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Binóculos ou lentes de aumento?
Exemplos da aplicação da abordagem
   Lean Six Sigma na gestão de TI


         José Luiz Kugler
I    Desafios da gestão de TI

II   Evolução das abordagens de gestão

III Sumário da abordagem Lean Six Sigma

IV Resumo da análise quantitativa

V    Debate e conclusões
Desafios da gestão de TI

 Alinhar a TI com as prioridades e
  objetivos dos usuários
 Atender os SLAs exigidos
 Otimizar os recursos existentes
 Acompanhar a evolução tecnológica
 Estimar a demanda futura
 Avaliar os impactos que a demanda
  causará na infra-estrutura de TI e os
  investimentos necessários
 Conciliar as perspectivas dos diversos
  gestores e especialidades envolvidas
Desafios da gestão de TI

 A gestão de TI deve ser baseada na coleta
  e análise de evidências
 Evidências são métricas associadas aos
  recursos, objetos, eventos, resultados e
  fatores críticos relacionados ao processo
  produtivo da organização
 As métricas representam as variações e
  tendências relacionadas aos volumes de
  demanda, cargas de produção, janelas
  críticas e demais fatores que impactam as
  funções de TI
Na prática, a gestão de TI precisa...

 Monitorar a utilização de recursos
 Definir valores limite para o disparo de
  alertas e ações corretivas
 Negociar SLAs realistas e adequados aos
  recursos e competências da organização
 Criar uma base analítica para avaliar e
  simular o consumo de recursos, incidência
  de problemas e tendências futuras
 Identificar gargalos e pontos de turbulência
  e recomendar adaptações e melhorias
I    Desafios da gestão de TI

II   Evolução das abordagens de gestão

III Sumário da abordagem Lean Six Sigma

IV Resumo da análise quantitativa

V    Debate e conclusões
Evolução das abordagens de gestão


           • Just in Time
           • Kanban




           • Total Quality
• Deming                     • Six Sigma         • Lean Six Sigma
           • Kaisen
• Juran                        (Motorola)          (GE)
           • Benchmarking




                             • Lean Production
           • Ohno
                             • Lean Thinking
             (Toyota)
                             • Value Stream
I    Desafios da gestão de TI

II   Evolução das abordagens de gestão

III Sumário da abordagem Lean Six Sigma

IV Resumo da análise quantitativa

V    Debate e conclusões
A abordagem Lean Six Sigma

                Objetivos e diretrizes
Voice of the    Análise de resultados
 Business       Idéias de investimentos

                Expectativas de performance
Voice of the    Análise dos Gaps
 Customer       Idéias de projetos

                Medidas de performance
Voice of the    Análise do comportamento real/possível
  Process        e suas restrições
                Idéias de melhorias e inovação
A abordagem Lean Six Sigma


 Os gestores precisam entender a Voz do
  Processo e amenizar os Gaps em relação à
  Voz do Cliente / Voz do Negócio
 Nenhum dado tem significado fora do
  contexto que o originou
 Comparações entre pares de valores
  raramente tem sentido, exceto para
  “apagar incêndios”
Qual é a temperatura
 típica em São Paulo,
      em agosto?
Qual é a temperatura em São Paulo em agosto?
Qual é a temperatura em São Paulo em agosto?




                                  12 graus
                 12 graus
12 graus
A abordagem Lean Six Sigma

 O comportamento de qualquer sistema ou
  processo está sujeito a variações
 Algumas variações são esporádicas (“ruído”)
 Outras refletem uma tendência (“sinal”), ou
  seja, modificação mensurável na trajetória
  do sistema
 Em alguns casos a variação é aleatória,
  súbita, imprevisível e com forte impacto
  (“black swans”)
A abordagem Lean Six Sigma

                     Ruídos
  Variação           Sinais (tendências)
                     Catastróficas (“black swans”)

 Precisamos distinguir ruídos e tendências
 Sem este cuidado podemos interpretar ruídos como sinais
 Pior ainda, podemos não detectar os sinais imersos no
  comportamento do sistema
 Sem análise quantitativa adequada o entendimento de
  ruídos e tendências é precário
A abordagem Lean Six Sigma

2ª. Feira             5ª. Feira ???




3ª. Feira             6ª. Feira ???




4ª. Feira
Nossas limitações cognitivas...

 Generalizamos com baixíssimo N
 Dificuldade para estimar freqüências e
  probabilidades(nossas estimativas
  “intuitivas” apresentam forte viés)
 Dificuldade para interpretar diversas
  variáveis agindo de forma simultânea
 Somos suscetíveis aos eventos recentes
  (“pior” inverno, verão, engarrafamento
  de trânsito), principalmente se não
  monitoramos de forma cumulativa o
  fenômeno.
A abordagem Lean Six Sigma

  34%               34%           Em um processo estabilizado (não
                                 caótico), qual é a sua variação (VP)?


        -1 +1                               95,4%
                          2,3%                  2,3%


                           -2 +2
                                                                           99%
6 Sigma: 99,97%
                                                0,5%                           0,5%
   3,4 ppm
                                              -2,58 +2,58
A abordagem Lean Six Sigma


 Análise das variações e suas causas
 Se não entendemos a variação e suas causas, os
  Gaps VP vs. VC/VB vão persistir ou ampliar
 Para aproximar a VP da VC/VB podemos:
       Aperfeiçoar o sistema
       Alterar as especificações da VC/VB
       Distorcer o sistema; ou
       Distorcer os dados sobre o desempenho do sistema
I    Os desafios da gestão de TI

II   Evolução das abordagens de gestão

III Sumário da abordagem Lean Six Sigma

IV Resumo da análise quantitativa

V    Debate e conclusões
Resumo da Análise Quantitativa

 Análise de 28 sistemas que rodam no mainframe
  IBM de uma grande empresa
 Horizonte de análise: 36 meses
 As métricas colhidas para cada sistema foram:
       Jobs executados
       Programas
       EXCPs
       Service Units
       CPU time
       Elapsed time
       Start time
       End time
       Abends de jobs
       Abends de programas
Resumo da Análise Quantitativa


 As primeiras 6 variáveis (número de jobs; número
  de programas; EXCPs; service units; CPU time; e
  elapsed time) são métricas de produção
 Expressam o consumo de recursos da instalação
 Representam a VP
 Os exemplos expostos são baseados em 9
  sistemas, escolhidos de forma aleatória
 Horizonte reduzido para 10 meses
Resumo da Análise Quantitativa
                15.000.000.000


                14.000.000.000


                13.000.000.000


Service Units   12.000.000.000




Sistema CAM     11.000.000.000


                10.000.000.000


                 9.000.000.000
                                 2a. Feira    3a. Feira       4a. Feira        5a. Feira        6a. Feira     Sábados     Domingos




                                  2.900.000.000
                                  2.800.000.000
                                  2.700.000.000


        Service Units
                                  2.600.000.000
                                  2.500.000.000
                                  2.400.000.000

        Sistema OSA               2.300.000.000
                                  2.200.000.000
                                  2.100.000.000
                                  2.000.000.000
                                                  2a. Feira        3a. Feira        4a. Feira         5a. Feira     6a. Feira      Sábados       Domingos



                                                              32.000.000.000

                                                              31.000.000.000

                                                              30.000.000.000


                Service Units                                 29.000.000.000

                                                              28.000.000.000

                Sistema TFM                                   27.000.000.000

                                                              26.000.000.000

                                                              25.000.000.000
                                                                                    2a. Feira       3a. Feira     4a. Feira     5a. Feira    6a. Feira      Sábados   Domingos
Resumo da Análise Quantitativa
                                                 Abends Progr. /
Estabilidade                           Sistema     Serv Units
                                         TFM          9,31
 Quantidade de términos anormais        CAM          1,99
  de execução                             ICE         2,03
                                         RAN          6,07
 Diretamente relacionada ao
                                         OPQ         23,06
  esforço de setup e retrabalho          DAM          1,17
 Mensurada de forma proporcional        BCA          8,57
  ao tamanho dos sistemas                XAL         36,43
                                         OSA         10,32


                        número de abends de programas
 Estabilidade = 107 x
                                 service units
Resumo da Análise Quantitativa


Volatilidade
 Variação das métricas de produção
 Mensurada pelas vezes em que o desvio padrão (Sigma)
  é relevante (ou seja, amplo)
        Score = 1 para desvio > 50%
        Score calculado para cada sistema, para cada
        métrica de produção
Resumo da Análise Quantitativa

Volatilidade
 O score pode variar de zero (sem desvios significativos no período
  observado) até o máximo de 42 (desvios significativos em todos os
  dias da semana, nas 6 métricas de produção)
Resumo da Análise Quantitativa

Volatilidade
 A volatilidade deve ser analisada em função
  do seu impacto prático
 Se um sistema concentra sua produção nos
  fins de semana e os picos de volatilidade
  ocorrem nos dias úteis, esta variação é
  menos danosa em comparação com outro
  sistema cuja volatilidade coincide com o seu
  período de maior demanda de produção
 A métrica deve ser calibrada em função do
  número de vezes em que os maiores desvios
  coincidem com os dias de maior demanda
Resumo da Análise Quantitativa

Volatilidade
 O score final foi obtido atribuindo-se peso 1 para Sigma > 50% da média;
  e peso 2 se a variação elevada coincidir com os picos de produção
           Desv Padr / Média    Maior variação
              > 50% nas        ocorre nos dias de    Score de
 Sistema      6 métricas        maior demanda       volatilidade    Situação
   TFM             3                    0                3         Balanceado
   CAM             5                    0                5         Balanceado
    ICE            8                    4                16        Balanceado
   RAN            14                    3                20         Razoável
   OPQ            17                    8                33         Razoável
  DAM             25                    7                39          Crítico
   BCA            29                    8                45          Crítico
   XAL            29                   12                53          Crítico
   OSA            42                   23                88        Muito crítico
9
               35
                                                            XAL
    Instável                                    7
                                               OPQ
               30
                                                                     5
                                                                    OSA
               25
                      1                                  6
                     TFM                                BCA
Estabilidade   20                         2
                                         RAN
               15
                                  8
                                 ICE
               10        4
                        CAM                           3
                                                     DAM
     Estável    5


                    Balanceado         Volatilidade               Volátil


                                                 Obs. Gráfico não está em escala
I    Os desafios da gestão de TI

II   Evolução das abordagens de gestão

III Sumário da abordagem Lean Six Sigma

IV Resumo da análise quantitativa

V    Debate e conclusões
Debate e conclusões

 Precisamos das análises detalhadas de variáveis
  isoladas (lente de aumento); e das que
  sintetizam diversas variáveis (binóculo)
 A análise quantitativa não é feita no vazio; não
  substitui a intuição e o conhecimento de quem
  administra os problemas da instalação
 A análise provoca reflexão sobre certos Gaps
  (exemplo: incidentes registrados vs retrabalho)
 Os resultados podem comprovar ou ampliar a
  percepção dos gestores quanto aos riscos ou
  vulnerabilidade de certos sistemas
Debate e conclusões

 Alterações (recursos, sequenciamento,
  prioridade) em um sistema afetam toda a
  cadeia
 Para análise de sequenciamento outras
  modelagens estatísticas serão consideradas
 Outras variáveis serão incluídas em estudos
  futuros
Muito obrigado!

  José Luiz Kugler
jose.kugler@fgv.br
Perfil do palestrante

José Luiz Kugler
 Professor de Informática e Métodos Quantitativos da EAESP/FGV; e Diretor Presidente
  da Optimize! Tecnologia da informação Ltda.
 Especialista em técnicas analíticas; desenvolveu projetos e pesquisas em gestão
  estratégica, business intelligence, modelagem de indicadores de desempenho, data
  mining e segmentação de clientes.
 Exerceu funções técnicas e executivas em empresas e órgãos governamentais no Brasil
  e exterior. Foi Latin America Director na Informix Software Corporation; Diretor
  Técnico e Diretor de Serviços Profissionais na CPM Sistemas; Managing Director na
  Morgen Trading Company, New York; Professor Visitante na University of Pittsburgh,
  Pennsylvania; e Professor Adjunto na Fordham University, New York.
 Foi membro fundador da Society for Information Systems e membro do conselho
  editorial do Journal for Global Information Systems. Autor de 2 livros. Publicou artigos
  no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido.
 É Engenheiro Civil (UFPR), Mestre em Ciências em Administração (COPPEAD/ UFRJ),
  pós-graduado em Information Economics (Carnegie Mellon University) e PhD,
  Management Systems (University of Pittsburgh).

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Examples of lean six sigma applied to IT management

  • 1. Binóculos ou lentes de aumento? Exemplos da aplicação da abordagem Lean Six Sigma na gestão de TI José Luiz Kugler
  • 2. I Desafios da gestão de TI II Evolução das abordagens de gestão III Sumário da abordagem Lean Six Sigma IV Resumo da análise quantitativa V Debate e conclusões
  • 3. Desafios da gestão de TI  Alinhar a TI com as prioridades e objetivos dos usuários  Atender os SLAs exigidos  Otimizar os recursos existentes  Acompanhar a evolução tecnológica  Estimar a demanda futura  Avaliar os impactos que a demanda causará na infra-estrutura de TI e os investimentos necessários  Conciliar as perspectivas dos diversos gestores e especialidades envolvidas
  • 4. Desafios da gestão de TI  A gestão de TI deve ser baseada na coleta e análise de evidências  Evidências são métricas associadas aos recursos, objetos, eventos, resultados e fatores críticos relacionados ao processo produtivo da organização  As métricas representam as variações e tendências relacionadas aos volumes de demanda, cargas de produção, janelas críticas e demais fatores que impactam as funções de TI
  • 5. Na prática, a gestão de TI precisa...  Monitorar a utilização de recursos  Definir valores limite para o disparo de alertas e ações corretivas  Negociar SLAs realistas e adequados aos recursos e competências da organização  Criar uma base analítica para avaliar e simular o consumo de recursos, incidência de problemas e tendências futuras  Identificar gargalos e pontos de turbulência e recomendar adaptações e melhorias
  • 6. I Desafios da gestão de TI II Evolução das abordagens de gestão III Sumário da abordagem Lean Six Sigma IV Resumo da análise quantitativa V Debate e conclusões
  • 7. Evolução das abordagens de gestão • Just in Time • Kanban • Total Quality • Deming • Six Sigma • Lean Six Sigma • Kaisen • Juran (Motorola) (GE) • Benchmarking • Lean Production • Ohno • Lean Thinking (Toyota) • Value Stream
  • 8. I Desafios da gestão de TI II Evolução das abordagens de gestão III Sumário da abordagem Lean Six Sigma IV Resumo da análise quantitativa V Debate e conclusões
  • 9. A abordagem Lean Six Sigma  Objetivos e diretrizes Voice of the  Análise de resultados Business  Idéias de investimentos  Expectativas de performance Voice of the  Análise dos Gaps Customer  Idéias de projetos  Medidas de performance Voice of the  Análise do comportamento real/possível Process e suas restrições  Idéias de melhorias e inovação
  • 10. A abordagem Lean Six Sigma  Os gestores precisam entender a Voz do Processo e amenizar os Gaps em relação à Voz do Cliente / Voz do Negócio  Nenhum dado tem significado fora do contexto que o originou  Comparações entre pares de valores raramente tem sentido, exceto para “apagar incêndios”
  • 11. Qual é a temperatura típica em São Paulo, em agosto?
  • 12. Qual é a temperatura em São Paulo em agosto?
  • 13. Qual é a temperatura em São Paulo em agosto? 12 graus 12 graus 12 graus
  • 14. A abordagem Lean Six Sigma  O comportamento de qualquer sistema ou processo está sujeito a variações  Algumas variações são esporádicas (“ruído”)  Outras refletem uma tendência (“sinal”), ou seja, modificação mensurável na trajetória do sistema  Em alguns casos a variação é aleatória, súbita, imprevisível e com forte impacto (“black swans”)
  • 15. A abordagem Lean Six Sigma Ruídos Variação Sinais (tendências) Catastróficas (“black swans”)  Precisamos distinguir ruídos e tendências  Sem este cuidado podemos interpretar ruídos como sinais  Pior ainda, podemos não detectar os sinais imersos no comportamento do sistema  Sem análise quantitativa adequada o entendimento de ruídos e tendências é precário
  • 16. A abordagem Lean Six Sigma 2ª. Feira 5ª. Feira ??? 3ª. Feira 6ª. Feira ??? 4ª. Feira
  • 17. Nossas limitações cognitivas...  Generalizamos com baixíssimo N  Dificuldade para estimar freqüências e probabilidades(nossas estimativas “intuitivas” apresentam forte viés)  Dificuldade para interpretar diversas variáveis agindo de forma simultânea  Somos suscetíveis aos eventos recentes (“pior” inverno, verão, engarrafamento de trânsito), principalmente se não monitoramos de forma cumulativa o fenômeno.
  • 18. A abordagem Lean Six Sigma 34% 34% Em um processo estabilizado (não caótico), qual é a sua variação (VP)? -1 +1 95,4% 2,3% 2,3% -2 +2 99% 6 Sigma: 99,97% 0,5% 0,5% 3,4 ppm -2,58 +2,58
  • 19. A abordagem Lean Six Sigma  Análise das variações e suas causas  Se não entendemos a variação e suas causas, os Gaps VP vs. VC/VB vão persistir ou ampliar  Para aproximar a VP da VC/VB podemos: Aperfeiçoar o sistema Alterar as especificações da VC/VB Distorcer o sistema; ou Distorcer os dados sobre o desempenho do sistema
  • 20. I Os desafios da gestão de TI II Evolução das abordagens de gestão III Sumário da abordagem Lean Six Sigma IV Resumo da análise quantitativa V Debate e conclusões
  • 21. Resumo da Análise Quantitativa  Análise de 28 sistemas que rodam no mainframe IBM de uma grande empresa  Horizonte de análise: 36 meses  As métricas colhidas para cada sistema foram: Jobs executados Programas EXCPs Service Units CPU time Elapsed time Start time End time Abends de jobs Abends de programas
  • 22. Resumo da Análise Quantitativa  As primeiras 6 variáveis (número de jobs; número de programas; EXCPs; service units; CPU time; e elapsed time) são métricas de produção  Expressam o consumo de recursos da instalação  Representam a VP  Os exemplos expostos são baseados em 9 sistemas, escolhidos de forma aleatória  Horizonte reduzido para 10 meses
  • 23. Resumo da Análise Quantitativa 15.000.000.000 14.000.000.000 13.000.000.000 Service Units 12.000.000.000 Sistema CAM 11.000.000.000 10.000.000.000 9.000.000.000 2a. Feira 3a. Feira 4a. Feira 5a. Feira 6a. Feira Sábados Domingos 2.900.000.000 2.800.000.000 2.700.000.000 Service Units 2.600.000.000 2.500.000.000 2.400.000.000 Sistema OSA 2.300.000.000 2.200.000.000 2.100.000.000 2.000.000.000 2a. Feira 3a. Feira 4a. Feira 5a. Feira 6a. Feira Sábados Domingos 32.000.000.000 31.000.000.000 30.000.000.000 Service Units 29.000.000.000 28.000.000.000 Sistema TFM 27.000.000.000 26.000.000.000 25.000.000.000 2a. Feira 3a. Feira 4a. Feira 5a. Feira 6a. Feira Sábados Domingos
  • 24. Resumo da Análise Quantitativa Abends Progr. / Estabilidade Sistema Serv Units TFM 9,31  Quantidade de términos anormais CAM 1,99 de execução ICE 2,03 RAN 6,07  Diretamente relacionada ao OPQ 23,06 esforço de setup e retrabalho DAM 1,17  Mensurada de forma proporcional BCA 8,57 ao tamanho dos sistemas XAL 36,43 OSA 10,32 número de abends de programas Estabilidade = 107 x service units
  • 25. Resumo da Análise Quantitativa Volatilidade  Variação das métricas de produção  Mensurada pelas vezes em que o desvio padrão (Sigma) é relevante (ou seja, amplo) Score = 1 para desvio > 50% Score calculado para cada sistema, para cada métrica de produção
  • 26. Resumo da Análise Quantitativa Volatilidade  O score pode variar de zero (sem desvios significativos no período observado) até o máximo de 42 (desvios significativos em todos os dias da semana, nas 6 métricas de produção)
  • 27. Resumo da Análise Quantitativa Volatilidade  A volatilidade deve ser analisada em função do seu impacto prático  Se um sistema concentra sua produção nos fins de semana e os picos de volatilidade ocorrem nos dias úteis, esta variação é menos danosa em comparação com outro sistema cuja volatilidade coincide com o seu período de maior demanda de produção  A métrica deve ser calibrada em função do número de vezes em que os maiores desvios coincidem com os dias de maior demanda
  • 28. Resumo da Análise Quantitativa Volatilidade  O score final foi obtido atribuindo-se peso 1 para Sigma > 50% da média; e peso 2 se a variação elevada coincidir com os picos de produção Desv Padr / Média Maior variação > 50% nas ocorre nos dias de Score de Sistema 6 métricas maior demanda volatilidade Situação TFM 3 0 3 Balanceado CAM 5 0 5 Balanceado ICE 8 4 16 Balanceado RAN 14 3 20 Razoável OPQ 17 8 33 Razoável DAM 25 7 39 Crítico BCA 29 8 45 Crítico XAL 29 12 53 Crítico OSA 42 23 88 Muito crítico
  • 29. 9 35 XAL Instável 7 OPQ 30 5 OSA 25 1 6 TFM BCA Estabilidade 20 2 RAN 15 8 ICE 10 4 CAM 3 DAM Estável 5 Balanceado Volatilidade Volátil Obs. Gráfico não está em escala
  • 30. I Os desafios da gestão de TI II Evolução das abordagens de gestão III Sumário da abordagem Lean Six Sigma IV Resumo da análise quantitativa V Debate e conclusões
  • 31. Debate e conclusões  Precisamos das análises detalhadas de variáveis isoladas (lente de aumento); e das que sintetizam diversas variáveis (binóculo)  A análise quantitativa não é feita no vazio; não substitui a intuição e o conhecimento de quem administra os problemas da instalação  A análise provoca reflexão sobre certos Gaps (exemplo: incidentes registrados vs retrabalho)  Os resultados podem comprovar ou ampliar a percepção dos gestores quanto aos riscos ou vulnerabilidade de certos sistemas
  • 32. Debate e conclusões  Alterações (recursos, sequenciamento, prioridade) em um sistema afetam toda a cadeia  Para análise de sequenciamento outras modelagens estatísticas serão consideradas  Outras variáveis serão incluídas em estudos futuros
  • 33. Muito obrigado! José Luiz Kugler jose.kugler@fgv.br
  • 34. Perfil do palestrante José Luiz Kugler  Professor de Informática e Métodos Quantitativos da EAESP/FGV; e Diretor Presidente da Optimize! Tecnologia da informação Ltda.  Especialista em técnicas analíticas; desenvolveu projetos e pesquisas em gestão estratégica, business intelligence, modelagem de indicadores de desempenho, data mining e segmentação de clientes.  Exerceu funções técnicas e executivas em empresas e órgãos governamentais no Brasil e exterior. Foi Latin America Director na Informix Software Corporation; Diretor Técnico e Diretor de Serviços Profissionais na CPM Sistemas; Managing Director na Morgen Trading Company, New York; Professor Visitante na University of Pittsburgh, Pennsylvania; e Professor Adjunto na Fordham University, New York.  Foi membro fundador da Society for Information Systems e membro do conselho editorial do Journal for Global Information Systems. Autor de 2 livros. Publicou artigos no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido.  É Engenheiro Civil (UFPR), Mestre em Ciências em Administração (COPPEAD/ UFRJ), pós-graduado em Information Economics (Carnegie Mellon University) e PhD, Management Systems (University of Pittsburgh).