte: carro, barco, comboio, bicicleta,
avião, helicóptero
 Regras básicas de segurança rodoviária
 Redacção
 Ilustrações
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos sobre os
meios de transporte.
8
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
III.
COMUNIDADE
 Identificar meios de comunicação;
 Ler textos sobre meios de comunicação;
 Interpretar textos sobre meios de comunicação;
 Elaborar redacções sobre meios de
comunicação;
 Ilustrar palavras, frases e pequenos textos com
desenho;
 Fazer recorte, colagem e dobragem de
diferentes meios de comunicação.
Ler e escrever
 Meios de comunicação:
- Rádio, televisão, telefone e jornal
 Redacções
 Ilustrações
 Recorte/dobragem/colagem
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos sobre os
meios de comunicação.
8 tempos
 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e
poemas;
 Dramatizar variados textos, contos, fábulas e
canções;
 Realizar jogos;
 Formar frases, usando pronomes
demonstrativos;
 Flexionar pronomes demonstrativos em género
e em número;
 Usar palavras antónimas em frases.
Ler e escrever
 Contos, fábulas, lengalengas, e poemas
 Jogos.
Funcionamento da Língua
 Pronomes demonstrativos:
- aquele/aquela
- aqueles/aquelas
 Flexão em género
 Flexão em número
 Palavras antónimas
 Lê pequenos textos de
natureza diversa.
 Expressa-se, oralmente e por
escrito, com correcção, usando
pronomes demonstrativos.
16 tempos
III.
COMUNIDADE
 Identificar combinações grafémicas em
palavras;
 Ler palavras e frases que contêm combinações
grafémicas;
 Escrever palavras, frases que contêm
combinações grafémicas;
 Interpretar palavras, frases e pequenos textos;
 Interpretar imagens.
Ler e escrever
 Introdução de: al, el, ul, ol, il;
 Introdução de: an, en, in, on, un;
 Palavras, frases, pequenos textos;
 Imagens.
 Lê e escreve frases
simples e pequenos
textos com combinações
grafémicas.
16tempos
 Interpretar palavras, frases, pequenos textos e
imagens;
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e
pequenos textos com caligrafia correcta e
legível.
Ler e escrever
• Cópia
• Ditado
• Caligrafia
14 tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
IV.
AMBIENTE
 Indicar os diferentes elementos do ambiente;
 Mencionar as regras de conservação do
ambiente;
 Indicar as cores dos elementos do ambiente.
Ouvir e falar
 Elementos do ambiente:
- Água, pedra e ar (seres não vivos)
- Animais e plantas (seres vivos)
 Conservação do ambiente:
- Evitar sujar água
- Evitar cortar árvores
- Evitar queimadas descontroladas
 Cores do ambiente
 Descreve, oralmente, o
ambiente, distinguindo os
seres vivos dos não vivos e
preservação.
6 tempos
 Usar os nomes de animais domésticos e
selvagens para formar frases;
 Mencionar os animais selvagens;
 Diferenciar animais domésticos dos selvagens;
 Indicar a utilidade dos animais domésticos.
Ouvir e falar
 Animais domésticos: galinha, pato, boi,
cabrito, cão, gato, pombo, burro, perú,
ovelha, coelho.
 Animais selvagens: macaco, girafa,
elefante, gazela, leão, cobra, hipopótamo,
leopardo, tigre, crocodilo e cágado.
 Utilidade dos animais domésticos
 Descreve os animais
domésticos e selvagens e sua
utulidade.
8 tempos
III.
COMUNIDADE
 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e
poemas;
 Interpretar pequenos textos;
 Dramatizar variados textos, contos, fábulas e
canções;
 Praticar jogos;
 Redigir pequenos textos;
 Ilustrar palavras, frases e pequenos textos com
desenhos.
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e
pequenos textos com caligrafia correcta e
legível.
 Ler frases com pronomes indefinidos;
 Escrever frases usando pronomes indefinidos.
Ler e escrever
 Contos, fábulas, lengalengas e poemas
 Dramatização
 Jogos
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Pronomes indefinidos
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos;
 Dramatiza contos e fábulas;
 Reconta contos, fábulas;
 Declama e interpreta poemas.
 Expressa-se, oralmente e por
escrito, com correcção.
16
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
V.
CORPO
HUMANO
 Identificar os elementos que constituem as partes do
corpo humano;
 Construir frases usando o vocabulário sobre as partes
do corpo humano;
 Produzir sons através do corpo;
 Cumprir as regras básicas de higiene corporal;
 Cantar canções sobre o corpo humano.
Ouvir e falar
 Corpo humano:
- Cabeça (cabelo, olhos, nariz, boca e
orelhas);
- Tronco (peito e barriga)
- Membros (braços e pernas)
 Timbres corporais:
Bater palmas, pernas, estalos através de
dedos e língua
 Higiene corporal: tomar banho, escovar os
dentes, cortar unhas e pentear o cabelo
 Descreve o corpo humano e
sua higiene.
8
tempos
 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;
 Dramatizar variados textos, contos, fábulas e canções;
 Praticar jogos variados;
 Redigir pequenos textos: histórias;
 Ilustrar com desenhos palavras, frases e pequenos
textos.
Ler e escrever
 Contos, fábulas, lengalengas
 Poemas
 Canções
 Jogos
 Ilustrações
 Lê, interpreta e escreve frases
simples e pequenos textos;
 Reconta contos, fábulas e
lenga-lengaa.
 Declama poemas.
16
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
V.
CORPO
HUMANO
 Construir frases obedecendo as regras de
concordância entre nomes e adjectivos;
 Ler frases construídas;
 Escrever frases, usando pronomes indefinidos;
 Usar pronomes indefinidos na construção de frases;
 Formular frases usando pronomes possessivos.
Ler e escrever
Funcionamento da Língua
 Concordância nome/adjectivo:
 Pronomes indefinidos:
 Alguém/ninguém; tudo/nada;
todos/todas;
 Pronomes possessivos:
 meu/minha; meus/minhas; teu/tua;
teus/tuas.
 Expressa-se, oralmente e por
escrito, com correcção,
observando a conrcordância.
6
tempos
 Identificar combinações grafémicas em palavras;
 Ler palavras e frases que contêm combinações
grafémicas;
 Escrever palavras/frases que contêm combinações
grafémicas;
 Interpretar, palavras, frases e pequenos textos;
 Interpretar imagens;
 Escrever textos contendo combinações grafémicas.
 Interpretar palavras, frases, pequenos textos e
imagens;
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos
textos;
 Escrever palavras, frases e pequenos textos com
caligrafia correcta e legível.
Ler e escrever
 Introdução de combinações grafémicas:
ch, nh; ce, ci; ar, er, ir, or, ur
 Imagens
Ler e escrever
 Imagens
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos com
combinações grafémicas.
36
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
VI.
SAÚDE E
HIGIENE
 Identificar as peças de vestuário;
 Constrói frases usando o vocabulário sobre as peças
de vestuário;
 Usar roupa limpa e engomada;
 Cantar canções sobre o vestuário;
Ouvir e falar
 Peças de vestuário: saia, blusa, vestido,
calças, calções, camisa, camisola, camisete,
casaco, gravata, laço, meias, capulana e
lenço
 Regras básicas da higiene do vestuário: lavar
e engomar a roupa
 Descreve o vestuário e suas
regras de higiene.
10
tempos
 Mencionar as regras básicas de higiene alimentar;
 Construir frases usando o vocabulário sobre as regras
de higiene alimentar;
 Cantar canções sobre higiene alimentar.Mencione as
regras de limpeza do meio;
 Construir frases e pequenos textos sobre a limpeza do
meio.
Ouvir e falar
 Regras de higiene alimentar:
- lavar e cozer os alimentos
- beber água limpa
 Limpeza do meio:
- varrer e limpar
- enterrar o lixo ou colocar em locais
apropriados
 Descreve regras de higiene
alimentar e do meio.
4
tempos
VI.
SAÚDE E
HIGIENE
 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;
 Dramatizar variados textos, contos e fábulas;
 Escrever pequenas histórias.
Ler e escrever
 Contos
 Fábulas
 Lengalengas
 Poemas
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos.
6
tempos
 Construir frases simples com os verbos ser e estar
no presente, passado e futuro;
 Cantar canções sobre os tempos verbais;
 Formular perguntas usando expressões interrogativas;
 Ler textos contendo expressões interrogativas;
 Construir frases usando pronomes possessivos;
 Produzir pequenos textos usando pronomes
possessivos.
Ler e escrever
Funcionamento da Língua
Verbos ser e estar
 Tempos verbais:
- presente
- passado (pretérito perfeito)
- futuro
 Expressões interrogativas:
- Quem?
- O quê?
- Como?
- Quando?
 Pronomes possessivos
- seu/sua; seus/suas
- nosso/nossa; nossos/nossas
- dele/dela; deles/delas
 Expressa-se, oralmente e por
escrito, com correcção, uando
diferentes tempos verbais,
expressões interrogativas e
pronomes possessivos.
20
tempos
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
VI.
SAÚDE E
HIGIENE
 Identificar as combinações grafémicas em palavras;
 Ler palavras e frases que contêm combinações
grafémicas;
 Escrever palavras e frases que contêm combinações
grafémicas;
 Interpretar palavras, frases e pequenos textos;
 Interpretar imagens.
Ler e escrever
Introdução de combinações grafémicas:
- lh;
- az, ez, iz, oz, uz;
- gi; ge,
- Imagens
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos com
combinações grafémicas.
20
tempos
 Interpretar palavras, frases, pequenos textos e
imagens;
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos
textos;
 Escrever palavras, frases e pequenos textos com
caligrafia correcta e legível.
Ler e escrever
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos.
16
tempos
 Construir frases usando os advérbios de lugar;
 Cantar canções sobre os advérbios de lugar;
 Escrever frases no imperativo.
Ler e escrever
Funcionamento da Língua
 Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí.
 Frases imperativas
 Expressa-se, oralmente e por
escrito, com correcção,
usando advérbios de lugar e
frases imperativas.
8
tempos
VI.
SAÚDE E
HIGIENE
 Identificar as combinações grafémicas em palavras;
 Ler textos que contêm combinações grafémicas;
 Interpretar palavras, frases e pequenos textos;
 Interpretar imagens;
 Escrever palavras e pequenos textos que contêm
combinações grafémicas.
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos
textos com caligrafia correcta e legível.
Ler e escrever
 Introdução de combinações grafémicas:
- br, cr, dr, fr, gr, pr, tr
- bl, cl, fl, gl, dl, pl
 Imagens
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Lê e escreve frases simples e
pequenos textos com
combinações grafémicas.
36
tempos
101
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno:
CH
VI.
SAÚDE E
HIGIENE
 Formular perguntas usando expressões interrogativas;
 Construir frases e pequenos textos usando pronomes
indefinidos e demonstrativos.
Ler e escrever (consolidação)
Funcionamento da Língua
 Expressões interrogativas
 Pronomes indefinidos
 Pronomes demonstrativos
Expressa-se, oralmente e por
escrito, com correcção, usando
expressões interrogativas,
pronomes indefinidos e
demonstrativos.
8
tempos
 Ler textos contendo palavras com combinações
fonéticas;
 Identificar as combinações grafémicas em palavras;
 Ler palavras que contêm combinações grafémicas;
 Escrever palavras e pequenos textos que contêm
combinações grafémicas;
 Interpretar palavras, frases e pequenos textos;
 Interpretar imagens;
 Ler frases relacionadas com as imagens.
 Fazer cópias e ditados de pequenos textos;
 Escrever pequenos textos com caligrafia correcta e
legível.
Ler e escrever
 Introdução de combinações grafémicas:
que, qui, qua, quo
 Introdução do x com os cinco valores
fonéticos. na palavra xarope, (X: ch )
- na palavra exame (X:z),
- na palavra taxi (X:cs)
- na palavra próximo (X: ss) e na
palavra explica (X:eis)
 Imagens
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Redacção
Lê e escreve frases simples e
pequenos textos com
combinações grafémicas.
42
tempos
Currículo Nacional: 480 tempos
Currículo Local: 128 tempos
Total: 608 tempos
102
Sugestões Metodológicas
2ª CLASSE
A aprendizagem da Língua Portuguesa, na 2ª classe, pretende dar continuidade e aprofundar as
competências desenvolvidas na 1ª classe, sobretudo no que concerne à leitura e escrita.
1.Oralidade
Nesta classe, a oralidade será desenvolvida tendo em conta os actos de fala/expressões
linguísticas, cujos suportes são imagens, frases sobre a introdução das combinações grafémicas,
histórias, jogos, pequenos poemas, lengalengas, fábulas, diálogos, dramatizações, desenhos,
canções e outros recursos que o professor pode providenciar, tendo em conta a situação da turma
e o tema que pretender tratar.
Os trabalhos feitos pelos alunos através das técnicas de recorte, colagem, pintura, desenho,
modelagem, estampagem são recursos importantes para o desenvolvimento da oralidade,
constituindo oportunidade para os alunos falarem sobre o seu conteúdo. Por exemplo, o aluno
pode descrever a imagem, falando sobre:
 o nome dos elementos constituintes da imagem;
 a quantidade e a forma desses elementos;
 a função desses elementos;
 as cores usadas na imagem;
 o tipo de material usado na elaboração do trabalho;
 a relação entre os elementos;
 a história relacionada com a imagem, etc.
Como já se referiu na primeira classe, a canção é uma fonte inesgotável de auxílio na
aprendizagem, pois através dela, o professor do Ensino Primário pode introduzir e ensinar quase
todas as matérias das disciplinas curriculares. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem acerca
dos animais domésticos, o professor pode começar por ensinar, ou cantar uma canção sobre
animais domésticos.
103
As canções podem ainda ser usadas para a exercitação da pronúncia, dicção, articulação das
palavras e para o desnvolvimento do sentido de audição e da memória, do ritmo, melodia e
harmonia.
A oralidade deve estar aliada à leitura e escrita, ao conhecimento de novas estruturas linguísticas
e ao alargamento do vocabulário, em prol de uma melhor competência comunicativa.
Para o desenvolvimento da expressão oral, tal como na 1ª classe, propõem-se também, as
seguintes actividades:
 ouvir;
 falar;
 narrar pequenas histórias com base nas imagens;
 recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;
 cantar;
 recitar poemas;
 fazer jogos orais.
Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios
didácticos:
 Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;
 Partir do nível de conhecimento dos alunos, como base para as aquisições orais
seguintes;
 Respeitar os ritmos de aprendizagem;
 Utilizar exercícios de repetição de frases , palavras, e sílabas, como meio de treino do
aparelho fonador, sempre que necessário;
 Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da
correcta e fluente.
104
2. Leitura e escrita
Na segunda classe, a leitura e escrita, é feita com base na introdução de combinações
grafémicas, com recurso a palavras, frases e pequenos textos.
A sequência da introdução das combinações grafémicas obedecerá às seguintes etapas:
1ª Etapa: r intervolcálico: are, ari, ura; duplo r, s intervocálico: ase, asa, usa; duplo s;
2ª Etapa: as, es, is, os, us; am, em, im, om, um; al, el, il, ol, ul; an, en, in, on, un;
3ª Etapa: ça, ço, çu; gue, gui; ch; nh;
4ª Etapa: ce, ci; ar, er, ir, or, ur; az, ez, iz, oz, uz; lh;
5ª Etapa: ge, gi; br, cr, fr, gr; vr, pr; bl, cl, fl, gl, pl;
6ª Etapa: que, qui, qua; os cinco valores fonéticos do x (em palavras como xarope, exame,
táxi, explicação, próximo).
Finda a introdução das combinações grafémicas, o professor deve levar os alunos a
desenvolverem actividades que enriqueçam a compreensão e expressão escritas, com base na
leitura de frases e de pequenos textos que constam do livro de leitura.
2.1.Leitura
Na 2ª classe, o aluno vai começar a tomar contacto com textos como histórias, contos, fábulas,
lendas, pequenas bandas desenhadas, poemas, lengalengas e imagens. Alguns destes textos
constam do livro de leitura.
As actividades de leitura e interpretação desses textos podem ser as seguintes:
1° Análise de imagens do texto, ou de outras imagens relacionadas com o referido texto;
2° Interpretação de imagens, feita pelos alunos, com a ajuda do professor;
105
3° Leitura expressiva de textos feita pelo professor;
4° Levantamento de palavras de difícil compreensão;
5° Explicação das palavras de difícil compreensão, pelo professor;
6° Registo das palavras difíceis e do seu significado pelos alunos, nos cadernos diários;
7° Interpretação oral do texto;
8º Leitura oral por unidades lógicas (feita pelo professor e seguido pelos alunos);
9° Leitura oral feita pelos alunos:
 por toda a turma;
 por grupos;
 e individualmente.
Os passos aqui apresentados não incluem a leitura silenciosa, por se tratar de alunos que ainda
estão na fase inicial de aprendizagem da leitura e escrita. Este tipo de leitura só poderá entrar na
3ª classe.
Na leitura oral, o professor deve prestar atenção aos seguintes aspectos:
 ouvir como cada criança lê e pronuncia as palavras;
 detectar as hesitações na leitura e suas causas;
 procurar descobrir:
- se lêem de cor, ou se são capazes de ler as palavras ou sílabas apontadas
salteadamente;
- se conhecem as combinações grafémicas;
- se entendem o significado do que lêem.
2.2. Escrita
O ensino-aprendizagem da escrita é feito através de exercícios sistemáticos variados, em que o
aluno faz o uso da língua em situações diversas, utilizando expressões linguísticas e vocabulário
adequados.
106
Para que o aluno da 2ª classe escreva, é preciso que lhe sejam criadas algumas condições,
nomeadamente:
 a necessidade de escrever;
 a oportunidade de escrever;
 a vontade de escrever.
Considerando que, na 2ª classe, o aluno ainda está na fase de aprendizagem da escrita, o
professor deve prestar atenção às actividades a desenvolver, isto é, não deve propor às crianças
tarefas de escrita que ultrapassem o seu nível de produção escrita.
As actividades de escrita, nesta fase, deverão obedecer, de entre outros, aos seguintes aspectos:
a) O exercício de escrita deve ser antecedido, acompanhado e seguido de actividades de
oralidade e de leitura, relacionadas com o que se escreve;
b) As palavras e as frases apresentadas como modelo devem relacionar-se com elementos
da vivência real dos alunos;
c) A designação dos seres ou dos objectos deve ser feita pela escrita da palavra ou da frase
correspondente e não pela escrita da letra/combinações grafémicas em estudo;
d) As actividades de escrita devem ser motivadas (desenho e interpretação de imagens,
leitura e interpretação de textos: histórias, contos, etc.);
e) O conteúdo dos textos que servirão de base para a produção escrita devem ser do
conhecimento dos alunos;
f) No desenvolvimento da escrita dos alunos a maior preocupação deve incidir no
aperfeiçoamento da caligrafia, ortografia e exercícios do funcionamento da língua.
2.3. Cópia e Ditado
A cópia e o ditado devem ser preparados e motivados, de acordo com o nível e o ritmo de
aprendizagem dos alunos. Para além da cópia e do ditado, os alunos devem desenvolver, de
entre outras, as seguintes actividades:
 Cópia de palavras, frases e textos;
 Escrita de palavras em frases lacunares;
 Escrita de frases a partir de palavras desordenadas;
 Escrita de frases/textos ditados;
 Escrita de frases, a partir de associação de expressões sugeridas.
107
 Escrita de palavras e frases adequadas a imagens;
 Escrita de palavras e frases, para dar resposta a perguntas;
Estas são algumas actividades que os alunos devem realizar, mas o professor poderá criar outras
estratégias que permitem maior diversificação de tarefas para o enriquecimento da escrita, nesta
classe.
É importante que os alunos continuem a desenhar, pintar, recortar, colar, modelar, explorando
diferentes tipos de materiais e técnicas. Estas actividades contribuem para o aprimoramento da
destreza manual e da motriciadde fina, para além de constituirem oportunidades para o aluno
descrever, por escrito, os trabalhos que realiza.
Os materiais produzidos pelos alunos, tais como: textos escritos, desenhos e pinturas
legendados, objectos feitos através de técnicas de dobragem, recorte, colagem, modelagem
deverão ser expostos, pois constituem um momento de crescimento para a criança, em que ela
se sente encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado. De igual modo, a criança
torna-se mais produtiva, se sentir que o seu trabalho merece o interesse do seu professor e dos
colegas.
3. Funcionamento da Língua
À semelhança do que acontece na 1ª classe, o ensino-aprendizagem da gramática deve limitar-se
à observação das normas elementares da organização/modificação de palavras/frases. O estudo
da gramática deve fazer-se a partir de:
a) palavras, frases e textos simples;
b) uso concreto da língua e não de exercícios de fixação de regras.
4. Sugestões metodológicas para o ensino-aprendizagem dos conteúdos de Educação Visual
e Ofícios, integrados na disciplina de Português
Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios integrados no domínio Ouvir e Falar
propiciam ao aluno o desenvolvimento da oralidade uma vez que este não se limita apenas a
desenhar, mas também a falar sobre o conteúdo do desenho. Se desenha ou modela a família,
108
por exemplo, deve indicar os elementos que fazem parte dela. A linguagem plástica da criança
revela a sua expressão afectiva porque ela representa as suas vivências e os seus sonhos e o
professor deve estar atento, porque essas representações permitirão um melhor relacionamento
com o aluno.
Desenhar, pintar, modelar, recortar, colar é importante pela necessidade natural que a criança
tem de comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.
Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios propostos para este domínio não só
concorrem para o desenvolvimento da libertação dos dedos (destreza manual) e para a
delicadeza no manuseamento dos materiais (motricidade fina), mas também para a concretização
e complementaridade dos conhecimentos adquiridos em Língua Portuguesa. Nesta idade, o
professor não deve comparar os desenhos do aluno com os dos adultos, por estes não serem
fiéis à realidade, mas sim motivá- lo a continuar. A realização de exposições dos trabalhos na
sala de aula, ou na escola, é um momento de crescimento para a criança, pois ela se sente
encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado.
5. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa
A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto
educativo com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-
aprendizagem. A avaliação permite:
 Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas
no Programa;
 Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais
da língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de
ensino e procurando soluções para os problemas identificados;
 Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem a fim de
detectar “falhas” e encontrar estratégias de recuperação, em função das competências,
conteúdos, materiais de ensino e da realidade da turma;
109
 Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do
processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção.
A avaliação deverá estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem,
isto é, a avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática.
De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação:
diagnóstica, formativa e sumativa.
Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo,
semestre, ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo colher informação sobre o nível
inicial de aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma
determinada aptidão e capacidade.
Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que
garantam que todos os alunos atinjam os objectivos definidos no Programa e, por outro,
delimitar as capacidades que o aluno possui, para que possa enfrentar certo tipo de
aprendizagens (conteúdos ou temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter
maiores ou menores resultados.
No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens da avaliação
diagnóstica:
 Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno
para a nova matéria, verificando o que tiver sido aprendido anteriormente e a
consequente recuperação e consolidação das matérias que constituem pré-requisitos
para a nova unidade temática;
 No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos
de proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior
consolidação e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor
domínio de língua, para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso,
requerem uma maior atenção.
Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas
especiais, de modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.
110
Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-
aprendizagem, uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de
realização dos objectivos do Programa e impulsiona o aluno para que se empenhe cada vez mais
nos estudos.
A avaliação formativa preocupa-se com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua
personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida
social e linguística. Este conhecimento poderá permitir a compreensão dos progressos e
fracassos, bem como as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a
diferentes tipos de alunos.
Os critérios a adoptar neste tipo de avaliação incluem uma auscultação e uma ligação directa
com os pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas
especiais, é necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou
relações entre o passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deverá
preparar tarefas adicionais e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é
expressa numericamente.
Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma
unidade de ensino, ano lectivo ou curso.
Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem de
língua e ocorre, geralmente, após actividades relacionadas com compreensão oral e escrita, por
um lado, e expressão oral e escrita, por outro.
É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como
por exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos
intervenientes, os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.
Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais, semestrais e anuais é feita de
acordo com um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa
quantitativamente numa escala de zero a vinte valores.
O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o
desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua de acordo com as exigências de
cada ciclo.
111
A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes
habilidades:
a) ouvir e falar;
b) ler e compreender;
c) escrever.
a) Ouvir e falar
A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno, individualmente, é capaz de:
 Fazer perguntas com: onde, porque, quem, o que, como, quando;
 Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);
 Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);
 Usar vocabulário básico.
b) Ler e compreender
Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno,
individualmente, é capaz de:
 Ler entre dez a quinze palavras por minuto;
 Ler frases simples;
 Ler textos com 5 a 10 linhas;
 Compreender a informação contida em textos simples.
c) Escrever
O professor deverá procurar saber se cada aluno, individualmente, é capaz de:
 Copiar palavras e frases;
 Escrever palavras e frases simples;
 Escrever palavras e frases ditadas;
 Legendar imagens;
 Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)
112
 Ordenar frases em sequência lógica.
A perspectiva de avaliação proposta deverá permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe
para o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de
aprendizagem, para que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado
ciclo, que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma
progressão por ciclos de aprendizagem.
Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua,
onde o processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se
obtenha uma imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências
parciais descritas nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do
processo de ensino-aprendizagem.
Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos
alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os
estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.
De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a
permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em
coordenação com o Director da Escola e os pais/encarregados de educação do educando, provar
que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas.
O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.
113
6. Obras de Leitura Obrigatória e Complementar
O desenvolvimento do gosto pela leitura nos alunos constitui um dos desafios do Ensino
Primário. Deste modo, apresenta-se a seguir um conjunto de obras de leitura obrigatória e
complementar que devem ser lidas e interpretadas pelos alunos sob orientação do professor.
Lista das obras de leitura obrigatória seleccionadas por ciclo de aprendizagem
Livros de leitura Obrigatória
1º ciclo Obras de Leitura obrigatória
1. Mateus e Beatriz; Regras de trânsito, Plural editores. Maputo
2. Mateus e Beatriz; A escrever sem erros, Plural editores. Maputo
3. Ouana, Miguel; Os animais falam, Texto Editores.Maputo
4. Pereira Maria Vitória; A borboleta do Arco-ires, Moçambique Editora.
Lista das obras de leitura Complementar, seleccionadas por ciclo de aprendizagem
Livros de leitura complementar
1º ciclo Obras de Leitura Complementar
1. O meu Alfabeto, Plural editores, Moçambique: Av.24 de Julho, 414, Maputo.
2. Sebastião, Isabel; Fichas de Ortografia 1; Porto Editora, Rua da Restauração,
365 Porto – Portugal
3. Sebastião, Isabel; Fichas de Ortografia 2, Porto Editora, Rua da Restauração,
365 Porto – Portugal.
4. Ramalho, Silvério; Sabe Tudo 1, Plural editores; Moçambique. Av. Patrice
Lumumba, 765.
5. Ramalho, Silvério; Sabe Tudo 2, Plural editores; Moçambique. Av. Patrice
Lumumba, 765.
6. Santos, Camila; Liquito, Conceição; Veiga, Rosalina; Caixinha de palavras;
Caixinha de palavras; Porto Editora, Rua da Restauração, 365 Porto –
Portugal.
114
Referências Bibliográficas
Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de
Língua Portuguesa, 7, pp. 54 – 65.
Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian
Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV:
Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática pedagógica, pp 7 – 54, Maputo: INDE.
INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado.
Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do
Grau de Bacharelato em Ciências da Educação. Maputo: Universidade Pedagógica e Escola
Superior de Setúbal.
Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico.
Maputo.
Ministério da Educação e Cultura. (1979). O Ensino da Língua Portuguesa: Avaliação.
Documento apresentado no I Seminário Nacional sobre o Ensino da Língua Portuguesa. Maputo.
Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York:
Phoenix Elt.
115
Programa de Matemática
1ºCiclo
116
INTRODUÇÃO
A Matemática é uma disciplina que tem como missão desenvolver competências de resolução de
problemas, aplicando conhecimentos de contar, calcular, bem como competências de situar e
orientar, identificar, relacionar, classificar, estimar e medir grandezas, interpretar mensagens na
linguagem simbólica e gráfica, assim como recolher e organizar dados, em tabelas e em
gráficos.
A Matemática, como instrumento para o trabalho, deve ser apresentada tendo em as necessidades
do mercado. Ela tem como missão, entre outras, o trabalho com quantidades, medidas, formas,
operações e relações geométricas.
Actualmente, o ensino da Matemática apresenta resultados que preocupam a sociedade
moçambicana, no que concerne ao desenvolvimento de competências dos graduados do Ensino
Primário.
Neste contexto, o desenvolvimento de capacidades e habilidades mentais está ligada à aquisição
e à aplicação consciente de conhecimentos matemáticos na resolução de situação-problema do
dia-a-dia. Assim, há uma multiplicidade de actividades a realizar no ensino da Matemática que
permitem ao aluno desenvolver as requeridas competências.
O presente Programa do 1º ciclo está estruturado em quatro (4) Unidades Temáticas:
Vocabulário Básico; Números Naturais e Operações; Espaço e Forma; e Grandezas e Medidas,
cujos conteúdos têm em vista proporcionar às crianças o desenvolvimento do raciocínio,
comunicação e linguagem gráfica, que constituem uma ponte entre o real e as abstracções
matemáticas.
Os conteúdos serão abordados de forma cíclica, gradativa, interligada e integrada, acomodando
temas transversais, de um estágio ao outro.
As sugestões metodológicas apresentam-se no fim de cada unidade temática. Porém, estas não
devem limitar a iniciativa do professor; servem de base para lhe auxiliar na condução do
processo de ensino-aprendizagem da Matemática, de modo a garantir o desenvolvimento de
competências pelos alunos.
117
I - COMPETÊNCIAS GERAIS DO 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO, NA
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
Na Matemática, o aluno desenvolve competências de contar e calcular, usando as quatro
operações básicas na resolução de problemas, por um lado, e, por outro, desenvolve as
competências de observar, identificar, agrupar, distinguir, interpretar, analisar, estimar e medir.
1. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário, na disciplina de Matemática
No final deste ciclo, o aluno:
a) Conta números, até 100;
b) Lê e escreve números, até 100;
c) Calcula mentalmente e por escrito operações de adição e subtracção, até 100;
d) Relaciona as figuras planas e sólidas geométricas com objectos da vida real;
e) Resolve diferentes problemas da vida real, aplicando os números naturais e operações,
até 100;
f) Desenvolve o amor à pátria e conhece os símbolos nacionais.
118
VISÃO GERAL DE CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA, 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO
Unidade Temática
Conteúdos
(1ª classe)
Tempo
Conteúdos
(2ª classe)
Tempo
VOCABULÁRIO
BÁSICO
Noções de: quantidade, tamanho, posição,
distância, direcção-sentido e massa-peso 40
NÚMEROS
NATURAIS E
OPERAÇÕES
 Leitura e escrita de números naturais
 Operações de adição e subtracção
280
 Leitura e escrita
 Operações de adição, subtracção, multiplicação e
divisão
260
ESPAÇO E
FORMA
 Identificação de linhas e segmentos
 Identificação de figuras planas (quadrado,
rectângulo, triângulo e círculo)
 Noção de ponto.
20
 Linhas curvas e rectas;
 Noção de segmento de recta;
 Figuras planas (quadrado, rectângulo, triângulo e círculo);
 Sólidos geométricos (bloco, cubo, esfera e cilindro);
80
GRANDEZAS E
MEDIDAS
 Noções elementares de medição de
comprimentos, capacidades, volumes e
massa.
40
 Medição de comprimentos (noção do metro)
 Capacidades (noção do litro)
 Massas (noção de quilograma)
 Relógio: horas inteiras
 Calendário: dia, semana, mês e ano
 Dinheiro- o metical
40
380

380
119
CARGA HORÁRIA
A carga horária para o 1º ciclo é proposta em função de escolas com 2 turnos.
O 1º ciclo tem um total de 38 semanas X 10 tempos semanais = 380 tempos lectivos, contando com o
acréscimo de 38 tempos lectivos (1ª classe) + 40 tempos lectivos (2ª classe) = 78 tempos lectivos,
provenientes das disciplinas de Educação Musical, Visual e Ofícios. 380 Tempos lectivos serão
distribuídos no plano temático do Programa do 1º ciclo.
1. O VOCABULÁRIO BÁSICO tem 4 semanas lectivas: 4 semanas x 10 tempos semanais = 40
tempos.
2. OS NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES ocupam 30 semanas x 10 tempos semanais = 300
tempos lectivos.
3. GRANDEZAS E MEDIDAS têm 2 semanas x 10 tempos semanais = 20 tempos lectivos.
4. ESPAÇO E FORMA ocupam 2 semanas x 10 tempos semanais = 20 tempos lectivos.
5. O CURRÍCULO LOCAL tem o seguinte fundo de tempo: 300 tempos lectivos x 20% do
Currículo local = 60 tempos. Quer dizer, o professor não pode planificar aulas somente sobre o
currículo local. Os seus conteúdos serão tratados de forma integrada.
120
Programa de Matemática
1ªClasse
121
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS
PARCIAIS
O aluno
CH
I
VOCABULÁRIO
BÁSICO
 Comparar diferentes quantidades
e tamanhos de objectos;
 Comparar distâncias entre
diferentes pontos;
 Noção de quantidade:
 Muito e pouco
 Mais… do que, menos…do que
 Tanto… como
 Cheio e vazio
 Aumentar e diminuir
 Pôr e tirar.
 Usa noções de
quantidade e
tamanho para
situações do seu dia
a dia
05
 Noção de tamanho
 Grande e pequeno
 Maior, menor e igual
 O maior e o menor
 Comprido e curto
 Largo e estreito
 Alto e baixo
 Grosso e fino
10
122
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIA PARCIAIS
O aluno
CH
 Agrupar vários objectos
 Desenhar e pintar diferentes
objectos
 Comparar massas de diferentes
objectos
 Noção de posição
 À frente, atrás, à esquerda e à direita
 Antes e depois
 Primeiro, no meio, entre e último
 Dentro, fora e fronteira
 Em cima, em baixo, em volta, ao lado
 Usa noções de posição,
distância, direcção-sentido,
massa e peso para situações do
seu dia a dia
10
I
VOCABULÁRIO
BÁSICO
 Noção de distância
- Perto e longe
- Aproximar e afastar
05
 Noção de Direcção e sentido
 Para a frente e para atrás
 Para a direita e para a esquerda
 Para dentro e para fora
 Para o interior e para o exterior
 Para o lado, para cima e para
baixo
05
 Noção de massa e peso
 Pesado e leve
05
TOTAL 40
123
Sugestões Metodológicas
a) Vocabulário Básico
O desenvolvimento do vocabulário e do seu significado é de extrema importância para o raciocínio
matemático. Portanto, deve ser conduzido, de forma contextualizada, para que os alunos compreendam a
sua aplicação na aprendizagem de Matemática. Se o aluno for capaz de entender e usar convenientemente
o vocabulário básico, ser- lhe-á fácil progredir na aprendizagem da Matemática, porque terá bases, não só
para interpretar os enunciados dos problemas, mas também para entender a estrutura das operações
aritméticas e a sua aplicação.
No caso de Moçambique, onde a maioria das crianças aprende na 2ª língua (Português), o tratamento do
vocabulário básico nas classes iniciais considera-se indispensável, para assegurar a aprendizagem dos
conceitos matemáticos. Estas noções de vocabulário devem ser ensinadas de forma concretizada
(visualizada). Isto é, a criança deve ser capaz de ver, por exemplo, a pedra grande em relação à pequena.
Vejamos alguns exemplos de ensino e aprendizagem de noções de vocabulário básico na Matemática:
1. Noção de quantidade: muito e pouco, mais… do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio,
aumentar e diminuir, pôr e tirar.
Sugere-se que o professor oriente os alunos para trazerem materiais, tais como: pedrinhas, sementes,
pauzinhos, cápsulas de garrafas e outros adequados para a concretização das noções.
Na aula, os alunos devem realizar várias actividades que os levem a desenvolver as competências de:
 Distinguir muitos objectos de poucos;
 Agrupar e quantificar vários objectos, de acordo com a quantidade solicitada;
 Desenhar/ e/ou pintar objectos, com diferentes quantidades.
124
Os alunos podem desenhar e/ou pintar objectos aplicando noções de quantidade. Os objectos escolhidos
devem reflectir conteúdos transversais. Por exemplo, equidade do género (rapazes e raparigas), meio
ambiente (diferentes quantidades de plantas).
Exemplo sobre:
1. Noção de quantidade: Muitos e poucos.
Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: pedrinhas, sementes, pauzinhos, cápsulas de garrafas
e outros.
Actividade
Usando a acção de tirar e pôr, os alunos formam diferentes grupos de objectos: muito e pouco, mais…
do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio, aumentar e diminuir.
Numa 1ª fase, os exercícios práticos devem ser realizados ao nível da turma pelos alunos, sob a
orientação do professor. Na 2ª fase, os exercícios práticos são realizados em grupos e aos pares, sob a
orientação do professor.
2. Noção de tamanho: Grande e pequeno, maior e menor, igual, o maior, o menor, comprido e curto,
larga e estreito, alto e baixo, grosso e fino.
Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: bolas, lápis, cordas, os próprios alunos, árvores, etc.
Na aula, devem ser realizadas várias actividades pelos alunos, que os levem a desenvolver as
competências de desenhar, pintar, modelar e comparar tamanhos de diferentes objectos reais.
3. Noção de posição: à frente, atrás, à esquerda e à direita; antes e depois; primeiro, no meio, entre e
último; dentro, fora e fronteira; em cima, em baixo, em volta, ao lado.
Para que os alunos desenvolvam as competências de situar diferentes objectos reais de acordo com
posições indicadas e de localizá-los em relação a si e aos outros, podem usar materiais existentes na sala
de aula (quadro, secretária do professor, etc.), ou na escola (secretaria, sala de professores,
125
latrinas/banheiros, jardim, campo de futebol, plantação de árvores, etc.), assim como os próprios alunos
podem servir de material concretizador (identificar a posição em que uns se sentam em relação aos
outros).
Exemplo:
O sinal da cruz vermelha está entre dois triângulos.
4. Noção de distância: perto, longe, aproximar, afastar
Com esta matéria, pretende-se que os alunos desenvolvam as competências de estimar distâncias em
relação à sua casa, à escola, à fontenária, ao hospital, ao mercado, à esquadra, etc.
O professor poderá orientar os alunos a situarem-se em diferentes posições e estimarem a distância
entre eles.
A B C
 A roda C está longe da lata de água A.
 A caixa B está perto da lata A.
5. Noção de direcção e sentido: para a frente e para trás; para a direita e para a esquerda; para dentro
e para fora; para o interior e para o exterior; para o lado; para cima e para baixo.
Para o desenvolvimento de competências dos alunos sobre a orientação no espaço, o professor pode
orientá-los a movimentarem-se em diferentes direcções e sentidos dentro e fora da sala.
Exemplo: utilizar a formatura dos alunos para cantar o hino nacional à frente da bandeira.
6. Noção de massa e peso: pesado e leve
Para que os alunos desenvolvam as competências de distinguir e estimar objectos pesados e leves,
podem usar materiais existentes na escola e na comunidade, através da observação e manuseamento.
126
O professor poderá orientar os alunos na realização das actividades de desenho e pintura de objectos de
diferentes massas.
Actividade
Apresentando pedras grandes e pequenas, o professor pede aos alunos para comparar o seu peso.
Pedra A Pedra B
A pedra A é mais pesada do que a pedra
127
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
II
NÚMEROS
NATURAIS E
OPERAÇÕES
(1)
 Contar, cantando, progressivamente
os números naturais até 20;
 Contar, cantando, regressivamente
os números naturais de 20 a 1;
Contagem progressiva e regressiva até
20.
1. Contagem progressiva
(crescente), por etapas:
 1 a 5;
 6 a 10;
 11 a 15;
 16 a 20
2. Contagem regressiva
(decrescente), por etapas:
 5 a 1;
 10 a 6;
 15 a 11;
 20 a 16.
 Conta os números naturais de
1 a 20 e de 20 a 1
40
128
A contagem e a sua importância
As contagens progressivas (crescente) e regressivas (decrescente) têm como função preparar os alunos
para a iniciação da realização das operações de adição e subtracção até 50. O seu papel está reflectido
particularmente na aplicação das estratégias de cálculo mental e escrito.
O Programa de ensino sugere que a contagem progressiva e regressiva sejam treinadas desde o período
de ambientação, quando se estiver a tratar o vocabulário básico e, deve ser feita por etapas. Em geral, a
contagem deve ser realizada de forma individual para permitir que o professor avalie o seu domínio por
cada aluno.
129
UNIDADE
UTEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
II
NÚMEROS
NATURAIS E
OPERAÇÕES
(1)
 Ler e escrever números de 1 a 5;
 Identificar, pintando, números até
5
 Moldar números até 5
 Associar quantidades de objectos
ao número
Os Números Naturais de 1 a 5
Número natural 1
 Leitura e escrita do número 1
 Associação de objectos ao número
1 e vice-versa.
Número natural 2
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 2
 Associação de objectos ao número
2 (vice-versa)
Número natural 3
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 3
 Associação de objectos ao número
3
Número natural 4
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 4
 Associação de quantidades ao
número 4
 Lê e escreve os números de
1 a 5;
 Associar números às
quantidades de objectos.
35
130
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
II
NÚMEROS
NATURAIS E
OPERAÇÕES
(1)
Ordenar números naturais até 5
Comparar números naturais até 5
Adicionar números naturais até 5
Subtrair números naturais até 5
Numero natural 5
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 5
 Associação de quantidades ao
número 5
 Ordenação de números até 5
 Comparação dos números até
5, sem usar os símbolos (<, =
e >)
 Adição e subtracção de
números naturais
 Adição até 5
 Subtracção até 5 Comparação
dos números até 5, sem usar
os símbolos (<, = e >)
 Adição até 5
 Subtracção até 5
Número natural 0
 Noção do número zero
 Leitura e escrita do número
Zero (0)
 Adição e subtracção até 5,
incluindo o zero (0).
 Resolve problemas da vida
real até 5. Cont.
131
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números, de 1 a 5
Os números naturais de 1 a 5 são introduzidos com base em conjuntos com o mesmo número de
elementos. O professor selecciona vários conjuntos com o mesmo número de elementos,
independemente da forma e da cor (todos os conjuntos têm o mesmo número de elementos) Por
exemplo: O professor mostra um lápis, um caderno, uma caneta,… e explica que cada objecto
representa o número 1.
Os números 2, 3, 4 e 5 devem ser introduzidos da mesma maneira.
Antes de o professor fazer a demonstração da escrita de números (de 1 a 5), é importante que
ele explore os conhecimentos que os alunos trazem de casa sobre esta matéria.
A escrita de números deve ser demonstrada no quadro pelo professor. Ao simular a escrita do
número, é pertinente que o professor se coloque na mesma posição dos alunos e nunca ao
contrário. A seguir, os alunos podem simular a escrita desses números obedecendo os seguintes
passos: escrita no ar, no tampo da carteira, no chão (dentro e fora da sala), no quadro e no
caderno.
Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de
números aprendidos, através de pintura e colagem no quadro da sala. Os alunos podem também
fazer a modelagem dos números de 1 a 5, para consolidação. Estes números devem ser escritos
em cartazes e colocados nas paredes da sala de aula, para permitir que os alunos os memorizem
facilmente.
O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e
históricas, até 5.
Exemplos: 1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro.
Adição até 5
O professor deve tratar a adição cuidadosamente, propondo aos alunos situações problemáticas
em diversos contextos, para que eles desenvolvam as competências requeridas.
Em uma primeira fase, na adição os alunos devem manusear objectos (juntando, aumentando e
acrescentando), de modo que adquiram a noção de adição.
Em uma segunda fase, o professor ensina os sinais: mais (+) e igual (=) e os seus significados, a
partir de uma situação concreta, usando a linguagem corrente e matemática:
132
“Duas laranjas mais três laranjas são cinco laranjas’.
“Dois mais três é igual a cinco”.
2 + 3 5
A subtracção até 5
Alguns autores reconhecem que as crianças podem usar três modelos de raciocínios de
subtracção, nomeadamente tirar, comparar e completar.
Na nossa escola, o modelo mais comum é o de tirar. Isto é, a maior parte das crianças aprende a
subtracção como sendo uma forma apenas de tirar.
a) Exemplo1: Comprei 6 lápis de cor . Dei 2 à minha irmã.
Com quantos lápis de cor fiquei?
Este modelo traduz-se da seguinte forma:
Simbolicamente escreve-se: 6 – 2 = 4. É importante que o professor, a partir desta situação
concreta, explique aos alunos os sinais de menos ( - ), igual (=) e os seus significados, usando
a linguagem corrente e matemática:
O modelo de tirar pode adequar-se a esta situação, pois de 6 posso tirar 2. Normalmente, as
crianças usam este modelo através da contagem de objectos concretos.
Entretanto, o tirar não responde a todos os problemas da vida relacionados com a subtracção.
temos ainda o completar e o comparar.
Exemplo de completar:
b) Tenho 2 lápis de cor, mas preciso de 6. Quantos lápis de cor faltam?
Nesta situação, é mais prático pensar no modelo de completar, isto é, tenho 2 e faltam-me (3),
(4), (5) e (6). São exactamente 4 passos:1 2 3 4
Logo, faltam 4 lápis de cor.
Exemplo de comparar:
c) Neste caso, a subtracção pode ser realizada através da relação (um para um) dos objectos.
Os triângulos que restam correspondem à diferença.
Portanto: 5 – 3 = 2
133
Introdução do número zero
Em uma primeira fase, o zero é introduzido na base de exemplos que demonstram a ausência de
elementos. Por exemplo, o professor pode usar uma lata vazia e mostrar aos alunos que não
contém nenhum elemento (está vazia).
Em uma segunda fase, o zero é introduzido com base na diferença de dois números iguais que
representam quantidades de dois conjuntos, com o mesmo número de elementos.
O número natural zero deve ser introduzido depois do número natural 5, para permitir que as
crianças realizem operações de adição e subtracção e resolvam problemas até 5.
Exemplo 1: desenhar bananas em um lado e, no outro, desenhar duas cascas de banana. O
professor poderá explicar a noção de zero, a partir de situações concretas da criança.
Exemplo 2: O professor poderá mostrar uma lata vazia e dizer aos alunos que ela não tem nada.
Não ter nada, significa ter zero.
Exemplo 3: Tínhamos dois copos e partiram-se os dois. Com quantos copos ficamos?
Ex: 2 - 2 = 0
134
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
III
ESPAÇO
E
FORMA
 Identificar Linhas abertas,
fechadas, rectas e curvas;
 Traçar linhas abertas, fechadas
rectas e curvas;
 Identificar figuras planas
 Desenhar e pintar figuras planas.
Figuras geométricas
 Linhas abertas e fechadas
 Linhas rectas e curvas
 Noção de rectângulo,
triângulo e círculo
 Noção do ponto.
 Relaciona as figuras planas com as
diferentes formas de objectos reais.
20
135
Sugestões Metodológicas
Espaço e forma
Na abordagem dos conteúdos desta unidade temática, o professor poderá orientar os alunos para
trazerem algum material didáctico que esteja ao seu alcance, como caixinhas, pacotes de chá, de sumo,
de leite, de lápis de cor, latas de leite condensado, de azeite, o esquadro, sinais de trânsito, etc., cujas
faces permitirão observar a forma de algumas figuras planas (rectângulo, triângulo e círculo).
Através da observação e manipulação de objectos e de sólidos geométricos, pretende-se que os alunos
comecem a aperceber-se de certas semelhanças e diferenças existentes entre eles, utilizando material
de desperdício, como, por exemplo, caixas vazias, tubos e outros. Os alunos podem fazer diferentes
construções, o que contribuirá para o reconhecimento intuitivo das formas.
É importante que os alunos desenhem, pintem, façam dobragens, recortes, colagens e outras
actividades.
Os alunos podem identificar várias figuras geométricas (quadrados, triângulos, círculos, rectângulos),
em objectos da vida real.
Ainda nesta fase, os alunos, sob a orientação do professor, poderão desenhar e pintar figuras planas.
Os desenhos que os alunos fazem nos jogos de “necas”, “mathakudzana” (explicação), berlindes e
outros, podem ser relacionados com figuras planas.
136
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS
PARCIAIS
O aluno
CH
IV
NÚMEROS
NATURAIS E
OPERAÇÕE
S
(2)
Ler e escrever números naturais até 9;
Associar quantidades aos números até 9;
Ordenar e comparar números naturais até 9;
Adicionar números naturais até 9;
Subtrair números naturais até 9;
Identificar, pintando, os números naturais
até 9;
Modelar os números naturais até 9;
Recortar e colar os números naturais, até 9.
Números naturais de 6 a 9:
Número natural 6
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 6
 Associação de quantidades ao
número 6
 Conceitos de números antes e
depois, até 6
Número natural 7
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 7
 Associação de quantidades ao
número 7
Número natural 8
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 8
 Associação de quantidades ao
número 8
 Resolve problemas
quotidianos que
envolvem
números
naturais até 9.
30
Número natural 9
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 9
 Associação de quantidades ao
número 9
 Ordenação de números até 9
 Comparação dos números
dentro do limite 9, sem usar
os símbolos (<, = e >)
 Adição e subtracção até 9
 Estratégias de cálculo mental de
adição até 9
 Estratégias de cálculo mental de
subtracção até 9.
137
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS
PARCIAIS
O aluno
CH
IV
NÚMEROS
NATURAIS E
OPERAÇÕES
(2)
 Ler e escrever números naturais até 10;
 Associar quantidades aos números até 10;
 Ordenar e comparar números naturais até 10;
 Adicionar números naturais até 10;
 Subtrair números naturais até 10;
 Identifica, pintando, os números naturais até
10;
 Modela os números naturais até 10;
 Recorta e cola os números naturais, até 10.
Número natural 10
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 10;
 Associação de quantidades ao
número 10
 Noção de dezena;
 Adição de números naturais até
10;
 Subtracção de números
naturais até 10.
 Resolve problemas
quotidianos até
10.
10
Sugestões Metodológicas
O tratamento de números de 6 a 10 deve ser feito na base de uso de objectos concretos e aplicação do conceito "depois" (+1),
adicionando-lhes a unidade: 6 + 1, 7 + 1, 8 + 1 e 9 + 1.
Exemplo: 5 + 1 = 6 (O aluno pensa no número depois do 5).
Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de números aprendidos, através de pintura e
colagem no quadro da sala. Os alunos podem também fazer a modelagem dos números de 6 a 10, para consolidação.
O professor poderá explicar aos alunos a noção de dezena, que pode ser exemplificada com os dedos das duas mãos ou molhos de 10
pauzinhos.
O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas eou históricas, até 10.
Exemplos: 7 de Abril, Falar do dia da mãe, 7 Setembro….
138
Tabela 1. Adição até 9
Nesta tabela, existem 36 combinações de exercícios básicos de adição que devem ser calculados
mentalmente.
Os exercícios da coluna 1 + X e os da diagonal X + 1 formam ao todo 15 exercícios básicos, que
facilmente são calculados com a aplicação do conceito número depois.
Exemplo1: 2 + 1 é só pensar no número depois de 2, que é 3. Portanto: 2 + 1 = 3
Exemplo2: 1 + 7 = 7 + 1, è só pensar no número depois de 7, que é 8. Portanto: 1 + 7 = 7 + 1 = 8
Os restantes 21 exercícios são os que devem ser aprendidos de cor, ou poderão ser calculados na base
de aplicação do conhecimento de memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas vezes a
parcela menor.
Esta tabela pode ser trabalhada pelos alunos organizados em grupos, discutindo e comentando as
respostas ou soluções, sob a orientação do professor.
139
Tabela de subtracção até 9
Esta tabela é composta por 36 combinações de exercícios básicos de subtracção, que devem ser
calculados mentalmente.
Nas colunas X – 1 existem 8 exercícios básicos que facilmente são calculados com a aplicação
do conceito número antes.
Exemplo1: 4 - 1 é só pensar no número antes do 4, que é o 3. Portanto: 4 – 1 = 3.
As diagonais com exercícios do tipo diferença igual a 1 e diferença igual a 2 contêm mais 13
exercícios básicos, totalizando 21.
Os restantes 15 exercícios poderão ser aprendidos de cor, ou calculados na base de aplicação do
conhecimento de contar para:
a) a frente do diminuidor ao diminuendo;
b) atrás do diminuendo ao diminuidor
Se os alunos dominarem estas combinações, ser-lhes-á fácil generalizar o conhecimento 7- 3 = 4
para 17 – 3, 27 – 3, 37 – 3, etc.
140
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
IV
NÚMEROS
NATURAIS
E
OPERAÇÕES
(2)
 Ler e escrever números
naturais até 20;
 Associar quantidades aos
números até 20;
 Ordenar e comparar números
naturais até 20;
 Compor e decompor números
naturais até 20
 Adicionar números naturais
até 20;
 Subtrair números naturais até
20;
Identificar, pintando, os
números naturais até
20.
Números naturais 11 e 12
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita dos números 11 e 12
 Associação de quantidades aos números 11 e 12
 Composição e decomposição de números 11 e 12
 Noção de dúzia.
 Cálculo mental e escrito de adição até 12
 Cálculo mental e escrito de subtracção até 12
Resolve problemas que envolvem
números naturais até 20.
20
Números 13, 14 e 15
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita dos números 13, 14 e 15
 Associação de quantidades aos números 13, 14 e
15
 Composição e decomposição de números até 15
 Cálculo mental e escrito de adição até 15
 Cálculo mental e escrito de subtracção até 15
40
Números 16, 17, 18 e 19
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita dos números: 16, 17, 18 e 19
 Associação de quantidades aos números 16, 17, 18 e
19
 Composição e decomposição de números até 19
 Cálculo mental e escrito de adição até 19
 Cálculo mental e escrito de subtracção até 19
40
Número 20
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 20
 Associação de quantidades ao número 20
 Ordenação e comparação (sem uso de sinais <, = e >)
dos números, até 20
 Composição e decomposição de números, até 20
 Cálculo mental e escrito de adição até 20;
 Cálculo mental e escrito de subtracção até 20;
20
141
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números de 11 a 19
O tratamento de números naturais de 11 a 19 pode ser feito de duas maneiras:
a) Manter a base 10 e adicionar sucessivamente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10. Isto é, 10 + 1 = 11; 10 +
2= 12, 10 + 3 = 13, …., 10 + 9 = 19.
b) Manter a unidade, aplicando o conceito depois: 10 + 1 =11; 11 + 1 = 12; 12 + 1=13,… , 18 + 1 =
19
Recomenda-se, entretanto, que o professor explique a importância da formação de números a partir
da alínea a), pois os alunos adquirem o conhecimento do sistema decimal.
A noção de dúzia pode ser exemplificada com conjuntos de objectos com 12 elementos.
O professor deve proporcionar actividades que levem os alunos a treinar a escrita de números,
obedecendo as etapas do seu tratamento. O professor deve relacionar os números aprendidos com as
datas festivas e comemorativas até 19.
Exemplos: 12 de Outubro, 16 de Junho e outras.
Leitura e escrita do número natural 20
O professor orienta, por exemplo, a formação do número 20, a partir de dois feixes (molhos) de 10
pauzinhos cada. Depois da leitura e escrita do número, poderá explicar aos alunos que 20
corresponde a duas dezenas.
Exemplo: 10 + 10 =20
142
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
V
GRANDEZAS
E MEDIDAS
 Traçar linhas de diferentes
comprimentos;
 Medir comprimentos de objectos;
 Comparar comprimentos, capacidade-
volume e massa.
Comprimento, capacidade-volume e
massa
 Noções intuitivas de medição de
comprimento
 Noção do metro
 Noções de capacidade-volume
 Noções de massa
 Resolve problemas que envolvem
medições.
20
143
Sugestões Metodológicas
GRANDEZAS E MEDIDAS
1. Medição de comprimentos
No tratamento de noções intuitivas de medição de comprimentos, os alunos devem comparar
comprimentos, classificar objectos segundo o comprimento e agrupá-los.
O professor deve orientar os alunos na medição de vários objectos (caderno, livro, carteira, lápis e
outros) e espaços (sala de aula, campo de jogos, jardim, horta), usando palmos da mão, pés e passos.
Estas actividades têm em vista mostrar que os resultados obtidos pelos diferentes alunos, ao medir o
mesmo espaço, não são iguais. Em seguida, dois (2) ou três (3) alunos usam o metro para medir o
mesmo espaço e verificarão que o resultado obtido é o mesmo. Assim, revela-se a necessidade da
existência de uma medida padrão, o METRO.
2. Capacidade-volume
No tratamento de noções intuitivas de medição de capacidade e volume, os alunos devem: classificar
recipientes, segundo a capacidade, verificando depois por transvasamento; e agrupar recipientes de
diferentes capacidades.
Enche-se um recipiente, servindo-se de outro mais pequeno e conta-se o número de vezes que foi
necessário para enchê-lo.
O professor pode seleccionar uma série de objectos: copos, jarras, latas, garrafas, pedras e água, para
dar a noção de capacidade e volume.
O professor mostra uma jarra com água e uma pedra. Em seguida, mostra o nível da água. Pede a
um(a) aluno(a) para mergulhar a pedra na jarra de água, enquanto os outros vão observando. Depois, o
professor pergunta aos alunos: O que aconteceu quando o(a) aluno(a) mergulhou a pedra na jarra?
Possíveis respostas: A água aumentou; a água subiu de nível, etc.
Com base nas respostas dadas pelos alunos, conclui-se que a pedra tem um volume determinado pelo
espaço que ocupa. Os alunos comparam diferentes volumes e capacidades.
O professor deve proporcionar aos alunos várias oportunidades de realizarem manipulações de
transvasamento de líquidos ou areia.
144
Por exemplo: O professor coloca à disposição dos alunos 3 copos (A, B e C), dos quais 2 copos (A e
B) devem ser iguais. A seguir, pede a um aluno para que os encha de água e que tinja um deles com
tinta.
Em seguida, o professor pede ao aluno que despeje o líquido contido em B, para um copo C mais
estreito e pergunta à turma:
Dos copos A e C, qual é que contém mais líquido?
Se os alunos ainda não possuírem a noção de conservação, dirão que há mais água no copo C.
O mesmo poderá acontecer, ao usar-se um copo D de maior secção; os alunos poderão responder que o
copo A é que tem mais água. Isto porque os alunos fazem uma leitura perceptiva, centrada apenas em
um aspecto.
É preciso que sejam realizadas várias experiênciais, para que os alunos possam compreender que a
capacidade se mantém, independentemente da forma do recipiente.
3. Massa
O professor deverá procurar saber se os alunos já viram alguém a pesar produtos na loja, talho,
supermercado, ou mercado.
A seguir, o professor poderá apresentar-lhes diferentes objectos, para eles observarem e decidirem qual
deles é que pesa mais, menos, ou igual. Por fim, os alunos poderão conferir as suas respostas, pesando
os produtos com as suas mãos, como se estas fossem uma balança.
Para o estudo das grandezas, é necessário material variado na sala de aula (réguas, cordas, bandas de
cartão) e recipientes, para a medição de volumes e capacidades.
145
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
aluno
CH
NÚMEROS
VI
NÚMEROS
NATURAIS
E OPERAÇÕES
(3)
Ler e escrever números
naturais até 50
Ordenar números naturais até
50
Comparar números naturais
até 50
Adicionar números naturais
até 50
Subtrair números naturais até
50
 Números de 21 a 50
 Leitura e escrita dos números por
etapas:
 De 21 a 30
 De 31 a 40
 De 41 a 50
 Associação de quantidades até 50.
 Ordenação e comparação de
números sem uso de sinais, até 50;
 Composição e decomposição de
números, até 50
 Cálculo mental em adição e
subtracção, até 50
 Resolve problemas reais até 50.
45
REVISÃO
Consolidação dos principais conteúdos
da 1a
Classe
Resolve problemas do quotidiano,
aplicando os conhecimentos da 1a
classe.
20
TOTAL 380
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números naturais de 21 a 50
Os números 30, 40 e 50 são introduzidos através da formação dos múltiplos de 10.
Exemplo: 10 + 10 = 20; 20 + 10 = 30; 30 + 10 = 40, 40 + 10= 50.
Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 .
Por exemplo: 31 = 30 + 1; 32 = 30 + 2; 33 = 30 + 3;38 = 30 +8; 39 = 30 + 9.
146
Programa de Matemática
2ªClasse
147
PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
aluno
CH
I
NÚMEROS NA
TURAIS E
OPERAÇÕES
 Ler e escrever números naturais
até 50
 Ordenar números naturais até 50
 Comparar números naturais até
50
 Adicionar números naturais até
50
 Subtrair números naturais até 50
 Contar os números naturais até
50.
 Revisão
- Contagem, leitura, ordenação e comparação de
números naturais até 50;
- Composição e decomposição de números naturais
até 50;
- Cálculo mental e escrito de adição e subtracção até
50.
 Contagem e escrita de números naturais até 50
de:
- 2 em 2;
- 5 em 5;
- 10 em 10.
 Resolve problemas que
envolvem números naturais até
50.
40
148
Sugestões Metodológicas
Consolidação dos conteúdos da 1ª classe
A 2ª classe inicia com a consolidação dos principais conteúdos da 1ª classe, que servirão de pressupostos para o tratamento dos novos conteúdos:
a) Contagem progressiva e regressiva;
b) Cálculo oral (mental) e escrito;
c) Decomposição e composição em dezenas e unidades;
d) Determinação do sucessor e antecessor de um número dado;
e) Leitura, escrita, ordenação e comparação dos números naturais;
f) Adição e subtracção até 50.
O professor poderá usar as metodologias sugeridas na 1ª classe, para a consolidação.
Exemplo:
Na consolidação do cálculo mental de operações, tais como: 14 + 3; 7 + 12, os alunos poderão memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas
vezes a parcela menor, independentemente da posição das parcelas. Enquanto que, no que se refere à subtracção do tipo 13 – 9, se pode contar para a
frente a partir do diminuidor até ao diminuendo, ou contar para atrás, a partir do diminuendo até ao diminuidor. O mesmo já não seria aconselhável
para a subtracção do tipo 43 – 9 (onde o diminuendo é maior que 20 e o diminuidor seja um dígito).
Para estes casos, concretiza-se o diminuidor 9, contando para atrás, a partir do diminuendo.
Exemplo: 43, (42, 41, 40, 39, 38, 37, 36, 35, 34). o último número da contagem regressiva, portanto, o 34 é igual a diferença.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Os alunos poderão realizar actividades sobre a contagem 2 em 2, 5 em 5 e 10 em 10, até 50, sem o uso de objectos.
149
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS
PARCIAIS
O aluno
CH
II
NÚMEROS
NATURAIS E
OPERAÇÕES
 Ler e escrever números naturais até 100
 Ordenar números naturais até 100
 Comparar números naturais até 100
 Adicionar números naturais até 100
 Subtrair números naturais até 100
Números naturais de 51 a 100
 Leitura e escrita de números naturais de:
 51 a 60
 61 a 70
 71 a 80
 81 a 90
 91 a 100
 Ordenação (crescente e decrescente) de
números naturais até 100;
 Comparação de números, usando os sinais <, =
e >.
 Resolve problemas
que envolvem
números naturais
até 100
40
Dezena e unidade
 Conceito de dezena e unidade
 Decomposição de números naturais em dezenas
e unidades
 Tabela de posição
 Adição na forma horizontal e vertical, até 100
 Subtracção na forma horizontal e vertical, até
100
 Leitura e escrita de números ordinais até 20º
60
150
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números naturais de 51 a 100
O professor poderá orientar o aluno para contar, progressivamente, de 10 em 10, até 100.
Sugere-se que a formação de números de 51 até 100 seja realizada da seguinte maneira:
50 + 10 = 60
60 + 10 = 70
... ... ...
90 + 10 = 100
Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Por exemplo: 51 = 50 + 1; 52 = 50 + 2; 53 = 50 + 3;58 = 50 +8; 59 = 50 + 9.
O aluno deve realizar actividades de recorte e colagem de números, para ordenação e comparação dos mesmos.
O professor explica ao aluno o preenchimento da tabela de posição, a partir da decomposição de números em dezena e unidade, até 100.
O aluno realiza as operações de adição e subtracção, usando números recortados.
O procedimento escrito de adição e subtracção deverá ser explicado na base de tabela de posição. É importante que o professor destaque que,
tanto na adição como na subtracção, a colocação dos algarismos na posição de dezenas e unidades deve ser respeitada. Neste sentido, o aluno
poderá realizar jogos que exijam, primeiro, a definição da ordem que cada algarismo ocupa.
151
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
III
GRANDEZAS
E MEDIDAS
 Ler e marcar horas inteiras;
 Construir relógios;
 Identificar dia, semana, mês e o ano.
 O relógio
 Horas inteiras
 O calendário
 Dia, semana, mês e ano.
 Resolve problemas que envolvem
medidas de tempo. 30
Sugestões Metodológicas
Medição do tempo
O RELÓGIO
O aluno constrói um relógio (mostrador e ponteiros), fixando os ponteiros com pauzinho, atache (fixador dos ponteiros), usando diversos materiais
recicláveis (cartões e caixas), sob a orientação do professor. Para a concretização desta actividade, sugere-se que se recortem cartões e caixas, de
modo a que cada aluno tenha o seu relógio.
O CALENDÀRIO
Trata-se, fundamentalmente, de iniciar os alunos na tomada de consciência da sucessão dos dias da semana, dos meses do ano e de os dotar de um
vocabulário útil, na vida corrente.
Os alunos começam por recordar os dias da semana.
O professor deve iniciar cada dia de trabalho, escrevendo no quadro a data desse dia e as crianças registam no caderno diário, assim como o dia da
semana.
152
Será útil a existência de um calendário na sala de aula. O professor pode orientar os alunos a construí-lo. Deste modo, os alunos familiarizam-se
com ele e tomarão consciência dos dias. Diariamente, os alunos deverão assinalar o dia da semana no calendário.
Em cada segunda-feira, pintam com a mesma cor o sábado e o domingo anteriores (dias em que não foram à escola).
Esta actividade deve manter-se ao longo do ano. Quando acaba o mês, os alunos afixam uma nova folha e começam o mês seguinte.
Uma actividade importante é assinalar, no calendário, os feriados, as datas comemorativas e, também, os aniversários das crianças.
Os alunos realizam vários exercícios de identificação dos feriados e datas comemorativas no calendário, nomeadamente:
1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro, 7 de Abril, 7 de Setembro, 16 de Junho, 25 de Junho, 25 de Setembro, 12 de Outubro, 25 de
Dezembro, Dia da Mãe e do Pai (data variável).
O professor deve controlar os números das datas comemorativas, escritos pelos alunos no quadro e nos seus cadernos.
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
IV
NÚMEROS
NATURAIS E
OPERAÇÕES
 Interpretar o significado da multiplicação,
como adição de parcelas iguais;
 Identificar números pares e ímpares;
 Contar de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100;
 Efectuar a divisão através de subtracções
sucessivas;
Multiplicação até 50
 Noção de multiplicação
 Números pares e ímpares
 Contagem de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100
 Multiplicação por 2, 3, 4 e 5
 Tábuas de multiplicação
 O dobro, a metade e o triplo de um número
 Resolve problemas que
envolvem multiplicação por 2, 3,
4, 5 e 10 e de divisão até 50.
60
Divisão até 50
 Noção de divisão
 Divisão partitiva como subtracções sucessivas
até 50, com os divisores 2, 3, 4 e 5
 A divisão como operação inversa da
multiplicação
 A divisão por 2, 3, 4 e 5
60
153
Sugestões Metodológicas
A multiplicação
O professor poderá seleccionar material concretizador para a aula, por exemplo, flores, lápis, cadernos e outros. Os próprios alunos poderão
servir de material concretizador.
Exemplo: o professor poderá formar três grupos de dois alunos cada e colocá-los em frente da turma, para permitir a observação dos outros.
Depois pergunta à turma:
 Quantos alunos estão à frente?
 Quantos grupos são?
 Quantos alunos estão em cada grupo?
A partir das respostas dadas pelos alunos, o professor explica o conceito de multiplicação através de adição sucessiva de parcelas iguais: 2 + 2
+ 2 = 6
Quantas vezes aparecem os dois (2)? 2 + 2 + 2 “São três vezes, os dois” 3 x 2 = 6. Analogamente, introduz-se a multiplicação por 3, 4, 5 e 10.
Os problemas e exercícios com distribuições rectangulares ajudam a realçar a estrutura multiplicativa. No nosso dia-a-dia, observamos diversas
distribuições rectangulares: uma embalagem, cartão ou favos de ovos, uma caixa de refrescos, uma janela rectangular com vários vidros e
outras.
Noção de divisão
A noção de divisão deve ser explorada a partir de situações-problema que envolvem raciocínios de divisão, relacionando com as três operações
já estudadas, tendo em conta que:
 A divisão está relacionada com a multiplicação, pois a divisão é a operação inversa da multiplicação;
 A divisão está também relacionada com a adição.
154
Vamos mostrar como resolver um problema, usando os diferentes raciocínios.
Problema: A Yolanda tem um pacote com 15 bolachas. Se comer 3 bolachas por dia, quantos dias leva para comer todo o pacote?
a) Raciocínio que envolve a adição:
b) Verificam-se quantos grupos de 3 se obtêm para completar 15.
A figura mostra claramente que se obtêm 5 grupos de 3. Portanto: 3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 15; logo,
são 5 dias para comer todo o pacote.
c) Raciocínio que envolve a subtracção:
A partir de 15, vai subtraindo-se 3, até não ter nada.
15 – 3 = 12 12 – 3 = 9 9 – 3 = 6 6 – 3 = 3 3 – 3 = 0
    
1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia
Desta forma, é fácil concluir que o pacote dá para 5 dias.
155
d) Raciocínio que envolve a multiplicação:
Neste raciocínio, o aluno resolve a divisão, aplicando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação.
15: 3, pensa no número que, multiplicado por 3, dá 15. E neste caso, é o 5.
Assim conclui-se que, o pacote dá para 5 dias.
Numa primeira fase, o aluno tem a liberdade de escolher a estratégia que melhor se coadune com a sua forma de raciocinar e maior segurança lhe der.
Após a resolução de um problema, o professor deve pedir aos diferentes alunos para explicarem as estratégias no quadro, descrevendo o caminho
utilizado até chegar à solução.
Pouco a pouco, os alunos vão adquirindo a capacidade de escolher a estratégia que melhor se adapte à sua maneira de pensar.
Mais tarde, eles serão obrigados a resolver os problemas de divisão usando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação, que é o ideal.
Para a consolidação da divisão, o professor poderá apresentar vários problemas, tais como:
Problema 1: O pai do João comprou 12 cadernos para oferecer aos seus 4 filhos.
Quantos cadernos receberá cada filho?
Problema 2: A Yolanda comprou 15 ramos de flores. Ela tem 5 vasos e quer colocar, em cada vaso, o mesmo número de flores.
Quantas flores vão ficar em cada vaso?
156
UNIDADE
TEMÁTICA
Objectivos Específicos
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
V
ESPAÇO E
FORMA
 Traçar linhas curvas e rectas;
 Identificar segmento de recta;
 Distinguir figuras planas através de
decomposição de sólidos geométricos e
objectos;
 Desenhar e pinta figuras planas;
 Moldar e modelar os sólidos
geométricos;
 Relacionar as figuras e os sólidos
geométricos com os objectos da vida
real.
 Figuras e sólidos geométricos
 Linhas curvas e rectas
 Noção de segmento de recta
 Figuras planas (quadrado,
rectângulo, triângulo e círculo)
 Sólidos geométricos (bloco, cubo,
esfera e cilindro)
 Resolve problemas que envolvem
figuras e sólidos geométricos. 40
Sugestões Metodológicas
ESPAÇO E FORMA
Em muitos lugares, tais como lojas, mercados, casas, podemos encontrar produtos em pacotes, caixas, latas, por exemplo caixa de fósforo,
pacote de chá, de margarina, de sumo, caixa de refrescos, uma lata de azeite e outros. Os alunos vão aprender as linhas curvas e rectas, as
figuras planas (rectângulo, quadrado, triângulo e círculo), a partir da decomposição de modelos de sólidos geométricos escolhidos para
identificação de faces rectangulares, quadrangulares, triangulares e circulares.
157
IDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno
CH
VI
GRANDEZAS
E MEDIDAS
 Identificar moedas e notas do dinheiro
moçambicano;
 Decalcar e recorta moedas;
 Cantar canções que valorizam o
metical.
 Medir pequenos comprimentos,
usando unidades não padronizadas (o
palmo, o pé e o passo) como base para
conhecer as unidades padronizadas.
 Realizar experiências que
conduzam à noção de capacidade e
massa.
O Metical
 Moedas e notas do dinheiro moçambicano:
 Moedas (1 MT, 2 MT, 5 MT e 10 MT)
 Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT)  Resolve problemas do
quotidiano, que envolvem
noções de comprimento,
capacidade e massa;
 Resolve problemas
quotidianos de compra e
venda em estabelecimentos
improvisados;
20
 Comprimento, capacidade e massa
 Noção de metro (m)
 Noção de centímetro (cm)
 Noção de quilograma (kg)
 Noção de litro (l)
30
161
Sugestões Metodológicas
Dinheiro Moçambicano - o metical
O uso do dinheiro é uma prática social. Em princípio, é natural que os alunos já estejam familiarizados
com algumas moedas e notas em circulação.
Consideramos adequado para o 1º ciclo, o conhecimento das moedas e notas em circulação até 100 MT,
uma vez que o estudo dos números se processa até 100.
Na concretização das actividades, os alunos devem recorrer à manipulação de moedas e notas em
circulação (em simulação prática de processos de compra e venda).
 Identificar, em uma colecção de moedas e notas, as que têm determinado valor;
 Trocar moedas e notas por outras de maior, ou menor valor;
 Determinar o valor de uma dada colecção de moedas e notas;
 Fazer diferentes colecções de moedas e notas, de modo a perfazer uma determinada quantia;
 Brincar às lojas improvisadas.
As crianças, desde muito cedo, lidam com situações reais da vida que as obrigam a manusear moedas e
notas do dinheiro moçambicano:
a) Moedas (1 MT, 2 Mt, 5 MT e 10 MT)
b) Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT)
A partir desta experiência que as crianças trazem da sua vivência para a escola, o professor poderá
preparar material didáctico com cartolina, para ilustração de moedas e notas. Os alunos poderão decalcar o
papel em diferentes moedas e pintar, usando diferentes cores. Poderão também desenhar diferentes
moedas e notas do dinheiro nacional.
A outra experiência que se pode aproveitar dos alunos, são as operações de compra e venda de produtos,
tais como rebuçados, bolachas, lápis, caderno escolar. Para tal, o professor poderá orientar os alunos, para
realizarem uma simulação de compra e venda de alguns produtos. No fim, poderá fazer a sistematização
segundo o conteúdo programado, dando ênfase à resolução de problemas simples de compra e venda
com/e sem troco.
Medição de comprimentos, capacidade-volume e massa
Medir uma grandeza é compará-la com a unidade de medida escolhida; associa-se à grandeza de um
número real.
162
A melhor maneira de aprender a medir é permitir, à criança, a sua máxima espontaneidade. Portanto,
colocado o aluno perante um problema de medição - por exemplo saber o comprimento da carteira – o
professor não lhe deve dar qualquer sugestão. Ele encontrará o seu próprio modelo.
Quanto mais variadas forem as experiências que tiver de realizar, mais profunda será a sua compreensão
do acto de medir e mais facilmente resolverá problemas que envolvam medidas. Neste caso, a interacção
entre alunos é muito importante para o desenvolvimento de competências individuais e colectivas.
Medição de comprimentos
1ª Actividade
Os alunos observam dois objectos, por exemplo dois lápis e, por comparação directa, sobrepondo-os,
verificam qual é o mais comprido.
2ª Actividade
O professor mostra dois lápis, de comprimentos sensivelmente iguais e coloca-os em dois sítios diferentes,
por exemplo, um em cada extremidade da secretária. O professor pede aos alunos que digam qual dos lápis
é mais comprido, mas sem os deslocar.
O professor deixa os alunos reagirem à vontade. O objectivo é fazê-los sentirem a necessidade de utilizar
um meio intermediário de comparação. Neste caso, já não é possível comparar os objectos directamente.
3ª Actividade
O professor propõe aos alunos que meçam o comprimento da carteira. É natural que eles recorram às mais
variadas unidades de medida: lápis, caneta, pau de giz, pauzinho, palmos e outros. Perante a diversidade
de soluções obtidas, é importante discutir a necessidade de utilizar a mesma unidade de medida por todos
os alunos.
Uma vez escolhida a unidade de medida - por exemplo, uma banda de papel - é importante que os alunos
verifiquem a impossibilidade de, por vezes, exprimir o resultado de uma medição por um só número. Daí a
necessidade de construir um sistema arbitrário de unidades, obtido, por exemplo, dobrando a banda de
papel, sucessivamente, em duas partes iguais.
A
B
163
C
Em seguida, estabelece-se uma relação entre as novas unidades de medidas.
Uma (1) banda A vale duas (2) bandas B e quatro (4) bandas C.
Deve-se também aprender a escolher as unidades, de acordo com o comprimento que se quer avaliar. Não
faria sentido medir o comprimento da sala de aula com palmos!
Medição de capacidades
A metodologia a seguir pode ser idêntica à adoptada para a medição de comprimentos.
Perante duas vasilhas de formas diferentes, se perguntarmos ao aluno qual leva mais água (ou areia), ele
não terá dificuldade em resolver o problema. Enche uma das vasilhas e despeja o conteúdo na outra.
É conveniente que os alunos realizem várias experiências de medição de capacidades. A certa altura, as
suas unidades de medida revelam-se insuficientes, pelo que os alunos sentirão necessidade de criar um
sistema arbitrário de unidades e estabelecer uma relação entre as novas unidades de medida.
Exemplo
A B C
A lata A vale 2 latas B.
A lata B vale 6 colheres C
Tal como dissemos para a medição de comprimentos, na medição de capacidades deve-se aprender a
escolher as unidades, de acordo com a capacidade que se quer avaliar. Não faria sentido medir a
capacidade de um balde de 5 litros com a colher.
A conservação de volumes só surge por volta dos 10 aos 11 anos. Por este facto, não se propõem
actividades de volumes de sólidos.
Medição de massa
Analogamente, o processo de trabalho com pesos pode ser idêntico aos anteriormente descritos. O aluno
começa por fazer comparações, servindo-se das mãos e da balança de braços iguais. Depois, passa a
164
utilizar unidades de medida, que começam por ser pouco rigorosas (pedras, por exemplo). O aluno
rapidamente apercebe-se de que a escolha tem que ser mais criteriosa. Escolhe, por exemplo, as tampinhas
das garrafas de refrescos. Se os alunos vivenciarem diversas experiências de medições de comprimentos,
capacidades e pesos, a passagem para o 2º ciclo, para as respectivas unidades do sistema métrico, far-se-á
facilmente.
161
Programa de Educação Física
1ºCiclo
162
Introdução
A Educação Física é um dos direitos fundamentais do cidadão, devendo ser garantida pelo
sistema educativo e por outras instituições sociais.
O presente programa tem como propósito imprimir uma dinâmica às aulas desta disciplina, na
perspectiva de, simultaneamente, desenvolver o sentido de cidadania, habilidades práticas,
ocupacionais e etnoculturais, isto é, valorizando os conhecimentos das práticas da comunidade
onde a escola está inserida.
A ideia central é começar por jogos e exercícios simples para desenvolver a motricidade e as
habilidades da criança, num período de adaptação e, gradualmente, ir aumentando o grau de
exigências de acordo com a idade do aluno.
Pretende-se que o Programa da disciplina de Educação Física assegure um desenvolvimento
contínuo das capacidades e habilidades motoras, praticando a actividade física nas condições em
que a escola se encontra, com vista a desenvolver um estilo de vida activo e saudável.
O Programa apresenta conteúdos que contribuem na organização e controlo integral do aluno,
nas duas classes, em forma de espiral, diferenciando-se no grau de exigências, segundo o nível
de desenvolvimento das capacidades motoras e da idade.
A abordagem em espiral visa fortalecer o desenvolvimento de competências parciais desta
disciplina, na classe e no ciclo de aprendizagem, que promovam hábitos motores consequentes,
o que requere tempo.
167
Visão geral dos conteúdos do 1º Ciclo
1ª CLASSE 2ª CLASSE
UNIDADE
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH
GINÁSTICA
DE BASE
 Exercícios de organização e controlo
 Formatura básica com a marcação de distância
 Marcha seguindo o compasso e a contagem do
professor
 Exercícios de desenvolvimento físico geral
 Jogos de orientação espacial através da contagem
 Exercícios de orientação espacial
 Exercícios de orientação usando jogos de
numeração
 Exercícios de coordenação motora
 Jogos de corridas em diferentes velocidades
 Jogos de deslocamento em grupos
 Exercícios de equilíbrio portando objectos
 Exercícios de imitação de animais, ofícios entre
outros
 Jogos de lançamento e recepção
 Exercícios de agilidade
 Exercícios de coordenação motora
8
 Exercícios de organização e controlo
 Marcha no lugar em deslocamento seguindo a contagem
 Exercício de mudanças de formatura
 Conversões (Giro)
 Exercício de orientação espacial
 Conversões seguindo a orientação do professor
 Exercícios de coordenação motora
 Exercícios de ordem seguindo a orientação
 Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha
 Exercício de baloiçar em objectos e equilibrar uma bola ou
objecto na cabeça
 Exercícios de desenvolvimento físico geral
8
JOGOS
EDUCATIVO
S
 Jogos com a bola
 Jogos educativos
 Jogos com a bola feita pelos alunos
 Jogos reduzidos
 Exercícios de imitação de animais
12
 Passe e recepção da bola
 Jogos de passe e recepção com contagem
 Jogo de neca
 Jogo de mata-mata
 Jogos educativos
 Jogos de lançamento de precisão
12
JOGOS E
DANÇAS
TRADICION
AIS
 Jogos e danças tradicionais
 Jogos e danças da região
14
 Jogos e danças típicas da localidade onde a escola se encontra
14
168
Programa de Educação Física
1ªClasse
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS
ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH
GINÁSTICA DE
BASE
 Realizar formaturas
básicas;
 Efectuar a marcação da
distância na formatura;
 Marchar no lugar e em
deslocamento;
 Realizar jogos de
equilibrio
 Exercícios de organização e controlo
 Formatura básica com marcação de distância
 Marcha seguindo o compasso e a contagem do
professor
 Exercícios de desenvolvimento físico geral
 Jogos de orientação espacial através da contagem
 Exercícios de orientação espacial
 Exercícios de orientação usando jogos de numeração
 Exercícios de coordenação motora
 Jogos de corrida em diferentes velocidades
 Jogos de deslocamento em grupos
 Exercícios de equilíbrio portando objectos
 Exercícios de imitação de animais, ofícios entre
outros
 Jogos de lançamento e recepção
 Executa as formaturas básicas;
 Executa a marcha no lugar, a marcha em
deslocamento e os passos laterais em vários
ritmos;
 Executa acções de coordenação óculo-
manual;
 Executa os exercícios de coordenação
motora;
 Realiza jogos de equilíbrio.
8
JOGOS
EDUCATIVOS
 Efectuar diferentes jogos
com a bola;
 Fazer uma bola de trapos e
jogar;
 Realizar exercícios de
imitação de animais
 Jogos com a bola
 Jogos educativos
 Jogos com a bola feita pelos alunos
Exercícios de imitação de animais
 Realiza jogos com a bola;
 Obedece as regras do jogo;
 Reconhece os resultados do jogo;
 Distingue o animal, a partir de gestos
imitatórios.
12
JOGOS E
DANÇAS
TRADICIONAIS
 Efectuar danças
tradicionais conhecidas
pelos alunos.
 Jogos e danças tradicionais
Jogos e danças da região
 Pratica jogos tradicionais;
 Reconhece o colega da equipa;
 Pratica danças tradicionais;
 Pratica jogos da sua região;
 Respeita as regras de jogo.
14
Sugestões Metodológicas
Na disciplina de Educação Física o professor deve garantir as condições de higiene e segurança do
local da realização da aula, para se evitar lesões.
Os exercícios de organização e controlo devem estar presentes em todas as unidades temáticas,
devendo ser aplicados em qualquer parte da aula sempre que sejam necessários.
Ginástica de Base
Nas formaturas, o professor deve prestar maior atenção à correcção de erros de execução, assim
como às posições básicas necessárias para criar as rotinas organizativas que facilitam a
aprendizagem.
A marcha deve ser acompanhada por contagem marcada pelo professor, para permitir uma melhor
organização da turma, uma vez que os alunos seguirão o compasso da contagem para a sua
execução.
Os jogos de corridas devem ser alternados com marchas, para se evitar monotonia, e não devem
ser prolongados.
Os exercícios de desenvolvimento físico geral (flexões, torções, circunduções entre outros) não
devem ser de longa duração, e deve-ser realizados com canticos, que indicam a acção a realizar.
O vocabulário básico adquirido nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, relacionado
com a lateralidade, poderá ser acompanhado de canções relacionadas com a orientação espacial.
Nos exercícios de equilíbrio, deve-se usar material de fácil acesso, (pauzinhos, pedras pequenas,
entre outros). Estes exercícios de equilíbrio podem ser sobre uma perna, correr ou saltar com uma
perna, entre outros.
O espaço físico a utilizar para a aula deve ser limitado, de modo a permitir o controlo do
cumprimento das regras dos jogos e das diferentes formas organizativas.
A presença dos alunos nas primeiras aulas facilita a organização da turma e, sempre que possível,
os alunos devem formar da mesma maneira, para permitir maior aproveitamento do tempo na
organização das crianças.
171
No início de cada aula, o professor deve velar pela saúde dos alunos, os que estiverem com
alguma doença devem ser retirados da aula, podendo ser recomendados a velar pelo cumprimento
de regras.
Jogos Educativos
Os jogos com a bola não podem ser desportivos, e devem ser realizados por todos os alunos.
Nos exercícios de imitação de gestos e vozes de animais, o professor, para além de dizer o nome
do animal, poderá mostrar a imagem para o desenvolvimento da leitura.
Jogos e Danças Tradicionais
O ensino de jogos tradicionais deve começar pelos mais praticados na região, podendo ser
sugeridos pelos alunos.
A metodologia de leccionação de danças tradicionais é a mesma que a usada para jogos
tradicionais.
Na medida do possível, as danças tradicionais podem ser acompanhadas com uma música ou uma
canção para tornar a aprendizagem mais lúdica.
No final de cada aula, o professor deverá fazer uma pequena avaliação sobre o decurso da mesma,
devendo destacar os alunos que mais se dedicaram e encorajar que os outros sejam melhores para
as próximas aulas.
Programa de Educação Física
2ª Classe
UNIDADE
TEMÁTICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH
GINÁSTICA DE
BASE
 Marchar no lugar ao compasso do
professor;
 Formar por ordem da altura;
 Exercícios de organização e controlo
 Jogos de corrida a diferentes velocidades
 Marcha no lugar em deslocamento, seguindo a
contagem
 Jogos de orientação espacial através da
contagem
 Executa a marcha no lugar e em
deslocamento;
 Executa acções de abrir e fechar
formaturas;
 Executa a formatura para cantar o
Hino Nacional e o içar da
bandeira.
8
 Formar fileiras e colunas
 Executar acções de orientação
espacial
 Efectuar conversões simples
 Exercício de mudanças de formatura
 Exercício de orientação espacial
 Exercícios de coordenação motora
 Exercícios de ordem, seguindo a orientação
 Orienta-se no espaço em diferentes
direcções (esquerda, direita, frente
e atrás);
 Executa mudanças de formatura
no lugar, tomando os pontos do
recinto como referência.
 Caminhar sobre uma linha traçada
no solo, a pé cochinho;
 Realizar exercícios de
deslocamentos em diferentes
direcções
 Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha
 Exercícios de baloiçar em objectos, equilibrar
uma bola ou objecto na cabeça
 Exercícios de desenvolvimento físico geral
 Realiza jogos de equilíbrio;
 Executa acções de coordenação
óculo-manual.
JOGOS
EDUCATIVOS
 Jogar a bola com as mãos e os pés;
 Realizar jogos de passes e recepção
com contagem crescente e
decrescente até 10
 Passe e recepção da bola
 Jogos de passe e recepção com a contagem
 Jogos de lançamentos por equipas de 6
elementos
 Joga a bola com qualquer parte do
corpo;
 Obedece as regras do jogo.
6
 Efectuar diferentes tipos de jogos
conhecidos pelos alunos;
 Jogo de neca
 Jogo de mata-mata
 Jogos educativos
 Jogos de lançamento de precisão
 Colabora com os colegas;
 Aceita o resultado do jogo.
6
JOGOS E
DANÇAS
TRADICIONAIS
 Cantar e dançar canções conhecidas
pelos alunos;
 Realizar jogos tradicionais
conhecidos pelos alunos.
 Jogos e danças típicas da localidade onde a
escola se encontra
 Respeita as regras de jogo;
 Pratica danças tradicionais da
região.
14
174
Sugestões Metodológicas
Para a 2ª classe, o professor deve ter em conta o desenvolvimento das capacidades
motoras das crianças em relação a primeira classe, e por conseguinte o nível de exigência
deve ser maior. O professor poderá recorrer às sugestões metodológicas da primeira
classe, sempre que se julgar necessário.
Na medida do possível, o professor deve incluir os alunos com deficiência na aula, dando
tarefas que possam realizar na aula.
Ginástica de Base
Na ginástica de base, para a segunda classe, deve-se incluir algumas conversões simples
no lugar. Estas devem ser breves e não devem exceder mais de um tipo na mesma aula.
Na realização dos exercícios de coordenação motora, é importante que se preste atenção à
lateralidade e às conversões.
Os giros devem ser realizados no lugar e para esta classe recomenda-se que sejam
simples, ou seja de 90º para transformar colunas em fileiras e vice-versa. Ao mesmo
tempo que os alunos forem executando as converções, o professor deve ir explicando o
tipo de formatura adoptado antes e depois do giro.
Deve-se prestar atenção à correcção de erros de execução em todo o momento, mas para
se evitar a quebra do movimento ou exercício, os mesmos devem ser corrigidos de uma
forma geral para todos os alunos.
Jogos Educativos
Na realização dos jogos educativos, o professor deve ter em conta a consolidação das
competências desenvolvidas na primeira classe. O aluno realiza jogos que vão
aumentando de grau de complexidade, por exemplo, reduzindo o espaço do jogo ou
aumentando o número de jogadores.
O cumprimento das regras do jogo é de carácter obrigatório, pelo que o professor deve
prestar atenção a este aspecto.
Danças e Jogos Tradicionais
Os jogos e as danças a serem executados devem ser levados à aula pelos alunos.
175
Recomenda-se o seguimento das regras ou metodologias de ensino dos jogos e danças
tradicinais para que o professor possa facilitar a execução dos mesmos. Nos casos em que
o professor não conheça a dança ou o jogo, o aluno fará uma explicação sobre a forma de
execução, as regras e desta forma o professor poderá ensinar tendo em conta a
metodologia aplicada.

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  • 1. REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (INDE) Programas do Ensino Primário Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física 1º Ciclo (1ª e 2ª Classes) Julho de 2015
  • 2. 2 Prefácio Caro Professor! É com prazer que colocamos, nas suas mãos, os Programas do 1º Ciclo do Ensino Primário, das disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física. Os presentes Programas resultam da revisão pontual do Plano Curricular e dos respectivos Programas de Ensino Básico introduzidos em 2004, com o objectivo de incrementar a qualidade do Ensino Primário em Moçambique, traduzida no desempenho qualitativo dos alunos na literacia, numeracia e nas habilidades para a vida. Esperamos que estes Programas revistos possam auxiliá-lo na execução da sua tarefa diária de proporcionar aos alunos o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes - com vista a enfrentarem, de forma adequada, os desafios que lhes são colocados no dia-a-dia - para que se tornem cidadãos participativos, reflexivos e autónomos, contribuindo, deste modo, para a melhoria da sua vida, da vida da sua família, da sua comunidade e do País. É nossa pretensão, também, que os alunos sejam educados dentro do espírito patriótico, versado pela preservação e desenvolvimento da cultura moçambicana, pela preservação da unidade nacional, pela cultura de paz, pelo aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos humanos. Importa ainda salientar que os Programas são abertos e flexíveis, podendo ser adaptados à realidade dos alunos e da escola. Estamos certos de que os Programas serão um instrumento de base para as discussões pedagógicas na sua escola, planificação de aulas, reflexão sobre a prática educativa, análise do material didáctico e elaboração de projectos educativos, contribuindo para melhorar o seu desempenho profissional – que, afinal, é um direito seu. O Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano Professor Doutor Luís Jorge Manuel António Ferrão
  • 3. Ficha Técnica Título original: Programas das Disciplinas do 1º Ciclo do Ensino Primário Edição: INDE/Ministério da Educação e do Desenvolvimento Humano Autor: INDE/MINEDH Capa: INDE Arranjo gráfico: INDE Impressão: Tiragem: No. De Registo:
  • 4. Índice Introdução ....................................................................................................................................................... 1 Programa de Língua Portuguesa do 1º Ciclo ................................................................................................ 11 Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Língua Portuguesa .................................... 14 Porgrama de Língua Portuguesa 1ª Classe .......................................................................................... 27 Programa de Língua Portuguesa 2ª Classe .......................................................................................... 86 Programa de Matemática 1º Ciclo ...............................................................................................................115 Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Matemática ………................................. 118 Programa de Matemática 1ª Classe ....................................................................................................120 Programa de Matemática 2ª Classe ....................................................................................................146 Programa de Educação Física 1º Cíclo ........................................................................................................165 Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Educação Física ...................................... 167 Programa de Educação Física 1ª Classe ............................................................................................ 168 Programa de Educação Física 2ª Classe .............................................................................................172
  • 5. 1 Introdução O Ensino Primário desempenha um papel importante no processo de socialização das crianças, na aquisição de conhecimentos, habilidades e valores/atitudes fundamentais para o desenvolvimento harmonioso da sua personalidade. Esta afirmação é também fundamentada por Seepe (1994), para quem “as crianças de amanhã devem não só estar preparadas para se adaptarem ao mundo em mudança, mas também devem preparar-se para criar novas mudanças em benefício da humanidade”. Em 2004, foi introduzido o Currículo do Ensino Básico, cujo objectivo principal era tornar o ensino mais relevante, no sentido de responder às diferentes demandas socioculturais, económicas e políticas, formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida da sua família, da sua comunidade e do país, dentro do espírito da preservação da unidade nacional, manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos humanos, bem como da preservação da cultura moçambicana. Volvidos mais de dez anos da implementação do Currículo do Ensino Básico, os resultados da avaliação no âmbito do SACMEQ (2007) e da Avaliação da implementação dos programas do 1º e 2º ciclos do Ensino Básico (INDE, 2010) revelam que grande parte de alunos do Ensino Primário termina o 1º ciclo sem saber ler nem escrever. Estas constatações levaram o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, através do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação, a desencadear o processo de revisão pontual do Plano Curricular e dos Programas de Ensino, com vista a incrementar a qualidade de ensino. A revisão pontual do Plano Curricular do Ensino Básico incidiu, essencialmente, sobre a: • Alteração da designação do Plano Curricular do Ensino Básico (PCEB), passando a designar-se Plano Curricular do Ensino Primário (PCEP). • Alteração do Plano de Estudos, que compreendeu a redução do número de disciplinas através da integração de competências e de conteúdos:  1º ciclo: 1ª e 2ª classes, de 6 para 3 disciplinas;  2º ciclo: 3ª classe, de 8 para 3 disciplinas, tomando a 3ª classe as características das classes do 1º ciclo, sendo, por isso, uma classe de consolidação;  4ª e 5ª classes, de 9 para 6 disciplinas;
  • 6. 2  3º ciclo: 6ª e 7ª classes, de 11 para 9 disciplinas. • Reorganização dos Programas das diferentes disciplinas:  Integração de algumas disciplinas; - No 1º ciclo, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. - No 2º ciclo, a 3ª classe apresenta as mesmas características das classes do 1º ciclo, sendo a classe de consolidação das competências de leitura e escrita iniciais e numeracia. - Na 4ª e 5ª classes, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa, Ciências Sociais, Matemática e Ciências Naturais.  Elaboração das competências por ciclos e respectivas evidências de desempenho;  Especificação da carga horária;  Reorganização dos tempos lectivos, de forma a permitir que os alunos possam adquirir, desenvolver e consolidar a literacia e a numeracia no Ensino Primário.
  • 7. 3 Guia de Leitura Os Programas do Ensino Primário revistos enquadram-se nos princípios básicos que nortearam a transformação curricular do Ensino Básico, especificamente:  A concepção da escola como agente de transformação, e não apenas como meio de transmissão de conhecimentos;  O reconhecimento da necessidade de formação integral da personalidade, o que leva a que as diferentes disciplinas sejam abordadas em uma perspectiva integrada;  Exigência de Programas flexíveis facilmente adaptáveis à realidade: características locais, pontos de partida e ritmos de aprendizagem diversificados e;  O predomínio dos aspectos relativos ao desenvolvimento das capacidades de análise, síntese e ao estímulo da criatividade, da livre crítica, do sentido de responsabilidade e da capacidade de integração em grupo. Com estes Programas do Ensino Primário, pretende-se tornar o ensino relevante , de modo a responder às reais necessidades do aluno e da sociedade moçambicana. Esta relevância fundamenta- se na percepção de que a Educação é fundamental para o desenvolvimento do capital humano e, por conseguinte, deve ter em conta a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, para que se torne um factor por excelência de coesão social e não de exclusão, formando cidadãos capazes de se integrarem na vida, aplicando os conhecimentos adquiridos em benefício próprio e da comunidade. Neste contexto, os Programas do Ensino Primário são uma fonte de estudo e de orientação dos professores para o desenvolvimento de um ensino de qualidade, um ensino que permite que os alunos desenvolvam as competências determinadas nos diferentes ciclos de aprendizagem e as utilizem para a resolução dos diferentes problemas do dia-a-dia, da sua comunidade, distrito, província, país, bem como para responder aos desafios da globalização.
  • 8. 4 I - Estrutura dos Programas Os Programas de Ensino Primário apresentam: a) A Introdução b) O Plano Temático (com indicação da unidade temática, os objectivos específicos, os conteúdos, as competências parciais e a carga horária) c) As Sugestões Metodológicas d) A Avaliação a) Introdução Na introdução, faz-se uma descrição dos propósitos e significado do Programa, a filosofia que está por detrás da sua concepção e as principais alterações em relação ao Programa anterior. b) Plano temático Para a orientação do professor, apresentamos uma grelha que ajudará a mediar o processo de ensino- aprendizagem. Apresentamos também orientações para a utilização do plano temático. Eis a seguir o esquema desse plano: Unidade Temática Objectivos específicos O aluno deve ser capaz de: Conteúdos Competências Parciais O aluno: Carga Horária  A primeira coluna do plano temático apresenta a unidade temática a ser abordada em cada fase. Para abordar a unidade temática, o professor deverá fazer a leitura completa de toda a linha, para ter uma ideia global sobre o tratamento da matéria proposta.  Na 2ª coluna, são apresentados os objectivos especificos. O professor tomará os objectivos específicos definidos para cada tema como metas a atingir durante e no fim do processo de ensino-aprendizagem. Cada professor poderá desdobrar os objectivos específicos se o processo de condução das aulas assim o exigir.  Na 3ª coluna, são apresentados os conteúdos que indicam ao professor as matérias e noções concretas que devem ser abordadas em cada tema. É necessário verificar, para cada tema, a relação dos conteúdos propostos com os propostos nas outras disciplinas curriculares, para estabelecer a ligação conveniente.
  • 9. 5  Na 4ª coluna, temos as competências parciais que indicam os principais estágios de aprendizagem atingidos pelo aluno em um determinado tema. As competências parciais referem-se a estágios de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes atingidos pelo aluno no processo de ensino- aprendizagem.  A 5ª coluna apresenta a carga horária. Apesar de servir de indicativo para o professor, esta carga horária não deverá ser tomada como tempo rígido de abordagem da unidade temática. O professor deverá ser flexível em relação à carga horária, podendo compensar as perdas e ganhos de tempo entre os diferentes conteúdos. Cabe ao professor fazer a planificação analítica das aulas, com base no plano temático e no ritmo de aprendizagem da turma. o A carga horária aqui apresentada corresponde a 80% da carga horária total, pois, os restantes 20% estão reservados para o Currículo Local. c) Sugestões Metodológicas Depois do plano temático, são apresentadas as Sugestões Metodológicas que o professor poderá usar ou adaptar em função das necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo a desenvolverem as competências definidas para o fim de aprendizagem de cada tema. Nas Sugestões Metodológicas, por vezes, são apresentadas algumas estratégias de abordagem metodológica de alguns assuntos. Essas estratégias não são “receitas” para o professor cumprir mecanicamente; trata-se de sugestões que podem ser úteis para a sua actividade, como facilitador do processo de ensino e aprendizagem. d) Avaliação Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios de Progressão por Ciclos de Aprendizagem, tendo em conta que a avaliação faz parte do processo de ensino- aprendizagem. É o meio que permite verificar se os resultados das actividades desenvolvidas pelos alunos correspondem às competências preconizadas no Programa de Ensino.
  • 10. 6 II - Currículo Local O que é Currículo Local? O Currículo Local (CL), é uma componente do currículo nacional correspondente a 20% do total do tempo previsto para a leccionação de cada Disciplina. Esta componente é constituída por conteúdos definidos localmente como sendo relevantes, para a integração da criança na sua comunidade. Qual é o espaço que se considera local? É o espaço onde se situa a escola que pode ser alargado até à Zip, distrito e mesmo província. Quem define os conteúdos relevantes a nível local? A definição dos conteúdos relevantes, a nível local, é feita por todos os intervenientes na educação da criança, isto é, todos os elementos que fazem parte da comunidade onde se situa a escola, nomeadamente: • Professores; • Alunos; • Encarregados de educação; • Líderes e autoridades locais; • Representantes das diferentes instituições afins; • Organizações comunitárias. Este processo é coordenado pela Direcção da Escola e pelo Conselho de Pais a quem cabe a planificação das actividades que culminarão com elaboração de um Programa do CL para a escola. Estas acções incluem a realização de encontros com as comunidades para a recolha de informação que deverá ser sistematizada pelos professores obtendo assim o conjunto de con teúdos do CL a serem leccionados na escola. Nesta fase cabe aos professores enquadrar os conteúdos nas diferentes classes e disciplinas (na respectiva área temática) de forma lógica e coerente, tendo em conta o nível dos alunos.
  • 11. 7 Como é feita a integração de conteúdos definidos localmente? Após a elaboração do Programa do Currículo Local para a escola, segue-se a fase de integração nos Programas de cada disciplina, que é feita de duas formas: a) aprofundamento de conteúdos já previstos no Programa; b) inserção de novos conteúdos de interesse local, no Programa de ensino. Caso haja conteúdos de interesse local que o professor não domine, este, em coordenação com a Direcção Pedagógica e do Conselho de Pais da sua escola, poderá solicitar a colaboração de pais, encarregados de educação ou outros membros da comunidade para a sua leccionação. Avaliação Sendo o CL uma componente do Currículo Nacional, a sua avaliação poderá ser feita de forma integrada, isto é, algumas questões relativas ao CL poderão ser integradas nas diferentes avaliações previstas.
  • 12. 8 III - Competências do Ensino Primário e Evidências de Desempenho A reforma do sistema educacional em Moçambique remete-nos para uma nova abordagem por competências e evidênciasde desempenho. A competência é definida como “evidência de conhecimentos, habilidades e atitudes na realialização de uma actividade, tarefa ou função ou a forma de encarar com sucesso qualquer situação. A competência manifesta-se, portanto é observável. Evidênciasde desempenho são factos observáveis que permitem medir ou avaliar o nível de alcance ou do desenvolvimento das competências. 1. Competências do Ensino Primário a) Comunica claramente em Língua Portuguesa (usando frases complexas coordenadas e subordinadas), tanto na oralidade como na escrita; b) Comunica em Língua Inglesa, no nível elementar; c) Comunica, através da arte, de forma criativa; d) Demonstra o gosto pela leitura de obras diversas; e) Resolve problemas elementares de aritmética e geometria em diferentes situações da vida real; f) Age, de forma crítica e autónoma, em diversas situações da vida; g) Valoriza a sua cultura através da língua, tradições e padrões de comportamento; h) Manifesta atitudes de amor e orgulho pela pátria moçambicana e unidade nacional; i) Manifesta atitudes de preservação da paz; j) Reconhece os direitos e deveres da criança; k) Interpreta os fenómenos naturais, usando conhecimentos científicos para o bem-estar pessoal e colectivo.
  • 13. 9 2. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário e respectivas Evidências de Desempenho Tabela1: Competências e Evidênciasdo 1º Ciclo do Ensino Primário Competências Evidências de Desempenho Exprime-se, oralmente, adequando a língua portuguesa e/ou moçambicana a diferentes situações básicas de comunicação.  Responde a mensagens orais relacionadas com diversas situações do quotidiano;  Produz mensagens orais com sequência lógica, pronúncia correcta, vocabulário básico relacionado com as áreas temáticas em estudo, adequando-as às situações básicas de comunicação. Lê pequenos textos (7 a 10 frases simples), em letra de imprensa e cursiva. Lê pequenos textos (7 a 10 frases simples), com tom de voz audível, pronunciando correctamente (sem soletrar) as palavras e respeitando os sinais de pontuação e acentuação. Interpreta pequenos textos, orais e escritos (7 a 10 frases simples), com vocabulário familiar.  Responde, oralmente ou por escrito, a questionários de compreensão de pequenos textos (7 a 10 frases simples) lidos ou ouvidos, extraindo a informação explícita;  Reconta, oralmente, histórias lidas ou ouvidas, tendo em conta a sequência lógica e o conteúdo do texto original, usando as suas próprias palavras. Escreve frases e pequenos textos (5 a 8 frases simples), aplicando regras básicas de organização e funcionamento da língua. Escreve frases e pequenos textos (5 a 8 frases simples), em letra cursiva, caligrafia legível e sem borrões, obedecendo a uma sequência lógica, correcção ortográfica e regras básicas de pontuação (ponto final, ponto de interrogação e vírgula). Resolve problemas em diferentes situações do dia-a-dia, usando números naturais até 100.  Conta os números naturais oralmente, de forma progressiva e regressiva, por etapas, até 100;  Ordena e compara números naturais, em situações concretas e abstractas, até 100;  Adiciona e subtrai números naturais, em situações concretas da vida, até 100;  Multiplica e divide números naturais até 50, em problemas concretos do dia-a-dia;  Mede comprimentos de objectos reais, em centímetros, até 100;  Compara capacidade e volume de objectos de uso quotidiano, relacionados com sólidos geométricos.
  • 14. 10 Usa diversos materiais e técnicas de expressão plástica para o desenvolvimento psicomotor e do gosto pelo belo.  Relaciona a imagem à palavra;  Ilustra as áreas temáticas em estudo;  Representa, livremente, imagens, de acordo com a sua percepção da realidade e com a sua faixa etária. Distingue sons de diferentes fontes para o desenvolvimento da percepção auditiva.  Compara os diferentes sons da natureza;  Imita diferentes sons de animais e objectos;  Distingue sons fortes, fracos, altos e baixos. Reconhece os símbolos da pátria, o dia da Independência Nacional e dos Heróis Moçambicanos.  Toma a posição correcta no içar da Bandeira Nacional e na entoação do Hino Nacional;  Relaciona a data da Independência Nacional e dos Heróis Moçambicanos, com Samora Machel e Eduardo Mondlane, respectivamente;  Realiza actividades alusivas à data da Independência Nacional e aos Heróis Moçambicanos. Participa em actividades de conservação e preservação do ambiente.  Rega e cuida das plantas;  Mantém a sala e o recinto escolar limpos;  Conserva o mobiliário e o material escolar. Pratica exercícios físicos, para o seu desenvolvimento integral.  Pratica exercícios físicos de orientação espacial e lateralidade, de acordo com a idade;  Apresenta-se limpo e asseado;  Relaciona-se bem com os outros;  Pratica actividades etnoculturais (danças e jogos tradicionais moçambicanos).
  • 15. 11 Programa de Língua Portuguesa 1ºCiclo
  • 16. 12 1. INTRODUÇÃO Em Moçambique, a adopção do Português como língua de ensino impõe que se considere a realidade linguística nacional, onde o Português, Língua Oficial e de Ensino, coexiste com outras línguas e não é dominado pela maioria da população. Tomando como base a diversidade de contextos em que o sistema educacional se integra, há a considerar três situações de aprendizagem do Português: a) em que é língua materna (L1); b) em que é língua segunda (L2); e c) em que tem características de língua estrangeira (LE). Tendo em conta a situação linguística do país, desde 2004, no Ensino Primário coexistem duas modalidades de ensino: Monolingue em Português e Bilingue (línguas Moçambicanas e Português). O presente Programa revisto destina-se ao ensino monolingue em Português, mantendo-se a perspectiva de LE, em conformidade com o Sistema Nacional de Educação (SNE). Nesta modalidade, a língua de ensino é o Português. O êxito da implementação deste Programa depende de uma preparação adequada do professor, para o gerir, na perspectiva de ensino de Português como LE, usando metodologias apropriadas para diferentes situações de aprendizagem. Assim, o professor poderá implementar o Programa, ajustar as estratégias de ensino, de modo a satisfazer as necessidades comunicativas dos alunos que têm o Português como L1, L2 ou mesmo LE. O Programa de Língua Portuguesa guia-se pelos princípios pedagógicos culturalmente sensíveis, orientados para a comunicação funcional. À luz destes princípios, espera-se que o ensino acomode e potencie a vivência cultural e, no caso específico da língua, a experiência linguística que a criança traz de casa. Deste modo, a aula de língua deve ser um espaço em que, com o auxílio do professor, a criança adquire “ferramentas” que lhe permitam organizar e usar a língua, de acordo com as suas necessidades comunicativas. Os conteúdos retratados no Programa têm como ponto de partida a realidade mais próxima do aluno (família, escola, comunidade e ambiente). Assim, o Programa está organizado em unidades temáticas, tais como: família, escola, comunidade, ambiente, corpo humano, saúde e higiene e outras, que percorrem todas as classes do Ensino Básico, diferindo apenas na extensão e profundidade do tratamento. As competências parciais foram definidas em função dos novos estágios do saber, saber fazer, saber ser e saber estar, que o aluno deve alcançar, como resultado do processo de ensino- aprendizagem. Deste modo, as estratégias de ensino devem basear-se numa metodologia que torne o processo de ensino-aprendizagem agradável, divertido e útil, dando uma grande relevância à interacção professor/aluno, aluno/aluno, aluno/comunidade. Esta forma de abordagem proporciona aos alunos a possibilidade de ouvir, falar, ler e escrever, tendo em conta que só se aprende a ouvir,
  • 17. 13 ouvindo; a falar, falando; a ler, lendo e a escrever, escrevendo. O Programa revisto mantém os seguintes aspectos:  O desenvolvimento da oralidade, em função das necessidades comunicativas dos alunos;  O ensino de todas as letras do alfabeto, maiúsculas e minúsculas, na 1ª classe;  A perspectiva de ensino da leitura e escrita iniciais com base no método analítico- sintético, com ênfase no ensino da letra, em vez do som. Assim, deve-se dar um maior enfoque ao percurso da síntese, exercitando a combinação de letras para a formação de novas sílabas e palavras. Entretanto, o presente Programa apresenta as seguintes alterações: 1. Introdução (no plano temático) de dois domínios resultantes das 4 habilidades linguísticas: ouvir e falar; ler e escrever; 2. No que diz respeito à carga horária, o ensino de cada letra terá um fundo de tempo correspondente a 10 aulas. Entretanto, o professor deve adequar o tempo disponível ao ritmo da aprendizagem dos alunos; 3. Na 2ª classe, as competências do conteúdo Formas de Objectos e Medidas, foram transferidas para a disciplina de Matemática; 4. O programa mantem o ensino do nome da letra (grafema) e não o som da mesma (fonema), continuando-se a usar o Método Analítico-Sintético com base na letra; 5. O Método Analítico Sintético só é válido na 1ºclasse. Neste sentido, na 2ª classe, a introdução das combinações grafémicas será feita a partir de frases e pequenos textos; 6. Os ditongos nasais foram transferidos para a 2ª classe.
  • 18. 14 Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo 1a CLASSE 2a CLASSE Unidade Temática Conteúdos Habilidades: Ouvir e falar Tempo Conteúdos Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever Tempo ESCOLA  Expressões para cumprimentar  Expressões de despedida  Canções de saudação 6 tempos  Datas festivas e comemorativas  Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura/cartaz/ ilustrações  Redacção de frases sobre datas comemorativas/festivas  Canções e danças sobre datas festivas e comemorativas  Jogos 18 tempos  Expressões para identificar  Intervenientes da escola  Canções de identificação. 10 tempos  Contos, fábulas, lenga-lengas, poemas e jogos  Ilustração 8 tempos  Expressões para informar sobre o estado de saúde  Canções sobre o estado de saúde 6 tempos Funcionamento da Língua  Artigos definidos e indefinidos  Flexão em género e em número 6 tempos  Expressões para indicar tamanho  Desenho/pintura de objectos para indicar tamanhos  Modelagem de objectos para indicar tamanhos  Expressões para indicar o peso 12 tempos  Introdução do duplo s  Introdução do s no final de palavras  Introdução de am, em, im, um, om 18 tempos Pré –leitura  Exercícios de coordenação sonora  Danças. 6 tempos • Imagens  Ilustrações 6 tempos Ouvir e falar  Normas de convivência escolar 4 tempos  Expressões para indicar o nome da escola:  Espaços da escola.  Função dos espaços escolares.  Canções sobre a escola. 6 tempos  Vocabulário sobre material escolar  Mobiliário escolar  Expressões para identificar os objectos escolares 12 tempos
  • 19. 15  Canções sobre material escolar  Expressões de lateralidade  Localização do som 10 tempos Pré-leitura  Exercícios de coordenação psico- motora  Manuseamento do material escolar  Jogos  Recorte, colagem e dobragem 10 tempos Ouvir e falar  Vocabulário sobre instruções de controlo  Instruções simples  Expressões para dar instruções  Expressões para perguntar e responder  Canções sobre instruções. 10 tempos  Pedido de licença/ permissão  Resposta a pedido de licença  Pedido de desculpas  Resposta a pedido de desculpas  Canções sobre pedido de licença/permissão 6 tempos  Expressões de lateralidade 6 tempos Pré-escrita  Grafismos semi-livres 6 tempos Ouvir e falar  Expressões e palavras para indicar a posição 8 tempos  Dias de semana  Dias úteis.  Fim-de-semana  Canções 4 tempos  Expressões para formular pedidos de desculpas  Expressões para reagir a pedidos de desculpas  Expressões para formular pedidos  Expressões para reagir a pedidos 10 tempos  Expressões para agradecer  Expressões para reagir a agradecimentos 4 tempos  Expressões para felicitar Expressões para reagir a felicitações 2 tempos  Expressões para exprimir dor 2 tempos
  • 20. 16  Expressões para manifestar preferências 2 tempos Pré-escrita  Desenho/pintura  Grafismos orientados para as letras c, d, v, b, r, g Ler e escrever  Introdução de: c, d, v, b, r, g  Letras minúsculas e maiúsculas.  Letra de imprensa e cursiva  Sílabas  Palavras  Frases  Cópia  Ditado  Caligrafia  Relação imagem-palavra, frase  Desenho/pintura 4 tempos 60 tempos (Dez aulas para cada letra)
  • 21. 17 1a CLASSE 2a CLASSE Unidade Temática Conteúdos Habilidades: Ouvir e falar Tempo Conteúdos Habilidades: Ouvir e falar (consolidação) Tempo FAMÍLIA  Desenho dos membros da família  Membros da família  Expressões para indicar com quem vive  Expressões para indicar o nome  Canções sobre membros da família 8 tempos  Expressões para dar ordens/instruções  Expressões para manifestar preferências 10 tempos  Partes do corpo humano  Instruções relacionadas com as partes do corpo  Canções sobre as partes do corpo humano 12 tempos  Expressões para manifestar interesse e desinteresse  Expressões para manifestar desejo 7 tempos  Direcção e sentido (revisão) 4 tempos  Expressões para manifestar alegria e satisfação:  Expressões para manifestar medo: 7 tempos  Peças de vestuário  Perguntas para identificação das peças de vestuário  Cor do vestuário  Canções sobre as peças de vestuário 10 tempos  Expressões para dar sugestões e conselhos: 6 tempos  Espaços interiores da casa  Espaços exteriores da casa  Função dos espaços da casa  Desenho da casa. 6 tempos Funcionamento da Língua:  Pronomes pessoais  Frases imperativas  Canções 14 tempos  Mobiliário da casa  Expressões de tamanho: grande/pequeno  Modelagem do mobiliário da casa 6 tempos Ler e escrever  Ditongos nasais: ão, ãe, õe  Palavras, frases, pequenos textos 8 tempos  Utensílios domésticos  Expressões de comparação: igual/diferente  Expressões de quantidade: muito, pouco, cheio, vazio  Modelagem de utensílios domésticos 16 tempos  Imagens  Cópia  Ditado  Caligrafia 16 tempos  Actividades domésticas 6 tempos Ouvir e falar  Membros da família  Desenho sobre membros da família  Canções 8 tempos  Alimentos  Cuidados com os alimentos.  Recorte e colagem sobre imagens de alimentos. 6 tempos  Ocupação dos membros da família  Tipos de casa: palhota, alvenaria 6 tempos
  • 22. 18  Canções sobre alimentos.  Períodos do dia: manhã, tarde e noite  Relação sol/dia, lua/noite  Refeições: pequeno almoço/mata-bicho, almoço, lanche e jantar 6 tempos  Objectos e utensílios de uso doméstico  Utilidade dos objectos e utensílios de uso doméstico  Modelagem  Canções 6 tempos Pré-escrita  Grafismos orientados.  Representação gráfica do som. 6 tempos Ler e escrever  Contos, fábulas, lenga-lengas e poemas  Jogos  Ilustração 10 tempos Ler e escrever  Introdução das vogais: i, u, o, e, a.  Modelagem de vogais  Canções sobre vogais  Vogais em letra maiúscula e minúscula  Cópia  Ditado  Ditongos orais: ai, oi, ui, ia, au, eu, ao, ei.  Modelagem  Desenho, pintura e recorte de vogais 50 tempos (Dez tempos para cada vogal) Ouvir e falar; ler e escrever Funcionamento da Língua  Pronomes demonstrativos  Flexão em género e em número 8 tempos Ouvir e falar  Vocabulário relacionado com higiene corporal:  Desenho/pintura  Normas de higiene corporal  Canções sobre higiene corporal  Palavras que exprimem tempo  Canções contendo expressões de tempo 10 tempos Ler e escrever  Introdução do r intervocálico: are, ari, ura, uro, ira  Introdução do duplo r Introdução do s intervocálico: ase, asa, usa 16 tempos  Normas de convivência familiar 4 aulas  Imagens  Cópia  Ditado  Caligrafia 18 tempos  Normas de prevenção de acidentes domésticos  Canções sobre prevenção de acidentes domésticos 4 aulas  Histórias e adivinhas 6 aulas Pré-escrita  Grafismos orientados para as letras (m, p, t, l, n) 2 aulas Ler e escrever  Introdução de m, p, t, l, n. 50 tempos
  • 23. 19  Letras: cursiva e de imprensa  Sílabas  Palavras  Frases  Cópia  Ditado  Caligrafia  Relação palavra-gravura.  Recorte e colagem de letras  Desenho/pintura  Canções (Dez tempos para cada letra)
  • 24. 20 1a CLASSE 2a CLASSE Unidade Temática Conteúdos Habilidades: Ouvir e falar Tempo Conteúdos Habilidades: Ouvir e falar (consolidação) Tempo COMUNIDADE Ouvir e falar  Lugares públicos  Função dos lugares públicos  Desenho dos lugares públicos 6 tempos  Cópia  Ditado  Caligrafia 16 tempos  Actividades comunitárias  Profissões/ocupações  Relação profissão/ instituição (lugar)  Canções sobre profissões 8 tempos Ouvir e falar  Locais/instituições públicas  Recorte, colagem, dobragem, desenho e pintura  Canções 8 tempos  Histórias, adivinhas e lengalengas 6 tempos Ler e escrever  Meios de transporte  Regras básicas de segurança rodoviária.  Redacção  Ilustrações 8 tempos  Canções típicas da comunidade  Danças típicas da comunidade 2 tempos  Meios de comunicação  Redacções  Ilustrações, recorte, dobragem e colagens 10 tempos  Meios de transporte  Meios de transporte e as vias de circulação  Utilidade dos meios de transporte  Modelagem dos meios de transporte  Desenho/pintura dos meios de transporte 6 tempos  Contos, fábulas, lengalengas, poemas e jogos Funcionamento da Língua  Pronomes demonstrativos:  Flexão em género e em número  Palavras antónimas 18 tempos  Regras de prevenção de acidentes:  Cuidados a ter com o fogo, com as minas e com os carros  Cuidados a ter com o lixo 4 tempos  Introdução de: al, el, ul, ol, il;  Introdução de: an, en, in, on, un;  Palavras, frases, pequenos textos;  Imagens. 18 tempos  Datas festivas e comemorativas:  Canções sobre datas festivas e comemorativas  Danças  Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura 6 tempos • Cópia • Ditado • Caligrafia 16 tempos Pré-escrita  Grafismos orientados para as letras s, j, f, z, h, q, x 4 tempos Ler e escrever 70
  • 25. 21  Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x  Letra cursiva e de imprensa  Sílabas  Palavras  Frases  Pequenos textos  Cópia  Ditado  Caligrafia  Relação imagem-palavra tempos (Dez tempos para cada letra)
  • 26. 22 1a CLASSE 2a CLASSE Unidade Temática Conteúdos Habilidades: Ouvir e falar Tempo Conteúdos Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever Tempo AMBIENTE  Elementos do ambiente  Canções sobre o ambiente 4 tempos  Elementos do ambiente  Conservação do ambiente  Cores do ambiente 6 tempos  Adjectivos avaliativos (revisão).  Cores  Estampagem  Pintura 6 tempos  Animais domésticos  Animais selvagens  Utilidade dos animais domésticos 8 tempos  Expressões para avaliar a temperatura: quente, frio, gelado 2 tempos  Contos, fábulas, lengalengas, e poemas;  Dramatização  Jogos. 8 tempos  Cuidados a ter com o ambiente 2 tempos  Cópia  Ditado  Caligrafia 10 tempos  Animais domésticos  Animais selvagens  A importância dos animais domésticos.  Fontes sonoras  Desenho/pintura 10 tempos  Pronomes indefinidos 6 tempos  Plantas.  Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto  Frutos  Cores: verde, vermelho, amarelo, azul, branco, preto, castanho  Sabores: doce, azedo, amargo e picante  Relação árvore/fruto  Cuidados a ter com as plantas  Canções sobre cores 10 tempos Ouvir e falar  Fontes de água  Sabor da água. 4 tempos  Água limpa e água suja  Utilidade da água 4 tempos
  • 27. 23 Ler e escrever  Introdução de k, w, y  Letra cursiva e de imprensa  Sílabas  Palavras  Frases  Pequenos textos  Cópia  Ditado  Caligrafia  Relação imagem-palavra  Pontuação: ponto final, vírgula; ponto de interrogação;  Acentuação: til 30 tempos (Dez tempos para cada letra e seis aulas para a consolid ação) Banda Desenhada (BD)  Redacção Tema transversal: Prevenção de acidentes Funcionamento da língua:  Vocabulário relacionado com o tema Ambiente  Família de palavras  Sinonímia  Antonímia  Concordância dos elementos na frase - Flexão dos nomes em género - Flexão dos nomes em número 39 tempos
  • 28. 24 1a CLASSE 2a CLASSE Unidade Temática Conteúdos Habilidades: Ouvir e falar Tempo Conteúdos Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever Tempo CORPO HUMANO Ouvir e falar  Corpo humano: cabeça, tronco e membros  Timbres corporais  Higiene corporal  Canções 8 tempos Ler e escrever  Contos, fábulas, lengalengas  Poemas  Canções  Jogos  Ilustrações 16 tempos Ler e escrever Funcionamento da Língua  Concordância nome/adjectivo  Pronomes indefinidos  Pronomes possessivos 6 tempos Ler e escrever  Introdução de combinações grafémicas: ch, nh; ce, ci; ar, er, ir, or, ur  Imagens. 20 tempo Ler e escrever  Cópia  Ditado  Caligrafia  Imagens 16 tempos
  • 29. 25 1a CLASSE 2a CLASSE Unidade Temática Conteúdos Habilidades: Ouvir e falar Tempo Conteúdos Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever Tempo SAÚDE E HIGIENE Ouvir e falar  Peças de vestuário  Regras básicas de higiene do vestuário  Regras de higiene alimentar  Canções 10 tempos  Limpeza do meio 4 tempos Ler e escrever  Contos  Fábulas  Lengalengas  Poemas 6 tempos Funcionamento da Língua  Tempos verbais  Canções  Expressões interrogativas:  Pronomes possessivos 20 tempos  Introdução de combinações grafémicas: lh; az, ez, iz, oz, uz; gi; ge  Imagens 20 tempos  Cópia  Ditado  Caligrafia 16 tempos Funcionamento da Língua  Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí.  Frases imperativas 8 tempos  Introdução de combinações grafémicas: br, cr, dr, fr, gr, pr, tr; bl, cl, fl, gl, dl, pl  Imagens 20 tempos Ler e escrever  Cópia  Ditado  Caligrafia 16 tempos
  • 30. 26 Funcionamento da Língua  Expressões interrogativas  Pronomes indefinidos  Pronomes demonstrativos 8 tempos  Introdução de combinações grafémicas: que, qui, qua, quo  Introdução do x com os cinco valores fonéticos.  Imagens 24 tempos  Cópia  Ditado  Caligrafia  Redacção 18 tempos
  • 31. 27 Programa de Língua Portuguesa 1ªClasse
  • 32. 28 DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO I. ESCOLA 7 112 II. FAMÍLIA 9 144 III. ESCOLA 5 80 IV. COMUNIDADE 6 96 V. AMBIENTE 3 48 Sub-total 30 480 CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128 TOTAL 38 608
  • 33. 29 PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Usar expressões para cumprimentar e para se despedir;  Cantar canções sobre cumprimentos. Ouvir e falar  Expressões para cumprimentar: - Bom dia/boa tarde/boa noite/olá - Como está/estás/estão? - Estou/estamos bem, obrigado(a)  Expressões de despedida: - Adeus/até amanhã/até logo  Expressa-se, com boa educação e cortesia em contacto social inicial. 7 tempos  Usar expressões apropriadas para perguntar e responder sobre o estado de saúde;  Cantar canções sobre o estado de saúde. Ouvir e falar  Expressões para informar sobre o estado de saúde:  Como estás de saúde?  Como está de saúde?  Estou bem. Obrigado (a).  Como te sentes?  Como se sente?  Sinto-me bem. Obrigado (a).  Canções sobre o estado de saúde 7 tempos
  • 34. 30 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Dizer o seu nome e o do seu professor;  Perguntar pelo nome dos seus colegas;  Dizer o nome dos seus colegas;  Usar expressões para identificar os intervenientes da escola.  Expressões para identificar: - Eu chamo-me…/ o meu nome é…/ eu sou… - O meu professor chama-se/é… - A minha professora chama-se/é… - Como te chamas? - Como se chama o(a)... - Qual é o teu nome? - Quem é este(a)/aquele(a) menino(a)? - Este(a) chama-se.../o (a) menino (a) chama-se... - Ele(a) chama-se…/ o(a) menino(a) chama-se… - Ele(a) é o senhor(a) director(a).  Intervenientes da escola: alunos, professores, Director da Escola, serventes, guardas, etc.  Identifica-se e identifica outros intervenientes, em situações sociais. 10 tempos  Comparar tamanhos;  Distinguir objectos leves dos pesados.  Desenhar objectos de diferentes tamanhos;  Modelar objectos de diferentes tamanhos; Ouvir e falar  Expressões para indicar tamanho: grande, pequeno, alto, baixo, gordo, magro, curto, comprido, fino, grosso, largo, estreito, maior, menor  Desenho/pintura de objectos para indicar tamanhos  Modelagem de objectos para indicar tamanhos  Expressões para indicar o peso: leve/pesado  Descreve objectos em função do seu tamanho e peso. 12 tempos  Identificar sons de diferentes fontes;  Cantar canções educativas. Pré –leitura  Exercícios de coordenação sonora: - Canções educativas - Fontes sonoras (vozes de pessoas, animais, sons de máquinas; objectos, som do sino da escola, etc.) - Jogos de identificação de sons  Distingue sons de diferentes fontes sonoras; 6 tempos
  • 35. 31 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Aplicar as regras básicas de convivência na escola;  Cantar canções sobre normas de convivência escolar. Ouvir e falar  Normas de convivência escolar: - Levantar-se para cumprimentar o professor - Levantar a mão para pedir para falar; - Ficar na formatura antes de ir para a sala de aula - Ficar em sentido para cantar o Hino Nacional - Cantar o Hino Nacional, em sentido - Limpar, arrumar e ornamentar a sala de aula - Colocar o lixo no local adequado  Convive de forma harmoniosa no ambiente escolar. 4 tempos  Dizer o nome da sua escola;  Usar expressões para identificar a escola e seus espaços;  Usar expressões para indicar a função dos espaços da escola;  Expressões para indicar o nome da escola:  A minha escola é…  A minha sala é…;  Espaços da escola: sala de aula, casa de banho, pátio, etc.  Função dos espaços escolares.  Demonstra evidências de conhecimento dos diferentes contextos sociais que fazem parte do seu quotidiano. 6 tempos
  • 36. 32 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Nomear materiais, objectos e mobiliário escolar;  Fazer perguntas sobre materiais, objectos e mobiliário escolar;  Usar o material escolar em contextos apropriados. Ouvir e falar  Vocabulário sobre material escolar:  Caderno, lápis, livro, borracha, afiador, pasta escolar, quadro, giz, apagador, etc.  Mobiliário escolar:  carteira, cadeira, banco, secretária, armário, etc.  Expressões para identificar os objectos escolares:  O que é isto?  Isto é um lápis.  O que é aquilo?  Aquilo é um lápis.  O que é isso?  Isso é um lápis.  Esta carteira é minha.  Essa carteira é minha.  Aquela carteira é minha.  Demonstra evidências de conhecimento dos diferentes contextos sociais que fazem parte do seu quotidiano. 12 tempos
  • 37. 33 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Usar expressões de lateralidade para indicar a posição dos objectos, materiais e mobiliário escolar;  Fazer perguntas de identificação da posição dos objectos, materiais e mobiliário escolar;  Posicionar-se segundo instruções;  Movimentar-se segundo instruções;  Identificar a proveniência do som;  Localizar a proveniência do som. Ouvir e falar  Expressões de lateralidade: - ao lado/para o lado - à frente/atrás - para frente/ para trás - à direita/ à esquerda - para dentro/para fora - em cima/em baixo  Orienta-se em diferentes espaços. 10 tempos  Fazer traços livres, rabiscos, garatujas e desenhos livres;  Manuseiar o material escolar: cadernos, livros e folhas de papel;  Realizar jogos que envolvem movimento;  Recortar, cortar e dobrar formas simples de sua criação ou desenhadas pelo professor. Pré-escrita  Exercícios de coordenação psico- motora: - Segurar correctamente o lápis - Traços livres - Rabiscos e garatujas - Desenhos livres  Manuseamento do material escolar (folhear cadernos e livros; enrolar folhas de papel ou jornal)  Jogos: neca, jogo de pedrinhas e outros jogos tradicionais  Recorte, colagem e dobragem  Realiza com destreza diferentes actividades manuais, preparatórias para a escrita. 10 tempos
  • 38. 34 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Responder às instruções de controlo de presença;  Obedecer a instruções simples;  Dar instruções;  Reagir a instruções;  Usar expressões para perguntar e responder sobre instruções várias; Ouvir e falar  Vocabulário sobre instruções de controlo: - Presente/ausente  Instruções simples: -Levantar/sentar, abrir/fechar, entrar/sair, perguntar/responder, ir/vir, dizer, andar, correr, saltar, parar, dançar, cantar, jogar, desenhar, varrer, limpar  Expressões para dar instruções: - Levanta-te/senta-te, entra/sai, vai/vem, abre/fecha, diz, anda, corre, joga, desenha, limpa, varre, pergunta/responde  Expressões para perguntar e responder - O que tu fazes? - (Eu) abro a porta. - O que faz o João? - O João abre a porta.  Demonstra evidências de compreensão de instruções simples. 10 tempos
  • 39. 35 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Usar expressões para pedidos de permissão e de desculpas;  Reagir a pedidos de permissão e de desculpas; Ouvir e falar  Pedido de licença/ permissão: - Com licença/Posso entrar? - Senhor(a) professor(a), posso sair? - (Senhor(a) professor(a)), posso ir à casa de banho?  Resposta a pedido de licença: - Sim, podes. - Não podes.  Pedido de desculpas: - Desculpa/Peço desculpas!  Resposta a pedido de desculpas: - De nada! /Não faz mal!  Convive de forma harmoniosa no ambiente escolar. 6 tempos  Usar expressões de lateralidade para indicar a posição dos objectos, materiais e mobiliário escolar;  Fazer perguntas de identificação da posição dos objectos, materiais e mobiliário escolar;  Posicionar-se segundo instruções; Movimentar-se segundo instruções. Ouvir e falar  Expressões de lateralidade: - Dentro/fora; perto/longe; em cima/em baixo  Orienta-se em diferentes espaços. 6 tempos  Traçar linhas em diferentes sentidos;  Fazer círculos de diferentes tamanhos. Pré-escrita  Grafismos semi-livres  Escreve grafismos. 6 tempos
  • 40. 36 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Indicar as pessoas com quem vive;  Dizer o nome dos membros da sua família;  Cantar canções sobre os membros da família. Ouvir e falar  Membros da família: mãe/pai; irmão/irmã; tio/tia; avô/avó, etc.  Expressões para indicar com quem vive -Com quem vives? -Eu vivo com… -Ele(a) vive com…  Expressões para indicar o nome: - Como se chama a tua mãe? - A minha mãe chama-se… - A mãe dele(a) chama-se… - Como se chama o teu pai? - O meu pai chama-se...  Identifica os membros da sua família em situações sociais. 3 tempos
  • 41. 37 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Nomear as partes do corpo humano;  Usar expressões relacionadas com as partes do corpo;  Segue instruções relacionadas com as partes do corpo;  Cantar canções sobre as partes do corpo humano. Ouvir e falar  Partes do corpo humano: - Cabeça, cabelos, olhos, boca, dentes, nariz, orelhas, braços, mãos, dedos, unhas, barriga, pernas, pés  Instruções relacionadas com as partes do corpo: - Levanta a mão - Levanta o pé - Bate palmas - Abre a boca - Abre o olho - Fecha a boca - Fecha o olho  Reage a instruções relacionadas com as partes do corpo; . 6 tempos  Seguir instruções de direcção e sentido;  Usar expressões para dar instruções de direcção e sentido.  Direcção e sentido (revisão): - para frente/para trás - para a direita/ para a esquerda - para cima/ para baixo  Orienta-se em diferentes espaços. 2 tempos
  • 42. 38 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Nomear as peças de vestuário mais usadas na sua comunidade;  Fazer perguntas de identificação das peças de vestuário;  Responder a perguntas de identificação das peças de vestuário;  Identificar a cor de diferentes peças de vestuário;  Cantar canções sobre as peças de vestuário. Ouvir e falar  Peças de vestuário: - Saia, blusa, vestido, capulana, bata, calções, calças, camisa, camisete, camisola, lenço…  Perguntas para identificação das peças de vestuário: - Que roupa é que o João usou? - Que roupa é que ele usou? - Que roupa é que a Amina usou? - Que roupa é que ela usou? - O João usou… - A Amina usou…  Cor do vestuário  Descreve o vestuário em função das cores; 3 tempos  Nomear os espaços interiores e exteriores de uma casa;  Usar expressões que indicam a função de cada um dos espaços de uma casa;  Desenha e pinta uma casa.  Espaços da casa interiores: quarto, sala, cozinha, casa de banho  Exteriores: varanda, quintal, latrina capoeira e outros espaços…  Função dos espaços da casa  Desenho da casa  Descreve os espaços exteriores e interiores de uma casa, indicando as funções de cada espaço. 3 tempos
  • 43. 39 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Nomear o mobiliário existente na sua casa;  Usar expressões para indicar o tamanho dos diferentes objectos;  Modelar objectos, representando mobiliário da casa. Ouvir e falar  Mobiliário da casa: cadeira, banco, mesa, cama, armário e sofás  Expressões de tamanho: grande/pequeno  Modelagem do mobiliário da casa  Descreve e identifica utensílios, mobiliário e actividades domésticas;  Usa adequadamente as expressões de comparação e de quantidade;  Modela utensílios domésticos. 2 tempos  Nomear os utensílios domésticos existentes em sua casa;  Usar expressões para indicar a utilidade dos utensílios domésticos;  Usar expressões para comparar utensílios domésticos de diferentes tamanhos;  Usar expressões para indicar quantidades;  Modelar objectos representando utensílios domésticos.  Utensílios domésticos: prato, copo, caneca, chávena, pires, colher, colher de pau, garfo, faca, bacia, panela, fogão, cestos, peneira, pilão, coador, chaleira, pote, bilha, cabaça, ferro de engomar  Expressões de comparação: igual/diferente  Expressões de quantidade: muito, pouco, cheio, vazio  Modelagem de utensílios domésticos 7 tempos  Usar expressões para indicar actividades domésticas.  Actividades domésticas: Cozinhar, pilar, varrer, limpar, lavar, estender a roupa e engomar 2 tempos
  • 44. 40 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Nomear os alimentos mais comuns;  Indicar os cuidados a ter com a alimentação;  Compor imagens de alimentos a partir de recorte e colagem;  Cantar canções sobre alimentos. Ouvir e falar  Alimentos: farinha de milho, mapira, mandioca, amendoim, ovos, peixe, carne, couve, alface, leite e frutos  Cuidados com os alimentos  Nomea os alimentos;  Identifica os alimentos;  Descreve os cuidados a ter com os alimentos. 2 tempos  Nomear os períodos do dia;  Indicar os nomes das refeições;  Identificar os períodos do dia em que se tomam as diferentes refeições.  Períodos do dia: manhã, tarde e noite  Relação sol/dia, lua/noite  Refeições: pequeno almoço/mata-bicho, almoço, lanche e jantar  Relaciona os períodos do dia com as principais refeições. 2 tempos
  • 45. 41 Habilidade: Pré-escrita UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Desenhar grafismos orientados para as vogais;  Representar a duração do som através de tracinhos curtos e longos. Pré-escrita  Grafismos orientados.  Representação gráfica do som.  Lê e escreve as vogais;  Lê e escreve ditongos orais. 2 tempos  Identificar as vogais;  Ler vogais;  Escrever vogais;  Modelar vogais;  Cantar canções sobre vogais;  Escrever as vogais em letras minúsculas e maiúsculas;  Escrever as vogais ditadas;  Ler ditongos formados por diferentes vogais;  Escrever ditongos formados por diferentes vogais;  Modelar as vogais para formar ditongos;  Desenhar, pintar e recortar vogais para formar ditongos. Ler e escrever  Introdução das vogais: i, u, o, e, a.  Modelagem de vogais  Canções sobre vogais  Vogais em letra maiúscula e minúscula - Cópia - Ditado - Ditongos orais: ai, oi, ui, ia, au, eu, ao, ei  Modelagem  Desenho, pintura e recorte de vogais 50 tempos (Dez tempos para cada vogal)
  • 46. 42 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Nomear objectos usados na higiene corporal;  Desenhar e pintar objectos usados na higiene corporal;  Usar expressões para indicar os cuidados de higiene corporal;  Cantar canções sobre higiene corporal;  Construir frases usando as palavras que exprimem o tempo;  Responder a perguntas sobre os períodos do dia em que se realizam as principais actividades no ambiente familiar;  Cantar canções contendo expressões de tempo. Ouvir e falar  Vocabulário relacionado com higiene corporal: - escova de dentes, mulala, pasta dentífrica, pente, sabão, sabonete e toalha  Desenho/pintura  Normas de higiene corporal: - tomar banho - lavar as mãos - escovar os dentes - pentear o cabelo - cortar as unhas - lavar a roupa - engomar a roupa  Palavras que exprimem tempo: - antes, agora e depois - ontem, hoje e amanhã  Fala sobre as principais regras de higiene;  Cumpre com as regras de higiene corporal. 3 tempos
  • 47. 43 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Usar expressões para cumprimentar e despedir-se dos familiares.  Normas de convivência familiar  Aborda as principais formas de prevenção de acidentes domésticos;  Conta pequenas histórias;  Reconta histórias e adivinhas relacionadas com a família. 5 tempos  Cumprir as normas de prevenção de acidentes domésticos;  Cantar canções sobre normas de prevenção de acidentes domésticos.  Normas de prevenção de acidentes domésticos: ter cuidado com objectos cortantes, fogo e produtos inflamáveis e/ou tóxicos  Canções sobre prevenção de acidentes domésticos  Recontar, oralmente, histórias e adivinhas ouvidas, relacionadas com a família;  Contar pequenas histórias, fábulas, adivinhas, relacionadas com a família.  Histórias e adivinhas
  • 48. 44 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH FAMÍLIA  Desenhar grafismos orientados para as letras em estudo. Pré-escrita  Grafismos orientados para as letras (m, p, t, l, n)  Lê e escreve palavras e frases, com as letras já aprendida;  Distingue a letra cursiva da letra da imprensa;  Usa na sua escrita a letra cursiva. 2 tempos  Identificar letras em estudo;  Ler sílabas, palavras e frases;  Escrever letras, sílabas, palavras e frases, com caligrafia correcta;  Interpretar palavras e frases;  Usar letras maiúsculas e minúsculas na escrita de letras, palavras e frases;  Relacionar letra cursiva com a de imprensa;  Escrever letras, sílabas, palavras e frases ditadas;  Identificar letras, palavras a partir de imagens;  Relacionar imagens com letras, palavras e frases;  Recortar e colar letras para formar palavras;  Desenhar imagens relacionadas com as palavras formadas;  Cantar canções relacionadas com as palavras formadas. Ler e escrever  Introdução de m, p, t, l, n  Letras: - Letra cursiva e de imprensa  Sílabas  Palavras  Frases  Cópia  Ditado  Caligrafia  Relação palavra-gravura.  Recorte e colagem de letras  Desenho/pintura  Canções 50 tempos (Dez tempos para cada letra)
  • 49. 45 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Identificar a posição relativa à escola, ao material escolar, aos alunos e ao professor;  Posicionar-se seguindo instruções;  Responder a perguntas de identificação da posição da escola, do material escolar, dos colegas e do seu professor. Ouvir e falar  Expressões e palavras para indicar a posição: à volta de, ao lado de, dentro de, perto de, longe de, aqui, ali, lá, próximo/afastado - O aluno está perto da janela. - A menina está ao lado da porta. - Os meninos estão dentro da sala. - A árvore está longe da sala.  Orienta-se em diferentes espaços. 4 tempos  Identificar os dias de semana;  Constrói frases usando os dias de semana;  Cantar canções relacionadas com os dias de semana.  Dias de semana: Segunda-feira, Terça- feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta- feira, Sábado e Domingo  Dias úteis: Segunda, Terça, Quarta, Quinta e Sexta  Fim-de-semana: Sábado e Domingo  Descreve as actividades que realiza nos diferentes dias de semana. 2 tempos
  • 50. 46 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Usar expressões para formular pedidos;  Reagir a pedidos. Ouvir e falar  Expressões para formular pedidos de desculpas. - Desculpa . - Peço desculpa.  Expressões para reagir a pedidos de desculpas: - Não faz mal! - Estás (está) desculpado! - Está bem. Eu desculpo! - Não tem de quê!  Expressões para formular pedidos: - Posso falar? - Podes falar mais alto/baixo? - Pode explicar melhor? - Podes repetir? - Diz outra vez. - O que é que eu faço? - Posso abrir o livro/ caderno? - Por favor, podes ajudar-me a abrir a pasta? - Podes ajudar-me a carregar a carteira/ limpar a sala, etc.?  Expressões para reagir a pedidos: - Sim, posso ajudar! - Com certeza! - Desculpa, não posso!  Expressa-se com boa educação e cortesia em situações de formulação de Pedidos;  Reaje com boa educação e cortesia em situações de formulação de Pedidos. 6 tempos
  • 51. 47 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA  Usar expressões para agradecer;  Usar expressões para reagir a agradecimentos. Ouvir e falar  Expressões para agradecer: - Muito obrigada(o)!  Expressões para reagir a agradecimentos - De nada! - Não tem de quê! - Não tem nada que agradecer.  Expressa-se com boa educação e cortesia em situações de agradecimento, felicitação e manifestação de dor e preferência. 2 tempos  Usar expressões para felicitar;  Usa expressões para reagir a felicitações.  Expressões para felicitar: - Parabéns!  Expressões para reagir a felicitações - Obrigada (o)! 1 tempo  Usar expressões para manifestar dor.  Expressões para exprimir dor - Dói (muito)! - Sinto muita dor. 1 tempo  Usar expressões para manifestar preferências.  Expressões para manifestar preferências: - Gosto mais do galo do que do pato. - Gosto mais da girafa do que do elefante etc. - Prefiro o gato. - Escolho a manga. 2 tempo
  • 52. 48 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH ESCOLA (continuação)  Desenhar e/ou pintar imagens relacionadas com os grafismos;  Cobrir os grafismos tracejados;  Desenhar correctamente grafismos orientados para as letras em estudo. Pré-escrita  Desenho/pintura  Grafismos orientados para as letras c, d, v, b, r, g  Lê e escreve sílabas;  Lê e escreve palavras e frases, com as letras já aprendidas. 2 tempos  Ler letras, sílabas, palavras e frases;  Escrever letras, sílabas, palavras e frases, com caligrafia correcta;  Interpretar palavras e frases;  Usar letra maiúsculas e minúsculas na escrita de letras, palavras e frases;  Relacionar letra cursiva com letra de imprensa;  Escrever letras, sílabas, palavras e frases ditadas;  Identificar letras e palavras a partir de imagens;  Relaciona imagens com letras, palavras e frases;  Desenhar/pintar imagens que representam as palavras aprendidas. Ler e escrever  Introdução de: c, d, v, b, r, g.  Letras minúsculas e maiúsculas.  Letra de imprensa e cursiva.  Sílabas  Palavras  Frases  Cópia  Ditado  Caligrafia  Relação imagem-palavra, frase  Desenho/pintura 60 tempos (Dez tempos para cada letra)
  • 53. 49 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: Conteúdos COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH COMUNIDADE (continuação)  Identificar os principais lugares públicos;  Usar expressões para indicar a função dos lugares públicos;  Desenhar imagens relacionadas com os lugares públicos. Ouvir e falar  Lugares públicos: - Escola - Hospital - Mercado/loja/ barraca/feira - Igreja/mesquita - Jardim - Campo de jogos  Função dos lugares públicos  Desenho dos lugares públicos  Descreve os lugares públicos e as actividades da sua comunidade;  Descreve as profissões existentes na sua comunidade. 6 tempos  Identificar as profissões/ ocupações mais comuns na sua comunidade;  Construir frases empregando profissões;  Relacionar as profissões com as instituições/lugares;  Cantar canções sobre profissões. Ouvir e falar  Actividades comunitárias: agricultura, pastorícia, pesca.  Profissões/ocupações: - Professor - Enfermeiro - Camponês - Agricultor - Comerciante - Padre/Maulana/Pastor  Relação profissão/ instituição (lugar).  Recontar histórias, adivinhas e lengalengas ouvidas, relacionadas com a sua comunidade;  Contar pequenas histórias, adivinhas e lengalengas relacionadas com a sua comunidade.  Cantar canções típicas da sua comunidade;  Praticar danças típicas da sua comunidade. Ouvir e falar  Histórias, adivinhas e lengalengas.  Canções típicas da comunidade  Danças típicas da comunidade  Manifesta-se culturalmente através de danças e hostórias típicas da sua comunidade. 4 tempos
  • 54. 50 Habilidades: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH COMUNIDADE (continuação)  Identificar os meios de transporte mais comuns;  Relacionar os meios de transporte com as vias de circulação;  Mencionar a utilidade dos meios de transporte;  Modelar os meios de transporte;  Desenhar os meios de transporte. Ouvir e falar  Meios de transporte: bicicleta, motorizada, carro, avião, barco e comboio  Meios de transporte e as vias de circulação (Terrestre, aéreo e marítimo)  Utilidade dos meios de transporte  Modelagem dos meios de transporte  Desenho/pintura dos meios de transporte  Descreve os meios de transporte e a sua função. 5 tempos  Indicar as regras de prevenção de acidentes;  Depositar o lixo nos lugares apropriados;  Evitar brincar com o lixo. Ouvir e falar  Regras de prevenção de acidentes: - Cuidados a ter com o fogo, com as minas e com os carros - Cuidados a ter com o lixo (deitar o lixo em lugares apropriados.)  Assume atitudes de prevenção de acidentes. 2 tempos  Mencionar alguns Heróis Moçambicanos (Eduardo Mondlane, Samora Machel e Josina Machel);  Cantar canções sobre datas festivas e comemorativas;  Praticar danças da comunidade  Utilizar diferentes materiais para fazer objectos simples alusivos às datas festivas e comemorativas. Ouvir e falar  Datas festivas e comemorativas: - Dia dos Heróis Moçambicanos: 3 de Fevereiro - Dia do pai: 19 de Março - Dia da Mulher Moçambicana: 7 de Abril - Dia da Mãe: 2º domingo de Maio - Dia da Criança: 1 de Junho - Dia da Independência Nacional: 25 de Junho  Canções sobre datas festivas e comemorativas.  Danças  Demonstra evidências de conhecimento das datas festivas e comemorativas;  Expressa-se sobre o significado de datas festivas e comemorativas. 5 tempos
  • 55. 51 Habilidade: Pré-escrita UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH COMUNIDADE (continuação)  Desenhar grafismos orientados para as letras em estudo. Pré-escrita  Grafismos orientados para as letras s, j, f, z, h, q, x  Lê e escreve as letras, as sílabas, palavras e frases simples e pequenos textos com as letras já aprendidas. 4 tempos  Ler sílabas, palavras, frases e pequenos textos;  Escrever letras, sílabas, palavras, frases e pequenos textos, com caligrafia correcta;  Interpreta palavras e frases, pequenos textos;  Relacionar letra cursiva com letra de imprensa;  Escrever letras, sílabas, palavras e frases ditadas;  Identificar letras, palavras a partir de imagens;  Relacionar imagens com letras, palavras e frases. Ler e escrever  Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x  Letra cursiva e de imprensa  Sílabas  Palavras  Frases  Pequenos textos  Cópia  Ditado  Caligrafia  Relação imagem-palavra 70 tempos (Dez tempos para cada letra)
  • 56. 52 Habilidade: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH AMBIENTE  Elaborar frases sobre a utilidade dos elementos do ambiente;  Identificar elementos que compõem o ambiente;  Cantar canções relacionadas com os elementos do ambiente. Ouvir e falar  Elementos do ambiente: areia, água, pedras, plantas e animais  Descreve o ambiente, referindo-se aos seus elementos e preservação;  Usa no seu discurso oral e escrito os adjectivos avaliativos; as expressões de temperatura. 3 4 tempos  Usar expressões para descrever os elementos do ambiente;  Fazer estampagem dos elementos do ambiente;  Pintar paisagens.  Adjectivos avaliativos (revisão): grande, pequeno, alto, baixo, gordo, magro, curto, comprido, fino, grosso, largo, estreito, igual, diferente, maior, menor.  Cores 4 tempos  Usar expressões para distinguir diferentes estados de temperatura dos corpos.  Expressões para avaliar a temperatura: quente, frio, gelado 2 tempos  Explicar os cuidados a ter com o ambiente;  Aplicar os cuidados a ter com o ambiente.  Cuidados a ter com o ambiente: - Evitar queimar as plantas - Evitar pisar a relva - Deitar o lixo em locais apropriados 2 tempos
  • 57. 53 Habilidade: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH AMBIENTE  Identificar os animais domésticos mais comuns;  Identificar os animais selvagens mais conhecidos;  Distinguir os animais domésticos dos selvagens;  Usar expressões para indicar animais próximos e afastados;  Indicar a utilidade dos animais domésticos;  Identificar os nomes dos animais através da sua voz;  Desenhar/pintar animais. Ouvir e falar  Animais domésticos: galinha, pato, gato, cão, cabrito, boi, burro e pombo  Animais selvagens: macaco, girafa, gazela, elefante, hipopótamo, cobra e leão  A importância dos animais domésticos: - a galinha dá-nos ovos e carne - a vaca dá-nos carne, leite e pele - o cão guarda a casa  Vozes de animais  Identifica os anumais domésticos;  Descreve animais domésticos e selvagens, e sua utilidade. 9 tempos
  • 58. 54 Habilidade: Ouvir e falar UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH AMBIENTE (Continuação)  Identificar as plantas do seu meio;  Identificar as partes de uma planta;  Nomeiar os frutos mais comuns no seu meio;  Descrever os frutos em função da sua cor e sabor;  Relacionar a árvore com o fruto;  Cuidar das plantas;  Cantar canções sobre frutos e cores. . Ouvir e falar  Plantas  Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto  Frutos  Cores: verde, vermelho, amarelo, azul, branco, preto, castanho  Sabores: doce, azedo, amargo e picante: - a laranja é doce - o limão é azedo - o piripiri é picante - o paracetamol é amargo  Relação árvore/fruto  Cuidados a ter com as plantas (regar, não queimar, etc.)  Identifica as plantas e as suas partes;  Descreve as plantas, suas cores, sabor dos frutos e formas de protecção. 8 tempos  Nomeiar as fontes de água;  Distinguir os sabores da água; Ouvir e falar  Fontes de água: poço, fontenária, rio e lago  Sabor da água: doce, salgada  Fala sobre a importância da água. 3 tempos  Distinguir a água limpa da água suja;  Usar expressões sobre a utilidade da água.  Água limpa e água suja  Utilidade da água: - Consumo - Higiene - Rega 3 tempos
  • 59. 55 Habilidade: Ler e escrever UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH AMBIENTE  Ler sílabas, palavras, frases e pequenos textos;  Escrever letras, sílabas, palavras, frases e pequenos textos, com caligrafia correcta;  Interpretar palavras, frases e pequenos textos;  Relacionar letra cursiva com a de imprensa;  Escrever letras, sílabas, palavras e frases ditadas;  Identificar letras e palavras a partir de imagens;  Relacionar imagens com letras, palavras e frases;  Usar pontuação adequada em frase;  Usar acentuação adequada em frases. Ler e escrever  Introdução de k, w, y  Letra cursiva e de imprensa  Sílabas  Palavras  Frases  Pequenos textos  Cópia  Ditado  Caligrafia  Relação imagem-palavra  Pontuação: - Ponto final; - Vírgula; - Ponto de interrogação  Acentuação - Til  Lê e escreve frases e pequenos textos;  Identifica a pontuação e a acentuação. 30 tempos (Dez tempos para cada letra e seis aulas para a consoli dação) Currículo Nacional: 480 tempos Currículo Local: 128 tempos Total: 608 tempos
  • 60. 56 Sugestões Metodológicas 1ª CLASSE Em Moçambique, como já nos referimos, a situação linguística das crianças que entram pela primeira vez na escola, apresenta três cenários principais: crianças que falam Português como língua materna (L1), crianças que falam Português como língua segunda (L2) e crianças que não falam Português. Neste contexto, as sugestões que a seguir se apresentam têm em conta os três cenários e visam o desenvolvimento de competências da Língua Portuguesa relativas aos domínios de ver, ouvir, falar, ler e escrever. 1. Período de Ambientação A chegada da criança à escola tem para ela um significado muito especial, pois representa uma mudança de meio a que está habituada para outro totalmente diferente e desconhecido: a escola. Torna-se importante que, nos primeiros momentos de contacto entre a criança e a escola, se propicie um ambiente e clima favoráveis à sua socialização. Para tal, durante o período de ambientação, a escola deve proporcionar à criança actividades próprias desta fase, tais como jogos, danças e canções da região, canções acompanhadas de mímica - do seu agrado - manuseio de materiais com que rabisca, desenha, pinta e recorta. Nesta faixa etária, as actividades de recorte devem ser realizadas com as mãos, ou com instrumentos que não constituam perigo para as crianças, como por exemplo, tesouras para papel com pontas arredondadas. Importa referir que o professor deve valorizar estas práticas, porque são muito importantes para o desenvolvimento da destreza manual (libertação dos dedos) e da motricidade fina (delicadeza no manuseio dos materiais). A criança ainda pequena aprende a desenhar. Mesmo que para os adultos sejam simples rabiscos, essa forma de expressão da criança é uma descoberta das suas capacidades. O desenho da criança revela a sua expressão afectiva, porque representa as suas vivências e os seus sonhos. Nesta classe, todo o desenho do aluno é bom. O professor não deve comparar os desenhos das crianças com os dos
  • 61. 57 adultos, pois os desenhos infantis não são fiéis à realidade. Deste modo, deve ter o cuidado de não criticá-los, mas sim motivá-los a continuar. O professor não deve dizer algo que, mesmo vagamente, decepcione a criança, porque pode diminuir ou anular o seu nível motivacional em relação à escola. Por isso, o professor deve respeitar e estar atento, porque essas representações criarão um importantíssimo meio de comunicação entre elas. Assim como na comunicação verbal, a comunicação através da imagem acompanha um processo mental que percorre todas as etapas do desenvolvimento da criança. Os desenhos livres podem constituir oportunidades para o desenvolvimento da oralidade. Por isso, o professor, à medida que vai acompanhando os trabalhos dos alunos, poderá pedir-lhes que falem sobre o seu conteúdo. A observação directa de vários sectores da escola pode constituir momentos para conhecer diferentes espaços da escola, tais como: a sala de aulas, o recreio, o campo de jogos, o jardim, a horta e a casa de banho/latrina. Na fase de ambientação, a criança, integrada na sua turma, deverá ser levada a desenvolver pequenas actividades, a saber: recolha de diversos materiais da natureza e de outro tipo, tais como pauzinhos, folhas, pedrinhas, assim como pode limpar e embelezar a sala de aulas, conservar o jardim, a horta, etc. Estas actividades podem contribuir para se estabelecer uma ambientação das crianças à escola, aos companheiros e, sobretudo, ao professor. Durante esta fase, é normal que a maioria das crianças, sobretudo nas zonas rurais, não saiba comunicar em Português. Para contornar esta situação, sempre que se afigure necessário, o professor pode recorrer ao uso da(s) língua(s) moçambicana(s). Importa frisar que a língua local só pode ser usada, como recurso, em último caso, isto é, depois de se usar os meios concretizadores, tais como o cartaz, o desenho, a mímica, os gestos, entre outras alternativas que possam levar o aluno a entender o que se diz.
  • 62. 58 2. Oralidade A comunicação oral é o primeiro estágio do ensino-aprendizagem de uma língua. Esta forma de comunicação, em Português, deve ser uma preocupação constante da escola, em geral e, do professor, em particular. Na primeira classe, a oralidade deve percorrer todo o processo de ensino-aprendizagem do Português, quer dizer, desde a fase de ambientação até à produção de palavras, frases e pequenos textos. Na fase de aquisição de pré-requisitos da leitura e escrita, a oralidade será feita a partir de actos de fala/expressões linguísticas. As expressões linguísticas são frases ou sequência de frases que reportam variadas situações da vida real ou imaginária. Tais situações, como já foi referido, estão integradas nos conteúdos das diferentes unidades temáticas. A repetição das palavras durante a aprendizagem da oralidade constituiu um aspecto importante. Neste caso, o uso da música pode tornar esta actividade mais prazerosa, pois as crianças gostam de cantar e, por isso, não sentirão o possível desconforto que a repetição pode provocar. Além disso, o carácter lúdico da música facilita a aprendizagem, pois desenvolve a imaginação, a memória, a concentração e a auto-disciplina. As canções devem, sempre que possível, ser utilizadas como estratégias de aprendizagem ou consolidação das competências definidas no Programa de Ensino, No início da aprendizagem do Português, como língua segunda (L2), deve existir uma etapa de iniciação à oralidade que antecede a introdução da leitura e da escrita. Assim, propõe-se um fundo de tempo equivalente a 116 tempos lectivos para a oralidade inicial. Porém, na 1ª classe, a oralidade está presente em todas as aulas. A oralidade inicial destina-se, entre outros fins, à aprendizagem de formas elementares de comunicação. A duração desta fase prévia deve estar de acordo com o nível de domínio da Língua Portuguesa pelos alunos. O fundo de tempo proposto foi calculado considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos que chegam à escola sem falar a Língua Portuguesa. No caso das crianças que já falam a Língua Portuguesa antes de frequentarem a escola, o professor pode encurtar o período da oralidade inicial e começar a aprendizagem da leitura e escrita.
  • 63. 59 Normalmente, nas turmas, o professor é confrontado com a coexistência de três contextos linguísticos: Alunos que têm o Português como L1, uns que têm o Português como L2 e outros ainda que têm o Português como LE. Neste caso, o professor deve trabalhar com todos, aproveitando os alunos que já falam Português para apoiarem os que ainda não falam esta língua, pois os alunos sentem-se motivados quando são ensinados ou apoiados pelos colegas, ansiando um dia virem a usar tão bem a língua, quanto os colegas. Podem ainda trabalhar aos pares, ou em grupos. Durante o processo de ensino-aprendizagem da oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes aspectos:  Verificar, sistematicamente, o domínio do vocabulário aprendido através de diálogos, jogos, simulações, leitura de imagens, canções, dramatizações, etc.  Retomar o vocabulário anterior quando se introduzem novos vocábulos, como forma de consolidação permanente.  Consolidar uma expressão de cada vez, antes de se introduzir a outra. Ex: as expressões “Adeus, até amanhã, até logo” não podem ser ensinadas todas no mesmo dia.  Sequenciar a ordem de introdução do vocábulo em função do que existe na escola e à sua volta. No momento em que os alunos iniciam a aprendizagem da Língua Portuguesa, o professor deve: a) Ter consciência de que os alunos possuem uma tendência natural para a oralidade, isto é, a facilidade que as crianças têm para aprender línguas; b) Assegurar, tanto quanto possível, a apresentação dos objectos a que se faz referência em Português; c) Aproveitar ao máximo todas as formas de comunicação (os gestos, as imagens, as canções , as danças, os jogos, etc.) como contributo para a compreensão do que diz; d) Recorrer a vivências dos alunos e sua cultura, como base da comunicação oral adequada, útil e eficaz.
  • 64. 60 2.1. Oralidade Inicial para os alunos que não falam a Língua Portuguesa A oralidade inicial é uma fase crucial para as crianças que não falam a Língua Portuguesa quando chegam à escola e dela depende o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta fase, o ensino da língua, torna-se mais alegre e menos monótono, combinando actividades de ambientação e de desenvolvimento psico-motor. Em seguida, apresentam-se algumas sugestões (que completam as que se encontram no Programa):  Exercitar o uso do vocabulário básico (palavras ou expressões) previsto nas unidades temáticas, através de simulações, imagens, dramatização, mímica, canto, dança, jogos, etc.  Usar constantemente o vocabulário aprendido em diferentes situações de comunicação. Ex: cumprimento: simular situações de cumprimento na escola, “Bom dia, senhor professor”; na família “Boa tarde, mamã”; na comunidade “Boa noite, senhor enfermeiro”, etc.  Manter os vocábulos ou expressões em estudo até à sua consolidação. Ex: ao praticar as expressões “Como te chamas? / Eu chamo-me...” não se deve ao mesmo tempo usar as outras expressões alternativas, tais como: “Qual é o teu nome? / Quem és tu?”  Ornamentar a sala de aula e outros espaços da escola com imagens, cartazes, recortes de revistas e jornais, dizeres em Português e desenhos ou objectos produzidos pelos alunos para o treino da oralidade. O professor deve actualizar as imagens de acordo com o conteúdo programático em estudo.  Contar, histórias alegres que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que identifiquem palavras ou expressões que já conhecem.  Incentivar os alunos a ouvir a rádio ou ver a televisão, para o contacto com o Português, pelo menos 10 minutos por dia.  Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor: folhear, tactear, rabiscar, entre outros.  Realizar exercícios de reconhecimento de sons semelhantes e diferentes através de jogos, canções, pequenos poemas (imitar vozes de animais, sons da natureza e de objectos, ruídos diversos, toques, batidas, timbres corporais, etc.).
  • 65. 61 2.2. Oralidade inicial para os alunos que já falam a Língua Portuguesa Os alunos que já falam a Língua Portuguesa também devem desenvolver uma oralidade inicial orientada para o desenvolvimento de um vocabulário básico e para a familiarização com diferentes formas da língua, ao mesmo tempo que se integram no novo ambiente escolar e realizam exercícios de desenvolvimento psico-motor. Eis algumas sugestões:  Exercitar o vocabulário básico através de pequenos diálogos, simulações, jogos de papéis, etc.  Usar constantemente o vocabulário aprendido em diferentes situações de comunicação. Ex: cumprimento - simular situações de cumprimento na escola, “Bom dia, senhor professor”, na família “Boa tarde, mamã”, na comunidade “Boa noite, senhor enfermeiro”, etc.  Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor tais como folhear, tactear, rabiscar, etc.  Contar histórias engraçadas que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que identifiquem as palavras ou expressões que já conhecem e a moral da história. Por exemplo: ao ensinar as expressões para cumprimentar, o professor pode contar a seguinte história: Era uma vez, um menino chamado Malumbe que se esquecia de cumprimentar os pais, ao acordar. Numa manhã, antes de ir à escola, pediu à mãe que lhe desse pão ou mandioca para o lanche na escola. A mãe, muito triste, respondeu-lhe: - Bom dia! O meu filho ainda está a dormir, pois quando ele acordar, a primeira coisa que vai fazer será cumprimentar-me dizendo, “Bom dia, mãe!” O menino ficou envergonhado, pediu desculpas à mãe e prometeu mudar. Daquele dia em diante, o Malumbe passou a ser um menino educado e cumprimentava toda a gente dizendo: bom dia, boa tarde, boa noite, conforme o período do dia. Fonte: Grupo de Lingua Poruguesa do INDE ( 2013)
  • 66. 62 2.3. Desenvolvimento da oralidade O desenvolvimento da oralidade deve ser permanente. Após a aquisição do vocabulário básico, o professor deve continuar com as actividades que permitam o enriquecimento do vocabulário, tais como:  Exercitar novas palavras, recorrendo a objectos e imagens, fazendo sempre relação com a realidade e com as letras já aprendidas.  Recontar pequenas histórias ouvidas (do professor, de colegas, de familiares), lidas ou vividas.  Realizar jogos de identificação de objectos, dentro e fora da sala de aula.  Exercitar o uso do vocabulário básico (palavras ou expressões) previsto nas unidades temáticas, através de simulações, imagens, dramatização, mímica, canto, dança, jogos, etc.  Ordenar as acções de uma história desordenada, em grupos, para estimular o uso da língua entre os alunos.  Fazer exercícios de identificação de palavras do mesmo grupo ou não. Ex: dar um conjunto de palavras para que os alunos identifiquem a palavra que não faz parte do grupo, ou as que formam um grupo. Ex: banana, laranja, cão, manga. Na continuação do processo de ensino-aprendizagem, o desenvolvimento da oralidade deve convergir com o desenvolvimento da leitura, da compreensão e da produção escrita. Nesta classe, para o desenvolvimento da expressão oral, propõem-se, de entre outras, as seguintes actividades:  Ouvir;  Falar;  Agir segundo orientações;  Observar e descrever imagens;  Narrar pequenas histórias com o apoio de imagens;  Recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;  Recitar poemas;  Fazer jogos orais;
  • 67. 63  Dramatizar situações do dia-a-dia;  Cantar canções educativas. O canto é um elemento que auxilia no desenvolvimento da oralidade. Quando as crianças cantam ampliam o seu vocabulário básico. Enfim, ajuda no desenvolvimento da comunicação e da linguagem, condição essencial para a sobrevivência da pessoa humana. As canções para a aprendizagem devem ser pequenas e estar de acordo com o tema em tratamento. No ensino e aprendizagem das canções, apela-se à criatividade do professor, bem como ao uso de métodos adequados, de forma a satisfazer as necessidades de cada aprendizagem. Antes de começar a canção, o professor deve preparar psicologicamente os seus alunos, motivando- os para a actividade que irão realizar em seguida. É importante que o professor cante primeiro a canção do princípio ao fim, de modo a expô-la completamente aos seus alunos. O refrão ou coro numa canção é a parte mais fácil e mais repetida; por isso, aconselha-se que seja a primeira a ser ensinada, antes das estrofes. Neste nível, aconselha-se que o professor cante um extracto de uma frase e logo de seguida peça aos alunos para repeti-lo e, assim, sucessivamente, até ao fim da canção. Para finalizar a aprendizagem da canção, o professor deve cantá-la toda, estrofe por estrofe e depois pedir aos alunos para realizarem a mesma actividade. Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios didácticos:  Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;  Partir do nível de conhecimento dos alunos como base para as aquisições orais seguintes;  Respeitar os ritmos de aprendizagem individual dos alunos;  Utilizar exercícios de repetição de frases, palavras e sílabas, como meio de treino do aparelho fonador (órgão responsável pela fala), sempre que necessário;  Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da correcta e fluente, evitando correcções sistemáticas.
  • 68. 64 3. Pré-Leitura e Pré-Escrita A pré-leitura e a pré-escrita constituem uma fase que antecede a iniciação da leitura e da escrita. É o momento em que o aluno adquire os pré-requisitos intelectuais e motores que o habilitarão, mais tarde, a enfrentar, com sucesso, a aprendizagem da leitura e da escrita. O desenvolvimento das actividades preparatórias da leitura e da escrita devem estar intimamente ligadas à oralidade. A pré-leitura e a pré-escrita devem ser traduzíveis em acções cuja materialização implique a interacção professor/aluno, aluno/aluno, com base em situações de comunicação autênticas, reportadoras de contextos próximos, conhecidos e motivadores da criança. Nesta fase, o aluno, sob a orientação do professor, deve desenvolver: Exercícios de coordenação motora - exercícios para ensinar a criança a controlar (coordenar) os seus movimentos e que desenvolvem a destreza manual e a motricidade fina. A destreza manual é a capacidade de as mãos e os dedos fazerem movimentos coordenados. Em crianças, a destreza manual, normalmente, é desenvolvida através de actividades que exigem também a coordenação motora e visual. A motricidade fina é a capacidade de executar movimentos finos com controlo e destreza, como por exemplo, usar com delicadeza uma tesoura ou um lápis. Esta constitui uma das competências-chave a ser desenvolvida desde tenra idade, possibilitando, à posterior, bons resultados na escrita e na matemática. É importante desenhar, rasgar, recortar, colar, modelar e pintar, pela necessidade natural que a criança tem de se comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas. Estas actividades contribuem para o desenvolvimento infantil e a criatividade, melhorando consideravelmente a motricidade fina. Os jogos rítmicos populares (batimento de palmas e pés, estalos com os dedos das mãos, etc.) permitem o desenvolvimento da psicomotricidade, preparando, assim, a destreza manual da criança. Exercícios de lateralidade - exercícios para desenvolver a capacidade de orientação no espaço: à esquerda, à direita, em cima, em baixo, ao lado. A aquisição destes pré-requisitos habilitará o aluno a
  • 69. 65 saber, por exemplo, que, em Língua Portuguesa, se escreve da esquerda para direita e de cima para baixo; distinguir o b do d, o p do q, o n do u; o t do f; o j do i; e o n do m. Exercícios de percepção auditiva - exercícios que ensinam as crianças a reconhecerem e a distinguir os diferentes sons. Esta capacidade levá-la-á, posteriormente, a distinguir a pronúncia das letras, sílabas e palavras, na aprendizagem da leitura e escrita. No ensino e aprendizagem da leitura inicial, exige-se que a criança conheça e identifique os sons das letras e das palavras. Neste aspecto, a música pode ajudar no desenvolvimento das capacidades auditivas que, por sua vez, facilitarão a fixação e memorização dos sons que constituem as letras e palavras em estudo. Exercícios de percepção visual - exercícios que ensinam as crianças a distinguir, através da vista, a forma, a cor e o tamanho de objectos, seres, figuras/imagens. Esta capacidade é importante para o aluno distinguir, na aprendizagem da leitura e da escrita, a configuração das letras e das sílabas. Grafismos - os grafismos, como exercícios preparatórios, constituem actividades psicomotoras para a iniciação da leitura e escrita. Para o sucesso deste trabalho, os grafismos devem: a) Ser repetidos e retomados antes da iniciação à escrita de cada letra; b) Ser aproveitados para motivar as actividades de compreensão e de expressão orais; c) Estar relacionados com o sentido, direcção e a forma desses elementos; d) Ser explorados em diferentes dimensões, amplitudes e ligações; e) Evoluir de grafismos livres para dirigidos, sem se deixar de praticar os primeiros; f) Ter formas ligadas aos movimentos dos seres reais que a criança conhece, por exemplo: pingos de chuva, fumo, guarda-chuvas abertos e fechados, curvas (de uma estrada ou caminho), sol, bola, lua, ondas, cobras, ziguezagues, saltos do coelho, montes, etc. Sugere-se, como exercício de pré-escrita de grafismos e letras, os seguintes passos:  1° com o dedo no ar;  2° com o dedo no tampo da carteira;  3º com um pauzinho no chão;  4° com giz no quadro;  5° com o lápis no caderno.
  • 70. 66 4. Leitura e Escrita A aprendizagem da leitura e da escrita, como a de qualquer outra habilidade, passa por três fases: a fase cognitiva, a fase de domínio e a fase de automatização. Na fase cognitiva, o aluno apercebe-se da funcionalidade da leitura e dos meios de que se vai servir para se beneficiar dessa funcionalidade. Para o efeito, o aluno deve ser confrontado com diferentes tipos de texto (literatura infantil, revistas, jornais, etc.), com e sem imagem, para que se sinta motivado a conhecer o conteúdo dos mesmos, através da leitura. Em presença de textos interessantes, cuja mensagem só lhe chega através da leitura do professor, o aluno vai “descobrir” a funcionalidade da leitura e adquirir a capacidade de ler com maior facilidade. Na fase de domínio, o aluno deve treinar e aperfeiçoar a realização das actividades necessárias para atingir a funcionalidade da leitura. Este treino é efectuado a partir de exercícios de pré-escrita, de pré- leitura e de grafismos. Na fase de automatização, o aluno tem já habilidades suficientes que lhe permitem ler e escrever, sem que realize um controlo consciente do acto de ler e de escrever. A aprendizagem da leitura e escrita deve estar assente na competência comunicativa e ser desenvolvida por um processo integrado, em que:  a aprendizagem da leitura e da escrita seja simultânea;  a aprendizagem da leitura e da escrita da palavra não se desligue de todo um concreto que é a frase, relacionada com uma situação de comunicação, criada ou aproveitada;  a frase em situação deve ser o ponto de partida e o ponto de chegada, de acordo com o objectivo principal da aprendizagem de uma língua: a comunicação;  o método deve privilegiar a leitura e a interpretação da frase e da palavra, de acordo com a apreensão sincrética da criança;  a análise e a síntese da palavra devem estar ao serviço da escrita e da relação visual-sonora dos seus elementos constituintes: as sílabas e as letras;  a palavra-chave deve ser a base da formação e da leitura de novas palavras, com vista ao alargamento da aprendizagem da leitura e escrita do vocabulário;
  • 71. 67  as palavras, frases e textos aparecem em letra de imprensa e cursiva no livro de leitura e caderno de exercícios, mas o aluno só vai escrever em letra cursiva. Na fase inicial da leitura, é muito importante que o professor oiça a leitura de cada aluno, a fim de poder apoiá-lo nas dificuldades que eventualmente enfrente. Para o efeito, os alunos devem, com bastante frequência, ler letras, sílabas, palavras e frases e relacionar palavras com imagens. O professor precisa de estar atento à escrita dos alunos para verificar a sua correcção em termos de caligrafia, ortografia, sentido do traço das letras e a ligação entre elas. A canção, por exemplo, pode, também, ser um importante recurso na aprendizagem da leitura. Através do uso de canções apropriadas, o professor pode ensinar vogais e consoantes para além da exercitação da pronúncia, dicção e articulação das palavras. É de realçar que a canção é uma fonte inesgotável no auxílio da aprendizagem, pois, através dela, o professor primário pode introduzir e ensinar quase todas as matérias das disciplinas curriculares desse nível como a Matemática, Ciências Naturais e outras. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem sobre os animais domésticos, o professor pode começar por ensinar ou cantar uma canção que retrata estes animais com os seus alunos, para depois fazer a abordagem sobre os mesmos. Em seguida, apresenta-se um exemplo de introdução da letra “i”, em 10 aulas.
  • 72. 68 Leitura e Escrita - Proposta de aula Exemplificativa Introdução da vogal i Frase- chave: É uma ilha. Ilustração de Moisés Utui
  • 73. 69 1ª Aula  Observação da imagem pelos alunos (em silêncio).  Interpretação da imagem com base nas seguintes perguntas: - O que é que vê na imagem? - O que é que há na ilha? - O que é que tem à volta da ilha? - Alguém já viu uma ilha?  A partir destas perguntas, o professor leva os alunos a construírem oralmente a seguinte frase- chave: É uma ilha. Caso os alunos não consigam chegar à frase-chave, o professor terá de dizê-la: É uma ilha.  Os alunos repetem em coro, aos pares e individualmente a frase-chave: É uma ilha.  Destaque oral da palavra ilha.  Os alunos, sob orientação do professor, pronunciam devagar a palavra destacada.  Sob orientação do professor, os alunos dividem oralmente a palavra-chave em sílabas: i – lha.  Os alunos repetem i - lha em coro, aos pares e individualmente.  O professor pergunta aos alunos, o que se ouve primeiro quando se diz: ilha O professor deve deixar que os alunos descubram sozinhos a letra que se ouve em primeiro lugar. Caso os alunos não consigam dizer que se ouve primeiro o “i”, o professor pronuncia pausada e repetidamente a letra em estudo: “i”  Os alunos repetem “i”, quantas vezes forem necessárias: a) Toda a turma; b) Em filas de carteiras; c) Aos pares; d) Individualmente. 2ª Aula
  • 74. 70  Jogo oral de identificação de palavras que têm “i”. O professor diz uma série de palavras umas contendo i e outras não. Cada vez que ele disser uma palavra com i, os alunos gritam: iiii (tem iiii).  O professor escreve o “i” no quadro e diz esta letra chama-se“ i”. E repete “i” quantas vezes forem necessárias.  Os alunos identificam o “i” em palavras escritas. Exemplo: milho, pilha, fita, pilão, pipoca, livro, afiador através de: - circundagem; - sublinhação; - marcação de um x ou traço.  Identificação da letra “i” numa sopa de letras.  Correcção dos exercícios pelo professor.  O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta: Eu leio o “i” Tu também podes ler. Eu leio o “i” Tu também podes ler. Não custa nada É só dizer o “i”.  TPC: Desenho livre. 3ª Aula  Correcção do TPC.  O professor inventa uma canção sobre o“ i” e canta com os alunos.  Treino do grafismo conducente à escrita do “i”:
  • 75. 71 - no ar; - no tampo da carteira; - no quadro; - no chão; - na folha desperdício; - no caderno diário; - no livro – caderno.  Exercícios de escrita de grafismos, com a configuração do “ i”, no livro - caderno.  Correcção dos exercícios pelo professor.
  • 76. 72 4ª Aula  Treino da escrita do “i”: - Escrita da letra “i” no ar: Para a escrita da letra “i” no ar, o professor posiciona-se do lado esquerdo do quadro preto. Levantando o braço direito, escreve a letra no ar, como se estivesse a escrever no quadro. Ele faz a demonstração do movimento para a escrita da letra “i”. Os alunos devem observar o movimento. Em seguida, o professor pede aos alunos para levantarem o braço direito. O professor deve controlar se todos os alunos levantaram o braço direito e não o esquerdo. Finalmente, os alunos escrevem a letra “i” no ar: Os alunos acompanham o movimento do braço do professor, ao mesmo tempo que escrevem a letra ”i” no ar, dizendo: ” para cima, para baixo, curvamos, pintinha.” Este exercício deve ser repetido cinco vezes. NB: O professor deve estar atento aos alunos “canhotos” e se tiver a certeza de que são canhotos, não deve obrigá-los a escrever com a mão direita. - Escrita da letra ”i” no tampo da carteira: este exercício deve ser realizado caso a escola tenha carteiras. Nas escolas sem carteiras, escreve-se a letra no chão, com um pauzinho. - Escrita do “i” no quadro (sobre o tracejado ou escrita gorda). O professor fica do lado esquerdo do quadro preto e escreve a letra ”i” manuscrita, bem grande e, à medida que o aluno vai observando, o professor repete a escrita da letra “i” no quadro, várias vezes e em diferentes tamanhos. Em seguida, vários alunos vão ao quadro de forma individual para escrevem o “i” no quadro e, os colegas, com ajuda do professor avaliam a escrita de cada aluno. O professor elogia os alunos que tiverem escrito correctamente e apoia e encoraja os que ainda apresentam dificuldades.
  • 77. 73 - Escrita da letra “i” na areia O professor orienta os alunos para que no dia seguinte levem um pauzinho à escola. Contudo, o mais aconselhável seria o professor preparar pauzinhos para distribuir aos seus alunos e, no fim da aula recolher. O professor organiza os alunos em grandes círculos. Caso se trate de uma turma numerosa, deve formar-se dois círculos, de modo que os alunos tenham um espaço suficiente para escrever. Os alunos escrevem a letra ”i” 10 vezes. O professor deve ter em conta que cada aluno tem o seu ritmo de aprendizagem. Logo, nem todos vão atingir o número de vezes recomendado. N.B. O professor deve controlar o exercício de escrita, elogiando os alunos que escrevem correctamente: “Estás de parabéns, teu i é muito bonito!”, e apoiando os que apresentam dificuldades: “O menino, deve melhorar, falta pouco para o teu i ficar bonito, escreve mais ”i.”  Treino da escrita da letra “ i” no livro - caderno - sobre o tracejado; - sobre o ponteado; - com base no modelo. O professor leva os alunos a recordar algumas regras sobre o uso do caderno e lápis, nomeadamente: - Que o caderno tem linhas e margens; - Que se escreve da esquerda para a direita; - Que se escreve de cima para baixo; - Que se pega no lápis com a mão direita. O professor deve pedir aos alunos que indiquem: as linhas e margens; a direcção da escrita; como se pega o lápis, enquanto respondem. É impotante que o professor seja persistente na realização deste tipo de actividade. O professor indica aos alunos a página e a linha onde devem escrever o “i” no livro-caderno. Chama a atenção dos alunos que a letra deve assentar na linha de baixo e tocar a linha de cima.
  • 78. 74 O professor deve circular pelas carteiras, elogiando os que escrevem correctamente e apoiando os que apresentam dificuldades. O professor poderá apoiar-se nos alunos que tiverem escrito correctamente o “i”, para ajudar os que ainda têm dificuldades.  TPC: Escrita da letra ”i” no caderno diário, enchendo três linhas. N.B. O professor deve escrever uma linha com a letra i no caderno de cada aluno, para servir de modelo. 5ª Aula  Correcção do TPC.  Treino da escrita do “i” no caderno diário.  Correcção dos exercícios pelo professor.  TPC: Escrita do “i” no caderno diário. 6ª Aula  Correcção do TPC  Recapitulação da imagem  Identificação dos pormenores da imagem: O que é que há na ilha? O que é que tem à volta da ilha? Alguém já viu uma ilha?  O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta: Eu escrevo o “i” Tu também podes escrever.
  • 79. 75 Eu escrevo o “i” Tu também podes escrever. Não custa nada É só assim, assim (fazendo o gesto da escrita do “i”).  A partir de uma sopa de letras (vogais), cada aluno selecciona a letra “i” e coloca-a no quadro de pregas, ou fixa-a numa esteira/papelão/cartolina.  Exercício de cópia do “i” no quadro e no caderno diário.  Correcção dos exercícios pelo professor. 7ª Aula  Jogo de Identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas com “i” outras sem ele. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos batem palmas. Depois faz o mesmo exercício para: - pequenos grupos; - pares de alunos; - alunos, individualmente.  Exercício de modelagem do “i”.  TPC: Escrita do “i” no caderno diário. 8ª Aula  Correcção do TPC.  Canto: canção relacionada com o “i”.  Identificação do “i” num quadro alfabético constituído por vogais através de:
  • 80. 76 - circundagem; - sublinhação; - marcação de um x ou traço.  A partir de uma sopa de palavras, cada aluno selecciona aquelas que tiverem “i”, e coloca-as no quadro de pregas ou fixa-as numa esteira/papelão/cartolina.  TPC: Desenho livre. 9ª Aula  Correcção do TPC.  Exercício de cópia do “i” no: - quadro; - caderno diário.  Correcção do trabalho.  Na correcção do trabalho, o professor deve estar atento aos seguintes aspectos: - Se os alunos escrevem bem o “i” e se as letras são bonitas; - Se as letras tocam a linha superior( de cima) e “assentam“ na linha inferior( de baixo); - Se as cinco letras de cada linha estão organizadas em colunas, por baixo uma da outra.  Desenho e pintura da letra “i” em tamanho grande. 10ª Aula  Jogo de identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas com “i” e outras, sem “i”. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos dizem iii.  Depois, faz o mesmo exercício para: - pequenos grupos; - pares de alunos; - alunos individualmente.
  • 81. 77  Exercício de recorte e colagem do “i”.  TPC: Escrita do “i” no caderno diário. Os alunos escrevem a letra “i” enchendo 10 linhas. 4.1.Métodos de leitura e escrita A aprendizagem da leitura e da escrita será feita através do método Analítico-Sintético. Esta aprendizagem parte da análise de uma frase para se chegar à identificação dos grafemas (letras do alfabeto) e não à pronúncia/leitura do fonema (som da letra). Cada letra é tratada, como grafema, de maneira sistemática, da análise para a síntese e vice-versa, obedecendo os seguintes passos: Análise  Exploração (história, conversa, interpretação de imagens, jogos, canções, etc);  Destaque da frase-chave (cujas letras sejam do conhecimento do aluno);  Interpretação da frase-chave;  Leitura da frase-chave;  Destaque da palavra - chave;  Interpretação da palavra;  Análise/decomposição/divisão da palavra-chave em sílabas;  Leitura das sílabas;  Destaque da letra-chave;  Identificação/leitura da letra-chave. Síntese  Formação da sílaba-chave;  Leitura da sílaba-chave;  Leitura da sílaba-chave noutras palavras;  Formação da palavra-chave;  Leitura da palavra-chave;
  • 82. 78  Grafismos;  Escrita da letra-chave;  Formação de sílabas variantes fonéticas com base na letra em estudo;  Escrita de sílabas variantes fonéticas;  Formação de novas palavras com variantes fonéticas;  Leitura das palavras formadas;  Interpretação das palavras formadas;  Formação de frases com as novas palavras;  Leitura e interpretação das frases formadas;  Escrita das frases formadas. O facto de se apresentar o percurso completo dos passos do método analítico sintético para a leitura e a escrita iniciais, não significa que qualquer unidade programada, ou qualquer aula, passe, necessariamente, por todas as etapas que aqui se referem. Nota: Apesar de o Programa recomendar o uso do método analítico-sintético, os professores podem recorrer a outros métodos, desde que facilitem e garantam o desenvolvimento das competências de leitura e escrita no 1º ciclo. No início da escolaridade, o aluno não é capaz de realizar todo o percurso apresentado. À medida que o processo de iniciação for abarcando mais letras, abre-se a possibilidade de se fazer uma exploração maior das etapas. Os alunos só devem escrever ditado de palavras, frases e pequenos textos cujas letras já sejam do seu conhecimento. 4.2.Alfabeto Ao terminar a 1ª classe, o aluno deve saber ler (identificar) e escrever o alfabeto em ordem, mas isso não significa que, no processo da iniciação da leitura e da escrita, siga tal ordem. O que se pretende é que, findo o processo de iniciação, haja uma sistematização de todo o alfabeto.
  • 83. 79 A introdução dos grafemas, maiúsculos e minúsculos em simultâneo, durante o processo de iniciação à leitura e escrita, obedecerá às seguintes etapas e ordem: 1ª Etapa: I, U, O, E, A 2ª Etapa: M, P, T, L, N 3ª Etapa: C, D, V, B, R, G 4ª Etapa: S, J, F, Z, H, Q, X 5ª Etapa: K, W, Y Como se pode verificar, no conjunto das 26 letras que constituem o alfabeto, estão incluídos os grafemas (letras) Y, K, W. Mas, por serem pouco usadas, em Língua Portuguesa, elas devem ser introduzidas na última etapa. 5. Funcionamento da Língua No primeiro ciclo, o ensino e aprendizagem da gramática é feito, predominantemente, de forma implícita, pois está ao serviço da comunicação em Língua Portuguesa. Basicamente, o ensino e aprendizagem da gramática no 1º ciclo, consiste no seguinte: a) Uso da língua em situações de comunicação; b) Prática intensiva de exercícios orais e escritos que vão permitir aos alunos dominar as estruturas do funcionamento da língua; c) Apreensão intuitiva de aspectos básicos de funcionamento da língua. Na 1ª e 2ª classes, os alunos não devem memorizar as regras gramaticais. Não é por saber, de cor, as regras de gramática, que o aluno aprende a comunicar correctamente. O facto de as sugestões metodológicas relativas ao funcionamento da língua estarem separadas da oralidade e da leitura e escrita, não significa que os aspectos gramaticais devem ser tratados de forma isolada. O ensino e aprendizagem da gramática tem de ser feito associado à oralidade, leitura e escrita.
  • 84. 80 Durante as aulas de oralidade, o professor, através de várias técnicas de ensino, vai introduzindo material linguístico (actos de fala/expressões linguísticas, vocabulário e verbos) e trabalhando, de modo a que os alunos possam usá-lo em situações do dia-a-dia. Este procedimento é também extensivo às aulas de leitura e escrita. 6. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa no Ensino Básico A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto educativo, com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-aprendizagem. A avaliação permite:  Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas no Programa;  Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais da língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e procurando (melhores) soluções para os problemas identificados;  Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem, a fim de detectar “falhas” e encontrar estratégias de recuperação em função das competências, conteúdos, estratégias, materiais de ensino e da realidade da turma;  Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção. A avaliação deve estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, isto é, a avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática. De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação: Diagnóstica, Formativa e Sumativa. Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo, semestre, ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo, colher informação sobre o nível inicial de aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e capacidade.
  • 85. 81 Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam que todos os alunos desenvolvam as competências previstas no Programa e, por outro, delimitar as capacidades que o aluno possui para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados. No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens:  Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a nova matéria, verificando-se o que foi aprendido anteriormente e a consequente recuperação e consolidação das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade temática;  No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua, para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso, requerem uma maior atenção. Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma. O resultado da avaliação diagnóstica deve ser comunicado aos alunos, individualmente, embora não se lhes atribua uma classificação. Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino- aprendizagem. Esta tem uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de realização das competências definidas no Programa e incentiva o aluno a empenhar-se cada vez mais nos estudos. A avaliação formativa preocupa-se, igualmente, com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social e linguística. Este conhecimento pode permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos. Neste tipo de avaliação, os critérios a adoptar incluem uma auscultação e uma ligação directa com os
  • 86. 82 pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou relações entre o passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deve preparar tarefas adicionais e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente. Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de ensino, ano lectivo ou curso. Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem da língua e ocorre geralmente após actividades relacionadas com a compreensão oral e escrita, por um lado, e expressão oral e escrita, por outro. É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como por exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes, os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras. Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais e semestrais, é feita de acordo com um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa quantitativamente, numa escala de zero a vinte valores. O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua, de acordo com as exigências de cada ciclo. A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes habilidades: a) ouvir e falar; b) ler e compreender; c) escrever.
  • 87. 83 a) Ouvir e falar A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno individualmente é capaz de:  Fazer perguntas com: onde, quem, o que, quando,como;  Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);  Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);  Usar vocabulário básico. b) Ler e compreender Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno é capaz de:  Ler entre dez a vinte palavras por minuto;  Ler frases simples;  Ler textos com 5 a 10 linhas;  Compreender a informação contida em textos simples. c) Escrever O professor deve procurar saber se cada aluno é capaz de:  Copiar palavras e frases;  Escrever palavras e frases simples;  Escrever palavras e frases ditadas;  Legendar imagens;  Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)  Ordenar frases em sequência lógica.
  • 88. 84 A perspectiva de avaliação proposta deve permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de aprendizagem, para que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado ciclo, que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma progressão por ciclos de aprendizagem. Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua, onde o processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se obtenha uma imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências parciais descritas nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do processo de ensino- aprendizagem. Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso. De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em coordenação com o Director da Escola e com os pais/encarregados de educação do educando, provar que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas. O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino- aprendizagem se relacionem de forma integrada.
  • 89. 85 Referências Bibliográficas Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de Língua Portuguesa, 7, pp. 54 – 65. Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV: Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática Pedagógica, pp. 7 – 54, Maputo: INDE. INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado. Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do Grau de Bacharelato em Ciências da Educação. Maputo: Universidade Pedagógica e Escola Superior de Setúbal. Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo. Ministério da Educação e Cultura. (1979). O Ensino da Língua Portuguesa: Avaliação. Documento apresentado no I Seminário Nacional sobre o Ensino da Língua Portuguesa. Maputo. Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York: Phoenix Elt. Silva, R. M. V. (s/d). O Português São Dois: Variação, mudança, norma e a questão do ensino do Português no Brasil. In Congresso Internacional Sobre o Português. pp 375 – 401.
  • 90. 86 Programa de Língua Portuguesa 2ªClasse
  • 91. 87 DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO I. FAMÍLIA 7 110 II. ESCOLA 3 52 III. COMUNIDADE 6 100 IV. AMBIENTE 2 28 V. CORPO HUMANO 4 60 VI. SAÚDE E HIGIENE 8 130 Sub-total 30 480 CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128 TOTAL 38 608
  • 92. PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH I. FAMÍLIA  Formular ordens e instruções;  Reagir à formulação de ordens e instruções;  Usar expressões para manifestar preferências. Ouvir e falar (consolidação)  Expressões para dar ordens/instruções: - Levanta/baixa a mão. - Abre/fecha a porta. - Abre/ fechao livro.  Expressões para manifestar preferências: - Eu gosto mais de leite. - Prefiro jogar a bola.  Expressa-se com cortesia para dar instruções e manifestar preferências, interesse/desinteresse e desejos. 7 tempos  Usar expressões para manifestar interesse/desinteresse sobre variadas situações;  Usar expressões adequadas para manifestar desejos; Ouvir e falar  Expressões para manifestar interesse e desinteresse: - Estou interessado em estudar contigo. - Agora não quero brincar.  Expressões para manifestar desejo: - Gostaria de ir à escola - Apetece-me ver a televisão 6 tempos
  • 93. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH I. FAMÍLIA  Usar expressões para manifestar alegria e satisfação;  Usar expressões adequadas para manifestar sentimento de medo. Ouvir e falar  Expressões para manifestar alegria e satisfação: - Que bom! - Ainda bem que vieste! - Gostei muito!  Expressões para manifestar medo: - Estou com medo! - Mete medo.  Expressa-se com cortesia para manifestar alegria e satisfação, expressar medo e dar sugestões e conselhos. 7 tempos  Usar expressões para dar conselhos. Ouvir e falar  Expressões para dar sugestões e conselhos: - É melhor fazer o TPC. - Seria bom não faltar à escola! 7 tempos  Construir frases simples usando pronomes pessoais;  Formular frases no imperativo; Ouvir e falar Funcionamento da Língua  Pronomes pessoais: - eu, tu, você, ele/ela - nós, vocês, eles/elas  Frases Imperativas: - Lava as mãos … - Arruma os livros - Vai à escola  Expressa-se, oralmente, com correcção, usando pronomes pessoais e frases imperativas. 10 tempos I. FAMÍLIA  Identificar ditongos nasais em palavras;  Ler palavras, frases e textos que contêm ditongos nasais;  Escrever palavras e frases que contêm ditongos nasais. Ler e escrever  Ditongos nasais: ão, ãe, õe  Palavras, frases, pequenos textos  Lê e escreve frases simples e pequenos textos contendo ditongos nasais. 7 tempos  Ler palavras, frases e pequenos textos;  Interpretar palavras, frases, pequenos textos e imagens;  Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos textos com caligrafia correcta e legível; Ler e escrever  Imagens  Cópia  Ditado  Caligrafia 10 tempos
  • 94. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH I. FAMÍLIA  Identificar os membros da família;  Construir frases usando vocabulário sobre os membros da família;  Desenhar os membros da família;  Canta canções sobre os membros da família. Ouvir e falar  Membros da família: pai/ mãe, filho/filha, irmão/irmã, avô/avó, neto/neta, tio/tia, primo/prima  Desenho sobre membros da família  Canções  Nomea os membros da sua família;  desenha os membros da sua família;  Descreve a situação sócio- profissional da família. 7 tempos  Construir frases usando vocabulário relacionado com as ocupações dos membros da família;  Identificar o tipo de casas da sua comunidade;  Construir frases usando vocabulário sobre tipos de casa. Ouvir e falar  Ocupação dos membros da família: camponês, motorista, pescador, alfaiate e modista  Tipos de casa: palhota, alvenaria 6 tempos
  • 95. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH I. FAMÍLIA  Nomeiar objectos e utensílios de uso doméstico;  Construir frases usando vocabulário sobre objectos e utensílios domésticos;  Usar expressões sobre a utilidade dos utensílios domésticos;  Modelar diferentes tipos de casa e utensílios domésticos;  Cantar canções sobre os utensílios domésticos. Ouvir e falar  Objectos e utensílios de uso doméstico: - prato, copo, chávena, pires, faca, bacia, chaleira, pote, alguidar, coador, ralador, cabaça, panela, colher, colher de pau, prato, peneira e fogão  Utilidade dos objectos e utensílios de uso doméstico  Modelagem  Canções  Descreve a utilidade dos utensílios em actividades domésticas. 6 tempos  Ler contos, fábulas, lengalengas e poemas variados;  Interpretar contos, fábulas, canções, poemas variados;  Dramatizar contos, fábulas, canções, poemas variados;  Produzir pequenas histórias;  Realizar jogos diversos;  Ilustrar pequenas histórias. Ler e escrever  Contos, fábulas, lenga-lengas e poemas  Jogos  Ilustração  Lê e escreve frases simples e pequenos textos. 7 tempos
  • 96. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH I. FAMÍLIA  Formar frases, usando pronomes demonstrativos;  Flexionar, oralmente, palavras em género e em número. Ouvir e falar; ler e escrever Funcionamento da Língua  Pronomes demonstrativos: Este/esta; estes/estas  Esse/essa; esses/essas  Flexão em género  Flexão em número  Expressa-se, oralmente e por escrito, com correcção, usando pronomes demonstrativos. 8 tempos  Ler palavras/frases que contêm o r intervocálico e rr;  Redigir palavras, frases e pequenos textos que contêm o s intervocálico. Ler e escrever  Introdução do r intervocálico: are, ari, ura, uro, ira  Introdução do duplo r  Introdução do s intervocálico: ase, asa, usa  Lê e escreve frases simples e pequenos textos contendo r intervocálico, rr e s intervocálico. . 10 tempos  Interpretar palavras, frases, pequenos textos e imagens;  Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos textos com caligrafia correcta e legível.  Imagens  Cópia  Ditado  Caligrafia 12 tempos II. ESCOLA  Participar em eventos comemorativos através de jogos e desenhos;  Ilustrar palavras, frases, pequenos textos com desenhos;  Fazer recorte, colagem e dobragem de brinquedos e bandeirolas;  Ler pequenos textos sobre datas comemorativas/festivas;  Redigir pequenos textos sobre datas comemorativas/festivas;  Cantar canções sobre datas festivas e comemorativas;  Praticar danças;  Praticar jogos. Ler e escrever  Datas festivas e comemorativas: - Ano novo: 1 de Janeiro - Dia dos Heróis moçambicanos: 3 de Fevereiro - Dia do Pai: 19 de Março - Dia da Mulher Moçambicana: 7 de Abril - Dia da Mãe: 2º domingo de Maio - Dia da Criança: 1 de Junho - Dia da Independência Nacional: 25 de Junho - Dia da Paz e Reconciliação - 4 de Outubro - Dia da Família: 25 de Dezembro  Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura/cartaz/ ilustrações  Redacção de frases sobre datas comemorativas/festivas  Canções sobre datas festivas e comemorativas  Danças  Jogos  Lê e escreve frases simples e pequenos textos sobre datas festivas e comemorativas. 16 tempos
  • 97. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH II. ESCOLA  Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;  Dramatizar variados contos, fábulas, canções e poemas;  Realizar jogos;  Escrever pequenas histórias;  Ilustrar pequenas histórias. Ler e escrever  Contos, fábulas, lenga-lengas, poemas  Jogos  Lê e escreve frases simples e pequenos textos. 8 tempos  Construir frases aplicando artigos definidos e indefinidos;  Flexionar artigos em género e número. Funcionamento da Língua  Artigos definidos (o/a; os/as) e indefinidos (um/uma, uns/umas)  Flexão em género  Flexão em número  Expressa-se, oralmente e por escrito, com correcção, usando artigos definidos. 6 tempos  Identificar combinações grafémicas em palavras;  Ler palavras e frases que contêm combinações grafémicas;  Escrever palavras e frase que contêm combinações grafémicas. Ler e escrever Introdução de combinações grafémicas:  Introdução do duplo s  Introdução do s no final de palavras: as, es, is, os, us  Introdução de am, em, im, um, om  Lê e escreve frases simples e pequenos textos com combinações grafémicas. 16 tempos  Ler imagens, frases e pequenas histórias;  Interpretar frases e pequenas histórias;  Escrever palavras, frases e pequenas histórias;  Ilustrar palavras, frases e pequenas histórias com desenhos; Ler e escrever • Imagens  Ilustrações 6 tempos
  • 98. NIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH III. COMUNIDADE  Interpretar palavras, frases, pequenos textos e imagens;  Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos textos com caligrafia correcta e legível;  Treinar caligrafia. Ler e escrever  Cópia  Ditado  Caligrafia  Lê e escreve frases simples e pequenos textos. 14 tempos  Usar expressões sobre a utilidade dos locais/instituições públicas existentes na comunidade;  Compor imagens sobre lugares públicos usando várias técnicas.  Cantar canções sobre lugares públicos. Ouvir e falar  Locais/instituições públicas: Hospital, Mercado, Banco e Esquadra Policial  Descreve os lugares públicos da sua comunidade 8 tempos  Identificar os meios de transporte;  Ler textos sobre regras de segurança rodoviária;  Interpretar textos sobre regras de segurança rodoviária;  Elaborar redacções sobre meios de transporte;  Ilustrar textos sobre meios de transporte. Ler e escrever  Meios de transporte: carro, barco, comboio, bicicleta, avião, helicóptero  Regras básicas de segurança rodoviária  Redacção  Ilustrações  Lê e escreve frases simples e pequenos textos sobre os meios de transporte. 8 tempos
  • 99. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH III. COMUNIDADE  Identificar meios de comunicação;  Ler textos sobre meios de comunicação;  Interpretar textos sobre meios de comunicação;  Elaborar redacções sobre meios de comunicação;  Ilustrar palavras, frases e pequenos textos com desenho;  Fazer recorte, colagem e dobragem de diferentes meios de comunicação. Ler e escrever  Meios de comunicação: - Rádio, televisão, telefone e jornal  Redacções  Ilustrações  Recorte/dobragem/colagem  Lê e escreve frases simples e pequenos textos sobre os meios de comunicação. 8 tempos  Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;  Dramatizar variados textos, contos, fábulas e canções;  Realizar jogos;  Formar frases, usando pronomes demonstrativos;  Flexionar pronomes demonstrativos em género e em número;  Usar palavras antónimas em frases. Ler e escrever  Contos, fábulas, lengalengas, e poemas  Jogos. Funcionamento da Língua  Pronomes demonstrativos: - aquele/aquela - aqueles/aquelas  Flexão em género  Flexão em número  Palavras antónimas  Lê pequenos textos de natureza diversa.  Expressa-se, oralmente e por escrito, com correcção, usando pronomes demonstrativos. 16 tempos III. COMUNIDADE  Identificar combinações grafémicas em palavras;  Ler palavras e frases que contêm combinações grafémicas;  Escrever palavras, frases que contêm combinações grafémicas;  Interpretar palavras, frases e pequenos textos;  Interpretar imagens. Ler e escrever  Introdução de: al, el, ul, ol, il;  Introdução de: an, en, in, on, un;  Palavras, frases, pequenos textos;  Imagens.  Lê e escreve frases simples e pequenos textos com combinações grafémicas. 16tempos  Interpretar palavras, frases, pequenos textos e imagens;  Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos textos com caligrafia correcta e legível. Ler e escrever • Cópia • Ditado • Caligrafia 14 tempos
  • 100. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH IV. AMBIENTE  Indicar os diferentes elementos do ambiente;  Mencionar as regras de conservação do ambiente;  Indicar as cores dos elementos do ambiente. Ouvir e falar  Elementos do ambiente: - Água, pedra e ar (seres não vivos) - Animais e plantas (seres vivos)  Conservação do ambiente: - Evitar sujar água - Evitar cortar árvores - Evitar queimadas descontroladas  Cores do ambiente  Descreve, oralmente, o ambiente, distinguindo os seres vivos dos não vivos e preservação. 6 tempos  Usar os nomes de animais domésticos e selvagens para formar frases;  Mencionar os animais selvagens;  Diferenciar animais domésticos dos selvagens;  Indicar a utilidade dos animais domésticos. Ouvir e falar  Animais domésticos: galinha, pato, boi, cabrito, cão, gato, pombo, burro, perú, ovelha, coelho.  Animais selvagens: macaco, girafa, elefante, gazela, leão, cobra, hipopótamo, leopardo, tigre, crocodilo e cágado.  Utilidade dos animais domésticos  Descreve os animais domésticos e selvagens e sua utulidade. 8 tempos III. COMUNIDADE  Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;  Interpretar pequenos textos;  Dramatizar variados textos, contos, fábulas e canções;  Praticar jogos;  Redigir pequenos textos;  Ilustrar palavras, frases e pequenos textos com desenhos.  Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos textos com caligrafia correcta e legível.  Ler frases com pronomes indefinidos;  Escrever frases usando pronomes indefinidos. Ler e escrever  Contos, fábulas, lengalengas e poemas  Dramatização  Jogos  Cópia  Ditado  Caligrafia  Pronomes indefinidos  Lê e escreve frases simples e pequenos textos;  Dramatiza contos e fábulas;  Reconta contos, fábulas;  Declama e interpreta poemas.  Expressa-se, oralmente e por escrito, com correcção. 16 tempos
  • 101. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH V. CORPO HUMANO  Identificar os elementos que constituem as partes do corpo humano;  Construir frases usando o vocabulário sobre as partes do corpo humano;  Produzir sons através do corpo;  Cumprir as regras básicas de higiene corporal;  Cantar canções sobre o corpo humano. Ouvir e falar  Corpo humano: - Cabeça (cabelo, olhos, nariz, boca e orelhas); - Tronco (peito e barriga) - Membros (braços e pernas)  Timbres corporais: Bater palmas, pernas, estalos através de dedos e língua  Higiene corporal: tomar banho, escovar os dentes, cortar unhas e pentear o cabelo  Descreve o corpo humano e sua higiene. 8 tempos  Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;  Dramatizar variados textos, contos, fábulas e canções;  Praticar jogos variados;  Redigir pequenos textos: histórias;  Ilustrar com desenhos palavras, frases e pequenos textos. Ler e escrever  Contos, fábulas, lengalengas  Poemas  Canções  Jogos  Ilustrações  Lê, interpreta e escreve frases simples e pequenos textos;  Reconta contos, fábulas e lenga-lengaa.  Declama poemas. 16 tempos
  • 102. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH V. CORPO HUMANO  Construir frases obedecendo as regras de concordância entre nomes e adjectivos;  Ler frases construídas;  Escrever frases, usando pronomes indefinidos;  Usar pronomes indefinidos na construção de frases;  Formular frases usando pronomes possessivos. Ler e escrever Funcionamento da Língua  Concordância nome/adjectivo:  Pronomes indefinidos:  Alguém/ninguém; tudo/nada; todos/todas;  Pronomes possessivos:  meu/minha; meus/minhas; teu/tua; teus/tuas.  Expressa-se, oralmente e por escrito, com correcção, observando a conrcordância. 6 tempos  Identificar combinações grafémicas em palavras;  Ler palavras e frases que contêm combinações grafémicas;  Escrever palavras/frases que contêm combinações grafémicas;  Interpretar, palavras, frases e pequenos textos;  Interpretar imagens;  Escrever textos contendo combinações grafémicas.  Interpretar palavras, frases, pequenos textos e imagens;  Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos textos;  Escrever palavras, frases e pequenos textos com caligrafia correcta e legível. Ler e escrever  Introdução de combinações grafémicas: ch, nh; ce, ci; ar, er, ir, or, ur  Imagens Ler e escrever  Imagens  Cópia  Ditado  Caligrafia  Lê e escreve frases simples e pequenos textos com combinações grafémicas. 36 tempos
  • 103. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH VI. SAÚDE E HIGIENE  Identificar as peças de vestuário;  Constrói frases usando o vocabulário sobre as peças de vestuário;  Usar roupa limpa e engomada;  Cantar canções sobre o vestuário; Ouvir e falar  Peças de vestuário: saia, blusa, vestido, calças, calções, camisa, camisola, camisete, casaco, gravata, laço, meias, capulana e lenço  Regras básicas da higiene do vestuário: lavar e engomar a roupa  Descreve o vestuário e suas regras de higiene. 10 tempos  Mencionar as regras básicas de higiene alimentar;  Construir frases usando o vocabulário sobre as regras de higiene alimentar;  Cantar canções sobre higiene alimentar.Mencione as regras de limpeza do meio;  Construir frases e pequenos textos sobre a limpeza do meio. Ouvir e falar  Regras de higiene alimentar: - lavar e cozer os alimentos - beber água limpa  Limpeza do meio: - varrer e limpar - enterrar o lixo ou colocar em locais apropriados  Descreve regras de higiene alimentar e do meio. 4 tempos VI. SAÚDE E HIGIENE  Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas;  Dramatizar variados textos, contos e fábulas;  Escrever pequenas histórias. Ler e escrever  Contos  Fábulas  Lengalengas  Poemas  Lê e escreve frases simples e pequenos textos. 6 tempos  Construir frases simples com os verbos ser e estar no presente, passado e futuro;  Cantar canções sobre os tempos verbais;  Formular perguntas usando expressões interrogativas;  Ler textos contendo expressões interrogativas;  Construir frases usando pronomes possessivos;  Produzir pequenos textos usando pronomes possessivos. Ler e escrever Funcionamento da Língua Verbos ser e estar  Tempos verbais: - presente - passado (pretérito perfeito) - futuro  Expressões interrogativas: - Quem? - O quê? - Como? - Quando?  Pronomes possessivos - seu/sua; seus/suas - nosso/nossa; nossos/nossas - dele/dela; deles/delas  Expressa-se, oralmente e por escrito, com correcção, uando diferentes tempos verbais, expressões interrogativas e pronomes possessivos. 20 tempos
  • 104. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH VI. SAÚDE E HIGIENE  Identificar as combinações grafémicas em palavras;  Ler palavras e frases que contêm combinações grafémicas;  Escrever palavras e frases que contêm combinações grafémicas;  Interpretar palavras, frases e pequenos textos;  Interpretar imagens. Ler e escrever Introdução de combinações grafémicas: - lh; - az, ez, iz, oz, uz; - gi; ge, - Imagens  Lê e escreve frases simples e pequenos textos com combinações grafémicas. 20 tempos  Interpretar palavras, frases, pequenos textos e imagens;  Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos textos;  Escrever palavras, frases e pequenos textos com caligrafia correcta e legível. Ler e escrever  Cópia  Ditado  Caligrafia  Lê e escreve frases simples e pequenos textos. 16 tempos  Construir frases usando os advérbios de lugar;  Cantar canções sobre os advérbios de lugar;  Escrever frases no imperativo. Ler e escrever Funcionamento da Língua  Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí.  Frases imperativas  Expressa-se, oralmente e por escrito, com correcção, usando advérbios de lugar e frases imperativas. 8 tempos VI. SAÚDE E HIGIENE  Identificar as combinações grafémicas em palavras;  Ler textos que contêm combinações grafémicas;  Interpretar palavras, frases e pequenos textos;  Interpretar imagens;  Escrever palavras e pequenos textos que contêm combinações grafémicas.  Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos textos com caligrafia correcta e legível. Ler e escrever  Introdução de combinações grafémicas: - br, cr, dr, fr, gr, pr, tr - bl, cl, fl, gl, dl, pl  Imagens  Cópia  Ditado  Caligrafia  Lê e escreve frases simples e pequenos textos com combinações grafémicas. 36 tempos
  • 105. 101 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECIFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno: CH VI. SAÚDE E HIGIENE  Formular perguntas usando expressões interrogativas;  Construir frases e pequenos textos usando pronomes indefinidos e demonstrativos. Ler e escrever (consolidação) Funcionamento da Língua  Expressões interrogativas  Pronomes indefinidos  Pronomes demonstrativos Expressa-se, oralmente e por escrito, com correcção, usando expressões interrogativas, pronomes indefinidos e demonstrativos. 8 tempos  Ler textos contendo palavras com combinações fonéticas;  Identificar as combinações grafémicas em palavras;  Ler palavras que contêm combinações grafémicas;  Escrever palavras e pequenos textos que contêm combinações grafémicas;  Interpretar palavras, frases e pequenos textos;  Interpretar imagens;  Ler frases relacionadas com as imagens.  Fazer cópias e ditados de pequenos textos;  Escrever pequenos textos com caligrafia correcta e legível. Ler e escrever  Introdução de combinações grafémicas: que, qui, qua, quo  Introdução do x com os cinco valores fonéticos. na palavra xarope, (X: ch ) - na palavra exame (X:z), - na palavra taxi (X:cs) - na palavra próximo (X: ss) e na palavra explica (X:eis)  Imagens  Cópia  Ditado  Caligrafia  Redacção Lê e escreve frases simples e pequenos textos com combinações grafémicas. 42 tempos Currículo Nacional: 480 tempos Currículo Local: 128 tempos Total: 608 tempos
  • 106. 102 Sugestões Metodológicas 2ª CLASSE A aprendizagem da Língua Portuguesa, na 2ª classe, pretende dar continuidade e aprofundar as competências desenvolvidas na 1ª classe, sobretudo no que concerne à leitura e escrita. 1.Oralidade Nesta classe, a oralidade será desenvolvida tendo em conta os actos de fala/expressões linguísticas, cujos suportes são imagens, frases sobre a introdução das combinações grafémicas, histórias, jogos, pequenos poemas, lengalengas, fábulas, diálogos, dramatizações, desenhos, canções e outros recursos que o professor pode providenciar, tendo em conta a situação da turma e o tema que pretender tratar. Os trabalhos feitos pelos alunos através das técnicas de recorte, colagem, pintura, desenho, modelagem, estampagem são recursos importantes para o desenvolvimento da oralidade, constituindo oportunidade para os alunos falarem sobre o seu conteúdo. Por exemplo, o aluno pode descrever a imagem, falando sobre:  o nome dos elementos constituintes da imagem;  a quantidade e a forma desses elementos;  a função desses elementos;  as cores usadas na imagem;  o tipo de material usado na elaboração do trabalho;  a relação entre os elementos;  a história relacionada com a imagem, etc. Como já se referiu na primeira classe, a canção é uma fonte inesgotável de auxílio na aprendizagem, pois através dela, o professor do Ensino Primário pode introduzir e ensinar quase todas as matérias das disciplinas curriculares. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem acerca dos animais domésticos, o professor pode começar por ensinar, ou cantar uma canção sobre animais domésticos.
  • 107. 103 As canções podem ainda ser usadas para a exercitação da pronúncia, dicção, articulação das palavras e para o desnvolvimento do sentido de audição e da memória, do ritmo, melodia e harmonia. A oralidade deve estar aliada à leitura e escrita, ao conhecimento de novas estruturas linguísticas e ao alargamento do vocabulário, em prol de uma melhor competência comunicativa. Para o desenvolvimento da expressão oral, tal como na 1ª classe, propõem-se também, as seguintes actividades:  ouvir;  falar;  narrar pequenas histórias com base nas imagens;  recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;  cantar;  recitar poemas;  fazer jogos orais. Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios didácticos:  Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;  Partir do nível de conhecimento dos alunos, como base para as aquisições orais seguintes;  Respeitar os ritmos de aprendizagem;  Utilizar exercícios de repetição de frases , palavras, e sílabas, como meio de treino do aparelho fonador, sempre que necessário;  Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da correcta e fluente.
  • 108. 104 2. Leitura e escrita Na segunda classe, a leitura e escrita, é feita com base na introdução de combinações grafémicas, com recurso a palavras, frases e pequenos textos. A sequência da introdução das combinações grafémicas obedecerá às seguintes etapas: 1ª Etapa: r intervolcálico: are, ari, ura; duplo r, s intervocálico: ase, asa, usa; duplo s; 2ª Etapa: as, es, is, os, us; am, em, im, om, um; al, el, il, ol, ul; an, en, in, on, un; 3ª Etapa: ça, ço, çu; gue, gui; ch; nh; 4ª Etapa: ce, ci; ar, er, ir, or, ur; az, ez, iz, oz, uz; lh; 5ª Etapa: ge, gi; br, cr, fr, gr; vr, pr; bl, cl, fl, gl, pl; 6ª Etapa: que, qui, qua; os cinco valores fonéticos do x (em palavras como xarope, exame, táxi, explicação, próximo). Finda a introdução das combinações grafémicas, o professor deve levar os alunos a desenvolverem actividades que enriqueçam a compreensão e expressão escritas, com base na leitura de frases e de pequenos textos que constam do livro de leitura. 2.1.Leitura Na 2ª classe, o aluno vai começar a tomar contacto com textos como histórias, contos, fábulas, lendas, pequenas bandas desenhadas, poemas, lengalengas e imagens. Alguns destes textos constam do livro de leitura. As actividades de leitura e interpretação desses textos podem ser as seguintes: 1° Análise de imagens do texto, ou de outras imagens relacionadas com o referido texto; 2° Interpretação de imagens, feita pelos alunos, com a ajuda do professor;
  • 109. 105 3° Leitura expressiva de textos feita pelo professor; 4° Levantamento de palavras de difícil compreensão; 5° Explicação das palavras de difícil compreensão, pelo professor; 6° Registo das palavras difíceis e do seu significado pelos alunos, nos cadernos diários; 7° Interpretação oral do texto; 8º Leitura oral por unidades lógicas (feita pelo professor e seguido pelos alunos); 9° Leitura oral feita pelos alunos:  por toda a turma;  por grupos;  e individualmente. Os passos aqui apresentados não incluem a leitura silenciosa, por se tratar de alunos que ainda estão na fase inicial de aprendizagem da leitura e escrita. Este tipo de leitura só poderá entrar na 3ª classe. Na leitura oral, o professor deve prestar atenção aos seguintes aspectos:  ouvir como cada criança lê e pronuncia as palavras;  detectar as hesitações na leitura e suas causas;  procurar descobrir: - se lêem de cor, ou se são capazes de ler as palavras ou sílabas apontadas salteadamente; - se conhecem as combinações grafémicas; - se entendem o significado do que lêem. 2.2. Escrita O ensino-aprendizagem da escrita é feito através de exercícios sistemáticos variados, em que o aluno faz o uso da língua em situações diversas, utilizando expressões linguísticas e vocabulário adequados.
  • 110. 106 Para que o aluno da 2ª classe escreva, é preciso que lhe sejam criadas algumas condições, nomeadamente:  a necessidade de escrever;  a oportunidade de escrever;  a vontade de escrever. Considerando que, na 2ª classe, o aluno ainda está na fase de aprendizagem da escrita, o professor deve prestar atenção às actividades a desenvolver, isto é, não deve propor às crianças tarefas de escrita que ultrapassem o seu nível de produção escrita. As actividades de escrita, nesta fase, deverão obedecer, de entre outros, aos seguintes aspectos: a) O exercício de escrita deve ser antecedido, acompanhado e seguido de actividades de oralidade e de leitura, relacionadas com o que se escreve; b) As palavras e as frases apresentadas como modelo devem relacionar-se com elementos da vivência real dos alunos; c) A designação dos seres ou dos objectos deve ser feita pela escrita da palavra ou da frase correspondente e não pela escrita da letra/combinações grafémicas em estudo; d) As actividades de escrita devem ser motivadas (desenho e interpretação de imagens, leitura e interpretação de textos: histórias, contos, etc.); e) O conteúdo dos textos que servirão de base para a produção escrita devem ser do conhecimento dos alunos; f) No desenvolvimento da escrita dos alunos a maior preocupação deve incidir no aperfeiçoamento da caligrafia, ortografia e exercícios do funcionamento da língua. 2.3. Cópia e Ditado A cópia e o ditado devem ser preparados e motivados, de acordo com o nível e o ritmo de aprendizagem dos alunos. Para além da cópia e do ditado, os alunos devem desenvolver, de entre outras, as seguintes actividades:  Cópia de palavras, frases e textos;  Escrita de palavras em frases lacunares;  Escrita de frases a partir de palavras desordenadas;  Escrita de frases/textos ditados;  Escrita de frases, a partir de associação de expressões sugeridas.
  • 111. 107  Escrita de palavras e frases adequadas a imagens;  Escrita de palavras e frases, para dar resposta a perguntas; Estas são algumas actividades que os alunos devem realizar, mas o professor poderá criar outras estratégias que permitem maior diversificação de tarefas para o enriquecimento da escrita, nesta classe. É importante que os alunos continuem a desenhar, pintar, recortar, colar, modelar, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas. Estas actividades contribuem para o aprimoramento da destreza manual e da motriciadde fina, para além de constituirem oportunidades para o aluno descrever, por escrito, os trabalhos que realiza. Os materiais produzidos pelos alunos, tais como: textos escritos, desenhos e pinturas legendados, objectos feitos através de técnicas de dobragem, recorte, colagem, modelagem deverão ser expostos, pois constituem um momento de crescimento para a criança, em que ela se sente encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado. De igual modo, a criança torna-se mais produtiva, se sentir que o seu trabalho merece o interesse do seu professor e dos colegas. 3. Funcionamento da Língua À semelhança do que acontece na 1ª classe, o ensino-aprendizagem da gramática deve limitar-se à observação das normas elementares da organização/modificação de palavras/frases. O estudo da gramática deve fazer-se a partir de: a) palavras, frases e textos simples; b) uso concreto da língua e não de exercícios de fixação de regras. 4. Sugestões metodológicas para o ensino-aprendizagem dos conteúdos de Educação Visual e Ofícios, integrados na disciplina de Português Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios integrados no domínio Ouvir e Falar propiciam ao aluno o desenvolvimento da oralidade uma vez que este não se limita apenas a desenhar, mas também a falar sobre o conteúdo do desenho. Se desenha ou modela a família,
  • 112. 108 por exemplo, deve indicar os elementos que fazem parte dela. A linguagem plástica da criança revela a sua expressão afectiva porque ela representa as suas vivências e os seus sonhos e o professor deve estar atento, porque essas representações permitirão um melhor relacionamento com o aluno. Desenhar, pintar, modelar, recortar, colar é importante pela necessidade natural que a criança tem de comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas. Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios propostos para este domínio não só concorrem para o desenvolvimento da libertação dos dedos (destreza manual) e para a delicadeza no manuseamento dos materiais (motricidade fina), mas também para a concretização e complementaridade dos conhecimentos adquiridos em Língua Portuguesa. Nesta idade, o professor não deve comparar os desenhos do aluno com os dos adultos, por estes não serem fiéis à realidade, mas sim motivá- lo a continuar. A realização de exposições dos trabalhos na sala de aula, ou na escola, é um momento de crescimento para a criança, pois ela se sente encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado. 5. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto educativo com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino- aprendizagem. A avaliação permite:  Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas no Programa;  Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais da língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e procurando soluções para os problemas identificados;  Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem a fim de detectar “falhas” e encontrar estratégias de recuperação, em função das competências, conteúdos, materiais de ensino e da realidade da turma;
  • 113. 109  Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção. A avaliação deverá estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, isto é, a avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática. De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e sumativa. Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo, semestre, ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo colher informação sobre o nível inicial de aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e capacidade. Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam que todos os alunos atinjam os objectivos definidos no Programa e, por outro, delimitar as capacidades que o aluno possui, para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados. No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens da avaliação diagnóstica:  Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a nova matéria, verificando o que tiver sido aprendido anteriormente e a consequente recuperação e consolidação das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade temática;  No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua, para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso, requerem uma maior atenção. Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.
  • 114. 110 Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino- aprendizagem, uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de realização dos objectivos do Programa e impulsiona o aluno para que se empenhe cada vez mais nos estudos. A avaliação formativa preocupa-se com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social e linguística. Este conhecimento poderá permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos. Os critérios a adoptar neste tipo de avaliação incluem uma auscultação e uma ligação directa com os pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou relações entre o passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deverá preparar tarefas adicionais e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente. Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de ensino, ano lectivo ou curso. Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem de língua e ocorre, geralmente, após actividades relacionadas com compreensão oral e escrita, por um lado, e expressão oral e escrita, por outro. É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como por exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes, os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras. Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais, semestrais e anuais é feita de acordo com um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa quantitativamente numa escala de zero a vinte valores. O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua de acordo com as exigências de cada ciclo.
  • 115. 111 A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes habilidades: a) ouvir e falar; b) ler e compreender; c) escrever. a) Ouvir e falar A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno, individualmente, é capaz de:  Fazer perguntas com: onde, porque, quem, o que, como, quando;  Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);  Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);  Usar vocabulário básico. b) Ler e compreender Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno, individualmente, é capaz de:  Ler entre dez a quinze palavras por minuto;  Ler frases simples;  Ler textos com 5 a 10 linhas;  Compreender a informação contida em textos simples. c) Escrever O professor deverá procurar saber se cada aluno, individualmente, é capaz de:  Copiar palavras e frases;  Escrever palavras e frases simples;  Escrever palavras e frases ditadas;  Legendar imagens;  Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)
  • 116. 112  Ordenar frases em sequência lógica. A perspectiva de avaliação proposta deverá permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de aprendizagem, para que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado ciclo, que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma progressão por ciclos de aprendizagem. Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua, onde o processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se obtenha uma imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências parciais descritas nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do processo de ensino-aprendizagem. Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso. De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em coordenação com o Director da Escola e os pais/encarregados de educação do educando, provar que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas. O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino- aprendizagem se relacionem de forma integrada.
  • 117. 113 6. Obras de Leitura Obrigatória e Complementar O desenvolvimento do gosto pela leitura nos alunos constitui um dos desafios do Ensino Primário. Deste modo, apresenta-se a seguir um conjunto de obras de leitura obrigatória e complementar que devem ser lidas e interpretadas pelos alunos sob orientação do professor. Lista das obras de leitura obrigatória seleccionadas por ciclo de aprendizagem Livros de leitura Obrigatória 1º ciclo Obras de Leitura obrigatória 1. Mateus e Beatriz; Regras de trânsito, Plural editores. Maputo 2. Mateus e Beatriz; A escrever sem erros, Plural editores. Maputo 3. Ouana, Miguel; Os animais falam, Texto Editores.Maputo 4. Pereira Maria Vitória; A borboleta do Arco-ires, Moçambique Editora. Lista das obras de leitura Complementar, seleccionadas por ciclo de aprendizagem Livros de leitura complementar 1º ciclo Obras de Leitura Complementar 1. O meu Alfabeto, Plural editores, Moçambique: Av.24 de Julho, 414, Maputo. 2. Sebastião, Isabel; Fichas de Ortografia 1; Porto Editora, Rua da Restauração, 365 Porto – Portugal 3. Sebastião, Isabel; Fichas de Ortografia 2, Porto Editora, Rua da Restauração, 365 Porto – Portugal. 4. Ramalho, Silvério; Sabe Tudo 1, Plural editores; Moçambique. Av. Patrice Lumumba, 765. 5. Ramalho, Silvério; Sabe Tudo 2, Plural editores; Moçambique. Av. Patrice Lumumba, 765. 6. Santos, Camila; Liquito, Conceição; Veiga, Rosalina; Caixinha de palavras; Caixinha de palavras; Porto Editora, Rua da Restauração, 365 Porto – Portugal.
  • 118. 114 Referências Bibliográficas Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de Língua Portuguesa, 7, pp. 54 – 65. Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV: Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática pedagógica, pp 7 – 54, Maputo: INDE. INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado. Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do Grau de Bacharelato em Ciências da Educação. Maputo: Universidade Pedagógica e Escola Superior de Setúbal. Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo. Ministério da Educação e Cultura. (1979). O Ensino da Língua Portuguesa: Avaliação. Documento apresentado no I Seminário Nacional sobre o Ensino da Língua Portuguesa. Maputo. Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York: Phoenix Elt.
  • 120. 116 INTRODUÇÃO A Matemática é uma disciplina que tem como missão desenvolver competências de resolução de problemas, aplicando conhecimentos de contar, calcular, bem como competências de situar e orientar, identificar, relacionar, classificar, estimar e medir grandezas, interpretar mensagens na linguagem simbólica e gráfica, assim como recolher e organizar dados, em tabelas e em gráficos. A Matemática, como instrumento para o trabalho, deve ser apresentada tendo em as necessidades do mercado. Ela tem como missão, entre outras, o trabalho com quantidades, medidas, formas, operações e relações geométricas. Actualmente, o ensino da Matemática apresenta resultados que preocupam a sociedade moçambicana, no que concerne ao desenvolvimento de competências dos graduados do Ensino Primário. Neste contexto, o desenvolvimento de capacidades e habilidades mentais está ligada à aquisição e à aplicação consciente de conhecimentos matemáticos na resolução de situação-problema do dia-a-dia. Assim, há uma multiplicidade de actividades a realizar no ensino da Matemática que permitem ao aluno desenvolver as requeridas competências. O presente Programa do 1º ciclo está estruturado em quatro (4) Unidades Temáticas: Vocabulário Básico; Números Naturais e Operações; Espaço e Forma; e Grandezas e Medidas, cujos conteúdos têm em vista proporcionar às crianças o desenvolvimento do raciocínio, comunicação e linguagem gráfica, que constituem uma ponte entre o real e as abstracções matemáticas. Os conteúdos serão abordados de forma cíclica, gradativa, interligada e integrada, acomodando temas transversais, de um estágio ao outro. As sugestões metodológicas apresentam-se no fim de cada unidade temática. Porém, estas não devem limitar a iniciativa do professor; servem de base para lhe auxiliar na condução do processo de ensino-aprendizagem da Matemática, de modo a garantir o desenvolvimento de competências pelos alunos.
  • 121. 117 I - COMPETÊNCIAS GERAIS DO 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO, NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA Na Matemática, o aluno desenvolve competências de contar e calcular, usando as quatro operações básicas na resolução de problemas, por um lado, e, por outro, desenvolve as competências de observar, identificar, agrupar, distinguir, interpretar, analisar, estimar e medir. 1. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário, na disciplina de Matemática No final deste ciclo, o aluno: a) Conta números, até 100; b) Lê e escreve números, até 100; c) Calcula mentalmente e por escrito operações de adição e subtracção, até 100; d) Relaciona as figuras planas e sólidas geométricas com objectos da vida real; e) Resolve diferentes problemas da vida real, aplicando os números naturais e operações, até 100; f) Desenvolve o amor à pátria e conhece os símbolos nacionais.
  • 122. 118 VISÃO GERAL DE CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA, 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO Unidade Temática Conteúdos (1ª classe) Tempo Conteúdos (2ª classe) Tempo VOCABULÁRIO BÁSICO Noções de: quantidade, tamanho, posição, distância, direcção-sentido e massa-peso 40 NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES  Leitura e escrita de números naturais  Operações de adição e subtracção 280  Leitura e escrita  Operações de adição, subtracção, multiplicação e divisão 260 ESPAÇO E FORMA  Identificação de linhas e segmentos  Identificação de figuras planas (quadrado, rectângulo, triângulo e círculo)  Noção de ponto. 20  Linhas curvas e rectas;  Noção de segmento de recta;  Figuras planas (quadrado, rectângulo, triângulo e círculo);  Sólidos geométricos (bloco, cubo, esfera e cilindro); 80 GRANDEZAS E MEDIDAS  Noções elementares de medição de comprimentos, capacidades, volumes e massa. 40  Medição de comprimentos (noção do metro)  Capacidades (noção do litro)  Massas (noção de quilograma)  Relógio: horas inteiras  Calendário: dia, semana, mês e ano  Dinheiro- o metical 40 380  380
  • 123. 119 CARGA HORÁRIA A carga horária para o 1º ciclo é proposta em função de escolas com 2 turnos. O 1º ciclo tem um total de 38 semanas X 10 tempos semanais = 380 tempos lectivos, contando com o acréscimo de 38 tempos lectivos (1ª classe) + 40 tempos lectivos (2ª classe) = 78 tempos lectivos, provenientes das disciplinas de Educação Musical, Visual e Ofícios. 380 Tempos lectivos serão distribuídos no plano temático do Programa do 1º ciclo. 1. O VOCABULÁRIO BÁSICO tem 4 semanas lectivas: 4 semanas x 10 tempos semanais = 40 tempos. 2. OS NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES ocupam 30 semanas x 10 tempos semanais = 300 tempos lectivos. 3. GRANDEZAS E MEDIDAS têm 2 semanas x 10 tempos semanais = 20 tempos lectivos. 4. ESPAÇO E FORMA ocupam 2 semanas x 10 tempos semanais = 20 tempos lectivos. 5. O CURRÍCULO LOCAL tem o seguinte fundo de tempo: 300 tempos lectivos x 20% do Currículo local = 60 tempos. Quer dizer, o professor não pode planificar aulas somente sobre o currículo local. Os seus conteúdos serão tratados de forma integrada.
  • 125. 121 PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH I VOCABULÁRIO BÁSICO  Comparar diferentes quantidades e tamanhos de objectos;  Comparar distâncias entre diferentes pontos;  Noção de quantidade:  Muito e pouco  Mais… do que, menos…do que  Tanto… como  Cheio e vazio  Aumentar e diminuir  Pôr e tirar.  Usa noções de quantidade e tamanho para situações do seu dia a dia 05  Noção de tamanho  Grande e pequeno  Maior, menor e igual  O maior e o menor  Comprido e curto  Largo e estreito  Alto e baixo  Grosso e fino 10
  • 126. 122 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIA PARCIAIS O aluno CH  Agrupar vários objectos  Desenhar e pintar diferentes objectos  Comparar massas de diferentes objectos  Noção de posição  À frente, atrás, à esquerda e à direita  Antes e depois  Primeiro, no meio, entre e último  Dentro, fora e fronteira  Em cima, em baixo, em volta, ao lado  Usa noções de posição, distância, direcção-sentido, massa e peso para situações do seu dia a dia 10 I VOCABULÁRIO BÁSICO  Noção de distância - Perto e longe - Aproximar e afastar 05  Noção de Direcção e sentido  Para a frente e para atrás  Para a direita e para a esquerda  Para dentro e para fora  Para o interior e para o exterior  Para o lado, para cima e para baixo 05  Noção de massa e peso  Pesado e leve 05 TOTAL 40
  • 127. 123 Sugestões Metodológicas a) Vocabulário Básico O desenvolvimento do vocabulário e do seu significado é de extrema importância para o raciocínio matemático. Portanto, deve ser conduzido, de forma contextualizada, para que os alunos compreendam a sua aplicação na aprendizagem de Matemática. Se o aluno for capaz de entender e usar convenientemente o vocabulário básico, ser- lhe-á fácil progredir na aprendizagem da Matemática, porque terá bases, não só para interpretar os enunciados dos problemas, mas também para entender a estrutura das operações aritméticas e a sua aplicação. No caso de Moçambique, onde a maioria das crianças aprende na 2ª língua (Português), o tratamento do vocabulário básico nas classes iniciais considera-se indispensável, para assegurar a aprendizagem dos conceitos matemáticos. Estas noções de vocabulário devem ser ensinadas de forma concretizada (visualizada). Isto é, a criança deve ser capaz de ver, por exemplo, a pedra grande em relação à pequena. Vejamos alguns exemplos de ensino e aprendizagem de noções de vocabulário básico na Matemática: 1. Noção de quantidade: muito e pouco, mais… do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio, aumentar e diminuir, pôr e tirar. Sugere-se que o professor oriente os alunos para trazerem materiais, tais como: pedrinhas, sementes, pauzinhos, cápsulas de garrafas e outros adequados para a concretização das noções. Na aula, os alunos devem realizar várias actividades que os levem a desenvolver as competências de:  Distinguir muitos objectos de poucos;  Agrupar e quantificar vários objectos, de acordo com a quantidade solicitada;  Desenhar/ e/ou pintar objectos, com diferentes quantidades.
  • 128. 124 Os alunos podem desenhar e/ou pintar objectos aplicando noções de quantidade. Os objectos escolhidos devem reflectir conteúdos transversais. Por exemplo, equidade do género (rapazes e raparigas), meio ambiente (diferentes quantidades de plantas). Exemplo sobre: 1. Noção de quantidade: Muitos e poucos. Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: pedrinhas, sementes, pauzinhos, cápsulas de garrafas e outros. Actividade Usando a acção de tirar e pôr, os alunos formam diferentes grupos de objectos: muito e pouco, mais… do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio, aumentar e diminuir. Numa 1ª fase, os exercícios práticos devem ser realizados ao nível da turma pelos alunos, sob a orientação do professor. Na 2ª fase, os exercícios práticos são realizados em grupos e aos pares, sob a orientação do professor. 2. Noção de tamanho: Grande e pequeno, maior e menor, igual, o maior, o menor, comprido e curto, larga e estreito, alto e baixo, grosso e fino. Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: bolas, lápis, cordas, os próprios alunos, árvores, etc. Na aula, devem ser realizadas várias actividades pelos alunos, que os levem a desenvolver as competências de desenhar, pintar, modelar e comparar tamanhos de diferentes objectos reais. 3. Noção de posição: à frente, atrás, à esquerda e à direita; antes e depois; primeiro, no meio, entre e último; dentro, fora e fronteira; em cima, em baixo, em volta, ao lado. Para que os alunos desenvolvam as competências de situar diferentes objectos reais de acordo com posições indicadas e de localizá-los em relação a si e aos outros, podem usar materiais existentes na sala de aula (quadro, secretária do professor, etc.), ou na escola (secretaria, sala de professores,
  • 129. 125 latrinas/banheiros, jardim, campo de futebol, plantação de árvores, etc.), assim como os próprios alunos podem servir de material concretizador (identificar a posição em que uns se sentam em relação aos outros). Exemplo: O sinal da cruz vermelha está entre dois triângulos. 4. Noção de distância: perto, longe, aproximar, afastar Com esta matéria, pretende-se que os alunos desenvolvam as competências de estimar distâncias em relação à sua casa, à escola, à fontenária, ao hospital, ao mercado, à esquadra, etc. O professor poderá orientar os alunos a situarem-se em diferentes posições e estimarem a distância entre eles. A B C  A roda C está longe da lata de água A.  A caixa B está perto da lata A. 5. Noção de direcção e sentido: para a frente e para trás; para a direita e para a esquerda; para dentro e para fora; para o interior e para o exterior; para o lado; para cima e para baixo. Para o desenvolvimento de competências dos alunos sobre a orientação no espaço, o professor pode orientá-los a movimentarem-se em diferentes direcções e sentidos dentro e fora da sala. Exemplo: utilizar a formatura dos alunos para cantar o hino nacional à frente da bandeira. 6. Noção de massa e peso: pesado e leve Para que os alunos desenvolvam as competências de distinguir e estimar objectos pesados e leves, podem usar materiais existentes na escola e na comunidade, através da observação e manuseamento.
  • 130. 126 O professor poderá orientar os alunos na realização das actividades de desenho e pintura de objectos de diferentes massas. Actividade Apresentando pedras grandes e pequenas, o professor pede aos alunos para comparar o seu peso. Pedra A Pedra B A pedra A é mais pesada do que a pedra
  • 131. 127 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH II NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES (1)  Contar, cantando, progressivamente os números naturais até 20;  Contar, cantando, regressivamente os números naturais de 20 a 1; Contagem progressiva e regressiva até 20. 1. Contagem progressiva (crescente), por etapas:  1 a 5;  6 a 10;  11 a 15;  16 a 20 2. Contagem regressiva (decrescente), por etapas:  5 a 1;  10 a 6;  15 a 11;  20 a 16.  Conta os números naturais de 1 a 20 e de 20 a 1 40
  • 132. 128 A contagem e a sua importância As contagens progressivas (crescente) e regressivas (decrescente) têm como função preparar os alunos para a iniciação da realização das operações de adição e subtracção até 50. O seu papel está reflectido particularmente na aplicação das estratégias de cálculo mental e escrito. O Programa de ensino sugere que a contagem progressiva e regressiva sejam treinadas desde o período de ambientação, quando se estiver a tratar o vocabulário básico e, deve ser feita por etapas. Em geral, a contagem deve ser realizada de forma individual para permitir que o professor avalie o seu domínio por cada aluno.
  • 133. 129 UNIDADE UTEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH II NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES (1)  Ler e escrever números de 1 a 5;  Identificar, pintando, números até 5  Moldar números até 5  Associar quantidades de objectos ao número Os Números Naturais de 1 a 5 Número natural 1  Leitura e escrita do número 1  Associação de objectos ao número 1 e vice-versa. Número natural 2  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 2  Associação de objectos ao número 2 (vice-versa) Número natural 3  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 3  Associação de objectos ao número 3 Número natural 4  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 4  Associação de quantidades ao número 4  Lê e escreve os números de 1 a 5;  Associar números às quantidades de objectos. 35
  • 134. 130 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH II NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES (1) Ordenar números naturais até 5 Comparar números naturais até 5 Adicionar números naturais até 5 Subtrair números naturais até 5 Numero natural 5  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 5  Associação de quantidades ao número 5  Ordenação de números até 5  Comparação dos números até 5, sem usar os símbolos (<, = e >)  Adição e subtracção de números naturais  Adição até 5  Subtracção até 5 Comparação dos números até 5, sem usar os símbolos (<, = e >)  Adição até 5  Subtracção até 5 Número natural 0  Noção do número zero  Leitura e escrita do número Zero (0)  Adição e subtracção até 5, incluindo o zero (0).  Resolve problemas da vida real até 5. Cont.
  • 135. 131 Sugestões Metodológicas Leitura e escrita de números, de 1 a 5 Os números naturais de 1 a 5 são introduzidos com base em conjuntos com o mesmo número de elementos. O professor selecciona vários conjuntos com o mesmo número de elementos, independemente da forma e da cor (todos os conjuntos têm o mesmo número de elementos) Por exemplo: O professor mostra um lápis, um caderno, uma caneta,… e explica que cada objecto representa o número 1. Os números 2, 3, 4 e 5 devem ser introduzidos da mesma maneira. Antes de o professor fazer a demonstração da escrita de números (de 1 a 5), é importante que ele explore os conhecimentos que os alunos trazem de casa sobre esta matéria. A escrita de números deve ser demonstrada no quadro pelo professor. Ao simular a escrita do número, é pertinente que o professor se coloque na mesma posição dos alunos e nunca ao contrário. A seguir, os alunos podem simular a escrita desses números obedecendo os seguintes passos: escrita no ar, no tampo da carteira, no chão (dentro e fora da sala), no quadro e no caderno. Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de números aprendidos, através de pintura e colagem no quadro da sala. Os alunos podem também fazer a modelagem dos números de 1 a 5, para consolidação. Estes números devem ser escritos em cartazes e colocados nas paredes da sala de aula, para permitir que os alunos os memorizem facilmente. O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e históricas, até 5. Exemplos: 1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro. Adição até 5 O professor deve tratar a adição cuidadosamente, propondo aos alunos situações problemáticas em diversos contextos, para que eles desenvolvam as competências requeridas. Em uma primeira fase, na adição os alunos devem manusear objectos (juntando, aumentando e acrescentando), de modo que adquiram a noção de adição. Em uma segunda fase, o professor ensina os sinais: mais (+) e igual (=) e os seus significados, a partir de uma situação concreta, usando a linguagem corrente e matemática:
  • 136. 132 “Duas laranjas mais três laranjas são cinco laranjas’. “Dois mais três é igual a cinco”. 2 + 3 5 A subtracção até 5 Alguns autores reconhecem que as crianças podem usar três modelos de raciocínios de subtracção, nomeadamente tirar, comparar e completar. Na nossa escola, o modelo mais comum é o de tirar. Isto é, a maior parte das crianças aprende a subtracção como sendo uma forma apenas de tirar. a) Exemplo1: Comprei 6 lápis de cor . Dei 2 à minha irmã. Com quantos lápis de cor fiquei? Este modelo traduz-se da seguinte forma: Simbolicamente escreve-se: 6 – 2 = 4. É importante que o professor, a partir desta situação concreta, explique aos alunos os sinais de menos ( - ), igual (=) e os seus significados, usando a linguagem corrente e matemática: O modelo de tirar pode adequar-se a esta situação, pois de 6 posso tirar 2. Normalmente, as crianças usam este modelo através da contagem de objectos concretos. Entretanto, o tirar não responde a todos os problemas da vida relacionados com a subtracção. temos ainda o completar e o comparar. Exemplo de completar: b) Tenho 2 lápis de cor, mas preciso de 6. Quantos lápis de cor faltam? Nesta situação, é mais prático pensar no modelo de completar, isto é, tenho 2 e faltam-me (3), (4), (5) e (6). São exactamente 4 passos:1 2 3 4 Logo, faltam 4 lápis de cor. Exemplo de comparar: c) Neste caso, a subtracção pode ser realizada através da relação (um para um) dos objectos. Os triângulos que restam correspondem à diferença. Portanto: 5 – 3 = 2
  • 137. 133 Introdução do número zero Em uma primeira fase, o zero é introduzido na base de exemplos que demonstram a ausência de elementos. Por exemplo, o professor pode usar uma lata vazia e mostrar aos alunos que não contém nenhum elemento (está vazia). Em uma segunda fase, o zero é introduzido com base na diferença de dois números iguais que representam quantidades de dois conjuntos, com o mesmo número de elementos. O número natural zero deve ser introduzido depois do número natural 5, para permitir que as crianças realizem operações de adição e subtracção e resolvam problemas até 5. Exemplo 1: desenhar bananas em um lado e, no outro, desenhar duas cascas de banana. O professor poderá explicar a noção de zero, a partir de situações concretas da criança. Exemplo 2: O professor poderá mostrar uma lata vazia e dizer aos alunos que ela não tem nada. Não ter nada, significa ter zero. Exemplo 3: Tínhamos dois copos e partiram-se os dois. Com quantos copos ficamos? Ex: 2 - 2 = 0
  • 138. 134 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH III ESPAÇO E FORMA  Identificar Linhas abertas, fechadas, rectas e curvas;  Traçar linhas abertas, fechadas rectas e curvas;  Identificar figuras planas  Desenhar e pintar figuras planas. Figuras geométricas  Linhas abertas e fechadas  Linhas rectas e curvas  Noção de rectângulo, triângulo e círculo  Noção do ponto.  Relaciona as figuras planas com as diferentes formas de objectos reais. 20
  • 139. 135 Sugestões Metodológicas Espaço e forma Na abordagem dos conteúdos desta unidade temática, o professor poderá orientar os alunos para trazerem algum material didáctico que esteja ao seu alcance, como caixinhas, pacotes de chá, de sumo, de leite, de lápis de cor, latas de leite condensado, de azeite, o esquadro, sinais de trânsito, etc., cujas faces permitirão observar a forma de algumas figuras planas (rectângulo, triângulo e círculo). Através da observação e manipulação de objectos e de sólidos geométricos, pretende-se que os alunos comecem a aperceber-se de certas semelhanças e diferenças existentes entre eles, utilizando material de desperdício, como, por exemplo, caixas vazias, tubos e outros. Os alunos podem fazer diferentes construções, o que contribuirá para o reconhecimento intuitivo das formas. É importante que os alunos desenhem, pintem, façam dobragens, recortes, colagens e outras actividades. Os alunos podem identificar várias figuras geométricas (quadrados, triângulos, círculos, rectângulos), em objectos da vida real. Ainda nesta fase, os alunos, sob a orientação do professor, poderão desenhar e pintar figuras planas. Os desenhos que os alunos fazem nos jogos de “necas”, “mathakudzana” (explicação), berlindes e outros, podem ser relacionados com figuras planas.
  • 140. 136 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH IV NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕE S (2) Ler e escrever números naturais até 9; Associar quantidades aos números até 9; Ordenar e comparar números naturais até 9; Adicionar números naturais até 9; Subtrair números naturais até 9; Identificar, pintando, os números naturais até 9; Modelar os números naturais até 9; Recortar e colar os números naturais, até 9. Números naturais de 6 a 9: Número natural 6  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 6  Associação de quantidades ao número 6  Conceitos de números antes e depois, até 6 Número natural 7  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 7  Associação de quantidades ao número 7 Número natural 8  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 8  Associação de quantidades ao número 8  Resolve problemas quotidianos que envolvem números naturais até 9. 30 Número natural 9  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 9  Associação de quantidades ao número 9  Ordenação de números até 9  Comparação dos números dentro do limite 9, sem usar os símbolos (<, = e >)  Adição e subtracção até 9  Estratégias de cálculo mental de adição até 9  Estratégias de cálculo mental de subtracção até 9.
  • 141. 137 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH IV NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES (2)  Ler e escrever números naturais até 10;  Associar quantidades aos números até 10;  Ordenar e comparar números naturais até 10;  Adicionar números naturais até 10;  Subtrair números naturais até 10;  Identifica, pintando, os números naturais até 10;  Modela os números naturais até 10;  Recorta e cola os números naturais, até 10. Número natural 10  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 10;  Associação de quantidades ao número 10  Noção de dezena;  Adição de números naturais até 10;  Subtracção de números naturais até 10.  Resolve problemas quotidianos até 10. 10 Sugestões Metodológicas O tratamento de números de 6 a 10 deve ser feito na base de uso de objectos concretos e aplicação do conceito "depois" (+1), adicionando-lhes a unidade: 6 + 1, 7 + 1, 8 + 1 e 9 + 1. Exemplo: 5 + 1 = 6 (O aluno pensa no número depois do 5). Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de números aprendidos, através de pintura e colagem no quadro da sala. Os alunos podem também fazer a modelagem dos números de 6 a 10, para consolidação. O professor poderá explicar aos alunos a noção de dezena, que pode ser exemplificada com os dedos das duas mãos ou molhos de 10 pauzinhos. O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas eou históricas, até 10. Exemplos: 7 de Abril, Falar do dia da mãe, 7 Setembro….
  • 142. 138 Tabela 1. Adição até 9 Nesta tabela, existem 36 combinações de exercícios básicos de adição que devem ser calculados mentalmente. Os exercícios da coluna 1 + X e os da diagonal X + 1 formam ao todo 15 exercícios básicos, que facilmente são calculados com a aplicação do conceito número depois. Exemplo1: 2 + 1 é só pensar no número depois de 2, que é 3. Portanto: 2 + 1 = 3 Exemplo2: 1 + 7 = 7 + 1, è só pensar no número depois de 7, que é 8. Portanto: 1 + 7 = 7 + 1 = 8 Os restantes 21 exercícios são os que devem ser aprendidos de cor, ou poderão ser calculados na base de aplicação do conhecimento de memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas vezes a parcela menor. Esta tabela pode ser trabalhada pelos alunos organizados em grupos, discutindo e comentando as respostas ou soluções, sob a orientação do professor.
  • 143. 139 Tabela de subtracção até 9 Esta tabela é composta por 36 combinações de exercícios básicos de subtracção, que devem ser calculados mentalmente. Nas colunas X – 1 existem 8 exercícios básicos que facilmente são calculados com a aplicação do conceito número antes. Exemplo1: 4 - 1 é só pensar no número antes do 4, que é o 3. Portanto: 4 – 1 = 3. As diagonais com exercícios do tipo diferença igual a 1 e diferença igual a 2 contêm mais 13 exercícios básicos, totalizando 21. Os restantes 15 exercícios poderão ser aprendidos de cor, ou calculados na base de aplicação do conhecimento de contar para: a) a frente do diminuidor ao diminuendo; b) atrás do diminuendo ao diminuidor Se os alunos dominarem estas combinações, ser-lhes-á fácil generalizar o conhecimento 7- 3 = 4 para 17 – 3, 27 – 3, 37 – 3, etc.
  • 144. 140 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH IV NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES (2)  Ler e escrever números naturais até 20;  Associar quantidades aos números até 20;  Ordenar e comparar números naturais até 20;  Compor e decompor números naturais até 20  Adicionar números naturais até 20;  Subtrair números naturais até 20; Identificar, pintando, os números naturais até 20. Números naturais 11 e 12  Contagem de objectos  Leitura e escrita dos números 11 e 12  Associação de quantidades aos números 11 e 12  Composição e decomposição de números 11 e 12  Noção de dúzia.  Cálculo mental e escrito de adição até 12  Cálculo mental e escrito de subtracção até 12 Resolve problemas que envolvem números naturais até 20. 20 Números 13, 14 e 15  Contagem de objectos  Leitura e escrita dos números 13, 14 e 15  Associação de quantidades aos números 13, 14 e 15  Composição e decomposição de números até 15  Cálculo mental e escrito de adição até 15  Cálculo mental e escrito de subtracção até 15 40 Números 16, 17, 18 e 19  Contagem de objectos  Leitura e escrita dos números: 16, 17, 18 e 19  Associação de quantidades aos números 16, 17, 18 e 19  Composição e decomposição de números até 19  Cálculo mental e escrito de adição até 19  Cálculo mental e escrito de subtracção até 19 40 Número 20  Contagem de objectos  Leitura e escrita do número 20  Associação de quantidades ao número 20  Ordenação e comparação (sem uso de sinais <, = e >) dos números, até 20  Composição e decomposição de números, até 20  Cálculo mental e escrito de adição até 20;  Cálculo mental e escrito de subtracção até 20; 20
  • 145. 141 Sugestões Metodológicas Leitura e escrita de números de 11 a 19 O tratamento de números naturais de 11 a 19 pode ser feito de duas maneiras: a) Manter a base 10 e adicionar sucessivamente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10. Isto é, 10 + 1 = 11; 10 + 2= 12, 10 + 3 = 13, …., 10 + 9 = 19. b) Manter a unidade, aplicando o conceito depois: 10 + 1 =11; 11 + 1 = 12; 12 + 1=13,… , 18 + 1 = 19 Recomenda-se, entretanto, que o professor explique a importância da formação de números a partir da alínea a), pois os alunos adquirem o conhecimento do sistema decimal. A noção de dúzia pode ser exemplificada com conjuntos de objectos com 12 elementos. O professor deve proporcionar actividades que levem os alunos a treinar a escrita de números, obedecendo as etapas do seu tratamento. O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas e comemorativas até 19. Exemplos: 12 de Outubro, 16 de Junho e outras. Leitura e escrita do número natural 20 O professor orienta, por exemplo, a formação do número 20, a partir de dois feixes (molhos) de 10 pauzinhos cada. Depois da leitura e escrita do número, poderá explicar aos alunos que 20 corresponde a duas dezenas. Exemplo: 10 + 10 =20
  • 146. 142 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH V GRANDEZAS E MEDIDAS  Traçar linhas de diferentes comprimentos;  Medir comprimentos de objectos;  Comparar comprimentos, capacidade- volume e massa. Comprimento, capacidade-volume e massa  Noções intuitivas de medição de comprimento  Noção do metro  Noções de capacidade-volume  Noções de massa  Resolve problemas que envolvem medições. 20
  • 147. 143 Sugestões Metodológicas GRANDEZAS E MEDIDAS 1. Medição de comprimentos No tratamento de noções intuitivas de medição de comprimentos, os alunos devem comparar comprimentos, classificar objectos segundo o comprimento e agrupá-los. O professor deve orientar os alunos na medição de vários objectos (caderno, livro, carteira, lápis e outros) e espaços (sala de aula, campo de jogos, jardim, horta), usando palmos da mão, pés e passos. Estas actividades têm em vista mostrar que os resultados obtidos pelos diferentes alunos, ao medir o mesmo espaço, não são iguais. Em seguida, dois (2) ou três (3) alunos usam o metro para medir o mesmo espaço e verificarão que o resultado obtido é o mesmo. Assim, revela-se a necessidade da existência de uma medida padrão, o METRO. 2. Capacidade-volume No tratamento de noções intuitivas de medição de capacidade e volume, os alunos devem: classificar recipientes, segundo a capacidade, verificando depois por transvasamento; e agrupar recipientes de diferentes capacidades. Enche-se um recipiente, servindo-se de outro mais pequeno e conta-se o número de vezes que foi necessário para enchê-lo. O professor pode seleccionar uma série de objectos: copos, jarras, latas, garrafas, pedras e água, para dar a noção de capacidade e volume. O professor mostra uma jarra com água e uma pedra. Em seguida, mostra o nível da água. Pede a um(a) aluno(a) para mergulhar a pedra na jarra de água, enquanto os outros vão observando. Depois, o professor pergunta aos alunos: O que aconteceu quando o(a) aluno(a) mergulhou a pedra na jarra? Possíveis respostas: A água aumentou; a água subiu de nível, etc. Com base nas respostas dadas pelos alunos, conclui-se que a pedra tem um volume determinado pelo espaço que ocupa. Os alunos comparam diferentes volumes e capacidades. O professor deve proporcionar aos alunos várias oportunidades de realizarem manipulações de transvasamento de líquidos ou areia.
  • 148. 144 Por exemplo: O professor coloca à disposição dos alunos 3 copos (A, B e C), dos quais 2 copos (A e B) devem ser iguais. A seguir, pede a um aluno para que os encha de água e que tinja um deles com tinta. Em seguida, o professor pede ao aluno que despeje o líquido contido em B, para um copo C mais estreito e pergunta à turma: Dos copos A e C, qual é que contém mais líquido? Se os alunos ainda não possuírem a noção de conservação, dirão que há mais água no copo C. O mesmo poderá acontecer, ao usar-se um copo D de maior secção; os alunos poderão responder que o copo A é que tem mais água. Isto porque os alunos fazem uma leitura perceptiva, centrada apenas em um aspecto. É preciso que sejam realizadas várias experiênciais, para que os alunos possam compreender que a capacidade se mantém, independentemente da forma do recipiente. 3. Massa O professor deverá procurar saber se os alunos já viram alguém a pesar produtos na loja, talho, supermercado, ou mercado. A seguir, o professor poderá apresentar-lhes diferentes objectos, para eles observarem e decidirem qual deles é que pesa mais, menos, ou igual. Por fim, os alunos poderão conferir as suas respostas, pesando os produtos com as suas mãos, como se estas fossem uma balança. Para o estudo das grandezas, é necessário material variado na sala de aula (réguas, cordas, bandas de cartão) e recipientes, para a medição de volumes e capacidades.
  • 149. 145 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS aluno CH NÚMEROS VI NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES (3) Ler e escrever números naturais até 50 Ordenar números naturais até 50 Comparar números naturais até 50 Adicionar números naturais até 50 Subtrair números naturais até 50  Números de 21 a 50  Leitura e escrita dos números por etapas:  De 21 a 30  De 31 a 40  De 41 a 50  Associação de quantidades até 50.  Ordenação e comparação de números sem uso de sinais, até 50;  Composição e decomposição de números, até 50  Cálculo mental em adição e subtracção, até 50  Resolve problemas reais até 50. 45 REVISÃO Consolidação dos principais conteúdos da 1a Classe Resolve problemas do quotidiano, aplicando os conhecimentos da 1a classe. 20 TOTAL 380 Sugestões Metodológicas Leitura e escrita de números naturais de 21 a 50 Os números 30, 40 e 50 são introduzidos através da formação dos múltiplos de 10. Exemplo: 10 + 10 = 20; 20 + 10 = 30; 30 + 10 = 40, 40 + 10= 50. Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 . Por exemplo: 31 = 30 + 1; 32 = 30 + 2; 33 = 30 + 3;38 = 30 +8; 39 = 30 + 9.
  • 151. 147 PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS aluno CH I NÚMEROS NA TURAIS E OPERAÇÕES  Ler e escrever números naturais até 50  Ordenar números naturais até 50  Comparar números naturais até 50  Adicionar números naturais até 50  Subtrair números naturais até 50  Contar os números naturais até 50.  Revisão - Contagem, leitura, ordenação e comparação de números naturais até 50; - Composição e decomposição de números naturais até 50; - Cálculo mental e escrito de adição e subtracção até 50.  Contagem e escrita de números naturais até 50 de: - 2 em 2; - 5 em 5; - 10 em 10.  Resolve problemas que envolvem números naturais até 50. 40
  • 152. 148 Sugestões Metodológicas Consolidação dos conteúdos da 1ª classe A 2ª classe inicia com a consolidação dos principais conteúdos da 1ª classe, que servirão de pressupostos para o tratamento dos novos conteúdos: a) Contagem progressiva e regressiva; b) Cálculo oral (mental) e escrito; c) Decomposição e composição em dezenas e unidades; d) Determinação do sucessor e antecessor de um número dado; e) Leitura, escrita, ordenação e comparação dos números naturais; f) Adição e subtracção até 50. O professor poderá usar as metodologias sugeridas na 1ª classe, para a consolidação. Exemplo: Na consolidação do cálculo mental de operações, tais como: 14 + 3; 7 + 12, os alunos poderão memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas vezes a parcela menor, independentemente da posição das parcelas. Enquanto que, no que se refere à subtracção do tipo 13 – 9, se pode contar para a frente a partir do diminuidor até ao diminuendo, ou contar para atrás, a partir do diminuendo até ao diminuidor. O mesmo já não seria aconselhável para a subtracção do tipo 43 – 9 (onde o diminuendo é maior que 20 e o diminuidor seja um dígito). Para estes casos, concretiza-se o diminuidor 9, contando para atrás, a partir do diminuendo. Exemplo: 43, (42, 41, 40, 39, 38, 37, 36, 35, 34). o último número da contagem regressiva, portanto, o 34 é igual a diferença. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Os alunos poderão realizar actividades sobre a contagem 2 em 2, 5 em 5 e 10 em 10, até 50, sem o uso de objectos.
  • 153. 149 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH II NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES  Ler e escrever números naturais até 100  Ordenar números naturais até 100  Comparar números naturais até 100  Adicionar números naturais até 100  Subtrair números naturais até 100 Números naturais de 51 a 100  Leitura e escrita de números naturais de:  51 a 60  61 a 70  71 a 80  81 a 90  91 a 100  Ordenação (crescente e decrescente) de números naturais até 100;  Comparação de números, usando os sinais <, = e >.  Resolve problemas que envolvem números naturais até 100 40 Dezena e unidade  Conceito de dezena e unidade  Decomposição de números naturais em dezenas e unidades  Tabela de posição  Adição na forma horizontal e vertical, até 100  Subtracção na forma horizontal e vertical, até 100  Leitura e escrita de números ordinais até 20º 60
  • 154. 150 Sugestões Metodológicas Leitura e escrita de números naturais de 51 a 100 O professor poderá orientar o aluno para contar, progressivamente, de 10 em 10, até 100. Sugere-se que a formação de números de 51 até 100 seja realizada da seguinte maneira: 50 + 10 = 60 60 + 10 = 70 ... ... ... 90 + 10 = 100 Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Por exemplo: 51 = 50 + 1; 52 = 50 + 2; 53 = 50 + 3;58 = 50 +8; 59 = 50 + 9. O aluno deve realizar actividades de recorte e colagem de números, para ordenação e comparação dos mesmos. O professor explica ao aluno o preenchimento da tabela de posição, a partir da decomposição de números em dezena e unidade, até 100. O aluno realiza as operações de adição e subtracção, usando números recortados. O procedimento escrito de adição e subtracção deverá ser explicado na base de tabela de posição. É importante que o professor destaque que, tanto na adição como na subtracção, a colocação dos algarismos na posição de dezenas e unidades deve ser respeitada. Neste sentido, o aluno poderá realizar jogos que exijam, primeiro, a definição da ordem que cada algarismo ocupa.
  • 155. 151 UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH III GRANDEZAS E MEDIDAS  Ler e marcar horas inteiras;  Construir relógios;  Identificar dia, semana, mês e o ano.  O relógio  Horas inteiras  O calendário  Dia, semana, mês e ano.  Resolve problemas que envolvem medidas de tempo. 30 Sugestões Metodológicas Medição do tempo O RELÓGIO O aluno constrói um relógio (mostrador e ponteiros), fixando os ponteiros com pauzinho, atache (fixador dos ponteiros), usando diversos materiais recicláveis (cartões e caixas), sob a orientação do professor. Para a concretização desta actividade, sugere-se que se recortem cartões e caixas, de modo a que cada aluno tenha o seu relógio. O CALENDÀRIO Trata-se, fundamentalmente, de iniciar os alunos na tomada de consciência da sucessão dos dias da semana, dos meses do ano e de os dotar de um vocabulário útil, na vida corrente. Os alunos começam por recordar os dias da semana. O professor deve iniciar cada dia de trabalho, escrevendo no quadro a data desse dia e as crianças registam no caderno diário, assim como o dia da semana.
  • 156. 152 Será útil a existência de um calendário na sala de aula. O professor pode orientar os alunos a construí-lo. Deste modo, os alunos familiarizam-se com ele e tomarão consciência dos dias. Diariamente, os alunos deverão assinalar o dia da semana no calendário. Em cada segunda-feira, pintam com a mesma cor o sábado e o domingo anteriores (dias em que não foram à escola). Esta actividade deve manter-se ao longo do ano. Quando acaba o mês, os alunos afixam uma nova folha e começam o mês seguinte. Uma actividade importante é assinalar, no calendário, os feriados, as datas comemorativas e, também, os aniversários das crianças. Os alunos realizam vários exercícios de identificação dos feriados e datas comemorativas no calendário, nomeadamente: 1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro, 7 de Abril, 7 de Setembro, 16 de Junho, 25 de Junho, 25 de Setembro, 12 de Outubro, 25 de Dezembro, Dia da Mãe e do Pai (data variável). O professor deve controlar os números das datas comemorativas, escritos pelos alunos no quadro e nos seus cadernos. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH IV NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES  Interpretar o significado da multiplicação, como adição de parcelas iguais;  Identificar números pares e ímpares;  Contar de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100;  Efectuar a divisão através de subtracções sucessivas; Multiplicação até 50  Noção de multiplicação  Números pares e ímpares  Contagem de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100  Multiplicação por 2, 3, 4 e 5  Tábuas de multiplicação  O dobro, a metade e o triplo de um número  Resolve problemas que envolvem multiplicação por 2, 3, 4, 5 e 10 e de divisão até 50. 60 Divisão até 50  Noção de divisão  Divisão partitiva como subtracções sucessivas até 50, com os divisores 2, 3, 4 e 5  A divisão como operação inversa da multiplicação  A divisão por 2, 3, 4 e 5 60
  • 157. 153 Sugestões Metodológicas A multiplicação O professor poderá seleccionar material concretizador para a aula, por exemplo, flores, lápis, cadernos e outros. Os próprios alunos poderão servir de material concretizador. Exemplo: o professor poderá formar três grupos de dois alunos cada e colocá-los em frente da turma, para permitir a observação dos outros. Depois pergunta à turma:  Quantos alunos estão à frente?  Quantos grupos são?  Quantos alunos estão em cada grupo? A partir das respostas dadas pelos alunos, o professor explica o conceito de multiplicação através de adição sucessiva de parcelas iguais: 2 + 2 + 2 = 6 Quantas vezes aparecem os dois (2)? 2 + 2 + 2 “São três vezes, os dois” 3 x 2 = 6. Analogamente, introduz-se a multiplicação por 3, 4, 5 e 10. Os problemas e exercícios com distribuições rectangulares ajudam a realçar a estrutura multiplicativa. No nosso dia-a-dia, observamos diversas distribuições rectangulares: uma embalagem, cartão ou favos de ovos, uma caixa de refrescos, uma janela rectangular com vários vidros e outras. Noção de divisão A noção de divisão deve ser explorada a partir de situações-problema que envolvem raciocínios de divisão, relacionando com as três operações já estudadas, tendo em conta que:  A divisão está relacionada com a multiplicação, pois a divisão é a operação inversa da multiplicação;  A divisão está também relacionada com a adição.
  • 158. 154 Vamos mostrar como resolver um problema, usando os diferentes raciocínios. Problema: A Yolanda tem um pacote com 15 bolachas. Se comer 3 bolachas por dia, quantos dias leva para comer todo o pacote? a) Raciocínio que envolve a adição: b) Verificam-se quantos grupos de 3 se obtêm para completar 15. A figura mostra claramente que se obtêm 5 grupos de 3. Portanto: 3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 15; logo, são 5 dias para comer todo o pacote. c) Raciocínio que envolve a subtracção: A partir de 15, vai subtraindo-se 3, até não ter nada. 15 – 3 = 12 12 – 3 = 9 9 – 3 = 6 6 – 3 = 3 3 – 3 = 0      1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia Desta forma, é fácil concluir que o pacote dá para 5 dias.
  • 159. 155 d) Raciocínio que envolve a multiplicação: Neste raciocínio, o aluno resolve a divisão, aplicando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação. 15: 3, pensa no número que, multiplicado por 3, dá 15. E neste caso, é o 5. Assim conclui-se que, o pacote dá para 5 dias. Numa primeira fase, o aluno tem a liberdade de escolher a estratégia que melhor se coadune com a sua forma de raciocinar e maior segurança lhe der. Após a resolução de um problema, o professor deve pedir aos diferentes alunos para explicarem as estratégias no quadro, descrevendo o caminho utilizado até chegar à solução. Pouco a pouco, os alunos vão adquirindo a capacidade de escolher a estratégia que melhor se adapte à sua maneira de pensar. Mais tarde, eles serão obrigados a resolver os problemas de divisão usando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação, que é o ideal. Para a consolidação da divisão, o professor poderá apresentar vários problemas, tais como: Problema 1: O pai do João comprou 12 cadernos para oferecer aos seus 4 filhos. Quantos cadernos receberá cada filho? Problema 2: A Yolanda comprou 15 ramos de flores. Ela tem 5 vasos e quer colocar, em cada vaso, o mesmo número de flores. Quantas flores vão ficar em cada vaso?
  • 160. 156 UNIDADE TEMÁTICA Objectivos Específicos O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH V ESPAÇO E FORMA  Traçar linhas curvas e rectas;  Identificar segmento de recta;  Distinguir figuras planas através de decomposição de sólidos geométricos e objectos;  Desenhar e pinta figuras planas;  Moldar e modelar os sólidos geométricos;  Relacionar as figuras e os sólidos geométricos com os objectos da vida real.  Figuras e sólidos geométricos  Linhas curvas e rectas  Noção de segmento de recta  Figuras planas (quadrado, rectângulo, triângulo e círculo)  Sólidos geométricos (bloco, cubo, esfera e cilindro)  Resolve problemas que envolvem figuras e sólidos geométricos. 40 Sugestões Metodológicas ESPAÇO E FORMA Em muitos lugares, tais como lojas, mercados, casas, podemos encontrar produtos em pacotes, caixas, latas, por exemplo caixa de fósforo, pacote de chá, de margarina, de sumo, caixa de refrescos, uma lata de azeite e outros. Os alunos vão aprender as linhas curvas e rectas, as figuras planas (rectângulo, quadrado, triângulo e círculo), a partir da decomposição de modelos de sólidos geométricos escolhidos para identificação de faces rectangulares, quadrangulares, triangulares e circulares.
  • 161. 157 IDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO COMPETÊNCIAS PARCIAIS O aluno CH VI GRANDEZAS E MEDIDAS  Identificar moedas e notas do dinheiro moçambicano;  Decalcar e recorta moedas;  Cantar canções que valorizam o metical.  Medir pequenos comprimentos, usando unidades não padronizadas (o palmo, o pé e o passo) como base para conhecer as unidades padronizadas.  Realizar experiências que conduzam à noção de capacidade e massa. O Metical  Moedas e notas do dinheiro moçambicano:  Moedas (1 MT, 2 MT, 5 MT e 10 MT)  Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT)  Resolve problemas do quotidiano, que envolvem noções de comprimento, capacidade e massa;  Resolve problemas quotidianos de compra e venda em estabelecimentos improvisados; 20  Comprimento, capacidade e massa  Noção de metro (m)  Noção de centímetro (cm)  Noção de quilograma (kg)  Noção de litro (l) 30
  • 162. 161 Sugestões Metodológicas Dinheiro Moçambicano - o metical O uso do dinheiro é uma prática social. Em princípio, é natural que os alunos já estejam familiarizados com algumas moedas e notas em circulação. Consideramos adequado para o 1º ciclo, o conhecimento das moedas e notas em circulação até 100 MT, uma vez que o estudo dos números se processa até 100. Na concretização das actividades, os alunos devem recorrer à manipulação de moedas e notas em circulação (em simulação prática de processos de compra e venda).  Identificar, em uma colecção de moedas e notas, as que têm determinado valor;  Trocar moedas e notas por outras de maior, ou menor valor;  Determinar o valor de uma dada colecção de moedas e notas;  Fazer diferentes colecções de moedas e notas, de modo a perfazer uma determinada quantia;  Brincar às lojas improvisadas. As crianças, desde muito cedo, lidam com situações reais da vida que as obrigam a manusear moedas e notas do dinheiro moçambicano: a) Moedas (1 MT, 2 Mt, 5 MT e 10 MT) b) Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT) A partir desta experiência que as crianças trazem da sua vivência para a escola, o professor poderá preparar material didáctico com cartolina, para ilustração de moedas e notas. Os alunos poderão decalcar o papel em diferentes moedas e pintar, usando diferentes cores. Poderão também desenhar diferentes moedas e notas do dinheiro nacional. A outra experiência que se pode aproveitar dos alunos, são as operações de compra e venda de produtos, tais como rebuçados, bolachas, lápis, caderno escolar. Para tal, o professor poderá orientar os alunos, para realizarem uma simulação de compra e venda de alguns produtos. No fim, poderá fazer a sistematização segundo o conteúdo programado, dando ênfase à resolução de problemas simples de compra e venda com/e sem troco. Medição de comprimentos, capacidade-volume e massa Medir uma grandeza é compará-la com a unidade de medida escolhida; associa-se à grandeza de um número real.
  • 163. 162 A melhor maneira de aprender a medir é permitir, à criança, a sua máxima espontaneidade. Portanto, colocado o aluno perante um problema de medição - por exemplo saber o comprimento da carteira – o professor não lhe deve dar qualquer sugestão. Ele encontrará o seu próprio modelo. Quanto mais variadas forem as experiências que tiver de realizar, mais profunda será a sua compreensão do acto de medir e mais facilmente resolverá problemas que envolvam medidas. Neste caso, a interacção entre alunos é muito importante para o desenvolvimento de competências individuais e colectivas. Medição de comprimentos 1ª Actividade Os alunos observam dois objectos, por exemplo dois lápis e, por comparação directa, sobrepondo-os, verificam qual é o mais comprido. 2ª Actividade O professor mostra dois lápis, de comprimentos sensivelmente iguais e coloca-os em dois sítios diferentes, por exemplo, um em cada extremidade da secretária. O professor pede aos alunos que digam qual dos lápis é mais comprido, mas sem os deslocar. O professor deixa os alunos reagirem à vontade. O objectivo é fazê-los sentirem a necessidade de utilizar um meio intermediário de comparação. Neste caso, já não é possível comparar os objectos directamente. 3ª Actividade O professor propõe aos alunos que meçam o comprimento da carteira. É natural que eles recorram às mais variadas unidades de medida: lápis, caneta, pau de giz, pauzinho, palmos e outros. Perante a diversidade de soluções obtidas, é importante discutir a necessidade de utilizar a mesma unidade de medida por todos os alunos. Uma vez escolhida a unidade de medida - por exemplo, uma banda de papel - é importante que os alunos verifiquem a impossibilidade de, por vezes, exprimir o resultado de uma medição por um só número. Daí a necessidade de construir um sistema arbitrário de unidades, obtido, por exemplo, dobrando a banda de papel, sucessivamente, em duas partes iguais. A B
  • 164. 163 C Em seguida, estabelece-se uma relação entre as novas unidades de medidas. Uma (1) banda A vale duas (2) bandas B e quatro (4) bandas C. Deve-se também aprender a escolher as unidades, de acordo com o comprimento que se quer avaliar. Não faria sentido medir o comprimento da sala de aula com palmos! Medição de capacidades A metodologia a seguir pode ser idêntica à adoptada para a medição de comprimentos. Perante duas vasilhas de formas diferentes, se perguntarmos ao aluno qual leva mais água (ou areia), ele não terá dificuldade em resolver o problema. Enche uma das vasilhas e despeja o conteúdo na outra. É conveniente que os alunos realizem várias experiências de medição de capacidades. A certa altura, as suas unidades de medida revelam-se insuficientes, pelo que os alunos sentirão necessidade de criar um sistema arbitrário de unidades e estabelecer uma relação entre as novas unidades de medida. Exemplo A B C A lata A vale 2 latas B. A lata B vale 6 colheres C Tal como dissemos para a medição de comprimentos, na medição de capacidades deve-se aprender a escolher as unidades, de acordo com a capacidade que se quer avaliar. Não faria sentido medir a capacidade de um balde de 5 litros com a colher. A conservação de volumes só surge por volta dos 10 aos 11 anos. Por este facto, não se propõem actividades de volumes de sólidos. Medição de massa Analogamente, o processo de trabalho com pesos pode ser idêntico aos anteriormente descritos. O aluno começa por fazer comparações, servindo-se das mãos e da balança de braços iguais. Depois, passa a
  • 165. 164 utilizar unidades de medida, que começam por ser pouco rigorosas (pedras, por exemplo). O aluno rapidamente apercebe-se de que a escolha tem que ser mais criteriosa. Escolhe, por exemplo, as tampinhas das garrafas de refrescos. Se os alunos vivenciarem diversas experiências de medições de comprimentos, capacidades e pesos, a passagem para o 2º ciclo, para as respectivas unidades do sistema métrico, far-se-á facilmente.
  • 166. 161 Programa de Educação Física 1ºCiclo
  • 167. 162 Introdução A Educação Física é um dos direitos fundamentais do cidadão, devendo ser garantida pelo sistema educativo e por outras instituições sociais. O presente programa tem como propósito imprimir uma dinâmica às aulas desta disciplina, na perspectiva de, simultaneamente, desenvolver o sentido de cidadania, habilidades práticas, ocupacionais e etnoculturais, isto é, valorizando os conhecimentos das práticas da comunidade onde a escola está inserida. A ideia central é começar por jogos e exercícios simples para desenvolver a motricidade e as habilidades da criança, num período de adaptação e, gradualmente, ir aumentando o grau de exigências de acordo com a idade do aluno. Pretende-se que o Programa da disciplina de Educação Física assegure um desenvolvimento contínuo das capacidades e habilidades motoras, praticando a actividade física nas condições em que a escola se encontra, com vista a desenvolver um estilo de vida activo e saudável. O Programa apresenta conteúdos que contribuem na organização e controlo integral do aluno, nas duas classes, em forma de espiral, diferenciando-se no grau de exigências, segundo o nível de desenvolvimento das capacidades motoras e da idade. A abordagem em espiral visa fortalecer o desenvolvimento de competências parciais desta disciplina, na classe e no ciclo de aprendizagem, que promovam hábitos motores consequentes, o que requere tempo.
  • 168. 167 Visão geral dos conteúdos do 1º Ciclo 1ª CLASSE 2ª CLASSE UNIDADE TEMÁTICA CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH GINÁSTICA DE BASE  Exercícios de organização e controlo  Formatura básica com a marcação de distância  Marcha seguindo o compasso e a contagem do professor  Exercícios de desenvolvimento físico geral  Jogos de orientação espacial através da contagem  Exercícios de orientação espacial  Exercícios de orientação usando jogos de numeração  Exercícios de coordenação motora  Jogos de corridas em diferentes velocidades  Jogos de deslocamento em grupos  Exercícios de equilíbrio portando objectos  Exercícios de imitação de animais, ofícios entre outros  Jogos de lançamento e recepção  Exercícios de agilidade  Exercícios de coordenação motora 8  Exercícios de organização e controlo  Marcha no lugar em deslocamento seguindo a contagem  Exercício de mudanças de formatura  Conversões (Giro)  Exercício de orientação espacial  Conversões seguindo a orientação do professor  Exercícios de coordenação motora  Exercícios de ordem seguindo a orientação  Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha  Exercício de baloiçar em objectos e equilibrar uma bola ou objecto na cabeça  Exercícios de desenvolvimento físico geral 8 JOGOS EDUCATIVO S  Jogos com a bola  Jogos educativos  Jogos com a bola feita pelos alunos  Jogos reduzidos  Exercícios de imitação de animais 12  Passe e recepção da bola  Jogos de passe e recepção com contagem  Jogo de neca  Jogo de mata-mata  Jogos educativos  Jogos de lançamento de precisão 12 JOGOS E DANÇAS TRADICION AIS  Jogos e danças tradicionais  Jogos e danças da região 14  Jogos e danças típicas da localidade onde a escola se encontra 14
  • 169. 168 Programa de Educação Física 1ªClasse
  • 170. PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH GINÁSTICA DE BASE  Realizar formaturas básicas;  Efectuar a marcação da distância na formatura;  Marchar no lugar e em deslocamento;  Realizar jogos de equilibrio  Exercícios de organização e controlo  Formatura básica com marcação de distância  Marcha seguindo o compasso e a contagem do professor  Exercícios de desenvolvimento físico geral  Jogos de orientação espacial através da contagem  Exercícios de orientação espacial  Exercícios de orientação usando jogos de numeração  Exercícios de coordenação motora  Jogos de corrida em diferentes velocidades  Jogos de deslocamento em grupos  Exercícios de equilíbrio portando objectos  Exercícios de imitação de animais, ofícios entre outros  Jogos de lançamento e recepção  Executa as formaturas básicas;  Executa a marcha no lugar, a marcha em deslocamento e os passos laterais em vários ritmos;  Executa acções de coordenação óculo- manual;  Executa os exercícios de coordenação motora;  Realiza jogos de equilíbrio. 8 JOGOS EDUCATIVOS  Efectuar diferentes jogos com a bola;  Fazer uma bola de trapos e jogar;  Realizar exercícios de imitação de animais  Jogos com a bola  Jogos educativos  Jogos com a bola feita pelos alunos Exercícios de imitação de animais  Realiza jogos com a bola;  Obedece as regras do jogo;  Reconhece os resultados do jogo;  Distingue o animal, a partir de gestos imitatórios. 12 JOGOS E DANÇAS TRADICIONAIS  Efectuar danças tradicionais conhecidas pelos alunos.  Jogos e danças tradicionais Jogos e danças da região  Pratica jogos tradicionais;  Reconhece o colega da equipa;  Pratica danças tradicionais;  Pratica jogos da sua região;  Respeita as regras de jogo. 14
  • 171. Sugestões Metodológicas Na disciplina de Educação Física o professor deve garantir as condições de higiene e segurança do local da realização da aula, para se evitar lesões. Os exercícios de organização e controlo devem estar presentes em todas as unidades temáticas, devendo ser aplicados em qualquer parte da aula sempre que sejam necessários. Ginástica de Base Nas formaturas, o professor deve prestar maior atenção à correcção de erros de execução, assim como às posições básicas necessárias para criar as rotinas organizativas que facilitam a aprendizagem. A marcha deve ser acompanhada por contagem marcada pelo professor, para permitir uma melhor organização da turma, uma vez que os alunos seguirão o compasso da contagem para a sua execução. Os jogos de corridas devem ser alternados com marchas, para se evitar monotonia, e não devem ser prolongados. Os exercícios de desenvolvimento físico geral (flexões, torções, circunduções entre outros) não devem ser de longa duração, e deve-ser realizados com canticos, que indicam a acção a realizar. O vocabulário básico adquirido nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, relacionado com a lateralidade, poderá ser acompanhado de canções relacionadas com a orientação espacial. Nos exercícios de equilíbrio, deve-se usar material de fácil acesso, (pauzinhos, pedras pequenas, entre outros). Estes exercícios de equilíbrio podem ser sobre uma perna, correr ou saltar com uma perna, entre outros. O espaço físico a utilizar para a aula deve ser limitado, de modo a permitir o controlo do cumprimento das regras dos jogos e das diferentes formas organizativas. A presença dos alunos nas primeiras aulas facilita a organização da turma e, sempre que possível, os alunos devem formar da mesma maneira, para permitir maior aproveitamento do tempo na organização das crianças.
  • 172. 171 No início de cada aula, o professor deve velar pela saúde dos alunos, os que estiverem com alguma doença devem ser retirados da aula, podendo ser recomendados a velar pelo cumprimento de regras. Jogos Educativos Os jogos com a bola não podem ser desportivos, e devem ser realizados por todos os alunos. Nos exercícios de imitação de gestos e vozes de animais, o professor, para além de dizer o nome do animal, poderá mostrar a imagem para o desenvolvimento da leitura. Jogos e Danças Tradicionais O ensino de jogos tradicionais deve começar pelos mais praticados na região, podendo ser sugeridos pelos alunos. A metodologia de leccionação de danças tradicionais é a mesma que a usada para jogos tradicionais. Na medida do possível, as danças tradicionais podem ser acompanhadas com uma música ou uma canção para tornar a aprendizagem mais lúdica. No final de cada aula, o professor deverá fazer uma pequena avaliação sobre o decurso da mesma, devendo destacar os alunos que mais se dedicaram e encorajar que os outros sejam melhores para as próximas aulas.
  • 173. Programa de Educação Física 2ª Classe
  • 174. UNIDADE TEMÁTICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH GINÁSTICA DE BASE  Marchar no lugar ao compasso do professor;  Formar por ordem da altura;  Exercícios de organização e controlo  Jogos de corrida a diferentes velocidades  Marcha no lugar em deslocamento, seguindo a contagem  Jogos de orientação espacial através da contagem  Executa a marcha no lugar e em deslocamento;  Executa acções de abrir e fechar formaturas;  Executa a formatura para cantar o Hino Nacional e o içar da bandeira. 8  Formar fileiras e colunas  Executar acções de orientação espacial  Efectuar conversões simples  Exercício de mudanças de formatura  Exercício de orientação espacial  Exercícios de coordenação motora  Exercícios de ordem, seguindo a orientação  Orienta-se no espaço em diferentes direcções (esquerda, direita, frente e atrás);  Executa mudanças de formatura no lugar, tomando os pontos do recinto como referência.  Caminhar sobre uma linha traçada no solo, a pé cochinho;  Realizar exercícios de deslocamentos em diferentes direcções  Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha  Exercícios de baloiçar em objectos, equilibrar uma bola ou objecto na cabeça  Exercícios de desenvolvimento físico geral  Realiza jogos de equilíbrio;  Executa acções de coordenação óculo-manual. JOGOS EDUCATIVOS  Jogar a bola com as mãos e os pés;  Realizar jogos de passes e recepção com contagem crescente e decrescente até 10  Passe e recepção da bola  Jogos de passe e recepção com a contagem  Jogos de lançamentos por equipas de 6 elementos  Joga a bola com qualquer parte do corpo;  Obedece as regras do jogo. 6  Efectuar diferentes tipos de jogos conhecidos pelos alunos;  Jogo de neca  Jogo de mata-mata  Jogos educativos  Jogos de lançamento de precisão  Colabora com os colegas;  Aceita o resultado do jogo. 6 JOGOS E DANÇAS TRADICIONAIS  Cantar e dançar canções conhecidas pelos alunos;  Realizar jogos tradicionais conhecidos pelos alunos.  Jogos e danças típicas da localidade onde a escola se encontra  Respeita as regras de jogo;  Pratica danças tradicionais da região. 14
  • 175. 174 Sugestões Metodológicas Para a 2ª classe, o professor deve ter em conta o desenvolvimento das capacidades motoras das crianças em relação a primeira classe, e por conseguinte o nível de exigência deve ser maior. O professor poderá recorrer às sugestões metodológicas da primeira classe, sempre que se julgar necessário. Na medida do possível, o professor deve incluir os alunos com deficiência na aula, dando tarefas que possam realizar na aula. Ginástica de Base Na ginástica de base, para a segunda classe, deve-se incluir algumas conversões simples no lugar. Estas devem ser breves e não devem exceder mais de um tipo na mesma aula. Na realização dos exercícios de coordenação motora, é importante que se preste atenção à lateralidade e às conversões. Os giros devem ser realizados no lugar e para esta classe recomenda-se que sejam simples, ou seja de 90º para transformar colunas em fileiras e vice-versa. Ao mesmo tempo que os alunos forem executando as converções, o professor deve ir explicando o tipo de formatura adoptado antes e depois do giro. Deve-se prestar atenção à correcção de erros de execução em todo o momento, mas para se evitar a quebra do movimento ou exercício, os mesmos devem ser corrigidos de uma forma geral para todos os alunos. Jogos Educativos Na realização dos jogos educativos, o professor deve ter em conta a consolidação das competências desenvolvidas na primeira classe. O aluno realiza jogos que vão aumentando de grau de complexidade, por exemplo, reduzindo o espaço do jogo ou aumentando o número de jogadores. O cumprimento das regras do jogo é de carácter obrigatório, pelo que o professor deve prestar atenção a este aspecto. Danças e Jogos Tradicionais Os jogos e as danças a serem executados devem ser levados à aula pelos alunos.
  • 176. 175 Recomenda-se o seguimento das regras ou metodologias de ensino dos jogos e danças tradicinais para que o professor possa facilitar a execução dos mesmos. Nos casos em que o professor não conheça a dança ou o jogo, o aluno fará uma explicação sobre a forma de execução, as regras e desta forma o professor poderá ensinar tendo em conta a metodologia aplicada.